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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
PRODUÇÃO DE BIOMASSA E ÓLEO ESSENCIAL DE MANJERICÃO (Ocimum basilicum L.) EM DIFERENTES ÉPOCAS,
AMBIENTES DE CULTIVO E TIPOS DE ADUBAÇÃO
RENATA FERREIRA DE RESENDE
2010
RENATA FERREIRA DE RESENDE
PRODUÇÃO DE BIOMASSA E ÓLEO ESSENCIAL DE MANJERICÃO (Ocimum basilicum L.) EM DIFERENTES ÉPOCAS, AMBIENTES DE
CULTIVO E TIPOS DE ADUBAÇÃO
Dissertação apresentada à Universidade Federal de Uberlândia, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Mestrado, área de concentração em Fitotecnia, para obtenção do título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Dr. José Magno Queiroz Luz
UBERLÂNDIA MINAS GERAIS - BRASIL
2010
RENATA FERREIRA DE RESENDE
PRODUÇÃO DE BIOMASSA E ÓLEO ESSENCIAL DE MANJERICÃO (Ocimum basilicum L.) EM DIFERENTES ÉPOCAS, AMBIENTES DE
CULTIVO E TIPOS DE ADUBAÇÃO
Dissertação apresentada à Universidade Federal de Uberlândia, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Mestrado, área de concentração em Fitotecnia, para obtenção do título de “Mestre”.
APROVADA em 22 de fevereiro de 2010. Prof. Dr. Arie Fitzgerald Blank UFS Profª. Drª. Denise Garcia de Santana UFU Prof. Dr. Foued Salmen Espindola UFU
Prof. Dr. José Magno Queiroz Luz ICIAG – UFU (Orientador)
UBERLÂNDIA MINAS GERAIS – BRASIL
2010
Dedico,
Aos meus pais,
Ao meu esposo e
Aos meus filhos.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelas oportunidades de crescimento moral e interior concedidas todos
os dias e por ter me colocado ao lado de pessoas tão especiais nesta vida.
Aos meus pais, Arcísio e Aparecida, por todos os sacrifícios e lutas para me
proporcionar uma boa educação e por estarem sempre ao meu lado, ajudando-me e
incentivando-me a não desistir dos meus sonhos.
Aos meus filhos, Guilherme e Yasmin, pelo amor, carinho e ensinamentos
diários.
Ao meu esposo, Júlio, pelo amor e compreensão de todos os dias.
Ao meu orientador, pela dedicação diária, paciência e confiança depositadas em
mim durante a orientação deste trabalho.
Ao André, pela ajuda na implantação do experimento e pelos ensinamentos
sobre as plantas medicinais.
À Jéssica, pela valiosa colaboração durante a realização de todas as etapas do
experimento.
À Lenita, pelo imenso carinho com que me recebeu no IAC, pelo acolhimento e
ensinamentos.
À pesquisadora e professora do Instituto Agronômico de Campinas, Márcia
Ortiz Mayo Marquez, por ter disponibilizado seu laboratório para realização das
análises do óleo essencial.
À professora Dra. Denise Garcia de Santana, pela atenção e auxílio nos testes e
análises estatísticas.
Ao Prof. Dr. Foued Salmen Espindola, pela disponibilidade em participar da
banca e pelos ensinamentos durante a participação da Rede Fitocerrado.
Ao Prof. Dr. Arie Fitzgerald Blank, por ter aceitado participar da banca e pelo
fornecimento das sementes de manjericão.
Aos colegas Sérgio, Rodrigo e Verônica, pela ajuda durante a condução dos
experimentos.
A todos os funcionários da Fazenda Experimental do Glória, em especial ao
Paulo, pela paciência, atenção diária e ajuda na manutenção do trabalho.
A todas as pessoas que estiveram comigo durante esses dois anos e àquelas que
de alguma forma contribuíram indiretamente para a realização deste trabalho.
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... i
ABSTRACT................................................................................................................ ii
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................ 2
2.1. Origem, botânica e usos de Ocimum basilicum L............................................. 2
2.2. Fatores ambientais............................................................................................ 4
2.2.1. Adubação orgânica e mineral........................................................................ 4
2.2.2. Épocas e ambientes........................................................................................ 5
3. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................... 6
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................. 14
4.1. Época 1 ............................................................................................................. 14
4.2. Época 2.............................................................................................................. 16
4.3. Análise conjunta................................................................................................ 18
4.4. Composição do óleo essencial.......................................................................... 23
5. CONCLUSÕES....................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 26
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1. Temperaturas (°C) máximas e mínimas registradas na Fazenda
Experimental do Glória, no primeiro experimento (época 1),
conduzido em ambiente protegido e no campo. Uberlândia, MG.
2008.......................................................................................................8
GRÁFICO 2. Temperaturas (°C) máximas e mínimas registradas na Fazenda
Experimental do Glória, no segundo experimento (época 2),
conduzido em ambiente protegido e no campo. Uberlândia, MG.
2009.......................................................................................................9
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Manjericão (Ocimum basilicum L.), cultivar Maria Bonita, Fazenda
Experimental do Glória. Uberlândia, MG. 2008......................................11
FIGURA 2. Mudas de manjericão (Ocimum basilicum L.), cultivar Maria Bonita,
Fazenda Experimental do Glória. Uberlândia, MG. 2008.......................11
FIGURA 3. Extração de óleo essencial por hidrodestilação em aparelho tipo
Clevenger. Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Campinas, SP.
2009..........................................................................................................13
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. Caracterização química do solo, do ambiente protegido e do campo, nos
dois experimentos. Uberlândia, MG. 2008..............................................10
TABELA 2. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de setembro a novembro de 2008..........................................15
TABELA 3. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de setembro a novembro de 2008..........................................16
TABELA 4. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de fevereiro a maio de 2009..................................................17
TABELA 5. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de fevereiro a maio de 2009..................................................17
TABELA 6. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de
2009............................................................................................................19
TABELA 7. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de
2009............................................................................................................19
TABELA 8. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de
2009............................................................................................................21
TABELA 9. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no
experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de
2009............................................................................................................21
RESUMO
RESENDE, RENATA FERREIRA. Produção de biomassa e óleo essencial de manjericão (Ocimum basilicum L.) em diferentes épocas, ambientes de cultivo e tipos de adubação. 2010. 30 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Fitotecnia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.¹
O manjericão é cultivado, no Brasil, principalmente por pequenos produtores que visam à comercialização de suas folhas. Fatores climáticos têm grande influência sobre o desenvolvimento das plantas medicinais, aromáticas e condimentares e sobre a produção de princípios ativos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a produção de biomassa e óleo essencial de manjericão (Ocimum basilicum L.) cultivado em diferentes épocas, ambientes de cultivo e tipos de adubação. O experimento foi conduzido no município de Uberlândia, MG. Realizou-se dois experimentos, o primeiro nos meses de setembro a novembro de 2008, (época 1), e o segundo de fevereiro a maio de 2009, (época 2). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 2, com cinco repetições, sendo dois ambientes de cultivo (ambiente protegido e campo) e dois tipos de adubação (mineral e orgânica). O espaçamento utilizado foi 60 cm entre linhas e 30 cm entre plantas. As colheitas foram realizadas no dia 19/11/2008 e no dia 20/05/2009. As variáveis analisadas foram altura da planta, comprimento e largura de folha, massa fresca e seca de folhas, rendimento e composição de óleo essencial de manjericão. Comparando-se as duas épocas e os dois ambientes de cultivo, os resultados mostraram que a altura das plantas foram maiores na época 2, apresentando média de 58,3 cm. Houve interação entre a época e o ambiente de cultivo, para as variáveis altura de planta, massa fresca de folhas e rendimento de óleo essencial em folhas secas. O manjericão cultivado nos meses de fevereiro a maio de 2009, em ambiente protegido, favoreceu o desenvolvimento da cultura, a produção e o rendimento de óleo essencial. Palavras-chave: manjericão, metabolismo secundário, ambiente protegido.
_______________________________ ¹ Orientador: José Magno Queiroz Luz - UFU
i
ABSTRACT
RESENDE, RENATA FERREIRA. Biomass and essencial oil production by basil (Ocimum basilicum L.) in different seasons, growth environments and fertilizations. 2010. 30 p. Dissertation (Masters in Agriculture/Horticulture) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.¹
Basil is mostly grown, in Brazil, by small farmers to sell the leaves. Climate factors play an important role on the development of medicinal, aromatic and condiment plants and on the production of active ingredients. This study analyzed the production of biomass and essential oil of basil (Ocimum basilicum L.) grown in different seasons, growth environments and fertilizations in Uberlândia, MG. Two experiments were done, the first one from September to October 2008 (season 1) and the second one from February to May 2009 (season 2). The experimental design was completely randomized, as a 2 x 2 factorial, two growth environments (protected environment and field) and two fertilization types (mineral and organic), and five repetitions. The planting space was 60 cm between rows and 30 cm between plants. Harvest was done on November 19 2008 and on May 20 2009.The variables analyzed were plant height, leaf length and width, fresh and dry matter mass, essential oil yield and composition. Plant height was greater on season 2, with average of 58.3 cm comparing the two seasons and growth environments. Significant interaction was found between season and growth environment for the variables plant height, fresh leaf mass and essential oil yield of dry leaves. Basil grown in the months of February to May 2009, in protected environment, favored culture development, production and essential oil yield. Keywords: basil, secondary metabolism, protected environment.
_______________________________ ¹ Supervisor: José Magno Queiroz Luz - UFU
ii
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1. INTRODUÇÃO
O manjericão (Ocimum basilicum L.) é uma planta medicinal, aromática e
condimentar com elevada importância no cenário econômico mundial. Além de seu uso
in natura, é utilizado para obtenção de óleo essencial, muito importante na indústria de
perfumaria, cosmético, medicamento e alimento, tendo, na cultivar Maria Bonita, o
linalol como principal componente (BLANK et al., 2007).
Os óleos essenciais de espécies medicinais têm sido usados para controlar o
crescimento de microorganismos patógenos (DUARTE, 2006). As folhas de Ocimum
basilicum L. apresentaram atividade larvicida, contra o Aedes aegypti L. (FURTADO et
al., 2005).
No Brasil, o manjericão é cultivado principalmente por pequenos produtores que
visam à comercialização de suas folhas, que podem ser usadas frescas, secas, como
aromatizantes ou condimentos.
Pesquisas com plantas medicinais e aromáticas devem ser estabelecidas e
voltadas para o desenvolvimento de técnicas de cultivo que respeitem as condições
edafoclimáticas de cada região, pois o metabolismo secundário das plantas pode ser
afetado pelas condições ambientais onde são cultivadas.
Trabalhos envolvendo aspectos agronômicos na produção de plantas medicinais
têm crescido sistematicamente, principalmente no que se refere à influência das técnicas
de cultivo na produção, rendimento e composição de óleo essencial (BRANT et al.,
2009; DAVID et al., 2007; MAIA et al., 2009; NALEPA; CARVALHO, 2007).
A produção de biomassa, o rendimento e a composição química do óleo
essencial de espécies aromáticas podem ser influenciados de acordo com o tipo de
adubação, o ambiente e a época de cultivo. Esses fatores influenciam o
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desenvolvimento e o crescimento da planta, afetando a quantidade e a qualidade do óleo
essencial. Portanto, é de suma importância que pesquisas abrangendo todas essas
características sejam realizadas.
Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a produção de
biomassa e óleo essencial de manjericão (Ocimum basilicum L.) cultivado em diferentes
épocas, ambientes de cultivo e tipos de adubação.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Origem, botânica e usos de Ocimum basilicum L.
O manjericão pertence à família Lamiaceae, possui entre 50 e 150 espécies na
Ásia Tropical, África, América Central e América do Sul (PRAVUSCHI et al., 2007). É
Nativo da Ásia tropical e foi introduzido no território brasileiro pela colônia italiana.
A planta é muito ramificada, de 30 a 50 cm de altura, é um subarbusto
aromático, anual ou perene, dependendo da região de cultivo. A propagação pode ser
feita por estaquia ou sementes, podendo ser plantado o ano todo; possui folhas simples,
membranáceas, opostas com formato e tamanho variado, dependendo da espécie,
margens onduladas e nervuras salientes, de 4 a 7 cm de comprimento; sua inflorescência
é do tipo cimeira espiciforme e suas flores são brancas, rosa ou arroxeadas; o fruto é do
tipo aquênio com sementes pequenas, pretas e oblongas (COUTO, 2006; LORENZI;
ABREU MATOS, 2008).
Diversos são os nomes populares que identificam a espécie, entre eles: alfavaca,
alfavacão, basílico-grande, basilicão, erva-real e folhas-largas-dos-cozinheiros.
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Mais de 60 variedades de Ocimum basilicum L. tem sido relatadas, o que
dificulta sua classificação. Um dos objetivos dos programas de melhoramento genético
é selecionar novas cultivares, uniformes e padronizadas, quanto à composição do óleo
essencial. Visando alcançar esse objetivo, o programa de melhoramento genético da
Universidade Federal de Sergipe, vem desde o ano de 2000, realizando pesquisas para
avaliar o comportamento de acessos de manjericão, identificando aquelas com alta
produção de óleo essencial, rico em linalol (BLANK et al., 2004; BLANK et al., 2007).
Com relação ao aroma, as variedades de manjericão podem ser classificadas em
doce, limão, cinamato ou canela, cânfora, anis e cravo. De acordo com o conteúdo dos
óleos essenciais, os manjericões podem ser caracterizados em tipo Europeu, Francês ou
Doce; Egípcio, Reunião ou Comoro; Bulgário, Java ou Cinamato de Metila, e Eugeno.
O manjericão tipo europeu apresenta melhor qualidade em óleo essencial e aroma,
sendo chamado de manjericão doce.
O manjericão é indicado, na medicina popular e na fitoterapia, no tratamento de
estafa física, mental e nervosa, dores de ouvido, afecções renais, insônia, enxaqueca,
afecções das vias respiratórias (faringite, laringite), digestiva, antiespasmódica, febre,
anti-reumática, anti-séptica, bactericida, analgésica, carminativa e tônica (CARVALHO,
2004).
Extratos de Ocimum basilicum L. são usados como agente antimicrobiano,
agente medicinal, como aromatizante em alimentos e fragrância em produtos
farmacêuticos (MAZUTTI et al., 2006).
A utilização do óleo essencial de Ocimum basilicum L. e suas substâncias
purificadas demonstraram atividade antigiardial (Giardia lamblia), o linalol destruiu
100% dos parasitas após 1h de incubação (ALMEIDA et al., 2007).
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2.2. Fatores ambientais
2.2.1. Adubação orgânica e mineral Os vegetais necessitam de determinadas substâncias químicas para o seu
crescimento, desenvolvimento e reprodução. É importante ressaltar que as plantas só
absorvem os elementos químicos na forma mineral e não na forma orgânica.
A adubação é um fator de grande importância na produção de plantas
medicinais. Uma adubação equilibrada é essencial para a obtenção de plantas mais
resistentes às pragas e doenças, com maiores teores de princípios ativos, sem
comprometer a produção de massa verde (CARVALHO, 2004). Para o plantio de
plantas medicinais, é recomendado que elas recebam somente adubação orgânica, como
esterco de aves (2 a 3 kg/m²) ou curral curtidos (4 a 5 kg/m²) e composto orgânico (5
kg/m²) (MARTINS; FIGUEIREDO, 2009).
A adubação orgânica libera mais lentamente os nutrientes, reduzindo a
incidência de pragas, por isso é recomendado esse tipo de adubação em detrimento dos
insumos químicos. Também, propicia uma significativa melhora nas propriedades
físicas e biológicas do solo e corrigi possíveis deficiências de macro e micronutrientes
(SARTÓRIO et al., 2000).
Os adubos químicos devem ser evitados, tendo o seu uso indicado apenas para
situações muito especiais, uma vez que podem prejudicar a produção de princípios
ativos (CARVALHO, 2004). Por outro lado, conforme Malavolta (1979), os adubos
orgânicos por si só não resolvem o problema de garantir ou aumentar a fertilidade do
solo, sendo necessário praticar sempre a adubação orgânica e a mineral, pois nenhuma
delas, aplicadas isoladamente, satisfaz as exigências do solo e as duas, aplicadas em
conjunto, se completam.
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A adubação deve ser recomendada de acordo com a análise de solo. Para
plantios comerciais, recomenda-se a utilização de 100 a 150 kg de N, 100 a 140 kg de
P2O5 e K2O (BUSTAMANTE, 1993 apud FURLAN, 2007).
O uso de adubação com esterco bovino e galinha influenciou positivamente o
crescimento em altura e diâmetro do caule, acúmulo de biomassa seca, teor de
clorofilas, rendimento e composição química do óleo essencial de Ocimum selloi
(COSTA et al., 2008).
2.2.2. Épocas e ambientes
Cultivo em ambiente protegido, cultivo protegido, cultivo em abrigo plástico,
cultivo em estufa ou plasticultivo são considerados, em nível mundial, como os mais
recentes e importantes insumos agrícolas a permitir em aumentos de produção das
culturas, onde se esgotaram as tentativas convencionais de se obter incrementos face ao
elevado emprego de técnicas modernas de cultivo (ARAÚJO; CASTELLANE, 1996).
As estufas trouxeram a possibilidade de ajustar o ambiente às plantas e,
consequentemente, estender o período de produção para épocas do ano e mesmo regiões
antes inaptas à agricultura (ANDRIOLO, 1999). Com o cultivo protegido, tornou-se
possível alterar, de modo acentuado, o ambiente de crescimento e de reprodução das
plantas, com controle parcial dos efeitos adversos do clima (ARAÚJO, 1991;
CASTILLO, 1995).
Desta forma, permite-se obter colheitas fora da época normal, maior crescimento
das plantas, precocidade de colheita, possibilidade de maior eficiência no controle de
doenças e pragas, redução de perdas de nutrientes por lixiviação, redução de estresses
fisiológicos das plantas, aumento de produtividade, aumento do período de colheita para
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culturas de colheita múltipla e melhoria na qualidade de produção (BRANDÃO FILHO;
CALLEGARI, 1999; MARTINS, 1991; OLIVEIRA, 1999; SANTOS, 1994). O filme
plástico de polietileno de baixa densidade (PEBD) é o material mais utilizado para a
cobertura de “estufas agrícolas” porque além de possuir propriedades que permitem seu
uso para essa finalidade, como a transparência, é flexível, facilitando seu manuseio e
menor custo quando comparado ao vidro (PURQUERIO; TIVELLI, 2007). Com a
facilidade de uso do PEBD, houve grande aumento em seu consumo.
Avaliando o efeito da época de colheita na produção de fitomassa e rendimento
de óleo essencial de alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham.), Figueiredo e
colaboradores (2009) observaram que o rendimento de óleo não variou entre as épocas.
Pesquisa realizada com Hyptis marrubioides (Lamiaceae) cultivadas em dois
ambientes, casa de vegetação e campo, mostrou que o óleo essencial apresentou
coloração incolor, levemente amarelada, e quase incolor nas plantas cultivadas no
campo e em casa de vegetação, respectivamente (BOTREL et al., 2010).
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em campo e em ambiente protegido na Fazenda
Experimental do Glória (18°57' S e 48°12' W), pertencente à Universidade Federal de
Uberlândia (UFU). A fazenda situa-se na BR 050, a 12 km do centro de Uberlândia,
MG.
Segundo a classificação climática de Köppen, o clima da região é caracterizado
como Aw (megatérmico), apresentando durante o ano duas estações bem definidas,
inverno seco e verão chuvoso. No município de Uberlândia, o total médio de chuva no
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mês mais seco fica em torno de 60 mm e no mês mais chuvoso em torno de 250 mm e o
total anual médio fica entre 1500 a 1600 mm (SILVA et al., 2008).
Foram realizados dois experimentos, sendo que o primeiro se deu nos meses de
setembro a novembro de 2008 (época 1) e o segundo nos meses de fevereiro a maio de
2009 (época 2).
As temperaturas máximas e mínimas (°C) registradas no ambiente protegido e
no campo, para o primeiro e segundo experimentos, estão mostradas nos Gráficos 1 e 2,
respectivamente. Os registros foram feitos na parte da manhã, entre 08:30 e 10:30 horas.
A média da umidade relativa do ar (UR) na Fazenda Experimental do Glória, na
época 1, foi menor do que na época 2. Nos meses de setembro, outubro e novembro de
2008 a UR foi 51, 61 e 72%, respectivamente, e nos meses de março, abril e maio de
2009 foi 79, 74 e 73%, respectivamente.
A coleta da amostra do solo foi realizada numa profundidade de 0 a 20 cm.
Antes da instalação do experimento eram cultivadas hortaliças nos dois locais. As
análises químicas do solo do ambiente protegido e do campo, para as duas épocas de
cultivo, podem ser observadas na Tabela 1.
O delineamento experimental utilizado, nos dois experimentos, foi o
inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 x 2, com cinco repetições. Sendo
dois ambientes de cultivo (ambiente protegido e campo) e dois tipos de adubação
(mineral e orgânica).
As adubações foram feitas uma semana antes do transplantio das mudas. Como
fonte de nutrientes, utilizou-se cama-de-frango, na quantidade de 3 kg/m² para a
adubação orgânica, e NPK (4-30-16) para a adubação mineral, as quantidades de NPK
usadas foram calculadas de acordo com os resultados da análise do solo. O transplantio
das m foi feito no dia 03/09/2008, na época 1, e no dia 18/02/2009, na época 2.
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Temperatura máxima (°C) Ambiente protegido
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Temperatura mínima (°C) Ambiente protegido
Temperatua máxima (°C) Ambiente protegido
Temperatura mínima (°C) Campo
Temperatua máxima (°C) Campo
GRÁFICO 2. Temperaturas (°C) máximas e mínimas registradas na Fazenda Experimental do Glória, no segundo experimento (época 2), conduzido em ambiente protegido e no campo. Uberlândia, MG. 2009.
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Foi utilizado a cultivar Maria Bonita (FIGURA 1) de manjericão (O. basilicum
L.) (BLANK et al., 2007). As sementes foram fornecidas pelo Prof. Dr. Arie Fitzgerald
Blank, da Universidade Federal do Sergipe. A semeadura foi feita em bandejas de
poliestireno de 128 células, utilizando-se substrato comercial e colocando-se duas
sementes por célula (FIGURA 2). Quando as mudas estavam com dois ou três pares de
folhas verdadeiras, foi realizado o transplantio.
TABELA 1. Caracterização química do solo, ambiente protegido e campo, nos dois experimentos. Uberlândia, MG. 2008. ANÁLISES UNIDADE 1* 2* 3* 4*
pH H2O pH 5,6 5,3 6 5,7
P meh-1 mg.dm-3 141,9 100,8 187,5 62
K+ mg.dm-3 117 94 266 42
S-SO4+ mg.dm-3 90 9 ns ns
Ca2+ Cmolc.dm-3 4 2,5 3,8 2,7
Mg2+ Cmolc.dm-3 1,5 0,6 1,4 0,6
Al3+ Cmolc.dm-3 0 0,2 0 0
H + Al Cmolc.dm-3 3,6 4,9 2,5 2,8
SB Cmolc.dm-3 5,8 3,34 5,88 3,41
t Cmolc.dm-3 5,8 3,54 5,88 3,41
T Cmolc.dm-3 9,4 8,24 8,38 6,21 V % 62 41 70 55 m % 0 6 0 0
M.O. dag.kg-1 4,1 3,1 4,6 2,8
B mg.dm-3 3,59 0,35 ns ns
Cu mg.dm-3 3,3 2,2 ns ns
Fe mg.dm-3 99 99 ns ns
Mn mg.dm-3 9,2 9,8 ns ns
Zn mg.dm-3 22,9 5,3 ns ns * Resultado da análise química do solo: 1- primeiro experimento em ambiente protegido, 2- primeiro experimento no campo, 3- segundo experimento em ambiente protegido, 4 – segundo experimento no campo; ns: valores não significativos.
11
�
FIGURA 1. Manjericão (Ocimum basilicum L.), cultivar Maria Bonita, Fazenda
Experimental do Glória. Uberlândia, MG. 2008.
FIGURA 2. Mudas de manjericão (Ocimum basilicum L.), cultivar Maria Bonita,
Fazenda Experimental do Glória. Uberlândia, MG. 2008.
12
�
O espaçamento utilizado foi de 60 cm entre linhas e 30 cm entre plantas. Cada
parcela foi constituída por quatro linhas de cinco plantas e as seis plantas centrais foram
a parcela útil.
O ambiente protegido dos ensaios foi do tipo túnel alto, com 8 m de largura, 50
m de comprimento e 4 m de altura lateral, com estrutura metálica e cobertura com filme
plástico agrícola, cuja espessura era de 150 micras.
As plantas foram irrigadas diariamente pelo sistema de aspersão, sendo retirada
um dia antes da colheita. A capina foi feita manualmente para eliminação das plantas
invasoras.
As colheitas foram realizadas na parte da manhã no dia 19/11/2008, na época 1,
e no dia 20/05/2009, na época 2, quando as plantas estavam em pleno florescimento.
As plantas, da parcela útil, foram cortadas a 30 cm do solo e levadas ao
Laboratório de Fitotecnia do Instituto de Ciências Agrárias, onde foram pesadas e
verificado o peso da massa fresca de folhas. Depois, as folhas foram separadas
manualmente.
Altura da planta (cm): Foram medidas, do colo até o ápice da maior
ramificação, as alturas de três plantas escolhidas aleatoriamente na parcela útil. Para
representá-las, utilizou-se a média.
Comprimento e largura de folha (cm): Foram escolhidas aleatoriamente três
folhas totalmente expandidas da parcela útil de cada repetição e medidos o
comprimento e a largura.
Massa fresca e seca: 200 g de folhas de cada parcela foram separadas,
colocadas em sacos plásticos herméticos e congeladas em freezer e o restante foi
colocado em sacos de papel e secas em estufa com circulação de ar forçado a 40°C. As
13
�
folhas, congeladas e secas, foram usadas para análise do rendimento e composição
química do óleo essencial de manjericão.
Rendimento e composição de óleo essencial: Os óleos essenciais foram
extraídos por hidrodestilação, em aparelho tipo Clevenger (FIGURA 3), por duas horas,
e, posteriormente, armazenados em frascos de vidro transparente devidamente
identificados e mantidos no freezer a -10ºC. As análises químicas dos óleos essenciais
foram realizadas no Laboratório de Fitoquímica do Instituto Agronômico de Campinas
(IAC), sob a supervisão da Profª. Dra. Marcia Ortiz Mayo Marques, conduzidas em
cromatógrafo a gás acoplado a espectrômetro de massas (CG/EM) (Shimadzu, QP-
5000), utilizando-se o seguinte programa de temperatura: 60° - 240°C, 3°C/min e split
1/20.
FIGURA 3. Extração de óleo essencial por hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger. Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Campinas, SP. 2009.
14
�
A identificação química de cada substância foi determinada por comparação dos
seus espectros de massas, com o banco de dados do sistema CG/EM (NIST 62); por
comparação dos índices de retenção (ADAMS, 2007), obtidos por meio da co-injeção do
óleo essencial com uma mistura padrão de n-alcanos (C9H20 – C25H52 Sigma Aldrich,
99%) e dados da literatura (McLAFFERTY; STAUFFER, 1989).
Os dados obtidos foram submetidos a uma análise de variância conjunta e as
médias comparadas pelo teste de Tukey (p � 0,05), com auxílio do programa estatístico
SISVAR® (FERREIRA, 2000).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Época 1
Comparando-se o ambiente de cultivo e o tipo de adubação verificou-se que a
variável altura de planta, não apresentou diferença para os dois ambientes de cultivo,
diferindo do comprimento e da largura de folhas, que apresentaram diferenças em
relação ao tipo de ambiente (TABELA 2). As folhas cresceram mais nas plantas
cultivadas no ambiente protegido, apresentando comprimento médio de 8,93 cm e
largura média de 3,63 cm.
Observa-se, na Tabela 3, que a massa fresca de folhas não apresentou diferenças
quanto ao ambiente de cultivo e o tipo de adubação. O rendimento de óleo essencial, em
folhas frescas, apresentou maior rendimento para as plantas cultivadas no campo, isso
pode ter ocorrido devido às condições ambientais. No mês de novembro, a temperatura
média foi de 23,7°C e choveu 14 dias.
15
�
O cultivo em ambiente protegido favorece melhor controle contra o ataque de
pragas e doenças, o que pode ter influenciado o maior crescimento das folhas de
manjericão, cultivadas nesse tipo de ambiente.
Não houve interação entre o ambiente de cultivo e o tipo de adubação. O uso da
adubação mineral e orgânica não influenciou o desenvolvimento, crescimento,
quantidade de massa fresca de folhas e rendimento de óleo essencial, exceto o
rendimento de óleo essencial em folhas secas, que apresentou maior rendimento nas
plantas adubadas com adubo mineral. O uso da adubação química não prejudicou a
produção de princípios ativos.
TABELA 2. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de setembro a novembro de 2008.
Altura (cm) Comprimento de folha
(cm) Largura de folha
(cm) Ambiente de cultivo Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média
Ambiente protegido 53,53 52,67 53,09 a 8,97 8,89 8,93 a 3,72 3,55 3,63 a Campo 47,27 48,93 48,10 a 7,14 7,65 7,39 b 2,71 3,04 2,87 b Média 50,40 A 50,80 A 8,05 A 8,27 A 3,21 A 3,29 A
DMSlocal=DMS adubação CV (%)
7,07 13,56
0,85 10,18
0,38 11,34
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo, médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao tipo de adubação; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
16
�
TABELA 3. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de setembro a novembro de 2008.
Massa fresca de folhas (g)
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas frescas
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas secas Ambiente de cultivo Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média
Ambiente protegido 1417 1537 1477 a 0,37 0,33 0,35 b 1,61 1,20 1,40 a Campo 1483 1761 1622 a 0,51 0,45 0,48 a 1,37 1,15 1,26 a Média 1450 A 1649 A 0,44 A 0,39 A 1,49 A 1,17 B
DMSlocal=DMS adubação CV (%)
569,71 35,65
0,07 18,24
0,17 12,64
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo, médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao tipo de adubação e letras diferentes maiúsculas na linha diferem entre si em relação ao tipo de adubação; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
4.2. Época 2
Em relação ao ambiente de cultivo e o os tratamentos utilizados, as variáveis
altura de planta, comprimento e largura de folhas apresentaram diferenças quanto ao
ambiente de cultivo. O cultivo em ambiente protegido favoreceu o crescimento da
planta e das folhas de manjericão (TABELA 4). Comprovando que esse tipo de
ambiente, favorece positivamente, o desenvolvimento das culturas.
A quantidade de massa fresca de folhas foi significativa para o manjericão
cultivado no ambiente protegido e o rendimento de óleo essencial em folhas secas,
também foi maior, nas plantas cultivadas no ambiente protegido (TABELA 5).
O uso da adubação mineral e orgânica não interferiu no desenvolvimento da
cultura e não houve interação entre o ambiente de cultivo e o tipo de adubação. Esses
resultados mostram que a cultivar apresentou melhor desenvolvimento e maior
rendimento de óleo essencial, quando cultivado em ambiente protegido, tanto com
adubo mineral, quanto orgânico.
17
�
TABELA 4. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de fevereiro a maio de 2009.
Médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao tipo de adubação; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
TABELA 5. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de fevereiro a maio de 2009.
Massa fresca de folhas (g)
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas frescas
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas secas Ambientes de cultivo Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média
Ambiente protegido 3248 3178 3213 a 0,75 0,65 0,70 a 1,57 1,6 1,59 a Campo 1086 922 1004 b 0,52 0,83 0,67 a 1,20 0,81 1,00 b Média 2167 A 2050 A 0,63 A 0,74 A 1,39 A 1,20 A
DMSlocal=DMS adubação CV (%)
307,13 14,12
0,14 19,95
0,29 21,81
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo, médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao tipo de adubação; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
Altura (cm) Comprimento de
folha (cm) Largura de folha
(cm) Ambientes de cultivo Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média
Ambiente protegido 65,22 65,63 65,42 a 8,53 8,45 8,49 a 3,65 3,62 3,63 a Campo 53,27 49,11 51,18 b 7,97 7,32 7,64 b 3,25 2,98 3,11 b Média 59,24 A 57,36 A 8,25 A 7,88 A 3,45 A 3,30 A
DMSlocal=DMS adubação CV (%)
4,59 7,64
0,49 6,01
0,15 4,54
18
�
4.3. Análise conjunta Na época 1, observou-se através do Gráfico 1, que nos meses de setembro e
outubro de 2008, as temperaturas máximas e mínimas apresentaram picos de variação
mais acentuados no aumento e queda da temperatura. Na época 2, essas variações de
temperaturas foram menores e, no mês de abril, a temperatura começou a diminuir
(GRÁFICO 2).
Comparando-se as épocas de cultivo com o tipo de adubação, o manjericão
cultivado na época 2, apresentou maior altura de planta e maior rendimento de óleo
essencial em folhas frescas (TABELAS 6 e 7). O tipo de adubação não diferiu entre as
variáveis analisadas, exceto no rendimento de óleo essencial em folhas secas, onde o
maior rendimento foi verificado nas plantas cultivadas com adubação mineral
(TABELA 6 e 7). Não houve interação entre as épocas de cultivo e o tipo de adubação.
Utilizando-se adubação orgânica, esterco bovino, mais NPK (18-18-18) no
plantio, Paula e colaboradores (2006) não encontraram diferenças significativas para a
massa fresca de folhas e inflorescências entre os genótipos analisados de manjericão.
Concordando, com Costa e colaboradores (2008), que avaliaram o efeito da adubação
química e orgânica, na produção de biomassa e óleo essencial em capim-limão, os
resultados mostraram que os teores de óleo essencial não tiveram influência dos tipos de
adubação.
A utilização de fertilizante mineral pode ser recomendada para o cultivo de
manjericão cv. Genovese, com ou sem adição de esterco orgânico (BLANK et al.,
2005). Contrariando, Sales e colaboradores (2009), que verificaram maiores
rendimentos de óleo essencial (g planta-1) em hortelã-do-campo, com a adição da
adubação orgânica.
19
�
Estudando a influência de diferentes doses de cama-de-frango sobre a produção
e composição de óleo essencial de manjericão, Morais (2006) mostrou que a utilização
da dose 7,9 kg/m², proporcionou maior teor de linalol com relação à massa fresca de
folhas e inflorescência, e a dose 9,4 kg/m², a melhor dose para a massa seca de folhas e
inflorescências, para o genótipo PI 197442-S3 de manjericão.
Ocimum gratissimum responde pouco à adubação orgânica e o pequeno aumento
de biomassa não corresponde a um aumento no rendimento de óleo essencial (BIASI et
al., 2009).
TABELA 6. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de 2009.
Altura (cm) Comprimento de
folha (cm) Largura de folha
(cm) Época Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média
set. - nov. 50,40 50,80 50,60 b 8,05 8,27 8,16 a 3,21 3,29 3,25 a fev. – maio 59,24 57,37 58,30 a 8,25 7,88 8,06 a 3,45 3,30 3,37 a
Média 54,82 A 54,08 A 8,15 A 8,07 A 3,33 A 3,29 A DMSépoca=DMS
adubação CV (%)
5,21 14,86
0,58 11,25
0,29 14,03
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem entre si em relação a época de cultivo, médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação a época de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao tipo de adubação; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
TABELA 7. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de 2009.
Massa fresca de folhas (g)
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas frescas
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas secas Época Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média Mineral Orgânico Média
set. - nov. 1450 1649 1549 a 0,44 0,39 0,42 b 1,49 1,17 1,33 a fev. – maio 2167 2050 2108 a 0,64 0,74 0,69 a 1,39 1,21 1,29 a
Média 1808 A 1849 A 0,54 A 0,56 A 1,44 A 1, 19 B DMSépoca=DMS
adubação CV (%)
622,74 52,85
0,09 26,04
0,21 25,75
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem entre si em relação a época de cultivo, médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação a época de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao tipo de adubação e letras diferentes maiúsculas na linha diferem entre si em relação ao tipo de adubação; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
20
�
Comparando-se as épocas e os tipos de ambientes, os resultados mostraram
através da análise estatística, que houve interação entre a época e o ambiente de cultivo
para as variáveis altura de planta, massa fresca de folhas e rendimento de óleo essencial
em folhas secas (TABELAS 8 e 9).
As plantas que foram cultivadas na época 2 e no ambiente protegido,
apresentaram maior altura e maior quantidade de massa fresca de folhas. O rendimento
de óleo essencial a partir de folhas secas foi significativo para as plantas cultivadas no
ambiente protegido (TABELA 9).
O cultivo em ambiente protegido apresentou diferenças em relação ao cultivo
das plantas no campo, o controle parcial das condições climáticas, do ataque de pragas e
doenças e da diminuição da perda de nutrientes pelo processo de lixiviação promoveu
melhor desenvolvimento e crescimento da parte aérea, maior massa fresca de folhas e
maior rendimento de óleo essencial em folhas secas.
Ao contrário da época 1, no mês de maio a média de temperatura foi 21,8 °C e o
tempo começou a ficar seco, registrando-se apenas dois dias com chuva, isso pode ter
influenciado melhores resultados para o cultivo em ambiente protegido, onde as
condições climáticas podem ser controladas. O período seco no cerrado, apresenta
ventos fortes e frios durante o dia e a noite e, esses ventos, exercem influência direta em
espécies que apresentam estruturas histológicas de estocagem de óleo na superfície
como as espécies da família Lamiaceae (VALMORBIDA et al., 2006).
O cultivo de Hyptis marrubioides, em campo, apresentou maior teor de óleo
essencial, quando comparado com plantas cultivadas em casa de vegetação (BOTREL
et al., 2010).
21
�
TABELA 8. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de 2009.
Altura (cm) Comprimento de
folha (cm) Largura de folha
(cm)
Época Ambiente protegido Campo Média
Ambiente protegido Campo Média
Ambiente protegido Campo Média
set. - nov. 53,10 bA 48,10 bB 50,59 8,93 7,39 8,16 a 3,63 2,87 3,25 a fev. – maio 65,42 aA 51,19 aB 58,30 8,49 7,64 8,06 a 3,63 3,11 3,37 a
Média 59,26 49,64 8,71 A 7,51 B 3,63 A 2,99 B DMSépoca=DMS
ambiente CV (%)
3,39 9,63
0,42 7,99
0,19 9,18
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem entre si em relação a época de cultivo, médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação a época de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo e letras diferentes maiúsculas na linha diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
TABELA 9. Resultado das análises das plantas de manjericão, cultivar Maria Bonita, no experimento de setembro a novembro de 2008 e de fevereiro a maio de 2009.
Massa fresca de folhas (g)
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas frescas
Rendimento de óleo essencial (g planta-¹)
em folhas secas
Época Ambiente protegido Campo Média
Ambiente protegido Campo Média
Ambiente protegido Campo Média
set. - nov. 1477 bA 1622 bB 1549 0,35 0,48 0,42 b 1,41 aA 1,26 aB 1,33 fev. – maio 3213 aA 1004 aB 2108 0,7 0,67 0,68 a 1,59 aA 1,00 aB 1,29
Média 2345 1313 0,52 A 0,58 A 1,49 1,13 DMSépoca=DMS
ambiente CV (%)
278,69 23,52
0,09 26,55
0,18 21,67
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem entre si em relação a época de cultivo, médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si em relação a época de cultivo; letras iguais maiúsculas na linha não diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo e letras diferentes maiúsculas na linha diferem entre si em relação ao ambiente de cultivo; teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.
O horário de colheita influencia o teor e a composição química de óleo essencial.
Carvalho-Filho e colaboradores (2006), estudando essa influência, mostraram que os
melhores horários para a colheita de O. basilicum L. são às 8h e 12 h.
O aumento da área foliar e da altura de planta não foram influenciados pelo tipo
de adubação. Isso mostra que a utilização de adubo químico não afetou o
desenvolvimento da parte aérea de manjericão. Portanto, a utilização dos dois tipos de
22
�
adubação favorece a produção de óleo essencial de manjericão, nas duas épocas
estudadas.
Comparando-se as duas épocas, o comprimento médio de folha foi de 8 cm e a
altura média variou de 49 a 59 cm. Em trabalho realizado por Blank e colaboradores
(2007), com a mesma cultivar, foi demonstrado que o comprimento médio de folha foi
de 6,5 cm e a altura média foi de 45,5 cm. O genótipo dessa cultivar foi selecionado na
estação quente, portanto, essas diferenças podem ter ocorrido, devido à variação das
condições climáticas regionais, dos dois locais de cultivo.
No primeiro experimento, as plantas de manjericão foram colhidas depois de
dois meses do transplantio das mudas e, no segundo experimento, a cultura levou um
tempo maior para florescer, três meses. O tempo de florescimento no ambiente
protegido foi menor, quando comparado ao campo. Isso mostra que o ciclo da cultura é
menor nesse tipo de sistema.
Notou-se, durante a condução dos experimentos, que algumas plantas
tombavam, não mantendo seu crescimento firme e ereto. Visualmente, as plantas de
manjericão tiveram melhor desenvolvimento, no ambiente protegido, quanto à cor das
folhas, mais verdes e com maior brilho, folhas inteiras sem picadas de insetos-praga,
quantidade de inflorescências e altura. Essas características são importantes para a
atração de polinizadores.
Na época 2, notou-se que as plantas de manjericão cultivadas no ambiente
protegido apresentaram melhor desenvolvimento, quando comparadas àquelas
cultivadas no campo.
Durante a extração do óleo essencial, notou-se que este é incolor, devendo
apresentar grande aceitação no mercado (BLANK et al., 2007). Porém, em algumas
parcelas, o óleo essencial apresentou coloração amarelo claro.
23
�
4.4. Composição do óleo essencial
Pelas análises de CG/EM foram identificadas aproximadamente 98% dos
constituintes químicos contidos no óleo essencial de Ocimum basilicum L., cultivados
no ambiente protegido e no campo, para as duas épocas (TABELA 10). A tabela 10
mostra a média do teor (%) de cada composto químico produzido pela cultivar.
A composição química do óleo foi a mesma, nas plantas cultivadas em ambiente
protegido e no campo, para as duas épocas.
Os três princípios ativos mais produzidos pela cultivar foi o linalol (76,44%), o
geraniol (11,38%) e o 1,8-cineol (5,4%), concordando com a pesquisa realizada por
Blank e colaboradores (2007), porém, houve diferença entre os teores de cada
substância.
A análise de diferentes genótipos de manjericão estudados por Ehlert e
colaboradores (2006), mostrou que as três principais substâncias presentes em todos os
genótipos também foram o 1,8-cineol, o linalol e o geraniol. Divergindo, de Silva e
colaboradores (2003), que estudando a mesma espécie, detectaram como principais
compostos o 1,8-cineol, o linalol e o estragol.
O teor de linalol encontrado no óleo essencial de folhas de Lippia alba foi 1,47%
e a substância 1,8-cineol, também faz parte da constituição química do seu óleo
essencial (BARBOSA et al., 2006).
Segundo Lorenzi e Matos (2002), os principais compostos encontrados no óleo
essencial de manjericão são timol, metil-chavicol, linalol, eugenol, cineol e pireno.
O tipo de adubação, a época e o ambiente de cultivo não influenciaram na
composição química do óleo essencial de manjericão.
24
�
TABELA 10. Constituintes químicos identificados no óleo essencial, em folhas secas e frescas de manjericão, cultivar Maria Bonita, nos dois experimentos.
Substâncias químicas IK¹
Teor (%) Experimento
Ambiente protegido Época 1
Teor (%) Experimento
Campo Época 1
Teor (%) Experimento
Ambiente protegido Época 2
Teor (%) Experimento
Campo Época 2
tricicleno 932 0,15 0,15 0,14 0,14 sabineno 971 0,26 0,26 0,24 0,26 �-pineno 975 0,95 0,97 0,96 1,00 mirceno 989 0,38 0,37 0,35 0,40
1,8-cineol 1028 5,51 6,07 5,04 4,97 trans-�-ocimeno 1045 0,24 0,24 0,26 0,27
linalol 1099 76,16 76,61 77,16 75,82 �-terpineol 1187 0,49 0,50 0,45 0,48
geraniol 1251 11,40 10,56 11,40 12,18 acetato de geranila 1381 0,34 0,34 0,47 0,52 �-trans-bergamoteno 1435 1,05 1,00 0,75 0,94
�-cadineno 1511 0,39 0,37 0,29 0,36 epi-�-cadinol 1636 0,99 0,89 0,89 0,98 ¹ Índice de Kovats calculado.
25
�
5. CONCLUSÕES
O cultivo de manjericão tanto com adubação mineral quanto orgânica, não
apresentou diferenças no desenvolvimento do manjericão, na quantidade de massa
fresca de folhas e no rendimento de óleo essencial em folhas frescas, nas duas épocas.
Na época 1, o cultivo em ambiente protegido, favoreceu o crescimento das
folhas de manjericão, mas não influenciou significativamente a quantidade de massa
fresca de folhas.
Na época 2, o cultivo em ambiente protegido apresentou melhores resultados
para todas as variáveis analisadas, exceto no rendimento de óleo essencial em folhas
frescas.
O cultivo de manjericão, em ambiente protegido e na época 2, apresentou
melhores resultados para o crescimento da cultura.
Para as duas épocas, o cultivo em ambiente protegido, apresentou melhores
resultados para todas as variáveis analisadas, exceto no rendimento de óleo essencial em
folhas frescas.
Não houve interação, entre as épocas de cultivo e o tipo de adubação.
Houve interação, entre a época de cultivo e o tipo de ambiente, para as variáveis
altura de planta, quantidade de massa fresca de folhas e rendimento de óleo essencial
em folhas secas.
A composição química do óleo essencial de manjericão não diferiu entre os
ambientes, as épocas de cultivo e o tipo de adubação.
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