35
Alentejo Alentejo

Alentejo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apresentação em powerpoint sobre os principais pontos turísticos alentejanos e respectivas tradições, música relacionada com as localidades (exemplo: "Porto Côvo" e "Grândola Vila-Morena") e exemplos de trabalhos de pesquisa para os alunos. Acompanhada de guião de apresentação oral.

Citation preview

Page 1: Alentejo

AlentejoAlentejo

Page 2: Alentejo

Odemira: Zambujeira do Mar – Odemira: Zambujeira do Mar – Vila Nova de Mil FontesVila Nova de Mil Fontes

Integradas no Parque do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Zambujeira do Mar:- praia do Carvalhal e Festival do Sudoeste.

Vila Nova de Mil Fontes é a cidade das três mentiras.

Page 3: Alentejo

Ourique – A Batalha de Ourique

A Batalha de Ourique deu-se a 25 de Julho de 1139, em Ourique, entre D. Afonso Henriques e 5 reis muçulmanos.

Apesar de o exército muçulmano (que até incluía mulheres) ser muito mais poderoso do que o seu, D. Afonso Henriques enfrentou-o com bravura e acabou por vencer, auto-denominando-se rei de Portugal.

Pensa-se que as cinco quinas da bandeira portuguesa são uma homenagem aos cinco reis derrotados nessa batalha.

O milagre de Ourique: conta a lenda que Jesus teria aparecido a D. Afonso Henriques dizendo-lhe que venceria a batalha e que depois seria rei.

Page 4: Alentejo

Almodôvar - Mértola

Almodôvar: Museu da Escrita do Sudoeste.Mértola: Castelo, Ponte, Igreja Matriz (antiga mesquita), Museu.

Page 5: Alentejo

SerpaSerpaMuseu Etnográfico, Castelo, Torre do Relógio, Queijo.

Page 6: Alentejo

BejaBejaCastelo;Museu Regional (Rainha Dona Leonor);Ruínas romanas de Pisões.

Page 7: Alentejo

Sines e Porto Côvo

Porto Côvo: Ilha do Pessegueiro Sines: Castelo e Vasco da Gama

Page 8: Alentejo

GrândolaGrândola

Page 9: Alentejo

Tróia

Praia de Tróia-Mar

Soltróia

Ruínas Romanas de Tróia

Page 10: Alentejo

Alcácer do Sal – Alvito – Alcácer do Sal – Alvito – VidigueiraVidigueira

Alcácer do Sal: Castelo.Alvito: grutas do Rossio.Vidigueira:Villa romana de São Cucufate, Torre do Relógio.

Carta

Page 11: Alentejo

Moura - BarrancosMoura - Barrancos

Moura: mouraria, castelo, Igreja de São João Baptista.Barrancos: Parque de Natureza de Noudar e “barranquenho”.

Page 12: Alentejo

Portel – Viana Portel – Viana do Alentejodo Alentejo

Portel: Barragem do Alqueva, Castelo.Viana do Alentejo: Castelo e Santuário de Nossa Senhora D'Aires, Museu do Chocalho.

Page 13: Alentejo

ÉvoraÉvora

Page 14: Alentejo
Page 15: Alentejo

Montemor-o-NovoMontemor-o-NovoFoi em Montemor-o-Novo que, em 1496, o rei D. Manuel I tomou a decisão de mandar descobrir o caminho marítimo para a Índia.

CasteloGrutas do EscouralAnta da Comenda da IgrejaMenires

Page 16: Alentejo

ArraiolosArraiolosCastelo, Monumento à Tapeçaria, tapete de arraiolos.

Page 17: Alentejo

Vila ViçosaVila ViçosaCastelo do século XIIIPaço Ducal Museu do MármoreFlorbela Espanca

Page 18: Alentejo

Borba - EstremozBorba - EstremozBorba: Fonte das Bicas, Festa da Vinha e do Vinho.

Estremoz: a “cidade branca do Alentejo”: esta região contribui em 90% para o facto de Portugal ser o segundo maior exportador de mármore do mundo.Conjunto Monumental da Alcáçova de Estremoz, Café Águias d'Ouro.

Page 19: Alentejo

ElvasElvasForte da Graça;

Muralhas da Cidade;

Aqueduto (com uma extensão de cerca de 7.800 metros e com um total de 843 arcos).

Page 20: Alentejo

Campo MaiorCampo MaiorMuseu do Café: é em Campo Maior que está localizada a maior zona industrial de torrefacção de cafés da Península Ibérica; Festas do Povo

Page 21: Alentejo

PortalegrePortalegreSé Catedral, Museu da Tapeçaria Guy Fino: “Ao atribuir ao Museu de Tapeçaria de Portalegre o nome de Guy Fino pretendeu-se prestar a justa homenagem ao homem que definitivamente integrou Portugal na lista dos grandes produtores internacionais de Tapeçaria.” Casa Museu José Régio

Page 22: Alentejo

Castelo de Vide –Castelo de Vide – Sintra do AlentejoSintra do Alentejo

Judiaria (séc. XIII): um dos exemplos mais importantes e bem preservados da presença judaica em Portugal.

Page 23: Alentejo

Crato – Alter do Chão - AvisCrato – Alter do Chão - Avis

Crato: Mosteiro/Pousada de Flor de Rosa.Alter do Chão: Coudelaria, Cavalo Lusitano, Lenda dos 12 Melhores de Alter.Avis: Convento de São Bento da Ordem de Avis.

Page 24: Alentejo

Guião para a Apresentação Oral sobre o Alentejo

Em Odemira: Zambujeira do Mar e Vila Nova de MilfontesEstas duas localidades encontram-se inseridas no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Na Zambujeira do Mar, destaca-se a praia do Carvalhal e o Festival do Sudoeste, um festival de Verão. Vila Nova de Milfontes é considerada a cidade das três mentiras, porquê? Não é uma vila, não é nova e não tem mil fontes. Exemplo de actividades: falar sobre os festivais do Verão, os hábitos dos jovens hoje em dia.

AlmodôvarFoi em Almodôvar que existiu a primeira Universidade de Teologia no Sul de Portugal e funcionava no Convento de S. Francisco, datado do século XVII. É também aqui que se pode visitar o Museu da Escrita do Sudoeste, o qual mostra como os povos da Península Ibérica comunicavam através da escrita.

MértolaEm Mértola pode-se visitar o Castelo e a Igreja Matriz, antiga Mesquita do século XII. Pela importância islâmica desta cidade, é nela que se alberga o maior museu islâmico de toda a Europa. Também se pode aproveitar para ir a banhos na praia fluvial ou então visitar as Minas de S. Domingos, bem próximas.

SerpaJá em Serpa é possível visitar o Museu Etnográfico, a Torre do Relógio, que se supõe ser a terceira mais antiga do país e o Castelo. Para provar, existe o vinho e o famoso queijo de ovelha de Serpa.

Beja Beja é a capital do Baixo Alentejo. A importância do seu Castelo deve-se muito à sua Torre de Menagem, a qual é das mais altas de Portugal. Também é digno de visita o Museu Rainha Dona Leonor, criado entre 1927 e 1928, no antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ordem das Clarissas. Foi neste Convento, por volta de 1665, que a freira Sóror Mariana Alcoforado se apaixonou pelo Marquês de Chamilly, a quem escreveu cinco cartas de amor. Entregava-as através da janela do Convento. Foram publicadas em 1669 pelo editor Claude Barbin e são conhecidas pelas “Cartas Portuguesas”. Bem perto, a mais ou menos 10 km., pode visitar as Ruínas Romanas de Pisões.

Sines e Porto CôvoSines foi o local de nascimento de Vasco da Gama, o descobridor do caminho marítimo para a Índia. Nesta cidade, pode também visitar o Castelo e deliciar-se com o Festival Músicas do Mundo, que reúne músicas de todos os estilos e países. Porto Côvo é uma bonita aldeia alentejana que viu o seu nome correr Portugal depois de o músico português, Rui Veloso, lhe dar alma numa das suas músicas mais conhecidas. (ouvir a música, esclarecer as dúvidas de vocabulário e comentar a letra)

GrândolaEm Grândola, podemos ver o Memorial ao 25 de Abril, o qual tem, no centro, um cravo e, nos lados, a letra e os acordes da música de Zeca Afonso, “Grândola Vila Morena”. É precisamente o cantor na foto da direita, sendo este o Monumento a Zeca Afonso. (ler a introdução que está na ficha da música, explicar brevemente o que foi o 25 de Abril [uma explicação mais extensa poderá ficar para uma data próxima de Abril] e começar a ouvir a música, corrigir dúvidas de vocabulário e comentar a letra).

Page 25: Alentejo

TróiaNa Península de Tróia, a praia de Tróia-Mar é a mais conhecida e é própria para a prática de surf e bodybord. Soltróia é uma urbanização turística. Mas esta não é uma zona exclusivamente turística, e a prova disso são as suas ruínas romanas, que em tempos idos teriam sido um complexo de produção de conservas e molhos de peixe.

Alcácer do SalEm Alcácer do Sal, pode visitar o Castelo. Em Alvito, a localidade com a maior concentração de portais manuelinos de todo o Baixo Alentejo, pode visitar as Grutas do Rossio, situadas por baixo da Praça do Rossio, um conjunto de galerias subterrâneas resultantes da exploração de pedra desde o século XII. E na Vidigueira pode ver a Villa Romana de São Cucufate e a Torre do Relógio, a qual tem o sino com a Cruz de Cristo, com as armas dos Gamas e com a inscrição de 1520. Mais uma vez aparece o nome Gama. É que o rei D. Manuel I concedeu o título de Conde da Vidigueira a Vasco da Gama. Os seus restos mortais ficaram aqui sepultados durante muito tempo, até que foram transladados para o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Mas será que foram mesmo?(ler a carta do Francisco, resolver dúvidas de vocabulário, comentar e explicar o que significa “deixa o osso” = quando os lisboetas quiseram transladar as ossadas de Vasco da Gama para o Mosteiro dos Jerónimos, os alentejanos não ficaram muito contentes porque o seu antepassado pertencia àquela terra, daí os lisboetas dizerem “larga o osso, deixa-nos levá-lo para Lisboa”. Então, os alentejanos, como não são parvos nenhuns, indicaram uma sepultura que dizia “Vasco da Gama”. O problema é que aquela família tinha tido muitas gerações de Vascos da Gama e, por isso mesmo, não se sabe ao certo se é o verdadeiro Vasco da Gama que descobriu o caminho marítimo para a Índia que está lá ou um parente deste.) Exemplo de actividades: falar dos Descobrimentos portugueses, dos outros países lusófonos.

Moura e BarrancosEm Moura é possível visitar o Castelo, datado do século XIII, a Igreja de São João Baptista e a Mouraria, com as suas ruas sinuosas ainda bem conservadas. O vinho de Moura é um dos mais conhecidos em Portugal.Em Barrancos destaca-se o Parque de Natureza de Noudar e o dialecto “barranquenho”, uma fusão muito própria entre o português e o espanhol, sendo leccionado nas escolas da zona. Exemplo de actividades: dar exemplos de “barranquenho”.

Portel e Viana do AlentejoEm Portel pode visitar o Castelo, fundado no século XIII, e a Barragem do Alqueva, o maior lago artificial da Europa. Muito famoso é o mel de Portel.Já Viana do Alentejo é muito conhecida pelo Santuário da Nossa Senhora d'Aires, centro de peregrinação desde 1743 e palco de festa em Setembro. Também é impressionante o Castelo de Viana. O artesanato nesta região é muito interessante, destacando-se os tradicionais chocalhos, que até deram direito ao Museu dos Chocalhos, em Alcáçovas.

ÉvoraÉvora tem o seu centro histórico classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Nesta cidade não pode deixar de ver o Templo Romano, também conhecido como Templo de Diana, a Sé Catedral, a Igreja de São Francisco com a famosa Capela dos Ossos, o Palácio dos Lóios, o Palácio de D. Manuel, do qual só resta a Galeria das Damas, o Palácio dos Duques do Cadaval, o Aqueduto e o Convento de Santa Clara.

Montemor-o-NovoÉ interessante visitar o famoso Castelo, as Grutas do Escoural e os numerosos monumentos pré-históricos presentes nesta região, de entre os quais a Anta da Comenda da Igreja e os menires.

Page 26: Alentejo

ArraiolosO Castelo de Arraiolos é muito curioso porque é dos poucos exemplos de arquitectura rectangular. Também interessante é o Monumento à Tapeçaria, e isto devido aos mundialmente famosos tapetes de Arraiolos. A produção destes tapetes, de influência mourisca, data do século XII, tendo-se desenvolvido no século XV e atingido o seu auge no século XVII, com os conhecidos motivos florais. São tapetes, ou almofadas, bordados com lã, nas mais variadas cores, sobre uma tela de junta ou algodão, com os mais variados padrões. Em Maio, dá-se o evento “O Tapete Está na Rua”, em que de todas as janelas pendem estes tapetes e quem sai à rua pode apreciar um bonito espectáculo.

Vila ViçosaO impressionante Paço Ducal de Vila Viçosa é uma visita indispensável. De facto, Vila Viçosa sempre esteve muito ligada à monarquia portuguesa e este exemplar pertence à Casa de Bragança, uma família nobre fundada no século XV. Também se pode visitar o Castelo, do século XIII. Importante nesta região é o mármore, especificamente o rosa, o qual é extraído e explorado por mais de 160 pedreiras. Como tal, também existe um Museu dedicado a este material, o Museu do Mármore, localizado na antiga Estação de Caminhos de Ferro. Figura incontornável desta localidade é a poetiza Florbela Espanca. (ler as introduções sobre os Trovante e Florbela Espanca, ler o poema e depois ouvir a música; esclarecer as dúvidas de vocabulário e comentar a letra).

Borba e Estremoz Também nesta localidade se pode ver a influência do mármore, particularmente na Fonte das Bicas ou Chafariz de Borba, construído em 1781. O vinho de Borba é um dos mais famosos do país e, por isso mesmo, realiza-se nesta localidade a Festa da Vinha e do Vinho.Estremoz é conhecida como “a cidade branca do Alentejo”, não só pelo seu casario branco, mas também pela influência que o mármore tem nesta localidade. (ler powerpoint). De interesse é todo o conjunto da Alcáçova de Estremoz e o Café Águias d'Ouro, construído entre 1908 e 1909. É um raro sobrevivente dos antigos cafés de tertúlia portugueses de início do século XX, nos quais os grandes intelectuais da época se reuniam para discutir literatura, política, arte, entre outras questões de interesse.

ElvasElvas, cidade fortificação, também foi considerada Património da Humanidade pela UNESCO. É possível visitar o Castelo, do século XVIII, o Aqueduto da Amoreira, construído entre 1498 e 1622 (ler powerpoint), o Forte da Graça e as Muralhas da cidade.

Campo MaiorEm Campo Maior deu-se uma grande catástrofe aquando da explosão do paiol da Torre de Menagem do Castelo, a qual destruíu muitos edifícios de interesse. É possível visitar o Castelo e a Igreja Matriz com a Capela dos Ossos, resultante da explosão. (ler powerpoint), por isso mesmo criou-se o Museu do Café, da marca DELTA. Outro atractivo desta cidade são as festas de Campo Maior, quando as ruas se enchem de flores de papel feitas pelos residentes de cada rua. É possível apreciar rosas, cravos, tulipas, glicínias e até mesmo ouvir as “saias”, quadras soltas acompanhadas de pandeiretas e castanholas.

PortalegreEm Portalegre, capital do Alto Alentejo, é interessante visitar a Sé Catedral, o Museu Guy Fino, que mostra a famosa tapeçaria da região, e a Casa-Museu do poeta José Régio. (ler a introdução na ficha, ler o poema e comentar o significado).

Page 27: Alentejo

Castelo de VideCastelo de Vide é conhecida como “a Sintra do Alentejo”, pela sua beleza. Uma visita a não perder é à Judiaria, datada do século XIII, um dos melhores e mais bem preservados exemplares da presença judaica em Portugal. Ainda preserva a Sinagoga, as janelas e portas ogivais das habitações e as portas do comércio, algumas até decoradas com símbolos profissionais.

Crato, Alter do Chão e AvisNo Crato é interessante visitar o Mosteiro de Flor de Rosa, hoje em dia transformado em Pousada. Em Alter do Chão é fundamental visitar o Castelo, do século XIV, pertencente à casa de Bragança, o Palácio e Jardim do Álamo e a Coudelaria Alter Real, fundada em 1748 por D. João V, para criação da raça lusitana. (ler a Lenda dos 12 Melhores de Alter: Antigamente, os habitantes do reino deviam dar pousadaria ao Rei e aos Nobres, mas isso supunha uma despesa muito grande para gentes tão pobres, pelo que pelo Foral de Alter, os seus habitantes só deviam pousadoria ao Rei e à Corte que se deslocasse com ele. Ora, um nobre, que não ia com o Rei, decidiu que as gentes de Alter lhe deviam pousadoria, mas estas recusaram-se invocando o seu Foral. Aquele, muito ofendido, fez saber do sucedido ao rei, o qual deu razão aos alterenses. Sentindo-se desrespeitado, o nobre chamou os seus irmãos e, juntos, dirigiram-se a Alter e mataram os seus 12 melhores homens, aqueles mesmos que se tinham oposto à sua pousadoria. O rei, quando soube do que se tinha passado, mandou capturar o nobre, mas este já tinha fugido para Espanha, de onde não mais voltou. Em honra destes homens, foi construído o jardim dos 12 melhores de Alter, junto ao Castelo, construído pelo rei D. Pedro, filho daquele rei.)Avis foi sede de uma das mais importantes Ordens Militares, a Ordem Militar de Avis. Um monumento a não perder é o bonito Convento de S. Bento de Avis, de 1211. Também interessante é o Castelo, o qual, segundo reza a lenda, foi construído, durante a noite, em segredo, e de manhã tapavam-se as muralhas com ramos para o inimigo mouro não se aperceber.

Page 28: Alentejo

Rui Veloso – Porto Côvo (1986)

Roendo uma laranja na falésiaOlhando o mundo azul à minha frente,Ouvindo um rouxinol nas redondezas,

No calmo improviso do poente

Em baixo fogos trémulos nas tendasAo largo as águas brilham como prataE a brisa vai contando velhas lendas

De portos e baías de piratas

Havia um pessegueiro na ilhaPlantado por um Vízir de Odemira

Que dizem (que) por amor se matou novoAqui, no lugar de Porto Côvo

A lua já desceu sobre esta pazE reina sobre todo este luzeiroÀ volta toda a vida se compraz

Enquanto um sargo assa no brazeiro

Ao longe a cidadela de um navioAcende-se no mar como um desejoPor trás de mim o bafo do destino

Devolve-me à lembrança do Alentejo

Havia um pessegueiro na ilhaPlantado por um Vízir de Odemira

Que dizem (que) por amor se matou novoAqui, no lugar de Porto Côvo

Roendo uma laranja na falésiaOlhando à minha frente o azul escuro

Podia ser um peixe na maréNadando sem passado nem futuro

Havia um pessegueiro na ilhaPlantado por um Vizir de Odemira

Que dizem que por amor se matou novoAqui, no lugar de Porto Côvo

Page 29: Alentejo

Grândola Vila Morena – Zeca Afonso (1971)

“Em Maio de 1964, José Afonso actua na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, onde se inspira para fazer a canção «Grândola, Vila Morena», que viria a ser no dia 25 de Abril de 1974 a senha do Movimento das Forças Armadas (MFA) para o derrube do regime ditatorial.”

em: Associação José Afonso: http://www.aja.pt/biografia/

Grândola, vila morenaTerra da fraternidade

O povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordena

Terra da fraternidadeGrândola, vila morena

Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdadeGrândola, vila morenaTerra da fraternidade

Terra da fraternidadeGrândola, vila morena

Em cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola a tua vontade

Grândola a tua vontadeJurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheiraQue já não sabia a idade

Page 30: Alentejo

Olá a todos os extraordinários alunos de português de Ayamonte, que se têm empenhado

todos os dias para aprender a língua com que Luís Vaz de Camões escreveu os Lusíadas. Esse livro

marcante que narra a epopeia do meu antepassado Vasco da Gama, celebrando a sua chegada à Índia

por mar, no ano de 1498. Quero transmitir-vos um pouco do seu legado histórico, de que hoje aqui

em Portugal nos orgulhamos.

A família Gama tinha origem no profundo Alentejo, e o seu nome deriva do animal gamo.

Durante o século XIII, o primeiro portador deste apelido era cavaleiro e um fabuloso caçador, por

isso, numa das suas casuais voltas pelo campo na companhia do Rei, caçou, com enorme destreza,

um gamo. O Rei ao ver a sua precisão e valentia, honra-o com o apelido do seu prémio de caça.

Na vila de Sines, situada na costa alentejana, nascia um rapaz chamado de Vasco, no ano de

1469, era o segundo filho do Alcaide-Mor Estevão da Gama e de sua mulher Isabel de Sodré, tendo

como irmãos, Paulo, Aires e Teresa. Desde cedo se interessou pelo mar, devido à sua proximidade

com o porto marítimo de Sines e à profissão do pai, que servia o Rei Dom João II como espião no

norte de Africa, sendo obrigado a navegar durante alguns dias. Quando ainda era jovem, chegou a ir

várias vezes ao Paço Real com o seu pai e travou amizade com o irmão da Rainha D. Leonor, o

pequeno D. Manuel, que mais tarde se tornaria El Rei de Portugal. A sua amizade foi crescendo, e

quando o Rei Dom Manuel I pensou em alguém para comandar a armada de quatro navios que

partiria para a Índia, não teve dúvidas de quem escolher, fazendo logo Vasco da Gama Capitão-Mor,

pois era conhecido pela sua coragem e teimosia.

Este valoroso português ligou o ocidente ao oriente e aproximou a cristandade do islamismo,

com o verdadeiro objectivo de alcançar a Cidade de Jerusalém; esse sempre foi o real propósito dos

descobrimentos portugueses. Apesar do sucesso, o navegador teve problemas após a sua chegada a

Calecut, na Índia, onde foi mal recebido pelo Rei Samurim, que o prendeu, só acabando por ser

salvo ao som dos tiros de canhão vindos das naus, que assustaram o soberano. O nome Samurim

significa “Rei do Mar”, e era conhecido pela sua pouca benevolência.

Durante o regresso a Lisboa, morre de escorbuto o seu irmão Paulo, que comandava a nau

Page 31: Alentejo

São Rafael, devido à falta de vitamina C.

O Rei Dom Manuel I dá-lhe o título de Conde da Vidigueira, entre outras honrarias. O seu

prestigio ficaria assinalado para sempre com um pormenor, é que para além dos reis era ele e os

seus descendentes os únicos a poderem usar a distinção de Dom por extenso.

Vasco da Gama casa com D. Catarina de Ataíde, e tem sete filhos, eu descendo do mais

velho, que curiosamente tem o mesmo nome que eu, Francisco.

Em 1524, torna-se Vice-Rei da Índia, e acaba com o governo corrupto do seu antecessor D.

Duarte de Menezes, mas não duraria muito tempo, tendo morrido nesse mesmo ano de ataque

cardíaco, em Coxim, na Índia. Os seus amigos conseguem transladar o corpo para a Vidigueira.

Hoje repousa no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, à frente do túmulo de Luís Vaz de Camões, o

herói e o seu narrador. Mas não se tem bem a certeza se é o verdadeiro Vasco da Gama, pois se crê

que tenha ficado na Vidigueira, por persistência dos alentejanos, que não se queriam desfazer do seu

maior representante, dando origem ao tradicional pregão “larga o osso”.

Um facto que iria traçar os destinos de Luís Vaz de Camões, era a amizade de Vasco da

Gama com o seu avô Antão Vaz de Camões, ambos navegadores. Desta forma, o poeta ficaria a

conhecer a aventura de tão ilustre alentejano pela voz do avô.

Dezenas de ruas ainda actualmente ostentam o nome do descobridor nas suas placas,

principalmente no Alentejo.

Conto-vos estes segredos e histórias, que nem todos os portugueses têm conhecimento,

porque espero que um dia ao vislumbrarem o mar sintam vontade de partir e de surpreender o

Mundo.

Grande abraço a todos os alunos

Francisco Teles da Gama

Page 32: Alentejo

Trovante - Perdidamente (1987) e Florbela Espanca – Ser Poeta (1931)

Ser Poeta

Ser Poeta é ser mais alto, é ser maiorDo que os homens! Morder como quem beija!É ser mendigo e dar como quem sejaRei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos os esplendorE não saber sequer que se deseja!É ter cá dentro um astro que flameja,É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...É seres alma e sangue e vida em mimE dizê-lo cantando a toda a gente!

“Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894. Em Novembro de 1903, aos sete anos de idade, escreve a sua primeira poesia de que há conhecimento.” “Refere o seu Alentejo e os locais ligados às suas origens, e exalta a Pátria em alguns poemas. Mas a sua escrita situar-se-á sobretudo no campo da paixão humana.” Em: http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/florbela_espanca/biografia.html e http://www.vidaslusofonas.pt/florbela_espanca.htm

“Os Trovante começaram em 1976, em Sagres, quando um grupo de amigos se juntou para fazer música. A sua formação original era constituída por João Nuno Represas, Luís Represas, Manuel Faria, João Gil e Artur Costa.” Em: http://anos80.no.sapo.pt/trovante.htm

Page 33: Alentejo

José Régio – Cântico Negro (1925)

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos docesEstendendo-me os braços, e segurosDe que seria bom que eu os ouvisseQuando me dizem: "vem por aqui!"Eu olho-os com olhos lassos,(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)E cruzo os braços,E nunca vou por ali...A minha glória é esta:Criar desumanidades!Não acompanhar ninguém.— Que eu vivo com o mesmo sem-vontadeCom que rasguei o ventre à minha mãeNão, não vou por aí! Só vou por ondeMe levam meus próprios passos...Se ao que busco saber nenhum de vós respondePor que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,Redemoinhar aos ventos,Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,A ir por aí...Se vim ao mundo, foiSó para desflorar florestas virgens,E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vósQue me dareis impulsos, ferramentas e coragemPara eu derrubar os meus obstáculos?...Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,E vós amais o que é fácil!Eu amo o Longe e a Miragem,Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,Tendes jardins, tendes canteiros,Tendes pátria, tendes tetos,E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...Eu tenho a minha Loucura !Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;Mas eu, que nunca principio nem acabo,Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,Ninguém me peça definições!Ninguém me diga: "vem por aqui"!A minha vida é um vendaval que se soltou,É uma onda que se alevantou,É um átomo a mais que se animou...Não sei por onde vou,Não sei para onde vouSei que não vou por aí!

“José Régio, pseudónimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde, em 1901. Licenciado em Letras, em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estreia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.” Em: http://www.releituras.com/jregio_cantico.asp

Page 34: Alentejo

Exemplos de Trabalhos sobre de Pesquisa

Regras: A informação recolhida deve estar em português. Objectivo: Construir um texto de entre 5 a 10 linhas sobre os temas pesquisados.

• a origem do nome “Alentejo”.Regras: texto de 3 linhas.

• o artesanato no Alentejo.Regras: texto de 5 linhas.

• os tapetes de Arraiolos.Regras: texto de 5 linhas.

• a tapeçaria de Portalegre. Regras: texto de 5 linhas.

• as festas do povo de Campo Maior. Regras: texto de 3 linhas.

• a arquitectura do Alentejo: por exemplo, como são as casas típicas. Falar, também, do mármore português (ver localidades como Vila Viçosa, Borba, Estremoz, etc.)Regras: texto de 5 linhas.

• a arte manuelina no Alentejo: por exemplo, em Alvito, Moura, etc.Regras: texto de 5 linhas.

• música tradicional alentejana: procurar, principalmente, o cante alentejano.Regras: texto de 5 linhas.

• trajes tradicionais do Alentejo;Regras: texto de 3 linhas.

• gastronomia do Alentejo: ter particular interesse pelos doces;Regras: texto de, pelo menos, 5 linhas sobre a gastronomia do Alentejo (como se fosse uma introdução). Pesquisar algumas receitas alentejanas (principalmente os doces tradicionais).

• o desporto no Alentejo.Regras: referir os desportos mais praticados no Alentejo; introduzir os principais clubes de futebol do Alentejo. No total, este tema deve ter 7 linhas.

• pesquisar atracções turísticas nos seguintes sítios:◦ Évora (património da UNESCO).Regras: texto de 10 linhas sobre aquilo que podemos visitar na cidade; falar também de esta ser considerada património da UNESCO.◦ Montemor-o-NovoRegras: texto de 7 linhas sobre aquilo que podemos visitar. ◦ as praias do litoral alentejanoRegras: texto de 7 linhas sobre as melhores praias do litoral alentejano e sobre as actividades que se podem praticar lá.

Page 35: Alentejo

• a natureza no Algarve:◦ Parque Natural do Vale do Guadiana e Pulo do Lobo;Regras: texto de 5 linhas para cada tema (10 linhas no total). Procurar informação sobre a fauna e a flora.◦ Parque de Natureza de Noudar e Fonte da Pipa.Regras: texto de 5 linhas para cada tema (10 linhas no total). Procurar informação sobre a fauna e a flora.