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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO MÔNICA MARIA SILVA COMPANHEIRO ALVES NOVA CRUZ-RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

MÔNICA MARIA SILVA COMPANHEIRO ALVES

NOVA CRUZ-RN

2016

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MÔNICA MARIA SILVA COMPANHEIRO ALVES

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia a Distância do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob a orientação da professora Mestra Antonia Costa de Andrade.

NOVA CRUZ-RN

2016

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FICHA CATALOGRÁFICA

Alves, Mônica Maria silva companheiro.

Alfabetização e Letramento /Nova Cruz: 2016

Orientador: Prof. Mestre Antônia Costa de Andrade.

Trabalho de conclusão do curso de Pedagogia a distância do centro de educação da universidade federal do rio Grande do Norte – 2016.

UFRN - 2016

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

POR

MÔNICA MARIA SILVA COMPANHEIRO ALVES

Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia a Distância do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sobe a orientação da professora mestra Antonia Costa de Andrade

DATA___/___/___.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________

Professora Mestra Antonia Costa de Andrade (Orientadora)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________

Professora Ms. Isa Pereira dos Santos

Universidade Gama Filho / RJ

____________________________________________________

Professor Ms. José Thomaz da Silva neto

Universidade Gama Filho / RJ

Nova Cruz

2016

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DEDICATORIA

Dedico este trabalho aos meus pais, que ao longo do tempo investiram no

meu estudo.

Ao meu esposo e meus filhos, que tanto me apoiaram e incentivaram, na

realização deste sonho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida, da inteligência, da perseverança e da fé. Obrigada pela sua presença em mais uma jornada.

A minha família e amigos, que direta e indiretamente, incentivaram a realizar o curso de Pedagogia a distância.

Meu carinho e gratidão aos nossos tutores e professores pelas valiosas orientações ao longo desta construção de conhecimentos.

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EPÍGRAFE

O nascimento do pensamento é igual ao

nascimento de uma criança: tudo começa

com um ato de amor. Uma semente há de

ser depositada no ventre vazio. Por isso

os educadores, antes de serem

especialistas em ferramentas do saber,

deveriam ser especialistas em amor:

Intérpretes de sonhos.

Rubens Alves

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................9

1.1 Métodos de ensino ao longo do tempo.............................................10

1.2 O desafio de ensinar a ler e escrever................................................14

1.3 Várias formas de alfabetizar...............................................................16

2. O QUE AS CRIANÇAS SOBEM SOBRE A LÍNGUA ESCRITA....................18

2.1 O ambiente alfabetizador....................................................................20

2.2 Consciência fonológica......................................................................21

2.3 Alfabetizar letrando..............................................................................21

2.4 Como se aprender com o lúdico.........................................................22

3. AVALIAÇÃO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO............................................22

3.1 A família na escola e no processo de alfabetização das crianças...22

3.2 Considerações finais............................................................................23

REFERÊNCIAS.....................................................................................................25

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Mônica Maria Silva Companheiro Alves

monicamariada [email protected]

RESUMO

O objetivo desse artigo cientifico é evidenciar, as práticas pedagógicas, voltada para um processo de

alfabetização na forma de letramento, na turma do 2ª ano “A”, da Escola Municipal Deputado Grimaldi

Ribeiro, a qual apresenta um rendimento insatisfatório, no que se diz respeito a aquisição da leitura e

escrita. O trabalho propôs a entender os métodos e estratégias pedagógicas no campo da

alfabetização. Para compreender melhor esse processo o artigo faz um sucinto passeio na história da

educação, explanando as principais tendências pedagógicas, Refletindo sobre os desafios presentes

do professor alfabetizador, de garantir as competências adequadas para o ano de escolaridade, como

a difícil tarefa de envolver a família no âmbito escolar. Na busca por um ensino de qualidade, onde a

criança aprenda de maneira prazerosa, se faz necessário um ambiente facilitador, que viabilize a

aquisição da língua, fazendo uso de diversas atividades.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento - Alfabetização - Aprendizado

ABSTRAT

The aim of this scientific paper is to highlight the pedagogical practices, focused on a literacy

process in the form of literacy, in the class of 2nd year "A", the Municipal School Mr Grimaldi

Ribeiro, which has a poor performance, in what is said regarding the acquisition of reading

and writing. The work proposed to understand the methods and teaching strategies in the

field of literacy. To better understand this process, the article makes a brief tour in the history

of education, explaining the main pedagogical trends Reflecting on the present challenges of

literacy teacher, to ensure the right skills for the school year, as the difficult task of involving

the family in schools. In the search for a quality education, where children learn in a pleasant

way, if an enabling environment is necessary, which facilitates the acquisition of language,

making use of various activities.

KEYWORDS: literacy- literacy- learning.

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1. INTRODUÇÃO

Durante anos o homem vem desenvolvendo, métodos de ensino-

aprendizagem, o qual se define como pedagogias, que tem como objetivos contribuir

para o aperfeiçoamento e transformação dos educandos em uma sociedade

competitiva. No século XXI o educador enfrenta o desafio de aprender a ensinar,

com qualidade refletindo nas estratégias utilizadas para que a aprendizagem

aconteça numa perspectiva dinâmica e atrativa que envolva a língua e a escrita

principalmente quando se refere ao processo de alfabetização nos anos iniciais do

ensino fundamental I. Desse modo o ponto central deste trabalho e ponderar sobre

os fatores que implica para a não aprendizagem da turma do 2ª ano “A”, da “Escola

Municipal Deputado Grimaldi Ribeiro” a qual não apresenta as competências

fundamentais para o ano de escolarização, cabendo ao educador transformar esse

quadro por meio do envolvimento da família que é de grande importância neste

processo, como também investir na sua capacitação para que ele possa ser capaz

de trabalhar em equipe, identificando problemas, buscando soluções, sendo agente

de metodologias que constrói o conhecimento, habilitado a ensinar a criança a

perceber o mundo e a transforma-lo, por meio da inserção numa cultura letrada como

a atual. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de língua Portuguesa refere-

se ao fundamental desenvolvimento linguístico do homem:

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os alunos o acesso aos saberes, linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. (BRASIL, 1997, p. 21)

Porém percebe-se, é que o homem, que faz uso da razão tem em suas mão o

potencial de observar, modificar e transformar a sociedade, através da competência

eficaz da língua, garantindo seu lugar na sociedade por meio da educação na qual é

dever do estado oferecê-la com qualidade, assim refletiremos sobre as

circunstâncias do educador, aluno e família. A escola ainda não consegue fazer com

que a criança aprenda de forma completa, sem que haja uma efetiva contribuição da

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família. A mediação do conhecimento que é obrigação da escola, há muito tempo

vem sendo confundida com a obrigação da família, que é a educação, não pode-se

negar que a instituição denominada de escola, também exerce um papel muito

importante na formação, socialização e porque não dizer, também educação.

1.2 MÉTODOS DE ENSINO AO LONGO DO TEMPO

Ao longo do tempo a educação em nosso pais a qual é uma sociedade

capitalista, vem passando por várias processos de transformação, portanto para

compreender essas mudanças no cenário educativo, se faz necessário conhecer a

história de alguns métodos de ensino e aprendizagem, que teve sua origem em

alguns teóricos que contribuíram com suas ideias para educação. Tudo teve início

no período colonial com a pedagogia dos Jesuítas a qual foi marcada pelo plano de

instrução elaborado por Pe. Manuel de Nobrega, que tinha como base a doutrina

cristã, seus objetivos era a formação do homem universal e humanista. A tarefa

educativa estava voltada para a catequese e instrução dos indígenas, visando a

disciplina como garantia de paz. Todavia a elite colonial recebia uma educação

diferenciada.

Logo após, temos a reforma protestante no renascimento da idade moderna

apresentada por Martinho Lutero, o autor da reformulação do sistema de ensino

público, em que defendia intensamente a implantação da escola primaria para todos.

“A ideia da escola pública é para todos, organizada em três grandes ciclos

fundamental, médio e superior, e voltada para o saber útil, nascer do projeto

educacional de Lutero” (FERRARE, 2016), desta forma surge a preocupação com

os métodos pedagógicos o qual propõem a valorização dos conteúdos literários, a

história da matemática, exercícios físicos, músicas e jogos, em vez dos castigos

físicos e o verbalismo vazio que a reforma protestante repudiava. Neste quadro

entende-se que a tendência liberal tradicional inicia-se desde os jesuítas e

predomina-se até meados dos anos de 1930, percorrendo pelas pedagogias dos

humanistas, se desdobrando em muitas pedagogias nomeada como, católica,

jesuítica, brasílica, laica entre outras.

A escola tradicional surgiu através do interesse da burguesia, com o objetivo

de proteger seus filhos, do desvio do mundo, por isso o controle das atividades

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educativas era traçada com base na transferência verbal dos valores é convicções

conservadoras da moral. É importante também destacar que a escola não perdeu

seu vínculo e seus valores, muito embora ainda há uma certa dificuldade em

compreender e atender aquilo que a sociedade espera da escola. A esse respeito,

Peres e Cruz (2006, p. 04), diz que:

No campo das teorias e metodologias, encontrarem-nos selecionadas e divididas em pelo menos dois grandes grupos: tradicionais ou conservadores e liberais ou inovadores. Os educadores que utilizam as teorias tradicionais para direcionar suas ações pedagógicas, no geral, se apresentam como detentores do saber. Encontram-se determinados a demonstrar seus conhecimentos no trato com a informação deixado claro, ao educando, sua autoridade de mestre, a fim de garantir a formação proposta como meta.

O mestre se apresenta como um modelo a ser seguido, o aluno e passivo,

apenas um receptor da tradição cultural, considerados como um papel em branco,

os conteúdos são separados do viver social do aluno.

Do século XVI até o XX, a escola tradicional sofreu inúmeras transformações,

desde que surgiu o movimento da escola nova, que criticava seus procedimentos.

Temos então a pedagogia liberal renovadora progressista ou pragmatista que chega

ao Brasil defendendo um novo olhar para o feito de ensinar em uma escola pública,

laica e obrigatória para todos, preparando o aluno para um viver social no qual ele

deve buscar por meio de experimentação num processo ágil de construção e

reconstrução, seus próprios conhecimentos, o aluno é visto como o centro e a escola

precisa se adequar as necessidades do meio, (criança) suprindo as práticas a qual

permite o educando educa-se, respeitando a autonomia e liberdade, o professor e

um auxiliar na verdade um mediador que dar os meios para o discente adquirir

conhecimentos é entende que a organização do conhecimento é construído através

do método cientifico, usando a observação, levantando hipóteses e compartilhando

experiências.

A pedagogia Renovadora teve como seu maior nome no Brasil Anísio

Teixeira, inspirado por John Dewey, e outros filósofos.

A tendência liberal renovada manifesta-se por várias versões: a renovada progressista ou pragmática, que tem em John Dewey e Anésio Teixeira seu representantes mais significativos; a renovada não-diretiva, fortemente inspirada em Carl Rogers, o qual enfatiza também a igualdade e o sentimento de cultura como desenvolvimento de aptidões individuais; a

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culturalistas; a piagetiana; a montessoriana; todos relacionadas com os fundamentos da Escola Nova ou Escola Ativa. (QUEIROZ e MOITA, 2007, p. 06).

Na escola nova as atividades eram livres, onde as experiências produziam

conhecimentos, a fim de que acontecesse essa aquisição, aproveitava-se as

oportunidades do presente, tendo contato com as transformações existente no

mundo. A tendência pedagógica renovada, defendia uma aprendizagem ativa e

participativa.

Neste processo histórico temos a pedagogia tecnicista que se apresenta

justamente o contrário almejado por Anísio Teixeira para a educação, uma

pedagogia voltada para os modelos prontos, não desenvolve a capacidade do aluno

de reflexionar sobre a vida, pois seus conteúdos eram fragmentados com proposito

de favorecer o sistema capitalista, a tendência tecnicista implantou-se no Brasil nos

anos 60. “[...] Com o objetivo de adequar o sistema educacional à orientação político-

econômica do regime militar: inserir a escola nos modelos de racionalização do

sistema de produção capitalista [...]” (LUCKESI, 2003, p.63).

Tendo como pressuposto de aprendizagem o controle e condicionamento de

desempenho, porque o papel da escola nesta tendência é preparar o educando para

o mercado de trabalho. Uma das celebridades dessa corrente do pensamento é

Burrhus Frederic Skinner. Como diz Amaral (2007, p. 5):

Ele faz a distinção entre a aprendizagem por condicionamento clássico da que ocorre por condicionamento operante, descrita por ele. A aprendizagem por condicionamento operante apoia-se em respostas do tipo instrumental, ou seja, respostas emitidas a partir de um reforço especifico, que aumenta a probabilidade de sua emissão. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação [...].

Percebesse que essa corrente teórica de Skinner inspirada no Behaviorismo,

prioriza a observação do comportamento externo, e sua função no que refere-se a

educação é formar alunos, para o mercado de trabalho, utilizando métodos

científicos instrucionais tendo em vista o domínio efetivo dos resultados em que os

educandos deveriam apresentar referente aos procedimentos desejados.

Reportamos ao conceito estudado por Queiroz e Moita (2007, p. 8):

A educação, a escola passa a ter seu trabalho fragmentado com o objetivo de produzir os “produtos” sonhados e demandados pela sociedade

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capitalista e industrial. Tais como: o microensino, o tele ensino a instrução programada, entre outras. Subordina a educação à sociedade capitalista, tendo como tarefa principal à produção de mão de obra qualificada para atender ao mercado, trazendo para os alunos e para as escolas consequências perversas. (QUEIROZ e MOITA 2007).

Como se pode ver, a educação é objetiva, organizada, racional e eficiente,

não há espaço para o pensar crítico, o professor passou a ser prisioneiro das

técnicas dos manuais, todo o conteúdo é pré-determinado e deve ser fielmente

seguido.

O Brasil passou por várias transformações políticas e econômicas a partir dos

anos cinquenta até setenta, as quais remodela a concepção da educação no pais.

Surgindo assim as tendências progressistas, coincidindo com a intensa

movimentação cultural.

Do ponto de vista de Libâneo (1994), a pedagogia progressista tem sido

demonstrada em três tendências: A Pedagogia Progressista Libertadora, a

Progressista Libertária e a Progressista Critico-social dos conteúdos, que vamos

singulariza-las adiante.

A Pedagogia Libertadora, conhecida como a pedagogia de Paulo Freire teve

seu princípio nos anos oitenta, posteriormente ao termino do regime militar. Tendo

em vista a superação da desigualdade social, proveniente dos movimentos da

educação popular existente no pais. A esse respeito, Pires e Cruz diz que:

O sonho de uma Pedagogia Libertadora tornou-se realidade na hábil e inteligente leitura que Paulo Freire faz da relação entre educação e mundo. Percebendo as transformações políticas, econômicas, culturais e sociais no mundo, Paulo Freire procurou construir, via educação, um método que servisse de ponte entre a realização das necessidades básicas do indivíduo e as exigências de compreensão da nova ordem mundial. Nesta perspectiva, nasceu o Método de Alfabetização de Paulo Freire, o qual tornou-se uma sólida base para a pedagogia Libertadora. (PIRES e CRUZ, 2006. p. 3).

A Pedagogia Libertadora foi estruturada e formada em torno da idealização

do homem como sujeito histórico, mostrando que somente ele pode desejar a

mudança, atrelada ao desejo de saber.

Nesta perspectiva a escola e um espaço vivo e democrático, garantindo a

todos um ensino de qualidade, a educação deve passar pela identidade cultural do

aluno, tendo no dialogo um método eficiente de aprendizagem, o educador e

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educandos se posicionam como sujeito do ato de conhecimento, respeitando as

próprias experiências adquiridas pelos discentes.

A organização dos conteúdos se dão por meio da resolução de problemas do

cotidiano, surgindo assim os temas geradores, provocando uma significação e

interação entre o sujeito e o conteúdo. Por que aproveita-se suas vivencias

interligando os conhecimentos adquirido no decorrer de sua vida é as competências

técnicas, acadêmicas.

Assim como a Pedagogia Libertadora a Libertária defendem a transformação

no perfil dos alunos, os métodos de ensino envolve a vivencia em grupo como retrata

Libâneo (1994).

As versões Libertadora e Libertária têm em comum o ante- autoritarismo, a valorização da experiências vivida como base da relação educativa e a ideia de autogestão pedagógica. Em função disso, dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal (participação em discursões, assembleias, votações) do que aos conteúdos de ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa pratica social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação popular “não-formal”. (LIBÂNEO, 1994. p. 32).

No entanto a tendência da pedagogia crítico-social dos conteúdos, tem como

objetivo a transferência do conhecimento relevante que contempla a formação do

cidadão crítico e emancipado, que luta pelos seus direitos perante uma sociedade

injusta. Cabe ao aluno ser participante buscando desenvolver sua aprendizagem,

por meio dos conteúdos globais, que integra a realidade social, tem no professor um

mediador dos saberes. No Brasil um dos apreciadores dessa tendência e Dermeval

Saviani.

Este sucinto sobrevôo, teve como propósito demonstrar a importância de

compreendermos as tendências pedagógicas e alguns dos seus principais teóricos,

que deixaram suas contribuições, para desenvolvermos um ensino-aprendizagem de

qualidade.

1.3 O DESAFIO DE ENSINAR A LER E ESCREVER

No século XXI a sociedade tem se preocupado como institui uma escola que

exerça seu papel de ensino, oportunizando a construção dos saberes em sala de

aula, deixando de ver o conhecimento como algo concluso, Cortella (2011), “O

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conhecimento é entendido como algo acabado, pronto, encerrado em si mesmo, sem

conexão com sua produção histórica”. Então cabe à escola como ao professor tirar

essa imagem que difundi o conhecimento aos alunos como algo estagnado,

estacionado, a uma necessidade de romper com essa ilusão. Entendemos que os

saberes são construídos com as práticas sociais, envolvendo a realidade do

educando desenvolvendo sua capacidade cognitiva.

Considerando a construção do saber é de essencial importância aprimorar

métodos de aprendizagem que consolide de maneira significativa os avanços da

turma do 2ª ano do ensino fundamental I, organizando, práticas pedagógicas que

trabalhe a autonomia e habilidades do aluno.

Aprender a trabalhar com aluno, requer saberes que vão sendo construídos no

dia a dia, na prática, na interação com os colegas, fatores estes inseridos em uma

temporalidade que acompanha os percursos de vida das professoras.

Para discorrer melhor sobre o que devemos fazer para ensinar a ler e a

escrever, cada professor deve direcionar um olhar atencioso sobre algumas

peculiaridades dessa prática tão preciosa de alfabetizar.

(...) as possibilidades de ação docente na orientação do processo de aquisição do sistema de escrita e de desenvolvimento das habilidades de uso da escrita, na escola, no quadro das atuais concepções sobre aprendizagem da língua escrita e, consequentemente, sobre o seu ensino. (ZACCUR, 2001, p.49).

No passado a língua era entendida penas como a expressão do pensamento,

na atualidade ela passou a ser um instrumento de comunicação um conjunto de

signos organizado através de regras, envolvendo uma mensagem transmitida pelo

emissor que precisa ser compreendida pelo receptor.

Precisamos salientar que o aluno, agora passou a ser visto como um ser ativo

no momento de desenvolver sua leitura, essas ideias e encontrado nas concepções

sócio construtivista, na qual o sujeito, produz seus próprios conhecimento, deixou de

receber informações prontas, agora é precisar usar a mente para construir,

reconstruir hipóteses e compreender os conteúdos.

Então vários formas de alfabetizar foram lançados para suprir essa carência do

professor alfabetizador ao longo da história da educação.

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1.4 VÁRIAS FORMAS DE ALFABETIZAR

No decorre do tempo velhos métodos de alfabetizar passaram pelas escolas

brasileiras, algumas delas ainda continua sendo utilizada em muitas salas de aula

neste Brasil a fora, mesmo quando se tem inovado bastante sobre o tema tratado.

Faremos uma breve revisão sobre várias formas de alfabetizar, para que

possamos inovar no presente, com o intuito de trazer fundamentos novos, para que

os alunos que estão cursando pedagogia é aqueles que já atuam na área possa

construir experiências favoráveis para futuro.

Para início de conversa devemos perceber que todo método de ensino-

aprendizagem seja ele qual for sempre haverá, especulativo a respeito do objeto de

conhecimento a ser compreendido e sobre como as pessoas o apreender.

Então, como primeiro passo, vamos abordar os métodos tradicionais, os mais

utilizados na trajetória da educação sempre criticada pelos seus modelos pautado

na forma mecânica, que engessa o indivíduo de desenvolver sua aprendizagem,

tendo um papel insignificante na elaboração e aquisição do conhecimento, sua visão

e empirista / assuncionista de aprendizagem, na realidade essa pratica seguem

presente até os dias atuais em nossas escolas, onde o professor e o único que

produz conhecimento Morais (2012) fala:

Segundo tal perspectiva, o aprendiz é uma tábua rasa e adquire novos conhecimentos (sobre o alfabeto) recebendo informações prontas do exterior (explicações sobre as relações entre letras e sons) que, através da repetições do gesto gráfico (cópia) e da memorização (das tais relações entre letra e som), passariam a ser suas. (MORAIS, 2012, p. 27).

Vimos então que o professor e o detentor do saber, cabendo ao aluno receber

este conteúdo, e por sua vez decora-lo, um sistema de fácil acúmulo de informações

acolhida. Temos as formosas cartilhas contendo sílabas geradoras formando as

famílias como: “BA- BE- BI- BO- BU- BÃO”, ou quando em vez de sílabas

acrescentam palavras sem sentidos que tenham o mesmo fonema/ grafema para

que as crianças memorize, Morais em seu livro sistema de escrita alfabética, tem

uma grande preocupação ao retorno destes velhas técnicas.

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O método sintético persistir essencialmente numa conformidade entre o oral e

o escrito, entre o som e a grafia. Considerado um dos mais rápidos, natural e clássico

método de alfabetizar por seu ensino inicia-se com um grau de complexidade

simples, podendo ser realizado em qualquer criança. Por que o aprendizado começa

letra por letra, sílaba por sílaba e palavra por palavra. Este método divide-se em três

correntes: O alfabético, onde o aluno assimila as letras, depois elabora a sílaba

ligando consoantes e vogais, para depois construir palavras, em seguida textos. No

silábico o que se aprende primeiro e as sílabas para enfim formar palavras, é o que

retratamos nas antigas cartilhas no processo mecânico de leitura, através das

repetições. Tem o fonético que pressupõe que o aprendiz parta do som das letras

unindo o som da consoantes com o som da vogal, para emitir a sílaba formada, para

Morais (2012) estes três principais métodos sintéticos são:

(...) Todos pressupõe que o aprendiz deve partir de unidade linguísticas menores (letra, sílaba ou fonema) e, na ótica de aprendizagem acumulativa, ir fazendo síntese ou “somando os pedaços”, para poder chegar a “codificar” e “decodificar” unidades maiores que as primeiras que aprendeu. (MORAIS, 2012, p. 28).

Já os analíticos dividem-se em palavração, sentenciação e o método global,

que no final das contas serão depois divididas em partes menores (sílaba, letras,

fonemas) como descreve os métodos sintéticos.

Palavração e constituída da leitura de palavra por palavra, primordialmente

existe um contato com os vocábulos, em seguida integrasse a todos os sons da

língua, adquirindo um bom repertorio de número de palavras, partir assim para a

formação de frases. A sentenciação trabalha as frases que depois vai ser

fragmentada em palavras, e se extrair os elementos singelo as sílabas. No global ou

dos contos, refere-se ao método que alguns críticos, diz que a criança não ler apenas

decora, Morais (2012) verificou que tal método não tem capacidade “(...) a criança

seria exposta a narrativas artificiais (sem qualidade literária, escritas especificamente

para alfabetizar) (...)”. Todavia entendemos que este método não favorece a criança

a assimilar o texto como um todo.

O construtivismo é um dos métodos mais usados e aceitos para se trabalhar

em sala de aula, pois busca criar práticas inovadoras, tendo como prioridade

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respeitar o nível intelectual em que a criança se encontra. O mesmo e embasado

nas pesquisas de Jean Piaget acerca da construção do conhecimento.

Do ponto de vista linguístico o construtivismo define com clareza, que pare se

aprender algum o aluno necessita de mover em direção ao conhecimento que e um

processo não um produto, em outras palavras tem que praticar, mais essa pratica é

de maneira espontânea, incentivando a criança a escrever, falar expressar seus

pensamentos e desejos, despertando assim a curiosidade para que possa descobrir

mas conhecimento. Demais teóricos utilizaram as pesquisas de Piaget para

desenvolver novas concepções pedagógicas, e o caso da psicóloga Emília Ferreiro,

que evidenciou o nome construtivismo a mesmo foi sua aluna, no qual ela afirma

“Em todas as minhas apresentações e publicações anteriores tenho afirmado que a

teoria de Piaget foi minha principal fonte de inspiração para a pesquisa sobre leitura

e escrita”. (FERREIRO, 2001, p.9). Nesta expectativa surgiu a teoria da

psicogêneses da escrita, chegou evidenciando a validade de pensa nas

competências já adquirida pelas crianças sem se preocupar com a classe social a

que pertenciam, por que por muito tempo elas foram imposta a situação desigual.

Quando se ouviu falar do termo Psicogêneses da Língua Escrita no Brasil foi

na década de 80, quando traduziram para o português as pesquisas realizadas por

Emília Ferreiro e seus cooperadores, no princípio houve objeção absoluta, pelo medo

do novo, e os professores sentiram-se desprevenido e profundamente incapaz.

O que aconteceu depois deste impacto inicial, foi a maioria dos professores

praticando o construtivismo em sala de aula.

2.0 O QUE AS CRIANÇAS SABEM SOBRE A LÍNGUA ESCRITA

A uma necessidade dos seres humanos de comunicar-se, não importa de que

maneira está comunicação aconteça, mas ela e essencial para cada indivíduo. Se

tratando das crianças existe esta mesma necessidade, pois mesmo sem falar, ela

conseguir comunicar-se com o que está a sua volta, por meio do choro, balbucios e

sorrisos.

Também os signos e de grande importância nesta fase inicial da criança, onde

os gestos, desenhos, linguagem falada ou escrita, desenvolver o cognitivo, levando

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em conta, que é um instrumento cultural, no qual novas formas de comportamento,

relacionamento e pensamento humanos vão sendo elaborado.

Então percebe-se a influência do sistema simbólico, é a relevância atribuída

aos signos, a esse respeito Vygotsky (2000 apud BRASIL 2009) “ressalta que o

acesso a esses instrumentos ou ferramentas psicológicas e a maneira como as

crianças os manipulam são fatores determinantes no processo de estruturação da

sua mente”. Entende-se que a criança desenvolver a escrita bem antes do que a

escola imagina, pois a escrita e um objeto cultural.

Portanto o professor tem como objetivo, compreender a concepção de

alfabetização do ponto de vista do letramento, por que muitas pessoas separaram

os dois termos para denomina-las de técnicas de codificação de alfabetização e o

entendimento dos usos sociais de escrita de letramento, um equívoco grande

comparar o sistema de escrita como técnica.

De acordo com o material do PNAIC (Pacto Nacional de Alfabetização na Idade

Certa):

Trata-se, portanto de um sistema que representa, que registra, no papel ou em outro suporte de texto, as partes orais das palavras, cabendo ao aprendiz a complexa tarefa de compreender a relação existente entre a escrita e o que ela representa (nota). Em outras palavras, apenas memorizar os grafemas que correspondem aos distintos fonemas de uma língua não é suficiente par que alguém consiga aprender a ler e a escrever. (BRASIL, 2012, UNIDADE 03, p.7).

E neste processo que o aprendiz tem que reconstruir para assimilar o

funcionamento do sistema alfabético Ferreiro menciona que:

A fim de compreenderem o conjunto de formas gráficas convencionais e suas regras de composição como um sistema representativo especifico, elas formam várias hipóteses que são ordenadas evolutivamente e não de modo idiossincrático. (FERREIRO, 2001, p. 22).

Entender melhor o conhecimento das hipóteses da escrita, contribuir para

conhecermos a construção da escrita das crianças, podendo ser útil para avaliarmos,

refletir e realizar intervenções, visando ao aperfeiçoamento do sistema.

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Principais fases das hipóteses infantis na psicogêneses da escrita:

Pré-sílábica - a criança não compreender, que existe ligação entre a

escrita e a pauta sonora, consegue diferenciar figuras de escrita e

estabelecem a escrita como substituta da figura.

Silábica - aqui a criança está criteriosa, fazendo correspondência entre

a quantidade de letras, para obter escritas diferentes, expressando o

eixo quantitativo, podendo usar letras com ou sem valor sonoro

convencional. As vezes começam a perceber que a escrita tem ligação

com a pauta sonora e elaboram algumas correspondências som-grafia.

Alfabético - o terceiro período, a criança passa dar atenção as

propriedades sonoras, percebendo que uma única letra não e suficiente

para registrar as sílabas. Surgindo os conflitos destruindo a hipóteses

silábica, entrando no período silábico-alfabético, diante de tantos

confrontos as crianças vão se desiquilibra suas hipóteses e submergem

em novos processos de construção, assimilando e acomodando. Só

então ele passa a notar que, para cada som pronunciado é necessário

uma ou mais letras para nota-lo.

A psicogêneses da escrita contribuiu bastante para podermos, alfabetizar

letrando, lembrando que estes termos caminham juntos. Para isso e necessário um

ambiente favorável.

2.1 O AMBIENTE ALFABETIZADOR

A turma do 2ª ano “A” do ensino fundamental, precisa participar constantemente

se situações que envolva práticas de leitura e escrita, fazendo uso de atividades

voltadas a compreender o sistema de escrita alfabética. Então, para se criar este

ambiente facilitador é primordial a criatividade do professor.

Neste ambiente o planejamento é uma ferramenta que possibilita direcionar o

trabalho do professor e precisa ser elaborado com o intuito de desenvolver aulas

atrativas e dinâmicas, contemplando na ratina situações didáticas onde o aluno reflita

sobre o sistema de escrita alfabética, como também os quatros eixos da língua

portuguesa: leitura, oralidade, escrita e analise linguístico.

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Brasil (2012, p.17) explica, “[...]Organizando as rotinas podemos conduzir

melhor a aula, prevendo dificuldades dos alunos, organizando o tempo de forma mais

sistemática, flexionando as estratégias de ensino e avaliando os resultados. [...]” . A

determinação da rotina na alfabetização, favorecer tanto as práticas pedagógicas,

como a aprendizagem da criança.

O trabalho do professor sempre pode melhorar, cabendo a ele ponderar sobre

seu desempenho. Podendo renovar seus métodos, tendo competência, habilidade e

oportunismo para criar, sabendo que os recursos pedagógicos são diversos.

2.2 CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

Trabalhar a consciência fonológica, por meio dos jogos orais, rimas, parlendas,

trava-línguas, cantigas populares, palavra cruzada, poesias, caça palavras, nomes

próprios, adivinhações e questionamentos que exijam da criança entender a relação

estabelecida entre fala/som e escrita/letra. Para explicar o que é consciência

fonológica vejamos Brandão e Rosa (2011, p.75).

Como se pode observar, trata-se de habilidades distintas (identificar, produzir, contar, segmentar, adicionar, subtrair, substituir, comparar), como diferentes níveis de complexidade, que envolvem, também, distintas unidades linguísticas (sílabas, unidades intrrassilábicas e fonemas).

Por isso a importância de realizar diariamente em sala de aula, atividades que

propõe a criança refletir sobre o segmento das palavras.

2.3 ALFABETIZAR LETRANDO

Alfabetizando na perspectiva do letramento, envolvendo os gêneros textuais,

despertando o prazer pela leitura e escrita, mesmo que o aluno ainda não tenha

adquirido estas habilidades, o professor precisa ser o escriba, corrigindo os erros,

positivos dos educandos, sendo estingados a desenvolver suas competências. “[...]

o trabalho com os textos ocorre de modo articulado ao ensino de gêneros, de forma

que refletir, sobre o gênero seja uma estratégias que favoreça a aprendizagem da

leitura e da produção de texto”. (BRASIL, 2012, UNIDADE 05, p.9).

Sendo criterioso nas escolhas dos textos a serem lidos, considerando também

o conteúdo que ele oferece, para que facilite o aprendizado da leitura e escrita.

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2.4 COM SE APRENDE COM O LÚDICO

Não podemos deixar de destacar o lúdico, o brincar, que possibilitar a criança

aprender. As brincadeiras são produto cultural, fundamental para desenvolver o

afetivo e cognitivo do aluno, que também e um sujeito histórico e social.

Há diversos tipos de brincadeiras que favorece o desenvolvimento intelectual

como: Jogos tradicionais infantis, jogos de faz de contas, jogos de construção, jogos

de regras e jogos didáticos, podendo ser usados de maneira interdisciplinar, o lúdico

nos disponibiliza destes recursos, exercitando a linguagem verbal e a escrita.

Dentre as inúmeras aprendizagens que ocorrem quando as crianças brincam, destacamos como objeto de reflexão neste capitulo as relações entre a brincadeiras e o desenvolvimento da linguagem verbal. Mais precisamente, nos dedicamos a pensar sobre como as crianças se apropriam, manipulam e pensam sobre a língua enquanto brincam. (BRANDÃO e ROSA, 2011, p.57).

Acontece esse processor, por que as brincadeiras faz parte da cultura da

criança, assim como a língua, portanto a vivencia, a interação, vão se atrelando a

linguagem de forma lúdica e prazerosa.

3.0 AVALIAÇÃO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

No ciclo de alfabetização o professor precisa mediar a aprendizagem, assim

como fazer suas avaliações no âmbito da sala de aula.

A concepção de avaliação que adotamos parte da defesa de não repetência, considerando o processo avaliativo não como instrumento de exclusão, mas caracterizando-o como continuo, inclusivo, regulador, prognostico, diagnostico, emancipatório, mediador, qualitativo, dialético,

dialógico, informativo, formativo-regular. (BRASIL, 2012, UNIDADE 01, p.19).

Por que serve para identificar conhecimentos prévios, compreendendo as

problemáticas que envolve os alunos, podendo elaborar intervenções, Faz parte

também da avaliação, analisar se as atividades estão de acordo com os níveis da

turma, decidindo as retomadas de conteúdos não assimilados, principalmente avaliar

os procedimentos e estratégias de ensino do professor.

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3.1 A FAMÍLIA NA ESCOLA E NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS

CRIANÇAS

A evolução da educação e da aprendizagem das crianças, também dependem

da atuação da família, quando esta é presente a desenvoltura do aluno e

significativa. Muitos são os fatores impedem que família e escola caminhem juntos,

as condições sociocultural, política e econômica, nas quais atingem a maior parte da

clientela das escolas públicas.

A desestruturação família, desequilibra o aprendiz, tendo em vista que o

emocional é essencial para haver aprendizagem.

Diante deste quadro, a escola deve promover meios de trazer a família para a

escola, não promovendo eventos em datas comemorativas, mais planejando ações

bem articuladas, que resgate este envolvimento pais e escola. Zoé e Libânio fala a

esse respeito:

Não podemos restringir a participação dos familiares apenas nas reuniões escolares, festas comemorativas, mas abrir uma interlocução dinâmica e constante no cotidiano do educando entre esses dois espaços de produção de conhecimento. Essas interlocuções podem perpassar as atividades do para casa. (ZOÉ e LIBÂNIO, 2009, P.43)

Sabendo que as atividades do para casa, poucos pais dão importância, muitos

por serem analfabetos e não tem condições de auxiliar os filhos, a falta de

participação familiar na vida escolar, e enorme e tem causado um dano de certa

forma, no que diz respeito à aprendizagem. Para que haja essa dinâmica

aprendizagem/família, cabe à escola fazer com que ocorra essa socialização.

3.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É sabido que vários aspectos inerentes a educação foi por um longo tempo

desconsiderados pelas escolas de ensino fundamental, desenvolvendo atividades

que visavam preparar as crianças para um futuro, não levando em conta suas

necessidades e particularidades atuais.

Hoje, nós educadores precisamos saber mais sobre o desenvolvimento

intelectual da criança, para não cometermos os mesmos erros, propiciar um espaço

onde verdadeiramente crescerão, se desenvolverão e aprenderão. Nesse sentido

várias pesquisas destacam que ao caráter cognitivo do desenvolvimento infantil

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devem se agregar os aspectos afetivos, motores e sociais, compreendendo as

crianças como um ser completo, o que quer dizer que desde o início de sua vida é

um sujeito que têm necessidades, desejos, capacidades próprias que convém ser

respeitadas e, sobretudo postas em prática.

A criança alcançará esse desenvolvimento com a presença do outro que

mediará esse processo. Nesse sentido o aprendizado entre professor e criança,

criança e criança, na turma do 2ª ano “A” e satisfatório. Podemos perceber também

que as crianças expressam sua leitura de mundo de diversas maneiras, por meio

das brincadeiras, jogos e conteúdo elencados.

Portanto é importante pensar em práticas pedagógicas, sobretudo na

Educação fundamental, pois embora nessa fase as crianças já disponham de

linguagem verbal, necessita consolidar os direitos de aprendizagem para este ciclo

de alfabetização a respeito da leitura e escrita, centralizando ações pedagógicas

eficientes que trabalhe no aspecto de alfabetização e letramento.

Desse modo a principal missão dos educadores e dominar as técnicas, busca

formações que possa auxilia-los na sistematização do conhecimento.

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REFÊRNCIAS

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ano 2: unidade 1 / Ministério da Educação, Secretaria de educação Básica, diretoria

de Apoio à gestão educacional. – Brasília: MEC, SEB. 2012

_____b. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.

Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: a organização do planejamento

e da rotina no ciclo de alfabetização na perspectiva do letramento: ano 2: unidade 2

/ Ministério da Educação, Secretaria de educação Básica, diretoria de Apoio à gestão

educacional. – Brasília: MEC, SEB. 2012

______c. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.

Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: a apropriação do sistema de

escrita alfabética é a consolidação do processo de alfabetização: ano 2: unidade 3 /

Ministério da Educação, Secretaria de educação Básica, diretoria de Apoio à gestão

educacional. – Brasília: MEC, SEB. 2012

______d. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.

Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: vamos brincar de construir as

nossas histórias: ano 2: unidade 4 / Ministério da Educação, Secretaria de educação

Básica, diretoria de Apoio à gestão educacional. – Brasília: MEC, SEB. 2012

______e. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.

Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: o trabalho com gêneros textuais

na sala de aula: ano 2: unidade 5 / Ministério da Educação, Secretaria de educação

Básica, diretoria de Apoio à gestão educacional. – Brasília: MEC, SEB. 2012

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Referência: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/autor-conceito-

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