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Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB- Proesf Maria Helena Magalhães de Mendonça

Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

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Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf. Maria Helena Magalhães de Mendonça. O Estudo. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Maria Helena Magalhães de Mendonça

Page 2: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

• O Estudo de Linha de Base do PROESF realizado no Estado do Rio de Janeiro em 2005 se insere em uma ação estratégica fundamental à análise crítica da realidade com base na institucionalização da avaliação de políticas públicas. O conhecimento apreendido resulta da observação:– da gestão municipal no nível central das SMS e dos

estabelecimentos de saúde; – das práticas de saúde desenvolvidas nas unidades de saúde

estudadas por profissionais de saúde e voltadas para usuários da rede básica; e

– do desempenho do sistema de saúde a partir dos dados primários do inquérito domiciliar, e gerentes de estabelecimentos e grupos focais.

• O levantamento de dados secundários sobre a situação de saúde e as famílias respondeu pela macro visão da população de cada município.

O Estudo

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Perfil dos municípios do RJ

O estudo abrangeu os 22 municípios com mais de 100 mil habitantes incluídos no PROESF que compreendiam 85,7% da população do Estado do Rio de Janeiro no ano de seu inicio - 2003;

Incluiu a capital com população igual a 6 milhões de habitantes; três municípios com população entre 500 mil e 2 milhões de habitantes e 18 municípios com população entre 100 e 500 mil habitantes.

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Abrangência do Estudo

1970695 entrevistados do sexo masculino, e1275 entrevistados do sexo feminino.

População em quatro municípios (amostral)

7824 gestantes das Unidades AB, 31 gestantes das Unidades do PSF e 23 mulheres com alteração no exame preventivo

em atendimento em serviços de referência.

Usuárias da AB em quatro municípios

13940 das Unidades de AB, 66 unidades do PSF e 33 de serviços de referência.

Profissionais da AB em quatro municípios

12235 das Unidades de AB, 65 das Unidades PSF, 3 PACS e 19 policlínicas.

Gerentes de Estabelecimentos da AB

em quatro municípios (amostral)

6422 secretários municipais, 21 Coordenadores de AB e PSF.

Gestores

TOTALNÍVEL DE GESTÃO/ATENÇÃOTIPOS DE ENTREVISTADOS

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Resultados• A estratégia de articular métodos complementares em busca de mapear a

percepção da população, gestores e profissionais de saúde acerca da atenção básica mostrou-se promissora:

• transcendeu a avaliação pautada somente nos parâmetros de gestão do sistema,

• enfrentou o afastamento e desconhecimento acerca dos grupos populacionais atendidos quanto ao seu contexto social, modelo de família e formas de provisão e cuidado dos seus membros,

• foco sobre a atenção à mulher em sua fase reprodutiva envolveu indicadores inovadores úteis para a avaliação da atenção básica nas dimensões do acesso e do cuidado integral,

• O inquérito dos estabelecimentos e análise dos registros de saúde permitiu conhecer o funcionamento das unidades de saúde, seu desempenho e o perfil de morbidade como subsídio para melhorar a programação de ações.

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Desafios à Configuração da AB

• Fortaleza: A Saúde da Família é um modelo de AB implantado na maioria dos municípios, e foi percebido como forma predominante em 54% destes.

• Fragilidade:– A faixa de cobertura do PSF mais freqüente nos municípios estava em

2005 (MS, SIAB) entre 10 e 20%, embora em 91% dos municípios estudados foi declarada a intenção de ampliar a expansão desta forma de cobertura.

– Tal expansão se daria com ênfase especial em investimentos relativos à realização de obras e reformas de US, aquisição de novos equipamentos, contratação de novos profissionais AB e capacitação dos profissionais AB. Também indicou-se a necessidade da adoção de mecanismos de controle e avaliação.

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Metas relativas à AB

Fonte: ENSP/Fiocruz, Pesquisa “Desenvolvimento de Estudo de Linhas de Base nos Municípios Selecionados do PROESF – Região Sudeste 2”

4,514,514,51Não respondeu

22,7513,6313,63Unidades de saúde sem programas

9,1240,9945,510Unidades de saúde com programas

0,000,0013,63Médico de família

4,519,1254,512Agentes comunitários de saúde

0,004,5190,920Saúde da Família

%N%N%N

Supressão ouredução

ManutençãoAmpliaçãoMetas relativas à AB

Page 8: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Desafios para a AB e para o PSF – Estado do Rio de Janeiro

• Desafios à Configuração da AB – formas de organização, cobertura do PSF, metas e dificuldades de expansão, dificuldades quanto ao modelo organizacional e gerencial.

• Desafios à Gestão de Recursos Humanos – mecanismos de contratação, precariedade, rotatividade e formação profissional

• Desafios quanto à organização do sistema municipal –fluxos e mecanismos de regulação

Page 9: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Estratégias de AB em implementação nos municípios a partir de 2005

Fonte: ENSP/Fiocruz, Pesquisa “Desenvolvimento de Estudo de Linhas de Base nos Municípios Selecionados do PROESF – Região Sudeste 2”.

4,51Não respondeu

31,57Outros

86,419Adoção de mecanismos de controle e avaliação

77,317Organização do sistema de referências

59,113Incorporação de novas práticas

59,113Incorporação de pronto-atendimento

40,99Ampliação do horário de atendimento

90,920Capacitação dos profissionais AB

90,920Contratação de novos profissionais AB

90,920Aquisição de novos equipamentos

90,920Obras e reformas US

68,215Ampliação nº US

%NEstratégias

Page 10: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Áreas em que se localizam problemas para

expansão do PSF

Fonte: ENSP/Fiocruz, Pesquisa “Desenvolvimento de Estudo de Linhas de Base nos Municípios Selecionados do PROESF – Região Sudeste 2”.

4,51Não se aplica

22,55Outros

9,12Disponibilidade de RH no município para o programa

22,75Planejamento e organização do sistema de saúde

22,75Insumos e equipamentos dos serviços de referência

27,36Insumos e equipamentos dos serviços básicos

36,48Capacitação de RH

40,99Estrutura dos serviços de referência

40,99Estrutura dos serviços básicos

59,113Financiamento

77,317Contratação e gestão RH

%NÁreas

Page 11: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Contexto Político – Grau de dependência das transferências intergovernamentais da saúde, Rio de Janeiro, 2005.

Rio de Janeiro

Total dos Municípios do ERJ com mais de cem

mil hab.

% Transferências intergov./ receita total

45,7 54,3

%Transferências SUS/ Transferências Totais

24,3 21,41

Despesas totais saúde (DT) /hab 243,36 207,51

Despesas Recursos Próprios/hab 125,34 107,79

Transferências SUS/ hab 118,38 100,96

%Transferências SUS/DT 48,6 48,65

%Receitas próprias aplicadas saúde

17,12 19,25

Fonte: SIOPS/MS, 2004. Dados disponíveis em: www.datasus.gov.br/siops.htm. Acesso em: fevereiro de 2006

Page 12: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Contexto Político – Prioridade dada ao setor saúde e à atenção básica, Rio de Janeiro, 2005.

Rio de Janeiro Total dos Municípios do ERJ com mais de cem mil

hab.

Despesa total de Saúde por hab

243,36 207,51

% Despesa Atenção Básica/ despesa total (DT)

10,5 -

% Despesa Pessoal/DT 47,2 46,8

% Despesa medicamentos/DT 8,3 7,0

% Despesa serviços terceiros/DT

21,1 25,3

% Despesa investimentos/DT 3,4 3,4

Fonte: SIOPS/MS, 2004. Dados disponíveis em: www.datasus.gov.br/siops.htm. Acesso em: fevereiro de 2006

Page 13: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Desafios à Gestão de Recursos Humanos

• Fragilidade: contratação de recursos humanos.

– Na AB a forma dominante de contratação de RH foi o concurso público presente em 18 municípios. A maioria dos municípios (14) realizaram o último concurso após 2001.

– No PSF a forma dominante foi a contratação por terceiros em 11 municípios (50%). A precarização pareceu ser maior no PSF, já que nos outros 50% dos municípios prevaleceram o contrato temporário de um ano, a bolsa ou formas de convênio para repasse de recursos a ONGS. Em seis municípios ocorreram concursos para as USF após 2001.

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Mecanismos de contratação

– Houve contratação de profissionais da AB por terceiros em 8 municípios para médicos das especialidades básicas, de enfermeiro, de auxiliar de enfermagem e outros profissionais de nível médio.

– No PSF, três municípios utilizaram-se de mais de um organismo para contratar por terceiros, cuja classificação é imprecisa: seções municipais da Cruz Vermelha apareceram ora como ONGs, ora como Filantrópica.

– Em quatro municípios os profissionais da AB se enquadraram em planos de carreira, sendo que em dois os planos foram implantados após 2001. Houve oferta de incentivos financeiros também em quatro municípios sendo dois implantados a partir de 2001.

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Composição das ESF - fragilidade

– Equipes incompletas em seis municípios, sendo que em dois deles havia um número de ACS abaixo do preconizado para a formação de equipes – 4,6 e 3,9 respectivamente.

– Distorções quanto ao quantitativo de ACS por equipes para acima do parâmetro como foram seis casos que apresentaram de 8 a 12 ACS por equipe.

– Singularidade de Niterói e 8 municípios com outras composições.

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Rotatividade

– Observou-se rotatividade entre os médicos do PSF abaixo de 15 % somente em três municípios. Em contraste houve dois municípios que apresentam rotatividade maior que 100%, mostrando a fragilidade desses processos de implementação.

– As razões apontadas pelas coordenações da SF municipais, onde se obteve o índice de rotatividade na SF foram diversas: exigência de horário integral (11) e a possibilidade de outras oportunidades (10). Outras foram instabilidade do vínculo e baixo comprometimento dos profissionais.

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Incentivos municipais à formação dos profissionais da AB, do PSF e ESB

Fonte: ENSP/FIOCRUZ. Pesquisa “Desenvolvimento de Estudo de Linha de Base nos Municípios selecionados do PROESF – lote Sudeste 2”.

4,514,51Sem informação

4,514,51O município não oferece incentivos

0013,53Outros

18,049,12Pesquisa em serviço

36,089,12Promoção de eventos científicos

9,1213,63Adicional financeiro de titulação

72,01636,48Apoio para participação em eventos científicos

76,51750,011Realização de parcerias para oferta de cursos

81,01877,317Liberação de carga horária para realização de cursos

%PSF%ABAbrangência dos incentivos

Page 18: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Política de capacitação

Curso Introdutório• Quatro municípios informaram ter capacitado no Curso

Introdutório mais de 75% dos membros da equipe básica.

• Em seis municípios menos de 50% dos médicos realizaram o curso introdutório.

• Em quatro municípios nenhum ACS realizou o Curso Introdutório.

• Em quatro municípios não havia informação disponível sobre a capacitação do ACS.

• Principal conteúdo dos cursos: foco na gestão e configuração do modelo assistencial no município.

Page 19: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Política de capacitação

Curso Introdutório• Quatro municípios informaram ter capacitado no Curso

Introdutório mais de 75% dos membros da equipe básica.

• Em seis municípios menos de 50% dos médicos realizaram o curso introdutório.

• Em quatro municípios nenhum ACS realizou o Curso Introdutório.

• Em quatro municípios não havia informação disponível sobre a capacitação do ACS.

• Principal conteúdo dos cursos: foco na gestão e configuração do modelo assistencial no município.

Page 20: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Qualificação dos profissionais do PSF

• Desconhecimento das coordenações acerca da qualificação dos profissionais – oito municípios não apresentaram a informação para o conjunto dos profissionais.

• Em geral, poucos médicos e enfermeiros do PSF com curso de especialização:

– dois municípios com mais de 50% dos médicos com especialização em SF.

– sete municípios com mais de 50% dos médicos com especialização em outra área da saúde.

– quatro municípios com mais de 50% dos enfermeiros com especialização em SF.

– um município com mais de 50% dos enfermeiros com especialização em outra área.

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Desafios quanto à organização do sistema municipal

• Na análise do contexto organizacional junto aos gestores municipais observaram-se como pontos frágeis:– a definição de uma organização regionalizada, – o estabelecimento de fluxo que garanta a continuidade dos

cuidados,– a ampliação da capacidade gerencial e de informações da

rede de saúde.

• Como síntese observou-se “baixa capacidade de gestão” – logística e informacional, que não foi percebida pelos gestores como desafio.

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Organização do sistema municipal de saúde

• Existência de central de:• marcação de consultas: 15 municípios• exames: 14 municípios• controle/regulação de leitos: 16 municípios

• Forma de funcionamento da central: • Mais da metade dos municípios com centrais de

marcação de consultas, exames operam com guia portada pelo paciente, mais da metade das centrais de internações operam pelo telefone.

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Organização do sistema municipal de saúde

• O cálculo do % de consultas especializadas realizadas pela central foi possível somente em 3 municípios• dos 15 municípios que informaram dispor de

central de marcação de consultas especializadas apenas 6 souberam informar o número de consultas especializadas realizadas por meio da central em determinado período

• somente três gestores informaram também o número total de consultas especializadas permitindo cálculo do indicador. cálculo

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Organização do sistema municipal de saúde

● O cálculo do % de leitos regulados pela central cálculo possível em 6 municípios – em apenas 3 municípios a central controla 100% dos leitos clínicos

A denominação central de marcação de consultas/exames ou controle de leitos designa uma variedade de mecanismos e práticas administrativas mais ou menos estruturadas com função de agendamento de consultas, autorização de exames e internações. Em geral são estruturas de funcionamento incipiente e não informatizadas.

Page 25: Alguns desafios para a Política de Saúde no ERJ, com base no ELB-Proesf

Organização do sistema municipal de saúde

Acompanhamento de filas• Consultas: 8 municípios• Exames: 12 municípios• Internações: 13 municípios

• Uso e elaboração de protocolos: 6 municípios não informaram uso dos protocolos de programas de saúde pública