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AMOSTRAGEM Amostragem “é uma técnica e/ou conjunto de procedimentos necessários para descrever e selecionar as amostras, de maneira aleatória ou não, e quando bem utilizado é um fator responsável pela determinação da representatividade da amostra.” (LEONE, Rodrigo. ET AL, 2009) Quando se deseja colher informações sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente impossível fazer um levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar apenas uma parte da população ou universo. O problema da amostragem é, portanto, escolher uma parte (ou amostra), de tal forma que ela seja a mais representativa possível do todo e, a partir dos resultados obtidos, relativos a essa parte, pode inferir, o mais legitimamente possível, os resultados da população total, se esta fosse verificada (pesquisa censitária). 1º. Universo ou população: é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresenta pelo menos uma característica em comum. 2º. Amostra: é uma porção ou parcela, convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo. (MARCONI e LAKATOS, 2002) Para que todo o esboço da Estatística possa ser feito, temos de ter população. Ao conjunto de seres portadores de,

AMOSTRAGEM

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Page 1: AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM

Amostragem “é uma técnica e/ou conjunto de procedimentos necessários

para descrever e selecionar as amostras, de maneira aleatória ou não, e

quando bem utilizado é um fator responsável pela determinação da

representatividade da amostra.” (LEONE, Rodrigo. ET AL, 2009)

Quando se deseja colher informações sobre um ou mais aspectos de um

grupo grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente

impossível fazer um levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar

apenas uma parte da população ou universo. O problema da amostragem é,

portanto, escolher uma parte (ou amostra), de tal forma que ela seja a mais

representativa possível do todo e, a partir dos resultados obtidos, relativos a

essa parte, pode inferir, o mais legitimamente possível, os resultados da

população total, se esta fosse verificada (pesquisa censitária).

1º. Universo ou população: é o conjunto de seres animados ou

inanimados que apresenta pelo menos uma característica em comum.

2º. Amostra: é uma porção ou parcela, convenientemente selecionada do

universo (população); é um subconjunto do universo. (MARCONI e LAKATOS,

2002)

Para que todo o esboço da Estatística possa ser feito, temos de ter

população. Ao conjunto de seres portadores de, pelo menos, uma propriedade

comum chamamos população estatística ou universo estatístico. Uma amostra

é o subconjunto finito de uma população e pode ajudar na tarefa do

pesquisador, para que ele não precise usar toda a população em sua pesquisa,

seus gráficos e suas tabelas. Existe um processo particular para catar

amostras, que garante, tanto quanto possível, o acaso na escolha. Assim, cada

elemento da população passa a ter a mesma oportunidade em ser selecionado,

dando à amostra o caráter de representatividade. (COSTA, 2005).

TIPOS DE AMOSTRAGEM

1. Amostragem Probabilística

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As técnicas de amostragem probabilísticas, ou aleatórias, ou ao acaso,

desenvolveram-se, sob o aspecto teórico, principalmente a partir da década de

30. (MARCONI e LAKATOS, 2002). Ela é “aquela em que cada elemento da

população tem uma chance conhecida e diferente de zero de ser selecionado

para compor a amostra.” (MATTAR, 2001).

Sua característica primordial é poderem ser submetidas a tratamento

estatístico, que permite compensar erros amostrais e outros aspectos

relevantes para a representatividade e significância da amostra. (MARCONI e

LAKATOS, 2002).

Aleatória Simples

Para Yule Kendall, “a escolha de um indivíduo, entre uma população, é ao

acaso (aleatória), quando cada membro da população tem a mesma

probabilidade de ser escolhido”.

A amostragem aleatória simples é o tipo de amostragem probabilística

mais utilizada. Dá exatidão e eficácia à amostragem, além de ser o

procedimento mais fácil de ser aplicado – todos os elementos da população

têm a mesma probabilidade de pertencerem à amostra.

Neste tipo de amostra a premissa é de que cada componente da

população estudada tem a mesma chance de ser escolhido para compor a

amostra e a técnica que garante esta igual probabilidade é a seleção aleatória

de indivíduos, por exemplo, através de sorteio.

O processo de amostragem aleatória simples lança mão da tabela de

números aleatórios. Essas tabelas forma obtidas por meio de computadores,

com complexa programação baseada em cálculos estatísticos, e fornecem uma

amostra inteiramente ao acaso de números dispostos em colunas e linhas, por

várias páginas.

A amostra aleatória simples pode apresentar dois tipos:

a) Sem reposição, o mais utilizado, em que cada elemento só

pode entrar uma vez para a amostra;

Page 3: AMOSTRAGEM

b) Com reposição, quando os elementos da população podem

entrar uma vez para a amostra. (MARCONI e LAKATOS, 2002).

Sistemática

Segundo BACELAR (1999), a amostragem aleatória sistemática é uma

variante da amostragem aleatória simples que se usam quando os elementos

da população estão organizados de forma seqüencial.

É uma variação de precedente. A população, ou a relação de seus

componentes, deve ser ordenada, de forma tal que cada elemento seja

identificado, univocamente, pela posição.

Supondo um sistema de indexação por cartões dos componentes de uma

empresa, onde cada elemento é representado por um e somente um cartão

num total de 1.000, e que se desse uma amostra de 100 elementos, a serem

pesquisados acerca da alimentação fornecida no refeitório da organização,

escolhe-se aleatoriamente um número entre 1 e 10, por exemplo, o 8. A

seguir, podem-se escolher os componentes cujos cartões estejam nas

seguintes ordens: 8, 12 , 18, 28, 38, 48, 58, 68, 78, 88, 98...,988, 998.

Por conglomerados

A amostragem por conglomerados ou grupos é rápida, barata e eficiente,

e a unidade de amostragem não é mais o indivíduo, mas um conjunto,

facilmente encontrado e identificado, cujos elementos já estão ou podem ser

rapidamente cadastrados. O único problema é que os conglomerados

raramente são do mesmo tamanho, o que torna difícil ou até mesmo não

permite controlar a amplitude da amostra. Recorre-se geralmente a técnicas

estatísticas para contornar tal dificuldade.

Estratificada

Esta técnica de amostragem usa informação existente sobre a

população para que o processo de amostragem seja mais eficiente. A lógica

que assiste à estratificação de uma população é a de identificação de grupos

que variam muito entre si no que diz respeito ao parâmetro em estudo, mas

Page 4: AMOSTRAGEM

muito pouco dentro de si, ou seja, cada um é homogêneo e com pouca

variabilidade.

As três etapas para se definir uma amostra estratificada são: definir os

estratos; selecionar os elementos dentro de cada estrato mediante um

processo aleatório simples; conjugar os elementos selecionados em cada

estrato, que na sua totalidade constituem a amostra.

2. Amostragem não probabilística

“Aquela em que a seleção dos elementos da população para compor a

amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do

entrevistador no campo. Não há nenhuma chance conhecida de que um

elemento qualquer da população venha a fazer parte da amostra” (MATTAR,

2001).

A característica principal das técnicas de amostragem não probabilística é

a de que, não fazendo uso de formas aleatórias e seleção, torna-se impossível

a aplicação de fórmulas estatísticas para o cálculo, por exemplo, entre outros,

de erros de amostra. Dito de outro modo, não podem ser objetos de certos

tipos de tratamentos estatísticos. (MARCONI e LAKATOS, 2002).

Por Julgamento

Técnica utilizada principalmente quando se desejam obter informações

detalhadas, durante certo espaço de tempo, sobre questões particulares.

A utilização mais comum de “júris” prende-se, em geral, a estudos

realizados por órgãos oficiais, principalmente sobre orçamento familiar ou

programas de rádio e TV (audiência).

Outros exemplos poderiam apontar: correlação entre orçamento familiar e

hábitos alimentares; utilização diária dos aposentos da residência;

comportamento das crianças em relação aos animais domésticos.

Por Cotas

Este tipo de amostragem pode considerar-se análogo ao método de

amostragem estratificada, mas com um aspecto que lhe faz toda a diferença:

em vez de se escolher uma amostra aleatória dentro de cada um dos estratos

da etapa final, escolhe-se uma amostra não aleatória de tamanho determinado

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pela fracção de amostragem. Contudo, e segundo HILL ET AL (2002), há duas

grandes desvantagens com este método de amostragem: primeiro, embora o

número de casos em cada um dos estratos seja proporcional ao número de

casos no mesmo estrato do Universo, a amostra de casos dentro do estrato,

por não ser escolhida ao acaso, não é necessariamente representativa dos

casos do estrato correspondente ao Universo. (COUTINHO, 2009)

A amostragem por cotas pressupõe três etapas: (1) classificação da

população em termos de propriedades que se presume ser relevantes para a

característica a estudar, (2) construção de uma “maqueta” da população a ser

pesquisada, com a determinação, relativa à amostra total, da proporção da

população que deve ser colocada em cada classe ou estrato, (3) fixação de

quotas para cada entrevistador, que terá a responsabilidade de selecionar as

pessoas a serem pesquisadas, de tal modo que a amostra total venha a conter

a proporção de cada classe ou estrato tal como foi fixado na segunda etapa.

De conveniência

O pesquisador seleciona membros da população mais acessíveis. Os

elementos são selecionados conforme conveniência do pesquisador. A amostra

pesquisada muitas vezes está disponível no local e no momento onde a

pesquisa estava sendo realizada.

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Universidade Federal do Piauí – UFPI

Campus Senador Helvídio Nunes de Barros – CSHNB

Bacharelado em Nutrição

Disciplina: Metodologia da Pesquisa

Professora: Danilla Costa

Aluna: Camila de F. Anjos Tavares

TIPOS DE AMOSTRAGEM

PI, 2012