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JONATHA ADERBAL MARTINI DOS SANTOS ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS ALA LTDA. TIJUCAS - SC, 2007

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JONATHA ADERBAL MARTINI DOS SANTOS

ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

DE CALÇADOS ALA LTDA.

TIJUCAS - SC, 2007

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JONATHA ADERBAL MARTINI DOS SANTOS

Trabalho de Conclusão de Estágio

ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

DE CALÇADOS ALA LTDA.

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

TIJUCAS - SC, 2007

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2

Dedico este trabalho a todos que de alguma

forma contribuíram para a realização desta

conquista, principalmente à minha família

que sempre esteve ao meu lado me

apoiando e que tanto amo. Inúmeras

pessoas foram fundamentais, dentre elas

professores que compartilharam comigo

seus conhecimentos, orientadores que

nortearam os rumos da pesquisa, demais

profissionais da instituição pela presteza no

atendimento, colegas de sala pela amizade e

companheirismo e aos colegas de trabalho

pelo incentivo. Dedico ainda àqueles

colegas que por algum motivo infelizmente

não lhes foi possível completar a jornada.

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3

Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelas

dádivas que concedeu em minha vida.

Aos meus pais Aderbal e Élide, e aos

meus irmãos Ana Carla e Aderbal Filho,

que sempre acreditaram em mim.

A minha namorada Katyani, que sempre

esteve do meu lado, me apoiando e

colaborando para que eu tivesse

perseverança para a realização de mais

esta etapa da minha vida.

Ao meu orientador de conteúdo, Nelson

Zunino Duarte, pelos conhecimentos

transmitidos e pela confiança depositada.

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4

“Preciso dar um sentido humano às

nossas construções. E, quando o amor,

o dinheiro e o sucesso nos estiverem

deixado cegos, saibamos fazer pausas

para olhar os lírios do Campo e as aves

do céu”.

Érico Veríssimo

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5

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Jonatha Aderbal Martini dos Santos

b) Área de estágio

Vendas

c) Orientador de campo

Alyson Atanázio dos Santos

d) Orientador de estágio

Profº Nelson Zunino Duarte

e) Responsável pelo estágio supervisionado em administração

Profª. Jaqueline de Fátima Cardoso

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda.

b) Endereço

Rua Tijucas, nº 111, Centro - São João Batista - SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Vendas

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Alyson Atanázio dos Santos - Diretor Administrativo

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

São João Batista, 30 de Novembro de 2007.

A empresa INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS ALA LTDA., pelo

presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a

publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante

o estágio supervisionado, pelo acadêmico JONATHA ADERBAL MARTINI DOS

SANTOS.

_____________________________________________

Alyson Atanásio dos Santos

Diretor Administrativo

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a força de vendas da

empresa Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda. Os objetivos específicos são:

descrever a atual organização da força de vendas, identificar a área geográfica

de atuação da força de vendas e como esta está distribuído, avaliar a carteira

de clientes e apresentar sugestões se necessário. O estudo caracterizou-se

como uma avaliação formativa numa abordagem qualitativa. A população foi

constituída pelo diretor e pelos funcionários da força de vendas da empresa. A

coleta de dados realizou-se por meio de entrevista informal com o diretor da

empresa e por meio da observação participante do estagiário. Os resultados foram

positivos, pois foi possível detectar os problemas no setor com relação à

organização da força de vendas, como a área de atuação dos representantes está

distribuída, avaliando a carteira de clientes de cada um e, por fim elaborar uma

proposição, que constituiu como sugestão para a empresa.

Palavras-chave: Análise, Força de Vendas, Empresa.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Organograma da empresa ................................................................ 46

Quadro 1: Distribuição da força de vendas ...................................................... 51

Quadro 2: Tamanho da força de vendas.......................................................... 56

Quadro 3: Estudo da carteira dos clientes ativos e inativos ............................. 59

Quadro 4: Estudo dos clientes potenciais entre 2005 e 2007 .......................... 60

Quadro 5: Curva ABC de clientes ativos .......................................................... 61

Gráfico 1: Curva ABC de clientes ativos .......................................................... 61

Quadro 6:Representatividade na força de vendas ........................................... 62

Gráfico 2:Representatividade na força de vendas............................................ 62

Quadro 7:Cursos a serem oferecidos............................................................... 72

Quadro 8:Programa de avaliação do vendedor................................................ 76

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................12

1.1 Objetivo Geral e Objetivos Específicos..........................................................12

1.2 Justificativa.......................................................................................................13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................14

2.1 Administração de marketing ...........................................................................14

2.1.1 Marketing de relacionamento ..........................................................................15

2.2 Vendas...............................................................................................................16

2.2.1 Etapas do processo de vendas .......................................................................18

2.3 Gerenciamento da força de vendas................................................................19

2.3.1 Organização da estrutura da força de vendas.................................................20

2.3.2 Recrutamento e seleção de vendedores.........................................................22

2.3.2 Treinamento de vendedores............................................................................24

2.3.4 Remuneração dos vendedores .......................................................................25

2.3.5 Supervisão de vendedores..............................................................................26

2.3.5.1 Orientação de vendedores ...........................................................................26

2.3.5.2 Motivação de vendedores ............................................................................28

2.3.6 Avaliação de vendedores ................................................................................29

2.4 Objetivos e metas da força de vendas ...........................................................30

2.5 Tamanho da força de vendas ..........................................................................32

2.6 Serviços de vendas..........................................................................................32

2.6.1 Estratégia da força de vendas.........................................................................33

2.6.2 Pós-vendas .....................................................................................................35

2.7 Distribuição física ............................................................................................35

2.8 Estudo da carteira ............................................................................................37

2.8.1 Curva ABC .....................................................................................................40

2.9 Controle de resultados ....................................................................................41

3 MÉTODO...............................................................................................................42

3.1 Delineamento do estudo..................................................................................42

3.2 Participantes.....................................................................................................42

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3.3 Coleta de dados................................................................................................43

3.4 Tratamento e análise dos dados.....................................................................43

4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA.................................................................44

4.1 Caracterização da empresa .............................................................................44

4.1.1 Missão ............................................................................................................45

4.1.2 Visão ...............................................................................................................46

4.1.3 Organograma ..................................................................................................46

4.1.4 Principais fornecedores...................................................................................48

4.1.5 Principais clientes............................................................................................48

4.1.6 Principais concorrentes ...................................................................................48

4.2 Resultado da Pesquisa ....................................................................................48

4.2.1Identificação da situação atual ........................................................................48

5 PROPOSIÇÃO DO PLANO DE AÇÃO PARA A FORÇA DE VENDAS ..............64

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................85

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................86

DECLARAÇÃO........................................................................................................90

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS....................................................................91

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1 INTRODUÇÃO

As grandes transformações ocorridas na economia mundial têm definido

uma nova ordem de competição em um mercado global. Sobreviver num mercado

cada vez mais competitivo representa o grande desafio da empresa contemporânea.

Na atual economia mundial, as organizações necessitam ser eficientes e

inovadoras, para que sejam reconhecidas pela excelência de seus produtos, cada

uma procurando ser a melhor no seu mercado.

Pode-se afirmar que as empresas que não se adaptarem a essa nova ordem

terão dificuldades de continuar no mercado. O surgimento de empresas mais fortes,

mais bem preparadas, atuando em melhores condições, fatalmente levará à redução

da parcela de mercado daquelas menos preparadas.

Para acompanhar as mudanças que o mercado exige atualmente, a Indústria

e Comércio de Calçados Ala Ltda., localizada na cidade de São João Batista/SC, no

ramo de calçados femininos, atua no mercado nacional e internacional.

A par de suas ações de desenvolvimento de produto e marca a empresa

percebe dificuldades comerciais em determinadas regiões, podendo, no qual pode-

se constatar que a força de vendas não está acontecendo de forma tão eficaz, visto

que as vendas diminuem em algumas regiões e em outras não.

A empresa busca manter-se no mercado e, para isso, precisa ter além de

produtos inovadores, uma força de vendas estruturada para que possa oferecer

qualidade competitiva na prestação de serviços em todo mercado em que atua.

Nesta ordem, a empresa necessita ter domínio da atuação da força de venda e geri-

la de forma harmônica e competitiva.

1.1 Objetivo Geral e Objetivos Específicos

O objetivo geral deste trabalho é analisar a força de vendas da empresa

Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda.

Os objetivos específicos são:

� Identificar atual organização da força de vendas;

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� Identificar a área geográfica de atuação da força de vendas e como esta

está distribuída;

� Avaliar a carteira de clientes;

� Apresentar sugestões quando necessário.

1.2 Justificativa

Este estudo é de suma importância para a empresa Indústria e Comércio de

Calçados Ala Ltda., pois esta vivencia um momento de concorrência acirrada na

cidade de São João Batista/SC, onde existem várias empresas do mesmo ramo.

Para continuar se desenvolvendo num mercado que é de altos e baixos

devido às mudanças do mercado mundial, o estagiário verificou a necessidade de

analisar a força de vendas, por considerar uma ferramenta que permite diagnosticar

a situação do setor de vendas, importante para o contínuo crescimento da empresa

e, se necessário propor sugestões para reorganizá-la.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são tratados os itens que servirão de apoio para o trabalho

de estágio. Os temas estudados são: administração de marketing, marketing de

relacionamento, vendas, etapas do processo de vendas, gerenciamento da força de

vendas, organização da estrutura da força de vendas, recrutar, selecionar, treinar,

remunerar, supervisionar, orientar, motivar e avaliar os vendedores; objetivos e

metas da força de vendas, tamanho da força de vendas, serviços de vendas,

estratégia da força de vendas, pós-vendas, distribuição física, estudo da carteira,

curva ABC e controle de resultados.

2.1 Administração de Marketing

As mudanças são constantes e estão acontecendo num ritmo acelerado,

criando novos desafios na administração de marketing. O excesso da oferta e a

grande concorrência atuais trouxe novos conceitos para as organizações, que são

fundamentais para que as mesmas possam delimitar os objetivos que pretendem

alcançar.

De acordo com Kotler (1998, p. 11), a administração de marketing “é a

análise, planejamento, implementação e controle de programas delineados para

criar, desenvolver e manter trocas com mercados-alvo, visando alcançar os objetivos

organizacionais”.

A American Marketing Association (apud COBRA, 1992, p. 34), conceitua

marketing como sendo “(...) o processo de planejamento e execução desde a

concepção, apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços

para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”.

Para Kotler (1993, p. 462), “marketing é um processo social e administrativo

pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação

e troca de produtos e valores”.

Segundo Las Casas (1988), marketing é a área do conhecimento que

engloba todas as atividades relativo às relações de troca, orientadas para a

satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os

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objetivos da empresa, considerando sempre o meio ambiente, a atuação e o impacto

que essas relações causam no bem estar da sociedade.

De acordo com Moreira (2000, p. 28), marketing “é o processo de planejar e

executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéia,

produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e

organizacionais”.

Para Cobra (1992), o marketing é definido como o comprometimento da

empresa em busca da melhoria da qualidade de vida das pessoas, sendo mais do

que uma forma de adaptar os serviços ou os produtos ao mercado. Para o mesmo

autor, as empresas devem, acima de tudo, considerar o marketing como uma

filosofia, isto é, uma norma de conduta, onde as características dos produtos ou

serviços deverão ser definidas pelos consumidores, através de seus desejos e

necessidades; consistindo em descobrir o que o consumidor quer, ou seja, identificar

necessidades não satisfeitas e proporcionar sua satisfação, colocando produtos ou

serviços no mercado.

2.1.1 Marketing de relacionamento

O marketing de relacionamento, de acordo com Kotler (1998), envolve todas

as etapas que as empresas assumem para conhecer e atender melhor seus clientes.

Para tanto, segundo o mesmo autor, faz-se necessário que tais empresas

mantenham um marketing de relacionamento, para que possa melhorar cada vez

mais seu desempenho neste mercado tão competitivo.

O marketing de relacionamento pode ser um elemento chave para o sucesso

de um bom trabalho de marketing, onde deveria haver relações contínuas com o

comprador, pois como Kotler e Armstrong (1998, p. 8), afirmam que atrair novos

clientes continua a ser mais uma importante tarefa de administração de marketing.

Porém, o enfoque hoje é manter os clientes antigos e desenvolver com eles um

relacionamento em longo prazo. A chave para manter o cliente é dar-lhe um valor

superior de satisfação.

Existem cinco níveis diferentes de marketing de relacionamento. De acordo

com Kotler (1998) são:

� Marketing básico: onde o vendedor apenas vende o produto.

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� Marketing reativo: o vendedor, além de vender o produto, estimula o

consumidor a entrar em contato por meio do telefone se tiver dúvidas, fazer

comentários ou até mesmo reclamações.

� Marketing responsável: o vendedor entra em contato com o consumidor

logo após a venda para conferir se o produto está atendendo as suas

expectativas, além de solicitar que o cliente faça sugestões de melhoria do

produto e apontar os possíveis desapontamentos. Essas informações ajudam

a empresa continuadamente a melhorar seu desempenho.

� Marketing proativo: o vendedor da empresa contata o consumidor de vez

em quando para informar sobre os melhores usos do produto ou ainda sobre

a utilidade de novos produtos.

� Marketing de parceira: a empresa trabalha, com os consumidores para

descobrir maneiras de ele economizar ou ajudá-lo a usar o produto mais

adequadamente.

2.2 Vendas

A mais clássica definição de venda foi formulada pelo Comitê de Definições

da A.M.A. (American Marketing Association), como sendo o processo pessoal ou

impessoal de assistir e ou persuadir um comprador potencial a adquirir um bem ou

serviço, ou reagir favoravelmente a uma idéia que tenha significado comercial para o

vendedor. A mesma Associação considera que vender é desempenhar atividades de

negócios que orientam ao fluxo de bens e serviço do produtor ao consumidor ou

usuário, enquanto que venda pessoal é a apresentação oral, a um ou vários

possíveis compradores, com a finalidade de realizar vendas.

Para Silva (1990, p. 45) “venda é o ato de dar alguma coisa a alguém para

dele receber de volta outra, ou seja, venda é uma troca comercial, onde quem vende

busca sempre obter lucro, vantagens e benefícios”.

O tipo de venda é um fator de relevância dentro da força de vendas. A venda

pessoal pode ocorrer em duas grandes atividades, na do vendedor no balcão do

varejo ou atacado que, para Dias (2000, p. 333), “é aquele que atende o comprador

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em potencial (prospect) no próprio estabelecimento comercial em que se realizará a

transação, cujo tipo de venda tenta atender às necessidades do comprador com os

produtos da empresa comercial”; e na do vendedor de campo em que, para Kotler

(1998), a maioria das empresas industriais utiliza uma força de vendas profissional

que, na prática resulta numa força de vendas capaz de manter o cliente real e

localizar o cliente potencial transformando-o em cliente real e, conseqüentemente,

aumentar os negócios.

De acordo com Bárbara (1980), há basicamente três formas de se efetivar a

venda: direta, indireta e mista:

� Venda direta: é aquela em que o produto atinge diretamente seu consumidor

final, ou seja, é o canal curto, sem intervenção de intermediários, que

possibilita um controle maior do mercado, embora o custo por visita (ou por

consumidor atingindo) tenda a ser mais alto.

� Venda indireta: o consumidor é atingido de forma indireta, através de um ou

de diversos intermediários, pois é o canal longo, mais lento em seus

resultados e que permite um controle menor, menos efetivo do mercado. Este

tipo de venda é bastante válido quando o mercado, ou o consumidor, que não

tenha capacidade de compra suficiente para justificar o atendimento direto,

mas que não deve ser abandonado totalmente.

� Venda mista: é aquela que atinge o mercado direta e indiretamente. Neste

caso, os clientes mais expressivos são objetos de atendimento direto do

produtor, cabendo aos intermediários dar cobertura aos clientes de menor

expressão.

2.2.1 Etapas do processo de vendas

Tão importante quanto manter os clientes atuais, é conquistar novos

clientes. Para tanto, faz-se necessário que o vendedor siga as etapas dos processos

de vendas, que servem tanto para manter, quanto conquistar novos clientes. De

acordo com Kotler (2003), são:

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� Prospecção e qualificação: a primeira etapa do processo de venda é a

prospecção, identificação de clientes potenciais qualificados. Abordar os

clientes potenciais certos é crucial para o sucesso da venda.

� Pré-abordagem: antes de visitar um cliente potencial, o vendedor deve se

informar e aprender o máximo possível sobre a organização e seus

compradores. Para obter estas informações, pode consultar fontes-padrão de

referência, fontes on line e pessoas conhecidas.

� Abordagem: durante esta fase, o vendedor deve saber como se dirigir ao

comprador e dar um bom início ao relacionamento. Essa etapa abrange a

aparência pessoal do vendedor, as frases de abertura e as observações

subseqüentes. Essa abertura pode ser seguida de algumas perguntas-chave

para descobrir as necessidades do cliente ou apresentação de amostras para

atrair a curiosidade e a atenção do comprador.

� Apresentação e demonstração: nesta etapa, o vendedor apresenta os

produtos, descrevendo suas características, concentrando-se em apresentar

os benefícios de tais produtos ao cliente. Utilizando uma abordagem da

satisfação da necessidade, começa pesquisando as necessidades ao cliente.

Esta abordagem requer boa capacidade para ouvir e habilidade para

solucionar problemas.

� Discussão das objeções: os clientes quase sempre fazem objeções durante

a apresentação ou quando o vendedor pede para que conclua um pedido. Ao

discutir as objeções, o vendedor deve usar uma abordagem positiva, tentar

descobrir quais delas não foram reveladas, solicitar ao cliente que as

esclareça, considerá-las como oportunidades para fornecer mais informações

e transformá-las em razões para comprar.

� Fechamento: após discutir e resolver as objeções do cliente potencial, é

chegada a hora de tentar fechar a venda. Os vendedores devem saber como

reconhecer os sinais de que o cliente está disposto a fechar a venda, como

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postura física, comentários e perguntas. Os vendedores podem escolher entre

diversas técnicas de fechamento: solicitar o pedido, rever os pontos de

concordância, oferecer-se para redigir o pedido, perguntar qual modelo o

comprador prefere ou afirmar que ele vai perder se não concluir o pedido

naquele momento. Pode ainda oferecer condições especiais para que o

comprador decida fechar o pedido, como preço mais baixo ou uma

quantidade extra grátis.

� Acompanhamento: última etapa do processo de venda, o acompanhamento

é necessário se o vendedor quiser garantir a satisfação e preferência do

cliente. Logo após o fechamento, o vendedor deve confirmar detalhes como

prazo de entrega, condições de compra e outros assuntos. Em seguida, deve

programar uma visita de acompanhamento quando do recebimento do pedido

para verificar quaisquer problemas. O vendedor deve mostrar e provar seu

interesse e reduzir qualquer angústia do comprador que possa ter surgido

desde o momento da venda.

2.3 Gerenciamento da Força de Vendas

Para Kotler (2003), o gerenciamento da força de vendas é definido como

análise, planejamento, implementação e controle das atividades da força de vendas.

Para o autor, abrange a estrutura e estratégia da força de vendas, além da

seleção, treinamento, remuneração, supervisão e avaliação dos vendedores da

empresa.

2.3.1 Organização da estrutura da força de vendas

A empresa, de acordo com Kotler (2003), pode adotar diferentes diretrizes

para elaborar a estrutura da força de vendas e repartir a responsabilidade sobre as

vendas, partindo de questões de como deverão ser estruturados os vendedores e

suas tarefas, se devem trabalhar sozinhos ou em equipe, como deve ser as vendas,

entre outros questionamentos.

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Segundo Kotler (2003), a estrutura da força de vendas pode ser utilizada a

força de vendas externas ou internas:

� Forças de vendas externas: também chamada de força de vendas de

campo, em que os vendedores viajam para visitar os clientes.

� Forças de vendas internas: neste tipo de vendas, os vendedores internos

realizam negócios em seus escritórios via telefone ou visitas de clientes

potenciais.

A estrutura da força de vendas pode ser dividida em força de vendas por

território, por produtos, por cliente e complexas:

� Estrutura da força de vendas por território

Neste tipo de estrutura, de acordo com Kotler (2003) é designada uma área

geográfica exclusiva para cada vendedor que vende a linha completa de produtos ou

serviços da empresa a todos os clientes daquele território. A vantagem deste tipo de

estrutura é que define claramente as tarefas do vendedor e, como somente um

trabalha no território, é este que recebe os créditos pelas vendas realizadas. Outra

vantagem é que aumenta a chance do vendedor de construir relacionamentos

comerciais locais que, por sua vez, ampliará a eficácia da venda.

Para Las Casas (1999, p. 73), “a concepção da divisão territorial da força de

vendas tem muitas vantagens, e devem-se observar características peculiares de

cada cliente. A divisão territorial dá oportunidade de identificar os clientes potenciais

e chegar mais próximo de um atendimento adequado”.

O autor afirma ainda que além de receber cobertura mais intensiva, os

territórios são muito mais úteis não só para controlar melhor as atividades dos

vendedores, como também para criar a sensação de responsabilidade no indivíduo,

o que, como conseqüência, aumenta a motivação. A divisão territorial é, em grande

parte, determinada pela natureza do produto e pelo tipo de trabalho.

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� Estrutura da força de vendas por produto

De acordo com Kotler (2003), neste tipo de estrutura, a força de vendas

comercializa de acordo com as linhas de produto. A desvantagem deste, segundo o

autor, é que pode trazer problemas se um único grande comprador comprar muitos

produtos diferentes da mesma empresa.

� Estrutura da força de vendas por cliente

Para Kotler (2003), um número crescente de empresas está usando

atualmente este tipo de estrutura, na qual a força de vendas é organizada conforme

a linha de clientes ou de setores. Diferentes forças de vendas podem ser montadas

por setores distintos, uma para atender os clientes existentes, e outra para descobrir

novos clientes, ou uma para lidar com as contas mais importantes e outra para as

contas normais. A vantagem deste tipo de estrutura pode ajudar uma empresa a se

tornar mais focada no cliente e a construir relacionamentos mais próximos com

clientes importantes.

� Estruturas complexas da força de vendas

Quando uma empresa vende uma grande variedade de produtos a muitos

tipos de clientes em áreas geográficas extensas, muitas vezes ela combina vários

tipos de estruturas de força de vendas. Os vendedores podem ser especializados

por cliente e território, por produto e cliente ou por território, produto e cliente.

O autor salienta ainda, que nenhuma das estruturas é a melhor para todas

as empresas e situações, cada qual deve escolher a estrutura de vendas que melhor

atenda às necessidades de seus clientes e que melhor se ajuste à sua estratégia

geral de marketing.

2.3.2 Recrutamento e seleção de vendedores

Numa operação de força de vendas bem sucedida, está o recrutamento e

seleção de vendedores. A diferença entre um vendedor médio e o de um vendedor

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de alta qualidade pode ser substancial e afetar o desempenho da força de vendas

(KOTLER, 2003).

Para Kotler (2000, p. 645), “a seleção de vendedores efetivos é parte vital da

criação de uma força de vendas bem-sucedida”. Afirma ainda, que além das

diferenças de produtividade, existe um grande desperdício na contratação de

pessoas erradas.

Selecionar vendedores, para Kotler (2003), não seria problema se a

empresa soubesse por quais características procurar. Segundo o autor, um

levantamento sugeriu que bons vendedores são os que têm alta dose de

entusiasmo, persistência, iniciativa, autoconfiança e dedicação ao trabalho,

consideram as vendas um meio de vida e são fortemente orientados ao cliente; outro

estudou sugeriu ainda que bons vendedores são independentes, automotivados e

excelentes ouvintes; e outro ainda sugeriu que os vendedores devem ser amigos

dos clientes, bem como persistentes, entusiasmados, aplicados e, acima de tudo,

honestos, devem ter motivação interna, ser disciplinados, bons trabalhadores e

capazes de desenvolver fortes relacionamentos com os clientes.

Para Las Casas (1999), uma empresa deve contratar os vendedores que

apresentem o seguinte perfil:

� Elevada energia física;

� Elevado grau de força e persistência;

� Forte motivação para realizar visitas extras e trabalhar durante várias horas;

� Clareza e objetividade na comunicação;

� Habilidade para se comunicar facilmente em todos os níveis de clientes;

� Sincero interesse em ajudar os outros;

� Condições de se vestir adequadamente;

� Socialmente adaptável e facilidade para todos os níveis de contato;

� Persistência e diplomacia em cuidar de contas existentes e de lidar com

novas contas;

� Bom ouvinte;

� Orientado a solucionar problemas;

� Rápido em aprendizado e empatia para apreciar o ponto de vista dos clientes;

� Capacidade de lidar com detalhes eficientemente e com precisão;

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� Criativo, inovador, curioso, desejoso de obter idéias e respostas de colegas e

superiores;

� Conhecimento ou vontade de aprender técnicas de vendas;

� Constante desejo de melhorar o desempenho;

� Muito motivado para ter sucesso na carreira de vendas.

No entanto, é necessário que cada empresa escolha o perfil que deseja que

seus vendedores possuam, de acordo com os produtos e serviços oferecidos por

ela, uma vez que uma organização difere de outra, cada qual possui características

próprias, mesmo aquelas que estão no mesmo ramo.

Para Dias (2003), algumas características do negócio podem determinar se

uma empresa precisa buscar vendedores com experiência ou não. Segundo ele, as

principais fontes de recrutamento são os recrutamentos internos, que é uma política

saudável e econômica, pois oferece oportunidades a funcionários qualificados para

os cargos em aberto, além de abreviar o treinamento sobre produtos e sobre a

cultura da empresa.

Kotler (1998, p. 369), afirma que “o procedimento de seleção pode variar

desde uma simples entrevista informal até longos testes e entrevistas”. Muitas

empresas, segundo o autor, aplicam testes formais em candidatos a vendedores

para avaliar sua aptidão para a venda, capacidade analítica e organizacional.

De maneira geral, o processo de seleção em empresas passa pelas

seguintes etapas, de acordo com Las Casas (1999):

� Análise dos documentos (currículo, referências, ficha de solicitação);

� Teste e entrevistas preliminares;

� Análise e exame das referências do candidato;

� Testes psicológicos;

� Entrevista final;

� Exame médico.

De acordo com Sandhulsen (2003), a seleção final deve ser feita após

meticuloso planejamento das tarefas a serem executadas, das competências

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apresentadas pelos candidatos, do potencial para crescimento e das demais

características demonstradas nos testes e entrevistas.

2.3.3 Treinamento de vendedores

Para Boog (2001, p. 10), “treinamento é a ação sistematizada de educação

para a capacitação, o aperfeiçoamento e desenvolvimento do indivíduo”.

Para Chiavenato (1997), o treinamento é o processo educacional de curto

prazo aplicado de maneira sistemática e organizado, por meio dos quais as pessoas

aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos.

Em outras palavras treinamento é um ato intencional de fornecer os meios para

possibilitar a aprendizagem.

Ainda para o mesmo autor, o conteúdo do treinamento pode envolver quatro

tipos de mudanças de comportamento, a saber:

� Transmissão de informações: o elemento essencial em muitos programas

de treinamento é o conteúdo: repartir informações entre os treinandos como

um corpo de conhecimentos.

� Desenvolvimento de habilidades: trata-se de um treinamento orientado

diretamente para as tarefas e operações a serem executadas.

� Desenvolvimento e modificação de atitudes: envolve aquisição de novos

hábitos e atitudes, principalmente em relação a clientes ou usuários (como é o

caso de treinamento de vendedores, balconistas, etc.) ou técnicas de vendas.

� Desenvolvimento de conceitos: o treinamento pode ser conduzido no

sentido de elevar o nível de abstração de idéias, para facilitar a aplicação de

conceitos na prática administrativa.

Lacombe (2003, p. 270), conceitua treinamento “como qualquer atividade

que contribua para tornar uma pessoa apta a exercer sua função ou atividade,

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aumentar sua capacidade para exercer melhor essas funções ou atividades, ou

prepará-la para exercer de forma eficiente novas funções ou atividades”.

Para Las Casas (1999), para a elaboração de um programa de treinamento

e desenvolvimento, existem os seguintes passos:

� Análise das necessidades: o programa de treinamento deve ajustar-se às

reais necessidades dos treinandos. Começa com entrevistas junto aos

vendedores e aos supervisores, para identificação dos pontos fracos que

orientarão e direcionarão os tópicos a serem enfatizados no programa.

� Determinação dos objetivos: de acordo com o resultado da análise feita, há

condições de determinar os objetivos do treinamento, que podem ser:

melhorar o relacionamento com os clientes; motivar a equipe de vendas;

aumentar as vendas; aumentar a lucratividade; melhorar o uso do tempo;

reduzir os custos de vendas; e controlar a força de vendas.

� Decisão do tipo de treinamento: pode ser: relacionamento, motivação,

marketing, comunicação, custos e força de vendas.

� Elaboração do programa: deve incluir: produtos, mercados, empresas,

apresentação de vendas eficientes, território de vendas, esforço de marketing

das empresas, características dos clientes.

2.3.4 Remuneração dos vendedores

A remuneração deve refletir claramente os objetivos das vendas.

É complexo definir qual é o melhor modo de remunerar e de muita

importância para manter o interesse e a motivação dos melhores profissionais em

vendas.

Cada empresa deve realizar análises e ser criativa para elaborar sistemas

de incentivo que maximizem seus objetivos e minimizem os custos da força de

vendas.

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Para Dias, (2003), existem três métodos para recompensar o desempenho

dos vendedores: monetários, que é o salário recebido, seja este fixo ou por

comissão; não monetários, são as vantagens recebidas pelas vendas efetuadas; e

mistos, que são quando recebe salário mais as comissões pelas vendas realizadas.

De acordo com Sandhulsen (2003), afirma que se a ênfase estiver no

serviço e a administração quiser manter forte controle, um salário normal geralmente

é pago. Se o volume de vendas for muito importante e as margens de lucro forem

críticas, o pagamento apenas de comissões é um contrato comum.

2.3.5 Supervisão de vendedores

Os vendedores, de acordo com Kotler (2003), bem mais do que território,

remuneração e treinamento, necessitam de supervisão, pois é por meio dela, a

empresa orienta e motiva a força de vendas para que realize um trabalho cada vez

melhor.

2.3.5.1 Orientação de vendedores

De acordo com Dias (2003), a maneira como o gerente de vendas

supervisiona as atividades de seus vendedores influenciará diretamente o

desenvolvimento profissional e o desempenho deles.

A supervisão poderá acontecer nos seguintes parâmetros, ainda de acordo

com o autor:

1. Orientado para resultados finais: quando o gerente estabelece, monitora,

cobra e dá o feedback sobre os resultados finais, deixando o vendedor

estabelecer seus métodos de venda e dimensionar seus esforços para

alcançar os resultados de vendas.

2. Orientado para atividades: quando o gerente monitora e cobra o

desempenho de atividades do dia-a-dia, recebendo relatórios das forças de

vendas.

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3. Orientado para competências: as competências que os representantes

deverão apresentar podem ser as seguintes, que serve de proposta para a

empresa.

� Impacto e influência: capacidade de estabelecer credibilidade, direcionar

problemas e preocupações do cliente e influenciar indiretamente.

� Orientação à realização: ser capaz de estabelecer objetivos.

� Iniciativa: saber persistir, não desistir facilmente e saber medir as

oportunidades.

� Entendimento interpessoal: compreender o comportamento não-verbal e

compreender as atitudes dos clientes.

� Orientação de serviço aos clientes: realizar esforços extras para satisfazer

as necessidades dos clientes, descobrir e sanar as necessidades dos

mesmos.

� Autoconfiança: confiar nas próprias habilidades, aceitar os desafios, ser

otimista.

� Construção de relacionamentos: manter amizades no trabalho, ter e usar

rede de contatos.

� Pensamento analítico: antecipar-se aos obstáculos e preparar-se para eles.

� Pensamento conceitual: usar regras práticas.

� Procura de informação: obter informações de muitas fontes.

� Conhecimento técnico: ter conhecimento técnico ou relevante sobre os

produtos que está oferecendo aos clientes.

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Além de supervisionar seus vendedores, o gerente precisa buscar

desenvolvê-los profissionalmente em novas técnicas, modelos, tecnologias e

conhecimentos.

2.3.5.2 Motivação de vendedores

Uma das maiores dificuldades na administração de vendas é a determinação

dos fatores que causam a baixa motivação da equipe de vendas (LAS CASAS,

1999).

Para Sandhulsen (2003), a motivação não pode ser gerada do exterior,

sendo uma tendência interna. Não há nenhum motivador universal pois cada

indivíduo deveria ter seu próprio composto de motivação.

No entanto, de acordo com Las Casas (1999), existem fatores que

proporcionam motivação:

� Tarefas claras: este fator considera que as pessoas gostam de trabalhar em

organizações que estabelecem claramente o que se espera delas em termos

de resultados de trabalho.

� Necessidade de realização: é uma característica adquirida pelo indivíduo

que, por alguma razão, estabelece como objetivo vencer na vida, alcançar os

mais altos degraus do sucesso.

� Remuneração por incentivos: este é um fator mais forte que o salário pleno,

pois cria forte ligação entre recompensa e esforço despendido.

� Boa administração: entende-se como tal aquela que utiliza critérios

adequados de recompensa e exerce liderança.

Segundo Futrell (2003), motivação é o estímulo, intensidade, direção e

persistência do esforço direcionado a tarefas profissionais ao longo de um período.

O gerente de vendas procura aumentar a motivação dos vendedores no sentido de

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levá-los a realizar suas atividades profissionais num alto nível, por meio do

desenvolvimento de um composto motivador.

Segundo o autor, a motivação pode acontecer por meio de:

� Recompensas financeiras: que podem ser bônus;

� Avanço na carreira: que podem ser promoções ou oportunidades de

desenvolvimento; e

� Compensações não financeiras: que podem ser jantares de

reconhecimento, pequenos presentes, troféus, etc.

2.3.6 Avaliação de vendedores

A avaliação da equipe de vendas consiste em papel que deverá servir para

correção de erros, constatação de resultados e estabelecimento de novas políticas e

práticas por parte da força de vendas.

Para Kotler (2000, p. 652), “os relatórios da força de vendas, juntamente

com outras informações, fornecem estes subsídios ainda brutos para a avaliação.

Assim, de posse desses relatórios e de outras informações, avaliam-se formalmente

os membros da força de vendas”.

De acordo com Sandhulsen (2003), a avaliação pode ser feita de duas

formas:

� Análise informal: que pode fundamentar-se em relatórios de visita, num

plano de trabalho, ou num plano territorial de marketing e em viagens de

campo com o representante para visitar contas-chaves.

� Análise formal: que são caracterizadas por comparações com outros

vendedores e pelo desempenho passado em áreas com produtividade e

controle de custo.

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De acordo com Kotler (2003), o gerente de vendas pode iniciar o processo

com uma avaliação quantitativa, observando o conhecimento que o vendedor possui

da empresa, produtos, serviços, clientes, concorrentes, território e tarefas. Pode

atribuir pontuação também sobre os traços pessoais: modos, aparência pessoal,

maneira de falar e temperamento. O gerente de vendas pode também avaliar

problemas com motivação ou com a conformidade às regras da empresa.

No entanto, segundo o mesmo autor, cada empresa deve decidir o que

considera mais importante avaliar no vendedor. Além disso, o vendedor deve ser

informado sobre quais itens que está sendo avaliado.

Ainda de acordo com o citado autor (2003, p. 427), “em poder dos relatórios

da força de vendas e outras informações, a gerência de vendas também pode fazer

uma avaliação mais formal de seus membros”.

A avaliação formal resulta em diversos benefícios. Obriga a administração a

desenvolver e informar com clareza os padrões adotados para o julgamento do

desempenho e coletar informações equilibradas sobre cada vendedor. Este tipo de

avaliação propicia aos vendedores um retorno construtivo que poderá ajudá-los a

melhorar seu desempenho, além de motivá-los para tal, pois sabe que terá de

justificar seu desempenho com o gerente de vendas. (KOTLER, 2003).

2.4 Objetivos e Metas da Força de Vendas

As empresas, para que possam atingir seus objetivos, devem definir

cuidadosamente quais esperam atingir com a força de vendas.

Para Dias (2003, p. 449) “os objetivos devem ser claros, simples e

formulados por escrito para que todos da organização possam compreender o que a

empresa deseja realizar”. Ainda de acordo com o autor, eles podem ser ou não

desafiadores, dependendo da intenção da empresa, porém, recomenda que devam

ser alcançáveis, com o propósito de estimular os funcionários.

Os vendedores devem desempenhar uma ou mais das seguintes tarefas

que levam ao alcance das metas determinadas, segundo Kotler (1998):

� Prospecção: procuram clientes potenciais ou indicações (Leads);

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� Definição de alvo: decidem como alocar seu tempo escasso entre clientes

potenciais e clientes atuais;

� Comunicação: comunicam de forma hábil a seus clientes informações sobre

produtos e serviços da empresa;

� Venda: conhece a “arte de vender” que consiste na abordagem,

apresentação, argumentação, resposta a objeções e fechamento da venda;

� Serviço: prestam vários serviços a seus clientes: consultoria, assistência

técnica, orientação sobre financiamento e entrega;

� Coleta de informações: fazem pesquisa de mercado e reúnem informações

em seus relatórios de visitas;

� Alocação de produtos: decidem sobre os clientes que devem receber

produtos escassos durante períodos de escassez.

Outra forma de se alcançar as metas de vendas é estipular cotas, que

segundo Dias (2003, p. 325), “servem, também, para avaliar o desempenho dos

vendedores, e são instrumentos motivadores por recompensar desempenhos

superiores com prêmios específicos, quando atingidas ou excedidas”.

Ainda de acordo com o autor citado, as cotas de vendas são determinadas

metas mínimas que o vendedor precisa realizar para que a empresa alcance seus

objetivos. O estabelecimento da cota pode ser em volume de unidades ou dinheiro,

linhas de produtos, contas novas, clientes recuperados e áreas determinadas.

2.5 Tamanho da Força de Vendas

Após a empresa ter definido a estratégia, a estrutura, os objetivos e as

metas da força de vendas, deve considerar o tamanho da força de vendas. Os

vendedores são um dos ativos mais produtivos e caros da empresa, aumentando

seu número, aumentarão também as vendas e o custo (KOTLER, 1998).

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De acordo com Dias (2003), existem vários métodos para determinação da

quantidade de vendedores diretos e representantes comerciais, cujas variáveis que

influenciam essa decisão dependem do direcionamento estratégico de cada

empresa. Segundo o autor citado, as mais comuns são: carga de visitação a clientes

e perspectivas de negócios, custos de atendimento, potencial de vendas, tipos de

linhas de produtos, tipos de clientes e localização.

Após definir o número de clientes que deseja atingir, segundo Kotler (1998),

a empresa pode usar uma abordagem de carga de trabalho para estabelecer o

tamanho da força de vendas, que consiste nas seguintes etapas:

� Os clientes são agrupados em classes de tamanho de acordo com seu

volume anual de vendas;

� As freqüências desejadas de visitas, ou seja, o número anual de visitas por

cliente é estabelecido para cada classe específica;

� O número de clientes em cada classe é multiplicado pela freqüência de visitas

correspondente, de forma a se obter a carga total de trabalho para o país, em

termos de visitas por ano;

� Determinação do número médio de visitas que um vendedor pode fazer por

ano;

� A definição do número necessário de vendedores é determinada dividindo-se

o total anual de visitas pela média anual de visitas realizadas por um

vendedor.

2.6 Serviços de Venda

Neste item apresentam-se as estratégias da força de vendas e o serviço de

pós-vendas.

2.6.1 Estratégias da força de vendas

Para Oliveira (2006), a estratégia é normalmente dos níveis mais altos da

empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos, quanto à seleção dos cursos

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de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições

externas e internas à empresa e sua evolução esperada.

De acordo com Porter (apud DIAS, 2003, p. 449), “a essência da formulação

estratégica competitiva está em relacionar a empresa com seu meio ambiente. Para

o autor, as empresas devem dar um enfoque específico no clientes, que pode ser

oferecer algo único ao mercado, seja esta um produto único no mercado ou até

mesmo a imagem da marca, serviços especiais, ou ainda uma rede de distribuição

especial. Neste entendimento a proposição estratégica é relacionar a empresa com

seu ambiente.

Para Dias (2000), na venda de campo há ainda outras forças de vendas:

� Venda tradicional: caracteriza-se pelas ações em que o vendedor procura

realizar a transação com mensagens sobre o produto e suas características,

tentando impor ao comprador as vantagens que ele irá obter.

� Venda criativa: compreende a utilização de técnicas de criatividade para

produzir idéias inéditas e úteis sobre os produtos e abordagens. Seu objetivo

é gerar novas e fortes impressões sobre os compradores, levando-os a

considerar as mensagens de vendas de maneira não tradicional para

fechamento da venda.

� Venda missionária: é aquela quando a missão do vendedor é trabalhar com

canais de marketing, devendo atuar primordialmente como consultor e

conselheiro, e não como vendedor. As tarefas são, basicamente, voltadas

para o planejamento e divulgação das futuras vendas.

� Venda consultiva: é o processo que posiciona o vendedor como um

profissional que procura melhorar a lucratividade de seus clientes. O

vendedor consultor deve desenvolver tarefas relacionadas à solução de

problemas nos processos dos clientes de duas maneiras: redução de custos

operacionais ou aumento da receita em vendas.

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� Venda de negociação: é a que os vendedores profissionais devem ser

negociadores, mesmo que não se dêem conta dessa habilidade. Assim,

também são os compradores profissionais, mesmo que não tenham

freqüentado um curso de negociação. A atitude ideal na venda de negociação

é aquela em que o vendedor e comprador se tornam parceiros na busca de

soluções, em vez de adversários ou concorrentes.

� Venda de colaboração: procura tornar o vendedor não culpado ao realizar

suas tarefas de vendas. Desenvolve a sensação de falta de pressão, mas

ainda com o objetivo de vender. Em contraponto à venda tradicional, o

vendedor não manipulativo tem a missão de construir um relacionamento

sincero, confiável e compromissado. Esse método demonstra como eliminar a

pressão e tensão do processo de vendas pela procura de soluções que

recompensem o comprador e o vendedor.

� Venda SPIN: é aquela em que o vendedor desenvolve habilidades na

formulação de questões-chave para planejar e abordar com êxito seus

clientes. Este modelo procura desenvolver como profissionais de sucesso

vendem e não deve ser tratado como uma fórmula.

� Venda em equipe: é usada em situações em que existe complexidade

operacional e necessidade de envolvimento de diversas áreas da empresa. A

formação de equipes é essencial para a criação de estratégias, manutenção

de relacionamentos, realização das transações de vendas e resolução de

problemas dos clientes. A venda em equipe conta com um grupo de

profissionais compromissados com um trabalho coletivo de atendimento ao

cliente.

� Venda personalizada: que tem como premissa a busca da identificação de

certas características pessoais, sendo uma das atividades humanas mais

comuns. Essas características demonstram, geralmente, a grande riqueza da

diferença comportamental do ser humano.

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2.6.2 Pós-vendas

Antigamente as organizações idealizavam que a habilidade mais importante

para o profissional de marketing era conseguir novos clientes em vez de cultivar

relacionamentos com os já existentes.

De acordo com Kotler (1999, p. 155), “um cliente perdido representa mais do

que uma perda da próxima venda; a empresa perde o lucro de todas as compras

futuras daquele cliente, para sempre”.

Para Las Casas (1999), inicia-se a prestação do serviço no momento do

fechamento do pedido ou contrato, a partir de então, todas as promessas começam

a ser realizadas. Isso exige um acompanhamento constante. Para o mesmo autor, o

pós-venda é decisivo para a satisfação do cliente, que consiste em todas as ações

realizadas para mostrar seu compromisso para atender as necessidades do cliente e

manter boas relações com ele.

2.7 Distribuição Física

A distribuição física ou logística de marketing, de acordo com Kotler (1999),

envolve planejamento, implementação e controle do fluxo de materiais, produtos

finais e informações correlatos dos pontos de origem até os pontos de consumo, de

modo a atender às exigências dos clientes.

O gerenciamento da cadeia de suprimentos, de acordo com Meinberg (2006)

envolve o planejamento, a implementação e o controle dos fluxos físicos de

materiais e produtos finais, a partir de seu ponto de origem até seu ponto de

utilização, para satisfazer as necessidades dos clientes, visando lucro.

A distribuição física tradicional, segundo Kotler (1999), começava com os

produtos das fábricas e como encontrar soluções de baixo custo para levá-los até o

consumidor.

Ainda para o autor citado, atualmente, a logística engloba não apenas o

problema de distribuição para fora, ou seja, levar produtos e materiais da fábrica ao

consumidor, como também o problema da distribuição para dentro, isto é, levar

produtos e materiais dos fornecedores até a fábrica. Colocar o produto (ou serviço)

certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas pelo consumidor

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(usuário, cliente, etc.), enquanto promove as melhores contribuições para a empresa

(MEINBERG, 2006).

A logística agrega valor aos clientes da seguinte forma, de acordo com o

autor citado:

� Entregando o produto no lugar certo.

� Disponibilizando o produto no tempo desejado.

� Executando entregas rápidas facilitando o aumento de freqüência de

entregas.

� Facilitando o processo de compra.

� Oferecendo informações confiáveis em tempo real.

� Flexibilizando o atendimento das necessidades do cliente: local de entrega,

horário, embalagem e serviços especiais.

� Estando pronto para reagir a eventos fora do programado.

As principais funções logísticas, de acordo com Kotler (1999), são:

� Processamento de pedidos: os pedidos podem ser processados de várias

formas: por telefone ou correio, através de vendedores ou via computador e

intercâmbio eletrônico de dados. Depois de recebidos, os pedidos devem ser

processados de forma rápida e precisa. O sistema de processamento dos

pedidos prepara as faturas e envia os detalhes do pedido para o

departamento adequado.

� Armazenagem: toda empresa precisa armazenar seus produtos até serem

vendidos. A armazenagem é necessária porque os ciclos de produção e

consumo raramente são iguais. O estoque de algumas empresas é

armazenado na própria fábrica, ou em um local próximo, e os demais são

espalhados pelo país, que podem ser próprios, alugados ou ambos.

� Estoque: os níveis de estoque também afetam o grau de satisfação do

cliente. O principal problema é manter um equilíbrio cuidadoso entre um

estoque grande demais e pequeno demais. O estoque grande demais resulta

em custos mais altos que o necessário e possível obsolescência dos

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produtos. E o pequeno demais, por sua vez, podem não atender

satisfatoriamente às necessidades de produção da empresa.

� Transporte: os profissionais de marketing devem dar muita atenção às

decisões da empresa quanto ao transporte, cuja escolha afeta o apreçamento

do produto, a eficiência da entrega e a condição dos produtos ao chegarem

ao seu destino. As empresas podem escolher entre os cinco meios de

transporte: ferroviário, rodoviário, marítimo/fluvial, aéreo e por dutos.

2.8 Estudo da Carteira

Os planos estratégicos de organizações voltadas para atrair novos clientes

acabam não destinando recursos na preservação dos seus clientes e na pós-venda.

Além disso, são incapazes de identificar seus clientes mais lucrativos e, deste modo,

perdem a oportunidade de gerar os maiores lucros em longo prazo.

A satisfação se mede através da relação entre o que o cliente recebeu ou

percebeu e o que esperava ter ou ver (percepção x expectativa). Se a percepção é

maior do que a expectativa, o cliente fica muito mais satisfeito do que esperava. Mas

se for menor, frustra-se e não registra positivamente a experiência.

Como as expectativas dos clientes aumentam com o tempo, eles tendem a

não mais se satisfazer se a empresa não conseguir acompanhar as mudanças de

suas necessidades e desejos, o que demanda tempo e investimento.

De acordo com Vavra (1993), os clientes precisam ser identificados, porque

não se estabelece uma relação com quem não se conhece. A partir daí, aprender

sobre eles, suas necessidades e seus desejos, utilizando essas informações para

estreitar o relacionamento e conhecê-los cada vez mais. Isso dá à empresa um

diferencial e cria barreiras de confiança tornando inconveniente a migração para um

concorrente, porque o novo relacionamento começaria do zero, sem nenhum

conhecimento de ambas as partes.

Fidelizar o cliente tem se tornado cada vez mais importante e desafiante. De

acordo com Kolter e Armstrong (1998, p. 396), “além de construir um sólido

relacionamento com seus parceiros da cadeia de suprimento, as empresas hoje

devem trabalhar para criar vínculos mais fortes e lealdade com seus clientes finais”.

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38

Para Kotler (1999), um novo cliente é cinco vezes maior que o custo para

manter um cliente atual satisfeito, considerando um erro presumir que os clientes

atuais estão garantidos, pois os mesmos podem mudar de fornecedor quando surgir

uma oferta melhor, tornando-se assim necessário que a empresa invista na

qualidade, tanto dos produtos como nos serviços agregados ao produto.

No entanto, tão importante quanto manter os clientes atuais procurando sua

fidelização, é procurar os clientes perdidos. De acordo com Vavra (1993), enquanto

a principal mensagem do pós-marketing é estabelecer e manter os clientes atuais,

algumas empresas estão voltando atrás para recuperar os clientes perdidos, pois

suas opiniões sobre o produto ou serviço, podem fornecer informações mais

expressivas.

Um levantamento sobre os clientes perdidos, além de ser fonte de

informações, pode servir como dados para a efetivação de programas de

recuperação de clientes perdidos. As razões mais comuns que levam os clientes a

abandonar uma empresa, de acordo com Vavra (1993), são as seguintes:

� Insatisfação com o produto, entrega, instalação, serviços ou preço.

� Dificuldade de lidar com reclamações.

� Desaprovação de mudanças.

� Insatisfação com o tratamento.

� Novos funcionários ou novas políticas da empresa.

� Aceitação de uma oferta concorrente.

Assim, um esforço eficaz para implantar um programa dessa natureza

consiste em três etapas, de acordo com o autor citado.

� Descobrir por que o cliente parou de comprar, para planejar uma abordagem

bem-sucedida.

� Pesquisar a situação com o cliente, pois as necessidades existentes

anteriormente, podem não ser as mesmas atualmente, pois o mercado muda

rapidamente e novas demandas podem ocorrer.

� Fazer o contato, procurando identificar a melhor maneira de abordar um

cliente perdido.

Page 40: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

39

Segundo a pesquisa realizada no site www.comtalento.com.br realizada em

01/09/04, a primeira providência que deveria ser imediata, é a adoção de um

cadastro de clientes. Neste ponto é possível iniciar imediatamente a montagem de

um cadastro próprio de clientes que pode ser feita através de um simples fichário ou

idealmente com o suporte da área de informática. Sem cadastro de clientes nada

pode ser feito em termos de marketing de relacionamento. Outra possibilidade é a

aquisição de um cadastro de potenciais clientes, mas neste caso deve-se levar em

consideração a origem deste cadastro e a idoneidade da empresa que o

comercializa, além do grau de exatidão das informações nele contidas.

Na seqüência, ainda de acordo com o site citado, deve-se considerar que

tipo de informação sobre o cliente deverá estar contido neste cadastro. Assim

começa-se aprimorando este cadastro visando atender o cliente em todas as suas

necessidades, possibilitando a abertura de um leque de alternativas para a empresa

na área de marketing, utilizando-se deste cadastro de clientes. Algumas informações

importantes que se descobre ao utilizar corretamente um cadastro de clientes, são

os históricos de relacionamento com a empresa, o que compra, quanto gasta, grau

de freqüência que faz negócios com a empresa, que produtos prefere comprar, sua

média de consumo em reais (R$) e de quanto em quanto tempo, data de aniversário

do cliente e de seus familiares, datas festivas e outras. Na seqüência destas

descobertas, passa-se a oferecer os produtos corretos, na especificação correta e

no tempo certo além de apresentarmos um preço aceitável, já que o monitoramento

dos preços que o mercado pratica torna-se essencial.

Assim o cliente vai descobrir o quanto ele se torna importante para a

empresa, visto que ela consegue atender o cliente em vários requisitos e

proporcionalmente a empresa vai tornando-se cada vez mais importante na vida do

cliente, pois a empresa já sabe o que o cliente quer e precisa.

2.8.1 Curva ABC

Segundo Dias (1995, p. 95), a curva ABC é um importante instrumento para

o administrador, permitindo identificar aqueles itens que justificam atenção e

tratamento adequados quanto à sua administração. Obtêm-se a curva ABC através

da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa.

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40

De acordo com o mesmo autor, verifica-se, portanto, que uma vez obtida a

seqüência dos itens e sua classificação ABC, disso resulta imediatamente a

aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativa, conforme a importância

dos itens.

Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, de acordo com

Martins e Alt (2001) as classes da Curva ABC podem ser definidas da seguinte

maneira:

� Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma

atenção especial pela administração.

� Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.

� Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção

por parte da administração.

Os itens “A” são os pertencentes ao grupo dos 20% superiores, os próximos

30% são os itens “B” e os 50% restantes compõem os itens da classe “C”, cada

categoria de itens tem um valor de consumo diferente (Ballou 1993, p. 99).

De acordo com Martins e Alt (2001), a análise ABC é necessária para que

eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância. Segundo o

mesmo autor, aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor ou da

quantidade, dá-se a denominação de itens classe A, aos intermediários, itens classe

B, e aos menos importantes, itens classe C.

2.9 Controle de Resultados

O controle de resultados pode acontecer por meio da análise das vendas,

que consiste em mensurar a relação entre as vendas reais e as metas de vendas,

por meio da identificação dos pontos fortes e fracos da força de vendas.

Para Kotler (1998), tal análise pode acontecer por meio de duas

ferramentas:

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� Análise da variação de vendas, que mensura a contribuição relativa de

diferentes fatores em relação a uma lacuna no desempenho de vendas; e

� Análise de micro vendas, que analisa produtos, territórios específicos etc, que

não atingiram a venda esperada.

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3 MÉTODO

No decorrer deste capítulo destaca-se como serão os processos que

integram o trabalho, ou seja, o delineamento do estudo, população, coleta de dados

e tratamento e análise dos dados.

Segundo Oliveira (1999, p. 57), “o método deriva da metodologia e trata do

conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecerem uma determinada

realidade, produzir determinados objetivos ou desempenhar certos procedimentos

ou comportamentos”.

3.1 Delineamento do estudo

Este estudo tem como propósito melhorar um programa. Desta forma, o tipo

de estágio proposto foi a avaliação formativa.

De acordo com Roesch (1996, p. 67), “a avaliação formativa tem o propósito

de melhorar ou aperfeiçoar sistemas ou processos. É um dos mais escolhidos pelos

alunos que trabalham e identificam problemas ou oportunidades de melhorias em

suas organizações”.

Ainda para a autora, a avaliação formativa normalmente implica um

diagnóstico do sistema atual e sugestões para sua reformulação, requerendo, desta

forma, certa familiaridade com o sistema e, idealmente, a possibilidade de

implementar mudanças sugeridas e observar seus efeitos.

Foi utilizada a avaliação formativa porque o estagiário pretendeu analisar a

força de vendas da empresa Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda.

3.2 Participantes

A população envolvida neste trabalho foi o diretor e os funcionários que

integram a força de vendas da Indústria e Comércio de Calçados ALA Ltda. De

acordo com do Roesch (1999), uma população é um determinado grupo que

interessa entrevistar com propósito específico de estudo.

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3.3 Coleta de dados

Os dados foram coletados em fontes primárias e secundárias. Os dados de

fontes primárias foram obtidos através de observação participante, onde o estagiário

tem permissão para observar a empresa e coletar as informações necessárias para

a realização deste trabalho. Foram obtidos também através de entrevistas com os

diretores funcionários.

Os dados secundários foram extraídos de bibliografias referentes ao tema

em estudo, documentos e registros da empresa.

3.4 Tratamento e análise dos dados

O objetivo principal do tratamento e análise de dados será de permitir ao

estagiário estabelecer conclusões a partir dos dados coletados.

Os dados foram analisados através do método qualitativo, que segundo

Roesch (2005), parte do significado e das explicações que o entrevistador atribui às

respostas do entrevistado ou eventos pesquisados, por meio do confronto das

informações obtidas na fase primária com as existentes nas referências

bibliográficas.

A análise qualitativa foi feita por meio dos dados coletados na entrevista

formal e na observação participante na qual, segundo Jaime Júnior e Serva (1995),

a observação participante é uma situação de pesquisa onde o observador e

observados encontram-se numa relação próxima, ou seja, frente a frente, e onde o

processo da coleta dos dados se dá no próprio ambiente natural de vida dos

observados, que passam a ser vistos não mais como objetos.

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4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

Esta etapa apresenta a pesquisa realizada na empresa Indústria e Comércio

de Calçados Ala Ltda., onde este trabalho foi desenvolvido, para atingir o objetivo

que foi de analisar a força de vendas. Este capítulo foi desenvolvido a partir da

observação participante, pois o estagiário é funcionário da referida empresa, no qual

após a análise da força de vendas, foi possível propor sugestões que permitirão o

desenvolvimento de tal setor.

4.1 Caracterização da empresa

Em dezembro de 1984, três amigos começaram a fazer planos para

investirem suas economias no ramo calçadista. Da junção das iniciais dos sócios

surgiu a sigla ALA que até hoje é utilizada como a marca principal de seus produtos.

Em 01 de fevereiro de 1985 formaram a sociedade Indústria e Comércio de

Calçados ALA LTDA de Aloísio Cipriani, Laudir José Kammer e Atanázio dos Santos

Neto.

No início, a gerência e sub-gerência ficaram sob a responsabilidade dos

Sócios Aloísio e Laudir, ambos com experiência no setor calçadista. O sócio

Atanázio não tinha participação ativa na empresa, somente participava dos lucros ao

final de cada exercício social. A empresa situava-se à Rua Marcolino Duarte, na

cidade de São João Batista (SC), num prédio com instalações um pouco precárias.

Produziam calçados femininos e contavam com equipamentos e maquinários não

muito sofisticadas, a grande maioria, emprestadas por industriais do setor. Nesta

época a empresa tinha doze funcionários e uma produção de cinqüenta pares/dia.

Como várias empresas do mesmo ramo da cidade, esta também passou

dificuldades nos primeiros anos, mas com muito trabalho, esforço e perseverança

dos sócios, foi possível expandir o mercado, para outras regiões dentro desse

estado, assim como também em Paraná.

A primeira alteração no contrato social desta empresa foi em maio de 1985,

quando o cotista Aloísio Cipriani vendeu suas cotas para Atanázio e Laudir, sendo

que a cada um pertencia 50% da empresa.

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Na mesma ocasião o sócio Atanázio dos Santos Neto doou sua parte na

empresa para seu irmão Aderbal Manoel dos Santos. A partir desta data, sob nova

administração, a Indústria e Comércio de Calçados ALA Ltda desencadeou seu

progresso superando as dificuldades.

A segunda alteração no contrato social da empresa ocorreu em 1994,

quando o sócio Laudir José Kammer vendeu sua parte para Aderbal Manoel dos

Santos e Sra. Elide Maria Martini dos Santos que passou a integrar a nova

sociedade.

Neste período, a empresa mudou sua localização na Rua Benjamim Duarte

e passou a produzir num galpão alugado 200 pares/dia contando com

aproximadamente 30 funcionários. No ano de 2002, a empresa lançou as marcas

Carla Martini e Ana Carla.

Em 2003, desenvolveu uma linha de calçados infantil/feminino tendo como

marca Keamor. Essas estratégias expandiram o mercado para todo o Brasil e

oportunizou a exportação para vários países como México, Panamá, Equador,

Paraguai, Israel, Bolívia, Costa rica e outros.

Posteriormente, mudou suas instalações para uma totalmente nova e

adpatada para as necessidades de produção da empresa, Rua: Tijucas, 111 -

atualmente instalada, onde possui hoje 270 funcionários diretos.

A empresa tem como filosofia produzir calçados de qualidade, atender bem

sua clientela, trabalhar honestamente, valorizar sua equipe e obter lucros. Considera

importante a satisfação dos clientes para garantir seu lugar no mercado e expandir

suas vendas.

4.1.1 Missão

Maximiano (2000) define a missão como um tipo particular de objetivo,

normalmente definida como objetivo geral. A missão indica o papel ou função que a

organização pretende cumprir na sociedade e o tipo de negócio no qual ela pretende

concentrar-se.

A Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda, tem declarado como missão:

“Produzir calçados de qualidade, atender bem sua clientela, trabalhar honestamente

e valorizar sua equipe”.

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4.1.2 Visão

Visão de uma empresa está ligada a sua imagem para o futuro, visando tudo

que ela pretende alcançar nesse período.

Segundo Tavares (2000, p.175), “visão é uma integração sobre onde

desejamos que a organização esteja amanhã em seu ambiente e uma orientação

sobre quais ações devemos adotar hoje para que isso ocorra”.

A visão definida pela Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda, é: “Ser

reconhecida no segmento calçadista, considerando a satisfação dos seus clientes

garantindo seu lugar no mercado e expandir suas vendas”.

4.1.3 Organograma

Segundo Lacombe (2003, p.103), “organograma é uma representação

gráfica simplificada da estrutura organizacional de uma instituição, especificando os

seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as principais relações formais entre eles”.

A atual estrutura organizacional da Indústria e Comércio de Calçados ALA

LTDA é do tipo linear, conforme Figura 1.

Segundo Cury (1995, p 238), “estrutura linear ou militar é representada

graficamente por uma pirâmide e demonstra claramente a unidade de comando e o

princípio de escalonamento hierárquico.”

Figura 1: Organograma da empresa.

Fonte: Dados secundários

GERENTEADMINISTRATIVO

REPRESENTANTES CHEFEPCP

GERENTEVENDAS

CHEFECONTAS RECEBER

FATURAMENTO

CHEFECONTAS PAGAR

GERENTEFINANCEIRO

CHEFEALMOXARIFADO

GERENTECOMPRAS

RECEPÇÃO/TELEFONISTA

GERENTERH

CHEFETERCEIRIZAÇÃO

CHEFEMONTAGEM

CHEFEESPEDIÇÃO

GERENTEPRODUÇÃO

DIRETOR

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Como pode ser observado no organograma acima, segue descrição de cada

cargo:

� Diretor: é o proprietário, que está por dentro de todas as áreas da empresa.

� Gerente Administrativo: responde por todas as demais áreas da estrutura

do organograma.

� Gerente de Vendas: tem a função de supervisionar e orientar o PCP

(Planejamento e Controle de Produção) e os representantes. Como não há

departamento de Marketing estruturado, as decisões sobre esta área são sob

a exclusiva responsabilidade do Gerente de Vendas, além de ser responsável

pelo desenvolvimento de novos produtos e busca de tendências.

� Gerente Financeiro: supervisiona as Contas a Receber/Faturamento e é

responsável por toda a área das Contas a Pagar. É responsável pelos

fechamentos de câmbio, balanços, fluxo de caixa e toda movimentação

bancária e financeira da empresa.

� Gerente de Compras: tem a função de supervisionar o almoxarifado, e é

responsável pelo atendimento a fornecedores, faz levantamento da

necessidade de compra, emite pedido, negocia preços, prazos de entrega e

pagamento de matéria-prima e insumos. Responde por toda área de

Compras.

� Gerente de RH: responsável pelo recrutamento, seleção e demissão de

funcionários e cálculo da folha de pagamento. A telefonista/recepcionista está

sob sua supervisão.

� Gerente de Produção: é responsável por toda área da produção. Estão sob

sua supervisão os chefes de montagem e expedição.

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4.1.4 Principais fornecedores

Entre os vários fornecedores que dispõe de seus produtos para a realização

dos trabalhos da empresa, destacam-se:

� Polivale Solados Ltda / São João Batista - SC;

� SJB Solados Ltda / São João Batista - SC;

� Cipatex Impregnadora de Papéis e Tecidos Ltda / Cerquilho - SP;

� Killing S.A. Tintas e Solventes Ltda / Novo Hamburgo - RS.

4.1.5 Principais clientes

Os clientes da empresa Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda estão

distribuídos em todas as regiões do Brasil e em alguns países da América Lática,

Europa e Estados Unidos da América.

4.1.6 Principais concorrentes

Os concorrentes da empresa Indústria e Comércio de Calçados ALA Ltda,

são empresas que seguem o mesmo segmento da moda estilo popular, modinha

casual. As principais estão situadas na mesma cidade - São João Batista / SC.

4.2 Levantamento dos dados

Neste item foi apresentado os dados resultantes da pesquisa realizada na

Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda., que foi de analisar a força de vendas da

empresa.

4.2.1 Identificação da situação atual

Neste item foram apresentados os resultados da pesquisa de acordo com os

estabelecido dos objetivos específicos: identificar atual organização da força de

vendas; identificar a área geográfica de atuação da força de vendas e como esta

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está distribuído e avaliação da carteira de clientes.

� Marketing de relacionamento

O tipo de relacionamento utilizado pela empresa é o responsável, utilizado

para identificar se a mercadoria vendeu bem ou não, que servirá de termômetro para

futura reposição ou de base para lançamentos de novas coleções. O representante

acompanha todo o processo desde a venda, produção, transporte até a entrega do

produto. Em seguida, entra em contato com o comprador para obter o feedback das

vendas, para que possam ser feitos novos negócios.

� Vendas

O tipo de venda utilizada pela empresa é a indireta, em que a empresa

vende para os seus clientes lojistas, ou distribuidores/atacadistas, via

representantes. O representante, para realizar visitas aos clientes, entra em contato

com os mesmos para agendar um horário. No momento da visita, faz a

demonstração de todos os produtos que a empresa oferece, para que tenha várias

opções de escolha. Tendo decidido quais produtos irá adquirir, o representante

conclui a venda tirando o pedido.

� Etapas do processo de vendas

As etapas do processo de vendas utilizado pela empresa para conquista de

novos clientes são:

1. Prospecção e qualificação: por meio de visitas aos clientes e observação

com relação à praça, ou seja, verificação se não há outros clientes que

vendem produtos desta empresa próximos.

2. Pré-abordagem: são obtidas informações sobre os prováveis clientes por

meio de fontes-padrão de referência, fontes on line e pessoas conhecidas,

para identificar principalmente crédito e markup.

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3. Abordagem: este item é realizado para identificar desejos e necessidades

dos clientes, para que possa ter início a uma relação que a empresa pretende

ser duradoura, ou seja, que conquiste o cliente. A empresa não possui

orientação planificada para essas ações, a abordagem é feita por meio de

informações obtidas no mercado e através de visita de campo nas praças

onde a empresa tem interesse de divulgar e vender seus produtos.

4. Apresentação e demonstração: são apresentados os produtos,

descrevendo suas características, concentrando-se em apresentar os

benefícios de tais produtos ao cliente, em que o representante está preparado

para ouvir com habilidade para solucionar possíveis problemas ou entraves

do cliente, por meio de visitas aleatórias e/ou agendadas, feiras de calçados e

rodadas de negócios.

5. Discussão das objeções: nesta etapa os representantes enfatizam que os

produtos oferecidos seguem as tendências da moda e que possuem grandes

volumes de vendas já realizadas.

6. Fechamento: é realizado da seguinte forma: redigir o pedido e verificar as

condições de pagamento escolhidas pelo comprador e prazo de entrega.

7. Acompanhamento: quando do recebimento do pedido para verificar

quaisquer problemas por meio de telefone ou e-mail se os produtos recebidos

estão de acordo com o pedido e se os mesmos chegaram em condições

satisfatórias.

� Organização da estrutura da força de vendas

A estrutura da força de vendas na empresa está assim distribuída:

1. Vendas externas, em que os vendedores viajam para visitar os clientes;

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2. Vendas internas, em que os vendedores internos realizam negócios em seus

escritórios via telefone;

3. Estrutura da força de vendas por território: é designada uma área geográfica

exclusiva cada vendedor que vende a linha completa de produtos a todos os

clientes daquele território.

4. Estrutura da força de vendas por cliente: em alguns casos, a força de vendas

é organizada conforme a linha de clientes, por opção exclusiva destes, em

que escolhe comprar diretamente da empresa ou representante específico de

sua escolha.

O Quadro 1 demonstra como a força de vendas da empresa está

distribuído.

Distribuição da Força de Vendas

Representante Quantidade (%) ROCHA REPRESENTACOES LTDA PARÁ 146.160 11,20 AMAZONAS 58.674 4,50

AMAPÁ 18.047 1,38

RORAIMA 4.149 0,32 227.030 17,40

I P INTERNETPROJECT CONS. E REP. LTDA PARAÍBA 60.752 4,66 PERNAMBUCO 57.900 4,44 RIO GRANDE DO NORTE 17.448 1,34 ALAGOAS 9.036 0,69 145.136 11,12 MFP REPRESENTACOES LTDA RIO DE JANEIRO 100.702 7,72 ALTERNATIVA REPRESENTACOES LTDA MATO GROSSO 65.857 5,05 MATO GROSSO DO SUL 21.259 1,63 RONDÔNIA 12.358 0,95 ACRE 1.143 0,09

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100.617 7,71

MARQUES ROLIM COM. E REPRES. LTDA CEARÁ 73.291 5,62 PIAUÍ 7.180 0,55 80.471 6,17 P J MICHELOTTO REPRESENTACOES LTDA SÃO PAULO - GRANDE CAPITAL 75.060 5,75 WALTER FERREIRA DE SANTANA DISTRITO FEDERAL 61.277 4,70 SOUZA REPRESENTACOES BAHIA 52.722 4,04 SERGIPE 7.265 0,56 59.987 4,60 DESFILE COM. E REP. DE CALCADOS LTDA SÃO PAULO - CAPITAL (CENTRO) 47.946 3,67 NAILSON FERNANDES ALVES GOIÁS 39.387 3,02 TOCANTINS 2.592 0,20 41.979 3,22 OLAVO FRANCISCO AFONSO SP INTERIOR 26.042 2,00 A J LIMA COM. E REPRESENTACOES LTDA ME MARANHAO 25.549 1,96 R. P. DO AMARAL & AMARAL LTDA SÃO PAULO - BAIXADA SATISTA 19.650 1,51 RODOLFO CESAR DA ROSA SANTA CATARINA - LITORAL 16.994 1,30 COMERCIO E REPRESENTACOES FEBASIL LTDA RIO GRANDE DO SUL - MISSOES E FRONTEIRA 15.669 1,20 JOSE MARIO FUGA MINAS GERAIS - SUL/TRIANGULO 12.975 0,99 MARIA HELENA QUEIROS

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PARANA - CAPITAL 12.744 0,98 DANILO VITORASSI PARANA - SULDOESTE 12.259 0,94 GAR STREET COM. E REP. LTDA MINAS - CAPITAL 11.720 0,90 ATHLETHIC SHOES REPRESENTACOES LTDA ESPIRITO SANTO 7.534 0,58 3LAND COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA RIO GRANDE DO SUL - CAPITAL 2.226 0,17 ALL SHOES INTERNACIONAL S/S LTDA EXPORTACAO - EUROPA 12.466 0,96 RAUL LUNA ZEVALLOS EXPORTACAO - VENEZUELA - PANAMA 37.311 2,86 IND. E COM. CALCADOS ALA LTDA. VENDA DIRETA EXP. / MERC. INTERNO 151.413 11,60

TOTAL 1.304.757 100,000

Quadro 1: Distribuição da força de vendas.

Fonte: Dados Secundários.

O Quadro 1 apresenta a distribuição da força de vendas da empresa. Neste,

está descrito os estados em que cada representante possui clientes, assim como

também a identificação de cada um deles. Apresenta também a quantidade de pares

vendidos no período entre Novembro de 2006 a Outubro de 2007, além da

porcentagem de venda de cada estado e para o volume total de vendas da empresa.

� Recrutamento e seleção de vendedores

A empresa contrata os vendedores que apresentem o seguinte perfil: que

tenha elevada energia física, ou seja, que seja disposto, falador; que tenha alto grau

de persistência; tenha forte motivação para realizar visitas extras e trabalhar durante

várias horas; tenha habilidade para se comunicar facilmente em todos os níveis de

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clientes; seja persistente e diplomático em cuidar de contas existentes e de lidar com

novas contas; seja bom ouvinte; seja rápido em aprendizado e possua empatia para

apreciar o ponto de vista dos clientes; tenha capacidade de lidar com detalhes

eficientemente e com precisão; e tenha conhecimento ou vontade de aprender

técnicas de vendas.

O processo de seleção na empresa passa pelas seguintes etapas: análise

dos documentos, ou seja, currículo, referências e ficha de solicitação; teste de

conhecimento de calçados e entrevistas preliminares; e análise das referências do

candidato.

� Treinamento de vendedores

Não é realizado pela empresa nenhum tipo de treinamento relacionado à

força de vendas.

� Remuneração dos vendedores

A remuneração efetuada pela empresa para os representantes é por meio

do monetário, que é o salário recebido por meio de comissão sobre as vendas

realizadas, não havendo premiações ou outros incentivos. A comissão é de 8 % (oito

por cento) da venda realizada, sendo que pode ser variável dependendo de como a

negociação foi fechada. Por exemplo, no caso de compra a vista, o desconto base é

de 6% (seis por cento). No entanto, se o representante optar conceder um desconto

maior, podendo ser citado um exemplo de 10% (dez por cento), o mesmo deverá

entrar contato com a empresa para consentimento. Se for permitido, a diferença de

4% (quatro por cento) é dividida entre a empresa e o representante, ou seja, 2%

(dois por cento) o representante cobre e % (dois por cento) a empresa cobre.

� Supervisão de vendedores

A supervisão acontece por meio dos seguintes parâmetros:

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4. Orientado para resultados finais: em que o gerente da força de vendas

monitora, cobra e dá o feedback. No entanto o representante tem a liberdade

de estabelecer seus métodos de venda e dimensionar seus esforços para

realizar as vendas.

5. Orientado para competências: são as competências que os representantes

devem apresentar: ter impacto e influência, ou seja, tenha capacidade de

estabelecer credibilidade e influenciar indiretamente; ser orientação para a

realização, ou seja, seja capaz de estabelecer objetivos; tenha iniciativa, ou

seja, saiba persistir, não desista facilmente e saiba medir as oportunidades;

tenha entendimento interpessoal, ou seja, que saiba compreender o

comportamento não-verbal e as atitudes dos clientes; orientação de serviço

aos clientes, ou seja, tenha capacidade de realizar esforços extras para

satisfazer as necessidades dos clientes; seja autoconfiança, ou seja, confie

nas suas próprias habilidades, aceite os desafios, seja otimista, seja capaz de

construir relacionamentos, ou seja, mantenha amizades no trabalho e tenha e

use rede de contatos; tenha capacidade de procurar informações, ou seja,

que possa obter informações variadas fontes; tenha conhecimento técnico ou

relevante sobre os produtos que está oferecendo.

� Motivação de vendedores

A motivação utilizada pela empresa é somente por meio de remuneração por

incentivos, em que a premissa básica da empresa é que se vende recebe, se não

vende não recebe.

� Avaliação de vendedores

A avaliação na empresa acontece de duas formas:

1. Análise informal: composto por viagens de campo com o representante para

visitar contas-chaves.

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2. Análise formal: por meio de comparações com outros vendedores e por

período de vendas.

� Objetivos e metas da força de vendas

O objetivo maior da força de vendas é a venda de produtos, no entanto, não

estipula cotas para os representantes, para atingir as metas de vendas.

� Tamanho da força de vendas

O tamanho da forma de vendas está representado no Quadro 2.

Análise da força de vendas

Representante Clientes

Ativos

n. ven-dedo-res

cli./ vend.

n. dias/visitar todos

cli. ROCHA REPRESENTACOES LTDA 203 3 68 34 I P INTERNETPROJECT CONS. E REP. LTDA 86 2 43 22 MFP REPRESENTACOES LTDA 242 3 81 40 MARQUES ROLIM COM. E REPRES. LTDA 118 3 39 20 P J MICHELOTTO REPRESENTACOES LTDA 283 2 142 71 WALTER FERREIRA DE SANTANA 66 1 66 33 SOUZA REPRESENTACOES 250 3 83 42 DESFILE COM. E REP. DE CALCADOS LTDA 148 2 74 37 NAILSON FERNANDES ALVES 201 3 67 34 ALTERNATIVA REPRESENTACOES LTDA 111 3 37 19 OLAVO FRANCISCO AFONSO 168 2 84 42 A J LIMA COM. E REPRESENTACOES LTDA ME 148 2 74 37 R. P. DO AMARAL & AMARAL LTDA 68 2 34 17 RODOLFO CESAR DA ROSA 124 2 62 31 COMERCIO E REPRESENTACOES FEBASIL LTDA 96 2 48 24 JOSE MARIO FUGA 70 2 35 18 MARIA HELENA QUEIROS 51 1 51 26 DANILO VITORASSI 79 1 79 40 GAR STREET COM. E REP. LTDA 80 1 80 40 ATHLETHIC SHOES REPRESENTACOES LTDA 43 1 43 22 3LAND COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA 13 1 13 7 ALL SHOES INTERNACIONAL S/S LTDA 5 1 5 3 RAUL LUNA ZEVALLOS 2 1 2 1 IND. E COM. CALCADOS ALA LTDA. 59 1 59 30

Número de visitas/período considerando dois atendimentos por dia. Quadro 2: Tamanho da força de vendas. Fonte: Dados Secundários.

Page 58: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

57

Neste quadro descreve-se a quantidade de clientes ativos de cada

representante, número de vendedores que cada representante tem e o número de

clientes por vendedor, ou seja, a quantidade de clientes de cada vendedor, e o

número de dias úteis que cada vendedor leva para visitar todos seus clientes, sendo

que o ideal gire em torno de 30 dias úteis, ou seja, 45 dias.

� Estratégia da força de venda

As estratégias da força de vendas utilizada pela empresa é a venda de

campo, que é composto pelos seguintes tipos de vendas:

1. Venda tradicional: o vendedor deve procurar realizar o acordo com

indicações sobre o produto e suas características, demonstrando ao

comprador as vantagens que ele irá obter;

2. Venda consultiva: são oferecidas sugestões de como o comprador pode

administrar a porcentagem de vendas, ou seja, o markup de produtos.

3. Venda de negociação: os representantes além de vendedores devem ter

habilidade de negociação para que a venda de produtos aconteça.

� Pós-vendas

Acontece por meio de ligação para o cliente, por contato via e-mail ou por

visita para verificar se as vendas estão acontecendo.

� Distribuição Física

As atividades de distribuição física ou logística de marketing realizado pela

empresa são:

1. Processamento de pedidos: os pedidos são enviados via computador e

intercâmbio eletrônico de dados. Após a chegada na empresa, é dada a

entrada no PCP, para que possa ser realizada a compra da matéria-prima

Page 59: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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necessária para a fabricação do produto constante no pedido. O documento

do vendedor é o pedido, encaminhado para a empresa, não sendo feito o

lançamento direto no sistema.

2. Armazenagem: os produtos que a empresa fabrica não têm necessidade de

serem armazenados, pois são expedidos (ou faturados) no momento que

ficam prontos.

3. Estoque: a empresa não mantém estoque de produto acabado.

4. Transporte: o meio de transporte utilizado pela empresa é o rodoviário, cuja

transportadora é terceirizada e escolhida por critério de confiabilidade e

segurança do fornecedor.

� Estudo da Carteira

O Quadro 3, apresenta o estudo da carteira dos clientes ativos e inativos.

Page 60: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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CLIENTES Contra. Ativos Inativos Total Representante Rep. % % ROCHA REPRESENTACOES LTDA 07 - 1999 203 21,4 745 78,6 948 I P INTERNETPROJECT CONS. E REP. LTDA 05 - 2003 86 32,0 183 68,0 269 MFP REPRESENTACOES LTDA 11 - 1998 242 32,4 504 67,6 746 MARQUES ROLIM COM. E REPRES. LTDA 03 - 2005 118 56,5 91 43,5 209 P J MICHELOTTO REPRESENTACOES LTDA 07 - 2005 283 61,4 178 38,6 461 WALTER FERREIRA DE SANTANA 08 - 2002 66 30,6 150 69,4 216 SOUZA REPRESENTACOES 07 - 2002 250 39,2 387 60,8 637 DESFILE COM. E REP. DE CALCADOS LTDA 08 - 2004 148 83,1 30 16,9 178 NAILSON FERNANDES ALVES 07 - 2002 201 51,9 186 48,1 387 ALTERNATIVA REPRESENTACOES LTDA 09 - 2000 111 25,2 329 74,8 440 OLAVO FRANCISCO AFONSO 01 - 2004 168 37,8 276 62,2 444 A J LIMA COM. E REPRESENTACOES LTDA 06 - 2006 148 76,3 46 23,7 194 R. P. DO AMARAL & AMARAL LTDA 07 - 2004 68 43,3 89 56,7 157 RODOLFO CESAR DA ROSA 01 - 1987 124 23,8 398 76,2 522 COMERCIO E REPRESENTACOES FEBASIL 07 - 1998 96 22,4 333 77,6 429 JOSE MARIO FUGA 07 - 2004 70 33,8 137 66,2 207 MARIA HELENA QUEIROS 08 - 2004 51 60,7 33 39,3 84 DANILO VITORASSI 05 - 1999 79 20,3 310 79,7 389 GAR STREET COM. E REP. LTDA 01 - 1997 80 24,9 241 75,1 321 ATHLETHIC SHOES REPRESENTACOES 01 - 2007 43 95,6 2 4,4 45 3LAND COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES 07 - 2007 13 86,7 2 13,3 15 ALL SHOES INTERNACIONAL S/S LTDA 01 - 2007 5 83,3 1 16,7 6 RAUL LUNA ZEVALLOS 01 - 2002 2 40,0 3 60,0 5 IND. E COM. CALCADOS ALA LTDA. 01 - 1985 59 11,2 470 88,8 529

TOTAL 2714 34,6 5124 65,4 7838 Quadro 3: Estudo da carteira dos clientes ativos e inativos Fonte: Dados Secundários.

Este quadro apresenta a quantidade de clientes ativos e inativos de cada

representante, sendo que é importante salientar que nunca foi realizada a limpeza

do cadastro de clientes, devendo ser considerado, portanto, a data de contratação

do representante.

O Quadro 4 apresenta o estudo dos clientes potenciais entre 2005 e 2007.

Page 61: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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Estudos dos clientes Potenciais 2005 a 2007

Cliente Col. 2005 Col. 2006 Col. 2007 CLIENTE A 1 76152 1 109122 1 87286 CLIENTE B 4 35184 3 72263 2 86624 CLIENTE C 3 36681 2 86325 3 68052 CLIENTE D 5 34532 5 39586 4 65762 CLIENTE E 8 20448 9 23289 5 48561 CLIENTE F 7 31872 7 38952 6 48120 CLIENTE G 2 51195 6 39552 7 38940 CLIENTE H 15 2400 14 6800 8 36312 CLIENTE I 6 32532 4 45084 10 20604 CLIENTE J 14 4944 15 0 9 34656 CLIENTE K 12 10680 12 7008 11 13980 CLIENTE L 13 6264 11 7842 13 9960 CLIENTE M 10 12529 8 34266 12 10836 CLIENTE N 9 15084 13 6288 15 0 CLIENTE O 11 11624 10 9264 14 6405 EXPORTAÇÃO 187957 121073 143805 TOTAL 570078 646714 719903

Quadro 4: Estudo dos clientes potenciais entre 2005 e 2007.

Fonte: Dados Secundários.

Este Quadro apresenta os clientes e a quantidade de pares vendidos por

clientes no período compreendido entre 2005 e 2007.

� Curva ABC

O Quadro 5 e o Gráfico 1, apresentam a Curva ABC de clientes ativos.

Page 62: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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Curva ABC - Clientes Ativos

Qtd. % Clientes A 279 10,3 Clientes B 751 27,7 Clientes C 1684 62,0 Total 2714 100

Quadro 5: Curva ABC de clientes ativos

Fonte: Dados Secundários.

Gráfico 1: Curva ABC de clientes ativos.

Fonte: Dados Secundários.

O Quadro 6 e o Gráfico 2, apresenta a representatividades na força de

vendas por meio da curva ABC.

Page 63: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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Representatividade na força de vendas % Prs Clientes A - 10,3% 45 587141 Clientes B - 27,7% 30 391427 Clientes C - 62,0% 25 326189 Total 100 1.304.757

Quadro 6: Representatividade na força de vendas.

Fonte: Dados Secundários.

Gráfico 2: Curva ABC de representatividade na força de vendas.

Fonte: Dados Secundários.

� Classe A: grupo de clientes mais “importantes” (compram entre 2000 a 1200

pares/ano) que devem ser tratados com uma atenção especial pela

administração, pois representam 45% (quarenta e cinco por cento) das

vendas da empresa.

� Classe B: grupo de clientes em situação “intermediária” (compram entre 1100

a 800 pares/ano), estão entre as classes A e C, que representa 30% (trinta

por cento) das vendas da empresa.

Page 64: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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� Classe C: grupo de clientes menos “importantes” (compram entre 700 a 300

pares/ano), que são a maioria em quantidade e representam 25% (vinte e

cinco por cento) das vendas da empresa.

� Controle de Resultados

Não é feita formalmente, pois não existem cotas de vendas que devem ser

alcançados pelos representantes.

Page 65: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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5 PROPOSIÇÕES DE AÇÃO PARA A FORÇA DE VENDAS

Para que a força de vendas numa empresa tenha mais possibilidade de

sucesso, é necessária uma gestão objetiva da força de vendas, seguindo os

melhores princípios da administração.

Após análise da situação da atual da Indústria e Comércio de Calçados Ala

Ltda., e dos fundamentos apresentados chegou-se à proposição: reorganização

deste setor na empresa.

De acordo com Chinelato Filho (2000), as fases de um trabalho de

reorganização são basicamente: escolha do setor a ser reorganizado; determinação

dos objetivos; adoção de medidas corretivas; aplicação das medidas corretivas

testadas e aprovadas tidas como necessárias; determinação do prazo a ser

aplicado; e avaliação dos resultados obtidos.

Cada item da proposição constará: o fato: o item pesquisado; a teoria: o que

os autores pesquisados falam sobre o assunto; a condição: se o fato está certo,

errado, ou é uma dificuldade; e a proposta: o que a empresa poderá fazer para

superar a dificuldade.

� Marketing de relacionamento

O marketing de relacionamento, de acordo com Kotler (1998), envolve todas

as etapas que as empresas assumem para conhecer e atender melhor seus clientes.

O tipo de marketing utilizado pela empresa é o responsável, utilizado para

identificar se a mercadoria vendeu bem ou não, pois servirá de termômetro par

futura reposição ou de base para lançamentos de novas coleções. O representante

acompanha todo o processo desde a venda, produção, transporte até a entrega do

produto. Em seguida, entra em contato com o comprador para obter o feedback das

vendas, para que possam ser feitos novos negócios.

As atividades do marketing de relacionamento acontecem de acordo com os

fundamentos teóricos, desta forma a empresa deve continuar com as atividades de

marketing responsável.

Page 66: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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� Vendas

Para Silva (1990, p. 45), “venda é o ato de dar alguma coisa a alguém para

dele receber de volta outra, ou seja, venda é uma troca comercial, onde quem vende

busca sempre obter lucro, vantagens e benefícios”.

De acordo com Bárbara (1980), há basicamente três formas de se efetivar a

venda: direta, indireta e mista:

1. Venda direta: é aquela em que o produto atinge diretamente seu consumidor

final, ou seja, é o canal curto, sem intervenção de intermediários, que

possibilita um controle maior do mercado, embora o custo por visita (ou por

consumidor atingindo) tenda a ser mais alto.

2. Venda indireta: o consumidor é atingido de forma indireta, através de um ou

de diversos intermediários, pois é o canal longo, mais lento em seus

resultados e que permite um controle menor, menos efetivo do mercado.

3. Venda mista: é aquela que atinge o mercado direta e indiretamente.

O tipo de venda utilizada pela empresa é venda indireta, em que a empresa

vende para os seus clientes lojistas, ou distribuidores/atacadistas, via

representantes. O representante, para realizar visitas aos clientes, entra em contato

com os mesmos para agendar um horário. No momento da visita, faz a

demonstração de todos os produtos que a empresa oferece, para que tenha várias

opções de escolha. Tendo decidido quais produtos irá adquirir, o representante

conclui a venda tirando o pedido.

Como não foi encontrada nenhuma dificuldade neste fato, a empresa deve

continuar com as orientações de venda de forma indireta.

� Etapas do processo de vendas

Tão importante quanto manter os clientes atuais, é conquistar novos

clientes. Para tanto, faz-se necessário que o vendedor siga as etapas dos processos

Page 67: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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de vendas, que servem tanto para manter, quanto conquistar novos clientes. De

acordo com Kotler (2003), são:

1. Prospecção e qualificação: a primeira etapa do processo de venda é a

prospecção, identificação de clientes potenciais qualificados. Abordar os

clientes potenciais certos é crucial para o sucesso da venda.

2. Pré-abordagem: antes de visitar um cliente potencial, o vendedor deve se

informar e aprender o máximo possível sobre a organização e seus

compradores.

3. Abordagem: durante esta fase, o vendedor deve saber como se dirigir ao

comprador e dar um bom início ao relacionamento. Essa etapa abrange a

aparência pessoal do vendedor, as frases de abertura e as observações

subseqüentes.

4. Apresentação e demonstração: nesta etapa, o vendedor apresenta os

produtos, descrevendo suas características, concentrando-se em apresentar

os benefícios de tais produtos ao cliente.

5. Discussão das objeções: Ao discutir as objeções, o vendedor deve usar

uma abordagem positiva, tentar descobrir quais delas não foram reveladas,

solicitar ao cliente que as esclareça, considerá-las como oportunidades para

fornecer mais informações e transformá-las em razões para comprar.

6. Fechamento: após discutir e resolver as objeções do cliente potencial, é

chegada o momento de tentar fechar a venda. Os vendedores podem

escolher entre diversas técnicas de fechamento: solicitar o pedido, rever os

pontos de concordância, oferecer-se para redigir o pedido, perguntar qual

modelo o comprador prefere ou afirmar que ele vai perder se não concluir o

pedido naquele momento. Pode ainda oferecer condições especiais para que

o comprador decida fechar o pedido, como preço mais baixo ou uma

quantidade extra grátis.

Page 68: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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7. Acompanhamento: última etapa do processo de venda, o acompanhamento

é necessário se o vendedor quiser garantir a satisfação e preferência do

cliente. Logo após o fechamento, o vendedor deve confirmar detalhes como

prazo de entrega, condições de compra e outros assuntos. Em seguida, deve

programar uma visita de acompanhamento quando do recebimento do pedido

para verificar quaisquer problemas. O vendedor deve mostrar e provar seu

interesse e reduzir qualquer angústia do comprador que possa ter surgido

desde o momento da venda.

As etapas do processo de vendas utilizadas pela empresa para conquista

de novos clientes são:

1. Prospecção e qualificação: por meio de visitas aos clientes e observação

com relação à praça, ou seja, verificação se não há outros clientes que

vendem produtos desta empresa próximos.

2. Pré-abordagem: são obtidas informações sobre os prováveis clientes por

meio de fontes-padrão de referência, fontes on line e pessoas conhecidas,

para identificar principalmente crédito e markup.

3. Abordagem: este item é realizado para identificar desejos e necessidades

dos clientes, para que possa ter início a uma relação que a empresa pretende

ser duradoura, ou seja, que conquiste o cliente. A empresa não possui

orientação planificada para essas ações, a abordagem é feita por meio de

informações obtidas no mercado e através de visita de campo nas praças

onde a empresa tem interesse de divulgar e vender seus produtos.

4. Apresentação e demonstração: são apresentados os produtos,

descrevendo suas características, concentrando-se em apresentar os

benefícios de tais produtos ao cliente, em que o representante está preparado

para ouvir com habilidade para solucionar possíveis problemas ou entraves

do cliente, por meio de visitas aleatórias e/ou agendadas, feiras de calçados e

rodadas de negócios.

Page 69: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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5. Discussão das objeções: nesta etapa os representantes enfatizam que os

produtos oferecidos seguem as tendências da moda e que possuem grandes

volumes de vendas já realizadas.

6. Fechamento: é realizado da seguinte forma: redação do pedido e verificar as

condições de pagamento escolhidas pelo comprador e prazo de entrega.

7. Acompanhamento: quando do recebimento do pedido para verificar

quaisquer problemas por meio de telefone ou e-mail se os produtos recebidos

estão de acordo com o pedido e se os mesmos chegaram em condições

satisfatórias.

Ficou evidenciado que as atividades desenvolvidas estão de acordo com os

fundamentos da administração e, portanto, a empresa deve continuar realizando as

atividades acima descritas.

� Organização da estrutura da força de vendas

A empresa, de acordo com Kotler (2003), pode adotar diferentes diretrizes

para elaborar a estrutura da força de vendas, para repartir a responsabilidade sobre

as vendas, partindo de questões de como deverão ser estruturados os vendedores e

suas tarefas, se devem trabalhar sozinhos ou em equipe, como deve ser as vendas,

entre outros questionamentos. Ainda de acordo com o autor, podem ser utilizadas as

seguintes estruturas na força de vendas:

1. Forças de vendas externas: também chamada de força de vendas de

campo, em que os vendedores viajam para visitar os clientes.

2. Forças de vendas internas: neste tipo de vendas, os vendedores internos

realizam negócios em seus escritórios via telefone ou visitas de clientes

potenciais.

Page 70: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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3. Estrutura da força de vendas por território: é designada uma área

geográfica exclusiva para cada vendedor que vende a linha completa de

produtos ou serviços da empresa a todos os clientes daquele território.

4. Estrutura da força de vendas por produto: a força de vendas comercializa

de acordo com as linhas de produto.

5. Estrutura da força de vendas por cliente: neste tipo de estrutura a força de

vendas é organizada conforme a linha de clientes ou de setores.

6. Estruturas complexas da força de vendas: neste, os vendedores podem

ser especializados por cliente e território, por produto e cliente ou por

território, produto e cliente.

Na empresa, a estrutura da força de vendas na empresa está assim

distribuída:

1. Vendas externas: em que os vendedores viajam para visitar os clientes;

2. Vendas internas: em que os vendedores internos realizam negócios em seus

escritórios via telefone;

3. Estrutura da força de vendas por território: é designada uma área

geográfica exclusiva cada vendedor que vende a linha completa de produtos

a todos os clientes daquele território;

4. Estrutura da força de vendas por cliente: em alguns casos, a força de

vendas é organizada conforme a linha de clientes, por opção exclusiva

destes, em que escolhe comprar diretamente da empresa ou representante

específico de sua escolha.

Page 71: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

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Sugere-se à empresa que solicite a cada vendedor para realizar a

prospecção, dentro de sua área de abrangência, pois pode-se perceber no Quadro 1

que os vendedores concentram-se em determinados clientes dentro de sua área.

� Recrutamento e seleção de vendedores

Numa operação de força de vendas bem sucedida, está o recrutamento e

seleção de vendedores. A diferença entre um vendedor médio e o de um vendedor

de alta qualidade pode ser substancial e afetar o desempenho da força de vendas

(KOTLER, 2003). Ainda para o autor, (2000, p. 645), “a seleção de vendedores

efetivos é parte vital da criação de uma força de vendas bem-sucedida”.

A empresa contrata os vendedores que apresentem o seguinte perfil: que

tenha elevada energia física, ou seja, que seja disposto, falador; que tenha alto grau

de persistência; tenha forte motivação para realizar visitas extras e trabalhar durante

várias horas; tenha habilidade para se comunicar facilmente em todos os níveis de

clientes; seja persistente e diplomático em cuidar de contas existentes e de lidar com

novas contas; seja bom ouvinte; seja rápido em aprendizado e possua empatia para

apreciar o ponto de vista dos clientes; tenha capacidade de lidar com detalhes

eficientemente e com precisão; e tenha conhecimento ou vontade de aprender

técnicas de vendas.

O processo de seleção na empresa passa pelas seguintes etapas: análise

dos documentos, ou seja, currículo, referências e ficha de solicitação; teste de

conhecimento de calçados e entrevistas preliminares; e análise das referências do

candidato.

A empresa tem bem definido qual perfil que o vendedor precisa ter e os

seleciona adequadamente, desta forma, deve continuar com as atividades

desenvolvidas pela empresa.

� Treinamento de vendedores

Para Chiavenato (1997), o treinamento é o processo educacional de curto

prazo aplicado de maneira sistemática e organizado, por meio dos quais as pessoas

aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos.

Page 72: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

71

Em outras palavras treinamento é um ato intencional de fornecer os meios para

possibilitar a aprendizagem.

Para Las Casas (1999), para a elaboração de um programa de treinamento

e desenvolvimento, existem os seguintes passos:

1. Análise das necessidades: o programa de treinamento deve ajustar-se às

reais necessidades dos treinandos. Começa com entrevistas junto aos

vendedores e aos supervisores para identificação dos pontos fracos que

orientarão e direcionarão os tópicos a serem enfatizados no programa.

2. Determinação dos objetivos: de acordo com o resultado da análise feita, há

condições de determinar os objetivos do treinamento, que podem ser:

melhorar o relacionamento com os clientes; motivar a equipe de vendas;

aumentar as vendas; aumentar a lucratividade; melhorar o uso do tempo;

reduzir os custos de vendas; e controlar a força de vendas.

3. Decisão do tipo de treinamento: pode ser: relacionamento, motivação,

marketing, comunicação, custos e força de vendas.

4. Elaboração do programa: deve incluir: produtos, mercados, empresas,

apresentação de vendas eficientes, território de vendas, esforço de marketing

das empresas, características dos clientes.

Não é realizado pela empresa nenhum tipo de treinamento relacionado à

força de vendas. Desta forma, sugere-se à empresa que proporcione treinamento

para todos os envolvidos na força de vendas da empresa.

Propõe-se à empresa que realize uma análise juntamente com os

interessados os cursos que cada um precisa e/ou gostaria de participar. De posse

destes dados, a empresa deve contratar empresas do ramo para realizar os cursos.

No Quadro 7, estão alguns cursos que podem ser proporcionados aos funcionários,

empresas que poderão estar fornecendo os mesmos e os objetivos dos mesmos.

Page 73: ANÁLISE DA FORÇA DE VENDAS DA EMPRESA INDÚSTRIA …siaibib01.univali.br/pdf/Jonatha Aderbal Martini dos Santos.pdf · 2.5 Tamanho da força de vendas ... 5 PROPOSIÇÃO DO PLANO

72

Treinamento Empresa Objetivo

Desenvolvimento

de líderes

Senai

Desenvolver nos profissionais uma nova

postura para conquistar clientes.

Vendas

Senai

Desenvolver profissionais habilitados na

área de vendas.

Comunicação

Senai

Desenvolver melhor a comunicação entre

as pessoas.

Atendimento ao

cliente

Senai

Melhorar o atendimento as clientes.

Quadro 7: Cursos a serem oferecidos.

Fonte: Dados Secundários

� Remuneração dos vendedores

Para Dias, (2003), existem três métodos para recompensar o desempenho

dos vendedores: monetários, que é o salário recebido, seja este fixo ou por

comissão; não monetários, são as vantagens recebidas pelas vendas efetuadas; e

mistos que são quando recebe salário mais as comissões pelas vendas realizadas.

A remuneração efetuada pela empresa para os representantes é por meio

do monetário, que é o salário recebido por meio de comissão sobre as vendas

realizadas, não havendo premiações ou outros incentivos. A comissão é de 8 % (oito

por cento) da venda realizada, sendo que pode ser variável dependendo de como a

negociação foi fechada. Por exemplo, no caso de compra a vista, o desconto base é

de 6% (seis por cento). No entanto, se o representante optar conceder um desconto

maior, podendo ser citado um exemplo de 10% (dez por cento), o mesmo deverá

entrar contato com a empresa para consentimento. Se for permitido, a diferença de

4% (quatro por cento) é dividida entre a empresa e o representante, ou seja, 2%

(dois por cento) o representante cobre e 2% (dois por cento) a empresa cobre.

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Sugere-se à empresa utilizar também o método não monetário para aqueles

vendedores que atingirem as cotas de vendas, pois desta forma, estarão sendo

motivados para alcançá-las.

� Supervisão de vendedores

Os vendedores, de acordo com Kotler (2003), bem mais do que território,

remuneração e treinamento, necessitam de supervisão, pois é por meio dela, a

empresa orienta e motiva a força de vendas para que realize um trabalho cada vez

melhor.

A supervisão poderá acontecer nos seguintes parâmetros, de acordo com

Dias (2003):

1. Orientado para resultados finais: quando o gerente estabelece, monitora,

cobra e dá o feedback sobre os resultados finais, deixando o vendedor

estabelecer seus métodos de venda e dimensionar seus esforços para

alcançar os resultados de vendas.

2. Orientado para atividades: quando o gerente monitora e cobra o

desempenho de atividades do dia-a-dia, recebendo relatórios das forças de

vendas.

3. Orientado para competências: as competências que os representantes

deverão apresentar podem ser as seguintes, que serve de proposta para a

empresa.

A supervisão acontece por meio dos seguintes parâmetros:

1. Orientado para resultados finais: em que o gerente da força de vendas

monitora, cobra e dá o feedback. No entanto, o representante tem a liberdade

de estabelecer seus métodos de venda e dimensionar seus esforços para

realizar as vendas.

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2. Orientado para competências: são as competências que os representantes

devem apresentar: ter impacto e influência, ou seja, tenha capacidade de

estabelecer credibilidade e influenciar indiretamente; ser orientação para a

realização, ou seja, seja capaz de estabelecer objetivos; tenha iniciativa, ou

seja, saiba persistir, não desista facilmente e saiba medir as oportunidades;

tenha entendimento interpessoal, ou seja, que saiba compreender o

comportamento não-verbal e as atitudes dos clientes; orientação de serviço

aos clientes, ou seja, tenha capacidade de realizar esforços extras para

satisfazer as necessidades dos clientes; seja autoconfiança, ou seja, confie

nas suas próprias habilidades, aceite os desafios, seja otimista, seja capaz de

construir relacionamentos, ou seja, mantenha amizades no trabalho e tenha e

use rede de contatos; tenha capacidade de procurar informações, ou seja,

que possa obter informações variadas fontes; tenha conhecimento técnico ou

relevante sobre os produtos que está oferecendo.

A empresa deve continuar com as atividades desenvolvidas pela empresa,

ou seja, orientado para os resultados finais e para as competências.

� Motivação de vendedores

Segundo Futrell (2003), motivação é o estímulo, intensidade, direção e

persistência do esforço direcionado a tarefas profissionais ao longo de um período.

O gerente de vendas procura aumentar a motivação dos vendedores no sentido de

levá-los a realizar suas atividades profissionais num alto nível, por meio do

desenvolvimento de um composto motivador. Segundo o autor, a motivação pode

acontecer por meio de:

1. Recompensas financeiras: que podem ser bônus;

2. Avanço na carreira: que podem ser promoções ou oportunidades de

desenvolvimento; e

3. Compensações não financeiras: que podem ser jantares de

reconhecimento, pequenos presentes, troféus, etc.

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A motivação utilizada pela empresa é somente por meio de remuneração por

incentivos, em que a premissa básica da empresa é que se vende recebe, se não

vende não recebe.

Para motivar os vendedores, sugere-se à empresa a utilização de

compensações não financeiras, como jantares de reconhecimento, pequenos

presentes, troféus, para que os vendedores se sintam motivados para aumentar as

vendas, nos períodos de baixa temporada, que é a época em que as vendas e,

conseqüentemente a produção da empresa diminuem, como por exemplo nos

meses de Janeiro e Fevereiro; e Junho e Julho.

� Avaliação de vendedores

Para Kotler (2000, p. 652), “os relatórios da força de vendas, juntamente

com outras informações, fornecem estes subsídios ainda brutos para a avaliação.

Assim, de posse desses relatórios e de outras informações, avaliam-se formalmente

os membros da força de vendas”. De acordo com Sandhulsen (2003), a avaliação

pode ser feita de duas formas:

1. Análise informal: que pode fundamentar-se em relatórios de visita, num

plano de trabalho, ou num plano territorial de marketing e em viagens de

campo com o representante para visitar contas-chaves.

2. Análise formal: que são caracterizadas por comparações com outros

vendedores e pelo desempenho passado em áreas com produtividade e

controle de custo.

A avaliação na empresa acontece de duas formas:

1. Análise informal: composto por viagens de campo com o representante para

visitar contas-chaves.

2. Análise formal: por meio de comparações com outros vendedores e por

período de vendas.

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Para verificar a eficiência dos representantes, sugere-se à empresa adotar

um programa de avaliação de desempenho, que deve ser aplicado periodicamente,

de acordo com as necessidades da empresa, podendo ser semestralmente ou

anualmente.

O quadro 8, é um modelo de um programa de avaliação do vendedor.

Item Sempre Quase sempre

Raramente Nunca

O vendedor presta serviço cortês ao cliente.

O vendedor lida com reclamações de acordo com a política da empresa.

O vendedor tem habilidade no fechamento das vendas.

Trabalha bem com colegas do mesmo departamento.

O vendedor conhece modelos, estilos, materiais e acessórios usados em diferentes mercadorias.

O vendedor realiza os trabalhos burocráticos apropriadamente.

O vendedor comparece a reuniões de vendas.

O vendedor participa de treinamentos. O vendedor segue instruções de seu supervisor.

O vendedor realiza visitas aos clientes periodicamente.

O vendedor procura conquistar contas novas.

O vendedor possui potencial de vendas.

O vendedor trabalha de acordo com sua cota de vendas.

O vendedor procura superar sua cota de vendas.

TOTAL Quadro 8: Programa de avaliação do vendedor.

Fonte: Adaptado de Dias (2003) e Las Casas (1999).

Para somatório das notas, a empresa pode estabelecer valores para cada

uma das respostas:

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1. Sempre: 10 pontos;

2. Quase sempre: 7 pontos;

3. Raramente: 3 pontos; e

4. Nunca: 0 pontos.

A empresa, a seu critério, deve estipular uma pontuação mínima que o

vendedor deve alcançar.

� Objetivos e metas da força de vendas

Uma forma de se alcançar as metas de vendas é estipular cotas, que

segundo Dias (2003, p. 325), “servem, também, para avaliar o desempenho dos

vendedores, e são instrumentos motivadores por recompensar desempenhos

superiores com prêmios específicos, quando atingidas ou excedidas”.

O objetivo maior da força de vendas é a venda de produtos, no entanto, não

estipula cotas para os representantes, para atingir as metas de vendas.

Propõe-se que as cotas sejam estabelecidas com base no volume de

vendas, determinado por produtos, clientes, área geográfica ou qualquer

combinação destas, por meio de um estudo das vendas realizadas em cada

território, por um determinado período de tempo, podendo ser de dois anos, para

obter a média e definir a cota.

� Tamanho da força de vendas

De acordo com Dias (2003), existem vários métodos para determinação da

quantidade de vendedores diretos e representantes comerciais, cujas variáveis que

influenciam essa decisão dependem do direcionamento estratégico de cada

empresa. Segundo o autor citado, as mais comuns são: carga de visitação a clientes

e perspectivas de negócios, custos de atendimento, potencial de vendas, tipos de

linhas de produtos, tipos de clientes e localização.

O tamanho da forma de vendas está representado no Quadro 2., no qual foi

descrito a quantidade de clientes ativos de cada representante, número de

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vendedores que cada representante tem e o número de clientes por vendedor, ou

seja, a quantidade de clientes de cada vendedor, e o número de dias úteis que cada

vendedor leva para visitar todos seus clientes. Esse número de dias úteis deve girar

em torno de 30 dias, pois assim, ele terá um fluxo, desde tirar um pedido, entregar, e

verificar se vendeu bem, assim, podendo realizar reposições ou novos pedidos.

� Estratégias da força de venda

Para Oliveira (2006), a estratégia é normalmente dos níveis mais altos da

empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos, quanto à seleção dos cursos

de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições

externas e internas à empresa e sua evolução esperada.

Para Dias (2000), na venda de campo há ainda outras forças de vendas:

1. Venda tradicional: caracteriza-se pelas ações em que o vendedor procura

realizar a transação com mensagens sobre o produto e suas características,

tentando impor ao comprador as vantagens que ele irá obter.

2. Venda criativa: compreende a utilização de técnicas de criatividade para

produzir idéias inéditas e úteis sobre os produtos e abordagens.

3. Venda missionária: é aquela quando a missão do vendedor é trabalhar com

canais de marketing, devendo atuar primordialmente como consultor e

conselheiro, e não como vendedor. As tarefas são, basicamente, voltadas

para o planejamento e divulgação das futuras vendas.

4. Venda consultiva: é o processo que posiciona o vendedor como um

profissional que procura melhorar a lucratividade de seus clientes. O

vendedor consultor deve desenvolver tarefas relacionadas à solução de

problemas nos processos dos clientes de duas maneiras: redução de custos

operacionais ou aumento da receita em vendas.

5. Venda de negociação: é a que os vendedores profissionais devem ser

negociadores, mesmo que não se dêem conta dessa habilidade. Assim,

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também são os compradores profissionais, mesmo que não tenham

freqüentado um curso de negociação. A atitude ideal na venda de negociação

é aquela em que o vendedor e comprador se tornam parceiros na busca de

soluções, em vez de adversários ou concorrentes.

6. Venda de colaboração: procura tornar o vendedor não culpado ao realizar

suas tarefas de vendas. Desenvolve a sensação de falta de pressão, mas

ainda com o objetivo de vender.

7. Venda SPIN: é aquela em que o vendedor desenvolve habilidades na

formulação de questões-chave para planejar e abordar com êxito seus

clientes.

8. Venda em equipe: é usada em situações em que existe complexidade

operacional e necessidade de envolvimento de diversas áreas da empresa.

9. Venda personalizada: que tem como premissa a busca da identificação de

certas características pessoais, sendo uma das atividades humanas mais

comuns.

As estratégias da força de vendas utilizada pela empresa é a venda de

campo, que é composto pelos seguintes tipos de vendas:

1. Venda tradicional: o vendedor deve procurar realizar o acordo com

indicações sobre o produto e suas características, demonstrando ao

comprador as vantagens que ele irá obter;

2. Venda consultiva: são oferecidas sugestões de como o comprador pode

administrar a porcentagem de vendas, ou seja, o markup de produtos;

3. Venda de negociação: os representantes além de vendedores devem ter

habilidade de negociação para que a venda de produtos aconteça.

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A empresa deve continuar com as atividades desenvolvidas com relação ao

tipo de venda utilizado: venda tradicional, consultiva e de negociação, no entanto

propõe-se que utilize a orientação de como chegar no cliente.

� Pós-vendas

De acordo com Kotler (1999, p. 155), “um cliente perdido representa mais do

que uma perda da próxima venda; a empresa perde o lucro de todas as compras

futuras daquele cliente, para sempre”.

Para Las Casas (1999), inicia-se a prestação do serviço no momento do

fechamento do pedido ou contrato, a partir de então, todas as promessas começam

a ser realizadas. Isso exige um acompanhamento constante. Para o mesmo autor, o

pós-vendas é decisivo para a satisfação do cliente, que consiste em todas as ações

realizadas para mostrar seu compromisso para atender as necessidades do cliente e

manter boas relações com ele.

Acontece por meio de ligação para o cliente, por contato via e-mail ou por

visita para verificar se as vendas estão acontecendo.

A empresa deve continuar com as atividades desenvolvidas, ou seja,

entrando em contato com os clientes após o recebimento do produto pelo cliente,

verificando se chegou conforme o pedido.

� Distribuição Física

A distribuição física ou logística de marketing, de acordo com Kotler (1999),

envolve planejamento, implementação e controle do fluxo de materiais, produtos

finais e informações correlatos dos pontos de origem até os pontos de consumo, de

modo a atender às exigências dos clientes.

As principais funções logísticas, de acordo com o autor, são:

1. Processamento de pedidos: os pedidos podem ser processados de várias

formas: por telefone ou correio, através de vendedores ou via computador e

intercâmbio eletrônico de dados. Depois de recebidos, os pedidos devem ser

processados de forma rápida e precisa. O sistema de processamento dos

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pedidos prepara as faturas e envia os detalhes do pedido para o

departamento adequado.

2. Armazenagem: toda empresa precisa armazenar seus produtos até serem

vendidos. A armazenagem é necessária porque os ciclos de produção e

consumo raramente são iguais. O estoque de algumas empresas é

armazenado na própria fábrica, ou em um local próximo, e os demais são

espalhados pelo país, que podem ser próprios, alugados ou ambos.

3. Estoque: os níveis de estoque também afetam o grau de satisfação do

cliente. O principal problema é manter um equilíbrio cuidadoso entre um

estoque grande demais e pequeno demais. O estoque grande demais resulta

em custos mais altos que o necessário e possível obsolescência dos

produtos. E o pequeno demais, por sua vez, podem não atender

satisfatoriamente às necessidades de produção da empresa.

4. Transporte: os profissionais de marketing devem dar muita atenção às

decisões da empresa quanto ao transporte, cuja escolha afeta o apreçamento

do produto, a eficiência da entrega e a condição dos produtos ao chegarem

ao seu destino. As empresas podem escolher entre os cinco meios de

transporte: ferroviário, rodoviário, marítimo/fluvial, aéreo e por dutos.

As atividades de distribuição física ou logística de marketing realizado pela

empresa são:

1. Processamento de pedidos: os pedidos são enviados via computador e

intercâmbio eletrônico de dados. Após a chegada na empresa, é dada a

entrada no PCP, para que possa ser realizada a compra da matéria-prima

necessária para a fabricação do produto constante no pedido. O documento

do vendedor é o pedido, encaminhado para a empresa, não sendo feito o

lançamento direto no sistema.

2. Armazenagem: os produtos que a empresa fabrica não têm necessidade de

serem armazenados, pois são expedidos (ou faturados) no momento que

ficam prontos.

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3. Estoque: a empresa não mantém estoque de produto acabado.

4. Transporte: o meio de transporte utilizado pela empresa é o rodoviário, cuja

transportadora é terceirizada e escolhida por critério de confiabilidade e

segurança do fornecedor.

As atividades de distribuição física estão sendo realizadas de acordo com os

fundamentos da administração: processamento de pedidos e transporte e, portanto,

a empresa deve continuar com essas atividades.

� Estudo da Carteira

De acordo com Vavra (1993), os clientes precisam ser identificados, porque

não se estabelece uma relação com quem não se conhece. A partir daí, aprender

sobre eles, suas necessidades e seus desejos, utilizando essas informações para

estreitar o relacionamento e conhecê-los cada vez mais. Isso dá à empresa um

diferencial e cria barreiras de confiança tornando inconveniente a migração para um

concorrente, porque o novo relacionamento começaria do zero, sem nenhum

conhecimento de ambas as partes.

O Quadro 3 apresentou a quantidade de clientes ativos e inativos de cada

representante, sendo que é importante salientar que nunca foi realizada a limpeza

do cadastro de clientes, devendo ser considerado, portanto, a data de contratação

do representante.

Sugere-se à empresa limpeza do banco de dados da carteira de clientes,

realizando a atualização anualmente, no início de cada exercício contábil, para que

possam ser identificados os clientes ativos e inativos. Para tanto, sugere-se também

a realização de um estudo aprofundado junto aos clientes inativos para conhecer os

motivos que levaram tais clientes a deixar de adquirir produtos desta empresa.

� Curva ABC

Segundo Dias (1995, p. 95), a curva ABC é um importante instrumento para

o administrador, permitindo identificar aqueles itens que justificam atenção e

tratamento adequados quanto à sua administração. Obtêm-se a curva ABC através

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da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa.

A curva ABC dos clientes ativos foi apresentado no Quadro 5 e Gráfico 1, a

sua representatividade na força de vendas foi apresentado no Quadro 6 e Gráfico 2,

em que pode ser resumido:

1. Classe A: grupo de clientes mais “importantes” (compram entre 2000 a 1200

pares/ano) que devem ser tratados com uma atenção especial pela

administração, pois representam 45% (quarenta e cinco por cento) das

vendas da empresa.

2. Classe B: grupo de clientes em situação “intermediária” (compram entre 1100

a 800 pares/ano), estão entre as classes A e C, que representa 30% (trinta

por cento) das vendas da empresa.

3. Classe C: grupo de clientes menos “importantes” (compram entre 700 a 300

pares/ano), que são a maioria em quantidade e representam 25% (vinte e

cinco por cento) das vendas da empresa.

Como a empresa já tem identificado os clientes da curva ABC, a empresa

deve continuar com as atividades desenvolvidas.

� Controle de resultados

Para Kotler (1998), o controle de resultados pode acontecer por meio da

análise das vendas, que consiste em mensurar a relação entre as vendas reais e as

metas de vendas, por meio da identificação dos pontos fortes e fracos da força de

vendas. Para o autor citado, tal análise pode acontecer por meio de duas

ferramentas:

1. Análise da variação de vendas, que mensura a contribuição relativa de

diferentes fatores em relação a uma lacuna no desempenho de vendas; e

2. Análise de micro vendas, que analisa produtos, territórios específicos etc.,

que não atingiram a venda esperada.

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Não é feita formalmente, pois não existem cotas de vendas que devem ser

alcançados pelos representantes.

Desta forma, como sugerido anteriormente, a empresa deve utilizar cotas

para controlar os resultados de vendas, no qual sugere-se a utilização da análise

descrita pelo autor citado, ou seja, a análise de variação de vendas.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo geral analisar a força de vendas da

empresa Indústria e Comércio de Calçados Ala Ltda. Os objetivos específicos foram:

identificar atual organização da força de vendas, identificar a área geográfica de

atuação da força de vendas e como esta está distribuído, avaliar a carteira de

clientes e apresentar sugestões se necessário.

Ao analisar a força de vendas da empresa a partir da descrição do mesmo,

pode-se perceber que a mesma apresenta alguns itens que não estão sendo

realizados, ou realizados inadequadamente e que, portanto, podem estar impedindo

a força de vendas de realizar as atividades de acordo com o esperado.

Neste sentido, é necessário que a empresa faça algumas mudanças tais

como: organização da estrutura da força de vendas, que solicite a cada vendedor

procurar realizar a prospecção, dentro de sua área de abrangência; treinamento na

área de desenvolvimento de líderes, vendas, comunicação, atendimento aos

clientes, ou outros que podem ser levantados após levantamento das necessidades

dos envolvidos na força de vendas; remuneração de vendedores, quanto à utilização

do método não monetário para aqueles vendedores que atingirem as cotas de

vendas; motivação dos vendedores, com a utilização de compensações não

financeiras, como jantares de reconhecimento, pequenos presentes, troféus, para

que os vendedores se sintam motivados para aumentar as vendas, nos períodos de

baixa temporada; avaliação dos vendedores, por meio da aplicação e adoção de um

programa de avaliação de desempenho que deve ser aplicado periodicamente, de

acordo com as necessidades da empresa, semestralmente ou anualmente; estudo

da carteira, por meio de limpeza do cadastro dos clientes, além de realização de um

estudo aprofundado para saber com os clientes inativos, porquê de não adquirir

mais os produtos da empresa; e controle de resultados, por meio da adoção da

análise de variação de vendas. Estas modificações estão contidas no plano de ação

proposto.

Por fim, recomenda-se que todas as sugestões sejam avaliadas para que

possa ser implantada de modo a auxiliar a organização a manter-se no mercado e

expandir suas vendas.

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DECLARAÇÃO

A empresa INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS ALA LTDA., declara,

para os devidos fins, que o estagiário, JONATHA ADERBAL MARTINI DOS

SANTOS, aluno do Curso de Administração do Centro de Educação Superior de

Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga

horária prevista para o período de Agosto/2007 a Novembro/2007, seguiu o

cronograma de trabalho estipulado do Projeto de Estágio e respeitou nossas normas

internas.

São João Batista, 30 de novembro de 2007

___________________________________

Alyson Atanásio dos Santos

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Jonatha Aderbal Martini dos Santos

Estagiário

Profº Nelson Zunino Duarte

Orientador de Estágio

Alyson Atanásio dos Santos

Supervisor de Campo

Profª Jaqueline de Fátima Cardoso

Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração