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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ FELIPE OSCAR TESTONI Trabalho de Estágio ANÁLISE DOS CUSTOS E DESPESAS NA FABRICAÇÃO DE PÃES DA EMPRESA UNIVERSO DAS TORTAS ITAJAÍ 2012

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ FELIPE OSCAR TESTONI

Trabalho de Estágio

ANÁLISE DOS CUSTOS E DESPESAS NA FABRICAÇÃO DE PÃES DA EMPRESA

UNIVERSO DAS TORTAS

ITAJAÍ 2012

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FELIPE OSCAR TESTONI

Trabalho de Estágio

ANÁLISE DOS CUSTOS E DESPESAS NA FABRICAÇÃO DE PÃES DA EMPRESA

UNIVERSO DAS TORTAS Projeto desenvolvido para a disciplina de Estagio do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Prof. Orientador:

André Graf de Almeida

ITAJAÍ 2012

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário:

Felipe Oscar Testoni.

b) Área de estágio:

Administração Financeira.

c) Supervisor de campo:

Moacir Testoni

d) Orientador de estágio:

Prof. André Graf de Almeida

e) Professor responsável pelo estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Universo das Tortas ltda.

b) Endereço

Rua Reinaldo Schmitausen, 1652, Cordeiros, Itajaí – SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Departamento Financeiro.

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Moacir Testoni - Administrador

f) Carimbo e visto da empresa

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Resumo

Com um ambiente altamente competitivo, as organizações estão direcionando-se cada vez mais para os clientes. Por esse motivo a empresa busca aperfeiçoar cada vez mais seus produtos consequentemente agradando seus clientes e assim conquistá-los pela qualidade e preços mais atraentes. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo geral levantar e analisar os custos e despesas na fabricação de pães na empresa Universo das Tortas. Assim os objetivos específicos definidos são: identificar o preço de venda do produto, identificar os custos fixos e variáveis, identificar a receita, posteriormente calcular o custo do processo da receita, comparar com o custo ocorrido, calcular a margem de contribuição e por fim calcular o resultado com a venda de pães no período. A metodologia do estudo teve como base a tipologia de pesquisa-diagnóstico. A coleta dos dados foi feita através da pesquisa e observação do acadêmico em conjunto com o supervisor da empresa, foi feito um levantamento da quantidade produzida de pães em um determinado período, foi verificada a ocorrência de desperdícios e verificou-se a quantidade vendida, demonstrados através de tabelas e comentários. O resultado da pesquisa apresentou uma surpresa, pois a quantidade fabricada de pães foi maior do que a quantidade prevista pela receita.

Palavras-chave: Pães. Panificadora. Custos.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................8 1.1 Objetivo geral.................................................................................................9 1.2 Objetivo específicos.......................................................................................9 1.3 Justificativa da realização do estudo............................................................10 1.4 Aspectos metodológicos...............................................................................11 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados.......................................................13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................14 2.1 Conceito de administração...........................................................................14 2.2 Administração financeira..............................................................................15 2.2.1 Funções do administrador financeiro...........................................................15 2.3 Contabilidade de custos................................................................................17 2.3.1 Terminologia aplicada na contabilidade de custos........................................17 2.4 Classificação dos custos...............................................................................19 2.4.1 Custos diretos..............................................................................................19 2.4.2 Custos indiretos............................................................................................20 2.4.3 Custos fixos..................................................................................................20 2.4.4 Custos variáveis...........................................................................................21 2.5 Métodos de custeio......................................................................................21 2.5.1 Custeio por absorção....................................................................................22 2.5.2 Custeio variável............................................................................................23 2.5.3 Método ABC de custeio................................................................................24 2.6 Análise de custo/volume/lucro......................................................................24 2.7 Indústria da panificação................................................................................26 2.8 Empresa familiar...........................................................................................27 2.9 Impostos.......................................................................................................28 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA..............................................................29 3.1 Histórico.........................................................................................................29 3.2 Localização....................................................................................................29 3.3 Produtos........................................................................................................30 3.4 Funcionários.................................................................................................33 3.5 Clientes.........................................................................................................33 3.6 Missão..........................................................................................................33 3.7 Visão............................................................................................................33 3.8 Valores.........................................................................................................34 4 RESULTADOS DA PESQUISA......................................................................35 4.1 Receita do pão francês.................................................................................35 4.2 Processo de fabricação.................................................................................36 4.3 Custo do período...........................................................................................37 4.4 Margem de contribuição ...............................................................................42 5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO.......................................................43 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................45

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REFERÊNCIAS.........................................................................................................47 DECLARAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO........................................................................49 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS.....................................................................50

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1 INTRODUÇÃO

Devido ao alto nível de competitividade no ramo alimentício, as empresas desse

setor devem estar em constante mudança buscando sempre um lugar de destaque

no mercado. Muitos investimentos são feitos para melhor atender os clientes e

conseqüentemente estar à frente de seus concorrentes. Mas para isso, a empresa

deve estar ciente de todos seus custos e da margem de contribuição de seus

produtos para assim quantificar seus recursos financeiros.

Segundo a Abip (Associação Brasileira da indústria da Panificação e Confeitaria)

a panificação está entre os seis maiores segmentos industriais do país e 10% do

consumo de alimentos no Brasil correspondem aos produtos panificados porém,

devido ao baixo valor agregado dos produtos, a margem de lucro gira em torno de

3% do faturamento bruto e em contrapartida é um ramo de negócio que exige

investimentos altíssimos devido à exigência do mercado no que diz respeito ao

modelo de padaria, os estabelecimentos mais incrementados com instalações

modernas se destacam e a atenção dos empreendedores está voltada à arquitetura.

Desperdício é um ponto que merece ser visto com cautela nas padarias. Em

geral, entre 15% e 20% da matéria-prima vai para o lixo, por falta de organização e

controle (SEBRAE, 2007). Constatou-se uma necessidade de investimentos e

controle de produção, para diminuir as despesas e assim tentar estar à frente de

seus concorrentes, foi o que se observou na organização Universo das Tortas. A

empresa é conhecida por seus produtos de alta qualidade, atendimento

especializado e pela credibilidade de sua marca na região, vem atuando na região

de Itajaí no bairro Cordeiros.

É uma empresa familiar, tem um grande potencial de crescimento, mas está

faltando um bom conhecimento para poder desenvolver-se melhor. Para conseguir

competir no mercado a empresa primeiramente deve ter a consciência de seus

gastos e de suas receitas, da margem de contribuição de cada produto.

Atualmente a empresa não tem um controle financeiro digno, então significa que

o proprietário não sabe se a empresa está dando lucro ou prejuízo a cada mês, falta

um planejamento, pois o mesmo se baseia apenas pelo dinheiro que está no caixa e

logicamente isto não é adequado. Uma empresa para se manter no mercado nos

dias atuais tem que prestar atenção a um ponto fundamental, seus custos. Porque

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os clientes estão cada vez mais exigentes e as tecnologias para elaboração de

produtos e serviços estão cada vez mais difusas, para que a empresa ganhe

vantagem competitiva e se mantenha é preciso desenvolver um sistema de gestão

de custos que garanta esse diferencial. O desperdício para a empresa é um custo

que não agrega valor ao produto, pois é um gasto jogado fora ou mal aproveitado, e

isso gera um maior custo para a empresa e a margem de lucro diminui, fato que

pode ocasionar dificuldades em conseguir competir no preço com os concorrentes.

Foi feita uma análise na produção de pães, onde foram levantados todos os

pontos para saber quais os custos de produção e saber a margem liquida, ou seja,

saber como que a empresa Universo das Tortas pode melhorar sua produção de

pães e quais custos podem ser diminuídos, com o objetivo de tornar o preço de

venda do pão mais competitivo.

1.1 Objetivo Geral

Para Marconi (2006), o objetivo geral está ligado a uma visão global e

abrangente do tema. Tem relação com o conteúdo intrínseco tanto dos fenômenos e

eventos quanto das idéias estudadas.

Considerando a citação acima, o presente trabalho tem como objetivo geral

levantar e analisar os custos e despesas na fabricação de pães na empresa

Universo das Tortas Ltda.

1.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos, segundo Marconi (2006), apresentam caráter mais

concreto. Eles possuem um papel intermediário para que se possa atingir o objetivo

geral como também aplicar em situações particulares.

Tendo em vista o objetivo geral, consideraram-se os seguintes objetivos

específicos:

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1- Identificar os custos variáveis de cada produto.

2- Identificar os custos fixos de cada produto.

3- Identificar as receitas dos produtos.

4- Calcular o custo com base na receita.

5- Comparar com o custo ocorrido.

6- Calcular a margem de contribuição de cada produto.

7- Calcular e analisar os resultados.

1.3 Justificativa

Neste item apresenta-se o problema de pesquisa a ser abordado, como defende

Marconi (2006, p. 103) “É o único item do projeto que apresenta respostas a questão

por quê?”.

Em um mercado tão complexo e competitivo, como nos deparamos atualmente,

qualquer empresa deve estar preparada para assumir riscos e encarar desafios que

podem tanto impulsionar o sucesso de uma organização quanto levá-la à falência.

Um requisito mínimo para uma empresa continuar sua vida lucrativa no mercado

é ter um controle da relação entre custos x receita, o que não acontece na

organização Universo das Tortas. A empresa não tem nenhum sistema de

identificação de custos ou análises da margem de contribuição dos itens produzidos.

A empresa não tem ciência se suas atividades são viáveis ou não, ou seja, não se

sabe quais os custos na fabricação de pães, quanto que se tem de custos fixos,

variáveis, entre outros fatores. É de extrema importância que a empresa saiba o que

esta sendo gasto no processo de fabricação de pães.

A fabricação de pães gera uma rotatividade grande de produtos, são feitas

grandes compras de misturas e fermentos onde consequentemente acarretam em

grandes custos para a empresa, no qual este fator foi decisivo para o

desenvolvimento deste trabalho. Com o auxílio do administrador da empresa foram

feitos levantamentos de estoque, controle de produção e com isso foram observados

os gastos com a produção, quantidades vendidas de pães e assim o resultado da

pesquisa verificou o que realmente acontece com o processo produtivo.

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Como a empresa vem passando por dificuldades, com a prática de preços mais

elevados e com um controle mais específico sobre a produção de pães, certamente

trará vantagens para a empresa e assim conseguir ser mais competitiva dentro de

seu mercado.

Identificou-se então a oportunidade de desenvolver estudos na área financeira

dessa organização e com uma atenção voltada para a fabricação de pães, pois até

então, nenhum controle nesse setor havia sido considerado, o que torna o primeiro

estudo nessa organização, necessitando um posterior aperfeiçoamento na área de

custos na empresa, com isso podendo aprender a ter uma melhor margem de lucro

e com um preço mais competitivo aos concorrentes.

Este estudo trará benefícios para a empresa, pois sem a utilização e análise de

custos da empresa ela poderá se tornar vulnerável a concorrência, assim aderindo,

a empresa terá acesso à ferramentas da administração de custos antes

desconhecidas e ainda tomar decisões precisas quanto a investimentos.

O acadêmico também teve benefícios, uma vez que a produção de trabalhos

acadêmicos aproxima a universidade das empresas. Para o acadêmico que vai se

desenvolver como profissional crítico e coerente, conseqüentemente a sociedade

que irá receber um profissional mais qualificado para o mercado de trabalho.

Tendo em vista que o acadêmico realizou seu trabalho de conclusão de curso na

empresa familiar, tornou-se totalmente viável o acesso às informações, o trabalho

ficou restrito somente á fabricação de pães em função da dificuldade de conseguir

as informações referentes aos demais produtos vendidos pela empresa.

1.4 Aspectos Metodológicos

Este projeto tem como base a tipologia de Pesquisa-diagnóstico (modelo

consultoria), que segundo Roesch (2005), é o tipo de pesquisa que o estagiário faz

um diagnóstico interno do ambiente organizacional, do setor de atuação ou da

organização e propõe-se levantar e definir problemas.

Quanto à metodologia, esse trabalho teve a predominância de uma abordagem

quantitativa, com aporte qualitativo. Richardson (1999) defende que a abordagem

quantitativa se da pelo fato de utilizar instrumentos estatísticos, obtendo como

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resposta a quantificação ou mensuração de um determinado fenômeno. No método

qualitativo, o autor caracteriza esse por entender a natureza de um fenômeno social,

aonde seu objetivo encontra-se nas situações complexas ou particulares.

No que se refere ao nível de pesquisa, definiu-se como exploratória e descritiva.

Exploratória que tem por objetivo levantar as características de um fenômeno e suas

conseqüências, que para Gil (2002) essa proporciona maior familiaridade com o

problema visando torná-lo mais explícito. E descritiva pelo fato de expor as

características de um determinado fenômeno e estabelecer correlações entre as

variáveis definindo sua natureza, conforme afirma Vergana (2005).

Na parte teórica, a estratégia de pesquisa explorada inicialmente foi a pesquisa

bibliográfica, pois reuniu pensamentos de diversos autores e foi com essas diretrizes

que o trabalho tornou-se possível. Posteriormente, na parte prática, a estratégia foi

de levantamento aonde todas as informações referente a empresa e que fossem

necessária para o desenvolvimento do trabalho foram levantadas e estudadas.

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1.5 Técnicas de coleta e análise de dados

OBJETIVOS

ESPECÍFICOS

TIPO DE DADO

FONTE

ISTRUMENTO DE COLETA

PROCEDIMENTO

DE COLETA

TÉCNICA DE

ANÁLISE

1- Identificar os produtos

de panificação

Primário

Gestor

Entrevista em profundidade

Gravador

Análise do conteúdo.

2 - Identificar os preços de

vendas

Primário

Tabela de

Preços

Auxílio de softwares

Descrever em

tabelas

Análise do conteúdo

3 e 4 -

Identificar os custos fixos e

variáveis

Primário

Notas

Fiscais e relatório

Planilhas

Descrever em

tabelas

Classificação dos gastos

5 - Identificar

a receita 6-Calcular o custo padrão

Primário

Notas

Fiscais e Relatórios

Auxílio de softwares

Descrever em

tabelas

Cálculos

7 - Comparar com o custo

ocorrido.

Primário

Relatórios.

Auxílio de softwares

Análise de conteúdo

Análise de conteúdo

8 - Calcular a

margem de

contribuição

9 – Calcular e

analisar os

resultados

Primário

Relatórios

Auxílio de softwares

Análise de conteúdo

Cálculos

Quadro 1 Resumo das técnicas de coletas e análise de dados

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente projeto de estágio tem como foco o tema custos, foi utilizado como

ferramenta para atender aos objetivos do trabalho. Para um melhor esclarecimento

da área abordada pelo trabalho, foi feita uma revisão baseada em autores

consagrados e em bibliografia recente.

2.1 Conceito de Administração

Chiavenato (2001) afirma que a administração é a interpretação dos objetivos

propostos pela empresa e a transformação desses em ação empresarial, por meio

do planejamento, da organização, da direção e do controle de todas as atividades e

níveis da empresa, com o intuito de atingir o objetivo proposto.

Fayol foi um dos pioneiros na teoria da administração, segundo Montana e

Charnov (2003). Os autores, baseando-se em Fayol, apresentam cinco funções

específicas na administração: Planejamento – prever eventos futuros e determinar

as atividades futuras mais eficazes para a empresa; Organização – como a estrutura

organizacional está estabelecida e como a autoridade e a responsabilidade são

passadas para os gerentes; Comando – maneira como os gerentes administram os

funcionários; Coordenação – atividade destinada a criar uma relação entre todos os

esforços individuais da organização para a realização de um objetivo comum;

Controle – modo como os gerentes avaliam o desempenho dentro da organização

com relação aos planos e as metas dessa organização.

Chiavenato (2001) por sua vez, considera que as funções do administrador se

dividem em: Planejamento – função que consiste em prever, traçar um programa de

ação a ser alcançado; Organização – processos a serem efetuados e os

responsáveis pelo seu bom andamento; Direção – é a coordenação das pessoas

para realizar determinado processo; Controle – verificação de que tudo acontece

conforme as regras estabelecidas e as ordens dadas.

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Estes são os elementos da administração que compõem o processo

administrativo. Podem ser usados em qualquer departamento administrativo e em

qualquer nível de empresa.

2.2 Administração Financeira

A administração Financeira é um conjunto de ações e procedimentos

administrativos, envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades

financeiras da empresa, tendo como objetivo maximizar os resultados econômicos –

financeiros a partir de suas atividades operacionais. (GITMAN, 2001).

Para a administração Financeira, o objetivo econômico das organizações é a

maximização do seu valor no mercado e conseqüentemente o aumento da riqueza

de seus proprietários. Esses por sua vez, esperam que seus investimentos

produzam um retorno compatível com o risco que assumem. (HOJI, 2010).

Com uma geração permanente de lucro e caixa, Hoji (2010) afirma que as

empresas garantem assim, suas funções sociais como pagamento de impostos,

treinamento e remuneração adequada aos colaboradores, investimentos em

melhoria ambiental, entre outros.

Gitman, (2001) conclui que a Administração Financeira lida com as obrigações

do administrador financeiro, que por sua vez, gerencia questões financeiras de

variados tipos de negócios, e trabalha em diferentes tarefas pois a maioria da

decisões de negócios são mensuradas em termos financeiros, o que o torna um

elemento essencial na operação da empresa.

2.2.1 Funções do administrador financeiro

Pessoas que estão envolvidas em todas as áreas de responsabilidade na

empresa vão de alguma forma interagir com a área financeira a fim de realizar seus

trabalhos. Para isso, administrador financeiro deve estar disposto e ser capaz de

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interagir com todos os indivíduos e assim fazer adequadas previsões e tomar

decisões úteis à organização. (GITMAN, 2001).

Segundo Hoji (2010), o administrador financeiro não tem a competência de

determinar como as atividades de operação da empresa devem ser conduzidas, mas

em função de seus conhecimentos técnicos e visão global, ele pode contribuir

decisivamente quanto à melhor forma de conduzi-las.

As principais atividades do administrador financeiro são: análise, planejamento e

controle financeiro; tomadas de decisões de investimentos; e tomada de decisões de

financiamentos. (HOJI, 2010).

Análise, planejamento e controle financeiro: Para Hoji (2010), consiste em

coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa através de

relatórios financeiros e inclusive participar de decisões estratégicas. Gitman,

(2001) complementa que esta atividade nada mais é do que avaliar os fluxos

de caixas e desenvolver planos que assegurem fluxos de caixa adequados

para dar apoio às metas da empresa.

Decisões de investimentos: vai de encontro ao destino dos recursos

financeiros para a aplicação em ativos correntes e não correntes, obviamente

considerando os riscos e os retornos dos capitais, como afirma o autor Hoji,

(2010). Gitman (2001) concorda mais uma vez e ainda ressalta a importância

dessas decisões, pois elas afetam o sucesso da organização na busca de

suas metas.

Decisões de financiamentos: estas são tomadas para adquirir recursos

financeiros no intuito de financiar ativos correntes e não correntes, segundo o

autor Hoji (2010). A maioria dessas decisões são determinadas pela

necessidade, mesmo assim precisam de uma análise profunda das

alternativas, custos e implicações, defende Gitman (2001). Ambos autores

consideram a combinação adequada dos financiamentos a longo e curto

prazo previamente estabelecida.

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2.3 Contabilidade de custos

Para explicar a contabilidade de custos praticada atualmente, Martins (2003,

p.21) defende duas funções relevantes: o auxilio ao controle e a tomada de

decisões:

No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para a comparação com os valores anteriormente definidos. No que tange a Decisão, seu papel reveste-se de uma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc. (MARTINS, 2003, p.21).

Todos os gastos que a empresa pratica são analisados, classificados,

codificados e registrados pela controladoria no setor de contabilidade de custos.

(HERNANDEZ PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 2009).

Segundo os autores Hernandez Perez Junior, Oliveira e Costa (2009) a primeira

providência da contabilidade é separar todos os gastos em três grupos, são eles:

investimentos, custos e despesas. Com essa distinção a empresa pode apurar

corretamente o custo de produção, das despesas, e do resultado de um período.

Martins (2003) ressalta a importância do conhecimento dos custos dentro de

uma organização para assim analisar se o preço praticado no produto é rentável, e

se não for, estudar a possibilidade da redução de custos.

2.3.1 Terminologia aplicada na Contabilidade de Custos

Com o intuito de uma interpretação adequada, é definido a classificação dos

conceitos utilizados na contabilidade para que os termos não causem equívoco ao

administrador. (HERNANDEZ PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 2009;

MARTINS, 2003; WERNKE 2005)

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Gastos: Segundo Ernke (2005), é a ação de despender recursos ou contrair uma

dívida perante fornecedores, bancos para que se obtenha um bem ou serviço

necessário para as operações.

Desembolsos: Para Hernandez Perez Junior, Oliveira e Costa (2009) é a saída

de dinheiro do caixa ou do banco. E Martins (2003), afirma que é o pagamento

resultante da aquisição do bem ou serviço.

Investimentos: Ernke (2005) afirma que são os gastos efetuados na aquisição de

bens ou serviços com o intuito de gerar benefícios econômicos no futuro. O autor

Martins (2003) concorda com esse posicionamento, segundo ele, são gastos

ativados em função de benefícios atribuíveis ao futuro.

Despesas: Para Wernke, (2005) despesas são os gastos administrativos com o

intuito de gerar receita, seja direta ou indiretamente. Hernandez Perez Junior,

Oliveira e Costa (2009) ainda ressaltam que as organizações possuem despesas

para conseguir gerar receitas, e não para produzir seus produtos ou serviços.

Custos: Segundo Martins (2003 p.25) o custo é: “Gasto relativo a bem ou serviço

utilizado na produção de outros bens e serviços.” O autor ainda defende que custo

pode ser também um gasto, mas chamado dessa maneira por usar dos recursos

para a fabricação de bens ou serviços.

Perdas: São ocorrências indesejadas ou involuntárias ocorrida no ambiente das

operações. Essas não geram um novo bem, ou serviço, muito menos receitas, são

bem definidas por serem fatos não previstos, segundo os autores Hernandez Perez

Junior, Oliveira e Costa (2009).

Desperdícios: São os gastos relacionados com atividades que não agregam

valor, do ponto de vista do cliente, que implicam dispêndio de tempo e dinheiro,

afirma Wernke (2005). Sua identificação e eliminação é um fator determinante para o

sucesso ou fracasso de um negócio.

Custo padrão: empresarialmente falando, fornece melhores gráficos

apresentações na avaliação da produção e estoque, muito utilizado para estabelecer

a meta para produção de seus produtos, tanto como padrão, corrente e estimado

para um determinado projeto.

Custo meta: custo alvo, custo meta ou custo a se atingir, muito usado para

metas de crescimento de mercado, pois se estudou todo o ciclo para se atingir um

preço chegando ao cliente, tudo através das especificações.

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2.4 Classificação dos Custos

Para facilitar o processo de aplicação das ferramentas gerenciais, Wernke

(2005) determina uma classificação dos custos em categorias específicas. Quanto à

facilidade de identificação no produto, classificam-se em Diretos e Indiretos. Quanto

ao volume produzido no período, classificam-se em Variáveis e Fixos.

Esclarecendo melhor a necessidade de classificação de custos, Hernandez

Perez Junior, Oliveira e Costa (2009 p. 25) afirmam o seguinte:

A separação dos gastos em custos e despesas é fundamental para a apuração do custo da produção e do resultado de um período. Salienta-se que [...] custos são gastos necessários para a produção de bens e serviços, enquanto despesas são gastos necessários para a geração de receitas. Além disso, para uma adequada apropriação desses custos e despesas, é preciso classificá-los em fixos variáveis, diretos e indiretos. (PEREZ JUNIOR, 2009, p.25).

Temos que definir um planejamento para que possamos ter uma boa divisão

sobre os custos do produto e para que isso se torne um diferencial para a empresa e

assim conquistando maior mercado com um preço mais atrativo, com menores

desperdícios de materiais.

2.4.1 Custos Diretos

Para a classificação dos custos em custos diretos, o autor Martins (2003) afirma

que esses podem ser diretamente relacionados aos produtos, desde que haja uma

medida de consumo, como quilogramas de materiais consumidos ou embalagens

utilizadas, como exemplo. Wernke (2005) concorda com esse posicionamento e

afirma que os custos diretos são aqueles que não necessitam recorrer a algum tipo

de divisão ou rateio muito complexo.

Hernandez Perez Junior, Oliveira e Costa (2009) trazem explicações relevantes

sobre Materiais Diretos, que são os materiais necessários à produção, ao

acabamento e à apresentação final do produto como matérias primas, materiais de

embalagem, componentes, entre outros. Os autores ainda explicam a Mão de obra

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Direta, que também é o custo direto desde que seja o trabalho diretamente aplicado

na confecção do produto, partes ou componentes ou na prestação de serviços.

Salários, encargos sociais, provisões para férias e 13° salário são exemplos.

2.4.2 Custos Indiretos

Quando ocorre dificuldade da identificação dos custos nas unidades de produtos

fabricados, esses custos são chamados de indiretos. São classificáveis todos os

gastos fabris que estão ligados a produção de vários produtos ao mesmo tempo,

atribuindo-os assim por intermédio de rateios. (WERNKE, 2005)

Martins (2003 p.49) apresentam algumas orientações relativas aos Custos

Indiretos:

Logo, o rol de Custos Indiretos inclui Custos Indiretos propriamente ditos e Custos Diretos (por natureza) mas que são tratados como Indiretos em função de sua irrelevância ou da dificuldade de sua medição, ou até do interesse da empresa em ser mais ou menos rigorosas em suas informações. (MARTINS, 2003, p.49).

Quando se discute exemplos de Custos indiretos, os autores Hernandez Perez

Junior, Oliveira e Costa (2009) classificam esses em: Mão de obra indireta, sendo o

trabalho realizado nos departamentos auxiliares nas indústrias ou prestadoras de

serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado;

Materiais Indiretos, sendo os utilizados nas atividades auxiliares de produção, ou

cujo relacionamento com o produto é irrelevante, graxas e lubrificantes usados na

manutenção das máquinas, lixa e produto de limpeza são exemplos, Outros Custos

Indiretos, sendo os que dizem respeito a existência do setor fabril, como

depreciação de máquinas, valor dos materiais usados em manutenções, seguros da

fabrica, etc.

2.4.3 Custos Fixos

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São os custos que permanecem constantes dentro de uma empresa, não

importando o volume de atividades operacionais em um período, ou seja, o volume

pode aumentar ou diminuir que o valor total do custo será sempre o mesmo.

(HERNANDEZ PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 2009).

Wernke (2005 p.8) complementa: “Relacionam-se [os custos fixos] mais

especificamente com a capacidade instalada, ou com a estrutura física que a

empresa possui, sendo seu valor total desvinculado do volume fabricado.”.

Um aspecto relevante a estes custos, é que eles não eternamente do mesmo

valor, podem ocorrer mudanças em seu preço, em função da expansão da empresa

ou até mesmo mudanças tecnológicas. Um bom exemplo é o custo do aluguel que

pode sofrer alteração no decorrer dos meses. (MARTINS, 2003)

2.4.4 Custos Variáveis

Nessa classificação, os custos variáveis são o oposto dos fixos, pois o volume

de produção relaciona-se diretamente com o consumo dos materiais. Quanto maior

a quantidade produzida, maior será seu consumo e conseqüentemente o custo com

os respectivos materiais aumentara. (MARTINS, 2003)

Os autores Hernandez Perez Junior, Oliveira e Costa (2009) apresentam

algumas características sobre estes custos: o valor total varia conforme o volume de

produção, o valor é constante por unidade, não relacionando com a quantidade

produzida, a alocação do valor aos produtos é feita de forma direta, sem o uso de

critérios de rateios.

2.5 Métodos de custeio

Martins (2003 p.37) apresenta seu conceito de custeio de forma objetiva:

“Conceito significa apropriação de custos. Assim, existe o Custeio por Absorção,

Custeio Variável, ABC, [...] etc.”. Wernke (2005 p.19) complementa essa teoria

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afirmando que: “Custeio significa atribuir valor de custo a um produto, mercadoria ou

serviço.”.

2.5.1 Custeio por absorção

Consiste na apropriação de todos os custos incorridos no processo de

fabricação, ou seja, ratear todos os elementos que componha o custo final de um

produto. Conforme Hoji (2010, p.385), “custeio por absorção utiliza indistintamente

todos os custos, sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis”. Por se encontrar

dificuldade de mensurar os custos indiretos, elaborou-se uma forma simplificada

para este fim, com o intuito de ratear todos os elementos que componha o custo final

de um bem ou serviço, sendo que não existia uma distinção entre custo direto e

indireto. (HOJI, 2010)

Os gastos relacionados com o esforço de fabricação são distribuídos para todos

os produtos acabados, de acordo com Martins (2003). Desse modo todos os gastos

relacionados com o esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos

acabados.

No custeio por absorção integral, ou total, a totalidade dos custos (fixos e

variáveis) são alocados ao produto. Este sistema se relaciona com a avaliação de

estoques, ou seja, com o uso da contabilidade de custos com apêndice da

contabilidade financeira, que se presta para gerar informações para usuários

externos á empresa. Assim, podemos, simplificadamente, identificar esse princípio

com o atendimento das exigências da contabilidade financeira para a avaliação de

estoques. Muitas vezes, entretanto, suas informações são, também, utilizadas com

fins gerenciais. (BORNIA, 2002)

No custeio por absorção ideal, todos os custos também são computados como

custos dos produtos. Contudo, os custos relacionados com insumos usados de

forma não eficiente (desperdícios) não são alocados aos produtos. O custeio por

absorção ideal adapta-se ao auxilio do controle de custos e ao apoio ao processo de

melhoria contínua da empresa. (BORNIA, 2002)

Das informações para o efetivo auxilio ao controle e à avaliação da empresa

moderna, sem duvida a mensuração dos desperdícios e das atividades que não

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agregam valor aos produtos é das mais importantes, não sendo discutida em sua

plenitude pelos usuários dos sistemas de custos. Com tal informação, é possível

visualizar-se o montante que, despendido no sistema produtivo, não colabora para a

fabricação dos produtos, tendo-se condições de priorizar e dirigir os esforços de

melhoria para os pontos em que existe maior potencial de retorno.

Todas as empresas estão sendo obrigadas a se adaptar à nova realidade do

mercado e a se aperfeiçoar de forma contínua e eficiente. Uma das principais tarefas

da gerência da empresa moderna é, portanto, a identificação e eliminação dos

desperdícios ocorridos durante suas atividades, pois a grande concorrência atual

exige especialização e competência nas atividades da empresa, se esta quiser

manter-se no mercado. Nesse sentido, um sistema que permita a identificação e

quantificação sistemática dos desperdícios de uma empresa é, sem dúvida, útil para

auxiliar o processo de análise e melhoria da eficiência interna dos processos

produtivos, tornando-se uma poderosa ferramenta de apoio gerencial. (BORNIA,

2002).

2.5.2 Custeio Variável

O sistema de custeio variável é composto exclusivamente pelos custos que

alteram proporção de volume de produção, baseia-se na apropriação de todos os

custos variáveis, independente se é custo direto ou indireto, para Hoji (2010, p. 385),

“esse método busca um custo unitário do produto sem nenhuma dívida em termos

de mensuração monetária.”.

No critério de custeio variável, conforme afirma Martins (2003), apenas os custos

variáveis, tanto diretos quanto indiretos, são atribuídos às unidades produzidas.

Sendo os custos fixos considerados como despesas do período.

O custeio variável também é conhecido como Custeio Marginal, uma vez que a

forma de apurar os valores que cabem a cada produto conduz ao cálculo de

“margem de contribuição”, obtida pela diminuição dos custos e despesas variáveis

do preço de venda do produto ou serviço. (WERNKE, 2005).

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2.5.3 Método ABC de custeio

Este método diz respeito à alocação dos custos indiretos às atividades da

empresa e depois aos produtos ou serviços. Martins (2003, p. 87) afirma que este

método “procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio

arbitrário dos custos indiretos”, sendo uma importante ferramenta utilizada na gestão

de custos.

O custeio ABC (Activity Based Cost), é um método de custeio que, está baseado

nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. É

um método que se preocupa exclusivamente com os indiretos ou fixos, mas também

pode ser aplicado aos custos diretos, principalmente à mão de obra direta, o que é

recomendável. (MARTINS, 2003)

Este apresenta resultados mais precisos em relação ao método por absorção,

uma vez que o custeio ABC estende o método aos gatos administrativos e

comerciais. É o método mais correto se comparado com outros métodos. (WERNKE,

2005).

2.6 Análise de custo/volume/lucro

A margem de contribuição é o valor, ou percentual, que sobra das vendas,

menos o custo direto variável e as despesas variáveis. A margem de contribuição

representa o quanto á empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o lucro

líquido. Ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender

para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas

fixas. No ponto de equilíbrio, a empresa não terá lucro nem prejuízo. Margem de

Contribuição é quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um produto,

serviço ou mercadoria após reter o valor do custo variável unitário. Esta quantia é

que irá garantir a cobertura do custo fixo e o lucro, após a empresa ter atingido o

ponto de equilíbrio, ou ponto crítico de vendas (Break-even-point). O custeio variável

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está relacionado com o apoio de decisões de curto prazo, isso não significa que tais

decisões sejam menos importantes que as outras, como as estratégicas, mas os

custos são separados em fixos e variáveis.

A margem de contribuição é o montante das vendas diminuído dos custos

variáveis. Para saber a margem de contribuição deve-se utilizar esta fórmula:

Margem de contribuição unitária = Preço – Custos variáveis unitários. A

margem de contribuição unitária representa a parcela do preço de venda que resta

para a cobertura dos custos e despesas fixos e para geração de lucro por produto

vendido, ou seja, esta relacionada com a lucratividade do produto. A razão de

contribuição é a margem de contribuição dividida pelas vendas, representa

igualmente parte das vendas que cobrirá os custos fixos e originará o lucro, ou seja,

a razão de contribuição esta relacionado com a sua rentabilidade. Para calcular a

razão de contribuição utiliza-se esta formula: Razão de contribuição = Margem de

contribuição / Preço. (BORNIA, 2002)

Ponto de equilíbrio significa o total das receitas sendo igual ao total das

despesas neste ponto o resultado, ou lucro final, é igual a zero. Segundo Santos

(2000, p.166) a análise do equilíbrio entre receitas de vendas e custos, torna-se

indispensável como instrumento no processo de decisão gerencial. Um dos fatores

para o sucesso financeiro de uma empresa está diretamente condicionado à

existência da melhor informação gerencial. Para o autor, “o ponto de equilíbrio será

obtido quando o total dos ganhos marginais, que é a somatória de todos os produtos

comercializados, equivalerem ao custo estrutural fixo do mesmo período de tempo

objeto de análise”.

Margem de segurança é o excedente das vendas da empresa sobre as vendas

que representam o ponto de equilíbrio, ou seja, representa quanto as vendas podem

cair sem que haja prejuízo para a empresa que pode ser expressa quantitativamente

em unidades físicas ou monetárias ou sob forma de índice, comparando-a

constantemente com as vendas totais. (BORNIA, 2002).

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2.7 Indústria da panificação

As empresas de Panificação e Confeitaria brasileira confirmam o momento de

evolução pelo qual passam nos últimos anos. Em 2010, o índice de crescimento

estimado foi de 13,7%, maior do que já se tinha atingido em 2009 (12,61%). Com

isso, o faturamento do setor chegou a, aproximadamente, 56,3 bilhões de reais. O

levantamento dos números foi feito pelo Instituto Tecnológico ITPC, em parceria com

a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria – Abip, através de

pesquisa em mais de 1.500 empresas de todo o país, abrangendo das pequenas até

grandes representantes do setor. (ABIP e Propan – jan/2011)

A seguir apresenta-se um gráfico mostrando o crescimento da Panificação em

2010, comparado a outros setores ligados à alimentação e varejo. As empresas

panificadoras registram um crescimento maior que concorrentes diretos. (ABIP e

Propan – jan/2011)

Figura 1 – Indicadores de crescimento

Fonte: ABIP e Propan.

O número de empresas que compõem o setor continua na casa dos 60 mil, que

receberam cerca de 42,25 milhões de clientes no último ano. As vendas de

produção própria representam a maior parte do volume de faturamento, R$ 27,60

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bilhões. O volume de faturamento abarca, inclusive, os cerca de 20% de empresas

informais que compõem o setor. (ABIP e Propan – jan/2011).

O setor de panificação no Brasil tem dois grandes problemas para solucionar

este ano: a falta de mão de obra e o excesso de tributos para abertura de novas

unidades, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de

Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira Silva. Sobre os problemas

encontrados hoje em dia para a abertura de padarias, Simões afirmou que as

questões tributárias e burocráticas ainda são o principal vilão. "Qualificação nós

ainda podemos oferecer com cursos, e especialização, o problema é que com tantos

entraves burocráticos e o excesso de taxas não há como preparar novos

funcionários.” (Instituto Tecnológico ITPC).

No Brasil, há 44 milhões de famintos, e, diariamente, são jogadas no lixo 170

toneladas de alimentos. O País produz 20% de alimento a mais do que seria

necessário para nutrir cada habitante. No entanto, desperdiça aproximadamente

60% de toda sua produção: 20% são perdidos na hora da colheita, 8% durante o

transporte, 1% no varejo, 15% na indústria e 20% em casa (SEBRAE, 2004).

2.8 Empresa familiar

As empresas familiares são a forma predominante de empresa em todo o

mundo. Elas ocupam uma parte tão grande da nossa paisagem econômica e social

que nem sequer nos damos conta disto. Nas economias capitalistas, a maioria das

empresas se inicia com as ideias, o empenho e o investimento de indivíduos

empreendedores e seus parentes. Muitas empresas familiares não fazem um bom

controle financeiro e com isso pode se tornar uma ameaça para a empresa, por se

tratar de uma forma que o empresário não consegue visualizar onde que a empresa

gera lucros e não tem um bom controle sobre suas finanças próprias, onde que

acontecem casos de retirar verbas da empresa para pagar dívidas próprias, por se

tratar de uma empresa familiar, acabam fazendo o que acham mais certo e na

prática não é assim que funciona. Segundo Lodi (1992 p.7) um dos motivos que leva

a empresa familiar à falência é porque a família não estava preparada para entender

a empresa, após muito tempo de empresa, ela não consegue se reestruturar e

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consequentemente se desenvolver, não há um sucessor preparado, entre outros

fatores. Com isso gera complicações para a empresa, porque um sucessor mal

preparado terá muitas dificuldades em administrar a empresa e com isso poderá

levar a falência.

2.9 Impostos

A empresa Universo das tortas está inserida no Sistema Integrado de

Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte (Simples) é um regime tributário diferenciado, simplificado e

favorecido, aplicável às pessoas jurídicas consideradas como microempresas (ME) e

empresas de pequeno porte (EPP), nos termos definidos na Lei no 9.317, de 1996, e

alterações posteriores, estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto

no art. 179 da Constituição Federal de 1988. Constitui-se em uma forma simplificada

e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicação de percentuais

favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita

bruta. Considera-se EPP, para efeito do Simples, a pessoa jurídica que tenha

auferido, no ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e

quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos

mil reais). Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas

operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas

operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos

incondicionalmente concedidos. A alíquota em geral para EPP, cuja receita bruta

gira em torno de 360.000,01 a 480.000,00 é de 6,2% ao mês, sendo que nesta

alíquota é onde a empresa Universo das Tortas está inserida.

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3 Caracterização da empresa

Nessa parte do trabalho serão apresentados dados, como o histórico,

localização, clientes, produtos e outros, com o objetivo de apresentar a empresa.

3.1 Histórico

A empresa Universo das Tortas ltda iniciou suas atividades no dia 25/04/2003,

em um espaço limitado onde ficavam pessoas fora do estabelecimento e

desagradando alguns clientes, após alguns anos conseguimos aumentar a área da

empresa e assim oferecer uma maior área para o atendimento, um local mais

apropriado para atender a demanda de clientes e mais confortavelmente, foram

colocados mesas e cadeiras para o consumo dentro do estabelecimento e assim

com o passar dos anos são feitas melhorias para satisfazer cada vez mais nossos

clientes.

3.2 Localização

A empresa localiza-se em Itajaí, no bairro Cordeiros, rua Dr. Reinaldo

Schmitausen nº 1652, conforme a figura 2, essa região se desenvolveu muito nos

últimos anos, tornando-se o bairro mais populoso de Itajaí.

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Figura 2 – Mapa com a localização da empresa

Fonte: Site google maps.

3.3 Produtos

A universo das tortas trabalha com uma boa variedade de produtos, sendo

desde salgados até doces, ou seja, são feitos diariamente uma variedade de tortas,

bolos, salgados assados, lanches, pães dos mais diversificados tipos, estamos

sempre pesquisando e conhecendo as novas tendências dos produtos, verificamos

se os produtos são viáveis e os que possam agradar aos clientes.

Figura 3 - Pães

Fonte: Google image.

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A empresa também trabalha com produtos personalizados, fabricando a pedidos

salgados e doces diversificados, fazendo desenhos em tortas, enfeites

diferenciados, o cliente pode trazer uma foto, onde são transferidas para o

computador e depois impressa pro papel arroz com tintas comestíveis, na região

ainda são poucas empresas que oferecem esse serviço, podem ser feitas uma

grande variedade de enfeites e combinações, também trabalhamos com tortas de

casamentos, comunhões, entre outros eventos, onde são feitas tortas de grandes

portes, chegando a pesar mais de 15 kg de tortas, sendo recheadas em diversos

gostos.

Figura 4 – Tortas fabricadas pela á empresa

Fonte: Arquivo da empresa

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Figura 5 – Torta fabricada pela a empresa

Fonte: Arquivo da empresa

Figura 6 – Torta produzida pela empresa

Fonte: Arquivo da empresa

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3.4 Funcionários

O quadro de funcionários é pequeno, a empresa conta com 2 confeiteiros, 2

padeiros, 1 faxineira e 7 balconistas.

3.5 Clientes

A clientela da empresa são principalmente pessoas que moram próximas e

alguns clientes que moram em outras cidades. Em um raio de 5 quilômetros existe

em torno de 8 padarias e mini mercados, ou seja, existem vários concorrentes na

região, com isso a busca pela satisfação do cliente é indispensável.

3.6 Missão

A missão da empresa é de comercializar e produzir produtos e serviços de

qualidade, adequados ás necessidades dos clientes, colaboradores e fornecedores.

3.7 Visão

A empresa visa ser referência de produtos e serviços no setor de panificação

da região.

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3.8 Valores

Os valores da empresa são: qualidade, respeito, transparência e paixão pela

panificação.

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4 Resultados da pesquisa

O trabalho tem como objetivo levantar e identificar os custos e despesas na

fabricação dos pães na empresa Universo das Tortas, com isso pode-se obter um

controle de produção, saber quais fatores que possam ocasionar algum desperdício,

levantando os custos na parte produtiva do pão, buscando apresentar a margem

liquida do produto e saber a margem bruta para calcular qual a proporção de lucro

que existe em cima desse produto, entre outros fatores.

Nesta parte do trabalho serão apresentados os resultados da pesquisa com

base nos dados coletados em um período de 09/03/2012 até 09/04/2012.

4.1 Receita Pão Francês

Tabela 1 Cálculo da receita.

Receita Quantidade em kg e litros

Preço do Kg Custo

10 kg mistura pré-pronta 10 1,20 12,00

20 g de fermento biológico 0,02 12,00 0,24

5litros de água 5 0,0025 0,01

Custo total 12,25

Quantidade Pães 225

Custo unitário 0,05

Fonte: Dados do fabricante da mistura.

A tabela 1 mostra o cálculo do custo da receita para a fabricação do pão francês.

Teoricamente esse seria o custo real para fabricar o pão somente computando os

ingredientes, sem levar em conta os custos com mão de obra, energia elétrica,

desperdícios de materiais, entre outros fatores. Nesse quadro são apresentados os

valores gastos para se fabricar o pão, conforme a receita obtida junto com o

fabricante do produto. Essa receita gera 225 pães, seguindo exatamente como pede

o fabricante. Na composição são colocados 10 kg de mistura pré-pronta, essa

mistura é composta pelo trigo que pode ser fortificada com ferro e ácido fólico, ou

seja, vitamina B9, essa mistura também contém o sal, farinha de soja, emulsificante,

entre outros itens. São adicionados junto com a mistura pré-pronta, 20gramas de

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fermento biológico e 5 litros de água gelada. Para cada 1 kg de mistura pré-pronta,

gera um custo de R$ 1,20, ou seja, serão utilizados 10 kg de mistura, multiplica-se o

10 kg pelo custo de 1,20 e o total gasto será de R$12,00 reais, depois é adicionado

o fermento em torno de 20g, onde o custo de 1 kg de fermento será de R$12,00

multiplicado por 0,02kg de fermento que é utilizado, gera um custo de R$ 0,24 e por

fim é adicionada a água que pelos cálculos realizados com base na fatura de água,

tem um custo de R$ 0,0025 centavos por litro, multiplicado por 5litros utilizados, gera

um custo de R$ 0,01 centavo, somando os custos da receita da um total de R$

12,25 reais, com essa receita são gerados 225 pães, que foi dividido pelo custo,

onde resultou em 0,05 centavos de custo por cada unidade de pão, teoricamente.

4.2 Processo de fabricação

Figura 7 – Fluxo do processo de produção de pães

Fonte: Elaborado pelo estagiário.

Inicialmente o padeiro pega os ingredientes, depois de separados são postos na

masseira (máquina que bate a massa) onde são misturados os ingredientes (a

Separar os

ingredientes

Colocar na

masseira os

ingredientes

Deixe a massa

bater por cerca de

20 minutos, até

dar o ponto.

A massa é

separada em

blocos de

1800 gramas

A massa passa por

uma divisora e

modeladora

A massa é colocada

na forma e depois vai

para a estufa

Com o pão devidamente crescido,

são colocados para assar.

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mistura pré-pronta, fermento biológico e a água) a massa fica por cerca de 20

minutos até dar o ponto certo, posteriormente serão retiradas da masseira, onde são

separadas em blocos, porque assim o pão será produzido com o mesmo tamanho e

peso, com o tamanho certo a massa é divida em 30 pedaços, onde passa pela

modeladora e são postos na forma com 25 pães, posteriormente ficará na estufa por

volta de 3 horas, com o pão devidamente crescido são colocados para assar.

4.3 Custo do período

No período da pesquisa foram utilizados cerca de 1175 kg de mistura pré-

pronta, conforme os dados coletados em um levantamento de estoque realizado

junto a empresa no período, com um custo médio de R$ 1,20 o kg, multiplicados

pelos 1175 kg que foram gastos, gerou um custo de R$ 1410,00, com o fermento

biológico foram gastos 13,5kg com um custo médio de R$ 12,00 o kg, multiplicados

o gasto e o custo, gerou um custo de R$ 162,00 e por fim a água, foram gastos

587,5 litros com um custo médio de R$ 0,0025 por litro, multiplicados os gastos pelo

custo, gerou um custo total de R$1,47, juntando a receita foram gastos R$ 1573,47

de material, no final do período, conforme a tabela 2 abaixo.

Tabela 2 Material utilizado

Material utilizado Quantidade em kg e litros Preço do kg e litro Total

Mistura pré-pronta Kg 1175 1,20 1.410,00

Fermento 13,5 12,00 162,00

Água 587,5 0,0025 1,47

Custo total real R$ 1.573,47

Fonte: Levantamento realizado junto á empresa.

Com a receita deveriam ser fabricados 1322 kg de pães, porém foram fabricados

1391 kg de pães, 5,22% de rendimento a mais, essa pequena diferença está

relacionada com a qualidade das misturas, como foram utilizadas diversas marcas,

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algumas são produzidas na Argentina, onde a qualidade desse produto é superior as

marcas nacionais, ou seja, rende mais.

Tabela 3 Cálculo da diferença entre custo real e custo dos ingredientes.

Fonte: Levantamento realizado junto a empresa.

Após calcular o custo total real, observa-se o quanto que foi gasto durante o

período e foi feita uma projeção para saber o quanto que a receita rende em KG por

pães, foram feitos os seguintes cálculos: usa-se a receita que gera 225 pães divide-

se pela quantidade de massa utilizada na receita e multiplica-se pela quantidade de

massa gasta no período que gera o resultado de 26.438 pães projetados, como cada

pão pesa em torno de 50 gramas, ou seja, 1kg de pão gera por volta de 20 pães,

para poder calcular o kg projetado de pão, utiliza-se os 26438 pães e divide por 20

pães onde o total é de 1322 kg de pães projetados. Para saber o custo unitário de

produção foram utilizados o custo total real que é de R$ 1573,47 e foi divido pelo kg

projetado de pães que é de 1322kg, onde o resultado é de R$ 1,1903 por kg de pão.

O próximo item é a quantidade real de kg por pão, foram levantados os dados

durante o período, foram fabricados 27820 pães, transformados em kg gera 1391 kg

de pães fabricados. Para sabermos o custo projetado para quantidade de pães

foram utilizados o custo unitário de produção que é de R$1,1903 multiplicado pela

quantidade real de pães fabricados que é de 1391 kg onde o resultado foi de

R$1655,75. Posteriormente foram calculados o custo unitário real, para realizar este

calculo foram utilizados o custo total real que é de R$ 1573,47 que foi dividido pela

quantidade real de kg/pães que é de 1391kg que gerou um resultando o custo

unitário real que foi de R$ 1,1312. Depois foi feito o cálculo para saber a diferença

entre o custo projetado por quantidade de pães que é de R$ 1655,75 menos o custo

total real que é de R$1573,47 a diferença foi de R$ 82,28.

Quantidade Kg/Pães projetado 1.322 kg Custo unitário de produção por kg R$ 1,1903 Quantidade real Kg/pães 1.391kg Custo projetado p/ quantidade pães R$ 1.656,29 Custo Unitário real R$ 1,1308 Diferença R$ 82,82

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Tabela 4 Cálculo da receita

Custo total real R$ 1.573,47

Quant. Kg/Pães vendida 1.371Kg

Custo unitário Venda R$ 1,1477

Receita R$ 6.841,04

Fonte: Cálculos realizados conformes às tabelas 2 e 3.

Foram vendidos nesse período 27419 pães transformados em kg resulta em

1371kg de pães vendidos, para sabermos o custo unitário de venda foram utilizados

o custo real total que é de R$ 1573,47 dividido por 1371 kg de pães vendidos onde

resulta no custo unitário de venda de R$ 1,1477. Para calcular a receita foram

utilizados a quantidade de kg/ pães vendida que é de 1371 kg e multiplicados pelo

preço de venda praticada na empresa que é de R$ 4,99 onde o resultado é de

R$6841,04 de receita. A margem bruta foi de R$ 5267,57, pois visto que a receita

gerada que foi de R$ 6841,04 menos o custo total real para se fabricar o pão é de

R$ 1573,47 resulta no valor da margem bruta.

Tabela 5 Cálculo da margem líquida.

Receita R$ 6.841,04 100% Custo com ingredientes R$ 1.573,47 23% Margem bruta R$ 5.267,57 77% (-) Mão de obra R$ 1.913,50 28% (-) Energia maquinas kw/h por mês R$ 53,83 1% (-) Gás no mês R$ 173,10 3% (-) Sacola R$ 135,00 2% (-) Pacote do pão R$ 140,00 2% (-) Imposto R$ 424,14 6% (-) Depreciação das máquinas R$ 401,25 8% Resultado R$ 2.026,00 38%

Fonte: Cálculos realizados com base nas tabelas anteriores.

Após calcular a margem bruta é necessário tirar as despesas com a fabricação

do pão, pegamos a margem bruta que é de R$ 5267,57 e foi subtraindo até alcançar

a margem líquida, foi calculada a mão de obra do padeiro que é de R$ 1913,50, na

tabela 6 está o passo a passo dos cálculos. Foi calculado o quanto que cada

máquina gasta de energia, são duas máquinas que foram utilizadas nesse item, a

masseira e a modeladora que consomem uma media de 4 kw/h as duas máquinas,

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informação obtida com os fornecedores das maquinas porque são maquinários mais

antigos e não tem essa informação no produto, foi realizado o cálculo do valor do

kw/h pela ultima fatura de energia e multiplicamos pelo gasto das máquinas onde

teve um resultado de R$ 53,83 no período. O forno da empresa funciona com gás,

as informações de gasto foram obtidas com o fornecedor também, por não

apresentar o selo com essa informação, o gasto do forno foi de R$ 173,10 no

período, foi feito uma média de quantas vezes por dia são assados os pães, o preço

do kg de GLP é de R$ 2,80 multiplicado pelo gasto do forno que é de 1 kg/h

multiplicado pelo total de dias do período. Em relação do gasto com sacolas, não há

como saber o gasto com precisão, então foi feito uma média de gasto da sacola no

período e chegou ao resultado de R$ 135,00 com sacolas. Outro item que foi

calculado é o pacote de pães, também não se sabe o exato o quanto é gasto com

pacote, então foi calculada uma média no período onde resultou em R$ 140,00 com

pacotes, o imposto simples que é retido na fonte custa em torno de 6,2% sobre a

receita bruta que resulta em R$ 424,14 e por fim a depreciação dos maquinários que

foi de R$ 401,25 como mostra a tabela 6 abaixo. Diminuindo todos os itens citados

resultou em R$ 2.026,75 de margem liquida, ou seja, no período pesquisado a

empresa obteve um ganho de R$ 2.026,75 com a venda de pão.

Tabela 6 Cálculo da depreciação das máquinas

Maquinários valor atual vida útil em anos

vida útil em meses total

Masseira R$14.100,00 15 180 78,33333

Cilindro R$18.700,00 15 180 103,8889

Balança R$550,00 10 120 4,583333

Divisora R$11.100,00 15 180 61,66667

Forno gás R$10.600,00 15 180 58,88889

Modeladora R$9.000,00 15 180 50

Estufa R$1.000,00 5 60 16,66667

Freezer R$4.900,00 15 180 27,22222

Total R$ 401,25

Fonte: Levantamento realizado junto á empresa.

Para realizar o cálculo da depreciação das máquinas, inicialmente foram

feitos levantamentos dos equipamentos utilizados no processo de fabricação de

pães, foram utilizados os valores dos equipamentos novos, ou seja, esses são os

preços praticados hoje em dia. Na realização do cálculo utiliza-se o valor da

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máquina e divide pela vida útil, nesse caso foi feita em meses, porque a pesquisa foi

feita durante um mês somente, após saber o valor da depreciação mensal de cada

máquina, foram somados todas a máquinas onde resultaram em R$ 401,25 por mês.

Tabela 7 Cálculo da mão de obra

Informações básicas Padeiro

Remuneração 1.806,00

Desembolso anual

Salários/ano 21.672,00

13º Salário 1.806,00

1/3 de férias 602,00

Sub total 24.080,00

Encargos 1.926,40

Total anual 26.006,40

Produtividade

Dias/ano 365

(-) Folga remunerada 48

(-) Férias 30

(-) Feriados e/ou faltas abonadas 9

(=) Dias trabalhados no ano 278

(X) Média de horas/dia 7,3333

(=) Horas trabalhadas 2038,6574

(=) Valor da hora produtiva (R$) 12,7566

Quantidade de horas trabalhadas na produção de pão 150

Custo de mão de obra na fabricação do pão R$ 1.913,494636

Fonte: Dados obtidos junto á empresa.

Para calcular o custo da mão de obra do padeiro para se fabricar o pão foi

preciso começar com o salário base do padeiro que é de R$ 1.806,00,

posteriormente vem o salário anual que é multiplicado pelos meses do ano que são

12, onde resulta em R$ 21.672,00, depois vem o 13º que é mais um salario base por

ano que é de R$ 1.806,00, o próximo item é o 1/3 de férias que são pagas ao

padeiro que custa R$ 602,00, somando todos esses desembolsos o custo chega em

R$ 24.080,00, depois vem os encargos, que é de 8% e são multiplicados pelos R$

24.080,00 que resulta em R$ 1.926,40 de encargos, somando todos esses itens o

custo anual desse padeiro é de R$ 26.006,40. Próximo item a ser calculado é a

produtividade, são 365 dias por ano então desse total diminui as folgas remuneradas

que são 48, menos férias que são 30 dias no ano, menos feriados que são 9,

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diminuindo isso tudo resulta em 278 dias trabalhados por ano, multiplicados pela

média de horas trabalhadas por dia que é de 7,3333, resulta nas horas trabalhadas

em 2038,6574 por ano. Para calcular o valor da hora produtiva utiliza-se o total anual

do desembolso que é de R$ 26.006,40 dividido pelas horas trabalhadas que é de

2038,6574 onde resulta em R$ 12,7566. No próximo item foi necessária uma

pesquisa para saber o quanto tempo era necessário para a fabricação de pães, foi

feito uma média de 5 horas diárias só para a fabricação de pães francês,

multiplicados por 30 dias resultou em 150 horas por mês, multiplicados pelo valor da

hora produtiva que é de R$ 12,7566, o custo de mão de obra para se fabricar o pão

francês é de R$ 1.913,46 por mês. Esse valor é dividido em dois padeiros, onde

existe o padeiro noturno e diurno.

4.4 Margem de contribuição

Tabela 8 Cálculo da margem de contribuição.

Receita R$ 6.841,04 Custo com ingredientes R$ 1.573,47 (-) Energia maquinas kw/h por mês R$ 53,83 (-) Gás no mês R$ 173,10 (-) Sacola R$ 135,00 (-) Pacote do pão R$ 140,00 (-) Imposto R$ 424,14 Margem de contribuição R$ 4.341,50

Fonte: Cálculos realizados com base nas tabelas anteriores.

Para se calcular a margem de contribuição subtrai-se os custos e despesas

variáveis. Com base nas tabelas anteriormente calculadas, inicia-se com a receita

que é de R$ 6.841,04, posteriormente é reduzido os ingredientes gastos que é de

R$ 1.573,47, diminui o gasto com energia das maquinas que é de R$ 53,83, menos

o gás utilizado para assar o pão que é de R$ 173,10, menos o gasto com sacolas

que é de R$ 135,00, menos os pacotes de pães que foi realizado uma média e

obtivemos o valor de R$ 140,00, e por fim reduz o imposto simples que é de R$

424,14, com a diminuição de todos esses itens obtém-se em R$ 4.341,50, esse é o

valor da margem de contribuição.

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5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO

Após o resultado da pesquisa pode-se notar que a fabricação de pães está

gerando lucros para a empresa. Entretanto, conforme as observações do estagiário

durante o processo de pesquisa segue abaixo algumas sugestões para serem

aplicadas na empresa referentes a utilização das ferramentas de controles.

1) O software utilizado pela empresa merece uma certa atenção, porque não é

bem utilizado, o programa oferece diversos recursos que não são aproveitados, pois

apresenta gráficos de vendas, possui recursos para realizar o controle de estoque,

registra toda a receita com a venda dos produtos, e com ele seria possível verificar a

quantidade de pães não vendidos pois o sistema realiza a comparação entre a

quantidade fabricada e vendida de pães, entre outros recursos. Sem esses recursos

em mãos e sem atualizá-los fica mais complicado administrar a empresa.

2) Implantação do controle de estoque, pois ainda não se tem um controle de

estoque, ou seja, não se sabe o quanto que se tem de mercadorias dentro do

depósito com precisão, isso gera complicações para novas compras de mercadorias.

3) Implantação de um controle de produção, já que alguns produtos na empresa

geram desperdícios e com esta ferramenta isso poderia ficar como uma ideia para

diminuir esses gastos com matéria prima. Na fabricação de pães existe um

desperdício em relações aos pães que são fabricados e não são vendidos no

período, porém, como foi possível observar este desperdício é baixo e pode ser

reaproveitado para a fabricação de farinha de rosca.

4) Implantação do fluxo de caixa que possibilite que a empresa faça um controle

das entradas e saídas de dinheiro do caixa e bancos e também ter uma

programação financeira melhor.

5) Se possível investir em maquinários mais modernos, onde possam trazer

benefícios para a empresa, como a diminuição do consumo de energia, maior

segurança para os funcionários que utilizam desses equipamentos, pois essas

máquinas novas já vêm com novas funções, no qual é exigido que todas as

máquinas são obrigadas a conterem o botão de emergência, para não haver danos

maiores para a pessoa que está manuseando o equipamento.

6) Investir em computadores mais modernos, pois a cada atualização do

software, o computador fica mais lento e assim atrasando os processos de vendas.

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7) Se possível melhorar partes de infra estrutura para acomodar cada vez mais e

melhor os clientes, pois é necessário sempre investir em melhorias para manter a

qualidade da empresa e fazer com que seus clientes sintam-se bem acomodados.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho teve como objetivo analisar os custos e despesas na fabricação de

pães e após os resultados da pesquisa foram visualizados que nesse processo de

fabricação do pão dificilmente ocorre desperdícios, pois a mistura pré-pronta facilitou

bastante para diminuir estas estatísticas. Porque é um processo simples onde se

joga a mistura, a água e o fermento, o gasto com a água é bem baixo,

posteriormente após crescidos e assados os pães é onde acontece o desperdício,

porque não se consegue ter um controle sobre a clientela, não tem como saber

quantas pessoas irão comprar os pães no final do período, isso acarreta em uma

taxa de desperdício dentro do que é esperado, em torno de 5%. A expectativa era de

se encontrar um maior desperdício nesse processo, porém a pesquisa mostrou o

contrário.

Foi visto que o processo de fabricação de pães tende a gerar lucros para a

empresa sendo que o preço atualmente praticado é consideravelmente competitivo.

Conseguimos identificar todos os custos variáveis e fixos no processo de fabricação

de pães. A receita do processo de fabricação de pães foi obtida junto com o

fornecedor do produto, foram feitas comparações do que foi produzido com a receita

obtida, sendo que foram produzidos mais que a receita por certos fatores, como as

marcas de trigos, entre outras possibilidades. A margem de contribuição foi

calculada em cima da fabricação de pães. No decorrer do trabalho foram feitas

projeções para saber o quanto que poderia resultar nesse processo de fabricação.

Essa pesquisa limitou-se somente na fabricação de pães porque para levantar

vários produtos precisaria de muito mais tempo de pesquisa e ficar o dia todo dentro

da empresa, para visualizar o que cada produto gasta de matéria prima e ratear os

produtos, por exemplo, o sal é utilizado em diversos produtos por isso fica mais

complicado de conseguir ratear essa quantidade de sal, em quais produtos foram

utilizados esse sal, entre outros fatores. No processo de fabricação de pães o

processo era mais simplificado sendo que para mensurar os produtos gastos no

período seria mais fácil, pois os ingredientes que se utilizam para a fabricação de

pães são somente para esse produto, por isso optou-se por essa escolha. Esta

pesquisa contribuiu com a empresa no sentido de encontrar o resultado com a

produção e venda de pães. A ideia principal foi iniciar a pesquisa com o pão francês

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para que a empresa posteriormente possa continuar esse trabalho com os outros

produtos fabricados.

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REFERÊNCIAS

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FERREIRA, Anderson. Custos e suas definições. 2007. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-academica/custos-e-suas-definicoes/415/. Acesso em 24/08/2011. PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGOCIOS, A volta por cima. 2007. Disponível em: http://pegntv.globo.com/Pegn/0,6993,LIR297726-5027,00.html. Acesso em 26/08/2011.

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Margem de contribuição e o ponto de equilíbrio. 2008. Disponível em: http://docarmocosta.wordpress.com/2008/03/05/margem-de-contribuicao-e-o-ponto-de-equilibrio/. Acesso em 01/09/2011. ABIP E PROPAN. Performance do setor de panificação e confeitaria brasileiro em 2010. 2011. Disponível em: http://www.abip.org.br/noticias_internas.aspx?cod=102. Acesso em 05/09/2011 FERREIRA, Talita Soares. Revista Contábil & Empresarial Fiscolegis. Contabilidade de custo. Disponível em: http://www.netlegis.com.br/indexRC.jsp?arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=2006. Acesso em 05/09/2011. LODI, João Bosco. A empresa familiar. São Paulo: Livraria pioneira editora. 1992. RECEITA FEDERAL. Simples. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr108a200.htm. Acesso em 15/04/2012.

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DECLARAÇÃO DO TRABALHO NA ORGANIZAÇÃO

ITAJAÍ, 11 de Maio de 2012.

A empresa Universo das Tortas padaria e confeitaria LTDA declara, para os

devidos fins, que o(a) estagiário(a) Felipe Oscar Testoni, aluno(a) do Curso de

Administração do Centro de Educação de Ciências Sociais Aplicadas, da

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, cumpriu a carga horária de estágio

prevista para o período de / / a / / , seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

__________________________________

(Moacir Testoni)

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Nome do estagiário Felipe Oscar Testoni

Orientador de conteúdo Prof. André Graf de Almeida

Supervisor de campo Moacir Testoni

Responsável pelo Estágio Prof. Eduardo Krieger da Silva

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 21 de maio de 2012. A empresa UNIVERSO DAS TORTAS LTDA, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmico FELIPE OSCAR TESTONI. _______________________________________________________ UNIVERSO DAS TORTAS LTDA Moacir Testoni.