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0 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE- CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA Analu Figueiredo Chavaglia Carolline Assunção da Silva ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA BELÉM-PA 2010

Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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Page 1: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

0

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE- CCBS

CURSO DE FISIOTERAPIA

Analu Figueiredo Chavaglia

Carolline Assunção da Silva

ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

BELÉM-PA

2010

Page 2: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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ANALU FIGUEIREDO CHAVAGLIA

CAROLLINE ASSUNÇÃO DA SILVA

ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Qualificação do Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade da Amazônia-UNAMA, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Paulo Eduardo Santos Ávila.

BELÉM-PA

2010

Page 3: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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ANALU FIGUEIREDO CHAVAGLIA

CAROLLINE ASSUNÇÃO DA SILVA

ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Qualificação do Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade da Amazônia-UNAMA, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Paulo Eduardo Santos Ávila.

Banca examinadora:

___________________________________________________

Prof. Paulo Eduardo Santos Ávila (Universidade da Amazônia)

Orientador

_________________________________________________________

Prof. Ms. Márcio Clementino (Universidade da Amazônia)

Examinador interno

___________________________________________________

Ft. João Basílio Filho (Hospital Saúde da Mulher)

Examinador externo

Apresentado em: _____ / _____ / _____

Conceito __________

Belém-Pará

2010

Page 4: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

3

A minha família

Aos meus amigos

A minha amiga de projeto

Carolline

Analu Chavaglia

A mim

Aos meus pais e noivo

A minha dupla Analu

Carolline Silva

Page 5: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

4

AGRADECIMENTOS - Analu Chavaglia

Agradecer primeiramente a Deus, por me iluminar e abençoar minha trajetória.

Ao meu pai Levi, e minha mãe Marly, pelo apoio e por tudo que sempre fizeram por

mim, pela simplicidade, exemplo, amizade, e carinho, fundamentais na construção do meu

caráter. Além da ajuda incansável da minha mãe para ajudar nos cuidados com meu filho,

você é demais!

Aos meus irmãos, José e Arthur, especialmente ao José, pelo conhecimento e dicas

importantes que contribuíram para a minha formação profissional.

Ao meu amado filho Giovanni, que chegou para alegrar as nossas vidas. Hoje a minha

vitória também é dele.

Ao meu esposo, Fábio, pacientemente sempre me dando conselhos, força, coragem e

incentivo.

Aos meus guias espirituais, pela proteção e inspiração.

A professora, Carla Serrão, que no princípio foi de suma importância para a realização

desse estudo. Você é maravilhosa!

Ao orientador Paulo Ávila, pelo apoio e conhecimento transmitido.

A Gorete, por nos ajudar com a coleta dos dados.

A todos que de alguma forma ajudaram, agradeço por acreditarem no meu potencial,

nas minhas idéias, nos meus devaneios, principalmente quando nem eu mais acreditava.

E por último, e não menos importante, obrigada à minha amiga de projeto:

Carolline,

Sem você nada disso seria possível.

.

Page 6: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

5

AGRADECIMENTOS - Carolline Silva

Ao meu bom Deus, por me dar sabedoria, oportunidade de viver, paciência e fôlego de

vida a cada amanhecer.

Aos meus pais, Ray e Bosco, pela força, incentivo a lutar pelos meus ideais, carinho e

muito amor que me deram durante toda a minha vida pessoal e acadêmica.

Ao meu noivo (Silvio Otero), que durante todos esses anos tem sido meu amigo e

juntamente comigo chorou e riu muitas vezes durante todo esse percurso da faculdade e da

minha vida com muito amor e paciência.

Aos meus familiares por me ajudarem e me apoiarem.

Agradeço aos meus amigos de estágio, por todo ensinamento e motivação que me

deram e pela amizade de todos esses anos.

A minha amiga e autora do projeto, Analu Figueiredo Chavaglia, pela amizade,

companheirismo, paciência e motivação durante esses anos de muita vitória e dedicação.

Amiga você foi porto seguro, na hora em que pensei que não daria certo e você acreditou e

incentivou-nos a alcançar o que sonhamos.

Ao meu atual orientador, Paulo Ávila, por nos ajudar com seus ensinamentos,

paciência, e por sempre colocar caminhos que no qual, poderíamos trilhar sem medo.

A nossa querida professora Carla Serrão, que tem seus méritos desde a escolha do

tema, sua atenção, dedicação e motivação. Adoro você professora!

Page 7: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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AGRADECIMENTOS - Analu e Carolline

Ao nosso bom Deus, por ter nos dado o dom da vida e a capacidade podermos

alcançar a tudo que almejamos em nossas vidas.

A todos nossos professores que contribuíram e enriqueceram nossos conhecimentos

em toda nossa vida acadêmica.

Ao nosso atual orientador, Paulo Ávila, por nos ajudar com seus ensinamentos,

paciência e por sempre nos mostrar que conseguiríamos vencer esta etapa de nossas vidas.

Em especial a nossa primeira orientadora, Carla Serrão, que sempre acreditou nessa

pesquisa e no nosso potencial e não nos permitiu desistir nos momento de dificuldades.

A diretora da Unidade Básica de Saúde da Pedreira, Nazaré Carvalho, pela sua

simplicidade em nos dar a oportunidade de realizar nossa pesquisa.

As funcionárias da Unidade Básica de Saúde da Pedreira, as enfermeiras Lucy e Rosi,

em especial a Gorete, pela sua forma de como nos acolheu, ajudou-nos nas dificuldades, pela

sua paciência em nos aturar esses meses. Você será lembrada sempre!

Aos participantes da pesquisa que, com dedicação e carinho, contribuíram para o

sucesso desse estudo.

Page 8: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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RESUMO

CHAVAGLIA, A.F; SILVA, C.A. Análise dos Fatores de Risco Cardiovascular na

Hipertensão Arterial Sistêmica. 2010. Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia,

Universidade da Amazônia. Belém- PA, 2010.

Estima-se que as doenças cardiovasculares (DCV) sejam a causa principal de mortalidade no

mundo e no Brasil. Segundo vários estudos, as DCV estão ligadas a genética, estilo de vida

(dieta inadequada, sedentarismo) e qualidade de vida, sendo estes, seus principais fatores de

risco. A hipertensão arterial sistêmica tornou-se uma problemática para a saúde pública

mundial, devido sua alta incidência e associação com DCV. Perante a grande incidência da

doença nos últimos anos, implicou-se no aumento de pesquisas sobre os fatores de risco

cardiovascular. Com isso, objetivou-se realizar a análise dos fatores de risco cardiovascular na

hipertensão arterial sistêmica. Para tanto, a pesquisa foi realizada na Unidade Básica de Saúde

da Pedreira, no qual, foram avaliados 100 mulheres matriculadas no programa HIPERDIA e

100 mulheres saudáveis com idade compreendida entre 35 a 60 anos, na Unidade Básica de

Saúde da Pedreira. A coleta de dados foi realizada mediante a aplicação do termo de

consentimento livre e esclarecido e por meio de uma ficha de avaliação. Para a análise dos

dados, examinaram-se as estatísticas descritivas das amostras; utilizou-se a estatística qui-

quadrado que permitiu a avaliação da associação entre as categorias das amostras e os fatores

de risco cardiovascular; e as estatísticas t de Student e Mann-Whitney para comparar as

medidas de fatores de risco entre as mulheres hipertensas e saudáveis. Os resultados

indicaram a existência de associação significativa entre mulheres hipertensas e Índice de

Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC) e Circunferência do Pescoço (CP) e

que as mulheres hipertensas apresentaram medidas de IMC, CC e CP significativamente

maiores do que as mulheres saudáveis.

Palavras-chave: Doenças cardiovasculares, fatores de risco, hipertensão arterial sistêmica

Page 9: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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ABSTRACT

CHAVAGLIA, Analu Figueiredo SILVA, Carolline Assumption. Analysis of Cardiovascular

Risk Factors in Hypertension. 2010. Completion of the work of School of Physical Therapy,

University of Amazonia. Belém-PA, 2010.

It is estimated that cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of mortality

worldwide and in Brazil. According to several studies, CVD is linked to genetics, lifestyle

(poor diet, sedentary lifestyle) and quality of life, the latter being the main risk factors.

Hypertension has become a problem for global public health, due to its high incidence and

association with CVD. Given the high incidence of the disease in recent years, resulted in the

increase in research on cardiovascular risk factors. With that aimed to perform the analysis of

cardiovascular risk factors in hypertension. Therefore, the research was carried out in the

Basic Health Unit of the Quarry, in which we evaluated 100 women enrolled in the program

HIPERDIA and 100 healthy women aged 35-60 years in the Basic Health Unit of the Quarry.

Data collection was performed by applying the term of consent and through an evaluation

form. For data analysis, were examined descriptive statistics of the samples we used the chi-

square statistic that allowed assessment of the association between the categories of samples

and cardiovascular risk factors, statistics and Student t and Mann- Whitney test to compare

measurements of risk factors among the hypertensive women and healthy. The results

indicated the existence of a significant association between hypertensive women and Body

Mass Index (BMI), waist circumference (WC) and neck circumference (PC) and the

hypertensive women had BMI measurements, CC and CP significantly higher than healthy

women.

Keywords: Cardiovascular diseases, risk factors, hypertension

Page 10: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Anatomia das Artérias Coronárias 18 Figura 02 Depósito do Trombo 21 Figura 03 Verificação do Peso 33 Figura 04 Posição Ortostática 34 Figura 05 Orientação da Cabeça 34 Figura 06 Posicionamento da fita métrica 36 Figura 07 Posição do esfigmomanômetro 37 Figura 08 Posição do individuo 37 Figura 09 Posição ortostática 38 Figura 10 Distribuição do Índice de Massa Corporal (IMC) de mulheres

hipertensas e mulheres saudáveis 46

Figura 11 Distribuição do índice de massa corporal (IMC) 47 Figura 12 Distribuição da Circunferência da Cintura de mulheres hipertensas e

mulheres saudáveis 49

Figura 13 Distribuição da Circunferência da Cintura 51 Figura 14 Distribuição da Circunferência do Pescoço de mulheres hipertensas

e mulheres saudáveis 53

Figura 15 Distribuição da circunferência do pescoço 54 Figura 16 Distribuição do Nível de Escolaridade de mulheres hipertensas e

mulheres saudáveis 55

Figura 17 Distribuição do Tabagismo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

57

Figura 18 Distribuição do consumo de álcool entre mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

58

Figura 19 Distribuição do padrão de atividade física entre mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

60

Page 11: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

10

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) 35 Tabela 02 Classificação da Pressão Arterial Sistêmica 37 Tabela 03 Distribuição dos índices de massa corporal (IMC) do grupo de

mulheres hipertensas e mulheres saudáveis 45

Tabela 04 Estatísticas dos índices de massa corporal (IMC) de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

46

Tabela 05 Distribuição das medidas de circunferência da Cintura do grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

49

Tabela 06 Estatísticas dos índices da circunferência da cintura do grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

50

Tabela 07 Distribuição das medidas da circunferência do pescoço do grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

52

Tabela 08 Estatísticas das medidas da circunferência do pescoço do grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

53

Tabela 09 Distribuição do nível de escolaridade entre o grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

55

Tabela 10 Distribuição do Tabagismo entre o grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

56

Tabela 11 Distribuição do consumo de álcool entre o grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

58

Tabela 12 Distribuição do padrão de atividade física entre o grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis

59

Page 12: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

11

LISTA DE SIGLAS

DCV- Doença cardiovascular

CP- Circunferência da Cintura

CP- Circunferência do pescoço

cm- Centímetro

DAC- doença arterial coronariana

h²- altura ao quadrado

HAS- Hipertensão Arterial Sistêmica

IAM- Infarto agudo do miocárdio

IMC- Índice de massa corporal

Kg- Quilograma

mmHg- Milímetros de Mercúrio

P.A- Pressão arterial

PAD- Pressão arterial diastólica

PAS- Pressão arterial sistólica

PO- Posição ortostática

UNAMA- Universidade Da Amazônia

Page 13: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO 14 2-REFERENCIAL TEÓRICO 17 2.1- ANATOMIA DO CORAÇÃO 17 2.2- SISTEMA CARDIOVASCULAR 19 2.2.1- Funções do Sistema Cardiovascular 19 2.3- DOENÇAS CARDIOVASCULARES 19 2.3.1- Doença Arterial Coronariana 20 2.3.2- Aterosclerose 21 2.3.3 - Infarto Agudo Do Miocárdio 22 2.4- HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 23 2.5- FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR 24 2.5.1- Obesidade 24 2.5.2- Índice de Massa Corporal (IMC) 25 2.5.3- Tabagismo 25 2.5.4- Atividade Física 26 2.5.5- Sedentarismo 27 2.5.6- Alcoolismo 27 2.5.7- Antecedentes Familiares 28 2.5.8 -Circunferência da Cintura 28 2.5.9- Circunferência do Pescoço 29 3- METODOLOGIA 30 3.1- TIPO DE ESTUDO 30 3.2- ABORDAGEM DA PESQUISA 30 3.2.1- Local 30 3.2.2- Amostra 30 3.2.3- Período 31 3.3- CRITÉRIO DE INCLUSÃO 31 3.4- CRITERIO DE EXCLUSÃO 31 3.5- COLETA DE DADOS 31 3.5.1- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 32 3.5.2- Ficha de Avaliação 32 3.5.3- Verificação do Peso 33 3.5.4- Verificação da Estatura 33 3.5.5- Verificação do Índice de Massa Corporal 34 3.5.6- Verificação da Circunferência da Cintura 35 3.5.7- Aferição da Pressão Arterial 36 3.5.8- Verificação da Circunferência do Pescoço 37 3.5.9- Antecedentes Pessoais 38

Page 14: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

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4- Riscos e Benefícios 39 4.1- RISCOS 39 4.2- BENEFÍCIOS 39 5- ANÁLISE ESTATÍSTICA 40 6- RESULTADOS E DISCUSSÃO 45 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62 REFERÊNCIAS 63 APÊNDICE A 70 APÊNDICE B 71 APÊNDICE C 72 APÊNDICE D 74 APÊNDICE E 76 ANEXO A 77

Page 15: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

14

1. INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares (DCV) tornaram-se um grave problema para a saúde

pública no Brasil, no qual em 2000, ocorreram 260.555 mortes, ou seja 30% dO total de

óbitos no ano, devido causas cardiovasculares. A doença cardiovascular é um fenômeno

multifatorial e sistêmico, de genêse e fatores hereditários, ambientais e estilo de vida.

O aumento progressivo da incidência de doenças cardiovasculares (DCV) em países

desenvolvidos no século XX estabeleceu a aceleração de pesquisas, principalmente

relacionada aos agentes etiopatogênicos. Nos países industrializados essas doenças se

tornaram a maior causa de morte, destacando-se a cardiopatia isqêmica ou a doença

coronariana. Quanto mais esses países se desenvolvem, aumenta paralelamente o índice de

mortalidade por essas doenças.

No Brasil, o maior número de óbitos é decorrente das doenças do aparelho circulatório,

com diferentes etiologias e manifestações clínicas, destacando-se as doenças coronarianas, as

cerebrovasculares e a insuficiência cardíaca.

Dentro da multicausalidade das doenças cardiovasculares, o presente estudo abordará

fatores de risco tais como, obesidade (IMC), hipertensão arterial sistêmica, sedentarismo,

tabagismo, alcoolismo, circunferência abdominal, antecedentes familiares e circunferência do

pescoço que implicam diretamente em todos os estágios de desenvolvimento da doença

cardiovascular.

Os fatores de risco cardiovascular podem estar relacionados com o individuo (idade,

sexo, escolaridade, herança genética); estilo de vida (tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e

dieta inadequada) e agentes biológicos (hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes e

hipercolesterolemia), como também as condições sócias econômicas culturais e ambientais.

A obesidade pode ser definida como excesso de peso atribuído ao acúmulo excessivo

de gordura corporal, caracterizando-se como um importante problema de saúde mundial. No

Brasil, a obesidade atinge a população adulta de forma diferenciada entre os sexos e vem

sendo mais observada em indivíduos de baixa renda. Entre os indicadores antropométricos

que refletem o excesso de tecido adiposo corporal, destaca-se a circunferência abdominal que

Page 16: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

15

reflete em particular a gordura visceral e o Índice de Massa Corporal (IMC) obtido através da

divisão do peso em quilogramas pela altura em metros elevada ao quadrado.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) caracteriza-se como um dos fatores

independentes para as DCV, em geral é uma doença silenciosa, constituindo-se um importante

determinante de morbidade e mortalidade cardiovascular. A incidência da HAS atinge cerca

de 22% a 44% de toda a população urbana, tendo alta prevalência em indivíduos obesos,

sedentários e adeptos de uma alimentação rica em sal.

O sedentarismo é a situação no qual há um gasto energético inferior a 500 Kcal por

semana, além do gasto calórico basal, enquadra-se como um importante fator de risco

cardiovascular. A atividade física regular atua diretamente no sistema cardiovascular como

um preditor para o controle das fisiopatologias associado ao excesso de peso e HAS. Conclui-

se que a pratica regular de exercício físico diminui os níveis pressóricos em indivíduos

hipertensos e normotensos com sobrepeso

Uma em cada cinco mortes por DCV é decorrente do tabagismo, sendo o mesmo,

considerado um elevado fator de risco cardiovascular, causando mais de um terço de todos os

óbitos por infarto do miocárdio, caracterizando como um fator que predispõe a ocorrência da

aterosclerose.

O alcoolismo é definido como uma doença crônica e de complexa natureza no qual, o

indivíduo consome álcool sem limites em grandes quantidades, tornando-se progressivamente

dependente e tolerante aos efeitos tóxicos. De acordo, com a literatura o consumo moderado

do álcool reduz o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, no entanto, seu consumo

abusivo traz imensuráveis conseqüências negativas para a saúde e altos custos para o sistema

de saúde.

Pesquisadores de Framingham Heart Study, avaliaram a circunferência do pescoço de

mais de 3 mil pessoas, e constataram que quanto maior a medida obtida, maior a associação

com problemas que levam ao entupimento dos vasos, como hipertensão e baixos níveis de

colesterol bom. Levanta-se a possibilidade de que, além da circunferência do abdômen outra

área do corpo pode ser usada como marcador de risco cardiovascular. Os estudos concluíram

que a circunferência do pescoço pode se associar ao desenvolvimento de fatores de risco de

cardiovascular.

Com base em inúmeras implicações das doenças cardiovasculares na qualidade de

vida afetando todas as camadas sociais tanto em países desenvolvidos como em

desenvolvimento, este estudo justifica-se na tentativa de analisar os fatores de risco

cardiovascular na hipertensão arterial sistêmica, já descritos na literatura e buscar correlação e

Page 17: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

16

resposta com estudos atuais sobre a hipertensão arterial sistêmica como fator de risco

cardiovascular.

O principal objetivo desta pesquisa é a analisar os fatores de risco cardiovascular na

hipertensão arterial sistêmica. Tem como objetivos específicos; coletar informações quanto a

nome, idade, sexo, profissão, estado civil, antecedentes familiares, pressão arterial sistólica e

diastólica, obesidade (IMC), peso, altura, circunferência abdominal, circunferência do

pescoço, tabagismo, alcoolismo e atividade física; identificar os indivíduos que apresentam

risco cardiovascular e orientar quanto a prevenção desses riscos

Page 18: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

17

2- REFERENCIAL TEÓRICO

2.1- ANATOMIA DO CORAÇÃO

O coração tem formato de cone, é relativamente pequeno, medindo em torno de 12

cm de comprimento, equivalente ao tamanho do punho fechado (TORTORA, 2002). O

coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no

mediastino, a massa de tecido estende-se do esterno à coluna vertebral; e entre os

revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da

linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo

exame de suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o

ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração,

oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita (NETTER; FRANK,

2000)

Sendo considerado como a principal estrutura do mediastino, o coração, é dividido em

direito e esquerdo, separado por um septo longitudinal, contendo dois átrios que recebem

sangue das veias e dois ventrículos impulsionam o sangue para o interior das artérias. Sendo

constituído por três camadas: o epicárdio, miocárdio e o endocárdio (PORTO, RASSI, 2005).

O coração possui seu próprio sistema próprio de artérias e vais de suprimento arterial

e drenagem sanguínea. A drenagem do coração é efetuada por vasos que se lançam

diretamente ao átrio ou por um sistema de vasos que irá desembocar no seio coronário (ou

seio venoso do coração), um pequeno tronco, mas relativamente largo, na parede posterior do

átrio esquerdo, terminando no átrio direito percorrendo o sulco coronário nessa região. Dos

vasos que desembocam diretamente no átrio, destacam-se as veias cardíacas anteriores que

drenam a parede anterior do ventrículo direito, uma das veias cardíacas anteriores pode drenar

a margem direita, recebendo o nome de veia marginal direita. Dos principais vasos tributários

do seio coronário, destaca-se a Veia magna do coração que ascende pelo sulco interventricular

anterior, podendo receber a veia marginal esquerda antes de se tornar o seio coronário,

responsável pela drenagem da parede esquerda do coração. A veia posterior do ventrículo

esquerdo drena para o seio coronário, mas pode apresentar variação e drenar para a veia

média do coração. A veia média do coração ascende pelo sulco interventricular posterior

desembocando no seio coronário. A veia pequena do coração percorre o sulco coronário na

face esternocostal desembocando no seio coronário posteriormente. Outra veia de destaque é a

Page 19: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

18

veia oblíqua do átrio esquerdo, resquício da veia cardinal anterior esquerda, desembocando na

parte inicial do seio coronário, anteriormente (Gardner, 1998)

O músculo cardíaco é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda, as duas

artérias e suas ramificações têm origem na superfície epicárdica, chegando até o interior do

miocárdio (CHAGAS, 2000)

A artéria coronária esquerda tem inicio no seio da valsava esquerdo, onde dividi-se em

duas artérias: a artéria descendente anterior e a artéria circunflexa (FIGURA 1). A

descendente anterior desce pelo sulco interventricular emitindo ramos diagonais e septais, já a

artéria circunflexa contorna o sulco atrioventricular emitindo ramo marginal (BUENO;

UMEDA E MILHOMEN, 2005)

A artéria coronária direita emerge do seio da valsava direita, passa pelo suco

atrioventricular dando origem a ramos principais como o descendente posterior e o ventricular

posterior (FIGURA 1), irrigando o átrio direito, ventrículo direito, nó sinusal e

atrioventricular, porção posterior do septo interventricular e parte da parede posterior do

ventrículo esquerdo (BUENO; UMEDA E MILHOMEN, 2005)

Figura 1: Anatomia das Artérias Coronárias (Science photo library)

Page 20: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

19

2.2- SISTEMA CARDIOVASCULAR

O sistema cardiovascular é composto por uma série de tubos, que são os vasos

sanguíneos, entre os mesmo, percorre um fluido (sangue) e células, e esse sistema é ligado ao

coração. Uma das principais funções do sistema cardiovascular é transportar matéria para todo

o corpo, e esses componentes transportados são os nutrientes, gases e água, entretanto, outra

função do sistema é remover resíduos liberados pela célula até o fígado para serem

metabolizados (SILVERTHORN, 2003).

2.2.1 Funções do Sistema Cardiovascular

O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com grande

eficiência. O transporte de gases e de responsabilidade dos pulmões, o transporte de

nutrientes, transporte de resíduos metabólicos, transporte de hormônios, transporte de calor

distribuição do mecanismo da defesa e coagulação sanguínea. (SILVERTHORN, 2003)

2.3- DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Em breve, as doenças cardiovasculares tornaram-se a principal causa de óbito no

mundo (LAURENTI, 2005). Sendo que no Brasil, no ano de 2000, o número de mortes por

DCV, chegou a 258.867. Segundo a OMS, em 2002, ocorreram 16,7 milhões de óbitos, no

qual 7,2 milhões foram por DCV. Especula-se que em 2020 esse número cresça para 35 ou 40

milhões de mortes (AVEZUM et al, 2004).

As DCV representam como maior destaque na atualidade devido, sua alta taxa de

morbimortalidade, sendo bastante preocupante sua alta incidência para os próximos anos.

Estima-se que em 2040, no Brasil, a freqüência dessa doença, chegue a 250% comparado á

China (200%) e a Índia (180%) (THE CHALLENGE OF CARDIOVASCULAR DISEASES

IN DEVELOPING ECONOMIES, 2004).

As Doenças cardiovasculares, coronarianas, dislipidemias, hipertensão, obesidade e

diabetes melito formam um conjunto de morbidades geralmente associadas entre si,

constituindo-se um grave problema de Saúde Pública. Estas doenças compõem um grande

conjunto de patologias onde inclui várias doenças cardíacas e vasculares mais específicas. A

Page 21: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

20

doença cardiovascular mais comum é a doença das artérias coronárias, a qual pode ocasionar

ataque cardíaco e outras condições graves (MANO, 2007).

Segundo Ross e Davignon (2004) apud Rosini et al. (2006), as DCV não seriam

consideradas a primeira causa de morte sem a presença de múltiplos fatores de risco,

implicando diretamente tanto no inicio, na progressão e ocorrência de futuros eventos

cardiovasculares.

Segundo vários estudos o desenvolvimento de DCV está ligado a genética, estilo de

vida (dieta inadequada, sedentarismo, stress físico e psicológico), qualidade de vida, sendo

estes considerados fatores de risco para a doença. Porém a inatividade, o sedentarismo quando

associado ao tabagismo, obesidade, hereditariedade aumenta as chances de mortes precoce do

indivíduo. (NEIMANN, 1999; CIOLAR et al, 2000; PINTO et al, 2003).

Segundo Tortora (2002), os tipos de doenças cardiovasculares incluem doença das

artérias coronárias, ataque cardíaco, angina, síndrome coronariana aguda, aneurisma da aorta,

arritmias, doenças congênitas e insuficiência cárdica.

Devido a grande incidência das DCV no ultimo século, obteve como resultado o

aumento de pesquisas sobre os fatores de riscos (FR) que poderiam desencadear o

desenvolvimento das DCV ( CHOR et al, 1999). Embora a genética e a idade tenham fortes

influencias sobre esta evolução, não se pode descartar que outros FR também possam

influenciar no estilo de vida (O’KEEFE; HARRIS, 1996 apud RIQUE; SOARES;

MEIRELHES, 2002).

2.3.1- Doença Arterial Coronariana

Para Tortora (2002), a doença arterial coronariana é um problema sério, no qual afeta a

cada ano, 7 milhões de pessoas. A doença arterial coronariana é definida como resultado do

acumulo de placas aterosclerótica nas artérias coronárias, implicando na redução do fluxo

sanguínea para o miocárdio.

Segundo Aquino et al (2001), a doença arterial coronariana, corresponde a 80% das

mortalidades entre as DCV, tornando-se uma problema devido sua alta incidência,

principalmente nos centros urbanos e indivíduos com idade mais elevada.

A doença arterial coronariana é definida como resultado do acumulo de placas

aterosclerótica nas artérias coronárias, implicando na redução do fluxo sanguínea para o

miocárdio. (TORTORA E GRABOWSKI, 2002).

Page 22: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

21

Para (GUS; FISCHMANN; CLÁUDIO, 2002), alguns principais fatores de risco

para doença arterial coronariana são conhecidos e comprovados, como hipertensão arterial

sistêmica, tabagismo, dislipidemias, obesidade, sedentarismo, diabetes mellitus e antecedentes

familiares. Os antecedentes familiares constituem fator de risco não modificável e

independente e devem ser ainda muito estudados, mas já considerado. Pacientes com parentes

em primeiro grau precocemente com cardiopatia coronariana têm maiores riscos de

desenvolver doença arterial coronariana que ao outras pessoas.

2.3.2.- Aterosclerose

Segundo Laurindo (2000), a aterosclerose é um forte fator para o crescimento da

mortalidade por DCV, representando na maioria dos países entre 30% a 35% de todas as

causas de óbito. Já no Brasil, segundo a DATASUS, em 2000, ocorreram 579.960 óbitos em

individuo com idade igual ou superior a 55 anos, no qual 36,5% destes foram conseqüências

de doenças do aparelho circulatório (STEFANINI, KASINSKI e CARVALHO, 2005).

A formação do processo aterosclerótico é atribuída á genética, antecedentes familiares

e o estilo de vida que o individuo adota, além da forte influência do meio ambiente. Porém,

existem fatores que aceleram o processo da aterosclerose, como o tabagismo, sedentarismo,

alimentação inadequada, obesidade, dislipidemia e hipertensão (AMERICAN HEART

ASSOCIATION, 1997 apud MARTINEZ; VALE, 2000).

A aterosclerose é um processo multifatorial, progressivo e lento, no qual, há alteração

na parede arterial (GOTTLIEB, BONARDI E MORIGUCHI, 2005). A gênese da formação da

placa de ateroma biológica é complexa, onde há um crescimento progressivo de lipoproteína

na camada intra e extracelular, associado a um processo celular proliferativo, levando a

disfunção endotelial e alterando a matriz extracelular e ocasionando o deposito de trombo

(FIGURA 2) (LAURINDO, 2000).

Figura 2: Depósito do Trombo (sciense photo library)

Page 23: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

22

A formação da aterosclerose é devido à presença de fatores de riscos que atuam sobre

o endotélio das artérias, ocasionando a ausência de mediadores auto-protetores no foco do

leito capilar. Qualquer processo patológico pode alterar a função do endotélio, em especial os

fatores de risco, como hipertensão arterial, diabete, dislipidemia, levando a alterações

homeostáticas. (ROCHA; LIBBY, 2005)

Segundo Gottlieb; Bonardi e Moriguchi, 2005, qualquer artéria pode ser alvo de placas

ateroscleróticas, porém os alvos principais são a aorta, as artérias coronárias e cerebrais, tendo

como conseqüências o infarto do miocárdio, isquemia cerebral e aneurisma aórtico. Alguns

estudos dividem em duas fases o desenvolvimento da aterosclerose:

-Fase “aterosclerótica”: têm-se a formação da lesão aterosclerótica, que esta se deve a

influência dos fatores de risco clássicos que se desenvolvem com o tempo. Neste período,

devido sua historia lenta e gradual, sua evolução não traz consigo manifestações clínicas que

possam comprometer a vida.

- Fase trombótica: estar sobre forte influencia dos fatores de risco trombogênicos,

onde se tema formação aguda de trombo sobre a placa aterosclerótica, no qual pode ocorrer

eventos agudos coronarianos, infarto do miocárdio (IAM), angina instável ou morte súbita.

Quando há uma desestabilização da placa aterosclerótica, há manifestações como a

angina instável e o infarto agudo do miocárdio, devido a diminuição significativa da luz do

vaso proveniente da presença de um trombo local (GOTTLIEB; BONARDI; MORIGUCHI,

2005).

2.3.3- Infarto Agudo do Miocárdio

A isquemia miocárdica é caracterizada como resultado final da isquemia prolongada e

não aliviada, devido a interrupção total do fluxo sanguíneo ao miocárdio. Essa interrupção se

dá pela complicação de uma placa de ateroma decorrente de um trombo, no qual levou o

estreitamento da luz da artéria coronária ( BRUNO; UMEDA. MILHOMEM, 2005).

A isquemia miocárdica é caracterizada como um desequilíbrio entre a oferta de

oxigênio ao miocárdio e seu demanda por esse tecido. O processo isquêmico que ocorre no

Page 24: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

23

coração durante o infarto agudo do miocárdio (IAM) envolve na sua ampla maioria o sistema

de irrigação sanguínea, constituído pelas coronárias. As manifestações isquêmicas podem

ocorrer de maneira aguda ou crônica, caracterizando a angina de peito e as síndromes

coronarianas agudas. O IAM e uma patologia que ocorre quase sempre pela obstrução

trombótica das artérias coronarianas (BRAUNWALD, 2001).

2.4- HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A pressão arterial é definida como uma força exercida pelo sangue sobre a parede das

artérias, sendo intimamente ligada ao débito cardíaco e com a resistência periférica sistêmica.

A PA é classificada em Pressão arterial sistólica (PAS) e Pressão arterial diastólica (PAD)

(POLITO & FARINATTI, 2003)

A hipertensão arterial é classificada como uma das principais doenças de morbi-

mortalidade, causando as chamadas doenças cardiovasculares, tendo como fator etiológico

aspectos genéticos e ambientais. É caracterizada como uma síndrome multifatorial,

poligênica, devido alterações no mecanismo de controle da pressão arterial, causando

anormalidades das estruturas das aterias e do músculo cardíaco, ocasionando disfunção

endotelial (INÁCIO; MACHADO, 2008).

A hipertensão arterial sistêmica tornou-se uma problemática para a saúde publica

mundial, devido sua alta incidência e associação com as DCV, independente dos fatores de

risco associado, como obesidade, sedentarismo, tabagismo e dislipidemia. (V DIRETRIZ

BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).

No Brasil a HAS, atinge mais de 20 milhões de pessoas, para essa incidência

significativa, faz-se necessário entender meios que aceleram o desenvolvimento das DCV,

como a hereditariedade, sedentarismo, stress e elevado consumo de sal ( ELIAS et al., 2004

apud MENDES et al., 2006)

Segundo a V Diretriz Brasileira de Hipertensão, 2006, a HAS, caracteriza-se como um

dos fatores independente para as DCV, gerando custo elevado tanto médico e

socioeconômico, devido suas principais repercussões. A HAS causa 40% das mortes por AVC

e 25% DAC.

Após vários estudos a HAS foi definido com o principal fator de risco tanto para a

morbidade quanto para a mortalidade por DCV. Estudos epidemiológicos comprovaram que

elevados níveis de pressão arterial, aumenta a tendência do individuo evoluir para doença

Page 25: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

24

coronariana e insuficiência cardíaca congestiva (CHOBANIAN et al, 2003; WONG et al,

2003 apud GOMES et al, 2005).

De acordo com Martinez (2004), a HAS modifica a função endotelial, diminuindo a

vasodilatação do endotélio e aumentando a interação de placas coronarianas e monócitos com

as células endoteliais.

2.5- FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR

Para Ridker, Genest e Libby (2003) defini como fator de risco a presença precoce do

fator genético assim como de característica individual na vida de uma pessoa, levando a

mesma a desenvolver futuras doenças.

O aumento da incidência de DCV nos últimos anos fez-se aumentar a busca pelos

fatores de risco que levariam ao desenvolvimento dessa epidemia. Por mais que a genética e a

idade tenham forte influência nesta pandemia, outrora se faz necessário entender que outros

FR quando controlados e prevenidos podem influenciar na redução de eventos

cardiovasculares, aumentando a sobrevida de um individuo (CHOR et al., 2000).

Os fatores de risco se dividem em não controlável e os modificáveis (através do estilo

de vida). De acordo com últimos estudos realizados, os fatores de risco mais relevantes são a

obesidade, tabagismo, HAS, diabete mellitus e dislipidemia. (SANTOS et al., 2001)

Para a OMS, os fatores de risco (FR), estão divididos em dois grupos. Sendo que o

primeiro está relacionado com o individuo (idade, sexo, escolaridade, herança genética); estilo

de vida (tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e dieta inadequada) e agentes biológicos

(hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabete e hipercolesterolemia). O segundo grupo está

associado, as condições sócias econômicas culturais e ambientais. (NOBRE, 2006).

2.5.1- Obesidade

Segundo a OMS, entre os anos de 1995 a 2000, foram realizados pesquisas que

obtiveram resultados o crescente aumento de indivíduos obesos, chegando à 300 milhões,

representando 15% da população mundial. (WORLD HEALTH ORGANISATION, 2003

apud MONTENEGRO et al, 2008). O desenvolvimento da obesidade tem aumentado em todo

mundo, tornando-se um problema socioeconômico na sociedade moderna. Os indivíduos que

Page 26: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

25

apresentam sobrepeso tendem a desenvolver DCV (COLDITZ et al, 2001 apud CARNEIRO

et al, 2003).

Já no Brasil, esse crescente aumento da obesidade afeta todas as camadas sociais,

inclusive as de baixa renda, pois o alto índice de morbidade e mortalidade cardiovascular tem

como conseqüência o aumento de custo para o sistema de saúde. (COITINHO, 2001).

Um conceituado estudo de Framinghan Heart Study mostrou que a obesidade é um

fator independente para a ocorrência de DCV, principalmente em indivíduos abaixo de 60

anos. (HUBERT et al, 2000 apud CARNEIRO et al, 2003). Assim como Framinghan realizou

uma pesquisa durante 26 anos, com indivíduos com faixa etária entre 25 a 65 anos,

concluíram que a obesidade é um forte fator para o desenvolvimento das DCV, como por

exemplo, doença coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular encefálico.

(HUBERT et al, 1993).

Segundo Suárez et al. (2002) a obesidade é definida pelo excesso de tecido adiposo, no

qual gera desequilíbrio entre energias ingeridas e energias gastas, em conseqüência dessa

anormalidade elevam-se os gastos com a saúde.

2.5.2- Índice de massa corporal (IMC)

Para o diagnóstico e obesidade de risco cardiovascular tem sido recomendada a

utilização de índices antropométricos, entre eles destaca-se o índice de massa corporal,

possuindo um bom potencial indicador do estado nutricional. O IMC está correlacionado com

o desenvolvimento de DCV e elevado custo de morbimortalidade (STEVENS, 2000 apud

PEIXOTO, 2006).

Para Manson et al.(1999) apud Cercato et al. 2000 , o IMC é classificado com uma

medida simples ecom grande clareza sobre o grau de obesidade de um individuo, calculando o

nível de adiposidade no corpo, podendo ser aplicado em grandes estudos populacionais.

Vários estudos demonstram que quanto maior o índice de IMC, maior o risco do

desenvolvimento de DCV.

2.5.3- Tabagismo

Page 27: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

26

O percentual anual de óbito devido o tabagismo no mundo, chega a 4,9 milhões, e se

esse número se alastrar, por volta de 2030 chegará a 10 milhões de mortes anuais. O é

caracterizado como fator de risco para inúmeras patologias, entre elas as DCV. (CORRÊA,

2003).

O tabagismo é considerado um forte fator, evitável, para o desenvolvimento das DCV.

Segundo a OMS, 1- 5 da população mundial é fumante, então estima-se que haja 100 mil

motes – ano ( NASCIMENTO; MENDES, 2002).

O uso do tabaco além de causar prejuízos à saúde há fortes que evidenciam que o

mesmo possa desencadear uma séria de doenças, entre elas as doenças cardiovasculares. O

individuo exposto ao fumo do cigarro é um forte candidato a desenvolver DCV e o ato de

cessar o fumo do tabaco é a medida mais eficaz para melhorar a qualidade de vida e diminuir

a incidência das DCV. (MANCIA et al, 2007 apud SANTOS; LIMA, 2009).

Dentre as inúmeras substâncias contidas no cigarro, quatro foram identificadas como

principais causadoras de danos cardiovasculares, entre elas estão, o monóxido de carbono, a

nicotina, bezopireno e radicais livres, sendo estas responsáveis por causar efeitos

arritmogênicos nas fibras cardíacas, efeitos pró-coagulante, hipoxemia tecidual, descarga

adrenérgica, diminuição do HDL, oxidação do LDL e lesão ou distensão endotelial (MJOS,

1998 apud ISSA, 2006).

Vários estudos comprovaram a relação do tabagismo com o desenvolvimento da

aterosclerose, no qual, eleva-se o risco de óbito por doença arterial coronariana ( HEART

DISEASE ANDSTROKE STATISTICS, 2006) artigo 3.1

A conseqüência da lesão no sistema cardiovascular é diretamente proporcional a

quantidade de cigarro consumido ao dia, quanto maior o consumo aumenta-se o risco de

DCV, levando a uma importante disfunção no endotélio, devido a formação de radicais livres

e o aumento da degradação de óxido nítrico. (ZEIHER et al, 1995).

2.5.4- Atividade Física

O exercício físico é definido como uma atividade realizada com repetições e

movimento orientado, através do mesmo, eleva-se o consumo de oxigênio devido as

alterações musculares gerando trabalho prático. (BARROS et al, 1999).

A prática regular do exercício físico promove adaptações autonômicas e

hemodinâmicas, no sistema cardiovascular. (RONDON; BRUN, 2003). Objetivando o

Page 28: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

27

aumento do debito cardíaco e redistribuição do fluxo sanguineo e elevação da perfusão

circulatória para músculos em atividade. (ARAÚJO, 2001).

Os benefícios da prática regular de atividade física atuam no perfil antropométrico,

neuromuscular, metabólico e psicológico. Com relação ao aspecto antropométrico e

neuromuscular se tem como resultado a redução da gordura corporal, aumento da força

muscular, massa muscular, densidade óssea e flexibilidade. Na metabólica têm-se o aumento

no volume sistólico, da potência aeróbica, da ventilação pulmonar, melhora o perfil lipídico,

tem a redução da pressão e a freqüência cardíaca em repouso e no movimento submáximo. Já

nos efeitos psicológicos, melhora a auto-estima, a imagem corporal, as funções cognitivas e a

diminuição do stress e da ansiedade (ASSUMPÇÃO; MORAES; FONTOURA, 2002 apud

SILVA; GIORGETTI, COLOSIO, 2009).

2.5.5- Sedentarismo

Para Myers (2003), o sedentarismo é um importante fator para ocorrência de eventos

cardiovasculares, aumento a taxa de mortalidade em indivíduos com falta de condicionamento

físico, representando 56% no sexo feminino e 37% no sexo masculino, na população

brasileira. (FUCHS, 1993)

O sedentarismo é um importante fator de risco na condição de ser um preditor para as

DCV, desencadeando latas taxas de mortalidade em indivíduos com baixo nível de

condicionamento físico, tendo prevalência de 56% em mulheres, na população urbana

brasileira (TEIXEIRA, 2000)

Nos EUA, o número de indivíduos adultos sedentários é mais de 60%, já no Brasil,

segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas indicam que 80,8% dos adultos são

sedentários (FONSECA, SICHIERI, VEIGA, 2008)

2.5.6- Alcoolismo

O consumo moderado de bebida alcoólica é uma medida que diminue o risco de

mortalidade, principalmente no sistema cardiovascular (FARCHI et AL., 2000 apud COSTA

et al., 2004). Porém, o consumo em excesso de bebida alcoólica repercutiu em conseqüências

Page 29: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

28

negativas a saúde e qualidade de vida, levando ao crescimento da morbimortalidade

(NANCHAHAL, 2000 apud COSTA et al., 2004).

Segundo estudos realizados no Brasil, o alcoolismo foi considerado como uma

doença, no qual sua prevalência no país é de 7,6% e 9.2%, entretanto, em pacientes

hospitalizados sua incidência chega a 12,4%, provocando de forma direta ou indireta altos

custos para o sistema de saúde (ALMEIDA et al., 2002).

2.5.7- Antecedentes familiares

Os antecedentes familiares é um fator de risco (FR) independente, enquadrando-se

como fator não modificável, com isso indivíduos com parentes de 1º grau com DCV precoce,

o mesmo, tem a probabilidade de desenvolver essa epidemia cardiovascular. Dados

comprovam que indivíduos com idade inferior a 55 anos, que apresentem consaguinidade de

1º grau cardiopatas, devem ser alertados e orientados quanto ao desenvolvimento de FR

(GUS, 1998).

A influência dos fatores de risco genéticos no desenvolvimento das DCV já foram

estabelecidos. Além de fatores de risco cardiovasculares clássicos, se faz a importância de

destacar o componente hereditário. A história familiar tornou-se como FR cardiovascular com

grande destaque entre as variáveis genéticas para a gênese de DCV, independente do controle

de outros FR já descritos, como a PA, obesidade, diabetes, classe social, tabagismo e

alcoolismo, o fator hereditário mantém-se como independente variável preditora de risco

cardiovascular (STEEDS, 1997 Apud PEREIRA; KRIEGER 2001)

2.5.8- Circunferência da Cintura

O acúmulo de tecido adiposo na região mesentérica ou abdominal é um tipo de

obesidade central, visceral ou androgênica. Entretanto, esse acúmulo de gordura na região

abdominal está associado a um numero maior de mortalidade comparado a obesidade

periférica. (IV DIRETRIZ BRASILEIRA SOBRE DISLIPIDEMIA E PREVENÇÃO DA

ATEROSCLEROSE, 2007). A circunferência da cintura tem sido apontada como um

marcador de gordura localizado, sendo considerada uma matriz de mediadores pró-

inflamatórios que contribuem para o ataque vascular e a constituição da aterogênese devido

Page 30: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

29

sua pratica aplicabilidade (VISSCHER, SEIDELL, 2004 apud BARBOSA, SCALA,

FERREIRA, 2009).

O acumulo de gordura central é influenciado por vários fatores, entre eles os

genéticos, sexo e idade. Porém, há outros fatores variáveis que se relacionam ao acumulo de

gordura, como o sedentarismo, ingestão de bebida alcoólica e o tabagismo.

(CASTANHEIRA, 2003).

2.5.9- Circunferência do Pescoço

Segundo Framinghan Heart Study, foi realizado uma pesquisa com mais de 3 mil

pessoas, e presenciaram que o aumento da circunferência do pescoço, levaria a hipótese de

acumulo de moléculas de gordura na parede das artérias carótidas. Conclui-se que, pela

primeira vez o aumento da circunferência do pescoço é um marcador de risco para o

desenvolvimento das DCV (PREIS, 2009)

O acumulo de tecido adiposo na parte interna das carótidas, é medido pela

circunferência do pescoço, sendo o único score de deposito de gordura acima além da

circunferência da cintura. Sendo a CP significativamente associada com o risco

cardiovascular, comprovado através de estudos transversais (PREIS, 2009)

Page 31: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

30

3- METODOLOGIA

3.1- TIPO DE ESTUDO

Todos os indivíduos da presente pesquisa serão estudados segundo os preceitos da

declaração de Helsinque e do Código de Nuremberg, respeitadas as Normas de Pesquisa

Envolvendo os Seres Humanos (Res. CNS 196/96) do Conselho Nacional De Saúde após a

submissão, e aprovação do projeto pelo Comitê de Ética Da Universidade da Amazônia

(ANEXO A), aprovação do orientador (APÊNCIDE A), autorização da Unidade Básica de

Saúde da Pedreira (APÊNDICE B) e autorização dos participantes por meio da assinatura do

termo de consentimento livre e esclarecido. (APÊNDICE C).

A pesquisa é do tipo Hipotético, dedutivo, transversal e quantitativo

3.2- ABORDAGEM DA PESQUISA

3.2.1- Local

O estudo foi realizado na Unidade Básica de Saúde Da Pedreira, localizada na

Avenida Pedro Miranda S/N situada na cidade de Belém-PA. As pesquisadoras fizeram a

coleta no posto de saúde citado a cima, no qual enquadrava-se indivíduos do sexo feminino

matriculadas no programa HIPERDIA e indivíduos também do sexo feminino presentes da

Unidade de Saúde da Pedreira , no período matutino, de Segunda à quinta-feira, no horário

compreendido entre 07:30 ás 10:30 h.

3.2.2- Amostra

Foi realizada a avaliação em 100 mulheres hipertensas do grupo controle do programa

HIPERDIA e 100 mulheres aleatoriamente que estavam presentes na Unidade Básica de

Saúde da Pedreira.

Page 32: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

31

3.2.3- Período

A pesquisa foi realizada no período de Fevereiro de 2010 à Abril de 2010.

3.3- CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

-Idade entre 35 a 60 anos.

-Sexo Feminino

- Aceitem assinar o TCLE.

3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Para esta investigação, foram determinados os seguintes critérios de exclusão:

- Todos os indivíduos que não se enquadram nos critérios de inclusão.

- Indivíduos com déficit de compreensão.

- Indivíduos com alteração neurológica que impossibilite a resposta do questionário.

- Indivíduos que apresentem alterações da Tireóide.

- Indivíduos que apresentem Linfomas na região cervical.

3.5- COLETA DE DADOS

A pesquisa teve como inicio a abordagem de mulheres que estavam presentes na sala

de espera do programa HIPERDIA, sendo que uma avaliadora fez a seleção de mulheres

que se enquadravam nos critérios de inclusão. A mesma também selecionou mulheres que

não eram matriculadas no programa HIPERDIA, porém estavam presentes na Unidade de

Saúde. Após a abordagem e seleção, as mulheres que aceitassem participar da pesquisa, e

assinassem o TCLE e eram submetidas a ficha de avaliação, para preenchimentos de

dados como nome, idade, sexo, profissão, escolaridade, antecedentes familiares e

antecedentes pessoais,logo após a coleta, as pacientes eram encaminhadas para uma sala

Page 33: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

32

isolada, onde uma avaliadora coletava dados físicos, como pressão arterial, peso, altura

(IMC), circunferência da cintura, Circunferência do pescoço, os quais são detalhados a

seguir:

3.5.1- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Foi aplicado um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), no qual

constaram todas as informações do estudo e não acarretou nenhum ônus aos participantes.

3.5.2- Ficha da Avaliação

Aplicou-se uma ficha de avaliação (APENDICE D), onde foram coletados dados

como: nome, idade, sexo, ocupação, escolaridade, estado civil, antecedentes familiares, exame

físico (peso, altura, pressão arterial sistêmica, circunferência da cintura, circunferência do

pescoço) tabagismo, alcoolismo, padrão de atividade física.

Uma das avaliadoras permaneceu na sala de espera, abordando os interessados e

selecionando os indivíduos que aceitavam participar da pesquisa através da aplicação do

TCLE, em seguida a aplicação da ficha de avaliação, contendo os itens citados a cima.

Enquanto outra avaliadora estava em uma sala individual, recebendo os indivíduos

selecionados e dando continuidade na ficha de avaliação, levando em consideração dados do

exame físico

Os indivíduos foram entrevistados por uma pesquisadora, respondendo às perguntas

diretas que integram o roteiro proposto para entrevista. Caso o entrevistado não entenda a

questão, esta será repetida pela pesquisadora até que o individuo esteja apto a respondê-la.

Após a avaliação e coleta de dados, foi informado ao individuo imediatamente os

resultados das informações com o fornecimento de uma ficha de avaliação de modo que os

mesmo pudessem futuramente apresentar aos seus médicos. Além, de prestarmos

esclarecimento sobre cada item avaliado, os indivíduos que obtiveram grandes alterações

relacionadas aos riscos cardiovasculares, orientamos sobre a necessidade de uma avaliação

médica.

Page 34: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

33

3.5.3- Verificação do Peso

Na obtenção dos dados do estudo, foi utilizada uma balança antropométrica, da marca

Balmak, com unidade de medida em quilograma (Kg) e precisão de 0,1 Kg que será tomada

uma única vez (FIGURA 3). O individuo deverá estar com roupas leves, o mínimo de

acessórios que estes possam interferir nos resultados, caso o indivíduo não esteja trajando

roupas leves, o mesmo será instruído a retirar objetos que possam interferir no resultado.

Durante o protocolo de pesagem: o individuo será instruído a subir na balança, colocando-se

sempre no centro da mesma, em posição ortostática, braços estendidos ao longo do corpo, no

qual, será registrado o peso com precisão e cuidado (FIGURA 3) . O ajuste do ponto zero para

equilibrar entre dois ponteiros guias deve ser perfeito, no caso da balança se apresentar

zerada. A precisão pode ser facilmente determinada pelo emprego de pesos com padrões

conhecidos, recomenda-se que a balança seja calibrada a cada 10 pesagens, realizar sempre

uma medida, que será anotada em Kg.

Figura 3: Verificação do Peso

Fonte: Dados da pesquisa

3.5.4 Verificação da Estatura

Para medir estatura, utilizou-se uma régua antropométrica da própria balança. Onde o

individuo foi instruído a permanecer em posição ortostática (PO): sem os sapatos, braços

estendidos ao longo do corpo, pés unidos, conforme apresentado na (FIGURA 4). A medida é

Page 35: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

34

feita com o individuo em apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre

esta variável antropométrica. A cabeça deve está orientada segundo o plano de Frankfurt,

paralelo ao solo (FIGURA 5).

Figura 4: Posição Ortostática Figura 5: Orientação da cabeça

Fonte: Dados da pesquisa Fonte: Dados da pesquisa

3.5.5- Verificação do Índice de Massa Corporal

O protocolo de índice de massa corporal (IMC), é usado para avaliar peso relativo a altura

e é calculado dividindo-se peso corporal em quilos por altura em metros quadrado ( peso/ h²),

através desta fórmula que indica se a pessoa está acima do peso, se está obeso ou abaixo do

peso ideal considerado saudável. A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é: IMC

= peso / (altura)² que trás como graus de normal ( 18,5 – 24,9); excesso de peso (≥ 25); pré-

obeso ( 25 – 29,9); obeso classe I (30- 34,9) obeso classe II ( 35 – 39,9) e obeso classe III (≥

40), segundo a TABELA 1 abaixo.

Page 36: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

35

Tabela 1. Classificação do Índice de Massa Corpora l

Fonte: V Diretriz de Hipertensão Arterial, 2006

3.5.6- Verificação da Circunferência da Cintura

Protocolo da circunferência abdominal é usado para mensurar gordura localizada em

tecido adiposo localizado na região abdominal. A medida da circunferência da cintura teve

como referência o ponto médio entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior (FIGURA 6),

conforme proposto pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome

Metabólica, onde os indivíduos foram colocados em posição ortostática (PO), com o abdômen

relaxado, no final do movimento expiratório. Uilizou-se uma fita métrica flexível e

inextensível, da marca CARDIOMED, com precisão de 0,1 cm, no plano horizontal. A fita foi

posicionada com firmeza em torno do local do corpo a ser medido, sem esticar

excessivamente, evitando-se assim a compressão do tecido subcutâneo. Este ponto foi

escolhido por ser considerado o sítio que reflete com mais acurácia o tecido adiposo visceral.

A leitura foi feita no centímetro mais próximo, onde a fita cruzava o ponto zero. Foi solicitado

ao indivíduo que afastasse levemente os braços, com os pés juntos e que levantasse a camisa

até a altura do diafragma. Onde adotou-se como parâmetro de medição, ≤ 88 cm para

mulheres, acima desta valor, o individuo é considerado uma portadora de obesidade

abdominal.

Classificação IMC (Peso/Altura2) Riscos de Co-morbidades

Baixo Peso < 18,5 Baixo (porém maiores riscos de

outros problemas clínicos)

Normal 18,5-24,9 Ausente

Excesso de Peso ≥ 25

Pré-obeso 25-29,9 Aumento

Obesso classe I 30-34,9 Moderado

Obeso classe II 35-39,9 Severo

Obeso classe III ≥ 40 Muito Severo

Page 37: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

36

Figura 6: Posicionamento da fita métrica

Fonte: autor, 2010

3.5.7- Aferição da Pressão Arterial

O protocolo para se aferir a pressão arterial (PA), foi utilizado com esfigmomanômetro

aneróide (0- 300 mmhg) da marca Solidor, considerando-se a braço esquerdo da paciente

(FIGURA 7), explicando o procedimento para o mesmo, após cinco minutos de repouso,

mantendo as pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado,

removendo roupas do braço no qual foi colocado o manguito (FIGURA 8). O estetoscópio

Rappaport Premium da marca Glicomed foi usado para aferir a pressão arterial (PA) sendo

posicionado na artéria braquial no membro superior ipsilateral ao da aferição, que auscultou o

1º som de Korotcoff com a pressão arterial sistólica (PAS) e o 5º som como pressão arterial

diastólica (PAD). Posicionou-se o braço do manguito na altura do coração (nível do ponto

médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e

o cotovelo ligeiramente fletido, solicitando para que o individoe não falasse durante a

aferição. Selecionou-se o manguito adequado ao tamanho do braço, colocando o mesmo sem

deixar folgas a cima da fossa cubital cerca de 2 a 3 cm, centralizando a parte compressiva do

manguito na artéria braquial. A análise considerou-se o valor inicial PAS e valor final da

PAD, sendo que apenas uma avaliadora realizou esta tarefa. Os valores segundo a V Diretriz

Brasileira de Hipertensão estão abaixo,(TABELA 2).

Page 38: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

37

Figura 7: Posição do esfigmomanômetro Figura 8: Posição do individuo.

Fonte: Dados da Pesquisa Fonte: Dados da Pesquisa

Tabela 2. Classificação da Pressão Arterial Sistêm ica

CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Ótima < 120 < 80

Normal < 130 < 85

Limítrofe 130-139 85-89

Hipertensão estágio 1 140-159 90-99

Hipertensão estágio 2 160-179 100-109

Hipertensão estágio 3 > 180 > 110

Hipertensão sistólica isolada > 140 < 90

Fonte: V Diretriz Brasileira de Hipertensão

3.5.8- Verificação da Circunferência do Pescoço

O protocolo para avaliação da circunferência do pescoço foi realizado da seguinte

maneira. O individuo ficou em PO (FIGURA 9), de frente para a avaliadora, a medida foi

feita com o individuo estando em apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis

variações sobre esta variável antropométrica. A cabeça posicionou-se paralela ao solo,

Page 39: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

38

retirando-se qualquer acessório da região do pescoço que impossibilitasse a medição.

Utilizou-se uma fita métrica inelástica em (cm), no qual a pesquisadora posicionou a fita

métrica na região medial do pescoço, no plano horizontal. A média da circunferência do

pescoço dos indivíduos baseou-se em 34,2 cm para mulheres, segundo o estudo realizado em

Framingham (2009). Valores acima desse patamar indicam um risco crescente para ocorrência

de problemas cardiovasculares.

Figura 9: Posição ortostática

Fonte: Pesquisa de campo

3.5.9- Antecedentes Pessoais

Para a avaliação do tabagismo, foram divididos em 6 itens, tais como: nunca fumou,

ex-fumante de charuto e/ou caximbo, menos de 10 cigarros por dia, 10 a 20 cigarros por dia,

21 a 30 cigarros por dia, acima de 30 cigarros por dia.

Já para o consumo do álcool, foram divididos em 6 itens, como: nunca ou menos de 1

dose ao mês, 1 a 3 doses ao mês, 1 a 3 doses por semana, 4 a 7 doses por semana, 8 a 13 doses

por semana ( 1 ou mais doses ao dia não chegando a duas em média, mais de 14 doses por

semana (2 ou mais doses ao dia).

Por fim, para a avaliação da prática de atividade física, também foi dividida em 6

itens: inatividade física, atividade profissional sedentário-pouco esportiva, atividade

profissional sedentário-leve, atividade profissional esportiva leve, atividade profissional

esportiva moderada, atividade profissional esportiva intensa.

Page 40: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

39

4- RISCOS E BENEFÍCIOS

4.1- RISCOS

- A pesquisa não levou os participantes a nenhum risco. Podendo ter levado a algum

constrangimento na verificação do IMC, circunferência da cintura, circunferência do Pescoço

e os resultados dos dados obtidos na ficha de avaliação. Tentou-se minimizar este

constrangimento realizando o exame físico dentro de uma sala individual, deixando o

avaliador e individuo isolados.

4.2- BENEFÍCIOS

- Após a análise estatística, foram levadas as informações dos resultados obtidos com a

pesquisa aos indivíduos participantes, além de orientá-los quanto aos riscos e a prevenção dos

fatores de risco cardiovascular. Foi informado imediatamente após a avaliação e análise dos

dados obtidos, o resultado da pesquisa através de uma ficha contendo os resultados de IMC,

CC, Circunferência do pescoço e Pressão arterial

Page 41: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

40

5- ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para determinação do tamanho da amostra foram seguidas as orientações de Levine et

al. (2005). Para cálculo do tamanho da amostra, inicialmente, deve-se determinar se a

população a ser estudada é finita ou infinita em relação à quantidade de indivíduos com as

características de interesse. No caso, os registros da Unidade Básica de Saúde da Pedreira

informam que há 936 mulheres cadastradas no programa HIPERDIA, das quais 330

apresentam as características de interesse, hipertensas, na faixa etária de 35 a 60 anos,

correspondendo a 35,26% do total. Como a proporção de indivíduos que pertence à categoria

que se está interessado em estudar é maior do que 5% da população, diz-se que a população é

finita.

Considerando que o nível de mensuração de uma das variáveis de interesse,

nomeadamente a variável que classifica os indivíduos em hipertensos e saudáveis, é nominal,

e que utilizou-se, entre outras, a estatística qui-quadrado, optou-se pela fórmula para

proporções se a fórmula para tamanho da ótimo amostra (n0), com fator de correção para

populações finitas, sugerida por Levine et al. (2005) e Fávero et al. (2009).

222/

22/

0 )1()(

)(

eNZpq

ZNpqn

−+=

α

α

onde n0 é o tamanho da amostra; N é o tamanho da população; Z é uma variável normal

padronizada correspondente ao grau de confiança desejado; e é o erro de amostragem, que

corresponde á margem de erro máximo de estimativa, identificando a diferença entre a

proporção amostral e a verdadeira proporção; p é a proporção de indivíduos que pertence a

categoria que estamos interessados em estudar, q é a proporção populacional de indivíduos

que não pertencem à categoria que estamos interessados em estudar (q = 1-p).

Nesta investigação, N = 936; Z a 5% de confiança é Z0,05/2 = 1,96; e escolhido foi

de 10%, p = 0,3526, q = 0,6474 ( = 1-0,3526), de forma que o tamanho da amostra (n0) é de

81 indivíduos, apesar de que o resultado da fórmula foi 80,25, mas o arrendamento foi para

cima de maneira a supersatisfazer o tamanho mínimo da amostra, conforme recomendam os

autores. Ressalta-se que foram analisados 100 indivíduos hipertensos, ou seja, um número

superior ao mínimo necessário, (n0) = 81 indivíduos.

Page 42: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

41

No intuito de analisar os indicadores de saúde de mulheres Hipertensas, foram

coletados dados de dois grupos: um grupo de 100 mulheres hipertensas e um grupo de 100

mulheres saudáveis, totalizando 200 indivíduos, no período de Fevereiro a Abril de 2010, na

Unidade Básica de Saúde da Pedreira.

Os dados da pesquisa foram inseridos em planilha eletrônica para armazenamento

digital, sendo os cálculos estatísticos realizados no programa computacional R versão 2.11.0.

O R pode ser definido como um sistema de análise estatística, matemática e gráfica (R

DEVELOPMENT CORE TEAM, 2010), é distribuído gratuitamente, sob os termos da GNU

General Public License, no sítio http://www.r-project.org/, cujo desenvolvimento e

distribuição são conduzidos por muitos estatísticos e colaboradores conhecidos como R

Development Core Team (Time de desenvolvimento de R).

A análise estatística iniciou com a descrição do grau de escolaridade e dos hábitos

relacionados com o estado de saúde dos dois grupos (tabagismos, consumo de álcool e

atividade física) por meio de tabelas de freqüências e gráficos de colunas.

As variáveis de interesse foram então classificadas de acordo com seu nível de

mensuração, por ser uma característica determinante para a definição de seu tratamento

estatístico. As variáveis estudadas, nesta monografia, foram classificadas em dois níveis de

mensuração1: o nominal e o intervalar. O nível de mensuração nominal é aquele que dispõe os

casos em categorias, tais como sexo ou cidade de origem. Já o nível de mensuração intervalar

indica a ordenação e a distância entre as categorias (SIEGEL, 1975; LEVIN e FOX, 2004).

Das variáveis de interesse, somente uma é nominal, a variável que classifica as mulheres

estudadas em duas categorias: as hipertensas e as saudáveis. As demais variáveis possuem

nível de mensuração intervalar; quais sejam: Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência

da Cintura (CC) e Circunferência do Pescoço (CP).

Para se testar a associação entre o IMC, CC e a CP e as duas categorias de mulheres,

utilizou-se a estatística qui-quadrado (χ2) com a correção de Yates. Segundo Levin e Fox

(2004),

( )∑

−−=

e

eo

f

ff2

2 5,0χ

1 Há ainda o nível de mensuração ordinal que é o que proporciona informação sobre a ordenação da categoria (por exemplo, primeiro, segundo, terceiro...), mas não há, neste estudo, variáveis que se classifiquem nesse nível de mensuração.

Page 43: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

42

onde fo é a freqüência observada em qualquer sela e fe é a freqüência esperada em qualquer

sela. A correção de Yates é recomendada por Levin e Fox (2004) para as situações em que há

menos do que 10 observações por sela. Os graus de liberdade são dados por gl=(r-1)(c-1),

onde r é o número de linhas da tabela cruzada e c, o número de colunas.

Calcularam-se as estatísticas descritivas dos indicadores com nível de mensuração

intervalar dos dois grupos estudados, mediana, média, desvio-padrão, e com a geração de

gráficos das suas distribuições amostrais de modo a possibilitar o seu exame visual. A seguir,

para verificar a existência de diferenças entre os indicadores dos dois grupos de mulheres

estudados, efetuou-se um dos seguintes testes de médias: a o Teste t ou Teste de Wilcoxon

(Mann-Whitney) para médias de duas amostras não relacionadas.

O teste t é utilizado para verificar se a diferença observada entre as médias de

indicadores (IMC, CC e CP) obtidas nas amostras é considerada grande o suficiente para ser

significativa. A estatística de teste (t) é, conforme explicam Levin e Fox (2004), calculada por

meio da seguinte equação:

2

22

1

21

21

n

s

n

s

xxt

xx +

−=

onde 1x e 2x são as médias dos dois grupos estudados, s2x1 e s2

x2 são as variâncias amostrais,

e n1 e n2 representam o número de observações em cada grupo.

Contudo, para que o teste t seja confiável, como advertem Levin e Fox (2004), é

necessário que as amostras sejam independentes, sejam normalmente distribuídas e que suas

variâncias sejam iguais.

Para testar a normalidade das distribuições dos indicadores de cada grupo,

utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk (W). O Shapiro-Wilk é um dos testes mais poderosos de

normalidade, especialmente para pequenas amostras. Segundo Fávero et al. (2009), W é

calculado por meio da seguinte equação:

=

=

=n

i

n

iii

xx

x

W

1

21

2

1)(

)(

α (Nº)

Page 44: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

43

onde x(i) são os valores da amostra ordenados e αi são constantes obtidas a partir das médias,

variâncias e covariâncias das estatísticas ordinais de uma amostra de dimensão n de uma

população normal.

Para testar a homogeneidade de variâncias das amostras, utilizou-se o teste de

Levene (L) que testa a hipótese nula de que as variâncias das amostras são iguais. Fávero et

al. (2009) explicam que estatística L é dada por

( )( )

( )

( )∑∑

= =

=

−×

−−=

k

i

n

jiij

k

iii

i

ZZ

ZZn

k

kNL

1 1

2

1

2

1

em que ni é a dimensão de cada uma das k amostras e N, a dimensão da amostra total. A

variável Z é definida como Zij = |Xij – Xi| (i = 1, ..., k e j = 1, ..., ni), em que Xij é a

observação j da amostra i e Xi é a média da amostra i.

O teste de Mann-Whitney, também denominado Mann-Whitney-Wilcoxon, é a

alternativa não-paramétrica utilizada em substituição ao teste t para comparar dois grupos

quando os mesmos não são normalmente distribuídos ou não apresentam variâncias iguais, ou

ainda quando a mensuração atingida é inferior à intervalar (SIEGEL, 1975). Segundo Siegel

(1975) e Fávero et al. (2009), para amostras maiores do que 20 observações, o teste envolve

procedimento a seguir:

i. Determinar os valores de n1, que representa o número de observações do

menor grupo, e n2, que representa o número de observações do maior

grupo.

ii. Dispor os dados dos dois grupos em ordem crescente, atribuindo o posto 1

ao escore com que for menor algebricamente e assim sucessivamente até

N= n1 + n2. No caso de observações empatadas, atribuir à média dos

postos correspondentes.

iii. Calcular R1 = soma dos postos do grupo 1 e R2 = soma dos postos do

grupo 2.

iv. Calcular o U de Mann-Whitney a partir de U1 e U2:

1 11 1 2 1

( 1)

2

n nU n n R

+= + −

ou

Page 45: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

44

2 22 1 2 2

( 1)

2

n nU n n R

+= + −

onde

v. Escolher o menor valor entre U1 e U2: para ser utilizado no cálculo de z,

isto é, 1 2min( , )U U U= .

vi. Calcular o valor de z, uma vez que n2 >20, por meio da seguinte equação:

1 2

31 2

2

( 1) 12

n nU

zn n N N

TN N

−=

− − − ∑

onde T∑ é o fator de correção quando há postos empatados, em que T é

calculado como segue:

3

12

t tT

−=

vii. Se a probabilidade para z for menor do que o nível de significância

escolhido, rejeita-se a hipótese nula de que não há diferenças entra as

distribuições das amostras:

Os valores reportados nos resultados dos testes estatísticos são os seus respectivos

valores-p. Os valores-p podem ser definidos como “o nível de significância, que representa o

menor nível a partir do qual H0 pode ser rejeitada para um determinado conjunto de dados”

(LEVINE et. al., 2005, p.317). Se o valor-p for maior ou igual ao nível de significância (α), a

hipótese nula não é rejeitada. Se o valor-p for menor do que α, a hipótese nula é rejeitada

(LEVINE et. al., 2005, p.317; LEVIN e FOX, 2004, p. 234). O α adotado nesta pesquisa foi

de 5%.

Page 46: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

45

6-RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram examinados dois grupos de indivíduos do sexo feminino, no período de

Fevereiro a Abril de 2010, na Unidade Básica de Saúde da Pedreira, sendo dividido entre 100

indivíduos com hipertensão e 100 indivíduos saudáveis, totalizando 200.

Inicialmente, verificou-se a existência de associação entre a classificação de mulheres

hipertensas e saudáveis e os seus Índices de Massa Corporal (IMC). A tabela 3 de distribuição

divide as observações em quatro intervalos que contêm 25% das observações de IMC total.

Constata-se que, no primeiro intervalo, com menores índices (IMC acima de 18,3 até 24,4), a

freqüência de mulheres hipertensas é menor do que as saudáveis. Por outro lado, no quarto

intervalo, com maiores índices (IMC acima de 32,2 até 49,8), a freqüência de mulheres

hipertensas é maior do que as saudáveis. Aliás, o maior IMC observado foi de uma mulher

hipertensa (49,8) e o menor, de uma mulher saudável (18,30).

Tabela 3 – Distribuição dos Índices de Massa Corporal (IMC) do grupo de

mulheres hipertensas e mulheres saudáveis.

Intervalo Hipertensas Saudáveis Total 18,3 |―24,4 5

(25)

45 (25)

50

24,4 |―27,5 18 (25)

32 (25)

50

27,5 |―32,2 32 (25)

18 (25)

50

32,2 |―49,8 45 (25)

5 (25)

50

Total 100 100 N =200 Nota: Os valores entre parênteses são as freqüências esperadas sob a hipótese de não existência de

associação entre as variáveis.

Fonte: Dados da Pesquisa.

A figura 10 exibe que, na medida em que os intervalos de IMC vão subido, maior é a

freqüência observada de mulheres hipertensas e menor é a freqüência de mulheres saudáveis,

sugerindo a existência de associação entre hipertensão e IMC.

Testou-se formalmente a existência de associação entre hipertensão e IMC por

meio do teste qui-quadrado com correção de Yates. O valor calculado foi χ2 = 71,8400 é

Page 47: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

46

altamente significante (valor p <1%), indicando que há uma associação significativa entre

nível de IMC e a hipertensão.

Figura 10 – Distribuição do IMC de mulheres hipertensas e saudáveis

Fonte: Dados da Pesquisa

Tabela 4- Estatísticas dos Índices de Massa Corporal (IMC) dos grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Estatísticas Hipertensas Saudáveis

Média 31,92 25,17

Desvio-Padrão 5,65 3,68

Mediana 31,18 24,90

Mínimo 20,37 18,30

Máximo 49,80 34,88 Shapiro-Wilk (W) 0,9684*

(0,0168) 0,9766

(0,0724)

Levene (L) 13,9550* (0,0002)

Mann-Whitney 8457,5* (0,0000)

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota: (*) Indica valores significantes.

Na segunda etapa de investigação, focou-se as estatísticas de IMC estimadas dos

dois grupos. As estatísticas dos IMC dos grupos de mulheres hipertensas e das mulheres

Page 48: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

47

Hipertensas Saudáveis

20

2530

354

045

50

Grupos

IMC

saudáveis são apresentadas na tabela 4. O grupo de mulheres hipertensas apresentou média

(31,92) e mediana (31,18) de IMC, maiores do que das mulheres saudáveis (25,17 e 24,90,

respectivamente), sugerindo novamente que, na amostra, mulheres hipertensas tendem a ter

IMC mais elevados do que as mulheres saudáveis.

A figura 11 exibe com maior clareza distribuições de IMC dos grupos examinados. O

exame do gráfico permite observar que o limite superior da caixa de distribuição das mulheres

saudáveis, que corresponde a 75% das observações desse grupo, está abaixo do limite inferior

da caixa das mulheres com hipertensão, que representa 25%, de seus IMC. Isso significa que

menos do que 25% das mulheres hipertensas obtiveram IMC nos intervalos tão baixos quanto

75% das mulheres saudáveis. Observa-se ainda que as hipertensas apresentaram os maiores

IMC, sugerindo a existência de diferenças entre IMC dos grupos.

Figura 11: Distribuição de IMC

Fonte: Dados da Pesquisa

A fim de verificar formalmente se as distribuições de IMC apresentam diferenças,

realizou-se o teste de Mann-Whitney para médias de duas amostras independentes, uma vez

que o teste de Shapiro-Wilk (W) indica que a amostra de mulheres hipertensas não é

normalmente distribuída e que teste de Levene (L) indica as suas variâncias não são

semelhantes. A estatística de teste de Mann-Whitney (=8457,5) é estatisticamente significante

a 5%. Portanto, pode-se afirmar que há diferenças entre os grupos no tocante ao IMC e,

conseqüentemente, mulheres com hipertensão têm IMC maiores do que mulheres saudáveis.

Page 49: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

48

Os resultados alcançados, no tocante ao IMC, são similares aos obtidos por Souza et

al. (2003), no qual, analisaram um grupo de indivíduos hipertensos e indivíduos normotensos,

onde teve como resultado a prevalência de maiores índices de massa corporal no grupo de

hipertensos, o que se confirma os resultados de nosso estudos, uma vez que as mulheres

hipertensas apresentaram um maior número de IMC.

Uma pesquisa realizada por Carneiro et al. (2003) mostrou que indivíduos entre 30 e

65 anos com IMC elevado possui maior chance de serem hipertensos em relação as pessoas

sem sobrepeso.

Já para Cercato et al. (2000) encontraram uma significativa relação entre o aumento

do IMC associado a HAS em uma população do sexo feminino com faixa etária 25 a 60 anos.

Outro estudo teve uma associação positiva e linear (p<0,001) entre o IMC e a HAS,

sendo esses resultados evidenciados tanto em estudos prospectivos quanto nos transversais,

confirmando o excesso de tecido adiposo associado ao desenvolvimento de HAS

(BARBOSA, SCALA, FERREIRA, 2009). Tal fato interessante pode ser confirmado

conforme nossos resultados da pesquisa, segundo a figura 10.

Por outro lado, para alguns estudos epidemiológicos, o IMC é um fator independente

para a HAS (RABKIN et al, 2007). Isso entra em contradição com os resultados da nossa

pesquisa.

A existência de associação entre a classificação de mulheres hipertensas e saudáveis e

seus Índices de Circunferência da cintura (CC) é demonstrada através da tabela 5 de

distribuição, onde divide as observações em quatro intervalos que contêm 25% das

observações de CC totais. Constata-se que, no primeiro intervalo, com menores índices (CC

acima de 52cm até 85,8cm), a freqüência de mulheres hipertensas é menor do que as

saudáveis. Por outro lado, no quarto intervalo, com maiores índices (CC acima de 103 cm até

128 cm), a freqüência de mulheres hipertensas é maior do que as saudáveis. Aliás, a maior CC

observado foi de uma mulher hipertensa (128 cm) e a menor, de uma mulher saudável

(87,27cm).

Page 50: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

49

Tabela 5 – Distribuição das medidas de Circunferência da Cintura (CC) dos

grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Classificação Hipertensas Saudáveis Total 52|―85,8 9

(25)

41 (25)

50

85,8|―95 18 (26)

35 (26)

53

95|―103 30 (24)

17 (24)

47

103|―128 43 (25)

7 (25)

50

Total 100 100 N = 200 Nota: Os valores entre parênteses são as freqüências esperadas sob a hipótese de não existência de

associação entre as variáveis.

Fonte: Dados da Pesquisa

A figura 12 exibe que, na medida em que os intervalos de CC vão subido, maior é

a freqüência observada de mulheres hipertensas e menor é a freqüência de mulheres

saudáveis, sugerido a existência de associação entre hipertensão e CC.

Figura 12: Distribuição da Circunferência da Cintura de mulheres Hipertensas e saudáveis.

Fonte: dados da pesquisa

Testou-se formalmente a existência associação entre hipertensão e CC por meio

do teste qui-quadrado com correção de Yates. O valor calculado foi χ2 = 55,4486 é altamente

significante (valor p <1%), indicando que há uma associação significativa entre nível de CC e

a hipertensão.

Page 51: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

50

Na segunda etapa de investigação, focou-se nas estatísticas de CC estimadas pelos

dois grupos. As estatísticas da CC do grupo de mulheres hipertensas e de mulheres saudáveis

são apresentadas na tabela 6. O grupo de mulheres hipertensas apresentou média (101,20 cm)

e mediana (101,70cm) de CC maiores do que das mulheres saudáveis (87,27cm e 89,00cm,

respectivamente), sugerindo novamente que, nas amostras, mulheres hipertensas tendem a ter

CC mais elevados do que as mulheres saudáveis.

Tabela 6- Estatísticas dos Índices de Circunferência da cintura (CC) dos grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Estatísticas Hipertensas Saudáveis Média 101,20 87,27 Desvio-Padrão 10,81 11,63 Mediana 101,70 89,00 Mínimo 77,00 52,00 Máximo 128,00 110,00 Shapiro-Wilk (W) 0,9918

(0,8078) 0,9790 (0,1120)

Levene (L) 0,4960

(0,4821)

Teste t 9,9661*

(0,0000)

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota: (*) Indica valores significantes.

A figura 13 exibe as distribuições de CC dos grupos examinados. As hipertensas

tendem a apresentar CC maiores do que as mulheres saudáveis. A fim de verificar

formalmente se as distribuições de CC apresentam diferenças, realizou-se o teste de t para

médias de duas amostras independentes, uma vez que o teste de Shapiro-Wilk (W) indica que

as amostras dos grupos de mulheres são normalmente distribuídas e que teste de Levene (L)

indica as suas variâncias são semelhantes. A estatística t (=9,9661) é altamente significante a

(valor p <1%). Portanto, pode-se afirmar que há diferenças entre as médias dos grupos no

tocante a CC e, conseqüentemente, mulheres com hipertensão têm CC maiores do que

mulheres saudáveis.

Page 52: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

51

Hipertensas Saudáveis

6080

100

120

Grupos

CC

Figura 13: Distribuição de Circunferência da Cintura

Fonte: Pesquisa de Campo

Para Barbosa et al, 2009, verificou que a circunferência da cintura manteve-se

associado a 2,4 vezes maior em indivíduos que apresentaram níveis elevados de pressão

arterial quando comparados a valores de circunferência normais e individuo saudáveis. Sendo

estes valores comprovados segundo a figura 12 em nossos estudos.

O excesso de tecido adiposo é um dos principais fatores de risco para o

desenvolvimento da hipertensão arterial, sendo confirmado em estudos transversais aplicados

em diversas populações. Sendo este observado em nosso estudo através da tabela 5, no qual,

demonstra que conforme a CC aumenta, o número de mulheres hipertensas cresce (PEREIRA,

SICHIERI, MARTINS, 2000).

Para Peixoto et al (2006), ao realizarem uma pesquisa sobre a circunferência da

cintura, eles obtiveram como conclusão, que a mesma é um fator que classifica a presença ou

ausência de hipertensão, sendo esta capacidade com tendência maior no sexo feminino.

Segundo estudos realizados por Lima et al. (2003), a CC analisada em mulheres

mostrou-se com prevalência de 75%, o que ocasiona um elevado risco para o

desenvolvimento de DCV, tal fato interessante pode ser confirmado nesse estudo, que

indivíduos do sexo feminino apresentam maiores valores de CC.

Souza et al (2003), em uma pesquisa sobre risco cardiovascular, levando em

consideração o IMC e CC, mostraram que 50% da amostra, apresentavam elevado risco

cardiovascular, tal resultado, afirma que a obesidade, principalmente a abdominal, aumenta as

chances de complicações de DCV.

Page 53: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

52

Por outro lado um estudo realizado por Barbosa et al. (2009), afirmam que a CC não

tem associação com o desenvolvimento da HAS, apenas o IMC tem correlação (RP=

1,05;ρ=0,001. O que entra em contradição com os resultados da nossa pesquisa.

Finalmente, verificou-se a existência de associação entre a classificação de mulheres

hipertensas e saudáveis e a Circunferência do pescoço (CP). A tabela 7 mostra a distribuição e

divide as observações em quatro intervalos que contêm 25% das observações de CP totais.

Constata-se que, no primeiro intervalo, com menores índices (CP acima de 31 cm até 35 cm),

a freqüência de mulheres hipertensas (3) é menor do que as saudáveis (58). Por outro lado, no

quarto intervalo, com maiores índices (CP acima de 38,3 cm até 54 cm), a freqüência de

mulheres hipertensas (41) é maior do que as saudáveis (2). Aliás, a maior CP observado foi de

uma mulher hipertensa (54 cm) e a menor, de uma mulher saudável (35,03 cm).

Tabela 7 – Distribuição das medidas de Circunferência do pescoço (CP) dos grupos

de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Classificação Hipertensas Saudáveis Total 31|―35 3

(30,5)

58 (30,5)

61

35|―36.4 22 (20,5)

19 (20,5)

41

36.4|―38.3 34 (27)

20 (27)

54

38.3|―54 41 (22)

3 (22)

44

Total 100 100 N = 200 Nota: Os valores entre parênteses são as freqüências esperadas sob a hipótese de não existência de

associação entre as variáveis.

Fonte: Dados da Pesquisa.

O figura 14 exibe que, na medida em que os intervalos de CP vão subido, maior é

a freqüência observada de mulheres hipertensas e menor é a freqüência de mulheres

saudáveis, sugerido a existência de associação entre hipertensão e CP.

Page 54: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

53

Figura 14: Distribuição da Circunferência do pescoço de mulheres Hipertensas e saudáveis.

Fonte: dados da pesquisa

Focou-se, então, as estatísticas de CP estimadas dos dois grupos. As estatísticas

dos CP dos grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis são apresentadas na

tabela 8. O grupo de mulheres hipertensas apresentou média (38,82 cm) e mediana (38,10 cm)

de CP maiores do que das mulheres saudáveis (35,03 cm e 35,00 cm, respectivamente),

sugerindo que, na amostra, mulheres hipertensas tendem a ter CP mais elevados do que as

mulheres saudáveis.

Tabela 8- Estatísticas das medidas de Circunferência do pescoço (CP) dos grupos

de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Estatísticas Hipertensas Saudáveis Média 38,82 35,03 Desvio-Padrão 3,26 1,97 Mediana 38,10 35,00 Mínimo 34,00 31,00 Máximo 54,00 40,00 Shapiro-Wilk (W) 0,8559*

(0,0000) 0,9810 (0,1583)

Levene (L) 6,2003* (0,0136)

Wilcoxon 8807,0* (0,0000)

Fonte: Dados da pesquisa.

O figura 15 exibe as distribuições de CP dos grupos examinados. As hipertensas tendem

a apresentar CP maiores do que as mulheres saudáveis. Observa-se ainda que as hipertensas

apresentaram as maiores CP, sugerindo a existência de diferenças entre CP dos grupos. A fim

de verificar formalmente se as distribuições de CP apresentam diferenças, realizou-se o teste

de Mann-Whitney para médias de duas amostras independentes, uma vez que o teste de

Page 55: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

54

Hipertensas Saudáveis

3540

4550

Grupos

CP

Shapiro-Wilk (W) indica que a amostra de mulheres hipertensas não é normalmente

distribuída e que teste de Levene (L) indica as suas variâncias não são semelhantes. A

estatística de teste de Mann-Whitney (=8807,0) é estatisticamente significante (valor p<1%).

Portanto, pode-se afirmar que há diferenças entre as médias dos grupos no tocante à CP e,

conseqüentemente, mulheres com hipertensão têm CP maiores do que mulheres saudáveis.

Figura 15: Distribuição de Circunferência do Pescoço

Fonte: Dados da pesquisa

Estudos transversal, contendo 2.732 indivíduos do sexo feminino, com idade média de

57 anos, realizados por Preis et al. (2009), afirmam que a circunferência do pescoço teve

resultados significativamente associado com o desenvolvimento de todos os fatores de risco

cardiovasculares, entre eles a HAS (OR= 1.4, ρ<0,001).

Sendo comprovado através de nosso estudo, afirmando que o aumento da

Circunferência do pescoço é maior em mulheres hipertensas, sendo demonstrado na Tabela 7.

Segundo a Tabela 9 abaixo, demonstra distribuição da escolaridade, dividindo-se em 5

sub-itens, no qual se observa, que a escolaridade no nível fundamental incompleto, a

freqüência de mulheres hipertensas é maior, totalizando 36 indivíduos neste grupo, assim

como no nível médio completo, a freqüência de mulheres saudáveis é maior que hipertensas.

Por outro lado, ao analisar a freqüência a nível superior completo, o número de indivíduos

saudáveis foi superior ao grupo de hipertensas.

Page 56: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

55

Tabela 9 – Distribuição de escolaridade entre os grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Ensino Hipertensas Saudáveis Total Fund. inc. 36 23 59 Fund. com. 24 13 37 Médio inc. 7 7 14 Médio com. 30 34 64 Sup. inc. 0 7 7 Sup. Com. 3 16 19

Total 100 100 N=200 Fonte: Dados da Pesquisa.

O figura 16 mostra a distribuição de mulheres hipertensas e saudáveis em relação no

nível de escolaridade. Onde houve alta freqüência do sexo feminino hipertensas e saudáveis

presentes a nível fundamental incompleto e ensino médio completo. Por outro lado, a

freqüência de indivíduos saudáveis no nível superior completo, foi mais relevante em relação

a mulheres hipertensas.

Figura 16: Distribuição do nível de escolaridade de mulheres Hipertensas e saudáveis

Fonte: Dados da pesquisa

Segundo pesquisa realizada por Barbosa; Scala; Ferreira (2009), sobre o nível de

escolaridade houve a prevalência de hipertensos ao nível baixo de escolaridade, ou seja,

pertencentes ao ensino fundamental incompleto. Este índice tem sido associado com um forte

fator ao desenvolvimento de HAS, com razões de prevalência entre 1,4 a 7,3 nas comparações

em relação com o nível superior.

Page 57: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

56

Já para Freitas et al (2001), mostrou a associação do grupo de hipertensos com menor

nível de escolaridade (49,5%). Sendo estes resultados, confirmados através de nosso estudo,

segundo a figura 16, onde houve a predominância do grupo mulheres hipertensas com baixa

escolaridade.

Segundo Jardim et al (2007), realizou um estudo transversal, com indivíduos

hipertensos com idade entre 30 a 65 anos, o resultados obtidos foram a associação inversa da

escolaridade com a HAS, ou seja, 37,5% relataram terem concluído o ensino superior e 28%

estarem a nível fundamental incompleto. Este resultado é contraditório em relação ao estudo

atual, pois segundo a tabela 9, 36 mulheres hipertensas 23 saudáveis estavam presentes a nível

fundamental incompleto e apenas 3 do grupo de hipertensas enquadravam-se no grupo de

nível superior, o que conclui-se que, conforme, o nível de escolaridade eleva-se, diminui a

freqüência do grupo de mulheres hipertensas e saudáveis.

A tabela 10 abaixo, demonstra distribuição do Tabagismo, dividindo-se em 5 sub-itens,

no qual se observa, que mulheres saudáveis (73) e hipertensas (61) relataram que nunca

fumaram. A freqüência de mulheres hipertensa ex-fumante ficou em torno de (29), superando

o total de ex-fumante saudáveis. E conforme, o aumento do consumo do tabaco, verificou-se

a diminuição da freqüência tanto de mulheres hipertensas, quanto as saudáveis.

Tabela 10 – Distribuição do tabagismo entre os grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Consumo Hipertensas Saudáveis Total Nunca 61 73 134 Ex-fumante 29 25 54 menos de 10 8 1 9 de 10 a 20 1 1 2 de 21 a 30 1 0 1 Total 100 100 N=200

Fonte: Dados da Pesquisa.

A figura 17 abaixo exibe a distribuição de mulheres hipertensas e saudáveis em relação

ao tabagismo. Tendo predominância do grupo de hipertensas e saudáveis ao nível de que

nunca fumaram. Também houve prevalência dos dois grupos caracterizados como ex-

fumante. Por fim, a medida que houvesse a elevação do consumo do tabaco, observou-se a

redução da freqüência de ambos grupos.

Page 58: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

57

Figura 17: Distribuição do tabagismo de mulheres Hipertensas e saudáveis

Fonte: Dados da pesquisa

A análise de um estudo na universidade realizado por Chaieb e Castellarin (2008),

com 258 indivíduos, obtiveram como resultado, a prevalência de 40% de ex-fumante no sexo

feminino, sendo estas hipertensas. Este fato é ratificado em nossos estudos, segundo a figura

17, onde houve a prevalência de hipertensas caracterizadas como ex-fumantes.

Uma pesquisa transversal efetuada por Primo e Stein (2004), na cidade do Rio Grande

do Sul, com indivíduos de 25 a 65 anos, do sexo feminino, evidenciou-se como resultado que

76% das mulheres eram hipertensas e nunca fizeram o consumo do tabaco, e 26% das

hipertensas eram ex-fumante.

Porém, um estudo realizado por Rosário et al (2009), em relação ao tabagismo,

observou-se a relação entre a prevalência dos hipertensos no grupo de ex-fumantes (38,2%)

em relação ao que são fumantes com mais de 10 cigarros ao dia. Os resultados alcançados

dessa pesquisa são similares aos encontrados por este estudo, em relação ao tocante sobre

tabagismo.

Já para Borges, Cruz e Moura (2008), a associação do tabagismo com a HAS, foi de

forma indireta, no qual teve como resultado a prevalência do número de hipertensos ex-

fumante em relação aos que nunca fumaram. Esses resultados são contraditórios em nossa

pesquisa, pois a prevalência foi de mulheres de hipertensas e saudáveis no grupo de não

fumantes.

Segundo a tabela 11 abaixo, demonstra a distribuição do consumo de álcool, dividindo-

se em 5 sub-itens, no qual se observa a freqüência de mulheres hipertensas e saudáveis como

não consumidoras de bebida alcoólica, totalizando 66 hipertensas e 62 saudáveis, assim como,

houve a predominância dos dois grupos sendo consumidoras de 1 a 3 doses ao mês,

Page 59: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

58

totalizando 29 hipertensas e 23 saudáveis. Por outro lado, observa-se que conforme há o

aumento do consumo do álcool, menor é a freqüência tanto de mulheres hipertensas e

saudáveis neste item.

Tabela 11 – Distribuição de consumo de álcool entre os grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Consumo Hipertensas Saudáveis Total Nunca 66 62 128 De 1 a 3 mês 29 23 52 De 1 a 3 sem. 1 11 12 De 4 a 7 sem. 3 1 4 De 8 a 13 sem. 1 3 4 Total 100 100 N=200

Fonte: Dados da Pesquisa.

O figura 18 mostra a distribuição de mulheres hipertensas e saudáveis em relação ao

consumo do álcool. No qual, houve alta freqüência do sexo feminino hipertensas e saudáveis

relatando nunca terem ingerido bebida alcoólica, e conforme, houve o aumento do consumo

de bebida alcoólica, presencio-se a diminuição da freqüência dos grupos.

O que se tem por conclusão, a não relação do consumo de álcool com o

desenvolvimento de HAS.

Figura 18: Distribuição do consumo de álcool entre mulheres Hipertensas e saudáveis

Fonte: Dados da pesquisa

Page 60: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

59

Pesquisa realizada por Rosário et al (2009), através de estudo transversal, em Nobres,

município de Mato Grosso, tendo valor estimado da amostra em 1.003 indivíduos, avaliou o

consumo de álcool, no qual a prevalência de hipertensos do sexo feminino no grupo dos que

não fazem o uso de bebida alcoólica chegou a (35,8% ρ <0,001). Este achado é comprovado

em nosso estudo, sendo demonstrado na figura 18, no qual, observa-se um número alto do

grupo de mulheres hipertensas não consumidoras de bebida alcoólica.

Pesquisa realizada Inácio e Machado (2005), através de estudo transversal, teve com

resultado que dos 31 indivíduos do sexo feminino analisados, 96,77% admitiram não serem

etilista, tais resultados alcançados são similares ao tocante alcoolismo em nosso estudo, no

qual 62 mulheres saudáveis relataram nunca terem ingerido bebida alcoólica, segundo a tabela

11.

Em Catanduva, Freitas et al (2001), obtiveram como resultado alto índice do consumo

álcool nos hipertensos de 44,8%. Este achado é controvérsio sob o ponto de vista analisado

em nosso estudo, haja vista que, o consumo de 1 a 3 doses ao mês, teve a freqüência

moderada de grupo de hipertensas.

Segundo a tabela 12 abaixo, demonstra a distribuição da atividade física, dividindo-se

em 5 sub-itens, no qual se observa a freqüência de mulheres hipertensas e saudáveis como

não praticantes de atividade física, totalizando 71 hipertensas e 68 saudáveis, assim como,

também houve a predominância dos dois grupos sendo praticantes de exercício, totalizando 20

hipertensas e 10 saudáveis. Por outro lado, observa-se que conforme há o aumento do padrão

de atividade física, menor é a freqüência tanto de mulheres hipertensas e saudáveis neste item.

Tabela 12 – Distribuição do padrão de atividade física entre os grupos de mulheres hipertensas e das mulheres saudáveis.

Atividade física Hipertensas Saudáveis Total Inatividade 71 68 139 APSPE 20 10 30 APSL 8 19 27 APEL 1 2 3 APEM 0 1 1

Total 100 100 N=200 Fonte: Dados da Pesquisa.

A figura 19 mostra a distribuição de padrões de atividade física entre mulheres

hipertensas e saudáveis. No qual, houve alta freqüência do sexo feminino hipertensas e

saudáveis relatando a inatividade física. E conforme, houve o aumento da intensidade da

Page 61: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

60

prática de atividade física, verificou-se a diminuição da freqüência dos dois grupos de

mulheres.

Figura 19: Distribuição do padrão de atividade física entre mulheres Hipertensas e saudáveis

Fonte: Dados da pesquisa

Observou-se que a inatividade física, caracterizando o sedentarismo, foi o fator

prevalente encontrado nos dois grupos, com leve predominância nas mulheres hipertensas.

Um estudo realizado por Souza (2003), constatou que indivíduos que negavam prática regular

de atividade física, com freqüência maior ou igual a 2 vezes semanais com duração mínima de

30 minutos, foram considerados sedentários. De acordo com Gomes et al (2006), outros

autores também encontraram altos índices de sedentarismo, variando de 47% a 63% da

população.

Para Maia et al (2007) estudos epidemiológicos mostraram que indivíduos sedentários

têm 60 % a 70% de risco a desenvolver hipertensão arterial sistêmica em relação aos

indivíduos praticantes de atividade física, esta informação pode ser confirmada em nosso

estudo, onde as mulheres hipertensas relataram não serem praticantes de atividade física.

Um estudo realizado por Gomes et al (2006), sobre a prática de atividade física,

aplicado com 364 indivíduos do sexo feminino, apenas 103 relataram que realizavam a prática

de atividade física, correspondendo a 20,31% em relação a amostra total. Tal fato confirma-se

no estudo atual, segundo tabela 12, observando que apenas 20 mulheres hipertensas praticam

atividade.

Page 62: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

61

Em outro estudo, Nahas (2000) avaliou funcionário de uma universidade no Brasil, no

qual obteve com resultado que 61,4% das mulheres com diagnóstico de hipertensão

apresentavam altos valores de inatividade física e apenas 35% relatam a prática da atividade

física.

Page 63: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

62

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo, concluímos que os dados obtidos apresentam alta prevalência dos

fatores de risco cardiovascular em mulheres hipertensas. Os resultados da pesquisa estão em

linha com as pesquisas relatadas na literatura especializada.

Ressalta-se aqui a associação significativa entre a hipertensão arterial sistêmica com o

índice de massa corporal, circunferência da cintura e circunferência do pescoço.

Baseado nos resultados deste trabalho, o grupo de mulheres hipertensas, obtiveram

maiores IMC, circunferência da cintura, circunferência do pescoço, segundo esses dados,

mulheres hipertensas tendem a desenvolver maiores riscos cardiovasculares em relação a

mulheres saudáveis.

Diante disso, faz-se necessário a continuidade deste estudo, levando-se em

consideração a ampliação da amostra, referente ao número de indivíduos, sobre a necessidade

de se avaliar a presença da hipertensão arterial e também de outros fatores de risco associado

a doença cardiovascular.

Page 64: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

63

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Page 71: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

70

APÊNDICE A

Page 72: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

71

APÊNDICE B

Page 73: Analise Fatores Risco Cardiovascular Hipertensao

72

APÊNDICE C

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Análise dos fatores de risco cardiovascular na hipertensão arterial sistêmica.

Este termo de consentimento tem a finalidade de pedir sua autorização para participar

de uma pesquisa que será realizada na Unidade Básica de Saúde Da Pedreira S/n, localizada

na Avenida Pedro Miranda esquina com a Travessa Maurití na cidade de Belém-Pa.

Este estudo tem o objetivo de analisar a circunferência do pescoço e sua correlação

com fatores de risco cardiovascular. Para isso será necessário fazer uma serie de perguntas

sobre você que incluem: Nome, idade, sexo, ocupação, se realiza atividade física, historia de

doença cardiovascular em sua família, utilização de bebida alcoólica, hábito de fumar. Serão

medidas a pressão arterial, peso, altura, a medida da sua cintura e quadril e a circunferência do

pescoço.

Caso você queira participar deste estudo você precisa autorizar sua participação

assinando este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este estudo não trará nenhum

risco a sua saúde, assim como qualquer ônus.

Não estão previstas despesas, por isso não haverá reembolso.

Os resultados deste estudo podem, no futuro, nos ajudar a entender quais são os fatores

que aumentam as chances das pessoas terem o Risco Cardiovascular e assim ajudar a prevenir

que esta doença aconteça.

Sua participação é voluntaria. Você não tem qualquer obrigação de participar desta

pesquisa e, se você não quiser mais participar dela, poderá retirar-se do estudo a qualquer

momento, e não há obrigatoriedade de responder as perguntas do questionário. Todas as

informações serão mantidas em confidencialidade e se houver interesse a pessoa que

participar da pesquisa poderá tomar conhecimento dos resultados ao final da pesquisa.

Os dados obtidos deste estudo serão armazenados em um banco de dados onde será

mantido total sigilo, o seu nome não aparecerá em nenhuma publicação e os dados serão

utilizados apenas pelos pesquisadores desta pesquisa, podendo ser utilizados em publicações

para fins científicos.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da

Amazônia (UNAMA), cuja função é de avaliar e aprovar os estudos envolvendo seres

humanos.

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73

Por favor, sinta-se á vontade para discutir qualquer aspecto referente a esta pesquisa

com as pesquisadoras, Acadêmicas Analu Chavaglia 8113-7904, Carolline Silva 8175-9966 e

a Fisioterapeuta Paulo Ávila (responsável pela pesquisa) 8127-9498.

Li e compreendi este termo de consentimento e todas as minhas duvidas foram

sanadas. Recebi explicações sobre o objetivo da pesquisa, os procedimentos do estudo a que

serei submetido e os possíveis riscos e desconfortos e os benefícios que posso apresentar.

Estou ciente que receberei os resultados desta pesquisa. Portanto, aceito participar

voluntariamente desta pesquisa, sabendo que as informações aqui colhidas serão guardadas e

usadas no futuro para pesquisa em doenças cardiovasculares, deste que aprovadas pelo CEP

institucional.

Assinatura do avaliado:________________________________________________

Telefone: ____________________

Data: ___/ ___/ ___

Hora: ___/ ___/ ___

Nome da investigadora: Analu Chavaglia

Endereço: Av. Roberto Camelier, 390, apto. 1604

Bairro: Jurunas; Belém-PA

Cel: 8113-7904

Nome da investigadora: Carolline Silva

Endereço: R. Diogo Móia, 1764

Bairro: Umarizal; Belém-PA

Cel: 8175-9966

Nome da orientadora e Pesquisadora Responsável: Paulo Ávila

Endereço: Av. Alcindo Cacela,

Bairro: Umarizal; Belém-PA

Tel: 4009- 3166

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74

APÊNDICE D

APÊNDICE I

FICHA DE AVALIAÇÃO DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCUL AR

NOME: _____________________________________________ IDADE:_____

SEXO: ( ) Masculino

( ) Feminino

TELEFONE: _________________________

END: __________________________________________________________

PROFISSÃO:____________________________

ESCOLARIDADE: ESTADO CIVIL:

( ) Ensino Fundamental completo ( ) Solteiro(a)

( ) Ensino Fundamental incompleto ( ) Casado(a)

( ) Ensino Médio completo ( ) Desquitado- Divorciado(a)

( ) Ensino Médio incompleto ( ) Viúvo(a)

( ) ensino superior completo

( ) Ensino superior incompleto

ANTECEDENTE MÉDICO FAMILIAR

NÃO SIM

1- Antecedente de hipertensão ( ) ( )

2- Casos de doenças cardiovasculares ( ) ( )

3- Casos de obesidade ( ) ( )

4- Casos de tabagismo ( ) ( )

5- Casos de alcoolismo ( ) ( )

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75

EXAME FÍSICO

PAS: _______ mmhg PAD:________mmhg

Peso: _____ Kg Altura:______ cm IMC:__________

Cintura: _____ cm

Circunferência do pescoço: _________ cm

ANTECEDENTES PESSOAIS

1- TABAGISMO: ( ) Nunca fumou

( ) Ex- fumante- charuto- caximbo

( ) Menos de 10 cigarros por dia

( ) 10 a 20 cigarros por dia

( ) 21 a 30 cigarros por dia

( ) acima de 30 cigarros por dia

2- ALCOOLISMO: ( ) Nunca ou menos de 1 dose ao mês

( ) 1 a 3 doses ao mês

( ) 1 a 3 doses por semana

( ) 4 a 7 doses por semana

( ) 8 a 13 doses por semana( 1 ou mais doses- dia, não chegando a 2 em média)

( ) mais de 14 doses por semana( 2 ou mais doses- dia)

3- ATIVIDADE FÍSICA: ( ) inatividade fisíca

( ) atividade profissional sedentária- pouco esportiva

( ) atividade profissional sedentária- leve

( ) atividade profissional esportiva leve

( ) atividade profissional- esportiva moderada

( ) atividade profissional esportiva intensa

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76

APÊNDICE E

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ANEXO A