Analise Multicriterio e Tomada de Decisao Exemplo de Aplicacao Na AB

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    Raquel Ferreira de Negreiros (DCAT/UFERSA RN/Brasil) - [email protected]

    Av. Francisco Mota, 572, Costa e Silva, Mossor-RN, 59625-900

    Breno Barros Telles do Carmo (DCAT/UFERSA RN/Brasil) - [email protected]

    Maria Elisabeth Pinheiro Moreira (DET/UFC CE/Brasil) - [email protected]

    Modelo multicritrio de alocao de unidades bsicas desade: uma proposio para cidade de mdio porte

    NEGREIROS, R. F.; CARM O, B. B. T.; MOREIR A, M. E. P. Modelo multicritrio de alocao de unidades bsicas de sade: uma proposio para cidade demdio porte. GEPROS. Gesto da Produo, Operaes e Sistemas, Bauru, Ano 10, n 1, jan-mar/2015, p. 13-33.

    DOI: 10.15675/gepros.v10i1.1184

    Recebido: 11/08/2014Aprovado: 06/11/2014

    Por meio das unidades de ateno bsica sade, possvel tratar as enfermidades na sua fase ini-cial. Observa-se um aumento do investimento do governo federal neste tipo de estratgia, com o

    objetivo de reduzir o fluxo de pacientes nos grandes hospitais. As UBS esto inseridas no Programa

    Sade da Famlia e so voltadas para o atendimento da populao mais carente. Por esse moti-

    vo, necessria uma alocao eficiente destes postos, no sentido de melhorar a oferta do servio

    de sade. Este tipo de deciso, entretanto, tratada de forma emprica pelos gestores municipais,

    abordando alguns aspectos que podem no retratar a necessidade ou a amplitude deste servio, ou

    serem ainda insuficientes para definir a alocao. Este artigo tem por objetivo propor um modelo

    de alocao das Unidades Bsicas de Sade, baseado na abordagem multicritrio de apoio deciso,

    tendo como estudo de caso um municpio do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. A proposta

    desenvolvida ir subsidiar o processo de alocao das novas UBS e tambm servir para avaliar as

    alocao das atuais UBSs. Os resultados obtidos priorizaram os locais que apresentaram maior

    necessidade de atendimentos mdicos.

    Postos de sade. Alocao. Abordagem Multicritrio de Apoio Deciso.

    The Basic Health Units (UBSs) are responsible for the treatment of diseases in their initial phase. It is

    possible to observe that there is an investment by the Brazilian government into this kind of strategy

    in health policies. These kinds of actions aim to reduce the number of patients being sent to hospitals,

    because the low and medium priority problems can be treated at a UBS. The UBSs are related to the

    Family Health Program (PSF) with the objective of serving the poorest population. The government

    must allocate these units ef ficiently, to improve the services and serve more people. However, this kind

    of decision is made by the empirical knowledge of municipal managers. This paper proposes a model

    to rationalize this decision process using the multiple criteria decision aid approach to allocate these

    units in a city in the west region of Rio Grande do Norte State, in Brazil. We can conclude that the

    model developed prioritizes the neighborhoods with the greatest need for healthcare, using the value

    system of the citys health department.

    Basic Health Units. Allocation. Multiple Criteria Decision Aid Approach.

    RESUMO

    Palavras-chave

    ABSTRACT

    Keywords

    Allocation of basic health units based on the multicriteria approach:a proposition for a mediumsized city

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    GEPROS. Gesto da Produo, Operaes e Sistemas, Bauru, Ano 10, n 1, jan-mar/2015, p. 13-3314

    1. INTRODUO

    A Organizao Mundial da Sade OMS define sade como um estado de completo bem-estarfsico, mental e social, e no somente ausncia de afeces e enfermidades (BRASIL, 2010).

    Os governos devem assegurar os servios de sade populao e fortalecer os sistemas de

    sade para corrigir as desigualdades e fazer valer o direito das populaes mais vulnerveis a estetipo de servio, de forma a garantir este bem-estar fsico, mental e social (HERNANDZ; SEBAS-TIAN, 2014).

    No sentido de alinhar o sistema de sade brasileiro, baseado no propsito da OrganizaoMundial de Sade - OMS, a Constituio da Repblica Federativa do Brasil atribuiu uma trans-formao no sistema de sade brasileiro, assegurando servios de sade populao por meio doSistema nico de Sade - SUS, que reuniu as trs esferas do governo (BERTOLI FILHO, 1996).Ou seja, o Art. 198 informa que, as aes e servios pblicos de sade integram uma rede regio-nalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado, de acordo com as seguintesdiretrizes: (i) descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; (ii) atendimento in-tegral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; (iii)participao da comunidade. Fortuna (2004) tambm acrescenta que,

    Unio cabem os procedimentos de alta complexidade/alto custo; aos Estados, osde alta e mdia complexidade; aos Municpios, de acordo com o seu nvel de vin-culao ao SUS, as aes bsicas e as de baixa complexidade e, segundo acordadocom os Estados, as de mdia e alta complexidade para as quais possuam recursosfinanceiros, humanos e materiais.

    No modelo original de estruturao do SUS, o Ministrio da Sade passa a ser o responsvelpela estratgia nacional, e as Secretarias de Sade dos Estados so designadas tarefa de planejar,programar, e organizar uma rede regionalizada e hierarquizada de servios, cujo funcionamentodeve acompanhar, controlar e avaliar (FINKELMAN, 2002, p. 251). Neste mesmo modelo, as Se-cretarias Municipais so protagonistas, sendo a elas incumbidas a gesto e a execuo das aese os servios pblicos de sade. Assim, constata-se o papel fundamental das Secretarias de Sade

    Municipais dentro da operacionalizao dos servios de sade para a populao brasileira.Nas Unidades Bsicas de Sade UBS so realizados os atendimentos bsicos sade da po-pulao, tendo por objetivo solucionar a maior parte dos problemas de sade, com o propsito dereduzir os encaminhamentos de pacientes aos hospitais. Este tipo de unidade possui atendimentodescentralizado, com o intuito de estar mais prximo da populao.

    Para garantir uma eficiente prestao do servio, necessrio que as alocaes das unidadesde sade estejam em locais mais carente deste tipo de servio. Vrias variveis influenciam nestaescolha, como aspectos geogrficos, climticos, situao econmica, condies sociais, culturaise polticas, dentre outros (PANWAR; RATHI, 2014). Constata-se ainda a existncia de restriesassociadas aos recursos, sendo necessrio otimizar a utilizao/disponibilidade deles, para tornaro sistema de sade eficiente (FAKHR et al., 2014).

    Entretanto, no estudo de caso realizado, observou-se que a alocao destas unidades de sa-de foi realizada de forma emprica, baseada nas experincias dos gestores locais. Isso faz com quetais decises possam no estar observando alguns aspectos que afetam direta, ou indiretamente,a populao atendida, a qual no consultada neste processo de deciso. Assim, constatou-se queno existe um consenso entre todos os atores envolvidos, resultando em um desbalanceamento nadistribuio destas UBS. O municpio estudado apresenta uma rea territorial de 2.099 km (IB-

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    GE, 2013), e as alocaes das UBSs existentes esto indicadas na Figura 1 (formato de estrela). Emuma anlise espacial inicial da alocao das UBSs, verifica-se a existncia de reas com carnciadeste servio, resultante de um desbalanceamento da distribuio das unidades. Assim, a presentepesquisa visa responder a questo: Como distribuir de maneira mais eficiente as UBSs em umacidade do porte mdio, do Estado do Rio Grande do Norte?

    Figura 1 Mapa da Cidade em Estudo.

    Fonte: Google Maps (2013).

    Neste contexto, esta pesquisa visa propor um modelo multicritrio para subsidiar os gestoresno processo de alocao de Unidades Bsicas de Sade UBS, para uma cidade de porte mdio.Para tanto, faz-se necessrio, entender como ocorreu a alocao deste tipo de unidade na cidade,

    visando identificar quais fatores foram considerados nesta deciso. Ou seja, se deve verificar: quaisforam os atores envolvidos neste processo de deciso; como funcionam os atendimentos nas atuaisUBSs, para identificar as atividades que esto, ou no, sendo corretamente desenvolvidas; e osmotivos que levaram tais decises. Todas estas informaes auxiliaram na estruturao do atualprocesso decisrio de alocao, e na identificao das variveis que no fizeram parte deste contex-to, ou seja, no representaram as decises tomadas na alocao das UBSs. Assim, o conhecimentodeste atual processo visa cumprir a finalidade deste estudo, de atender satisfatoriamente todas aslocalidades da cidade.

    A estrutura metodolgica do trabalho foi composta, inicialmente, de um referencial terico,

    que embasou esta pesquisa, onde se relacionou os conceitos de sade pblica e a abordagem mul-ticritrio de apoio deciso para estruturao do novo modelo. Em seguida, foi analisado o atualmodelo de alocao para as UBSs, que subsidiou os levantamentos das informaes para o emba-samento do novo modelo. Por fim, foi apresentado o modelo proposto e sua aplicao, bem comoos resultados e as concluses obtidas com esta pesquisa.

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    2. O SISTEMA DE SADE PBLICO BRASILEIRO E AS UBS

    A Constituio Federal de 1988 especifica no seu Artigo 6 que, so direitos sociais a edu-cao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, aproteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio.

    Tambm no seu Artigo 196 informa (BRASIL, 1988):

    A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociaise econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e aoacesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo erecuperao.

    Assim, uma das aes do Estado para garantir a sade a toda a populao foi a criao doSistema nico de Sade - SUS. Na esfera nacional, o SUS coordenado e controlado pelo Minis-trio da Sade, a esfera estadual se ocupa pelo seu planejamento e controle, e a esfera municipal responsvel pela programao, execuo e avaliao das aes de sade (Battaglin et al., 2006).Ou seja, o municpio responsvel pela gesto plena da ateno bsica e gesto plena do sistemamunicipal de sade (VILASBAS, 2006).

    No ano de 1994, foi criado o Programa de Sade da Famlia PSF (PRT/GM/MS no 692, de 25de maro de 1994), um atendimento do governo federal aos apelos dos municpios, que solicitavamao Ministrio da Sade apoio financeiro para rede bsica da sade, com objetivo de contribuir paraa reorientao do modelo assistencial, a partir da ateno bsica, de acordo com os princpios doSUS, e assim atribuir as Unidades Bsicas de Sade, uma nova forma de atuao, com definiode responsabilidades entre servio e populao (BATTAGLIN et al., 2006. p. 57). Neste contexto,o PSF pode ser considerado como uma estratgia para ateno a sade bsica da populao, e asUBSs so responsveis pelo acompanhamento da sade familiar e pela criao de vnculos de com-promisso entre a populao e os profissionais de sade. Assim, as UBS so centros responsveispelo atendimento bsico sade da populao de baixa complexidade, cuja responsabilidade domunicpio, onde no h necessidade de encaminhamento dos pacientes para um hospital, com oobjetivo de descentralizar o atendimento da sade nos grandes hospitais. O Ministrio da Sade

    sugere que no haja mais que trs equipes de PSF em cada UBS (BRASIL, 2006).

    At setembro de 2011, o pas contava com 38 mil UBS. Nelas, os usurios do SUSpodem realizar consultas mdicas, curativos, tratamento odontolgico, tomar va-cinas e coletar exames laboratoriais. Alm disso, h fornecimento de medicaobsica e tambm encaminhamentos para especialidades dependendo do que o pa-ciente apresentar (BRASIL, 2006).

    Atualmente existem 43.315 Unidades Bsicas de Sade no Brasil, o que representa uma co-bertura de 56,78% da populao (DATASUS, 2013), enquanto que no Rio Grande do Norte esse n-dice sobe para 77,84% da populao (DATASUS, 2013). Com estes dados, constata-se a necessidadede ampliao do nmero de UBSs no pas. Entretanto, no basta somente aumentar a quantidade, necessrio tambm desenvolver uma ferramenta para subsidiar os gestores na identificao do

    local mais adequado para a implantao de um posto de sade, no sentido de melhorar sua cober-tura no atendimento das reais necessidades da populao.

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    Raquel Ferreira de Negreiros, Breno Barros Telles do Carmo, Maria Elisabeth Pinheiro Moreira

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    Assim, para a determinao do local da localizao de uma UBS que priorize sua coberturade servio prestado, devem ser verificados todos os fatores que inf luenciam este processo decisriode escolha, incluindo as variveis fsicas, socioeconmicas, culturais, ambientais, dentre outras.Dentro deste cenrio, a utilizao de uma abordagem multicritrio de apoio deciso, um proce-dimento adequado para este tipo de problema, uma vez que irar considerar os mltiplos aspectosque interferem neste tipo de escolha. Tais aspectos possuem tanto caractersticas objetivas, comosubjetivas, onipresentes nas situaes de tomada de deciso. Para Ensslin (2002, p.144) este tipode problema de escolha pode ser incorporado pela abordagem Multicritrio de Apoio Deciso MCDA, auxiliando na estruturao do modelo proposto e nas avaliaes das performances dasalternativas (local para UBS), visando compar-las entre si. Tal contexto, ratifica a escolha destetipo de abordagem aplicada neste trabalho, apresentada na prxima seo.

    3. MTODOS MULTICRITRIO EM PROBLEMAS DE ALOCAO

    Os problemas de alocao normalmente envolvem vrios objetivos diferentes e, muitas vezes,conflitantes entre si. Logo, mtodos de pesquisa operacional, como as tcnicas de analise multicri-trio, podem ser empregados para resolver este tipo de problema (HAJKOWICZ; COLLINS, 2007;

    RAIS; VIANA, 2010).A abordagem multicritrio pode ser entendida como um conjunto de mtodos utilizados para

    apoiar a tomada de deciso realizada por indivduos ou grupos de influncia (organizaes), sob ainfluncia de inmeros critrios (SOUSA; CARMO, 2014; ENSSLIN et al., 2013), e tem por objetivoranquear as melhores alternativas com a aplicao do modelo de deciso proposto (CHEN et al., 2009).

    A incorporao da subjetividade representa uma das principais vantagens da abordagemmulticritrio em relao pesquisa operacional hard (COSTA et al., 2003; SOUSA; CARMO, 2014),por transformar o conhecimento tcito em conhecimento explcito. Tal vantagem da abordagemmulticritrio para problemas desta natureza est relacionada sua capacidade de sistematizaodo processo de gerenciamento do conhecimento (SOUSA; CARMO, 2014).

    Rodriguez et al. (2013) constata que a abordagem multicritrio tm sido aplicada para a re-soluo de diversos tipos de problemas, nas mais diversas reas como: finanas, agronegcios,

    ecologia, saneamento bsico, planejamento civil e militar, segurana e poltica pblica, educao,medicina, biologia, planejamento energtico, telecomunicaes, desenvolvimento sustentvele planejamento, controle da produo, setor de servios, dentre outras. Assim, esta ferramentatem potencial para subsidiar as decises do setor pblico, e aumentar a efetividade dos resultadosoriundos destas decises.

    A aplicao da abordagem multicritrio segue as etapas propostas por vrios autores, listadasa seguir (HAMMOND et al., 1999; CHEN et al., 2009; CARMO et al., 2011):

    Definir os objetivos de deciso;

    Determinar os critrios (medidas de performance) em consonncia com o objetivo proposto;

    Hierarquizar os critrios;

    Quantif icar a performance de cada critrio (pontuao);

    Determinar o peso de cada critrio;

    Estabelecer uma frmula de agregao aditiva para obteno de uma avaliao global de cadaalternativa;

    Definir as alternativas candidatas avaliao;

    Avaliar as alternativas segundo os diversos critrios do modelo.

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    A principal diferena observada neste tipo de abordagem, est associada escala de pontu-ao de cada critrio que compe a estruturao do modelo, uma vez que os valores mnimos emximos das escalas so estabelecidos segundo as preferncias dos decisores, e a atribuio dasimportncias aos critrios (pesos), so definidas em funo dos seus juzos de valor. A Figura 2ilustra as etapas deste tipo de abordagem.

    Figura 2 Etapas de um modelo multicritrio.

    AlternativasPesos

    Critrios Valores

    Consequncias Conclusofinal

    Construo

    Meedio AgregaoExpressa

    preferncias

    Decisor

    Fonte: Chen, Kilgour e Hipel (2009).

    Pela Figura 2, pode-se observar que, a estruturao do modelo tem por base os critrios esta-belecidos pelos tomadores de deciso. Com base nestas preferncias, cada alternativa avaliada porsua performance local, obtida a partir dos descritores e suas respectivas funes de valor (escalanumrica), e atribuda, a cada critrio, sua ponderao (peso) para se determinar a atratividadeglobal da alternativa analisada (CARMO et al., 2011).

    Existem diversos mtodos de analise multicritrio, que podem ser classificados segundo o ti-po de tcnica empregada. Assim, eles podem ser classif icados em (HAJKOWICZ; COLLINS, 2007):

    Funes de valor multicritrio: tcnicas que trabalham com o conceito da soma ponderada. Abordagem outranking: tcnicas que aplicam algum tipo de funo utilidade, que contm os

    pesos dos critrios. As tcnicas mais comuns so: PROMETHEE e ELECTRE.

    Mtodo de distancia do ponto ideal: tcnicas que, baseado nos valores ideais e anti-ideais doscritrios, identificam opes de decises que so prximas dos valores ideias e distantes dos

    valores anti-ideias. Um exemplo deste tipo de tcnica o TOPSIS.

    Comparaes par a par: tcnicas que envolvem a comparao de critrios e alternativas emcada par de opes possveis, seja pela comparao de critrios para a definio dos pesos,seja pela comparao das alternativas. As tcnicas mais comuns so: AHP (SAATY, 1990) e oMACBETH (BANA; COSTA; VANSNICK, 1995).

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    Para a construo de funes de valor (escala numrica) existem inmeros mtodos desenvol-vidos dentro da abordagem multicritrio, dentre os mais aplicados tem-se (ENSSLIN et al., 2001):

    Pontuao Direta: as escalas variam de 0 a 100, e os valores intermedirios so definidos

    atravs da atratividade dos demais nveis em relao s valores extremos).

    Bisseo: so associados dois valores que serviro de ncora para a escala (0 e 100), e os va-lores intermedirios so definidos por aes fictcias cujos valores correspondem na metadedos valores extremos avaliados.

    Julgamento Semntico: a funo de valor obtida atravs de comparaes par-a-par da dife-rena de atratividade entre as aes avaliadas.

    Um dos mtodos que utiliza os julgamentos semnticos o Measuring Attractiveness by aCategorical Based Evaluation Technique MACBETH, desenvolvido por Bana, Costa e Vansnick(1995). Este mtodo utilizado tanto para determinar a funo de valor de cada critrio que com-pe o modelo, como para calcular as taxas de substituio (pesos) dos critrios, atravs de pro-gramao linear. A grande vantagem de se utilizar este mtodo, diz respeito aos julgamentos dosdecisores, que expressam suas preferncias entre pares de aes de forma qualitativa, tornando-o

    de fcil compreenso e uso pelos decisores.Na presente pesquisa, este mtodo foi utilizado nas avaliaes das alternativas (diversos lo-cais para implantao das UBSs), uma vez que se pode mensurar tantos os critrios quantitativos,como os qualitativos, por meio da funo de valor construda para cada um destes critrios, comotambm se pode avaliar cada alternativa localmente (por rea de interesse), onde se identificamquais aspectos de cada alternativa so atendidas as exigncias dos decisores, e em quais necessita-ram de aes de melhorias. O modelo apresenta a avaliao global de cada alternativa, levando emconsiderao todos os critrios julgados importantes pelos decisores.

    4. METODOLOGIA DA PESQUISA

    Definir a natureza da pesquisa e sua classificao importante para o seu desenvolvimento,

    pois permite a anlise e replicao futura em outros casos semelhantes, bem como seu aperfeio-amento (SOUSA; CARMO, 2014). A apresentao do mtodo sistematizado relevante, dado opotencial de contribuio social que esta pesquisa apresenta.

    O presente estudo usa a abordagem de uma pesquisa aplicada, pois corrobora para melhorara alocao das UBSs, o que implica na utilizao mais racional dos recursos pblicos, benefician-do uma maior parcela da populao. Assim, os conhecimentos adquiridos so utilizados para assolues de problemas concretos, o que caracteriza como pesquisa aplicada (ANDRADE, 2001).Alm disso, Silva e Menezes (2001) definem que este tipo de pesquisa tem por objetivo originarconhecimentos para aplicao prtica, utilizada na soluo do problema.

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    Com relao ao mtodo, a pesquisa considerada uma modelagem de um processo de deci-so, pois visa representar os juzos de valor dos decisores. De acordo com Mascarenhas (2012), omtodo est associado utilizao de tcnicas para a obteno de uma resposta, ou seja, o cami-nho at a concluso cientfica. A Figura 3 mostra as etapas de realizao desta pesquisa.

    Figura 3 Etapas da pesquisa.

    Etapa 1:Definio

    da problemtica alocao das UBSs

    Etapa 2:Pesquisa bibliogrfica construo da base

    da pesquisa

    Etapa 3:Desenvolvimento do

    modelo segundo aabordagem multicritrio

    Etapa 4:Aplicao/validaodo modelo proposto

    Pesquisa de campo

    Pesquisa bibliogrfica

    Anlise do problema

    Pesquisa bibliogrfica

    Anlise documental

    Entrevista

    rvore de deciso

    Descritores

    Funo de valor

    Desenvolvimentodo modelo

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

    Conforme a Figura 3, a primeira etapa do mtodo est associada definio do problema,neste caso a escolha do local mais adequado para alocao de UBS.

    A segunda etapa est associada anlise do referencial terico, que funcionar como a baseda pesquisa, visando uma melhor compreenso dos conceitos associados ao Sistema nico de Sa-de, e as Unidades Bsicas de Sade. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliogrfica por meiodo levantamento de informaes sobre a sade pblica na cidade, disponibilizados pela Secretariade Sade, e tambm foram realizadas entrevistas com a gestora da Secretaria Municipal de Sadedo Municpio.

    Em seguida, na terceira etapa, iniciou-se a estruturao do modelo proposto com base nasinformaes obtidas. Nesta fase apresentado o desdobramento do problema em quatro etapas,conforme os preceitos da abordagem multicritrio:

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    a) com base nas informaes levantadas, foi elaborada a rvore de pontos de vista, onde soagrupados os aspectos considerados como relevantes pelos decisores e que sero levados emconta na estruturao do modelo multicritrio para a escolha de alocao de uma UBS. Nestarvore, os aspectos podem ser relacionados por rea de interesse (social, ambiental, poltico,econmico, e outras).

    b) construes dos descritores, que Ensslin et al, (2001) definem como um conjunto de nveisde impacto que descreve as performances das aes potenciais com relao aos pontos devista analisados (aspectos). Ou seja, o descritor permite a mensurao de cada ponto de vistaconstante na rvore de deciso.

    c) Aps a obteno dos descritores, necessrio fazer a quantificao das performances dasalternativas, segundo os sistemas de valores dos decisores (ENSSLIN et al., 2001). Para essaquantificao construda a funo de valor de cada ponto de vista.

    d) Clculos das taxas de substituio que so parmentros (pesos) que os decisores julgam ade-quados para agregar, de forma compensatria, desempenhos locais (critrios) em performan-ce global.

    e) A formula de agregao aditiva composta por uma soma ponderada dos valores parciais decada alternativa (funo de valor), com relao a cada critrio constante no modelo.

    A ltima etapa do mtodo proposto foi a sua aplicao e validao em um municpio da re-gio oeste do Estado do Rio Grande do Norte, para identificao dos locais mais adequados paraas alocaes das UBSs.

    5. DESENVOLVIMENTO DO MODELO SEGUNDO A ABORDAGEMMULTICRITRIO

    O modelo proposto foi construdo para ser aplicado em um municpio da regio oeste do Es-tado do Rio Grande do Norte, no Brasil, considerada a segunda maior cidade do estado, com cercade 260 mil habitantes. O referido municpio possui 184 unidades de sade, dentre elas, 43 UBS.

    5.1. Elaborao da Estrutura Arborescente de Deciso

    A Secretaria de Sade do Municpio tem uma gestora, responsvel pelas decises associadass UBSs, que tem o poder de deciso sobre as atividades desenvolvidas por este rgo. Para estapesquisa, a Gestora exerceu a funo de decisora, dado seu conhecimento acerca dos aspectos queso importante para a deciso de alocao das UBSs. Assim, foram realizadas entrevistas paraidentificar estes aspectos considerados relevantes.

    A partir destas entrevistas, foram definidos os pontos de vista e construda a estrutura arbo-rescente de deciso, agregando os pontos de vistas em reas de interesse (Figura 4). Foram identi-ficados 12 (doze) Pontos de Vista (critrios) para as avaliaes das localidades candidatas ao rece-bimento de uma UBS.

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    Figura 4 Estrutura arborescente de deciso do problema.

    ALOCAO DE UNIDADES BSICAS DE SADE

    Densidadedemogrfica

    Nmerode crianas

    Nmerode idosos

    FATORESPOPULACIONAIS

    Concentraode renda

    IDH

    Criminalidade(quantidade de furtos

    e roubos)

    FATORESECONMICOS

    Nmero de casosde dengue

    Mortalidadeinfantil

    Causas externas

    FATORESEPIDEMIOLGICOS

    Expansibilidade

    Acesso

    Configuraoambiental

    FATORESACESSIBILIDADE

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

    5.2. Construes dos Descritores

    Definida a estrutura arborescente com os seus respectivos Pontos de Vista, o passo seguintefoi a definio de cada descritor para cada ponto de vista. O descritor representa um conjunto denveis de impacto, que serviram de base para descrever as performance das alternativas, com rela-

    o ao ponto de vista avaliado. As Tabelas de 1 a 4 apresentam as descries destes pontos de vista,bem como a lgica e escalas dos critrios (qualitativa ou quantitativa).

    Tabela 1 Descrio dos pontos de vista fundamentais da rea de interesse fatores populacionais.

    CRITRIOS DESCRIO LGICA ESCALA

    Ponto de Vista Fundamental: Fatores populacionais

    PVF

    Densidade Demogrfica Populao do bairroMaximizar o acesso da

    populaoQuantitativa

    Nmero de crianas Quantidade de crianasMaximizar o nmero de

    crianas atendidas.Quantitativa

    Nmero de idosos Quantidade de idososMaximizar o nmero de

    idosos atendidos.Quantitativa

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

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    Tabela 2 Descrio dos pontos de vista fundamentais da rea de interesse fatores socioeconmicos.

    Ponto de Vista Fundamental: Fatores socioeconmicos

    PVF

    Concentrao de RendaExistncia de populao

    carenteMaximizar o atendimento a

    populao carenteQualitativa

    IDH IDH da populaoMaximizar o atendimento dapopulao mais necessitada

    Quantitativa

    Criminalidade(Quantidade de furtos e

    roubos)

    Existncia de riscos decriminalidade

    Maximizar o atendimentode urgncia

    Quantitativa

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

    Tabela 3 Descrio dos pontos de vista fundamentais da rea de interesse fatores epidemiolgicos.

    Ponto de Vista Fundamental: Fatores epidemiolgicos

    PVF

    Nmero de casos dedengue

    ndices de casos de dengueda regio

    Maximizar o atendimento populao que mais sofre

    com a dengueQuantitativa

    Mortalidade Infantilndice de mortalidadeinfantil de cada regio.

    Minimizar a mortalidadeinfantil

    Quantitativa

    Causas externas

    Os fatores como acidentese casos de violncia quenecessitam de cuidados

    mdicos

    Maximizar o atendimentoas causas externos que

    necessitam de atendimentobsico

    Quantitativa

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

    Tabela 4 Descrio dos pontos de vista fundamentais da rea de interesse fatores de acessibilidade.

    Ponto de Vista Fundamental: Fatores de acessibilidade

    PVF

    ExpansibilidadeExistncia de possibilidade

    para expanses futurasMaximizar a possibilidade

    de expansoQuantitativa

    AcessoSeguir as recomendaespropostas pelo Governo

    Federal

    Maximizar o atendimentodos critrios estabelecidos

    pelo governo federalQualitativa

    Configuraoambientar

    Identificar se a regio possuialguma especificidade

    ambiental que traga danos

    populao

    Maximizar o atendimentode necessidades especiais

    Qualitativa

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

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    Modelo multicritrio de alocao de unidades bsicas de sade: uma proposio para cidade de mdio porte

    GEPROS. Gesto da Produo, Operaes e Sistemas, Bauru, Ano 10, n 1, jan-mar/2015, p. 13-3324

    Aps as construes dos descritores, foi utilizado o software MACBETH para as construesdas funes de valor de cada ponto de vista, como indicadas na Figura 5.

    Figura 5 Descritores e Funes de Valor de cada Ponto de Vista.

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

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    O descritor Densidade Demogrfica foi considerado como um dos aspectos mais impor-tantes na definio da alocao de uma UBS, pelo julgamento da Gestora (decisora). O municpiode Mossor possui densidade demogrfica correspondente a 124 hab/km, sendo a maior cidade doEstado do Rio Grande do Norte com relao rea, com 2.110 km (IBGE, 2012). Assim, a cidadepossui grandes reas desabitadas, e outras com densidade demogrfica acima da mdia, como o caso do bairro do Alto de So Manoel que possui mais de 5.000 hab/km. No caso estudado, noprocessamento das informaes para a construo da funo de valor deste descritor, deve ser in-formado pelo decisor dois nveis de impactos de referncia, o Nvel Bom e o Nvel Neutro, os quaisso importantes para os procedimentos de verificao da independncia preferencial, e tambmpara a determinao das taxas de substituio. Para este descritor, a decisora definiu como nvel deimpacto bom o que possui uma densidade demogrfica maior que 2.500 hab/km, e para o nvelneutro entre 1500 e 2000 hab/km.

    O descritor Concentrao de Renda foi construdo por meio do conhecimento dos ndicesde atendimento da populao, que utiliza o servio da UBS. A classe E (renda mdia de at um sa-lrio mnimo por integrante da famlia) a que utiliza com maior frequncia este servio. Por estarazo, a decisora escolheu como nvel de impacto bom a renda familiar por integrante entre 1 e2 salrios mnimos, e para o nvel neutro entre 9 e 12 salrios mnimos.

    Os descritores Nmero de idosos e Nmero de crianas foram considerados nesse pro-cesso de deciso por tratar-se da parcela da populao que mais frequentemente utiliza os serviosdas UBS. O municpio apresenta uma densidade mdia de 16 idosos/km. Assim, o nvel de impac-to bom foi considerado a concentrao entre 15 e 30 idosos/km, e para o nvel neutro menos de15 idosos/km. Este mesmo procedimento foi utilizado para a concentrao de criana, embora sforam consideradas aqueles com idade at 14 anos, o que representa um ndice de 28 crianas/km.(MOSSOR, 2012).

    O descritor relacionado Criminalidade foi mensurado por meio dos ndices de furtos eroubos do municpio. De acordo com a Secretria, esse PVF foi contemplado pois, em locais ondea criminalidade mais acentuada, a necessidade de ateno sade maior. O ndice de 17,29% foiconsiderado como o nvel de impacto bom, por ser a mdia do estado do Rio Grande do Norte,indicando a mdia de pessoas do estado que j foram vtimas destes tipos de delitos, e para o nvelneutro o ndice de 0%. Assim, o descritor apresenta um panorama da criminalidade em cada bair-

    ro na cidade estudada, levando-se em considerao o estado do Rio Grande do Norte.O descritor ndice de Desenvolvimento Humano IDH quantifica a situao econmico-

    -financeira da regio, variando entre 0 e 1. Ou seja, quanto mais prximo de 1 melhor oindicador do local. A cidade de Mossor possui IDH mdio de 0,730, o qual foi considerado comosendo o nvel de impacto bom na definio deste descritor, e para o nvel neutro 0,34.

    O descritor do PVF Expansibilidade verifica a capacidade da UBS se expandir. Logo, trata--se de um PVF do tipo qualitativo, assim como o descritor Acesso, que considera as condies deacesso existentes no local onde ser instalada a UBS. Para o nvel bom foi considerado a existn-cia desta possibilidade e para o nvel neutro a no existncia desta possibilidade.

    O descritor qualitativo do PVF Configurao ambiental associado com a possibilidadede uma regio apresentar maior incidncia de uma doena por causa de uma fator existente. Porexemplo, no distrito industrial deve ser priorizado dado a existncia dos casos de doenas respira-

    trias devido ao alto ndice de poluio. Para o nvel bom foi considerado a existncia de riscoseminentes devido a sua configurao ambiental e para o nvel neutro a no existncia destes riscoseminentes.

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    O nmero de Casos de dengue um descritor importante na alocao da UBS, pois, se-gundo a decisora, os casos de dengue so os que mais frequentemente atingem a populao. Namensurao foi considerado o nmero de notificaes realizadas pela vigilncia sanitria. em cadabairro. Logo, quanto maior o nmero de casos de atendimentos da populao, maior a necessidadede implantao de uma UBS neste local. Para o nvel bom foi considerado mais de 50 casos dedengue e para o nvel neutro entre 10 e 30 casos da doena.

    O descritor Taxa de mortalidade infantil foi representado pela necessidade de alocaode uma UBS em locais onde se deseja reduzir os altos ndices. Para o nvel bom foi consideradoentre 20 e 30 e para o nvel neutro entre 0 e 10.

    Por ltimo, foi considerado o descritor Causas externas, que englobam agresses, homi-cdios, suicdios, acidentes de trfego e de trabalho, afogamentos, envenenamentos, entre outros.Para o nvel bom foi considerado entre 150 e 200 casos e para o nvel neutro entre 50 e 100 casos.

    5.3. Construes das Funes de Valor e Taxas de Substituio

    Aps a construo das funes de valor (escalas), ilustradas na Figura 5, foram calculadas astaxas de substituio (pesos), que foram estabelecidas em dois grupos: no primeiro grupo foram

    calculadas as taxas de substituio para as reas de interesse; e no segundo grupo, as taxas de cadapontos de vista com relao a rea que pertencia. Para estes clculos, o decisor foi solicitado a rea-lizar comparaes par-a-par com relao a cada dupla de critrios avaliados, de forma a definir asatratividades de cada dupla. Os resultados so apresentados na Tabela 6.

    Tabela 6 Taxas de substituio das reas de Interesse.

    reas de InteresseTaxas de

    substituioPontos de Vista Fundamental

    Taxas deSubstituio

    Fatores Populacionais 38,24%

    Densidade Demogrfica 59,09%

    Nmero de crianas 27,27%

    Nmero de idosos 13,64%

    Fatores Socioeconmicos 32, 25%

    Concentrao de Renda 48,39%

    IDH 35,48%

    Criminal idade (Quantidade de furtos e roubos) 16,13%

    Fatores Epidemiolgicos 20,59%

    Nmero de casos de dengue 50,00%

    Mortalidade Infantil 33,33%

    Causas externas 16,67%

    Fatores de acessibilidade 8,82%

    Expansibilidade 42,86%

    Acesso 34,29%Configurao ambientar 22,86%

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

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    5.4. Modelo de Avaliao Global das Aes

    Tendo sido obtidas as funes de valor e as taxas de substituio de cada uma das reasde interesse, e de cada um dos pontos de vista fundamentais, foi possvel construir a formula deagregao aditiva, que permitiu agregar, em uma avaliao global, as performances de cada local

    escolhido para implantao da UBS (Equao 2).Na primeira fase da avaliao global, foram realizadas as avaliaes parciais, onde foi ava-

    liado para cada ao (local), a sua performance com relao a cada ponto de vista fundamental domodelo (Equao 1).

    (1)Enj=

    k

    I = 1

    Cij. Bij, j J e n N

    onde:Enj= valor parcial da alternativa n no PV jCij= nvel de impacto i do PV j

    Bij= valor do peso atribudo ao PV jN = conjunto de bairros candidatos

    Em seguida, a formula de agregao global (Equao 2) permitiu transformar as unidades deatratividade local (medida nos PV) em unidades de atratividade global. Para tanto, foram atribu-dos, aos valores das avaliaes parciais referentes aos pontos de vista, de cada rea de interesse, ospesos referentes a cada rea de interesse.

    (2)Aglobal=

    t

    J = 1

    Enj. Fj, n N

    onde:Aglobal= avaliao global do bairro candidato ao recebimento de uma unidade de observaoEnj= valor parcial da alternativa n nos PVs da rea de interesse jFj= valor do peso atribudo rea de interesse jN = conjunto de bairros candidatos

    A etapa seguinte foi a aplicao do modelo proposto nos locais pr-selecionados a receberemuma UBS na cidade de Mossor, objeto de estudo desta pesquisa, com o intuito de identificar quaisos bairros prioritrios para instalao destas UBS.

    5.5. Aplicao do Modelo Multicritrio proposto

    A aplicao do modelo se deu em funo dos dados coletados no municpio estudado, sendoa anlise realizada em todos os bairros da cidade. Os dados coletados e utilizados para aplicar omodelo, foram obtidos nos bancos de dados da Secretaria de Sade. A Figura 6 apresenta os resul-tados por valor global obtido.

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    Figura 6 Avaliaes globais dos bairros da cidade de Mossor para a alocao das UBSs.

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

    Os resultados obtidos pelo modelo foram confrontados com os dados das Unidades Bsi-cas de Sade existentes na cidade de Mossor-RN. De acordo com os resultados das avaliaes, obairro Aeroporto o que deve ser priorizado no momento da alocao de ua UBS (AG = 95,39).Atualmente, s existe uma unidade em funcionamento neste bairro, o que justifica a instalao denovas unidades neste local para atendimento da demanda da populao.

    Por outro lado, o bairro Abolio o que atualmente possui a maior quantidade de UBS, comtrs unidades em funcionamento, representando 6,98% das UBS da cidade, Na avaliao globaleste bairro ficou na sexta classificao em ordem de preferncia com a AG igual a 83,97.

    Pela anlise dos resultados obtidos nesta abordagem, e considerando as atuais UBS nos bair-

    ros, pode-se concluir que os bairros que apresentam com mais necessidade de alocao de novasunidades so: Aeroporto, Bom Jardim, Alto da Conceio, Belo Horizonte e Paredes (por ordemde prioridade).

    Em seguida, no Quadro 1, apresentada uma avaliao qualitativa mais detalhada por bairroem funo de cada rea de interesse, sendo possvel verificar os elementos que mais e menos con-triburam na pontuao final de cada localidade.

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    Quadro 1 Pontos fortes e pontos fracos das localidades.

    Bairro Maiores contribuies para a alocao Menores contribuies para a alocao

    Abolio

    Alta pontuao nos indicadoresassociados aos fatores populacionais

    Baixa pontuao nos indicadoresassociados aos fatores socioeconmicos

    Aeroporto

    Alto da Conceio

    Alto de So Manoel

    Alto do Sumar Alta pontuao nos indicadoresassociados aos fatores socioeconmicos

    Baixa pontuao nos indicadoresassociados aos fatores populacionaisBarrocas

    Belo HorizonteAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores populacionais

    Baixa pontuao nos indicadoresassociados aos fatores socioeconmicos

    Bom JardimBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores epidemiolgicos

    Bom Jesus Alta pontuao nos indicadoresassociados aos fatores socioeconmicos

    Baixa pontuao nos indicadoresassociados aos fatores populacionais

    CentroBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores de acessibilidade

    Dom Jaime CamaraAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores socioeconmicosBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores populacionais

    Doze anos

    Alta pontuao nos indicadoresassociados aos fatores populacionais

    Baixa pontuao nos indicadoresassociados aos fatores epidemiolgicos

    Ilha de Santa Luzia

    Lagoa do Mato

    Nova BetniaAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores epidemiolgicosBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores socioeconmicos

    ParedesAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores populacionaisBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores epidemiolgicos

    PintosAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores socioeconmicosBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores populacionais

    Planalto 13 de maioAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores populacionaisBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores epidemiolgicos

    Presidente Costa e SilvaAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores epidemiolgicosBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores populacionais

    Redeno Alta pontuao nos indicadoresassociados aos fatores socioeconmicos

    Baixa pontuao nos indicadoresassociados aos fatores populacionaisRinco

    Santa Delmira Alta pontuao nos indicadoresassociados aos fatores populacionais

    Baixa pontuao nos indicadoresassociados aos fatores socioeconmicos

    Santo AntonioAlta pontuao nos indicadores

    associados aos fatores socioeconmicosBaixa pontuao nos indicadores

    associados aos fatores populacionais

    Fonte: Elaborado pelo autor (2014).

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    Observando a Figura 6 e o Quadro 1, pode-se constatar que as localidades que obtiverammaiores notas (localidades priorizadas), foram aquelas que apresentaram maior pontuao na reade interesse Fatores Populacionais, que o elemento prioritrio para este tipo de alocao se-gundo o juzo de valor da decisora, englobando os indicadores densidade demogrfica, nmero decrianas e nmero de idosos.

    5.6. Analise de sensibilidade

    Neste subitem, ser apresentada a anlise de sensibilidade para cada um dos conjuntos depontos de vista elementares.

    Dentro do PVF Fatores populacionais, constata-se que o descritor Densidade Demogrficaapresenta a maior importncia dentre os critrios analisados, o que configura um fator prepon-derante para a alocao de UBS. Outro aspecto interessante est associado aos PVEs Numero deCrianas e Numero de Idosos. Estes dois critrios se interceptam no ponto 30,8%, o que indica umainverso de preferncia a partir deste ponto.

    Dentro do PVF Fatores socioeconmicos, percebe-se que o descritor Concentrao de Rendarepresenta a maior importncia dentre os critrios analisados, o que configura um fator prepon-

    derante para a alocao de UBS. Ressalta-se tambm que os descritores Concentrao de Renda eIDH se interceptam no ponto 94,8%, o que indica uma inverso de preferencia a partir deste ponto.No caso do PVF Fatores epidemiolgicos, percebe-se que o descritor nmero de casos de

    dengue representa a maior importncia dentre os critrios analisados e no existe interceptaoentre estes critrios.

    Finalmente, no caso dos fatores de acessibilidade, o critrio expansibilidade representa amaior importncia e tambm no existe interceptao entre os PVEs englobados neste PVF.

    6. CONSIDERAES FINAIS

    A alocao das unidades de sade um fator preponderante para o atendimento mais efi-ciente da populao. Assim, este processo de deciso deve estar bem definido e documentado. A

    contribuio deste trabalho reside na proposio de uma ferramenta prtica, baseada na aplicaoda modelagem multicritrio de apoio deciso, para apoiar este processo de alocao das UBSs.No foram encontrados muitos trabalhos associados a esta temtica no Brasil.

    Dessa maneira, foi proposto um modelo de alocao de Unidades Bsicas de Sade (UBS),com base nas informaes repassadas pela titular da pasta da Secretria de Sade da cidade, aqual foi considerada a decisora neste processo, dado que, efetivamente, esta pessoa a responsvelpelas decises na Secretaria, e tambm por apresentar vasta experincia na rea em estudo. As-sim, uma vantagem desta abordagem para o caso estudado, reside no fato da transformao dosconhecimentos tcitos da Secretria, em um conhecimento explcito para o processo de deciso dealocao das UBS.

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    Assim, este trabalho apresenta algumas vantagens para o poder pblico, destacando a pro-posta de um modelo de deciso para alocao de UBSs em cidade de mdio porte, com as infor-maes relevantes nesta rea, e o tornando disponvel para outros gestores pblicos que necessitemtomar este tipo de deciso.

    Esta formalizao do conhecimento permitir, em uma prxima etapa da pesquisa, contem-plar outros atores do processo e enriquecer o modelo com a adoo de novos pontos de vista. Estapesquisa permitiu a identificao dos bairros a serem priorizados na alocao das UBS, bem como,confrontar esses resultados com as unidades j existentes.

    Uma limitao observada neste pesquisa reside no fato do modelo no considerar outros ato-res envolvidos e impactados pelos resultados, como os demais rgos e secretarias do municpio,bem como a comunidade.

    Assim, para a prxima etapa da pesquisa, sugere-se agregar pontos de vista destes outros ato-res, por meio de um frum que rena autoridades, comunidade e pessoas publicas com a finalidadede refinar o modelo. Entretanto, para que isso seja feito, necessrio incorporar metodologia,tcnicas de tomada de deciso em grupo.

    Finalmente, constatou-se como uma dificuldade de implantao do modelo, a difcil com-preenso no momento de fazer a avaliao par-a-par entre os aspectos por parte do decisor. Outroponto de destaque diz respeito a dificuldade pelo fato da metodologia necessitar de uma quantida-de de tempo elevada para sua aplicao, o que significa a realizao de vrios encontros com o seudecisor que, muitas vezes, por apresentar indisponibilidade na sua agenda.

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