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Análise Situacional e Pesquisa para Campanha sobre AIDS apresentada na matéria Comunicação e Sociedade da UnB.
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UniversidadedeBraslia
FaculdadedeComunicao
CAMPANHAAIDSSEGUNDAETAPA
TrabalhoparaamatriaComunicaoeSociedadeministradapor
WladimirGramacho,nocursodeComunicaoSocialdaUniversidadedeBraslia.
FlviaMartins,GustavoGarcia,HenriqueArcoverde,PauloBessoni,RayssaArajo.
Braslia,2015
1
ANLISESITUACIONAL
1.TEMAEPBLICO
Desde o incio da epidemia da AIDS na dcada de 80, o vrus do HIV se
difundiu de forma bastante rpida. O nmero de pessoas infectadas aumentava
cada vez mais, e elas logo vinham a falecer, pois nesta poca quase nada era
conhecido sobre o vrus e nem sobre a forma correta de tratamento. Mais de 60
milhes de pessoas foram infectadas pelo HIV, passando esta a ser a principal
causademortalidadenafricaeaquartacausaemtodoomundo.
Segundo o ltimo boletim publicado, em Genebra, pelo programa das Naes
Unidas contra a AIDS (UNAIDS) no ano de 2012, so registrados aproximadamente
14 mil novos casos dirios de infeco pelo HIV, 95% dos quais em pases em
desenvolvimento. O relatrio indica que mundialmente existem cerca de 34,2
milhes de pessoas vivendo com o HIV, sendo que, desse total, 30,7 milhes so
adultos,16,7milhessomulherese3,4milhessomenoresde15anos.
De acordo com o ltimo Boletim Epidemiolgico publicado pelo Ministrio da
Sade em 2012, at junho do mesmo ano, o Brasil possua 656.701 casos
registrados de AIDS (etapa do desenvolvimento do vrus na qual a doena j se
manifestou), sendo a taxa de incidncia da doena no Brasil de 20,2 casos por 100
mil habitantes. A regio Sudeste onde existe o maior nmero de casos
registrados, porm foi a nica regio onde houve uma diminuio na taxa de
incidncia eram 22,9 e passou para 21 casos por 100 mil habitantes. Nas outras
regies, cresceu: 27,1 para 30,9 no Sul 9,1 para 20,8 no Norte 14,3 para 17,5 no
CentroOeste e 7,5 para 13,9 no Nordeste. O nmero de contaminados anualmente
no pas de em mdia 36 mil novos indivduos, o que sugere grande incidncia do
vrus.
A diferena de infectados em relao ao gnero vem diminuindo ao logo dos
anos. Proporcionalmente, o aumento de casos de AIDS entre mulheres pode ser
observado mundialmente. A faixa etria onde ocorre mais incidncia do contgio
de 25 a 49 anos em ambos os sexos, porm, em jovens de 13 a 19 anos, a maioria
dos contaminados so mulheres, inverso essa apresentada desde 1988. Em 2002,
foram 191 casos em meninas de 13 a 19 anos de idade, contra 151 casos em
2
rapazes da mesma idade. " importante tambm ressaltar a importncia da varivel
gnero no campo da preveno da AIDS e nas campanhas de comunicao pblica.
Um relatrio divulgado em 2002 pela UNAIDS (Programa Conjunto das Naes Uni
das sobre HIV/AIDS) revelou que o grau de desinformao sobre formas de
preveno da AIDS na populao entre 15 e 19 anos maior entre meninas do que
entremeninos"(PORTO,Mauro.2005:1235)
Em relao aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado
conhecimento sobre a preveno da AIDS e outras doenas sexualmente
transmissveis (DST), h tendncia de crescimento de infeco por HIV. Quanto
forma de transmisso, entre os maiores de 13 anos de idade, prevalece a sexual.
Nas mulheres, 86,8% dos casos registrados em 2012 decorreram de relaes
heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 43,5% dos
casos se deram por relaes heterossexuais, 24,5% por relaes homossexuais e
7,7% por bissexuais. O restante ocorreu por transmisso via sangue e vertical
quando a transmisso ocorre a partir de uma infeco ou doena proveniente da
me para o seu feto no tero ou durante o parto. Apesar de o nmero de casos no
sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, a epidemia no pas
concentrada em grupos populacionais com comportamentos que os expem a um
risco maior de infeco pelo HIV, como homossexuais, prostitutas e usurios de
drogas.
Na populao que possui idade entre 5059 anos foi observado um
crescimento no nmero de pessoas que esto vivendo com AIDS. Entre 1996 e
2005, a taxa de incidncia entre os homens passou de 18,2% para 29,8%. J entre
as mulheres esse nmero foi de 6,0% para 17,3%. Esse aumento tambm foi
percebido em indivduos com mais de 60 anos. Nos homens, o ndice passou de
5,9%para8,8%enasmulheres,de1,7%para4,6%.
Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido aes para
alertar a populao em geral e fortalecer a cultura da preveno na sociedade. A
distribuio de preservativos no pas, por exemplo, cresceu mais de 45% entre 2010
e2011(de333milhespara493milhesdeunidades).
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Listamos abaixo algumas leis e alguns benefcios aos brasileiros infectados
pelo vrus da HIV, a partir das informaes dispostas pela Legislao Federal da
Sade,comoexemplo,adoFGTSeoImpostodeRenda:
SaquedoFundodeGarantiaporTempodeServio(FGTS)
2208/96 apensado ao 913/91 Permite a movimentao do FGTS na
hiptesedotrabalhadoreseusdependentesseremportadoresdoHIV
4343/98 Permite ao titular movimentar a conta vinculada do FGTS caso ele
ouseusdependentessejamHIVpositivo
2319/00 apensado ao 1856/99 Dispe sobre a estabilidade de emprego do
portadordoHIVouAIDS
2839/00 Autoriza o saque do PIS e PASEP pelos titulares e quando
dependentesapresentaremAIDS
3310/00 com apensos 3334/00 3361/00 3371/00 3394/00 4159/01
4938/01 4977/01 Permite a movimentao do FGTS para tratamento de sade de
parentesem1graudotitularacometidodaAIDS
3334/00 Permite ao titular sacar o saldo do FGTS para tratamento de
sade de seus descendentes, ascendentes e colaterais at 3 grau acometidos de
AIDS
3361/00 Permite ao titular movimentar a conta vinculada do FGTS caso ele
ouseusdependentessejamHIVpositivos
3371/00 Permite ao titular movimentar a conta vinculada do FGTS caso ele
ouseusdependentessejamHIVpositivo11
3394/00 Cria hiptese de saque do FGTS em casos em que o titular ou
seus dependentes forem acometidos por doenas e afeces especificadas pela
listadoMSeTEM
4058/01DispesobreaestabilidadedeempregodoportadordoHIV
4938/01 Permite ao titular movimentar a conta vinculada do FGTS caso ele
ouseusdependentessejampacientesHIVpositivooudedoenaterminal
4948/01 Permite ao titular movimentar a conta vinculada do FGTS caso ele
ou seus dependentes sejam HIV positivo, portadores de doena grave, pagamento
demensalidadeescolareamortizaodefinanciamentodecrditoestudantil
4
4977/01 Permite a movimentao da conta vinculada do FGTS no caso do
empregadoserHIVpositivoouacometidopordoenascrnicas.
ImpostodeRenda
Para efeito de reconhecimento de iseno, a doena deve ser comprovada
mediante laudo pericial emitido por servio mdico oficial da Unio, dos Estados, do
DF e dos Municpios, devendo ser fixado o prazo de validade do laudo pericial, no
caso de doenas passveis de controle.(Lei n 9.250, de 1995, Artigo 30 RIR/1999,
Artigo 39, Pargrafos 4 e 5 IN SRF n 15, de 2001, Artigo 5, Pargrafos 1 e 2)
Doenas consideradas graves para fins de iseno So isentos os rendimentos
relativos aposentadoria, reforma ou penso (inclusive complementaes)
recebidos por portadores de tuberculose ativa, alienao mental, esclerose mltipla,
neoplasia maligna, cegueira, hansenase, paralisia irreversvel e incapacitante,
cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, estados avanados da doena de Paget (ostete deformante), contaminao
por radiao, sndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS) e fibrose cstica
(mucoviscidose). (RIR/1999, Artigo 39, Inciso XXXIII IN SRF n 15, de 2001, Artigo
5, Inciso XII). Os rendimentos recebidos de aposentadoria ou penso, embora
acumuladamente, no sofrem tributao por fora do disposto na Lei n 7.713, de
1988, Artigo 6, Inciso XIV, que isenta referidos rendimentos recebidos por portador
de doena grave. A iseno 12 aplicase aos rendimentos de aposentadoria,
reforma ou penso, inclusive os recebidos acumuladamente, relativos a perodo
anteriordataemquefoicontradaamolstiagrave.
Pblicoalvo
Diante dos dados e informaes apresentadas, o pblicoalvo da campanha
foi definido como sendo homens e mulheres, entre 18 a 24 anos, pessoas que no
viram ou vivenciaram a poca de pico da doena e, apesar de no ser a faixa etria
mais atingida pela AIDS no Brasil sendo a que mais retira camisinhas, o pblico
que est entre a maior taxa de crescimento da doena, segundo dados do Ministrio
da Sade. Este fato vai na contramo do resto do mundo que, segundo a Unaids,
apresenta queda no nmero de pessoas infectadas nessa faixa etria. um pblico
que possui maior voz por ser capaz de expandir informaes com maior facilidade
5
devido era digital em que est inserido e se caracteriza por ser considerado
inconsequente,impulsivoeinatingvelemsituaesderisco.
importante fazer a ressalva de que, entre 18 e 24 anos, existem diversos
perfis de jovens. Mesmo assim, decidimos por manter a faixa em funo dos
boletins epidemiolgicos divulgados pelo Ministrio da Sade, que utiliza esse grupo
etrio.
2.ATORESENDGENOSEEXGENOSESTATAISENOESTATAIS
Como atores endgenos, os profissionais relevantes no tema so os
jornalistas, publicitrios, produtores e diretores audiovisuais, ou seja, pessoas da
rea de comunicao que tem grande poder de disseminao das informaes
sobre a doena e esto envolvidas diretamente com o processo da criao e
execuo da campanha. O interesse deles manifesto pelo cunho profissional,
podendo ser influenciado ou no pela causa, dependendo do profissional e de sua
bagagem social e poltica. Em relao campanha, um dos atores endgenos seria
a youtuber Jlia Tolezano, mais conhecida em seu canal como Jout Jout, o qual
possui grande visibilidade atualmente entre o pblico jovem, coincidentemente da
mesma faixa etria do nosso pblicoalvo, e com poder de persuaso alto devido a
intimidade e naturalidade que trata assuntos polmicos em seus vdeos. Pode ser
criada uma parceria com ela para a divulgao de informaes importantes sobre a
campanha, j que a mesma abre espao para patrocnios e parcerias para contedo
devdeo.
Outro ator endgeno seria o vlogueiro PC Siqueira, criador do canal "Mas
Poxa Vida" no YouTube. PC tem mais de um milho de seguidores no YouTube e,
alm de comentar fatos do quotidiano, aborda tambm temas mais srios, como
poltica, economia e temas polmicos da atualidade. A presena de PC Siqueira na
campanha tambm seria til para alcanar o pblico masculino jovem, com o qual o
vlogueiropossuibastanteafinidade.
Como atores exgenos estatais, h a proeminncia do Estado em veiculao
de campanhas educativas e informativas sobre o tema e seu interesse parte do
custo em questes de sade relacionado aos tratamentos e consequncias da
doena, utilizandose principalmente de sermes para alcanar o pblicoalvo. O
6
Estado tem, alm do mais, primazia na obrigao de criar mecanismos de
conscientizaopopulacionalacercadedoenascontagiosas.
J como atores exgenos noestatais, existe o trabalho de ONGs como o
da Associao Brasiliense de Combate Aids Grupo Arcoris que presta ajuda e
apoio a pessoas portadoras do vrus HIV, doentes ou no, a seus familiares e
sociedade em geral localizada em Braslia, juntamente com o trabalho de
organizaes mais extensas como a Organizao Mundial da Sade (OMS), existe
tambm um programa na rea chamado UNAIDS criado pelas Naes Unidas e no
Brasil, o Ministrio da Sade Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais
atuando para buscar melhor opo para quem os procura (porm h falhas em suas
representaes miditicas pois no existe tanta divulgao, nem uma estratgia de
comunicaobemelaboradaparaelas).
3.TIPOSDEPODERSOCIAL
Para se aproximar do pblico escolhido, pensando nas mudanas
psicolgicas pessoais ou grupais, vamos usar de poderes sociais que influenciem
no comportamento, atitude e valores enraizados sobre a doena. Essa mudana
no vai ser imediata, mas pode ajudar a diminuir os ndices de pessoas doentes
devidoafaltadeinformao.
O uso do castigo para apresentar as consequncias e as formas de
tratamento para a doena, o que gera certa insegurana antes de qualquer atitude
impulsiva, sem preveno. O uso do referente para causar uma empatia do
pblico com o assunto tratado, mediante personagem com caractersticas
semelhantes, no caso, um personagem jovem, com gostos e atitudes parecidas com
opblicopropostoparaacampanha.
Para mostrar que a campanha no s "use camisinha", vamos mostrar a
opinio de um especialista no assunto, uma pessoa que passe segurana no que
diz e que tem conhecimento, para dar credibilidade a campanha e informaes
importantesparaaprevenoetratamentodadoena.
4.ENQUADRAMENTOS:
7
Os efeitos mais comuns produzidos pelos meios de comunicao so os de
enquadramento de nfase, ou seja, quando se reala um aspecto de um evento em
detrimento de outro. Os dois principais tipos de enquadramento de nfase so o
temtico e o episdico. O primeiro, enfatiza o contexto, enquanto o segundo, foca
noindivduoprotagonistadaao.
O enquadramento desejvel para nossa campanha exatamente o que j se
encontra nas campanhas atuais, o de nfase temtico, pois alm de enfatizar o
contexto, no um caso em especfico, como as campanhas existentes para um
evento especfico como o Carnaval , contrape pessoas que possuem AIDS e as
provveis a serem portadoras se tomarem determinada atitude, a qual a
propaganda, por exemplo, est tentando combater ou incentivar no caso do uso da
camisinha.
Alm disso, buscamos enfatizar a mensagem e tentar no comparar as
pessoas que possuem ou no a doena, engloblas e no exclulas como foco da
mensagem, pois a ideia apenas fornecer informaes mais completas sobre o
tema e buscar mudar a atitude do pblicoalvo, nem que seja em pequena
mudana. Por fim, a escolha por esse tipo de enquadramento se justifica pois ele
aumenta a responsabilidade da sociedade e do poder pblico sobre o evento ou
tema.
5.OBJETIVO
Buscar que efeitos e como o comportamento das pessoas muda a partir da
campanha e em relao ao uso de camisinha e suas consequncias caso no haja
o uso de forma mais informativa, com dados sobre o tratamento e sobre a ps
contaminao. Queremos que haja uma mudana de opinio e de comportamento
porpartedopblicoalvo.
5.1SEGMENTOFOCAL
Pensando em um segmento focal que esteja menos preocupado com a
preveno, j que em muitos casos, a pessoa tem o conhecimento da doena, de
que o uso de preservativos diminui as chances de contrala, mas mesmo assim no
a utilizam, muitas vezes por inteno ou por um dos parceiros no a ter no momento
8
do ato, vamos focar no pblico jovem, homens e mulheres, entre 18 e 24 anos, que
j possuem uma noo de preveno e de sexo seguro, mas no possuem
informaes mais detalhadas e completas para o caso de contrairem a doena. A
campanha engloba ambos os sexos porque os homens so os mais atingidos pela
AIDS, porm queremos dividir a responsabilidade da segurana do ato de forma
igualitria entre os gneros e direcionar as campanhas para o pblico feminino para
que estas sejam referncias para os homens, buscando influenciar o pblico que
mais afetado de forma indireta e ampliando tambm, o nvel da informao entre o
pblicoemgeral.
5.2COMPORTAMENTOFOCALDACAMPANHA
Os jovens so os que mais retiram preservativos no Sistema nico de Sade
(37%) e os que se previnem mais, apesar do pensamento de intocveis constatado
pela anlise situacional e pelo comportamento do pblico em relao ao tema. O
modelo matemtico, calculado a partir dos dados da Pesquisa de Conhecimentos,
Atitudes e Prticas (PCAP) de 2008, mostra que quanto maior o acesso camisinha
no SUS, maior o uso do insumo. Segundo o estudo, houve uma diminuio na taxa
demortalidade.
Em 2002, era de 6,3 por 100 mil habitantes, passando para 5,6 em 2011
queda de aproximadamente 12%. Se comparado regionalmente, verificase que o
Sudeste apresenta um comportamento semelhante, enquanto que as regies
Nordeste, Norte e Sul apresentam uma tendncia em crescimento. J na regio
CentroOesteencontraseestvel.
O ltimo boletim traz ainda dados comportamentais. Quanto menor a
escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vrus da AIDS (prevalncia de
0,17% entre os 10 meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os
que tm ensino fundamental completo). O resultado positivo para o HIV est
relacionado, principalmente, ao nmero de parcerias quanto mais parceiros, maior
avulnerabilidade.
5.3MODELOCAUSAL
9
As barreiras existentes so o comportamento focal na questo que envolve
o pblico que mais retira camisinha no sistema de sade, porm o mais atingido
pela doena , a desinformao, uma vez que o comportamento analisado no ltimo
boletim foi de que a escolaridade afeta no percentual infectado e a existncia do
pensamento de achar que as pessoas vo viver bem com a doena porque h um
tratamentoconsideradoeficaztambmconsideradoumobstculo.
J os incentivos existentes so os dados em crescimento que apontam a
necessidade da campanha, as campanhas j veiculadas pelo governo com forte
enfse na precauo, a existncia de ONG's que oferecem auxlio no tratamento e
no preconceito sofrido por soropositivos, alm de apoio aos seus familiares e o SUS
quedisponibilizaotratamentoadequado.
ACAMPANHADECOMUNICAO
1. ESTRATGIA
1.1 A campanha usar efeitos diretos, indiretos e/ou contextuais? Por
qu?
Diretos, porque o pblico que gostaramos de atingir so os atores da relao
que correm o risco de adquirir a AIDS. Alm disso, haver a divulgao e
conscientizao por meio de informaes relevantes para o tratamento da doena e
uma pequena mudana em atitudes sobre a responsabilidade envolvendo ambos os
sexosquantoaprevenonahoradarelao.
Pensando na estratgia e aps as discusses em sala de aula, percebemos
que o pblico focal precisava ser mais segmentado ainda, alm de enfatizar a
distribuionahoradaprevenoparaambososparceiros.
Comisso,nossopublicofocalagorasojovens,de18a24anos.
1.2 A campanha estar baseada na preveno e/ou na promoo? Por
qu?
A campanha ser baseada na preveno e na promoo do tratamento e de
informaes mais cruciais relacionadas a como proceder aps adquirir a doena.
10
Porque h pouca informao sobre os efeitos e os tratamentos recorrentes e
disponveis para a doena e no caso da preveno, a linha seria a j utilizada pelo
governo porm com o diferencial em estimular a responsabilidade de todos os
envolvidos nas relaes, independente de gnero, pois foi constatado que a
camisinha masculina mais divulgada e incentivada a uso do que a camisinha
feminina devido a praticidade e seu baixo custo. Porm, consta, a partir da anlise
situacional e das referncias pesquisadas, que o pblico feminino no tem a mesma
noo de responsabilidade em possuir a camisinha feminina ou no na situao
de relao, assim como as informaes mais aprofundadas para um sexo seguro
comoopblicodesexomasculino.
1.3 A campanha estar baseada em informao e/ou persuaso? Por
qu?
Estar embasada em ambos. Porque buscamos informar sobre os
tratamentos disponveis e tambm fazer pequena mudana de comportamento no
que se refere a possuir a camisinha para uma relao segura e em convencer que a
responsabilidade da preveno e do cuidado de ambos os sexos, ambos os
parceiros.
1.4 Qual ser a relao desejada entre as agendas miditica, poltica e
pblica?
As campanhas do governo e as lanadas em poca do Carnaval, em sua grande
maioria, tem o objetivo de incentivar o uso da camisinha, mas no tratam nada a
doena e seu tratamento em si. Aps estudo das referncias e anlise situacional
sobreotema,percebeuseopossvelmotivodetalao.
Desejase acrescentar s informaes j divulgadas atualmente, maiores
informaes sobre as consequncias, efeitos e tratamentos possveis para a doena
e colocar como foco das campanhas tambm a mulher, de forma igualitria com o
homemnopapeldepossuiracamisinhanahoradarelaosexual.
2.DESENHO
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2.1 Quais so as caractersticas desejadas da(s) mensagem(ns)
central(is)?Porqu?
A responsabilidade da proteo da sua sade e de um sexo seguro
responsabilidade de ambos os gneros. A camisinha feminina pode ser menos
prtica e mais cara do que a masculina, porm no h desculpa para no se manter
prevenido da doena. A mulher pode carregar uma camisinha masculina consigo,
assim como o homem deve fazer. A conscientizao deve partir de todos os
envolvidos na relao. A importncia dessa mensagem surge a partir da anlise de
dados, onde blogs femininos no discorriam sobre o tema da mesma forma que os
masculinos, era sempre uma linguagem mais superficial e notouse a necessidade
de informao. Alm disso, buscase influenciar o maior pblico atingido por meio
do pblico feminino, estimulando a sua conscincia sobre a preveno e
influenciando o pblico masculino a utilizar efetivamente o produto para prevenirse.
Juntamente com isso, podese alterar o cenrio da mulher em campanhas, sem o
apelosexualqueenvolvidoaotemaeaognero.
2.2Quaissooscanaisdacampanha?Porqu?
So campanhas especificamente em redes sociais, como Facebook, Twitter e
Instagram possveis de serem criados hashtags para aumentar o compartilhamento
da ideia e possivelmente algo pensado para o Snapchat, pois pouco explorado por
campanhas apesar de ter um pblico considervel. Segundo o criador do aplicativo,
Evan Spiegel, o Snapchat est presente em cerca de 10% dos smartphones do
Brasil, ao todo so cerca de 154 milhes de celulares inteligentes no pas, de
acordo com estudo divulgado em abril deste ano pela FGV. Alm disso, a campanha
terparticipaesnoYoutubeenoWhatsapp.
A utilizao da internet e das redes sociais tem como objetivo tentar ampliar o
impacto da campanha, j que, segundo a PBM, a internet o meio com maior
afinidade entre o pblico alvo da campanha, 65% dos jovens de 16 a 25 anos se
conecta todos os dias internet, em mdia 5h51 por semana. Alm disso, a PBM
mostra que o uso de celulares como forma de acesso internet j compete com o
uso de computadores e notebooks (66% e 71%, respectivamente). Somado a isso,
12
92% dos internautas esto conectados por meio de redes sociais, sendo as mais
utilizadasoFacebook(83%),oWhatsapp(53%)eoYoutube(17%).
A visibilidade da campanha tambm ser dada pelo canal da Jout Jout
Prazer, uma de nossos atores endgenos, no qual poder fazer parcerias com o
governo, acrescentando as campanhas j existentes e interagindo tambm com
empresas de camisinhas. A aproximao que ela possui com seu pblico e a
naturalidade que trata de temas mais polmicos, como seria o caso do tema
proposto, de grande importncia e relevncia para o pblicoalvo e a eficcia da
campanha.
2.3 Quais os valoresnotcia potenciais da campanha para os veculos
relevantes?Porqu?
Entre os potenciais valoresnotcia que podem ser identificados na campanha
esto o drama (interesse humano) e o governo (interesse nacional) citados Gislene
Silva (2005). Alm disso, podemos elencar a proeminncia, citada pela autora, j
queutilizaremosumreferentefamosocomoatordacampanha.
Outros valores notcias possveis de serem encontrados em um evento de
lanamento da campanha, por exemplo, so o do planejamento (o acontecimento
estar previsto nas pautas das redaes com antecedncia) acesso (facilidades
logsticas do evento) clareza e dados, j que nossa campanha estar embasadas
emnmerosdefontesconfiveis.
Alm deles, o fato de o nmero de infectados com AIDS na faixaetria entre
15 a 24 anos no Brasil, o que vai de encontro com o resto do mundo, pode se
encaixar nos valores da negatividade e raridade propostos por Galtung e Ruge
(1965).
2.4Quaissoosatoresdacampanha?Porqu?
Um famoso com quem o pblico jovem se identifique e que fale de temas de
forma mais aberta, de preferncia com grande empatia com o pblico feminino, pois
parte da campanha tem foco em mudana de pensamento sobre o tema por parte
das mulheres. Assim, ganharia maior ateno do pblico e a mensagem seria
repassada de forma mais descontrada do que as campanhas que acontecem
13
atualmente com um tom mais conservador, por ser do governo, dando credibilidade
e entrando na agenda dos jornais, tambm sendo divulgada em mdias tradicionais
podendo ser visto como feedback do bom desempenho da campanha, inclusive.
Pensamos na uma jornalista formada, de 24 anos, mas no em atuao, a youtuber
Jout Jout, que atualmente est ganhando visibilidade por tratar de temas polmicos
com naturalidade e defender causas como feminismo na internet, alm de falar
bastante sobre o tema sexo abertamente, sem tabu, ao seu pblico, podendo ser
umainfluenciadoraparaessegrupoempotencial.
3.MENSURAODERESULTADOS
3.1Dequemodoserpossvelmensurarosresultadosdacampanha?
Vo ser mensurados a partir das redes sociais, as curtidas,
compartilhamentos e o prprio clculo da ferramenta de alcance gerado pela rede
social para analisar a divulgao e alcance de pblico da campanha. Alm disso,
mediremos o resultado real a partir dos boletins epidemiolgicos divulgados
anualmente pelo Ministrio da Sade, para saber se houve alguma diferena
significativa pscampanha. Pode medir tambm viaacesso de sites do governo
sobreoassuntotambmcomoositedaUNAIDS,doMinistriodaSade.
De acordo com McGuire, na Teoria de Persuaso, as variveis de estmulo
aplicadas nessa campanha seriam uma fonte com credibilidade, pois a mensagem
importante e precisa ser absorvida pelo pblico, atrativa para acontecer a empatia
entre o pblico e o ator da campanha, no caso A mensagem seria com apelo mais
emocional, para atrair mais o pblico O canal ter caractersticas verbais,
imagticas para ter maior nvel de envolvimento com a pea criada O Receptor
seria o segmento focal, no qual as caractersticas principais j foram citadas nesse
documento, o nvel de envolvimento desse grupo com o tema extremamente alto,
uma vez que nessa idade sugerese vida sexual ativa e o Objetivo, quinta varivel
exposta por McGuire, alcanar o maior nmero de jovens, mudar ao menos um
pouco o pensamento deles sobre o tema e comportamento em relao a aquisio
14
de camisinhas junto com a responsabilidade do ato. A campanha visa essa
mudana a longo prazo, uma vez que a curto prazo j trabalhado pelo governo
empocadeCarnaval,porexemplo.
As variveis de resposta que se enquadram na campanha, segundo
apresentadas pelo mesmo autor, podem ser doze tipos e dentre elas, a ateno, o
interesse, a compreenso, o aprendizado, a reao e a deciso se encaixam na
campanhaqueestsendoplanejada.
3.2 Quais as vantagens e desvantagens da tcnica de mensurao
escolhida?
As vantagens so a praticidade na questo da rede social, onde a
mensurao feita por mquina e de acordo com o que acontece no ambiente
virtual, de forma mais segura e ampla. Alm disso, o boletim epidemiolgico
divulgadoanualmente.
As desvantagens so que o boletim epidemiolgico demora na divulgao de
seusresultados.
REFERNCIAS
Documentosutilizados:
AGUIAR, Alessandra SERRAT, Camila GUERSEL, Giovanna SABIONI,
Marina MACHADO, Sofia. Associao Brasiliense de Combate Aids Grupo
Arcoris. 2015, Trabalho da Faculdade de Comunicao da UnB para a matria
InstrumentosdaComunicaoOrganizacional.
GALTUNG, Johan RUGE, Mari Holmboe. The structure of foreign news
the presentation of the Congo, Cuba and Cyprus Crises in four Norwegian
newspapers.Journalofpeaceresearch,v.2,n.1,p.6490,1965.
SILVA, Gislene. Para pensar critrios de noticiabilidade. Estudos em
jornalismoemdia,v.2,n.1,2005.
15
PORTO, Mauro. Lutando contra a AIDS entre meninas adolescentes: os
efeitos da Campanha de Carnaval de 2003 do Ministrio da Sade do Brasil.
Cad.SadePblica,RiodeJaneiro,21(4):12341243,julago,2005.
Sitesvisitados:
http://www.unaids.org.br/sobre_aids/sobre_aids.asp
http://www.aids.gov.br/noticia/2012/aidsnomundodotrabalho
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