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Anatomia Humana J. A. Esperança Pina da Locomoção da Locomoção 5.ª EDIÇÃO

Anatomia Humana da Locomoção

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Da coleção Anatomia Humana, este volume está totalmente remodelado e atualizado para a Terminologia Anatómica (IFAA). Inclui 51 capítulos com 730 desenhos esquemáticos e radiografias.

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32,5mm174mm

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AnatomiaHumana

J. A. Esperança Pina

da Locomoçãoda Locomoção5.ª EDIÇÃO

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Anatomia Humanada Locomoção

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A Anatomia Humana da Locomoção foi escrita essencialmente a pensar nos estudantes em início da carreira universitária, com a �nalidade de adquirirem os conhecimentos indispensáveis à sua prática clínica, fornecendo ao futuro médico bases seguras em Anatomia Humana da Locomoção, a �m de compreender as noções de semiologia, de patologia, de diagnóstico diferencial e de terapêutica.

Esta obra foi também escrita para licenciados em Medicina para que possam rever os conceitos morfológicos necessários à sua formação nos internatos de especialidade de Ortopedia, Traumatologia, Cirurgia Geral, Medicina Física e de Reabilitação e as diferentes especialidades das Ciências da Imagem.

Revista e actualizada com base na Terminologia Anatomica, nesta obra acrescenta-ram-se novos capítulos – a anatomia geral, a anatomia funcional, a anatomia de superfície e artística, a anatomia da locomoção em TC e RM, em ecogra�a e em artroscopia – a pensar nos cursos de Enfermagem, Educação Física e Motricidade Humana, Fisioterapia e nos cursos de Escultura e Pintura.

A Anatomia Humana da Locomoção contempla o estudo de:

Anatomia humana geral da locomoçãoAnatomia humana da locomoção passiva (osteologia e artrologia) Anatomia humana da locomoção activa (miologia) Anatomia funcional Anatomia de superfície e artística Anatomia craniométricaAnatomia da locomoção em radiologia, em TC e RM, em ecogra�ae em artroscopia

J. A. Esperança Pina

Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA), de 1994a 1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa

ISBN 978-989-752-116-4

www.lidel.pt

9 789897 521164

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ÍNDICE XLIII

PREFÁCIOPREFÁCIO

Um ensino de Anatomia unicamente verbal constitui, no meu entender, um ensino pobre, porinsuficiente, e até mesmo abstracto. A palavra, neste caso, precisa de se aliar à imagem, parase vivificar. A imagem é que lhe vai insuflar a vida, constituindo, juntas, um binómio quetornará o ensino mais claro, mais evidente, mais preso à realidade.

Impõe-se, a todo aquele que ensina Anatomia, a distinção entre os dois pilares fundamentaisque a sustêm: a anatomia cadavérica e a anatomia do ser vivo. A Anatomia estudada no cadáverconstitui a primeira e uma das mais relevantes fontes de conhecimento morfológico, apesar dogrande óbice de nos poder transmitir algo diferente da realidade.

A Anatomia estudada no ser vivo pode completar, então, o que de incompleto nos fica daAnatomia estudada no cadáver.

Assim, a anatomia de superfície e artística evidencia os pontos de referência anatómicos.

A anatomia funcional permite compreender todos os movimentos com base nas leis damecânica.

A introdução da anatomia imagiológica tornou viável o estudo das estruturas que nos passama transmitir, com fiabilidade, a noção de normal, susceptível de se comparar depois com opatológico.

A anatomia cintigráfica analisa as características das imagens normais e a sua naturezacomplementar em relação à radiografia, permitindo pensar em termos fisiológicos, mas combase em conhecimentos anatómicos.

O estudo dos cortes anatómicos seriados, comparáveis com as imagens obtidas pela tomografiacomputorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a ecografia, torna-se necessário paraultrapassar tantas dificuldades de interpretação.

A anatomia endoscópica permite, com aparelhagem especial, observar cavidades e canaisnaturais, fora do alcance da observação directa.

A anatomia regional, de vital importância cirúrgica, estuda as regiões do corpo humano.

A anatomia experimental tenta estabelecer a correspondência entre a Anatomia Humana e aAnatomia Animal, possibilitando a observação dos órgãos em pleno funcionamento.

Impõe-se, actualmente, que se ministre em Anatomia Humana, um ensino, simultaneamente,teórico e prático.

Sou levado a concluir que as decisões magistrais dos tratados clássicos foram, com o decorrerdos tempos, ganhando em perfeição, como resultado de uma melhor observação do cadáver,suprema realidade anatómica.

XLVI ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO

A Anatomia Humana da Locomoção foi escrita para os cursos superiores de Enfermagem.

À Anatomia Humana da Locomoção foi acrescentado um capítulo de Anatomia Funcional, apensar nos cursos de educação física e motricidade humana e ainda aos cursos de fisioterapia.

À Anatomia Humana da Locomoção foi acrescentado um capítulo de Anatomia de Superfíciee Artística, a pensar nos cursos de Escultura e de Pintura.

A presente edição da Anatomia Humana da Locomoção baseou-se na Terminologia Anatomica,da Federative International Committee on Anatomical Terninology, Thieme, Stuttgart – NewYork, 1998, publicada na dependência da International Federation of Associations of Anatomists(I.F.A.A.), sob a minha Presidência, entre 1994 e 1999.

A Terminologia Anatomica, cuja primeira edição foi adoptada em Paris em 1955, com adenominação de Nomina Anatomica, tem vindo a impor-se nas publicações internacionais. Ostermos em latim, língua escolhida como língua única, adaptaram-se à língua portuguesa, nuncase negligenciando a brilhante nomenclatura anatómica portuguesa, consagrada no ManualSinóptico de Anatomia Descritiva, de José António Serrano.

Mantive o nome dos anatomistas entre parênteses, nas estruturas por eles descritos pela primeiravez, não permitindo o seu esquecimento, como o fizeram numerosas obras de Anatomia.Suprimi deliberadamente as referências bibliográficas, por entender não serem de utilidadeprimordial, numa obra que é destinada a todos aqueles que pretendam estudar pela primeiravez ou rever a Anatomia Humana da Locomoção.

Se, de algum modo, este trabalho contribuir para facilitar o estudo da Anatomia Humana daLocomoção, considero, o meu esforço de cerca de 36 anos, bem recompensado.

52 ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO PASSIVA

2.1.3.1.2.1. Base externa do crânio

2.1.3.1.2. Base do crânio

Os parietais encontram-se representados pelasfossas parietais (Fig. 65.4), onde estão asfovéolas granulares (Pacchioni) (Fig. 65.5), ossulcos dos vasos meníngeos médios (Fig. 65.6)e os foramenes parietais (Fig. 65.7).O occipital encontra-se representado por umaporção da sua escama (Fig. 65.8).

2.1.3.1.2. Base do crânio

2.1.3.1.2.1. Base externa do crânio

É constituída por porções dos seguintesossos: as maxilas (Fig. 66.A), os zigomáticos(Fig. 66.B); o frontal (Fig. 66.C); o esfenóide(Fig. 66.D); os palatinos (Fig. 66.E); o vómer(Fig. 66.F); os temporais (Fig. 66.G); osparietais (Fig. 66.H); e o occipital (Fig. 66.I).As maxilas encontram-se representadas peloprocesso palatino (Fig. 66.1), pelo canal inci-sivo (Fig. 66.2) e pelo processo zigomático(Fig. 66.3).Os zigomáticos encontram-se representadospela sua face lateral e ângulo posterior (Fig.66.4), que se articula com o processo zigomá-tico do temporal.O frontal encontra-se representado pelo pro-cesso zigomático (Fig. 66.5).O esfenóide encontra-se representado pelasasas maiores (Fig. 66.6), pelos foramenesovais (Fig. 66.7), pelos foramenes espinhosos(Fig. 66.8), pelas espinhas do esfenóide (Fig.66.9), pelos processos pterigóides (Fig.66.10), pelos hámulos pterigoideus (Fig.66.11), pelas lâminas mediais dos processospterigóides (Fig. 66.12), pelas lâminas late-rais dos processos pterigóides (Fig. 66.13),pelas fossas pterigoideias (Fig. 66.14) e pelasfossas escafoideias (Fig. 66.15).Os palatinos encontram-se representadospela lâmina horizontal (Fig. 66.16), pelo pro-cesso piramidal (Fig. 66.17), pelo foramepalatino maior (Fig. 66.18), pelos foramenespalatinos menores (Fig. 66.19) e pela espinhanasal posterior (Fig. 66.20).O vómer encontra-se representado pela cristacoanal (Fig. 66.21).

Fig. 66 - Base externa do crânio

A. Maxila B. Zigomático C. Frontal D. Esfenóide E. Palatino F. VómerG. Temporal H. Parietal I. Occipital1. Processo palatino 2. Canal incisivo 3. Processo zigomático 4. Face laterale ângulo posterior do zigomático 5. Processo zigomático 6. Asa maiordo esfenóide 7. Forame oval 8. Forame espinhoso 9. Espinha do esfenóide10. Processo pterigóide 11. Hámulo pterigoideu 12. Lâmina medial do pro-cesso pterigóide 13. Lâmina lateral do processo pterigóide 14. Fossa pteri-goideia 15. Fossa escafoideia 16. Lâmina horizontal do palatino 17. Processopiramidal 18. Forame palatino maior 19. Foramenes palatinos menores20. Espinha nasal posterior 21. Crista coanal do vómer 22. Processo zigo-mático 23. Tubérculo articular 24. Fossa mandibular 25. Fissura petro-timpâ-nica (Glasser) 26. Forame mastoideu 27. Incisura mastoideia 28. Aberturado canalículo mastoideu 29. Meato acústico externo 30. Processo estilóide31. Forame estilo-mastoideu 32. Fossa jugular 33. Canalículo timpânico34. Abertura inferior do canal carótico 35. Margem posterior do parietal36. Forame magno do occipital 37. Parte basilar do occipital 38. Tubérculofaríngeo 39. Côndilo occipital 40. Forame lateral do canal do nervo hipoglosso41. Forame lateral do canal condilar 42. Protuberância occipital externa43. Crista occipital externa 44. Linha nucal inferior 45. Linha nucal superior

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146 ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO PASSIVA

6.6.2.5. ARTICULAÇÕES INTERMETATARSAISMecanismo articularAs articulações tarso-metatarsais (Lisfranc)executam movimentos de flexão, de extensãoe de lateralidade.A 1ª, 4ª e 5ª articulações tarso-metatarsaisapresentam os movimentos de maior ampli-tude. A 2ª articulação tarso-metatarsal éimóvel e a 3ª articulação tarso-metatarsaltem movimentos de deslizamento muitolimitados.

6.6.2.5. ARTICULAÇÕES INTERMETATARSAIS

São articulações entre as extremidades poste-riores dos quatro últimos metatarsais, sendoo primeiro metatarsal independente.

ClassificaçãoPlanas.

DescriçãoEncontram-se três articulações entre as extre-midades posteriores dos 2º, 3º, 4º e 5º meta-tarsais, apresentando como meios de união,

Fig. 198 - Articulações mesometatarsais, intermetatatarsais, meta-tarso-falângicas e interfalângicas, vistas pela face superior

1. Ligamentos tarso-metatarsais dorsais 2. Ligamentos metatatarsaisdorsais 3. Ligamentos colaterais metatarso-falângicos 4. Ligamentoscolaterais interfalângicos

Fig. 199 - Articulações mesometatarsais, intermetatarsais, metatarso--falângicas e interfalângicas vistas pela face plantar

1. Ligamentos tarso-metatarsais plantares 2. Ligamentos metatarsaisplantares 3. Ligamento metatarsal transverso profundo

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206 ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO ACTIVA

10.2.1.3. MÚSCULO ROMBÓIDE MAIOR E MÚSCULOROMBÓIDE MENOR

Insere-se nos processos espinhosos das seteúltimas vértebras torácicas e das vértebraslombares, na crista sagrada mediana, e aindanas três últimas costelas.A partir destas inserções, os fascículos supe-riores têm um trajecto horizontal, os fascí-culos inferiores uma direcção vertical e osfascículos médios uma direcção com obliqui-dade ântero-súpero-lateral. Todos estes fascí-culos, depois de convergirem, contornamde posterior para anterior e de inferior parasuperior, a margem inferior do músculoredondo maior, relacionando-se então com asua face anterior e acabando por se inserir nofundo do sulco intertubercular (Fig. 262.2).

10.2.1.3. MÚSCULO ROMBÓIDE MAIOR E MÚSCULOROMBÓIDE MENOR

Estão situados na porção inferior da nuca e naporção superior do dorso.Podem considerar-se dois músculos rombói-des, um superior, o músculo rombóide me-nor (Fig. 263.2) e um inferior, o músculorombóide maior (Fig. 263.1).Inserem-se no ligamento nucal e nos pro-cessos espinhosos da 7ª vértebra cervical edas cinco primeiras vértebras torácicas.As suas fibras convergem depois com obli-quidade ínfero-lateral, acabando por se inserir

Fig. 261 - Músculos dorsais superficiais

1. Músculo trapézio 2. Músculo latíssimo do dorso

Fig. 262 - Esquema das inserções dos músculos trapézio e latíssimodo dorso

1. Inserções do músculo trapézio 2. Inserções do músculo latíssimodo dorso

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1

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316 ANATOMIA FUNCIONAL

Fig. 428 - Inclinação lateral da parte lombar da coluna vertebral

Fig. 429 - Rotação da parte cervical da coluna vertebral

Fig. 430 - Rotação da parte torácica da coluna vertebral

Fig. 431 - Rotação da parte lombar da coluna vertebral

Os músculos que fazem a rotação para omesmo lado são os músculos esplénios, omúsculo longo do pescoço (parte oblíquaascendente) e o músculo oblíquo interno doabdómen.Os músculos que fazem a rotação para olado oposto são o músculo transversárioespinhal, o músculo longo do pescoço (parteoblíqua descendente) e o músculo oblíquoexterno do abdómen.

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ANATOMIA FUNCIONAL DO MEMBRO INFERIOR 321

17.2.2. MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO LATERAL EDE ROTAÇÃO MEDIAL

17.3.1. MOVIMENTOS DE FLEXÃO (FLEXÃODORSAL) E DE EXTENSÃO (FLEXÃO PLANTAR)

17.3. ANATOMIA FUNCIONAL DOTORNOZELO E DO PÉ

17.2.2. MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO LATERAL EDE ROTAÇÃO MEDIAL

Os movimentos de rotação lateral e derotação medial realizam-se segundo um eixolongitudinal que passa pelo corpo do fémur,situando-se o pé lateralmente ou medial-mente. Na rotação lateral com o joelho emextensão (Fig. 438.A) a amplitude é nula, ecom o joelho flectido, a amplitude é muitoreduzida. Na rotação medial com o joelhoem extensão (Fig. 438.B), a amplitude é nulae, com o joelho em flexão, a amplitude émuito reduzida.O músculo de rotação lateral é o músculobicípite femoral.O músculo de rotação medial é o músculográcil.

17.3. ANATOMIA FUNCIONAL DOTORNOZELO E DO PÉ

A articulação do tornozelo executa movimentosde flexão (flexão dorsal), extensão (flexãoplantar), abdução, adução, supinação ou rotaçãomedial e pronação ou rotação lateral.Num pé normal, os diferentes movimentosassociam-se automaticamente, constituindo osmovimentos de inversão ou eversão.

17.3.1. MOVIMENTOS DE FLEXÃO (FLEXÃODORSAL) E DE EXTENSÃO (FLEXÃO PLANTAR)

Os movimentos de flexão (flexão dorsal) ede extensão (flexão plantar) realizam-sesegundo um eixo transversal que passa peloápice dos maléolos. Na flexão (flexão dorsal)(Fig. 439.A), tem uma amplitude média de25°. Na extensão (flexão plantar) (Fig. 439.B),tem uma amplitude média de 45°.Os músculos flexores (flexores dorsais) sãoo músculo tibial anterior, o músculo extensor

Fig. 437 - Flexão e extensão do joelho

A. Flexão passiva do joelho B. Flexão activa do joelho C. Extensãodo joelho

Fig. 438 - Rotação lateral e rotação medial do joelho

A. Rotação lateral com o joelho em extensão B. Rotação medial como joelho em extensão

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338 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ARTÍSTICA

19.1.3. REFERÊNCIAS CUTÂNEAS– Músculo levantador do lábio superior e daasa do nariz (Fig. 462.12);

– Músculo levantador do lábio superior (Fig.462.13);

– Músculo levantador do ângulo da boca (Fig.462.14);

– Músculo zigomático maior (Fig. 462.15);– Músculo zigomático menor (Fig. 462.16);– Músculo risórios (Fig. 462.17);– Músculo abaixador do ângulo da boca (Fig.

462.18);– Músculo depressor do lábio inferior (Fig.

462.19);– Músculo mentual (Fig. 462.20);– Músculo auricular anterior (Fig. 462.21);– Músculo auricular superior (Fig. 462.22);– Músculo auricular posterior (Fig. 462.23);– Músculo platisma (Fig. 462.24).

19.1.3. REFERÊNCIAS CUTÂNEAS

As referências cutâneas mais característicassão diversas.A região frontal apresenta as saliências dasbossas frontais (Fig. 463.1), da glabela (Fig.463.2) e dos arcos superciliares (Fig. 463.3).A região orbital, contendo o bulbo ocular,é referenciada pelas saliências da margem orbi-tal, constituída pela margem supra-orbital(Fig. 463.4), pela margem infra-orbital (Fig.463.5), pela margem medial (Fig. 463.6) e pelamargem lateral (Fig. 463.7).As regiões nasal, oral, infra-orbital, men-tual e zigomática apresentam diversas refe-rências ósseas constituídas pelas saliências donasal (Fig. 463.8); do processo frontal damaxila (Fig. 463.9); da espinha nasal anterior(Fig. 463.10); da maxila (Fig. 463.11); doramo da mandíbula (Fig. 463.12); do corpo damandíbula (Fig. 463.13); da protuberânciamentual (Fig. 463.14); do tubérculo mentual(Fig. 463.15); e do zigomático (Fig. 463.16).

Fig. 462 - Referências musculares dos músculos faciais da mímica

Fig. 463 - Referências cutâneas nas regiões frontal e faciais da mímica

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346 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ARTÍSTICA

A malvadez com ódio (Fig. 482) apresenta ossulcos frontais dispostos anarquicamente e trêssulcos horizontais situados na raiz do nariz. Asrimas palpebrais dirigem-se com obliquidadeínfero-medial. As bochechas encontram-semuito contraídas, resultantes da contracção dos

Fig. 479 - Dureza

Fig. 480 - Dureza agressiva

ínfero-direita, um sulco vertical e dois sulcoshorizontais situados na raiz do nariz. Asbochechas apresentam um sulco vertical.A fenda da boca dirige-se com obliquidadeínfero-direita.

Fig. 481 - Malvadez

Fig. 482 - Malvadez com ódio

364 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ARTÍSTICA

24.1.2.3. REFERÊNCIAS CUTÂNEAS

24.1.2.2. REFERÊNCIAS MUSCULARES

24.1.2.1. REFERÊNCIAS ÓSSEAS

24.1.2. REGIÃO INGUINO-FEMORAL24.1.2. REGIÃO INGUINO-FEMORAL

A região inguino-femoral apresenta os se-guintes limites superficiais: superiormente,o ligamento inguinal, que se estende daespinha ilíaca ântero-superior ao tubérculo dopúbis; inferiormente, uma linha horizontalque passa no ponto onde se cruzam os mús-culos sartório e adutor longo; medialmente,uma linha vertical que passa pelo tubérculopúbico; e lateralmente, uma linha verticalque passa pela espinha ilíaca ântero-superior.

24.1.2.1. REFERÊNCIAS ÓSSEAS

A região inguino-femoral apresenta as se-guintes referências ósseas superficiais:

– Espinha ilíaca ântero-superior (Fig. 514.1);– Tubérculo púbico (Fig. 514.2).

24.1.2.2. REFERÊNCIAS MUSCULARES

A região inguino-femoral apresenta um planomuscular superficial constituído pelos seguin-tes músculos:

– Músculo tensor da fáscia lata (Fig. 514.3);– Músculo sartório (Fig. 514.4);– Músculo ílio-psoas (Fig. 514.5);– Músculo pectíneo (Fig. 514.6);– Músculo adutor longo (Fig. 514.7);– Músculo grácil (Fig. 514.8).

24.1.2.3. REFERÊNCIAS CUTÂNEAS

A pele da região inguino-femoral varia como tecido célulo-adiposo do indivíduo.Nos indivíduos adiposos, a região é convexae arredondada.Nos indivíduos magros, observam-se os rele-vos da espinha ilíaca ântero-superior (Fig.515.1) e do tubérculo púbico (Fig. 515.2),estando unidos pelo ligamento inguinal, que seprojecta na região pela prega inguinal (Fig.515.3). Observam-se uma série de relevosmusculares, que indo de lateral para medial, sãodo músculo tensor da fáscia lata (Fig. 515.4),Fig. 513 - Referências cutâneas da região glútea

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Fig. 512 - Referências ósseas e musculares da região glútea

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462 ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM RADIOLOGIA

32.6.2. INCIDÊNCIA OBLÍQUA PÓSTERO--ANTERIOR

– Corpo do 2º metacarpal (Fig. 646.14);– Cabeça do 3º metacarpal (Fig. 646.15);– Processo estilóide do 2º metacarpal (Fig.

646.16);– Processo estilóide do 3º metacarpal (Fig.

646.17);– Processo estilóide do 5º metacarpal (Fig.

646.18);– Osso sesamóide (Fig. 646.19);– Espaço intermetacarpal ou interósseo (Fig.

646.20);– Interlinha metacarpo-falângica (Fig. 646.21);– Base da falange proximal do dedo indica-

dor (Fig. 646.22);– Cabeça da falange proximal do dedo médio

(Fig. 646.23);– Interlinha articular interfalângica proximal

do dedo anelar (Fig. 646.24);– Tubérculos para inserção dos ligamentos

colaterais de reforço da articulação interfalân-gica proximal do 4º dedo (Fig. 646.25);

– Extremidade superior da falange média dodedo indicador (Fig. 646.26);

Fig. 646 - Incidência póstero-anterior da mão

– Interlinha articular interfalângica distal dodedo indicador (Fig. 646.27);

– Falange distal do dedo indicador (Fig.646.28).

32.6.2. INCIDÊNCIA OBLÍQUA PÓSTERO--ANTERIOR

Esta incidência permite-nos desprojectaralguns dos ossos do carpo, conferindo-lheuma melhor visualização, podendo identifi-car-se (Fig. 647):

– Processo estilóide do rádio (Fig. 647.1);– Interlinha articular rádio-escafoideia (Fig.

647.2);– Cabeça da ulna (Fig. 647.3);– Processo estilóide da ulna (Fig. 647.4);– Escafóide (Fig. 647.5);– Semilunar (Fig. 647.6);– Piramidal (Fig. 647.7);

Fig. 647 - Incidência oblíqua póstero-anterior da mão

496 ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC) E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)

38.6.2. CORTES CORONAIS E SAGITAIS EM RM

38.6.1. CORTES AXIAIS EM TC E RM

38.6. MÃO

– Retináculo dos músculos flexores (Fig. 685.6);– Tendões dos músculos flexores dos dedos

(Fig. 685.7);– Tendões dos músculos extensores dos dedos

(Fig. 685.8).

38.6. MÃO

A estrutura dos ossos e a sua cortical, bemcomo os espaços interósseos, podem serestudados por TC em cortes axiais. Estesmesmos elementos, bem como cartilagens,ligamentos, músculos e tendões, estruturasvasculares e nervosas deverão ser estudadospor RM com cortes axiais, coronais, sagitaisou variantes oblíquas.Podem encontrar-se repercussões a este nívelde doenças sistémicas que afectam as partesmoles e os componentes ósteo-articulares,como a artrite reumatóide, a esclerodermia eo hiperparatiroidismo, ou detectar patologialocal, sobretudo fracturas e luxações.

38.6.1. CORTES AXIAIS EM TC E RM

Na avaliação das dimensões do canal do carpoe despiste da compressão do nervo mediano,nos derrames articulares, nas sinovites e teno-sinovites dos tendões flexores e extensores, ouno despiste de ósteo-condrites e ósteo-necrosesdos pequenos ossos do carpo sequelares atraumatismos, a RM é fundamental.Num corte axial em RM para avaliação docanal cárpico, pode identificar-se (Fig. 686):

– Escafóide (Fig. 686.1);– Capitado (Fig. 686.2);– Piramidal (Fig. 686.3);– Pisiforme (Fig. 686.4);– Retináculo dos músculos flexores dos dedos

(Fig. 686.5);– Tendão do músculo flexor radial do carpo

(Fig. 686.6);– Tendão do músculo flexor longo do polegar

(Fig. 686.7);– Tendões do músculo flexor superficial dos

dedos (Fig. 686.8);

– Tendões do músculo flexor profundo dosdedos (Fig. 686.9);

– Tendão do músculo flexor ulnar do carpo(Fig. 686.10);

– Tendão do músculo extensor ulnar do carpo(Fig. 686.11);

– Artéria radial (Fig. 686.12);– Nervo mediano (Fig. 686.13);– Artéria ulnar (Fig. 686.14);– Nervo ulnar (Fig. 686.15);– Tendões do músculo extensor dos dedos

(Fig. 686.16);– Tendão do músculo abdutor longo do pole-

gar (Fig. 686.17);– Tendão do músculo extensor curto do pole-

gar (Fig. 686.18);– Tendão do músculo extensor radial longo

do carpo (Fig. 686.19);– Tendão do músculo extensor radial curto do

carpo (Fig. 686.20).

38.6.2. CORTES CORONAIS E SAGITAIS EM RM

Realizados para uma adequada visualizaçãodas superfícies articulares, cartilagens, meiosde união dos ossos do carpo, do metacarpo edos dedos, músculos dos espaços interósseos,das regiões tenar e hipotenar, tendões, estru-turas vasculares e nervosas.

Fig. 686 - Cortes axiais em RM para avaliação do canal cárpico dopunho direito

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ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM ECOGRAFIA DO MEMBRO INFERIOR 515

44.5.1. ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

44.5. TORNOZELO

– Tecido celular subcutâneo (Fig. 695.1);– Porção medial do músculo gastrocnémio

(Fig. 695.2);– Porção lateral do músculo gastrocnémio

(Fig. 695.3);– Músculo solhar (Fig. 695.4);– Músculo flexor longo dos dedos (Fig.

695.5);– Músculo tibial posterior (Fig. 695.6);– Contorno da tíbia (Fig. 695.7);– Contorno da fíbula (Fig. 695.8).

44.5. TORNOZELO

44.5.1. ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

A articulação do tornozelo ou talo-cruralpermite realizar os movimentos entre a pernae o pé e é frequente sede de traumatismoscomo entorses e fracturas, sendo a solicitaçãodo seu estudo ecográfico precedido de radio-grafia e eventualmente complementado porestudo RM, ou por estudo TC no caso decontra-indicação daquela.No estudo ecográfico podem avaliar-se oscontornos mais superficiais da interlinha arti-cular, as bolsas sinoviais (anterior e poste-rior), os meios de união, em particular osligamentos colaterais laterais e colateraismediais, e ainda os tendões dos músculos daperna que se relacionam com esta articulação.Do lado da perna, a superfície articular éconstituída pelas extremidades inferiores datíbia e fíbula unidas pelos ligamentos daarticulação tíbio-fibular inferior. Do lado dopé, a tróclea do tálus continua-se pelas faceslaterais do tálus.Nos meios de união realçam-se neste estudoecográfico a cápsula articular muito fina; osligamentos colaterais laterais (ligamento talo--fibular anterior, ligamento talo-fibular poste-

Fig. 695 - Estudo ecográfico da face posterior da perna esquerda emcorte axial

Num estudo ecográfico em longitudinal daface posterior e inferior da perna podeobservar-se (Fig. 696):

– Tecido celular subcutâneo (Fig. 696.1);– Músculo tricípite sural (Fig. 696.2);– Músculo tibial posterior (Fig. 696.3);– Tendão do calcâneo (Aquiles) (Fig. 696.4);– Tecido adiposo situado anteriormente ao

tendão do calcâneo (Aquiles) (Fig. 696.5);– Contorno da tíbia (Fig. 696.6);– Contorno do calcâneo (Fig. 696.7).

Fig. 696 - Estudo ecográfico longitudinal da face posterior e inferiorda perna

532 ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM ARTROSCOPIA

Numa imagem artroscópica da eminênciaintercondilar do joelho, pode identificar-se(Fig. 712):

– Ligamento cruzado anterior (Fig. 712.1);– Ligamento cruzado posterior (Fig. 712.2).

Fig. 711 - Artroscopia do joelho

Fig. 712 - Artroscopia do joelho

Numa imagem artroscópica do joelho, podeidentificar-se (Fig. 713):

– Ligamento cruzado anterior (Fig. 713.1);– Prega sinovial infra-patelar (Fig. 713.2).

Numa imagem artroscópica da porção lateralda cavidade articular fémoro-tibial, podeidentificar-se (Fig. 714):

– Côndilo lateral do fémur (Fig. 714.1);

Fig. 713 - Artroscopia do joelho

Fig. 714 - Artroscopia do joelho

32,5mm174mm

248m

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27,5mm174mm

AnatomiaHumana

J. A. Esperança Pina

da Locomoçãoda Locomoção5.ª EDIÇÃO

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Anatomia Humanada Locomoção

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A Anatomia Humana da Locomoção foi escrita essencialmente a pensar nos estudantes em início da carreira universitária, com a �nalidade de adquirirem os conhecimentos indispensáveis à sua prática clínica, fornecendo ao futuro médico bases seguras em Anatomia Humana da Locomoção, a �m de compreender as noções de semiologia, de patologia, de diagnóstico diferencial e de terapêutica.

Esta obra foi também escrita para licenciados em Medicina para que possam rever os conceitos morfológicos necessários à sua formação nos internatos de especialidade de Ortopedia, Traumatologia, Cirurgia Geral, Medicina Física e de Reabilitação e as diferentes especialidades das Ciências da Imagem.

Revista e actualizada com base na Terminologia Anatomica, nesta obra acrescenta-ram-se novos capítulos – a anatomia geral, a anatomia funcional, a anatomia de superfície e artística, a anatomia da locomoção em TC e RM, em ecogra�a e em artroscopia – a pensar nos cursos de Enfermagem, Educação Física e Motricidade Humana, Fisioterapia e nos cursos de Escultura e Pintura.

A Anatomia Humana da Locomoção contempla o estudo de:

Anatomia humana geral da locomoçãoAnatomia humana da locomoção passiva (osteologia e artrologia) Anatomia humana da locomoção activa (miologia) Anatomia funcional Anatomia de superfície e artística Anatomia craniométricaAnatomia da locomoção em radiologia, em TC e RM, em ecogra�ae em artroscopia

J. A. Esperança Pina

Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA), de 1994a 1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa

ISBN 978-989-752-116-4

www.lidel.pt

9 789897 521164

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