16
Ano IX - Nº 110 31 de Maio a 30 de Junho de 2013 Musical sobre Gonzaguinha no Teatro Brigadeiro. Pág. 12 Fontes do Centro: uma resgatada, 7 abandonadas. Depois de nove meses submetida a obras de restauro, a fonte da Pça Júlio Mesquita é devolvida à população em 2 de maio, pelo Departamento do Patrimônio Histórico (órgão da Secretaria Municipal de Cultura). Parte da comunidade do Centro considera como sonho irrealizável ver as demais recuperadas, limpas e ativas. Pág. 3 André Bogdan

André Bogdan Fontes do Centro: uma resgatada, 7 abandonadas.jornalcentroemfoco.com.br/PDF/110.pdf · têm de assistir “ao vivo” sho-ws de grandes intérpretes da MPB e de atrações

  • Upload
    vukhanh

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Ano IX - Nº 11031 de Maio a 30 de Junho de 2013

Musical sobre Gonzaguinha

no Teatro Brigadeiro. Pág. 12

Fontes do Centro: uma resgatada, 7 abandonadas.

Depois de nove meses submetida a obras de

restauro, a fonte da Pça Júlio Mesquita é devolvida à

população em 2 de maio, pelo Departamento do Patrimônio Histórico (órgão da Secretaria Municipal de Cultura). Parte da comunidade do Centro

considera como sonho irrealizável ver as demais

recuperadas, limpas e ativas. Pág. 3

André Bogdan

2 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

Vd. Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 2864-0770 / 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] - Edição / Publicidade : Carlos Moura - DTR/MS 006 - Edição de Arte: Binho Moreira

Fotografia: Francisco Alves - MTb 13.705 e Joca Duarte - MTb 36.520 - Tiragem: 30 mil exemplares - Distribuição Gratuita.O Centro em Foco é pulicado pela CM Edições Jornalísticas - ME

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.

Expediente

NOSSO PENSAMENTORetire seu exemplar

gratuitamenteCentro Velho

Banca Líberorua líbero Badaró, 413

Banca Martinelli Pça Antonio Prado

Banca Pça Antonio Prado Pça Antonio Prado

Banca Largo do Café lgo do Café

Banca das Apostilas rua Boa Vista

liBerdAdeBanca Shinozaki – Pça da liberdade

Banca Portal da Liberdade rua Galvão Bueno, 161

Revistaria Brasilis Av. liberdade, 472

BelA VistA Banca Maria das Graças

rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor

rua Maria Paula, 243 Banca Estadão

viaduto nove de Julho, 185 Banca Consolação

viaduto nove de Julho Banca da Rocharua rocha, 132

Banca do Toninho rua da Consolação

Banca GVAv. 9 de Julho, 2029 Banca Vd. Jacareí

(em frente Pharma & Cia);

Centro noVoBanca São Bento

rua Barão de itapetininga Banca Corredor Cultural Pça. dom José Gaspar

Banca São Luís – av. são luís

rePúBliCABanca Av. São Luis 84

av. são luís Banca Itália av. ipiranga

Banca Mealhada av. são João, 629

ArouCheBanca Mester

av. são Joao, 1050 Banca Nova Arouche

largo do Arouche, 276 Banca do Olavo

av. duque de Caxias, 436

stA CeCíliABanca Angelical av. Angélica, 500

Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília largo sta Cecilia

VilA BuArqueBanca Praça do Rotary

rua Gal. Jardim Banca Consolação rua dona Antonia de queiroz, 436

A Virada Cultural, tal-vez o maior evento do gênero no mun-

do, mais uma vez brinda a cidade com a criatividade dos nossos músicos, atores, acrobatas, poetas e a diver-sidade fantástica da nossa população, acrescida de es-trangeiros.

O evento é, possivel-mente, a oportunidade que muitos cidadãos paulistanos têm de assistir “ao vivo” sho-ws de grandes intérpretes da MPB e de atrações interna-cionais, em um mesmo dia e em uma mesma localidade. Mas para continuar atenden-do esta demanda, a Prefeitu-ra tenha, talvez, de repensar o modelo do megaevento, pois os problemas decorren-tes de sua realização cres-cem a cada ano.

Repensar a Virada Cultural é precisoA 9ª edição da Virada

Cultural, realizada na noite do dia 18 e dia 19 de maio, registrou ocorrências que denotaram insegurança, levando muitos participan-tes a afirmarem, nas redes sociais, que não voltam ao evento no próximo ano. Conforme informações da Secretaria de Segurança Pú-blica ocorreram duas mor-tes (uma causada por bala de “arma de fogo” e outra, decorrente de overdose), 28 detenções -17 em fla-grante, sendo nove adoles-centes -, 12 casos de roubo e seis esfaqueamentos.

Segundo o tenente-coronel Reynaldo Simões Rocha, 34 ocorrências foram encaminhadas para o poder judiciário. Ele informou, também, que houve tráfico

de entorpecentes, apreen-são de “armas de fogo” e casos de excesso de bebidas alcoólicas. Aproximadamen-te 1.800 pessoas receberam atendimento médico e 260 foram removidas da área do evento para hospitais.

Durante o balanço, após o término do evento, o pre-feito declarou que “a progra-mação foi bem recebida pela população” e que “houve muitos elogios sobre a plu-ralidade e diversidade de todos os gêneros”. Para ele a Virada Cultural “cumpriu sua missão principal, que é justamente promover a di-versidade e o respeito entre as várias representações ar-tísticas da cidade”. E acres-centou que ele e sua família continuarão a participar da Virada, sem problema.

A impressão que fica é que, embora servidores integrantes da Comissão Organizadora das edições anteriores tenham se manti-do como tal na edição deste ano, houve ou falta de entro-samento entre eles e os no-vos dirigentes da Secretaria de Cultura ou de humildade destes para absorver o “now know” acumulado, que no ano passado possibilitou a realização de um trabalho de prevenção e inteligência, coibindo antecipadamente a circulação de vinhos quí-micos e outros produtos no-civos à convivência urbana, tão necessária a esta nossa cidade.

Lamentamos a ausência de um esperado diálogo pré-vio dos gestores da Cultura com a comunidade local, no

sentido de ouvi-la quanto ao eventual, mas inevitável, “incômodo” resultante da “poluição sonora” advinda dos shows, que em algumas áreas da região voltou a per-turbar moradores. Não se pode esquecer que, mesmo durante as 24 horas da Vi-rada, há moradores que tra-balham, há pessoas idosas e acamadas, que precisam e merecem ser ouvidas e res-peitadas. “Todavia, porém, contudo” desejamos que os órgãos envolvidos com a re-alização dos grandes even-tos na cidade, doravante se disponham a interagir mais com a população antes de coloca-los nas ruas.

Viva a Virada cultural, Viva a cidade de São Paulo.Carlos Moura - Carlos Beutel

A abertura da 3ª edição da Virada Sustentável será no “Dia Mun-

dial do Meio Ambiente”, na quarta-feira, dia 5, às 9h30, no Memorial da América Latina. O presidente do Me-morial, o cineasta e escri-tor João Batista de Andrade plantará uma muda de Pau Brasil, ao lado do idealizador do evento, André Palhano, no parquinho da Biblioteca Latino-Americana Vitor Civi-ta - Praça do Memorial.

O acontecimento marca a abertura das exposições “Gotas d’Água”, de Andrea Laybauer e “Paisagens Andi-nas”, de Ulisses Matandos, na Biblioteca do Memo-rial. A Virada Sustentável

Virada Sustentável no Memorial da América Latina

tem como objetivo promover por meio da arte, a reflexão de temas sobre sustentabili-dade.

Programação:8 de junho (sábado)

10h às 17h - Virada Sustentável: Piquenique Musical11h às 17 - Virada Sustentável: Ecobus - Ônibus interativo11h - Virada Sustentável:

Oficina “Plantar na Cidade”, ministrada por AboreSer

12h - Virada Sustentável: Ação da Pipa

12h às 15h - Virada Sus-tentável: Oficina Sílvio Alva-rez (colagem de papel)

13h às 15h - Virada Sus-

tentável: Oficina de Criação de Recursos Musicais

15h - Virada Sustentável: Exibição do filme “A Cidade é uma Só”, uma reflexão so-bre os 50 anos de Brasília.

15h - Virada Sustentável: Oficina “Plantar na cidade”, ministrada por AboreSer

9 de junho (domingo) Mostra Ecofalante - Circo Pa-ratodos

15h - Virada Sustentável: Filmes “COHAB” (um dia só-brio no bairro de Capão Re-dondo) e “Perus -Uma Histó-ria Feita de Ferro, Cimento e Amor”.

16h - Virada Sustentável: Filmes “O Som do Limão” e “Aluga-se”.

O III Encontro Nacio-nal de Coletado-res, Beneficiadores

e Recicladores de Óleo Comestível será realizado pela ECÓLEO, no dia 6 de junho, na Assembleia Legislativa de São Paulo, junto a comissão de Meio Ambiente, representando importante iniciativa para a discussão dos proble-mas no setor, para troca de experiências, negócios, etc., além de promover a busca de políticas pú-blicas, com o objetivo de incrementar a coleta. A ECÓLEO - Associação Nacional para Sensibi-lização, Coleta, Reapro-

Encontro discute coleta de resíduos de

óleo comestível veitamento e Reciclagem de Óleo Comestível -, é uma entidade sem fins lucrativos, que reúne am-bientalistas, coletadores, beneficiadores e recicla-dores de resíduos de óleo comestível. Foi criada por iniciativa da advogada Cé-lia Marcondes Smith, a partir de um projeto de coleta seletiva nos Jardins, e que hoje gera trabalho e renda para dezenas de pes-soas - cooperativados que retiram dos lixões mais de 150 toneladas de reciclá-veis por mês.

Mais informações:www.ecoleo.org.br

SUSTENTABILIDADE

Fotos: André Bogdan

3SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013 COMUNIDADE

Anuncie no jornal da região central

3255-1568jornalcentroemfoco.com.br

Há 4 anos, moradores da região central e outros participan-

tes habituais da Caminhada Noturna pelo Centro, capi-taneados pelo líder comu-nitário e comerciante Car-los Beutel, iniciaram uma campanha pela recuperação e restauro das 8 fontes-monumentos instaladas no Centro. São monumentos imponentes e ao mesmo tempo acolhedores, capazes de juntar, para sua contem-plação, o rico e o pobre, o negro e o branco, o evangé-lico e o umbandista.

A campanha da comuni-dade continua, a bandeira mantêm-se empunhada. Du-rante o mês de maio o tema da Caminhada Noturna foi “As fontes do Centro”, que desenvolveu roteiros preven-do visitas assim realizadas:

Dia 2 - Fonte da Júlio Mesquita (com sarau poé-tico musical, após reinau-guração); 9 - Fonte monu-mental do Teatro Municipal (Pça Ramos de Azevedo), em meio a beleza do Jardim de Le Corbusier e de frente com o Vale do Anhangabau - espaço vocacionado a ser o mais querido da região

As fontes do Centro: uma recuperada, 7 abandonadas.central e, possivelmente, da cidade, quando completado complexo Paço das Artes; 16 - Fonte da Ladeira da Memória, Obelisco e fon-tes do Túnel Nove de Julho, estas desativadas, escuras e ocupadas por dependentes químicos; 23 - Praça da SÉ, com o seu “Espaço das Ar-tes”, exibindo 14 esculturas contemporâneas, pode ser considerada uma das mais belas praças do mundo - esta, outrora motivo de car-tões postais, hoje abandona-da, também pela sociedade; 30 - Fonte e Lago da Praça da República, que ora é mo-tivo de orgulho, pelo cui-dado e funcionamento, ora envergonha principalmente dos moradores do Centro. A programação foi encerrada, onde começou: na Pça Júlio Mesquita, que agora está 24 horas sob a vigilância da Guarda Civil Mettroplitana.

Embora tenha comemo-rado a entrega da fonte da Pça Júlio Mesquita à popula-ção do entorno, no dia 2 de maio, pelo Departamento do Patrimônio Histórico (órgão da Secretaria Municipal de Cultura), parte da comuni-dade começa a considerar

como sonho irrealizável ver esses “monumentos” recu-perados, limpos e ativos, dada a ausência de iniciativa por parte da Prefeitura no sentido de reverter a situ-ação. Pelo que se sabe não existe programa de obras, e nem projeto, para inter-venções nesses patrimônios públicos. O Centro em Foco solicitou à Prefeitura infor-mações a respeito, mas até o fechamento desta edição, na manhã do dia 31, não obte-ve resposta.

Submetida a obras de restauro e recuperação durante nove meses (agos-to de 2012 a de abril de 2013), a fonte instalada na Júlio Mesquita - restaurada no seu esplendor -, por si só, mais a presença diutur-

na da GCM, causaram signi-ficativa mudança no cenário da região, melhorando a sensação de segurança, a limpeza (deposição de lixo em volta do monumento, não acontece mais) e a con-vivência urbana; as crianças voltaram a brincar na praça; a auto-estima da comuni-dade local reapareceu po-sitiva. Para Carlos Beutel, “isto não tem preço”. Erni Coutinho, que é morador de um edifício localizado na praça e presidente da Ação Local Júlio Mesquita, de-clara: “o momento é muito bom, e para isso a presen-ça da GCM, o desvelo da Subprefeitura e o cuidado do DPH tem sido funda-mentais. Inclusive, estamos conversando com o subpre-

feito Marcos Barreto sobre um projeto de PPP (Parceria Público Privada), para a ma-nutenção permanente da praça”.

Estimulados por esta conquista popular, os par-ticipantes da Caminhada Noturna, que se confraterni-zaram com os moradores do entorno da Praça, prometem continuar atuando até obte-rem do Governo Municipal a concepção e aprovação de projetos para a recuperação das outras 7 fontes do Cen-tro. Eles entendem que es-tão reivindicando não apenas a recuperação de patrimô-nio, o que já seria bastante, mas “uma visão de futuro voltada para o lazer e o turis-mo, um desafio de gerir com qualidade e respeito os bens

da municipalidade, e vencer com a inteligência da socie-dade e do poder público, o mau uso do que é coletivo e jamais poderá ser individu-al ou privatizado”, defende Beutel.

As fontes são uma cria-ção do homem urbano, que remete ao bucolismo rural, àquela sensação de estar à beira de um córrego ou de uma cascata, sentindo o re-frescamento do corpo e paz da alma. Esta é a finalidade das fontes urbanas, no en-tanto, a quase totalidade das existentes na cidade, encon-tram-se desativadas há mais de 40 anos, ou funcionando precariamente, necessitadas de grandes reparos, o que representa desperdício em todos os sentidos.

Fonte Pça. da Sé, mantida pelo Metrô e abandonada pela sociedade

Fonte Praça Ramos de Azevedo, antes mantida pelo Grupo Votorantim, hoje esquecida

Fonte Ladeira da Memória, esquecidaFonte na República, mantida pela PMSP Fonte Túnel Nove de Julho, abandonadaFonte Praça Julio de Mesquita

Toni Sadahyto Toni Sadahyto

Fotos: André Bogdan

4 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

Fortalecer a democracia por meio da ampliação da participação popu-

lar. Esse é um dos objetivos de quem defende uma Re-forma Política que resulte em maior representativida-de da sociedade nos parla-mentos brasileiros. Nesse sentido, o financiamento público de campanhas é um passo fundamental para as mudanças no sistema eleito-ral, já que o poder econômi-co tem tido um peso muito grande através do financia-mento privado.

De acordo com dados disponíveis no Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), as prestações de contas das campanhas revelam que das 513 mais caras para deputado federal em 2010, 379 foram vitoriosas. Os 513 eleitos gastaram, em média, 12 vezes mais do que o restante dos candida-

Reforma Política para fortalecer a democraciaFinanciamento público de campanha e listas partidárias com participação paritária de gênero são

fundamentais para aumentar a representatividade no parlamento

Sabe aquela pergun-ta que você ouve todos os dias na

hora de pagar a conta: “Nota Fiscal Paulista?” ou “CPF na Nota?”. É possível fazer uma boa ação e, em vez de preen-cher a nota com seu CPF, colocar o documento em uma das urnas da Fun-dação Projeto Travessia. Há uma urna na sede do Sindicato (Rua São Ben-to, 413).

O objetivo da ação é, além da arrecadação,

Doe seu cupom fiscal à Fundação TravessiaProjeto que atua na proteção e resgate de crianças em situação de risco, no Centro, recebe notas fiscais para divulgar trabalho e receber contribuições

divulgar a instituição que atua na proteção e resga-te de crianças em situa-ção de risco. O projeto é braço social do Sindicato dos Bancários, começou com educação de rua para meninos do centro de São Paulo e, hoje, trabalha também com a tentativa de reintegração desses jo-vens às suas famílias.

Travessia - Preocupado com a situação de meninos e meninas que moram nas ruas do Centro, entorno de sua sede, o Sindicato criou,

em dezembro de 1995, a Fundação Travessia. Nes-ses 17 anos, o projeto de-senvolveu cerca de trinta ações com o objetivo de reintegrá-los às famílias ou de evitar que outros, em situação de risco social, acabassem por trocar suas casas pelas ruas.

Algumas dessas ações são desenvolvidas pelo Programa de “Educação de Rua”, no qual arte- educa-dores realizam atividades com as crianças e adoles-centes da região central.

Em toda sua histó-ria, por meio de parce-rias e de doações, o Tra-vessia já atendeu mais de 13.700 crianças, adolescentes e familia-res em risco. Este ano, bancários também po-derão ajudar. Basta doar parte ou a totalidade do imposto sindical que a entidade devolve a quem solicita. Um link para isso estará disponível no site do Sindicato (www.spbancarios.com.br), em junho. Colabore.

tos. Em oito anos, os gastos em campanhas saltaram de R$ 800 milhões para R$ 4,8 bilhões, tornando-as cada vez mais onerosas. Os dados apontam que a democracia no país é atual-mente financiada por cerca de 200 empresas.

A presidenta do Sindi-cato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ju-vandia Moreira, destaca que a Reforma Política hoje é fundamental para um esta-do democrático. “Melho-rar o sistema eleitoral vai modificar a relação entre

o eleitor, os políticos e as empresas financiadoras de campanha e resultar, nas urnas, em representantes mais comprometidos com o desenvolvimento do país”, destaca.

Outro item fundamen-tal para uma Reforma Po-

lítica consequente são as listas partidárias para que haja identificação maior dos eleitores com as pro-postas, com os programas e não apenas com candi-datos. Nessas listas, feitas de forma democrática, de-fende-se ainda a participa-ção paritária das mulheres, para democratizar o acesso de candidatas aos cargos executivos de legislativos.

O Brasil elegeu, em 2010, sua primeira Presi-denta da República e pas-sou a integrar o grupo de 15 países nos quais uma mulher era chefe de Esta-do ou de Governo. O Brasil ocupava, em 2012, a 116ª posição na classificação mundial sobre a participa-ção política das mulheres nos parlamentos em um ranking de 143 países, de acordo com a União Inter-parlamentar (UIP).

Apesar das mulheres se-rem a maioria da população e do eleitorado, a participa-ção feminina no Congresso Nacional ainda é pequena. Em 2010, o total de mu-lheres eleitas para Câmara Federal permaneceu em 45, mesmo com o aumento de mais de 300 candidatas para o cargo. No Senado Federal, instância na qual a participa-ção feminina é mais efetiva, as mulheres detêm apenas 14,8% das cadeiras.

Com o objetivo de mu-dar essa realidade e contri-buir para o fortalecimento da democracia, o Sindicato dos Bancários irá promo-ver, no centro de São Paulo, campanha para coleta de as-sinaturas para o projeto de reforma política de iniciativa popular, que para ser enca-minhado ao Congresso Na-cional por essa via, necessita de 1,4 milhão de adesões.

Mau/SBSP

5SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013 EMPREENDIMENTOS CENTRAIS

Uma das áreas mais cult e badaladas da região central, mais precisa-

mente a rua Nestor Pestana -criada em 1915, ao lado da Praça Roosevelt -, foi a escolhi-da para sediar uma nova unida-de da PREPARA Cursos Profis-sionalizantes e da APRENDA Idiomas. Inaugurada no dia 27 de maio, a escola apresenta uma metodologia moderna e aplicada, oferecendo flexibi-lidade aos adultos e crianças que desejam complementar seus currículos escolares.

Com mais de 200 me-tros quadrados e ambiente climatizado, a nova sede - unidade Centro SP - possui cabines reservadas para o ensino individualizado da PREPARA Cursos Profis-sionalizantes nas áreas de: Informática, Comércio e Serviços, Setor Industrial, e o preparatório “Feras do Enem”, com simulados pe-riódicos; também para o APRENDA Idiomas que ofe-rece cursos básicos de inglês em dois níveis, English for Life (inicial) e English for Work, e ainda para o Ensina Mais - um complemento es-colar que, de maneira diver-tida com jogos e games, en-sina Português e Matemática direcionados às nove séries do ensino fundamental.

Educação complementar e profissionalizante, com flexibilidadeCursos profissionalizantes e de idiomas caracterizados por modernidade e interatividade é a oferta de escola recém-instalada no Centro

Os cursos são interati-vos, com horários flexíveis, mas que necessitam da pre-sença física do aluno na uni-dade, para melhor aprovei-tamento e avanço das fases. Com o slogan “A Escola da Nova Geração”, a instituição de ensino “vem conquistan-do espaço por seu método moderno e eficaz, envolven-do o aluno a cada fase onde só obtém avanço com dedi-cação”, afirma Luís Gustavo, administrador da recém-inaugurada unidade.

Um dos objetivos do mé-todo aplicado pela PREPARA Cursos Profissionalizantes e do APRENDA Idiomas é que o aluno tenha mais e melhor aproveitamento dedicando, no mínimo, duas horas de estudos por semana, em au-las cem por cento práticas e horários flexíveis, com o diferencial de poder iniciar

imediatamente, sem ter de esperar a formação de tur-mas. Ao longo do mês de junho, até o dia 30, a escola vai conceder o desconto de 20% às pessoas que se ins-creverem em qualquer um dos cursos oferecidos.

Durante o evento de inauguração da escola, que contou com a presença de aproximadamente 50 pesso-as, Luis Gustavo declarou: “Investimos no setor de en-

sino e, também, estamos nos comprometendo na revitali-zação e engrandecimento da região central da cidade. De outro lado, estamos certos de que ao oferecermos for-mação profissional, ou ensino Fundamental complementar, também estamos exercendo, do ponto de vista da cidada-nia, importante papel social contribuindo para o desen-volvimento de cidadãos qua-lificados, profissionalmente

produtivos e integrados à ati-vidade econômica”.

A unidade Centro SP instalou-se no 1º andar do prédio localizado na rua Nestor Pestana, 27 - Con-solação. Seus horários de funcionamento são: de segunda a sexta, das 08h às 20h. Sábados das 09h as 14h horas. Mais in-formações pelos fones: (11) 3259-5601 e 3258-7014 e Facebook http://

www.facebook.com/preparacentrosp?fref=ts

Serviço:PREPARA Cursos Profissionalizantes e APRENDA IdiomasUnidade Centro SPRua Nestor Pestana, 27 (próximo ao metrô República)Informações: (11) 3259-5601 e 3258-7014

Fotos: Cida Cândido

6 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

Em evento solene e bas-tante concorrido, rea-lizado dia 23 de maio,

no seu auditório, a Associa-ção Comercial de São Paulo empossou a nova Diretoria Executiva e o Conselho Di-retor (Gestão março 2013 a março 2015) da sua Distrital Centro, cujo Diretor-Supe-rintendente é, desde então, Luiz Alberto Pereira da Sil-va. A solenidade, seguida de coquetel, contou com a pre-sença de diversas autorida-des civis e militares, das ins-tâncias municipal e estadual.

A Diretoria Executiva para o biênio 2013/2015 está assim composta: Luiz Alber-to Pereira da Silva, diretor-superintendente; Alexandre Luiz Orti, diretor 1º vice-superintendente; Dirceu Flo-ra Stockler Filho - diretor 2º

Distrital Centro da Associação Comercial tem nova diretoria

vice-superintendente; Izabel Aparecida Vito Lopes, direto-ra 1ª secretária; Takao Yama-da, diretor 2º Secretário.

O Conselho Diretor, com 38 membros dentre os associados, além dos conse-lheiros natos, foi composto por: Antonio de Souza Neto, Alessandro Medina Saade, André Incontri Neto, Anto-nio Eustáquio Lima Saraiva, Aris Adalberto de Souza,

tonio de Medeiros, Lucimara Galharde, Luiz Carlos Ferrei-ra de Oliveira, Luiz Carlos Granieri, Luiz Caruso Ju-nior, Marcelo Tony Achmar, Marcio Antonio Azevedo Geron, Maria Lucia Ferreira Silva, Marina Akimi Tanaka, Mauro Victor de Medeiros, Miguel Giorgi Jr, Nelson de Abreu Pinto, Paulo Eduardo de Barros Fonseca, Robinson

Ares, Roque Cortes Pereira, Sandra Romero Peres, Sér-gio Muniz Oliva, Stylianos Moyssiadis, Victor Eduardo Lima Muniz Oliva e Walter Cagnoto.

Os conselheiros natos são: Jorge Sarhan Salomão Filho, José Alarico Rebou-ças, Marcelo Flora Stockler, Og Pozzoli e Roberto Ma-teus Ordine. Conselheiro José Alarico empossa o presidente Luiz

Alberto da Silva

Associados, autoridades e amigos da ACSP ocuparam todo o auditórioMesa diretora dos trabalhos

Ary Giron, Benedicto Wil-son Garcia de Abreu, Bru-no Leone, Carlos Beutel, Cláudio Pizzolito, Dráuzio de Campos Batista, Elisa Maria Augusta de Oliveira, Fernando Azevedo Gomes da Silva, Genaro Ferreira de Lima, Helder Fazilari, Hiro-fumi Ikesaki, João Baptista de Oliveira, João Clímaco Penna Trindade, Joaquim An-

Fotos: Arquivo ACSP

LINHAS CENTRAIS

Caderno do Jornal Centro em Foco - Edição Nº 110

No Brasil, uma em qua-tro mulheres sofre algum tipo de vio-

lência durante o trabalho de parto. É o que revela o es-tudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, elaborado pela Fun-dação Perseu Abramo e Sesc. Coordenado pelo sociólogo Gustavo Venturi, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências da USP, a obra quantificou pela primei-ra vez a incidência de maus-tratos contra parturientes no território nacional. “Cerca de 25% das mulheres brasileiras sofre algum tipo de violên-cia no atendimento ao parto. Na rede pública, 27% das mulheres reportaram algu-ma forma de violência verbal com frases ofensivas. Já na rede privada as queixas são de 17%”, relatou o professor.

Essas e outras informa-ções foram apresentadas du-rante o debate sobre a Vio-lência Obstétrica, realizado na segunda-feira, dia 27, na Câmara Municipal. O evento

25% das mulheres brasileiras sofrem maus-tratos nos partos

foi organizado pelo mandato da vereadora Juliana Cardoso (PT) com apoio da ONG Par-to do Princípio. Especialistas no assunto, além de mães que abraçaram a causa dos partos normais e estudantes de obstetrícia debateram a questão.

Na abertura, a vereadora Juliana Cardoso reafirmou o compromisso do mandato na luta para implantar políticas públicas que encarem o parto como momento de respeito às mães e bebês. “Já foi aprova-do Projeto de Lei em primei-ra votação sobre a ampliação das casas de parto na cidade”,

disse. A vereadora também protocolou outro Projeto de Lei na Câmara para inserir as obstetrizes no atendimento da rede municipal.

Mais de 80% de ce-sárias - Para Simone Diniz, professora da Faculdade de Saúde Pública USP, a violência nos procedimentos de parto não se justificam pelo avan-ço da ciência. “Na verdade, vendem a falsa idéia de que as cesáreas são para proteção das mães”, afirmou. “O me-lhor remédio para combater a violência é a presença do acompanhante prevista na le-gislação, mas que é negada às

vezes pelo SUS”.Também Debora Lage,

da ONG Parto do Princípio, denunciou os procedimentos obsoletos, inseguros e sem evidências científicas. “Existe ainda um descumprimento flagrante da lei com relação a negar acompanhantes durante os partos. Precisamos mudar esse modelo”, disse. Ela, que é dentista e sanitarista, se en-volveu na causa após experi-ência pessoal.

Em sua intervenção a professora do Curso de Obs-tetrícia da USP Leste, Jac-queline Brigagão, abordou a formação de profissionais. “Temos que transformar o modelo de serviços ofere-cidos na área, que hoje são organizados de forma verti-cal, com decisões de cima”, comentou. “A formação do profissional deve romper a cultura de que é preciso to-mar cuidado mais do que ex-cessivo no parto”.

A representante da Se-cretaria de Políticas para as Mulheres, Dra. Ana Lúcia

Cavalcante, destacou que a questão faz parte dos direitos sexuais reprodutivos. “Nos úl-timos oito anos, a cidade ficou sem políticas de planejamento familiar”, disse. “Na cidade de São Paulo, a maior parte da mortalidade materna é de mu-lheres negras e da periferia”, completou.

De acordo com a repre-sentante da Secretaria Muni-cipal de Saúde, Cecília Naka-moto, as principais causas das mortes maternas na cidade de São Paulo são hiperten-são, hemorragia e infecção. “Temos um índice superior a 80% de cesáreas na cidade de São Paulo no setor privado, enquanto na Inglaterra é de

apenas 12%”, informou.O debate faz parte de

uma série de iniciativas do mandato da vereadora Juliana Cardoso com o intuito de es-timular adoção da prática do parto normal na rede pública de saúde. “Temos única casa pública do gênero no Sapo-pemba e que só não fechou as portas pela resistência dos movimentos pelo parto huma-nizado”, disse a vereadora.

Informações do Gabinete da vereadora Juliana CardosoTelefones 3396-4315 e 3396-4351Site: www.julianacardosopt.com.br e www.twiter.com/julianapt

Fotos: Arquivo Gabinete

8 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 20138 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

O câncer de pulmão tem um aumento mundial de 2% ao

ano. No Brasil, de acor-do com o Instituto Na-cional do Câncer (INCA), só no ano passado mais de 17 mil novos casos da doença foram diagnosti-cados em homens e mais de 10 mil em mulheres. Os tabagistas têm entre 20 e 30 vezes mais risco de desenvolver esse tipo de câncer em relação aos não-fumantes. Estudo re-centemente publicado no jornal Cancer demonstrou que o rastreamento com tomografia computadoriza-da de baixa dosagem em tabagistas pesados reduziu a mortalidade por câncer de pulmão em 20%, em comparação com o raio-X. O estudo também indica que 12 mil mortes pela do-ença poderiam ser evitadas nesse grupo de maior risco com o uso da tomografia nos Estados Unidos.

Um segundo estudo, publicado no New England Journal of Medicine afir-ma que o número de vi-das que podem ser sal-vas através desse critério

Câncer de pulmão: tomografia computadorizada poderia salvar até 12 mil

diagnóstico é ainda maior, sugerindo que outros gru-pos de pessoas tenham acesso. De acordo com o médico radiologista de tó-rax Moacir Moreno Junior, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Pau-lo, a tomografia computa-dorizada (TC) é um exame preciso e bastante eficien-te na detecção e acompa-nhamento pós-tratamento do câncer pulmonar. “O exame possibilita uma vi-são em fatias milimétricas de todo o pulmão, permi-tindo detectar e medir as dimensões de uma lesão, sua posição e relação com

as demais estruturas ao redor. A TC também pode ser utilizada, quando indi-cado, como método para guiar biópsias de lesões pulmonares, facilitando o diagnóstico de tumores ainda em estágio inicial, com aumento das chances de cura”.

Na opinião do especia-lista, que costuma analisar imagens diagnósticas de mais de mil pacientes ao ano com suspeita de cân-cer pulmonar, a tomografia computadorizada de baixa dose é um ótimo método para rastreamento de cân-cer de pulmão em pessoas

de alto risco, princi-palmente tabagistas. Mas a decisão de se realizar o exame deve ser tomada juntamente com o médico que será responsável por inter-pretar o resultado e acompanhar o paciente, devido à grande quan-tidade de lesões benig-nas que costuma ser detectada – e que aca-ba levando a situações de estresse e ao risco de procedimentos diagnóst icos

invasivos desnecessários. “Mesmo quando o

exame não identifica ne-nhum nódulo, isso não isenta o paciente de vir a desenvolver câncer pulmo-nar caso continue a fazer parte do grupo de alto ris-co. Por isso, é fundamen-tal o controle periódico e, principalmente, a adoção de hábitos mais saudáveis, como abandonar o cigar-ro”, diz Moreno. É muito comum o paciente fuman-te deixar para consultar

um médico somente na presença dos primeiros sin-tomas, quan-do a doença já está avançada. Trata-se de um erro gra-ve, podendo comprometer as chances de sobrevida do paciente.

Tumores de localiza-ção pulmonar central po-

dem pro-

vocar tosse, sangramento e falta de ar. Os que en-volvem o ápice pulmonar podem desencadear dores nos ombros e braços. Há outros, porém, que não dão sinais tão evidentes. De acordo com o médico, esses ou estão localizados em uma região mais peri-férica do pulmão, ou têm dimensões tão pequenas que ainda não produzem sintomas. É justamente nessa fase inicial que as chances de cura seriam maiores se a lesão tivesse sido detectada.

A quantidade de radia-ção administrada nesses estudos também deve ser levada em conta na deci-são da realização rotineira dos exames de tomografia, e deve-se pesar o custo-benefício em cada caso, a depender de fatores de ris-co como idade e tabagismo pesado.

Dr. Moacir Moreno Junior, médico radiologista,coordenador do grupo de tórax do Centro de Diagnósticos Brasil(CDB), em São Paulo www.cdb.com.br

9SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013 9

“É direito e dever dos po-vos participar individual e coletivamente no pla-

nejamento e na execução de seus cuidados de saúde” (De-claração de Alma Ata – 1978)

A melhoria dos governos depende muito da maneira como a sociedade acompanha suas políticas públicas. Moni-torar e avaliar os governos é a melhor escola de cidadania.

No dia 15 de maio, como representante do Mo-vimento Popular de Saúde do Centro, estive no Pronto Socorro Municipal Álvaro Dino de Almeida, mais co-nhecido como Pronto So-corro Barra Funda, após in-formações de superlotação e de permanência dos pa-cientes além das 24h permi-tidas pelas normas. Sempre houve muitas queixas dos conselheiros daquela unida-

A sociedade precisa pressionarde, principalmente do seg-mento trabalhador, sobre as dificuldades de se atuar num espaço com estrutura predial precária, sem sala de isolamento, com grande concentração de pessoas que apresentam diferentes tipos de patologias graves, entre elas a tuberculose e os problemas de saúde mental. Não existe espaço suficiente que propicie a se-gurança para os outros usu-ários e para os servidores da unidade, além do que os corredores ficam atulhados de camas baixas, com aten-dimentos feitos pelos fun-cionários agachados ao lado do enfermo. Tem como não se emocionar diante desta dedicação do profissional de saúde? No entanto, não podemos considerar esta si-tuação como digna do que é

preconizado pelo SUS.O número mensal de

atendimentos nesse Pronto Socorro chega a 10 mil, sen-do que a taxa de ocupação é de 197% e o número de mortes 9. Dentre os maio-res problemas da unidade, encontram-se a falta de hos-pitais de referência para o encaminhamento de seus pa-cientes após os primeiros so-corros. Não existem hospitais de média complexidade na região central para atender os pacientes, desde o fecha-mento do Hospital Sorocaba-

na e o processo de reforma do Hospital das Clínicas. Assim, a unidade absorve a demanda de uma população desassistida em termos de hospitais gerais. O fechamen-to da Casa de Cuidados do Pari, que acolhia os pacientes acamados (pessoas em situa-ção de rua, sem parentes ou cuidadores) oriundos dele, também contribuiu para que o PS mantenha o paciente por vários meses.

Outra situação que agra-va ainda mais o estado daque-le PS é a demora na munici-palização dos ambulatórios de especialidades e hospitais gerais existentes em São Pau-lo (continuam sob gestão do Governo do Estado), que tem causado significativos entra-ves a efetiva assistência à saúde. A gestão estadual tem se “empenhado“ em fazer

a modalidade privada com recursos públicos, ou seja, entregar os serviços às orga-nizações sociais.

No programa de governo do prefeito Fernando Ha-ddad consta a proposta de municipalização de hospitais e ambulatórios de especiali-dades, com a contrapartida financeira dos governos do Estado e da União. A socie-dade precisa pressionar para que isto aconteça. O prefei-to propõe, em seu “Plano de Metas” para 2013/2016, a recuperação e adequação de 16 hospitais municipais, com a ativação de 250 leitos, além de reformar e ampliar os ser-viços de 14 prontos socorros e 6 AMA-24h existentes, transformando-os em UPAs (unidades de Pronto Atendi-mento), o que não será eficaz se uma meta for cumprida e

a outra não, servindo apenas para acarretar desperdício de dinheiro público e ineficiên-cia nas ações.

O SUS é uma política pú-blica baseada na Declaração de Alma Ata, na qual a saúde é apontada como um direito humano fundamental e que a consecução do mais alto nível possível de saúde é a mais importante meta social mundial, cuja realização re-quer a ação de muitos outros setores sociais e econômicos, além do setor saúde, e que para ser alcançada precisa, mais do que tudo, da pressão da sociedade, como acontece em países que oferecem saú-de pública universal.

Carmen Mascarenhas MPS do CentroCel.: [email protected]

10 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

afirma a médica Elisabete Almeida, diretora-execu-tiva do “Meu Prato Saudá-vel”.

Os benefícios, segundo ela, são a diminuição do

risco de doenças car-diovasculares, obe-

sidade, diabetes e colesterol.

Em razão da p r e s e n ç a do ferro, o c o n s u m o de legu-m i n o s a s ainda pode

ajudar na prevenção e

tratamento da anemia. “Além disso, as

leguminosas têm antio-

“O ideal é consumir uma concha diariamente. E é possível preparar essas leguminosas da mesma for-ma como é feito o feijão”,

10 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

O programa “Meu Prato Saudável”, parceria do Insti-

tuto do Coração (InCor) e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com a LatinMed Editora em Saúde, desde o início do ano, orienta as pessoas que gostam de co-mer feijão, mas estão pre-ocupadas com a alta nos preços desta importante leguminosa (veja abaixo dica de receita).

Prato típico do brasi-leiro, o feijão está presen-te em receitas diferentes como a feijoada, baião-de-dois, cassoulet e sopas, além do tradicional arroz com feijão, bife e salada. Em pratos mais elaborados

Mais caro, o feijão pode ser substituído por outros alimentos nutritivosDica é do Programa ‘Meu Prato Saudável’

ou simplesmente junto com o arroz, o feijão oferece proteínas, ferro e fibras.

Neste período em que o seu preço está mais alto devido à diminuição da oferta, é possível substi-tuí-lo por outras legu-minosas nutritivas. Lentilha, vagem, ervilha, soja e g r ã o - d e - b i c o são opções para variar o cardápio sem perder nu-trientes como p r o t e í n a s , ferro, cálcio, magnésio, zinco, vitaminas (principal-mente do complexo B), carboidratos e fibras.

xidantes, que previnem diversas doenças como o câncer e retardam o enve-lhecimento”, conclui.receita com grão-de-bico

1/2 kg de grão-de-bico1 colher de sopa de vi-

nagre de maçã1 cebola2 dentes de alho3 colheres de sopa de

azeite de oliva 4 tomates sem pele e

sem sementes1 colher de chá de ex-

trato de tomate3 xícaras de chá de

água2 abobrinhas raladas2 cenourasSal, pimenta a gosto2 colheres de sopa de

salsinha picada.

Deixe o grão-de-bico de molho em água com uma colher de sopa de vi-nagre de maçã, de um dia para outro, e depois esfre-gue com a mão para tirar a casca. Doure a cebola e o alho picado, no azeite. Coloque o grão de bico, os tomates picados e o extra-to de tomate. Acrescente a abobrinha ralada e a ce-noura descascada e picada, e o sal e a pimenta. Cubra com água e cozinhe por 45 a 60 minutos. Polvilhe com salsinha e sirva.

Informações da Secretaria de Estado da Saúde de São Pauloportaldenoticias.saude.sp.gov.br

11SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013 EMPREENDIMENTOS CENTRAIS

Há mais um motivo para se transitar pela bela e emble-

mática rua da Quitanda, desde o mês de fevereiro. Aquela via, na qual dez anos atrás predominavam as agências bancárias e as financeiras, hoje os-tenta lojas de diferentes segmentos, mas, uma em particular vem atraindo a atenção, de modo especial, do paulistano que reside ou trabalha no Centro. Trata-se da Chocolataria Gramado, que no segundo mês deste ano foi instala-da no prédio de número 144, tornando-se vizinha da Associação Viva o Cen-tro e do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Nascida na cidade de Gramado (RS), há três anos, a Chocolataria Gra-mado tem se expandido com lojas em todas as regi-

Chocolataria Gramado: chocolate com requinte, na Rua da Quitanda.

ões do Brasil. Atualmente, são mais de 30 unidades abertas e dezenas para se-rem inauguradas nos pró-ximos meses. A unidade de São Paulo foi aberta a partir de um investimento de R$ 400 mil, feito por um casal de sulistas, cuja esposa empresta ao negó-cio a experiência obtida na Lacta, onde trabalhou alguns anos. Ela conta que as motivações determinan-tes para a abertura de uma loja da Gramado foi a qua-

ao “requinte” de sua de-coração, aos produtos, de fato diferenciados, e aos coffees que têm aconteci-do no estabelecimento até aos sábados - dia em que a rua é tradicionalmente bem pouco movimentada -, a Chocolataria Gramado caiu nas graças do público pretendido pelos comer-ciantes. Situação que con-templa a expectativa dos jovens empreendedores, que asseguram: “tínha-mos muita confiança de que oferecendo produtos de alta qualidade teríamos sucesso, mediante o per-fil da região em que es-tamos instalados, e agora trabalhamos, ao máximo, para que os nossos clien-tes vivam uma experiên-cia única ao entrarem na chocolataria. Agradecemos a confiança de quem já é nosso cliente, e a quem

não é convidamos para conhecerem o requinte e sabor do melhor chocolate do Brasil”.

O café “tipo exporta-ção”, originário de São Se-bastião do Paraíso (MG), servido na loja e vendido em pacotes de meio e um quilo, é muito elogiado pe-los clientes. Os chocolates quentes são dignos de uma boa degustação e o “ca-ppuccino gelado” (frozen) e o fondue de chocolate com frutas são, também, uma bela tentação. De acordo com o casal, a ca-feteria da loja é tão forte quanto a chocolataria, no faturamento da empresa. Não é a toa que um cardá-pio de café colonial, já está sendo planejado para lança-mento nos próximos dias.

A loja da Chocolataria Gramado trouxe para os seus balcões, profissionais que já haviam trabalhado em outras chocolatarias, mas também deu oportuni-dade a pessoas sem maio-res experiências no setor a fim de treiná-los de acordo com o seu padrão de quali-dade. O objetivo foi mon-tar uma equipe que possa oferecer um atendimento diferenciado, independen-te da formação.

lidade do seu chocolate e a paixão que sempre teve pela “iguaria”.

O casal é unânime em dizer que a escolha tam-bém deveu-se ao ótimo conceito que os produtos da Chocolataria Gramado tem em São Paulo, o que é atribuído, principalmente, ao fato de ser artesanal. Aliás, segundo eles, fato constatado em pesquisa. “É difícil vendermos algo que não gostamos, e, por exemplo, o chocolate diet da Gramado é o melhor que já experimentamos na vida”, afirmam. Outro ponto favorável a franquia gaúcha foi a possibilidade de agregar outros produ-tos na loja, como o sorvete gourmet, o café e outras bebidas quentes. “Isso possibilita que tenhamos vários itens para atender diversos públicos”.

Com aproximadamente 200 metros quadrados, a loja está divida em três se-tores: chocolataria, cafete-ria e sorveteria, nos quais se revezam as 7 pessoas que nela trabalham. Tra-balho que envolve a ma-nipulação de mais de 100 itens, entre chocolates, ca-fés, bebidas quentes, sal-gados especiais e sorvetes. Tudo foi pensado com base no potencial de consumo da região. O casal de co-merciantes observou que o grande número de tra-balhadores na região não dispunha de um estabele-cimento com ambiente di-ferenciado para encontros, com a possibilidade de, no mesmo local, apreciar um bom café, um chocolate requintado e, também, co-nectar-se à internet.

A julgar pelos elogios dirigidos à loja, quanto

Fotos: Franscisco Alves

Grande diversidade também de diet e amargo

Na cafetaria, café “tipo exportação”, de S. Sebastião do Paraíso (MG)

Casa oferece sorvete Goumert

12 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013ARTES E CULTURA

Anjotérica Zugon VillarAnjoterismo é uma simbiose entre ciência e fé.

o corpo falaExistem alguns gestos carac-

terísticos que podemos observar em nossos interlocutores e que traduzimos automaticamente, sem precisarmos consultar di-cionários para saber o que estão tentando nos dizer. Como os atos de balançar a cabeça em sim e em não, tatear, socar, os tons de voz, coçar a cabeça, roçar o cabelo, deixar o queixo caído, mãos fechadas, o cruzar de per-nas, o abrir e fechar dos braços ou o modo de cruzá-los.

Claro, às vezes é uma cocei-rinha mesmo, outras vezes são motivos momentâneos como o frio, o calor ou um susto. Alguns gestos subjetivos são muito rá-pidos e outros mais demorados, mas se ficarmos atentos teremos muito mais facilidade em enten-der, de verdade, o que qualquer diálogo pode estar nos dizendo, de outros modos que não sejam os sons vocais. Mentiras aumen-tam a pressão e o nariz e as ore-lhas ficam mais pronunciados.

mãosNo rosto = carência / na

boca = mentira / nos quadris = sou mais eu / apoiada com os de-dos para baixo = não me toque / mostrando as palmas = estou desarmado / tocando o queixo = sim, estou de acordo / aberta para cima = vou te ouvir / aberta para baixo = sou dominador / es-condidas = medo / fechada, com dedo em riste = sou o feitor.

apertos de mão Como conhecemos come-

çou a menos de 100 anos.Quando nos oferecem a

mão:Com a palma para cima =

me entrego.Com a palma para baixo =

sou o dominante.Com o pé direito na frente

= interesse.Com o pé esquerdo na fren-

te = desinteresse.Com o braço esticado =

agressividade.A mão balançando = está

achando que é o dominante.Mão frouxa pode revelar

humildade, neurastenia ou desin-

teresse.Mão firme indica extrover-

são, criatividade ou arrogância.Com as duas mãos = inte-

resse, supondo ser acatado.sorrisosSó 15% dos nossos sorrisos

são devido a algo engraçado.Torto = sarcástico / Só com

a boca = estou com medo ou é mentira.

Encolhido = me sinto pe-queno perto de você / Recolhido = estou com medo.

Irritado = sou forte / Longos com olhos laterais = máscara.

Sempre sorrindo = traman-do / Com os olhos para cima = eu sei...

Com os olhos para baixo ou de lado = preciso proteção.

bocaCom um lado para baixo e

outro para cima = medo agres-sivo.

Algo na boca = insegurança.Fechada = segredo.VulnerabilidadeBraços cruzados, mãos sobre

qualquer parte do corpo, desvian-do o olhar

ou ajustando algo no corpo, como anel, roupa, etc.

Toques com a mãoNo cotovelo = estou deslo-

cado. / Nos olhos ou na orelha = mentindo.

No pescoço = dúvida / Atrás do pescoço = está te culpando de algo.

No queixo = a resposta que você vai ouvir será um não.

Na testa = despreocupada / No ombro do interlocutor = in-centivando.

No próprio rosto = omitin-do.

No rosto de quem ouve = não estou acreditando em você.

Apoiar: Cabeça = tédio / dedos = impaciência / queixo = analisando.

olhosHomem olha em tubo, mu-

lher olha em leque.Piscamos entre 5 e 10 vezes

por minuto.Quando alguém pisca rápi-

do, está tentando esquecer.Desviar o olhar = submis-

são, medo ou mentira.Olhar fixo = estou atento.Por cima = suspeita.Por baixo = estou com

medo, mas vou enfrentar.

Leia a continuação na ver-são eletrônica: www.jornalcen-troemfoco.com.br

No palco do Teatro Brigadeiro, nove ar-tistas - um ator e

oito cantores -, evidenciam o importante legado de-ixado por Gonzaguinha, de músicas belíssimas e letras inteligentes, que, aliás, mar-cam gerações, em um musi-cal que vem fazendo sucesso por onde passa.O título vem de Eterno Aprendiz, música cujo refrão está entre os mais conhecidos da MPB, com o qual o compositor parece ter se eternizado.

“Viver! / E não ter a vergonha / De ser feliz / Cantar e cantar e cantar / A beleza de ser um eter-no aprendiz...”, é um de seus refrões mais cantados em todo o país. Porém, há diversos outros que a po-pulação brasileira canta, às vezes, desconhecendo que é de sua autoria, pois Luiz Gonzaga do Nascimento Ju-nior, o Gonzaguinha, é au-tor de Começaria tudo outra vez, Explode Coração, Grito de alerta e O que é o que é, e muitas outras canções, que foram popularizadas por grandes intérpretes da MPB,

Musical sobre Gonzaguinha em cartaz no Teatro Brigadeiro

Gonzaguinha “O eterno aprendiz, eterno”, uma versão poética da vida e obra do compositor

como Maria Bethânia, Si-mone, Elis Regina, Fag-ner e Joanna.

Outro belo e conhecido refrão de Gonzaguinha: “É / a gente quer viver pleno direito / a gente que viver todo respeito / a gente quer viver uma nação / a gente, quer é ser um cidadão”.

Gonzaguinha morreu aos 45 anos em um acidente au-tomobilístico, no dia 29 de abril de 1991, no estado do Paraná, durante viagem entre cidades onde realizava shows. Além das carreiras de compositor e cantor, nos últimos anos de vida Gon-

zaguinha dedicava-se a cui-dar da obra de seu pai, Luiz Gonzaga, o “rei do Baião”, também chamado de “Gon-zagão”.

O musical foi montado com intuito de homenagear e preservar a memória desse ícone da MPB, apresentando passagens da sua vida e de sua tragetória artística ini-ciada nos anos da década de 1960. “O espetáculo reúne quatorze músicas que mis-turam xote, samba, baião e baladas românticas, e emo-cionam o público, levando-o a reviver sentimentos que só as letras especiais de Gonza-

guinha conseg-uem”, informa o ator Rogério Sil-vestre, que rep-resenta o com-positor, no palco.

O texto é de Gildes Bezerra, roteirista de te-atro e shows; a direção geral, de Breno Carvalho; direção nusical, do compositor e maestro Amaury

Vieira; atuação, de Rogério Silvestre.

Serviço:Musical Gonzaguinha “O eterno aprendiz eterno”Teatro BrigadeiroAv. Brigadeiro Luis Antonio, 884 - Bela VistaTemporada: até 30/06Espetáculos: sextas-feiras e sábados às 21h e domingos às 19h30Duração: 1h20Valor: R$ 60,00 (inteira) / R$30,00 (meia)Censura: 14 anosInformações:(11) 3107-5774

O Sistema Estadual de Museus (SI-SEM-SP), da Se-

cretaria de Estado da Cul-tura e a ACAM Portinari, promovem de 19 a 21 de junho, no Auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina, a 5ª edi-ção do Encontro Paulista de Museus. A programa-ção deste ano conta com

5º Encontro Paulista de Museusapresentações de palestran-tes internacionais, reuniões técnicas, exibição de cases e projetos de instituições do interior, entre outros.

O objetivo principal do Encontro é debater aspec-tos das políticas e da gestão do setor museológico e suas instituições, além de am-pliar a rede de interlocução e de colaboração entre os

museus. São esperados para o evento prefeitos, secretá-rios de cultura, dirigentes e profissionais de museus do Estado de São Paulo, bem como convidados nacionais e internacionais.

A programação completa do 5º EPM será divulgada em breve no site do evento e já está aberta a chamada para a participação nos painéis digi-

tais. Nove instituições mu-seológicas farão apresenta-ções sobre seus projetos.

mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo fone: (11) 2627-8111 e pelos endereços eletrônicos: [email protected], de Renata Beltrão, e [email protected], de Giulianna Correia

Fotos: Divulgação

13SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013 ARTES E CULTURA

Atualmente em tem-porada no Teatro Anhembi Morumbi,

“As filhas da Mãe”, consi-derada uma das maiores co-médias do teatro brasileiro em todos os tempos, vem sendo apresentada ao públi-co há mais de duas décadas. De acordo com informações da Tchesco Produções, mais de 1 milhão e quinhentas mil pessoas já assistiram ao espetáculo.

De acordo com o autor da peça, o premiado drama-turgo Ronaldo Ciambroni, “As Filhas da Mãe” agrada por seu texto leve e diver-

As Filhas da Mãe no Anhembi Morumbi até o final de junho

O musical Pour Elise, escrito por Flávio de Souza, entra em car-

taz dia 11 de junho, no Tea-tro Folha, trazendo no elenco Gabriela Alves, Claudio Gol-dman, Lui Strassburger e Ro-naldo Liano, com direção de Pamela Duncan. O espetáculo tem o patrocínio da Vivo, por meio do projeto cultural Vivo EnCena, parceria que envolve uma série de ações após o es-petáculo cumprir temporada na cidade de São Paulo.

O enredo apresenta uma história que tem início em 1938, na cidade de Varsóvia. Em uma festa da alta socie-dade, o pianista judeu Sbig (Claudio Goldman) se apai-xona pela bela cantora Elise (Gabriela Alves), casada com um líder da resistência anti-nazista. O amor acaba quando explode a Segunda Guerra Mundial e Elise embarca com seu marido para o Brasil. Anos depois, Sbig e Elise se reen-contram no país tropical e re-tomam o romance.

No palco, cinco músicos executam a trilha sonora com piano, clarinete, acordeão, percussão e flauta. As clássi-cas melodias de Beethoven, Schumann e Mozart recebem os versos de Flávio de Souza e Claudio Goldman cantados ao vivo pelos atores.

Musical Pour Elise em cartaz no Teatro Folha

Claudio Goldman - ide-alizador do projeto - assina a produção e a direção musical ao lado de seu irmão, Gabriel Goldman, além de integrar o elenco e participar da criação das canções em parceria com o autor. “Muitas músicas ti-veram início em meu show “Versão Brasileira”, no qual brinco livremente com obras eruditas de Chopin, Beetho-ven, Mozart e outros, trans-formando-as em canções com ritmos brasileiros e letras em português”, conta.

A clássica canção Pour Elise, que dá nome ao espe-táculo, costura o musical em diversas cenas. “Tem a versão Pour Elise em jazz, variação da Pour Elise em forma de cho-rinho. A brasilidade chega ao fim da peça, quando os prota-gonistas se encontram no Bra-sil”, acrescenta Claudio.

Convidada para protago-

nizar o espetáculo, Gabriela Alves está, pela primeira vez, se arriscando na música lírica. Com currículo vasto, a atriz conta com a preparação musi-cal de Jocelyn Maroccolo e a coreógrafa Luciana Mayumi. “É mais um desafio na mi-nha carreira. Gostei muito do projeto quando fui convidada pela diretora e não hesitei em participar”, declara a atriz.

Para Pamela Duncan, di-retora, cenógrafa e figurinis-ta, a única fórmula de Pour Elise é encantar e comover o público com a divertida e vibrante história do século passado com suas dores e ale-grias. “É uma reflexão sobre o holocausto e o exílio voluntá-rio, ou não, das pessoas que viveram durante a guerra. As-sim, com muito sentimento e paixão, a obra faz homena-gem ao amor que ultrapassa as dificuldades dos tempos e

triunfa eternamente. É um espetáculo romântico, com traços brechtianos, pitadas de chanchada e melodrama. Car-regado de emoção, comoven-te e com um trabalho corporal intenso”.

“Flávio de Souza, autor inteligente e sensível, soube encontrar uma dramaturgia que mesclasse aspirações, de-sejos e angústias. Assim como as músicas compostas em par-ceria com Claudio Goldman, que abrilhantam ainda mais o musical. Tive liberdade de criação e de releitura desta obra de Flávio e Claudio. Es-colhi o melodrama, a chancha-da, a dramédia (como fala o próprio autor); o sentimento profundo dos momentos vi-venciados pela guerra e os próprios antepassados da fa-mília”, revela a diretora.

“No elenco, tenho atores com vasta bagagem e que re-almente entendem a lingua-gem do melodrama e aceitam mergulhar nesta pesquisa de movimentos, emoções e tipos de interpretação. Uma equipe técnica experiente fez crescer ainda mais nossa montagem”, afirma Pamela Duncan, que se inspirou no filme Casablanca e nas obras de Woody Allen. “Casablanca é considerada a maior histo-ria de amor filmado. É eterno

e um clássico o momento da despedida como um ato de amor profundo entre dois amantes”, conclui.

Ficha técnicaTexto: Flávio de Souza.

Músicas: Claudio Goldman e Flávio de Souza. direção ge-ral: Pamela Duncan. elenco: Claudio Goldman, Gabriela Alves, Lui Strassburguer e Ronaldo Liano. músicos: Ga-briel Goldman (piano, clarine-te e flauta), Gabriel Levy / Jo-cenir Fiori (acordeon), Frank Herzberg / Julius Peter Nits-ch (contrabaixo), Décio Gioilli (percussão), Douglas Gomes (violino). assistente de di-reção e Produção: Luiz Fer-nando Albertoni. assistente de Produção: Isabella Gold-man. supervisão musical: João Maurício Galindo. di-reção musical e arranjos: Gabriel Goldman e Claudio Goldman. Figurino e cená-

rio: Pamela Duncan. Vídeo: Giuliano Scanduzzi. ilumina-ção: Juarez Adriano. Técni-co de vídeo: Jonas Ribeiro. adereços: Lucas Luciano. Camareira: Rosanah Antão. Preparação vocal: Jocelyn Maroccolo. Coreografia: Lu-ciana Mayumi. Fotos: Jeffer-son Pancieri. Produção: Kling Associados. assessoria de imprensa: Douglas Picchetti. Patrocínio: Vivo Encena.

Serviço:Pour EliseTeatro Folha - Shopping HigienópolisAv. Higienópolis, 618 - ConsolaçãoTemporada: 11 de junho a 20 de agosto Espetáculos: terças, às 21h30Duração: 60 minutosClassificação: livreIngressos: R$ 20 - www.ingressorapido.com.br

tido. “É uma dramaturgia leve, sem apelações, cujo maior interesse é entreter e divertir, levando ao público uma historieta criativa que é valorizada pelo talento do elenco”, afirma.

Ciambroni conta que usou muito a sua experiên-cia profissional para compor esta comédia, sempre atual. “Quando eu trabalhava com seleção de elenco para emis-soras de televisão, constante-mente encontrava mães que eram muito mais ansiosas que as próprias candidatas, algumas iam ao desespero para ‘cavar’ uma oportunida-

Como ambas são totalmente desprovidas de talento, as inúmeras tentativas de “en-caixá-las” em alguma produ-ção falham sucessivamente, criando situações hilárias e levando as duas moças a fu-girem de casa para obter a liberdade. Então, a busca das filhas passa a ser o objetivo da vida de Diva Maria, que se envolve em situações inu-sitadas e surpreendentes.

A produção do espetá-culo é da Tchesco Produ-ções, a direção, de Luiggi Francesco e a coreografia, de Roberto Azevedo. Com-põem o elenco, Kaká de

Lima, Luiggi Francesco, Eduardo Mafalda, Priscila Faria, Tamiris Ferrari, Pedro Ordep e Alexandre Mendel.

Serviço:Teatro Anhembi MorumbiRua Dr. Almeida Lima, 1176 - MoocaTemporada: 02/05 a 30/06Espetáculos: sábado às 21h e domingo às 20hClassificação etária: 12 anosIngressos: R$ 50,00 e R$ 25,00 (meia)Mais informações: 11 2872-1457

de para as suas filhas”.“As Filhas da Mãe” con-

ta a história de Diva Maria, uma mãe de meia idade,

cuja longa e fracassada tra-jetória artística a leva a in-vestir na carreira das filhas, Deise Maria e Dalva Maria.

Foto

s: Je

fers

on P

anci

eir:

Divu

lgaç

ão

14 SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

15SP - 31 de Maio a 30 de Junho de 2013

REMEMBERQuem viu ao vivo tem opinião formada, quem não viu poderá fazer navegando nos mais diversos sites que repercutiram o evento ou assistindo a vídeos

amadores e profissionais disponíveis na internet. Eis aqui alguns dos melhores momentos e algumas das mais belas imagens que registramos.

VIRADA CULTURAL

Cantores, instrumentistas, poetas e atores, que fazem dos bares, restaurantes, ruas, praças, centros de convivências e casas noturnas, na região central, seu cenário artístico semana pós semana, oferecendo alegria, diversão, cultura e entretenimento a paulistanos e turistas, mas que ficaram fora da programação oficial da Virada, realizaram o Sarau da Bodega do Brasil na noite do sábado (18) e durante o domingo (19), para homenagear o seu público. O espaço foi o salão do restaurante Cama e Café, instalado na histórica rua Roberto Simonsen, 79, gentilmente oferecido a eles pelo empresário Luiz Antonio Pereira dos Santos, onde apresentaram música, poesia e literatura de cordel. Esses artistas são: Josué Campos, Cacá Lopes, Costa Senna, Carlos Mahlungo e Chico Alves.

Fotos: Joca Duarte

Sarau da Bodega do Brasil, na Virada

Fotos: Divulgação