oClube do Pesquisador Mirim - Grupo Animais Pré-históricos da Amazônia 2 Semestre de 1999

ANIMAIS PRÉ-HISTÓRICOS

NA AMAZÔNIA ?

Um paleontólogo na Amazônia

Fósseis

Organização: Alcemir de Souza Aires

Ilustrações: Jonilson Lima de Souza

Diretor Substituto do MPEGPeter Mann de Toledo

Diretor Adjunto de PesquisaDavid Conway Oren

Diretor Adjunto de Difusão CientíficaAntonio Carlos Lobo Soares

Chefe do Departamento de MuseologiaLuiz Fernando Fagury Videra

Chefe do Serviço de Educação e Extensão CulturalHilma Cristina Maia Guedes

Coordenador do Projeto Clube do Pesquisador MirimLuiz FernandoFagury Videira

Instrutor do Grupo Animais Pré-históricos da AmazôniaAlcemir de Souza Aires

Instrutor MirimRuan Carlos Sasaki Brito

Expediente

EDIÇÃO

Clube do Pesquisador Mirim/Grupo Animais Pré-históricos da Amazônia02 Semestre de 1999

PESQUISA, TEXTO, REPORTAGENS E ELABORAÇÃO DE JOGOSIntegrantes do Grupo Animais Pré-histórico da Amazônia

ILUSTRAÇÕESJonilson Lima de Souza

APOIO CIENTÍFICODr. Peter Toledo - DEL, Msc. Heloisa Moraes dos Santos/Bolsista - DEL, Dr. David Oren - DZO

COLABORAÇÃOLuiz Videira, Edileusa Silva e Hilma Guedes - SEC

Claudia Melo - DELServiço do Parque Zoobotânico

RECURSOS DIDÁTICOSBiblioteca Clara Galvão e Coleção Didática Emília Snethlage

REVISÃOIsabel Videira

REVISTA:

Anne Elizabeth Santos da SilvaArthur Moraes Lustosa de Aragão

Bruna Brandão MoreiraBruna da Silva Santos

Camillo Carneiro GusmãoCésar Murilo do Nascimento Borges

Danilo Alves Ponzi PereiraDiana Aleixo Azevedo

Erik Nilson Parente do NascimentoFelipe Ricardo Farias de Sousa

Fernanda Wanessa da Costa PachecoFernando Silva Cabezas

Francisco Emídio Contente Pereira dos SantosGionaylke da Silva Abreu

Henrique Ubirajara Trindade de LimaJanaína Torres Moraes

João Rafael Barroso Sampaio da SilveiraJúlia Bastos Borges

Larissa Moraes Lustosa AragãoLucas Gouvéa Mariano

Maíra Cardoso Figueira de MeloMiguel Sá de Souza BritoSaurí Moreira MachadoThiago Luiz Alves Listo

Wander Ricardo Quadros da Silva

Págs. 6 e 7Saiba com que o Grupo "Animais Pré-históricos", do Clube

0do Pesquisador Mirim, trabalhou durante 2 semestre de 99.

Págs. 9,10 e 11Entrevista com Msc. Heloisa Santos, do Departamento de Ecologia do MPEG. Saiba o que fazer quando encontrar um fóssil na nossa região.

Págs. 12 e 13Aprenda a preparar um molde fóssil.

Pág. 14Como um animal vira fóssil.

Págs. 15 e 16Você sabia que na nossa região também podemosencontrar fósseis ?

Págs. 17,18 e 19Conheça alguns gigantes que andaram pela nossa região.

Pág. 20Leia a fantástica lenda desse ser, que tem um olho no meio da testa e uma boca na barriga.

Pág. 21Conheça um pesquisador que está procurando esse ser.

Págs. 22 e 23Mirim em "O Monstro da Amazônia”

Pág. 24Aprenda se divertindo com os passatempos que preparamos.

Experiências do Grupo

Um paleontólogo na Amazônia

Uma experiência interessante

Fósseis

Muitos fósseis na Amazônia

Dinossauros na Amazônia ?

Lenda do Mapinguari

Mapinguari : Lenda ou realidade ?

História em quadrinhos.

Passatempos

Você sabia que na Amazônia também andaram alguns dinossauros? O Grupo "Animais Pré-históricos da Amazônia”, do Clube do Pesquisador Mirim do MPEG, trabalhou este assunto e decidiu elaborar a Revista “De Olho no Passado”, para você se deliciar com informações fantásticas sobre esses antigos moradores da nossa região. Eles já desapareceram, porém alguns de seus parentes existem até hoje.

Ao ler esta Revista você conhecerá um pouco sobre os paleontólogos, que são os pesquisadores que trabalham procurando fósseis, aprenderá a montar moldes de fósseis. Saberá também da possível existência de mapinguari. Que para uns é apenas uma lenda; para outros uma realidade. Você se divertirá com uma história em quadrinhos, passatempos e muito mais.

Esperamos que você goste da Revista e que fique de olho bem aberto no passado amazônico, pois para vivermos o futuro é necessário c o n h e c e r m o s o p a s s a d o .

Uma boa leitura.!

Alcemir de Souza Aires

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Quando se fala em dinossauros e outros animais fossilizados, todo mundo pensa logo que é coisa de filme americano. Para acabar com este mito o Grupo “Animais Pré-históricos da Amazônia” resolveu estudar um pouco sobre esses seres que habitaram a nossa região há milhões de anos.

Tivemos contato com pesquisadores do MPEG, especialistas no estudo de fósseis na região amazônica, que nos orientaram como deveríamos realizar nossos estudos.

Trabalhamos com alguns fósseis de animais já extintos e comparamos com espécies de animais que ainda existem hoje; preparamos alguns moldes de fósseis para facilitar mais o entendimento do assunto trabalhado.

Foi uma experiência nova para todos, pois assim tiramos várias dúvidas sobre a existência de dinossauros na nossa região e da importante contribuição dos paleontólogos para essas descobertas na Amazônia.

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Ficamos sabendo da existência do megatério (preguiça gigante) de aproximadamente 6 metros de altura; crocodilo de 15 metros; de comprimento, entre outras descobertas.

Infelizmente, hoje, nós não podemos ver esses animais andando por aí, porém no Parque do MPEG, encontramos parentes vivos bem próximos deles, como a preguiça real e bentinho, e os jacarés que podem ser apreciados sem ser preciso nos tomarmos paleontólogo. Na exposição permanente do MPEG você poderá ver alguns fósseis e réplicas de animais extintos.

Com toda certeza depois deste estudo que fizemos, teremos orgulho de dizer que os dinossauros também andaram por aqui.

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Que palavra esquisita é esta ?

É a ciência que estuda a evolução da vida através dos animais e plantas já extintos, ou seja, os fósseis, a fim de esclarecer como aconteceu a evolução desses seres vivos. Os pesquisadores que estudam os fósseis são chamados de paleontólogos. Saiba agora como estes profissionais trabalham.

Os paleontólogos têm que contar com muita sorte, pois em geral os fósseis são encontrados no solo ou em rochas. Coletar fósseis é um trabalho muito difícil, porque nem sempre estão inteiros, sendo encontrados geralmente espalhados e em pedaços, sendo necessário juntar as partes como num quebra-cabeças.

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A Revista "De Olho no Passado" conversou com a paleontóloga Msc. Heloisa Maria Moraes Santos, bolsista do Departamento de Ecologia do MPEG, atualmente estudando uma tartaruga fóssil com cerca de 100 milhões de anos. Esse fóssil é muito parecido com a espécie conhecida como "tracajá,"que vive ainda hoje na A m a z ô n i a .

D.O.P- Como se tornar um paleontólogo ?

Heloisa- A Paleontologia exige que se tenha bastante conhecimento de Biologia e de Geologia, portanto, você pode fazer um desses cursos. Mas se fizer o curso de Geologia terá que estudar bastante Biologia para especializar-se em Paleontologia. Mas saiba que um dos maiores paleontólogos já conhecido era o geólogo Norte Americano George Simpson.

D.O.P - A quanto tempo você estuda fósseis ?Heloisa- Estudar fósseis? Eu estudo há pouco tempo, cerca de três anos. Eu lia muito sobre eles.

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D.O.P - Qual a importância de estudar os fósseis ?Heloisa- O estudo dos fósseis é importante para conhecermos os tipos de animais e vegetais que já existiram no Planeta, como eram, como viveram e como evoluíram, ou seja, comosurgiram, se modificaram, desapareceram e como esse ultimo fato aconteceu. Um exemplo é dos dinossauros, eles surgiram, e dando origem a vários tipos, como alguns que andavam sobre as quatro patas, e outros que andavam sobre duas patas, o terrível Tyranosaurus rex, que depois desapareceram, deixando parentes, pois um grupo de dinossauros sofreu várias mudanças e deu origem às aves, de modo que podemos dizer que o beija-flor é o menor parente de dinossauros. Nada saberíamos desta história se não estudássemos os fósseis

D.O.P - Quais os equipamentos básicos para procurar fósseis ?Heloisa- Você precisará de um martelo de geólogo e uma espátula, para auxiliar a retirada dos fósseis da rocha onde eles se encontram; de uma marreta, para o caso da rocha ser muito dura; uma pá poderá ser necessária para ajudar na escavação; pincéis de vários tamanhos, para limpar os fósseis; uma peneira, para o caso de você tentar observar pequenas peças na terra que está pesquisando; uma lupa, para a observação dessas pecinhas e outros detalhes: gesso, para proteger as peças frágeis que serão retiradas da rocha, e uma trena, para as medidas do nível da rocha em que se encontra o fóssil, por exemplo. Outros equipamentos básicos são: um mapa do local de pesquisa; uma bússola para a sua orientação; uma máquina fotográfica para registrar o fóssil no local em que foi encontrado. Também, é claro, você precisará de papel e lápis para fazer anotações sobre o local, etc.

D.O.P - Na Amazônia é fácil encontrar fósseis ?Heloisa- Não é muito fácil encontrar fósseis na Amazônia. Uma das razões é porque o processo de fossilização é difícil de ocorrer em áreas de floresta, mas existem fósseis em algumas partes da Amazônia, onde condições especiais permitiram a fossilização, como no estado do Acre, onde há vários locais contendo fósseis: Eles ocorrem também em partes do Amazonas, em partes do Mato Grosso e do Maranhão, que fazem parte da Amazônia Legal. No Pará existem vários locais em que encontramos fósseis, como em ltaituba, Primavera, São João de Pirabas, Capanema e Salinas.

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D.O.P - Qual o seu principal achado paleontológico ? Heloisa- O que eu considero como principal achado não foi exatamente meu, porque o encontrei em um material argiloso que foi coletado pela equipe dePaleontologia do Museu, coordenada pelo Dr. Peter Toledo. Eu peneirei o material e encontrei um pedaço de mandíbula do Rodiguana itapecuruensis, um parente muito antigo de iguana, (aquele lagarto verde que nós chamamos de camaleão). É o parente mais antigo que se conhece até hoje.

D.O.P - Qualquer pessoa pode procurar fósseis ? Heloisa- Procurar pode, mas não é qualquer pessoa que pode retirar o fóssil do local onde ele é encontrado, porque muitos casos exigem de observações importantes que só podem ser feitas por um especialista (pessoa que trabalha com fóssil). O ideal é que o fóssil seja coletado por um desses especialistas.

D.O.P - O que fazer, quando encontrar algum fóssil ?Heloisa- Quando encontrarmos um fóssil devemos comunicar o fato a uma instituição de pesquisa, de preferência que trabalhe com Paleontologia, por exemplo, o Museu Goeldi ou a Universidade Federal do Pará. O fóssil é um patrimônio da humanidade que deve ficar aos cuidados de instituições do local (estado ou país) onde foi encontrado. Ele deve ser retirado de onde foi encontrado e estudado por um especialista, e todo o conhecimento obtido deve ser repassado para o mundo através de jornais, revistas ou livros. É assim que podemos conhecer a história dos seres que já viveram sobre o nosso Planeta. Isto significa que se você encontrar um fóssil e comunicar às Instituições, já estará contribuindo para o conhecimento de muitas histórias dos nossos animais e plantas.

D.O.P - O que foi feito com os fósseis que vocês encontram ?Heloisa- Nós os limpamos, identificamos, demo-lhes um número e os guardamos na coleção de fósseis do Museu. Também estudamos e publicamos um trabalho sobreeles em uma revista especializada e em um livro. É importante quando se trata de um achado, como o caso do iguana (que é o mais antigo já conhecido), pois assim, todos poderão ler o trabalho e saber o que ele representa.

D.O.P - Quantas peças existem na coleção paleontológica do MPEG ? Heloisa- Em número de peças, a coleção de Vertebrados Fósseis, está chegando a 1.500 peças; na coleção de Invertebrados temos 1.670, e 71 na de Botânica. (plantas fósseis).

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Em nosso grupo fizemos alguns moldes de fósseis para ajudar no entendimento do assunto pesquisado. Você pode reproduzir a nossa experiência através dos passos:

Materiais: Argila molhada, argila seca, objeto para fossilizar (folha, osso,

concha, etc.) pedaço de tábua.

1- Espalhe o pó de argila em cima do pedaço

de tábua;

1-2- Forme uma bolacha de 3 centímetros de

altura com argila molhada; Aperte a argila em

cima da tábua e polvilhe a argila seca;

3- Coloque o objeto a ser fossilizado sobre a

bolacha de argila e aperte bem;

4-Cubra o objeto com uma segunda porção de

argila seca, tendo o cuidado de não deixar

falhas;

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5-faça nova bolacha de argila molhada, igual

a anterior e coloque por cima de tudo

apertando bastante;

6-Deixe a argila secar por três dias

7- Após três dias, vire a tábua ao contrário

e bata para descolar a argila;

8-Abra o sanduíche de argila, com cuidado

para não quebrar, o seu molde estará pronto;

9-Separando as duas bolachas de argila você

verá os dois moldes fósseis da folha;

10- Na primeira está o molde fóssil e na segunda

bolacha, está a marca fóssil, o contra molde da

folha.

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*São restos(dentes e ossos) ou impressões (pegadas) de animais e vegetais que habitaram a Terra em períodos passados, preservados em rochas.

* Os fósseis trazem informações de como era a vida e o planeta há centenas de milhares de anos por isso, eles são muito importantes para a ciência.

* Com o estudo dos fósseis sabe-se que a vida na Terra iniciou há cerca de 3 milhões de anos.

Para o animal ser considerado um fóssil precisa ter no mínimo 10 mil anos. Ele se transforma em fóssil quando o seu corpo (esqueleto, concha, etc.), com o passar dos anos é substituído por minerais. Essa mudança pode ocorrer de várias formas, mas vamos descrever aqui a mais comum.

1-Ao morrer o corpo do animal pode air ou ser levado para um rio.

2-Quando o corpo estiver no fundo do rio a carne vai-se decompondo (apodrecendo).

3-Aos poucos, o esqueleto vai sendo enterrado pela lama, e os minerais da água penetram nos ossos e assim os conservam. Passados milhões de anos, a lama endurece e se transforma em rocha, e o esqueleto torna-se um fóssil.

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Na Amazônia existem regiões ricas em fósseis (regiões fossilíferas), uma que merece destaque é a formação Pirabas no Pará

Em 1876, Domingos Soares Ferreira Penna, idealizador do MPEG, encontrou no Município de São João de Pirabas - PA, um tipo de rocha, onde estava p r e s e r v a d a u m a g r a n d e quantidade de animais extintos. Essas rochas calcáreas com m u i t o s f ó s s e i s , f o r a m denominadas pelos geólogos de Formação Pirabas.

Os calcár ios pirabas são encontrados, principalmente, no nordeste do Pará em Salinópolis, São João de Pirabas, Maracanã e Capanema (onde são utilizados no processo de fabricação de cimento). Essa formação possui u m a r i c a v a r i e d a d e d e i n v e r t e b r a d o s m a r i n h o s , t u b a r õ e s , p e i x e s - b o i s , crocodilos, tartarugas e plantas aquáticas.

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Numa das excursões realizada por pesquisadores do Museu Goeldi, precisamente na praia do Atalaia, município de Salinópolis, foi descoberto em 1987 um crânio de peixe-boi, do gênero Dioplotherium, com 40 cm de comprimento, sendo o primeiro crânio completo de peixe boi fóssil achado na América do Sul. O paleontólogo Peter Toledo, do Museu Goeldi, foi o responsável pela importante descoberta, onde também foram coletados fragmentos de cinco diferentes espécimes do mamífero peixe-boi.

Mas não eram apenas os peixes-bois que habitavam nas enormes praias Amazônicas, existem restos de ossos de crocodilos-marinhos, tartarugas, arraias, tubarões, e peixes que não existem mais.

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É claro que sim, por aqui também andaram alguns dinossauros.

Se formos falar neste assunto, todo mundo logo vai estranhar, porém, existem pessoas que trabalham com esse tipo de pesquisa aqui na nossa região e coletaram fósseis de muitos dinossauros, que viveram há milhões de anos. É um trabalho muito difícil, pois faltam equipamentos apropriados para a coleta de material, sem falar que aqui não é um bom local para encontrar esses valiosos fósseis, que muitas informações nos dão a respeito dos animais que desapareceram da face da terra.

O Museu Goeldi, através do seu Departamento de Ecologia, realizou pesquisas paleontológicas bastante satisfatórias no Sul do Pará e Maranhão, pois a equipe de pesquisadores coletou o maior acervo de fragmentos fósseis de dinossauros da Região Norte, sendo encontrados fósseis de um carnossauro de 90 milhões de anos. O mesmo sucesso aconteceu no nordeste paraense, numa região denominada de Formação Pirabas, onde foram encontrados 200 fósseis de animais que viveram há cerca de 25 milhões de anos. O estudo comprovou a existência de animais que foram extintos ou que passaram por várias transformações.A Amazônia guarda restos de animais que viveram há milhões de anos, muito antes do homem aparecer.

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Também conhecida como Megaterium, que em Latim significa: (mega = grande e terium = mamífero / Grande Mamífero)

Pesava aproximadamente 5 toneladas

e media cerca de 6 metros. Viveu na

América do Sul há 2 milhões de

anos e provavelmente extingui-se

depois do homem ter invadido seu

habitat há 10.000 anos. Essa

preguiça andava em bandos, tinha

garras, comia brotos e folhas e era

muito parecida com o bicho preguiça

dos dias atuais. Mas entre as

diferenças aparentava o tamanho de

um elefante.

Com todo este tamanho e peso não poderia se pendurar em árvores

como as preguiças atuais, porém para se alimentar apoiava-se nas

árvores com suas patas dianteiras e comia em pé, ficando o resto

do corpo sustentado pelo tripé, formado pela cauda e membros

traseiros.

Seu cérebro pequeno deveria lhe dar reflexos muito lentos, por isso

apesar do seu grande tamanho e força, não poderia resistir a um

ataque de felinos e outros animais mais ágeis da época. No fim do

pleistoceno (aproximadamente 10 mil anos atrás), o megatério

migrou para a América do Norte e por fim desapareceu.

Tanto a preguiça-real quanto a preguiça-bentinho são parentes do

megatério. Apesar do tamanho fazer a diferença, alguns hábitos do

gigante pré-histórico ainda permanecem no bicho preguiça de hoje.

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GIGANTE

MESMO

Imagine você, andando pela Amazônia e de repente aparecesse um "pequeno" crocodilo de 15 metros de comprimento! Com certeza, só de susto você já morreria !

Há cerca de 15 milhões de anos, existiram crocodilos gigantes com todo este tamanhão; tinham a altura de um edifício de 5 andares. Era o Purussaurus brasiliensis, considerado o maior carnívoro da América do Sul, uma espécie que hoje está extinta, Seus parentes mais próximos, no presente, são os jacarés!

Se formos fazer uma comparação, o maior jacaré que encontramos na Amazônia é o jacaré-açu, que pode alcançar aproximadamente cinco metros, não chega nem a metade do tamanho do nosso grandalhão extinto.

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A lenda o descreve como um homem grande com bastante pêlos no corpo, medindo cerca de 1,80 m de altura. A outra, é mais fantástica, pois dizem que ele mede 6 metros de altura e pela descrição se parece com um grande macaco peludo, já que seus cabelos cobrem o corpo da cabeça aos pés! Quando esse "gigante" anda pelas matas amazônicas, suas passadas chegam a atingir aproximadamente 15 metros.

Diz a lenda que o mapinguari possui apenas um olho, que se localiza acima do nariz, e uma enorme boca em sentido vertical, da qual, alguns falam que se conseguirem atingi-la podem acabar com o terrível monstro.

Sua aparição acontece apenas em dias santos e feriados Durante o dia caminha nu pela floresta, e à noite, dorme.Quando está andando pela mata, vai arrancando troncos de árvores e quebrando os galhos que vê pela frente, fazendo tudo isso aos berros;

Alguns autores contam que o mapinguari apenas devora a cabeça das pessoas que encontra, e outros dizem que ele come por inteiro. A forma de degustar sua presa é rasgando grandes pedaços de carne, ou introduzindo a cabeça da vítima em sua enorme boca, mastigando como se masca tabaco.

Na Amazônia existe apenas um mapinguari, ele mora no ígarapé-do- papagaio, e as pessoas que trabalham na mata, como caçadores, cortadores de madeira e coletores de copaíba e leite de maçaranduba, evitam pernoitar nesse local e seguem viagem à noite, com receio de serem descobertos por esse temido e fantástico ser.

Não se sabe, até hoje, se alguém já chegou a matar o mapinguari, que segundo a lenda, isso apenas acontecerá se o mesmo levar um tiro no umbigo. Sabe-se de histórias de pessoas que desaparecem na mata, ao viajar para o local onde ele se encontra.

* Adaptado do Livro Lendas e Mitos de Amazônia

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Para alguns sim, para outros não!

Muitos acham que ele é apenas uma lenda Amazônica, porém há pessoas que acreditam na existência do "terrível monstro" que anda pela nossa região.

Pesquisando por algumas cidades amazônicas o Dr. David Oren, zoólogo do Museu Goeldi, conversou com pessoas que disseram ter encontrado o Mapinguari. Algumas falaram que já tinham visto, e outras afirmaram que já mataram esse ser.

Dizem que ele mede aproximadamente cerca de dois metros de altura, solta um cheiro muito forte, se alimenta de palmito da bacabeira e grita muito alto. Quem encontra o Mapinguari, com medo, não consegue mais entrar na mata.

O Dr. David acredita que já está bem próximo de se desvendar os mistérios sobre o Mapinguari, e fala que será uma descoberta inédita, a comprovação da existência deste animal, tão temido pelos moradores da nossa região.

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V OQUANDO AI AO SÍTIO DURANTE AS FÉRIAS, MIRIM G STA

MUITO DE ESCUTAR HISTÓRIAS QUE SÃO CONTADAS POR SEUS AVÓS

VOVÔ GUARACI. O SENHOR LEMBRA

QUE PROMETEU CONTAR A HISTÓRIA

DO MAPINGUARI ?

É VERDADE, EU PROMETI, MEU NETINHO,

LHE CONTAREI. SENTE-SE AQUI, QUERO

QUE VOCÊ PRESTE BASTANTE ATENÇÃO.

TÁ CERTO, VOVÔ.

O MAPINGUARI É UM BICHO QUE APARECE NAS MATAS

DA AMAZÔNIA, EM FORMA DE UM HOMEM MUITO

GRANDE, TODO PELUDO, PARECENDO UM MACACO.

NOSSA, VOVÔ! O SENHOR JÁ VIU

ALGUM?!NÃO, MEU FILHO, MAS ALGUMAS

PESSOAS JÁ VIRAM.

DIZEM QUE ELE GRITA BASTANTE ALTO E

ASSUSTA TODO MUNDO.

DO QUÊ VOCÊS ESTÃO FALANDO?

DO MAPINGUARI,

VOVÓ, A SENHORA CONHECE ?

É CLARO QUE SIM, AQUI NA

NOSSA REGIÃO, DIZEM QUE ELE

SÓ APARECE NOS DIAS SANTOS E

FERIADOS E QUE DEVORA APENAS

A CABEÇA DA SUA VÍTIMA.

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QUE CRUELDADE, VÓ ! É E O T O E L COME A, U R S FALAM QU E E SUTIMA I TE RI HAVÍ N I N .

AH, ELE TEM UM OLHO SÓ, BEM NO

MEIO DA TESTA, E UMA BOCA

GRANDE NA BARRIGA

MAS DEVE SER MUITO FEIO !AQUI POR ESTAS BANDAS NINGUÉM GOSTA DE ENTRAR

NA MATA À NOITE, COM MEDO DE ENCONTRAR O

MAPINGUARI. AH! TEM UMA COISA QUE NÃO PODEMOS

ESQUECER, ELE FEDE MUITO.

DIZEM QUE O PONTO FRACO DELE

É NA BARRIGA, PORÉM NINGUÉM

CONSEGUIU PEGÁ-LO ATÉ HOJE.

MUITAS PESSOAS JÁ TENTARAM

MATAR O TERRÍVEL MONSTRO,

MAS O BICHO É ESPERTO

DEMAIS, MEU NETINHO.

MAS ELE É MUITO

PERIGOSO, SE EU

FOSSE GRANDE IA

CAÇAR ESSE

MONSTRO.

E QUANDO ANDA PELA

MATA SAI QUEBRANDO

GALHOS E DERRUBANDO

ÁRVORES.

OUTRO DIA EU LHE CONTAREI OUTRA HISTÓRIA

INTERESSANTE PRA VOCÊ, TÁ BOM ?

TÁ LEGAL,VOVÔ !

É VOVÔ, EU GOSTEI MUITO DESTA HISTÓRIA,

EU SÓ FIQUEI COM PENA DAS PESSOAS QUE O

MONSTRO AGARROU.

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PALAVRAS CRUZADASVocê que acabou de ler a nossa Revista, agora é hora de testar seus conhecimentos. Complete as frases e depois procure as palavras no diagrama.

1 - _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ são chamados os pesquisadores que estudam fósseis.

2- Segundo a lenda o _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ tem um olho no meio da testa e uma grande boca na barriga.

3- A _ _ _ _ _ _ _ _ - _ _ _ _ _ _ _ conhecida também como megatério, pesava algumas toneladas e tinha aproximadamente 6 metros de altura.

4 - _ _ _ _ _ _ _ são restos de animais e vegetais preservados em rochas.

5- Foi encontrado um crânio completo de _ _ _ _ _ - _ _ _marinho medindo 40 cm de comprimento, por um pesquisador do MPEG, no município de Salinópolis (Pa).

6 - O crocodilo gigante, de aproximadamente 15 metros de comprimento, que morava nas praias Amazônica, é também conhecido como _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ brasiliensis.

7 - A palavra megatério vem do latim e quer dizer _ _ _ _ _ _ - _ _ _ _ _ _ _ _.

8 - A Formação _ _ _ _ _ _ _ no Pará é um dos locais onde pode ser encontrada uma grande quantidade de fósseis.

A U E T N A G I G A Ç I U G E R P P O D A G V R R O H C A E U T I OI A K L O P A T M A I A P A E L T U Q B O V R N P E I X E B O I J U G S O L I A D F I U O F U P O B F F O Ç O A B E A B P J R I T R E P O G A E 1 P M O T I A P J U A S I T O E M O R A O L O I T A D I T R U L O A E E M A P I N G U A R I A Z O R A A I I U I L A P A I P R BA T D I L K F R D A E O M P N D A P N G H T R E Ç U R I M I R I U S O O U A U J R X F O S S E I S I A I E O Q U E O O R U V E D O R A Ç A L N A Y V K P O I O C U I A G U T A M B S U R U A S S U R U P Ç O U P R I L A P E Y A L E A T R U G

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Labirin o do tempot O megatério foi extinto há milhões de anos.. Hoje,

temos alguns parentes dele vivendo na Amazônia.

Ajude a encontrá-los.

26

Muitos dizem que ele é só uma lenda, porém existe

gente procurando esse “Monstro Amazônico”.

Ligue os pontos e ajude a encontrá-lo.

27

Marque no quadro abaixo, os equipamentos que os paleontólogos precisam para encontrar fósseis.

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Resoluções dos passatempos.PALAVRAS CRUZADAS

1 - P A L E O N T Ó L O G O S são chamados os pesquisadores que estudam fósseis.

2- Segundo a lenda o M A P I N G U A R I tem um olho no meio da testa e uma grande boca na barriga.

3- A P R E G U I Ç A - G I G A N T E conhecida também como megatério, pesava algumas toneladas e tinha aproximadamente 6 metros de altura.

4 - F Ó S S E I S são restos de animais e vegetais preservados em rochas.

5- Foi encontrado um crânio completo de P E I X E - B O I marinho medindo 40 cm de comprimento, por um pesquisador do MPEG, no município de Salinópolis (Pa).

6 - O crocodilo gigante, de aproximadamente 15 metros de comprimento, que morava nas praias Amazônica, é também conhecido

como P U R U S S A U R O S brasiliensis.

7 - A palavra megatério vem do latim e quer dizer G R A N D E - M A M Í F E R O.

8 - A Formação P I R A B A S no Pará é um dos locais onde pode ser encontrada uma grande quantidade de fósseis.

A U E T N A G I G A Ç I U G E R P P O D A G V R R O H C A E U T I OI A K L O P A T M A I A P A E L T U Q B O V R N P E I X E B O I J U G S O L I A D F I U O F U P O B F F O Ç O A B E A B P J R I T R E P O G A E 1 P M O T I A P J U A S I T O E M O R A O L O I T A D I T R U L O A E E M A P I N G U A R I A Z O R A A I I U I L A P A I P R BA T D I L K F R D A E O M P N D A P N G H T R E Ç U R I M I R I U S O O U A U J R X F O S S E I S I A I E O Q U E O O R U V E D O R A Ç A L N A Y V K P O I O C U I A G U T A M B S U R U A S S U R U P Ç O U P R I L A P E Y A L E A T R U G

Marque no quadro abaixo, os equipamentos que os paleontólogos precisam para encontrar fósseis.

Destaque Amazônia, Textos da Exposição Permanente, Folha Mirim do CPM, BoletimO Museu Itinerante (MPEG), Revista Dinossauros (Editora Globo), Lendas e Mitos da Amazônia (Editora EMBRATEL) Revista Nova Escola-Set/99 (Editora Abril), Bichos (Editora Cultural).

Para maiores informações sobre o Clube do Pesquisador

Mirim procure o Serviço de Educação e Extensão Cultural,

ou ligue para: 249 1233 (ramais 224 ou215) ou 249 0760.

Endereço do Museu Goeldi

Av.Magalhães Barata, 376

CEP: 66.040-170

Belém-Pará-Brasil

Diretoria Adjunta de Difusão CientíficaDepartamento de Museologia

Serviço de Educação e Extensão Cultural

Projeto Clube do Pesquisador Mirim