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IZAURA MARIA CARELLI ANÁLISE COMPARATIVA DO SINTAGMA NOMINAL EM TEXTOS CIENTÍFICOS DE LÍNGUA INGLESA DAS ÁREAS DE PSICOLOGIA E BOTÂNICA Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Letras, área de concentra- ção: Língua Inglesa, do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná, para a obtenção do grau de Mestre em letras. Orientador; Prof. Dr. José Erasmo Gruginski C U R í T I B A 1 9 8 8

ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

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Page 1: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

IZAURA MAR IA CARELLI

ANÁLISE COMPARATIVA DO SINTAGMA NOMINAL EM TEXTOS CIENTÍFICOS DE LÍNGUA INGLESA

DAS ÁREAS DE PSICOLOGIA E BOTÂNICA

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Letras, área de concentra-ção: Língua Inglesa, do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná, para a obtenção do grau de Mestre em letras.

Orientador; Prof. Dr. José Erasmo Gruginski

C U R í T I B A

1 9 8 8

Page 2: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Antonio e Elisa

ii

Page 3: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

AGRADECIMENTO.

Ao José Erasmo Gruginski pela orientação mesmo ã distância

 Maria Terezinha Torneiro pelo carinho e orientação em esta tis tica mesmo ã .distância

Ao Michael Hoey pelas imprescindíveis sugestões para medir a complexidade do sintagma nominal .

Ao Francisco Eduardo de Oliveira pela presteza e dedicação em datilografar e revisar

Ão Michael Scott pelas valiosas sugestões

Ao Walter Rodrigues da Silva por selecionar os textos de Botânica

à Elizabeth Violato por selecionar os textos de Psicologia

Aos diretores e funcionários da FACISA por possibilitarem a confecção da versão final

iii

Page 4: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

S U M Â R I O

LISTA DE TABELAS ...... -.vii

LISTA DE ABREVIATURAS. ....... .ix : RESUMO X

ABSTRACT ; . . . . xi.

1. ' INTRODUÇÃO. • - 1 1.1 . - Tema e justificativa .....1 1.2 Problema 2 1.3 Objetivos e hipóteses 2 2. REVISÃO DA LITERATURA......... ......4 2.1 Discurso científico. ................. * ...4 2.2 Sintagma nominal na descrição do

texto científico • * 6 2.3 Sintagma nominal no texto científico... . . . . . . . 8 2.4 Sintagma nominal no ensino do texto científico 13 3. . DEFINIÇÃO DE TERMOS 15 3.1 - Parágrafo .........' 15 3.2 Período............. .......15 3.3 » Função sintática .......16 3.4 Sintagma nominal... ........ 17 3.4.1 Sintagma nominal. simples 17 3.4.2 Sintagma nominal complexo 17 3.4.2.1 Põs-modificação. ....18 3.4.2.2 Pré-modificação.. . 21 3.5 Sistema fechado 24 3.5.1 Pronomes.. 25 3.5.2 Determinantes ..26 3.6 Grau de complexidade .... ......27 3.6.1: Número de elementos ....28 3.6.1.1 Casos especiais ....29 3.6.2 Núcleo .elíptico 29

iv

Page 5: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

'4. METODOLOGIA 31

4.1 ; Listagem e definição das variáveis...,. 31 4.2 Universo 31

' 4.3 Amostra e coleta de dados... "...32 4.4 -Codificação dos dados 33 4.5 Análise estatística dos dados ....33 4 .6 Instrumento. . 34

5.7 RESULTADOS E DISCUSSÕES. ....... 35

5.1 Fator estudado: Função sintática. ....35 5.1.1 . Ãrea científica: Psicologia-- ....35 5.1.1.1. Tipo de publicação: livro....". 35 5.1.1.2 Tipo de publicação: periódico. ......... .-.'•.37 5.1.2 Área científica: Botânica.......¿...... -38 5.1.2.1 -Tipo de publicação: livro............. ....38 5.1.2.2 Tipo de publicação: periódico • • -39 5.1.3 Resultado geral...... ....40

5.2 Fator estudado: Tipo de publicação 43 5.2.1 Ãrea científica: Psicologia..... ...43

- 5.2.2 Ãrea científica: Botânica....... 44 5.2.3 Resultado geral - .... ...... 45

5.3 . Fator estudado: Ãrea científica....................... 46

5.4 Fator estudado: Complexidade do sintagmas nominal no texto científico ....4 7

5.5 Complexidade do sintagma nominal ........49 5.5.1 Pré-modificação. . 50 5.5.1.1 Em Psicologia ...50 5.5.1.2 Em Botânica 51 5.5.2 _,P5s-modificação. 53

Em Psicologia . . 53 5.5.2.2 Em Botânica 55

v

Page 6: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

5.5.3 Pré- e pós-modificação. ............... ..57

5.5.3.1 Em Psicologia... 57 5.5.3.2 Em Botânica. ....59

6. CONCLUSÃO -..62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......68

ANEXOS > . . 73

»

vi

Page 7: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

LISTA DE TABELAS

1- FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS PFE-MODIFICADOS EM TEXTOS DE SERVIÇO SOCIAL (GOMES 1981) 09

2 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS PRÊ-MODIFICADOS POR SUBSTANTIVOS EM TEXTOS DE 3 ÁREAS DIFERENTES , (GIMENEZ 1988) 10

•3 FREQÜENICA DE OCORRÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINIAS PRÊ-MODIFICADOS EM TEXTOS DE 3 ÃREAS DIFERENTES (SALAGER 1984).. 10

..4 : FREQÜÊNCIA . DE SINTAGMAS NOMINAIS PRÊ-MODIFICADOS POR SUBSTANTIVOS . EM 2 TEXTOS DE UM MESMO PERIÓDICO (WILLIAMS 1984).^ 11

5 ' FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINIAS E PERCENTAGEM ( ) CONFORME COM. PLEXIDADE E FUNÇÃO SINTÁTICA EM LIVROS E ARTIGOS. DE PSICOLOGIA... 35.

6 NÜMERO DE SINTAGMAS NOMINAIS- COMPLEXOS, MEDIANA, MODA, MÉDIA ARIT MÊTICA E O VALOR MÍNIMO E MÁXIMO DO GRAU DE COMPLEXIDADE EM LIVROS E ARTIGOS DE PSICOLOGIA E BOTÂNICA, QUANTO A POSIÇÃO E FUNÇÃO SIN-TÁTICA ...... 36

7 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINIAS E PERCENTAGEM ( ) CONFORME COMPLE XIDADE E FUNÇÃO SINTÁTICA EM LIVROS E ARTIGOS DE BOTÂNICA.. 38

8 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS E PERCENTAGEM ( ) CONFORME COMPLE XIDADE E FUNÇÃO SINTÁTICA DE TEXTOS CIENTÍFICOS ANALISADOS POR DOIS PESQUISADORES 41

9 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINIAS E PERCENTAGEM ( ) CONFORME COMPLE XIDADE E . PUBLICAÇÕES EM PSICOLOGIA 43

10 FREQÜÊNCIA; DE SINTAGMAS NOMINIAS E PERCENTAGEM X ) CONFORME COMPLE • XIDADE E PUBLICAÇÕES EM BOTÂNICA 44

11 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINIAS COMPLEXOS .E PORCENTAGEM ( ) CONFOR ME FUNÇÃO SINTÁTICA E TIPO DE MODIFICAÇÃO EM PSICOLOGIA ....... 49

12 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGME ( ); CONFOR ME FUNÇÃO SINTÁTICA E TIPO DE MODIFICAÇÃO EM BOTÂNICA ..49

vi i

Page 8: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

13 ' FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINIAS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) CON FORME FUNÇÃO SINTÁTICA E MÁXIMO DE COMPLEXIDADE NA PRÉ-MODIFICA- ' ÇÃO EM PSICOLOGIA 50

14 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) CON FORME FUNÇÃO SINTÁTICA E MÁXIMO DE COMPLEXIDADE NA PRÉ-MODIFICA-ÇÃO EM BOTÂNICA .. . 51

15 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) CON FORME FUNÇÃO SINTÁTICA E MÁXIMO DE COMPLEXIDADE NA PÖS-MODIFICA-ÇÃO EM PSICOLOGIA ¿ 53

16 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCNETAGEM ( ) CON FORME FUNÇÃO SINTÁTICA E MÁXIMO DE COMPLEXIDADE NA PÖS-MODIFICA-ÇÃO EM BOTÂNICA. ...55

17 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS PRÉ- E PÕS_MODIFICADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÜMERO DE MODIFICADORES EM LIVROS DE PSICOLOGIA. .57

18 FREQÜÊNCIA DE. SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS PRÉ- E PÔS-MODI FICADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÖMERO DE MODIFICADORES EM PERIODICOS DE PSICOLOGIA........ 58

19 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINIAS COMPLEXOS PRÉ- EPÕS-MODIFICADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÚMERO DE MODIFICADORES EM LIVROS DE BOTÂNICA....... ....59

20 FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS PRÉ- E PÕS_MODIIFCADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÖMERO DE MODIFICADORES EM PERIÓDICOS DE BOTÂNICA .........60

viii

Page 9: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

LISTA DE ABREVIATURAS E;SÍMBOLOS

art - Artigos

Cpl - Sintagma nominal complexo

Ç - n - Sintagma nominal complexo com n pré-modificadores

C + n - Sintagma nominal complexo com n pós-modificadores C-n+ri - Sintagma nominal complexo com n pré- e pós-modifica-

dores ..

Cplx - Complexidade

DSNPM - Descrição do sintagma nominal na pós-modificação

FS - Função sintática

GC - Grau de complexidade

•liv - Livro

NS - Não-sujeito

S - Sujeito '

SN Sintagma nominal • •

Sp - Sintagma nominal simples

Spl " - Sintagma nominal simples

Tot - Total

0 - Ausência do núcleo do sintagma nominal 2 X - Teste de qui-quadrado

ix

Page 10: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

R E S U M O

O objeto de estudo desta pesqu-isa foi estudar a complexi_

dade do sintagma nominal no texto científico de- língua inglesa.

Analisamos a complexidade, do sintagma nominal em relação à fun-

ção sintática (su jeito e não-su j e i t o ) a o tipo de publicação

(livros e periódicos) e â área científica (Psicologia e Botâni-

ca) . Verificamos a ocorrência do. sintagma nominal simples e

complexo, e também o grau de- complexidade do sintagma medido

em termos da quantidade de elementos na sua modificação.

Após havermos classificado 2804 sintagmas nominais, quan

to â função sintática e complexidade, e analisado-ós estatisti-

camente, concluímos que

1 - a complexidade do sintagma nominal.tende a estar associado

â função sintática exercida por tal sintagma;

2 - não ficou comprovada a associação entre complexidade do

sintagma e o tipo de publicação;

3 - há uma associação entre complexidade do sintagma nominal e

área científica e,

4 - nos textos analisados, há um maior percentual de sintagmas

nominais complexos do que sintagmas nominais simples.

Quanto aos sintagmas nominais complexos, há uma tendên-cia de predominância dos sintagmas nominais só pós-modifiçados, independentemente da função sintática, do tipo de publicação e da área científica.

Page 11: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

A B S T R A C T

• The object of study in this research i's the complexity

of the noun phrase in English scientific texts.

We analysed the complexity of the noun phrase in

relation to syntactic function (subject and non-subject), to

the type of publication (book and journal) and scientific area

(Psychology and Botany)„ We verified the quantity of simple

and complex noun phrases and also the complexity of noun phrase

measured in terms of the quantity of elements in its

modification.

After having classified 2804 noun phrases according to

their syntactic function and complexity and analysed them

statistically, we concluded that

1 - the complexity of the noun phrase tends to be associated

with the syntactic function performed by this noun phrase;

2 T there is no support to associate the complexity of the noun

phrase to the type of publication;

3"-.there is an association between complexity of the noun

phrase and scientific- area, and

4 - in the texts analysed, there is a higher percentage of

"complex noun phrases than simple noun phrases.

xi

Page 12: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

Concerning the complex noun phrase, there is a tendency

for a predominance of only pos-modified noun phrase regardless

syntactic function, type of publication and scientific area.

xii

Page 13: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

1. INTRODUÇÃO 1

' I 1.1 TEMA E JUSTIFICATIVA

Ao definirmos língua inglesa, devemos ter consciência de

que tal objeto, na realidade, não existe de forma homogênea!

Este rótulo 'língua inglesa1 é usado-para se fazer referência

a um complexo de muitas variedades de uma língua em uso por

todos e em todos os tipos de situação, em muitas partes do mun

do. Todas essas variedades têm muito mais aspectos comuns do

que diferentes, mas, ao mesmo tempo, cada uma é distinta da

outra.

Um fator prepoderante na diversidade de uma língua é o fato

de ser escrita ou falada. Outro fator ê a procedência geográfi-

ca do falante dentro da mesma comunidade lingüística. Os fato-;

res: situação, assunto e participantes, definem, em parte, a

variedade da língua a ser usada. Um botânico, escrevendo para

uma publicação dirigida a especialistas- dessa área, certamente

utilizará uma linguagem específica desse grupo.

Cada variedade de uma língua caracteriza-se por uma série

de fatores próprios. 0 texto científico em-língua inglesa, além

da característica do léxico específico de cada área, possui es-

truturas sintáticas, mais comuns a esta variedade, principalmen

te a nível de sintagma nominal ( neun p(Via¿e) . Quirk (1972) afir-

ma que o inglês científico difere muito das outras variedades,

principalmente por ter um grande número de sintagmas nominais

complexos e de complexidade múltipla.

Page 14: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

2

Como grande parte das publicações científicas, na maioria

das áreas do conhecimento, são em língua inglesa, há a necessida

de de saber quais são as estruturas gramaticais predominantes

nessa variedade. Essa pesquisa se propôs a investigar o sintag-* / ma nominal no texto cientifico.

' 1.2 PROBLEMA

Como alguns lingüistas (Campos 1981, Quirk 1 982, 1985,

Sager 1980 e outros), afirmam que uma das características do

texto científico em língua inglesa está na complexidade do sin-

tagma nominal, esta pesquisa investigou tal característica do

sintagma nominal nesse tipo de texto.

1.3' OBEJTIVOS E HIPÕTESES

Os objetivos desta pesuisa se concentraram em responder ás

seguintes perguntas:

1 - A complexidade do sintagma nominal varia dependendo da função sintática? .

2 - A complexidade do sintagma nominal vária dependendo da publicação?

3 - A complexidade do sintagma nominal varia dependendo da área?

4 - 0 texto científico tem mais' sintagmas nominais simples ou sintagmas nominias complexos?

a • Com referencia a tais perguntas, elaboramos as seguintes

hipóteses :

Page 15: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

A complexidade do sintagma nominal tende a variar de-i

pendendo da função sintática (sujeito ou não-sujeito) i

A complexidade do sintagma nominal tende a variar de-

pendendo do tipo de publicação em que ocorra (livro

ou periódico). • . i • A complexidade do sintagma nominal tende a variar de-

pendendo da área científica (Psicologia ou Botânica).

.0 texto científico tende a ter um número maior de sin

•tagmas nominais complexos do que sintagmas nominais

simples.

Page 16: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

2. REVISÃO DA LITERATURA

Iniciaremos definindo discurso científico segundo um cien-

tista e um lingüista. Revisaremos, depois, as pesquisas que

descrevem o texto científico, quanto aos seus elementos lin-

güísticos, para verificar a abordagem dada ao sintagma nominal.

Discutiremos as pesquisas que analisaram especificamente o sin-

tagma nominal no texto científico. Para finalizar, veremos como

as pesquisas que versam sobre o ensino do inglês científico e

técnico abordam o sintagma nominal.

2.1 DISCURSO CIENTÍFICO

Harre (1983), um cientista escrevendo para outros cientis-

tas sobre a lógica da ciência, define assim as diferenças entre

discurso cientifico e outros tipos de discursos:

1. The. ¿tatm&ntó in the. cLLscctbUe. a/12. ¿yòtematicaJLly asvtange.d

and

1. The.y [the. ¿tatemziïtô) asie. net made. idly bat a/ie gsicúnded in and

te¿te.d against {¡actò. ' . D Î

Harré define que o período ( ¿e,ntence.) ë a ferramenta usada

repetidamente para se fazer afirmações ( 6ta.tme.ntA ) e relaciona

a veracidade da afirmação com o período adequado. Ele define o

discurso científico em termos da função que deve desempenhar.

Widdowson (1979), ao descrever a linguagem científica,

prefere discutir a gramática do discurso científico. Segundo

ele, a comunidade científica independe da nação do cientista,

Page 17: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

utiliza-se de conceitos e procedimentos comuns a essa comunida-

de. Os recursos lingüísticos usados para expressar tal discurso

diferem de língua para língua. Esta representação gráfica tra-

duz claramente essa idéia.

••-'.'•• I " Discurso científico

inglês francês japonês

Ele propõe que nós deveríamos pensar no inglês científico

não como um tipo de texto, uma variedade do inglês definido em

termos de suas propriedades formais, mas como um tipo de dis-

curso, uma maneira de usar o inglês para relatar noções univer

sais com questionamento científico. 0 inglês cientfico e técni

co é, portanto uma textualização'de uma variedade do discurso,

que é, em si mesmo, independente de qualquer língua em particu-

lar e expressa uma cultura secundária e universal da comunidade

científica e técnica.

A proposta de Davies (1984) não é analisar ò texto cien-

tífico como uma variedade da língua, definida em termos das

suas propriedades formais, mas em termos da função desempenha-

da pelo texto. Baseada nas hipóteses de que as estruturas sin-

táticas do texto científico são simples, embora haja um número

infinito de temas, assuntos, nas diversas áreas da ciência e

que exixte um número limitado de funções, Davies propõe um sis

tema de classificação para textos científicos escolares. A pro

posta ê que esse sistema seja conhecido pelos professores para

melhor orientar os alunos na leitura do texto científico.

Page 18: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

6

2.2 O SINTAGMA NOMINAL NA DESCRIÇÃO DO TEXTO CIENTÍFICO

Embora entendendo o sentido do período e mesmo do parágra

fo os alunos estrangeiros não conseguiam entender o sentido do

texto científico em inglês. Este fato levou Selinker oX aJLLL

(1972, 1974, 1976) a analisar o texto científico quanto ã sua

função retórica; descrição, classificação, definição, dentre

outras, vinculando-as com as formas gramaticais. Esses pesqujL

sadores afirmam que dados importantes que fundamentam a infor-

mação expressa no texto são, de modo geral, ditas implicitamen

te através da função retórica. Se um aluno não entende que o

fato de estar usando um certo tempo verbal implica estar fazen

do uma generalização sobre o assunto em questão, ele entende o

período enquanto forma gramatical e não a função retórica. Para

-estes pesquisadores, o sintagma nominal, enquanto forma grama-

tical, não recebeu atenção que outras formas gramaticais rece

beram.

Swales (1985) considera o' artigo de Barber (1962) , entitu

lado 'Some mexuuAabie. cha/VxctoAÁj,ti(i¿ o¿ modoAn ¿cÁ.e.nti{l¿c ptä-ie! como o

marco inicial na investigação do texto científico quanto às

suas estruturas gramaticais.

Nesta pesquisa, Barber analisou textos de três áreas cien

tíficas sob os seguintes aspectos: a estrutura do período, tan

to o tamanho como os tipos de oração. Com referência as formas

verbais, considerou tempos e formas nominais e quanto ao vocabu

_lário, considerou conjunções, preposições, substantivos e adje

tivos em -¿ng. Apesar de utilizar textos de áreas distintas, o

objetivo de Barber foi verificar o que havia em comum entre os

textos e não de contrastar os textos. Isto levou a uma generali^

Page 19: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

7

zação ao relatar os resultados. Ele não menciona o sintagma no

minai como um aspecto que merece destaque.

Aarts (1971), ao investigar os tipos de sintagmas nonvi

nais que ocorrem na língua inglesa, em quatro estilos diferen-

tes: f iccão. texto científico, discurso informal ( .¿nto.ív&C

» • -j

òpeech), discurso formal falado e escrito, relata que o sintagma

nominal no texto científico é a variedade que apresenta o maior.,

número de sintagmas nominais complexos, tanto na posição de su

jeito como na de não-sujeito. Essa pesquisa é relatada por

Quirk (1972) para exemplificar a diversidade do sintagma nomi

nal em inglês.

Huddleston (1971) revisa a sua contribuição em "Scnience

and ciau¿& in ¿c¿e.n£¿£¿c cZau¿&¿", uma pesquisa das propriedades lin

güísticas do inglés científico, feita por uma equipe de lingüis_

tas. Tendo como estrutura teórica a gramática transformacional,

ele descreve o texto científico quanto ã sintaxe, coordenação

(conjoining) e subordinação (mbedding ) e processos relacionados'

com estes aspectos da sintaxe; relativização (AeZcutiv¿za¿¿cn),

comparação (compcVuAon) e complementação (c.ompZeme.n£cuticn) . Em

tal contexto, o sintagma nominal'foi mencionado como elemento

que ocorre na complementação e não como objeto que receba uma-

descrição detalhada. Não há descrição dos componentes do perío

do, mas do período como um todo.

Crystal (1974), ao investigar a língua inglesa quanto

aos estilos, questiona o inglês científico sob vários aspectos.

_Quanto ao sintagma nominal, questiona até que ponto a complexi

dade gramatical não reside nas funções desempenhadas pelo sin

tagma nominal, ao invés de estrutura do período, após ter afir

mado que não há complexidade nos verbos e nos advérbios.

Page 20: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

8

Roe (1977), ao analisar textos científicos em língua in

glesa que continham expressões matemáticas, alerta para o fato

de que tais textos, mesmo que estejam ao nível intelectual do'

aluno, são, algumas vezes, incompreensíveis, não pela dificulda. rl<o 1 i nrr/lTcfi Pa- mao nny-rtn o /-> 1 /-> -î 4 - ^ _ ^ — — —-l.»-,-——-w-s-> ( v_ u. c-w utùu>jjiiicwc nu ucuia Liua / c que o texto científico sem Matemática.ê totalmente diferente

dos demais. Infelizamnete, o capítulo em que analisa os proble

mas de linguagem não nos está disponível.

Cheong (1978), ao relacionar leitura e sintaxe do texto

científico nos textos de graduação na área de Engenharia, men

ciona o sintagma nominal enquanto' ocorrência dentro da comple

mentação e não o menciona nem o descreve como aspecto dificul

tante da codificação do texto.

0 sintagma nominal é a maneira mais apropriada para ci

entistias e. técnicos condensarem suas idéias e resultados de

suas pesquisas. É que o que afirma Sager et aZii (1980) ao di_s

cutir as características do inglês técnico.

TheÁA pie^eAmce. {¡o-x. nominal ¿oAmulat-ion cu a meanó o{¡ information

loading IzacU to the. use o¿ nominal g^oupi, non-finite veAb¿ and

'\)2Ablej>¿ clauses instead o{¡ {¡initie. ven.bó, whe/ie the. latteA might

weLl be e.xpecte.d in othoA o¿ English.. (2)

2.3 SINTAGMA NOMINAL NO TEXTO CIENTÍFICO

"As pesquisas que verificam o sintagma nominal no texto

científico concentraram em verificar a pré-modificação. (Gomes

1981, Gimenez 1988Salager 1984 e Williams 1984) ou substanti

vos compostos (Bartolic 1978 e Marme.t 1980). Ë interessante

observar que nesta revisão, não encontramos pesquisas que se

propuseram a verificar a pós-modificação no texto científico.

Page 21: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

Após haver classificado os sintagmas nominais em quinze

artigos na área de Serviço Social, Gomes (1981) limitou-se a

analisar os sintagmas nominais pré-modifiçados, utilizando o

modelo de classificação proposto por Quirk <¿t alii (1978) .

Após haver analisado e descrito os èlementos que compõem a pré-

modif icação dos sintagmas, elaborou um glossário de 427 sintag-

mas nominais com o equivalente em português. A tabela 1 (ver

abaixo) sumariza o resultado obtido por Gomes.

TABELA 1 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS PRÊ-MODIFIÇADOS . EM TEXTOS DE SERVIÇO SOCIAL (GOMES 1981).

ãrea número de elementos na pre-modificaçao* ãrea dois tres quatro cinco irreg. dois núc. total

-Serviço Social 212 110 019 002 072 012 427 *classifiçados segundo Quirk zt atii 1978

Giménez (1988) , ao investigar as estruturas lingüisticas

em textos*científicos de três áreas .diferentes, divide-os nas

seguintes funções retóricas; introdução, métodos, resultados,

discussão, conclusão e sumário. Em relação ao sintagma nominal,

analisa-o quanto aos pré-modificadores substantivos, não consi-

derando outros tipos de pré-modificadores. A tabela 2 (ver pág.

10) sumariza dos dados levantados por Gimenez, sem considerar

a divisão retórica.

Salager (1984) compara textos em inglês de três áreas di ferentes; textos médicos, textos técnicos e textos diversos ( gzneAal English ) . O processo de classificação foi a contagem do número de elementos presentes no sintagma nominal, sem nenhuma ressalva. Foram extremamente raros os casos de^sintagmas nomi-

Page 22: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

10

nàis com mais de cinco pré-modificadores. A tabela 3 (ver abai

•xö) apresenta do resultado da pesquisa.

TABELA 2 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS. NOMINAIS PRÉ-MODIFIÇADOS POR SUBSTANTI_ VOS EM TEXTOS DE 3 ÃREAS DIFERENTES (GIMENEZ 1988)

área científica

numero de pré-modificadore s substantivos total área científica dois três quatro • cinco sete

total

Fisiologia 75 15' 06 01- . - - 97 Eng. Mecânica . 122 49 10 02 183 Ling. Aplicada 149 . 62. 11 02 - - 217-Total 339 126 27 03 . 02 497 * nao houve sintagmas nominais com seis modificadores

TABELA 3 - FREQÜÊNCIA DE OCORRÊNCIA DOS SINTAGMAS NOMINAIS PRÊ-MODIFIÇADOS EM TEXTOS DE 3 ÃREAS DIFERENTES (SALAGER 1984)

Registro freqüência (%)*de pré-modificadores . to.tal Registro dois três quatro cinco

to.tal

Inglês técnico 6.05 6.84 0.61 0.61 14.11 Ingles medico 4.15 2.36 0.82 0.22 9. 76 Textos diversos 0.38 0.42 0. 04 0.03 • 0.87 * o percentual e em relaçao ao total de palavras do texto.

Williams (1984) divide a sua pesquisa em duas partes. Pri-

meiro, analisa os sintagmas nominais, que tivessem como primeiro

prë-modificador um substantivo e que incorporassem advérbio, ad-

jetivo e participio. Analisa os sintagmas de 2 textos de um mes-

mo periódico: um, escrito por um cientista britânico .e outro,

por um sueco, mas não faz uma análise comparativa. A tabela 4

(ver pág. 11) sumariza o resultado.

Page 23: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

11

A segunda etapa da pesquisa foi verificar se os alunos

estrangeiros na Universidade de Aston, Inglaterra, encontraram

dificuldade em reconstruir o sintagma nominal pré-modif içado-.

Os alunos recebiam o artigo com os sintagmas nominais sublinha

dos com um espaço para reescrevê-los mudando a pré- para a

põs-modificação. •

Dentre as implicações pedagógicas que concluiu do experi

mento, figuram as seguintes:

- o princípio de leitura da esquerda para a direita precisa ser ensinado,

- a reconstituição do sintagma nominal precisa estar, dentro de um contexto para confirmar o significado que fundamenta o sin tagma nominal.

TABELA 4 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS PRË-MODIFIÇADOS POR SUBSTANTIVOS EM 2 TEXTOS DE l~M MESMO PERIÓDICO (WILLIAMS 1984)

Texto número de prê--modificadores substantivos Científico dois tres quatro cinco irr. total

Dois textos 219 49 07 01 18 294

.De modo geral, podemos observar, nas tabelas 1, 2, 3 e 4,

que a maior ocorrência de pré-modificação está em l(um) pré-mo-

dificador e também que a quantidade máxima de elementos nessa

posição é cinco.

. 0 que nenhum dos pesquisadores descreve é se tais sintaa

mas classificados também eram põs-modifiçados ou se alguns de-

les estavam na põs-modificação de um outro sintagma e, para e-

feito de pesquiâà", foram separados.

Bartolic (1978) afirma que os sintagmas nominais compos-

tos desenvolveram-se a partir da põs-modificação, e aconselha

que, quando houver dificuldade em se entender o significado,

Page 24: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

12

; para reestruturá-lo basta passar da pré- para pós-modificação.

Bartolic propõe uma categorização baseada na função do pré-mo-

dif icador do sintagma.

1. operating principle. gAavity conveyor.

2. working óub¿tance in the opeAotion ivateA tuAbine

3. mecutô o¿ opeAation ¿oot bAake

4. choAactenZitic working paAt • jet condenó en.

5. peAAon Who {¡emulated the

walking. pAinciple diesel engine

.6, mateAialA u¿ed coppeA icJjie • . "

7. püApoòe tACLnAmiÃAion lineA

S. location jAee dmpoA

• 9. pAo{¡e¿¿ional engagement o $

peA&on/induAtAy AeAeoAch wonkeA

10. òhãpe on. fonm . butteAfily valvue .

11. B o^ A cylinder Linens (3

Marmet (1980) verificou. a adequação dos 'modelos lingüista,

cos para explicar as seqüências nominais de dois elementos nos

textos da ciência da computação. A pesquisadora optou por veri-

ficar as seqüências nominais (substantivo + substantivo) por

haver uma grande possibilidade de essa seqüência vir a ser uma

palavra sõ. Após haver revisado quatro modelos diferentes para

explicar seqüências nominais, optou por classificar os dados co

letados segundo o modelo proposto por Jersperson (1954), e as

seqüências que não enquadraram, foram classificadas no modelo

de Ouirk et alii (1974). As seqüências restantes foram classifi-

cadas pela própria pesquisadora, segundo semelhanças entre.si.

Um aspecto a ser questionado , quanto ã classificação

aj^sseíTtada por. Marmet, é o uso do contexto. A pesquisadora re-

lata que classificou 500 sintagmas nominais, seqüências nomi-

nais, coletadas em textos sobe computação, mas não esclarece se

.a classificação foi feita com o sintagma contextualizado a par-

Page 25: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

13

ïrtir-da Listagem. Analisemos^este -sintagma, ,

-òy&tem pode se sistema de arquivo (1) j ou sistema para arquivar (2)

- ou arquivando sistema (3) \

o que determinara se o significado é (1) , (2) ou (3) será o con

texto. i •

'2.4 SINTAGMA NOMINAL NA APRENDIZAGEM DO TEXTO CIENTÍFICO i

Dresdner (1968), ao descrever algumas características do

¡•texto científico,-para fins didáticos, referiu-se ao sintagma

^nominal so quanto ao uso freqüente de expressões ( expi&¿¿¿ont>)

nas quais a combinação de idéias ê condensada em substantivo

-composto ou em sintagma nominalt que ainda não se tornou um

substantivo composto.

Strevens (1980), Maciel (1980) concordam que a pré-mòdifi -r cação acarreta problemas para leitores não-nativos na leitura

«

do texto científico, porque tal tipo de estrutura não é comum

na língua materna do leitor. Para Azevedo (1981) e Ferreira

(1981), outra dificuldade reside na composição de sintagmas

longos em „agrupaçio sucessiva de substantivos e modificadores.

Isso desorienta o leitor porque não consegue identificar o nú-

cleo e reconhecer o que ë pré- e pós-modificação. Vejamos o

exemplo dado por Maciel.

tkz aveAage. gfwuxth ta£z¿> valatò obüúmd

entendido como a media da proporção do cresciemnto dos valores

ao invés de os valores obtidos através do índice de crescimento médio

Campos (1981), ao verificar os motivos dos erros dos álu

nos ao traduzir sintagmas nominais complexos do texto técnico,

afirma que aos alunos precisam sér ensinadas as duas etapas en-

Page 26: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

14

volvidas na tradução; a codificação em inglês e a recodificação

em português. 0 reconhecimento da seqüência dos elementos que

compõem o sintagma ê imprescindível

Podemos perceber que é recente o estudo do texto científi. r O Í Q pnnc l ríúr 3 v-mr\ o r\ a -rf l rrí-A rl o XíarKor riQíÃO r-^mn m o >~ ««"t í ni ^ - ^ vAJ-l.i^ w " ^ V-VW - \ l Vill-j W 1UWJ- VW ciai, estamos com 26 anos de pesquisa. Se compararmos ao estudo

do texto literário, veremos que estamos começando a dar os pri-

meiros passos. Como todo tipo de texto, o texto científico pre

cisa ser analisado, comparado, descrito no- seu todo e nos seus

vários aspectos estruturais.

Se observarmos os estudos feitos sobre o sintagma nominal

no texto científico, verificamos que, excetuando o artigo de

Aarts (1971) , todos os demais se concentram somente em verifi-

car o sintagma prê-modifiçado.

Page 27: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

3. DEFINIÇÃO DE TERMOS

Tendo colocado como objetivo desta Desquisa a análise da com

plexidade do sintagma nominal no texto científico, optamos, como

modelo.de análise, pelas definições sintáticas e estruturais de

Ouirk ' et alii (1972, 1985).

Neste capítulo, definiremos todos os conceitos lingüísticos

que fundamentam esta pesquisa; o parágrafo, o período, função

sintática, o sintagma nominal e grau de complexidade, nesta

"ordem de apresentação.

3 .1 PARÃGRA.FO

Ouirk (1985) assim define parágrafo:

The point at which a wxiten. chocóos to begin neiü pa/iagsiapfu will VOALJ

{¡fiom text to text and -liem iclitex to wxJXeJt. Each pajiagfiaph will have-in ¿orne, ¿enAe a ¿>el{ contained unity,... (4)

Optamos pelo parágrafo como unidade amostrai, por ele ser

considerado uma unidade representativa do texto, como afirma

Ouirk acima. O parágrafo é constituido de períodos, unidade

de análise nesta pesquisa.

. Ou.fi text ÍA divided inte paiag'inplvb which in tuAn oAt divided into

-OAtho.gAaphÃ.c. ¿entence-i, no Anally coinciding with the gfijcunatLcal

unÁJtò Of5 the ¿cune name-, bat not nece&òaAily ¿o... (5)

3 . 2 PERÍODO ( SENTENCE )

Quanto ã extensão do período, Quirk afirma:

Page 28: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

16

We mcuik ofâ oAthogAaphic sentence ¿Aom the next teAtninating ijt

with a peAiod.. .and by beginning the next with a capital letteA...

' [ 6 )

Quanto aos seus elementos constitutivos, Ouirk afirma

.. .¿entencei a/te eJXheA ¿imple (containing / jaòt one clauòe) oi complex [containing mole than one Clauie), a clause being a mniX that can be analysed into the elementó S (ubject), V{eAb), Ciomple menti, O(bject) and k[dyeAbial) ...ThuA a complex sentence contain ing two cZauò2A can be analysed tiwice oveA into ¿ach elements, once {OA the independent clause and once ¿OA the dependent clause included within, the main clause. • (7)

3.3 , FUNÇÃO SINTÁTICA .

Ouirk relata uma pesquisa sobre sintagma nominal era que

ele é classificado como sujeito e não-sujeito,. ou seja, todas

as outras funções sintáticas desempenhadas pelo sintagma nomi-

nal. Nesta pesquisa, adotamos o mesmo procedimento, isto é, o

sintagma nominal no contexto do período é classificado como

sujeito (S) ou não-sujeito (NS).

Ouanto ã sua forma, o sujeito é normalmente um sintagma

nominal (ver 3.4) ou uma frase nominal ( nominal phAaóe ) . Com re-

ferência â sua posição, de modo geral, está antes do verbo. Em

relação às suas propriedades semânticas, o sujeito é o tópico

(o tema) do período, e de modo geral se refere a -uma informação

considerada como dada.

0 sintagma nominal, além de exercer a função de sujeito é •

de objeto direto, pode ainda fazer parte de um sintagma preposi m

cionado (pAepo¿itional phAa¿e), o qual pode exercer as funções

de objeto indireto e de adjunto adverbial.

Page 29: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

17 3.4 SINTAGMA NOMINAL (SN)

Quirk define sintagma nominal a partir de sua estrutura: i

(noun phAoAe) may con¿ÍAt of a. pioncan.. .on of a ¿ingle common OA

• pnopen noun... Bat i t may be an indeterminately long ¿>tAuctuAe

having a noun ou, head, preceded by otheA woAdA ¿uch at, an article,

an adjective, on. anothen. noun, and followed by a pAepo¿itíonal .

phrase on. by a relative clause, i t i¿ by no mean* uncommon to find-,

all ¿uch itm¿ preAent in a noun phna¿e. {8):

3.4.1 Sintagma nominal simóles i

Quirk define:

¿imple I noun phroAe) ÍA defined ai embracing pAonoun¿, naine¿ and

nounó having no heavier, modification, than clo¿ed-¿y¿tem itm¿.{9]

3.4.2 Sintagma nominal complexo

Sintagma nominal complexo é definido como:

. "complex" embraces all other noun phiaseA, but a ¿ubcloAA JL¿ diA~

tinguiAhed comprising tho¿e having multiple modification (more than

men,<¿Zy a ¿ingle adjective pn.mccU.fiex OÃ pn.epo¿itional phnaòe po¿t-

modifieA). (7 0)

Quirk afirma que assim como o período pode ser indefinida-

mente complexo, o sintagma nominal também pode. Ele cita o se-

guinte exemplo :

The pAetty ginJl in the coAnei who became angAy because you waved, to

hen when you entcAed i¿ Mary Smith. (7?)

O exemplo acima pode ser dividido em cinco orações:

7. The ginJL ÍA pAetty.

2. The giAl i¿ in the coAneA.

3. The ginl became angAy because you waved to hen.

Page 30: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

18 .

4. you waved, to hen. when you enteAed.

5. The giA¿ ÍÁ Ma/iy Smith.

As primeiras quatro orações foram incorporadas em um sô sintagma nominal com modificação múltipla.

3.4.2.1 Põs-modificação .

A ordem de apresentação dos modificadores será do mais

ao menos preciso. Iniciaremos com os pos-modificadores, por fra

sés finitas ( f i n i t e clau&eA

As põs-modificações podem.ser:

1. Relativas fneiative clauóeó).

2. Apositivas [apo&itive clauóeó).

3. Reduzidas (non-finite clauóeó).

4. Sintagmas preposicionados [pAepoòitional phnaó eó) .

5. Outros tipos de põs-modificação

6. Modificação múltipla [multiple modification).

1 - Relativas ( relative clauóeó)

As.relativas são orações põs-modificadoras que geralmente são introduzidas por um pronome relativo e podem ser restritivas ou explicativas. As restritivas admitem como pronomes relativos : who, whom, whoóe, which, wheAe, when, why e 0. As explicativas admitem Who', whom, which,wheAe, when „ Embora that possa ocorrer, isso é ra-ro. Qúantò" a J3, este não ocorre nas orações explicativas. Esses tipos de põs-modificação sempre estão senarados por vírgulas.

-The table, I ódw yeóteAday uxu> made of wood. (restritiva) Hió table, which wa¿ piled with bookó, waó made of wood.(não-restritiva)

Page 31: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

•••••19.

2 - Apositivas (appoóitive clau&e¿)

Embora alguns gramáticos tenham incluído as relativas expli

cativas entre as apositivas, Ouirk faz uma distinção entre um

sintagma nominal modificado por uma relativa e uma apositiva:

a ultima é uma relação entre dois sintagmas nominais, üm motivo

para estabelecer esta diferença é que, nas relativas, o pronome

relativo é parte do período, enquanto o mesmo não ocorre na apcT

sitiVcT, conforme exemplo abaixo:

HLs explanation, that he couldn't ¿ee the casi, i¿ un¿at¿&factory.

3 - Reduzidas (non-finite clauses)

Todas as formas nominais dos verbos podem ser usadas como

'pós-modif icação : gerundio ( V-ing ) , participio passado (V-ed ) e

infinitivo (forma nominal). Podem ser restritivas e explicativas.

The man uniting the oAbituaAy i¿ my fAiend. The only COA fiepaMied by that mechanic ii mine A good place to eat it. Bloom'¿.

4 - Sintagmas preposicionados [pAepo¿itional phAa¿e¿)

Os sintagmas preposicionados representam o tipo mais comum

de pós-modificação em inglês, São três ou quatro vezes mais fre

qüentes do que outros tipos de pós-modificação.

The children behind the fence aAe OUA neighbouu.

5 - Outros tipo de põs-modificação a - modificação adverbial . •

The load back wa¿ denòe with tAaf^ic.

b - adjetivo na põs-modificação

Something ¿tiange happened la¿t night.

Page 32: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

c -Mocíe qualificativo Lobòter Newbu/ig ù> dU.fflc.uJLt ta przpcuie. .

6 - Modificação múltipla (multiple modification)

Modificação múltipla ocorre quando forem satisfeitas uma ou

todas das três condições descritas abaixo.

A. Mais de uma modificação que se refira a ummesmo núcleo, po-

demos juntar as pós-modificações :

the man in the corner. (7)

the. man talking to John (2)

the man in the corner talking ta John (3)

A segunda modificação qualifica todo o sintagma nominal ante rior:

the man (in the córner) talking to John

B. A modificação ê referente a mais de um núcleo.

• the man in the corner • (4)

the-woman in the comen. (5)

the (man and woman) in the corner (6)

Unindo os exemplos em A e B, produziremos um sintagma nominal de complexidade múltipla.

the (man and woman) (inthe corner.) -talking to John (7)

C. .0 núcleo do sintagma que, por sua vez exerce a função de modi ficador-, também pode ser modificado.

the conner (nearest"the door) (S)

Acrescentando "essa informação teremos

(the man and woman in the corner, (nearest the door) (talking to John) (9)

Page 33: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

21

Nesta pesquisa, entenderemos por põs-modificação, tudo

aquilo que estiver após o núcleo principal dentro do mesmo sinta

gma nominal, mesmo aqueles elementos que atuam como pré-modifi-

cadores de um núcleo subordinado. Vfi.a appcÍA Afínkcd ta AnarJíJr mnJAtuft o Po\ipPa uma uKort Inn nmo v\Un *¡e-

-J . - ..V -- -r- -u - ~ ~ , u W w w . .. w p. ( 221.0303}*

núcleo pós-modificador •••

òeedU òoaked to [òpéc-íflc molòtuAe leveli)

phase of the ¿tudy

Analisando o primeiro sintagma, notamos que, no pós-modi-

ficador, há um sintagma nominal subordinado que possui"dois pré

modificadores. Mas, nesta pesquisa, estaremos classificando-o

como parte da pós-modificação.

3.4.2.2. Pré-modificação

Além dos determinantes (çte-teïmhiativeA) que co-ocorrem com

o núcleo do sintagma nominal, itens lexicais e gramaticais vários

e de complexidade indefinida podem preceder o núcleo para formar

um sintagma nominal cuja modificação, segundo Quirk, é geralmen-

te menos* precisa do que a pós-modif icação. (13)

Embora teoricamente não haja um, limite para o número

de pré-modificadores, tal número é fixado em torno de três ou

quatro. Na linguagem escrita, científica ou técnica, é comum

que ocorram pré-modificadores longos e complexos, como em:

Apollo Block II fuel ceZJL voltage cuAAent VI chaAacteAlst-ic¿. •

Podemos dizer que os pré-modif icadores, além de deternvi

nantes, podem ser divididos em quatro posições, que Quirk deno-

mina de zonas; prê-central, central, põs-central e anterior ao

* ver explicaçao em 4. 4

of the 6tiidy.

pré-modificador

1. dAiJ

2. one

Page 34: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

22

núcleo.

Zona 1 - Prê-central

Essa zona inclui adjetivos não graduáveis, em particu-

lar, adjetivos intensificadores.

7. empfúlòlzoAò ex. ceAtain, definitive, plain

2. amplifier ex. absolute., entüie, ext/ime; perfect

' • 3. douMtorie/u ex. feeble, ¿tight

Zona 2 - Central

Essa zona inclui os adjetivos graduáveis, que preenchem todos os quatro criterios de adjetivos: admitem intensificadores, comparação e aparecem tanto na posição predicativa como na atri butiva. Esses adjetivos têm uma organização interna na qual a ordem usual é:

NOWERIVEV + DEVERBAL + VENÕM1NAL

a tcdUL attAactive man

• a ¿cutufied ¿leepy look

Entre os não-derivados (wndesiived ), a ordem ê bem ar-

bitraria, mas os adjetivos denotando tamanho, comprimento e al-

tura normalmente precedem outros adjetivos não-derivados. Então

temos:

a. mail Aound tabla a a nound ¿mail table -• - long ¿tAaight hain. a ¿tïicUght long haJji

Zona 3 - Pôs-centrâl' ; '

Essa zorra inclui, principalmente, participios e cores.

a sieti/ied dolo nul. a iwAking theo Ay

a. de¿eAtéd village blue ¿kieó

Page 35: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

23

Zona 4 - Anterior ao núcleo

Essa zona inclui pré-modificadores constituídos com mais

freqüência de substantivos e mais raramente de, adjetivos.

• college itudent

tounJj>t attractio n

me.du.cxUL examinations

Os adjetivos da zona 4 geralmente não admitem intensif!,

cadoxes, comparação e posição prediciativa.

Os pré-modificadores substantivos, que estão de modo

geral antes do núcleo, podem formar um substantivo composto ou

quase-composto {quaòi- com pound) com o núcleo, marcado de alguma

forma pela pronúncia.

Aqui é onde o sintagma nominal com dois substantivos

• pode formar uma nova unidade semântica.

telephone call

{¡in.epla.ce

, Exemplos de seqüência de pré-modificadores.

Pré-modificadores

Determinantes Zona 1 Zona 2 Pre-central Central

Zona 3 Pos-central

Zona 4 Núcleo Ant. núcleo

OUA numerous African tou/iiót attràcLtionó CL certain grey church ¿orne intricate old inte/ilocking Chineóe deòigriò

Quanto ao princípio geral para a ordem dos pré-modifica

dores. Quirk afirma que há várias tentativas para se estabele-

cer parâmetros para explicar a ordem em que os pré-modificadores

semánticamente de acordo com suas intenções comunicativas, embo-

Page 36: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

x a n ã o h a j a u m a liberdade total*

— m o d i f i c a ç ã o rrecursiva |

ssümasubstantivo pre--modificador^ode=^ers«pré^modifiçado,

-tanto por um ad j etivo comor por um -substantivo "porf;sua - vez, "também pode ser pré-modif içado. A pré-nnodif icação, portanto] é recursiva. • v •

expensive office, -fuAnctuAe o f f i c e fuAnctuAe

tax office fuAnituAe ¡ ..•• . xncome tax o f f i c e fuAnituAe I

• : OVZAÁ2JX& income . tax office fuAnituAe j I expensive oveA¿ea¿ income tax offJbce fuAnituAe !

3.5 SISTEMA FECHADO

Deifiné-se sistema fechado o que normalmente não pode ser

-expandido pela criação de membros adicionais. Esses itens obedé T

cem a normas do sistema, isto é, de serem reciprocamente exclui "i sivos. Os sistemas fechados são:

1. Verbos primarios [ptiimaAy veAbó) be, have and. do

2. Verbos modais can, mu¿t, will and otheAi

3. Cçnjunção and, that, when avid otheAò

4. Preposições at, in, without and otheAi

5. Pronomes he, they, anybody, one and otheu

6. Determinantes the, a, that, eveAy, ¿orne and otheA&

,. Duas categorais menores podem ser adicionadas a esses.

7. Numerais one, fiA&t, second, thou&and and otheAA

8. Algumas palavras com função única: NOT (negative pOAticle) TO (infinite maAk)

Page 37: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

25

3.5.1 Pronomes

Devido ã dificuldade de equivalência de termos, foi manti

da a terminologia em inglês na forma total.

7. C entrai: personal reflexive pOSSZSòive

2. Reciprocal: each other, one another

3. Relative: the wh-serles who, whom, whose, which, that

4. Interrogative: the wh-se^iies who, whom, which, whose, what

5. Demonstrative: this, these, that,' those

6. Indefinite

6.1 Positive

6.7. 7 Universal.: a¿¿ and both each and every

. 6.7.2 Assertive

6.1 A.1 sorne-series • 6.1.2.2 multai and

many much more mes i

6.7.2.3 one-

6.1.2.4 half, several, enough 6.1.2. S other and another

6.1.3 Nonassertive: the any-series eitlwt

paucal yew" tittle jewer. less •fewest least

the no-sexx.es nesitJîër

Observação: A maioria dos pronomes indefinidos também sao usados como determinantes.

Page 38: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

26

3.5.2 Determinantes

Quirk distingui três classes de determinantes:

7. Predeterjnlnens : half, all, double.

2. Central determiners'- this, that, every, each • . / 3-. PostdeteAinlners : few, many, several

7. Predeterminer

(a) all, both, half

(b) os multiplicadores double, tuu.ce, three times

(c) as frações one-third, one-fifth

(d) such what '

2. Central determiner.

Os central . determiners podem ser divididos em cinco tipos com re

lação a suas co-ocorrências com substantivos contáveis e incon-

táveis .

(a) artigo definido é indefindo the, a, an,

(b) possessivos my, your, his

(c) pronome relativo determinante whose, which

(d) the wh-determiner.. In -ever. whichever, whoever.

whatever

(e) os determinantes interrogativos what, which, whose

3. Postdeterminer

(a) números cardinais my three children

(b) números ordinais the fiASt day

(c) quantificadores do sistema fechado few people

(d) quantificadores do sistema aberto a large number of people

Page 39: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

27

3.6 GRAU DE COMPLEXIDADE

Como, na revisão da literatura, não encontramos nenhum

trabalho que tivesse o objetivo de analisar o grau de complexi-

dade do sintagma nominal no texto científico, ficamos com a ta-

refa de elaborar um modelo de análise.

Decidimos,, analisar a complexidade do sintagma nominal a

partir da estrutura sintática e não da psicolingüística.

Definimos o grau de complexidade do sintagma nominal como

sendo a somatória dos elementos da pré- e/ou pós-modificação

desse sintagma, exetuando os elementos que pertençam ao siste-

ma fechado (ver 3.5)._

Essa proposta está consoante com a definição de Quirk de

sintagma nominal simples.

Simple [noun phAcu>e) XÁ defined ou> embracing pionoun¿, name¿ and no uni having no heavier modification than cJLo&ed-&y&tw itwò. C^)

Todo sintagma nominal que preenche os critérios defini-

dos por Quirk foi classificado como sintagma nominal simples

(representado por Sp).

'Todo sintagma que não preenche os criterios de sintagma

nominal simples foi classificado como sintagma nominal comple-

xo, 'representado por C+n-n, onde -n significa o número de ele

mentos que o compõem na pré-modificação e +n significa o número

-de elementos que estão na põs-modificação e que não pertençam

ao sistema fechado.(ver em 3.5) e aos elementos descritos em

3.6.1.1. (ressaltamos que os sinais + e - não tem valor aritmé

tico)'.

Page 40: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

28

3.6.1 Número de elementos

Analisaremos o grau de. complexidade dos""exemplos abaixo,

conforme o que foi definido.

Î - repeated ¿nüwductíon& of the ¿ame material (211.0104.02)

Nesse exemplo, após determinado qual é o núcleo do sintaçf

ma, atribuírnoslo valor 1(um) aos itens computáveis da pré-modi-

ficação. Como só há 1(um) pré-modificador, o valor é 1(um) que

vem precedido pelo sinal (-) para indicar que tal valor se re-

fere ã pré-modificação. Depois repetimos o processo para os ele.

mentos da pós-modificação. Como há 2(dois) pós-modificadores, o

valor .é 2 (dois) e vem precedido pelo sinal ( + ) para indicar que

se refere ã pós-modificação. 0 grau de complexidade do sintagma

nominal é representado pela letra C, seguido do valor obtido

na análise dos pré-modificadores e dos pós-modificadores. Assim

temos que o grau de complexidade do exemplo é C-l+2, ou seja,

grau de complexidade 3.

repeated -intn.odu.ci tio YÜ¡ of the -óaine material C—1+2

2 - the inconponation of the extenuai vxnZd'in the ¿upenego (113.0904.01)

Repetindo o processo no segundo exemplo, há 3 pós-modifi-

cadores. Assim concluímos que o grau de complexidade é C+3.

the incorporatio n of the extenuai wo nid In the ¿upenego C+3

3 - a ¿ucceóúful taro improvement pro g-iam (222.0401.02)

Analisando o-sintagma nominal do exemplo acima, temos um

caso de sintagna nominal com 3 pré-modificadores. Portanto, o

grau de complexidade desse sintagma é C-3.

a ¿ucce¿¿ful taño improvement pro g nam C-3

Page 41: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

29

3.6.1.1 Casos especiais t -

Os itens sublinhados nos sintagmas nominais abaixo!rece

beram uma classificação diferenciada por serem constituídos por

itens com características próprias.

the period 1 5 May to 7 CctcbeA 7 976 (223.0614.03) NAA at 0.1 to 7.5 p.p..»?; (221.1105.01)

two varieties, No fig hum ard Combine. KafiA 60 (221.0301.01) ¡

1 - Datas I

Qualquer que seja a combinação que apareça: quer dia e mês,

quer mês e ano, quer representada por palavras ou números. Foram

computadas como uma unidade só.

the. period 15 May to October 7 976 c+2 (223 0614 03)

2 -- Siglas e abreviações i

Siglas e abreviações forar. consideradas como unidade semân-

tica e foram computadas como una unidade só. *

NAAat 0.1 to 1.5 p.p.m C + 1 (221.1105.01)

an annibition of RNA .. ç+i ( 212.1309.02)

3 - Nomes_propios, científicos e semelhantes

Qualquer tipo de nome próprio, quer de pessoas, científico

ou de produtos químicos fora.- também considerados como unidade

semântica.

tivo varitie-i, Norghum and Ccrrcine Kayir 60 c+2 (221.0301.01)

3.6.2 Elementos elípticos co sintagma

Williams (1984) alega que a elipse de itens em um sintag

ma nominal dificulta a sua compreensão. Embora consciente que esse

Page 42: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

3 Q

fator aumente a complexidade de um texto, mas como o objetivo

da pesquisa é descrever os itens que compõem o sintagma nomi-

nal, o único caso de elipse que foi considerado é o do núcleo

do sintagma, que representamos por 0 e escrevemos o elemento

elíptico ente parênteses., como no exemplo abaixo.

' The fihAt concept ÍÁ that o{ man cu> a reactive man. (1U.Q102)

pré-modificaçab núcleo põs-modificaçao grau de complex.

that 0 [conceptI G{ man a¿ a reactive man c+3

Page 43: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

4 - METODOLOGIA

4.1 LISTAGEM E DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS

Tendo como objeto de estudo a complexidade do sintagma nomi

nal no- texto científico, essa foi a variável dependente, enquan

to a .função sintática Csujeito e não-sujeito) (ver em 3.3), ti-

pos de publicação (livros., e periódicos) . e área científica (Psi-

cologia e Botância) foram as variáveis independentes.

4.2 UNIVERSO

0 universo desta pesquisa é a linguagem utilizada por cien-

tistas para relatar seus experimentos, por alguns denominada de

"registro científico" (Halliday, 1964). Devido a quantidade de

material existente nessa área, delimitamos o universo desta pe^

quisa a textos de duas áreas distintas: ciências biolõgias, re-

presentada por Botânica, e ciências humanas, representada por

Psicologia.

Dessas duas áreas, escolhemos dois tipos de publicações, li

vros e periódicos, por serem fatores que possibilitam uma compa

ração entre as duas áreas analisadas.

A seleção das publicações (ver bibliografia), utilizadas

.nesta pesquisa, foi feita por profissionais das respectivas

áreas, que indicaram livros e periódicos que são usados por

alunos em fase final do .curso de graduação.

Controlamos"os seguintes fatores: assunto específico, nacio

nalidade dos autores e ano de publicação.

Devido ao número de diferentes assuntos estudados por qual

quer ciência, restringuimo-nos à análise de um assunto especifjL

Page 44: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

• 32

co para cada uma dessas areas, a sabers em Botânica,-germina-

ção e em Psicologia, teoria da personalidade.

Como a língua inglesa ocupa o £tata& de língua internado

nal no mundo científico, isto implica que cientistas de todas

as partes dc mvxndo utilizem^na para relatar as suas pesquisas.

E como sabemos, a língua materna influi na comunicação da se-

gunda língua. Por isso, nos delimitamos a verificar publicações

escritas por falantes nativos da língua inglesa do Estados Uni-

dos da América. -

Como sabemos, o fator tempo ê preponderante no que se re

fere a alterações que ocorrem em uma língua, quer a nível se-

mântico > quer a nível ortográfico, quer a nível de estrutura

sintática. Considerando este. fator, determinamos que os textos

a serem analisados deveriam estar dentro do período de 1950 a

1985. t V

4.3 .AMOSTRA E COLETA DE DADOS

Desse universo, selecionamos uma amostra constituída de

doze publicações, sendo 3 livros e 3 periódicos de Psicologia

e 3. livros e 3 periódicos de Botânica.

Para cada livro, aleatorizamos um número de parágrafos (a

unidade amostrai), que totalizasse aproximadamente 90 períodos

(unidade de análise conglomerada em parágrafos), número esse ba

seado em iam experimento-piloto. ? .

Para cada periódico, utilizamos o mesmo processo, reduzin

do â metade a quantidade de períodos, i.e., 45 períodos, núme-

ro -esse também baseado em experimento-piloto.

Page 45: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

4.4 CODIFICAÇÃO DOS DADOS-t

Apôs havermos aleatorizado e classificado todos os sintag-

mas nominais, conforme a função sintática e complexidade, ènume

ramos todos os parágrafos como descrito abaixo.

Todos os parágrafos estão enumerados com cinco dígitos:

a. o primeiro identifica a arëa: 1 - Psicologia ' . 2 - Botânica ;

b. o segundo identifica a publicação: 1 - livro 2 - periódico

c. o terceiro identifica se a publicação é a primeira, se

gunda ou terceira dentro do seu grupo ( ver referência

bibliográfica do material analisado)

d. o quarto e o quinto identificam o parágrafo

Todo período e todo sintagma nominal também receberam uma

identificação numérica conforme ocorreram no seu contexto.- Um i

sintagma emumerado com 122.0703.02 significa que ê o segundo \

sintagma do terceiro período do sétimo parágrafo do segundo ar

tigo de Psicologia.

4.5 ANÃLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS

. Testamos a hipótese de dependência do grau de complexidade

em relação â função sintática através do teste de qui-quadrado 2

(X ) com o nível de significancia de 5% para as publicações

(livro e periódico) das duas áreas (Psicologia e Botânica).

Para testar a igualdade de proporções de ocorrência do sin

tagma nominal quanto à função sintática e complexidade entre as 2 , -publicações, usamos o X com o nível de significancia de 5%.

Page 46: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

, 34-

Apresentamos o resultado em tabelas que relatam, em termos

percentuais, a ocorrência da complexidade do sintagma nominal

no texto científico..

4.6 INSTRUMENTO

Os sintagmas nominais dos períodos analisados foram classi

ficados em uma tabela padronizada (ver anexo 03); para facilitar

a computação dos dados.

Page 47: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O resultado que descrevemos aqui foi obtido da análise de

um ' ¿otipiu de aproximadamente 17.000 palavras do texto cientí-

fico em língua inglesa. Tal cc.ipuA de 12 textos, constituído de

de três livros e três artigos de duas áreas distintas, Psicolo

gia e Botânica, resultou em 2804 sintagmas nominais que foram

analisados quanto â sua complexidade.

Relataremos os resultados obtidos ém relação âs hipóteses

levantadas e discutiremos sobre os tipos de modificadores dos

sintagmas nominais complexos.

5.1 FATOR ESTUDADO: FUNÇÃO SINTÁTICA

5.1.1 Área científica: Psicologia

TABELA 5 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS E PERCENTAGEM ( ) CONFORME COM PLEXIDADE E FUNÇÃO SINTÁTICA EM LIVROS E ARTIGOS DE PSICOLOGIA

c p L I V R 0 A R T I G 0

k Sujeito N-suj eito Total Sujeito N-sujeito Total

Spl 234(61,5) 187(35,1) 421 (46,1) 144(65,8) 101(33,3) 245(46,9) . Cpl 147(38,5) 345(64,9) 492(53,9) 75(34,2) 202(66,7) 277(53,1)

Tot 381(100%) 532(100%) 913(100%) 219(100%) 303(100%) 522(100%) Spl- simples Cpl- complexo Tot- total cplx- complexidade

5.1.1.1 Tipo de publicação: livro

Observando a freqüência dos sintagmas nominais simples

e complexos nos livros de Psicologia na tabela 5 (ver acima),

Page 48: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

- 3 6

verificamos que, na posição de sujeito, a proporção é de 38,5%

de sintagmas nominais complexos para 61,5% de sintagmas nominais

simples, enqunto, na posição de não-sujeito, há uma proporção de

64,9% de sintagmas nominais complexos contra 35,1% de sintagmas

nominais simples, Tende a haver, portanto, uma proporção maior

de sintagmas nominais complexos na posição de não-sujeito.

TABELA 6 - NÚMERO DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS, MEDIANA, MODA, MÉDIA ARIT MÉTICA E VALOR MÁXIMO E MÍNIMO DO GRAU DE COMPLEXIDADE EM LIVROS E ARTIGOS DE PSICOLOGIA E BOTÂNICA, QUANTO Ä FUNÇÃO SINTÁTICA E A POSIÇÃO DA MODIFICAÇÃO.

A F. R S NÚMERO MEDIANA MODA

MÉDIA VALOR MINIMO ARITMÉTICA VALOR MÁXIMO

.E I DA MODI A Ñ.FICAÇAO

liv.art. liv. art. liv. art. liv. art. livro artigo

P S pré- 52 35 -1* -1 -1 -1 1,2 1,2 -1 -2 -1 -3 S U põs- 78 . 27 +2 +2 +2 + 1 2,8 2,4 +1 +9 + 1 + 10 I J pre-pos- 17 13 -1+3 -1+1 • -1+1 -1+1 4,5 3,0 -1+1 -2+6 - 1 + 1 -1+4 C 0 total 147 75 +2 +1 . -1 -1 2,4 1,9 -1 +9 -1 + 10 L N pré- 99 67 -1 -1 -1 -1 1,3 •1,2 -1 -5 -1 -5 0 S põs- 173 92 +3 +3 +2 • +2 3,8 4,2 +1 + 17 + 1 + 18 G U pré-põs- 73 43 -1+3 -1+4 -1+1 -1+2 3,9 5,9 -1+1-•2+14 -1+1-•1+20 I A J total 345 202 -1+1 -2 - 1 -1 2,9 3,6 -1 + 17 - 1 -•1+20

B s pré- 80 33 -1 -1 -1 -1 1,3 1,7 - 1 . - 3 - 1 -7 0 U pós- ^ 97 51 +3 +3 + 1 +3 3,2 3,5 +1 +23 + 1 +8 T J prê-põs- 41 28 -l+> 4 -1+1 -1+3 -1+1 4 , 4 4,5 -1+1 -2+4 - 1 + 1 -2+8 Ã N total 218 112 +2 +2 - 1 -1 . 2,6 3,2 -1 +13 - 1 -2+8 I N pré- 133 72 -1 -1 ' - 1 -1 1,3 1,4 -1 - 4 - 1 -5' C S põs- 180 57 +3 +3 + 1 +1 4,2 4,3 +1 +22 + 1 +20 A U pré-pos- 86 40 -1+3 -1+4 -1+1 -1+2 4,5 4,6 -1+1--2 + 14 -1+1-•1+20 J total 399 169 -1+1 +2 -1 - 1 3,3 3,1 -1 + 17. - 1 -•1+20

ver explicaçao para o sinal em 3.6

0 teste de X~ (=61,65) mostra que a associação entre fun-

ção sintática e complexidadeque ocorre em livros de Psicolo-

gia, é estatisticamente significativa segundo o nível de proba-

Page 49: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

bilidade de p<5%.

Analisando o grau medio de complexidade dos sintagmas no-

minais complexos na tabela 6Cver pág.361, verificamos que, em

livros de Psicologia, o grau médio de complexidade do sintagma

nafunção de sujeito é 2,4, enquanto o grau médio de complexida-

de do sintagma como não-sujeito é 2,9.

Portanto, no que se refere à ocorrência de sintagmas nomi

nais simples e complexos, e quanto ao grau médio de complexida-

de dos sintagmas, concluímos que há uma associação entre função

sintática e complexidade do sintagma nominal em livros de Psico

logia. *

5.1.1.2 Tipo de publicação? periódico

Analisando a freqüência dos sintagmas nominais nos ar-

tigos de Psicologia na tabela 5 (ver pág. 35), constatamos que,

na posição de sujeito, a proporção é de 34,2% de sintagmas nomi

nais complexos contra 65,8% de sintagmas nominais simples, en-

quanto, na posição de não-sujeito há uma proporção de 66,7% de

sintagmas nominais complexos contra 33,3% de sintagmas nominais

simples. Tende haver, portanto, uma proporção maior de sintagmas

nominais^complexos na posição de não-sujeito. 2 ~ 0 teste de X (=53,64 p<5%) mostra que a associaçao entre

função sintática e complexidade, que há em artigos de Psicolo-

gia, é estatisticamente significativa.

Analisando a tabela 6 (ver pág. 36) quanto ao grau médio

de complexidade, dos sintagmas nominais complexos nos artigos de

Psicologia, verificamos que, na função de sujeito, o grau médio

é 1,9, enquanto na função de não-sujeito é 3,6.

Page 50: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

38

•Tanto ao analisar a freqüência de ocorrência de sintagmas

nominais, como verificar o grau médio de complexidade dos sinta

gmas nominais complexos, ;constatamos que ocorre uma associação

entre complexidade do sintagma nominal e função sintática no

que se refere a artigos de Psicologia.

5.1.2 Ãrea científica: Botânica

TABELA 7 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS E. PERCENTAGEM ( ) CONFORME COM PLEXIDADE E FUNÇÃO SINTÁTICA EM LIVROS E ARTIGOS DE BOTÂNICA.

c p L I V R 0 r A R T I G 0 L X

Sujeito N-sujeito Total' Sujeito N-sujeito Total

Spl . 189(46,4) 150(27,3) 339(35,5) 56(33,3) 76(31,0) 132(31,9)

Cpl 218(53,6) 399(72,7) 617(64,5) 112(66,7) 169(69,0) 281(68,1)

Tot 407(100%) 549(100%) 956(100%) 168(100%) 245(100%) .413(100%)

Spl- simples Cpl- complexo Tot- total Cplx- complexidade

5 .1. 2 . J. Tipo de publicação V livro

Observando a freqüência dos sintagmas nominais simples

e complexos nos livros de Botânica descritos na tabela 7 (ver

acima), verificamos•que, na posição de sujeito, o percentual é

de 53,6% de sintagmas nominais complexos para 46,4% de sintag-

mas nominais simples, enquanto, na posição de não-sujeito, há

um percentual de 72,7% de sintagmas complexos contra 27,3% de

sintagmas nominais simples. Existe, portanto, uma tendência de

o percentual maior de sintagmas nominais complexos estar asso-

ciado â função sintática de não-sujeito.

Page 51: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

39

2 ~ O teste de X (=37,30) comprova que a associaçao descrita é estatisticamente significativa a p<5%. i

Observando o grau médio de complexidade dos sintagmas no-

minais complexos nos livros de Botância na tabela 6 (ver pãg.

36), verificamos que o grau médio de complexidade dos sintagmas

na função de sujeito é 2,6, enquanto o grau médio de não-sujei-

to é 3 , 3 .

Após havermos analisados a ocorrência de sintagmas nomi-

nais simples e complexos e o grau médio de complexidade dos

sintagmas nominais complexos, concluímos que há uma associação

entre a- função sintática e complexidade do sintagma nos livros

de Botânica.

5.1.2.2. Tipo de publicação: periódico

Analisando a tabela 7 (ver pág. 38) quanto â frequên-,

cia dos sintagmas nominais simples e complexos nos artigos de • . »»

Botânica, constatamos que, na posição de sujeito, a proporção

é de 66,7% de sintagmas nominais complexos para 33,3% de sintacj

mas nominais simples, enquanto na posição de não-sujeito existe

uma proporção de 69,0% de sintagmas nominais complexos contra

31-, 0% de sintagmas nominais simples. Tende a haver uma propor-

ção maior de sintagmas nominais complexos na posição de não-su-

jeito. 2

0 teste de X (=0,22 p>5%) revela que, embora exista uma

proporção maior de sintagmas nominais complexós na posição de

não-sujeito, a diferença existente não é significativa estati£

ticamente, e não se pode constatar, nesse tipo de texto, uma

associação entre função sintática e complexidade do sintagma

nominal.

Page 52: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

40

O grau médio de complexidade dos sintagmas nominais com-

plexos nos artigos de Botânica da tabela 6(ver pãg. 36) revela

o valor 3,2 para os sintagmas nominais na função de sujeito e

o valor de 3,1 para sintagmas na função de não-sujeito.

Nos periódicos de Botânica, nao se verificou uma associa

ção estatisticamente significativa entre complexidade do sin-

tagma nominal e função sintática, e para esse fato levantamos~

a hipótese descrita no final de 5.1.3.

5.1.3 Resultado geral

A hipótese elaborada foi

A complexidade do sintagma nominal tende a variar depen dendo da função sintática, (sujeito e não-sujeito).

Dos 2.804 sintagmas nominais do nosso c.0Apuò 1.241 de

sempenharam a função sintática de sujeito', dos quais 623 (53,1%)

eram simples e 552 (46,9%) eram complexos. Dos 1.629 que desem

penharam a função de não-sujeito, 514 (31,5%) eram simples e 2

1.115 (68,5%) eram complexos. O teste de X (=130,48 p<5%) mos-tra que essa diferença é significativa estatisticamente.

Analisando o grau médio de complexidade dos sintagmas nominais complexos na tabela 6(ver pãg.36), verificamos que o grau médio na função sintática de sujeito é 2,6, e na função de não-sujeito é de 3,2.

De forma geral, portanto, podemos concluir que, no que se refere ao coApiLò como um todo, há uma associção entre com-plexidade do sintagma e função sintática.

A associação de função sintática e complexidade descrita nesta pesquisa foi a mesma que Aarts (1971) obteve ao verificar

Page 53: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

41

sintagmas nominais de quatro tipos diferentes de textos incluin do o texto científico.

Ë interessante observar que os resultados que Aarts obte-ve, ao analisar a relação entre função sintática e complexidade do .sintagma nominal no texto científico, são próximos aos mesmos obtidos nesta pesquisa (ver tabela 8 abaixo).

TABELA 8 - FREQÜÊNCIA DO SINTAGMA NOMINAL E PERCENTAGEM Q CONOFORME COMPLE XIDADE E FUNÇÃO SINTÁTICA DE TEXTOS CIENTÍFICOS ANALISADOS POR DOIS PESQUISADORES

c P A A R T S (1971) C A R E L L I (1988) L X

- Sujeito N-sujeito Total Sujeito N-suj eito Total

Spl 720(61,6) 629(35,5) ' 1349(45,9) 623(53,1) 514(31,5) 1137(40,5) Cpl 447(38,4) 1140(64,5) 1587(54,1) 552(46,9) 1115(68,5) 1667(59,5)

Tot 1167Ü00%) 1769(100%) 2936X100%) 1175(100%) 1629(100%) 2804(100%)

Spl- simples , Cpl- complexo . Tot- total Cplx- complexidade

Para este fato da associação entre função sintática e complexidade do sintagma nominal, é possível vislumbrar uma ex-plicação em termos do que Otto Behagel (apud Stockwell 1977) prcpõe a respeito da ordem das palavras. 0 primeiro princípio da adjacência proposto por Behagel afirma que:

What belongs together. ¿emantlcaily Is placed together syntactlcalZty (751

Sobre esse princípio podem prevalecer outros, entre os quais, encontramos os seguintes:

Page 54: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

42

aL the tffrWIER PRINCIPLE; longer, heavier elements tend to come. toward the end of sentences [161

1 .. i

61 the TOPI CALIZATION PRINCIPLE: sentence elementó that take up previously mentioned material tend to come, before those that int/Loduce new material [171

Era outras palavras, o TÖPICO do discurso vem no início: do período, a mesma posição do sujeito, e ë freqüentemente re-duzido a um pronome ou a uma breve referencia. 0 comentario i por sua vez, o elemento que traz informações novas, coincide freqüentémente com a posição do não-sujeito.Isto justifica por que, na função sintática de não-sujeito, há uma proporção maior de sintagmas nominais complexos do que na função de sujeito.

Em periódicos de Botânica, a proporção de sintagmas no-minais complexos, na função de não-sujeito, é apenas ligeiramen

te maior que a de sintagmas nominais complexos, na função de - 1

sujeito e não chega a ser signficativa. Como os três artigos analisados em Botânica relatam experimentos, onde se comparava o potencial de germinação de sementes sob condições específi-cas, podemos levantar a hipótese de que os cientistas, ao des-cever seus experimentos, sentem, a necessidade de serem preci-sos e explícitos, para evitar, mal entendidos, e por isso repe-tem todo o sintagma nominal ao invés de substituí-lo por um pro nome, por exemplo. Já em livros textos, escritos para audiên-cias que não tão especializadas, a necessidade de rigor técni-co não seria tão grande. '". í;'.

Page 55: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

4 3

5.2 FATOR ESTUDADO: TIPO DE PUBLICAÇÃO

5.2.1 Ãrea científica: Psicologia

/

Analisando a freqüência de sintagmas nominais simples e

complexos na publicações de Psicologia na tabela 9 (ver abaixo ),

notamos que, em livros, a proporção ê de 53,9% de sintagmas no-

minais complexos para 46,1% de sintagmas nominais simples, en-

quanto, em artigo, hã uma proporção de 53,1% de sintagmas nomi-

nais complexos contra 46,9% de sintagmas nominais simples.

TABELA 9 - FREQÜÊNICA DE SINTAGMAS NOMINAIS E PERCENTAGEM . _ ( .) CONFORME' COMPLEXIDADE E PUBLIÇAÇÕE-S EM PSI/

COLOGIA ••

c p P U B L I C A Ç Ã O L. X

Livros Artigos Total

Simples ,421(46,1) 245(46,9) 666(46,7)

Complexo 492(53,9) 27/(53,1) 769(53,6)

Total 913(100%) 522(100%) 1435(100%)

.Cplx - complexidade

2 -0 teste de X (=0,25 p>5%) comprova que nao existe dife-

rença estatisticamente significativa entre livros e artigos.

Analisando o grau médio de complexidade .dos sintagmas no

minais complexos em Psicologia na tabela 6 (ver pãg, 36), veri

ficamos que, em livros, o grau médio é 2,7, enquanto eirr"àrt±gos,

o grau médio é. 3,1. -

Page 56: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

; _ 4 4

Portanto, em Psicologia, no cue se refere ã ocorrência

de sintagmas nominais simples e complexos e quanto ao grau

médio de complexidade, concluímos que não há associação entre

complexidade e tipo de publicação.

5.2.2 Área científica: Botânica

Analisando a freqüência de sintagmas nominais simples e

complexos nas publicações de Botânica na tabela 10 (ver abaixo),

notamos que, em livros, a proporção é de 64,4% de -sintagmas

nominais complexos para 35,4% de sintagmas nominais simples*

enquanto em artigos, hã uma proporção de 68,1% de sintagmas

nominais complexos contra 31,9% de- sintagmas nominais simples.

TABELA 10 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS E PERCENTAGEM ( ) CONFORME COMPLE XIDADE E PUBLICAÇÕES ÉM BOTÂNICA

C P P u b l i c a ç a o L X livros artigos total

Simples 339(35,4) 132(31,9) 471(34,4)

Complexo 617(64,6) 281(68,1) 898(65,6)

Total 956(100%) 413(100%) 1369(100%)

O test de X (=1,22 p>5%) comprova que não existe uma diferença estatisticamente significativa eiitre livros e periõdi cos era Botânica.

Analisando o grau médio de complexidade dos sintagmas nominais complexos em Botânica, na tabela 6 (ver pág. 3 6), veri ficamos que, em livros, o grau médio é 3,1, enquanto em artigos, o grau médio é 3,2.

Page 57: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

Portanto, em Botânica, no que se refere à ocorrência de

sintagmas nominais simples e complexos e quanto ao grau médio

de complexidade, concluímos que não há associação entre comple

xidade e tipo de publicação, ressaltando que, quando se conside

rou a função sintática, os resultados foram diferentes (ver

5.1.2.2. e 5.1.3)

5.2.3 Resultado geral

A hipótese-elaborada foi

A complexidade" do sintagma, nominal tende a variar depen dendo do tipo de publicação, livro ou artigo.

Dos 2804 sintagmas nominais analisados, 1869 foram cole

tàdos de livros, sendo que 760(40,6%) eram simples e 1107(59,4%)

eram complexos. Dos 935 coletados de artigos, 377 (40,3%) eram

simples e 558 (59,7%0 eram complexos. 2 ~ O teste de X (=0,02 p<5%) mostra que nao ha evidencia

para associar complexidade do sintagma nominal ao tipo de publjL

caçãoé Notamos que houve uma uniformidade da distribuição propor

cional dos sintagmas nominais, 40% de simples e 60% de complexos,

independente de ser livro ou artigo.

Portanto, no que se refere a ocorrência de sintagamas

nominais simples e complexos,,e quanto ao grau médio de complexi

dade, concluímos que não há uma associação entre complexidade do

sintagma nominal e tipo de publicação, ressaltando que, quando se

considerou a função sintática, os resultados para as publicações

de Botânica foram diferentes (ver 5.1.2.2).

Para estes fatos descritos acima, a justificativa foi pro

posta em 5.1.3.

Page 58: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

46

5.3 FATOR ESTUDADO: ÃREA CIENTÍFICA

A hipótese elaborada foi

A complexidade do sintagma nominal tende a variar conforme a ãrea científica, Psicologia ou Botânica.

-Dos 2804 sintagmas nominais analisados nesta pesquisa, 1435

foram da ãrea de Psicologia, 666(46,4%) eram sintagmas nominais

simples e 769 (52,6%) eram sintagmas nominais complexos. Dos

1369 da área de Botânica, 471(34,4%) "eram simples e 898 (65,8%)

eram complexos. 2 _ O teste de X (=41,06 p<5%) revela que a associçao entre

área científica e complexidade do sintagma nominal é significa

tiva.

Analisando o grau médio de complexidade dos sintagmas nomi

nais complexos em relação â ãrea científica na tabela 6 (ver-pág.

36), verificamos que, em Psicologia, o grau médio é 2,9, enquan

to, em Botânica, o grau médio é 3,1.

..Portanto, no que se refere â ocorrência de sintagmas nomi

nais simples e complexos, e quanto ao grau médio de complexida-

de, "concluímos que há associação entre complexidade do sintagma

nominal e ãrea científica.

. Para essa associçao entre área científica e complexidade

do sintagma nominal, a justificativa precisa ser verificada.

Page 59: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

47

5.4 FATOR ESTUDADO: COMPLEXIDADE DO SINTAGMA NOMINAL NO TEXTO CIENTÍFICO ' i ' •

' - ' - ; - • i Aò comparar texto científico com outros textos (estilos)',

Quirk et £.£¿¿(1972) afirma

ScJ.ZYvU.flc. mixing di ff esa greatly <-tcm other, styles in having a : ;

distinctly higher proportion of noun phrases voith complexity (and multiple complexity)... [18)

O nosso objetivo não era comparar o sintagma nominai do texto

científico ccm outros textos, como Quirk relata, mas comparar, den

tre os textos científicos, a proporção de sintagmas nominais sim-

ples e complexos. Para esse fim, elaboramos a seguinte hipótese de

trabalho:

0 texto científico tende a ter mais sintagmas nominais comple xos do que sintagmas nominais simples.

i 1 Após havermos analisado e classificado 28 04 sintagmas nominais

>i de 12 textos científicos, retirados em igual número de livros e pe

riódicos de duas áreas científicas diferentes, verificamos que

1137 (40,6%) foram sintagmas nominais simples e 1667(59,4%) foram 2

sintagmas nominais complexos. O teste de X (=100 p 5%) mostra que esta diferença ë estatisticamente significativa.

Podemos concluir que, além de apresentar um número maior de sin tagmas nominais complexos em relação a outros textos, o texto cien-tífico, quando analisado como um todo, apresentou mais sintagmas nominais complexos do que sintagmas nominais simples.

A predominância de sintagmas nominais complexos no texto cien tífico é justificada por Sager et alii (1980).

Page 60: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

48

The most important components of the vast majority of scientific English sentences are conceptual units expressed in nominal groups, they contain the individual items of information which make up the detailed description of a machine: or process, the logical exposition of an idea or theory... (7 9)

Theyinominal groups) act as building blocks whcih SE sentences are constructed because they process certian inherent qualitieA which enable them to perform the task of communicating information

-effectively and efficiently... (20)

Page 61: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

49

5.5 COMPLEXIDADE DO SINTAGMA NOMINAL , • - _ 1

Apôs havermos confirmado a hipótese de que o sintagma nominal

no texto científico tende a ter um maior percentual de sintagma no

minai complexo (59,4%) do que sintagma nominal simples (40,6%), e „ ' - . - - l i

descrito qual ê o grau médio de complexidade, descreveremos os

sintagmas nominias complexos analisados nesta pesquisa. j

i

TABELA 11 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOSE PORCENTAGEM ( )' CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E TIPO DE MODIFICAÇÃO EM PSICOLOGIA

Tipo de L I V R O A R T I G O modifie. Sujeito N-sujeito Total Sujeito N-sujeito Total

pri-mod. 52(35,3) 99(28,6) 151(30,6) 35(46,6) 67(33,2) 102(36,8)

põs-mod. 78(53,0) 173(50,1) 251(51,0) 27(36,0) 92(45,6) 119(42,9)!

pré-/põs- 17(11,7) 73(21,3) 90(18,4) 13(17,4) 43(21,2) 56(20,3) \ mod. I . " '

Total 147(100%) 345(100%) 492(100%) 75(100%) 202(100%) 277(100%)

TABELA 12 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E IIPO DE MODIFICAÇÃO EM BOTÂNICA

Tlp° de- L I V R O A R T I G O modifie. Sujeito N-sujeito Total Sujeito N-sujeito Total

pré-mod. 80(36,6) 133(33,4) 213(34,5) 33(29,4) 72(42,6) 105(37,4)

põs-mod. 97(44,5) 180(45,1) 277(44,9) 51(45,6) 58(34,8) 108(38,4)

pré-/põs- 41(18,9) 86(21,5) 127(20,6) 28(25,0) 39(22,6) 68(24,2) mod. •

Total 218(100%) 399(100%) 617(100%) 112(100%) 169(100%) 281(100%)

Page 62: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

50

Comparando a tabela 11 e a tabela 12 (ver pág. 49), nota

mos que os sintagmas nominais complexos tendem a ser mais pós-

modif içados do que qualquer outro tipo de modificação, indenpen

dente.da área e da publicação. Verificamos que a. pré- e pós-mo-

dificação simultánea ocorreram menos.

5.5.1 Pré-modificação

5.5.1.1.Em Psicologia

TABELA 13 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) CONFORME FUNÇÃO. SINTÁTICA E MÄXIMÖ DE COMPLEXIDADE NA PRË-MODIFICAÇÃO EM PSICOLOGIA

Pre-modif ic. Sujeito

L I V R O A R T I G O N-sujeito Total Sujeito N-sujeito Total

C - 1

C - 2

C - 3

C - 4

C - 5

40(76,9) 79(79,7) 119(78,8) 27(77,1). 50(74,6) 77(75,6)

12(23,1) 12(12,3) 24(15,8) 06(17,1) 17(25,4) 23(22 ,5)

07(07,0) 07(04,6) 02(05,6) - 02(01,9)

01(01,0) 01(00,8) - - -

Total 52(100%) 99 (100%0 151(100%) 35(100%) 67(1.00%) 102(100%)

Observando a freqüência dos sintagmas nominais só pré-mod_i

ficados em Psicologia na tabela 13(ver acima), verificamos que

há a predominância de grau 1 (hum), independentemente da função

sintática e do tipo de publicação. Em livros, verificamos que,

Page 63: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

para o sintagma nominal na função de não-sujeito, hã um número

maior de pré-modificação do que para os sintagmas como sujeito,

mas o mesmo não ocorre em artigos.

Os sintagmas abaixo ocorreram como sujeito:

- the nonthreatening therapy atmosphere c-2 (111.0709.02)

» general personality txend C-2 (112.0503.01)

- the linear trend X coiidition interaction c-3 (122.0606.04) — -- • — — Il •.!• . % - the dominant philosophical circles C-2 (123.0401.01)

Os.sintagmas abaixo estavam na posição de não-sujeito.

a self-reliant, bayant, s elf-controlled child

his larger empiristic philosophy

an open, honest, sincere person

. historial and philosophical perspectives

C-5 (112.1201.03)

C-2 (123.0303.04)

C-3 (111.0402.02)

C-2 (121.0102.04)

5.5.1.2 Em Botânica

TABELA 14 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E MÁXIMO DE COMPLEXIDADE NA PRË-MODIF IC AÇÃO EM BOTÁNICA.

Pré -modif.

— L I V R O A R T I G O Sujeito N-suj eito Total Suj eito N-suj eito Total

C - 1

C - 2

C - 3 C_ - 4

C - 5

C - 6

C - 7

55(68,7) 90(67,6) 145(68,0) 18(54,6) 43(59,7)

23(28,7) 36(27,0) 59(27,6) 09(27,2) 23(31,9)

02(02,6) 06(04,6) 08(03,8) 04(12,2) 06(08,4)

01(00,8) 01(00,6) 01(03,0)

61(58,0)

32(30,6)

10(09,6)

01(00,9)

01(03,0) 01(00,9)

Total 80(100%) 133(100%) 213.(100%) 33(100%) 72(100%) 105(100%)

Page 64: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

52

Analisando a distruilçao da freqüência dos sintagmas no-

mais pré-modif içados. em Botânica na tabela 14 (ver pág. 51), no

tamos que o grau 1 (hum) predomina, mas menos do que em Psicolo

gia. Registramos um caso isolado de um sintagma nominal com 7

pré-modificadores na função de sujeito em artigos.

Os sintagmas.abaixo ocorreram como sujeito:

- ¿orne, of the easily, practical experiences c - 2 ( 2 1 2 . 0 7 0 3 , 0 1 )

- the mean viability period . C-2 (213.0201.01)

- greenhouse seedling-emergence tests c - 3 ( 2 2 3 . 0 1 0 2 . 0 3 )

- the orchargrass, bormegrasstimothy and

• meadow fescue yield tests C-7 ( 2 2 3 . 0 7 0 1 . 0 1 )

Os sintagmas abaixo estavam na posição de não-süjeito:

- fast-red -tight canopy light C-4 ( 2 1 2 . 1 6 0 8 . 0 2 )

- a vegetlv.ely charged conductor: . C-3 ( 2 1 2 . 0 2 0 1 . 0 3 )

- vastlous. temperature du/iation treatments c - 3 ( 2 2 1 . 0 4 0 2 . 0 5 )

.- the desired molstusce content C-2 ( 2 2 1 . 0 5 0 1 . 0 2 )

As' pesquisas de sintagmas nominais pré-modifiçados em

textos científicos realizadas por Gomes (1981), Gimenez(1988),

Salager (1984) e Williams (1984) , todas registraram casos de sintag

mas nominais com 5 pré-modificadores, exceto Gimenez que regis-

trou casos com 7 prê-modificadores.

Como nas pesquisas mencionadas, embora registremos casos

de sintagmas nominais com 5 pré-modi'ficadores e um caso isolado

de 7 pré-modificadores, a maior ocorrência foi de sintagmas no-

minais com 1 (hum) pré-modificador.

Page 65: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

53

5.3.2 Põs-modificação

A põs-modificação, nesta pesquisa, significa tudo aquilo

que estiver após o núcleo principal dentro do mesmo sintagma no

minai, mesmo aqueles elementos que atuam como pré-modificadores

de um núcleo subordinado.

5,3.2^.. Em Psicologia

Analisando a freqüência dos sintagmas nominais põs-modi

ficados em Psicologia na tabela 15 (ver abaixo), verificamos que

TABELA 15 - FREQÜÊNICA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) ' " . CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E MÁXIMO DE COMPLEXIDADE NA PÕS_

MODIFICAÇÃO EM PSICOLOGIA

Grau de L I V R O complex. Sujeito N-sujeito Total

A R T I G O Sujeito N-sujeito Total

C + 1

C + 2

C + 3

C + 4

C + 5

C + 6 ;

C + 7

C + 8

C + 9

C + 10

C + 10

14(17,9)

31(39,9)

10(12,9)

10(12,9)

06(07,9)

04(05,5)

02(01,6)

01(01,4)

38(21,8)

38(21,8)

32(18,2)

2 0 ( 1 2 , 0 )

11(06,3)

05(02,3)

06(04,0)

07(03,4)

04(02,8)

52(20,8)

69(27,0)

42(16,7)

30(12 ,3)

17(06,7)

09(03,3)

06(03,3)

09(02 ,8)

05(01.9)

12(44,4)

08(29,6)

01(03,6)

03(11,2)

02 (07,6)

2 0 ( 2 1 , 8 )

22(23,9)

11(11,9)

08(08,7)

07(07,7)

07(07,7)

04(04,3)

03(03,2)

32 (26,9)

30(25,2)

12(10,0)

11(09,2)

07(05,9)

09(07,6)

04(03,4)

03(02,6)

12 (07,4) 12 (05,2)

01(03,6) 01(01,1) 02(01,6)

09(09,7) 09(07,6)

Total 78(100%) 173(100%) 251(100%) 27(100%) 92 (100%)119(100%)

Page 66: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

54

há uma maior incidência de sintagmas nominais com 2 (dois) pós-

modif icadores, e a partir de sintagmas com 4 pós-modificadores,

registramos um decréscimo generalizado na freqüência dos sintag-

mas nominais. Registramos poucos casos de sintagmas nominias

com mais de 10 pós-modificadores, o que só ocorreu na função de

não-sujeito.

Estes sintagmas estavam na função de sujeito:

- another fact to Support the betief that the construction of the superego takes place on a higher level than construction of the ego.

C+9 (113.0908.01) - the mltlngs of Cabnls, Gall, Tlourenc.es, Magendie, Vesbutt Tracy, Main de

Binan, Ribot - a veritable legion of savants C+10 (123.0503.04)

-research on the effects of toilet, training pnactices f oh .childhood : development c+6 (113.0801.01)

- a statement by Charles Sherrington that "the only reality Is soul" C+5 (121.0207.02)

Estes sintagmas estavam na posição de. não-sujeito: - a phase -which may carry the conotatlon of grudging and reluctant acceptance

of the inevitable - he actually comes to like himself C+ll (111.0614.03) O

- the century that would force itself to choose between "Cartesianlsm" and "Ñewtonianlsm", often bending and distorting the views of both geniuses just to make debate more lively

C+14 (123.0302.02) - Flanders who studied teacher influence styles in pupil attitudes and .

resulting achlvement in seventh grade social studies and eighth grade mathematics. C+13 (112.1501.02)

Page 67: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

55

5,5.2.2 Em Botânica

Analisando a freqüência dos sintagmas nominais põs-modi

ficados em Botânica na tabela 16 (ver abaixo)f verificamos que

TABELA 16 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS E PORCENTAGEM ( ) CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E MÁXIMO DE COMPLEXIDADE NA PÖS_ -MODIFICAÇÃO EM BOTÁNICA

Grau de Complex.

L I V R O - A R T I G O Sujeito N-sujeito Total Sujeito N-sujeito ... Total

C + 1

•C-+ 2

C + 3

C + 4

C + 5

C + 6

C + 7

C + 8

C + 9

C + 10

C + 10

25(25,8)

20(20,7)

15(15,5)

11(11,4)

12(12,4)

06(06,2)

03(03,0)

02(02,0)

01(01,0)

01(01,0)

01(01 0)

49(27,3)

37(20,5)

20(11,1)

14(07,7)

13(07,3)

16(08,9)

07(03,9)

05(02,8)

0 2 ( 0 1 , 2 )

05(02,7)

12(06,6)

74(26,7)

57(20,5)

35(12,3)

25(09,0)

25(09,0)

22(07,9)

10(03,7)

07(02,6)

03(01,0)

06(02,3)

13(05,0)

06(11,7)

12(23,6)

14(27,5)

02 (03,9)

09(17,7)

02 (03,9)

05(09,8)

01(01,9)

18(31,0)

08(13,8)

02(03,5)

07(12,0)

04(06,8)

03(05,2)

06(10,4).

03(05,2)

02(03,5)

01(01,8)

04(06,8)

24(22,5)

20(18,6)

16(14,9)

09(07,5)

13(12,2)

05(04,6)

11(10,2)

04(03,8)

02 (01,9)

01(00,9)

03(02,9)

Total 97(100%) 180(100%) 277(100%) 51(100%) 58(100%) 108(100%)

há uma maior incidência de sintagmas nominais com 1(hum) pós-

modif icador e que, a partir daí, registramos um decréscimo pro-

porcional na freqüência dos sintagmas nominais em livros de Bo-

tânica. Em relação aos artigos, registramos irregularidades na

distribuição do grau de complexidade.

Page 68: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

56

Estes sintagmas nominais estavam na função de sujeito:

- reversal of ABA inhibition of bean axis elongation and pear embryo germi nation by citokinin on gibberellin C + 10 (212.1308.01)

- the -late, of protein Syntheses, as measured by incorporation of 3H-leuc.ine into protein in vivo C +'-8 (211.0705.02)

- a comparison of percent reduction in viability for treatment combinations common to both phases of the study c + 8 (211.1101.01)

- the range in bloom date for individual florets on a sorghum head in this • Study C + 7 (221.1004.01)

Estés sintagmas nominais estavam na função de não-sujeito:

- the degree of exposure of the radical in cereal seed and of the radicle, hypocotyl and distal end of the cotyledons in seed of red

' clover ITrifolium pratense) c'+ 13 (213.1408.05)

- no differences in forage yields obtained from the /5-year old seed compared to those obtained from früh seed within the respective cultivars C + 13 (223.0702.05)

- those J) [results) obtained using seed of simiZar grain moisture content • harvest from maturing plant C + 10 (221.1104.04)

Entre os três tipos de modificadores, a pós-modificação

foi a que mais ocorreu independente da área, publicação e função

sintática. Tal resultado responde a pergunta de Crystal (197 4)

que questiona se a complexidade do texto científico não residi-

ria na pós-modificação.

Podemos interpretar a maior'incidência de sintagmas nomi

nais pós-modifiçados como sendo a necessidade de o texto cientí-

fico ser claro e preciso. Quirk et aLii (1985) afirma que a pós-

modif icação ë a maneira mais precisa de qualificar.

Page 69: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

5 7

5.5.3 Pré- e pós-modificação ' '

5.5.3.1 Em Psicologia

Observando a tabela 17 (ver abaixo) para livros de Psico

logia, notamos que sintagmas nominais pré- e pós-modifiçados, na

maioria dos casos, têm 1 (hum) prê-modificador independentemente

da função sintática.

TABELÁ 17 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS PRÉ- E PÕS-MODIFICADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÜMERO DE MOD_I FICADORES EM LIVROS DE PSICOLOGIA.

Número Número de põs-modificadores de pre- C+l C+2 • C+3 " C+4 >C+4 : Total modifie. S NS S NS S NS S NS S NS ' S- NS

C - 1 03 16 02 11 02 09 02 03 02 17 11 56

C - 2 01 03 01 02 — 02 — 01 03 08 05 16

C - 3 01 --• — — -- — — 01 — — 01 01

C - 4 — — — — ' — —, -- — — — — —

>C - 4 — — — — — ~ — — — : — — —

. ! •••05 19 03 13 02 11 02 05 05 25 17 73 Total

Os sintagmas nominais abaixo estavam como sujeito:

- the most general fantasies In which the trama of birth may manifest itself, according to Fodor C-2+5 (113.0208.01)

- Vr. Spöck's very influenciai edition of'Baby and child care" C-3+3 (112.1204.03)

- definite and consistently enforced limits on behavior C-3+1 (112.0103.17)

- below average student who fails his tenth course C-2+2 (112.0103.17)

Page 70: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

58

Os sintagmas nominais abaixo estavam na função de não-

sujeito :

- those, fundamental, childe rearing attitudes trasmitted to him by his own • parents c-3+4 (112.1003.04)

- such basic human interaction as • fondling, hugging, kissing and other forms of body contact C-2+6 (112.0903.03) .

prelogical emotional elments which encourage disorganization contradictions and misconceptions C-2+4 (113.0505.01)

a fully functioning person, .a more s elf-actualizing person C-2+3 (111.0608.02)

TABELA 18 - FREQÜÊNCIA DE "SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS PRÊ- E PÕS-MODIFICADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÜMERO DE MODI_

' FICAD0RES EM PERIÓDICOS DE PSICOLOGIA

Número Numero de pós-modificadores de pré- C+l C+2 C+3 C+4 > C+4 Total modifie. S NS S NS S NS S NS S NS S NS

C - 1 07 05 01 08 02 03 02 04 -- 13 12 33

C - 2 — 02- 01 02 — 02 — — — 03 01 09 -

C - 3 -- — — — — — — — — — — —

C - 4 -- — — — — — — — — 01 — 01 r V--

>C - 4 — — -- — — — — — — -- — —

-Total 07 07 02 10 02 . 05 02 04 — 18 13 43

Analisando a tabela 18 {ver acima) para periódicos de Psi

cologia, constatamos o mesmo resultado obtido para livros de Psi_

cologia, isto ë, sintagmas prë- e pós-modifiçados na maioria dos

casos, têm apenas 1 (hum) prë-modificador independentemente da

função sintática.

Page 71: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

59

Os sintagmas nominais abaixo estavam como sujeito:

- the apparent sequential effect obtained In this study ! Ct2+2 (122.0302.02) !

' ' • ' • ' • • ' • . ' ! '

- the same commitment to the reality of a unified seZf I C-l+3 (123.0106.01)

- the Ideal component of the self esteem scores \. C-l+2 (122.0705.02) • !

- 1 i Os sintagmas nominais abaixo estavam como não-sujeitoi:

! • ' i

- the common citizens ' least doubled assumption that they are who they cuie, " who they axe not anyone else

• C-4+5 (123.0202.04)

- real-ideal discrepancies on any dimension that happens to be salient C-2+3 „(122.0101.06)

- the exact nature of surgency c-1+1 (122.0803.02)

5 . 5 . 3 . 2 Em Botânica

TABELA 19 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS PRÉ- E PÕS-MOD IFICADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÚMERO DE MOD_I FICADORES EM LIVROS DE BOTÂNICA

Numero Numero de pós-modif icadores ----de pre- C+l C+2 C+3 C+4 )C+4 Total modifie. S NS S NS S NS S NS S NS ' S NS

c - 1 06 20 04 13 05 08 05 05 08 16 28 62

c - 2 • 01 05 05 04 03 02 01 04 01 . 07 11 22

c - 3 01 _ _ 01 01 01 02 02

C - 4

>C - 4

Total 08 25 10 18 08 10 06 09 09 24 41 86

Page 72: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

6 0

Analisando a tabela 19 (ver pág. 59) para livros de Botâ-

nica, notamos que os sintagmas nominais pré- e pós-modifiçados,

na maioria dos casos têm 2 (dois) prê-modificadores independente

mente da função sintática.

Os sintagmas nominais abaixo.estavam na função de sujeito

- accztzratzd maizz kzrnztà givzn cathodic pn.otzc.tion C-2+3 (212.0203.01)

- Azzd moiAtu/iz pzrczntagzA calculated by thz dty wzlght method

C-2+4 (211.0506.01)

- id'eally dormant, intact ¿eedA or embryoò of thz ¿ame ¿pecieA

C-3+2 (212.0506.01)

- moi&tuAZ pzrczntagzò based on ¿ample dry weight C-l+4 (211.0504.01)

Os sintagmas nominais abaixo estavam como não-sujeito:

- thz low-eneAgy mode of phytochromz . C-2+1 (212.1601.01)

- Living endosperm ceUU of diffzrznt ApzclzA C-2+2 (211.1501.02)

- aftzr ripzning ¿zed¿ of Slieconoides in dry ¿tarageA c-2+3 (213.0908.02)

- a dynamic ever-changing part of thz ¿zzd'¿ znvlronmznt C-3+2 (213.1101.02)

TABELA 20 - FREQÜÊNCIA DE SINTAGMAS NOMINAIS COMPLEXOS PRË- E PÖS-• MODIFICADOS CONFORME FUNÇÃO SINTÁTICA E NÚMERO DE M0D_I FICADORES EM PERIÖDIC0S DE BOTÂNICA

Numero Numero de pos-modificadores P r e ~ C+l. C+2 C-Í3 C+4 y C+4 Total

modifie. S NS S NS S NS S NS S NS S NS

C - 1 05 08 04 05 04 07 06 05 03 05 22 30

C - 2 02 04 02 — — 01 — 01 01 — 05 06

C - 3 — — — 02 — — 01 — — 01 01 03

C - 4 — — — __ — __ __ __ __ __

> C - 4 * — — — — — — . — — — — — —

Total 07 12 06 07 04- 08 07 06 04 06 28 39

Page 73: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

61

Analisando a tabela 20 (ver pág. 60) para periódicos de

Botânica, notamos que sintagmas nominais pré- e pós-modifiçados,

na maioria dos casos, têm 1(hum) pré-modificador independente-

mente da função sintática.

Os sintagmas nominais abaixo estavam como sujeito:

- maturing grain ¿o Ag hum &<¿<¿d containing 15% moisture. C-3+3 (221.0901.01)

-mean percent reduction in germination for the 1 phases C-2+2 (221.1102.01)

- representative samples of the fresh and old seed from seven cultivou - C-l+4 (223.0301.-01)

Os sintagmas nominais.abaixo estavam como não-sujeito:

- the appareteZij genotypic differences observed among these entries in the

- phase of study C-2+4 (221.0606.04)

- uniform seedling rates within each cultivar C-2+1 (223.0609.02)

-- the same tmperature-duration combinations described previously C-3+2 (221.0502.03)

Page 74: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

6. ' CONCLUSÃO

Como alguns lingüistas (Campos 1981, Quirk 1972, 1985,

Säger 1980 e outros) afirmam que uma das características do :tex

to científico em língua inglesa está na complexidade do sintag-

ma nominal, o objeto de estudo nesta pesquisa foi esse aspecto

do texto científico.

Analisamos a complexidade do sintagma nominal em relação a

função sintática (sujeito e não-sujeito), ao tipo de publicação •

(livros e periódicos), e a área científica (Psicologia e Botâni

ca) . \ Na revisão de literatura, verificando as pesquisas que men^

cionam o sintagma nominal no texto científico, encontramos Crys;

tal (1974) que questiona se a complexidade do texto científico

não está na pós-modificação do sintagma nominal; e Aarts (1971)

que relata que o texto científico possui um número maior de sin

tagmas nominais complexos quando comparado com outros tipos de

textos. Quanto às pesquisas que tratam especificamente do sintag

ma nominal no texto científico, encontramos Bartolic (1978),

Marmet (1980), Gomes (1981), Gimenez (1988), Salager (1984) e

Williams (1984) , que analisam a pré-modifj.caçãò do sintagma nom_i

nal. O fato comum a essas pesquisas é que, normalmente, o número

máximo é de cinco pré-modificadores. Não encontramos pesquisas

que analisam só a põs-modificação ou a pré- e põs-modificação

simultaneamente.

Page 75: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

63

Analisamos •sintagmas nominais de 12 textos científicos,

retirados de livros e periódicos de Psicologia e livros e periõ

dicos de Botânica. Controlamos três fatores em todos os textos

analisados; assunto específico para cada ãrea' (teoria da perso

nalidade em Psicologia e germinação em Botânica), nacionali-

dade dos autores (cientistas americanos) e ano de publicação

dos textos (1950 a 1985). Verificamos a ocorrência de sintagma

simples e complexo, e medimos essa complexidade em termos da

quantidade de elementos presentes na pré- e ou põs-modificação

do sintagma, excetuando alguns elementos. Utilizamos o testé de 2

X com o nível de significancia de 5% para testar a associação

entre complexidade do sintagma nominal, de um lado, e função

sintática, tipo de publicação e ãrea científica, do outro.

Para. verificar a complexidade do sintagma nominal no

texto científico em língua inglesa elaboramos quatro hipóteses.

Hipótese 1 - a complexidade do sintagma nominal tende a variar dependendo da função sintática (sujeito ou não-sujeito) .

Com relação a essa hipótese, verificamos que, dos

2804 sintagmas nominais, 1241 desempenharam a função sintática

de sujeito, dos quais 623 (53,1%) eram simples e 618(46,9%) eram

complexos. Dos 1629 que desempenharam a função de não-sujeito,

514 (31,5 %) eram simples e 1115 (68,5%) eram complexos. Notamos

que tende haver uma associação entre função sintática e comple-

xidade do sintagma nominal. Aarts (1971), ao investigar o sintag

ma nominal em textos, também obteve essa associação.

Page 76: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

Convém ressaltar que, nos periódicos de Botância, embora

houvesse uma diferença entre as proporções de sintagmas nominais

complexos e sintagmas nominais simples nas funções de sujeito e

não-sujeito, essa diferença não chegou a ser estatisticamente

significativa.

Para essa associação, é possível propor uma justificativa

em termos dos principios apresentados por Behagel (apud Stockwey.

1977)', a respeito da distribuição de informações novas e infor-

mações antigas dentro da oração.

Hipótese 2 - A complexidade do sintagma nominal tende a variar:: dependendo do tipo de publicação, livro ou periõdi co, . . *

Com relação a essa hipótese, dos 2804 sintagmas no

minais analisados, 1869 foram coletados em livros, dos quais 760

(40,6%) eram simples e 1775 (59,4%) eram complexos. Dos 935 cole

tados de artigos 377 (40,3%) eram simples e 556 (59,7%) eram com

plexos. No geral, concluímos que não há evidência para associar

a complexidade do sintagma nominal ao tipo de publicação.

Devemos ressaltar que, quando analisados conformée

complexidade e função sintática nas publicações para cada área,

verificamos que, nas de Botânica, há uma associação entre tipo

de publicação e complexidade do sintagma nominal, e que esta é

estatisticamente significativa. Há uma proporção maior de sintag

mas nominais complexos do que sintagmas nominais simples em perió

dicos de Botânica.

Page 77: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

...... • - , 65-' ; •

Para esse fato descrito acima, ë possível propormos uma justificativa em termos de função retórica e tipo de leitores a que se destina a publicação. '

Hipótese 3 ~ A complexidade do sintagma nominal tende a variar conforme a área científica (Psicologia e Botânica).

Dos 2804 sintagmas nominais anlisados nesta pesqui sa, 1435 foram coletados de textos de Psicologia, desses 666(46,4%)

. foram classificados cano sintagmas nominais simples e 769 (53,6%) foram classificados como sintagmas nominais complexos.Dos 1369 da área de Botânica, 471 (34,4%) eram simples e 898 (65,8%) eram complexos. Essa diferença ë estatisticamente significativa. Nota. mos que tende a haver uma proporção maior de sintagmas nominais complexos do que sintagmas nominais simples nos textos de Botâ

I nica, mas a justificativa precisa ser verificada. • '

Hipótese 4 - 0 texto científico tende a ter mais sintagmas nomi nais complexos-do que sintagmas nominais simples.

H

Após termos analisado e classificado 2804 sintagmas nominais de 12 textos científicos diferentes, verificamos que 1137 "(40,6%) foram sintagmas nominais simples e 1667 (59,4%) foram sintagmas nominais complexos. Essa diferença ë estatisti mente significativa. ^

Para esse caso, apontamos uma justificativa baseada na necessiade de o texto científico ser específico e preciso âo relatar noções universais do questionamento científico.

Page 78: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

. ~ . .,:•-.. : - ,66 V Analisando a freqüência dos tipos de modificadores dos

sintagmas nominais complexos, concluímos que o maior' percentual-

ë de pos-modificadores, indenpendentonente da área científica / do

tipo de publicação e da função sintática. Depois, em ordem> temos

a prê-modificação e a pré- e pós-modificação simultânea. 0 fato

de a freqüência de sintagmas nominais sõ pós-modificados predo

minar sobre as duas outras responde ã pergunta de Crystal (19-74) , ... i

que questiona se a complexidade do texto científico não estãi 1

na pós-modif icação do sintagma nominal.

A aplicação prática desses resultados ë conscientizar

o professor que trabalha com texto científico em língua inglesa,

de que há um número maior de sintagmas nominais complexos do

que sintagmas nominais simples e que essa complexidade do sintag

ma nominal tende a estar associada a função sintática, e tambê|n

relatar uma distribuição desta complexidade, quanto ao tipo de v.

modificação prê-, pós- e pré- e pós-modificação.

Em vista das limitações que nos impusemos nesta pesquisa,

em vista também de alguns resultados obtidos, para os quais se

impõe a nacessidade de se procurar uma explicação, julgamos opor

tuno fazer a seguintes sugestões para pesquisas posteriores:

- Estudar a pronominalização e as referências.anafóricas podem

afetar a associção entre função sintática e., complexidade do

sintagma nominal;

- ampliar o estudo, no sentido de buscar uma justificativa para

as diferenças encontradas nas áreas de Psicologia e Botânica;

Page 79: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

67

- examinar textos científicos dirigidos a um tipo diferente de

leitor (embora tivessemos solicitado aos profissionais que « » "

1 selecionassem publicações usadas por alunos em fase final dp

curso de graduação) -,

- verificar o efeito das normas editoriais em certos periódicos,

principalmente no que se refere ao-número de páginas dos arti

gos* sobre a complexidade do sintagma nominal.

Page 80: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

N O T A S

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(11) Todos os exemplos aqui citados são do capítulo . complex noun ph/iase" de Quirk et a&J. (1972 e 1985)

(12) _ A explicação dos tipos de pós-modificação é de Quirk et allí (1972)

(13) A explicação da pré-modificação e sistema fechado ê de Quirk et allí (1985).

(14) Quirk et aLU (1972) p. 933

(15) Stockwell (1977) p.68

(16) Jbld. p.68 V

(17)" Ibid. p. 68 (18) Quirk et atU (1972) p. 934 (19) Sager et alÃÁ, (1980) p. 219 (20) Ibid. p. 219

* não foi possível localizar a pagina.

Page 81: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

: = — > O-;.,:-- *> '•^y-r^r^.ri-hr'-ô^^^'-} vU' 69 .

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7 0

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Page 85: ANÁLISE COMPARATIV DAO SINTAGM NOMINAA L EM TEXTO

73

fiNEXO 01 - COMPUTfiCAO DOS DADOS

S Ol C+l C-2 C+2 C-1+Í C-3 C+3 C-i+2 C-2+1 C-4 C+4 C-l+3 C-2+2 C-3+1 C-5 C+5 C-l+4 C-2+3 .C-3+2 * C+6 C-l+5 C-2+4 C-7 C+? C-l+6 C-2+5 C-3+4 C+8 . C-l+7 C-2+6 C+9 C-l+8 C-4+5 C-2+7 C+l 8 C-I+9 C-2+8 C-3+7 C+il C-i+18 C-2+9 C-3+3 C+12 C-Í+11 c-2+ia C+13 C-2+11 C+14 C-2+12 C+15 C-l+14 C+16 C-l+15 C-2+14 C+17 C-i+lb C+13 C+13 C-l+18 C+28 C-i+28 C+22

LI U R O P E R I O D I C O sliJEIIÖ r O-SUJEITO SUJEITO Kãô-SüjEIIô

(ill

SS 32 32 8 1 '

02

03

83

DOIS

'79' 16 84

Õí 02

ül Õí 01 83 62

01 01 02

ÎKhïiruIAL ji ulí

65 4 1 ¿ {

?i£, 01 89

üb 62

04 01

01

•01 01

. 01 01

46 Í4 12 31 ia. 02 01

10 62 .01 01 -06' 82 04

02 02

02 01 01

bu 24 11 84 13 r-, >-H 82 •88 ÚÓ . 0 1

04 02

34 01 02

81

61

02

01

31

IíüíS ÏKl.Ï

67 • 15 32 13 84 82 12 34 02 0b 84-81 .01 83 81

01 01 64 02

8Í • 87 02 81 • 83 81

01 02

81 81 81 01

01 01

02

63 24 4 •;«

86 12 o o 12

10 83 81 34 01

01 81 32 02

82 01

01

82 81

01

31 81

01

ÍÜiHL

187 0 0. J V J. ú 38 16 R7 32 il

23 89 82 81 il 03 '02 85 83 81 06 04 81 0? 02 Õ3 04 82

81 81 06 01 01

01 81 82 81

31 83 01

UH 59 04 U-J . 01

01 81

Si

81

i>Ül¡

H'J/ i 7 85 03 85 62 01

81 01 01

1RES TOTAL 1 ÜÜ jDOISlïRtSiÎQTAL

4ii 06 32 82 01 84

01 01

01

01

144

0b

02 01 81

03 82 •01

92

82

01

mí 15 i •*> lü 84 10

81 85 •81 33

81 01 81 83

02 01

01.

02

01

81

81

01 81

81

id 83 11 84 82 83 Si 94 83 01

83 81 01

83

81

81 02 81

01.

85 £12

81 01-

a

!í 81

81 81 01 81 81

01

82

59 219 ¡j lili 95 i 97 í 383

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ANEXO 02 - COHPUXACAÛ DOS DADOS 74

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