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Aperte o botão revista ANO VIII • NÚMERO 23 JULHO, AGOSTO E SETEMBRO DE 2014 Primeira usina de triagem de resíduos totalmente automatizada do Brasil é inaugurada em São Paulo Tratamento sustentável Os desafios da Política Nacional de Resíduos Sólidos Tudo se cria A transformação dos rejeitos em moda e arte Rede Social Solví Confira as novidades e as ações das empresas e unidades do Grupo Solví pelo Brasil

ANO VIII • NÚMERO 23 – JULHO, AGOSTO E SETEMBRO DE ... · empreendedor. Empreender dentro e ... vimento ao se retirar o pé do freio. ... Também tem o mito de que é preciso

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Aperte

o botãorevista

ANO VIII • NÚMERO 23 – JULHO, AGOSTO E SETEMBRO DE 2014

Primeira usina de triagem

de resíduos totalmente

automatizada do Brasil é

inaugurada em São Paulo

Tratamento sustentávelOs desafios da

Política Nacional de

Resíduos Sólidos

Tudo se criaA transformação

dos rejeitos em

moda e arte

Rede Social SolvíConfira as novidades e as

ações das empresas e unidades

do Grupo Solví pelo Brasil

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2 REVISTA SOLVÍ • julho, agosto e setembro - 2014

SUMÁRIO

EDITORIALPANORAMAPÁGINAS VERDESINOVAÇÃOSANEAMENTOCOMUNIDADEINDÚSTRIALIMPEZAENERGIAAGRONEGÓCIOEMPREENDEDORISMOINFRAESTRUTURAVAREJO

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101214161819202224

A Revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela área de Comunicação do Grupo Solví.

Presidente: Carlos Leal VillaDiretor Financeiro: Celso PedrosoDiretor de Organização e Pessoas: Delmas PenteadoPresidente do Instituto: Eleusis Bruder Di Creddo Coordenação: Claudia Sérvulo e Luana VianaProjeto Editorial: Retoque ComunicaçãoJornalista Responsável: Luiz Chinan (MTB 24.510)

EXPEDIENTE

Reportagem: Renata Domingues e Thiago Nassa (MTB 30.914)Projeto Gráfico: Jonas RibeiroRevisão: Nadia RodriguesImpressão: D’Lippi PrintTiragem: 3 mil exemplaresComentários e sugestões: [email protected]ço: Rua Bela Cintra, nº 967, 10º andar, Bela Vista, SP, CEP: 01415-000Site: www.solvi.com Fo

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EDITORIAL

A missão de entregar soluções para a vida em engenharia ambiental em ambientes urbanos requer compromisso ético, visão de longo prazo e expertise para assegurar o sucesso de operações que envolvem uma logística altamente complexa, abrangência e qualidade de atendimento e, sobretudo, segurança ambiental.

No nosso dia a dia somos continuamente desafiados a fazer mais e melhor com menos e nos deparamos com variáveis que se alteram rapidamente. Inovar, portanto, está na essência do nosso comportamento, da nossa busca por eficiência. E não poderia ser diferente, afinal, modelos de gestão orientados para a promoção da sustentabilidade requerem aprimoramento tecnológico, desenvolvimento científico e, sobretudo, conscientização socioambiental.

É dentro desse contexto – e desse espírito – que as empresas do Grupo Solví desenvolvem suas atividades nos setores público e privado, buscando por meio de seus serviços promover a qualidade de vida dos cidadãos. O projeto “Design Sustentável”, realizado por nossa equipe da Battre, na Bahia, é um dos exemplos de inovação que incorporam a premissa de harmonizar expectativas, entregando mais que somente serviços, mas sim soluções para a vida. A empresa facilita a congregação, em um formato de cooperativa de mulheres residentes próximas à operação, para que juntas possam produzir roupas e acessórios a partir de resíduos da própria operação da empresa.

Os uniformes dos colaboradores não são mais descartados quando atingem o fim da vida. Eles são a matéria-prima para a confecção de vários itens de moda, e serão comercializados em Salvador. A renda será toda revertida para a comunidade. Veja essa matéria nas páginas 12 e 13 desta edição.

Outro modelo inovador é o Sistema Pré-Pago de Compra de Créditos para Descarte de Resíduos Inertes da Revita Águas Claras, empresa do Grupo Solví, também instalada em Salvador.

Trata-se de uma plataforma onde o cliente, tanto da área pública quanto da privada, além do próprio cidadão comum, pode planejar toda a sua gestão de resíduos a partir da aquisição de créditos. O assunto tem destaque nas páginas 20 e 21.

Nossas operações na cidade de São Paulo também trazem projetos inovadores. A Loga - Logística Ambiental, que atende hoje as zonas Norte, Oeste e Central da cidade, inaugurou a primeira Central Mecanizada de Triagem (CMT) da América Latina. A nova usina é capaz de fazer toda a separação de resíduos dentro do sistema de coleta seletiva.

Materiais como plástico, metal, papel e vidro são discriminados de forma automática e em grande escala. A capacidade de processamento é de 80 mil toneladas de material reciclável por ano, com tecnologia importada de vários países da Europa. Confira a matéria completa nas páginas 8 e 9.

Somos mais de 25 mil pessoas espalhadas por todo o território nacional, além de operações em vários países da América do Sul. Nossa diversidade, nossa busca pela excelência e pela entrega de resultados são os componentes do tempero que condimenta nossa criatividade e nosso espírito empreendedor. Empreender dentro e fora das organizações é para aqueles que ousam, persistem e sabem que só não erra quem não faz.

Se a tecnologia transforma, a base para toda e qualquer inovação tecnológica é a vontade humana de realizar. Assim, inspire-se na entrevista sobre empreendedorismo nas páginas 6 e 7 desta edição e sigamos juntos nesta trajetória inovadora, pois se navegar é preciso, para navegar é preciso empreender.

Boa leitura!

Carlos Leal VillaPresidente do Grupo Solví

Inovação no DNA

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Qualidade

a toda prova

PANORAMA

Camila Silvestre de Melo Uberaba - MGAbril de 2013Parceria com a UNICEFEm abril de 2013, havia uma resistência para com a área de qualidade. Hoje esse setor é tido como parceiro para todas as unidades da empresa. A revisão sistemática de processos e ações de melhoria que vêm sendo implementadas são prova real dessa mudança.Lançamento do edital Dia do Voluntariado para inscrição de toda a comu-nidade e votação entre os funcionários da empresa.Fotografia e Esportes ao ar livre.VidaFamília

RETRATOExemplos de liderança e empreendedorismo

Nome:Cidade Natal:

Entrada na empresa: Conquista marcante:Desafio enfrentado:

Trabalho inovador:

Hobby:Amor:

Paixão:

RECONHECIMENTO Conquistas e prêmios que valorizam nossas práticas

TECNOLOGIA DE FÓRMULA 1...Os novos caminhões compac-

tadores em teste na Solví vão che-gar com tecnologia de Fórmula 1. Trata-se de um chassi que acumula energia durante as frenagens e li-bera essa energia na forma de mo-vimento ao se retirar o pé do freio. A inovação cabe como uma luva em operações urbanas como a co-leta de resíduos, em que as paradas

e novas acelerações são constantes. Além da diminuição da emissão de car-bono e de ruído, a solução deve trazer uma economia de 35% no consumo de combustível. Foram quatro anos de desenvolvimento, num trabalho que envolveu a engenharia da Volkswagen, a concessionária Dibracam e equipes da Vega, da SBC e do CSC (Centro de Serviços Compartilhados).

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59,2mil toneladas de gás carbônico foram emitidas no Brasil em razão da realização da Copa do Mundo de Futebol. Para compensar essa situação, a Solví resolveu doar créditos de carbono a fim de minimizar os efeitos que um dos maiores eventos esportivos do mundo causa ao meio ambiente.

DATASOLVÍ Números que fazem a diferença

180mil toneladas de lixo reciclável foram recolhidos nos estádios onde ocorreram os jogos da Copa do Mundo de Futebol. O balanço contabiliza o material amealhado nas arenas das 12 cidades-sede, resultado do investimento de R$ 2 milhões em apoio a ações de limpeza para o mundial.

...E EXPOSIÇÃO EM GALERIA DE ARTE!A Galeria Ziegler, na Suíça, con-

ta com uma obra de arte bem co-nhecida dos paulistanos: os sacos de lixo de folhagem utilizados pela Inova, empresa do Grupo Solví. Inspirados nas folhas fícus, para diminuir o impacto visual no meio

urbano, os invólucros são biodegradá-veis e bastante finos. A aparência do artefato motivou os artistas brasileiros Swami Silva e Ricardo Eirizik a montar uma instalação com os sacos para a exposição suíça “Qualquer semelhan-ça não é mera coincidência”.

TODOS A BORDO

A Família Schurmann está partindo de Itajaí, Santa Catarina, a bordo do veleiro Kat, rumo à Expedição Oriente, que vai percor-rer mais de 30 mil milhas náuticas e cinco continentes. Como uma das máximas da iniciativa é a sustentabilidade, as forrações do motor e o isolamento térmico do veleiro foram feitos de material reciclado. Moder-nos sistemas também foram desenvolvidos para armazenamento e economia de ener-gia, tratamento e reciclagem de resíduos. Acompanhe cada momento desta aven-tura apoiada pelo Grupo Solví, pelo site: www.expedicaooriente.com.br/expedicao.

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Marcos Hashimoto, consultor e pesquisador do Instituto de

Ensino e Pesquisa (Insper), explica como empresas e colaboradores

podem ampliar o desejo de inovar e realizar no dia a dia

Empreender

PÁGINAS VERDES

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ção

é precisoPesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship

Monitor (GEM), feita em 68 países, pela London Business School e Babson College, mostrou que o Brasil teve o melhor desempenho no ranking de em-preendedorismo por oportunidade entre os países do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul). Para Marcos Hashimoto, autor dos livros “Espírito Empreendedor nas Organizações” e “Lições de Empreendedorismo”, o desafio está em estimular cada vez mais nas organizações uma cul-tura de valorização de ideias e projetos inovadores para aumentar a competitividade no mercado de atuação e o engajamento dos colaboradores. Na entrevista a seguir, o especialista trata sobre os cami-nhos para o sucesso.

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“O FUNCIONÁRIO

QUE COLOCA SUAS IDEIAS EM PRÁTICA E COLHE OS BENEFÍCIOS ADVINDOS DAS SUAS

SUGESTÕES SE SENTE MAIS PRÓXIMO DO NEGÓCIO E VESTE MAIS A CAMISA

DA EMPRESA.“

Quais são os benefícios do empreendedorismo corpora-tivo?

O empreendedorismo é a ação de fazer algo diferente, gerando valor e assumindo riscos calculados. Esse é o caminho para as empresas criarem uma cultura interna de ino-vação entre os funcionários e gerar inovações para se manter competitiva no mercado.

Como as empresas podem estimular ações eficientes de empreendedorismo entre os funcionários?

Através do estímulo à experimen-tação, à mudança, fornecendo aos funcionários estímulos e recursos para colocarem suas ideias em prática.

Qual é o impacto das práticas do empreendedorismo no colaborador?

O empreendedorismo é uma forma de fazer com que o funcionário se sinta parte do negócio, dando a ele oportu-nidades para contribuir com ações que vão além das obri-gações exigidas pelo seu cargo. O funcionário que coloca suas ideias em prática e colhe os bene-fícios advindos das suas sugestões se sente mais próximo do negócio e veste mais a camisa da empresa.

Quais são os mitos que envol-vem o empreendedorismo?

O mito de que só quem tem ideias é empreendedor. Outro

é o de que as pessoas já nascem em-preendedoras e não é possível desen-volver as competências necessárias. Também tem o mito de que é preciso muito dinheiro para poder empreen-der e de que existe idade certa para se tornar um empreendedor.

conflitos nos relacionamentos. Eles são excessivamente autoconfiantes, o que pode ser percebido como ar-rogante. Podem ter dificuldades para trabalhar em equipe, pois acham que conseguem resolver tudo sozinhos, além de possivelmente terem pou-ca paciência. Talvez quanto mais bri-lhantes eles forem, maiores são seus defeitos.

Qual mensagem você daria para um líder que busca de-senvolvimento constante em sua vida?

O líder precisa ter a paciência para não só identificar os empreendedo-res na sua equipe, mas despertar o empreendedor latente que existe em cada funcionário. Para isso, ele pre-cisa também ser empreendedor. Um líder não empreendedor dificilmen-

te consegue liderar empreende-dores. O líder precisa liderar pelo

exemplo, por suas atitudes, não só por suas ideias. Ele influen-cia as pessoas e as estimula a colocar em prática seus pro-jetos e a se arriscar para fazer mudanças positivas.

Como o empreendedo-rismo pode ajudar as empresas em cenários de incertezas?

Os cenários de incerteza, para os empreendedores, são justamente os melhores momentos para empreen-der, pois é quando os concorrentes estão receosos, poucos se arriscam, mas é o momento no qual surgem as melhores oportunidades. Ambien-tes estáveis não geram mudanças, portanto, não geram oportunidades. Ambientes dinâmicos, por outro lado, estão em constante mutação, por-tanto surgem oportunidades a todo o momento.

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Quais são os principais desa-fios das empresas brasileiras?

As empresas brasileiras precisam se tornar mais com-

petitivas. Um dos caminhos da com-petitividade é a inovação. Há muito tempo que a capacidade de inovar não está mais restrita aos laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), sobretudo no Brasil, no qual as multi-nacionais delegam às suas matrizes as inovações tecnológicas. Existe muito espaço para inovar no mercado, nos processos, na distribuição, no modelo de negócio e não só no produto. Nes-se ponto, abrem-se muitas possibili-dades para se diferenciar.

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Como podemos definir a per-sonalidade de um empreen-dedor?

Um empreendedor típico tem a personalidade forte, às vezes, um pouco difícil, o que pode gerar

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As lixeiras coloridas para coleta se-letiva de resíduos são cada vez mais conhecidas pelo cidadão brasileiro. Com pouco esforço, a população faz sua própria separação dos materiais descartados, divididos pelas cate-gorias “recicláveis secos”, “reciclá-veis orgânicos” e “não recicláveis – rejeitos”. Desde junho deste ano, a cidade de São Paulo conta com uma usina de triagem auto-mática para fazer esse trabalho, dessa vez em escala monumental.

A Loga - Logística Ambiental - de São Paulo, que atende hoje as zonas Norte, Oeste e Central da cidade, ini-ciou as operações da Central Mecani-zada de Triagem (CMT), a primeira do gênero na América Latina. Com capaci-dade para processar anualmente 80 mil toneladas de material reciclável, a usina traz uma importante contribuição para elevar a coleta seletiva da capital pau-lista a um novo patamar de eficiência.

A inauguração da usina, que con-tou com a presença do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, faz parte do plano para expandir o serviço a 100%

da área de atuação da Loga, um total de 1,5 milhão de domicílios. Hoje, a coleta seletiva abrange um terço das regiões atendidas pela companhia, e o material processado é direcionado às cooperativas. “As cooperativas vão continuar recebendo o material co-letado pela empresa”, avisa Urias Ro-drigues, coordenador de Destinação Final da Loga.

Expansão – Segundo Francisco Vianna, coordenador de Planejamen-to da Loga, a Central Mecanizada de Triagem possui tecnologia de sepa-ração capaz de propiciar maior pro-dutividade às equipes de coleta e, ao mesmo tempo, garantir maior carga por viagem. “Esse aumento de produtividade é fundamental para a expansão das áreas atendi-das, começando pela região central

e irradiando para os bairros vizinhos ao Centro”, informa Vianna.

A Loga investiu cerca de R$ 15 mi-lhões em equipamentos, com tecno-logia importada de países europeus – tradicionalmente reconhecidos pelos modernos sistemas de coleta e trata-mento de resíduos, como Alemanha, França e Espanha.

A CMT possui capacidade para processar mais de 250 toneladas de material por dia e funciona integrada à Estação de Transbordo Ponte Peque-na, localizada na Avenida do Estado, formando um complexo de 19 mil me-tros quadrados totalmente dedicado à gestão de resíduos na cidade.

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São Paulo é a primeira cidade brasileira a abrigar uma central mecanizada de separação e seleção de material descartado

A fantástica usina de triagem automática de resíduos

INOVAÇÃO

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Realmente, os números são de im-pressionar. São mais de 15 toneladas de resíduos processados por hora, com seis dias de trabalho por semana, divididos em dois turnos. “Projetada para promover o mínimo de contato humano com os resíduos, a CMT alia o que há de mais eficaz nos processos tradicionais de triagem a dispositivos de altíssima tecnologia, que utilizam princípios ópticos, magnéticos e me-cânicos para separar os resíduos por formato, material e até mesmo cor”, explica Rodrigues.

Treinados – As fases manuais de seleção, inspeção e controle de qua-lidade, por sua vez, são operadas por colaboradores treinados e catadores de cooperativa cadastrada. Cabe a es-ses profissionais a retirada de conta-minantes, como madeiras, borrachas e tecidos, no início do processo e, em etapa posterior, a triagem fina do que já passou pelos separadores. O traba-lho será realizado em ambiente com

ar-condicionado e instalações ergo-nomicamente corretas, assegurando maior qualidade de vida à atividade.

Ao final do processo, os diferen-tes materiais (plásticos, papel, metais e aluminizados) saem da Central já prensados e enfardados, prontos para comercialização. Os fardos finalizados serão colocados à disposição do poder municipal, e os rejeitos (aquilo que não pode ser aproveitado) encami-nhados ao aterro sanitário.

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A fantástica usina de triagem automática de resíduos

250 toneladas de resíduos processados por dia

EM NÚMEROS

15 toneladas de resíduos processados por hora 6 dias de trabalho por semana,

em dois turnos diários

310 dias em funcionamento por ano 15 milhões de reais de

investimento 1,5 milhão de domicílios atendidos pela coleta seletiva a partir de 2016

OS TIPOS DE MATERIAIS PARA COLETA SELETIVA

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Como o sistema de tratamento de efluentes tem impacto direto nos vários setores da

economia brasileira

Escalada do

saneamento

SANEAMENTO

O Brasil ocupa a 112ª posição no ranking de saneamento entre 200 países. A pontuação do País no Índice de Desenvolvimento do Saneamento – um indicador que leva em consideração a cobertura por saneamento atual e sua evolução recente – foi de 0,581 em 2011. O País está longe de exibir os resultados que obtém no futebol. Segundo dados do Instituto Trata Brasil e do Con-selho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), os investimentos na coleta e tratamento de efluentes podem ser uma verdadeira escalada de sucesso para a economia brasileira.

Melhoria na saúde Aumento da produtividade

Há uma relação direta entre a qualidade do sistema de saneamento e os indicadores de saúde. A ausência de acesso à água tratada reflete uma perda de

A expectativa de vida no País é menor que a média da América Latina.

A taxa de mortalidade infantil no Brasil foi de

em 2011, valor bem mais elevado que o da média mundial.

12,9 mortes por 1.000 nascidos vivos

73,3 anos

74,4 anos

A universalização do sistema de saneamento traria um

4,0% na remuneração do trabalhador que reside em locais nessas condições.

incremento superior a R$ 88,00 por mês na média dos trabalhadores, uma

elevação de 6,1%.

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Menos atraso na educação

Impulso ao turismoMais postos de

trabalho e renda

Valorização do mercado imobiliário

Em média, estudantes sem acesso à coleta de esgoto têm atraso maior do que aqueles que possuem o sistema de saneamento.

Cidades latino-americanas onde o serviço d e s a n e a m e nto at i n g e u m n ú m e ro maior de pessoas recebem mais turistas em comparação com o Brasil. Cuba, Chile e Argentina receberam respectivamente

Estima-se que a universalização criaria quase

O setor imobiliário é um dos primeiros a se-rem afetados pelo sistema de saneamento.

1995 1997 2004 2005 2007 2010Lei de Concessão nº 8.987

Lei da Política Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH) nº 9.433

Lei das Parcerias Público-Privadas (PPP`s) nº 11.079

Lei dos Consórcios Públicos nº 11.107

Lei do Saneamento nº 11.445

Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) nº 12.305

MARCOS REGULATÓRIOS BRASILEIROS

Assim, a universalização do acesso

traria uma redução de 6,8% em seu atraso escolar.

Estima-se uma diferença de 13,6% a mais no valor de um imóvel localizado em uma região de acesso à água e esgoto.

A renda gerada com essas atividades alcançaria

R$ 7,2 bilhões por ano em salários e um crescimento de PIB de mais de

R$ 12 bilhões.

500 mil postos de trabalho, entre colocações em hotéis, pousadas, restaurantes, agências de turismo, empresas de transportes de passageiros etc.

238, 176 e 139 turistas

estrangeiros por mil habitantes em 2011. No território brasileiro, esse número foi de

apenas 27 turistas por mil habitantes naquele ano.

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Aterro Battre, na Bahia, reúne comunidade do entorno para

transformar resíduos sólidos em roupas e acessórios

COMUNIDADE

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Quase todos os produtos usados no dia a dia têm suas versões tidas como “ecologicamente corretas”. Há uma infinidade de opções para o con-sumidor que dá preferência apenas por itens manufaturados de forma sustentável. Pode-se adquirir, por exemplo, carros, casas, aparelhos ele-trônicos, energia elétrica e até mesmo alimentos produzidos dentro desse conceito. Entretanto, a cidade de Sal-vador, na Bahia, será a primeira a co-mercializar roupas feitas a partir de resíduos sólidos.

É isso mesmo. Itens como aventais, bolsas, nécessaires e tantos outros vão incrementar e colorir as vitrines e gôn-dolas do comércio soteropolitano ain-da este ano. Os produtos de vestuário são fruto do projeto de capacitação que o aterro Battre, do Grupo Solví, desenvolve com a comunidade de seu entorno.

Profissionais da Battre treinam, so-bretudo, as mulheres residentes da co-munidade local para confeccionar rou-pas e acessórios a partir de resíduos sólidos gerados na própria operação do aterro. A matéria-prima utilizada são os uniformes dos colaboradores da empresa que, em vez de serem des-cartados por conta do desgaste, são reaproveitados como insumo para a criação de itens de moda.

“Trata-se de uma atividade de res-ponsabilidade socioambiental, com o intuito de promover o empoderamen-to da comunidade por meio do proje-to de design sustentável, cuja matéria--prima utilizada são os uniformes da empresa que seriam inutilizados e são

transformados em materiais de valor”, explica Roseli Conceição, responsável pelo projeto na Battre.

Moda sustentável – Em 2013, fo-ram 15 moradoras da comunidade do Capelão, em Salvador, que partici-param da primeira etapa do projeto, com a capacitação em corte e costura. Atualmente, produzem roupas para petshops, sacolas em geral e outros itens. De acordo com Roseli, para 2014, a previsão é capacitar e formar 20 mo-radoras da comunidade de Nova Es-perança. “Trata-se da segunda etapa do projeto, que prevê a realização de um curso específico para confecção de design de moda sustentável”, avisa.

Roseli lembra ainda que todas as peças produzidas serão expostas, de forma experimental, em um shopping

da cidade. “No primeiro momento, a intenção é fazer um mostruário para divulgação à população”, afirma. “A ideia é expandir o projeto e fabricar essas peças em outras empresas de Salvador”, complementa.

“A criação de uma linha de acessó-rios e utilitários sustentáveis gera mais oportunidades para a empresa, pois agrega valores de responsabilidade socioambiental a nossa marca, desta vez com estilo e inovação”, brinca.

O processo permite criar e produzir acessórios e utilitários sustentáveis e personalizados a partir do briefing dos clientes (a princípio a própria Battre) e, no futuro, outras organizações devem comprar produtos customizados.

Impacto – “Outro diferencial do projeto é a redução do impacto am-biental com a destinação final de uniformes, visto que podem ser re-ciclados”, ressalta Roseli. “Além de contribuir de forma significativa em termos de educação e informação, possibilita melhoria da qualidade de vida e influencia diretamente na pro-moção da sustentabilidade ambien-tal”, acrescenta.

Para 2015, a Battre já planeja de-senvolver o Líder Comunitário, para a multiplicação do conhecimento. Tam-bém prevê a criação de uma coope-rativa de moda sustentável, onde a Battre participará como consultora e cliente na aquisição das criações. “Queremos fechar uma parceria com uma designer reconhecida nacional-mente para ser a instrutora do nosso curso”, finaliza.

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Um estudo do Fórum Econômico Mundial mostrou que a segurança hí-drica é uma das principais questões que devem afetar os negócios no mundo, com riscos potenciais calculados em US$ 400 bilhões. Em contraste, no Brasil, ape-nas 14,4% das empresas têm o costume de reutilizar água ou captá-la da chuva, segun-do recente pesquisa realizada pelo Sebrae com 2.300 com-panhias. Além disso, a implan-tação da metodologia pode gerar economias de até 90% nas contas de abastecimento em empreendimentos com alta demanda do insumo, como la-vanderias e no uso em torres de resfriamento na indústria, por

Como a Essencis Engenharia e Consultoria promove o reaproveitamento dos recursos hídricos nas indústrias

INDÚSTRIA

De volta

à torneira

exemplo. A oportunidade do tema, portanto, é evidente.

Embora muito se discuta a neces-sidade de racionamento e reaprovei-

tamento de água no Brasil, os proje-tos na área ainda não decolaram de forma efetiva, e estão presentes em apenas ações isoladas de algumas

comunidades e empresas. Uma das razões é o baixo custo do insumo para a in-dústria brasileira, além de o País possuir uma das maio-res reservas aquíferas do mundo.

Porém, os recentes au-mentos no custo da água, a prolongada estiagem e a maior conscientização dos consumidores, sejam fábri-cas, comércio ou o próprio cidadão, têm mudado esse cenário no Brasil. Junte a isso as exigências governa-

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mentais e da sociedade em se criar operações e manufaturas sustentáveis. Assim, muitas indústrias, por exemplo, têm buscado soluções para o reúso de água.

Gestão - Um dos prin-cipais agentes nesse setor é a Essencis Engenharia e Consultoria (EEC), empresa do Grupo Solví. A compa-nhia possui uma unidade de negócio direcionada para a gestão estratégica de recursos hídricos, a EEC Água, e atende so-bretudo instalações fabris em regiões no País onde há escassez de água.

“Os clientes que mais se benefi-ciam de sistemas de reúso são aque-les instalados em áreas com restri-ção de acesso aos recursos hídricos, ou em regiões onde o custo da água é elevado, como, por exemplo, a in-dústria frigorífica e o setor têxtil”, explica Enrico Valente, especialis-ta em solo, água e ar da Essencis. “Atualmente, em projetos de maior ou menor escala, todos os segmen-tos têm buscado opções de rea-proveitamento de seus efluentes”, acrescenta.

O conceito de reúso de água, se-gundo Valente, já existe há algum tempo e é aplicado em muitas in-dústrias. “O que falta no Brasil é a adoção de medidas de engenharia de processos mais sofisticadas, que permitam reduções de consumo

SEM DESPERDÍCIO

A Essencis pode desenvolver atividades de reú-so em projetos de remediação em geral, onde exis-ta a geração de efluentes. Esses efluentes podem ser tratados e direcionados para o uso do cliente, depois do tratamento, cuja complexidade varia em função da qualidade da água do aquífero.

Tal abordagem é aderente ao conceito de reme-diação sustentável. A empresa aplica o conceito de gestão estratégica dos recursos hídricos, com es-tudos e soluções para cada situação, com projetos de reaproveitamento de chuvas e tratamento de

efluentes, o que permite maior integração de processos e tecnologias, aumentando as chances de implementação de programas com uma relação custo-benefício mais atrativa aos investidores.

Um diferencial é a técnica Pinch, que permite o di-mensionamento de sistemas sofisticados de reúso, ba-sicamente aplicada em sistemas industriais, nos quais vários padrões de qualidade de água industrial po-dem ser identificados. A aplicação reduz consideravel-mente os investimentos em sistemas de tratamento de efluentes.

significativamente maiores do que a abordagem convencional”, res-

salta.Agronegócio – O engenhei-

ro afirma que o foco da EEC Água são os setores do agrone-gócio, além das empresas ins-taladas em áreas onde existe restrição na oferta de recursos hídricos. “Trata-se de um seg-

mento de alto potencial de in-vestimento em projetos de reúso

de água, já que é uma necessidade da própria operação dessas empre-

sas”, diz.Quando se trata de uma fábrica,

os maiores investimentos são reali-zados em projetos e em sistemas de

tratamento. O custo de distribuição de água é baixo. Em edifícios, nor-malmente, a água de reúso é utiliza-da em descarga de vasos sanitários ou para irrigação de jardins. “Nesse caso, dependendo do tipo de cons-trução, o prazo de retorno do inves-timento pode deixar o projeto pou-co interessante financeiramente”, comenta Valente.

O melhor é pensar nos detalhes construtivos do prédio, durante o projeto. “Isso reduz consideravel-mente os custos de implantação de sistemas de reúso”, avisa. “Se con-siderarmos que a água é um recur-so finito, sempre haverá empresas que considerarão viável e necessário esse tipo de investimento”, comple-menta.

“TRATA-SE DE UM SEGMENTO

DE ALTO POTENCIAL DE INVESTIMENTO EM PROJETOS DE REÚSO DE ÁGUA, JÁ QUE É

UMA NECESSIDADE DA PRÓPRIA OPERAÇÃO DESSAS EMPRESAS“

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16 REVISTA SOLVÍ • julho, agosto e setembro - 2014

A colaboradora da Inova Elizabete Lemos fez carreira como varredora. Por mais de dez anos, ela sempre atuou com limpeza de ruas em São Paulo. Conhece de perto os problemas e difi-culdades para manter a cidade limpa. “Somente no bairro do Brás, passei nove anos varrendo as ruas”, conta. “Se olhar hoje e comparar com o passa-do, a região está com outra aparência, mais limpa e mais cuidada, sobretudo pelos próprios moradores e comer-ciantes”, explica.

Elizabete sabe do que fala, pois, há mais de um ano, deixou de ser varredo-ra para integrar a Equipe de Conscien-tização Ambiental da Inova.

O trabalho dela agora é conscienti-zar a população sobre o descarte cor-reto de resíduos. “Percorremos vários locais na cidade, principalmente nas regiões centrais de São Paulo, levando informações sobre descarte correto de resíduos, coleta seletiva, horários de coleta e de Ecopontos”, comenta.

O trabalho da Elizabete na Equi-pe de Conscientização Ambiental faz

LIMPEZA

O trabalho da Inova de conscientização e orientação para manter a cidade de São Paulo limpa e conservada

De varredores a

parte de um dos importantes eixos da atuação da Inova na Cidade de São Paulo: trabalhar a educação ambiental do cidadão.

Experientes – A equipe de edu-cação ambiental trabalha de segun-da a sábado e, às vezes, no domingo, quando há alguma ação específica. “Grande parte de nossos agentes am-bientais vieram da varrição, já que nós precisávamos ter profissionais que co-nhecessem o trabalho de descarte e coleta de resíduos”, ressalta Alessandra de Moraes, responsável pela Educação Ambiental da Inova.

Semanalmente, toda a Equipe de Conscientização Ambiental da Inova se reúne na garagem da companhia para traçar planos e avaliar o trabalho desenvolvido. “Como a ação é face a face, que necessita de uma aborda-gem bastante delicada e profissional, buscamos manter a equipe sempre treinada e engajada para atuar de forma positiva em qualquer situação”, diz. A colaboradora Adriana Apareci-da é um desses casos que deixou a

varrição para também fazer parte da equipe. Ela é uma das mais experientes no ramo, já que está há mais de dois anos e meio na função. “Já passei por toda a Zona Norte, pelo Centro e pelo bairro da Lapa, levando informações e conversando com o munícipe e os comerciantes”, conta. “É um trabalho muito gratificante, pois observamos os resultados alguns dias depois de nossa abordagem, com ruas mais limpas e praças conservadas”, aponta.

Adriana conta que a região da Santa Ifigênia, conhecida pela alta concentração de comércio, passou por uma grande transformação nos últi-mos meses. “Quem passa por lá hoje percebe que a região está muito mais limpa e preservada”, comenta.

“É muito interessante a reação das pessoas quando nós chegamos. Eles demonstram muito interesse e até elo-giam nosso trabalho”, revela Adriana. “Ser um agente ambiental é trabalhar na transformação e na mudança de postura da população, além de contri-buir para limpeza da cidade”, completa.

agentes ambientais

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Outra colaboradora que assu-miu a missão de levar informações às pessoas é Ana Célia. Ela entrou na Inova já para fazer parte da Equipe de Conscientização Ambiental. Em quase dois anos nesse trabalho, já passou por centenas de ruas em São Paulo e conversou com milhares de pessoas.

Legislação – “É interessante que muita gente ainda não tem conhe-cimento sobre a própria legislação do descarte de resíduos, que prevê multa conforme as Leis: 13.478/2002 – 15.244/2010, o descarte fora de ho-rário e depósito irregular em áreas públicas (canteiros centrais, praças, es-quinas, entre outros) são infrações que podem chegar a R$14.325,75”, explica. “Portanto, um de nossos trabalhos é

levar informações sobre as leis vigen-tes na cidade”, conclui.

E a recepção das pessoas, segun-do Ana Célia, é bastante calorosa. “Há muitos comerciantes no Brás que

sempre nos elogiam quando esta-mos por lá”, diz. “Muitos moradores também comentam que as ruas estão mais limpas depois desse trabalho”, complementa.

EQUIPE TREINADA

A Inova possui uma equipe treinada para esse trabalho, que percorre diariamente os bairros da cidade para sensibilizar, orientar a população e abordar os comerciantes. “É um trabalho de boca a boca, de porta em porta, que abrange todas as

JOGO RÁPIDO

Você se considera um profissional de conscienti-zação ambiental? Com certeza. Considero-me uma agente de transformação. Ser um profissional multiplicador é compartilhar com as pessoas uma nova forma de ver o mundo.

Quais projetos ambientais e de conscientização participa atual-mente?Temos quatro projetos de educa-ção ambiental em desenvolvimen-to na Revita Salvador; O “Revita nas Escolas: construindo cidadania”, que desenvolve atividades com a comunida-de escolar. O “Praia Limpa”, que conta com ações educativas nas praias. A “Comunidade em Ação”, que envolve lideranças comunitárias na so-lução de problemas relacionados ao descarte irre-gular. E o “Gestão Consciente e Sustentável Revita”,

que tem como foco a sensibilização dos colaboradores da empresa.

Quais foram os desafios enfrenta-dos?

Um dos desafios foi enfrentar a descrença dos moradores sobre como as atividades educativas poderiam ajudar a resolver al-guns problemas. A solução foi realizar um trabalho de educa-ção ambiental mais personali-

zado.

E quais foram as conquistas obti-das?

A grande conquista foi a confiança das pessoas em acreditar que poderíamos ser par-

ceiros e fazer a diferença. A partir daí tivemos melhorias no espaço público, extinção de pontos de lixo e entulho e escolas engajadas em práticas sustentáveis.

regiões atendidas pelo contrato da Inova”, afirma Alessandra. “O universo de atuação é enorme, onde residem e trabalham cerca de 8 milhões de pessoas, e engloba 13 subprefeituras de São Paulo”, informa.

Margareth Falcão, responsável pela área de Educação Ambiental da Revita Salvador, explica como é fazer parte da equipe de conscientização ambiental

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ENERGIA

Prioridade às

fontes alternativas No Brasil, o consumo de eletricida-

de cresce a taxas bem superiores aos verificados no mundo e embora utili-ze em grande parte energia oriunda de hidrelétricas, que representam mais de 70% de toda matriz, tem um grande desafio que é garan-tir o atendimento da crescente demanda, por meio de fontes “limpas” e renováveis.

Um dos fatores impeditivos para a obtenção desse objetivo é que os projetos da expansão hidrelétrica no País estão localiza-dos na região Amazônica e, dadas as limitações dos órgãos ambientais, estão predominantemente sendo aprovados sem grandes reservatórios, ou seja, dentro do conceito de usinas a “fio d’água”.

Migra-se, portanto, pouco a pou-co, de uma matriz hidrelétrica para hidrotérmica, onde o acionamento das termelétricas já não mais ocorre somente em períodos muitos secos. O problema é que essa energia vem de fontes poluentes como gás, óleo e carvão.

O Brasil não pode ficar refém de uma matriz que, em parte, é danosa ao meio ambiente. O desafio é, por-

tanto, investir em fontes alternativas de energia. Há também a necessidade de buscar a diversificação da matriz energética e aproveitar o enorme po-tencial das fontes renováveis de ge-ração, em especial fontes ainda não exploradas como os resíduos sólidos e solar.

O potencial energético somente do biogás de aterros no Brasil poderia atender o consumo de eletricidade de 3,2 milhões de pessoas, segundo os

estudos da Abrelpe, que considera a aplicação efetiva da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Entendemos, portanto, que dado principalmente ao fato de que o

aproveitamento energético do lixo aporta importantes benefícios de melhorias da saúde e qualidade de vida da população, devemos reconhecer a necessidade de se promover leilões de energia elé-trica direcionados para essa fonte

energética. O montante de ener-gia a preço “subsidiado” seria bem

reduzido e, em contrapartida, have-ria uma taxa interna de retorno social extremamente elevada. Vale salientar que esta “ajuda” seria finita já que ela se encerraria no esgotamento do po-tencial de lixo utilizável para produção de energia elétrica.

Nosso desafio é contribuir no aten-dimento a crescente demanda por energia no Brasil e na diversificação da matriz energética, prioritariamente através de geração a partir de Resí-duos Sólidos e também na Fonte Solar.

Vicente LinharesDiretor-presidente da Solví

Valorização Energética

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Segundo dados do Ministério da Agricultura, o agronegócio no País representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (2012). Um dos grandes desafios do País para manter e expandir os bons resultados desse mercado é o alto custo dos insumos, bem como a necessidade de investimentos em máquinas e equipamentos sofisticados. Porém, o

País conta atualmente com projetos inovadores na área de fertilizantes, que tornam o insumo mais competitivo financeiramente e, ao mesmo tempo, ambientalmente correto. Trata-se da produção de adubos a partir de resíduos.

O principal ator nesse negócio é a O r g a n o s o l v í . A e m p r e s a produ z fer t i l i zantes orgânicos

A presença da Organosolví no desenvolvimento do agronegócio brasileiro

AGRONEGÓCIO

Terreno

fértil

e organominerais para atender produtores rurais e agroindústrias. Nas unidades da companhia, também é feita a recepção de resíduos para t rat a m e nto e u t i l i z a ç ã o co m o matéria-prima para a fabricação dos fertilizantes. Os seus produtos são referendados por entidades renomadas como a Universidade de São Paulo (USP) e UNESP.

VEJA, ABAIXO, ALGUNS NÚMEROS DA ORGANOSOLVÍONDE ESTÁ PRESENTE NÍVEL DE PRODUÇÃO A QUEM SE DESTINA

Coroados (SP)

Dourados (MS)

Aracruz (ES)

mil toneladas por mês7mil toneladas por mês4mil toneladas por mês4

CanaSoja

Milho

PastagemSorgo

Horti-fruti

SojaMilhoTrigo

SorgoPastagem

SilviculturaFruticultura

Café

37% de todos os empregos do país são oriundos do agronegócio

EM NÚMEROS

39% das exportações são de produtos agrícolas

79 bilhões de dólares foi o saldo em 2012

30% das terras brasileiras são utili-zadas para agropecuária

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Revita cria um sistema pré-pago para a disposição e tratamento de resíduos em Salvador (BA) destinado a pessoas físicas e jurídicas

Entulho no cartão

As empresas do setor de tratamen-to de resíduos no Brasil entraram defi-nitivamente na era digital. Depois das inovações tecnológicas em aterros, que hoje possuem sistemas e equi-pamentos altamente desenvolvidos para garantir segurança e praticidade na disposição final, as companhias do setor deram mais um passo e criaram um modelo de excelência na gestão de resíduos. Trata-se do Sistema Pré-Pa-go de Compra de Créditos para Des-carte de Resíduos Inertes, uma plata-forma onde o gerador pode planejar e gerir toda a logística financeira do serviço prestado.

A pioneira nesse modelo é a Revita Águas Claras, empresa do Grupo Solví, instalada em Salvador, Bahia, que criou e disponibilizou a plataforma de gestão em seu site (www.revitaac.com.br). A proposta é facilitar a rotina administra-tivo-financeira com a autogestão dos

créditos adquiridos pela companhia descartadora de forma simples e segu-ra. O sistema atende tanto pessoas ju-rídicas quanto o cidadão comum que desejam ter um planejamento estrutu-rado da gestão de seus resíduos.

Por meio de um simples login e se-nha, a pessoa física ou jurídica acessa todas as funcionalidades do sistema, podendo efetuar a compra de crédi-tos para descarte de sua produção de resíduos. Também pode programar as datas de entrega, a quantidade de resíduos e os pagamentos.

Senha - Basta que o cliente se ca-dastre e inclua a empresa transporta-dora que fará a entrega do material no local indicado. Uma senha será gerada para a compra dos créditos por tonela-da e será emitido o documento (CTR) a ser entregue na entrada do aterro. Após a fase de cadastramento, não há mais qualquer tipo de burocracia no

decorrer do período de descarte. A partir daí é só enviar o material

ao destino final. O caminhão chega ao aterro, passa pela balança e, nesse mo-mento, é feito o registro da quantida-de dos resíduos a serem dispostos. As informações armazenadas irão infor-mar ao banco de dados do respectivo cliente a quantidade em quilos que foi descartada, atualizando de forma au-tomática quanto de crédito ainda resta a ser descartado pelo cliente.

“Esse processo permite ao produtor gerenciar com muita facilidade e pra-ticidade seus custos com descarte de entulho, de acordo com o valor pago sob a forma de crédito antecipado”, comenta Stenio de Britto, gerente ope-racional da Revita Águas Claras.

Construção civil – “A compra de créditos via internet visa o recebimen-to antecipado de pequenos produto-res, evitando despesas com cobrança

EMPREENDEDORISMO

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e minimizando o risco de inadimplên-cia”, complementa. Para o executivo, o novo sistema é bastante apropriado para atender, sobretudo, as demandas do setor de construção civil, já que o processo produtivo gera mais da me-tade de todo o resíduo tratado no País.

“Se, por um lado, o avanço das cons-truções traz desenvolvimento social e econômico para todo o País, criando empregos, movimentando a economia e valorizando bairros e cidades, por ou-tro, essa atividade – tão fundamental à vida das pessoas – é responsável por dezenas de milhares de toneladas de

entulho geradas mensalmente, o que torna imprescindível um serviço de tratamento altamente especializado e informatizado”, diz Britto.

“Ao contrário do que se pensa, en-tulho não é lixo. Quando muitos enxer-gam um problema, nós enxergamos a possibilidade de promover a evolução do setor da construção civil, com a ofer-ta de novas tecnologias e processos que resultam em redução de custos, preservação do meio ambiente e me-lhor uso dos recursos naturais”, ressalta.

Segundo o executivo, ao oferecer uma ferramenta avançada e inteligen-

te na gestão dos resíduos da constru-ção civil e demolição, a cidade de Sal-vador tem seus entulhos gerenciados de forma sustentável. “Assim, criamos uma nova cultura de responsabilidade sobre a destinação final de resíduos, o que é benéfico para toda a sociedade”, aponta.

A Revita Águas Claras é atualmente a única área licenciada para receber todo o entulho de Salvador e região. “Por isso, sempre buscamos novas al-ternativas, aperfeiçoando nossos ser-viços e otimizando o tempo dos clien-tes”, finaliza.

10 PASSO

Dados Cadastrais:

Nessa etapa, o interessa-do fará o cadastro com os seus dados PJ (Pessoa Jurídica) ou PF (Pessoa Física).

O SISTEMA EM QUATRO PASSOS

20 PASSO

Cadastro de Veículos:

Aqui o interessado fará o cadastro dos veículos au-torizados a descartar os resíduos no aterro.

30 PASSO

Aquisição de Créditos:

O interessado passa en-tão a fazer a aquisição dos créditos que serão abatidos conforme cada descarte realizado.

40 PASSO

Relatórios de Créditos:

Por fim, o interessado consulta o seu saldo. A sistemática de controle desde a compra ao des-conto dos créditos se dá de maneira bem eficaz.

VANTAGENS DO NOVO SISTEMA PRODUTIVIDADE COMPETITIVIDADE

Agilidade na execução das rotinas administrativas Agilidade e eficiência no atendimento

Maior conforto para o cliente

Menor custo do serviço, já que o deslocamento se dará apenas para o descarte

Segurança, melhoria da qualidade e simplificação dos serviços

Ganho de tempo

Mobilidade

Praticidade

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Com obras de R$ 230 milhões em andamento, a GPO se destaca no Peru e na Bolívia por meio da construção de estradas,

estações de saneamento e agora, até mesmo, hospitais

Além das

Cordilheiras

O Peru mais parece um tigre asiático do que um “hermano latino-americano”. Os analistas são unânimes em dizer que a economia peruana deverá crescer em torno de 6% em 2014, mantendo a taxa “chinesa” de desenvolvimento dos últimos anos. Os investimentos produtivos tiveram um salto e uma nova classe média, tal qual no Brasil, aflorou com condições de consumir, de estudar e se divertir. No rastro dessa expansão, a GPO (Gestão de Projetos e Obras), empresa do Grupo Solví, soma atualmente R$ 180 milhões em contratos para contribuir na oferta futura de mais e melhores serviços de infraestrutura.

A começar pelos 35 mil peruanos que serão beneficiados pela conclusão das obras da estação de tratamento de água e esgoto na cidade de Juanjuí,

INFRAESTRUTURA

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NUESTROS HERMANOS

As obras do Peru credenciaram a GPO a estender suas fronteiras até a Bolívia, precisamente na cidade de Cochabamba. Com 600 mil habitantes e próximo da Cordilheira dos Andes, o município foi escolhido para abrigar a sede do Parlamento da Unasur, a União de Nações Sul-Americanas, uma organização criada em 2008 e composta por 12 países da América do Sul.

localizada na região de San Martín. O município, que abriga uma reserva flo-restal que foi proclamada Patrimônio Mundial pela Unesco, assiste a uma grande expansão de sua economia, o que demanda melhores serviços de esgotamento sanitário. O bom desem-penho desse projeto fez com que tan-to o cliente como a população bene-ficiada de Juanjuí votassem para que o Consorcio Águas de San Martin, em que a GPO é líder, ganhasse o Prêmio de Excelência e Liderança Empresa Peruana 2013.

As grandes autoridades peruanas já haviam testemunhado a qualidade da GPO. Em 2013, a empresa concluiu uma obra viária orçada em R$ 120 mi-lhões. O trecho Andahuaylas-Kishuara da rodovia Ayacucho-Abancay, loca-lizada a 4.200 metros de altitude, foi inaugurado pelo presidente da Repú-blica do Peru, Ollanta Humala. Na oca-sião, em seu discurso oficial, Humala destacou a importância da obra para o desenvolvimento da região.

Hospital - Se colabora com o sa-neamento e com o transporte, a GPO no exterior a partir de agora é funda-mental também nas áreas de saúde e de tratamento médico. A empresa ganhou um projeto de edificação que consiste na construção do hospital da cidade de Tingo Maria, localizada

A obra vai melhorar as condições de irrigação de áreas agrícolas na cida-de de Ilabaya, localizada em Tacna. Um know-how precioso que capacita a organização para outros empreen-dimentos desse tipo. Não por outro motivo, a GPO estuda a ampliação de seus projetos no exterior. Inclusive, já chegou à Bolívia (veja quadro). Há pre-parativos para conquistar mais obras de saneamento na região de San Mar-tín. Além disso, desenvolve projetos de infraestrutura viária nas regiões de Huánuco e Tacna.

Por meio de um contrato de R$ 46 milhões, a GPO será a responsável pela construção do componente 1 do edifício Plenárias. Enquanto o Parlamento da Unasur ficará na cidade de Cochabamba, a sede da entidade deverá ficar na cidade de Quito, no Equador, enquanto a matriz do Banco del Sur será em Caracas, na Venezuela.

na região Huánuco, no Centro-Oeste do país. No ano passado, inclusive, a empresa assinou um convênio em que é promovida a formação de jovens em construção civil com o objetivo de inseri-los como estagiários na obra do Hospital de Tingo Maria. A iniciativa pretende ser reproduzida futuramente pela GPO como parte de sua política de responsabilidade social.

Mais ao sul do Peru, a GPO se des-taca pelos projetos de irrigação. A companhia conquistou um projeto para construir a represa do rio Coltani.

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GPO participa da criação do Parlamento da Unasur

35 EM NÚMEROS

4.200 46 milhões de reais é o valor do

contrato para a construção do Parlamento da Unasur na Bolívia

mil pessoas beneficiadas pela conclusão das obras de saneamento na cidade de Juanjuí no Perumetros de altura é o trecho

da estrada Andahuaylas-Kishuara, na rodovia Ayacucho-Abancay, reformada pela GPO no Peru

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O trabalho da Koleta em centros de compras do Rio de Janeiro para assegurar a limpeza e o destino correto dos resíduos

Shoppings

sustentáveis

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O Rio de Janeiro não é apenas conhecido pelo carnaval e pelas belezas naturais. Além das praias exuberantes e das festi-vidades culturais, a capital fluminense agrega também um polo empresarial e de serviços altamente sofisticado.

O setor de varejo, por exemplo, especificamente a rede de shoppings centers, não deixa nada a desejar se comparado com as grandes cidades do mundo. Há estabelecimentos para todos os gostos, desde os mais sofisticados até os populares.

São dezenas de shoppings espalhados pelo Rio de Janeiro, fazendo da cidade um centro de compras altamente movimen-tado e procurado por turistas do mundo inteiro.

Como exemplo, podemos citar o Barra Shopping na Zona Oeste da capital fluminense, onde ficam alguns bairros no-

VAREJO

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bres da cidade, como o Recreio dos Bandeirantes. O empreendimento foi inaugurado em outubro de 1981 e transformou-se em um grande marco para o desenvolvimento da região, su-prindo as necessidades de comércio e serviços dos novos condomínios que ali se instalaram, bem como dos novos moradores.

Além dos desafios de negócio en-frentados por esses centros comer-ciais, surge a necessidade do setor de garantir políticas ambientais e de sus-tentabilidade que contribuam para o desenvolvimento do varejo da cidade maravilhosa.

RESÍDUOS

Para enfrentar os desafios ambien-tais, os shoppings cariocas têm como parceira a Koleta Ambiental, responsá-vel pela coleta e transporte de resíduos sólidos de 23 centros comerciais no Rio de Janeiro, em uma operação que de-manda logística eficiente e complexa.

Diariamente, os colaboradores da Koleta coletam, transportam e des-tinam mais de 50 toneladas de resí-duos, totalizando uma média de 1,4 mil toneladas por mês. Esse material fica acondicionado em diversos tipos de recipientes (sacos plásticos, contêi-neres, caixas metálicas ou compacta-doras) e é recolhido pelos veículos da Koleta.

A logística de atendimento envolve a disponibilização de 50 contêineres,

1,4

EM NÚMEROS

23 mil toneladas de resíduos dos shoppings fluminenses são coletadas por mês

shoppings do Rio de Janeiro são atendidos pela Koleta Ambiental

25 caixas metálicas, 20 caixas compac-tadoras, além de caminhões compac-tadores, poliguindaste e rollon-rolloff, que efetuam a retirada e transportam os resíduos até sua destinação.

“Para o caso de resíduos infectan-tes, também presentes nesses centros comerciais, são utilizados veículos es-peciais, de acordo com a necessidade”, informa Wilson Oliveira, gerente geral da Koleta Ambiental – RJ.

TECNOLOGIA

Para a realização das programações de roteiros e rastreio nesse serviço, a Koleta utiliza sistemas especializados e vinculados ao seu ERP. “Assim, po-demos localizar em tempo real onde os veículos se encontram e certificar o cumprimento das rotas, ou seja, passa-gem dos veículos nos locais, tempo de espera no cliente, entre outros recur-sos gerenciais”, diz Oliveira.

PROFISSIONAIS

Ainda de acordo com Oliveira, em vários contratos, se faz necessária a disponibilização de colaboradores em tempo integral, para a organização e gerenciamento dos resíduos. “Atual-mente, podemos contabilizar mais de 30 profissionais terceirizados, distribuí-dos nos shoppings. Parte do serviço dessas pessoas refere-se à reciclagem de resíduos”, complementa.

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PNRS avança na coleta seletiva, mas precisa vencer outros desafios

Em busca do

resíduo tratado

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305/10, tem como desafio organizar a forma como o País trata o lixo, incenti-vando a reciclagem e a sustentabilida-de. Desse modo, institui a responsabili-dade compartilhada dos geradores de resíduos, tanto fabricantes quanto dis-tribuidores, comerciantes e cidadãos.

Embora a PNRS tenha sido apro-vada em 2010, a discussão sobre os desafios do transporte, da coleta e da destinação final de resíduos já se es-tende por mais de 20 anos no País. De lá para cá, o Brasil viveu uma profunda transformação no modelo de gestão municipal, na regulamentação do se-tor, incluindo Parcerias Público-Privada e concessões, e, sobretudo, na moder-nização e na capacidade operacional e tecnológica das empresas que prestam serviços aos estados e prefeitura.

As companhias do Grupo Solví são

hoje expoentes nesse setor e cons-tituem-se como as fornecedoras de soluções seguras em toda a cadeia de gestão de resíduos, desde a coleta, o transporte e a destinação final, além de manter presença marcante em pro-jetos de coleta seletiva, compostagem, reciclagem e programas específicos para as fábricas instaladas no Brasil.

A Essencis, por exemplo, possui um dos maiores parques de aterros da América Latina e atende cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Outra empresa de ponta é a Battre, que pos-sui um dos aterros mais modernos do País, localizado em Salvador, na Bahia. Lá, também administra a Termoverde, uma usina de energia térmica gerada a partir dos gases emitidos pelos resí-duos.

Sofisticação – A Koleta Ambiental é outro exemplo de sofisticação. A or-ganização acaba de inaugurar uma gi-

gantesca usina de triagem de resíduos na capital paulista, capaz de processar milhares de toneladas diariamente. A empresa também atende, entre outros, o Porto de Santos, o maior da América do Sul, para a coleta e transporte de resíduos.

Na área fabril, o Grupo Solví possui a GRI, empresa especializada na gestão de resíduos industriais. A organização atende as grandes fábricas instaladas no Brasil como a Basf e Renault, por exemplo.

Apesar de todo o avanço público e privado, o Brasil ainda possui grandes desafios na gestão de seus resíduos. Um dos pontos centrais é o crescente aumento na geração desses materiais. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Re-síduos Especiais (Abrelpe), a taxa de crescimento é de 7% desde a vigência da PNRS.

INFRAESTRUTURA

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Levantamento - A entidade fez um recente levantamento com cerca de 400 municípios que abrangem cerca de 45% da população e constatou que foram geradas mais de 76 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2013, o que representa um aumen-to de 4,1% em relação a 2012, índice bastante superior àquele verificado em anos anteriores.

Segundo o estudo, a coleta seletiva foi alvo de bons avanços nos municí-pios brasileiros. Mais de 62% registra-ram iniciativas nessa área. Entretanto, o balanço mostra que muitas dessas

atividades são restritas à disponibili-zação de pontos de entrega voluntária ou convênios com cooperativas de ca-tadores e que ainda falta efetividade no processo global.

Outro desafio do setor está na área de construção civil. O segmento repre-senta mais de 60% de todo o resíduo gerado nas cidades brasileiras. O en-tulho das obras ultrapassa, de longe, a quantidade gerada nos domicílios.

Para Claudia Sérvulo, gerente de Comunicação e Responsabilidade do Grupo Solví, a indústria dos resíduos sólidos é um mercado em pleno cres-

cimento, capaz de atender as deman-das ambientais do Brasil. “Para que a PNRS tenha sucesso no país, deve ha-ver plena sinergia entre os planos de gerenciamento de resíduos sólidos nos níveis estadual, municipal e regional. Além disso, o processo é uma aproxi-mação cada vez maior entre os entes federativos e a iniciativa privada, no intuito de implementar projetos que transformem os desafios na gestão de resíduos em oportunidade de cresci-mento e avanço nos serviços públicos”, complementa.

EM NÚMEROS

62%dos municípios brasileiros registraram ações no sentido de desenvolver a coleta seletiva de resíduos

2010foi o ano de promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos

2de agosto de 2014 era a data limite para o fechamento de todos os lixões em municípios brasileiros

76 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos foram gerados em 2013

10%do total gerado (7,2 milhões de toneladas) sequer foi coletado, sendo descartado diretamente em áreas clandestinas e rios

41,7%dos resíduos coletados (28,8 milhões de toneladas) tiveram como destino lixões e aterros sem condições de segurança

1.569municípios brasileiros destinaram os seus resíduos para lixões

4,1% foi o aumento na geração de resíduos em relação a 2012, índice bastante superior àquele verificado em anos anteriores

1quilo de resíduo sólido foi gerado por cada brasileiro em média por dia em 2013

10reais por habitante ao mês são os gastos dos municípios brasileiros na coleta e demais serviços de limpeza urbana

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28 REVISTA SOLVÍ • julho, agosto e setembro - 2014

A caminho…

REDE SOCIAL SOLVÍ

Confira as novidades e as ações das empresas e unidades do Grupo

Solví pelo Brasil

INSTITUTO SOLVÍ

#SAVE THE (VOLUNTARY) DATE: 19 DE OUTUBRO! Das 9 empresas e unidades diferentes do Grupo Solví

em São Paulo, somando também meia dúzia de con-vidados, 208 pessoas participaram do 12o Dia do Vo-luntariado Solví. Os beneficiados foram 180 crianças e adolescentes atendidos pela Associação Nossa Turma, localizada dentro do CEAGESP. A Loga foi a campeã em colaboradores presentes, seguida de perto pela Essencis, Koleta e Inova. Já no Brasil, foram 15 empresas que de-senvolveram as ações, envolvendo 571 colaboradores e 195 acompanhantes. No total, foram 2.494 beneficiados. O grande destaque ficou por conta dos 133 voluntários arregimentados pela Viasolo Betim. No próximo dia 19 de outubro, será realizada uma nova edição da iniciativa, de modo que as pessoas possam dedicar seu tempo, trabalho e talento para causas de interesse social e co-munitário.

BATTRE

#A MASSOTERAPIA JÁ ESTÁ CHEGANDO!Até o fim de 2014, a Battre em Salvador, na Bahia, espera contar

com 4.000 participações de colaboradores na ginástica laboral. Trata-se de uma estupenda evolução, já que durante 2013, ano em que foi implantada, o número total ficou em 800. O salto, portanto, foi de 400%! O segredo para engajar o pessoal foi incrementar a atividade com avaliações físicas, funcionais e nutricionais, além de treinamento funcional na praia e palestras mensais. Para o segundo semestre deste ano, vem mais uma novidade: a massoterapia! A Battre também se destacou em atrair seus profissionais para outro tipo de ginástica: o estudo do idioma inglês. Nada mais do que 50 pessoas concluíram o curso, que contou com duas aulas semanais para os níveis básico, intermediário e avançado.

PERU

BOLÍVIA

ARGENTINA

Fotos: Divulgação

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ESSENCIS

#COMPUTADOR E BIBLIOTECA NA OPERAÇÃODesde que foi criado em 2006, o programa Lan House promovido

pela Essencis nas unidades de Caieiras (SP), Taboão da Serra (SP) e Magé (RJ) atendeu mais de 3.000 pessoas da comunidade. A partir de 2008, passou a focar também na base operacional interna, formando em torno de 400 profissionais. A iniciativa tem três módulos, aulas semanais den-tro do horário de trabalho e parceria com a prestigiada escola Impacta Tecnologia. A unidade de Magé, aliás, trouxe outra novidade. Lançou recentemente “Sala de Descanso e Lazer”. Trata-se, na verdade, de um espaço bastante especial, pois lá funciona uma biblioteca que conta com um acervo resultante da doação dos próprios colaboradores.

GRI

#AULAS DE GINÁSTICA E QUICK MASSAGEEm um ano, uma queda de três vezes na taxa de absenteís-

mo, com a redução de 63% dos custos com os dias perdidos. O resultado se deve ao Projeto Equilibrar, desenvolvido pela GRI (Gerenciadora de Resíduos Industriais). Com ginástica laboral três vezes por semana, consulta de nutricionista a cada 45 dias e, de quebra, sessões de Quick Massage, a iniciativa acumula nú-meros de sucesso, como queda do Índice de Massa Corporal e de taxa de gordura entre os participantes. “Estamos cada vez mais envolvidos”, afirma Jéssica Moura, do Departamento Comercial.

LOGA

#UMA DÉCADA DE HISTÓRIAA Loga completa 10 anos em 2014 com uma trajetória de inovação e

sucesso. O lançamento da primeira central mecanizada de triagem de São Paulo, com capacidade diária de 250 toneladas, é uma prova disso. Quer mais? A empresa cobre 1,5 milhão de domicílios e atende cerca de 7 mi-lhões de habitantes com o que há de mais moderno. Entre as conquistas também estão a entrega da Estação de Transbordo Ponte Pequena, o pro-jeto de coleta mecanizada nas regiões do Jardim Europa, Parada de Taipas, Rebouças com Faria Lima e Mercadão de São Paulo.

ESSENCIS

#RECEITA DE SUCESSOCom cerca de 1.000 colaboradores e atuando em quase todo o território

nacional oferecendo diversos serviços, a Essencis comemora 13 anos de muito sucesso! Durante toda a sua história a empresa teve fatos muito mar-cantes, dentre eles, estar entre as “Melhores Empresas para Você Trabalhar”. Para não perder o hábito de boas realizações, este ano a empresa celebra a inauguração de mais uma unidade, a Central de Tratamento e Valorização Ambiental de Juiz de Fora/MG.

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