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Falta de conhecimento do consumidor final pode gerar custos excessivos em manutenção Falta de conhecimento do consumidor final pode gerar custos excessivos em manutenção www.meiofiltrante.com.br Especializada em Filtração - Separação - Tratamento de Água - Meio Ambiente REVISTA E PORTAL Ano XV - N˚ 81 - Julho/Agosto de 2016 AUTOMOTIVO FILTROS DE AR

Ano XV - N˚ 81 - Julho/Agosto de 2016 AR FILTROS DE · manual do proprietário devem ser seguidas à risca para evitar danos ao motor e riscos ao condutor”, explica André Gonçalves,

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Falta de conhecimento do consumidor finalpode gerar custos excessivos em manutenção

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Ano XV - N˚ 81 - Julho/Agosto de 2016

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EDIÇ

ÃOSistemas de automação para fi ltragem

20 EQUIPAMENTOSMáquinas de boa qualidade para o mercado de filtragem é o diferencial em meio à crise

26 MEIO FILTRANTETecidos técnicos para filtração em dia com a tecnologia

46 TECNOLOGIAUm filtro pela vida

SEÇÕES:

06 FILTRADO - O que acontece no mercado de filtros

08 MERCADO - Confira as novidades no mercado industrial

49 VISÃO EMPRESARIALA oportunidade sob seus olhos

Nesta

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10 Filtros de ar automotivo e a sua importância para a saúde do motor

Sistemas de filtragem Tipo Bag

Ultrafi ltração e Osmose Reversa aumentam a efi cácia do tratamento de efl uentes

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A ética com princípio

Os gregos já definiam ética como bons costumes ligados ao caráter do indivíduo. Ética é diferente de moral e também não significa lei, já que não se pode obrigar qualquer pessoa a seguir princípios éti-cos, mesmo considerando que as leis devem seguir a ética e a justiça.Em uma análise mais simples, costuma--se dizer que ética é tomar a atitude correta mesmo quando ninguém estiver olhando. É algo inerente e uma escolha individual do ser humano.As denúncias veiculadas pela imprensa têm demonstrado que o Brasil vive uma situação de crise econômica, social e política, motivada em grande parte pela ausência justamente de ética nas questões relacionadas ao bem público. As leis, prin-cípios e condições para um país melhor existem, mas têm sido utilizadas e distorcidas em favor de interesses individuais ou de grupos específicos, e não da popu-lação. A cada dia surgem novos fatos que demonstram como a falta de ética contaminou as relações e o desen-volvimento do país em diversos níveis.Cabe a todos a tarefa de propagar a ética nas relações pessoais e de trabalho, nas ações governamentais independentemente de partido ou convicções polí-ticas. Com ética conseguiremos mais justiça, com-preensão, harmonia, melhores condições de saúde, educação e infraestrutura. Uma sociedade mais ética é fundamental para reestabelecer a confiança no futuro e nas pessoas, e que tudo o que estamos viven-ciando possa trazer como reflexo positivo, a impor-tância da ética em nossa sociedade e como elemento primordial para a evolução do país. Nesta edição trazemos sistemas de filtragem tipo bag; a tecnologia e os tecidos técnicos para fil-tração; máquinas de boa qualidade como dife-rencial de mercado; ultrafiltração e osmose reversa aumentam a eficácia do tratamento de efluentes; a importância dos filtros na hemodiálise; filtros de ar para linha automotiva; sistemas de automação para filtragem; e muito mais.

Boa leitura e até a próxima edição.

Rogéria Sene Cortez MouraEditora

EDITO

RIAL

Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.

Assessoria JurídicaCandido, Rozatti e Spinussi Adv. AssociadosTel.: +55 11 4438-8173 - www.crsaa.com.br

A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Rua Aracanga, 330 – Pq. Jaçatuba CEP 09290-480 - Santo André - SPTel.: +55 11 4475-5679www.meiofiltrante.com.br

Impressão e AcabamentoGráfica IPSIS - www.ipsis.com.br

Diretora - EditoraRogéria Sene Cortez Moura

[email protected]

Redação/ReportagemAnderson V. da Silva, Cristiane

Rubim, Dayane Cristina da Cunha Fernandes e Suzana Sakai

[email protected]

Comunicação Loiana Cortez Moura

comunicaçã[email protected]

Criação, Editoração e WebAnderson Vicente da Silva,

Loiana Cortez Moura e Paula Zampoli

PublicidadeYara Sangiacomo

[email protected]

Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente:Tel.: +55 11 4475-5679

[email protected]

Conselho Editorial:Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura; Atsushi Gomi; Caio Guilherme Barbosa; Carlos Mourão; Cláudio Chaves; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Laíssa Cortez Moura; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Paula Rorato; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio.

Colaboraram nesta edição:Abrafiltros (Diretoria); Paulo Roberto Nascimento (Parker); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Thiago Lima (Saati); Paul Gaston Cleveland e Sergio Sato (Camfil); Edgard Luiz Cortez e Lucas Cortez Moura (Iteb); (All for Filters); Luciana Beneton (Tecitec); Juliano Frizzo (Filtros Planeta Água); (Fenasan); Thiago Prestes (Cummins); Eduardo Gomes Ferreira e Natã Teodoro de Lima (Sigma Lean); Robinson Zuntini, Patrícia Gozzi e Andreas Scheurell (Calgon Carbon); David Siqueira de Andrade e Gabriela Oppermann (Supply Service); Renato Bruno (Unifilter); Claudia Montesso e Djalma Baúte (Poli-Filtro); Marcelo Felix e Fábio Oliveira de Castro (Tecfil); Andreza Barduchi e Eduardo Reis (Pentair); Gilberto Fernandes (Filtros Barra); Rafael Beraldo (Air Slaid); Christian Stauch (Remae); Valério Tavares Guimarães (Filtermaq); Marcel Mano (Mann+Hummel); Francisco Reigota (Saubern); Rodolfo Cafer (Mahle Metal Leve); Carlos Canova e Ronilso Toledo (Sogefi); André Gonçalves (Mann-Filter); Matheus Michelon (Hengst); Carlos Alberto Carvalhedo (Delkraft); César Costa (Wega Motors); Fábio Trocoletto (SMC Brasil); André Amaral (Festo) e Glauco Montagna (Schneider).

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A maior distribuidora de filtros automo-tivos para equipamentos pesados do Brasil a Poli-Filtro escolheu o tradicional bairro comercial de São Paulo, Bom Retiro, para sediar sua empresa. Completando 27 anos de mercado, a empresa vem explorando oportunidades de negócios dentro do seg-mento e traz em seu DNA as características e conceitos éticos desenvolvidos pelo seu fundador e patriarca da empresa familiar constituida em 17 de maio de 1989, Sr. Airton Montesso, que infelizmente nos deixou no ano de 2010. A revista Meio Filtrante trouxe uma breve história deste começo e relembrou algumas passagens do Sr. Airton em entrevista concedida a Meio Filtrante em janeiro de 2009.A trajetória da família Montesso no mer-cado de filtros é mais antiga do que muitos possam imaginar. Tudo começou nos anos 50 com os irmãos Ceguarino, João e Júlio na IMAM – Indústria Mecânica Montesso. Era 1954 e a mecânica fabricava compo-nentes e acessórios para a Metaquil, que produzia filtros com a licença da marca Italiana Tecnoar. Nessa época, Airton Montesso, então com 14 anos, não imagi-nava que os Montesso seriam os maiores distribuidores de filtros do Brasil e um dos maiores da América Latina, mantendo a humildade característica da família.Hoje sobre o comando de Claudia Montesso e Aldenir C. Montesso a Poli-Filtro cresce exponenciamente a cada ano, expandindo sua linha de atuação no mercado nacional

e mantendo sempre viva a chama e o DNA criado pelo patriarca da família Montesso. “Acredito que seguiremos nos aprimo-rando na medida da evolução das neces-sidades e tecnologias do próprio mercado. Da mesma forma, entendemos que as mon-tadoras demandam novos projetos, os for-necedores de filtros vão se adaptando e atendendo essas exigências. É uma engre-nagem onde a sintonia e o sincronismo têm que trabalhar juntos” Sr. Airton Montesso em entrevista cedida em 2009. Prova desta preocupação e visão empreen-dedora sobre o futuro dos negócios, contida no DNA da companhia, foi anunciado em nossa última edição de maio/junho sobre os planos de expansão de novas unidades em Manaus e Porto Alegre.“Colocando o nosso planejamento estraté-gico de expansão em ação e é com muito orgulho e satisfação que anunciamos o iní-cio das atividades a partir de julho de nossa filial em Manaus”, comenta Djalma Baúte, gerente geral da empresa. “Estamos foca-dos em uma diversificação sendo: Maior cobertura - Presentes na região Sudeste com a matriz no Bom Retiro, Centro Oeste com nossa filial em Varzea Grande MT e essa nova filial em Manaus nos insere na região Norte do país. Nosso próximo passo é estar presente em todas as regiões com nossa filial prestes a nascer em Porto Alegre–RS. Foca-mos ainda em diversificação vertical que é o movimento em direção aos nossos for-necedores e consumidores regionais além da reestruturação da equipe de vendas em ações que tenha como foco nossos clien-tes e por fim a diversificação concêntrica, onde estamos desenvolvendo estratégias para inserção de nossos produtos atuais em novos mercados e produtos novos para novos mercados”, finaliza Djalma.

Uma história de 27 anos de sucessoFIL

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Claudia Montesso e Aldenir C. Montesso

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A Cummins Filtration do Brasil (CF) recebeu o cer-tificado Q1, concedido pela Ford aos fornecedores que atingem alto padrão em requisitos técnicos de qualidade em produção e entrega de produtos. Com esta certificação, além do reconhecimento por todo o processo de excelência, a fabricante de produtos Fleetguard será prioritária na escolha de novos pro-jetos, contando com maior visibilidade no futuro.Atualmente, a Cummins Filtration fornece para a montadora soluções em filtração, como filtros da ar, filtros separadores de água e filtros de óleo, todos desenvolvidos com tecnologias avançadas e patente-adas pela empresa. “A certificação Q1 é também resul-tado de um trabalho realizado por nossos funcionários ao longo de 2015, no qual identificamos processos a serem aprimorados para atingirmos a excelência”, diz Carlos Eduardo Sau Silva, supervisor de qualidade e serviço da Cummins Filtration.A entrega da placa e da bandeira foi realizada pelo gerente de assistência técnica aos fornecedores da

Ford, Mauro Andreassa, ao diretor de Supply Chain da Cummins, Armando Borda, sendo que a certifi-cação Q1 é reconhecida pela Ford em âmbito global e habilita o fornecimento para fábricas da montadora em todo o mundo. “O reconhecimento da montadora é mais um incentivo para continuarmos com a busca na excelência do atendimento no que se refere a desen-volvimento, produção e entrega dos processos atuais e futuros”, comenta Borda.“Hoje a Cummins Filtration ganha o prêmio Q1, o que representa muito mais do que a qualidade. A Ford enxerga a companhia como uma empresa madura em qualidade de produto, logística e volume de produção, sempre respeitando o meio ambiente. E por isso a Cummins é também ISO14000. Não se trata apenas da entrega de um bom trabalho realizado em um mês; avaliamos a CF por um longo período e hoje certifi-camos uma empresa evoluída, que conseguiu adquirir um processo de aprendizado que nos servirá para sempre”, disse Andreassa durante entrega do prêmio.

O mercado de motos cresceu significantemente nos últimos anos. De acordo com a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomo-tores, Motonetas, Bicicletas e Similares), entre 2006 e o início de 2016 a venda de motos aumentou mais de 160% no mercado nacional. Com este crescimento, o grande desafio do mercado passou a ser entender este aumento de demanda e a busca dos condutores por pro-dutos com bom custo e benefício.Diante deste cenário, a Mann-Filter alerta para a impor-tância da manutenção correta dos filtros. “Nem todas as motos saem de fábrica com todos os filtros é uma con-figuração que a montadora define, mas as instruções do manual do proprietário devem ser seguidas à risca para evitar danos ao motor e riscos ao condutor”, explica André Gonçalves, consultor técnico da Mann-Filter .Os filtros para motocicletas possuem a mesma função que os dos carros, que é de reter partículas indesejadas no ar, óleo e combustível. Além de respeitar as instru-ções do manual do proprietário, durante a manutenção deve ser levado em consideração também onde esta

motocicleta irá trafegar. “Normalmente o filtro do ar é mais exigido nas motos, por ficar mais exposto. Se tra-fegar constantemente em estrada de terra, ou em grandes centros urbanos nos chamados ‘corredor’ no qual existe uma poeira fina de diversas origens e a tendência é que o meio filtrante do ar sature mais rapidamente nas duas condições. Neste caso é necessária a avaliação por parte de um técnico em lubrificação”, orienta.Outro ponto importante é a qualidade dos produtos uti-lizados. “Produtos de baixa qualidade permitem a pas-sagem de partículas muito maiores do que as aceitáveis pelo motor”, afirma consultor.Entre os problemas, está até a perda da garantia da motocicleta, caso ainda esteja em vigor. “Muitas vezes a troca de óleo acaba passando da quilometragem ideal e quando efetuada, os filtros saturados não são trocados.Outro fato muito comum é a remoção do elemento fil-trante do ar, isto reduz drasticamente a vida útil do motor além de consumir mais combustível. Por isso temos esta preocupação de sempre alertar e orientar os proprietá-rios acerca da manutenção dos filtros”, finaliza.

Cummins Filtration conquista certificação Ford Q1

Mann-Filter alerta para a manutenção correta dos filtros para motos

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A Associação Nacional dos Fabricantes de Veícu-los Automotores, Anfavea, divulgou suas novas projeções para o licenciamento, produção e ex-portação de autoveículos e máquinas agrícolas e rodoviárias este ano. A expectativa para o mercado de autoveículos, que engloba automóveis, comer-ciais leves, caminhões e ônibus, é de encerrar o ano com 2,08 milhões de unidades vendidas, o que significa baixa de 19%. A produção deve alcançar a marca de 2,30 milhões de unidades, retração de 5,5%. E a exportação apresentará crescimento de 21,5% com 507 mil unidades este ano.Para o presidente da Anfavea, Antonio Megale, “as novas previsões consideram as dificuldades do cenário econômico neste começo de ano, que afetaram negativamente as vendas de ve-

ículos leves, mas principalmente de bens de capital, como os segmentos de pesados e de máquinas agrícolas e rodoviárias. No entanto, a sazonalidade do segundo semestre e a expecta-tiva de recuperação do PIB levaram a entidade a considerar uma queda anual menor do que a acumulada até maio. No caso das exportações, a busca por novos mercados aliada ao câmbio favorável puxaram os números para cima”.No segmento de máquinas agrícolas e rodovi-árias a entidade espera que as vendas cheguem a 38 mil unidades, o que representa baixa de 15,5%. A estimativa para produção é de queda de 16,4%, com 46,2 mil unidades no final do ano. E para as exportações é esperado um cená-rio de retração de 18,6%, com 8,2 mil unidades.

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Moto-cicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), apresenta o desempenho do segmento de motocicletas no mês de maio. Saíram das linhas de montagem 92.308 unidades em maio, o que representa uma alta de 46,4% em relação a abril. Em comparação com maio de 2015, quando a produção havia totalizado 116.168, houve uma retração de 20,5%.Seguindo a mesma tendência, as vendas no atacado, para as concessionárias, atingiram 87.252 motocicletas em maio, o que corres-ponde a um crescimento de 20,9% frente ao mês anterior e, porém, um recuo de 19,5%, em comparação com maio de 2015, com 108.420 unidades. “Em abril, ocorreu um forte ajuste na produção para que ficasse adequada ao mercado. Em maio, a produção retornou a patamares suficientes para atender a demanda e recompor os estoques que estavam abaixo das necessidades para alguns modelos”, avalia Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.Mantendo o ritmo de ajustes desde o início do ano, reflexo da Argentina, as exportações

totalizaram 5.606 motocicletas em maio, repre-sentando uma expansão de 36,0% em relação a abril. Em comparação ao mesmo mês de 2015, a elevação foi de 53,5%.Emplacamentos: Com base nos licenciamentos realizados pelo Renavam, foram licenciadas 76.644* motocicletas em maio, o que representa um recuo de 3,8% ante o volume de abril, com 79.671 unidades, e de 27,3% em relação a maio de 2015 (105.471). Mesmo com um dia útil a mais que em maio do ano passado (21 dias), a média diária de vendas apresentou retração de 30,8%, passando de 5.274 para 3.650 motocicletas.(*) Foram desconsiderados os ciclomotores usados, cujo licenciamento junto aos Detrans passou a ser obrigatório a partir da Lei nº 13.154, de 30/07/2015, e da Resolução Contran nº 555/15, de 17/09/2015. | www.abraciclo.com.br.Motocicletas: Frota nacional: mais de 24 mi-lhões | Produção anual: cerca de 1,2 milhão de unidades | 6º maior produtor mundial | Bi-cicletas: Frota nacional: mais de 70 milhões | Produção anual: 3,5 milhões de unidades | 4º maior produtor mundial.

Anfavea revela novas previsões para este ano

Duas Rodas: produção e vendas registram crescimento em maio, aponta Abraciclo

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bolso e no do meio ambiente também. O fato é que o filtro de ar liga o ambiente externo com a parte interna do motor, que é um sistema fechado no qual as partes móveis não têm contato com o ambiente. Segundo Rodolfo Cafer, inspetor técnico da Mahle Metal Leve, o único contato ocorre justamente pelo ar atmosférico utilizado na mistura com o combustível para convertê-lo em energia mecânica através da queima. O filtro de ar melhora o desempenho do motor e o consumo de combustível. Um filtro sujo dificulta a entrada de ar no motor, o que piora o rendimento (potência) e aumenta o consumo de combustível e a emissão de gases, podendo também causar danos no motor. Cafer diz que, para um bom filtro de ar ser funcional, deve tra-balhar em faixas de restrição e retenção que atendam às especificações e necessi-dades do motor. “A restrição é a obstrução, ou seja, a dificuldade que o filtro irá impor para o ar entrar. Enquanto a retenção é a quantidade, tamanho e tipo de partículas que o filtro irá reter”, esclarece.

A função do filtro de ar é ser um guardião do motor auto-motivo, porque ele impede a entrada de contaminantes

nele, como poeira, fuligem, areia e demais impurezas, ao separá-los e eliminá-los, deixando o ar isento de partículas nocivas. Essa proteção garante que só ar limpo chegue aos sistemas do motor e à câmara de combustão, por onde entra ar também na quantidade ideal para a mistura ar/combus-tível equilibrada com uma queima perfeita. Todo esse processo evita desgaste pre-maturo nas partes móveis do motor e pro-longa sua vida útil. Além disso, trocar o filtro de ar quando precisa evita o aque-cimento do motor, a perda de potência do veículo, o consumo exagerado de com-bustível e o aumento de emissão de gases na atmosfera. É este conhecimento que precisa chegar até o consumidor, que ainda não tem muita consciência da importância não só dos filtros de ar, mas de óleo e de água inclusive, o que pode pesar no seu

CristianeRubim

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Filtros de ar automotivo e a sua importância para a saúde do motorFalta de conhecimento do consumidor final pode gerar custos excessivos em manutenção

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Linha de filtros de ar leve da Tecfil

Filtros Mahle fabricados com as mesmas característi-cas dos filtros originais fornecidos para as montadoras

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Localização e processoSegundo Carlos Canova, diretor de engenharia e responsável técnico de produtos, e Ronilso Toledo, supervisor de Assistência Técnica, ambos da Sogefi, os filtros de ar ficam dis-postos dentro do conjunto de aspiração, for-mado pela carcaça, elemento filtrante (filtro do ar), tomada onde o ar é coletado do ambiente, duto de ligação com o motor e, em muitos casos, ressoador, para a redução de ruídos. “O processo se inicia quando o ar ambiente é aspi-rado para dentro do filtro; em seguida, as par-tículas de impurezas são retidas à medida que o ar passa através do elemento; e, finalmente, o ar puro dirige-se para o coletor de admissão do motor”, explicam.

O filtro do ar posiciona-se estrategicamente na parte interna da cavidade do motor onde o ar pode ser levado a vários locais do veículo. “Ele fica dentro do compartimento do motor para reduzir a quantidade de dutos, o que aumenta a restrição do ar, quer o motor esteja na frente ou atrás. Outro detalhe é a tomada de ar sujo, feita em um ponto onde o ar seja o mais limpo e menos quente possível”, diz André Gonçalves, consultor técnico da Mann-Filter. O filtro de ar é projetado de acordo com cada modelo de veículo e con-forme definição da montadora. “E a cada ano o espaço é cada vez mais disputado com os com-ponentes eletrônicos, tais como os componentes técnicos e tecnologias de segurança”, detalha.“O elemento filtrante que vai dentro do filtro

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Troca do Filtro de ar de caminhao da Mann-Filter

Comparativo entre um filtro de ar novo e um saturado da Sogefi

do ar pode ter vários formatos e sentido de fluxo, tudo depende do projeto da montadora. Mas, geralmente, eles são retangulares ou cir-culares e com o fluxo de baixo para cima e de fora para dentro, respectivamente”, exem-plifica Gonçalves. Segundo ele, esta ação previne que as impurezas entrem no sistema do ar limpo enquanto o filtro é trocado. “O ar filtrado passa pelos dutos de ar, vai até o motor e depois para a câmara de combustão.”Os filtros de ar são posicionados no local em que a captação do ar seja melhor, que, de acordo com Matheus Michelon, consultor técnico da Hengst, fica antes do corpo de bor-boleta, conhecido como TBI, onde ocorre a admissão do ar. “O filtro precisa ser colocado também em um local livre de possível contato com água para que não ocorra da água entrar no compartimento do filtro e acabar sendo aspirada pelo motor, o que provocaria danos internos”, alerta. Por outro lado, segundo ele, muitas pessoas optam por filtros do tipo esportivo sem a caixa de proteção que vem com o original, neste caso, não tem nada que impeça o contato da água com o filtro.Para que um motor trabalhe corretamente, explica Cafer, se for à gasolina, ele precisa de uma proporção aproximada de 17 partes de ar para uma de combustível; e se for etanol, 14 de ar para uma de combustível. “Se esta mistura não estiver balanceada, a queima não será completa. Por esse motivo, os filtros de ar são montados em caixas que devem ser posicio-

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nadas o mais próximo do motor que o projeto do veículo permitir, o que previne a perda de carga (pressão) do ar ambiente para o motor e, com isso, evita-se a falta de ar para uma queima perfeita. Quanto maior a distância, maior a difi-culdade do ar para chegar ao motor e menos efi-ciente o conjunto se torna”, compara.Todos os filtros quando utilizam dobras têm a tendência a pulsionar, ou seja, o meio fil-trante fica em constante movimento. Quanto menor a área de filtragem, maior será este pul-sionar. “Por isso, mesmo que o motor tenha um projeto com um filtro relativamente pequeno, em alguns casos é preciso a utilização de um filtro muito maior para garantir o ar necessário para o motor funcionar”, diz Cafer. “Os filtros de ar são normalmente fabricados com mate-riais não tecidos, porque não têm necessidade de separar e sim reter todas as partículas pos-síveis e, assim, impedir a entrada de abrasivos para o interior do motor”, destaca. Segundo ele, os materiais tecidos são usados em processos que separam, como materiais classificados por tamanho em filtros específicos e em peneiras.

ProteçãoOs filtros de ar protegem todos os compo-nentes internos móveis do motor e evitam seu desgaste prematuro, impedindo a entrada no ambiente interno dele de abrasivos e partículas que possam causar danos. “Todas as partes móveis internas são protegidas e ficam impe-didas do contato de abrasivos e partículas, pois a maioria dos componentes internos trabalham com folgas muito menores que o tamanho das partículas”, salienta Cafer.Na falta de filtros, os materiais mais conhecidos e comuns atacados por abrasivos são o conjunto de pistões/anéis/cilindros, bronzinas, eixos de comando, tuchos de válvulas e válvulas. “O abrasivo também ataca comandos e válvulas controlados por sistemas hidro/eletrônicos que fazem parte dos novos motores com tecnologia de gerenciamento variável”, adverte.

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Todo ar que o motor aspira passa pelo Tempo de Admissão em um motor de Quatro Tempos, onde há: Admissão, Compressão, Explosão e Escape. Michelon relata que a maioria das pessoas remove o filtro de ar para que possa admitir mais ar e aumentar sua vazão, o que, na teoria, obtém um melhor desempenho do motor. Mas é preciso entender a função pro-tetiva do filtro de ar no veículo. “A função do filtro de ar é justamente impedir que sujeira, poeira, pequenas pedras e até mesmo água sejam sugados para dentro do motor, ocasio-nando danos a ele. Uma pequena pedra pode entrar na câmara de combustão e causar um enorme estrago no motor, riscando a camisa, estragando anéis do pistão ou travando uma válvula no cabeçote”, esclarece.O filtro tem como finalidade preservar a relação ar/combustível. Quando fora do espe-cificado, ou seja, está saturado, começa a causar problemas de desgaste. “Os desgastes fazem o motor consumir, queimar óleo lubrifi-cante e emitir fumaça pelo escapamento, dimi-nuindo a vida útil do motor”, enfatiza Fábio Oliveira de Castro, da assistência técnica da Tecfil. Outros exemplos de estragos são riscos nas paredes dos cilindros, que causam perda na compressão e queda de potência e performance; deficiências de lubrificação ou anomalias durante a combustão quando se acumulam nos pistões, câmara de combustão, válvulas, balancins e rolamentos, entre outros.“O filtro de ar proporciona uma queima de combustível mais homogênea”, ressalta Carlos Alberto Carvalhedo, diretor técnico opera-cional da Delkraft. Todos esses componentes são responsáveis pelo bom funcionamento do motor. “O que melhora o desempenho, explora todas as funções do carro e evita problemas mecânicos futuros”, diz Gonçalves.

Estado do filtroQuando um filtro de ar não está em bom estado, diversos componentes do veículo são

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prejudicados e o consumidor notará a dife-rença. “Fica perceptível a perda de potência do motor, além do aumento no consumo de combustível e de óleo. Consequentemente, o consumidor terá que abastecer mais o carro e completar o óleo do motor, despejando mais poluentes na atmosfera”, alerta Gonçalves.De acordo com Carvalhedo, o ar contaminado – com uma filtração não eficiente – pode pro-vocar desde riscos nas camisas dos pistões até avarias mais sérias nas partes do motor que sofrem atrito constante devido às mínimas folgas existentes entre elas. “Isso levará a um desgaste prematuro das peças, causando queima irregular do combustível e elevando o consumo, bem como manutenções antecipadas e de alto custo. Além disso, estes problemas geram uma emissão maior de poluentes na atmosfera, deixando os níveis fora das normas atuais de exigência”, aponta.

Um filtro de ar em mau estado aumenta o consumo do veículo que emite mais poluentes no meio ambiente. “Além disso, o filtro perde sua eficiência, deixando que impurezas cada vez maiores passem e acabem danificando o motor internamente”, diz Michelon. No caso de um veículo turbinado, esse problema pode ser pior. “O filtro vai perdendo sua eficiência na estrutura, ou seja, conforme sua saturação vai aumentando o motor precisa fazer mais força para admitir o ar. Com isso, a pressão fica

maior que o normal e o filtro acaba estourando e pequenos pedaços da mídia filtrante seguem para o interior do turbo e motor”, aponta.“Um filtro de ar danificado ou obstruído causa problemas no motor, por obstrução, ou seja, fica totalmente impregnado, impe-dindo a entrada do ar. É importante lembrar que o filtro do ar não trabalha sozinho, ele tem como parceiros os filtros de óleo e com-bustível. Uma manutenção bem-feita reduz drasticamente o consumo e despesas com o veículo”, recomenda Cafer. Para ajudar neste processo, a Mahle vem reali-zando grandes investimentos em fábricas, pro-jetos e sistemas para garantir uma eficiência maior destes componentes e lançando regular-mente produtos com características melhores a cada projeto. “Temos hoje em nossa linha os mesmos produtos usados nas linhas de mon-tagem comercializados para reposição, como os novos filtros emoldurados em materiais sin-téticos dos veículos asiáticos, que, com uma mídia filtrante sintética menor, conseguimos uma filtragem melhor em área reduzida”, detalha Cafer. Além destes, a empresa dispõe da nova linha separadora de água Blin-dagua para caminhões leves e pesados e picapes médias diesel. “O produto supera com grande margem de segurança os similares disponíveis no mercado”, compara.

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Lançamentos da linha de ar pesado da Delkraft

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Danos causados em turbina devido impurezas que entrarem pelo filtro de ar também saturado

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Filtro Blindagua da Mahle

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Problemas nas peças e no motor devido ao mau estado dos filtros de ar e prejuízos para o consumidor e meio ambiente:Redução da vida útil do motor – Devido aos danos gerados às partes móveis do motor (pistões, virabrequim, comando de válvulas etc.).Queima incompleta por faltar ar no motor – Isso ocasiona a chamada mistura rica (pro-porção maior do combustível que ar), e por não queimar totalmente, o combustível não queimado dilui o lubrificante do motor, levando ao desgaste de todos os componentes por lubrificação inadequada.Falha nos sistemas internos que dependem do lubrificante – A queima incompleta leva à diluição do lubrificante, que perde suas pro-priedades de lubrificação e hidráulicas.Aumento do consumo de combustível – Com a saturação do elemento, os sistemas de ali-mentação ficam obrigados a “enriquecer” a mistura. É necessário pisar mais no acelerador e liberar mais combustível para deslocar o veículo, obtendo, nesta condição, uma queima menos eficiente e mais poluente.Perda da potência, do rendimento e da efi-ciência (motor fraco) – Em razão da restrição excessiva ao fluxo de ar e à queima do com-bustível ser incompleta.Aquecimento excessivo – Ao elemento fil-trante saturar, todo o regime de funciona-mento do motor sofre interferência. Se houver passagem de poeira, pode ocorrer também acúmulo de contaminantes em algumas partes que geram “pontos quentes”.Elevação do nível de poluentes e emissão de gases na atmosfera além dos limites reco-mendados e legais – Devido ao aumento de consumo de combustível, o que gera maior emissão de poluentes e menos eficiente queima da mistura. Como comparação, se todos os veículos da cidade de São Paulo trabalhassem com filtros obstruídos, não haveria oxigênio para respirarmos. Fontes: Sogefi e Mahle.

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Anéis desgastados por abrasivos

Bronzinas danificadas por abrasivos

Cilindro riscado por abrasivos

Entrada do turbo e rotor danificado por entrada de objeto falta eou falha do filtro do ar

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TrocaPara saber o momento certo da troca em veí-culos leves, onde não existem recursos para verificar a evolução da saturação do filtro, é preciso consultar e respeitar o intervalo de trocas descrito no manual do fabricante. “Já os veículos pesados, caminhões, ônibus, entre outros, têm instalado no conjunto do filtro um indicador de restrição responsável por informar a hora certa da troca do filtro, seja através de uma escala graduada ou de uma luz de indicação no painel de instrumentos”, explicam Canova e Toledo.“Quem define o período de manutenção é a montadora por meio de testes realizados nos diversos pontos do modelo do carro, quando foi determinado um valor médio e seguro de troca para garantir o funcionamento adequado do veículo neste período”, esclarece Cafer. Manter o período de troca dentro do padrão especificado e testado é o modo mais eficiente de gastar menos com manutenção. “Isso recai diretamente na parte mais sensível, ou seja, no ‘bolso’. Tentar prolongar ou demorar para fazê-la leva a gastos com combustível e a outras despesas além das expectativas para as quais o veículo foi testado e desenvolvido”, alerta.Mas seguir o manual não é a única forma de verificar se o filtro está saturado. “O manual do veículo indica o período de troca, mas normalmente uma inspeção visual pode definir o momento da substituição do filtro também”, diz Castro. Para Gonçalves, no caso do elemento filtrante do ar, não há uma regra para a troca com uma qui-lometragem exata. “Esta peça acaba passando às vezes do período de troca. Há mais uma resis-tência do ponto de vista financeiro. Por isso, cabe ao profissional da lubrificação ter argumentos técnicos e provar ao proprietário do veículo que o elemento filtrante dele já está saturando e real-mente precisa ser substituído”, enfatiza. É preciso estar atento também às situações

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Exemplo de material retido no sistema de filtragem de ar

Mancal de eixo do turbo danificado por impurezas

Pistão com saia riscada por abrasivos

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Filtros de ar Fram e de pistões com danos causados por excesso de saturação ou pela passagem de

poeira através do filtro montagem da Sogefi

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severas em que tanto o veículo leve como o pesado trabalham para fazer a troca dos filtros de ar. “Nos grandes centros urbanos onde existe muito pó e poluição e o conges-tionamento é frequente, apesar de não estarem rodando, o motor desses veículos fica ligado e aspirando o ar sujo”, adverte Gonçalves.

“Ao comprar um veículo, o consumidor precisa primeiro analisar as necessidades do auto-móvel”, indica Cafer. Segundo ele, algumas metrópoles, como Londres, Nova Iorque, Paris, Bruxelas, Tóquio, etc., têm áreas de res-trição onde nem mesmo os moradores podem entrar com seus veículos sem pagar pedágio porque são áreas de grande concentração viária ou pagam valores elevados de pedágio, o que faz muitos consumidores pensarem na real necessidade de gastos com o automóvel pessoal. “Isso os leva a uma reflexão de que, ao ter disponível o veículo, serão necessárias manutenções regulares para manter o padrão de funcionabilidade adequado. Como estão em áreas adensadas, a qualidade do ar vem em pri-meiro lugar, além do consumo de combustível e demais manutenções.”“A importância do filtro de ar está diretamente ligada ao bolso do cliente e ao meio ambiente. Quanto mais o consumidor ficar ciente dessa relação, maior a chance dele se comprometer com sua troca”, avalia Michelon. Para ele, o consumidor pode acabar trocando pratica-

mente toda a parte interna do motor por um simples fato de ter retirado ou deixado de trocar/utilizar o filtro. “Quanto ao momento certo da troca, em média, um veículo leve, dependendo do seu uso, ficaria entre 15 e 20 mil quilômetros, podendo chegar até 30 mil quilômetros para a linha pesada rodoviária. Mas sempre indicamos que o consumidor fique atento ao que o manual do proprietário recomenda”, pondera.

ConscientizaçãoPara o consumidor final, há dois tipos de cons-ciência. “A consciência da economia com com-bustível, porque um filtro saturado aumenta o consumo e, consequentemente, os gastos; ou a consciência ambiental, na qual o filtro saturado faz com que o veículo acabe emitindo poluição excessiva”, dizem Canova e Toledo.A Hengst conversa com os mecânicos em todas as feiras e visitas que seus consultores técnicos realizam e tem percebido que, nos últimos anos, as trocas preventivas vêm acontecendo com mais frequência. Mesmo assim, segundo Michelon, existe aquela fatia do mercado que deixa de realizá-las porque acredita que não é necessário e por acabar reutilizando várias vezes o filtro de ar. Ele faz uma comparação do valor de um filtro em relação ao do motor de automóvel ou caminhão. “Assumindo que o valor do filtro em relação ao do motor corres-

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Filtro de ar da Mann-Filter

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Camisa de um cilindro toda riscada devido impurezas que entraram no motor,

justamente pelo filtro de ar estar saturado

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ponde a 1%, será que, nesta proporção, compensa mesmo economizar no filtro? Com certeza, não!”, exemplifica. “O consumidor não tem o hábito de realizar manu-tenções preventivas porque ainda acredita que se fizer a manutenção corretiva acaba saindo mais barato. Porém, se fizer a manutenção em dia do seu carro, não somente do filtro de ar, mas generali-zando os filtros, ele terá um veículo saudável e de acordo com normas ambientais por um longo período”, afirma.Mas há uma certa acomo-dação ou resistência do con-sumidor em fazer as trocas dos filtros. “Há uma certa acomodação porque muitos pensam que o filtro de ar é ‘menos’ importante para o motor, ao passo que se con-sidera o de óleo ‘mais’ impor-tante”, afirmam Canova e Toledo. Também existe a cultura de limpar o filtro, seja batendo ou com sopro de ar comprimido. “O que não é recomendado, pois esta

prática acaba por danificar as fibras do papel filtrante e faz com que partículas que eram retidas acabem passando pelo elemento”, explicam.Gonçalves diz que a resis-tência é cultural e ampla-mente divulgada entre os aplicadores, quando, na verdade, deveria ser feito o oposto. “Ao evitar a troca deste filtro, o aplicador acaba perdendo a venda do produto e o condutor pode perder a potência do veículo”, adverte.Para Castro, não é acomo-dação do consumidor. “Na verdade, é falta de conhe-cimento do benefício que a correta manutenção traz para o veículo, uma refe-rência seria seguir o manual de manutenção da montadora que desenvolveu e fabricou o veículo”, recomenda. “O Brasil ficou por quase 20 anos sem deixar entrar nada importado no país. E desde a implantação da indústria automobilística no Brasil na década de 50 do século passado até há alguns anos, quando a abertura econômica ocorreu, os automóveis eram sinônimo de status social e luxo”, salienta Cafer. Para ele, a condição veículo como máquina utilizada nos países de Primeiro Mundo tem chegado ao país somente nos últimos anos por intermédio dos jovens que estudam fora e têm consciência que veículo

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Filtros de ar da Sogefi

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é máquina e precisa ser realizada a manutenção adequada e das escolas regulares onde estes estudaram e são oferecidas matérias, como conhecimento do veículo e autoescola. “As pessoas que herdaram dos pais ou avós a ideia de que carro é ‘luxo’ não necessidade acham que gastar de R$ 300,00 a R$ 500,00 em uma revisão semestral é um absurdo. Porém, elas se esquecem que uma revisão de R$ 300,00 (considerando R$ 3,40 por litro de combustível) ou, aproximadamente, 90 litros de combustível ou dois tanques de combustível de um carro popular podem em um semestre equivaler a uma economia de 10 a 15 tanques deste mesmo veículo, dependendo do uso do veículo”, explica. Para entendermos melhor essa conta, Cafer utiliza como exemplo os veí-culos da frota da Mahle: - Os veículos da empresa rodam, em média, 4 mil km por mês ou, aproximadamente, 24 mil km por semestre.- A média destes veículos é próximo a 9 km por litro, o que indica um consumo de 2.700 litros de combustível.- Se não for feita a manutenção adequada e o consumo ficar por volta de 7,5 quilô-metros por litro, serão usados 3.200 litros de combustível, nesta condição, perdemos 500 litros (3.200 – 2.700 = 500). Fazendo a manutenção e gastando 90 litros (ou seja, por volta de R$ 300,00), iremos eco-nomizar a diferença ou algo próximo a 410 litros de combustível (R$ 3,40 por litro, total de R$ 1.400,00) em vez de perder 500 litros (R$ 1.700,00) pela queima incompleta do motor e de uma manutenção não realizada e teremos ainda um veículo dentro dos padrões adequados de emissão de poluentes e bem-estar.De acordo com Cafer, o maior motivo que leva o consumidor a não fazer a manutenção é a falta de informação. “Enquanto as pessoas não fizerem controle de manutenção, de custo e das contas do que gastam, ou começar no Brasil a ocorrerem blecautes, como os da Europa na década de 80

do século 20 e na década passada na Ásia, onde cidades inteiras foram interditadas para conter a poluição, é muito difícil fazer a conscientização das pessoas que acham que gastar com manu-tenção é despesa e não necessidade”, lamenta.Carvalhedo compartilha da opinião e diz que a informação precisa mesmo ser mais trabalhada com o consumidor. “Deve haver um destaque maior da importância nos manuais dos veículos, propagandas nos postos de troca e treinamento de toda a equipe envolvida nestas atividades”, sugere. “Minha experiência de 25 anos neste mercado me leva a crer que o usuário de veículo

pesado tem uma consciência mais abrangente sobre a necessidade desta troca, pois ele usa o veículo como gerador de renda e os custos têm que ser administrados em função disso”, avalia Carvalhedo. Para ele, o consumidor que utiliza o veículo somente como meio de locomoção e passeio pode não ter a percepção desta neces-sidade num curto prazo. “Os prejuízos podem não aparecer imediatamente, mas, com certeza, aparecerão caso esta manutenção de suma importância para a vida útil e correta do motor não seja observada”, conclui.

Contato das empresas:Delkraft: www.delkraft.com.brHengst: www.hengst.com.brMahle Metal Leve: www.mahle.com.brMann-Filter: www.mann-hummel.comSogefi: www.sogefi.com.brTecfil: www.tecfil.com.br

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Linha completa de fi ltração (ar, óleo e combustíveis de veículos pesados) da Delkraft

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tendo seu valor de investimento recupe-rado em pouco tempo.Para Valério Tavares Guimarães, sócio da Filtermaq, “por ser um processo que envolve varias peças e vários tipos de mate-riais (aços, plásticos, mídias sintéticas, celulose, tnt, etc), as máquinas utilizadas na fabricação de filtros são bem diver-sificadas. Mas é preciso usar a máquina correta para cada etapa de fabricação, ou a qualidade será comprometida”. Mesmo em meio à crise no Brasil, o mercado de filtros tem seu lugar garantido. Para Ferreira, o grande diferencial de uma empresa que continua atendendo o mercado mesmo em momentos de crise é o suporte técnico dado ao cliente durante o desenvolvimento do caderno de encargos do equipamento a ser adquirido e o aten-dimento pós-venda feito por uma equipe

Toda empresa precisa pensar em vários fatores para o bom desempenho e produtividade. Com o mercado de filtros não

é diferente. Indicadores mostram que as grandes empresas investem 5% de seu fatu-ramento em manutenção industrial, setor responsável por oferecer suporte e recursos para que os equipamentos possam produzir com precisão, eficiência e qualidade. Para Eduardo Gomes Ferreira, sócio--proprietário da All For Filters, “o pro-cesso de compra de um equipamento é um momento de fundamental importância para os resultados financeiros e operacio-nais de uma empresa”. Para ele, é necessá-rio um estudo apurado do custo benefício, já que um equipamento de qualidade, que geralmente pode ter um investimento ini-cial alto, pode trazer resultados rápidos,

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da Cunha Fernandes

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Máquinas de boa qualidade para o mercado de filtragem é o diferencial em meio à crise

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Máquina para fabricação de filtro de ar da All For Filters

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qualificada e com experiência na industriali-zação de meios filtrantes. Compartilha da mesma ideia, o sócio da Fil-termaq. Segundo ele, a empresa conta com um quadro de funcionários com bastante experi-ência na fabricação de máquinas para filtros. Temos máquinas modernas como tornos, fresas, retíficas e centro de usinagem com comando “CNC”. E completa. “Temos ainda um moderno departamento de projetos que consegue simular toda etapa da fabricação de peças, aumentando nossa produtividade”.Segundo o empresário, a crise econômica causada pela má gestão do Governo Federal, levou os volumes de produção de automóveis aos mesmos níveis de 2006, ou seja, regredimos 10 anos. Esta redução dos níveis de consumo serão sentidos nos próximos cinco anos, indi-cando que não teremos crescimento, mas sim, uma recuperação dos níveis perdidos. Esta perspectiva não agradável nos indicadores futuros, levam a acreditar que as empresas que neste momento investirem na melhoria de seu parque fabril com equipamentos mais produtivos e eficientes serão aquelas que sairão da crise mais rapidamente, elevando

seus resultados.Muitos são os equi-pamentos utilizados para a fabricação de filtros e meios filtrantes. Para ca-da tipo de meio filtrante, é neces-sário um tipo de máquina. Segun-do Guimarães, da Filtermaq, “as má-quinas precisam ser adequadas ao que se pretende filtrar, assim, se

for para filtrar ar para motor de um carro, será usado um tipo de mídia com a micra-gem que atenda o que o fabricante do motor orientou, mas se o caso for para filtrar o ar de uma UTI médica, a micragem da mídia será mais rigorosa”.Para a linha de filtros blindados, utilizados em processos metalúrgicos e estamparia, por exemplo, os principais equipamentos utili-zados são: prensas excêntricas e hidráulicas, ferramentas de corte e repuxo para transfer eletrônico em ferramentas de canecas, máquina para tubo interno (canudo) e rosque-adeira de disco de reforço.A máquina helicoidal de canudos é um equipamento importante para a fabricação de filtros blindados, que veio substituir o antigo e improdutivo processo de perfuração/corte e solda para produção de tubos. Hoje temos máquinas que fabricam também tubos

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Coletra por estrelas da Filtermaq

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em chapa expandida para filtros de ar da linha pesada. Ainda não existem fabricantes nacionais para este tipo de máquina.A rosqueadeira também é fundamental para a produção de filtros blindados. Através dela é formada a rosca do disco de reforço que será rosqueado no cabeçote do veículo. Existem dois processos para a for-mação da rosca: o primeiro é a remoção do material através da ferramenta de corte (macho de corte) e o segundo é a con-formação do material através do macho laminador. Esse segundo processo possui um grau de complexidade maior devido o controle do diâmetro do furo do disco de reforço no processo de estampagem. Apesar de ser um processo bastante espe-cífico para o mercado de filtros, é possível encontrar equipamentos de boa qualidade provenientes de fabricantes locais.Um grupo de equipamentos muito mais com-plexos é o das máquinas de teste de vida e efi-ciência de filtros. Apesar de não serem usados na fabricação destes produtos, são equipa-

mentos indispensá-veis para qualquer empresa que tenha pretensão de fornecer filtros para a linha de montagem dos fabri-cantes de veículos automotores. Um tipo de máquina também utilizado por algumas empresas para verifi-cação de vazamentos pela recravação em filtros blindados é a máquina de teste de

estanqueidade. Em ambos os casos (teste de vida x eficiência e estanqueidade) ainda não encontramos fabricantes locais.Já para a montagem de elementos, o mercado dispõe de plissadeira (completa com des-bobinador, pré e pós-aquecimento do meio--filtrante), estufa para cura de papel, máquina

para junção das extremidades do meio-filtrante através de Hot-Melt, Clip metálico (cli-padeira) ou Ultrassom. Nas máquinas utilizadas para a aplicação de cola na tampa e no fundo do elemento filtrante, o mercado possui máquinas capazes de montar o meio-fil-trante com tampa e fundo com poliuretano aderente ou Plas-tisol. O chamado Plastisol é

uma suspensão de partículas de PVC em um plastificante. Ele flui como um líquido e pode ser vertido para um molde aquecido. Quando aquecido a cerca de 180 graus Celsius, o plástico e o plastificante se dissolvem mutu-amente um no outro.Para a montagem de subconjuntos e prepa-ração de peças, as máquinas disponíveis são máquina para montagem de válvula antir-retorno e by-pass, máquina para aplicar vedante entre disco de reforço e disco de vedação (borracheiro), máquina para aplicar vedante na área de recravagem do disco de vedação (borracheiro), estufa para cura do vedante, máquina de solda do conjunto da tampa (disco de reforço + disco de vedação), túnel de desengraxe de canecas. Este último, segundo Ferreira, poderá ser montado em linha com a pintura no caso de pintura de canecas antes da montagem do filtro.Para a montagem do filtro, o mercado possui a recravadeira, responsável pelo fechamento do filtro através de sistema de matriz/rolete.

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Plissas uniformes da Filtermaq

LONAS E PLACAS PARA FILTROS PRENSA

Tel.: 11 2198 2200 - www.tecitec.com.br

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É um equipamento considerado de alta comple-xidade e responsabilidade, pois uma recravação mal feita pode ocasionar vazamento de óleo pela região da recravação. Um equipamento com poucas folgas e um conjunto ajustado de matriz/rolete garante um processo estável. As recravadeiras são também usadas na fabri-cação de latas metálicas, razão pela qual podemos encontrar alguns poucos fabricantes nacionais. Entretanto, ao contrário do que se observa na Europa, estes fabricantes não são específicos para o setor de filtros, oferecendo, portanto, equipamentos que são adaptações das recravadeiras para o mercado de latas. Já na pintura de filtros montados ou canecas, o mercado dispõe de transportador de pinos, sistema de pintura eletrostática (cabine e pis-tolas de pintura), estufa Infrared para cura da pintura à pó (elétrica ou gás).Na gravação, existe a máquina de gravação por meio de silk-screen, off set. Também há a parte de montagem de junta de vedação e o teste de estanqueidade. Para a embalagem, há a seladora e a shrink.

PlissadeirasA Filtermaq é outra empresa que trabalha para oferecer ao mercado de filtros, máquinas e equipamentos. A empresa é fabricante de plissadeiras de dois tipos: faca e rolo. As plissadeiras de faca são mais versáteis, pois possuem altura de dobra regulável, abran-gendo na maioria das vezes intervalos de 25 a 30 mm, podendo atingir dobras com até 100 mm de altura. Já as plissadeiras rotativas, são bem mais rápidas. As plissadeiras são res-ponsáveis por transformar meios filtrantes planos em material dobrado, ou plissado, como são conhecidos.São recomendadas para materiais sintéticos que não podem ser processados nas plissa-deiras de rolos ou para materiais que neces-

sitam de suporte (tela metálica) na estrutura, como alguns filtros hidráulicos. A desvan-tagem, com relação às plissadeiras de rolo, é a velocidade limitada. Já no tipo rolo, além de rápidos, alguns destes equipamentos apre-sentam sistema de troca de altura de dobra por engrenagens. Isto torna este equipamento bas-

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Plissadeira rotativa com pré e pós aquecimento da Filtermaq

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tante versátil, mas tem a desvantagem de não apresentar um aspecto visual isento de varia-ções. Para um perfeito processo de plissagem, se deve trabalhar com sistema de cabeçote dedicado. Neste sistema, para cada altura de dobra tem que ter um cabeçote de plissagem específico. Apesar da desvantagem do maior tempo de “set-up”, este tipo de equipamento fornece um acabamento bastante uniforme.Para todas estas variedades de equipamentos (plissadeiras) existem também os desbobina-dores e as placas térmicas de pré-aquecimento e pós-aquecimento, porque muitos dos meios filtrantes disponíveis no mercado só podem ser processados quando pré-aquecidos. Em outros casos, o aquecimento se faz necessário na saída da máquina, para que a dobra adquira “memória” e não abra posteriormente.

Dosadoras de Poliuretano ExpansivoMuito usadas na produção de filtros de ar, tanto da linha leve quanto da linha pesada, são as dosadoras de poliuretano expansivo. Neste tipo de equipamento é processada a mistura de Poliol e Isocianato que, através de

uma reação química, ocasionam a expansão do Poliuretano, que serve de vedação e suporte para o meio filtrante. Este tipo de equipamento é bastante complexo, devido à natureza do material a ser processado (PU expansivo), que é muito sensível a variações na mistura Poliol/Isocianato, temperatura ambiente, densidade final do material, velo-cidade de dosagem, etc.Já um pouco menos complexo, as dosadoras de poliuretano aderente possuem o mesmo princípio, mas com material não expansivo.Podemos classificar as dosadoras de Plas-tisol, utilizadas por algumas empresas na fabricação de elementos de filtros blindados e filtros com tampas metálicas. Segundo especialistas, este tipo de dosadora é bem mais simples que as dosadoras de PU, pois não processa mistura de materiais, entre-tanto este tipo de material requer altas tempe-raturas para sua cura total. Para estes tipos de equipamentos já encontramos fornecedores locais bastante confiáveis”, complementa o diretor, da Filtermaq.Segundo a Filtermaq, tanto no mercado interno quanto externo, a plissadeira e a recravadeira continuam sendo os principais equipamentos para a produção do elemento filtrante e filtro blindado respectivamente. Cada fabricante de filtro adota um tipo de processo para atender uma determinada especificação. Guimarães, da Filtermaq, é otimista quanto ao mercado. “O mercado nacional de fabri-cação de filtros é muito atraente. Acredito que assim que a crise política acabar, o país voltará a crescer bastante e muitos negócios vão surgir novamente”. Para isto, é impor-tante estar preparado.

Contato das empresas:All For Filters: www.allforfilters.com.brFiltermaq: www.filtermaq.com.br

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Plissadeira tipo faca da Filtermaq

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BEJEC= 11M= 16Y= 18K= 32

CINZAK = 90%

Logo

COOPERATIVA DE CRÉDITO

Realização Apoio Comercialização e Organização Apoio Promocional

Apoio Institucional

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solução adequada a ele”, salienta Thiago Lima, diretor comercial da Gênesis Global, distribuidora da divisão Microfiltration no Brasil da multinacional italiana Saati.

PerfilOs tecidos técnicos são produzidos para fins específicos de aplicações industriais. Eles são feitos de matérias-primas na forma de fios, elaborados em diversas contexturas e pro-jetados para aplicações técnicas que exijam uma performance determinada, visando pra-ticidade, segurança, economia e durabilidade definida. São malhas precisas, não muito diferentes de tecidos standards, que devem ter características físicas, químicas e fun-cionais de acordo com sua aplicação. CaracterísticasTecidos elásticos ou não elásticos; Resis-tentes a alongamento e ruptura;- Adaptam-se a qualquer forma ou formato;- Permeabilidade do ar;- Possuem condutividade elétrica;- Resistentes à luz;- Resistentes a químicos e solventes;- Resistentes a temperaturas elevadas;- Antiestáticos.Fonte: Gênesis Global.

DiferençasOs tecidos podem ser em monofilamento, multifilamento, mono/multifilamento e fi-bra cortada. Os de monofilamento são de filamentos construídos com um único fio e os de multifilamento com diversos fios. Eles podem ter diversos tipos de construções:

A Remae possui tecelagem pró-pria e quando foi fundada, em 1956, inicialmente fabricava te-cidos sintéticos para fins indus-

triais. Ao longo dos anos, especializou-se no ramo de filtração e foi uma das pioneiras no Brasil em fornecimento de elementos filtran-tes têxteis. “Inúmeras outras empresas estão no mercado hoje em dia. Há muito material importado, principalmente feltros e alguns te-cidos. Acreditamos que a tendência para este mercado em meio à crise que passa o país seja de estabilização sem muita queda”, afirma Christian Stauch, diretor da empresa.De acordo com Rafael Beraldo, gerente comercial de vendas do Grupo Air Slaid, as principais fornecedoras continuam sen-do as nacionais. O Grupo Air Slaid está entre as maiores empresas deste segmen-to e dispõe de parque fabril próprio, pro-duzindo, beneficiando e confeccionando 100% de sua produção. “A tendência do mercado é de retomada gradativa após a definição do cenário político e econômi-co atual. Hoje, temos poucas empresas estrangeiras que atuam diretamente no Brasil, no entanto, aumentou a tendência de empresas nacionais, fabricantes ou não de tecidos, importarem o tecido de dife-rentes países e somente efetuarem a con-fecção no Brasil”, aponta. “Com a crise econômica, cada dia mais empresas buscam produtos com maior efi-ciência e custo mais atrativo. A tendência no mercado nacional hoje é entender o pro-cesso de seu cliente para poder dar uma

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ETecidos técnicos para filtração

em dia com a tecnologiaInovações não param e chegam cada vez mais em todas as atividades do setor

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Square Weave ou 1 x 1 – Ma-lhas com construções regula-res uniformes.

Twill Weave ou 2 x 1 ou Ductch Weave – Tecidos com construções irregulares.Fonte: Gênesis Global.

Contexto técnicoPara um tecido ser utilizado como meio filtrante, ele pre-cisa ser desenvolvido para esta finalidade. Portanto, é preciso levar em considera-ção sua constituição e aplica-ção. São vários itens a serem analisados dentro de um con-texto técnico, entre eles:Fios: Monofilamento; Mul-tifilamento; Fibra cortada; Elastanos e Antiestáticos.Matérias-primas: Algodão; Lã; Poliéster; Polipropileno;

Poliamida; Aramida®; No-mex®; Teflon; Fibra de car-bono e Fios de aço.Contexturas: Feltros agulha-dos; Tela; Sarja; Cetim; Teci-dos duplos; Propex e Malhas. - Resistências químicas vari-áveis para meios ácidos, al-calinos e solventes.- Resistência às temperaturas baixas, ambientes e altas.- Conforme a necessidade, para cada aplicação ou pro-duto a ser filtrado variam também as gramaturas, per-meabilidade ao ar e espessu-ras. Fonte: Remae.

Uso em aplicações industriaisTecidos para filtração em separação sólido/líquido; te-cidos para filtração em sepa-ração sólido/ar; tecidos para juntas de expansão; tecidos para flexíveis; tecidos resis-tentes a altas e baixas tempe-raturas; tecidos aplicados em sistemas de transporte de ar e sólidos; tecidos aplicados em sistemas de armazenamen-to; tecidos para proteção de

equipamentos e tecidos apli-cados em correias de trans-porte. Fonte: Remae.

Atuação na filtragemOs tecidos filtrantes agem de formas distintas nos pro-cessos de filtragem.Por exemplo: na separação de sólidos/ar, são utilizados em sistemas de despoeiramento, nos quais o ar contaminado de um ambiente é sugado por um conjunto de filtros manga. As partículas sólidas ficam retidas nas mangas filtrantes e o ar limpo é devolvido à at-mosfera, interna ou externa, isento de sólidos.Na sólido/líquida, são usados para separação de partículas contidas numa solução. Neste processo, existem várias for-mas de se realizar a operação:Por pressão: Filtros prensa, formados por várias placas revestidas de tecido, onde a solução é pressionada con-tra os elementos filtrantes que reterão os sólidos, per-mitindo apenas a passagem dos líquidos.

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Lonas para Filtro Prensa Vão de 300 x 300 mm até 2.500 × 2.500 mm com acessórios e acabamentos: embor-rachadas e reforçadas nas áreas de vedação, fechamento em velcron ou furadas por ultrassom e interligação em elastômero (Rubber Neck).

Lonas Air SlideDe 3, 5, 6 e 8 mm, são fabricadas em fio 100% poliéster e têm permeabilidade con-trolada. Recebem tratamento químico para aprimorar a rigidez, o que aumenta a resis-tência a abrasão e sua durabilidade.

Esteiras para Filtro Tipo BeltSão confeccionadas em tecidos multifi-lamento e/ou monofilamento, pré-tensio-nadas com acabamento termofixado ou calandrado para estabilidade dimensional e resistência à ruptura. Fabricadas e aca-badas em grandes larguras sem necessidade de emenda longitudinal.

Tela Desaguadora (Tela Espiral)Fabricada com fios de 0,70 mm, é usada na secagem de papel, no tratamento de efluentes e em filtro prensa.

Tela em Tecido Monofilamento para Filtro de FuligemUtilizado nos filtros de fuligem, rotativos ou esteiras, é um tecido técnico com ótimo índice de retenção e vazão.

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Por decantação: Nos leitos de decantação, a solução é despejada em um contentor de tecido que permitirá a vazão do líquido e reterá os particulados sólidos. Um exemplo clássico é o de coar café por meio de saco de tecido.Por aplicação de vácuo: O tecido é sub-metido a um vácuo gerado por uma bomba que suga a solução de encontro com um ele-mento filtrante, que reterá os sólidos e per-mitirá a vazão do líquido.Por centrifugação: Uma força centrífuga é exercida em um elemento filtrante tipo bol-sa carregado de solução. Os sólidos ficam retidos no tecido e a solução é centrifugada através dele.Por leitos de fluidização: Uma massa úmida é submetida ao ar quente para a evaporação dos líquidos. Fonte: Remae.

Melhoria no processoSegundo Lima, para atender à demanda de forma única e exclusiva as grandes empresas estão investindo em tecnologia, dispondo de te-cidos técnicos com tratamentos diferenciados. “Hoje uma empresa como a italiana Saati pode oferecer diferenciados tratamentos, hidrofó-bicos, hidrofílicos, plasma, entre outros, para tecidos técnicos de monofilamento de alta precisão”, salienta. Há diversos materiais de elementos filtrantes sintéticos, como nylon, poliéster, polipropileno, entre outros, sendo tecidos em monofilamento de 5 micra até 5 mil micra de abertura. “Infelizmente, a proce-dência de 99% dos tecidos técnicos de mono-filamento é importada por ser um produto de tecnologia avançada”, comenta Lima.Para o diretor comercial da Gênesis Global, o desafio constante é sempre inovar, buscando

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Lonas de Filtro Prensa Estes elementos filtrantes têm vários desenhos, tamanhos, tipos e tecidos, podendo ser duplos, interligados, simples e com ou sem vedação, mas a função básica é separar sólidos e líquidos. Os sólidos podem ser o produto ou o contaminador, mas, em ambos os casos, são retidos na superfície dos tecidos, enquanto a parte líquida passa através deles e é retirada do sistema. Quando as câmeras estão cheias de torta, o fluxo é interrompido, a torta formada é despejada, o equipamento volta a ser fechado e o ciclo é reiniciado. Os filtros modernos dispõem de placas em polipropileno e sistemas de lavagem e abertura/fechamento automáticos.

Bolsas CentrífugasUsadas na secagem, separação, clarifi-cação, extração, purificação e refino de produtos em indústrias químicas, farma-

cêuticas e alimentícias, entre outras. São confeccionadas em tecidos de monofila-mento, multifilamento, fibra cortada ou monomultifilamento e feitas com alças de elevação, sistema de válvula de descarga e reforços em áreas de grande atrito e abrasão.

Lonas para Filtro a DiscoUtilizados nas indústrias mineradoras e de beneficiamento, os filtros rotativos a disco usam setores plásticos ou de metal, em formato de leque, desenhados para compor um disco unido ao centro por uma tubulação. Estes setores mantêm um sistema constante de vácuo no período de filtração e secagem, alternando para sopro no momento do des-carte/desprendimento da torta.

Esteiras Filtrantes para Filtro de Tambor a VácuoSob alta pressão a vácuo, neste filtro o tecido filtrante sofre uma descarga por sopro, gravidade ou sistemas helicoidais. Após a lavagem, o tecido submerge nova-mente no tanque para formação de torta e sua secagem e reinicia-se o processo. O ele-mento filtrante pode ser fixado por guias de borracha, gaxetas, cordas e arames. Normal-mente, é fechado manualmente com velcro, zíper ou grampos (ou até a combinação

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entre os métodos) e protegido por overlap. Dependendo do tipo de filtro, do método de descarga, do produto e do processo, uma série de tecidos pode ser indicada.

Esteiras Filtrantes para Filtro a Vácuo HorizontalA lama é bombeada de forma horizontal na superfície da esteira que, ao ser acionada, passa por múltiplos estágios de secagem a vácuo até que a torta seja descartada por gravidade. Em seguida, a esteira segue para a lavagem na parte inferior do filtro e volta a receber a lama na parte superior em um processo contínuo. Os tecidos usados vão de leves multifilamentos a pesados monofilamentos.

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novas tecnologias para o mercado. “Para obter um grau de filtração mais eficiente, as empresas estão desenvolvendo tecidos téc-nicos com maior resistência mecânica. O obje-tivo é alcançar retenções e eficiência acima dos padrões encontrados, tendo tecidos com uma abertura similar, porém, com maior área aberta, resultando, assim, em um processo muito melhor”, revela.Tecidos técnicos sintéticos são, segundo ele, o que se pode encontrar de mais nobre em um processo de filtração: Geometria apurada; área aberta precisa; maior eficiência no pro-cesso e maior força mecânica.“Elementos filtrantes de monofilamento com alta precisão são usados quando há neces-sidade de se ter uma filtração uniforme e constante, garantido, assim, um processo total-mente controlado”, explica Lima. Segmentos que utilizam meios filtrantes sintéticos são de tratamento de água, automotivo, médico, linha branca, processo industrial, alimentício, acústico, entre outros.

Elementos filtrantes - Tecidos técnicos e filtros Existe uma preocupação em estar sempre up-to-date no setor. “A cada ano os fios e matérias-primas aplicados nos tecidos fil-trantes são inovados e mais produtos chegam ao mercado, trazendo avanços tecnológicos que permitem uma filtração mais eficiente, com maior vida útil e produtividade. Há, con-sequentemente, redução de perdas e paradas para manutenção”, avalia Stauch. Segundo ele, novos equipamentos e tecnologias para a fabri-cação e acabamento dos tecidos também vêm ao

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encontro destes objetivos. Além disso, tecidos customizados são constantemente criados e desenvolvidos para novos fins específicos.De acordo com o diretor da Remae, um ele-mento filtrante em tecido suporta vários ciclos produtivos, podendo ser reutilizado até sua total obstrução ou rompimento. Entre os desafios encontrados, está em oferecer um material customizado e exclusivo para cada tipo de produto e processo onde será aplicado. “O objetivo é ter produtividade, rendimento no processo, economia de matérias-primas, como água, energia e soluções, diminuição de des-gaste de equipamentos, reduzida manutenção e minimização de rejeitos e refugos”, ressalta. Em busca destes objetivos e em parceria com seus clientes, a empresa enfatiza a importância de testes práticos, avaliação e reavaliação de elementos filtrantes, procurando:Conseguir uma torta bem seca; redução ao mínimo de sólidos no filtrado; alto índice de fluidez; fácil descarga e limpeza dos elementos filtrantes e vida útil para diversos ciclos.Para uma avaliação criteriosa sobre qual o melhor material para o processo de separação sólido/liquido, assim como o tipo de equipa-mento e volume a ser processado, ele cita que existem vários testes de laboratório, como tubo de pressão, leaf test, Buchener, Filtratest, microcentrífuga ou filtro prensa piloto.Um dos benefícios também está o custo-bene-fício. “Tecidos técnicos têm um custo-benefício relativamente baixo quando comparado com equipamentos que efetuam a filtração através de cartuchos, mangas plissadas ou telas em inox”, analisa o gerente comercial do Grupo Air Slaid. Quanto às novidades, Beraldo destaca: “Hoje dispomos de tecnologia de corte a laser e emenda de tecidos através de ultrassom.”

Contato das empresas:Air Slaid: www.airslaid.com.brGênesis Global: www.genesisglobal.com.brRemae: www.remae.com.br

Tratamentos especiaisTecidos técnicos condutivos – Conduzem energia.Tratamento de plasma – Modificações quí-micas e físicas nas camadas da superfície do tecido sem afetar suas propriedades mecâ-nicas. Os efeitos na superfície são limpeza e aumento da rugosidade e da área úmida devido à ligação de grupos hidrófilos. Todas essas alterações melhoraram a adesão de outros substratos sobre a superfície da tela. Este tratamento pode ser usado para pre-parar a superfície da tela para revestimento químico molhado, conseguindo uma melhor consistência e resistência ao revestimento, ou para melhorar a resistência de ligação sempre que o tecido é utilizado como subs-trato. A intensidade do tratamento também pode ser modificada para atender às exi-gências de clientes exclusivos. Tratamento hidrofóbico – Tem aversão à água.Tratamento hidrofílico – Atrai e retém água e outros líquidos. Revestimento metálico – Produzido por diferentes processos, incluindo a vácuo (evaporação ou pulverização) ou galvani-zação. Com estas duas tecnologias, pode-se metalizar malha de poliéster e poliamida com diferentes tipos de metais, como alu-mínio, cobre, titânio, cromo e níquel. Os elementos filtrantes com este revestimento tornam-se malhas eletricamente condutoras utilizadas para a dissipação de carga ou para fins de proteção. Fonte: Gênesis Global.

Outros tipos de tratamento para filtraçãoTratamento anti-UV; tratamento antiaderente; tratamento antifungos; tratamento antichamas; tratamento impermeabilizante e semi-imper-meabilizante; calandragem; teflonagem; san-forização; termofixação; chamuscagem e resinagem. Fontes: Remae e Grupo Air Slaid.

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antigo, e alguns dizem que é dos tempos da Roma antiga. “Basicamente é do tipo de um coador de café, sendo que foi introduzido como uso na indústria há 50 ou 60 anos pela facilidade de construção e uma eficiência relativamente boa na filtragem de sólidos. O sistema de filtro bag em si é constituído pela carcaça filtrante e o elemento filtrante que é substituído após a sua saturação”, completa. Normalmente as carcaças filtrantes são fabri-cadas em aço carbono ou aço inoxidável, recentemente existem vários modelos que são feitos em materiais plásticos como o ABS ou outros materiais que tenham resistência à tem-peratura e a pressão. Os elementos filtrantes são fabricados em tecidos permeáveis para retenção dos sólidos, normalmente em feltros agulhados ou nylon. Andreza Barduchi, super-visora de vendas da Pentair explica ainda que os elementos bags podem também ser confec-cionados em feltros de poliéster ou de polipro-pileno, costurados ou termosoldados, ou ainda podem ser confeccionados em malhas de nylon.As carcaças, por sua vez são projetadas para receberem os elementos filtrantes e promo-

Os Filtros Tipo Bag são equipa-mentos utilizados para a linha de processos de fabricação, onde se faz necessário uma filtragem

em fluido líquido para o desenvolvimento do produto final ou como auxiliar ao processo. Os elementos filtrantes tipo bag ou bolsa geralmente são constituídos de material sin-tético tipo tecidos técnicos ou nylon, também conhecidos popularmente como “coadores”, estes sistemas tem por finalidade a retenção de sólidos suspensos, separando mecanica-mente os sedimentos presentes nos fluidos. São utilizados em processos de retenção de partículas, e seu processo de filtragem ocorre de dentro para fora, ocasionando normal-mente impregnação de partículas no elemento filtrante, precisando da troca do mesmo.

De acordo com André Moura, da DBD Filtros/ Laffi Filtration, trata-se de um conceito de fil-tragem muito

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bricação do elemen-to, feltros agulhados de polipropileno ou poliéster, também al-guns elementos que são fabricados em nylon mono filamen-to. A construção dos elementos podem ser costurados ou termo-soldados, estes últimos de maior eficiência de filtragem. A definição do grau de filtragem de cada elemento deve ser feita de acordo com sua necessidade do fluido final a ser obtido e sua aplicação. Atualmente no mercado temos elementos filtrantes que po-dem variar de 1 a 1000 micragem. Atualmente o mercado tem como padrão quatro tamanhos, geralmente intercambiáveis entre os mais variados fabricantes. Cada material de fabricação atende as mais variadas situações de temperatura, micragem e compatibilidade química. De acordo com Gilberto Fernandes, gerente técnico da Indústria de Filtros Barra, no setor automotivo são geralmente utilizados no setor de pintura e em sua fabricação são usados feltros e linhas de costura completa-mente isentos de silicone.

verem uma boa vedação para uma filtragem efi-ciente. Existem carcaças em polipropileno e metálicas, com características e tamanhos dife-rentes e podem receber internamente de uma ou várias bolsas filtrantes em uma única carcaça, dependendo da vazão a ser atingida e fluido a ser fil-trado. As metálicas são fabricadas em aço carbono inoxidável 304 ou 316L, possuem fechamento por cintas ou por olhais, suportam altas pressões e altas vazões. Além disso, possuem pés ajustáveis, drenos e vents, e fechamento interno com trava.

Como funcionamDe acordo com Andreza esses elementos filtran-tes são inseridos nas carcaças e acoplados em um cesto metálico e/ou polipropileno. A filtração do fluido ocorre de dentro para fora, enquanto os sedimentos são retidos na parte interna do filtro, o fluido passa por entre os poros do elemento.

“O líquido a ser filtrado, contaminado por sólidos, é bombeado ou pressurizado pra dentro do filtro, sendo que para sua continuidade é necessário que passe pelo elemento filtrante, nesta passagem são retidos os sólidos que ficam retidos no elemento filtrante, sendo que após a sua saturação, os mesmos deverão ser substi-tuídos por elementos filtrantes novos”, enfatiza André Moura da DBD Filtros/ Laffi Filtration. Existem vários materiais que são aplicados na fa-

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Utilização e mercadoOs Filtros bag são utilizados nos mais variados nichos de mercados e especial nas indústrias quí-micas e alimentícias. Gilberto ressalta que no setor alimentício os materiais são certificados FDA para atender ao mais alto padrão de quali-dade. Podem ser aplicados para filtragem de água, água industrial, filtragem de tinta, de bebidas, produtos químicos diversos, óleos diversos, e produtos alimentícios, entre outros.

“São utilizados nos mais variados segmentos, em especial, naqueles que fazem filtração de fluidos – químicos ou não químicos. Nos dias atuais as indústrias buscam produtos com preços competi-tivos aliados à eficiência na filtração. Os elementos e carcaças bags possuem essas características e van-

tagens. Além disso, trata-se de elementos filtrantes com grande volume interno proporcionando grande acúmulo de particulados, e alguns modelos podem ser lavados e reutilizados”, completa Andreza.

As principais vantagens relacionadas ao uso desse processo estão ligadas ao baixo custo operacional. André Moura explica que existe um ganho de tempo muito grande na troca dos elementos fil-trantes, além do ganho no descarte adequado dos elementos, devido ao volume final de descarte ser inferior a outras tecnologias concorrentes, sendo ecologicamente mais indicado para pro-dutos agressivos. “O mercado está estável, pois existe um crescimento por estas vantagens apre-sentadas pelos sistemas de filtragem tipo bag, além das facilidades de uso, de troca de elemen-tos e área reduzida para instalação, desta forma existe uma continuidade na procura e uso desses filtros”, finaliza André Moura. “Além do baixo custo dos elementos filtrantes de reposição, são de fácil substituição e em muitos casos oferecem a opção de lavagem e reutilização. Atualmente com o avanço na qua-lidade da fabricação dos mais variados feltros, oferecem confiabilidade e qualidade no pro-cesso de filtração”, completa Gilberto.

Contato das empresas:Filtros Barra: www.filtrosbarra.com.brLaffi Filtration: www.laffi.com.brPentair: www.pentair.com.br

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O grupo DBD Filtros, fabricante dos produtos LAFFI FILTRATION, possui 25 anos de experiência e atuação em todo território nacional e América do Sul. É especializado em projeto, desenvolvimento e fornecimento de filtros e sistemas de filtração industrial de alta qualidade, sistemas para tratamento de água e separação de sólidos e líquidos.

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Fábio Trocoletto, Gerente de Segmentos e Contas Globais da SMC Brasil, é impor-tante ressaltar também que a produtividade é maior porque o sistema automatizado é mais rápido que o processo manual, con-sequentemente, ocorre a redução de custo.

O processoA automação pode ser feita de diversas formas: elétrica, mecânica, hidráulica, pneumática, entre outras, mas todas elas funcionam de forma automática, cíclica (ou seja, repetitiva) e controlada por uma programação. André explica que para sis-temas de filtragem, geralmente, são válvu-las manipuladas para a abertura da entrada de um produto bruto, válvulas de saída pa-ra liberar uma água mais limpa e válvulas que indicam os níveis de água. Sendo as-sim, padroniza-se a filtragem, o tempo é reduzido e você pode controlar a qualidade da água que está sendo filtrada.“Sem o monitoramento você não sabe o quanto está desperdiçando, nem qual a qua-lidade da água, nem quanto você precisa atuar no processo para chegar ao nível correto. Sem ele você está trabalhando no escuro. A palavra-chave aqui é o monitora-mento, pois com ele, o operador sabe com mais facilidade onde deve fazer uma manu-tenção, tanto na válvula, quanto no sistema como um todo” destaca André. Existem vários tipos de filtragem numa estação de tratamento de água (ETA). De acordo com Glauco Montagna, gerente de contas da Schneider, a mais comum, que foca

Sistema de automação é um con-junto de tecnologias, conhecimen-tos e equipamentos que permitem operar processos de forma autô-

noma e dispensando a intervenção humana. A automação combina controladores pro-gramáveis, leituras de grandezas digitais e analógicas fornecidas por sensores e o co-mando de atuadores que executam as ações do processo sendo controlado. Existem diversos sistemas de automação nas indústrias, mas em geral, eles referem--se a todo sistema em que se faz qualquer tipo de adaptação e/ou automação visando uma maior produtividade, com menores custos, sem a necessidade de contato direto e diário de um operador. Podem ser máquinas, robôs, dispositivos e diversos outros sistemas. Frequentemente, são utili-zados computadores para o armazenamento de dados e para apresentar de forma gráfica e intuitiva o processo sendo controlado. “Falar de sistemas de automação é um pouco complexo, pensando nos sistemas de automação para filtragem e tratamento de água, ele transforma um processo manual, trabalhoso em um sistema automático, mais rápido e eficiente. Sendo assim, aumenta--se a produção, reduz o desperdício de água e reduz os erros que podem acontecer durante todo o processo”, completa André Amaral, representante da Festo. Esses sistemas servem principalmente, para aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar e/ou equalizar a qua-lidade do resultado final. De acordo com

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para filtragem

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“É um processo que realmente reduz os custos, pois existe uma relação direta entre a efici-ência do processo e os gastos de energia elé-trica. Sempre que falamos de um processo de filtragem temos que levar em conta que a água tem de ser bombeada (na maioria dos casos) e desta forma o tempo de filtragem, o intervalo de tempo entre uma lavagem e outra, um con-trole eficiente da aereção (quando empregada), um controle correto da turbidez/nível, além dos vazamentos e o volume de água utilizada para retrolavagem podem empregar mais ou menos água no processo”, explica Glauco.Ao longo do tempo, o investimento voltado para a automação produz redução de custos na fábrica, principalmente, porque diminui a mão de obra diária e ocasiona mais produtividade em um menor espaço de tempo. Fábio destaca que, além disso, há ambientes que permitem

na melhoria da turbidez e retirada de particulado de até 4 micra, é a do tipo de carvão ativo, areia e cascalho onde há um controle da entrada de água bruta, água para lavagem do filtro, aeração, saída de água tratada e lodo. Além disso, também se faz o controle de nível, turbidez e tempo de fil-tragem/frequência de lavagem. Neste caso todo esse sistema pode ser controlado utilizando válvulas automatizadas, sensores, con-troladores lógico programáveis (CLP)/Interface homem-máquina (IHM) além de todo o controle de bombeamento. Há também outros processos de filtragem muito mais rigorosos, tais como os de membranas (microfiltração, ultrafiltração, na-nofiltração e osmose reversa), onde há um con-trole muito rigoroso do processo de filtração e nestes casos somente sistemas automatizados são possíveis de gerenciar o este processo e garantir filtragens de até 0,01 micron.

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programar equipamentos mais sustentáveis, que consomem pouca energia e geram baixos níveis de gás carbônico. Na SMC Brasil, esse programa é chamado de Energy Saving.

Dificuldades e principais vantagensFábio explica que algumas situações exigem atenção quando se adquire um sistema auto-matizado. É preciso ter algum funcionário especializado dentro da empresa ou tercei-rizado, para dar manutenção àquela máquina ou sistema. A capacitação deste funcionário é diferente da de um operador. A outra opção é capacitar este funcionário, que antes traba-lhava de forma totalmente manual, para operar agora um equipamento automático com a função de mantê-lo em pleno funcionamento. Outra situação que requer cuidado é quando a máquina ou o sistema automatizado apresenta algum problema ou anomalia. Na maioria dos casos os equipamentos são grandes, pesados e geralmente estão fixados. Por isso, não podem ser substituídos de forma rápida. Nesse caso, o corpo técnico precisa ser capacitado para solucionar o problema o quanto antes e, dessa forma, colocá-lo de volta em funcionamento. “No caso da SMC Brasil, nós temos um depar-tamento de Engenharia extremamente eficien-

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te e segmentado para atuar em diversas frentes. Uma delas é a Engenharia de Aplicação, que faz visitas, in loco, para auxiliar no dimensio-namento e na solução de problemas. Também dispomos de uma divisão de assistência técni-ca e suporte. Além disso, a SMC Brasil possui mais de 200 consultores especializados e pron-tos para atender o mercado brasileiro e para identificar as melhores soluções para cada tipo de indústria”, destaca Fábio.Para André, o sistema, em geral, não tem res-trições. A maior dificuldade está relacionada ao paradigma que deve se vencer com o cliente, porque as vezes o sistema custa mais do que o cliente esperava ou é uma tecno-logia diferente. Porém, se o cliente pesar o custo total, vale a pena investir no sistema de automação para filtragem.Por outro lado, Glauco explica que a prin-cipal vantagem é a de garantir a mesma qua-lidade do produto final na saída do filtro, pois há padrões estabelecidos de potabilidade da água e como se trata de um processo contínuo são necessários vários ajustes à medida que ocorrem mudanças nas diversas variáveis do processo de filtragem. “O uso dos sistemas de automação de filtros pode racionalizar a mão de obra, pois um único operador pode controlar vários filtros ao mesmo tempo quando estes são dotados de controles automatizados. Além disso, os sistemas serão mais eficientes do ponto de vista energético e certamente acarretarão em menos manutenção. Outra vantagem de utilizar a automação é que podemos fazer uma gestão de todos os dados de operação e histórico da instalação para tomar decisões estratégica”, completa.

Contato das empresas:Festo: www.festo.comSchneider: www.schneider-electric.com.brSMC Brasil: www.smcbr.com.br

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Sistema de filtragem da Festo

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ArteplenA

ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROCA DE FILTRO

E AMBIENTE LIMPO.

Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que faz a destinação correta do descarte.

Os fabricantes, importadores e distribuidores de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de formacorreta e consciente.

E AMBIENTE LIMPO.E AMBIENTE LIMPO.E AMBIENTE LIMPO.

AGORA NO ESTADO DO

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ESPÍRITO SANTOAGORA NO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

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lodo ativado convencional. Mas, também podem ser utilizadas como um sistema de tratamento terciário, ou seja, filtrando o efluente que já passou por um tratamento biológico. Entre as substâncias removi-das pelas membranas de ultrafiltração, estão: algas, bactérias, leveduras, alguns corantes, biopolímeros, vírus e alguma sílica coloidal.

Mas, o que é a Ultrafiltração?A Ultrafiltração é uma espécie de barreira física que tem como objetivo remover os

Com o avanço da tecnologia, as técnicas para o tratamento de água e efluentes têm se tor-nado cada vez mais eficazes,

garantindo mais qualidade e segurança ao efluente tratado. Entre os avanços tec-nológicos do setor, destacam-se as mem-branas de Ultrafiltração, em especial, a Osmose Reversa (OR). Atualmente, a Ultrafiltração é bastan-te utilizada nos sistemas de Membrane Bioreactor (MBR), onde substituem o decantador secundário nos sistemas de

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Ultrafiltração e Osmose Reversa aumentam a eficácia do tratamento de efluentes

Inovações não param e chegam cada vez mais em todas as atividades do setor

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A tecnologia Helix é uma das novidades da Pentair

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sólidos suspensos coloides e vírus presentes na água. A filtração ocorre por meio da pas-sagem da água pelas membranas de Ultra-filtração que permite que as moléculas de água, sais, cor, etc., permeiem através das mesmas, retendo as impurezas presentes na água de alimentação. Neste processo de filtração, a força motriz é o diferencial de pressão que direciona a pas-sagem do fluido (gás ou líquido) pelos poros de uma membrana. “A membrana é uma bar-reira física com corte de peso molecular que pode variar de 10 kDa a 200kDa, dependendo da finalidade e da qualidade desejada para o filtrado. As pressões de operação nessa moda-lidade são baixas, de 0,5 a 4,5 bar”, explica o representante da Pentair, Eduardo Reis.Para remover as impurezas que são retidas nas membranas é necessário se realizar um backwash periódico. Durante o backwash o fluxo de água é invertido. A água permeada é bombeada, forçando a passagem no sentido contrário da filtração, removendo assim as partículas que haviam sido acumuladas na superfície das membranas. “A Ultrafiltração é de grande importância no tratamento de efluentes quando se pretende reusa-lo, pois este processo garante uma qualidade supe-rior ao efluente tratado que pode ser usado diretamente ou alimentar outra etapa do processo, como uma Osmose Reversa, por exemplo”, afirma o engenheiro de processos da Mann+Hummel, Marcel Mano.

MembranasNo tratamento de efluentes com ultrafiltração geralmente opta-se pelo uso de um MBR (membrane bioreactor). Apesar do nome, é importante deixar claro que as membranas não ficam dentro do biorreator, e sim externas a ele. “A Ultrafiltração é bastante utilizada nos sistemas MBR onde substituem o decan-tador secundário nos sistemas de lodo ativado

convencional. Também podem ser utilizadas como um sistema de tratamento terciário, ou seja, filtrando o efluente que já passou por um tratamento biológico”, comenta Marcel. Existem dois tipos principais de membranas nesse segmento, as membranas submersas e as enclausuradas. As membranas submersas, como o próprio nome indica, operam sub-mersas em um tanque à parte, que ocupa um espaço adicional na planta e expõe os opera-dores ao efluente, mas permite o uso de uma maior quantidade de membranas, gerando uma área total superficial de filtragem maior. “Estas operam com a filtração de fora para dentro, o que significa que a água permeia para o interior das membranas, e o material retido fica do lado de fora”, diz Eduardo. Já as membranas enclausuradas são insta-ladas em skids e isolam totalmente possíveis contaminantes dos operadores, produzindo um ambiente de trabalho mais limpo, seguro e reduzindo área instalada. Além disso, podem ser instaladas horizontalmente ou verticalmente, com ou sem o auxilio da injeção de ar para aumentar a remoção de material depositado na parede da membrana, permitindo uma operação mais eficiente por mais tempo. “Estas podem operar tanto com sentido de filtração de dentro para fora, quanto de fora para dentro. A sentido de dentro para fora oferece uma alta perfor-mance a baixos consumos energético e de químicos”, comenta Eduardo. As membranas de Ultrafiltração integram uma ampla família de membranas, entre as quais se destacam as de microfiltração, nano-filtração e osmose reversa.

Osmose reversaA osmose reversa é o nível mais elevado de filtração disponível atualmente. Trata-se de uma operação por membranas que visa, por meio de um alto diferencial de pressão,

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inverter fluxo natural de passagem de água de um meio menos concentrado para um mais concentrado. “O sistema de osmose reversa tem por objetivo remover os sais dissolvidos (cátions e ânions) presentes na água. Utili-zando uma bomba de alta pressão a água bruta é introduzida na membrana e se divide em dois fluxos, um de água tratada com baixa salinidade, chamado de permeado, e outro de alta salinidade chamado de concentrado. O concentrado é continuamente descartado”, explica Marcel.A membrana de osmose reversa age como uma barreira a todos os sais e moléculas inor-gânicas dissolvidas, como também moléculas orgânicas com um peso molecular maior que aproximadamente 100. Nessa operação, baseando-se na concen-tração inicial de sais presente na solução que se deseja filtrar, define-se a pressão de ope-ração do sistema, que pode chegar a 80 bar em aplicações de dessalinização de água do mar. “A osmose é responsável, então, pela retenção de sais monovalentes e solutos de baixíssimo peso molecular, diferentemente da nanofiltração e microfiltração, que não possuem capacidade para remoção de molé-culas tão pequenas”, afirma Eduardo.

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Osmose reversa x nanofiltração e microfiltraçãoEntre as membranas disponíveis no mercado, as que mais se destacam são as de osmose re-versa, nanofiltração e microfiltração. Entre-tanto, a osmose reversa é considerada como a opção mais elevada de filtração. Isso porque, embora a nanofiltração também seja um processo de separação por membra-nas, as membranas deste processo apresentam cut-offs correspondentes a poros com cerca de 1 nanômetro. Isso significa que, enquanto a osmose reversa rejeita todos os íons, a na-nofiltração permite a passagem de certos íons (tais como: sódio e cloretos), predominante-mente íons monovalentes. Íons bivalentes e multivalentes, e moléculas mais complexas são amplamente retidas. Já a microfiltração é totalmente diferente da nanofiltração e da osmose reversa. “Enquanto estas tecnologias removem contaminantes dissolvidos no fluido, a microfiltração, por ser apenas uma barreira física, retém apenas os sólidos que estiverem em suspensão”, indica Marcel. Confira no quadro, a compa-ração entre o grau de retenção de cada uma destas tecnologias.

Além de ser o nível mais elevado de filtração disponível nos dias de hoje, as membranas de osmose reversa ainda oferecem inúmeras vantagens ao tratamento de efluentes. O pro-

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As membranas da Mann+Hummel combinam as vantagens da Hollow Fiber e das Placas Planas

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cesso utiliza um baixo consumo de químicos e consegue tratar efluentes com alta salinidade. “A osmose reversa permite a remoção de sais dissolvidos na água (inclusive os monova-lentes), a remoção material coloidal, como sílica, que é um grande problema na alimen-tação de equipamentos que trabalham a alta pressão, pesticidas e herbicidas e qualquer outra molécula com peso molecular superior a 300 Da”, ressalta Eduardo. Já as principais desvantagens do processo são o alto gasto energético, devido à alta pressão necessária para sua operação e também a baixa recuperação apresentada em sistemas com um único estágio.

MercadoO mercado da ultrafiltração vem crescendo, com o barateamento da tecnologia e a pre-sença de casos de sucesso ao redor do mundo. “É crescente o interesse das empresas em investir em novos sistemas de tratamento ou na melhoria dos sistemas existentes para que seja possível o reúso do efluente tratado, reduzindo assim a vazão de efluente des-cartado e de água captada”, analisa Marcel.Entretanto, apesar das inovações tecnológicas e do aumento de interesse, esse segmento ainda não expandiu todo o seu potencial. “Infelizmente ainda há certa resistência por meio de conservadores que preferem manter seus projetos dentro de sua zona de conforto e também casos em que o custo de implementação ainda é considerado elevado. A novidade vem com a inovação constante nos produtos oferecidos para essa operação como, por exemplo, a tecnologia Helix da Pentair, que reduz significativamente o custo ener-gético da operação de membranas crossflow para MBRs”, afirma Eduardo. A tecnologia Helix é a novidade do ano da Pentair. A inovação será aplicada em nas membranas tubulares da empresa, com tubos

de diâmetro interno a partir de 5,8 mm. “Essas membranas são voltadas para processos com altas cargas de sólidos suspensos, como é o caso de um MBR. As membranas confeccio-nadas com a tecnologia Helix apresentam um cume helicoidal no interior dos tubos que é responsável pelo aumento da turbulência no interior dos mesmos, o que auxiliará na remoção do material depositado na parede das membranas, enquanto opera-se a velo-cidades crossflow mais baixas. O resultado disso é uma grande diminuição nos gastos operacionais e um aumento significativo na produtividade”, indica Eduardo.No segmento de Osmose Reversa, a Pentair Codeline fabrica vasos de pressão de plástico reforçado em fibra de vidro há 49 anos. “Praticamente todas as inovações que sur-giram nesse segmento partiram dela, entre eles podemos citar o travamento rápido dos cabeçotes, a tecnologia de substituição das portas de alimentação e concentrado de vasos com portas laterais por meio de rocas, e o modo como os vasos são confeccionados proporcionando um interior mais uniforme e liso”, diz Eduardo Reis. A Mann+Hummel se destaca no mercado por produzir membranas de MBR que combinam as principais vantagens das tecnologias dis-poníveis no mercado. “Nossas membranas de MBR são únicas, pois apesar de serem planas, elas são retrolaváveis e por isso com-binam as vantagens da Hollow Fiber e das Placas Planas”, indica Marcel. A combinação destas duas tecnologias resulta em benefícios como: pré-tratamento simples, auto regene-ração da membrana, fácil limpeza, aeração com bolhas finas, possibilidade de limpeza mecânica, entre outros.

Contato das empresas:Mann+Hummel: www.mann-hummel.comPentair: www.pentair.com.br

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diversas pesquisas colheram evidências que permitiram correlacionar os contami-nantes da água com efeitos adversos do procedimento. Tais contaminantes podem ser de origem mineral ou biológica.Durante a terapia de hemodiálise, o sangue é exposto a um fluido chamado de solução de diálise que é produzido em tempo real pela máquina de hemodiálise. Em uma sessão de hemodiálise, cada paciente, tem contato com cerca de 120 a 200 litros desta solução. No preparo da solução de diálise é utilizada água purificada e quanto maior a qualidade da água tratada, melhor será a qualidade da solução de diálise. As substâncias presentes na água que tentam passar pela membrana do dia-lisador podem ter acesso direto a corrente sanguínea do paciente, é por isso que há um rígido controle na qualidade da água utilizada na hemodiálise. Para se ter uma ideia, como requisitos mínimos, a água para hemodiálise deve ter condutividade máxima de 10 µS/cm, 100 UFC de bac-térias heterotróficas, 0.25 UE de endoto-xina e isenta de cloro. O tratamento da água de hemodiálise pode evitar uma série de danos ao paciente, inclusive a morte. A presença de cloro na água, por exemplo, pode causar hemó-lise e anemia severa no paciente. Além disso, bactérias presentes na água levam o paciente a reações de bacteremia, com tremores, febre elevada, podendo levar a óbito. Reação parecida ocorre com a pre-sença de endotoxina na água. “Devido

Responsável pelas ações meta-bólicas, a água é essencial para todos os seres vivos e, por isso, deve sempre ser tratada

e estar dentro dos padrões adequados de purificação. Entretanto, para os pacientes que necessitam da hemodiálise a qualidade da água se torna um fator vital para a vida. A hemodiálise é um processo mecânico que consiste em filtrar e depurar o sangue, retirando dele as substâncias que trazem prejuízo ao organismo. O processo é uti-lizado por pessoas que são portadoras de insuficiência renal e que precisam fazer essa purificação por meio de máquinas. Com o aumento do número de pacientes em tratamento dialítico e de sua sobrevida,

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Tratamento de água de hemodiálise é essencial para a saúde do paciente

A Osmose Reversa é o sistema mais utilizado para o tratamento de água de hemodiálise

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da água, com o intuito de deixá-la com a qua-lidade adequada. O processo é muito eficaz contra os contaminantes iônicos, mas, repre-senta um alto risco para contaminação micro-biológica. Além disso, o sistema possui um custo elevado, tornando a Osmose Reversa, uma opção mais viável. “Substituindo o uso de deionizadores, os sistemas mais utili-zados para a purificação de água em hemo-diálise são por osmose reversa, instalados em simples passo, e em alguns casos em duplo passo”, afirma Francisco. A Osmose Reversa é hoje a opção mais uti-lizada no tratamento de água de hemodi-álise por ser um processo que resulta em um produto final de melhor qualidade. O sistema é composto por cinco partes básicas: pré--tratamento, bombas de pressão, membranas, controles e reservatório do produto. Durante o processo a água é transferida de um com-

à alta exposição do paciente à água tratada (são aproximadamente 1.500 litros de água por mês), os minerais e metais com índice acima do limite estabelecido causam dife-rentes tipos de reações. O alumínio em excesso, por exemplo, pode causar osteoma-lácia, anemia microcítica e lesão funcional aos hepatócitos, sendo que nos casos mais severos pode evoluir com um quadro de encefalopatia, catatonia e morte”, explica o CEO da Saubern, Francisco Reigota.

TratamentoAtualmente, estão disponíveis no merca-do duas opções de tratamento de água de hemodiálise: a Deionização (DI) e a Osmo-se Reversa (OR).O sistema de Deionização utiliza o princípio da troca iônica para tratar a água. O pro-cesso consiste em retirar todos os minerais

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partimento para outro através da diferença de pressão hidrostática e osmótica, utilizando uma membrana semipermeável. “Operando em simples passo, os sistemas de osmose reversa são capazes de reduzir de 95% a 99% dos contaminantes químicos, retenção de pra-ticamente 100% de bactérias, vírus, fungos e algas”, ressalta o CEO da Saubern. Adicionalmente, antes do sistema de osmose reversa, a água passa por um processo de pré-tratamento, composto por filtros de areia, filtros abrandadores e filtros de carvão ativado. “Este último deve possuir índice de iodo maior que 900 e projetado para que o tempo de contato mínimo seja de cinco minutos, sendo o ideal de dez minutos”, indica Francisco.Após a purificação por osmose reversa, a água tratada é destinada a um tanque de polietileno atóxico, hermeticamente fechado e com fundo cônico. Bombas construídas em aço inoxidável mantêm a água em cons-tante recirculação fazendo com que saia do

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tanque, alimente as máquinas de hemodiálise e o volume restante retorne para o mesmo tanque, formando assim um loop de água (rede de distribuição).

MercadoAs opções de tratamento de água para hemo-diálise têm evoluído a cada dia mais com o avanço de novas tecnologias. Os sistemas de tratamento de água por osmose reversa em duplo passo, desinfecção automá-tica e o uso de ozônio na rede de distribuição de água para hemodiálise, por exemplo, têm se tornado opções cada vez mais usuais. “No caso do ozônio, todas as noites (fora do horário de hemodiálise) é realizada automa-ticamente uma injeção de ozônio na rede de distribuição, melhorando substancialmente os resultados microbiológicos da água”, conta o CEO da Saubern.Visando oferecer maior sustentabilidade a seus clientes, a Saubern desenvolveu um equipamento específico para reutilização do rejeito durante o processo de tratamento de água por sistemas de osmose reversa conven-cionais, otimizando o processo, reduzindo custos e diminuindo consideravelmente o consumo de água de alimentação em clíni-cas de hemodiálise.“A Saubern atua com uma linha completa de filtros para tratamento de água para hemodi-álise, desde filtros em cartucho e membranas de osmose reversa de alta rejeição salina até sistemas completos de osmose reversa de 50 até 3.000 litros/hora operando em duplo passo. Todos equipamentos são registrados na Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) e fabricados de acordo com as boas práticas de fabricação de equipamentos médicos (BPF)”, destaca Francisco.

Contato da empresa:Saubern: www.saubern.com.br

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A Osmose Reversa é o sistema mais utilizado para o tratamento de água de hemodiálise

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parecer uma excelente ideia a curto prazo, porém, se realizados sem cri-térios e estratégias adequadas, podem resultar em um verdadeiro desastre. Como exemplo tomamos como base um organismo fadado a perda da vita-lidade física e mental pela redução drástica de ingestão de alimentos, com certeza este organismo poderá chegar à óbito caso nada seja feito.Em meus quase 20 anos de aplicação do conceito Lean Manufacturing dentro de grandes organizações, aprendi que a primeira coisa a ser feita para melhorarmos os resul-tados de um negócio é atuar dentro

Hoje pela manhã ao ouvir as notícias no rádio, no caminho para o trabalho, recordava-me de uma frase

dita por um colega quando das incer-tezas político-econômicas que assom-bravam o final dos anos 90: “Nada está tão ruim que não possa piorar”. Infeliz-mente, hoje tive a comprovação disso: como se não bastasse a crise política, econômica e cultural que abala a credi-bilidade e o crescimento nacional, bem como as projeções nada favoráveis de retomada, até o futebol, em sua política incansável do “pão e circo”, é incapaz de nos propiciar motivos de orgulho, vez que ser eliminado pela Alemanha já era ruim quem dirá pelo Perú...E a pergunta que não quer calar: E agora?Outra frase de tamanha relevância quanto aquela rouba-me o pensa-mento nesse instante: “É no meio da dificuldade que se encontra a oportu-nidade” - Albert Einsten.Em minha atividade, de consultoria, são constantes os diálogos com empre-sários e executivos de setores dis-tintos, e são antagônicas as posições acerca do que fazer nesses tempos de “vacas magras”.Em que pese o objetivo seja o mesmo, o da sobrevivência. Poucos tem a cons-ciência de que sobreviver em momentos de crise como esta consiste em eliminar desperdícios e não em cortes aleatórios.Promover cortes de seus investimentos em novos processos e produtos, na manutenção de seu parque industrial e até mesmo no seu capital humano, pode

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Eduardo GomesDiretor de Engenharia & Sistemas de Gestão. Com mais de 23 anos de experiência profissional dos quais 18 anos na gestão de equipes multidisciplinares em ambiente fabril de empresas como Ford Motor Company S/A e Sofape S/A (Tecfil), atual-mente dedica-se a consultoria em Gestão, objetivando atender as mais diversas necessidades das organizações na busca de melhoria contínua de resultados em suas atividades operacio-nais, tanto industriais como administrativas.Sigma Lean Consultoria em Gestão www.sigmalean.com.br

do ambiente no qual temos o poder de atuação, ou seja, dentro de casa, e lá utili-zando o método PPR (Pessoas, Processos e Resultados) procurar as referidas opor-tunidades de redução de custos e elimi-nação de desperdícios.Desperdícios nada mais são do que ativi-dades que não agregam valor ao produto e que, por essa razão, devem ser eliminadas ou aprimoradas, tais como, set-up, movi-mentação excessiva, retrabalho, inspeção, estoques, lead time enormes por excesso de burocracia, entre outros, que representam em muitas organizações valores superiores a 50% dos custos operacionais.Três são as etapas fundamentais na busca da eliminação de desperdícios:1. Capacidade em reconhecer os desper-dícios em suas várias formas;

2. Coragem de chamá-los de desperdícios;3. Desejo de eliminá-los.Muitos desses desperdícios são paradigmas ocultos dentro de uma organização, com nomes que parecem intransponíveis, e para tanto é aconselhável que essa nova postura para melhorar os resultados da orga-nização seja fundamentalmente suportada por um profissional externo atuando como Facilitador e Coach para quebra desses para-digmas e na eliminação dos desperdícios que impedem o processo de redução de custos.Os resultados de uma empresa que adere a Jornada Lean na busca pela eliminação de desperdícios são surpreendentes. A expe-riência nos mostra que para cada 1 real investido nesta atividade, 5 reais são obti-dos como resultados tangíveis e, somado a esses, temos os ganhos intangíveis, obti-dos pela mudança cultural e perpetuação da mentalidade Lean que ocorrem em todos os níveis da organização.Sendo assim, vamos deixar de lado a crise e começar a focar nas mudanças que são necessárias em nossa organização, para torná-la mais competitiva e sau-dável, independentemente das incertezas externas. E agora, parafraseando o pensa-mento de meu colega para a filosofia Lean “Nenhum processo está tão bom que não possa ser Melhorado”. E lembre-se: “A crise só passa para quem passar pela crise”. Mãos à obra... M

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