Antologia Poética em PP

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    Antologia Potica

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    ANTOLOGIA

    De acordo com o Dicionrio Houaiss, antologia a coleo detextos em prosa e/ou em verso, geralmente de autoresconsagrados, organizados segundo tema, poca, autoria etc.

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    A OBRA

    A obra indicada como leitura obrigatria para os vestibularesFUVEST e UNICAMP Antologia potica (com base na 2 ed.Aumentada), de Vincius de Moraes.

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    De acordo com o Informe a Imprensa n 02/2010 de 28/01/2009

    (disponvel no site oficial da FUVEST):

    Ao indicar a 2 edio revista e aumentada, de 1960, como texto dereferncia da mencionada Antologia, teve-se em vista proporcionar

    aos candidatos o contato com uma seleo de poemas feita peloprprio autor, o qual fixou, naquela data, o conjunto de poemasdepois reproduzido, com alteraes de pormenor, nas ediessucessivas da Livraria Jos Olympio Editora S.A., a partir de 1967.Posteriormente, nos anos de 1990, a mesma seleo passou a ser

    publicada pela Editora Companhia das Letras, tambm compequenas modificaes. De todas essas edies, consta uma"Advertncia" do Autor, na qual ele expe seus critrios de seleoe o sentido que atribui ao conjunto.

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    ESTRUTURA DA OBRA

    A obra apresenta poemas de fases distintas do poeta, assimrepresentadas: 27 poemas correspondentes fase transcendental do poeta (1933-1936);

    05 elegias que ilustram a fase de transio do poeta (1943); 112 poemas correspondentes fase de maior aproximao domundo material.

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    De acordo com o prprio poeta, sua obra pode ser assim classificada:

    1 fase

    Fase transcendental, resultante de sua educao crist, uma fasede profundo misticismo e, portanto, marcada pela preocupaoreligiosa, pela angstia existencial diante da condio humana e pelo

    desejo de superar o pecado e a culpa, inerentes ao homem, pela viada transcendncia mstica.

    Em geral, os poemas deste perodo so longos e se utilizam delinguagem abstrata. Esta fase se inicia com a obra O caminho para adistncia (1933) e se finaliza com a obra Ariana, a mulher (1936).

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    Durante a produo potica das obras dessa primeira fase, Vinciusapresenta certa singularidade essencial em no ter pertencido,realmente, a uma gerao, no sentido convencional da palavra, mas aum grupo ideolgico: o dos escritores catlicos, que juntamente comJorge de Lima, Murilo Mendes, Octvio de Faria, Otto Lara Resende,Pedro Nava, Augusto Frederico Schmidt e outros procuravamrestaurar em Cristo no s a poesia, mas tambm o pensamento

    brasileiro em geral, construindo uma restaurao que se pretendia,no arcaizante, mas sim, modernizante.

    Sob esse aspecto, a restaurao catlica tinha algo de desesperado,

    procurando reconquistar a intelectualidade, corrigindo-lhe a perigosaderiva esquerdista. Vincius, a esse tempo, mostrava-se resistente aoModernismo de 22, repelindo, principalmente, o que considerava umanarquismo formal.

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    FASE DE TRANSIO

    No prprio dizer do poeta, as Cinco elegias so representativas doperodo de transio entre as duas tendncias contraditrias desua produo potica, uma mais mstica e a outra mais cotidiana.Nas Elegias, notamos o incio dessa transformao no s nastemticas, mas tambm na estruturao mais livres dos poemas,

    tanto em relao s rimas como s mtricas, como veremos aseguir.

    *Elegia: tipo de poesia lrica (que teve origem na Grcia antiga)

    declamada pelo prprio poeta, acompanhada, geralmente, por uminstrumento musical. Utilizada em diferentes pocas e literaturas,costuma expressar lamento, melancolia e dor. A elegia possuimetrificao especfica, no entanto, seu uso, com o passar dotempo, foi se atendo mais ao contedo do que forma.

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    2 fase

    Nesta fase, h grande aproximao da potica de Vincius com o

    mundo real. quando o poeta passa a se interessar por temascotidianos, por uma abordagem mais simples da vida e maissensual dos temas que versam sobre o amor e a mulher.

    Tambm a linguagem empregada pelo poeta se transforma,

    tendendo mais simplicidade, com utilizao do verso livre, parauma comunicao mais direta e mais dinmica com o leitor. Apesarde sua poesia, desde cedo, ter tido como caractersticas certa dicoclssica e a predileo pelo soneto, pela primeira vez podemos

    perceber que a potica de Vincius mostra uma aproximao maiors propostas dos modernistas de 1922.

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    O soneto, forma clssica do poema, adquire roupagem maismoderna e mais real nas mos de Vincius. Em seus sonetos, opoeta faz largo uso de termos simples e cotidianos, expedientepouco comum neste tipo de composio.

    Os poemas mais conhecidos do poeta esto reunidos nessa parte da

    obra (Soneto de fidelidade, Soneto do amor total, Soneto deseparao). Adotando uma postura mais voltada para a realidade,seu interesse volta-se para os aspectos do cotidiano e para orelacionamento amoroso, muito influenciado pela lrica camoniana.

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    Poesia social

    A poesia de cunho social tambm foi caracterstica da obra de

    Vincius. Neste tipo de poema, o poeta se utiliza de uma linguagemainda mais simples e mais direta, chegando quase ao didatismo. Oseu objetivo despertar a conscincia social no leitor por via dequem o l ou o ouve.

    O melhor exemplo dessa poesia social o poema Operrio emconstruo, que fecha sua antologia potica. Na epgrafe utilizadano poema, estabelece uma comparao ao momento deconscientizao poltica do operrio, que, pela primeira vez,

    percebendo-se explorado, diz no ao patro

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    Outro poema importante a ser destacado da obra O dia da

    criao, em que o poeta, tomando com base a gnese humana, apartir de um tica religiosa, elege o sbado como o dia em quetudo acontece. O poema apresenta trs partes: introduo aotema Hoje o dia do presente, desenvolvimento Porque hoje sbado e concluso de que Deus criou o homem no sbado.

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    Na Antologia Potica deparamo-nos, de fato, com poemas plurais, estas poesiastratam do esprito e da matria, cantam mulheres sacralizadas, mulheres vistasnas ruas e mulheres prostitutas, cantam o amor, o desejo, a alegria e a dor dos

    amantes, aludem ao amor fraterno e incondicional por todos os seres, portodas as coisas , falam da vida e da morte, traduzem imagens onricas, trazemimagens de um dia a dia, cantam a ptria, homenageiam amigos do poeta egrandes nomes da arte mundial. E contam, para isso, com grandes recursosformais, harmonizados tanto com a frase coloquial quanto com referncia vida

    do cotidiano. Na Antologia, encontramos sonetos bem ao estilo do poeta clssicoLuiz Vaz de Cames, elegias, baladas e, ainda, estrofao irregular, versos curtose livres. Dessa forma, o que vemos um cruzamento muito interessante: versosem irregularidade, curtos e livres expressam no s o comum do dia a dia, mastambm temas mais sublimes, elevados; por outro lado, formas clssicas

    expressam no apenas os temas clssicos, sublimes, como tambm os assuntostriviais, ou at os que formam inimaginvel material potico, como aprostituio.

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    A seguir, os poemas mais conhecidos da Antologia daquele que foio maior poetinha da 2 fase do Modernismo brasileiro: Vincius

    de Moraes.

    Soneto de fidelidade

    A um passarinho

    Soneto do maior amor

    Soneto de separao

    Poema de Natal

    Poema enjoadinho

    A rosa de Hiroshima

    Ptria minha

    Potica (I)

    Receita de mulher

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    Site oficial do autor http://www.viniciusdemoraes.com.br/

    Documentrio: Vincius (2005 - Direo: Miguel Faria Jr.)

    O documentrio mostra a vida, a obra, a famlia, os amigos e osamores de Vincius de Moraes; apresenta tambm a essnciacriativa do artista e filsofo do cotidiano e as transformaes doRio de Janeiro, por meio de raras imagens de arquivo, entrevistas

    e interpretaes de muitos de seus clssicos.