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ERGONOMIA E SAÚDE OCUPACIONAL CAPÍTULO 4 Fatores Humanos no Trabalho Autor: Rodrigo Silva Santos Introdução Prezado(a) aluno(a) Este componente curricular, Ergonomia e Saúde Ocupacional, foi confeccionado com o principal objetivo de permitir a você, futuro Tecnólogo, o entendimento e a importância da Ergonomia e da Saúde Ocupacional ao longo da vida profissional de um Tecnólogo em Segurança do Trabalho. Com a chegada deste componente fica claro que não se podem acolher velhos procedimentos no projeto de trabalho, em que os trabalhadores eram considerados somente como “braços operacionais”. Os trabalhadores devem ser considerados, do ponto de vista da ergonomia e da saúde ocupacional, como seres humanos em constante desenvolvimento, colaborando para uma concepção de trabalho mais humana/confortável, segura e eficiente. Trazemos aqui alguns conhecimentos sobre as estações de trabalho e a organização empresarial Para isso, dividimos este componente em 4 capítulos. Nos dois primeiros iremos focalizar a Ergonomia e a Usabilidade. Nos dois capítulos seguintes versaremos sobre a interação entre Saúde, Trabalho e Ergonomia. Neste quarto capitulo iremos tratar, como titulo principal “Fatores Humanos no Trabalho”. No seu conteúdo abordaremos a influencia do clima e da iluminação do posto de trabalho, a importância do fator

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ERGONOMIA E SAÚDE OCUPACIONAL

CAPÍTULO 4 Fatores Humanos no Trabalho

Autor: Rodrigo Silva Santos

Introdução

Prezado(a) aluno(a) Este componente curricular, Ergonomia e Saúde Ocupacional, foi confeccionado com o principal objetivo de permitir a você, futuro Tecnólogo, o entendimento e a importância da Ergonomia e da Saúde Ocupacional ao longo da vida profissional de um Tecnólogo em Segurança do Trabalho. Com a chegada deste componente fica claro que não se podem acolher velhos procedimentos no projeto de trabalho, em que os trabalhadores eram considerados somente como “braços operacionais”. Os trabalhadores devem ser considerados, do ponto de vista da ergonomia e da saúde ocupacional, como seres humanos em constante desenvolvimento, colaborando para uma concepção de trabalho mais humana/confortável, segura e eficiente.

Trazemos aqui alguns conhecimentos sobre as estações de trabalho e a organização empresarial

Para isso, dividimos este componente em 4 capítulos. Nos dois primeiros iremos focalizar a Ergonomia e a Usabilidade. Nos dois capítulos seguintes versaremos sobre a interação entre Saúde, Trabalho e Ergonomia.

Neste quarto capitulo iremos tratar, como titulo principal “Fatores Humanos no Trabalho”. No seu conteúdo abordaremos a influencia do clima e da iluminação do posto de trabalho, a importância do fator

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humano, como ocorre a falha humana e os fatores desencadeantes, alem das implicações provocadas pelo afastamento do trabalhador.

Não perca esta oportunidade, pois este material foi construído especialmente para você!!

Aproveitem!!

Objetivos Estimado(a) aluno(a),

Ao final dos estudos propostos neste capítulo é esperado que você seja capaz de:

• Saber a influencia do clima e iluminação no posto de trabalho;

• Identificar a importância da falha humana, na causa ods acidentes

e doenção ocupacionais;

• Estabelecer a relação entre corpo e trabalho;

• Compreender a importância dos afastamentos; Esquema

1 – Fatores Humanos no Trabalho 1.1 – Clima e Iluminação 1.2 – Fator Humano 1.3 – A Falha Humana 1.4 – A Relação Corpo e Trabalho 1.5 – Afastamentos: Um Grande Ônus 1.6 – LER /DORT Referências

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1. FATORES HUMANOS NO TRABALHO 1.1 – Clima e Iluminação Clima

Para compreendermos melhor este conteúdo se faz necessário traçar um diálogo sobre os componentes influenciadores do clima em um ambiente de trabalho, vejamos então a visão latente de Kroemer (2005):

Equilíbrio da temperatura segundo Kroemer (2005):

Abaixo são listados alguns dos fatores que determinam o equilíbrio da temperatura em um ambiente de trabalho, segundo Kroemer (2005):

� Temperatura que envolve o ambiente; � Movimento do ar que envolve o ambiente; � Temperaturas dos componentes do ambiente de trabalho,

como: paredes, piso, maquinários; � Umidade do ar no ambiente de trabalho.

As combinações desses elementos já citados podem ou não favorecer o corpo humano em um determinado ambiente de trabalho. Até porque considerando um ambiente de trabalho que ultrapasse os 25º C, o corpo humano dos trabalhadores podem sofrer com o excesso de suderose.

Conforto no ambiente de trabalho e os fundamentos que envolvem o conforto, apontados por Kroemer (2005):

Às vezes o conforto de uma sala de trabalho se torna imperceptível, pois o corpo humano tende a não notar quando há uma temperatura confortável. No entanto, quando há uma elevação ou diminuição de temperatura, o corpo tende a mandar logo vários alertas que acabam sinalizando algum tipo de desconforto no ambiente. O desconforto acontece em um dado momento em que o corpo não mais se encontra em um ambiente de clima equilibrado. Essa variação de equilíbrio e desequilíbrio da temperatura que envolve um ambiente é inerente a qualquer ser vivo, que o sangue corre em suas veias, então é

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notório pensarmos que se um animal não se sentir confortável em um dado lugar, ele acaba se retirando de um lugar, a procura de um ambiente mais adequado que acabe lhe proporcionando uma temperatura confortável. E o ser humano conta com uma vantagem em relação aos animais por contarem com vários mecanismos que acabam possibilitando um estado de conforto a depender da forma que foi conduzida o desequilíbrio da temperatura do ambiente, como: roupas, transformar o ambiente em que atua e até mesmo regular o ambiente de trabalho por intermédio da tecnologia.

Conseqüências decorrentes do desconforto, segundo Kroemer (2005):

Pode ser considerada uma conseqüência do desconforto, possíveis disfunções do organismo que podem comprometer o corpo humano. Por exemplo, estudos apontam que o aquecimento exagerado em um ambiente de trabalho pode ocasionar, cansaço físico, sono em excesso, redução na execução de tarefas e conseqüentemente gerando as falhas humanas. Ao consideramos o oposto do aquecimento em ambientes de trabalho, temos por conseqüência a diminuição da atenção e a falta de concentração na execução das tarefas. Contudo, percebe-se a importância em adequar um ambiente de trabalho de forma que possa estar no ambiente equilibrado de suas temperaturas, pois assim de fato conseguirão estimulas positivamente a produtividades dos funcionários. Faixas de temperatura tendo como parâmetro a fisiologia humana, segundo Kroemer (2005): Estas faixas podem-se ser encontrada de acordo com alguns testes que possibilitem pessoas a sentir variadas escalas de temperaturas, com o intuito de verificar inúmeras faixas de temperatura até que se possa estabelecer uma faixa de equilíbrio. Faixas de equilíbrio da temperatura, segundo Kroemer (2005):

Sabe-se então que uma variação de pessoa para pessoa no que diz respeito a uma faixa de equilíbrio para um ambiente de trabalho. Esta variável pode sofrer algumas alterações devido ao tipo e quantidade de

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roupa que esteja usando, e também dos movimentos utilizados para executar uma dada e específica tarefa. Contamos também com outras vaiáveis que acabam influenciando tal ponto de equilíbrio da temperatura como, conforme Kroemer (2005):

� Alimentação consumida, � Estação do ano, � Turno trabalhado (manhã, tarde ou noite), � Altura, � Peso, e � Idade do funcionário.

Compreensão sobre o clima dos ambientes de trabalho, segundo Kroemer (2005):

Nem todos os ambientes de trabalho tem como disponibilidade o uso de ar-condicionado, pesquisas revelam que as temperaturas desses ambientes podem variar entre 20º e 27ºC, nos ambientes com ar-condicionado.

Sugestões para o conforto térmico dos ambientes de trabalho, segundo Kroemer (2005):

Trabalho onde há sedentariedade nos ambientes de trabalho, segundo Kroemer (2005):

Para os trabalhos que não necessitam de um maior esforço físico, é necessário que tenham como forma de assegurar o conforto algumas sugestões para a condução do trabalho, vejamos algumas recomendações listadas por Kroemer (2005):

� A temperatura do ar no ambiente de trabalho durante o inverno

varia entre 20º e 21ºC e, no verão, varia entre 20 e 24ºC. � As temperaturas dos objetos adjacentes que envolvem o

ambiente de trabalho, como parede, maquinários e mobílias não devem ultrapassar a temperatura de 2º C ou 3ºC de acréscimo da temperatura do ar.

� A umidade do ar encontrada no ambiente de trabalho não deve cair a casa dos 30% no inverno, para não causar problemas de ordem respiratória. Já no verão, não deve ultrapassar a casa dos 40 e 60%.

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Essas informações citadas anteriormente devem seguir sempre uma diversidade encontrada em várias regiões de países diferentes, por conta disso não pode ser considerada uma regra imutável, e sim ser compreendida de acordo com essa particularidade.

Temperaturas do ar recomendadas para a execução de tarefa física, conforme Kroemer (2005):

Para as pessoas que estão em contato físicos maior com as tarefas envolvidas no trabalho, recomenda-se que aconteça um ajuste no ambiente de trabalho de forma que possibilite uma redução de temperatura, visto que o funcionário que desenvolva uma carga mais pesada na execução de tarefas ele por si só ativará uma produção de calor com grande intensidade de calor em seu corpo.

Calor no âmbito industrial, segundo Kroemer (2005):

Conseqüências em virtude do calor, segundo Kroemer (2005):

É importante desmistificar que nem todo ambiente quente seja inevitavelmente desconfortável, porém aqueles ambientes que demandam condições de temperaturas acima do normal, ocasionam assim um desconforto geral em seus trabalhadores, o que implica dizer que acontece uma relativa perca de eficiência produtiva no andamento e relação com o desenvolver das tarefas no trabalho, ocasionado em algumas vezes até a ameaça da saúde corporal do trabalhador.

Importância da suderose no corpo humano, segundo Kroemer (2005):

A respeito de temperaturas elevadas no ambiente de trabalho, se faz necessário à promoção da suderose no corpo humano, pelo simples fato do suor tem como função básica regular a temperatura interna do corpo humano.

Instrumentos para uma maior adequação fisiológica no ambiente de trabalho, segundo Kroemer (2005):

Com a temperatura elevada, possíveis efeitos podem ocorrem em relação à fisiologia do corpo humano, vejamos algumas implicações, segundo Kroemer (2005):

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� Geração da fadiga, ocasionando uma perca na produtividade dos funcionários.

� Acréscimo dos batimentos do coração. � Acréscimo da pressão arterial do corpo humano. � Perca nas atividades funcionais do corpo humano. � Acréscimo da temperatura central do corpo humano. � Acréscimo latente do fluxo sanguíneo. � Acréscimo da temperatura do copo humano podendo a

chegar na casa dos 34ºC ou até mesmo mais.

Barreiras encontradas pela fisiologia humana, segundo Kroemer (2005):

Vejamos agora as inúmeras barreiras que são encontradas pela fisiologia humana no ambiente de trabalho.

O costume com o contato do calor, segundo Kroemer (2005):

Pesquisas apontam que um profissional pode adaptar ao calor excessivo, porém as condições de costume que se deparam esses trabalhadores não são a melhor forma possível de adaptação. Tentaremos agora estabelecer um encadeamento de processos que antecedem a forma de se acostumar com temperaturas elevadas de trabalho, vejamos a visão de Kroemer (2005) sobre esta temática:

� Um corpo humano pode começar um processo de adequação do

calor de forma que ele aumente em grande quantidade a fabricação de suor em seu corpo, ocasionando assim uma perca muito grande de calor.

� Com o excesso de produção de suor pelo corpo humano, esse trabalhador pode acabar gerando uma perca muito grande de sais minerais em seu corpo causando a seguinte reação, como: dores musculares, cãibras e cansaço físico.

� Sem dúvida ocorrerá uma perca de peso, devido ao excesso de calor produzido pelo corpo humano.

� O trabalhador conseqüentemente ingere maior quantidade de liquido para tentar equilibrar essa perca de água que é traduzida pelo excesso de suor fabricado pelo corpo humano.

� Nesse processo de adequação do calor, órgãos como a corrente sanguínea e o coração acabam que se adaptando a excessivas temperaturas do corpo humano.

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Sugestões, segundo Kroemer (2005):

Vejamos algumas sugestões para aqueles que se submetem a condições de trabalho extremamente quentes destacados por Kroemer (2005)

� Existe uma relação diretamente proporcional na relação

exposição ao calor em relação ao tempo de pausas necessárias para que se consiga um equilíbrio de temperatura do ambiente. Portanto, maior exposição ao calo, maior serão os intervalos concedidos entre as tarefas.

� Importante lembrar que um trabalhador deve procurar ingerir quantidades menores de água, porém com grandes freqüências, tendo em média que ingerir um copo a cada 10 ou 15 min, no mínimo.

� Aconselha-se ingerir bebidas como: águas ao invés de chás ou café, quando se trata em exposição de funcionários a temperaturas muito elevadas.

� A ingestão de bebidas como: sucos de frutas e bebidas alcoólicas não são aconselhadas para aqueles profissionais que estão sendo expostos ao calor excessivo, devido aos órgãos digestivos demandar um maior trabalho na sua digestão e assimilação de nutrientes.

� Atenção para a localização de bebedouros próximo aos postos de trabalhos que exponham seus profissionais ao calor excessivo. Pois, eles necessitam hidratar.

� Atenção também para os equipamentos de segurança para aqueles profissionais que tenham que se expor a longas horas da sua jornada de trabalho convivendo com altas temperaturas, devendo-se então utilizar equipamentos como: óculos especiais para o calor, vestuários e equipamentos no combate de queimaduras.

Poluição do ambiente e circulação de ar, segundo Kroemer (2005):

Desgaste do ar no ambiente de trabalho, segundo Kroemer (2005):

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O desgaste do ar no ambiente acontece de várias formas, vejamos alguns dos seus itens dialogados por Kroemer (2005):

� Eliminação de diversos cheiros. � Geração de vapor d’água. � Liberação de fonte de calor. � Poluição do ar, devido o contato de sugerias originadas no

ambiente interno e externo do ambiente de trabalho.

Todas essas variáveis apontadas como possíveis causadores do desgaste do ar no ambiente de trabalho, pode ser originado pelo próprio trabalhador. Principalmente os três primeiros variáveis apontados, que são naturalmente provocadas pelo ser humano. Na última variável que retrata a poluição do ar, está muito relacionada com o estado físico do ambiente de trabalho, levando em consideração as próprias instalações físicas do ambiente de trabalho, e não somente isso, como também pode-se ser citado os gases poluentes que envolvem qualquer cidade do mundo hoje em dia. A depender da quantidade de funcionários inseridos em uma sala de trabalho, esse desgaste pode variar para muito mais. Cigarro no ambiente de trabalho, segundo Kroemer (2005):

Há muito tempo tem se comentado sobre o risco à saúde que envolve o uso do cigarro. Pesquisas apontam que até um tempo atrás profissionais fumando em salas de trabalho se tratava de um caráter super normal, porém hoje com um combate mais ofensivo ao uso do tabaco, profissionais fumantes já possuem seu ligar reservado nas organizações, pois se sabem que o envolvimento com o cigarro causa perdas irreparáveis à saúde humana.

Parâmetros organizacionais para um ambiente de trabalho, segundo Kroemer (2005):

Em uma organização há inúmeras pessoas convivendo em um ambiente de trabalho, que às vezes não passa de uma única sala, pensando nisso as organizações tem se mostrado mais atuante em relação à construção de parâmetros organizacionais que melhoram significativamente os ambientes de trabalho. Voltando ao exemplo de profissionais fumantes,

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um parâmetro adotado por uma organização seria a de criar “fumódromos” espaços reservados para estes profissionais.

Circulação do ar de forma natural e forçada, segundo Kroemer (2005):

Em se tratando de circulação do ar nos ambientes de trabalho, temos que sempre levar em consideração alguns fatores. Fatores estes que são muitas vezes importantes para que se possam escolher entre qual tipo de circulação adotar, seja ela natural e forçada. A circulação do ar natural, é a mais indicada, pois a ampliação de mais janelas ou até mesmo em condutores de ar fresco é mais recomendável pelo sentido de desenvolvimento sustentável. Uma vez que a circulação do ar forçada é a mais indicada em prédios que a construção de mais janelas seria impraticável, até mesmo porque fatores como poluição externa e barulho são relevantes muito importantes, para o predomínio da circulação forçada através de ar-condicionado. Uso de janelas para os ambientes internos, segundo Kroemer (2005):

A utilização de janelas nos ambiente de trabalho tem sido uma constante muito positiva em meio a tanta modernidade. Hoje podemos citar inúmeras construções que abdicam dos velhos conceitos que pregavam-se ambientes de trabalhos fechados e pouco ventilados, hoje impera ambientes com muito mais janelas e maior ventilação do ar puro, possibilitando um maior contato com a iluminação natural e um maior contato com a natureza, o próprio meio externo. Iluminação Uso da iluminação do dia nos ambientes de trabalho, segundo Kroemer (2005):

É notório identificarmos uma qualidade melhor em relação a iluminação durante o dia do que a iluminação artificial. A iluminação natural traz consigo vários benefícios aos ambientes de trabalho, por colocar o profissional em contato direto com o meio externo à organização, norteando assim o profissional da diferenciação entre dia e

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noite, coisa que a iluminação forçada dificilmente apresentaria. A equação em relação a maior intensidade de luz natural somada a uma distribuição adequada nos ambiente de trabalho acaba inibindo uma necessidade de reforço da luz artificial (forçada) nos postos de trabalho. Então fica fácil determinarmos que as organizações devem primar pelo uso de uma iluminação natural. Importante ser lembrado o posicionamento das janelas, pois de forma bem posicionada ela acaba que delimitando em maior ou menor grau a quantidade de iluminação retida no ambiente de trabalho. O uso das janelas deve ponderar sob vários fatores, sendo eles a relação de estação do ano, reflexo em objetos dentro dos ambientes de trabalho, excessivo claro nos climas mais quentes, deve-se preocupar também com o posicionamento do ar em relação ao prédio, pois assim tornará a disposição das janelas muito mais eficiente. Sugestões, segundo Kroemer (2005):

Vejamos agora alguns padrões de respeito a utilização de luz natural nos ambientes de trabalho, segundo Kroemer (2005):

� A altura das janelas devem ser mais relevante do que a

preocupação com a largura da mesma. � A altura da mesa de trabalho deve servir de parâmetro para a

altura da colocação da janela. Utilizando essa visão não acontecerá no inverno a sala de trabalho permanecer muito mais fria do que já é nesta estação do ano, e até mesmo não gerar uma iluminação excessiva em momentos de leitura na sala de trabalho.

� Atenção com a distância da janela em relação ao posto de trabalho, a mesma não deve ultrapassar a duas vezes a altura da janela.

� As janelas devem ter a preocupação em passar uma grande visibilidade, assim conduzindo bastante iluminação.

� No uso de janelas, devem-se ter a preocupação de reguladores de iluminação como as persianas que tem como intuito inibir um pouco a grande intensidade dos raios solares ingressando nos postos de trabalho de forma tão intensa.

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Uso de vidros e ausências de janelas nas organizações, segundo Kroemer (2005):

A construção civil passa por uma considerável transformação. O que nos possibilita dialogar com vertentes até então nem se quer cogitas na composição dos ambientes de trabalho, por exemplo, o uso de vidros e janelas. A construção se moderniza a cada dia, e por conta disso acaba trazendo pontos bastante significativos que acaba permitindo uma possibilidade muito maior de entrada de iluminação natural em meio aos postos de trabalho. Possibilita também o contato com os funcionários e o meio externo, que muitas de suas vezes não podem nem se quer ver o pôr do sol. A tendência na arquitetura moderna é aumentar a área de janelas dos novos prédios, ás vezes terminando em uma casa de vidro. Por outro lado à ausência de janelas ainda é um fato bastante contundente em relação a alguns ambientes de trabalho. Argumentam-se sobre esta questão alguns pontos, vejamos: a uniformidade do ar no ambiente de trabalho pode ser conseguido através de meios eletrônicos como ar-condicionado. Alguns gestores apostam que com a iluminação forçada (artificial) fica fácil manipular algumas técnicas no próprio ambiente de trabalho, como o não senso de horário. Lógico que toda essa padronização não tem nenhum significado importante, até porque pessoas de um modo geral necessitam da integração meio externo e interno, pois somente dessa forma conquistarão saúde e bem estar no desenvolvimento de suas tarefas.

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1.2. Fator Humano Fator Humano é a expressão utilizada por engenheiros, engenheiros de segurança de sistemas, projetistas, engenheiros de higiene e segurança do trabalho e especialistas em segurança das pessoas e instalações para designar o comportamento de homens e mulheres no trabalho. O Fator Humano é invocado na análise de catástrofes industriais, acidentes com trens, navios petroleiros, aviões, acidentes de trabalho. Em geral, à noção de Fator Humano está associada a idéia de erro, falha, falta cometida pelos operadores. Existem alguns fatores que podem provocar acidentes, vamos falar um pouco sobre os fatores que podem influenciar o seu acontecimento. Acidentes podem ocorrer devido a algum comportamento indevido por parte de uma má condução com a relação da tarefa no ambiente de trabalho. Essas incoerências que podem surgir nos postos de trabalho acabam sendo frutos de maus projetos de layouts, erros em mobiliários e maquinários. Pode-se contar também com fatores externos que acabam sendo fontes de extremo problema causando assim graves acidentes, por exemplo, estradas que oferecem má estrutura física (buracos) e falta segurança também. Vale fazer a seguinte consideração, para que ocorra um acidente é necessária à combinação de alguns fatores negativos como estes já citados para que ocorra de fato tal problema. Modelos de encadeamentos de acidentes segundo a visão de Heinrich (1959) Heinrich (1959) apud de Lida (2005) apresenta um modelo que favorece um encadeamento de informações acerca dos acidentes, seu modelo é bastante empregado pelas empresas de um modo geral no que diz respeito a uma maior atenção aos atos falhos dos trabalhadores como: levantar informações sobre o índice de acidentes frente aos trabalhadores, seus erros, seus motivos, suas condições de trabalho, seus comportamentos e personalidades e os problemas de saúde causados em virtude dos acidentes.

Heinrich (1959) apud Lida (2005) aponta em seus estudos um “efeito

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dominó” que é muito decorrente dos acidentes envolvidos nos postos de trabalho. Conforme o próprio, existem barreiras que podem ocasionar algum tipo de desastre no ambiente de trabalho e por conseqüência deve ser evitado a qualquer custo, inibindo assim o efeito dominó decorrente nos postos de trabalho. Há alguns pesquisadores que não aprovam essa linha de pensamento concebida e defendida por Heinrich, pois admitem que não haja necessidade de compreender os comportamentos e personalidades dos trabalhadores, sendo assim essa linha de pensamento não fundamentaria as possíveis causas e efeitos dos acidentes envolvido nos postos de trabalho, assim não havendo uma comprovação científica e prática de seu estudo. As críticas que foram apontadas ao modelo de Heinrich, acabaram levantando pontos muito significativos, como por exemplo, a uma não ligação entre o comportamento de um profissional com os erros envolvidos na prática da tarefa ocasionando assim um acidente. Portanto, esta idéia de associar comportamento igual a acidente não mais se concebia, pois é evidente que um episódio eventual aconteça durante a execução de uma tarefa provocando assim um acidente. Veremos agora outra concepção de modelo de encadeamento de acidentes, porém esse será proporcionado pelas idéias de Ramsey (1978) apud Lida (2005), conforme o próprio, o status de insegurança oferecida ao trabalhador pautava-se pelos seguintes parâmetros, vejamos um pouco sobre suas idéias:

� Astúcia ao perigo através dos órgãos sensoriais do corpo humano;

� Associação do perigo pelo intermédio da tecnologia; � Opções para inibir o perigo; e � Destreza e agilidade sensoriais para evitar o perigo.

Esta concepção de modelo apresentada, elenca alguns fatores importantes para o desencadeamento de acidentes. O efeito dominó aqui apresentado toma forma a partir de uma relação sempre preventiva o que poderia erradicar possíveis falhas humanas. É coerente dialogarmos seguindo a seguinte premissa: todos os modelos apresentados até o momento acabam que colocando o homem no centro total de todos os

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problemas e causadores de acidentes.

O estudo dos acidentes, conforme Lida (2005): Aqui neste contexto estudaremos o modelo da razão dos acidentes nos ambientes de trabalho, conforme Reason (1995) apud Lida (2005) apresentados em blocos:

Bloco 1: Chamado de organização – objetivo: a gestão das organizações quando tomam algumas determinações podem assim originar acidentes de trabalho. Temos como exemplo, a concepção de estruturar um projeto novo de produto ou processo, inserção de novos maquinários na linha de montagem, ou até mesmo um plano de metas sem nenhuma estruturação por parte da gestão. As decisões que são impulsionadas pela gestão, podem ser frutos de uma tentativa em melhorar os problemas financeiros, interferência na própria cultura da empresa, ou até mesmo plana de metas abusiva para com os profissionais. Estas implicações impensadas podem ser ocasionadas em virtude maquinários com péssima qualidade, nenhuma preocupação com as condições de segurança do trabalhador, como palestras, informativos que tratem com cautela a saúde profissional do seu corpo de funcionários. Bloco 2:

Chamado de localização do posto de trabalho – objetivo: sabe-se que nos postos de trabalho são os lugares que os trabalhadores menos cumprem as determinações que implicam a segurança dos trabalhadores. Pode-se citar como exemplos: estruturas de posto de trabalho sem projeção alguma, nenhuma preocupação com os maquinários disponibilizados para os profissionais, locais de trabalhos onde não se tem uma preocupação com a conservação de limpeza, cuidado com os barulhos nos ambientes que precisam de uma maior concentração por parte dos funcionários.

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Bloco 3: Chamado de trabalhadores – neste bloco o ponto principal é o ser humano, e as variáveis como: fadiga, cansaço físico, desavenças com o grupo de trabalho, não conformidades em relação à execução do trabalho tem caráter importante na prevenção de acidentes nos posto de trabalho. Modelo de fatores que acabam ocasionando os acidentes, apresentados por Lida (2005).

Conforme a concepção deste modelo, a condição de elencar várias situações decorrentes de vários fatores é apresentada neste modelo, porém sem nenhuma preocupação em torná-los de forma seqüencial lógica e sim compreender os fatores com o intuito de inibir maiores acidentes no ambiente de trabalho. A concepção deste é modelo é mais interativo e por tratar de elucidar alguns fatores, acaba construindo uma evolução e compreensão do acidentes que envolvem o ambiente das empresas. Vejamos agora cada um dos seus fatores determinantes para que ocasione um acidente de acordo com esse modelo de fatores: Teor de cada tarefa, dialogado por Lida (2005): Quando se procura investigar a respeito das possíveis origens dos acidentes de trabalho, a primeira coisa a ser pensada é que o funcionário agiu de forma incorretas, indevidas, contrárias às ordens dispostas pela alta gestão. Esse ponto de vista é um pouco limitado, pois dessa forma não se percebe qual o teor está sendo solicitado do trabalhador em cada tarefa. O primeiro passo a ser dado é sem sombra de dúvida investigar como e principalmente qual o teor da tarefa executada a fim de compreender e analisar todos os fatores envolvidos e relacionados com o motivo do acidente de trabalho. Sabe-se que ocorrem com muita incidência os comportamentos indevidos na execução de uma determinada tarefa. Por conta dessa tendência de desviar da tarefa já compreendida, muitos trabalhadores acabam sendo vitimas das suas próprias falhas, e isso se dá em vários trabalhos como as obras da construção civil, estratificação de minérios entre outros.

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Características que envolvem os maquinários, segundo Lida (2005): Todos os maquinários possuem características distintas a uma específica tarefa, por conta disso é muito importante que haja uma apuração de movimentos e maquinários específicos para uma melhor execução da tarefa no ambiente de trabalho. É importante conscientizarmos de que o feedback disponibilizado pelo funcionário é fundamental para o processo de ajustes nos maquinários, pois agindo dessa forma todos os envolvidos no ambiente de trabalho tem a ganhar, sem acidentes nos ambientes de trabalho a saúde impera em toda a atmosfera organizacional. Característica dos profissionais, conforme os estudos apresentados por Lida (2005): Cada indivíduo leva consigo uma infinidade de características que acabam trazendo na própria constituição da tarefa executada no trabalho, e essas características podem incidir diretamente nas possíveis causas de acidentes no ambiente de trabalho. Por conta disso que há uma necessidade muito grande de sempre procurar conscientizar todo o grupo da real importância de utilizar os equipamentos de segurança. Traços típicos da personalidade que provocam acidentes, dialogados por Lida (2005): Como já foi apontado em alguns momentos por conteúdos desse material, há pessoas que são mais suscetíveis a erro e por conta dessa variável surgiram pesquisas no intuito de apontar qual traço típico de personalidade caberia naqueles indivíduos que se envolviam em maiores acidentes. Perceberam a complexidade? Traçar um perfil de comportamento para os trabalhadores é tarefa difícil de ser construída, até porque os trabalhadores convivem a todo tempo dialogando e conflitando com inúmeros traços de personalidade. Há pessoas que não esteja passando por um bom momento e por conta disso acabam que transmitindo esse estresse no trabalho o que poderia implicar numa falta de atenção grave originando assim um acidente. Devido a essa complexidade a ergonomia surge com o intuito descritivo

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de apontar esses profissionais e a partir dessa triagem alocar esses profissionais a outras atividades que sejam menos propensas a conviver com o risco. Sono no ambiente de trabalho, de acordo com Lida (2005): A palavra sono está inerente no cotidiano das empresas, quem já não sentiu uma leve sonolência no ambiente de trabalho? Certamente todos já passaram por algum momento desses, sabe-se também que o sono em determinadas tarefas pode levar a erros grave no desenvolvimento de uma tarefa. Relatos de pesquisas apontam que para um profissional se livrar da indesejada sonolência basta tirar apenas 0,5 a 1,5 segundos do seu dia para uma leve soneca, assim ficará recuperado totalmente para um bom andamento da sua tarefa, desprovido assim de qualquer falha possível, relata Lida (2005). Devemos considerar o sono com um grande alerta ao cansaço do corpo humano, por isso o profissional que esteja passando por essa sonolência deve buscar a atenção plena e destinar alguns minutos do seu tempo de trabalho para tirar uma soneca, fique atento quanto a isso!!! Concepção da estrutura do ambiente de trabalho, conforme a visão de Lida (2005): A estrutura do ambiente de trabalho na concepção ergonômica deve primar pela boa estruturação da condução das tarefas que oferte um bom relacionamento entre as equipes e a gestão da organização assim de forma que possam reduzir os acidentes de trabalho. Outro ponto relevante na concepção de uma boa estruturação do trabalho deve ter muita atenção no quadro disponível aos horários de trabalho, pois esse ponto pode interferir de forma latente na condução sem erros no ambiente de trabalho. Uma condição que predispõe o surgimento de muitos acidentes é a fadiga. É um efeito muito comum no trabalho continuado. Pois, provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa do trabalho. O termo fadiga nos remete a uma causa bastante comum no ambiente de

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trabalho, pois consegue interferir de forma contundente no modo de trabalhar do profissional. Diversos fatores podem ocasionar a fadiga, sendo assim fatores de ordem psicológica, a própria monotonia de algumas tarefas podem deliberar na fadiga apresentadas por Lida (2005). Entendendo suas conseqüências, sob o olhar de Lida (2005): As conseqüências mais conhecidas da fadiga são: o intenso cansaço físico, diminuição dos movimentos ligados à execução do trabalho e imprecisão nas tarefas. A incidência de fadiga por parte dos funcionários não é seguro para os mesmos, pois o funcionário fatigado pode se envolver em inúmeras falhas ocasionando assim um grave acidente. Quando os funcionários se envolvem em tarefas que exijam um maior poder de concentração e horas de trabalhos extensas para cumprir determinada tarefa, pode gerar causas de fadigas. Conhecendo seus fatores fisiológicos, de acordo com Lida (2005): Os fatores fisiológicos que envolvem a fadiga é o excesso da produção de ácido lático no organismo, mais precisamente no interior dos músculos. É possível adquiri a fadiga também em casos de atividades físicas muito intensas, pois o próprio metabolismo se encarrega dessa fabricação, porém quando há um excesso dessa atividade conseqüentemente há uma sobrecarga de ácido lático. Também é conseqüência da fadiga a produção baixa de açúcar no sangue, porém para o equilíbrio nesses casos basta ingerir algum tipo de açúcar que logo estabilizará a substância em excesso. Esta fadiga fisiológica é facilmente controlada, o que não pode acontecer é sempre colocar o corpo a diversas interferências dessa fadiga, pois assim chegará um limite impraticável da doença, instalando assim uma fadiga crônica mais difícil de ser tratada. Conhecendo seus fatores psicológicos, conforme Lida (2005): A fadiga também pode conter fatores psicológicos, estes fatores podem surgir por diversas maneiras, como: cansaços mentais, profissionais que executam muito a mente para produzir algo, variáveis como a própria fome, frio e calor excessivos.

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Fadiga implicando na produtividade, de acordo com Lida (2005): A alta gestão deve ficar atenta a qualquer estímulo da fadiga em seus trabalhadores, pois a fadiga está inerente ligada ao processo de produtividade em qualquer organização. Sendo assim detectado qualquer tipo de influência na produtividade, a fadiga deve ser combatida, e não é difícil esse combate, basta apenas prestar atenção nos fatores que estão levando esse sintoma. Os fatores ambientais e estruturais são mais comumente ligados a esse tipo de interferência da fadiga. Vejamos abaixo de forma ilustrativa a relação fadiga e produtividade: Paradas entre uma tarefa e outro ponto importante levantado por Lida (2005): As chamadas paradas entre uma tarefa e outra, é muito importante no combate da fadiga nos ambientes de trabalho. Situações em que os trabalhadores estão convivendo com a fadiga, estudos e pesquisas recomendam que as pausas podem ocorrem de 5 min, 10 min chegando até uma parada mais demorada com 1 hora, em virtude de funções e tarefas que exijam bastante da atenção e atividade física do funcionário. A fadiga se dá por intermédio de várias disfunções do corpo humano. Há alguns pesquisadores que apontam a fadiga como um grande “vilão” da eficiência e a falta de atenção na execução de uma determinada tarefa. Quando a fadiga muscular aparece no corpo humano, ela acaba trazendo consigo algumas perdas de desempenho, como: diminuição da força na execução de uma tarefa, problemas de coordenação motora e em conseqüência no aumento contínuo e generalizado de erros e falhas causando acidentes graves no ambiente de trabalho. Segundo Kroemer (2005) há diversos tipos de fadiga, vejamos a sua classificação:

� Fadiga visual – sobrecarga no campo visual; � Fadiga geral – sobrecarga física do corpo humano; � Fadiga mental – cansaço físico e mental; � Fadiga nervosa – causados em ambientes de trabalho por

demandar muita precisão e repetitividade; � Fadiga crônica – acúmulo generalizado da fadiga ao longo do

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tempo; e � Fadiga circadiana – fadiga que origina com forte sonolência.

Sabendo-se da existência de várias tipologias que acontece a ocorrência da fadiga, é importante verificar e garantir que nenhuma dessas tipologias façam parte da vida de um funcionário. Por conta disso é fundamental saber alguns dos sintomas que acabam desencadeando a fadiga, vejamos agora uma lista dos mais importantes sintomas sob a visão de Kroemer (2005):

� Cansaço físico, forte sonolência, e lentidão na hora de executar

uma tarefa; � Vagareza em raciocínios mais rápidos; � Falta de atenção; � Disposição mínima para executar uma tarefa no trabalho; � Falta de percepção durante as tarefas físicas e mentais.

Será que a fadiga pode ser medida? Eis aqui um questionamento bastante significativo. E para responder tal questionamento será necessário fazer menção a Kroemer (2005), cujo mesmo consegue apontar alguns métodos para medimos a fadiga, vejamos a sua linha de pensamento:

� Qualidade X Quantidade na tarefa executada; � Relatos e apontamentos de sintomas de fadigas; � Eletroencefalograma (exames médicos); � Medindo através dos pulsos de luz que são emitidos aos olhos; � Avaliações psicomotoras; e � Avaliações mentais.

Kroemer (2005) sugere um outro mecanismo que consegue analisar os diversos sentimentos subjetivos que auxiliam no diagnóstico e combate à fadiga, vejamos os pontos mais relevantes:

Sem cansaço Cansaço Com sono Sem sono Interessado Falta de interesse

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Nesse simples relato de alguns pontos levantados por Kroemer (2005) pode-se perceber que o questionário utiliza parâmetros bem opostos, ou seja, um funcionário está bem na execução de suas tarefas ou ele não está nos seus melhores dias (características de fadiga), sendo assim uma importante ferramenta no combate à fadiga. Por conta disso, futuros gestores de segurança do trabalho fiquem atentos às pausas para lanches, água e papo com os colegas, pois podem servir de combate imediato para controlar e erradicar de vez os fatores da fadiga de seus funcionários. Fiquem bem atentos quanto a essas dicas!!!

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1.3. A Falha Humana Segundo Reason, in Almeida e Binder, erro humano é o termo genérico que engloba todas aquelas ocasiões em que uma sequência planejada de atividades físicas ou mentais falha em conseguir um resultado desejado e quando essas falhas não podem ser atribuídas ao acaso.

É importante salientar que nem sempre a falha é, de fato, humana. Irá aparecer como resultado indesejável entre as interações homem-máquina ou homem-ambiente.

Dejours afirma que, sendo a atividade correta previamente conhecida, para se considerar a falha humana há dois grupos de hipóteses possíveis:

Na primeira, evoca-se a negligência ou a incompetência. Porém, esta costuma ser considerada uma hipótese fraca, visto que, frente às situações de risco, não se verifica um consenso entre as avaliações realizadas pelos organizadores e planejadores, de um lado, e os operadores, de outro. Na segunda, o erro/falha não é oriundo de incompetência ou negligência, mas de uma insuficiência da concepção.

Segundo Slack (1997), a falha humana pode ser dividida em dois tipos: Os erros humanos e violações.

Erro Humano

É qualquer variação do comportamento humano que ultrapassa uma faixa considerada normal ou aceitável de operação. Podemos classificar o erro humano em três tipos: a) Erros de Percepção Relacionados à falha de um dos órgãos sensitivos do corpo humano ou bloqueio na percepção.

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Esse bloqueio pode ocorrer de quatro formas: - Estereotipando – definido pelo dicionário como a compreensão muito generalizada, preconcebida e empobrecida de algo; idéia repetitiva, sem originalidade. - Dificuldade em isolar o problema – temos que ter a capacidade de isolar o problema dentro da complexidade de todas as informações reais e imaginárias disponíveis. Os problemas podem ser obscurecidos por pistas inadequadas ou informações misturadas. Uma pergunta que deve ser feita é: “Será este produto defeituoso devido à negligência dos operários ou a uma falha no processo de produção, ou a um defeito na máquina, ou mesmo a uma falha no treinamento?” - Tendência a restringir demais a área do problema – às vezes é difícil isolar adequadamente o problema, e é difícil, também, não restringi-lo demais. Temos a tendência de criar restrições à solução do problema, criar ou supor certas regras e condições. - Inabilidade em ver o problema de vários pontos de vista – a habilidade em explorar pontos de vista distintos pode conduzir a soluções mais criativas e melhores e que agradem a um número maior de pessoas. b) Erros de Decisão São os erros devidos a uma avaliação incorreta. O indivíduo falhou no momento da avaliação da atividade. Se o indivíduo não consegue efetuar a avaliação correta a sua decisão pode ser falha. A decisão tanto mais fácil será quanto mais experiência o indivíduo tiver. c) Erros de Ação Ocorrem devido aos atos musculares inadequados. O indivíduo não tem a força ou resistência suficiente para realizar determinada atividade ou o músculo não sustenta o corpo. Presente em situações de trabalhos exaustivos e em que não há tempo de recuperação da fadiga muscular. Violação São ações deliberadas e intencionais por parte do operador, contrariando as regras ou procedimentos de segurança vigentes. O mais importante, neste caso, é identificar por que o indivíduo está contrariando as regras. Ou as regras são exageradas? Qual o grau de insatisfação com o trabalho?

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Acidente de trabalho Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário. No Brasil e no mundo, a compreensão é de que o acidente é um evento simples, com origens em uma ou poucas causas, encadeadas de modo linear e determinístico. Sua abordagem privilegia a idéia de que os acidentes decorrem de falhas dos operadores (ações ou omissões), de intervenções em que ocorre desrespeito à norma ou prescrição de segurança, enfim, “atos inseguros” originados em aspectos psicológicos dos trabalhadores. Os comportamentos são considerados como frutos de escolhas livres e conscientes por parte dos operadores, ensejando responsabilidade do indivíduo. A dimensão coletiva aparece associada com noção de cultura de segurança, compreendida como soma dos comportamentos dos indivíduos. Segundo Felix Redmill e Jane Rajan (1997), em todos os acidentes existem uma correlação com causas humanas. O que era entendido apenas para os casos em que se caracterizasse contato direto do homem com o equipamento. O que se verifica hoje, após grandes estudos e investigações dos acidentes, é que a causa do acidente pode ter sido provocada muito tempo antes do momento do acidente de fato, como, por exemplo, na formulação do projeto. A ação do homem pode provocar ou contribuir para o acidente de 4 formas: - Iniciando o evento, com a falha direta ou indireta com conseqüência imediata ou retardada; - Através de decisões absurdas, mesmo ciente dos riscos; - Agravamento das consequências através de uma atuação inadequada, por exemplo, no resgate de vitimas; - Decisões gerenciais inadequadas aos riscos existentes, contribuindo para a diminuição das condições de segurança.

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Segundo Berkson e Wettersen (1982), o importante e produtivo é questionar-se sobre o acidente para evitar que este volte a acontecer. O erro humano é provavelmente o que mais contribui para a perda de vidas humanas, lesões nas pessoas e danos à propriedade das empresas. O erro tem um impacto significativo para a qualidade, produção e também para a lucratividade da organização. Garrison (1989) indica que erros humanos foram predominantes para danos a propriedade em mais de dois bilhões de dólares. Um dos fatores que não pode ser esquecido é a ocorrência de acidentes provocados por fatores organizacionais, originados por erros de decisão ou omissão da gerência. O ergonomista deverá estar atento para minimizar as falhas humanas. Reduzir a predisposição aos erros e conscientizar os trabalhadores para evitar as violações. Principalmente em relação ao uso dos EPI.

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1.4. A Relação Corpo e Trabalho Dentre todas as atividades humanas existentes, talvez nenhuma sintetize a construção do homem e do seu cosmos tão bem como o trabalho. Essa atividade que constrói, destrói e transforma o mundo em todo o decorrer da história é de suma importância para a manutenção da vida, apresentando-se relacionada a um universo peculiar composto de sonhos, lutas, alegrias, decepções, fartura, miséria, preconceito e aceitação social. É possível constatar que o conceito de saúde quase sempre foi determinado pelos interesses de quem detinha o poder. Observando o período que começou com a Revolução Industrial, vê-se que foi marcado por intenso processo de modernização e por reformas políticas bastante significativas, no qual o setor industrial passaria a ser o elemento dinâmico da economia.

Castellani Filho (1991) diz que havia a necessidade de se implantar uma mão de obra fisicamente adestrada e capacitada. Na expressão acima, verifica-se que a idéia de adestrar o corpo refletia o interesse empreendedor da época. O objetivo era educar os corpos dos trabalhadores e continuar a perpetuação do seu poder. Manter os trabalhadores obedientes, que produzissem e não questionassem. Os interesses giravam em torno da produção, cabendo ao homem apenas manipular corretamente as máquinas, fazendo com que o processo fosse o mais ágil possível. Minayo-Gomez e Thedim-Costa (1997) lembram que a relação entre trabalho e a saúde/doença constatada desde a Antiguidade e exacerbada a partir da Revolução Industrial, só veio a ser foco de atenção muitos anos mais tarde, com os prejuízos significativos aos setores devido ao crescimento assustador do índice de afastamentos dos trabalhadores pelas doenças ocupacionais. O modelo administrativo-produtivo que se iniciou na Revolução Industrial manteve-se durante muitas décadas, e hoje ainda encontramos algumas características nas empresas.

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Segundo Dejours (1992), as reivindicações operárias já apareciam durante as duas grandes guerras mundiais. “A luta pela sobrevivência deu lugar à luta pela saúde do corpo. A palavra de ordem da redução da jornada de trabalho deu lugar à luta pela melhoria das condições de trabalho, segurança higiene e prevenção das doenças. A condição de trabalho era tão desfavorável que os trabalhadores obtiveram a idéia de tempo-livre, considerado o período de liberdade, comando exclusivo do indivíduo. Nesse momento começa a aparecer o lazer, justamente para ocupar este tempo-livre. A relação entre trabalho e saúde é afetada pela organização do trabalho e por fatores psicológicos relacionados ao trabalho, podendo contribuir para o aparecimento de disfunções. Vários fatores associados ao trabalho concorrem para a ocorrência de doenças ocupacionais: - A repetitividade de movimentos; - A manutenção de posturas inadequadas; - O esforço físico; - A invariabilidade de tarefas; - A pressão mecânica sobre determinados segmentos do corpo; - O trabalho muscular estático; - Impactos e vibrações. A intensificação do ritmo, da jornada e da pressão por produção e a perda acentuada do controle sobre o processo de trabalho por parte dos trabalhadores (fatores relacionados à organização do trabalho), têm sido apontados como os principais determinantes para a disseminação da doença, segundo Assunção & Rocha (1995). Alguns dos fatores de risco para doenças ocupacionais são: Posturas fixas – parecem ser um fator de risco, principalmente em trabalhos sedentários. Quando os locais de trabalho e as posturas são similares, mas um trabalho permite mais movimentação que o outro, uma menor porcentagem de trabalhadores nos postos que permitem mudanças de postura apresenta queixas de problemas músculo-

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esqueléticos. No entanto, em trabalhos mais dinâmicos, posturas extremas, isto é, movimentações corporais envolvendo torções extremas do tronco, como, por exemplo, abaixar-se, virar para o lado, entre outros, também foram identificadas como fatores de risco; Movimento e força – força e repetitividade de movimentos estão positivamente correlacionadas ao aparecimento de traumas cumulativos nas mãos e nos punhos e a combinação da aplicação de forças elevadas e alta repetitividade aumenta a magnitude da associação com o trauma mais do que qualquer um dos fatores isoladamente. Por outro lado, um efeito semelhante pode ser encontrado quando o trabalho exige forças moderadas, mas o indivíduo utiliza pequenos músculos repetidamente no tempo. O tempo, ou frequência, também tem sido considerado um fator de risco, isto é, fazer movimentos repetitivos e estereotipados em pequenos ciclos de tempo. São considerados como movimentos de alta repetitividade aqueles que ocorrem em ciclos menores que 30 segundos; Conteúdo do trabalho e fatores psicológicos – acredita-se que a relação entre o trabalho e a saúde seja afetada pela organização do trabalho e que fatores psicológicos relacionados ao trabalho podem contribuir para o desenvolvimento dos problemas músculo-esqueléticos. Fatores como o conteúdo das tarefas, o grau de flexibilidade da ação do trabalhador, pressão em relação à produção, qualidade da comunicação entre empregados e chefia foram identificados como fatores de risco. No entanto, é necessário o desenvolvimento de estudos mais aprofundados no sentido de estabelecer a relação entre o trabalho, o “stress” e o sistema músculo-esquelético. Em um estudo de caso onde se compararam duas companhias diferentes verificou-se que na empresa onde havia um clima organizacional desfavorável à incidência dos problemas músculo-esqueléticos era bem maior que na outra empresa, pois nesta última havia ocorrido várias demissões e a atmosfera geral era de incerteza. O clima organizacional era de conflito e desconfiança e este fato pode ter sido uma das causas do aumento das queixas de saúde, mais do que as inadequações ergonômicas do posto de trabalho, que ocorriam igualmente nas duas empresas. Saúde Mental e Trabalho – uma das áreas que tem se desenvolvido ultimamente em termos de pesquisa é a psicologia da saúde relacionada ao trabalho. O trabalho pode ser o causador de várias disfunções

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psicológicas dependendo de suas características psicossociais e físicas, afetando, assim, a saúde mental dos trabalhadores. Organização do trabalho – trabalhos monótonos ou que demandam recursos psicológicos ou físicos para além das capacidades dos trabalhadores podem levar a sentimentos de baixa auto estima e de desvalorização pessoal. Clima organizacional – o clima organizacional é constituído por um conjunto de fatores relacionados à cultura da empresa e da situação de trabalho. Determinam os processos psicológicos que permeiam os relacionamentos no trabalho. Um clima organizacional desfavorável promove relacionamentos problemáticos, conflitos, discriminações e sentimentos de isolamento, afetando a saúde mental do trabalhador dentro e fora do trabalho. Um dos aspectos que tem sido identificado como causador de problemas para alguns indivíduos é a maneira de trato entre chefi as e subordinados, principalmente na existência de assédios, tanto sexuais quanto morais (humilhações, gritos, intimidações etc.). Esses fatores, bem como outros aspectos da situação de trabalho, tais como a natureza das atividades desempenhadas, qualidade da relação com os clientes, aspectos ambientais, possibilidade de se colocar em perigo trabalhando naquela situação (assaltos, por exemplo), determinam, em grande parte, a saúde dos trabalhadores.

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1.5 Afastamentos: Um Grande Ônus Os acidentes de trabalho causam prejuízos a toda a sociedade, que paga seus impostos e perde investimentos em saúde preventiva, educação, segurança e lazer. Isto também quer dizer que o contribuinte acaba arcando com o prejuízo. A empresa, que muitas vezes perde mão de obra altamente especializada e vê sua imagem como corporação comprometida, constata a queda brusca na produtividade durante o período de acomodação e assimilação da ocorrência, além de assumir por força de lei os gastos diretos com hospital, medicamento, apoio psicossocial e, muitas vezes, com reparação judicial. O governo também perde com pagamento de pensões e, como conseqüência, vê a efetivação de suas políticas frustradas pela alocação de verbas para pagamento de pensões e aposentadorias precoces. Contudo, nada se compara aos danos sofridos pelos trabalhadores e por suas famílias na forma de redução de renda, interrupção do emprego de familiares, gastos com acomodação no domicílio em outras localidades para tratamento, além da dor física e psicológica e do estigma do acidentado ou doente. Ou seja, além do ônus financeiro, o afastamento do trabalhador por doença ocupacional costuma acarretar em acometimentos de ordem psicológica e social para o indivíduo acometido. Isto porque o adoecimento crônico, com consequente afastamento ocupacional, pode levar à perda da identidade individual, que é construída através do trabalho. Já não há mais o trabalhador, não importando a sua função. Ele agora é o ex-empregado e essa denominação costuma ser bastante “pejorativa” e mal aceita. O indivíduo já não é capaz de realizar com presteza funções antes facilmente realizadas. Desse modo, ele passa a ser um doente e ex-trabalhador. E essa posição costuma ser de difícil aceitação pelo indivíduo acometido, bem como por todos aqueles que o rodeiam, o que torna seus relacionamentos pessoais bastante difíceis. As exigências e os fatores de estresse no trabalho precisam estar equilibrados com a capacidade dos trabalhadores para que eles não envelheçam funcionalmente. Há necessidade de uma avaliação contínua

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dos agentes que desencadeiam sintomas, lesões e doenças e das melhorias das condições de trabalho, procurando soluções para incrementar o equilíbrio da relação entre capacidade e demandas do trabalho. Essas soluções são baseadas em estudos sobre o ambiente de trabalho, as alterações fisiológicas, as mudanças na capacidade para o trabalho e, em especial, na influência da organização e dos aspectos físicos e ergonômicos no trabalho. É enfatizada a necessidade de flexibilização das tarefas e a identificação de requisitos específicos para promover a saúde na população de trabalhadores que perderam a capacidade funcional para o trabalho. Também é recomendado que se leve em conta o estilo de vida e as condições de trabalho, com o objetivo de otimizar a capacidade funcional e a saúde de trabalhadores. Ao mesmo tempo promover eficiência econômica e produtiva para garantir que a habilidade e experiência sejam totalmente utilizadas. Podemos observar que as empresas de seguridade social não querem se responsabilizar pelo grande número de afastamentos, informando que a culpa, na maioria das vezes, é da empresa, pois esta não prepara o ambiente de trabalho, sujeitando os trabalhadores a doenças Doenças Ocupacionais

A preocupação com as doenças ocupacionais no ambiente de trabalho desde os seus primórdios não são muito levados a sério, até porque se sabe que desde a antiguidade os escravos que ficavam com o trabalho mais pesado e como não tinham nenhuma representação social eram simplesmente esquecidos na sua maioria. Hoje a história acontece de uma outra forma, há estudos e pesquisas preocupados em compreender e sanar qualquer tipo de dano à saúde encontrado e desenvolvido no ambiente de trabalho. Panorama das doenças ocupacionais no Brasil, conforme os estudos apresentados por Figueiredo (2005): No Brasil, as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) tomam forte espaço no mundo do trabalho mais precisamente na década de 80.

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Estudos apontam que as LER só tomaram reconhecimento como doença ocupacional no ano de 87, apresentada pela portaria 4062 do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social. O conceito de LER no Brasil se origina a partir dos digitadores, pois eram os mais prejudicados com esta doença ocupacional. Pesquisas apontam que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) foi e será sempre importante na condução e investigação para a sociedade a relação tão importante das doenças ocupacionais no ambiente de trabalho. Hoje em dia o termo LER não mais é destinado a um grupo de doenças ocupacionais e sim se acoplou a uma outra denominação que se trata DORT que se trata dos problemas que atingem a um maior número de doenças físicos e musculares em relação a um esforço físico pertinente e abusivo por parte do funcionário na execução de uma tarefa laboral aliando assim as tarefas rotineiras e repetitivas acometidas as LER. Portanto as LER/ DORT assumem o papel norteador para os diagnósticos em relação às doenças ocupacionais. O olhar do médico do trabalho, segundo Figueiredo (2005): O diagnostico de uma doença ocupacional não é tarefa fácil para os médicos. Até porque qualquer posicionamento dita como verdade que o médico lançar causará impactos tanto na vida do funcionário, da empresa por buscar novo profissional e custar com o treinamento do mesmo. Prevenindo a doença, sobe o diálogo de Figueiredo (2005): A apropriação da NR -17 (Ergonomia) dever ser uma norma sempre a seguir nas empresas que certamente tratam em diminuir os casos mais contundentes de doenças ocupacionais no ambiente de trabalho. O uso de medicinas preventivas, utilização de tempos destinados a Ginástica Laboral, momento de exercício físico, palestras que tratem da melhor forma possível às inúmeras sugestões para que os funcionários não fiquem a mercê das doenças ocupacionais. A prevenção da doença é fundamental nas possíveis interferências

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estruturais no layout físico, ergonômico, medicinal, alocando fisioterapeutas e momentos destinado a Educação Física, para o combate e prevenção, análise e tratamentos apropriados das doenças ocupacionais, está intimamente correlacionado com todo a prevenção das doenças e a gestão da organização, ao passo que com as condições ofertadas de forma favorável para o funcionário executar sua tarefa de modo coerente e saudável. A Norma Regulamentadora nº 17 está aí para o Ministério do Trabalho, para certificar e realizar diversas análises no âmbito da ergonomia no próprio ambiente de trabalho, no intuito de adaptar melhores condições de trabalho às capacidades particulares dos trabalhadores. Uma ótima prática seria uma associação da ginástica laboral com uma reeducação dos funcionários, onde a preocupação da gestão e as transformações ergonômicas fossem bem definidas para a erradicação das LER/ DORT. O grande paradigma da saúde no ambiente de trabalho vem se transformando ao longo do tempo. Até porque o termo saúde nem era tão lembrado assim no inicio de concepção do que é trabalhar. No entanto, de uns tempos para cá o contexto saúde nos ambientes de trabalho vem sendo uma premissa bastante constante nos dias atuais. Conforto, bem estar e segurança do trabalho são palavrinhas-chave que vem ditando um novo panorama nas organizações, com o intuito de extinguir ou até mesmo erradicar as possíveis doenças ocupacionais no ambiente de trabalho. Hoje por incrível que se possa parecer, as organizações paulatinamente vêm construindo uma nova cultura, onde preza a total compreensão e entendimento dos limites do corpo humano. Com esse novo olhar, a gestão das organizações passam a configurar uma nova realidade para com os funcionários, realidades essas que estão enraizadas em um modo de realizar o trabalho de forma mais saudável. Em prol de uma diminuição das doenças ocupacionais no ambiente de trabalho, tem sido constante uma intensa modernização nos processos e arranjos produtivos. O homem (funcionário) há muito tempo vem se distanciando de apenas

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ser uma peça do maquinário das fábricas. Infelizmente ainda hoje nos deparamos ainda com gestores que pensam dessa forma, porém os frutos obtidos por esta conduta, apenas têm levado ao insucesso. A sociedade hoje cobra muito mais do que a antiga, e por conta dessa intensa cobrança, o dinamismo cultural e social frente ao trabalho vem se renovando positivamente no combate as doenças ocupacionais nas organizações. Em virtude de uma gama de trabalhadores bem acentuada com fortes indícios de sintomas das doenças ocupacionais, uma nova terminologia toma conta de todo o ambiente que envolve uma organização, a chamada: Qualidade de Vida. Conforme as informações da NR – 17 (Ergonomia) tratada e discutida em apud Figueiredo (2005), a qualidade de vida é a busca em proporcionar conforto, bem estar, segurança no trabalho e satisfação por parte de todos os trabalhadores. Pontos estes em destaque apontados pela própria NR – 17. Sabe-se que os casos de doenças ocupacionais nas empresas acabam gerando um ônus bastante significativo para as empresas, pois acaba gerando afastamentos e despesas elevadas para a contratação e/ ou treinamento com o novo funcionário que irá alocar no posto de trabalho. Assim relatado as ocorrências negativas que as empresas de um modo geral tem que custear, tem se preocupado cada vez mais com ambientes que proporcionassem de fato uma melhor qualidade de vida para os seus funcionários. Por conta disso a alta gestão procura se aproximar dos funcionários a fim de diagnosticar e traçar planos que de fato cumpram as premissas fundamentais da NR – 17 (Ergonomia) que se trata da motivação, conforto e segurança no trabalho, já discutidos nesse material. Neste meio as pesquisas e estudos apontam sempre para o futuro onde o intuito é a melhoria saudável de forma que orientem todos os profissionais das empresas, permitindo assim uma condição mais saudável das relações de trabalhos.

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1.6 LER/ DORT Vamos lá pessoal!!! Aqui vamos estudar as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) – Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao trabalho (DORT). Pois é, nesse item que vamos conhecer um pouco mais sobre o quanto termo LER/DORT é abrangente e se refere aos distúrbios ou doenças do sistema músculo-esquelético, principalmente de pescoço e membros superiores, relacionados ou não, ao trabalho. As LER/ DORT fazem parte de uma reunião bem diferente de algumas doenças ocupacionais, que inúmeras vezes são originadas através da fadiga muscular, movimentos rotineiros e repetitivos. Podemos reconhecer como as LER/ DORT de acordo com Rocha (2005), as doenças chamadas de:

Tendinite; Tenossinovite; Sinovite, peritendinite; Doenças nos ombros; Doenças nos cotovelos; Doenças nos punhos e mãos; Epicondilite; Tenossinovite estenosante; Dedo em gatilho; Cisto; Síndrome do túnel do carpo; Síndrome do túnel ulnar (nível cotovelo); Síndrome do pronador redondo; Síndrome do desfiladeiro torácico; Síndrome cervical ou radiculopatia cervical; Neurite digital, entre outras.

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Era uma vez... A LER/ DORT no Brasil...

Conta à história que no Brasil, a primeira vez que se tratou sobre esse grupo de doenças foi acometida pela Previdência Social, com a seguinte nomenclatura tenossinovite do digitador. No ano de 92, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo inseriu a nomenclatura Lesões por Esforços Repetitivos (LER), depois de amplo debate. No ano de 93, o INSS noticiou a Norma Técnica para Avaliação de Incapacidade para LER, tendo como base as resoluções da Secretaria de Estado de São Paulo. No ano de 98, houve uma reformulação da Norma Técnica, a Previdência Social substituiu a terminologia LER por DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Hoje em dia a nomenclatura mais coerente é a chamada LER/ DORT. Pois dessa forma se concebe abarcar um número maior de doenças ocupacionais como: força na tarefa executada exaustiva, posturas incorretas, compressão tecidual, além do contributivo ou doenças da coluna, osteoartrose, hérnia de disco cervical, todas as “ites” já comprovadas, entre outras. Fatores que envolvem a LER/ DORT, conforme a visão de Rocha (2005): Os fatores que envolvem a relação das LER/ DORT são variados, devido a uma super utilização dos músculos do corpo humano na execução do trabalho. Um fator fundamental para ocasionar as LER/ DORT se dá por intermédio exaustivo da repetitividade das tarefas implicando consideravelmente na saúde do trabalhador. O tornar repetitivo as tarefas executadas no âmbito do trabalho, pode ocasionar a um tempo futuro seqüelas que se não forem logo tratadas causarão perdas irreversíveis na saúde do funcionário, como já forma vistas em conteúdos anteriores.

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No ambiente de trabalho deve haver sempre a preocupação em investigar e diagnosticar as tarefas que estão ocasionando algum tipo de dano físico ou moral a saúde dos trabalhadores. Portanto repetitividade não combina com a saúde do profissional, ocasionando assim as LER/ DORT. As tarefas de trabalho que tem como conceito a monotonia, acabam que promovendo maiores riscos e perigos à saúde do profissional, visto que a ocorrência em LER/ DORT vem aumentando consideravelmente a sua incidência. Em tarefas de trabalho que exijam muita a musculatura do corpo do trabalhador vem acentuando de forma crítica o aparecimento de LER/ DORT. Por levar a uma carga mais exigente movimentos rotineiros e repetitivos da própria musculatura. Posturas inapropriadas pelos trabalhadores nos postos de trabalho também podem ocasionar o aparecimento das LER/ DORT, já sabendo dessa variável o gestor de segurança do trabalho deve-se apropria da ergonomia para trazer mobiliários e ferramentas mais confortáveis a fim de abolir qualquer característica de postura inapropriada. Há também uma preocupação em relação às diversas pressões que o corpo do trabalhador pode sofrer como os choques, qualquer tipo de lesão óssea. Sabendo-se das condições pouco apropriadas em muitos trabalhadores vem enfrentando, há pontos importantes que podem agir de forma mais contundente em relação ao encadeamento das LER/ DORT. Estudos e pesquisas apontam que em um ambiente de trabalho menos ostensivo. Porém, onde a jornada de trabalho é mais flexível acontece uma extinção bastante proveitosa no que diz respeito às ocorrências mais graves das doenças ocupacionais como as LER/ DORT. As pausas devem acontecer como forma de também inibir as doenças ocupacionais como a LER/ DORT. É plausível discutir que com as pausas acontecendo nas tarefas executadas no ambiente de trabalho, pode-se acabar gerando e

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proporcionando um descanso para aquelas tarefas mais pesadas. Dependendo das condições e tarefas em que o funcionário será alocado, é de suma importância que aconteça uma mudança drástica diretamente sobe a forma de trabalhar. Enfim, sabe-se que a ergonomia luta sempre a favor de condições melhores e mais saudáveis para o trabalhador, o que acaba implicando numa forte e exaustiva prevenção no combate de modo maciço e contundente nas LER/ DORT e no restabelecimento dos sintomas agregados a solucionar os graves problemas decorrentes das doenças como as LER/ DORT. Kroemer (2005) aponta as disfunções musculares, importantes conceitos para que possam compreender a alocação perfeita entre o entendimento das doenças tipos LER/ DORT. Para Kroemer (2005) os funcionários de um modo geral se queixam de dores inflamatórias e também de algumas doenças de caráter degenerativas. Tais problemas relatados podem acabar interferindo radicalmente nas tarefas executadas por um determinado funcionário. Kroemer (2005) destaca também alguns dos possíveis exemplos de sintomas que se podem associar claramente as doenças LER/ DORT, vejamos a sua linha de pensamento:

� Posturas em pé; � Posturas sentadas, porém sem nenhum suporte para as

costas; � Cadeiras muito altas; � Cadeiras muito baixas; e � Posturas inadequadas para os troncos, braços, cabeça e

mãos durante a execução de determinadas tarefas nos postos de trabalho.

Enfim, todos os conteúdos disponibilizados nestes capítulos e aulas ministradas em disciplina Ergonomia e Saúde Ocupacional serão parte integrante do aprendizado de você aluno futuro Tecnólogo em Segurança do Trabalho. Portanto participe ativamente, interaja e discuta sobre todos esses assuntos super relevantes e atuais.

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