Upload
maiza-maldonado-mancera
View
42
Download
4
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Estabilidade Das Construções
Citation preview
1
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
_____________________________________
ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES
_____________________________________
Apostila 2: Sistemas Estruturais: isostática
Prof. Engº Civil Ederaldo da Silva Azevedo
Macapá, Março de 2011
2
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
1. CONCEITO GERAL DE ESTRUTURAS
1.1. Estrutura
Uma estrutura pode ser definida como uma composição de uma ou
mais peças, ligadas entre si e ao meio exterior de modo a formar um
sistema em equilíbrio.
O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico.
Uma estrutura é, portanto, um conjunto capaz de receber
solicitações externas(cargas), denominada ativas, absorvê-las
internamente, resisti-las e transmiti-las através de seus apoios ou vínculos,
até que cheguem ao solo.
Inúmeros são exemplos de estruturas: árvore, corpo humano,
cadeira entre outros.
Na Engenharia existem estruturas das mais diversas modalidades
profissionais como:
Engenharia Naval: Estrutura de Navios e embarcações em geral;
Engenharia Aeronáutica: Estruturas de aviões, helicópteros, ultra-leves etc;
Engenharia Mecânica: Estruturas de automóveis e máquinas em geral;
Engenharia Civil: Estruturas de pontes, edificações, viadutos, passarelas,
barragens, rodovias, ferrovias entre outras.
Um edifício em construção sua estrutura é composta dos seguintes
elementos: estacas, tubulões, sapatas e blocos(fundações), pilares, vigas e
lajes(supra-estrutura).(fig.a)
Estes elementos podem ser feitos de materiais diversos, sendo os
mais utilizados: concreto armado, concreto protendido, aço e madeira.
Na figura abaixo pode-se constatar a transmissão interna das forças
do ponto de aplicação para os apoios e destes até as fundações através dos
diferentes sistemas estruturais.
Os sistemas estruturais são selecionados de acordo com aspectos
funcionais e arquitetônicos.
Os elementos estruturais, assim como toda e qualquer estrutura
devem apresentar as propriedades de RESISTÊNCIA e de RIGIDEZ, que em
resumo, deverão ser capazes de resistir cargas, dentro de certos limites,
sem se romperem e sem sofrer grandes deformações ou variações de suas
dimensões.
3
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
ESTACAS
BLOCOS
VIGA(CINTAMENTO)
PILAR
VIGA SUPERIOR
LAJE
Os conceitos de RESISTÊNCIA e RIGIDEZ são importantes e devem ser
bem compreendidos:
Resistência é a capacidade de transmitir as forças internamente,
molécula por molécula, dos pontos de aplicação aos apoios, sem que ocorra
a ruptura da peça.
Para analisar a capacidade resistente de uma estrutura é necessária a
determinação dos seguintes:
a) Dos esforços solicitantes internos – que é feito na Análise
Estrutural ou Estática das Construções.
b) Das tensões internas – que é feito através da Resistência dos
Materiais.
Rigidez é a capacidade de não deformar excessivamente, para o
carregamento previsto, o que comprometeria o funcionamento e o aspecto
da peça (desconforto).
4
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
1.2. Tipos de Elementos Estruturais
Alguns exemplos:
PÓRTICO
TRELIÇA
GRELHAS
5
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
LAJES
CASCAS
PAREDES
6
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
1.3. Esforços ou Ações
Os esforços ou ações, na Engenharia Estrutural, se classificam
conforme indicado no quadro abaixo.
ESFORÇOS OU AÇÕES
SOLICITANTES (analise estrutural)
EXTERNOS
Diretos (forças e
momentos)
Ativos Reativos
Indiretos
Temperatura, recalque e variação de
comprimento.
INTERNOS
Forças: N, Qx
e Qy;
Momentos: T, My e Mz.
RESISTENTES (resistência dos
materiais).
Tensões normais σ e tangenciais τ (ou suas resultantes)
1.4. Esforços Resistentes Internos (ERI) x Esforços Solicitantes Internos
(ESI)
ESFORÇOS RESISTENTES INTERNOS (ERI) – são os esforços pré-
dispostos para contrapor os esforços atuantes (esforços solicitantes) na
estrutura ou elemento estrutural.
ESFORÇOS SOLICITANTES INTERNOS (ESI) – são os esforços
provenientes das forças aplicadas(cargas) na estrutura que surgem
internamente nos elementos estruturais quando estas passam a trabalhar.
O objetivo do profissional calculista é garantir, por meio do cálculo
estrutural, que os esforços resistentes internos(ERI) sejam maiores que os
esforços solicitantes internos (ESI), ou seja:
ERI > ESI
7
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
1.5. Forças Aplicadas
As forças aplicadas às estruturas são também denominadas de:
Ações solicitantes externas ativas;
Cargas externas;
Carregamentos;
Esforços; ou
Simplesmente carga.
Na Engenharia Estrutural as forças a serem consideradas em projeto
dependem do fim a que se destinam as estruturas, sendo, em geral,
regulamentadas pelas normas.
No Brasil, as normas brasileiras são elaboradas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são identificadas pelas letras
maiúsculas NBR, seguidos de números associados aos assuntos abordados.
A norma brasileira que regulamenta as Cargas para o Cálculo de
Estruturas de Edificações é a NBR-6120 e a NBR- 6123 regulamenta as
ações de Forças devidas ao vento em edificações.
Em algumas situações especiais a definição do carregamento a ser
considerado fica a cargo do engenheiro projetista(calculista), de acordo
com a destinação da edificação e a empresa contratante. Um exemplo
comum é o carregamento dinâmico oriundo de máquinas ou motores, o
qual deve ser obtido por meio de informações fornecidas pelo fabricante.
1.6. Classificação das Cargas
As cargas podem ser classificadas quanto:
à posição;
à duração;
à forma de aplicação e;
à variação com o tempo.
8
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
a) Quanto à posição:
Fixas: cargas que não mudam de posição, ou que podem ser
consideradas como tal.
Móveis: cargas que mudam de posição. As ações dos veículos nas
pontes e viadutos são exemplos de cargas móveis.
b) Quanto à duração:
Permanentes: são aquelas cuja estrutura está submetida o tempo
todo, tais como: seu peso próprio, revestimentos, materiais de
enchimento das estruturas, paredes, e quaisquer dispositivos fixos que
fizerem parte da estrutura e que compõe o espaço arquitetônico.
Peso específico dos materiais é importante para cálculo das cargas
permanentes das estruturas.
Acidentais: são as provenientes de ações que podem ou não agir
sobre as estruturas. Exemplos: sobrecarga(peso de pessoas, móveis,
animais, máquinas, acessórios, etc.).
Excepcionais: dependem do clima da região onde as formas
arquitetônicas são construídas e ainda das suas características (edifícios de
grande altura). O vento, a neve e os abalos sísmicos (terremotos, tsunami)
são exemplos de cargas excepcionais.
Essas cargas variam de região para região e os valores a serem
adotados para determinação dessas cargas são regulamentados pela NBR-
6123.
As cargas térmicas são também consideradas excepcionais e estão
relacionadas com a variação das dimensões provocadas por dilatação ou
contração(retração), decorrentes das trocas bruscas de temperatura que
acontecem do dia para a noite. Dependendo da região, as temperaturas
podem variar de 0°C a 30°C em apenas 24 horas.
9
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
c) Quanto à forma de aplicação:
Concentradas: quando se admite a transmissão de uma força, de um
corpo a outro, através de um ponto. A força concentrada não existe, sendo
uma simplificação de cálculo.
Distribuídas: quando se admite a transmissão de uma força de forma
distribuída seja ao longo de um comprimento (simplificação de cálculo) ou,
através de uma superfície.
d) Quanto à variação com o tempo:
Estáticas: são aquelas que, para efeito do comportamento estrutural,
podem ser consideradas como não variando com o tempo.
Dinâmicas: quando a variação da ação ao longo do tempo tem que
ser considerada. São as cargas cujos valores mudam com rapidez e se
aplicam a formas bruscas e podem ser muito perigosas se não forem
consideradas com atenção pelo projeto estrutural.
Em uma grande variedade de casos práticos, os efeitos das cargas
dinâmicas são iguais ao dobro dos efeitos causados por cargas estáticas.
Exemplos: as ações do vento, de correntes marítimas, de explosões e de
terremotos.
As cargas dinâmicas são subdivididas em dois tipos: cargas de
Impacto e cargas ressonantes.
Cargas de impacto: são provocados por golpe instantâneo e produzem
forças grandes, chegando a valores destrutivos. Um golpe de martelo e a
explosão de uma bomba são exemplos de cargas de impacto. Estas se
caracterizam por um tempo de aplicação muito breve.
Cargas ressonantes: atuam nas formas arquitetônicas com forças
relativamente pequenas. Contudo quando são aplicadas de maneira
rítmica, durante um tempo prolongado, produzem efeitos ressonantes
crescentes. Um exemplo é um batalhão de soldados em marcha
compassada sobre uma ponte. Quando o ritmo do passo coincide com a
oscilação da ponte, produz uma carga ressonante capaz de provocar o
10
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
colapso da estrutura. As cargas ressonantes se caracterizam por um
tempo de aplicação prolongado e ritimico.
1.7. Objetivos da Análise Estrutural
Conhecida a estrutura e determinadas ações estáticas e/ou
dinâmicas que sobre ela atuam, os objetivos da análise estrutural são:
Determinação dos Esforços Solicitantes Internos(ESI);
Determinação das reações de apoio;
Determinação dos deslocamentos em alguns pontos.
a) Determinação dos Esforços Solicitantes Internos(ESI)
Necessária para posterior dimensionamento dos elementos
estruturais, os quais dependendo dos materiais utilizados irão requerer
conhecimento das disciplinas: Concreto Armado, Concreto Protendido, Aço,
Madeira etc.
b) Determinação das reações de apoio
Necessária, na própria Análise Estrutural a ação integrada entre os
diversos elementos estruturais. As forças reativas de uma dada estrutura
(ou elemento estrutural) são utilizadas como forças ativas nas estruturas
sobre as quais esta se apóia.
c) Determinação dos deslocamentos em alguns pontos
São necessárias para a própria resolução da estrutura (Método dos
deslocamentos para análise das estruturas hiperistáticas). A limitação da
flecha máxima nas vigas é uma verificação exigida pelas normas para evitar
a deformação excessiva. Em algumas situações a limitação é necessária por
questões funcionais, como por exemplo acima de janelas com esquadrias,
cujo o empenamento comprometeria a utilização, podendo levar as
vidraças à ruptura.
11
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
1.8. Conceito de Estruturas Isostáticas
Os vínculos restringem os graus de liberdade de movimento da
estrutura, provocando forças reativas conhecidas como reações de apoio.
Nas estruturas isostáticas as reações de apoio só aparecem quando existem
forças ativas (cargas aplicadas).
As cargas aplicadas são dadas ou facilmente determináveis e as
reações de apoio são as forças procuradas ou as incógnitas.
Nas estruturas isostáticas, o número de vínculos é o essencialmente
para impedir a mobilidade da estrutura, e as reações de apoio, que surgem
em função das cargas aplicadas, são em número igual aos movimentos
restringidos.
As reações de apoio são, portanto, forças com ponto de aplicação e
direção conhecidos.
O conjunto, cargas aplicadas mais reações de apoio, forma um
sistema de forças em equilíbrio.
1.9. Esquemas, representações e simplificações de cálculo
As estruturas não são analisadas como elas ficarão depois de serem
concebidas, assim, a fim de estabelecer um esquema de cálculo, ou modelo
matemático, algumas simplificações tornam-se necessárias, as quais estão
em geral associadas:
à geometria: representação da estrutura por barra, que
representa o meio de seu eixo do elemento;
ao sistema de forças: forças e momentos concentrados e
distribuídos;
à análise numérica a ser efetuada: planas e espaciais;
à representação dos apoios.
12
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
EIXO
CENTRO DE GRAVIDADE DA
DA SEÇÃO TRANSVERSAL.
BARRA
SEÇÃO TRANSVERSAL
Conforme ilustrado na fig. acima geometricamente representamos
um elemento estrutural como uma viga(barra), com o seu eixo,
denominado de eixo da barra, que prolonga-se sobre seu centro de
gravidade.
A figura plana pontilhada no desenho acima que tem o centro de
gravidade sobre o eixo e é perpendicular a este é denominada de seção
transversal.
Assim, de forma simplificada, as barras serão representadas para a
análise estrutural pelo seu eixo.
1.10. Cargas ou carregamentos em modelos estruturais
As cargas em uma estrutura podem ser reais ou aproximadas,
classificadas, quanto ao tipo, em forças e momentos ; e quanto a forma de
aplicação em concentradas e distribuídas por unidade de comprimento e
por unidade de área.
Classificação Qto ao tipo Qto à forma Forma de
distribuição
AS CARGAS PODEM SER
FORÇAS
CONCENTRADOS ponto
DISTRIBUÍDOS
Uniformes, triangulares, trapezoidais, outras
MOMENTOS CONCENTRADOS -
DISTRIBUÍDOS -
13
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
a) Cargas concentradas:
A carga concentrada (pode ser a força ou momento) é uma
simplificação para efeito de cálculo.
Quando uma força se distribui sobre uma área de dimensões
pequenas, em comparação com as dimensões da estrutura que se analisa,
esta é considerada como uma força concentrada.
F
Parede em alvenaria
fig. 1- Corte de viga real apoiada em dois pilares com solicitação de uma parede.
fig. 2- Representação gráfica da viga acima com Força Concentrada representando a alvenaria.
Viga em C.A.
Pilar em C.A.
V2 em balanço ( um apoio) engastada na V1.
fig.3 - Corte de viga real (V1)apoiada em dois pilares e uma outra viga engastada(V2).
Viga em C.A.
Pilar em C.A.
V1
V2
fig. 4 - Representação gráfica da viga acima com MOMENTO Concentrado representando a viga (V2).
M - momento gerado pelo engaste da V2 em V1.
b) Cargas distribuídas:
Forças e momentos podem também ser, de forma simplificada,
considerados como distribuídos ao longo de um comprimento.
Nas estruturas que recebem solicitação em movimento de
translação através de esforços de compressão ou tração surgirão forças
distribuídas linearmente.
14
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
Ex.: Em projetos estruturais, as ações das lajes sobre as vigas são
exemplos forças de carregamento distribuído linearmente.
fig. 5- Laje apoiada na viga que gera carga distribuída(forças)
fig. 6 - Representação gráfica da viga/laje acima com Carga distribuída(forças),
Viga
Pilar
Laje apoiada na viga
representando os esforços que a lage gera na viga.
E nas estruturas que sofrem o movimento rotacional através dos
esforços de torção surgirão momentos distribuídos linearmente ao longo
de um comprimento (eixos ou barras dos elementos que a constituem).
Ex.: Em lajes que engastam em vigas causam momentos distribuídos
ao longo dos eixos destas.
fig. 7- Laje engastada na viga que gera carga distribuída(momentos)
fig. 8 - Representação gráfica da viga/laje acima com Carga Distribuída(momentos),
Viga
Pilar
Laje engastada na viga.(em balanço)
representando os esforços que a lage em balanço gera na viga.
M - momentos lineares gerado pelo engaste de L em V.
15
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
A unidade de força distribuída ao longo de um determinado
comprimento é:
unidade de força____ tf/m;
unidade de comprimento KN/m;
N/cm;
e outros.
Ex.:
unidades de força distribuída
10 KN/m
A unidade de momento distribuído ao longo de um determinado
comprimento é:
tfm/m;
unidade de momento__ KNm/m;
unidade de comprimento Ncm/cm;
e outros.
16
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
Ex.:
unidades de momento distribuído
30 KN.m/m
c) Resultantes dos carregamentos
De acordo com a disposição dos esforços as forças distribuídas
podem ser representadas através de figuras geométricas como:
retângulos, triângulos, trapézio e outros.
A resultante de uma carga(força) distribuída ao longo de um
comprimento L, é determinado pela área delimitada do
intervalo(representado pela figura) sendo o ponto de aplicação da
resultante R coincidente com o centro de gravidade do diagrama(figura).
A seguir são indicados, para modelos planos, os carregamentos
distribuídos mais utilizados na prática com as suas resultantes e os seus
pontos de aplicação.
17
Estabilidade das Construções – Prof. Eng.º Civil Ederaldo Azevedo
TIPO DE CARREGAMENTO REPRESENTAÇÃO/FIGURA RESULTANTE
UNIFORME
L
q= cte(ex.12kN/m) R=q.L= area
L/2 L/2
TRIANGULAR
R=q.L/2= area
2L/3 L/3
L
TRAPEZOIDAL
R2=(q2-q1).L/2
L/3
L
q
q1
q2
L/2
R1=q1.L
L
q1
L
q2-q1
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Maria Cascão Ferreira de. Estruturas isostáticas. São Paulo:
Oficina de Textos, 2009.
MACHADO JÚNIOR, Eloy Ferraz. Introdução à isostática. São Carlos:
EESC/USP, 1999, 2007.
SUSSEKIND, José Carlos. Curso de análise estrutural: estruturas
isostáticas. 5.ed. Rio de Janeiro: Globo, 1981. V. 1.
VIERO, Edison Humberto. Isostática: passo a passo. 2. Ed. Caxias do
Sul, RS: Educs, 2008.