Apostila Completa Contabilidade Basica

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  • 8/3/2019 Apostila Completa Contabilidade Basica

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    Contabilidade Bsica Profa. Vanda Cristina ([email protected])

    APOSTILA

    CONTABILIDADE GERAL

    PROFA. VANDA CRISTINA

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    Contabilidade Bsica Profa. Vanda Cristina ([email protected])

    Bacharel em Cincias contbeis, especialista Gesto em Negcios, professora nvel

    Universitrio e Tcnico nas matrias de Contabilidade Geral, Comercial, Gerencial,

    tica Profissional e Administrao de Condomnios (Tem outras matrias: Teoria da

    Contabilidade, Clculos Trabalhistas, Auditoria, Tributria).

    Contadora, Analista Administrativa e Financeira em empresas de mdio porte.

    A proposta deste trabalho oferecer um conhecimento especialmente voltado aos

    que iniciam no estudo de Contabilidade Geral. O aluno encontrar uma linguagem

    simples que o levar a um melhor desempenho e compreenso da matria. Assim

    Contabilidade Geral fica mais fcil.

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    SUMRIO

    CAPTULO 01 - INTRODUO A CONTABILIDADE.

    1.1 Introduo..............................................................................................................................................01

    1.2 A Contabilidade No Brasil.....................................................................................................................04

    1.3 Conceitos E Finalidade..........................................................................................................................06

    1.4 Aplicao E Funo...............................................................................................................................06

    1.5 Tcnicas Contbeis ...............................................................................................................................07

    1.6 Usurios Da Informao Contbil.........................................................................................................08

    1.7 reas De Atuao Em Geral.................................................................................................................09

    CAPTULO 02 PATRIMNIO

    2.1 Introduo..............................................................................................................................................11

    2.2 Bens, Direitos E Obrigaes..................................................................................................................12

    2.3 Ativo......................................................................................................................................................12

    2.3.1 Bens .................................................................................................................................................13

    2.3.2 Direito..............................................................................................................................................16

    2.4 Passivo...................................................................................................................................................19

    2.4.1 Obrigaes.......................................................................................................................................19

    2.5 Abordagem Conceitual Do Patrimnio..................................................................................................21

    2.5.1 Aspecto Quantitativo.......................................................................................................................21

    2.5.3 Aspecto Qualitativo........................................................................................................................22

    2.6 Representao Grfica Do Patrimnio..................................................................................................22

    CAPTULO 03 - PATRIMNIO LQUIDO

    3.1 Introduo..............................................................................................................................................233.2 Formao Do Patrimnio Lquido ........................................................................................................23

    3.2.1 Capital..............................................................................................................................................24

    3.3 A Representao Algbrica Do Patrimnio...........................................................................................25

    3.4 Situao Lquida Patrimonial.................................................................................................................25

    CAPTULO 04 - BALANO PATRIMONIAL

    4.1 Introduo..............................................................................................................................................27

    4.2 Ativo......................................................................................................................................................28

    4.2.1 Ativo Circulante.................................................................................................................................28

    4.2.2 Ativo No Circulante..........................................................................................................................29

    4.3 Passivo...................................................................................................................................................304.3.1 Passivo Circulante...............................................................................................................................30

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    4.3.2 Passivo No Circulante.......................................................................................................................30

    4.4 Patrimnio Lquido................................................................................................................................31

    4.5 Atos E Fatos Administrativos................................................................................................................32

    CAPTULO 05 - DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO

    5.1 Introduo..............................................................................................................................................33

    5.2 Contas De Resultado..............................................................................................................................33

    5.2.1 Receitas...............................................................................................................................................33

    5.3 Dedues: Descontos Concedidos E Devolues E Impostos...............................................................33

    5.3.1 Devolues..........................................................................................................................................33

    5.3.2 Dedues.............................................................................................................................................35

    5.3.3 Impostos Incidentes Sobre Vendas.....................................................................................................35

    5.4 Custo Dos Produtos Vendidos E Dos Servios Prestados.....................................................................355.5 Despesas.................................................................................................................................................36

    5.5.1 Despesas Operacionais........................................................................................................................36

    5.6 Estrutura Do DRE....................................................................................................................................38

    CAPTULO 06 - BALANCETE DE VERIFICAO

    6.1 ntroduo...............................................................................................................................................40

    6.2 Balancete De Vrias Colunas................................................................................................................41

    CAPTULO 07 - PLANO DE CONTAS

    7.1 Introduo..............................................................................................................................................42

    7.2 Estrutura De Um Plano De Contas........................................................................................................43

    7.3 Elaborao De Um Plano De Contas.....................................................................................................43

    CAPTULO 08 - CONTABILIZAO DAS CONTAS

    8.1 Introduo..............................................................................................................................................44

    8.2 Representao Grfica Das Contas.......................................................................................................44

    8.3 Mtodo De Escriturao........................................................................................................................448.4 Lanamentos A Dbito E A Crdito Das Contas..................................................................................45

    8.5 Frmulas De Lanamentos....................................................................................................................46

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA.................................................................................47

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    INTRODUO A CONTABILIDADE

    Objetivos:

    Ao final deste captulo, o aluno ter condies de:

    Conhecer os objetivos e as funes da contabilidade;

    Entender seu objetivo e aplicabilidade;

    Reconhecer os principais usurios da contabilidade;

    Entender a importncia da contabilidade.

    1. INTRODUO

    A Contabilidade um dos mais antigos ramos do conhecimento. Existe desde o inicio

    da civilizao e no surgiu em funo de qualquer tipo de legislao fiscal ou societria;

    surgiu da necessidade do homem em controlar seu patrimnio, antes mesmo que este soubesse

    escrever, utilizavam desenhos, figuras, imagem para identificar o que obtinham.

    J foram encontrados em vrios stios arqueolgicos, vestgios como pequenos

    artefatos de barros, chamados de fichas datados de 8000 a 3000 a.C., segundo Santos [et al]

    (2003: p.17), as fichas de barros (de diferentes formatos), foram usadas como forma de

    representao de mercadoria. Aps essa data, elas passaram a ser preservadas em envelopes

    de barro, sendo que cada ficha representava uma unidade de mercadoria, bem como uma

    dvida de uma pessoa com outra. Neste contexto pode-se notar que j se contabilizava o ativo

    e o direito de contas a receber.

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    Um grande passo para humanidade foi a inveno, pelos fencios em 1100 a.C., da

    escrita alfabtica, base do conhecimento que hoje temos.

    Por volta do sculo II foram encontrados registros contbeis, onde se nota que os

    agricultores pagavam aos coletores de impostos com cereais e linhaa, pela utilizao da gua

    para irrigao, a eles eram dados recibos que eram emitidos pelos coletores, por meio de

    desenho, nas paredes de suas casas, de recipientes de cereais.

    Em 431 d.C, Bagd, tornou-se o centro do conhecimento. Nessa poca, surgiu o

    conceito de zero, e junto com ele o sistema numrico existente atualmente, descoberto na

    escola de astrologia de Bagd pelo maior matemtico rabe Musa Al-Khawarizmi,

    bibliotecrio do califa Al-Mansur.

    No final do sculo XI, o comrcio foi impulsionado principalmente entre as cidades

    italianas e o Oriente. A negociao individual foi sendo substituda por meio de

    representantes. Surgiu nesta fase uma sociedade denominada commenda. Esse fato foi

    marcante para histria da Contabilidade, surgia o postulado da entidade, separando a pessoa

    jurdica da fsica, uma vez que essa relao exigia uma prestao de contas ao final da viagem

    para que se dividisse o lucro obtido.

    A evoluo contbil acompanhada de perto pelo crescimento econmico. Isso fica

    ntido pelo histrico da revoluo comercial ocorrida aps o sculo VII, o mercantilismo e o

    surgimento da burguesia, como exemplo.Ningum sabe ao certo quando foi introduzida a utilizao do sistema das partidas

    dobradas; mas uma das primeiras manifestaes foi por volta de 1340, na cidade de Gnova,

    Um outro manuscrito foi encontrado em Florena. Mas foi em 1494 na cidade Veneza o

    centro do comrcio mundial da poca e com as principais tipografias que foi impresso a

    primeira obra de mtodo de registro contbil de Partidas Dobradas pelo Frei Luca Pacioli..

    Mas foi na Itlia com a obra La contabilit, de Francesco Villa que a contabilidade foi

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    reconhecida oficialmente. Vrias escolas e correntes de pensamentos se estabeleceram, para

    melhor estudar o verdadeiro objeto da Contabilidade e seus aspectos predominantes. E

    conforme S (2002: p.33) Inicia-se, ai, ento, outro perodo marcante da histria da cincia

    contbil e que o das doutrinas. As correntes doutrinarias seriam muitas e receberiam como

    denominao o que imaginavam ser matria e o objetivo predominante de estudos da

    contabilidade.

    Que a contabilidade evoluiu com a humanidade h um consenso entre os autores, mas

    o mesmo no acontece quanto natureza terica e doutrinaria da Contabilidade. Alguns

    pensadores contbeis defendem a Contabilidade como tcnica ou arte, outros como cincia,

    conforme Franco (1997: p.19):

    A contabilidade, desde seu aparecimento, como conjunto ordenado de

    conhecimentos, com objeto e finalidades definidas, tem sido considerada

    como arte, como tcnica ou como cincia de acordo com a orientao seguida

    pelos doutrinadores ao enquadra-la no elenco das espcies do saber humano.

    Logo, S (2002: p.23), identifica a causa de encontrarmos pessoas que entendem a

    Contabilidade como uma Cincia exata. Na antiguidade, o conhecimento contbil estava

    limitado ao do registro e suas normas, mas j era aprimorado e tambm ensinado nas

    escolas, juntamente com os clculos matemticos; Todavia Iudicibus (2000: p.35) j

    esclarece esta dvida, afirmando: A contabilidade no uma cincia exata. Ela uma

    Cincia social, pois a ao humana que gera e modifica o fenmeno patrimonial; embora

    se utilize mtodo quantitativo em suas vrias ramificaes.

    A Contabilidade ainda est em evoluo, assim como a humanidade, e precisa como

    cincia, acompanhar os avanos tecnolgicos inserindo novos dimensionamentos para atender

    plenamente sua finalidade bsica: informaes de carter scio-econmicas e decisrias.

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    1.2A CONTABILIDADE NO BRASIL

    A Contabilidade formata-se em concordncia com o ambiente no qual opera. Como as

    naes tm histrias, valores, e sistemas polticos diferentes, elas tambm tm padres

    diferentes de desenvolvimento financeiro-contbil. A Contabilidade no Brasil no

    integralmente, como a de outros pases. De fato, o que se observa a diversidade, pois os

    sistemas e mtodos contbeis diferem muito em cada pas, devido principalmente a sua

    cultura e ao seu desenvolvimento econmico. O desenvolvimento de cada cincia est

    intimamente ligado ao desenvolvimento econmico de uma nao.

    Esta diversidade uma pequena parte da variedade de ambientes empresariais ao redor

    do mundo e a Contabilidade tem se mostrado sensitiva e relevante, tambm sob esse foco.

    interessante notar que quando o ambiente empresarial dos pases similar, seus sistemas

    financeiro-contbeis tambm tendem a ser similares.

    A Contabilidade no Brasil teve seu incio formal no Imprio com a edio do cdigo

    comercial brasileiro, sancionado pelo imperador D. Pedro II em 1850. O Brasil foi um dos

    primeiros pases a ter um estabelecimento de Ensino Superior de Contabilidade, a Escola de

    Comrcio lvares Penteado, criada em 1902, a primeira escola especializada no ensino da

    Contabilidade denominado Escola Prtica de Comrcio.

    O Brasil sofreu forte influncia da corrente italiana primeiramente, at a antiga lei dassociedades Annimas, sem perder os traos de uma escola verdadeiramente brasileira.

    Por volta de 1920 a 1940 cada empresa comercial ou industrial (naquele tempo no se

    falava "empresa", dizia-se "firma") tinha o seu "guarda-livros", geralmente um homem bem

    intencionado, mas de pouca formao tcnica, sem haver freqentado escolas ou cursos de

    especialidade, aprendera pela prtica ou pelo empirismo. O guarda-livros fazia tudo: a

    Contabilidade da firma, a sua escriturao, a sua correspondncia, os seus contratos e distrato,

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    preenchiam os cheques, fazia pagamentos e recebimentos, em fim era o "facttum". Era o

    tempo em que se predominavam as prticas. Os guarda-livros prestaram muitos servios

    dentro de suas limitadas possibilidades.

    Foi com a instalao do curso de Cincias Contbeis e Atuariais pela Faculdade da

    USP em 1946, que o Brasil ganhou seu primeiro ncleo efetivo, embora modesto, de pesquisa

    contbil nos modelos norte-americanos, ou seja, com professores em regime de servio

    integral, dedicando-se ao ensino e a pesquisa, produzindo trabalhos especficos de carter

    cientfico, portanto de grande importncia para a contabilidade. Entre os grandes mestres da

    cincia brasileira, podemos citar Francisco D'Auria e Frederico Hermann Jr., que embora

    tambm causasse grandes efeitos, como o caso do primeiro deles, considerado "mais

    brasileiro" entre os mais ilustres da poca, suas obras se perdiam em qualidade por serem por

    demais longas e poucos conclusivas.

    Em 1972 o Brasil teve um grande avano com a Resoluo n 220 e da circular 179 do

    Banco Central, que instituiu os Princpios de Contabilidade Geralmente Aceitos.

    O CFC emitiu em 1981 a Resoluo n. 530/51, cuja NBC-T-1, formulando os

    princpios fundamentais de contabilidade, tendo em vista, segundo Santos [et al] (2003: p.34),

    a necessidade de fixar os princpios de contabilidade vigentes no Brasil. Essa instruo

    declarou no haver uniformidade em relao aos princpios contbeis. O termo Fundamental

    foi escolhido por acerto semntico e, secundariamente, por haver encontrado acolhido pormuitos paises e entidades de relevo. Em razo dessa resoluo os princpios passaram a ser,

    compulsoriamente, denominados Princpios Fundamentais de Contabilidade.

    Segundo o CFC, os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam o ncleo

    central da prpria Contabilidade, em sua condio de cincia factual social, sendo a ela

    inerentes. Os princpios constituem sempre os alicerces de uma cincia, revestindo-se dos

    atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstncia.

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    1.3 CONCEITOS E FINALIDADE

    Contabilidade a cincia social que tem por objeto o patrimnio das entidades e por

    objetivo o controle desse patrimnio, com finalidade de fornecer informaes a seus

    usurios.

    CONTABILIDADE

    Objetivo objeto finalidade

    controlar do patrimnio patrimnio fornecer informaes

    A finalidade da contabilidade, que tambm pode ser entendida como o seu principal

    objetivo, fornecer informaes s pessoas ou entidades interessadas na situao patrimonial

    e econmica da entidade, bem como aferio de sua capacidade produtiva.

    Quando falamos em situao patrimonial de uma entidade, estamos nos referindo aos

    seus BENS, DIREITOS E OBRIGAES. Quando falamos em situao econmica, estamos

    nos referindo ao seu resultado, isto , no seu LUCRO ou PREJUZO.

    1.4 APLICAO E FUNO

    O campo aplicao da Contabilidade se estende a todas as entidades que possuam

    patrimnio, sejam pessoas fsicas ou jurdicas, de fins lucrativos ou no. Tais entidades so

    unidades econmicoadministrativas, cujos objetivos podem ser sociais ou econmicos.

    Dentro desta viso, estudamos duas pessoas de direito ou entidade que determinam a

    melhor origem do estudo entre elas:

    Pessoa fsica = individuo comum: a pessoa natural; todo individuo, desde o

    nascimento at a morte; a personalidade civil da pessoa que comea no nascimento. Para

    exercer atividade econmica, a pessoa fsica pode atuar como autnoma ou como scia da

    empresa.

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    Pessoa jurdica = entidade empresarial: a entidade abstrata com existncia e

    responsabilidade jurdica, como uma associao, empresa ou companhia, legalmente

    autorizada. Pode ser de direito pblico (Unio, Autarquias) ou de direito privado (empresas,

    associaes).

    De acordo com a Deliberao da Comisso de Valores Mobilirios (CVM) n.29, a

    contabilidade e deve ser um instrumento gerencial de tomada de deciso. Na

    verdade, ela coleta e registra todos os dados econmicos mensurados

    monetariamente que so transformados em relatrios.

    A contabilidade tem duas funes:

    Funo Administrativa controlar o patrimnio da entidade, tanto sob o aspecto

    esttico (controlar sua posio em dado momentofazer o balano), quanto dinmico

    (controlar suas mudanas quantitativas e qualitativas).

    Funo Econmica - apurar o resultado (lucro ou prejuzo) da entidade.

    Para executar tais funes a contabilidade utiliza de:

    Coleta de dados levantamentos que ocorrem dentro da empresa.Registro dos dados registro dos fatos contbeis. Esse registro feito em ordem

    cronolgica, o que d contabilidade caracterstica de verdade histria do patrimnio.

    Relatrios com base nos registros realizados, expomos periodicamente, por meio de

    demonstrativos, a situao econmica, financeira e patrimonial.

    1.5 TCNICAS CONTBEIS

    Escriturao visa ao registro de todos os fatos contbeis, ou seja, fatos que afetam o

    patrimnio da entidade, sendo tais fatos registrados em livros prprios (livros de

    escriturao).

    Demonstraes Contbeis (Ou Demonstraes Financeiras) constituem quadros

    tcnicos que evidenciam a situao patrimonial, econmica ou financeira da entidade.

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    Auditoria visa verificao da fidelidade das informaes contbeis, detectando

    erros ou fraudes e, por fim, emitindo um parecer ou relatrios sobre as informaes

    fornecidas pelo sistema contbil e controles internos da entidade auditada.

    Analise Das Demonstraes Contbeis visa interpretao da situao econmica

    e financeira da entidade, bem como do seu desempenho operacional, atravs da anlise

    e interpretao das demonstraes contbeis.

    Obs: de acordo com o artigo da Lei 6.404/76, as demonstraes contbeis so

    elaboradas ao fim do exerccio social, com base na escriturao mercantil da empresa.

    De acordo com o artigo 175, o EXERCCIO SOCIAL, o perodo que tem a durao

    de 1 ano e a data do termino ser fixada no estatuo da companhia. Normalmente, tal

    perodo coincide com o ano-calendrio. Assim, na maioria dos casos, as

    demonstraes contbeis das empresas se referem data de 31 de dezembro.

    1.6 USURIOS DA INFORMAO CONTBIL

    Os usurios so as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela

    situao da empresa e buscam nos instrumentos contbeis as suas respostas.

    Gerentes: para a tomada de decises;

    Funcionrios: com interesse em pleitear melhorias;

    Diretoria: para a execuo de planejamentos organizacionais.

    Bancos: interessados nas demonstraes financeiras a fim de analisar a concesso de

    financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital emprestado;

    Governo: que necessita obter informaes sobre as receitas e as despesas para poder atuar

    sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributao;

    Fornecedores: interessados em conhecer a situao da entidade para poder continuar ou

    no as transaes comerciais com a entidade, alm de medir a garantia de recebimento

    futuro;

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    1.7 REAS DE ATUAO EM GERAL

    Diante de uma grande gama de atuaes diferenciadas no mercado de trabalho,

    podemos afirmar que a funo primordial do contador produzir e gerenciar informaes aos

    seus usurios de forma clara e objetiva, auxiliando-o nas tomadas de decises. Porm no

    Brasil, a imagem do contador, principalmente para as pequenas empresas, ainda esta voltada

    excessivamente a atender o fisco.

    Quanto categoria, ainda temos no Brasil a figura do Tcnico em contabilidade

    (para os formandos at 2003), que aquele que cursou a Contabilidade em nvel Tcnico.

    Esses podem legalmente ser responsveis pela Contabilidade das empresas, com algumas

    restries legais. Porm o aluno que opta em cursar o nvel universitrio de Cincias

    Contbeis tem inmeras alternativas:

    Conforme Iudicibus (2000: p.44-46): O Contador o profissional que exerce as

    funes contbeis e poder se especializar em Contabilidade Financeira, Custos ou Gerencial;

    Auditor Que executa a verificao da exatido dos procedimentos contbeis,

    podendo ser auditor independente ou auditor interno.

    Analista financeiro Analisa a situao econmico-financeira da empresa por meio

    de relatrios fornecidos pela Contabilidade.

    Perito Contbil A percia judicial motivada por uma questo judicial, solicitada

    pela justia.

    Consultor Contbil A consultoria, em franco desenvolvimento em nosso pas, no

    se restringe especificamente parte contbil e financeira, mas tambm e aqui houve um

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    grande avano a profisso consultoria fiscal, na rea do comrcio exterior, etc.

    Professor de Contabilidade Exerce o magistrio de 2.grau ou de faculdade (neste

    caso h necessidade no mnimo de ps-graduao), no s na rea Contbil, como tambm em

    cursos de Cincias Econmicas, de Administrao, etc.

    Pesquisador Contbil Para aqueles que optaram pela carreira universitria, e que

    normalmente dedicam um perodo maior universidade, h um campo pouco explorado no

    Brasil, ou seja, a investigao cientfica na Contabilidade.

    Cargos Pblicos Em muitos concursos, tais como para Fiscal de Renda, tanto na

    rea Federal como na Estadual e na Municipal.

    Cargos Administrativos O Contador um profissional gabaritado para tais cargos,

    pois, no exerccio de sua atividade, entra em contato com todos os setores da empresa.

    H ainda outras reas ainda ocupadas pelo Contador: Investigador de Fraude,

    Escritor, Parecerista, Avaliador de Empresas, Conselho Fiscal, Mediao e Arbitragem etc.

    Em 1946 pelo Decreto-Lei n.9.295, foi criado com a finalidade de fiscalizao do

    exerccio da profisso de contabilista, o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos

    Regionais de Contabilidade e foram definidos tambm as atribuies e prerrogativas da

    profisso em cada categoria, formalizada atravs da Resoluo do C.F.C de n.560/83.

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    PATRIMNIO

    Objetivos:

    Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de:

    Entender o que Patrimnio;

    Definir componentes do patrimnio;

    Conceituar ativo, passivo e patrimnio liquido;

    2.1 INTRODUO

    Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de pessoa fsica ou jurdica

    avaliveis em moeda.

    Para facilitar o entendimento sobre o que patrimnio, responda quanto valeria sua

    empresa nas seguintes condies:

    1) Se sua empresa tivesse apenas dinheiro no valor de R$15.000,00;

    2) Se tivesse alm do dinheiro, contas a receber no valor de R$10.000,00, seu valor seria

    de R$ 25.000,00 (soma do dinheiro com a contas a receber); e

    3) Finalmente houvesse, alem do dinheiro e contas a receber, uma dvida com um

    fornecedor no valor de R$ 5.000,00, ento R$ 20.000,00 seria seu valor final.

    Agora separamos os itens que so da empresa (dinheiro) e os que ela tem a receber

    dos valor que tem a pagar, e a diferena ser o quanto realmente vale a sua empresa,

    assim:

    DINHEIRO 15.000,00

    CONTAS A RECEBER 10.000,00

    FORNECEDORES (5.000,00)

    DIFERENA 20.000,0011

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    Podemos observar que a riqueza liquida de uma empresa ou pessoa fsica,

    calculada pela somatria dos valores positivos (bens e direitos) menos os valores negativos

    (obrigaes).

    Dessa forma, podemos definir que tudo que a empresa possui faz parte de seu

    patrimnio.

    2.2 BENS, DIREITOS E OBRIGAES

    O patrimnio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominados ativo, e deuma parte com valor negativo denominada passivo. O ativo formado pelos bens e direitos e

    o passivo pelas obrigaes. O excesso do ativo sobre o passivo o capital, conhecido como

    patrimnio lquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo

    e o do passivo, resultando na equao patrimonial.

    2.3 ATIVO

    Representa a parte dos valores positivos do patrimnio, tudo aquilo que a

    entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de

    bens e direitos da entidade.

    Os elementos que compe o ativo so revestidos de algumas caractersticas especiais,

    tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefcios econmicos para a entidade,devem ser um recurso econmico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma

    entidade contbil e devem ser mensurveis monetariamente.

    Assim, todo o elemento ativo que no seja mais til entidade e, portanto tenha

    perdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa, no deve ser classificado como um elemento

    ativo. Existem entidades que apresentam de 10 a 15% do seu ativo totalmente obsoleto, no

    tendo nenhuma utilidade, devendo ser excludo do patrimnio.

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    2.3.1 BEM

    qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliado

    economicamente.

    Os bens so divididos em: tangveis que representam os bens materiais (tm forma fsica

    e so palpveis) e intangveis que tm como principal caracterstica inexistncia como coisa

    e seu valor vinculado a um bem tangvel ou a uma determinada situao da empresa (so

    incorpreos e no palpveis).

    Ex: bens tangveis: destinados instalao (prdios, terrenos, mveis e utenslios),

    destinados produo (mquinas, equipamentos, instrumentos e acessrios), destinados

    transformao (matria-prima, material secundrio e material para embalagem), destinados ao

    consumo (material de escritrio, material de limpeza e selos postais), destinados circulao

    (dinheiro, dinheiro em bancos e aplicaes financeiras) e destinados venda (mercadorias e

    produtos comprados para revenda).

    Ex:bens intangveis: marcas de comrcio e patentes de inveno.

    O Cdigo Civil Brasileiro distingue os bens em: mveis que so os que podem ser

    movidos por si prprios ou por outras pessoas, tais como: animais, mquinas, equipamentos,

    estoques de mercadoria, entre outros, e bens imveis que so os vinculados ao solo e que no

    podem ser retirados sem destruio ou danos, tais como: edifcios, rvores, entre outros.

    BENS NUMERRIOS Caixa(ou disponibilidade) Banco conta movimento

    Aplicaes de Liquidez imediata

    Numerrios em transito

    Todos os nomes que representam elementos patrimoniais (bens, direito ou obrigaes) so

    chamados de contas.

    As DISPONIBILIDADES representam dinheiro em espcie ou equivalente.

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    A conta CAIXA representa o dinheiro existente no cofre da empresa, no s em

    espcie, mas tambm de terceiros no depositados no banco, vale-refeio, vale-

    transporte.

    A conta BCM (Banco conta movimento) representa o dinheiro da empresa ou cheques

    de terceiros depositados no banco.

    A conta APLICAES DE LIQUIDEZ IMEDIATA representa o dinheiro aplicado

    no mercado financeiro em curtssimo prazo, sendo a diferena entre o valor aplicado e

    o valor resgatado RECEITA FINANCEIRA.

    A conta NUMERRIO EM TRANSITO pode representar, por exemplo, dinheiro

    remetido para filiais em espcie, em cheques, em ordens de pagamentos, etc.

    BENS DE VENDA

    Mercadoria empresa comercial

    (estoque)

    Matrias-primas empresa industrial

    Produtos em Fabricao

    Produtos prontos

    H estoques que no constituem, como por exemplo, estoque de MATERIAIS DE

    EXPEDIENTE. Tais bens no sero vendidos e sim consumidos. Um vez consumos,

    sero considerados DESPESAS. Caso a empresa trabalhe com pouca quantidade

    desses materiais, mesmo que no sejam de imediato consumidos, podero ser

    considerados como despesas e no como estoques.

    A diferena entre MERCADORIA e PRODUTOS PRONTO que a primeira

    adquirida de um fornecedor para posterior revenda, e o segundo fabricado a partir

    das matrias-primas para posterior venda. Desta forma, uma empresa comercial vende

    MERCADORIAS e uma empresa industrial vende PRODUTOS.

    As MATRIAS-PRIMAS so consideradas bens de venda, no porque sero

    vendidas, mas sim porque sero transformados em produtos prontos, os quais serovendidos.

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    Os PRODUTOS EM FABRICAO( ou Produtos em Elaborao ou Produtos em

    Processos) so considerados bens de venda de uma empresa industrial, pois, aps

    acabados, sero vendidos.

    BENS DE USO

    Imveis Bens Tangiveis

    Terrenos (bens Materais)

    Moveis e Utenslios

    Veculos

    Maquinas e Equipamentos

    Computadores e Terminais

    Instalao

    Marcas e Patentes Bens Intangveis

    Fundo de Comrcio (Bens Imateriais).

    Luvas

    Concesses Obtidas,

    Etc.

    Bens TANGVEIS so aqueles que tem existncia concreta (material), ao passo que

    bens INTANGVEIS so aqueles que tem existncia abstrata (material). Assim, por

    exemplo, um txi (automvel) um bem tangvel; porem a licena do taxista um

    bem intagivel.

    A PATENTE decorrente de alguma inveno. O valor da patente igual ao

    somatrio dos gastos com seu registro e as despesas de pesquisas na sua obteno. O FUNDO DE COMERCIO o ponto comercial. Ao se apurar, por exemplo, o valor

    pelo qual uma loja deva ser vendida, no basta somarmos todos os bens materiais ali

    existentes. Deve-se levar tambm em considerao, entre outros fatores que possam

    existir, entre outros fatores que possam existir, a clientela, a localizao, a fama e o

    tempo de existncia. Assim, o valor considerado alem da matria dever ser o valor do

    fundo de comercio. Se, por hiptese, a soma dos valores dos bens materiais ali

    existentes fosse de $40.000 e a loja fosse vendida por $50.000, os $10.000 dediferena constituiriam o valor do ponto comercial.

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    2.3.2 DIREITO

    Ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou servio em troca do pagamento

    no imediato, originando um direito correspondente. Portanto representa os

    bens da empresa que esto em mos de terceiros, como os crditos a receber de

    terceiros.

    Duplicatas a Receber (ou clientes)

    Promissrias a receber

    Contas a receber

    Adiantamentos a fornecedores

    Adiantamentos a empregados

    Impostos a recuperar

    Emprstimos a coligadas

    Emprstimos a controladas.

    Etc.

    A DUPLICATA um titulo de credito comercial, uso em vendas a prazo. Recebe este

    nome por possuir os mesmos dados principais da FATURA (nmero de notas fiscais,

    valores das vendas e vencimentos dos pagamentos).

    A FATURA um documento comercial que comprova a venda a prazo efeutada ao

    mesmo cliente, o qual pode englobar uma ou mais NOTAS FISCAIS. Sua principal

    finalidade informar ao cliente a relao das notas fiscais, para que o mesmo confirasuas compras a prazo, e a(s) data(s) em que o mesmo deve efetuar o pagamento

    parcelado ou em quota nica.

    A NOTA FISCAL FATURA pode ser usada quando se deseja evitar o trabalho do

    faturamento aps a emisso das notas fiscais. Tal documento ao mesmo tempo, uma

    nota fiscal e uma fatura.

    o A lei permite que sejam emitidas varias duplicadas para a mesma fatura.

    Porem, no permitida a emisso de uma duplicata para vrias faturas.

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    o A duplicata emitida pelo fornecedor (aquele que vende a mercadoria ou

    servio a prazo) e deve receber o ACEITE do cliente (assinatura do cliente na

    duplicata).

    o Com o aceite, o sacador(credor) ter a garantia do sacado(devedor) do

    recebimento da duplicata.

    o O vendedor (fornecedor ou sacador ou credor) tem o prazo de 30 dias, para

    remeter a duplicata ao comprador (cliente ou sacado ou devedor) para aceite.

    o O sacado deve devolver a duplicata assinada no Maximo em 10 dias da data de

    sua apresentao, ou declarar por escrito as razes da recusa do aceite (avaria,

    defeitos, no-recebimento, diferenas na qualidade ou na quantidade,

    divergncias nos prazos ou preos ajustados, vcios).

    o adquirida a emisso de uma segunda via da duplicata, a qual chamamos de

    TRIPLICATA, em caso de extravio ou reteno por parte do sacado

    o O VENCIMENTO da duplicata por ser a dia certo (data determinada) ou

    vista (na apresentao).

    A NOTA PROMISSRIA recebe este nome por ser um titulo de credito

    representativo de uma promessa de pagamento, ou seja, o devedor (emitente do titulo)

    se compromete a pagar oo credor (favorecido ou beneficirio do titulo) determinada

    quantia.

    o Ao contrrio da duplicata, no ttulo comercial e sim titulo financeiro, usado,

    normalmente em emprstimos e financiamentos como por exemplo:

    o Na venda ou compra de imveis a prazo;

    o Quando um particular compra veiculo de outro particular;

    o Na obteno de dinheiro emprestado de bancos ou financeiras, podendo o

    beneficirio (banco ou financeira) exigir que o devedor tenha um avalista

    (quem pagara a promissria, caso o devedor no pague).

    o Enquanto a duplicata emitida pelo CREDOR, a promissria emitida pelo

    DEVEDOR.

    o Tambm, ao contrrio da duplicata, na promissria:

    o No existem as figuras do sacador e do sacado e sim a do emitente (devedor) e

    a do beneficirio (credor);

    o No emitida segunda via;

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    o No usada em operaes comerciais.

    o O VENCIMENTO pode ser, vista (na apresentao, a dia certo (data

    determinada) e a tempo certo da data (n. de dias a contar da data de emisso.)

    CONTAS A RECEBER conta representativa de valores a receber de terceiros, os

    quais no se encontram em ttulos de credito, isto , no se encontram em duplicatas e

    promissrias.

    ADIANTAMENTO A FORNECEDORES conta representativa de um credito do

    cliente contra o fornecedor, tendo em vista o pagamento antecipado para o

    recebimento futuro de bens.

    ADIANTAMENTO A EMPREGADOS tal como representa um direito da empresa

    em relao ao empregado. freqente o fato de uma empresa que pague salrios no

    dia 05 de cada ms conceder um adiantamento no dia 20. Tal adiantamento ser

    descontado do salrio bruto ao final do ms que foi concedido. Assim, se no final de

    um determinado ms o valor bruto da folha de salrios fosse de $30.000, ou seja,

    Salrios a Pagar = $30.000, e se no dia 20 do mesmo ms houvesse um adiantamento

    de $8.000, os Salrios a Pagar, sem considerar outros descontos, cairiam para $22.000,

    ficando a conta Adiantamento a empregados, ao fim do ms, com saldo zero.

    IMPOSTOS A RECUPERAR dado o principio constitucional da no

    cumulatividade, alguns impostos (atualmente o ICMS e o IPI) sero compensados em

    cada operao com o montante cobrado nas anteriores. Assim, caso uma empresa

    comercial, ao vender mercadorias num determinado ms, tenha cobrado de seus

    clientes $2.400 de ICMS (ICMS a recolher=$2.400)e, no mesmo ms, ao adquirir

    mercadorias para revenda de seus fornecedores, tenha pago $3.000-$2.400, isto ,

    $600 (credito da empresa contra o Estado). No ms seguinte, a empresa ter o direito

    de compensar os $600 com seus prximos dbitos com o Estado. Caso prevalecesse oICMS a recolher (=a Pagar), no ms seguinte a empresa teria de pagar ao Estado.

    DIVIDENDOS A RECEBER conta representativa do direito de a empresa

    investidora receber parte dos lucros distribudos das investidas (coligadas.

    Controladas, etc.)

    EMPRESAS COLIGADAS so aquelas em que uma participa em 10% ou mais do

    capital da outra, sem controlar. Assim, se a Cia X possui 13% das aes da Cia Y, a

    Cia X a coligada investidores e a Cia Y a coligada investida.

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    EMPRESA CONTROLADAS quando a investidora, direta ou indiretamente possui

    mais de 50% do capital votante da investida, a investidora considerada controlada e a

    investida, controlada;

    2.4 PASSIVO

    Representa todas as obrigaes financeiras que uma empresa tem para com

    terceiros, provenientes de transaes passadas, realizadas a prazo, com data de

    vencimento e beneficirio certo e conhecido. Todas as contas do passivo

    representam os valores negativos do patrimnio.

    Neste grupo est includo por fora de lei o capital prprio, apesar de no ser uma

    obrigao do patrimnio. A classificao do capital prprio no grupo do passivo uma mera

    questo para atender necessidade da Contabilidade para garantir a igualdade entre os dois

    grupos (ativo e passivo).

    O passivo abrange ento o capital de terceiros (obrigaes) e o capital prprio esuas variaes.

    2.4.1 OBRIGAES

    Constitui-se em ato da pessoa ou empresa dispor de algum bem ou servio e que em

    troca destes originam um compromisso futuro de pagamento, representado por umdocumento, como as duplicatas a pagar.

    Exemplos:

    Duplicatas a pagar (ou fornecedores)

    Promissrias a pagar

    Contas a pagarImpostos a recolher (= a pagar)

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    Adiantamentos de clientes

    Dividendos a pagar

    Salrios a pagar

    Financiamentos

    Emprstimos bancrios

    IRRF a recolher

    Encargos sociais a recolher

    Proviso p/13.salrio

    Proviso p/frias

    Proviso p/Imposto de renda

    Etc.

    CONTAS A PAGAR conta representativa de obrigaes com terceiros, que no se

    encontram representados por ttulos de credito, isto , no se encontram, por exemplo,

    em duplicatas ou promissrias.

    As PROVISES DO PASSIVO so obrigaes de carter duvidoso, pois so

    determinados por estimativas. Assim, quando se calcula o Imposto de Renda sobre o

    lucro, dada a complexidade do seu fator gerador, no se hpa certeza da exatido do seuvalor. Da, no usamos a conta Imposto de Renda a pagar, e sim conta Proviso para

    Imposto de Renda.

    H tambm PROVISES DO ATIVO, porm, tais provises so obrigaes, e sim

    contas redutoras (ou retificadoras).

    Exemplo

    Duplicatas a receber 20.000

    Proviso p/devedores duvidosos (600)19.400

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    2.5 ABORDAGEM CONCEITUAL DO PATRIMNIO

    o conjunto de bens, direitos e obrigaes vinculados a uma pessoa fsica ou jurdica,

    com finalidade definida e mensurvel economicamente. Tem-se do lado esquerdo o conjunto

    de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigaes

    a serem pagas por essa pessoa ou essa empresa.

    Patrimnio de Pessoa Fsica ou Jurdica

    Bens Obrigaes (a serem pagas)

    Direitos (a receber)

    2.5.1 ASPECTO QUALITATIVO

    A contabilidade deve especificar cada item do patrimnio utilizando nomeclatura,

    assim qualificando-os como por exemplo: bens numerrios (caixa e bancos), bens de venda(mercadorias, produtos acabados e matria-prima), bens de renda (veculos para alugar e

    imveis para alugar) e bens de uso (mquinas e equipamentos, materiais teis e ferramentas).

    BENS+DIREITOS OBRIGAESBens Obrigaes

    Dinheiro Duplicatas a pagar Estoque de Mercadoria Salrios a pagar Veculos Impostos a Recolher Imveis

    DireitosDepsito em bancosAluguis a ReceberDuplicatas a Receber

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    2.5.2 ASPECTO QUANTITATIVO

    a valorizao dos componentes patrimoniais ou seja, devem ser expressos em valores

    monetrios.

    BENS+DIREITOS OBRIGAESBens Obrigaes

    Dinheiro 50,00 Duplicatas a pagar 200,00Estoque de Mercadoria 150,00 Salrios a pagar 80,00Veculos 200,00 Impostos a Recolher 100,00Imveis 500,00

    DireitosDepsito em bancos 100,00Aluguis a Receber 10,00Duplicatas a Receber 40,00

    2.6 REPRESENTAO GRFICA DO PATRIMNIO

    O grfico do patrimnio representado pelo Balano Patrimonial, no qual do lado

    esquerdo encontram-se os valores ativos/positivos (bens e direitos) e do lado direito os

    valores passivos / negativos (obrigaes), como mostra o exemplo abaixo:

    ATIVO PASSIVO

    Bens ObrigaesVeculos Fornecedores

    Mveis e Utenslios Aluguis a Pagar

    Marcas e Patentes Salrios a Pagar

    Mquinas e Equipamentos Impostos a Recolher

    Direitos

    Aluguis a Receber PATRIMNIO LQUIDO

    Duplicatas a Receber Capital Social

    Lucros Acumulados

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    PATRIMNIO LQUIDO

    Objetivos:

    Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de:

    Entender o que Patrimnio Lquido;

    Definir a formao do patrimnio;

    Conceituar a situao lquida patrimnio liquido;

    3.1 INTRODUO

    Patrimnio Lquido a diferena entre os valores positivos do ativo (bens e direitos)

    e os valores negativos do passivo (obrigaes) de uma entidade em um determinado

    momento. parte do balano que representa o capital investido pelos scios e est conformedeterminao da Lei das Sociedades Annimas, graficamente localizado no seu lado direito .

    Obs. - Sendo o patrimnio lquido a diferena algbrica entre o ativo e o passivo, no

    tem sentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim conclumos que a entidade

    ter sempre A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero. Se a entidade possuir

    ativos e/ou passivos, ela os ter positivamente, ou no os ter.

    3.2 FORMAO DO PATRIMNIO LQUIDO

    O patrimnio liquido de uma entidade reflete em nmeros a riqueza liquida de seus

    scios. Um entidade empresarial tem sua constituio a partir da entrada de valores de seus

    scios ou acionistas, e o valor colocado disposio da entidade recebe a denominao de

    capital.

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    Alm do capital, o patrimnio liquido engloba, em seu total, os valores

    correspondentes a lucros ou prejuzos acumulados pela entidade e a conta de reservas.

    Capital: representa a entrada de valores da entidade, o que pode ocorrer por intermdio de

    seus investidores ou de terceiros.

    Lucro ou prejuzo: lucro o objetivo das entidades. Ao terminar um exerccio social, a

    empresa dever apurar ou determinar seu resultado, se positivo (lucro) ou se negativo

    (prejuizo). No caso de lucro, o valor apurado ser repartido para pagamento de tributos ao

    governo, distribuio ao scios e colaboradores, e at mesmo para o aumento do capital da

    prpria entidade, por meio de reservas.

    Reservas: parte do lucro guardada com objetivos especficos, como a reserva para

    investimento, que utilizada para a ampliao da prpria entidade.

    3.2.1 CAPITAL

    De forma geral, o capital representa os recursos que entram em uma entidade paraque ela exera sua atividade. Esses recursos podem vir de seus proprietrios (capital prprio)

    ou de outras pessoas fsicas ou jurdicas que colocam seus recursos na empresa (capital de

    terceiros).

    Capital subscrito: corresponde aos valores que os proprietrios (scios ou acionistas)

    comprometem- se a investir na entidade. Esse valor consta em contrato social de

    constituio da empresa assinado pelos scios. Subscrito = assinado. Capital social realizado ou integralizado: corresponde ao valor efetivamente entregue

    entidade pelo proprietrio que o subscreveu conforme o contrato social. Essa

    integralizao pode ser total ou parcial em relao ao valor assumido pelo contrato social.

    A efetiva entrega pode ocorrer sob a forma de moeda (dinheiro) ou por qualquer outro

    bem que seja quantificado em moeda, por exemplo, um veiculo.

    Capital a realizar ou a integralizar: compreende os valores subscritos no contrato

    social, porem ainda no disponibilizados ou entregues para a entidade.

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    3.3 A REPRESENTAO ALGBRICA DO PATRIMNIO

    Sendo o patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes esta constituda por

    capital de terceiros e capital prprio, a equao fundamental do patrimnio assim definida:

    PATRIMNIO LQUIDO = BENS + DIREITOS OBRIGAES COM TERCEIROS

    Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigaes com terceiros por passivo,

    e capital prprio por patrimnio lquido, podermos afirmar que:

    P.L. = A - P

    Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e

    pague todas as suas obrigaes com terceiros, a sobra ou situao lquida denominado pela

    Contabilidade de patrimnio lquido, onde encontramos a riqueza lquida da empresa.

    3.4 SITUAO LQUIDA PATRIMONIAL

    O Patrimnio Lquido ou situao lquida patrimonial obtida pela equao da

    contabilidade pode apresentar os seguintes resultados:

    a) Situao lquida patrimonial positiva: Quando o ativo maior que o passivo, teremos

    patrimnio lquido maior que zero, o que revela a existncia de riqueza patrimonial.A = P + PL

    ATIVO PASSIVO

    Bens 150.000,00

    Direitos 150.000,00

    Total do ativo 300.000,00

    Obrigaes 190.000,00

    Patrimnio Lquido 110.000,00

    Total do passivo 300.000,00

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    b) Situao lquida patrimonial nula: Quando o ativo igual ao passivo, teremos

    patrimnio lquido igual a zero, revelando inexistncia de riqueza prpria.

    A = P

    ATIVO PASSIVO

    Bens 150.000,00

    Direitos 150.000,00

    Total do ativo 300.000,00

    Obrigaes 300.000,00

    Patrimnio Lquido 0,00

    Total do passivo 300.000,00

    c) Situao lquida patrimonial negativa: Quando o passivo maior do que o ativo, teremos

    patrimnio lquido menor que zero, revelando m situao financeira denominado de passivo

    a descoberto.

    A + PL = P

    ATIVO PASSIVO

    Bens 150.000,00

    Direitos 150.000,00

    Total do ativo 300.000,00

    Obrigaes 390.000,00

    Patrimnio Lquido (90.000,00)

    Total do passivo 300.000,00

    BALANO PATRIMONIAL

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    Objetivos:

    Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de:

    Conhecer a estrutura do balano patrimonial;

    Reconhecer os grupos de contas;

    Entender a importncia deste demonstrativo financeiro;

    4.1 INTRODUO

    Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade T-3.2 do CFC o Balano Patrimonial

    a demonstrao contbil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente,

    numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da entidade.

    O Balano Patrimonial o principal demonstrativo contbil ou financeiro como

    conhecido atualmente, este demonstrativo reflete a posio financeira da entidade de um

    determinado perodo normalmente efetuado no final do ano, assim o Balano Patrimonial

    demonstra informaes que permitem aos interessados conhecer a situao patrimonial da

    entidade e as variaes ocorridas fornecendo dados para o planejamento e controle da

    administrao.

    constitudo de duas colunas: a coluna do lado direito denominado PASSIVO e

    PATRIMONIO LQUIDO. A coluna do lado esquerdo denominada ATIVO. As contas que

    compe o Patrimnio Lquido so conhecidas como CONTAS PATRIMONIAIS.

    ATIVO PASSIVO

    BENSDisponibilidades 50.0000,00

    OBRIGAESDvidas Operacionais 30.000,00

    27

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    De vendas 50.0000,00

    DIREITOS

    Decorrentes das operaes 30.000,00

    Outros Valores 20.000,00

    Total do ativo 150.0000,00

    Dvidas financeiras 20.000,00

    PATRIMNIO LQUIDO

    Capital Social 100.0000,00

    Total do passivo 150.000,00

    4.2 ATIVO

    De acordo com a Lei n 6.404/76 que regulamenta as sociedades por aes (S.As.), as

    contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de

    pagamento).

    No Ativo esto as contas que representam Bens e Direitos, ou seja, as aplicaes de

    recursos de uma entidade e esto devidamente classificadas em dois grupos conforme a Lei

    11.638/2007 e Medida Provisria 449/2208, convertida na Lei 11.941/2009:

    Ativo Circulante;

    Ativo No Circulante

    4.2.1 ATIVO CIRCULANTE

    Composto pelos bens e direitos que esto em freqente movimento e iro ser

    convertidos em dinheiro, no prazo de at 12 (doze) meses.

    Disponvel: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa,

    bancos conta movimento, cheques para cobrana e aplicaes financeiras de resgate imediato.

    Ex: caixa, bancos e fundo de aplicao financeira.

    Estoques: representam os bens destinados venda e que variam de acordo com a atividade da

    entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaborao, matrias-primas e mercadorias.28

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    Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que sero

    consideradas como custos ou despesas no decorrer do exerccio seguinte. Ex: seguros a

    vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

    4.2.2 ATIVO NO CIRCULANTE

    Este grupo composto pelos direitos realizveis a longo prazo, bem como bens de

    uso e bens imateriais que sero recebidos aps o trmino do exerccio seguinte, isto , aps 12

    (doze) meses. Ex: duplicatas a receber a longo prazo.

    Independente do prazo, sero classificadas neste grupo, as seguintes contas:

    adiantamentos a scios, adiantamentos acionistas, emprstimos coligadas, emprstimos

    controladas.

    Investimentos: so todas as aplicaes de recursos que no tem por finalidade o objetivo

    principal da entidade. Ex: imveis para aluguel, terrenos para expanso, aes em outrasempresas, participao em empresas coligadas, participao em empresas controladas e obras

    de arte.

    Imobilizado: representam as aplicaes de recursos em bens instrumentais que servem de

    meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciao, os

    bens imateriais sofrem amortizao e os terrenos sofrem exausto. Ex: veculos, mquinas e

    equipamentos, imveis, embarcaes, marcas e patentes e direitos autorais.

    Intangveis: representas os direitos que tenham objetivo bens imateriais ou incorpreos

    destinados manuteno da entidade. Ex. Marcas e Patentes

    4.3 PASSIVO

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    De acordo com a Lei n 6.404/76 que regulamenta as sociedades por aes (S.As.), as

    contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades.

    No Passivo esto as contas que representam obrigaes, ou seja, as origens (fontes)

    de recursos que entraram na entidade, que podem ser origens e terceiros e ou prprio

    (tambm conhecido como capital de terceiro e capital prprio) e esto devidamente

    classificadas em trs grupos conforme a Lei 11.638/2007 e Medida Provisria 449/2208,

    convertida na Lei 11.941/2009:

    Passivo Circulante;

    Passivo No Circulante;

    4.3.1PASSIVO CIRCULANTE

    Composto por todas as obrigaes com prazo de vencimento em at 12 (doze) meses.

    Ex. fornecedores, duplicatas a pagar, salrios a pagar, proviso para frias, proviso para

    imposto de renda e emprstimos bancrios.

    4.3.2 PASSIVO NO CIRCULANTE

    Representa as obrigaes com prazo de vencimento aps 12 (doze) meses. Ex:

    emprstimos bancrios e financiamentos. Neste grupo tambm so classificadas as seguintes

    contas: adiantamentos de scios, adiantamentos de acionistas, emprstimos de coligadas e

    emprstimos de controladas.

    4.4 PATRIMNIO LQUIDO

    De acordo com a Lei n 6.404/76 que regulamenta as sociedades por aes (S.As.), o

    Patrimnio Lquido dever estar do lado do PASSIVO.

    O Patrimnio Lquido, representa o capital investido pelos proprietrios, ou seja,

    capital prprio. Ex: capital social, reservas de capital, reservas de reavaliao, reservas de

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    lucros (legal, estatutria, contingncia, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados

    ou prejuzos acumulados.

    Capital Social

    Discrimina o valor subscrito e o valor que ainda ser realizado pelos scios ou acionistas.

    Ajuste de Avaliao Patrimonial

    Ajustes de Avaliao Patrimonial, Desta forma, segundo o 3 do art. 182 da lei 6.404/76

    alterada, sero classificadas como ajustes de avaliao patrimonial, enquanto no

    computadas no resultado do exerccio em obedincia ao regime de competncia, as

    contrapartidas de aumentos ou diminuies de valor servir essencialmente para abrigar a

    contrapartida de determinadas avaliaes de ativos a preo de mercado, especialmente a

    avaliao de determinados instrumentos financeiros e, ainda, os ajustes de converso em

    funo da variao cambial de investimentos societrios no exterior. Esses ltimos ajustes

    esto previsto no pronunciamento CPC 02.

    Reservas de Capital

    So contribuies recebidas dos proprietrios e de terceiros que no representam receitas

    ou ganhos e que, portanto, no devem transitar por conta de resultado.

    Reservas de Lucros

    So as contas formadas pela apropriao de lucro da empresa.

    Limite das reservas de lucros

    At 2007 apenas a reserva legal possua limite, agora esta reserva permanece com limite

    individual, que de 20% do capital social, ou se somar o saldo da reserva legal com

    montante das reservas de capital, no pode exceder de 30% do capital social.

    A partir de 2008 alm de observar este limite, o saldo das reservas de lucros, exceto o de

    trs reservas de lucros, que no devero ser consideradas nesse limite, que so as reservas

    para contingncias, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, no poder ultrapassar o

    capital social. Todas as reservas de lucros, exceto essas trs devem ser somadas, para

    serem comparadas com a conta capital social e se atingir esse limite, a assemblia

    deliberar sobre aplicao do excesso no aumento do capital social ou na distribuio de

    dividendos. Possivelmente as empresas iro optar por incorporar o excedente ao capital

    social.

    Lucros ou Prejuzos Acumulados

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    Registra os resultados acumulados pela entidade, quando ainda no distribudos aos

    scios, ao titular ou ao acionista.

    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVO____________________

    Ativo Circulante Passivo CirculanteCaixa FornecedoresBanco Salrios a pagar Estoques Impostos a recolherDuplicatas a receber

    Passivo no Circulante

    Ativo no Circulante Financiamentos a longo prazoRealizvel a longo prazoInvestimento PATRIMNIO LQUIDOImobilizado Capital SocialIntangvel Reservas de Capital

    Lucros ou Prejuzos Acumulados

    4.5 ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS

    O conjunto de acontecimentos que constituem a dinmica patrimonial proveniente

    dos atos e fatos administrativos.

    Atos Administrativos: so as ocorrncias que no alteram diretamente o patrimnio. Ex.

    Admisso e demisso de funcionrios e solicitao de mercadoria.

    Fatos Administrativos: so todas as ocorrncias que alteram o patrimnio permutando os

    seus valores ou modificando o patrimnio lquido. A Contabilidade tem como contedo o

    estudo e o registro contbil dos fatos administrativos e atravs dos demonstrativos contbeis

    pode conhecer seus efeitos sobre o patrimnio. Os fatos administrativos podem ser:

    permutativos e modificativos.

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO

    Objetivos:

    Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de:

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    Compreender a necessidade da elaborao da demonstrao do resultado do exerccio

    (DRE);

    Entender a correlao entre balano patrimonial e DRE;

    Elaborar a DRE de forma estruturada.

    5.1 INTRODUO

    O Resultado obtido pela DRE de uma entidade, num determinado perodo poder ser

    LUCRO ou PREJUZO, ser LUCRO, se o total de receitas for maior que o total de

    despesa. Ser PREJUZO, caso contrrio, isto , se as despesas ultrapassarem as receitas

    As contas podem ser classificadas de acordo com vrios critrios. Entretanto, aquele

    que nos interessa o que as classifica em dois grupos

    a) Contas Patrimoniais CONTAS DO ATIVO / CONTAS DO PASSIVO E CONTAS

    DO PATRIMNIO LIQUIDO

    b) Contas de Resultado CONTAS DE DESPESA E CONTAS DE RECEITAS

    O regime contbil adotado para a elaborao da DRE o de competncia: receitas e

    despesas so apropriados ao perodo de apurao, em funo de sua ocorrncia (fato gerador)

    e independentemente de seu reflexo financeiro, ou sejam se foram recebidas (receitas) ou

    pagas (despesas) dentro do perodo de apurao.

    5.2CONTAS DE RESULTADO

    As contas de resultado dividem-se em Conta de Despesas e Conta de Receitas.

    Aparecem durante o exerccio sociais, encerrando-se no final do mesmo. No fazem parte doBalano Patrimonial, mas permitem apurar o resultado do exerccio.

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    5.2.1 RECEITAS

    As receitas so provenientes das vendas efetuadas pela empresa em determinado

    espao de tempo. Essa receita pode ter sido recebida vista ou ter prazo futuro de

    recebimento.

    Pelo regime de competncia dos exerccios, a empresa reconhece a receita

    independentemente do prazo de recebimento. Isso significa que a realizao da venda ser

    contabilmente registrada no momento de sua gerao e no do efetivo recebimento.

    5.3 DEDUES: DESCONTOS CONCEDIDOS E DEVOLUES E IMPOSTOS

    As dedues sobre as vendas representam retificaes na Receita Bruta, ou seja,

    ajustes efetuados na receita bruta e no em despesas sobre elas.

    Para efeito de anlise de balanos, extremamente importante essa segregao, pois as

    contas retratam de certa maneira, o grau de eficincia da empresa ou sua poltica de descontose abatimentos em determinados perodos.

    As dedues sobre a receita bruta de vendas apresentadas na Demonstrao do

    Resultado do Exerccio so classificada em duas categorias a saber:

    5.3.1 DEVOLUES

    Representam as vendas que foram canceladas pelos clientes, por motivo de desacordo

    com o pedido, divergncia em quantidades contratadas, preos etc. Esses valores comporo as

    dedues na DRE, diminuindo a Receita Bruta do Perodo.

    5.3.2 DEDUES

    Descontos Concedidos: so compostos por duas categorias bsicas: descontos

    concedidos e abatimentos sobre vendas. Normalmente a empresa adota prtica de

    vendas para atrair mais clientes ou alavancar vendas, podendo esporadicamente

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    trabalhar com descontos nas vendas dos produtos, ou seja, no momento da venda o

    valor da transao j realizado pelo lquido da transao, resultando em um mero

    desconto comercial, no cabendo nesse caso, registro contbil.

    Abatimentos: outra categoria de descontos o que chamamos de abatimentos sobre

    venda. Por vrios motivos, por exemplo, produto fora do padro, desacordo com

    pedido etc a empresa vendedora poder conceder descontos (abatimentos) sobre as

    vendas j realizadas. Esse desconto concedido aps a venda ser contabilizado como

    uma deduo da receita bruta do perodo.

    5.3.3 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS

    Representam os valores que a empresa dever recolher ao rgo competente de

    fiscalizao e que foram gerados em funo da receita do perodo. Dentre eles, apresentam-se:

    Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS);

    Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

    Imposto sobre Servios (ISS);

    Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (COFINS);

    Programa de Integrao Social (PIS/Faturamento);

    Imposto sobre Exportao.

    5.4 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E DOS SERVIOS PRESTADOS

    Os custos dos produtos vendidos representam todos os custos incorridos pela empresa

    para se ter fabricado um produto no caso da indstria. Representam os custos das

    mercadorias que esto sendo vendidas no caso do comrcio e na prestao de servios

    representam os custos envolvidos no processo da efetiva prestao do servio a qual a

    atividade desempenha.

    CMV = EI + C EF

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    No final de novembro ser apurado o estoque fsico e atribudo o valor desse estoque

    sendo ento calculado o custo da mercadoria vendida nesse perodo. O clculo fica da

    seguinte forma:

    Exemplo CONTROLE DE ESTOQUE

    INVENTRIO PERIDICO

    CMV = $2.000 + $1.320 $105

    CMV = $3.215

    Ou seja:

    EI = $2000 (valor do incio do perodo)

    C = compras do perodo = $900 + $420 = $1320EF = estoque final

    5.5 DESPESAS

    Despesas so sacrifcios que a empresa incorre para poder obter receita no futuro. So

    desembolsos necessrios que contribuiro para a apurao da receita. Sem a ocorrncia dedeterminadas despesas, seria muito difcil vender produtos ou prestar servios.

    5.5.1 DESPESAS OPERACIONAIS

    As que participam efetivamente da operao da empresa, contribuindo para a

    manuteno da atividade operacional a qual se prope a desempenhar.A classificao na DRE apresenta-se da seguinte forma:

    Despesas de Vendas

    As despesas de vendas representam os desembolsos efetuados ou comprometidos pela

    empresa para colocar seu produto at ao consumidor final ou lhe prestar um servio. As

    contas mais comuns so: despesas com pessoal de vendas, comisses sobre as vendas

    realizadas, propaganda e publicidade, proviso para devedores duvidosos etc.

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    Despesas Administrativas

    So as despesas provenientes da gerncia efetiva do negcio. As contas mais comuns so:

    despesas com pessoal administrativo, despesas com aluguel do escritrio, seguros,

    depreciao de equipamentos de informtica e mveis da administrao etc.

    Despesas Financeiras Lquidas

    A conta de despesas financeiras lquidas representa, num primeiro momento, as despesas

    financeiras provenientes do custo da captao de terceiros. As contas representativas so:

    juros pagos, comisses bancrias, descontos concedidos a terceiros etc.

    Num segundo momento, representam as receitas financeiras que por sua vez devero ser

    compensadas para efeito de demonstrao do resultado. Devido a essa compensao, a conta

    chama-se despesas financeiras lquidas. As receitas financeiras so provenientes de:

    aplicaes financeiras, descontos obtidos, juros recebidos etc.

    Outras Despesas Operacionais

    So despesas que esto no contexto operacional, mas que no se enquadram em contas

    especificadas anteriormente. So exemplos de outras despesas operacionais as despesas

    tributrias que no se relacionam com as receitas de vendas, prejuzos provenientes de

    participaes em outras empresas etc.

    Outras Receitas Operacionais

    Representam receitas que esto no contexto operacional, mas que igualmente a outras

    despesas operacionais, no esto diretamente relacionadas com contas especificadas

    anteriormente. So exemplos: receitas eventuais provenientes de vendas de sucatas, lucro

    auferido na participao em outras empresas etc.

    Demais contas da DRE

    Aps a contabilizao de todas as despesas operacionais, apura-se o lucro operacional.

    O lucro operacional o resultado proveniente da confrontao entre as receitas totais

    do perodo menos os custos e despesas operacionais desse mesmo perodo. Aps o

    reconhecimento das receitas, custos e despesas do perodo, ainda falta provisionar o que ser

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    destinado para pagamento de Imposto de Renda, de acordo com a legislao vigente e o que

    ser destinado a ttulo de participaes e contribuies.

    O Lucro Lquido do Exerccio auferido pela empresa no perodo ser transportado para

    conta de Lucros Acumulados no Balano Patrimonial

    5.6 ESTRUTURA DO DRE

    Demonstrao do resultado do exerccio

    Empresa XXX

    Exerccio financeiro de 200X

    31/12/200XRECEITA OPERACIONAL BRUTA(-) Dedues da receita brutaDevoluo de vendas

    AbatimentosImpostos sobre vendas= Receita Operacionais Lquidas(-) Custo das mercadorias vendidas (CMV) /Custo dos servios prestados (CSP) /Custo do produtos vendidos (CPV)= Lucro Operacional Bruto(-) Despesas OperacionaisDespesas com vendasDespesas Administrativas(-/+)Despesas financeiras (deduzidas as receitas financeiras)(+) outras receitas operacional= Lucro Operacional Lquido(-/+) Resultado no-operacional+ Receitas no operacionais(-) Despesas no operacionais=Lucro Antes Do Imposto De Renda (LAIR)(-) Proviso para imposto de renda pessoa jurdica (IRPJ)(-) Proviso para contribuio social s/lucro liquido (CSLL)=Lucro depois do IRPJ E CSLL(-) Participaes

    (-) Contribuies= Lucro Ou Prejuzo Do Exerccio (Resultado Lquido)

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    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVO

    PATRIMNIO LQUIDO

    CapitalLucro do PerodoLucros Acumulados

    BALANCETE DE VERIFICAO

    Objetivos

    Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de:

    Entender a real necessidade do balancete de verificao e sua funo na contabilidade;

    Definir os elementos que compem a estrutura do balancete de verificao;

    Elaborar um balancete de verificao pelo mtodos simplificados e completo.

    6.1 INTRODUO

    39

    DRE

    A DREexplica aconta lucrodo perodocomdetalhes

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    Balancete de Verificao um resumo ordenado de todas as contas utilizadas pela

    contabilidade quantitativamente, ou seja, do que o controle de saldos das contas

    movimentadas pela empresa em determinado perodo. O Balancete o primeiro passo para a

    elaborao das Demonstraes Contbeis. Pode ser encontrado em diversas formas, em duas,

    quatro e at seis colunas.

    Por meio do balancete de verificao, podemos verificar a evoluo das contas de

    receitas e despesas, a movimentao das contas de ativo e passivo, sem a necessidade de

    levantarmos o balano patrimonial, que obrigatrio somente no final do exerccio

    financeiro.

    O balancete de verificao poder ser efetuada de forma diria, semanal, mensal ou

    no momento da necessidade da empresa.

    As contas de Ativo tem os saldos finais devedor e as contas de passivo tem o saldo final

    credor, j as contas de Receita tem como saldo final credor e as contas de despesas

    dedues e custo tem os saldos credores.

    6.2 BALANCETE DE VRIAS COLUNAS

    Balancete de vrias colunas consiste em colocarmos os saldos iniciais (saldo este queforam encerrados no perodo anterior) vale lembrar que os saldos a ser transportados so

    somente do balano patrimonial que acumulativo, j as contas de resultado so encerradas

    dentro do perodo e depois a movimentao ocorrida na empresa e somente depois apurar o

    saldo atual dos fatos ocorridos na entidade dentro do perodo.

    40

    CONTAS Saldo Devedor Saldo CredorCONTAS Saldo Devedor Saldo Credor

    Caixa 700.000 -Caixa 700.000 -Capital - 1.500.000Capital - 1.500.000Mveis e Utens. 300.000 -Mveis e Utens. 300.000 -Estoques 500.000 -Estoques 500.000 -

    TOTAL 1.500.000 1.500.000TOTAL 1.500.000 1.500.000

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    FORMAS

    PLANO DE CONTAS

    Objetivos

    Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de: Elaborar um plano de contas;

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    Entender a classificao das contas pelo grau como sintticas ou analticas;

    Conhecer os grupos de contas.

    7.1 INTRODUO

    Conta, para a Contabilidade, a denominao tcnica dada aos elementos

    patrimoniais representados pelos bens, direitos e obrigaes, e aos elementos de resultado

    representados pelas receitas e despesas.

    O plano de contas por sua vez um elenco de todas as contas previstas como

    necessrias aos registros contbeis de uma entidade, oferecendo uniformizao das contas

    utilizadas em cada registro.

    Os principais objetivos de um plano de contas esto ligadas importncia da

    uniformizao dos relatrios contbeis e flexibilidade que cada entidade tem em estruturar

    seu plano de contas de acordo com seu porte e com atividade que desenvolve.

    O plano completo deve apresentar o ttulo das contas, a classificao, a funo,explicar o funcionamento, apontar a relao entre os grupos ou mesmo entre as contas, regular

    o registro das contas, estabelecer a anlise e os cdigos das contas e prever as derivaes das

    contas.

    7.2 ESTRUTURA DE UM PLANO DE CONTAS

    No plano de contas, alm da classificao das contas patrimoniais e de resultado,

    temos tambm a classificao quanto ao seu grau de especificao:

    Contas sintticas: no recebem lanamentos e tem seu saldo a partir dos lanamentos

    em contas analticas, ou seja, so contas que totalizam os saldos das contas analticas.

    42

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    Contas analticas: efetivamente recebem os lanamentos a dbito e a crdito, ou seja,

    so as contas movimentadas pela escriturao dos fatos contbeis.

    Ex: 1. Ativo - sinttica

    1.1 Ativo Circulante - analtica

    7.3 ELABORAO DE UM PLANO DE CONTAS

    A seguir apresentamos um exemplo de plano de contas:

    CONTAS PATRIMONIAIS1. ATIVO 2. PASSIVO

    1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 PASSIVO CIRCULANTE1.1.01 Caixa 2.1.01 Fornecedores1.1.02 Banco 2.1.02 Duplicatas a pagar1.1.03 Clientes ou Dupl. a Receber 2.1.03 Salrios a pagar 1.1.04 Estoques 2.1.04 Impostos a pagar

    1.2 ATIVO NO CIRCULANTE 2.2 PASSIVO NO CIRCULANTE1.2.01 Duplicatas a Receber longo prazo 2.2.01 Emprstimos a longo prazo

    1.2.02 Computadores 2.2.02 Promissrias a pagar a longo prazo1.2.03 Mveis e Utenslios 2.3 PATRIMNIO LQUIDO1.2.04 Veculos 2.3.01 Capital

    2.3.02 Reservas2.3.03 Lucros ou prejuzo acumulados

    CONTAS DE RESULTADO3. DESPESAS 4. RECEITAS3.1 DESPESAS OPERACIONAIS 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS

    3.1.01 gua e esgoto 3.1.01 Vendas ou Servios3.1.02 Aluguis pagos 3.1.02 Aluguis recebidos3.1.03 Energia Eltrica 3.1.03 Descontos obtidos3.1.04 Telefone 3.1.04 Juros recebidos

    CONTABILIZAO DAS CONTAS

    Objetivos

    Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de:

    Compreender a tcnica de registro dos fatos contbeis;

    Registrar os fatos contbeis;

    Elaboras as demonstraes contbeis.

    8.1 INTRODUO

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    a tcnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordem cronolgica todos os

    fatos administrativos que ocorrem no patrimnio das entidades, para fornecer informaes

    sobre a composio do patrimnio e as variaes nele ocorridas em determinado perodo.

    o registro dos fatos contbeis, segundo os princpios e normas tcnico-contbeis,

    tendo em vista demonstrar a situao econmico-patrimonial da entidade e os resultados

    econmicos por ela obtidos em um exerccio. (Hilrio Franco)

    8.2 REPRESENTAO GRFICA DAS CONTAS

    A conta a representao grfica da relao dbito e crdito de um determinado fato

    administrativo.

    Graficamente, represent-la na forma da letra T, a qual chamamos de Razonete.

    Sua utilizao de grande importncia pois, apuramos no final do perodo o valor final de

    cada conta atravs do mesmo.

    Nome da Conta

    Dbito | Crdito

    8.3 MTODO DE ESCRITURAO

    Muitas tentativas de escriturao foram sendo elaboradas, ao longo dos

    sculos, para registrar os fatos contbeis at que, em 1949, em Veneza, atravs da publicaoda obra Tratatus Particularis de Computis et Scripturis (Tratado Particular de Conta e

    Escriturao), o frei e matemtico Luca Paccioli, divulgou o mtodo das Partidas

    Dobradas, que se mostrou o mais adequado, produzindo informaes teis e capazes de

    atender a todas as necessidades dos usurios para gerir o patrimnio, tornando-se um marco

    na evoluo contbil.

    O mtodo das Partidas Dobradas consiste no princpio no qual para todo dbito em

    uma conta, existe simultaneamente um crdito, da mesma maneira que a soma do dbito ser

    44

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    igual a soma do crdito, assim como a soma dos saldos devedores ser igual a soma dos

    saldos credores.

    A diferena entre o dbito e o crdito denominada de saldo. Se o valor dos

    dbitos for superior ao valor dos crditos, a conta ter um saldo devedor. Se ocorrer o

    contrrio, a conta ter um saldo credor.

    8.4 LANAMENTOS A DBITO E A CRDITO DAS CONTAS

    o registro dos fatos contbeis realizado atravs do mtodo das partidas dobradas,

    sendo a partida devedora representada pela aplicao do recurso e a partida credora sendorepresentada pela origem do recurso.

    D: Aplicao de recursos

    C: Origem de recursos

    As contas do ativo so debitadas quando bens ou direitos entram no patrimnio e

    creditadas quando saem. As contas passivas so creditadas quando o patrimnio assumeobrigaes e debitada quando as liquida.

    O patrimnio lquido, como complemento do passivo para igualar ao ativo, obedece

    ao mesmo mecanismo das demais contas passivas, ou seja, suas contas so creditadas quando

    h aumento de patrimnio, e debitadas quando h reduo.

    ATIVO PASSIVO

    Toda entrada DEBITA Toda entrada CREDITA

    Toda sada CREDITA Toda sada DEBITA

    Todas contas de despesas so debitadas, pois representam Aplicao do

    patrimnio lquido, enquanto as contas de receitas so creditadas, pois representam

    Origem de recurso do patrimnio lquido.

    8.5 FRMULAS DE LANAMENTOS

    45

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    H 04 (quatro) frmulas para registrar os fatos contbeis, de acordo com o nmero de

    contas debitadas e creditadas. No esquecendo que a soma dos dbitos devem ser iguais a

    soma dos crditos e vice-versa. Apresentaremos aqui as mais utilizadas.

    1 Frmula: uma conta debitada e outra creditada;

    Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 2.000,00

    D: Caixa 2.000,00

    C: Duplicatas a Receber 2.000,00

    2 Frmula: uma conta debita e mais de uma conta creditada.

    Ex: Compra de mercadoria no valor de R$ 4.000,00 sendo R$ 2.000,00 a vista e R$2.000,00 aprazo

    D: Estoque de Mercadorias 4.000,00

    C: Caixa 2.000,00

    C: Fornecedores 2.000,00

    3 Frmula: mais de uma conta debitada e uma conta creditada.

    Ex: Venda de uma mquina de calcular pelo valor de R$1.200,00, sendo R$ 200,00 a vista eR$1.000,00 a prazo

    D: Caixa 200,00

    D: Duplicatas a Receber 1.000,00

    C: Mveis e utenslios 1.200,00

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA

    ARAJO, INALDO P.SANTOS Introduo Contabilidade. 3. Ed. So Paulo:Saraiva,2009.

    EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. Contabilidade introdutria. So Paulo: Atlas,1998.

    FRANCO, HILRIO.Contabilidade Geral. 23 Ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    IUDICIBUS, SERGIO & MARION, JOS C CARLOS Curso de contabilidade para nocontadores. So Paulo: Atlas, 1997.

    IUDICIBUS, SERGIO & MARION, JOS CARLOS Contabilidade Empresarial. SoPaulo: Atlas, 1997.46

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    IUDICBUS, SERGIO, Introduo Teoria da Contabilidade, 6. Ed. So Paulo: Atlas,2000.

    MARION, JOS CARLOS, Contabilidade Bsica, 7. Ed. So Paulo: Atlas,2004.

    MARION, JOS CARLOS. Contabilidade empresarial. So Paulo: Atlas, 1997.

    MARION, JOS CARLOS, O Ensino da Contabilidade, 2. Ed. So Paulo: Atlas,2001.

    PADOVEZE, CLVIS LUS Manual de Contabilidade Bsica. 6. Ed. So Paulo: Atlas,2008.

    RIBEIRO, OSNI RAMOS Contabilidade Bsica Fcil. 27. Ed. So Paulo: Saraiva, 2010.

    SANTOS, JOSE LUIZ DOS. (ET AL) Introduo contabilidade, 1. Ed. So Paulo: Atlas,2003.

    SILVA, ANTONIO CARLOS RIBEIRO da Metodologia da Pesquisa Aplicada Contabilidade, 1. Ed. So Paulo: Atlas, 2003.