Apostila de Contabilidade Basica

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  • 8/3/2019 Apostila de Contabilidade Basica

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    UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA- UNIVALI / CENTRO DE EDUCAOSUPERIOR VII SO JOS / DISCIPLINA : CONTABILIDADE BSICA

    PROFESSOR : DARCI SCHNORRENBERGERNOES BSICAS DE CONTABILIDADE

    SUMRIO1 PRINCPIOS CONTBEIS .................................................................................1

    2 - RELATRIOS CONTBEIS.................................................................. 52.1 - INTERPRETAO DOS DBITOS E CRDITOS ..............................................63 - BALANO PATRIMONIAL................................................................... 63.1 - CONCEITO DE CICLO OPERACIONAL..............................................................73.2 - GRUPO DECONTAS ................................................................................................73.3 - ATIVO ..................................................................................................... 83.3.1. Ativo Circulante AC..................................................................................................83.3.2 - Ativo Realizvel LongoPrazo...............................................................................14

    3.3.3 - AtivoPermanente.....................................................................................................153.4 - PASSIVO............................................................................................... 203.4.1. PassivoCirculante......................................................................................................203.4.2 - Passivo Exigvel LongoPrazo ...............................................................................213.5 - RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS .................................. 223.6 - PATRIMNIO LQUIDO- PL ........................................................... 233.6.1 - CapitalSocial............................................................................................................23

    3.6.2 - Reservas deCapital ..................................................................................................243.6.3 - Reservas deReavaliao ..........................................................................................253.6.4 - Reservas deLucros...................................................................................................253.6.5 - Lucros ou PrejuzosAcumulados.............................................................................263.6.6 - Aes emTesouraria ................................................................................................264 - DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO................ 27

    5 - ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS.......................... 325.1- ANLISE ATRAVS DE NDICES................................................... 335.1.1 - ndices deLiquidez...................................................................................................345.1.2 - ndices deEndividamento ........................................................................................345.1.3 - ndices deAtividade .................................................................................................355.1.4 - ndices deRentabilidade...........................................................................................366 - ANLISE HORIZONTAL E VERTICAL........................................... 39

    EXERCCIOS PROPOSTOS..........................................................................................40

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    EXERCCIO N. 01 Inventrio BalanoPatrimonial....................................................41EXERCCIO N. 02 Inventrio BalanoPatrimonial....................................................42EXERCCIO N. 03 Cia daSade....................................................................................44EXERCCIO N. 04 Verdadeira ouFalsa? .......................................................................46

    EXERCCIO N. 05 Superavaliao.................................................................................48EXERCCIO N. 06 Subavaliao....................................................................................51EXERCCIO N. 07 Avaliao de Estoque -Mtodos.....................................................54EXERCCIO N. 08 Ativo, Passivo ePL.........................................................................57EXERCCIO N. 09 Verdadeira ouFalsa? .......................................................................59EXERCCIO N. 10 Verdadeira ou

    Falsa? .......................................................................60EXERCCIO N. 11 DRE DLPA eBP..........................................................................61EXERCCIO N. 12 DRE DLPA BP e V/F................................................................63EXERCCIO N. 13 DRE eBP ........................................................................................65EXERCCIO N. 14 PERGUNTAS SOBRE BP..............................................................66EXERCCIO N. 15 -DMPL...............................................................................................69EXERCCIO N. 16 T1 T2 eT3 .........................................................................................71

    EXERCCIO N. 17 Verdadeira ouFalsa? .......................................................................73EXERCCIO N. 18 Verdadeira ouFalsa? .......................................................................75EXERCCIO N. 19 DRE e BP - AJUSTES ....................................................................77EXERCCIO N. 20 Imobilizado -Depreciao ..............................................................79EXERCCIO N. 21 lgebra naContabilidade................................................................80EXERCCIO N. 22 Verdadeira ouFalsa? .......................................................................82

    1 PRINCPIOS CONTBEISRESOLUO CFC N 750(1) de 29 de dezembro de 1993.Dispe sobre os Princpios Fundamentais de Contabilidade (PFC).O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC, no exerccio de suasatribuies legais e regimentais. CONSIDERANDO que a evoluo da ltima dcadana rea da Cincia Contbil reclama a atualizao substantiva e adjetiva dosPrincpios Fundamentais de Contabilidade a que se refere a Resoluo CFC 530-81.

    RESOLVE:CAPTULO I

    DOS PRINCPIOS E DE SUA OBSERVNCIA

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    Art. 1 Constituem PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC) osenunciados por esta Resoluo. 1 A observncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade obrigatria noexerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileirasde Contabilidade (NBC). 2 Na aplicao dos Princpios Fundamentais de Contabilidade a situaesconcretas, a essncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

    CAPTULO IIDA CONCEITUAO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAOArt. 2 Os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam a essncia dasdoutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade, consoante o entendimentopredominante nos universos cientfico e profissional de nosso Pas. Concernem, pois, Contabilidade no seu sentido mais amplo de cincia social, cujo objeto oPatrimnio das Entidades.

    Art. 3 So Princpios Fundamentais de Contabilidade:I - o da ENTIDADE;II - o da CONTINUIDADE;

    III - o da OPORTUNIDADE;IV - o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;V - o da ATUALIZAO MONETRIA;VI - o da COMPETNCIA eVII - o da PRUDNCIA.

    Seo IO PRINCPIO DA ENTIDADE

    Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto daContabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de

    um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes,independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, umasociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem finslucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o patrimnio no se confunde comaqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico. O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta emnova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    Seo II

    O PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    Art. 5 A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ouprovvel, devem ser consideradas quando da classificao e avaliao das mutaespatrimoniais, quantitativas e qualitativas. 1 A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos e, em muitos casos, ovalor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extino da ENTIDADEtem prazo determinado, previsto ou previsvel. 2 A observncia do Princpio da CONTINUIDADE indispensvel corretaaplicao do Princpio da COMPETNCIA, por efeito de se relacionar diretamente quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resultado, e de

    constituir dado importante para aferir a capacidade futura de gerao de resultado.

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    Seo IIIO PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

    Art. 6 O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividadee integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando queeste seja feito de imediato e com a extenso correta, independentemente dascausas que as originaram.

    Pargrafo nico. Como resultado da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE:I - desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deve serfeito mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia;II - o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplandoos aspectos fsicos e monetrios;III - o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridas nopatrimnio da ENTIDADE, em um perodo de tempo determinado, base necessriapara gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto.

    Seo IVO PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    Art. 7 Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originaisdas transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas,que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusivequando configurarem agregaes ou decomposies no interior da ENTIDADE.Pargrafo nico. Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:I - a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores deentrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentesexternos ou da imposio destes;II - uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero teralterados seus valores intrnsecos, admitindo-se, to-somente, sua decomposio em

    elementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;III - o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como parte dopatrimnio, inclusive quando da sada deste;IV - os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VALORORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenasatualiza e mantm atualizado o valor de entrada;V - o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniaisconstitui imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

    Seo VO PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA

    Art. 8 Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem serreconhecidos nos registros contbeis atravs do ajustamento da expresso formaldos valores dos componentes patrimoniais.Pargrafo nico. So resultantes da adoo do Princpio da ATUALIZAOMONETRIA:I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representaunidade constante em termos do poder aquisitivo;II - para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaesoriginais (art. 7), necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, afim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentes

    patrimoniais e, por conseqncia, o do patrimnio lquido;

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    III - a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas, to-somente, oajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao deindexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo damoeda nacional em um dado perodo.

    Seo VIO PRINCPIO DA COMPETNCIA

    Art. 9 As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado doperodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,independentemente de recebimento ou pagamento. 1 O Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no ativo ou nopassivo resultam em aumento ou diminuio no patrimnio lquido, estabelecendodiretrizes Contabilidade Bsica para classificao das mutaes patrimoniais,resultantes da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE. 2 O reconhecimento simultneo das receitas e despesas, quando correlatas, conseqncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao. 3 As receitas consideram-se realizadas:I - nas transaes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou

    assumirem compromisso firme de efetiv-lo, quer pela investidura na propriedade debens anteriormente pertencentes ENTI-DADE, quer pela fruio de servios poresta prestados;II - quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo,sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;III - pela gerao natural de novos ativos independentemente da interveno deterceiros;IV - no recebimento efetivo de doaes e subvenes. 4 Consideram-se incorridas as despesas:I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferncia de suapropriedade para terceiro;

    II - pela diminuio ou extino do valor econmico de um ativo;III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

    Seo VIIO PRINCPIO DA PRUDNCIA

    Art. 10. O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para oscomponentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentemalternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais quealterem o patrimnio lquido. 1 O Princpio da PRUDNCIA impe a escolha da hiptese de que resulte menor

    patrimnio lquido, quando se apresentarem opes igualmente aceitveis diantedos demais Princpios Fundamentais de Contabilidade. 2 Observado o disposto no art. 7, o Princpio da PRUDN-CIA somente se aplica smutaes posteriores, constituindo-se ordenamento indispensvel corretaaplicao do Princpio da COMPE-TNCIA. 3 A aplicao do Princpio da PRUDNCIA ganha nfase quando, para definio dosvalores relativos s variaes patrimoniais, devem ser feitas estimativas queenvolvem incertezas de grau varivel.Art. 11. A inobservncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade constituiinfrao s alneas c, d e e do art. 27 do Decreto-Lei n 9.295, de 27 de maiode 1946 e, quando aplicvel, ao Cdigo de tica Profissional do Contabilista.

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    Art. 12. Revogada a Resoluo CFC n 530-81, esta Resoluo entra em vigor a partirde 1 de janeiro de 1994.Braslia, 29 de dezembro de 1993.IVAN CARLOS GATTI Presidente(1) Publicada no DOU, de 31-12-93 e de 07-02-94. Contabilidade Bsica

    2 - RELATRIOS CONTBEIS

    Relatrios Contbeis so as exposies resumidas e ordenadas de dados colhidospela contabilidade. Objetivam informar aos seus usurios os principais fatosregistrados pela contabilidade em determinado perodo. Entre os relatrioscontbeis, os mais importantes so as Demonstraes Financeiras. De acordo com oprojeto-lei de alterao da Lei 6.404 de 1976, estas demonstraes passaro a serdenominadas de Demonstraes Contbeis, motivo pelo qual utilizar-se- estanomenclatura nesta apostila. A Lei das Sociedades Annimas estabelece que, ao fimde cada perodo social (normalmente 12 meses) a diretoria far elaborar e deverpublicar, com base na escriturao contbil, as demonstraes contbeisrelacionadas a seguir:

    a) Balano Patrimonial;b) Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE);c) Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA) ouDemonstrao dasMutaes do Patrimnio Lquido1 (DMPL);d) Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR).

    O exerccio social poder ter a durao de um ano civil, no havendo necessidade decoincidir com o ano civil (01/01 31/12), para fins de IR, o exerccio social devercoincidir com o ano civil. As sociedades annimas de capital aberto devero

    apresentar Demonstraes Contbeis (DCs) intermedirias. Ou seja, as empresasque possuem aes negociadas em Bolsas de Valores, devero publicar suasDemonstraes Contbeis a cada trimestre. Pela legislao do IR, as Sociedades porQuotas de Responsabilidade Limitada devero seguir parte dos dispositivos dasSociedades por Aes. Embora, originalmente, no seja obrigatria a publicao dasDCs por parte das Ltdas, elas devero elaborar suas demonstraes nos moldes dasSociedades Annimas, para melhor atender s exigncias do IR. Somente a DOAR exigncia especfica para as grandes sociedades annimas. Atualmente, todas associedades limitadas com capital social superior a R$12.000.000,00 (doze milhes)de reais, tambm esto obrigadas a elaborar a DOAR bem como publicar suas DCs.

    1 De acordo com o projeto de alterao da Lei 6.404 de 1.976, a DMPL tornar-se-obrigatria.

    2.1 - INTERPRETAO DOS DBITOS E CRDITOS

    Antes de iniciar o estudo das demonstraes contbeis bsicas (Balano Patrimonial,Demonstrao dos Resultados do Exerccio, Demonstrao das Mutaes doPatrimnio Liquido e Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos) faz-senecessrio conhecer o funcionamento e a interpretao dos dbitos e crditos.

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    GRUPO QUANDO DEBITA QUANDO CREDITA ATIVOExistncia ou entrada na empresa de bens, dinheiro ou direitos.Sada de bens, dinheiro ou direitos.

    PASSIVO - Reduo das Obrigaes com / Terceiros ou do Capital Prprio / Aumentodas Obrigaes com / Terceiros ou do Capital Prprio /

    RECEITAS - Cancelamento de vendas Registro de Vendas /DESPESAS / CUSTOS - Gastos incorridos pelo regime de competncia /Transferncia de uma despesa para outra ou estorno. / Esquematicamente, para finsde compreenso da regra e no da exceo2, pode-se representar os efeitos sobreos saldos dos grupos de contas da seguinte forma:

    EFEITO SOBRE O SALDO QUANDOGRUPO DEBITA/APLICAO CREDITA/ORIGEMATIVO - Aumenta DiminuiPASSIVO - Diminui Aumenta

    RECEITAS - Diminui AumentaDESPESAS / CUSTOS - Aumenta Diminui

    2 As excees so as contas redutoras dos saldos de determinadas contas dosrespectivos grupos. As mais usuais so as Duplicatas Descontadas, Proviso paraDevedores Duvidosos, a Depreciao/Amortizao Acumulada, Capital aIntegralizar,ou seja, todas as contas que so apresentadas como redutoras do saldode uma conta.

    3 - BALANO PATRIMONIALO Balano Patrimonial reflete a posio patrimonial da empresa em determinado

    momento, normalmente no fim do ano ou de um perodo prefixado. A Lei dasSociedades Annimas denomina de Ativo todas as contas constantes do ladoesquerdo e de Passivo todas as contas constantes do lado direito do BalanoPatrimonial. Estas denominaes se devem ao fato de o Ativo representar o conjuntode bens e direitos da empresa ao passo que o Passivo representa o conjunto deobrigaes com terceiros e com os proprietrios da empresa.

    3.1 - CONCEITO DE CICLO OPERACIONALCiclo Operacional o decurso de tempo necessrio para a empresa realizar umaoperao do seu ramo de negcio, operao esta que vai desde o incio da produoat o recebimento dos recursos financeiros decorrentes da venda. Quando ocorrem

    situaes em que a empresa tenha um ciclo superior durao do exerccio social(um ano), ela poder adotar critrios de classificao de curto e longo prazo deacordo com seu ciclo operacional. Ou seja, seu exerccio social poder ser superiorao ano civil.

    3.2 - GRUPO DE CONTAS

    Para facilitar a interpretao e anlise do balano patrimonial existe umapreocupao constante em estabelecer uma adequada distribuio das contas emgrupos homogneos.ATIVO TOTAL PASSIVO + PATRIMNIO LQUIDO

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    Ativo Circulante: So os bens e direitos que esto constantemente em giro, sendoque a converso em dinheiro ser no mximo at o final do prximo exerccio social.

    Passivo Circulante: So as obrigaes que sero liquidadas at o final do prximoexerccio social.

    Ativo Realizvel Longo Prazo: So bens e direitos que se transformaro emdinheiro a partir de um ano depois do levantamento do balano patrimonial.

    Passivo Exigvel Longo Prazo: So as obrigaes que sero liquidadas a partirde um ano aps o balano patrimonial.

    Result. de Exerccios Futuros: So as receitas de exerccios futuros diminudasdos custos e despesas a elas correspondentes.

    Ativo Permanente: So bens e direitos que no se destinam a venda e tem vidatil, no caso de bens, longa.

    Classificam-se em:

    - Investimentos;- Imobilizado;- Diferido.

    Patrimnio Lquido: So os recursos aplicados pelos proprietrios, na empresa.

    3.3 ATIVO

    As contas do Ativo so agrupadas de acordo com a sua rapidez de converso emdinheiro, isto , de acordo com seu grau de liquidez. Assim, os grupos seguem umaordem Decrescente de Liquidez, ou seja, primeiro registra-se aqueles que so mais

    rapidamente convertidos em dinheiro:

    a) Ativo Circulante contas que j so dinheiro ou so facilmente transformadasneste (em at 365 dias);b) Ativo Realizvel Longo Prazo contas que se transformaro em dinheiromais lentamente (num prazo superior a 365 dias);c) Ativo Permanente dificilmente sero transformadas em dinheiro, uma vez queno objetivo da empresa que sejam vendidos.

    3.3.1. Ativo Circulante AC - O Ativo Circulante o primeiro grupo de contas doAtivo. So componentes classificveis no AC so:

    a) Disponveis:

    i) Caixa;ii) Depsito bancrio a vista;iii) Numerrio em trnsito;iv) Aplicaes financeiras.

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    b) Bens e Direitos realizveis curto prazo:

    i) Duplicatas a receber;ii) Estoques;iii) Investimentos Temporrios;iv) Outros Valores.

    c) Despesas do Exerccio Seguinte (Despesas Antecipadas)a) Disponvel - So recursos da empresa para fazer frente aos seus compromissosimediatos ou para qualquer outra aplicao relativa sua atividade. Sua principalcaracterstica a de serem a vista, isto , tratar-se de dinheiro ou de depsitobancrio a vista.

    CaixaDepsitos Bancrios a Vista (Banco Conta Movimento)Numerrio em trnsitoAplicaes Financeiras

    b) Bens e Direitos Realizveis a Curto Prazo

    Duplicatas a receber - So originrias de vendas de mercadorias/produtos ouprestao de servios a prazo para os seus clientes. A duplicata um comprovantede dvida do cliente com a empresa. Atravs dela a empresa passa a ter o direito decobrar de seus clientes no prazo acordado. Proviso para devedores duvidosos -PDD: O recebimento da duplicata no lquido e certo uma vez que a empresa estsujeita aos riscos de crdito. Assim, h dois valores referentes a duplicatas areceber:

    - Aquele registrado como de vendas a prazo, e- Aquele efetivamente recebido.

    Dessa forma, por ocasio do levantamento do Balano Patrimonial, deduz-se deDuplicatas a Receber um montante estimado de perdas com clientes duvidosos. Oparmetro aceito para o clculo desta proviso, at 1997, era a porcentagem obtida,nos ltimos trs anos, entre duplicatas no liquidadas e o total de duplicatas areceber no final desses trs anos.

    Exemplo:

    Exerccios Duplicatas a receber (saldo em 31/12)Perda efetivamente observadaAno 1 200.000 7.000Ano 2 250.000 10.000Ano 3 300.000 10.750Total 750.000 27.750

    O clculo da Porcentagem da PDD para o ano 4 feito da seguinte forma:

    1. Passo 1: Percentagem = 27.750/750.000 =3,7%2. Passo 2: Se neste ano que est sendo encerrado(ano 4), houvesse, por exemplo,

    $286.800 de Duplicatas a Receber, teria-se:

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    Proviso para Devedores Duvidosos = $286.800 x 3,7% = $10.600

    Ao final do ano 4, dependendo do valor real da perda ocorrida, poder-se-ia ter:

    A proviso menor do que a perda real ocorrida A DIFERENA LANADA COMO DESPESA DO PERODO;

    A proviso maior do que a perda real ocorrida O EXCESSO SER REVERTIDO COMO RECEITA.

    Obs.: Atualmente, o valor da PDD varia conforme o valor, o tempo de vencimento eos procedimentos adotados pela empresa, sendo:

    At R$5.000,00 por fatura, com ttulo vencido at seis meses, independentemente de a empresa haver iniciada a cobrana administrativa ou judicial;

    De R$5.001,00 a R$30.000,00 por fatura, se o ttulo estiver vencido entre seis meses e um ano, e a empresa tiver iniciada a cobrana administrativa; e,

    Acima de R$30.000,00 por fatura, quando o ttulo estiver vencido a mais de um ano e a empresa j houver iniciada a cobrana administrativa e judicial. DuplicatasDescontadas: Outro fator que deve ser considerado como retificador da conta

    Duplicatas a Receber o desconto de duplicatas.Desconto de duplicatas a operao pela qual a empresa cede a um banco aduplicata por meio de um endosso. O banco, por sua vez, antecipa empresa o valorregistrado na duplicata deduzidos os juros cobrados por esta operao. No entanto, aempresa continua coresponsvel por esta duplicata junto ao banco, isto , se ocliente no a pagar, a empresa dever faz-lo.

    Exemplo:

    Se uma empresa tem $300.000 em Duplicatas a Receber e resolve descontar umaduplicata de $100.000, sendo que dever pagar $8.000 de juros e outros encargos,

    tem-se, ento, a seguinte situao:

    Duplicatas Descontadas: $100.000Valor efetivamente recebido (entrou no caixa): $ 92.000Despesas com juros e encargos: $ 8.000

    Estoques - Na empresa comercial, Estoques significam mercadorias disposiopara vender. Na industrial, eles representam matria-prima, produtos em processode elaborao e produtos acabados. Numa prestadora de servios, Estoques so omaterial de consumo disponvel e necessrio para o desempenho eficaz da suaatividade.

    Mtodos de Avaliao de Estoques

    Critrio Caractersticas Estoque Legislao

    PEPS Primeiro que entra, primeiro que sai Valorizado pelas ltimas entradas ACEITA.UEPS ltimo que entra, primeiro que sai Valorizado pelas primeiras entradas NOACEITA.MDIO Mdia ponderada de diversas compras Valorizado pelo preo mdio domercado ACEITA.REPOSIO Preo corrente do mercado para repor o estoque Valorizado pelo preo

    mdio corrente de mercado NO ACEITA.

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    Exemplo:Uma certa empresa fez uma compra em 05/08/xx de 500 unidades a $15,00 cada.Em 10/08/xx houve a sada de 150 unidades. Ainda neste ms, no dia 20, foirealizada uma outra compra de 200 unidades a preo de $20,00. Em 01/09 ocorreu asada de 100 unidades.

    Qual o valor de cada sada do estoque?

    Qual o saldo final do estoque?

    a) PRIMEIRO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR - PEPS (FIFO) - neste mtodo,primeiramente, d-se sada ao produto que primeiro deu entrada no estoque.

    ENTRADAS SADAS SALDOSData Qtde $unid $total Qtde $unid $total Qtde $ unid $total05/08 500 15 7.500 - - - 500 15 7.50010/08 - - - 200 15 3.000 300 15 4.50020/08 200 20 4.000 - - - 200 20 4.000

    01/09 - - - 100 15 1.500 200 15 3.000- - - - - - 200 20 4.000

    b) LTIMO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR - UEPS (LIFO) - a avaliao consideracomo devendo sair em primeiro lugar as ltimas unidades que deram entrada noestoque.

    ENTRADAS SADAS SALDOSData Qtde $unid $total Qtde $unid $total Qtde $ unid $total05/08 500 15 7.500 - - - 500 15 7.50010/08 - - - 200 15 3.000 300 15 4.500

    20/08 200 20 4.000 - - - 200 20 4.00001/09 - - - 100 20 2.000 300 15 4.500- - - - - - 100 20 2.000

    c) PREO MDIO PONDERADO PMP - a avaliao considera como preo de cadaunidade do estoque a mdia ponderada das unidades existentes.

    ENTRADAS SADAS SALDOSData Qtde $unid $total Qtde $unid $total Qtde $ unid $total05/08 500 15 7.500 - - - 500 15,0 7.50010/08 - - - 200 15,0 3.000 300 15,0 4.500

    20/08 200 20 4.000 - - - 500 17,0 8.50001/09 - - - 100 17,0 2.000 400 17,0 6.800

    Dependendo do mtodo de avaliao de estoques que a empresa adotar, os efeitostanto no Ativo conta Estoques, quanto no Resultado conta Custo das MercadoriasVendidas CMV diferente. Desta forma, apartir dos mtodos acima vistos, pode-semontar o seguinte quadro avaliativo destes efeitos em cada um dos mtodos.

    EFEITOMTODOESTOQUE CMV LUCRO IMPOSTO LEGALMENTE

    PEPS Aumenta Diminui Aumenta Aumenta Aceito

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    UEPS Diminui Aumenta Diminui Diminui No AceitoPMP Mdia Mdia Mdia Mdia Aceito

    Investimentos Temporrios - As empresas procuram aplicar os excessos dedisponibilidades em ttulos ou valores mobilirios resgatveis dentro do perodo emque se prev sua necessidade. No Brasil existem inmeros ttulos e formasdisponveis no mercado para aplicaes como:

    Fundos de aplicao imediata;

    Aes;Etc.

    Cada qual tem caractersticas prprias no que se referem a prazos de aplicao,custos, rentabilidade, liquidez, etc. A classificao desses investimentos deve serfeita em funo do tipo de investimento, prazo de resgate e a prpria inteno daempresa quanto poca em que pretende resgatar os ttulos. Assim, as:

    1. Aplicaes de liquidez imediata so classificadas no subgrupo DISPONVEL;2. Aplicaes com prazo de resgate curto (igual ou inferior a 365 dias) a contar da

    data do balano so classificadas no subgrupo Bens e Direitos Realizveis a CurtoPrazo;3. Aplicaes com prazo de resgate que ultrapassam o curto prazo a contar da datado balano so classificadas no grupo Ativo Realizvel Longo Prazo.

    Outros valores - So valores a receber oriundos de aplicaes necessrias e no classificveis nos outros grupos do Ativo Circulante. Este grupo pode conter:Adiantamentos a Empregados, Adiantamentos a Fornecedores, etc.

    c) Despesas do Exerccio Seguinte (Despesas Diferidas)

    So aplicaes de recursos em despesas que permitiro desfrutar de um benefcio noprximo exerccio ou no decorrer do prprio exerccio em vigncia e que, peloprincpio da confrontao, devem ser apropriadas na poca do benefcio (regime decompetncia), independentemente da poca do pagamento. Os componentes maisusuais deste grupo so:

    Seguros: Valor pago companhia de seguros para desfrutar de uma cobertura securitria no prximo exerccio. O controle desta despesa (e demais) ser feito daseguinte forma:a) Despesa mensal = Valor do prmio e custas 12 mesesb) Valor da despesa do exerccio constante na DRE = despesa mensal X nmero de

    meses beneficiados este anoc) Valor da despesa diferida (Balano Patrimonial) = despesa total x n de mesesainda cobertos pelo seguro.Juros: o valor geralmente descontado do financiamento e que corresponde ao

    custo do capital de terceiros que estar disposio da empresa durantedeterminado intervalo de tempo.

    Aluguis: o valor do aluguel pago antecipadamente por fora contratual para se utilizarum imvel durante determinado intervalo de tempo.

    Impresso e Materiais de Uso Personalizado: So os impressos e materiais de uso fiscal, institucional ou promocional que devido s suas finalidades precisam ser

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    personalizados e, muitas vezes, devem ser feitos em grandes quantidades de formaque seu uso ir exceder o exerccio atual, beneficiando o prximo exerccio.

    3.3.2 - Ativo Realizvel Longo Prazo:O ARLP caracteriza-se por distinguir-se do Ativo Circulante em dois aspectos:

    a) Prazo: Quando ultrapassar o exerccio subsequente;b) Independentemente do prazo, por determinao legal, devem ser classificados

    neste grupo os valores a receber oriundos de Vendas, Adiantamentos e Emprstimosa:

    coligadas ou controladas,diretores,acionistas ou participantes do lucro da companhia, desde que no constituam

    negcios usuais na explorao do objeto da empresa.

    SOCIEDADES COLIGADAS: So coligadas as sociedades quando uma participa com10% ou mais do capital da outra sem control-la;

    SOCIEDADE CONTROLADA/CONTROLADORA: uma sociedade controladoraaquela que, direta ou indiretamente, for titular dos direitos acionrios queassegurem, de modo permanente, preponderncia nas deliberaes sociais, bemcomo o poder de eleger a maioria dos administradores (conselho de administrao ediretores).TRANSAES NO OPERACIONAIS: So transaes tais como venda de imveisefetuada por uma fbrica de bicicletas ou venda de equipamentos de terraplanagempor uma imobiliria, etc.

    Os componentes do ARLP so:Contas a receber a longo prazo;

    Investimentos temporrios a longo prazo;

    Aplicaes em incentivos fiscais;Despesas Antecipadas a longo prazo.

    3.3.3 - Ativo Permanente

    O Ativo Permanente divide-se em trs sub-grupos:a) Investimentos;b) Imobilizado;c) Diferido.

    De maneira geral o Ativo Permanente pode ser classificado em:a) Tangveis ou Corpreos: So aqueles que tm uma substncia concreta epodem ser tocados.b) Intangveis ou Incorpreos: So ativos que no tm substncia fsica e quesem serem abstratos no podem ser tocados, palpados mas podem sercomprovados.

    Exemplos: Ponto Comercial, Direitos Autorais, Isenes ou Licenas de Explorao ePatentes relativas a Invenes.

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    a) Investimentos - So aplicaes relativamente permanentes, com propenso aproduzir renda para a empresa, que no se destinam atividade principal daempresa. So exemplos de aplicaes deste grupo:

    Participaes voluntrias: So aes e quotas adquiridas pela empresa como investimento, com carter de continuidade, devido a algum tipo deinterdependncia. Verifica-se principalmente em Sociedades Coligadas eControladas;

    Participaes Incentivadas: So as participaes efetuadas atravs dos Incentivos

    Fiscais em determinadas reas;Outros Investimentos Permanentes: Direitos de qualquer natureza, e que no se

    destinem manuteno da atividade da companhia ou empresa.Exemplo:* Imveis alugados a terceiros;* Terrenos para futura expanso;* Quadros e obras de arte.

    b) Imobilizado - Entende-se por Ativo Imobilizado todo ativo que possua asseguintes caractersticas:

    a) Natureza relativamente permanente;b) Ser utilizado na atividade principal da empresa;c) No se destinar venda.

    Diz-se que so de natureza relativamente permanente porque a maioria dos benspossui vida limitada dentro da empresa, sofrendo desgaste com o uso e, com opassar do tempo, tornando-se obsoletos.

    So itens que compem o Imobilizado:Terrenos;Edifcios;Instalaes integradas aos edifcios;Mquinas e equipamentos;

    14Mveis e utenslios;Veculos;Benfeitorias em propriedades arrendadas;Direitos sobre recursos naturais;Marcas e patentes.

    Redutoras do Imobilizado:I DepreciaoA maior parte dos Ativos Imobilizados ( exceo de Terrenos) tem vida til limitada. medida que o tempo passa, ocorre o desgaste, representando um custo a sercontabilizado. Este custo deve ser lanado como despesa do perodo no qual o ativosofreu o desgaste. A converso gradativa do Imobilizado em Despesa denominadaDepreciao. A Depreciao uma despesa que representa a diminuio do valordos bens do ativo imobilizado resultante do desgaste pelo uso, pela ao da naturezae pela obsolescncia. Existem vrios mtodos para o clculo da depreciao. Um dosmais utilizados e com aceitao fiscal o mtodo da linha reta no qual, para oclculo da taxa anual de depreciao, necessrio estimar a vida til do bem, isto ,

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    quanto ele vai durar. Assim, tem-se as seguintes taxas anuais de depreciao fixadaspela legislao do IR:

    Grupos de bens do imobilizado Vida til (anos) Taxa de DepreciaoBens mveis em geral 10 10% aaEdifcios e construes 25 4% aaBiblioteca 10 10% aaFerramentas 5 20% aa

    Mquinas e instalaes 10 10% aaVeculos em geral 5 20% aaTratores 4 25% aaAs taxas acima fixadas referem-se a uma jornada normal de trabalho (turno de 8horas). Quando ocorre a adoo de dois ou trs turnos, quanto aos bens mveiscomprovadamente utilizados, podero ser adotados os coeficientes de acelerao(fator multiplicativo) de 1,5 para dois turnos e de 2,0, para trs turnos.

    Exemplo: Uma empresa trabalhando dois turnos ter as seguintes taxas dedepreciao para suas mquinas: Normal = 10%

    Coeficiente de acelerao = 1,5Taxa acelerada aplicada = 15%

    A depreciao provoca o lanamento em duas contas:a) Na DRE, como Despesas de Depreciao;b) No Balano Patrimonial, como conta redutora do Imobilizado (DepreciaoAcumulada).

    Exemplo:Suponhamos que uma empresa adquira veculos por $200.000. Sabendo que a taxaanual de depreciao de 20% tem-se:

    1 AnoBalano Patrimonial DREPERMANENTEImobilizadoVeculos 200.000Depreciao Acumulada (40.000)TOTAL DO ATIVO 160.000

    Receita.....

    Despesas( - ) Depreciao (40.000)..........Lucro Operacional

    2 AnoBalano Patrimonial DREPERMANENTEImobilizadoVeculos 200.000

    Depreciao Acumulada (80.000)

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    TOTAL DO ATIVO 120.000

    Receita..........Despesas( - ) Depreciao (40.000).....

    Lucro OperacionalII AmortizaoCorresponde perda do valor do capital aplicado em Ativos Intangveis (pesquisas eprojetos, ponto comercial, direitos autorais, patentes e direitos de explorao). Aamortizao calculada dividindo-se o valor do direito pelo nmero de perodos dedurao. Desta forma, tem-se a amortizao por perodo. Seu lanamento segue oprocedimento da depreciao, isto , despesa na DRE e subtrao do Imobilizado.

    III ExaustoCorresponde perda do valor, decorrente da explorao de direitos cujo objeto

    sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa explorao. Seuclculo realizado de forma semelhante Amortizao, devendo ser excludo o valorresidual aps o esgotamento do recurso.

    Exemplo:Preo pago pela empresa W por uma pedreira = $15.000Valor estimado do terreno por ocasio da compra = $5.000Prazo estimado para o esgotamento total da pedreira,considerando a produo (extrao) que ser realizada = 5 anosExausto Anual = (15.000 5.000)/5) = $2.000

    c) DiferidoAtivo Diferido so as aplicaes de recursos em despesas que contribuiro para aformao do resultado de mais de um exerccio social. No deve ser confundido comas despesas diferidas.

    O Ativo Diferido consiste nos seguintes itens:

    a) Gastos de Implantao e Pr-Operacionais:Gastos de organizao e administrao;Encargos Financeiros;Estudos, projetos e detalhamentos;

    b) Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos;

    c) Gastos de Implantao de sistemas e mtodos;

    d) Gastos de Reorganizao.

    A operao de amortizao das despesas ativadas no Ativo Permanente Diferidodeve ser feita no prazo mximo de 10 anos, a partir do momento em que iniciada aoperao. Dessa forma, este grupo de contas possui a conta retificadora Amortizaoe o procedimento de contabilizao semelhante situao do Imobilizado.

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    Adies do Ativo PermanenteReavaliao

    uma nova avaliao dos itens do Ativo Permanente, em virtude da defasagementre o valor registrado na contabilidade e o valor de mercado. No CorreoMonetria. Enquanto esta uma atualizao do preo pago, a Reavaliao umanova atribuio de valor econmico ao item do Imobilizado. Ocorre com maisfreqncia em imveis.

    Exemplo:A empresa NSN adquiriu um imvel no incio de 20x1 por $500.000. Ao final de 20x2a empresa verificou que o valor do imvel deveria ser $1.200.000. Assim, a diferena($700) deve ser adicionada ao Imobilizado, tendo como contrapartida um aumentona conta Reserva de Reavaliao (conta do Patrimnio Lquido).

    ATIVO 20x1 20x2 PATRIMNIOLQUIDO20x1 20x2Imveis 500.000 1.200.000 Reserva de Reavaliao 0 700.000

    3.4 - PASSIVOO Passivo divide-se em Circulante e Exigvel Longo Prazo. A legislao define queas obrigaes da empresa devem ser classificadas no primeiro grupo quandovencerem no exerccio seguinte, ou seja, nos prximos 365 dias ou doze meses, e noExigvel Longo Prazo se tiverem vencimento em prazo maior. No caso de empresasque possuam ciclo operacional ou exerccio social maior que um ano a classificaono Circulante ou Exigvel Longo Prazo ter por base o prazo desse ciclo. Todos osvalores que iro compor o Passivo devem estar atualizados at a data do balano,acrescidos de todos os juros devidos e no pagos at aquela data.

    So caractersticas do Passivo:1) Requerer um dispndio de dinheiro futuro;2) Ser resultado de uma transao do passado;3) Ser passvel de mensurao ou de aproximao razovel;4) Ter contrapartida no ativo, nas despesas ou no prprio passivo/patrimnio lquido.

    3.4.1. Passivo CirculanteCompe-se basicamente das seguintes contas:

    a) Fornecedores - Compras a prazo de matrias-primas a serem utilizadas noprocesso produtivo (indstrias), mercadorias a serem destinadas revenda

    (comrcio) ou produtos serem consumidos na realizao das atividades daempresa (prestadora de servios);b) Salrios a pagar - Englobam a folha de pagamento que a empresa deverpagar. Este valor uma despesa do exerccio no qual incorrida,independentemente de ter sido paga ou no.c) Encargos sociais a recolher - Despesas decorrentes da folha de pagamento INSS, FGTS, 13 salrio, etc. - ainda no pagas.;d) Impostos a recolher - So impostos onde o fato gerador j ocorreu por ocasioda venda do produto ou da prestao de servios, porm ainda no foi recolhido aoscofres pblicos.

    Exemplos:

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    ICMS Imposto Sobre Circulao de Mercadorias e Servios;ISS Imposto Sobre Servios Prestados;COFINS Contribuio para o FINSOCIAL;PIS Programa de Integrao Social;IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados;

    e) Imposto de Renda e Provises - IR a parte do lucro apurado no exerccio queser recolhido aos cofres do governo federal. As provises podem ser quanto a:

    Lucros, Frias, Gratificao para empregados, 13 salrio, Contingncias...f) Emprstimos Bancrios - So emprstimos realizados junto s instituiesfinanceiras e que sero pagos dentro de um ano. Exemplo: Emprstimos comgarantias (duplicatas a receber ou estoques). Os juros e outros encargos podero serincorporados junto ao principal do emprstimo se o contrato assim o rezar.

    g) Outras Obrigaes:- Adiantamento de Clientes: as empresas que produzem bens por encomenda oufornecem servios podem receber aps a assinatura do contrato, um adiantamentodos clientes por conta do bem ou servio a ser entregue no futuro.

    - Contas a pagar: pequenas contas a serem pagas pela empresa (gua, telefone,energia eltrica, honorrios, etc.)- Dividendos propostos: aprovados ou no pela Assemblia Geral Ordinria.

    3.4.2 - Passivo Exigvel Longo PrazoSo obrigaes a ser liquidadas aps o prximo exerccio social ou conforme o ciclooperacional da empresa se este for superior um ano. constitudo basicamente de:

    a) Financiamentos: So emprstimos realizados junto s instituies financeirascom caracterstica de longo prazo. Geralmente so mais comuns para aplicao noAtivo Permanente. Estes valores devem ser atualizados no fechamento do balano.

    b) Debntures: So ttulos negociveis de longo prazo, emitidos pelas companhiasdando aos seus titulares direito de crdito contra a empresa.

    c) Proviso para Resgate de Partes Beneficirias: A companhia pode criarttulos negociveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, denominadospartes beneficirias. Usualmente, os titulares das partes beneficirias tmparticipao nos lucros anuais da empresa. Geralmente esses ttulos so atribudoss pessoas que muito contriburam para o desenvolvimento da empresa, ssociedades ou fundaes beneficentes dos empregados da empresa, a fundadores, aterceiros

    como remunerao dos bons servios prestados empresa, etc. O resultado davenda das partes beneficirias constituir para a empresa uma Reserva de Capital.

    d) Outras Obrigaes a Longo Prazo

    3.5 - RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS REFSo receitas recebidas antecipadamente, que contribuiro para o Resultado deExerccios Futuros e que so liquidas e certas, ou seja, no mais sero devolvidas.Desta devem ser subtrados os custos j incorridos ou vinculados, correspondentesquelas receitas. Pelo Princpio da Realizao da Receita no se pode reconhecerReceitas antes da entrega do produto ou mercadoria alvo da venda. Assim, embora a

    receita recebida antecipadamente no possa ser lanada na Demonstrao dos

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    Resultados do atual exerccio social, h paralelamente uma apurao de resultadoque contribuir para a formao de resultados futuros. Entre os casos que nodeveriam ser inclusos neste grupo encontram-se:

    Adiantamentos Recebidos de Clientes (Passivo Circulante) por conta de fornecimento de bens e servios, quando existe a obrigao de devoluo por parteda empresa por quaisquer motivos;Juros recebidos antecipadamente por conta de emprstimos a terceiros.

    3.6 - PATRIMNIO LQUIDO PLO PL pode ser encontrado atravs da diferena entre o Ativo e Passivo. Ele pode servisto tambm como uma obrigao da empresa com seus proprietrios, emboraestes no reclamem o reembolso de sua aplicao. Assim, temos no lado da origem(fontes) de recursos dois tipos de obrigaes:

    Obrigaes exigveis: capital de terceiros;Obrigaes no exigveis: capital prprio.

    Resultados de exerccios futuros podem ser entendidos como capital prprio uma vezque, em hiptese alguma, sero devolvidos pela empresa.

    Constituem o Patrimnio Lquido:Capital Social;Reservas de Capital;Reservas de Reavaliao;Reservas de Lucros;Lucros ou Prejuzos Acumulados;Aes em Tesouraria.

    3.6.1 - Capital SocialRepresenta todo o investimento realizado na empresa pelos seus proprietrios. Osinvestimentos no se referem somente s integralizaes realizadas pelos acionistas,

    mas tambm a parte do lucro e outras reservas no distribudas e incorporadas aoCapital. A conta do Capital Social discriminar o montante subscrito e por deduo aparcela ainda no realizada. Tem-se ento:

    Capital subscrito: aquele comprometido pelos acionistas.Capital integralizado ou realizado: aquele efetivamente entregue pelos acionistas

    empresa, na forma de recursos financeiros ou recursos materiais.Capital autorizado: o estatuto pode conter autorizao para aumento do capital

    social, por sucessivas subscries, independentemente da reforma estatutrianecessria a cada aumento de capital. Dessa forma, fixado um limite de capitalsocial (capital autorizado). O fato de haver capital autorizado no significa que o

    capital esteja totalmente subscrito.

    Exemplo:Capital Autorizado = 6.000.000( - ) Capital a subscrever = (2.000.000)Capital Subscrito = 4.000.000( - ) Capital a integralizar = (3.600.000)CAPITAL REALIZADO = 400.000

    O Capital Social divide-se em quotas nas Sociedades por Responsabilidade Ltda e emaes nas Sociedades Annimas.

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    3.6.2 - Reservas de CapitalReservas de Capital so aquelas que no se originam do resultado do exerccio, isto, no so apuradas pela DRE. So acrscimos ao Patrimnio Lquido que, quasesempre, so utilizados para aumento de capital. No tm qualquer caracterstica depassivo, ou seja, no h nenhum indcio de que se tornem exigibilidades.

    Origem das reservas de capital:a) gio na emisso de aes: Quando uma companhia aumenta o seu capital,

    emitindo novas aes, ela pode vend-las ao pblico pelo seu valor nominal ( ou pelopreo fixado na emisso) ou com lucro, isto , com excedente. A este lucro, ouexcedente, denomina-se gio.

    Exemplo: Uma empresa cujo capital social igual a $50 milhes, resolve aumentarseu capital para $70 milhes. Para isto haver um acrscimo de 20 milhes de aesa $1,00 cada. O ingresso de capital ser de $20 milhes. Dado o interesse do pblicopelas aes, foi resolvido que seria cobrado um gio de $0,20 por ao. Logo o giototal na emisso de aes ser de $4 milhes que ser uma reserva de capital.

    b) Alienao de partes beneficirias: Quando as partes beneficirias forem

    alienadas, isto , vendidas, o resultado desta deve ser lanado como uma reserva decapital.

    c) Prmio recebido na emisso de debntures: Situao idntica ao do gio naemisso de aes. Quando no momento de venda das debntures for cobrado umvalor superior ao seu valor nominal, o excedente ser evidenciado como umareserva de capital.

    d) Doaes e subvenes para investimentos.

    As reservas de capital somente podero ser utilizadas para:

    a) Absorver prejuzos: Aps ter sido absorvido o valor de Lucros Acumulados eReservas de Lucro;b) Incorporao ao capital: Uma situao bastante comum as reservas decapital serem utilizados para aumento de capital. Neste caso implica em alterar ovalor nominal das aes ou a distribuio de aes novas.

    3.6.3 - Reservas de ReavaliaoSo classificadas neste grupo as contrapartidas de aumentos de valor atribudos aelementos do Ativo em virtude de novas avaliaes. Esta reserva no ser utilizadapara aumento de capital nem para absoro de prejuzo. Dever aguardar:

    a) Depreciao;b) Baixa; ou,c) Alienao do bem a que se refere.

    3.6.4 - Reservas de LucrosSo classificadas como reservas de lucros, segundo a Lei 6.404/76, Lei das S.A. :

    a) Reserva Legal: do lucro lquido 5% sero aplicados, antes de qualquer outradestinao, na constituio da Reserva Legal, que no deve exceder 20% do CapitalSocial. A companhia poder deixar de constituir a Reserva Legal no exerccio em queo saldo desta reserva, acrescido do montante das Reservas de Capital, exceder 30%

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    do Capital Social. Sua finalidade assegurar a integridade do Capital Social esomente poder ser utilizada para compensar prejuzos ouaumentar capital.

    b) Reservas Estatutrias: o estatuto poder criar reservas desde que, para cadauma:

    * indique de modo preciso e completo sua finalidade;

    * fixe os critrios para determinar a parcela anual dos lucros lquidos que no serodestinados sua constituio;* estabelea o limite mximo da reserva.

    c) Reservas para Contingncias: a Assemblia Geral poder, por propostas dosrgos da administrao, destinar parte do lucro lquido formao de reserva comfinalidade de compensar, em exerccio futuro, a diminuio do lucro decorrente deperda julgado provvel, cujo valor possa ser estimado. A proposta dever indicar acausa da perda prevista e justificar a constituio da reserva. Esta ser revertida noexerccio em que deixarem de assistir as razes que justificaram a sua constituioou em que ocorrer a perda.

    d) Reservas de Lucros para Expanso (Reservas Oramentrias): aAssemblia Geral poder, por propostas dos rgos da administrao, reter parcelado lucro lquido do exerccio em oramento de capital por ela previamente aprovado.Este oramento dever compreender todas as fontes de recursos e aplicaes decapital, fixo ou circulante, e poder ter a durao de at 5 exerccios.

    e) Reservas de Lucros a Realizar - RLR: a constituio desta reserva facultativa. Busca evidenciar a parcela de lucro no realizado financeiramente. Oobjetivo evitar a distribuio de dividendos sobre esta parcela e at mesmo o IR.Para efeito da constituio a RLR deve-se obter este valor da seguinte forma:

    Reservas de Lucros a Realizar = Lucros a Realizar ( Reserva legal +Reserva Estatutrio + Reserva para Contingncia + Reserva Oramentria )Lucros a Realizar: Lucros que se realizaro aps o trmino do exerccioseguinte.

    3.6.5 - Lucros ou Prejuzos AcumuladosAps a destinao do lucro para reservas ou dividendos costuma ficar um saldoremanescente. Tal valor remanescente poder ser utilizado total ou parcialmentepara aumento de capital. No caso de, no final do exerccio, ainda permanecer umvalor remanescente, este ser adicionado aos Lucros e Prejuzos Acumulados.

    3.6.6 - Aes em TesourariaS em condies excepcionais as companhias podem adquirir suas prprias aes.Quando isto ocorrer deve-se destac-las como deduo do Patrimnio Lquido.

    Exemplo:A empresa Cia resolveu diminuir seu Capital Social de $3.000.000 para $2.500.000,adquirindo 1.000.000 aes de volta ao seu valor nominal de $0,5 cada uma.Enquanto no houver a reforma estatutria tem-se:Capital Social = $3.000.000( - ) Aes em Tesouraria = ( $500.000)

    Capital Lquido = $2.500.000

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    4 - DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO DREAo final de cada exerccio apura-se o resultado do perodo, isto , o lucro ou oprejuzo. Este resultado obtido mediante a confrontao, segundo o princpiocontbil da competncia, de todas as receitas com todas as despesas3 dedeterminado perodo. Portanto, em cada final de perodo todas despesas e receitassero transferidas para a Demonstrao do Resultado do Exerccio sendo que, noprximo exerccio, todas as despesas e receitas comearo do zero, ou seja, no se

    acumulam de um perodo para o outro. O resultado do exerccio pode ser lucro ouprejuzo. Normalmente, de formainadequada, substituda a terminologia Resultado por Lucro, uma vez que estasituao geralmente a mais comum.

    A estrutura bsica de uma DRE :1 - RECEITA BRUTAVenda de Produtos, Mercadorias e Prestao de Servios2 - (-) DeduesDevolues, Abatimentos, Impostos Incidentes sobre Receitas3- = RECEITA OPERACIONAL LQUIDA

    4 - (-) CUSTOS OPERACIONAISCMV/CPV e Custo dos Servios Prestados5 - = LUCRO BRUTO6- (-) DESPESAS OPERACIONAIS- de vendas- Administrativas- Financeiras- Outras Receitas e Despesas Operacionais7 - = LUCRO OPERACIONAL8 - (+/-) RESULTADOS NO OPERACIONAIS- Receitas No Operacionais

    - Despesas No Operacionais9 - (+/-) RESULTADOS DA CORREO MONETRIA10 - = LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS11 - (-) CONTRIBUIO SOCIAL12 - (-) IMPOSTO DE RENDA13 - = LUCRO DEPOIS DOS TRIBUTOS14 - (-) PARTICIPAES NOS LUCROS15 - LUCRO OU PREJUZO DO EXERCCIO16 LUCRO POR AO Tendo em vista sua grande utilizao (Lucro no lugar de Resultado), faz-senecessrio estudar cada tipo de lucro encontrado na DRE. So eles:

    3 Neste caso, entenda-se despesas como sendo os custos, as despesas, asdedues,.... Ou seja, todos os itens com saldo devedor, constantes na DRE.

    a) Lucro Operacional Bruto ou Lucro Bruto

    a diferena obtida entre a receita da Venda de Mercadorias e o Custo de aquisio.O Lucro Bruto, aps cobrir o custo de fabricao do produto ou o custo damercadoria vendida ou o custo do servio prestado, ser destinado remuneraodas despesas de vendas, administrativas e financeiras, bem como remunerar ogoverno (impostos) e os proprietrios da empresa (Lucro). No entanto, faz-se

    necessrio para a apurao do Lucro Bruto, a Receita Lquida (Receita Bruta -

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    Dedues) menos os Custos de fabricao/aquisio/servios prestados. Entende-secomo Receita Bruta, os valores obtidos com a venda de produtos e subprodutos (naindstria), de mercadorias (no comrcio). Dedues compreendem os ajustes prpria Receita Bruta e podem ser:

    Vendas canceladas: mercadorias em desacordo com o pedido cujo comprador,sentindo-se prejudicado, efetua a devoluo total ou parcial das mercadorias;

    Abatimentos: Muitas vezes, numa situao em que poder haver devoluo deproduto por defeito ou m qualidade, o vendedor prope um abatimento no preo,para compensar o prejuzo do comprador, aps a entrega do bem ou servio,buscando evitar a devoluo. Logo, so descontos incondicionais ou seja, noassociados s condies de recebimento.

    Descontos comerciais: Ocorrem, antes da venda, por vrios motivos: grandequantidade de mercadorias adquiridas, cliente especial, poltica da empresa, etc.Logo, so descontos condicionais e devem ser registrados contabilmente comoDespesas Financeiras Descontos Concedidos.

    Impostos incidentes sobre as vendas: So dedutveis todos os impostos e taxasque guardem proporcionalidade com o preo da venda. So os mais importantes:

    Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI);Impostos sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS);Impostos Sobre Servios (ISS);Impostos Sobre Exportao;Programa de Integrao Social (PIS);Contribuio Para o Fim Social (COFINS).

    b) Lucro Operacional Lquido ou Lucro Operacional

    Resulta das operaes da empresa. O objetivo social da empresa (atividadeoperacional) dever ser definido no contrato ou estatuto social de modo preciso ecompleto. O Lucro Operacional obtido da diferena entre o Lucro Bruto e asDespesas Operacionais. Os principais grupos de Despesas Operacionais so:

    Despesas de Vendas: Abrangem desde a promoo do produto at sua colocao junto ao consumidor (comercializao e distribuio). Exemplo: despesas com opessoal da rea de venda, comisses sobre vendas, propaganda e publicidade,marketing, proviso para devedores duvidosos, etc.

    Despesas Administrativas: Aquelas necessrias para administrar (dirigir) a

    empresa. De maneira geral, so gastas no escritrio visando direo ou gestoda empresa. Exemplo: honorrios administrativos, salrios e encargos do pessoaladministrativo, aluguis de escritrios, seguro de escritrios, depreciao de mveise utenslios, etc.

    Despesas Financeiras: So remuneraes aos capitais de terceiros tais como:juros pagos ou incorridos, comisses bancrias, descontos concedidos, juros de morapagos, etc. As Despesas financeiras devero ser compensadas com as ReceitasFinanceiras, isto , estas receitas sero dedutveis daquelas despesas. So ReceitasFinanceiras as derivadas de aplicaes financeiras, juros de mora recebidos,descontos obtidos, etc. Pode ocorrer das Receitas Financeiras serem maiores que as

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    Despesas Financeiras. Neste caso, as despesas operacionais devem ser diminudasdo resultado obtido entre Receitas e Despesas Financeiras.

    No projeto-lei que tramita no Congresso Nacional prevendo a alterao da Lei 6.404/76, est prevista a abertura, tanto das receitas quanto das despesas destanatureza. Esta alterao decorreu, em boa parte, das variaes cambiais que setornaram muito significativas nas demonstraes das empresas.Exemplo: Uma empresa obteve um emprstimo em moeda estrangeira de

    US$100.000 no incio doano, onde cada dlar estava cotado em R$1,25, sendo sua dvida igual a R$125.000.Ao final do ano, supondo que o dlar esteja cotado em R$1,90, sua dvida passariapara R$190.000. A diferena (R$65.000) constituiria uma Despesa FinanceiraVariao Cambial. Atualmente, a posio da Receita Federal consiste noreconhecimento destas despesas pelo regime de caixa.

    Variaes Monetrias: Como exemplos de variaes monetrias temos asatualizaes monetrias das contas ativas e passivas. Esta correo passou a serproibida a partir de 31/12/95.

    Outras despesas/receitas operacionais: Despesas Tributrias (no incluindoaquelas classificadas como Dedues), Receitas Operacionais eventuais, etc.

    c) Lucro Antes dos Tributos (Imposto de Renda - IR e Contribuio Social CS): O lucro antes dos tributos obtido deduzindo do lucro operacional as despesasno operacionais, acrescido das receitas no operacionais. Normalmente estesvalores (despesas e receitas no operacionais) tratam-se de ganhos ou perdas, isto, so aleatrias.

    Exemplos:Ganhos ou Perdas de Capital: ocorrem na venda de itens do ativo permanente;

    Perdas ou Ganhos: As caractersticas de perdas e ganhos so d itens

    extraordinrios, anormais, no orveis (perdas com geadas, chuvas de granizo,etc.)

    d) Lucro Depois dos Tributos: Este lucro obtido deduzindo do Lucro Antes do IRa parcela referente ao IR.

    e) Lucro Lquido : Aps a apurao do Lucro Depois do IR e da CS, deve-se deduziras participaes no lucro para se obter o Lucro Lquido. O clculo destasparticipaes deve ser realizado de acordo com a ordem apresentada a seguir, combase nos lucros que sobraro depois de deduzida a participao anteriormente

    calculada. So participaes no lucro:

    Debntures: As companhias podem solicitar emprstimos ao pblico em geralatravs de debntures pagando juros peridicos e concedendo amortizaesregulares. Elas podero assegurar ao seu titular, alm de juros, participao no lucroda companhia.Empregados e administradores: um complemento remunerao deempregados e administradores.Partes Beneficirias.Contribuies para fundos de assistncia ou previdncia de empregados.

    Exemplo:

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    Supondo que uma empresa obteve um lucro depois do IR igual a $1.000.000 e asparticipaes de debntures, empregados, administradores e partes beneficiriasestiver fixada base de 10% tem-se:Lucro Depois do IR = 1.000.000( - ) Participao de Debntures = (100.000)( - ) Participao de Empregados = (90.000)( - ) Participao da Administrao = (81.000)( - ) Participao das Partes Beneficirias = (72.900)

    ( - ) Contribuies e doaes = ---------Lucro Lquido = 656.100

    5 - ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEISO objetivo da anlise das Demonstraes Contbeis produzir informaes para atomada de decises, como pode ser visto na Figura 1.Figura 1 - Objetivo da anlise das Demonstraes ContbeisA seguir so apresentados o Balano Patrimonial e a Demonstrao de Resultadofictcios de uma empresa XX que posteriormente sero utilizados como exemplo deanlise.

    CIA CHAPU DE PALHA LTDABALANO PATRIMONIALEm 31.12.X2 e X1ATIVO 20X2 20X1Circulante 2.269.171 1.960.480Disponvel 107.224 163.634Clientes 1.122.512 1.045.640Estoques 1.039.435 751.206Realizvel Longo Prazo 0 0Permanente 1.714.489 765.698Investimentos 156.475 72.250

    Imobilizado 1.517.508 693.448Diferido 40.896 0TOTAL DO ATIVO 3.984.050 2.726.178PASSIVO 20X2 20X1Circulante 1.406.077 1.340.957Fornecedores 639.065 708.536Outras obrigaes 767.012 632.421Exigvel Longo Prazo 1.170.788 314.360Patrimnio Lquido 1.407.185 1.070.861Capital social 1.194.157 657.083Lucros acumulados 213.028 413.778

    TOTAL 3.984.050 2.726.178

    Fatos ou eventos econmicos efinanceirosDemonstraes Contbeis (Financeiras)Informaes financeiras para tomada de decises processo contbil tcnicas deanlise das demonstraes contbeis.

    CIA CHAPU DE PALHA LTDADEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIOEm 31.12.X2 e X1ITEM 20X2 20X1

    Receita Bruta 4.982.630 5.234.700

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    (-) Dedues (556.764) (441.577)Receita Lquida 4.425.866 4.793.123(-) CMV (3.273.530) (3.621.530)Lucro bruto 1.152.336 1.171.593(-) Despesas Operacionais (844.898) (761.047)Lucro operacional 307.438 410.546(+/-) Receitas/Despesas no Operacionais 0 1.058Lucro antes do IR 307.438 411.604

    (-) Proviso para IR (140.322) (187.863)Lucro Lquido 167.116 223.741

    5.1- ANLISE ATRAVS DE NDICESndice a relao entre contas ou grupo de contas das Demonstraes Contbeisque visa evidenciar determinado aspecto da situao econmica ou financeira deuma empresa.

    H trs formas bsicas de se avaliar um ndice:a) pelo significado intrnseco;b) pela comparao ao longo de vrios exerccios (evolutiva);

    c) pela comparao com ndices de outras empresas - ndice padro.Existem quatro aspectos bsicos que podem ser avaliados atravs de ndices:Liquidez

    EndividamentoAtividadeRentabilidade

    5.1.1 - ndices de LiquidezSo utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto ,constituem uma apreciao sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus

    compromissos. Esta capacidade de pagamento pode ser avaliada num longo, curtoou prazo imediato. Para cada amplitude de tempo h um ndice de liquidezapropriado (Liquidez Geral, Liquidez Corrente e Liquidez Imediata), respectivamente.H ainda o ndice de liquidez seca que mostra a capacidade de pagamento numcurto prazo da empresa excluindo seus estoques. Recentemente, Kanitz apresentouuma nova forma de calcular o ndice de liquidez da empresa. Nele, ele considera queparte dos estoques sero realizados e recebidos ao longo do exerccio socialseguinte.

    Passivo CirculanteEstoques Circulante Ativo

    Liquidez SecaPassivo CirculanteAtivo DisponivelLiquidez ImediataPassivo CirculanteAtivo CirculanteLiquidez CorrenteLP PassivoExigivelPassivo CirculanteLP Ativo RealizavelAtivo Circulante

    Liquidez Geral

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    A interpretao deste ndice deve indicar quanto se possui em ativos (de longoprazo, curto prazo ou imediatamente) para cada $1,00 de dvida.Exemplo:20X1 20X2Liquidez Geral 1,18 0,88Liquidez Corrente 1,46 1,61Liquidez Imediata 0,12 0,08

    Liquidez Seca 0,90 0,875.1.2 - ndices de Endividamento por meio destes indicadores que se verifica o nvel de endividamento da empresa.Sabe-se que o Ativo (bens e direitos) financiado por Capitais de Terceiros (PassivoCirculante mais Exigvel Longo Prazo) e por Capitais Prprios (Patrimnio Lquido).Busca-se ento verificar a participao do capital de terceiros sobre o capital totalbem como as caractersticas deste capital de terceiros.

    100_ _

    100__xTerceiros de CapitalPassivo CirculanteComposicao EndividamentoxTotal CapitalTerceiros Capital Endividamento Geral

    O primeiro ndice (Endividamento Geral) indica a porcentagem do Capital Total quepertence a terceiros. A composio do endividamento indica a porcentagem docapital de terceiros que de curto prazo, isto , cujo vencimento ocorrer noexerccio seguinte. O ltimo ndice representa quanto de recursos prprios h pararecursos de terceiros, isto , para cada $1,00 de capital de terceiros quanto h decapital prprio.

    20X1 20X2Endividamento Geral 60,72 64,68Composio do Endividamento 81,01 54,56

    5.1.3 - ndices de AtividadeEstes ndices buscam demonstrar quantos dias, em mdia, a empresa demora parareceber suas vendas, para pagar suas compras e para renovar seu estoque. Para finsde anlise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e renovao deestoque, melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras,desde que no corresponda a atrasos, melhor.

    PA

    CPV

    PMRE - Estoques Medio x 360 dias PMRE

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    PMPC -ComprasFornecedores medios x 360 dias PMPC

    PMRV - VendasDuplicatas a Receber Media x 360 PMRV

    Tem-se ento:a) Para o clculo do Prazo Mdio De Recebimento De Vendas: Utiliza-se comoVendas o valor da Receita Bruta e como Duplicatas a Receber o valor integral, semas dedues (Duplicatas Descontadas e Proviso para Devedores Duvidosos).

    b) Para o clculo do Prazo Mdio De Pagamento De Compras: O valor decomprasmostra-se problemtico uma vez que no fornecido nas demonstraescontbeis. No caso de se tratar de uma empresa comercial o valor poder ser obtidoatravs da seguinte frmula:CMV = Estoque Inicial + Compras Estoque FinalTratando-se de uma empresa industrial no poderia-se utilizar a frmula acima uma

    vez que alm da MP outros fatores integram o CPV. Neste caso, mesmo nocorrespondendo a realidade da empresa, utiliza-se o prprio CPV ou umaporcentagem deste que indicasse o correspondente s compras.

    c) O ideal, no que se refere ao Posicionamento de Atividades (PA), seria quefosse menor ou igual a 1 (um). Assim, o intervalo de tampo entre a venda e orecebimento menor do que o perodo que possui para pagar seus fornecedores.Para o exemplo em questo, entender-se- que a empresa opera no ramo comercial.

    20X2PMRV 78 dias

    PMPC 68 diasPMRE 98 diasPA 2,6

    5.1.4 - ndices de RentabilidadeOs ndices de rentabilidade buscam analisar os aspectos econmicos da atividadeempresarial. Portanto, voltam-se para a gerao de resultados, logo, para a DRE.

    Total Ativo MedioTaxa de Retorno Investimento 100 x Lucro Liquido

    Patrimonio Liquido MedioTaxa de Retorno PL 100 x Lucro Liquido

    Total Ativo MedioGiro Ativo x Vendas Liquidas

    Vendas LiquidasMargem Liquida 100 x Lucro Liquido

    Para o exemplo dado, tem-se:20X2

    Margem Lquida 4,67%

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    Giro do Ativo 1,32Taxa de Retorno sobre o Patrimnio Lquido 13,49%Taxa de Retorno sobre o Investimento - TRI 4,98%Retorno o lucro obtido pela empresa. Investimento toda aplicao realizada como objetivo de lucro (retorno) a mdio e longo prazo. As aplicaes esto evidenciadasno Ativo. Assim, tem-se aplicaes em disponveis, estoques, imobilizados,investimentos etc. A TRI busca evidenciar o retorno sobre a mdia dos ativosinvestidos na empresa num perodo. A TRI pode ser decomposta em dois elementos:

    a) Margem Lquida: Significa quantos centavos, para cada unidade monetria devenda, restaram aps a deduo de todas as despesas, inclusive o IR.b) Giro do Ativo: Significa a eficincia com que a empresa utiliza seus ativos com oobjetivo de gerar vendas. Quanto mais for gerado de vendas, mais eficientemente osAtivos tero sido utilizados.

    Assim:Total Ativo MedioLucro LiquidoTotal Ativo Medio

    Vendas Liquidas xVendas LiquidasLucro LiquidoMargem Liquida Giro Ativo x M TRIEmpresas podem ter a mesma TRI com Margens Lquidas e Giros de Ativosdiferentes:

    Margem Lquida Giro do Ativo TRIEmpresa A 0,15 1 0,15Empresa B 0,075 2 0,15Empresa C 0,2 0,75 0,15

    Assim, conforme a caracterstica de cada empresa, o ganho poder ocorrer numaconcentrao maior sobre o giro ou sobre a margem lquida:

    Empresas que ganham mais na Margem Lquida: Empresas que necessitam degrandes investimentos tero dificuldades em vender o correspondente a uma vez oseu Ativo (Hidreltricas, por exemplo). Estas empresas ganharo na Margem Lquidapara ter uma boa TRI.Empresa que ganham mais no Giro: Outras empresas, no entanto, precisamtrabalhar com Margens Lquidas pequenas e tem no Giro do Ativo (grande volume devendas) o fator determinante de uma boa TRI.

    6 - ANLISE HORIZONTAL E VERTICAL

    Anlise Vertical: Calculando-se a percentagem dos itens do Ativo sobre o Ativo Total realiza-se a Anlise Vertical. Esta anlise busca evidenciar os itens maisrelevantes do Ativo Total bem como do Capital Total da empresa. Este tipo de anlisepropicia a comparao da porcentagem dos itens do Ativo em relao a outrasempresas, basicamente as concorrentes. De modo geral, sua maior utilidade comparar a evoluo das participaes dos itens do ativo sobre o ativo total. Noexemplo dado verifica-se que as disponibilidades correspondiam a 6% em 20X1 e a2,69% em 20X2, evidenciando um decrscimo do investimento total em

    disponibilidades.

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    Anlise Horizontal: A anlise horizontal, tambm conhecida como anlise detendncias, evidencia a evoluo dos itens das demonstraes financeiras.ATIVO 20X1 AnaliseVertical20X1 - %20X2 AnliseVertical

    20X2 - %AnliseHorizontal- %CIRCULANTEDisponibilidades 163.634 6 107.224 2,69 - 34,47Clientes 1.045.640 38,36 751.206 18,86 - 28,16Estoques 751.206 27,56 1.039.435 26,09 38,37R.L.P. 0 0 0 0 0PERMANENTEInvestimentos 72.250 2,65 156.475 3,93 116,57

    Imobilizado 693.448 25,44 1.517.508 38,09 118,84Diferido 0 0 40.896 1,03ATIVO TOTAL 2.726.178 100 3.984.050 100 46,14PASSIVOPASSIVO CIRCULANTE 1.340.957 49,19 1.406.077 35,29 4,86PASSIVO E.L.P. 314.360 11,53 1.170.788 29,39 31,41PATRIMNIO LQUIDO 1.070.861 39,28 1.407.185 35,32 31,41PASSIVO TOTAL 2.726.178 100 3.984.050 100 46,14

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    EXERCCIO N. 01 Inventrio Balano PatrimonialA Cia dos Esportes compra e vende artigos de caa e pesca e est sediada num pasideal, ou seja, no existe inflao. Hoje, 31.03.2001, por solicitao da diretoria, elaborado um Inventrio Geral de seu patrimnio e cada um dos itens levantadosest a seguir relacionado:

    CIA DOS ESPORTES

    INVENTRIO GERAL (em 31.03.2001)ITEM Vlr Unit. Vlr Total

    05 canios com carretilha, marca Pita 100,00 500,00

    01 escrivaninha de uso da empresa 700,00 700,00dinheiro em moeda corrente 1.500,00 1.500,0001 automvel de propriedade do Sr. Lalau, muito usado nas atividades da empresa

    7.500,00 7.500,0007 redes de nylon, marca Real 150,00 1.050,0001 NF a pagar Caldo Doce Ltda 450,00 450,0001 mesa de uso da empresa 750,00 750,0003 cadeiras de uso da empresa 125,00 375,0001 duplicata a receber da Pesque e Pague Ltda 1.200,00 1.200,0050 metros de linha totalmente danificada 2,50 125,0001 jipe de propriedade da Cia dos Esportes 10.000,00 10.000,00

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    01 duplicata a pagar para a Relojoaria Confiana, devido a compra de uma jia para a esposa 1.500,00 1.500,00

    salrios a pagar relativos ao corrente ms 600,00 600,00

    Desta forma, de posse das informaes levantadas no Inventrio Geral, PEDE-SE:a) Identifique se cada um dos itens acima relacionados refere-se a um Bem/Direito,ou a uma Obrigao para com Terceiros. Justifique a resposta.b) Identifique o grupo a que pertence cada um dos itens supra. (Ativo Circulante -

    AC, Ativo Realizvel Longo Prazo - ARLP, Ativo Permanente - AP, Passivo Circulante PC, Passivo Exigvel Longo Prazo PELP ou Patrimnio Lquido PL). Justifique aresposta.c) Elabore o Balano Patrimonial da Cia dos Esportes em 31.03.2001, segundo asexigncias da Lei 6.404/76 Lei das Sociedades por Aes.Obs.: Para realizar as tarefas acima, voc tem total liberdade para proceder smodificaes que julgares necessrias, desde que justifiques sua resposta.EXERCCIO N. 02 Inventrio Balano Patrimonial

    A Cia Lucro Certo fabrica e vende doces e est sediada num pas ideal, ou seja, noexiste inflao. Hoje, 31.03.2001, elaborado um Inventrio Geral de seu patrimnio

    e cada um dos itens levantados est a seguir relacionado:1. Hoje a Cia Lucro Certo est devendo salrios a seus empregados no valor de R$1.200,00 relativos ao ltimo ms de trabalho.2. O Moinho Piloto assduo comprador de doces da Cia Lucro Certo. Em 15.03.2001,ela comprou doces por $500,00, ainda no pagos na presente data.3. A Cia Lucro Certo proprietria de batedeiras, liqidificadores, misturadores demassa e outros equipamentos necessrios confeco de doces, no valor total de$5.000,00.4. A Refinadora Jaragu Ltda, freqentemente fornece acar para a Cia Lucro Certoe em funo disso, possui um direito a receber de $1.100,00, resultante da ltimaremessa de acar fornecida e ainda no recebida.

    5. A Cia Lucro Certo possui uma obrigao de $700,00 para com os Governos Federale Estadual, resultante dos impostos incidentes sobre as vendas do corrente ms.6. A Cia Lucro Certo tem hoje em seu estoque, ovos, farinha, acar e outrosingredientes necessrios confeco dos doces, perfazendo um montante de$1.500,00.7. Ontem a Cia Lucro Certo recebeu uma partida de farinha do Moinho Unio no valorde $650,00. At a presente data, esta mercadoria ainda no foi paga.8. O estoque de produtos acabados (doces) da Cia Lucro Certo em 31.03.2001,perfaz um montante de $830,00.9. O conjunto de mesas, cadeiras, armrios, estantes e outros itens necessrios jadministrao da Cia Lucro Certo est avaliado em $2.000,00.

    Desta forma, PEDE-SE:a) Identifique se cada um dos itens acima relacionados refere-se a um Bem/Direito,ou a uma Obrigao para com Terceiros. Justifique a resposta.b) Identifique o grupo a que cada um dos itens pertence. (Ativo Circulante - AC, AtivoRealizvel Longo Prazo - ARLP, Ativo Permanente - AP, Passivo Circulante PC,Passivo Exigvel Longo Prazo PELP ou Patrimnio Lquido PL). Justifique aresposta.c) Elabore o Balano Patrimonial da Cia Lucro Certo em 31.03.2001, segundo asexigncias da Lei 6.404/76 Lei das Sociedades por Aes.d) Responda as seguintes questes relativas ao Inventrio Geral e Balano

    Patrimonial da Cia Lucro Certo em 31.03.2001;

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    1- Em 31.03.2001, qual o valor das obrigaes com terceiros da Cia Lucro Certo?Justifique a resposta.2 Em 31.03.2001, qual era o valor do Ativo da Cia Lucro Certo? Justifique.3 Em 31.03.2001, qual o valor mnimo dos direitos da Refinadora Jaragu?Justifique.4 Em 31.03.2001, qual o valor do capital prprio (PL) da Cia Lucro Certo? Justifiquea resposta.5 Qual o valor mnimo das obrigaes com terceiros do Armazm Piloto em

    31.03.2001? Justifique.6 Qual o valor total do permanente de Cia Lucro Certo em 31.03.2001? Justifique aresposta.

    EXERCCIO N. 03 Cia da Sade

    A Cia da Sade compra e vende artigos de caa e pesca e est sediada num pasideal, ou seja, no existe inflao. Hoje, 04.09.2001, por solicitao da diretoria, elaborado um novo Inventrio Geral de seu patrimnio e lhe apresentado de formasinttica, com as observaes que o Contador julgar relevantes. Desta forma, oContador elabora e entrega aos membros da Diretoria, o seguinte documento:

    CIA DA SADEINVENTRIO GERAL (em 04.09.2001)ITEM Vlr Unit. Vlr Total

    Caixa 1.500,00 1.500,00Mveis e Utenslios 1.400,00 1.400,00Mercadorias 2.200,00 2.200,00Duplicatas a Receber 5.000,00 5.000,00Veculos de propriedade da empresa 10.000,00 10.000,00Fornecedores a Pagar 5.500,00 5.500,00Impostos a Pagar 900,00 900,00

    Emprstimos Bancrios a Pagar 13.000,00 13.000,00

    Salrios a Pagar 700,00 700,00Prdio da Empresa 20.000,00 20.000,00salrios a pagar relativos ao corrente ms 600,00 600,00

    Informaes adicionais:a - no item Mercadorias, esto includas amostras da Exposio Ltda, no valor totalde $300,00.b - no item Duplicatas a Receber, existe uma que a Cia da Sade est encontrandodificuldades para receber, no valor total de $500,00.c na opinio do Contador, o veculo registrado na contabilidade por $10.000,00,

    vale somente $9.000,00.d a Justia do Trabalho, em 01.09.2001, condenou a Cia da Sade, em carterirrevogvel, a pagar $4.100,00 a empregados que reclamaram diferenas salariais,at 31.12.2001.e nas Duplicatas a Receber, existe uma de $400,00, emitida contra um cliente quemorreu e no deixou qualquer herana e nem possui parentes.f - no item Mercadorias esto elencados equipamentos de caa no valor de $150,00,que no mais esto na moda, por existirem outros mais modernos no mercado.Desta forma, de posse das informaes levantadas no Inventrio Geral,

    PEDE-SE:

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    1) Identifique se cada um dos itens acima relacionados refere-se a um Bem/Direito,ou a uma Obrigao para com Terceiros. Justifique a resposta. 2) Identifique o grupoa que pertence cada um dos itens supra. (Ativo Circulante - AC, Ativo Realizvel Longo Prazo - ARLP, Ativo Permanente - AP, Passivo Circulante PC, Passivo Exigvel Longo Prazo PELP ou Patrimnio Lquido PL). Justifique a resposta.3) Elabore o Balano Patrimonial da Cia da Sade em 04.09.2001, segundo asexigncias da Lei 6.404/76 Lei das Sociedades por Aes.

    EXERCCIO N. 04 Verdadeira ou Falsa?Neste exerccio, utilize as seguintes siglas, representando:A a Ativo de uma entidade num determinado momento.P a Passivo (total de obrigaes com 3os) de uma entidade num determinadomomento.PL a Patrimnio Lquido de uma entidade num determinado momento; sendo PL=A-P.

    Assinale cada uma das sentenas a seguir com a letra V se a afirmativa forverdadeira e F se for falsa. Adicionalmente a isto, justifique sua resposta.1 - ( ) Bens e Direitos so componentes positivos do PL de uma entidade e

    Obrigaes para com Terceiros so componentes negativos de uma entidade.2 - ( ) O valor das Obrigaes para com Terceiros de uma entidade semprepositivo.3 - ( ) Ao conjunto de Bens e Direitos d-se o nome de Ativo.4 - ( ) O inventrio geral permite detectar o Patrimnio de uma entidade num dadomomento do tempo.5 - ( ) O Inventrio Geral sinnimo de Balano Patrimonial.6 - ( ) O valor do Ativo ou positivo ou nulo.7 - ( ) Patrimnio Lquido sinnimo de Situao Lquida.8 - ( ) O valor das Obrigaes para com Terceiros de uma entidade ou positivo ou nulo.

    9 - ( ) Dvida particular de um scio de uma entidade deve constar no Passivo daentidade.10 - ( ) Patrimnio sinnimo de Ativo11 - ( ) O Inventrio Geral permite conhecer o Patrimnio de uma entidade num dadomomento.12 - ( ) O Balano Patrimonial permite conhecer o Patrimnio de uma entidade numdado momento.13 - ( ) Num dado momento, o PL de uma entidade pode ser positivo, negativo ounulo.14 - ( ) A equao bsica da Contabilidade pode ser expressa por A+PL=P.15 - ( ) A equao bsica da Contabilidade pode ser expressa por A+P =PL.

    16 - ( ) Patrimnio Lquido sinnimo de Passivo a Descoberto.17 - ( ) Num dado momento, o Ativo deve evidenciar todos os bens e todos osdireitos que foram de propriedade da entidade at tal momento.18 - ( ) Patrimnio Lquido expresso sinnima de Capital Prprio.19 - ( ) O valor das Obrigaes para com Terceiros de uma entidade negativo.20 - ( ) Num dado instante, o Passivo de uma entidade deve evidenciar todas asdvidas contradas pela entidade at aquele momento.21 - ( ) O Balano Patrimonial de 31.12.xx de uma entidade evidencia todos os bense todos os direitos que foram de propriedade da entidade.22 - ( ) O Inventrio Geral permite elaborar o Balano Patrimonial.23 - ( ) Ocorre uma situao de Passivo a Descoberto quando o valor das

    Obrigaes

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    para com Terceiros excederem o valor do conjunto dos Bens e Direitos.24 - ( ) Patrimnio Lquido sinnimo de Patrimnio.25 - ( ) O Patrimnio Lquido decorre do Patrimnio.

    EXERCCIO N. 05 Superavaliao

    SUPERAVALIAO consiste em atribuir a um determinado bem, um valor superiorao que ele realmente vale. Neste exerccio estudar-se- alguns dos efeitos de uma

    superavaliao numa entidade.A Cia Rdea Curta compra e vende artigos para a atividade pecuria e est situadanum pas sem inflao. Em 31.12.2000, levantou-se um Inventrio Geral da empresae, a partir dele, elaborou-se o seguinte Balano Patrimonial.

    CIA RDEA CURTABALANO PATRIMONIAL (em 31.12.2000)ATIVO PASSIVOCIRCULANTE 3.500,00 CIRCULANTE 3.000,00Caixa 1.500,00 Fornecedores (02 Duplicatas) 2.000,00

    Mercadorias 2.000,00 Emprstimos Bancrios 1.000,00ARLP 0 PELP 0PERMANENTE 10.000,00 PATRIMNIO LQUIDO 10.500,00Imobilizado 10.000,00 Capital Prprio 10.500,00Mveis e Utenslios 2.500,00Veculos 7.500,00TOTAL DO ATIVO 13.500,00 TOTAL DO PASSIVO 13.500,00Suponhamos que a conta Mercadorias represente o correto valor de 40 chapus decouro marca Tudo Pode no valor individual de $50,00 cada. Suponhamos que ocorreto valor das duas Duplicatas a Pagar seja de $1.000,00 cada uma. Paramelhor apreciar os efeitos da superavaliao, estudaremos o assunto em dois

    momentos distintos.

    1 MOMENTOSuponhamos que por ocasio da transcrio dos dados levantados no InventrioGeral para o Balano Patrimonial, o responsvel pela sua elaborao (BP) assumaque o valor individual dos chapus de couro de $70,00 ao invs de $50,00. A partirdesta suposio, construa o Balano Patrimonial da Cia RDEA CURTA, em31.12.2000.

    CIA RDEA CURTABALANO PATRIMONIAL (em 31.12.2000)

    ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTECaixa FornecedoresMercadorias Emprstimos BancriosARLP PELPPERMANENTE PATRIMNIO LQUIDOImobilizado Capital PrprioMveis e UtensliosVeculosTOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

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    Agora, comente todos os reflexos deste pequeno equvoco no novo BP, comparando-o com o anterior.

    2 MOMENTOSuponhamos que por ocasio da transcrio dos dados levantados no InventrioGeral para o Balano Patrimonial, o responsvel pela sua elaborao (BP) assumaque o valor individual das Duplicatas a Pagar de $1.200,00 ao invs de $1.000,00.A partir desta suposio, construa o Balano Patrimonial da Cia RDEA CURTA, em

    31.12.2000.CIA RDEA CURTABALANO PATRIMONIAL (em 31.12.2000)ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTECaixa Fornecedores (02 Duplicatas)Mercadorias Emprstimos BancriosARLP PELPPERMANENTE PATRIMNIO LQUIDOImobilizado Capital Prprio

    Mveis e UtensliosVeculosTOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

    Agora, comente todos os reflexos deste pequeno equvoco no novo BP, comparando-o com o anterior (original).

    EXERCCIO N. 06 Subavaliao

    SUBAVALIAO consiste em atribuir a um determinado bem, um valor inferior aoque ele realmente vale. Neste exerccio estudar-se- alguns dos efeitos de uma

    subavaliao numa entidade.A Cia Rdea Curta compra e vende artigos para a atividade pecuria e est situadanum pas sem inflao. Em 31.12.2000, levantou-se um Inventrio Geral da empresae, a partir dele, elaborou-se o seguinte Balano Patrimonial.

    CIA RDEA CURTABALANO PATRIMONIAL (em 31.12.2000)ATIVO PASSIVOCIRCULANTE 3.500,00 CIRCULANTE 3.000,00Caixa 1.500,00 Fornecedores (02 Duplicatas) 2.000,00Mercadorias 2.000,00 Emprstimos Bancrios 1.000,00

    ARLP 0 PELP 0PERMANENTE 10.000,00 PATRIMNIO LQUIDO 10.500,00Imobilizado 10.000,00 Capital Prprio 10.500,00Mveis e Utenslios 2.500,00Veculos 7.500,00TOTAL DO ATIVO 13.500,00 TOTAL DO PASSIVO 13.500,00

    Suponhamos que a conta Mercadorias represente o correto valor de 40 chapus decouro marca Tudo Pode no valor individual de $50,00 cada. Suponhamos que ocorreto valor das duas Duplicatas a Pagar seja de $1.000,00 cada uma. Paramelhor apreciar os efeitos da subavaliao, estudaremos o assunto em dois

    momentos distintos.

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    1 MOMENTOSuponhamos que por ocasio da transcrio dos dados levantados no InventrioGeral para o Balano Patrimonial, o responsvel pela sua elaborao (BP) assumaque o valor individual dos chapus de couro de $35,00 ao invs de $50,00. A partirdesta suposio, construa o Balano Patrimonial da Cia RDEA CURTA, em31.12.2000.

    CIA RDEA CURTABALANO PATRIMONIAL (em 31.12.2000)ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTECaixa FornecedoresMercadorias Emprstimos BancriosARLP PELPPERMANENTE PATRIMNIO LQUIDOImobilizado Capital PrprioMveis e UtensliosVeculos

    TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVOAgora, comente todos os reflexos deste pequeno equvoco no novo BP, comparando-o com o anterior.

    2 MOMENTOSuponhamos que por ocasio da transcrio dos dados levantados no InventrioGeral para o Balano Patrimonial, o responsvel pela sua elaborao (BP) assumaque o valor individual das Duplicatas a Pagar de $900,00 ao invs de $1.000,00. Apartir desta suposio, construa o Balano Patrimonial da Cia RDEA CURTA, em31.12.2000.

    CIA RDEA CURTABALANO PATRIMONIAL (em 31.12.2000)ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTECaixa Fornecedores (02 Duplicatas)Mercadorias Emprstimos BancriosARLP PELPPERMANENTE PATRIMNIO LQUIDOImobilizado Capital PrprioMveis e Utenslios

    VeculosTOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

    Agora, comente todos os reflexos deste pequeno equvoco no novo BP, comparando-o com o anterior (original).

    EXERCCIO N. 07 Avaliao de Estoque Mtodos

    Praticamente todas as empresas mantm algum tipo de estoque, seja de matrias-primas, produtos em processo de fabricao, produtos acabados, material deexpediente ou outros. Dependendo da natureza e do ramo de atividade da empresa,

    este item (estoque) pode ter um valor mais ou menos significativo em termos

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    monetrios. Porm, um aspecto pacfico, em havendo qualquer um destes itens naempresa, ele possui algum valor monetrio, logo, ele deve constar no BalanoPatrimonial da empresa. Nesta situao, normalmente, somos assaltados pordiversas dvidas: Qual o valor do meuestoque? Como controla-lo? Existem mtodos para este controle? .... Nestemomento, pea ao professor para que lhe apresente cada um dos Mtodos deAvaliao dos Estoques existentes. Em seguida, resolva o exerccio proposto abaixo.

    A empresa MODELO Ltda, atua no setor industrial comprando matria-prima evendendo os produtos acabados. Seu objeto principal a compra de madeira e avenda de mesas. Agora, com base nas informaes a seguir, elabore o controle deestoque da empresa MODELO Ltda, usando cada um dos Mtodos de Avaliao deEstoque apresentados pelo professor (Primeiro a Entrar o Primeiro a Sair PEPS,ltimo a Entrar o Primeiro a Sair UEPS e Preo Mdio Ponderado PMP).

    - No final do dia 31 de outubro a empresa MODELO Ltda possua 10 m3 (metroscbicos) de madeira em seu estoque (matria-prima), que valiam $900,00 ou seja,$90,00 cada m3.- No dia 1 de novembro ela comprou mais 20 m3 de madeira a um custo unitrio de

    $100,00 o m3.- No 5 dia de novembro ela adquiriu mais 30 m3 de madeira a um custo total de$3.060,00.- No dia 10, a empresa utilizou 30 m3 de madeira.- No dia 15 de novembro ela adquiriu mais 10 m3 de madeira a um custo total de$1.050,00- No dia 20, a empresa utilizou 20 m3 de madeira.- No dia 25, a empresa utilizou mais 15 m3 de madeira.- No dia 26 de novembro ela adquiriu mais 20 m3 de madeira a um custo total de$2.200,00- No dia 30, a empresa utilizou mais 15 m3 de madeira.

    A seguir, determine a quantidade e o valor do estoque de matria-prima em 30 denovembro:

    Utilizando o Mtodo PEPS

    ENTRADAS SADAS SALDODataQtde C.Unit. C. Tot. Qtde C.Unit. C. Tot. Qtde C.Unit. C. Tot.Utilizando o Mtodo UEPSENTRADAS SADAS SALDO

    DataQtde C.Unit. C. Tot. Qtde C.Unit. C. Tot. Qtde C.Unit. C. Tot.

    Utilizando o Mtodo PMP

    ENTRADAS SADAS SALDODataQtde C.Unit. C. Tot. Qtde C.Unit. C. Tot. Qtde C.Unit. C. Tot.Agora, analise os efeitos, tanto no Ativo conta Estoque quanto na conta deresultado Custo do Produto Fabricado, bem como no Resultado Final(Lucro/Prejuzo) e nos efeitos tributrios (Imposto de Renda e Contribuio Social) e

    legais, decorrentes da adoo de um ou outro Mtodo de Avaliao de Estoque.

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    EXERCCIO N. 08 Ativo, Passivo e PL

    Antes de desenvolver o presente exerccio, faz-se necessrio rever algumasnomenclaturas, relativas ao Balano Patrimonial, usuais no meio contbil.Inic