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  UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA NOTAS DE AULA MAT236 – MÉTODOS ESTATÍSTICOS 2ª UNIDADE Elaborada pelas professoras: Giovana Silva, Lia Moraes, Rosana Castro e Rosemeire Fiaccone Revisada em 2010.2 Monitora: Tatiana Felix da Matta Revisada em 2010.2 pelas professoras: Gecynalda e Silvia Regina

Apostila Da Segunda Unidade_MAT236

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE MATEMTICA DEPARTAMENTO DE ESTATSTICA NOTAS DE AULA MAT236 MTODOS ESTATSTICOS 2 UNIDADE Elaborada pelas professoras:Giovana Silva,Lia Moraes,Rosana Castro e Rosemeire Fiaccone Revisada em 2010.2Monitora: Tatiana Felix da Matta Revisada em 2010.2 pelas professoras: Gecynalda e Silvia Regina 1 5.INTRODUO AEstatsticaconstitui-senumconjuntodetcnicasemtodoscientficosquetratamda coleta,anliseeinterpretaodeinformaesnumricas,cujoobjetivoprincipalauxiliarna tomadadedecisesoutirarconclusesemsituaesdeincerteza,apartirdeinformaes numricas. A Teoria Estatstica moderna se divide em dois grandes campos: EstatsticaDescritiva-consistenumconjuntodemtodosqueensinamareduziruma quantidadededadosbastantenumerosaporumnmeropequenodemedidas,substitutase representantes daquela massa de dados. EstatsticaIndutivaouInfernciaEstatstica-consisteeminferir(deduziroutirar concluses a respeito das) propriedades de um universo a partir de uma amostra. O processo degeneralizao,quecaractersticodomtodoindutivo,estassociadoaumamargemde incerteza. A medida da incerteza tratada mediante tcnicas e mtodos que se fundamentam na Teoria das Probabilidades. Namaioriadasvezesnopodemosinvestigarofenmenoqueestamosinteressadosem estudaremtodososelementosdapopulaopordiversosfatores.Pararesolveroproblema devemostrabalharcomumsubconjuntodapopulao,chamadodeAMOSTRA.Ainferncia estatstica procura com base nos dados amostrais tirar concluses sobre a populao. Considere o exemplo abaixo para ilustrar as definies dadas. O esquema a seguir resume as etapas de um trabalho estatstico: Populao Amostra Tcnicas de Amostragem Anlise Descritiva Concluses sobre as caractersticas da populao Informaescontidas nos dados Inferncia Estatstica 2 5.1. Populao e amostra Populao-Conjuntodeindivduos,objetosouinformaesqueapresentampelo menosumacaractersticacomum,cujocomportamentointeressa-nosanalisar.Ou,emoutras palavras,conjuntodetodasasmedidas,observaesrelativasaoestudodedeterminado fenmeno. i)Deseja-seconheceroconsumototaldeenergiaeltricaemMWHnasresidnciasda cidade de Salvador no ano de 1998. Populao ou universo: todas as residncias que estavam ligadas a rede eltrica em Salvador, em 1998. Caractersticas: X = consumo anual de energia eltrica em MWH. ii)Deseja-se saber se nas indstrias situadas no Estado da Bahia, em 1997, existia algum tipo de controle ambiental. Populao ou universo: indstrias situadas no Estado da Bahia em1997. Caracterstica: X = existncia ou no de algum tipo de controle ambiental na indstria. iii) Estudo sobre a precipitao pluviomtrica na Regio Nordeste no ano 1997. Populao ou universo: rea referente Regio Nordeste. Caracterstica: X = precipitao pluviomtrica. Populaesfinitaseinfinitas:Quantoaonmerodeelementos,aspopulaespodemser classificadas em finita ou infinita, dependendo do nmero de elementos que a compe. Exemplos : i)Populao finita: empresas do Plo Petroqumico de Camaari. ii)Populao infinita: as presses atmosfricas ocorridas nos diversos pontos do Continente em determinado momento. Emgeral,comoosuniversossograndes,investigartodososelementospopulacionaispara determinarmos a caracterstica necessita muito tempo, e/ou o custo elevado, e/ou o processo de investigao leva a destruio do elemento observado, ou, como no caso de populaes infinitas, impossvelobservaratotalidadedapopulao.Assim,estudarpartedapopulaoconstitui-se um aspecto fundamental da Estatstica. Amostra: qualquer subconjunto da populao. 3 5.2. Tipos de variveis As caractersticas da populao que nos interessa analisar recebem o nome de variveis. As caractersticas ou variveis podem ser divididas em dois tipos: qualitativas e quantitativas.Variveisqualitativas-quandooresultadodaobservaoapresentadonaformade qualidade ou atributo. Exemplos: sexo; estado civil; grau de escolaridade; etc. Variveis quantitativas - quando o resultado da observao um nmero, decorrente de umprocessodemensuraooucontagem.Exemplos:nmerodefilhos;salriomensal;altura; peso; idade; tamanho da famlia; etc. Asvariveisqualitativassodivididasemdoistipos:nominal,paraaqualnoexiste nenhuma ordenao nas possveis respostas da referida varivel, e ordinal, para a qual existe uma ordenao. Por exemplo, QualitativaNominal (sexo, cor dos olhos, tipos de defeitos...) Ordinal(classe social, grau de instruo, porte de empresa...) Asvariveisquantitativassodivididasem:discretas,queassumemvaloresemumconjunto finito ou enumervel de nmeros, contnuas, que assumem valores em um intervalo nmeros reais. QuantitativaContnua (peso, altura, vida til de bateria...) Discreta (nmero de filhos, nmero de carros, nmero de defeitos...) Pararesumirasinformaeslevantadasduranteumapesquisausaremosatcnicaea representao mais apropriada, a depender do tipo de varivel que estamos analisando. 6. APRESENTAO DOS DADOS Esta seo apresenta alguns procedimentos que podem ser utilizados para organizar e descrever um conjunto de dados, tanto em uma populao como em uma amostra. O conjunto de informaes disponveis, aps a tabulao do questionrio ou pesquisa de campo, denominado de tabela de dados brutos. Apesar de conter muita informao, a tabela de dados brutos pode no ser prtica para respondermos s questes de interesse. 4 Exemplo: Banco de dados (dados brutos) Foirealizadaumapesquisaporamostragemjuntosindstriasdematriasplsticasnas principaisregiesmetropolitanasdoBrasileinvestigou-seasseguintesvariveis:constituio jurdica; porte; nmero total de empregados em 1999; faturamento anual em 1998 e 1999; tempo deexistncia;regiometropolitana;esetordeatividade.Asobservaesreferentess106 empresas amostradas encontram-se no arquivo Empresa.xls. Dadoumconjuntodedadosomododecondensaoouapresentaodasinformaes podesernaformadetabelasdefrequnciasoudegrficosquefacilitamavisualizaodo fenmeno, permitem a comparao com outros elementos ou, ainda, fazer previses. 6.1. Tabela ou Distribuio de Frequncias O fenmeno considerado uma varivel qualitativa ou quantitativa (discreta ou contnua) e seus valores observados so descritos considerando o nmero de vezes que ocorreram na tabela de dados brutos (frequncia). Algumas definies: Frequnciasimplesabsoluta(fi ):onmerodeocorrnciasourepetiesdeumvalor individual ou um intervalo de valores. Frequncia simples relativa(fri): a razo entre a frequncia simples absoluta e o nmero total de dados (soma de todas as frequncias simples absolutas). Agora vamos exemplificar distribuies de frequncia para cada tipo de varivel. a)Varivel qualitativa Nominal ou Ordinal Asvariveisqualitativasobtidasemumapesquisapodemserorganizadasemformasdetabelas para facilitar a visualizao e anlise dos dados. Exemplo6.1:Considereaplanilhadedadosempresa.xls.Paraavarivelportedeempresa construa uma tabela: 5 Tabela 6.1: Porte das indstrias de matrias plsticas nas principais regies metropolitanas doBrasil 1999 Porte da IndstriaNmeros de indstrias% (100xfri ) Grande2321,7 Mdia7066,0 Pequena1312,3 Total geral106100,0 Fonte: Dados fictcios b)Varivel Quantitativa Discreta Exemplo6.2:Foiobservadoonmerodedefeitosapresentadosporumamquinaindustrial durante o perodo de 30 dias. Os resultados foram os seguintes: 111011 021310 111201 114103 221101 Tabela 6.2: Nmero de defeitos em uma mquina industrial durante o perodo de 30 dias. Nmero de defeitosQuantidade (fi) %(100xfri) 0620,0 11756,7 2413,3 326,67 413,33 Total30100,0 Fonte: Dados fictcios c)Varivel Quantitativa Contnua Para certo conjunto de dados, vamos adotar a seguinte nomenclatura: 1.Mximo (max): maior valor do conjunto. 2.Mnimo (min): menor valor do conjunto. 3.Amplitude total (AT): a diferena entre o valor mximo e mnimo. AT = MAX MIN 4.Classe: cada um dos intervalos em que se subdivide a amplitude total. Representao: k = nmero de classes5.Limite superior ( lsup): a cota superior para os valores da classe. 6.Limite inferior ( linf): a cota inferior para os valores da classe. 6 7.Amplitude do intervalo de classe (hi): o comprimento da classe, definida como a diferena entre o limite superior e inferior. 8.Ponto mdio (Xi): a mdia entre os limites superior e inferior da classe i. Determinao do nmero de classes e amplitude do intervalo de classes: Noexistemregrasgerais,universalmenteaceitas,paraadeterminaodonmerode classes.Existem,noentanto,algumasregraspropostaspordiferentesautores,quedoideia aproximada do nmero de classes em funo do nmero de dados.Um dos mtodos utilizado chamado de regra de Sturges ou regra do logaritmo. Ele estabelece que em que k o nmero de classes e n o nmero de dados. Outra maneira para obter o nmero de classes Mesmoconhecendoalgunsmtodosparaadeterminaodok,deve-sesaberquea escolha depender antes da natureza dos dados, da unidade de medida e da experincia e do bom senso de quem far a organizao dos dados da pesquisa. Umavezencontradoonmerodeclasses,determina-seaamplitudedointervalode classes atravs da frmula: Exemplo 6.3: (Werkema, vol.2) Os dados abaixo representam o rendimento em porcentagem de umareaoparafabricaodeumasubstnciaqumica,em80bateladasproduzidasporuma indstria.Aempresadecidiuconstruirumatabeladefrequnciaparaobterumresumodo conjunto de dados. 70,771,873,974,475,976,076,676,777,478,078,178,1 78,278,478,479,779,879,979,980,180,280,480,480,580,780,7 80,780,981,381,481,681,881,982,082,082,182,382,582,7 82,983,083,083,283,483,583,683,683,783,884,384,584,5 84,584,685,285,585,585,786,486,586,8 86,8 86,8 87,187,1 87,187,187,388,590,0 . n k .kATh =, log 3 , 3 110n k + 7 Procedimento para construir uma tabela de distribuio de frequncias com intervalos de classes. Soluo: Neste caso, n = 80 k = (80)1/2 9 A amplitude total ser dada por AT = 90 70,7 = 19,3. Assim, a amplitude de cadaintervalo de classe ser: h 2,2 Dessaforma,atabeladedistribuiodefrequnciasparadadosagrupadosemclassesficada seguinte maneira: Dessaforma,atabeladedistribuiodefrequnciasparadadosagrupadosemclassesficada seguinte maneira: Tabela 6.3: Rendimento, em porcentagem, de uma reao para fabricao de uma substncia qumica. RendimentoNmero de substncia (fi) %(100xfri) 70,5 | 72,722,50 72,7 | 74,922,50 74,9 | 77,145,00 77,1 | 79,31417,50 79,3 | 81,51923,75 81,5 | 83,71721,25 83,7 | 85,91113,75 85,9 | 88,1911,25 88,1 | 90,322,50 Total80100,00 Fonte: Dados fictcios 6.1.1. Tabela de Mltipla Entrada Emalgunscasosnecessrioapresentarmaisdeumavarivelemumanicatabela. Quando so utilizadas apenas duas variveis tem-se uma tabela de dupla entrada.Tabela 6.4: Porte das indstrias de matrias plsticas por regio metropolitana do Brasil 1999. Regio Metropolitana Porte da empresa Total GrandeMdiaPequena Belo Horizonte29314 Curitiba1405 Porto Alegre0718 Rio de Janeiro313218 Salvador818430 So Paulo919331 Total237013106 Fonte: Dados fictcios. 8 6.2. Representao Grfica Seroapresentadosalgunstiposdegrfico:setoroupizza,barra,colunas,Paretoe histograma. 1)Grfico em barras Utilizado para representao de variveis qualitativas e quantitativas discretas Exemplo 6.4:Tabela 6.5: Tipo de fraude nos cartes de crdito da Mastercard Internacional no Brasil 2000. Tipo de fraudeQuantidade Carto roubado243 Carto falsificado85 Pedido por correio/telefone52 Outros46 Fonte: Triola, Mario F. Figura 6.1: Tipo de fraude nos cartes de crdito da Mastercard Internacional no Brasil 2000.

Fonte: Triola, Mario F. 9 2)Grfico em colunas Utilizado para representao de variveis qualitativas e quantitativas discretas. Exemplo 6.5: Tabela 6.6: Nmero decrianasdebaixarenda, segundoobairro deresidncia,queparticiparamdoensinodemsicana EscolaXYZ, em Salvador 1998. BairroNmero de crianas Paripe11 Periperi39 Plataforma45 Praia Grande25 Total120 Fonte: Escola de Msica XYZ, Salvador. Figura 6.2: Nmero de crianas de baixa renda, segundo o bairro de residncia, que participaram do ensino de msica na Escola XYZ, em Salvador 2008. Fonte: Escola de Msica XYZ, Salvador Exemplo 6.6:Tabela 2.7: Estudantes da Universidade XYZ Segundo rea de estudo e ano de ingresso. rea Ano Total 199819992000 Exatas 12015668344 Humanas7285112269 Biolgicas16914573387 Fonte: Dados Fictcios10 Figura 6.3: Estudantes da Universidade XYZ Segundo rea de estudo e ano de ingresso. Fonte: Dados Fictcios Exemplo 6.7:Grfico para o exemplo 6.2 Figura 6.4: Nmero de defeitos em uma mquina industrial durante o perodo de 30 dias. 3)Grfico de Pareto O grfico de Pareto composto por colunas e por uma curva representando a percentagem acumulada.Asbarrasestodisponveisemordemdecrescente,tornandoevidenteapriorizao de temas. Este grfico muito utilizado na rea de Controle de Qualidade. 11 Exemplo 6.8: (Werkema, vol. 2): Uma indstria fabricante de lentes tem como objetivo resolver o seguinte problema: aumento do nmero de lentes defeituosas produzidas pela empresa a partir defevereirode1995.Aempresaclassificouumaamostradelentesfabricadasduranteuma semana de produo de acordo com os tipos de defeitos detectados. O resultado est na tabela a seguir: Tabela6.8:Defeitosencontradosemumaamostradelentesfabricadasduranteumasemanade produo de uma indstria em 1200 lentes inspecionada. Tipo de DefeitoQuantidade Arranho12 Trinca41 Revestimento Inadequado55 Muito Fina ou Muito Grossa11 No Acabada05 Outros03 Total127 Fonte: Dados fictcios UmamaneiraderepresentarmosgraficamenteestesdadosatravsdogrficodePareto,para quesejapossvelidentificarcommaisfacilidadeodefeitoqueapareceucommaiorfrequncia. ParaconstruirmosogrficodeParetonecessrioobtermosaplanilhadedadosmostradana tabela a seguir. Tabela 6.9: Planilha de dados para construo de grfico de Pareto. Tipo de defeitoQuantidade de defeito Total acumulado Percentagem do total geral (%) Percentagem acumulada Revest. Inadeq.555543,343,3 Trinca419632,375,6 Arranho121089,485,0 Fina ou Grosa111198,793,7 No- Acabada51243,997,6 Outros31272,4100,0 Total127/100/ Fonte: Dados fictcios Na Tabela 6.9 os tipos de defeitos foram listados em ordem decrescente de quantidade na coluna 1, a quantidade de defeitos aparece na coluna 2 e o total acumulado est na coluna 3. Nas colunas 4e5estoaspercentagenstotaiseaspercentagensacumuladasrespectivamente.Asbarrasdo grfico de Pareto foram construdas a partir dos dados da coluna 2 e a curva acumulada conhecidacomo curva de Pareto, foi traadaa partir dos nmeros da coluna 5. 12 OutrosN o AcabadaMuito Fina ou Muito GrossaArranh oTrincaRevestimento Inadequado 3 5 11 12 41 55 2.4 3.9 8.7 9.4 32.3 43.3100.0 97.6 93.7 85.0 75.6 43.3100500100806040200DefeitosQuantidadePercentagemPerc. AcumuladaAcumuladaPercentagemControleGrfico de Pareto para os defeitos de lentes ObservandoaFigura6.5,foiimediatoparaindstriaperceberqueosdoistiposdedefeitos maisfrequentes,Revestimentoinadequadoetrinca,representavam75,6%dosdefeitos detectadosnaslentesproduzidaspelaempresa.Portanto,Revestimentoinadequadoetrinca foramconsideradososdefeitosmaisimportantes,quedevemsereliminadosemprimeirolugar essetipodedefeitochamadodepoucosdefeitosvitais,enquantoqueosoutrosrepresentam apenas os muitos defeitos triviais, pois representam a minoria das observaes. 4)Grfico em linhas ou curvas Utilizadoparadescreversriestemporaisquesodadosobservadoseminstantesordenadosdo tempo. Exemplo 6.9:Tabela 6.10: ndice de Produto IndustrialBrasil 1979. MesesIPI Janeiro18.633 Fevereiro17.497 Maro19.470 Abril18.884 Maio20.308 Junho20.146 Julho20.258 Agosto21.614 Setembro19.717 Outubro22.133 Novembro20.503 Dezembro18.800 Fonte: FIBGE Figura 6.5: 13 Figura 6.6: ndice de Produto Industrial Brasil 1979. Fonte: FIBGE 5)Grfico em setores Exemplo 6.10:Tabela 2.11: Percentual de funcionrios da Companhia Milsa segundo regio de procedncia ProcednciaPercentual Interior33,30 Capital30,60 Outro36,10 Fonte: Bussab e Morettin (2002) Figura 6.7: Percentual de funcionrios da Companhia Milsa segundo regio de procedncia. Fonte: Bussab e Morettin (2002) 14 6)Histograma Quando os dados esto agrupados em intervalos de classes, o grfico mais apropriado ohistograma.Nocasodeclassesdemesmaamplitude,construdoumretnguloparacada classe,combaseigualamplitudedointervaloclasseealturaproporcionalafrequnciada classe. Neste caso, altura ~ frequncia (absoluta ou relativa) Quando temos classes com amplitudes diferentes, devemos construir um retngulo para cada classe, com base igual amplitude do intervalo de classe e altura dada por: Note que, neste caso, a rea do retngulo igual a frequncia da classe. A altura d definida acima chamada de densidade de frequncia. Exemplo 6.11: Histograma para a distribuio de frequncia do exemplo 6.3.

Figura 6.8: Rendimento, em porcentagem, de uma Reao para Produo de uma Substncia Qumica. Fonte: Dados fictcios Exerccio:Asespecificaesestabelecemumlimiteinferiorparaorendimentoiguala78%.A partirdeumhistograma,vocacreditaqueoprocessoestsatisfazendoaespecificao? Justifique. classe daamplitudefrequncia d =15 6.2.1.Cuidados na representao grfica Fonte: Dados fictcios H vrios problemas com este grfico. Ele impressiona mais pela tecnologia utilizada do que pela informao que passa para o leitor. Os dados no so tridimensionais. As grades do fundo mais o efeito tridimensional distraem a viso e dificultam comparaes entre trimestre e regies. Uma forma de melhorar o grfico dar-lhe a dimenso correta. As linhas de grade. No utilize faixas horizontais, verticais ou similares, que s atrapalham a viso do leitor. Faa mais de um grfico at encontrar um que seja informativo, claro, e que no possua objetos desnecessrios. 16 Noapresentegrficossuprfluos.Seretirarmosafiguraabaixo,todaainformao podersertransmitidatextualmente,comumasimplesfrase:20%dasrespostasforam positivas e 80% negativas. Observe que o efeito 3-D dificulta o julgamento das porcentagens relativas de cada categoria da varivel. A retirada do efeito 3-D ajudar o leitor a julgar melhor as propores relativas observadas em cada amostra. 7.MEDIDAS DE POSIO CENTRAL As distribuies de frequncias e os grficos fornecem mais informaes sobre o comportamento de uma varivel do que a prpria srie original de dados. Mas, queremos resumir ainda mais esses dados. Com esse objetivo usaremos mtodos da Estatstica Descritiva que ensinam a reduzir a informao contida em uma grande quantidade de dados a um pequeno nmero de medidas, substitutas e representantes daquela massa de dados. Vamos agora estudar as medidas da Estatstica Descritiva, agrupadas em medidas de posio (ou de locao ou de localizao) central: mdia, mediana e moda. Exemplo de aplicao: (Azulejos) Uma fbrica de azulejos nos ltimos meses passou a receber reclamaes de seus clientes. A maioria das reclamaes era relativa aos seguintes problemas: 17 Os azulejos, ao serem manuseados, quebravam-se facilmente. Oassentamentodosazulejos,quandoerautilizadaargamassa,noproduziaumresultado uniforme em relao ao nvel da parede. Em vista dessa situao, a indstria decidiu formar um grupo de trabalho para resolver esses problemas. Na etapa de identificao do problema, o grupo de trabalho concluiu que a produo de azulejos com espessura no adequada poderia estar provocando as reclamaes dos clientes. Esta concluso resultou do conhecimento dos seguintes fatos: Azulejos com espessura muito fina quebram-se facilmente. Afaltadeuniformidadenaespessuradosazulejosprovocadificuldadesduranteoseu assentamento. Paraavaliarseestavamocorrendoproblemascomaespessuradosazulejosproduzidos,o grupodecidiuretirarumaamostraaleatriadosazulejosfabricadospelaempresa,medira espessuradestesazulejosecompararosresultadosobtidoscomasespecificaes.Comoa empresaempregavaduasturmasdetrabalho(turmasAeB)epoderiahaverdiferenana qualidadedosazulejosproduzidosporcadaturma,foiutilizadaumaestratificao,sendoento retiradaumaamostrade80azulejosproduzidospelaturmaAe80fabricadospelaturmaB.Os dados coletados, j ordenados, esto na Tabela 7.1. Aoobservarmosoconjuntodedadosjfazemosalgumaideiasobreocomportamentodas duasturmasdetrabalho,emtermosdaespessuradosazulejosqueproduzem.Entretanto, claramentenecessitamoscalcularalgumasmedidasqueresumamainformaocontidanos dados.Vamoscomeartentandoresponder:QualovalortpicodaturmaA?EdaturmaB?A primeira ideia para obter um valor tpico a de calcular uma mdia. Tabela 7.1: Medidas da Espessura (mm) de 160 Azulejos do Estoque (dados ordenados). TURMA ATURMA B 2,33,13,84,54,95,65,86,2 2,43,13,94,54,95,65,86,2 2,43,33,94,55,05,65,86,3 2,43,33,94,55,15,75,86,3 2,63,44,04,55,15,75,96,4 2,73,44,04,65,15,75,96,4 2,73,54,04,65,35,75,96,4 2,83,54,04,75,35,75,96,4 2,83,54,04,75,35,75,96,4 2,83,54,14,95,35,75,96,5 2,93,54,14,95,35,76,06,5 18 2,93,54,15,15,35,76,06,5 2,93,64,25,25,35,76,06,5 3,03,64,25,45,45,76,16,6 3,03,74,25,45,45,76,16,7 3,03,74,35,55,45,76,16,7 3,13,74,35,65,45,86,16,7 3,13,74,35,65,45,86,16,8 3,13,84,45,75,55,86,26,9 3,13,84,45,95,55,86,27,0 Fonte: Dados fictcios 7.1. Mdia aritmtica simples A mdia aritmtica simples de n nmeros nx x x ,..., ,2 1 um valorxtal que x n x ... x x x ... x xn= + + + = + + +2 1 logotemos que, nxnx x xxniin==+ + +=1 2 1... Podemos pensar na mdia aritmtica como o valor tpico do conjunto de dados e considerada a principal medida de posio central. Algumas das razes que fazem com que seja a medida de posio mais recomendada so: definida rigorosamente e pode ser interpretada sem ambigidades; Leva em considerao todas as observaes efetuadas;Calcula-se com facilidade. Entretanto,estamedidaapresentaalgunsinconvenientescomoofatodesermuitosensvela valoresextremos,isto,avaloresexcessivamentepequenosouexcessivamentegrandes,em relao s demais observaes do conjunto de dados. Exemplo7.1Estamosinteressadosemconhecerosalriomdiomensaldecertaempresacom cincofuncionrios.Temososeguinteconjuntodesalriosmensais,emreais:123-145-210- 225 - 2.500. Podemos observar que quatro dos cinco salrios apresentam valores entre 123 e 225 reais, porm a mdia salarial de 640,6 reais bastante distinta desse conjunto pela influncia do salrio de 2.500 que puxou o valor mdio para cima. Emalgumassituaes,osnmerosquequeremossintetizartmgrausdeimportncia diferentes.Utiliza-seentoumamdiaponderada.Vamosveraseguiradefiniodamdia aritmtica ponderada. 19 Amdia aritmtica ponderada dos nmeros nx x x ,..., ,2 1, n com pesos p1, p2, ..., pn definida por ===niinii ipp.p xx11 , ou simplesmente por=px.px p . Obs: Quando os dados esto agrupados por frequncias (absolutas ou relativas) os ponderadores sero as frequncias. Exemplo 7.2: Em um grupo de pessoas, 70% so adultos e 30% so crianas. O peso mdio dos adultos 70 kg e o peso mdio das crianas 40 kg. Qual o peso mdio do grupo? Soluo: a mdia aritmtica ponderada dos dois subgrupos. A resposta kg 613 0 7 03 0 40 7 0 70=+ + =, ,, ,xp Exemplo de aplicao: (Azulejos) Para responder questo do valor tpico da espessura dos azulejos produzidos pelas Turmas A e B calculamos ento as mdias aritmticas, pois o desejado obter a espessura mdia M tal que se a espessura de cada azulejo fosse sempre igual a M a soma total seria a mesma. Resumindo em uma tabela as mdias aritmticas (em mm), temos: Tabela 7.2: Valor da mdia aritmtica por turma para dados da espessura dos azulejos TurmaMdia aritmtica A3,8575 B5,8725

Observandoasmdiasaritmticasdasamostrasobservadas,pareceexistirdiferena,emtermos mdios, entre as espessuras dos azulejos que esto sendo continuamente produzidos pelas turmas A e B. 7.2. Moda Amodaoutramedidadelocao,masdiferentementedamdia,noutilizaemseuclculo todos os valores do conjunto de dados analisado. 20 A moda o valor que ocorre com maior frequncia no conjunto de dados. Notao: Mo = moda Exemplo 7.3:a) X = {2, 3, 3, 5, 5, 5, 6, 7}Mo = 5 b) Y = {10, 12, 17, 21, 32}Mo = no existe, a distribuio amodal. c) Z = {2, 2, 5, 5, 7, 7}Mo = no existe d)W={10,12,12,12,13,13,15,18,18,18,21}Adistribuioapresentadoisvalores modais: 12 e 18 (distribuio bimodal).Obs:Amodaanicamedidadeposiocentralquepodeserusadaemtabelascom variveis qualitativas.Quando o conjunto de dados apresenta mais de uma moda damos o nome de distribuio plurimodal. Amodaumamedidamaisadequadaaocasodedadosagrupados.Quandoadistribuiode frequncias est organizada por classes de valores, devemos identificar a classe modal (classe em que observamos a maior frequncia). O ponto mdio da classe modal ser o valor estimado para a moda que denominada moda bruta. 2inf ihl Mo + =em que: linf = limite inferior da classe modal; hi = amplitude da classe modal; No caso de dados no agrupados, a moda nem sempre tem utilidade com elemento representativo ou sintetizador do conjunto. Consideremos por exemplo o seguinte conjunto de dados: Tabela 7.3: Quantidade de operrios das empresas de telemarketing na cidade de Salvador - 2010. Quantidade de operrios Quantidade de empresas 71 111 151 172 191 211 253 Fonte: Dados fictcios 21 Deacordocomadefinioamoda25,entretantoestevalornorepresentativodo conjunto de dados e, portanto a moda no uma boa medida de locao neste caso. Exemplo de aplicao: (Azulejos) Para obtermos a moda bruta necessrio construir uma distribuio de frequncia.(nmero de classes definido arbitrariamente) Tabela 7.4: Espessura (em mm) dos azulejos fabricados pela Turma A EspessuraNmero de azulejos 2,25 2,757 2,75 3,2515 3,25 3,7516 3,75 4,2517 4,25 4,7514 4,75 5,254 5,25 5,756 5,75 6,251 Fonte: Dados fictcios Tabela 7.5: Espessura (em mm) dos azulejos fabricados pela Turma B. EspessuraNmero de azulejos 4,75 5,256 5,25 5,7530 5,75 6,2526 6,25 6,7515 6,75 7,253 Fonte: Dados fictcios Resumindo em uma tabela os valores modais (em mm), temos: Tabela 7.6: Valor da moda por turma para dados da espessura dos azulejos. TurmaModa A4,0 B5,5 7.3. MedianaDefinio:Chamamosdemedianaoelementodoconjuntoqueocupaaposiocentralna distribuioordenada(crescenteoudecrescente).Isto,divideadistribuioemduaspartes 22 iguaisdemodoque50%dosvaloresobservadossoinferioresaovalormedianoe50% superiores a esse valor. A notao usada ser Md = mediana. Notao: X(i)= elemento que ocupaai-sima posio da srie ordenada. n =nmero de elementos da srie. 1)2X XMd12n2n||

\|+ ||

\|+=, n par 2)|||

\| +=21 nX Md, n mpar Amedianaumamedidadeposioresistente,poispoucoafetadapormudanasdepequena poro dos dados, ao contrrio da mdia aritmtica que sensvel a valores atpicos. Exemplo7.4:Comparaoentreamdiaaritmticaeamedianaparaosconjuntosdesalrios (em reais) dados. X = { 200, 250, 250, 300, 450, 460, 510} X= 345,7;MdX = 300.Y = { 200, 250, 250, 300, 450, 460, 2.300} Y= 601,0;MdY= 300. Podemos observar que no caso do conjunto Y a mdia no sintetiza adequadamente o conjunto de dados, pois apenas um valor superior a ela. Exemplo de aplicao: (Azulejos) Asmesmascomparaesfeitasparaamdiapodemserfeitasparaamedianaparaonosso conjunto de dados. Resumindo em uma mesma tabela as mdias e as medianas (em mm), temos: Tabela 7.7: Medidas- resumo por turma para dados da espessura dos azulejos TurmaMdia aritmticaMediana A3,8573,8 B5,8655,8 Fonte: Dados fictcios Para ambas as turmas, a mdia aritmtica e a mediana apresentam valores semelhantes. A medianaindicaque50%dosazulejosproduzidospelaturmaAestocomespessurainferiora 3,8mm e 50% dosproduzidos pela turma B apresentam espessuras superior a 5,8mm. 23 7.4. Indicaes para utilizao das trs principais medidas de posio central Vimos que as trs principais medidas de posio - a mdia aritmtica, a mediana e a moda - tm o mesmo objetivo: determinar um valor tpico do conjunto de dados. Surge, ento, a seguinte questo: quando deveremos utilizar cada uma dessas medidas? De maneira geral, a moda a menos empregada e a mais difcil de calcular satisfatoriamente. No entanto, adequada para caracterizar situaes onde estejam em causa os casos ou valores mais usuais.Porexemplo,emestudosdemercado,oempresriopodeestarinteressadonasmedidas que mais se vendem. Correntemente a escolha feita entre a mdia e a mediana, dependendo da natureza do problema a estudar e de outros fatores, muitos dos quais no podem abordar-se a nvel elementar. A mediana tem vantagem: mais resistente do que a mdia, isto , a alterao drstica de um s valor do conjunto de dados reflete-se substancialmente no valor da mdia e pode no refletir-se, ou refletir-se muito pouco, no valor da mediana. Amdiatemvantagens:quandoacurvadefrequnciastemformadesino,maisoumenos simtrica, com abas decaindo rapidamente (valores errticos muito improvveis), a mdia mais eficientedoqueamediana;amdiaumafunolineardasobservaes,propriedadeque tambm pode pesar na sua adoo. Porfim,umavantagemdamedianaedamodaemrelaomdiaaritmticaqueestaltima nopodesercalculadaquandoocorremclassesdefrequnciascomlimitesindefinidos(classes abertas).Entretanto,nestasituao,amodaeamedianapodemserencontradassemqualquer dificuldade. 8. SEPARATRIZES Asseparatrizessomedidasquepermitemcalcularmosvaloresdavarivelquedividemou separamadistribuioempartesiguais.Temostrstiposdeseparatrizes,tambmchamadasde quantis: os quartis; os decis; e os percentis. 24 Asmedidasdeposiodenominadasquartis,decisepercentistmconstruoanlogaada mediana.Enquantoamedianaseparaadistribuioemduaspartesiguais,acaracterstica principal de cada uma dessas medidas : Quartis: dividem a distribuio em quatro partes iguais; Decis: dividem em dez partes iguais;Percentis: dividem em cem partes iguais. Notaes: Qi = quartil de ordem i; Di = decil de ordem i; Pi = percentil de ordem i Observaes: i)Temos a seguinte igualdade: C50 = D5 = Q2 = Md ii)O clculo para os decis e os percentis anlogo ao dos quartis. iii) O intervalo interquartil ou interquartlico, definido por (Q1; Q3), contm 50% do total de observaes localizadas mais ao centro da distribuio. iv)Podemos tambm ter idia sobre a forma da distribuio utilizando apenas seus quartis: Se (Md - Q1) < (Q3 - Md)=> assimetria direita ou positiva; Se (Md - Q1) > (Q3 - Md)=> assimetria esquerda ou negativa; Se (Md - Q1) = (Q3 - Md)=> distribuio simtrica; AsFigurasaseguirilustramumadistribuiosimtricaedistribuiesassimtricas, respectivamente.Figura 7.1: Distribuio Simtrica:X=Md=Mo Fonte: Bussab e Morettin (2002) 25 Figura 7.2: Distribuies Assimtricas:

Mo MdX

X Md Mo Fonte: Bussab e Morettin (2002) Clculo dos percentis Aposiodopercentildeordeminoconjuntodedadosordenadoserdefinidacomo: 100n. i Posi= , em que Posi = posio do percentil de ordem i; e n = nmero de elementos da srie 1)Se Posi = valor inteiro, ento o percentil definido como a mdia dos valores que ocupam a posio Posi e Posi + 1. 2)Se Posi = valor no inteiro, ento o percentil definido como o valor que ocupa a posiou + 1 , em que u = inteiro mais prximo que seja menor que Posi . Exemplo 8.1: Calcule Q1para o seguinte conjunto de dados: 212318252428 Resoluo: Lembrar que Q1 corresponde ao percentil de ordem 25. 1. Ordenar os valores:182123242528 2. Pos25 = 25 (6/100) = 1,5 (valor no inteiro) u = 1 e portanto o Q1 o valor que ocupa a 2 posio na srie ordenada. Portanto, Q1 = 21 Exemplo de aplicao: (Azulejos) Verificar por meio dos quartis o tipo de assimetria para os dados de espessura de azulejos. MedidasTurma ATurma B Q1 3,105,55 Md3,805,80 Q34,456,20 Md Q1 0,700,25 Q3 Md0,650,40 Assimetria NegativaPositiva 9. MEDIDAS DE DISPERSO Exemplo 9.1: Duas mquinas foram reguladas para encher cada pacote de caf com 500g. Com o objetivodeverificararegulagemdessasmquinas,umfiscaldereaanotouopesodos5 26 primeirospacotesproduzidosporcadamquinaecalculouopesomdiodospacotes.Os resultados encontram-se abaixo: Mquinas Peso dos pacotesPeso mdio 12345 A500497498500495498 B490500505510495500 Observandoapenasopesomdiodospacotes,poderamosconcluirqueamquinaB apresentoumelhordesempenhodoqueA.Porm,quandoobservamoscadainformao separadamente,verificamosqueopesodospacotesvindosdamquinaAvariouentre495e 500g,enquantoqueodaBvariouentre490e510g.IstoquerdizerqueamquinaAencheos pacotes mais uniformemente que a mquina B. Asmedidasdedispersoservemparaavaliarograudevariabilidadedosvaloresdeum conjunto de dados. Estas medidas permitem estabelecer comparaes entre fenmenos de mesma naturezaoudenaturezadistintae,emgeral,essavariabilidadeobservadaemtornodeuma medida de posio central. Essas medidas podem ser absolutas ou relativas. 9.1. Amplitude total ( medida de disperso absoluta) Definio:Aamplitudetotaldeumconjuntodenmerosadiferenaentreosvalores extremos do conjunto. Notao: AT = Amplitude Total Exemplo 9.2: Calcular as amplitudes totais do exemplo anterior e identificar qual a mquina que apresentou a menor disperso no peso dos pacotes de caf. Resoluo:A : AT = 500 - 495 = 5 gramas; B: AT = 510 - 490 = 20 gramas; A mquina A apresentou uma menor variabilidade nos pesos dos pacotes de caf. Observaes: 1) A amplitude total a medida mais simples de disperso. 2) Adesvantagemdestamedidadedispersoquelevaemcontaapenasosvaloresmnimoe mximodoconjunto.Seocorrerqualquervariaonointeriordoconjuntodedados,a amplitude total no nos d qualquer indicao dessa mudana. 3) A amplitude total tambm sofre a influncia de um valor "atpico" na distribuio (um valor muito elevado ou muito baixo em relao ao conjunto). 27 Exemplo de aplicao: (Azulejos) Vamos observar no nosso conjunto de dados as mdias aritmticas e as amplitudes totais (ranges) paratermosumaprimeiraideiasobreavariabilidadedasespessurasdosazulejosparaas diferentes turmas. Tabela 9.1: Medidas-resumo para dados da espessura dos azulejos. TurmaMdia aritmticaAmplitude total A3,85753,6 B5,87252,1 Podemos observar que a amplitude total para a turma B menor que a da turma A. 9.2. Desvio-padro amostral (medida de disperso absoluta) Vejamosaseguinteilustrao:Cincopessoassolevadasaumlaboratrioparamedirsuas respectivas taxas de colesterol. O laboratrio sugere utilizar dois mtodos diferentes de medio para efeitos de controle. Os resultados so dados abaixo: X =200 ** * * * 177 193 195209 226

*****192196 201204 207 Pode-se observar que em mdia os mtodos de medio do colesterol so iguais porm, se analisarmosmelhorosdadospercebemosquenomtodoAosvaloresestomaisafastadosda mdiadoquenomtodoB.Estefato,noslevaapensarnumamedidaquepossaavaliara dispersodosdadosemtornodesuamdia.Talmedidaconhecidacomodesviopadroe veremos sua definio a seguir. Notao: s=desvio-padro Definio:Sejamx x xn 1 2, ,..., ,nvaloresqueavarivelXassume.Odesviopadroamostral definido como: ( )112==nx xSnii Exerccio: Calcule o desvio padro para as taxas de colesterol: mtodo A e mtodo B. SA = 18,43909SB= 6,041523 Exemplo de aplicao: (Azulejos) Mtodo A Mtodo B 28 Damesmamaneiraquetrabalhamoscomaamplitudetotal,vamosobservarnonosso conjunto de dados as mdias aritmticas e os desvios padres (S) para termos uma primeira idia sobre a variabilidade nas espessuras dos azulejos produzidos pelas turmas A e B. Tabela 9.2: Medidas-Resumo para dados da espessura dos azulejos. TurmaMdia AritmticaDesvio Padro A3,85750,8706 B5,87250,4802 Podemos observar que a Turma B apresenta maior mdia que a da turma A e alm disso a sua variabilidade menor. Parece queesta turma atinge mais os objetivos, ou seja, uniformidade na espessura (menor disperso) e azulejos com espessura mais grossa. 9.3. Varincia( medida de disperso absoluta) Definio: A varincia o quadrado do desvio padro.Notao:s2 Observaes: i) Odesviopadrotemaunidadedemedidaigualaunidadedemedidaoriginaldavarivel, enquanto que a varincia apresentar a unidade de medida elevada ao quadrado. ii)Ao trabalharmos com os dados de toda a populao calculamos a varincia e o desvio padro populacional dividindo por N (tamanho da populao) e no por N-1. 9.4. Coeficiente de variao de pearson (medida de disperso relativa) Quando se deseja comparar a variabilidade de duas ou mais distribuies, mesmo quando essas se referemadiferentesfenmenosesejamexpressasemunidadesdemedidadistintas,podemos utilizar o coeficiente de variao de Pearson (medida de disperso relativa). Notao: CV = coeficiente de variao de Pearson ou apenas coeficiente de variao. Definio:Ocoeficientedevariaoparaumconjuntodenobservaesdefinidocomoo quociente entre o desvio padro e a mdia aritmtica da distribuio. CV =SX, 29 em que S = desvio padro amostral. Observe que esta uma medida adimensional. Normalmente expressa em porcentagem. Exemplo de aplicao:(Azulejos) Considerando o exemplo anterior para calcularmos o coeficiente de variao: Tabela 9.3: Medidas-Resumo para dados da espessura dos azulejos. TurmaMdia AritmticaDesvio PadroCoeficiente de Variao (%) A3,85750,870622,57 B5,86500,485508,28 Os azulejos produzidos pela turma B so mais homogneos quanto a espessura. 10. Box-plot O Box-plot um mtodo alternativo para representar os dados e est ilustrado na Figura 10.1. OBox-plotforneceinformaessobreasseguintescaractersticasdeumconjuntodedados: locao, disperso, assimetria e outliers (observaes discrepantes). O centro da distribuio indicado pela linha da mediana. A disperso representada pela altura do retngulo (Q3-Q1), o qual contm 50% dos valores do conjunto de dados. A posio da linhamediananoretnguloinformasobreaassimetriadadistribuio.Umadistribuio Mediana Quartil 3 Quartil 1 Ponto exteriorMximo Mnimo Figura 10.1 Box Plot 30 simtrica teria mediana no centro do retngulo. Se a mediana prxima de Q1 ento os dados so positivamenteassimtricos.SeamedianaprximadeQ3osdadossonegativamente assimtricos.OsvaloresforadeQ11,5(Q3-Q1),denotadoporlimiteinferior,eQ3+1,5(Q3-Q1), denotadoporlimitesuperior,geralmentesochamadosdepontosexterioresedevemser investigadoscomopossveisoutliersouvaloresatpicos.Pontosexterioresnoso necessariamente outliers, mas um outlier usualmente aparece no grfico como um ponto exterior. Exerccio de aplicao: (Azulejos) Observemos os Box plots para as turmas A e B. Temos que paraturmaA,olimiteinferiorQ11,5(Q3-Q1)=3,1-1,5(4,45-3,1)=1,075eolimitesuperiorQ3+1,5(Q3-Q1)=4,45+1,5(4,45-3,1)=6,475.EparaaturmaB,olimiteinferior5,55-1,5(6,2-5,55)=4,575eosuperior6,2+1,5(6,2-5,55)=7,175.Ento,nohpontosexteriores.OsBox-plots correspondentes as turmas A e B esto na Figura 6.2. Podemos perceber que a distribuio daespessuradosazulejosfabricadospelaturmaAaparentementeapresentaassimetrianegativa. Enquanto que para a turma B observa-se assimetria positiva. Figura 10.2: Box-plot para as espessuras (mm) dos azulejos por turma 31 Observaes sobre a construo e interpretao de Box-plots: 1.Quandoadistribuiodosdadossimtrica,alinhaquerepresentaamedianaestar localizadamaisoumenosnocentrodoretnguloeasduaslinhasquepartemdas extremidades do retngulo tero aproximadamente os mesmos comprimentos.2.De modo geral, quando a distribuio dos dados assimtrica direita, a linha que representa amedianaestarmaisprximadeQ1doquedeQ3.Istoaconteceporqueametadeinferior dosdadosestdispersaemumafaixadecomprimentomenorqueocomprimentodaregio ocupada pela metade superior do conjunto de dados. 3.Quandoadistribuiodosdadosassimtricaesquerda,alinhaquerepresentaamediana estarmaisprximadeQ3doquedeQ1.Istoaconteceporqueametadesuperiordosdados estdispersaemumafaixadecomprimentomenorqueocomprimentodaregioocupada pela metade inferior do conjunto de dados. 4.O Box-plot tambm pode ser desenhado na posio vertical. 5.Os Box-plots so muito teis para a comparao de dois oumais conjuntos de dados. Exercciodeaplicao:(Azulejos).Utilizandoagoratodososnovosconhecimentosquevoc adquiriu, responda: a)Sabendoqueoslimitesdeespecificaoparaaespessuradosazulejosso(5,01,5)mm, vocconsideraqueaespessuranoadequadadosazulejospodeestarprovocandoas reclamaes dos clientes? Por que? b) formadohistogramaconstrudoparatodososdadosconsideradosemconjuntoest indicandoquepodehaverdiferenanaqualidadedosazulejosproduzidosemdiferentes nveis dos fatores de manufatura do processo de fabricao dos azulejos? Por qu? c)Vocconsideraqueasduasturmastrabalhamdomesmomodoouexistediferenaentrea qualidade dos azulejos produzidos pelas duas turmas? Justifique sua resposta. d)O problema de quebra dos azulejos parece ser comum aos azulejos produzidos por ambas as turmas de trabalho da empresa ou parece estar associado a uma turma especfica? Por que? e)Oproblemadefaltadeuniformidadenoassentamentodosazulejosparecesercomumaos azulejos fabricados porambas as turmas de trabalho da empresa ou parece estarassociadoa uma turma especfica? Por que? 32 5 LISTA DE EXERCCIOS Elaborada pelos professores: Giovana Silva, Maurcio Lordelo, Rosana Castro Revisada: Giovana Silva 1)Classifiquecadaumadasvariveisabaixoemqualitativa(nominal/ordinal)ouquantitativa (discreta/contnua): a)Ocorrnciadehipertensoarterialemgrvidascommaisde35anos(simounosopossveis respostas para esta varivel). b)Intenodevotoparapresidente(possveisrespostassoosnomesdoscandidatos,almde indeciso). c)Perda de peso de maratonistas na Corrida de So Silvestre, em quilos. d)Intensidade da perda de peso de maratonistas na Corrida de So Silvestre (leve, moderada, forte). e)Grau de satisfao da populao brasileira com relao ao trabalho de seu presidente (valores de 0 a 5, com 0 indicando totalmente insatisfeito e 5 totalmente satisfeito). 2)Um questionrio foi aplicado aos dez funcionrios do setor de contabilidade de uma empresa fornecendo os dados apresentados na tabela: FuncionrioSexo Curso (completo) IdadeSalrio (R$) Anos de empresa 1masculinosuperior341100,005 2femininosuperior431450,008 3femininomdio31960,006 4masculinomdio37960,008 5masculinomdio24600,003 6femininomdio25600,002 7masculinomdio27600,005 8femininomdio22450,002 9masculinofundamental21450,003 10femininofundamental26450,003 a)Classifique cada uma das variveis; b)Faa uma representao grfica para a varivel curso; c)Faa uma tabela para a varivel curso por sexo. 3)Uma empresa do ramo automobilstico apresentou nos ltimos anos os seguintes dados: AnoVeculos VendidosGastos com propaganda (R$)Renda per capita (US$) 19901160021713429 19911549722835455 19921781793585482 19932330115566514 19942957257251556 19953435338146596 19963793709148632 Fonte: Dados fictcios a)represente graficamente cada srie separadamente; 33 b)analisandoessastabelasegrficospode-seconcluirqueosgastoscompropagandaforam compensados com o aumento da quantidade de veculos vendidos? Justifique. 4)Umaindstriaautomobilsticaverificouque,nosltimosmeses,ocorreuumaumentononmerode reclamaes sobre a ocorrncia de defeitos no suporte da lanterna traseira de um modelo de automvel porelafabricado.Aempresadesejavaeliminarestasituaoindesejveleparaistoiniciouestudos paramelhorarresultados.Naetapadeidentificaodoproblema,ostcnicosdaindstria classificaramonmerototaldepeasdefeituosasencontradasemumaamostradepeasproduzidas durante uma semana de trabalho, segundo os tipos de defeitos que foram detectados. Os dados obtidos so apresentados na tabela abaixo. Defeitosencontradosemumaamostradesuportesdalanternatraseiradeummodelodeautomvel durante uma semana de produo de uma indstria. Tipo de defeito Quantidade de defeitos Moldagem solta14 Solda quebrada01 Centro da moldagem deslocado04 Lateral da moldagem deslocada24 Moldagem arranhada01 Moldagem dentada44 Plstico arranhado07 Limpeza incompleta79 Orifcio deslocado01 Pino deslocado05 Total180 a)Construa um grfico adequado para esta srie. b)Identifique os tipos de defeitos que os tcnicos da empresa deveriam atacar em primeiro lugar, com o objetivo de melhorar os resultados que vinham sendo obtidos pela indstria. Justifique sua resposta. 5) De acordo com uma pesquisa, v-se que dos 36 empregados da seo de oramentos da Cia. Milsa, 12 tmoprimeirograudeeducao,18osegundoe6possuemttulouniversitrio.Apresenteesta distribuio em uma tabela (com as propores)e em um grfico. 6)Umaempresaprocurouestudaraocorrnciadeacidentescomseusempregados,tendo,paraisso, realizadoumlevantamentoabrangendoumperodode36meses,ondefoiobservadoonmerode operrios acidentados para cada ms. Os dados correspondentes so: 122333344444 555555566666 6777778889910 a)Construa uma distribuio de freqncia adequada; b)Represente graficamente a distribuio do item a; 34 c)Em qual porcentagem de meses houve, exatamente, seis acidentes? d)Em qual porcentagem de meses houve at quatro acidentes? 7)Contou-se o nmero de erros de impresso da primeira pgina de um jornal durante 50 dias, obtendo-se os resultados abaixo: 081108121413111414050610 141306120705080810161012 120811060712071014051207 091211091408140812101213 0715 a)Construa uma distribuio de freqncia adequada; b) Represente a distribuio graficamente; c)Calcule o nmero mdio de erros de impresso por primeira pgina; d)Calcule a mediana; e)Determine a moda. 8)AdistribuiodefreqnciasdosalrioanualdosmoradoresdobairroAquetmalgumaformade rendimento apresentada na tabela abaixo: Faixa Salarial (x10 S.M.)fi 0 210.000 2 43.900 4 62.000 6 81.100 8 10800 10 12700 12 142.000 a)Construa um histograma da distribuio e identifique o tipo de assimetria; b)A mdia uma boa medida para representar estes dados? Justifique sua resposta. 9)Os dados abaixo se referem ao dimetro, em polegadas, de uma amostra de 40 rolamentos de esferas produzidas por uma companhia: 0,7380,7290,7430,7400,7360,7410,7350,7310,7260,7370,7280,737 0,7360,7350,7240,7330,7420,7360,7390,7350,7450,7360,7420,740 0,7280,7380,7250,7330,7340,7320,7330,7300,7320,7300,7390,734 0,7380,7390,7270,735 a)construa uma tabela de distribuio de frequncia por intervalos de classe; b)represente graficamente a distribuio do item a. 10) Coloque V(verdadeiro) e F(falso) e justifique: a)() 50% dos dados de qualquer amostra situam-se acima da mdia; 35 b)() Numa turma de 50 alunos onde todos tiraram a nota mxima, o desvio padro zero; c)()Quandoqueremosverificaraquestodeumaprovaqueapresentoumaiornmerodeerros, utilizamos a mdia; d)() Somando-se (ou subtraindo-se) um valor constante e arbitrrio a cada um dos elementos de um conjunto de dados, a mdia aritmtica fica adicionada (ou subtrada) dessa constante. e)() Multiplicando-se (ou dividindo-se) umvalor constante e arbitrrio a cada um dos elementos de um conjunto de dados, a mdia aritmtica fica multiplicada (ou dividida) por essa constante. f) () Somando-se (ou subtraindo-se) um valor constante e arbitrrio a cada um dos elementos de um conjunto de dados, o desvio padro fica adicionado (ou subtrado) dessa constante. g)() Multiplicando-se (ou dividindo-se) umvalor constante e arbitrrio a cada um dos elementos de um conjunto de dados, o desvio padro fica multiplicado (ou dividido) por essa constante. 11)Na companhia A, a mdia dos salrios 10.000 unidades e o 750 percentil 5.000. Justifique. a)Se voc se apresentasse como candidato a essa firma e se o seu salrio fosse escolhido ao acaso entre todos os possveis salrios, o que seria mais provvel: ganharmais ou menos que 5.000 unidades? b)Suponha que na companhia B a mdia dos salrios 7.000 unidades e a varincia praticamente zero, eloseusalriotambmseriaescolhidoaoacaso.Emqualcompanhiavocseapresentariapara procurar emprego? 12) Uma indstria de alimentos estava interessada em analisar seu processo de produo de determinado alimento.Existemnestaindstriaduasmquinasresponsveispelocontroledoprocessode desidratao do alimento. Um importante item de controle do processo a umidade do produto final, quesegundoasespecificaes,deveestarnafaixade8,0%a12%.Foidetectadoincapacidadedo processo em atender s especificaes. A equipe tcnica suspeitava de que podia haver diferenas na formadefuncionamentodasduasmquinasdedesidratao.Comoobjetivodeobservaro funcionamento das mquinas foram feitas medidas do teor de umidade do produto final, estratificadas por mquina de desidratao. Os resultados esto apresentados a seguir: Mquina 1 11,7 11,8 12,1 10,7 11,7 10,910,7 11,6 12,5 10,7 11,5 11,111,2 11,2 11,8 11,2 11,0 11,7 11,1 11,3 11,0 12,2 10,7 12,211,9 11,1 11,4 10,7 11,2 11,6 11,0 10,9 11,2 11,2 11,3 12,110,9 11,7 11,3 11,5 Mquina 2 11,411,511,510,411,09,910,510,811,411,510,9 10,2 11,111,010,211,211,910,811,211,010,211,5 10,910,1 11,210,711,811,110,411,811,910,7 10,810,810,410,8 11,210,810,6 Paracadamquina,calculeamdia,amediana,odesviopadro,ocoeficientedevariaoeointervalo interquartildavarivelteordeumidadeeconstruaohistogramaeboxplot.Apartirdasmedidas 36 descritivasedoshistogramaseboxplots,compareodesempenhodasduasmquinascomentandoos aspectos de posio e variabilidade dos dados. 13) Construa a planilha e em seguida o grfico de Pareto para a tabela abaixo: Tipo de DefeitoQuantidade de Defeito Moldagem Solta14 Solda Quebrada01 Centro de Moldagem Deslocado04 Lateral de moldagem deslocado24 Moldagem Arranhada01 Plstico Arranhado08 Limpeza Imcompleta28 Total80 Gabaritoda 5 lista de exerccios 1) a)Qualitativa Nominalb) Qualitativa Nominalc)Quantitativa Contnua d)Qualitativa Ordinale) Qualitativa Ordinal 2)a)sexo-qualitativanominalcurso-qualitativaordinalidade-quantitativacontinuasalario- quantitativa continua anos de empresa- quantitativa continua b)grafico colunas , barras , setor c) Tabela: Funcionrios do setor de contabilidade de uma empresa por sexo e grau de instruo. Grau de Instruo Sexo FundamentalMedioSuperiorTotal Feminino Masculino 1 1 3 3 1 1 5 5 Total26210 Fonte: exercicio 3) a) Grfico em colunas ou barras ou linhas.b)sim.Quantomaisgastocompropaganda,maiorfoionmerodecarrosvendindoseteve aumento narenda. 4)a)grafico em colunas ou barras ou pareto (preferncia). b)limpeza incompleta, moldagem dentada. Prioridade para os que apresentam maior ocorrncia. 5) Tabela: Grau de instruo empregados da seo de oramentos da cia. Milsa. Graude instruo Frequncia simples absolutaFrequncia simples relativa1 grau 2 grau 3 grau 12 18 6 0,33 0,50 0,17 Total361,00 Fonte: exercicio37 b) grafico barra ou coluna 6)Tabela: N de acidentes ocorridos, por ms,com empregados da empresa no periodo de trinta e seis meses. N de acidentes Nmeros de meses (fi) fri 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 4 5 7 6 5 3 2 1 0,028 0,055 0,111 0,139 0,195 0,167 0,139 0,083 0,055 0,028 Total361,00 Fonte: exercicio b) colunasc)1/6d)1/3 7) Tabela:Nmero de erros de impresso da primeira pgina do jornal. N de errosNmeros de pginas(fi) % (100xfri) 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 3 3 5 7 2 5 4 9 3 7 1 1 6 6 10 14 4 10 8 18 6 14 2 2 Total50100 Fonte: exercicio b) grafico barras ou colunas.c)10,24 d)10,5e)12 8) a) positiva ou direita b) no. Devido a assimetria.9) a) n= 40k= 6,32AT = 0,021h=0,004 Tabela: Dimetro (mm) de rolamentos de esferas produzidas por uma companhia. Diametro rolamentos Nmeros de rolamentos(fi) % (100xfri) 0,724 0,728 0,728 0,732 0,732 0,736 0,736 0,740 0,740 0,744 0,744 0,748 4 6 11 12 6 1 10 15 27,5 30 15 2,5 Total40100,0 Fonte: exercicio c)histograma 38 10) F,V,F,V,V,F,V11) a)ganhar menos. b) B 12)Maquina 1Maquina2 Mdia=11,365 Mediana=11,25 Desvio Padro=0,4715 CV=0,0415 Quartil 1: 11,0 Quartil 3: 11,7 Mdia=10,95 Mediana=10,9 Desvio Padro=0,5109 CV=0,0467 Quartil 1: 10,7 Quartil 3: 11,3 39 11. Noes de Inferncia Estatstica 11.1.Introduo Oobjetivoprincipaldainfernciaestatsticafazerafirmaessobrecaractersticasdeuma populao, baseando-se em resultados de uma amostra. Nainfernciaestatsticaaincertezaestsemprepresente.Noentanto,seoexperimentofoi feito de acordo com certos princpios, essa incerteza pode ser medida.Uma funo da estatstica fornecer um conjunto de tcnicas para fazer inferncias e medir o grau de incerteza destas inferncias. Esta incerteza medida em termos de probabilidades. Exemplo 1:Flores brancas Sementes(10.000.000) (POPULAO)Flores vermelhas Suponhaqueemumceleiroexistam10milhesdesementesdefloresquepodem produzir flores brancas ou flores vermelhas. Deseja-se a seguinte informao: que proporo, dessas 10 milhes de sementes, produzirflores brancas? Nodeinteresseplantartodasassementesparaverificaracordasfloresproduzidas.Vamos plantaralgumaspoucasecombasenascoresdessaspoucas,fazeralgumaafirmaosobrea proporo(das 10 milhes) que produzir floresbrancas. No podemos fazer estageneralizao comcerteza,maspodemosfazerumaafirmaoprobabilstica,seselecionarmosassementes que pertencero amostra de forma adequada. Suponha que foi retirada uma amostra aleatria (ao acaso) composta de 200 sementes da populaoacima.Observou-sequedessassementes120eramdefloresbrancase80deflores vermelhas. A proporode flores brancas encontrada na amostra foi ento de 60% .Comopoderamosutilizaroresultadodeumaamostraparaestimaraverdadeira proporo de sementes de flores brancas? Analisandooproblemaemquestocomauxliodateoriadasprobabilidades,pode-se encontrarumintervaloemtornodaproporoobservadanaamostra(60%)eafirmarcom bastanteseguranaqueaproporopopulacionaldesementesdefloresbrancasestarcontida nesteintervalo.Porexemplo,noproblemaacima,seadmitssemosumachancedeerrode5%, com o tamanho de amostra utilizado (n=200), a teoria estatstica permite afirmar que a proporo populacionaldefloresbrancasestentre53%e67%.Seosmtodosestatsticosforem 40 corretamenteutilizadospodemosgarantirquedeapenas5%aprobabilidadedeestarmos fornecendoumintervaloquenocontenhaaverdadeiraproporopopulacional.Maistarde veremos como calcular este tipo de intervalo. 11.2. Estatsticas, Parmetros e Estimadores Alguns conceitos bsicos so necessrios para o desenvolvimento da Inferncia Estatstica: Parmetro:qualquer valor calculado com base em todos os elementos da populao. Estatstica: qualquer valor calculado com base (apenas) nos elementos da amostra. Estimador:uma estatstica destinada a estimar um parmetro populacional.Estimativa: o valor numrico do estimador com base nas observaes amostrais. Alguns exemplos de estatsticas que so tambm estimadores: nX ... X XXn+ + +=2 1 (mdia amostral) (varincia amostral) Smbolos mais comuns 11.3. Introduo Amostragem Usualmenteimpraticvelobservartodaumapopulao,sejapeloaltocusto,sejapor dificuldadesdiversas.Examina-seentoumaamostradapopulao.Seessaamostrafor bastante representativa, os resultados obtidos podero ser generalizados para toda a populao. Umaamostramuitograndepodeimplicaremcustosdesnecessriosenquantoqueuma amostrapequenapodetornarapesquisainconclusiva.Assim,deve-seprocurardentrodas restriesimpostaspelooramento,desenharumaamostraqueatinjaosobjetivos, produzindo estimativas com menor impreciso possvel. EstimadorParmetroMdia X VarinciaS22 Propores pp ou 41 Aexperinciacomamostragemfatocorrentenocotidiano.Bastalembrarcomoum cozinheiroverificaotemperodeumpratoqueestpreparando,comoalgumtestaa temperaturadeumpratodesopa,ouaindacomoummdicodetectaascondiesdeum paciente atravs de exames de sangue. Porm, o uso inadequado de um procedimento amostral pode levar a um vis de interpretao do resultado. Por exemplo, no mexer bem a sopa antes deretirarumacolherparaexperimentar,podelevarasub-avaliaodatemperaturadoprato todo, com consequncias desagradveis para o experimentador. O uso de amostras que produzam resultados confiveis e livres de vieses o ideal. Assim, a maneiradeseobteraamostratoimportantequeconstituiumaespecialidadedentroda Estatstica,conhecidacomoAmostragem.Osvriosprocedimentosdeseescolherumaamostra podemseragrupadosemdoisgrandesgrupos:oschamadosplanosprobabilsticoseplanos no-probabilsticos. O primeiro grupo rene todas as tcnicas que usam mecanismos aleatrios de seleo dos elementos da amostra, atribuindo a cada um deles uma probabilidade, conhecida a priori,depertenceramostra.Nosegundogrupoestoosdemaisprocedimentos,taiscomo: amostrasintencionais,ondeoselementossoselecionadoscomauxliodeespecialistas,e amostras de voluntrios, como ocorre em alguns testes sobre novos remdios.Ambososprocedimentostmsuasvantagensedesvantagens.Osestatsticospreferem trabalharcomasamostrasprobabilsticaspois,tmtodateoriadeprobabilidadeedeinferncia estatsticaparadarsuportesconcluses.Dessaforma,possvelmediraprecisodos resultados,baseando-senainformaocontidadaprpriaamostra.Planosdeamostragem probabilsticospodemserexemplificadospelaamostragemaleatriasimplesepelaamostragem estratificada.Amostragem Aleatria Simples Quandoosistemadereferncia(listaoudescriodasunidadesdapopulao) perfeito,isto,quandoelelistaumaaumatodasasunidadesdapopulao,possvelento usarumprocedimentoondecadaunidadesorteadadiretamente,comigualprobabilidadede pertenceraamostra.Amelhormaneiraparadefiniresteplanodescrevendooprocessode sorteio, que seria o seguinte: - da relao de unidades do sistema de referncia sorteie, com igual probabilidadeoprimeiroelementodaamostra,repitaoprocessoparaosegundo,eassim sucessivamenteatsortearoltimoelementoprogramadoparaaamostra.Asamostrasassimobtidas definem o plano de Amostragem Aleatria Simples que pode ser concebido com ou sem reposio. 42 Amostragem Estratificada Informaesadicionaispodemaprimorarumdesenhoamostral.Porexemplo,emuma pesquisasobrerendafamiliarmdia,conhece-sedeantemoasregiesdacidadeonde predominammoradiasdediferentesclassesderenda.Esteconhecimentopodeserusadopara definir sub-populaes homogneas segundo arenda, e a ento sortearamostras dentro de cada uma dessas regies. Este procedimento conhecido como a diviso da populao em estratos, e consequentemente, definem os planos de Amostragem Estratificada.

11.4.Erros amostrais e No-amostrais Ousodeumlevantamentoamostralintroduzumtipodeerro,quepodeserresumidona diferena entre o valor de certa caracterstica na amostra e o parmetro de interesse na populao. Estadiferenapodeocorrerapenasdevidoparticularamostraselecionada,ouentodevidoa fatores externos ao plano amostral. Quando o erro devido amostra selecionada chamado de erroamostralequandodevidofatoresindependentesdoplanoamostral(errosdemedida, digitao, etc) chamado de erro no-amostral. Considera-seumerroamostralaqueledesvioqueapareceporqueopesquisadorno levantou a populao toda. Cada amostra possvel de um plano acarreta em um desvio. Vejamos o esquema que se segue que considera a mdia como a caracterstica de interesse. Vamos denotar por eX a mdia populacional e a mdia amostral da varivel, respectivamente. Populao ou Amostras possveis Universode tamanho n 1 A1=> 1X2 3 A2 =>2 X. .| X - |=E = erro . Ai=> iXN Ak=>k X 43 Nocasodamdia,oestudodoerroamostralconsistebasicamenteemestudaro comportamentodadiferena( X-)quandoX percorretodasaspossveisamostrasque poderiamserformadasatravsdoplanoamostralescolhido.Conhecendo-seadistribuio amostral deX pode-se avaliarsuamdia e seu desvio padro. Neste caso particular o desvio padro recebe o nome de erro padro deX. 11.5.Distribuies Amostrais Diferentes amostras extradas da populao iro originar valores distintos para a estatstica considerada. Por este motivo, dizemos que as estatsticas so variveis aleatrias, j que seu valor nopodeserpreditocomcertezaantesdaamostratersidoextrada.Almdisso,asestatsticas, comofunesdevariveisaleatrias,sotambmvariveisaleatrias,e,portanto,tmuma distribuio de probabilidade, esperana e varincia. A distribuio de probabilidade de uma estatstica quando consideramos todas as amostras possveis de tamanho n denominada de distribuio amostral. 11.5.1.Distribuio Amostral da Mdia AdistribuioamostraldamdiaX ,deamostrasaleatriassimplesdetamanhon, extrada de uma populao que tem mdia e desvio padro , tem as seguintes caractersticas: E( X) = V( X) = 2/n Casoapopulaotenhadistribuionormalcommdiaedesviopadro,a distribuio amostral da mdia X , normal com mdia e desvio padro / n . AdistribuioamostraldamdiaX ,deamostrasaleatriassimplesdetamanhon extradadeumapopulaono-normal,commdiaedesviopadro,aproximadamente normal com mdia e desvio padro / n , quando n suficientemente grande. Este resultado umaaplicaodeumimportanteteoremadeprobabilidade,chamadoTeoremaCentraldo Limite.Paraautilizaodesteresultado,usualconsiderarqueotamanhondaamostra suficientemente grande quando n pelo menos 30. 44 Exerccios: 1)Amquinadeempacotarumdeterminadoprodutoofazsegundoumadistribuionormal, com mdia e desvio padro de 10g. a)Emquantodeveserreguladoopesomdioparaqueapenas10%dospacotestenham menos do que 500g. Resp.:512,8 g b)Comamquinaassimregulada,qualaprobabilidadedequeopesototalde4pacotes escolhidos ao acaso seja inferior a 2 Kg? Resp.:0,0052 2)Noexemploanterior,eapsamquinaestarregulada,programou-seumacartadecontrole. De hora em hora, ser retirada uma amostra de 4 pacotes, e estes sero pesados. Se a mdia da amostra for inferior a 495g ou superiora 520g para-se a produo para reajustar a mquina, isto reajustar o peso mdio. a)Qual a probabilidade de ser feita uma parada desnecessria? Resp.: 0,0749 b)Se o peso mdio da mquina desregulou-se para 500g, qual a probabilidade de continuar-se a produo fora dos padres desejados? Resp.:0,84133)Para uma populao com desvio padro igual a 10, qual deve se o tamanho da amostrapara que a diferena da mdia amostral para a mdia populacional, em valor absoluto, seja menor que 1, com probabilidade igual a 0.99 ? Resp.: 666 11.5.2.Distribuio Amostral da Proporo Considere que a proporo de elementos numa populao com determinada caracterstica p. Assim, para cada elemento da populao podemos definir uma varivel X, tal que X = tica caracters da portador no elemento o se 0,tica caracters da portador elemento o se , 1 Isto , X ~Bernoulli(p) = Binomial (1; p) , e portanto E(X) = p e V(X) = p(1-p). SejaX1,X2,...,Xnumaamostraaleatriasimplesretiradadessapopulao,eseja =ni nX1So total de elementos portadores da caracterstica na amostra. Tem-se queSn ~ Binomial (n,p). Defina comop a proporo de elementos portadores da caracterstica na amostra, isto ,XnXni= = =1 nnSp. 45 Utilizando o Teorema Central do Limite, tem-se que a distribuio amostral dep aproximadamente||

\| np) p(1p, N , quando n suficientemente grande (np 5en(1-p) 5 ). Exerccios 1)Um procedimento de controle de qualidade foi planejado para garantir um mximo de 10% de itensdefeituososnaproduo.Acada60minutossorteia-seumaamostrade50peas,e, havendomaisde15%dedefeituosos,pra-seaproduoparaverificaes.Quala probabilidade de uma parada desnecessria? Resp.: 0,119 2)Suponha que uma indstria farmacutica deseja saber quantos voluntrios se deva aplicar uma vacina, de modo que a proporo de indivduos imunizados na amostra difira de menos de 2% daproporoverdadeiradeimunizadosnapopulao,comprobabilidadede90%.Qual tamanho da amostra a escolher? Resp: 1702 11.5.3.Distribuio Amostral de S2 Considereumaamostraaleatriadetamanhonqueretiradadeumapopulaonormal com mdia e varincia 2, e seja S2 a varincia amostral. Ento a estatstica tem distribuioqui-quadradocom=n-1grausdeliberdade.AvarivelaleatriaZtemfunode densidade dada por: ( )>=||

\|rio casocontr 0,0 z,2 z -ez1 22 221f(z) diz-se que Z segue uma distribuio qui-quadrado com graus de liberdade, denotada por A mdia e a varincia para a distribuio so, respectivamente, e 2.A distribuio qui-quadrado contnua e assimtrica e como a distribuio normal padronizada, tambm tabelada.A tabela fornece os valores de para vrios graus de liberdade sendo .A seguir, mostrado como usar a tabela da distribuio qui-quadrado: . 46 A tabela completa fornecida no final da apostila. Exerccios 1) Para uma distribuio qui-quadrado, determine: a)b)c)Resp: 20,48; 18,48 e 36,42 2) Determine a probabilidade de que uma amostra aleatria de 25 observaes, de uma populao normal com varincia 2 =6, ter uma varincia amostral S2: a) maior que 9,1; Resp: 0,05 b) entre 3,642 e 10,745. Resp.: 0,94 11.5.4.Outra distribuio amostral Em muitas situaes, o conhecimento do valor de no razovel Frequentemente, uma estimativa para fornecida pela amostra. Suponha que X1, ..., Xn seja uma amostra aleatria de umapopulaonormal,commdiaevarincia2,esejameS2 amdiaeavarincia amostrais, respectivamente. Ento)segue uma distribuio t ou t de Student, com =n-1 graus de liberdade A funode densidade de T dada por: A mdia e a varincia da distribuio t so 0 e /(+2) para < 2, respectivamente. Graus de liberdade Probabilidade deser maior que determinado valor 47 Figura 1: Grficos da funo densidade da distribuio t de Student para alguns valores de graus de liberdade. A distribuio t de Student contnua e simtrica com mdia igual a zero. Sua aparncia bastanteparecidacomanormalpadro,vejaFigura1.Ambasasdistribuiestemformade sino, mas a distribuio t tem mais probabilidade nos extremos. A qualificao com n-1 graus de liberdadenecessria,porqueparacadavalordiferentedotamanhodaamostranexisteuma distribuiotdeStudentespecfica.Onmerodegrausdeliberdade(gl)oparmetroda distribuio t de Student.Assim como a distribuio normal padro a distribuio t de Student tambm tabelada. A tabela fornece valores depara vrios graus de liberdade sendo. A seguir, mostradocomousaratabeladadistribuiotdeStudent:

A tabela completa fornecida no final da apostila. Graus de liberdade Probabilidade de T ser maior que determinado valor 48 Exerccios 1) Para uma distribuio T, determine: a) P(T no rejeitar 0 00 0 p-valor rejeitar 0 00 0 A sada dos pacotes estatsticos apresenta o p-valor. 13.6.Testes de Hipteses para Mdia Populacional A mdia de uma populao uma de suas caractersticas mais importantes e frequentemente temos que tomar decises a seu respeito. Vamos denotar um valor fixo qualquer por 0.Consideremos as diversas hipteses que podem ocorrer num teste de hipteses para mdias: Hipteses unilaterais 0) 0 (ou = 0) versusH1) >0 0) 0 (ou = 0 )versusH1) > > > 0 00 0 .... Rejeitar H0 se1 - n ,0tns x> 2. 2. 2. 2. 0 00 0) ) ) ) 0 00 0 ( (( (ou = = = = 0000 ) ) ) )versus H1) > 0 00 0

Rejeitar H0 se0zns x> 2. 2. 2. 2. 0 00 0) ) ) ) 0 00 0 ( (( (ou = = = = 0000 ) )) )versusH1) Como o valor observado foi 0,1174, queno pertence regio crtica, a deciso deve ser de no rejeitar H0, e conclumos que no existe evidncia de que o teor de gordura nas peas de salame produzidas pela indstria seja diferente de 15%. 65 Usando um pacote estatstico: VarivelnMdiaErro padrotp-valor Teor de Gordura5014,8940,903-0,120,91 Exemplo13.4:Iremosutilizartestedehipteseparasolucionaradvidadaequipetcnicada indstriasiderrgica:pode-seconcluir,combastantesegurana,queoprocessoderecozimento contnuo estava centrado abaixo do valor nominal da especificao (61,0 HR)? Essa dvida pode sersolucionadapormeiodarealizaodetestedehipteseparaadurezamdia()dasfolhas-de-flandres produzidas pelo processo: As hipteses a serem testadas so 0) 61 versus H1) >>> p Rejeitar H0 se0 00znq pp p> 2. 0 00 0)))) p p0000 ( ( ( (u p = == =p0 00 0) )) ) versus H1) p