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Segunda geração - Prosa

Segunda Geração da prosa

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Page 1: Segunda Geração da prosa

Segunda geração - Prosa

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• Caracterizada pelo regionalismo, a relação do homem com o meio em que vive.

A prosa aumenta sua área de interesse ao incluir preocupações

de ordem política, social, econômica, humana e espiritual. A piada foi sucedida pela gravidade de espírito, a seriedade da alma,

propósitos e meios.

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Rica na produção poética e também na prosa. O universo temático amplia-se com a preocupação dos artistas com o destino do Homem e no estar-no-mundo. Ao contrário da sua antecessora, foi construtiva.

Essa geração foi grave, assumindo uma postura séria em relação ao mundo, cujas dores, considerava-se responsável. Outra característica dessa época é o encontro do autor com seu povo, havendo uma busca do homem brasileiro em diversas regiões, tornando o regionalismo importante.

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Principais autores dessa fase:

Graciliano Ramos 1892-1953 Érico Veríssimo 1905-1975 José Lins do Rego 1901-1957 Jorge Amado 1912 José Américo de Almeida 1887-1957

Raquel de Queirós 1910-2003

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• Basicamente esses autores se dedicaram ao regionalismo do nordeste do país, falando da seca, do cangaço, das dificuldades e misérias enfrentadas pelo povo dessas regiões (norte e nordeste).

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Graciliano Ramos• Nasceu em 1892, na cidade

de Quebrangulo no Estado de Alagoas• romantista, cronista, contista, jornalista, p

olistico e memorialista brasileiro do seculo xx, mais conhecido por seu livro Vidas secas.

• destacou-se por ser um grande político e

romancista , é considerado pela crítica literária o melhor ficcionista dessa geração.

• Sua obra é marcada pela ausência de sentimentalismo, por uma linguagem direta, concisa, e vocábulos precisos

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• Entre seus livros principais destacam-se São Bernardo e Vidas Secas. Memórias do Cárcere é um romance autobiográfico em que o que autor narra as dificuldades vividas durante o período em que esteve preso em virtude de ser perseguido pela ditadura tendo em vista que possuía algumas ligações com o partido comunista.

• São Bernardo. Nesse livro, Graciliano faz uma reflexão do processo de coisificação do homem, que muitas vezes volta-se mais para o ter do que para ser.

• Vidas Secas narra a história de uma família de retirantes que deixa sua terra atingida por uma forte seca. A família é composta por Sinhá Vitória (mãe), Fabiano (pai), dois filhos, um chamado de menino mais novo e outro menino mais velho e a cadela Baleia.

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Veja um trecho dessa obra:“A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor dos bichos moribundos.- Anda, excomungado. O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

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• Érico Veríssimo, assim como Jorge Amado, conquistou o publico leitor. Sua obra é comumente dividida em romances urbanos, históricos e políticos.

• Entre os Romances Urbanos destacam-se Clarissa e Olhai os Lírios do Campo.

• Neste momento temos um autor que analisa as crises de uma sociedade na época. A sua grande obra prima e a trilogia histórica O Tempo e o Vento, em que nós encontramos as grandes figuras de Ana terra e Rodrigo Cambará. É dele também o conhecidíssimo Incidente em Antares, um romance político que mistura o plano real com o plano imaginário. Num dado momento desse romance os coveiros entram em greve e os mortos por sua vez acabam ressuscitando para denunciar a corrupção e a podridão moral dos moradores da cidade.

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• nasceu em 1901, no Estado da Paraíba, e morreu em 1957 na cidade Rio de janeiro.

• Morava em Recife, cidade onde se formou em Direito , partir de 1936, passou a viver na cidade do Rio de Janeiro.

• Em suas obras literárias eram evidentes o dia a dia e os costumes de Pernambuco e do Rio de Janeiro .

José Lins do Rego

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• José Lins do Rego escreveu romances que tinham como tema a vida rural. Deste período, fazem parte as seguintes obras: Pureza, Pedra Bonita, Riacho Doce e Agua Mãe.

• No ano de 1943 publicou o livro Fogo Morto, considerado a sua obra-prima; posteriormente escreveu Euridice, Cangaceiros, alguns ensaios, crônicas e outras obras.

• foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras e teve suas obras traduzidas para diferentes idiomas, entre eles, o russo. Antes de morrer, escreveu um livro de memórias chamado: Meus Verdes Anos.

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“Coitado do Santa Fé! Já o conheci de fogo morto. E nada é mais triste do que engenho de fogo morto. Uma desolação de fim de vida, de ruína, que dá à paisagem rural uma melancolia de cemitério abandonado. Na bagaceira, crescendo, o mata-pasto de cobrir gente, o melão entrando pelas fornalhas, os moradores fugindo para outros engenhos, tudo deixado para um canto, e até os bois de carro vendidos para dar de comer aos seus donos. Ao lado da prosperidade e do riquezado meu avô, eu vira ruir, até no prestígio de sua autoridade, aquele simpático velhinho que era o Coronel Lula de Holanda, com seu Santa Fé caindo aos pedaços (...)”

Cuidado! Não confunda a expressão fogo morto que aparece nesse texto, pois fogo morto, também é um outro romance do autor.

Menino de EngenhoMenino de Engenho

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Jorge Amado• Jorge Amado é talvez o autor mais

conhecido pelo público jovem, isto porque muitos de seus livros foram adaptados para a TV e para o cinema. É um recordista de vendas de livros no Brasil.

• Seus textos traçam o verdadeiro painel do Brasil e em especial do povo baiano. Sua linguagem simples, próximo do falar do povo, suas constantes preocupações com as tradições e costumes unidas ao seu bom humor, fizeram dele um dos escritores mais aclamados e mais bem quistos do público atual. Sua obra é dividida em função da temática:

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• Romances da Bahia – que retrata a vida das classes oprimidas na urbana Salvador. São livros de denuncia das desigualdades sociais, entre eles destacam-se Capitães da Areia.

• Romances ligados aos ciclos do cacau – que retratam as explorações de trabalhadores rurais e a economia latifundiária do nordeste. Segundo ele, foi a luta do cacau que o tornou romancista. Entre esses romances destacam-se: Cacau e Terras do Sem Fim.

• Crônica de costume – que partem do cenário do agreste para a zona cacaueira para uma reflexão sobre a vida, os amores e os costumes da sociedade. São desse ciclo as figuras como Gabriela, Cravo e canela, Dona flor e seus dois maridos, Tieta do agreste e Teresa Batista cansada de guerra.

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JOSE AMERICO DE ALMEIDA

José Américo de Almeida (1887-1980) foi escritor e político brasileiro. Sua obra "A Bagaceira", deu início à Geração Regionalista do Nordeste. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 27 de outubro de 1966, ocupando a cadeira nº 38. Foi também advogado, professor universitário, folclorista e sociólogo.

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Raquel de Queirós• Raquel de Queirós foi a primeira mulher a

se eleger imortal na academia brasileira de letras. Suas obras regionalistas destacam-se pela reflexão da figura feminina numa sociedade patriarcal.

• Em “O Quinze”, a autora narra às histórias vividas por uma família que enfrenta uma grande seca. Há neste texto várias reflexões, várias descrições sobre o campo, a paisagem seca da região nordeste.

• A figura feminina também é um ponto central na obra da autora, destacam-se entre essas personagens femininas Conceição em O Quinze e Maria Bonita em O Lampião.