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Profº Ribamar Campos
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5/14/2018 Apostila de Antropologia Social - slidepdf.com
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APOSTILA
ANTROPOLOGIA
SOCIAL
SERVIÇO SOCIAL
Profº Ribamar CamposSOCIAL
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Antropologia Social Profº Ribamar Campos
ApresentaçãoO que você responderia à pergunta "O que é o homem?" Ou seja, "O que
somos? eu, você, todos nós?” Para começar adianto que estas são questões
fundamentais da Filosofia, da Antropologia Filosófica e Antropologia Social. Mas por
onde começar a respondê-las? Iniciemos o nosso caminho na tentativa de
formularmos, em conjunto, uma resposta adequada ao nosso tempo à questão
principal da Antropologia, criando um conceito mais próximo daquilo que o mundoque nos rodeia, nos propicia.
Podemos dizer que de todas as questões o problema que se encontra por
trás de todos os outros é o da determinação do que seria o homem, qual é o lugar
ocupado por ele na natureza, qual a sua relação com o cosmo, sua função no mundo e
seu destino. Daí as perguntas: de onde viemos? Para onde vamos?
Que poder temos sobre a natureza? Que poder a natureza tem sobre nós?Qual é o sentido da nossa existência? Essas são perguntas que ao longo da vida nos
fazemos, mas que não são fáceis de serem respondidas por que não são próprias ao
mundo da técnica, da produtividade, da mídia e do consumismo que nos cerca. Essas
questões se referem à filosofia, a sociologia, ao exercício do pensamento, a um tipo de
conhecimento importante, porém muito pouco relevante para a maioria das pessoas.
E nesta incansável jornada de estudos e porquês eis a pergunta: Quem realmente é o
homem?
O autor.
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Introdução O problema do homem foi abordado, direta ou indiretamente por todos os filósofos
comprometidos com o pensamento. Nesse sentido, Nicola Abbagnano afirma:
Pode especular-se sobre o Mundo, sobre o Ser, sobre a Verdade ou sobre a Justiça,
podem fazer-se análises minuciosas dos procedimentos cognitivos e das ciências de que o
homem dispõe, pode tentar-se determinar o que é o Bem absoluto ou o Mal absoluto,
construir teorias monumentais e audaciosas visando a responder a todos os problemas do
mundo, mas em todos os casos o único destinatário de todas essas especulações é o homem,
que nelas procura algumas luzes que o passam a orientar na sua vida.
Toda filosofia autêntica tem no homem o destinatário último de suas questões e
entende ser ele um de seus principais objetos de estudo. Pois, é de nós, seres humanos, que
emana a transformação do mundo à nossa volta. Nós recebemos as consequências positivas
e negativas da nossa atuação no mundo, isto é, todas as benesses e mazelas de nossos
próprios atos.Levando em conta nossa forma de estar e atuar sobre o mundo, nossas necessidades
e criações, em Antropologia Filosófica e Social nos interessa a busca da compreensão dos
seguintes elementos: o universo simbólico humano, o mito, a espiritualidade e a
religiosidade como formas específicas do homem se localizar no mundo; as produções
técnicas, estéticas e artísticas como maneira de expressão e realização interna e externa da
vida humana; a vida cultural e todo o universo das ideologias que constrói as culturas de
massa e nos envolve num mundo de consumismo exacerbado e de indiferença ao que
verdadeiramente importa em termos culturais; interessam-nos também as produções
científicas e as questões éticas, morais e valorativas que envolvem essas produções,
sobretudo na área das ciências biológicas; a política e os problemas sociais que enfrentamos
atualmente como a violência, as guerras e as drogas; a liberdade humana, as leis e as normas
com todas as determinações e necessidades que as cercam; os aspectos positivos e
negativos da revolução tecnológica contemporânea, no que diz respeito ao meio ambiente e
à saúde desse meio, em que se inclui o próprio homem; enfim, interessa-nos o mundo do
trabalho, a exigência de qualificação e os retornos econômicos e pessoais que temos em
nossas profissões.
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Antropologia Social Profº Ribamar Campos
Todas essas questões envolvem as diversas dimensões de que se constitui o homem
em sua racionalidade, passionalidade, condição metafísica, psicológica, técnico-produtiva e
espiritual. Não podemos nos esquecer do fato do "homem não ser racional no mesmo
sentido em que o quadrado tem quatro lados e o triângulo, três"; de que ele é livre parapensar e agir à sua maneira e que "esta liberdade é a capacidade que ele possui de escolher o
seu caminho e de projetar de um ou de outro modo a sua vida [...]". (Nicola Abagnanno, p. 11)
Seu aspecto livre pode, por conseguinte, apontar tanto para liberdade como para diversas
formas de escravidão. Contemporaneamente, a Antropologia Filosófica atenta para o fato de
que é necessário compreender melhor o homem "não tanto o homem em geral, na sua
natureza e na sua essência imutável semelhante à de uma entidade matemática, mas o
homem concreto, esse que cada um de nós sente viver em si próprio e descobrem-nos
outros". (Ibidem)
Reafirmando Sócrates conhecer-se a si mesmo é o primeiro tema que envolve o
homem na história da filosofia e também o tema de toda a antropologia filosófica. A reflexão
sobre si exige uma análise sempre renovada dos aspectos da nossa vida cotidiana e do
conhecimento em termos científicos. Por isso não basta identificarmos os problemas no nível
do senso comum, é preciso aprofundá-los no nível científico da pesquisa e do pensamento,
bem como na forma especificamente curiosa e questionadora que a filosofia nos possibilita. É
preciso, portanto, ultrapassar o simples nível da experiência pessoal e procurar o sentido dascoisas em conceitos mais elaborados a fim de alcançar uma visão de conjunto da vida humana
e dar-lhe a unidade e a profundidade necessária em meio à infinita multiplicidade das coisas. É
preciso que nos esforcemos para que consigamos agrupar os acontecimentos de maneira a
ter uma visão crítica sobre a realidade, para além do tecnicismo que engessa as nossas
mentes. É preciso que tenhamos a coragem de criar nós mesmos os nossos próprios
conceitos, na condição de seres autônomos e reflexivos.
Para a Antropologia Social de que vamos tratar interessa muito mais do quesimplesmente uma filosofia da vida, conversas ou observações ocasionais. Isso não significa,
no entanto, que tenhamos que nos restringir à meras conceituações teóricas, o mais
importante é o questionamento, a pesquisa, a capacidade de criar e expressar conceitos, o
posicionamento crítico aprofundado e defensável, o rompimento com as ideologias
massificantes do dia-a-dia; a compreensão dos aspectos individuais e coletivos que
determinam aquilo que somos e a nossa forma de estar no mundo.
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Em termos de História da Sociologia, o estudo do comportamento do homem pelo
homem, isto é, o conhecimento de si mesmo pode ser considerado a mais alta meta da
investigação filosófica. Mesmo os mais céticos, não podem negar a importância e a
necessidade da busca do autoconhecimento.
Faz parte da condição humana a interrogação sobre o seu passado, presente e futuro
em diversas dimensões. A antropologia adquire um caráter filosófico quando busca
compreender as diversas faces que compõem aquilo que é humano: o ser biológico do
homem (sua estrutura física); as condições internas, subjetivas, a organização da
personalidade e o inconsciente (o psíquico); a produção cultural nas diversas sociedades (a
cultura); a construção e a formação do espaço político (a política); as relações sociais e os
valores (a sociedade); a realidade transcendente, metafísica ou religiosa (a espiritualidade);
etc. Por esses caminhos a antropologia reforça o seu objeto de estudo - o homem - em sua
condição de um ser plural.
No desenrolar histórico, o estudo do homem passou de uma visão cosmocêntrica na
antiguidade, para uma visão teocêntrica no mundo medieval, até chegar à perspectiva
antropocêntrica nos mundos modernos e contemporâneos.
Na Filosofia Grega Antiga o homem, sua vida no Estado e seus valores surgem como
problemas principais. Sócrates defende a tese do "conhece-te a ti mesmo". Para Platão "o
corpo é o cárcere da alma"; já Aristóteles concebe o homem como "um animal político por
natureza”. O homem é enfim, visto como um ser dual, constituído de corpo e alma. A alma é ainstância superior, pela qual pode elevar a sua condição à de um ser racional e criar elementos
para uma verdadeira felicidade. O conhecimento puro e do intelecto representa a saída da
ignorância.Na Filosofia Cristã-Medieval a reflexão sobre o homem ganha um caráter teocêntrico,
em que Deus é considerado o ser de onde e para onde tudo converge. Destaca-se uma fortedicotomia entre corpo e alma, a redução da superioridade humana à alma e a submissão dopoder da razão à fé.
Nas épocas Modernas e Contemporâneas, junto com uma nova cosmologia, surge um
novo espírito científico na busca pela questão do homem. Com base no sistema copernicanoinstitui-se um novo lugar para o homem cosmo: ele agora se encontra num espaço infinito eno centro do universo. Doravante todo conhecimento se dará pela razão e tudo que nãovenha por meio dela está sujeito à dúvida. O homem descobre a capacidade infinita de suarazão e do seu intelecto, mas essa infinitude não representa a negação nem limitação doconhecimento, ao contrário, demonstra a incomensurável e inesgotável capacidade humanade conhecer.
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A partir do século XIX surgem novos conceitos matemáticos e emerge o pensamento
biológico. Coma teoria da evolução Darwin rompe com as ilusões das causas finais,
mostrando que não há espécies separadas e sim uma contínua e ininterrupta corrente de
vida. A vida humana passa, então, a ser vista com um olhar diferente. Não há mais um único
centro de foco. Tudo isso provoca a queda da autoridade anteriormente estabelecida,
fazendo surgir vários campos de estudos sobre o homem que descrevem sua imensa
complexidade. Marx, por exemplo, dá prioridade ao Homem Econômico (as relações sociais
e econômicas); Freud destaca o Homem Instintivo e impulsivo (os instintos sexuais) e
Kierkegard alerta para o Homem Angustiado, isto é, para a angústia da nossa existência.
Esse percurso histórico mostra que o homem não pode ser visto por um único ângulo.
Não podemos assumi-lo apenas como um mero produto da matéria ou como um sertotalmente compreensível pela ciência. Por outro lado, não podemos aceitar a dimensão
metafísico-transcendente como a única capaz de explicá-lo. O homem é um ser de diversas
dimensões e quando mais faz história mais demonstra sua complexidade. Ao examinarmos
com olhar contemporâneo talvez pudéssemos dar razão à Martin Heidegger esteja quando
diz:Nenhuma época teve noções tão variadas e numerosas sobre o homem como a atual.Nenhuma época conseguiu, como a nossa, apresentar o seu conhecimento acerca do
homem de um modo tão eficaz e fascinante, nem comunicá-lo de um modo tão fácil e rápido.
Mas também é verdade que nenhuma época soube menos que a nossa. O que é o homem.Nunca o homem assumiu um aspecto tão problemático como atualmente.
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Antropologia (do grego Üíèñùðïò, transliterado. anthropos, "homem", e ëüãïò, logos, "razão"/"pensamento") é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o homem e a
humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões. A divisão
clássica da Antropologia distingue a Antropologia Cultural da Antropologia Biológica. Cada
uma destas, em sua construção, abrigou diversas correntes de pensamento.Pode-se afirmar que há poucas décadas a antropologia conquistou seu lugar entre as
ciências. Primeiramente, foi considerada como a história natural e física do homem e do seu
processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se por um lado essa concepção vinha satisfazer o
significado literal da palavra, por outro restringia o seu campo de estudo às características dohomem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos antropológicos por largo tempo,
privilegiando a antropometria, ciência que trata das mensurações do homem fóssil e do
homem vivo.
A Antropologia, sendo a ciência da humanidade e da cultura, tem um campo de
investigação extremamente vasto: abrange, no espaço, toda a terra habitada; no tempo,
pelo menos dois milhões de anos e todas as populações socialmente organizadas. Divide-se
em duas grandes áreas de estudo, com objetivos definidos e interesses teóricos próprios: a
Antropologia Física (ou Biológica) e a Antropologia Cultural, para alguns autores sinônimo de
antropologia social, que focaliza, talvez, o principal conceito desta ciência, a cultura.
Segundo o Museu de Antropologia Cultural da Universidade de Minnesota a antropologia
cultural abrange três tópicos gerais que por sua vez subdivide-se e constituem-se como
especialidades: Etnografia / Etnologia, Linguística aplicada à antropologia e Arqueologia. A
cultura e a mitologia correspondem ao desejo do homem de conhecer a sua origem, ou
produzem um modo de autoconhecimento que é a identidade, diferenciando os grupos em
função de suas idiossincrasias e adaptação em ambientes distintos.
Conceito Etimológico
Divisões e campo
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Antropologia Social Profº Ribamar Campos
Considerações
História da Antropologia
Para pensar as sociedades humanas, a antropologia preocupa-se em detalhar, tanto
quanto possível, os seres humanos que as compõem e com elas se relacionam, seja nos seus
aspectos físicos, na sua relação com a natureza, seja na sua especificidade cultural. Para o
saber antropológico o conceito de cultura abarca diversas dimensões: universo psíquico, os
mitos, os costumes e rituais, suas histórias peculiares, a linguagem, valores, crenças, leis,
relações de parentesco, entre outros tópicos.
Embora o estudo das sociedades humanas remonte à Antiguidade Clássica, a
antropologia nasceu, como ciência, efetivamente, da grande revolução cultural iniciada com
o Iluminismo.
Embora a grande maioria dos autores concorde que a antropologia se tenha definido
enquanto disciplina, só depois da revolução Iluminista, a partir de um debate mais claro
acerca de objeto e método, as origens do saber antropológico remontam à Antiguidade
Clássica, atravessando séculos.
Enquanto o ser humano pensou sobre si mesmo e sobre sua relação com "o outro",
pensou antropologicamente. A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico,
social e cultural. Sendo cada uma destas dimensões por si só muito ampla, o conhecimento
antropológico geralmente é organizado em áreas que indicam uma escolha prévia de certosaspectos a serem privilegiados como a “Antropologia Física ou Biológica” (aspectos
genéticos e biológicos do homem), “Antropologia Social” (organização social e política,
parentesco, instituições sociais), “Antropologia Cultural” (sistemas simbólicos, religião,
comportamento) e “Arqueologia” (condições de existência dos grupos humanos
desaparecidos). Além disso podemos utilizar termos como Antropologia, Etnologia e
Etnografia para distinguir diferentes níveis de análise ou tradições acadêmicas.
Para o antropólogo Claude Lévi-Strauss, a etnografia corresponde “aos primeiros
estágios da pesquisa: observação e descrição, trabalho de campo”. A etnologia, com relaçãoà etnografia, seria “um primeiro passo em direção à síntese” e a antropologia, “uma
segunda e última etapa da síntese, tomando por base as conclusões da etnografia e da
etnologia”.Qualquer que seja a definição adotada, é possível entender a antropologia como uma
forma de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para
entendermos o que somos a partir do espelho fornecido pelo “outro”; uma maneira de se
situar na fronteira de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através das
quais podemos alargar nossas possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que, afinal decontas, nos torna seres singulares, humanos.
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PrimórdiosHomero, Hesíodo e os filósofos pré-socráticos já se questionavam a respeito do
impacto das relações sociais sobre o comportamento humano; ou vendo este impacto como
consequência dos caprichos dos deuses, como enumera a Odisséia de Homero e a Teogonia
de Hesíodo, ou como construções racionais, valorizando muito mais a apreensão da
realidade no dia a dia da experiência humana, como preferiam os filósofos pré-socráticos. Foi,
sem dúvida, na Antiguidade Clássica que a "medida Humana" se evidenciou como centro da
discussão acerca do mundo.
Os gregos deixaram inúmeros registros e relatos acerca de culturas diferentes das
suas, assim como os chineses e os romanos. Nestes textos nascia, por assim dizer, a
Antropologia, e no século V a.C. um exemplo disto se revela na obra de Heródoto, quedescreveu minuciosamente as culturas com as quais seu povo se relacionava. Da contribuição
grega fazem parte também as obras de Aristóteles (acerca das cidades gregas) e as de
Xenofonte (a respeito da Índia).
Entre os romanos merece destaque o poeta Lucrécio, que tentou investigar as origens
da religião, das artes e se ocupou da discurso. Outro romano, Tácito analisou a vida das tribos
germânicas, baseando-se nos relatos dos soldados e viajantes. Salienta o vigor dos germanos
em contraste com os romanos da sua época. Agostinho, um dos pilares teológicos do
Catolicismo, descreveu as civilizações greco-romanas "pagãs", vistas como moralmenteinferiores às sociedades cristianizadas. Em sua obra já discutia, de maneira pouco elaborada,
a possibilidade do "tabu do incesto" funcionar como norma social, garantia da coesão da
sociedade. É importante salientar que Agostinho, no entanto, privilegiou explicações
sobrenaturais para a vida sociocultural.Embora não existisse como disciplina específica, o saber antropológico participou das
discussões da Filosofia, ao longo dos séculos. Durante a Idade Média muitos escritos
contribuíram para a formação de um pensamento racional, aplicado ao estudo da
experiência humana, como fez o administrador francês Jean Bodin, estudioso dos costumes
dos povos conquistados, que buscava, em sua análise, explicações para as dificuldades queos franceses tinham em administrar esses povos. Com o advento do movimento iluminista,
este saber foi estruturado em dois núcleos analíticos: a Antropologia Biológica (ou Física), de
modo geral considerada ciência natural, e a Antropologia Cultural, classificada como ciência
social.
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O século XVIII
O século XIX
Até o século XVIII, o saber antropológico esteve presente na contribuição dos
cronistas, viajantes, soldados, missionários e comerciantes que discutiam, em relação aos
povos que conheciam, a maneira como estes viviam a sua condição humana, cultivavam seus
hábitos, normas, características, interpretavam os seus mitos, os seus rituais, a sua
linguagem. Só no século XVIII, a Antropologia adquire a categoria de ciência, partindo das
classificações de Carlos Lineu e tendo como objeto a análise das "raças humanas".O legado desta época foram os textos que descreviam as terras, a (Fauna, a Flora, a
Topografia) e os povos "descobertos" (Hábitos e Crenças). Algumas obras que falavam dos
indígenas brasileiros, por exemplo, foram: a carta de Pero Vaz de Caminha ("Carta do
Descobrimento do Brasil"), os relatos de Hans Staden, "Duas Viagens ao Brasil", os registros
de Jean de Léry, a "Viagem a Terra do Brasil", e a obra de Jean Baptiste Debret, a "ViagemPitoresca e Histórica ao Brasil”. Além destas, outras obras falavam ainda das terras recém-
descobertas, como a carta de Colombo aos Reis Católicos. Toda esta produção escrita
levantou uma grande polêmica acerca dos indígenas.A contribuição dos missionários jesuítas na América (como Bartolomeu de Las Casas e
Padre Acosta) ajudaram a desenvolver a denominada "teoria do bom selvagem", que via os
índios como detentores de uma natureza moral pura, modelo que devia ser assimilado pelos
ocidentais. Esta teoria defendia a idéia de que cultura mais próxima do estado "natural"
serviria de remédio aos males da civilização.
No Século XIX, por volta de 1840, Boucher de Perthes utiliza o termo homem pré-
histórico para discutir como seria sua vida cotidiana, a partir de achados arqueológicos, comoutensílios de pedra, cuja idade se estimava bastante remota. Posteriormente, em 1865, John
Lubock reavaliou numerosos dados acerca da Cultura da Idade da Pedra e compilou uma
classificação em que enumerava as diferenças culturais entre o Paleolítico e Neolítico.Com a publicação de dois livros, A Origem das Espécies, em 1859, e A descendência do
homem, em 1871, Charles Darwin principia a sistematização da teoria evolucionista. Partindo
da discussão trazida à tona por estes pesquisadores, nascia a Antropologia Biológica ou
Antropologia Física
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A antropologia evolucionista
Teoria
Marcada pela discussão evolucionista, a antropologia do Século XIX privilegiou o
Darwinismo Social, que considerava a sociedade européia da época como o apogeu de umprocesso evolucionário, em que as sociedades aborígines eram tidas como exemplares "mais
primitivos".
Esta visão usava o conceito de "civilização" para classificar, julgar e, posteriormente,
justificar o domínio de outros povos. Esta maneira de ver o mundo a partir do conceito
civilizacional de superior, ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como
inferiores, recebe o nome de etnocentrismo. É a Visão Etnocêntrica, o conceito europeu do
homem que se atribui o valor de "civilizado", fazendo crer que os outros povos, como os das
Ilhas da Oceania estavam "situados fora da história e da cultura". Esta afirmação está muito
presente nos escritos de Paul e Hegel.
Com fundamento nestas concepções, as primeiras grandes obras da antropologia,
consideravam, por exemplo, o indígena das sociedades não européias como o primitivo, o
antecessor do homem civilizado: afirmando e qualificando o saber antropológico comodisciplina, centrando o debate no modo como as formas mais simples de organização social
teriam evoluído de acordo com essa linha teórica essas sociedades caminhariam para formas
mais complexas como as da sociedade européia.
Nesta forma de apreender a experiência humana, todas as sociedades, mesmos as
desconhecidas, progrediriam em ritmos diferentes, seguindo uma linha evolutiva. Isso
balizou a idéia de que a demanda colonial seria "civilizatória", pois levaria os povos ditos
"primitivos" ao "progresso tecnológico-científico" das sociedades tidas como "civilizadas".
Há que ver estes equívocos como parte da visão de mundo que pretendiam estabelecer asdiretrizes de uma lei universal de desenvolvimento.
Mas não se pode generalizar e atribuir as características acima a todos os autores que
se aparentaram a essa corrente. Cada autor tem suas próprias nuances. Durkheim, por
exemplo, procurou nas manifestações totêmicas dos nativos australianos a forma mais
simples e elementar de religiosidade, mas não com o pensamento enquadrado numa linha
evolutiva cega: se nossa sociedade era dita mais complexa ele atribuía isso às diversas
tendências da modernidade de que somos fruto, e a dificuldade de determinar uma
tendência pura na nossa religião, escamoteada por milhares de anos de teologia.
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Método
Pensadores
A antropologia difusionista
O método concentrava-se numa incansável comparação de dados, retirados das
sociedades e de seus contextos sociais, classificados de acordo com o tipo (religioso, de
parentesco, etc), determinado pelo pesquisador, dados que lhe serviriam para comparar as
sociedades entre si, fixando-as num estágio específico, inscrevendo estas experiências numa
abordagem linear, diacrônica, de modo a que todo costume representasse uma etapa numa
escala evolutiva, como se o próprio costume tivesse a finalidade de auxiliar esta evolução.
Entendiam os evolucionistas que os costumes se demarcavam como substância, como
finalidade, origem, individualidade e não como um elemento do tecido social,
interdependente de seu contexto.
Vale ressaltar que apesar da maior parte dos evolucionistas terem trabalhado em
gabinetes, um dos mais conhecidos pensadores dessa corrente, Lewis Henry Morgan, tinha
contato com diversas tribos do norte dos Estados Unidos. É absurdo creditar a autores dessa
corrente uma compilações cega das culturas humanas, isso seria uma simplificação enorme,
ao mesmo tempo que se deixaria de aproveitar esses estudos clássicos da antropologia. e
separado por muito tempo.
A Antropologia Difusionista reagiu ao evolucionismo e foi sua contemporânea.
Privilegiava o entendimento da natureza da cultura, em termos de origem e extensão, de
uma sociedade a outra. Para os difusionistas, o empréstimo cultural seria um mecanismo
fundamental de evolução cultural. O difusionismo acreditava que as diferenças e
semelhanças culturais eram consequência da tendência humana para imitar e a absorver
traços culturais, como se a humanidade possuísse uma "unidade psíquica", tal como defendia
Bastian.Representantes e obras
§ Friedrich Ratzel
§ Grafton Elliot Smith
§ William James Perry
§ William H. R. Rivers
§ Fritz Graebner - Methode del Ethnologie, 1891
§ Fr. Wilhelm Schmidt, fundador da revista Anthropos
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O surgimento da "linhagem francesa"
O século XX
Com Émile Durkheim começam os fenômenos sociais a serem definidos como objetos
de investigação sócio-antropológica e, a partir da análise da publicação de Regras do
"Método Sociológico", em 1895, começa-se a pensar que os fatos sociais seriam muito mais
complexos do que se pretendia até então. No final do século XIX, juntamente com Marcel
Mauss, Durkheim se debruça nas representações primitivas, estudo que culminará na obra
"Algumas formas primitivas de classificação", publicada em 1901. Inaugura-se então a
denominada "linhagem francesa" na Antropologia.
Com a publicação, de "As formas elementares da vida religiosa" em 1912, Durkheim,
ainda apegado ao debate evolucionista, discute a temática da religião. Marcel Mauss publica
com Henri Hubert, em 1903, a obra Esboço de uma teoria geral da magia, aonde forja o
conceito de mana. Inicialmente centrada na denominada "Etnologia", a Antropologia
Francesa, arranca, como disciplina de ensino, no "Institut d´Ethnologie du Musée de
l´Homme" em Paris, a partir de 1927. No início, a disciplina se vinculara ao Museu de História
Natural, porque se considerava a antropologia como uma subdisciplina da história natural.Ainda existia um determinismo biológico, segundo o qual se considerava que as diferenças
culturais eram fruto das diferenças biológicas entre os homens.
Nos EUA, Franz Boas desenvolve a ideia de que cada cultura tem uma história
particular e considerava que a difusão de traços culturais acontecia em toda parte. Nasce o
relativismo cultural, e a antropologia estende a investigação ao trabalho de campo. Para
Boas, cada cultura estaria associada à sua própria história. Para compreender a cultura é
preciso reconstruir a sua própria história. Surgia o Culturalismo, também conhecido como
Particularismo Histórico. Deste movimento surgiria posteriormente a escola antropológicada Cultura e Personalidade.
Paralelamente a estes movimentos, na Inglaterra, nasce o Funcionalismo, que enfatiza
o trabalho de campo (observação participante). Para sistematizar o conhecimento acerca de
uma cultura é preciso apreendê-la na sua totalidade. Para elaborar esta produção intelectual
surge a etnografia. As instituições sociais centralizam o debate, a partir das funções que
exercem na manutenção da totalidade cultural.
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A antropologia funcionalista
Antropologia estrutural
O Funcionalismo inspirava-se na obra de Durkheim. Advogava um estreito paralelismo
entre as sociedades humanas e os organismos biológicos (na forma de evolução e
conservação) porque em ambos os casos a harmonia dependeria da interdependência
funcional das partes. As funções eram analisadas como obrigações, nas relações sociais. A
função sustentaria a estrutura social, permitindo a coesão, fundamental, dentro de um
sistema de relações sociais.
Representantes e principais obras
?§Bronislaw Malinowski, Os Argonautas do Pacífico Ocidental - 1922.
?§Bronislaw Malinowski, Uma teoria científica da cultura.
?§Radcliffe Brown, Estrutura e função na sociedade primitiva - 1952 e Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento, org. c/ Daryll Forde - 1950.
?§Evans-Pritchard, Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande - 1937 e Os Nuer - 1940.
?§Raymond Firth Nós, os Tikopia - 1936 (We, The Tikopia) e Elementos de organização social
- 1951.
?§Max Glukman, Ordem e rebelião na África tribal - 1963.
?§Victor Turner, Cisma e continuidade em uma sociedade africana - (Schism and Continuity
in an African Society: A Study of Ndembu Village Life) 1957 Ed. brasileira 2005, EDUFF; Oprocesso ritual - 1969.
?§Edmund Leach - Sistemas políticos da Alta Birmânia (Political Sistems of Highland Burma:
A Study of Kachin Social Structure) - 1954. Ed. brasileira 1996, EDUSP .
A Antropologia estrutural nasce na década de 1940. O seu grande teórico é Claude
Lévi-Strauss. Centraliza o debate na ideia de que existem regras estruturantes das culturas na
mente humana, e assume que estas regras constroem pares de oposição para organizar o
sentido. Para fundamentar o debate teórico, Lévi-Strauss recorre a duas fontes principais: a
corrente psicológica criada por Wilhelm Wundt e o trabalho realizado no campo da
linguística, por Ferdinand de Saussure, denominado Estruturalismo. Influenciaram-no, ainda,
Durkheim, Jakobson (teoria linguística), Kant (idealismo) e Marcel Mauss.
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Idéias centrais
O particularismo histórico
Para a Antropologia estrutural as culturas definem-se como sistemas de signos
partilhados e estruturados por princípios que estabelecem o funcionamento do intelecto. Em
1949 Lévi-Strauss publica "As estruturas elementares de parentesco", obra em que analisa os
aborígines australianos e, em particular, os seus sistemas de matrimônio e parentesco. Nesta
análise, Lévi-Strauss demonstra que as alianças são mais importantes para a estrutura social
que os laços de sangue. Termos como exogamia, endogamia, aliança, consanguinidade
passam a fazer parte das preocupações etnográficas.
Autores e obras
§Claude Lévi-Strauss
§
As estruturas elementares do parentesco - 1949.§ Tristes Trópicos - 1955.
§ Pensamento selvagem - 1962.
§ Antropologia estrutural - 1958
§ Antropologia estrutural dois - 1973
§ O cru e o cozido - 1964
§ Do mel às cinzas - 1966
§ A origem das maneiras de mesa - 1968
§ O Homem Nu - 1971
§Lucien Lévy-Bruhl
§Marcel Griaule
§ Dieux d´Eau
§Marcel Griaule e Germaine Dieterlen
§ Le Renard Pâle
Também conhecida como Culturalismo, esta escola estadunidense, defendida por
Franz Boas, rejeita, de maneira marcante, o evolucionismo que dominou a antropologia
durante a primeira metade do século XX.
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Principais idéias
A escola de cultura e personalidade
A discussão desta corrente gira em torno da ideia de que cada cultura tem uma
história particular e de que a difusão cultural se processa em várias direções. Cria-se o
conceito de relativismo cultural, vendo também a evolução como fenômeno que pode
decorrer do estado mais simples para o mais complexo.
Representantes
§Franz Boas
§C. Wissler
§ Alfred Louis Kroeber
§Robert Lowie
Criada por estudiosas estadunidenses, discípulos de Franz Boas, influenciadas pela
Psicanálise e pela obra de Nietzsche, esta escola concebe a cultura como detentora de uma
"Personalidade de base", partilhada por todos os membros. Estabelece uma tipologia
cultural. Haveria culturas: dionisíacas (centradas no êxtase) e apolíneas (estruturadas nodesejo de moderação); pré-figurativas, pós-figurativas, co-figurativas.
Representantes
§Ruth Benedict
§Margaret Mead
§Gregory Bateson
§Ralph Linton
§ Abram Kardiner
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Antropologia interpretativaCom cerca de vinte livros publicados, Clifford Geertz é provavelmente, depois de
Claude Lévi-Strauss, o antropólogo cujas ideias causaram maior impacto na segunda metadedo século XX, não apenas no que se refere à própria teoria e à prática antropológica mas
também fora de sua área, em disciplinas como a psicologia, a história e a teoria literária.
Considerado o fundador de uma das vertentes da antropologia contemporânea - a chamada
Antropologia Hermenêutica ou Interpretativa.
Geertz, graduado em filosofia, inglês, antes de migrar para o debate antropológico,
obteve seu PhD em Antropologia em 1956 e desde então conduziu extensas pesquisas de
campo, nas quais se fundamentam seus livros, escritos essencialmente sob a forma de
ensaio. As suas principais pesquisas foram feitas na Indonésia e em Marrocos. Desiludiu-se
com a metodologia antropológica, para Geertz excessivamente abstrata e de certa forma
distanciada da realidade encontrada no campo, o que o levou a elaborar um método novo de
análise das informações obtidas entre as sociedades que estudava. Seu primeiro estudo tinha
por objetivo entender a religião em Java.
Por fim foi incapaz de se restringir a apenas um aspecto daquela sociedade, que ele
achava que não poder ser extirpado e analisado separadamente do resto, desconsiderando,
entre outras coisas, a própria passagem do tempo. Foi assim que ele chegou ao que depois foiapelidada de antropologia hermenêutica. Sua tese começa defendendo o estudo de "quem
as pessoas de determinada formação cultural acham que são, o que elas fazem e por que
razões elas crêem que fazem o que fazem".
Uma das metáforas preferidas de Geertz, para definir o que fará a Antropologia
Interpretativa, é a leitura das sociedades enquanto textos ou como análogas a textos. A
interpretação ocorre em todos os momentos do estudo, da leitura do "texto", pleno de
significado, que é a sociedade na escrita do texto/ensaio do antropólogo, por sua vezinterpretado por aqueles que não passaram pelas experiências do autor do texto escrito.
Todos os elementos da cultura analisada devem, portanto ser entendidos à luz desta
textualidade, imanente à realidade cultural.
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Idéias centrais
Outros movimentos
Debates pós-modernos
Idéias centrais
A Antropologia Interpretativa analisa a cultura como hierarquia de significados,
pretendendo que a etnografia seja uma "descrição densa", de interpretação escrita e cujaanálise é possível por meio de uma inspiração hermenêutica. É crucial a leitura da leitura que
os "nativos" fazem de sua própria cultura.
Outros movimentos significativos, na história do século XX, para a teoria Antropológica
foram as escolas Cognitiva, Simbólica e Marxista.
Na década de 1980, o debate teórico na Antropologia ganhou novas dimensões.
Muitas críticas a todas as escolas surgiram, questionando o método e as concepções
antropológicas. No geral, este debate privilegiou algumas ideias: a primeira delas é que a
realidade é sempre interpretada, ou seja, vista sob uma perspectiva subjetiva do autor,
portanto a antropologia seria uma interpretação de interpretações. Da crítica das retóricas
de autoridade clássicas, fortemente influenciada pelos estudos de Foucault, surgem metaetnografias, ou seja, a análise antropológica da própria produção etnográfica. Contribuiu
muito para esta discussão a formação de antropólogos nos países que então eram analisados
apenas pelos grandes centros antropológicos.
?§Privilegia a discussão acerca do discurso antropológico, mediado pelos recursos
retóricos presentes no modelo das etnografias.?§Politiza a relação observador-observado na pesquisa antropológica, questionando a
utilização do "poder" do etnógrafo sobre o "nativo".
?§Crítica dos paradigmas teóricos e da "autoridade etnográfica" do antropólogo. A
pergunta essencial é:'quem realmente fala em etnografia? O nativo? Ou o nativo visto pelo
prisma do etnógrafo?
?§A etnografia passa a ser desenvolvida como uma representação polifônica da
polissemia cultural, e nela deveriam estar claramente presentes as vozes dos vários
informantes.
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2. COLE, Johnnetta B. (org.) - Anthropology for the Eighties. New York, The Free Press,1982.
3. COPANS, Jeans - Críticas e políticas da antropologia. Lisboa, Edições 70, 1981.
4. CORRÊA, Mariza - “A antropologia no Brasil (1960-1980)”. In: MICELI, Sérgio (org.) -
“História das ciências sociais no Brasil”, v.2, São Paulo, Sumaré, FAPESP, 1995.
5. CUNHA, Manuela Carneiro da - Antropologia do Brasil, São Paulo, Brasiliense/
EDUSP, 1986
6. DAMATTA, Roberto - Relativizando, Uma introdução à antropologia social. Rio deJaneiro, Rocco, 1991.
7. HARRIS, Marvin - El desarrollo de la teoria antropológica, Madri, Siglo Veintiuno
Editores, 1979.
8. KUPER, Adam - Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1978
9. LABURTHE-TOLRA, Philippe & WARNIER, Jean-Pierre - Etnologia - Antropologia.
Petrópolis, Vozes, 1997.
10. LAPLANTINE, François - Aprender Antropologia. São Paulo, Brasiliense, 198811. LÉVI-STRAUSS, Claude - Antropologia estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro,
1970.
12. OLIVEIRA, Roberto Cardoso de - Sobre o pensamento antropológico Rio de Janeiro,
Tempo Brasileiro, 1988.
13. ROMNEY, A. Kimball & DeVORE, Paul (orgs.) - You and Others. Cambridge, 1973.
14. SPERBER, Dan - O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.
15. STOCKING Jr, George (ed.) - Observers observed. Essays on ethnographic fieldwork.Madison, University of Wisconsin Press, 1983.
16. STOCKING Jr, George (ed.) - Race, culture and evolution. New York, The Free Press,
1968.
17. STOCKING Jr, George (ed.) - The ethnographer's magic. Madison, The University of
Wisconsin Press,1992
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