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Profª Regina Célia Disciplina: Metodologia da Pesquisa Cientifica na Saúde [email protected] CURSO: DIREITO Disciplina: Metodologia da Pesquisa Cientifica no Direito Prof. REGINA CELIA M FREITAS São Luís 2013.1

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Metodologia de Pesquisa Científica

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CURSO: DIREITO

Disciplina: Metodologia da Pesquisa Cientifica no Direito

Prof. REGINA CELIA M FREITAS

São Luís 2013.1

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REFLEXÃO

Considerando que o aluno pesquisador precisa ter o instrumento necessário

para analisar reflexivamente sobre a realidade, transcendendo o conteúdo

programático, para adaptar-se a ela, com suas alterações , bem como intervir,

criando seu nicho de mercado. O profissional precisa é ter a noção adequada sobre

a informação, just-in-time, e buscar as alterações nos conhecimentos que se

fizerem necessárias para criar seu próprio constructo profissional e de vida

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TRABALHO PEDAGÓGICO

Defina conhecimento e apresente sua importância para o mundo atual, inserido dentro do contexto educacional. (15 linhas) ___________________________________________________________________________

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1 TÉCNICAS INTRODUTÓRIAS DE ESTUDO

1.1 METODOLOGIA DA PESQUISA: É uma disciplina acadêmica construída a partir

do princípio aceito, de que não há produção de conhecimento científico, ou melhor, da Ciência, a não ser através da pesquisa.

1.2 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA: estratégia e táticas indicadas para as diversas fases do processo da problematização1, da coleta de dados e informações, da mensuração, da formação do marco teórico, da formulação de hipóteses, do levantamento de variáveis e seu relacionamento, da análise de dados, da prova ou da comprovação ou não da hipótese.

De acordo com o Prof. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, pesquisa é a indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade; é a investigação e o estudo, minuciosos e sistemáticos, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princípios relativos a um

campo qualquer do conhecimento. Assim sendo, pesquisar é perquirir, inquirir (perguntar), interrogar, indagar, investigar.

1.3 A PALAVRA PESQUISA:

Pesquisa é uma palavra de origem espanhola. Esta herdada do Latim. Havia em latim o verbo perquiro, que significava “[...] procurar; buscar com cuidado; procurar por toda parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem; aprofundar na busca”. O particípio passado desse verbo latino era perquisitum. Por alguma lei da fonética histórica, o primeiro R se transformou em S na passagem do Latim para o Espanhol, originando o verbo pesquisar que conhecemos hoje. Daí você percebe que os significados desse verbo em Latim insistem na idéia de uma busca feita com cuidado e profundidade (BAGNO, 2000).

CONHEÇA MAIS E REFLITA!

ANQUETIL, Nicolas. Pesquisa. Disponível em: http://www.mestradogcti.ucb.br/Prof/anquetil/FatosVida/fatosPesquisa.html. VORRABER, Marisa. Caminhos investigativos: novos olhares de pesquisa em Educação

(2002), Rio de Janeiro: DPA. TRIVINOS, Augusto. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Atlas,

2003.

1.4 A PESQUISA NO DIA-A-DIA:

A pesquisa faz parte do nosso cotidiano. Observe o seguinte: quando você, pensando em alugar uma casa, abre a página de classificados do jornal e sai marcando os anúncios que lhe interessam – está fazendo uma pesquisa. Nesse sentido, é difícil imaginar qualquer ação humana que não seja precedida por algum tipo de investigação. A investigação, por sua vez, tem como base a informação que ouvimos nas rádios, nos corredores, na televisão, jornais, revistas e até nos comunicados gerais de instituições escolares e empresariais. Assim sendo, você já tinha parado para refletir sobre o quanto nós podemos afirmar, que a troca de informações ajuda a fazer pesquisa sem ter consciência de que a fazemos?

1 Esse termo se refere aos possíveis questionamentos e críticas a um determinado postulado teórico,

uma técnica ou até mesmo, a uma situação qualquer.

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Contudo, as informações não passarão de superficiais, se sobre os fatos não houver um trabalho de reflexão e pesquisa. Em outras palavras, o conhecimento virá a partir do momento em que o indivíduo se interessar por determinado assunto e refletir sobre este, procurando por mais informações, sem se contentar com o óbvio, através de um trabalho sério de aprofundamento e “pesquisa”.

1.5 A PESQUISA A SÉRIO: É claro que não é dessa pesquisa rudimentar que vamos nos ocupar aqui. A pesquisa que nos interessa é a pesquisa científica, isto é: a investigação realizada com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um assunto preciso/certo/exato/definido. A característica maior da pesquisa científica é o acréscimo,

ao conhecimento já existente, sobre o assunto pesquisado.

Assim sendo, a pesquisa é, simplesmente: o fundamento de toda e qualquer ciência digna

deste nome. Quando alguém vier lhe falar de alguma “ciência”, portanto, fique atento e procure saber quais foram os últimos avanços conseguidos por esta. Podemos assim, conceituar pesquisa como sendo o processo formal e sistemático de

desenvolvimento do método científico.

1.5.1 método científico: É o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento. CONHEÇA MAIS E REFLITA Consulte sobre Método Científico em: CHIZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez, 1995.

1.5.2 importância da pesquisa: Sem pesquisa não há ciência, muito menos tecnologia. Todas as grandes empresas do

mundo de hoje possuem departamentos chamados “Pesquisa e Desenvolvimento”. Estes departamentos estão sempre tentando dar um passo à frente para a obtenção de novos produtos que respondam melhor às exigências cada vez maiores dos consumidores ou, simplesmente, que permitam vencer a concorrência das outras empresas.

É bastante lógico que nas universidades a pesquisa é muito importante. Afinal, a universidade não pode ser um “depósito” do conhecimento acumulado ao longo dos séculos. Ela deve ser também, uma “fábrica” de conhecimento novo. E esse conhecimento novo só se consegue... pesquisando.

A importância da pesquisa é reconhecida também, pelos órgãos governamentais. No Brasil, por exemplo, na esfera nacional, existem entidades como a CAPES2 (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o CNPq3 (Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Técnico), que financiam projetos de pesquisa.

O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas, mediante o emprego de procedimentos científicos. Assim sendo, podemos entender pesquisa, como

2 CAPES - http://www.capes.gov.br/

3 CNPQ - http://www.cnpq.br/

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sendo um processo4 que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social.

Realidade social é entendida em sentido bastante amplo, envolvendo todos os aspectos

relativos ao homem em seus múltiplos relacionamentos com outros homens e instituições sociais. Assim, o conceito de pesquisa aqui adotado, aplica-se às investigações realizadas no âmbito das mais diversas ciências, tais como: Educação, Pedagogia, Magistério, Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Psicologia, Economia, Administração etc.

Quanto a sua Atuação, a Pesquisa se Classifica em:

A pesquisa social pode decorrer de razões de ordem intelectual, quando baseada no desejo5 de conhecer pela simples satisfação para agir. Daí porque se pode falar em pesquisa pura e pesquisa aplicada.

CONHEÇA MAIS E REFLITA!

SABBATINI, Renato. Disponível em: http://www.epub.org.br/correio/ciencia/cp990110.htm.

A pesquisa pura: busca o progresso da ciência, procura desenvolver os

conhecimentos científicos, sem a preocupação direta com suas aplicações e conseqüências práticas. Seu desenvolvimento tende a ser bastante formalizado, objetivando a generalização, com vistas à. construção de teorias e leis.

A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta Responsabilidade Social. Para conferir alguns exemplos, de Projetos Sociais consultem os sites http: www.ethos.org.br e http.www.aucuba.org.br.

A pesquisa aplicada apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento, todavia, tem como característica fundamental, o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos. Sua preocupação está menos voltada par o desenvolvimento de teorias de valor universal, do que para a aplicação imediata numa realidade circunstancial. De modo geral é este o tipo de pesquisa a que mais se dedicam os educadores, pedagogos, psicólogos, economistas, assistentes sociais, dentre outros pesquisadores sociais.

NOTA: Abordagem mais detalhada sobre PESQUISA NA seção quatro – (4)

4 Ato de proceder, de ir por diante, seguimento, curso, marcha. Maneira pela qual se realiza uma

atividade/operação, segundo determinadas normas, métodos e técnicas. 5 Ato ou efeito de desejar; vontade de possuir; anseio; aspiração; cobiça; ambição.

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EM RESUMO: podemos dizer, pois, que a pesquisa está presente nas ações relacionadas a

seguir.

PARA CONCLUIR

O valor de uma pesquisa, no sentido da continuidade e avanço de

uma área de conhecimento, é inestimável. Não podemos tratá-la com indiferença, menosprezo ou pouco caso. Se pretendermos entender uma pesquisa em sua complexidade e importância, devemos analisar não apenas a abordagem ou a técnica em si, mas sim a postura filosófica e ideológica do pesquisador diante da realidade estudada.

O ATO DE ESTUDAR

Os cursos de graduação têm como um dos seus objetivos, desenvolver nos estudantes o espírito científico coletivo e a prática de trabalhos técnicos e consciência social. Entretanto, nada se conseguirá neste sentido, se os iniciantes em trabalhos acadêmicos não tiverem adquirido hábitos de estudo sistemáticos e eficientes, através da utilização de adequados métodos e técnicas de pesquisa.

Salomon (1994, p. 20), autoridade no assunto, declara:

Imaginamos o iniciante no trabalho científico como aquele que, implicando num processo de auto-desenvolvimento, vai paulatinamente se transformando: terá que ser antes estudioso para, em seguida, tornar-se trabalhador intelectual, pesquisador e, finalmente, autor. Essas fases, claro, não se excluem nem cessam [...], completam-se e se superpõem a partir de determinado momento de cada uma.

Desse modo, a primeira etapa que o aluno precisa vencer para se tornar um estudioso é conhecer e utilizar procedimentos que facilitem os seus estudos. Completando tal observação, Severino (1994) adverte que o ensino superior exige dos universitários:

NO PROCESSO INTELECTUAL DE UM INDIVÍDUO

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a) autonomia no processo de aprendizagem e postura de auto-atividade didática rigorosa, crítica e criativa;

b) projeto de trabalho intelectual individualizado, apoiado em material didático e científico que se constitui, basicamente, na bibliografia especializada;

c) isso nos leva à questão da formação da biblioteca pessoal dos estudantes.

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2 O CONHECIMENTO

MOMENTO DE REFLEXÃO: Você já havia pensado o quanto faz Ciência sem se perceber?

2.1 A Ciência A CIENCIA, como fenômeno humano, é tão antiga como o próprio homem. Porém, desde

os seus primórdios até bem recente predominavam a especulação, a intuição e as invenções acidentais. Ele, o homem, conhecia por ensaio e erro essas circunstâncias problemáticas e adversas. O termo Ciência tem sua origem no latino scientia, que se traduz como conhecimento,

saber, arte, habilidade, ser capaz de. É um conjunto de atividades metódicas. É o conjunto de conhecimentos racionais, provisórios, obtidos metodicamente, sistematizados, verificáveis, expressos lógica e dedutivamente justificados por outros enunciados, para explicar, descrever e prever a realidade dos fenômenos. A Ciência não é um saber absoluto e sim relativo às circunstâncias em que foi verificado. Como é possível acompanhar no esquema ao lado, Ciência é ao mesmo tempo:

DICA: Para um maior aprofundamento sobre a

definição do que seja Ciência, assim como sua história, vale conferir o artigo de Silvio Chibeni disponibilizado na Internet através do site: http://www.unicamp.br/~chibeni/texdid/ciencia.doc Segundo Koche (1999), o que leva o homem a produzir ciência é a busca por respostas dos problemas que levam à compreensão de si e do mundo em que vive. Assim, com base nas palavras de Koche, pode-s dizer que o motivo básico da ciência é a curiosidade intelectual e a necessidade que o homem tem de comprender-se e também o mundo em vive. Dessa maneira, o papel das ciencias é:

1. Aumentar e melhorar o conhecimento da realidade; 2. Descobrir novos fatos e fenômenos; 3. Explicar os fenômenos misteriosos e falsos milagres, como, por exemplo, a

levitação; 4. Melhorar a qualidade de vida do homem, como por exemplo, suprimir fome,

diminuir o sofrimento, eliminar a doença, facilitar o trabalho com inovação tecnológicas, dentre outras formas; e

O homem surgiu, evoluiu e vive na circunstância que lhe é adversa e hostil. Precisa conhecer, descrever, explicar e prever os fenômenos para controlar a

natureza e interpretar sua circunstância, a ela melhor se adaptar e nela melhor viver. Quando faz isso, está fazendo Ciência.

Marco Antônio Chaves de Almeida

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5. Estabelecer controle sobre o ambiente físico, o homem, osa animais e vegetais.

A ciência baseia-se no conhecimento cientifico, portanto, objetivo. No entanto, é preciso entender que existem áreas do conhecimento que não são objetivas, mas são racionais, sistemáticas e verificáveis, como é caso da lógica formal, e da matemática. Assim diz-se que, a ciência é divida em duas grandes divisões ou classificações, segundo estudiosos, que considerando seus métodos e critérios separou-as em

1. Ciências Formais : Não abordam,objetos empíricos, de coisas, nem de processos. Preocupam-se com coisas abstratas, símbolos que só existem na mente humana, como os números, por exemplo. Eles existem no nosso cérebro, no plano conceitual. São também chamadas de ciências formais e não-empíricas, pois comprovam suas proposições sem recorrer á experimentação (você viu que esse é o caso da lógica e da matemática).

2. Ciências Fáticas: São “materiais, seus método é a observação e a experimentação, e seu critério de verdade é a verificação”(ASTI VERA, 1974, p.12) São também chamadas de ciências empíricas, pois se dedicam à comprovação e verificação dos fatos e acontecimentos do mundo que nos rodeia. Empregam, portanto, símbolos interpretados. As ciências fáticas estão classificadas em:

Ciências naturais: como a física, química, biologia;

Ciências sociais: como sociologia, ciência política, direito, economia, história.

CONHECIMENTO: é todo conteúdo psicológico adquirido pela aprendizagem e pela elaboração interior dos dados adquiridos. Desta forma, podemos entender que o conhecimento é o pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. O homem se distingue como diferente dos outros seres, exatamente pela capacidade elaborativa de conhecer. O homem se distingue como diferente dos outros seres, exatamente pela capacidade elaborativa de conhecer. Diferentemente de outros animais, o homem é o único ser que

possui razão, ou seja, o homem tem a faculdade de avaliar, julgar, ponderar idéias universais, estabelecer relações lógicas de conhecer, de compreender, de raciocinar, tendo também, a capacidade de relacionar e ir além da realidade imediata. DICA: Sobre o conceito de conhecimento seria válido consultar outras obras sobre o tema, especialmente nas áreas de Filosofia e Metodologia da Pesquisa. Veja alguns bons exemplos: ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. 3. ed. São Paulo: Mestre, 1982. CERVO, A. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Makron. LAKATOS, E.; MARCONI, M. Metodologia da Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1983.

Assim sendo, o homem é o único ser que supera a sua animalidade com a racionalidade.

O processo de conhecer se manifesta de maneira tão natural que em alguns momentos nem nos damos conta de sua complexidade. Desde cedo, nossos pais e professores nos

mostram a necessidade de aprender e conhecer o mundo e, mais tarde, da necessidade de

Ainda que algumas vezes essa animalidade fale mais alto, conduzindo-o cometer atos impensados e

absurdos a qualquer lógica racional.

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autoconhecimento. Neste interessante processo de muita complexidade, somos inseridos

na “engrenagem” do conhecimento do mundo considerado real, sem então entendermos claramente o real significado de CONHECER. O ser humano em geral, valendo-se de suas capacidades, manifesta o desejo de conhecer o mundo em que se encontra inserido. Ao longo dos séculos, vem desenvolvendo

sistematicamente a elaboração de mecanismos de aprendizagem que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento humano. Pela observação, o ser humano apreende inúmeras quantidades de conhecimentos, principalmente pelos sentidos, recebe e interpreta as informações do mundo a sua volta. Desde seu nascimento, o ser humano depara-se com inúmeras crenças que abordam a existência de Deus, que, talvez, exista vida além da morte, bem como, dos seus deveres e obrigações para com o próximo. DICA: Se quiser visitar um site interessante sobre ciência, vale a pena conhecer o do Museu

Interativo de Ciência e Tecnologia – em Portugal. Confira: http://www.pavconhecimento.mct.pt/pavilhao/5

MOMENTO DE REFLEXÃO: Uma das grandes funções da Educação seria a de permitir ao educando, através do trabalho de formação, uma consciência critica um novo olhar sobre a realidade. O que você pensa sobre isso? Não deixe de registrar suas idéias. Analisando esse conjunto de conhecimentos, deparamos com pessoas que privilegiam suas crenças religiosas em relação a qualquer outro conhecimento. Da autoridade dos pais,

professores, governantes, líderes entre outros, deriva outra forma de conhecimento à medida que segmentos da população lhes conferem credibilidade e esses conhecimentos são tidos como verdadeiros. Também os filósofos proporcionam importantes elementos para o entendimento do mundo. Porém, à medida que interagimos na relação com o mundo, com os inúmeros campos e formas de conhecimento, entramos num emaranhado de conceitos. DICA: No livro “Como Produzir uma Monografia Passo a Passo” de Arduini e Larosa (2003)

você irá aprofundar essa questão através do estudo em seu Capítulo II. PONTO DE CULTURA: Para alguns filósofos, dentre os quais podemos destacar Sócrates,

o autoconhecimento é um dos grandes desafios do ser humano. Certamente, você já ouviu a máxima socrática: “Conhece-te a ti mesmo!” Mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do real, onde se dá o conhecimento, faz-se necessário um estudo sobre a diversificação das formas de conhecimento em: intuitivo, empírico, filosófico, teológico e científico. DICA: Dedique especial atenção aos diferentes tipos de conhecimento assinalados, pois este assunto será essencial para compreender de uma forma mais ampla o que seja Ciência.

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2.2 TIPOS DE CONHECIMENTO:

2.2.1 CONHECIMENTO INTUITIVO

Intuir tem como significado, ver, perceber. A intuição é uma modalidade de conhecimento que, pela característica de alcançar o objeto sem “meio” ou intermediários

das comparações, assemelha-se ao fenômeno do conhecimento sensorial, especialmente da visão. A intuição sensorial é evidente, em razão de que os sentidos não analisam, não comparam e não julgam, o conhecimento que se tem, por exemplo, da temperatura da água de uma vasilha em temperatura ambiente, surge no instante em que se a toca com a mão; um outro exemplo é a emoção do prazer que se experimenta, é um dado de experiência interna apreendido imediatamente. Sendo uma característica do ser humano tomar conhecimento do mundo exterior de diversas maneiras, evidenciada primeiramente pelos órgãos dos sentidos, que têm a função de transmitir ao cérebro a existência dos objetos por algumas de suas qualidades, a percepção de um objeto ocorre a partir das sensações causadas pelas suas qualidades. É o experimentar, o sentir, que caracteriza a sensação e a faz diferenciar de outros fenômenos naturais, sendo imediata e exclusivamente um fato de consciência.

A percepção, cujo objeto passa para a mente sem necessidade de um conhecimento prévio, tem sua origem na experimentação e no sentir mediante as sensações transmitidas pelos órgãos dos sentidos: visão, audição, tato, gustação e olfato; este processo é denominado conhecimento intuitivo sensorial.

CURIOSIDADES: Concedendo grande importância ao conhecimento intuitivo, Bertrand

Russel defendia que todo conhecimento de verdades passaria pelo mesmo. Confira outros detalhes no Site: http://filosofiaeeducacao.no.sapo.pt/brussellprobfil10.html A palavra saber vem do latim sapere que também significa sabor. Portanto, aprender algo

pode muito bem ser comparado como saborear algo, destaca Rubem Alves. Entretanto, o conhecimento intuitivo sensorial não se realiza exclusivamente pela

experiência de fenômenos externos, visto que existe uma outra experiência interna, a qual denominamos de reflexão, que pode ser entendida como a ação de examinar o conteúdo

por meio do entendimento, da razão. A experiência externa utiliza os órgãos dos sentidos para a apreensão do objeto. A experiência interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiência externa.

Exemplificando, podemos pela visão e audição distinguir a cor vermelha da cor azul, mediante uma experiência externa e, valendo-nos da experiência interna, podemos afirmar que o vermelho é diferente do azul. TAREFA: Elabore uma lista de outros tipos de aprendizados advindos do conhecimento intuitivo.

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2.2.2 CONHECIMENTO EMPÍRICO Também conhecido como conhecimento vulgar6 (o vulgo7), é o modo comum, espontâneo e antecedido da crítica do conhecer. O conhecimento empírico é o conhecimento popular. Todo ser humano, no transcurso de sua existência, vai acumulando conhecimentos daquilo que viu, ouviu, provou, cheirou e pegou; vai acumulando vivências, vai interiorizando as tradições da cultura da comunidade.

Na verdade, estas experiências que não atendem critérios e sistemas são ingênuas por sua visão global e, sobretudo, desprovidas de críticas e demonstrações, porém oferecem informações de tradições, dispensando as análises de credenciais de testemunhos, embasando-se nos fundamentos das crenças tradicionais de uma comunidade. O conhecimento das coisas ocorre superficialmente, seja por informação ou experiência casual8.

DICA: Procure ler mais, buscando se aprofundar sobre o tema. Um site que poderá ajudá-lo nesse sentido é: http://geocities.yahoo.com.br/ momentoscomjesus/conhecimento.htm ATENÇÃO: Para os empiristas não existe conhecimento a priori9, sendo a única fonte de conhecimento a experiência sensorial. EXERCÍCIO: Destaque situações aprendidas através do conhecimento do tipo empírico. 2.2.3 CONHECIMENTO FILOSÓFICO

A palavra filosofia tem sido empregada com significados muito diferentes entre si. Por isto, convém que seja definido precisamente, o sentido com o qual ela está sendo usada em nosso trabalho. Desta forma, o significado etimológico10 rigoroso da palavra de origem grega; quer dizer “amor ao conhecimento.” Os antigos gregos chamavam de “filósofos” aqueles homens mais sábios, que apresentavam as explicações mais razoáveis na sua época para os mistérios da natureza,

do pensamento, do universo. Em nosso trabalho, filosofia será sempre entendida com significado de uma concepção global da natureza, da sociedade, do pensamento, do universo, ou seja, uma concepção do mundo, da qual decorre uma determinada forma de conduta. APROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS Para ter acesso a uma leitura facilitada sobre o tema leia a obra CORDI et al. Para Filosofar. São Paulo: Scipione, 1996.

Para você que deseja uma leitura mais aprofundada do tema é recomendável a leitura do artigo de Ewing: “O que é Filosofia e Porque vale a pena estudá-la?” disponibilizado através do site:

6 Relativo ou pertencente ao vulgo, comum, ordinário, trivial, usual.

7 O povo, a plebe; o comum dos homens; a pluralidade das pessoas.

8 Que depende do acaso; fortuito, acidental, eventual.

9 Diz-se de conhecimento admitido provisoriamente, ainda não suficientemente justificado, sendo

incerto se o virá a ser. 10

Diz-se do modo como as palavras são estudadas, de sua história e das possíveis mudanças de seu significado.

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http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/ewing.htm De um modo geral, como aponta Thomas Nagel (1997) a filosofia é diferente da ciência e da matemática. Ao contrário da ciência, não assenta em experimentações nem na observação, mas apenas no pensamento. E ao contrário da matemática não tem métodos formais de prova. A filosofia faz-se colocando questões, argumentando, ensaiando idéias e pensando em argumentos possíveis contra elas e, procurando saber como funcionam realmente os nossos conceitos. Confira o site seguinte para maiores detalhes: http://www.criticanarede.com/fa_1excerto.html Desta forma ficou implícito em sua definição, que a filosofia tem como objeto o universo, a

natureza, a vida, o pensamento, o homem, o próprio conhecimento, enfim, tudo que existe, suas causas e o seu desenvolvimento. O campo da filosofia ultrapassa o campo de todas as ciências. Sua dimensão totalizadora abarca todas as ciências sem, contudo, pretender substituí-las no estudo particular de seus objetos específicos. Filosofia não se confunde com devaneios sobre fantasias. Filosofia questiona problemas reais, usa princípios racionais, procede de acordo com as leis formais do pensamento, tem

método próprio, predominantemente dedutivo, nas suas colocações críticas. 2.2.4 CONHECIMENTO TEOLÓGICO

O conhecimento teológico ou místico se detém na pesquisa dos fatos ou da análise dos

conteúdos dos dogmas à procura de evidência, como cita São Tomás de Aquino. “Na verdade, o filósofo tira seu argumento das próprias causas das coisas, enquanto que o fiel o toma da causa primeira, a saber, porque assim foi divinamente revelado”. Esse fundamento do conhecimento teológico leva o fiel a aceitar como verdade incontestável o dogma11 da fé. As verdades do conhecimento teológico estão dispostas nos textos bíblicos, que

traduzem a palavra de Deus, isto é, a comunicação da verdade que Deus tem em sua mente e comunica aos homens através da Bíblia ou do Alcorão, por exemplo. Transcrevemos, do livro Metodologia Científica, de autoria de João Álvaro Ruiz, os passos do conhecimento teológico:

-Deus existe; -Deus tem ciência infinita; -Deus tem poder infinito e, portanto, tem o poder de se comunicar com os homens, fazendo-os participantes de seus próprios conhecimentos; -Entre as diversas maneiras de se comunicar com os homens poderia escolher a revelação direta a cada um, ou então, a revelação direta a alguns profetas e hagiógrafos [autor que conta a vida dos santos] que se comunicariam depois com outros homens, falando e escrevendo sob inspiração divina; -Deus falou de fato aos profetas, pelos profetas, a todo o seu povo e pelo seu Filho Jesus Cristo a toda a Humanidade; -O que Deus falou, ou parte do que Deus falou, está escrito nos textos das escrituras sagradas do antigo e novo testamentos vulgarmente denominados Bíblia; -Os textos bíblicos são autênticos, não foram adulterados, e são suficientemente claros e explícitos para que possamos entender hoje quanto foi escrito a dois, quatro ou mais milênios;

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Ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa, e, por extensão, de qualquer doutrina (conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, político, filosófico, científico, etc.) ou sistema.

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-Se tudo o que está na Bíblia encerra a própria ciência divina comunicada por Deus aos homens; se Deus merece todo crédito e exige que os homens revelem sua palavra, que não se procure a evidência dos conteúdos da revelação divina, mas que se aceite o dogma “porque assim foi divinamente revelado. (João Álvaro Ruiz, 1980).

Este esquema citado melhor caracteriza a estrutura do conhecimento teológico que tem por aceitação, a verdade incontestável dos dogmas de Deus. O conhecimento teológico supõe e exige a autoridade divina. Neste conhecimento, fundamenta-se a autoridade de Deus e só a ela atende. A teologia não demonstra o dogma, clama para a autoridade divina que o revelou e exige fé. A teologia mostra a existência e a necessidade de uma especial iluminação divina denominada “graça sobrenatural da fé” para que o fiel consiga conhecer a verdade divina da revelação. A fonte e o objeto de estudos da teologia são os livros sagrados. A ciência, nascida da razão, só admite o que foi provado, na exata medida em que se podem comprovar experimentalmente, promovendo desta forma, o conhecimento, a partir

da evidência dos fatos. Já o conhecimento teológico exige a fé que brota do desejo e da submissão, a partir da autoridade magisterial12 de Deus. O conhecimento revelado – relativo a Deus – aceito pela fé teológica constitui o conhecimento teológico. É aquele conjunto de verdades a que os homens chegaram com

o auxílio de sua inteligência, mas mediante a aceitação dos dados da revelação divina. DICA: Confira mais informações sobre esse ponto, através do artigo de Eli matos disponibilizado no site http://www.sapereaudare.hpg.ig.com.br/antropologia/texto02.html

2.2.5 CONHECIMENTO CIENTÍFICO

O conhecimento científico está voltado para as causas, conseqüências e constituições dos fenômenos, desta forma, atingido pela capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar; de induzir ou aplicar leis, de predizer com significativa e em alguns fenômenos com absoluta margem de segurança, eventos futuros. O homem é tendencioso a procurar explicações válidas, questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes; e destas “inquietudes” surge a ciência. E é este dinamismo questionador peculiar ao espírito humano, percebido desde tenra idade, onde os “por quês”, muitas das vezes nos deixam embaraçados, que a busca do conhecimento se faz, de tal sorte, que a espécie humana se depara com as constantes inovações científicas. Citaremos algumas características do conhecimento científico:

• explica os fenômenos; • é privilégio de especialistas; • é programado, sistemático e metódico; • é crítico, rigoroso e objetivo; • se consolida na certeza das leis demonstradas; • procura as relações entre os componentes do fenômeno para enunciar as leis gerais e constantes que regem estas relações; • justifica e demonstra os motivos e fundamentos de sua certeza; • estabelece leis válidas para todos os casos da mesma espécie que venham a ocorrer nas mesmas condições; • resulta de um processo complexo de análise e de síntese;

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Na Igreja Católica, exercício da autoridade de ensinar.

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• fundamenta-se na objetividade e evidência dos fatos. IMPORTANTE: Atente para cada uma dessas características. Certamente você as utilizará no desenvolvimento de seus trabalhos acadêmicos, como a monografia que irá elaborar. DICA: Confira o site http://geocities.yahoo.com.br/ricardost4/queeaciencia.htm e leia mais

sobre o tema. O TRINÔMIO: VERDADE – EVIDÊNCIA – CERTEZA

Grande parte do conhecimento é um enigma, estando o homem provido de algumas limitações diante da realidade que pretende conhecer e dominar. Dois questionamentos se evidenciam em busca da verdade dos fatos ou fenômenos: O

que é a verdade? O homem pode conhecer a verdade? Vamos ilustrar as perguntas acima, com o texto do Prof. Hilton Japiassu, extraído do seu livro Questões Epistemológicas:

“Do ponto de vista epistemológico, nenhum ramo do saber possui a verdade. Esta não se deixa aprisionar por nenhuma construção intelectual. Uma verdade possuída não passa de uma ilusão ou de um saber mumificado. Face à verdade, devemos padecer de profunda insegurança. É preciso que morra a ilusão do Porto Seguro. Porque é uma ilusão tétrica. Revela uma neurose geométrica. Ao invés de vivermos das evidências e das teorias certas, como se fôssemos proprietários da verdade, precisamos viver de aproximações da certeza e da verdade. Porque somos seus pesquisadores, e não seus defensores. A este respeito torna-se imprescindível uma opção crítica. Esta só pode surgir da incerteza das teorias estudadas. Se estas já fossem certas, não haveria possibilidade de se fazer uma opção. Por isso, creio ser um atentado contra o processo de maturação intelectual toda tentativa de se ministrar ou transmitir “a” verdade. O que precisamos fazer é relativizar as produções intelectuais e os produtores de conhecimento. Vejo como algo de extremamente saudável, fonte de saúde mental e intelectual, o gosto amargo das incertezas e a dor íntima do desamparo face a posturas intelectuais relativizadas, incapazes de se ancorarem em parâmetros absolutos. Quem, do ponto de vista do saber, só pode andar de corrimão ou amparado por muletas, está despreparado para a vida. A angústia da incerteza, o sentir-se perdido e a descoberta tão decepcionante de que nossas verdades não são a verdade, constituem parte essencial da processualidade de nossa razão, e devem acompanhar-nos até o túmulo. A processualidade do saber, quer científico quer filosófico, de forma alguma vem denegrir a ciência e a filosofia. Pelo contrário, vem reconhecer seu verdadeiro estatuto. Só se sentem denegridos os cientistas e filósofos obtusos e dogmáticos. Porque, no fundo, não querem ver morrer seus ídolos. E tudo isso nada tem a ver com cienticismo. O cético simplesmente não acredita na possibilidade de conhecimento. Aqui se trata apenas de revelar os limites do conhecimento, nunca de negar sua possibilidade. Se o conhecimento é uma miséria ordinária, ainda assim vale como miséria. A paranóia começa quando nele se vê o reino da abundância.” (JAPIASSU, 1975, p. 35).

Entendemos que qualquer que seja a forma do conhecimento – intuitivo, científico, teológico, filosófico ou empírico – possuem os mesmos propósitos e objetivos, ou seja, alcançar a

“verdade” sobre o ser humano e o universo em toda sua complexidade. O estudo da VERDADE se traduz na relação de conformidade do pensamento humano com seu objeto de conhecimento. Outros estudiosos sobre a VERDADE evidenciam teorias

diferentes, alegando que caso não seja possível ao espírito humano atingir a verdade, e entendendo-se que esta afirmativa é verdadeira, conseqüentemente a verdade existe, ou caso esta afirmativa não corresponda à verdade, sua negativa nos remete à idéia de que a verdade existe. Porém, buscando uma posição de “neutralidade”, diante dos posicionamentos divergentes sobre a existência ou não da verdade, optamos por entender que as realidades em si mesmas não são adequadamente verdadeiras nem falsas, pois, cada realidade é o que ela

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é em verdade, uma vez que entendemos que a verdade se realiza no ato do julgamento da mente a respeito das realidades. Assim, quando falamos a verdade, isto significa comunicar por palavras a verdade que se tem na mente. Não falar a verdade significa comunicar algo diferente daquilo que de fato,

se tem na mente. O ser humano superficial intenciona que as coisas sejam como ele as pensa; o espírito

bem formado é mais nobre, mais centrado, adequado e absolutamente modesto; tendo como intenção, o pensamento das coisas como elas são. A modéstia do homem de ciência decorre da consciência do fato de ser limitada a capacidade da mente humana para atingir o real. Não é dado à mente humana, exaurir, buscar a finitude da inteligibilidade do

real. A evidência do conhecimento se traduz pela manifestação clara, transparente e desvelada do objeto a ser provado, certo e demonstrado. A evidência é um critério da verdade. A

certeza é a adesão firme de uma verdade, sem engano e está fundamentada na evidência do conhecimento. Quando não houver evidência ou manifestação suficiente do objeto, o sujeito encontrar-se-á diante da: Vale enfatizar que o caminho científico é uma das formas que o homem encontrou para se

chegar à verdade. Existem igualmente outros caminhos a se pensar. A ciência é uma construção humana e, portanto, também falível. Podendo inclusive ser utilizada a partir de determinadas ideologias. A ausência de conhecimentos pode ser:

vencível............... quando pode ser superada; invencível.............quando não pode ser superada; culpável................quando há obrigação de fazê-la desaparecer; desculpável..........quando não há obrigação de fazê-la desaparecer. QUALIDADES DECISIVAS PARA DESENCADEAR A VERDADEIRA PESQUISA

a) Atitude ou disposição subjetiva do pesquisador que busca soluções sérias, com métodos adequados, para o problema de pesquisa que irá se deparar;

b) O espírito científico, na prática, traduz-se por uma mente crítica, objetiva e racional;

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IMPORTANTE: A objetividade é uma característica básica da ciência. O que vale não é o

que o cientista imagina ou pensa, mas sim o que realmente existe. A objetividade do espírito científico não aceita soluções parciais ou pessoais – o “eu acho...”, ou “penso ser assim...”; não satisfazem à objetividade do saber científico. QUALIDADES DO ESPÍRITO CIENTÍFICO

VIRTUDE INTELECTUAL – senso de observação, gosto pela precisão e pelas idéias

claras. Imaginação ousada, mas regida pela necessidade da prova. CURIOSIDADE - leva o sujeito a aprofundar os problemas na sagacidade e poder de

discernimento. HUMILDADE – moralmente o espírito científico assume a atitude de humildade e de

reconhecimento de suas limitações, das possibilidades de certos erros e acertos e enganos.

IMPARCIALIDADE – o espírito científico é imparcial. Não torce os fatos. Respeita escrupulosamente os fatos.

EVITA O PLÁGIO – não colhe como seu o que os outros já plantaram. CORAGEM – enfrenta os obstáculos e perigos que uma pesquisa possa oferecer. NÃO É ACOMODADO – a honestidade do cientista está relacionada, unicamente,

com a verdade dos fatos que investiga. DICA: Tais qualidades podem ser traduzidas como ferramentas que deverão ser empregadas por você na elaboração de seu trabalho monográfico ou qualquer outro tipo de trabalho científico que pretenda desenvolver. PARE E REFLITA: Quais dentre as qualidades citadas você considera mais difíceis? Que

outra qualidade você julga ser importante para os que desejam cultivar um espírito científico?

3 A PRÁTICA DA LEITURA

a) considerações essenciais

"Na escola, praga mesmo é o professor que não lê. Quem não lê não sabe o que está perdendo, e portanto não tem por que aconselhar ou criar oportunidades para que outros leiam." (Sírio Possenti – Educador).

A ação leitora e escrevente

Em educação, um dos temas importantes atualmente, para o cidadão é a dificuldade que gira em torno do exercício da prática da leitura, e da escrita e da oralidade na construção textual, razão pela qual os textos abaixo apresentados têm como objetivo o reconhecimento dos eventuais problemas decorrentes da aquisição e uso da linguagem seja na fala ou na escrita. Haja vista que, o cidadão, leitor e escrevente que trabalha nas mais variadas situações da linguagem, deverá buscar atualizações constantes de acordo com as novas tecnologias, para que de posse de novos conhecimentos proporcione maneiras de desenvolver habilidades e de adequar-se diante de situações diversas que envolvam o uso da linguagem falada e escrita como interação social.

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Kock (2009. p.19) em seu ponto de vista sobre a oralidade, infere que na situação discursiva, ao se fazer “um gesto em qualquer direção, os interlocutores compartilham (...) uma vasta gama de conhecimentos relativos à situação comunicativa”, um processo de construção textual com base na linguagem falada que, inseri-se em situações momentâneas. No entanto, a autora também, lança um alerta que “o texto falado, por sua vez, emerge no próprio momento da interação” constituindo-se assim, de características próprias tais quais: Necessita ser planejada no local em que se realiza; replanejada a cada novo ato de fala, mas, difere da linguagem escrita, pois são duas modalidades diferentes de

uso da língua.

b) Ler

É uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com o aluno, principalmente após recentes pesquisas que apontam ser esta, uma das principais deficiências do estudante brasileiro. Não basta identificar as palavras, mas fazê-las ter

sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que for mais relevante.

c) Para tudo na vida deve existir organização e método.

Antes de iniciar uma leitura e, particularmente, antes de iniciar o período de treinamento, é importante observar as seguintes condições:

a) Ambiente sossegado ou que o discernimento do leitor considere mais adequado; b) Luz em posição correta, que não fira diretamente os olhos e venha, possivelmente,

da esquerda; c) Procurar ler sempre no mesmo local e no mesmo horário, isso ajuda a condicionar o

organismo;

d) Verificar se tem vista, audição e respiração normais.

d) Passos à LEITURA

a) Leitura exploratória — é a fase em que se deve prestar atenção à diretriz do pensamento do autor. Neste primeiro contato, dependendo das motivações da leitura, o leitor poderá levantar outros elementos que possam esclarecer mais a leitura.

Nessa primeira leitura corrida não convém resumir nem sublinhar as ideias chave. Todavia, é possível elaborar um modo sucinto, um esquema das grandes partes do texto, de preferência dos três momentos da relação: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, que expressam a estrutura lógica do pensamento do autor. O esquema para visualizar o texto de modo global.

Poderá procurar dados sobre a vida e obra do autor, sobre o momento histórico que ele viveu, sobre as influências que recebeu e até mesmo se elucidar sobre o vocabulário que ele usa. b) Leitura analítica — é a fase do exame do texto ou, como diz Paulo Freire, fase "da relação dialógica com o autor do texto, cujo mediador não é o texto considerado formalmente, mas o tema, ou os temas nele tratados".

Nesta etapa é necessário deixar o autor falar para tentar perceber o quê e como ele apresenta o assunto. Quando estamos atentos ao texto, geralmente surge na mente um conjunto de perguntas, cujas respostas revelam o sentido e o conteúdo da mensagem. Exemplo de perguntas:

1. De que fala o texto? 2. Como está problematizado? 3. Qual o fio condutor da explanação? 4. Que tipo de raciocínio ele segue na argumentação? Todavia, é necessário lembrar que a idéia central defendida pelo autor só pode tomar

corpo associada a outras idéias que são chamadas de secundárias em

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relação à principal. Mas como trabalhar nesta fase da leitura? A partir de unidades bem determinadas (parágrafos), tendo sempre à frente o tema-

problema, que é o fio condutor de todo o texto. Neste trabalho de análise o texto é subdividido refazendo toda a linha de raciocínio do autor. Para deixar às claras a idéia central e as idéias secundárias do texto é fundamental a técnica de sublinhar. Como:

1 - Nunca sublinhar na primeira leitura. 2 - Só sublinhar as idéias principais e os pormenores significativos. 3 - Elaborar um código a fim de estabelecer sinais que indiquem o seu modo pessoal

de apreender a leitura. Ex.: um sinal de interrogação face aos pontos obscuros do parágrafo; um retângulo para colocar em destaque as palavras- chave. 4 – Reconstruir o texto a partir das palavras sublinhadas em cada parágrafo.

A leitura analítica serve de base para a elaboração do resumo ou síntese do livro. Convém lembrar que o resumo não é uma redução de idéias apreendidas nos parágrafos, mas é fundamentalmente a síntese das idéias do pensamento do autor.

c) Leitura interpretativa — o ato de compreender se afirma no processo da

interpretação, que afinal expressa a nossa capacidade de assimilação e crítica do texto. Nessa nova etapa de interpretação já não mais estamos apreendendo apenas

o fio condutor do raciocínio do autor como na leitura analítica. Estamos nos posicionando face ao que ele diz. Para isso precisamos muitas vezes de outras fontes de consulta. Elas deverão servir para ampliar a nossa visão sobre o assunto e o autor e deste modo servir de instrumento de avaliação do texto.

Este momento de crítica, momento de muita ponderação, exige uma consciência dos nossos pressupostos de análise diante dos pressupostos do autor. Se não houver distinção provavelmente haverá interferência na compreensão dos fundamentos básicos da mensagem.

Também é possível se estabelecer critérios de julgamento, como originalidade, nova contribuição à exploração do assunto, coerência interna, etc. Todavia, esta postura considerada objetiva pode estar tão presa à diretriz de uma escola que pode até mesmo impedir a autocrítica e nos induzir a uma postura crítica inadequada em relação ao assunto e ao autor.

O esforço de autocrítica nos permite perceber os limites da certeza da nossa interpretação como também possibilita prestar maior atenção aos argumentos apresentados pelo autor. Deste modo, ficamos sensíveis à demonstração da verdade e o exercício da sua busca se torna o sentido do nosso estudo e trabalho acadêmicos. d) Problematização — Para termos certeza da compreensão do que foi lido, nada mais indicativo do que o levantamento dos problemas do texto. Esse esforço nos faz rever todo o texto, dando-nos elementos para a reflexão pessoal e debate em grupo.

3.1 TÉCNICAS DE LEITURA

Prosseguindo na temática sobre leitura, onde, dentre outras coisas, você aprendeu que existem procedimentos específicos para um estudo proveitoso, vamos agora abordar algumas técnicas de leitura, pré-requisitos para um estudo aprofundado. Galliano (1986) nos lembra que toda leitura é feita com um propósito, que pode ser a

investigação, a crítica, a comparação, a verificação, a ampliação ou integração do conhecimento. Para atingir esses propósitos devemos identificar as idéias principais do

autor. Ocorre que poderemos estar lendo um artigo, um livro, um capítulo de livro, ou mesmo um simples parágrafo. Mandam os especialistas que se proceda, inicialmente, a uma leitura integral do texto e se determine a unidade de leitura a ser estudada. Para se estabelecer a unidade de leitura, é preciso entender que a unidade é uma parte do texto que apresenta uma totalidade de sentido. O texto fica, assim, dividido em etapas que vão sendo sucessivamente estudadas. É um estudo analítico, findo o qual o leitor refaz o sentido total do livro, sintetizando-o.

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Em algumas ocasiões, a idéia principal está explícita e é facilmente identificada. Em outras, ela se confunde com as idéias secundárias. Salomon (1994) lembra, que os elementos essenciais de uma oração são o sujeito e o predicado e que eles encerram a idéia principal. Quando se procura a idéia principal do autor em uma obra, usam-se outras técnicas, facilitadoras como a leitura: do sumário, dos títulos e subtítulos, do prefácio, da introdução, das orelhas da obra etc.

Destacamos a necessidade de identificar detalhes importantes, básicos para a idéia principal. Eles se manifestam através de fatos e exemplos que constituem argumentos ou

provas da idéia principal. Então: Como proceder ao encontrar as idéias principais? Como destacá-las no texto? Vejamos a seguir, as principais técnicas para conseguir as respostas das questões acima. Falaremos a seguir, das técnicas de sublinhar, esquematizar e resumir.

3.1.1 Técnicas de Sublinhar Sublinhar é sinônimo de pôr em relevo, destacar ou salientar. É um procedimento muito

usado pelos leitores. No entanto, exige cuidados para que possa ser útil. A primeira recomendação a ser feita é não sublinhar durante a primeira leitura. LEMBRETE: a utilização de marcadores de texto e canetas coloridas dificultam a

reprodução de material na xérox ou em determinados casos, até mesmo a leitura de outros interessados, no caso de você querer trabalhar o texto com outras pessoas (alunos, colegas de trabalho, colegas de faculdade etc.). É necessário que se tenha um primeiro contato com a unidade de leitura (primeira leitura) – parágrafo, capítulo etc. – fazendo-se alguns sinais à margem.

Na segunda leitura devemos buscar a idéia principal, os detalhes significativos, os conceitos, classificações etc. que deverão ser então sublinhados. Ao fazer a segunda leitura, sublinhe o que for relevante para os propósitos do seu estudo, fazendo-o de maneira, que ao reler o que foi destacado a idéia principal esteja correta. Em resumo, ao fazer a segunda leitura, sublinhe o que for relevante para os propósitos de seu estudo, fazendo-o de maneira que ao reler o que foi destacado a idéia principal esteja

correta. LEMBRETE: A idéia principal se refere à idéia chave do texto, o foco do estudo, o ponto

central trabalhado pelo autor.

3.2 AS FORMAS DE REGISTRO DA PRODUÇÃO CIENTIFÍCA 3.2.1 Fichamento O Fichamento é uma parte importante na organização para efetivação da pesquisa de documentos. Ele permite um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho.

COMO PROCURAR A IDÉIA PRINCIPAL NA UNIDADE DE LEITURA?

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Permitem aos estudantes guardar com exatidão dados coletados em diferentes fontes e que servirão para o seu estudo. É preferível o uso de fichas do que o uso de cadernos, devido às facilidades que elas oferecem para manipulação e arquivamento. Existem diferentes tipos de fichas, segundo os objetivos a que se destinam e que recebem diferentes denominações: Ficha Bibliográfica, de Citações, de Resumo e Analítica ( de Conteúdo). Elementos Constituintes das Fichas:

Titulo do Trabalho (1)

Seção primária do trabalho (2)

Seção secundária (2.1)

Seção terciária (2.2)

Comentários – o fichamento (3)

Local da obra (4)

a) Ficha Bibliográfica: É a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em

uma obra inteira ou parte dela. TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil.

São Paulo: Brasiliense, 1993, 151p. Educação da mulher: A perpetuação da injustiça (1)

História do Papel da Mulher na Sociedade (2) (2.1) ou (2.2)

Insere-se no campo do estudo da história e da Antropologia Social. A autora se utiliza de fontes secundárias, colhidas através de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasila partir do ano.... (3)

Local da obra: Faculdade do Maranhão – FAC AM (4)

b) Ficha de Citações: É a reprodução fiel das frases que se pretende usar

como citação na redação de determinado trabalho. Nesta ficha Deve conter mínimo de três citações.

Educação da mulher: A perpetuação da injustiça (1)

História do Papel da Mulher na Sociedade (2) (2.1) ou (2.2)

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993, 151p. “Uma das primeiras feministas do Brasil, Nisia Floresta , defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como a educação e a emancipação da mulher e a instauração da República”. (p.30). “Na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a alegação de defesa de honra.” (p.132)

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(3)

Local da obra: Faculdade do Maranhão – FAC AM (4)

c) Ficha de Resumo ou analítica ( conteúdo): É uma síntese das principais idéias contidas na obra. O pesquisador elabora esta síntese com suas próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra original. Faz-se nesta ficha um parafraseado dos comentários do autor com as do resumista.

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São

Paulo: Brasiliense, 1993, 151p.

Educação da mulher: A perpetuação da injustiça (1)

História do Papel da Mulher na Sociedade (2) (2.1) ou (2.2)

O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na sua própria vivência nos movimentos feministas, como um relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases histórica compreendidas entre Brasil Colônia (1500-1822), Império (1822-1889), República (1889-1930), Segunda República( 1964-1985), o ano de 1968, Ano Internacional da Mulher (1975), além de analisar a influência externa nos movimentos feministas no Brasil. Em cada um desses períodos é lembrado os nomes das mulheres que mais se sobressaíram e suas Atuações nas lutas pela libertação da mulher. A autora trabalha ainda assuntos como ........ (3)

Local da obra: Faculdade do Maranhão – FAC AM (4)

3.2.2 Resumo

É uma condensação do texto, apresenta as idéias essenciais e pode também trazer

a interpretação do leitor. Para elaborar o resumo devem ser usados os mesmos procedimentos indicados para sublinhar e para elaborar esquemas.

O objetivo do resumo é o de abreviar as ideias do autor, sem, contudo, a concisão de um esquema. Quando você considerar relevante faça transcrições de palavras do próprio autor, colocando-as entre aspas e o número da página entre parênteses. As observações e interpretações pessoais, bem como, as referências (bibliográficas), acompanham o resumo, sem prejudicar a fidelidade ao texto.

Ainda definindo resumo, Gonçalves (2005, p. 21) destaca que “Resumir significa apresentar, de forma concisa, os pontos relevantes de um documento, [...] reduzindo-o a seus elementos de maior importância”. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 6028/2003, aponta como sendo uma “apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento”.

A elaboração de resumos é de extrema importância na produção de textos técnico-científicos, pois é por meio desta atividade que o leitor registra suas impressões, sendo-lhe exigida a leitura do texto completo. Sua validade se efetiva pela produção de um texto

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sintético e claro, em que se destacam a natureza da pesquisa realizada, o objeto tratado, os objetivos visados, as referências teóricas que apoiaram a pesquisa, os procedimentos metodológicos adotados e as conclusões mais importantes. As observações e interpretações pessoais, bem como, as referências (bibliográficas), acompanham o resumo, sem prejudicar a fidelidade ao texto.

Com relação a sua essência os resumos são divididos em:

Resumos Descritivos;

Resumos Analíticos

Resumos Críticos a) Resumo crítico: redigido por especialistas com análise crítica de um documento,

também chamado de resenha; quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão. b) Resumo Descritivo: indica apenas os pontos principais do documento, não

apresentando dados qualitativos nem quantitativos. c) Resumo Analítico ou informativo: informa ao leitor as finalidades e a metodologia,

bem como os resultados e as conclusões a que o pesquisador chegou, dispensando consulta ao original. Destacam-se, ainda, algumas recomendações importantes para a redação de

resumo, no que se refere às regras gerais de apresentação conforme a ABNT NBR 6028:2003. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do trabalho, após, indicar a categoria do tratamento (estudo de caso, análise da situação etc.) Deve ser composto de uma sequência de frases concisas e afirmativas, compondo um único parágrafo. Deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados, e as conclusões do documento. O verbo deve ser usado na voz ativa e terceira pessoa do singular. Palavras-chave apenas com a inicial em maiúscula e separadas entre si por ponto.

O hábito de fazer resumos apresenta-se como uma excelente técnica de estudo, conduzindo o aluno/pesquisador à compreensão do texto lido, possibilitando conhecê-lo melhor e memorizá-lo. Percebe-se, dessa forma, que o resumo de texto é uma síntese das ideias principais, isto é, o extrato fiel das ideias do autor. De acordo com a ABNT NBR 6028:/2003, os tamanhos recomendados para os resumos são: de monografias e artigos até 250 palavras; de relatório técnico-científico, dissertação e tese, até 500 palavras e, de indicações breves, de cinquenta a 100 palavras. Para a publicação de trabalhos em eventos científicos ou trabalhos disciplinares, atentar para as recomendações e exigências do evento ou do orientador.

3.2.3 Resenha.

Trabalho elaborado por profissional que tenha domínio exaustivo da área, possibilitado a concisão e manifestações críticas da obra resenhada.

Representa a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica, resumo crítico, portanto mais abrangente que o resumo informativo, pois permite comentários e opiniões, inclui julgamentos de valores, comparações com outras obras da mesma área ou mesmo autor e avaliação da relevância da obra com relação às outras obras do mesmo gênero. Geralmente redigido por especialistas, a partir de análise crítica do documento.

Segundo Ferreira (1996), uma Resenha consiste na "apreciação [...] de um livro ou de um escrito". Esta ideia/frase pode ser analisada em partes, servindo de orientação para um melhor entendimento desta técnica.

Da palavra "apreciação", entende-se que o resenhista deve fazer uma análise, um exame e emitir um julgamento, uma opinião. Este duplo objetivo reforça a necessidade de

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proceder a um exame pormenorizado, investigativo e, pela análise, julgá-lo, avaliá-lo e posicionar-se sobre o objeto resenhado. Estes objetivos são solidários, reforçando a necessidade um do outro.

Na produção da resenha, deve-se evitar a construção de um texto superficial. Para tanto, deve-se escolher um ou outro aspecto mais relevante no texto em análise, investigando com mais ênfase apenas um dos pontos deste objeto, evitando a tentativa de dar conta de tudo. No entanto, sua escolha deve ser efetivamente sobre um ponto realmente importante do texto, como a tese do autor ou um de seus principais argumentos.

A última parte da frase acima, "de um livro ou de um escrito", significa que o leitor não pode jamais se esquecer do texto que serve de ponto de partida para a resenha, pois este se apresenta como a própria razão de ser da sua resenha. Para tal consecução, deve retomar sempre o texto, dialogando com o autor.

Apesar de nas resenhas haver um resumo do texto, este é apenas uma parte da resenha em que se recuperam as idéias centrais do autor, complementadas pela análise e julgamento do texto, não devendo ser confundidos com os resumos como expressos no tópico quatro. Por tudo o que foi dito, pode-se dizer que resenha é um tipo de texto em que há, concomitantemente, exigências de forma e de conteúdo.

3.2.3.1 Requisitos para uma Resenha

Para a elaboração de uma resenha, há a necessidade de se levar em consideração alguns requisitos básicos, segundo Salvador (1976 apud GONÇALVES, 2005, p. 40):

a) Conhecimento completo da obra [...]; b) Competência na matéria exposta no livro [...]; c) Capacidade juízo crítico [...]; d) Independência de juízo para ler, expor e julgar [...]; e) Correção e urbanidade [respeito à pessoa do autor] [...]; f) Fidelidade ao pensamento do autor [...].

3.2.3.2 Quanto aos Tipos Segundo Gonçalves (2005, p. 40) a “resenha pode ser puramente informativa,

quando apresenta apenas o conteúdo de um livro, denominando-se de resenha descritiva e crítica, quando se manifesta sobre o valor e o alcance de um livro analisado”.

Neste documento serão abordados dois tipos de resenha com as contribuições de Medeiros (2006, p. 157-174):

a) A Resenha Descritiva; b) A Resenha Crítica.

Para estes dois modelos, há as mesmas exigências quanto à forma e quanto ao conteúdo, diferenciando-se pela natureza do julgamento proferido sobre o texto. Conforme apresentado anteriormente, a resenha deve conter (a) um resumo em que são apresentadas as principais ideias do autor do texto, (b) uma análise que deve decompor pelo menos uma dessas idéias em suas partes constituintes e (c) um julgamento.

A decomposição de pelo menos uma dessas ideias em suas partes constituintes, que caracteriza a análise, é uma exigência para os dois tipos de resenhas aqui discutidas.

3.2.3.2 Estrutura

A resenha deve ser escrita em terceira pessoa, implicando em certa neutralidade, o que é limitado, porque na seleção e organização do texto já ocorre intenção de quem escreve.

Elementos de Identificação

Uma resenha deve conter os seguintes elementos: 1. Referência bibliográficas do texto a ser trabalhado;

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2. Credenciais do autor: informações gerais sobre a formação e a experiência do mesmo no assunto; 3. Resumo da obra (digesto): resumo das principais idéias contidas no texto e de que trata a obra. Características especiais se for o caso, como foi abordado o tema e se exige outros conhecimentos; 4. Conclusão do autor: existe conclusão ou não? Onde está? Quais foram as conclusões? 5. Crítica do resenhista: análise e julgamento da obra. Qual a contribuição da obra? As idéias são originais? Estilo? E a complementação abaixo.

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4 METODOLOGIA E A PESQUISA

4.1 O QUE É METOLOGIA O termo “metodologia” significa estudo do método. Todavia, dependendo de sua utilização, a palavra metodologia tem dois significados totalmente distintos:

1. Ramo da pedagogia, cuja preocupação é o estudo dos métodos mais adequado par a transmissão do conhecimento;

2. Ramo da metodologia cientifica e da pesquisa, que se preocupa do estudo analítico e critico dos métodos de investigação

Assim Metodologia é um conjunto de processos sistematizados para se construir o conhecimento. Logo, a METODOLOGIA DE PESQUISA tem como tarefa identificar e analisar os recursos metodológicos, assinalar suas limitações , explicitar seus pressupostos e as conseqüências de seu emprego. (VERA, 1999). 4.1.1 O MÉTODO CIENTIFICO: O Método representa um procedimento, ou melhor um

conjunto desses processos, que são necessários para alcançar os fins de uma investigação. É o procedimento geral. É o caminho percorrido em uma investigação. É ainda a forma de percorrer ao longo do caminho. Na ciência, os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de percorrer do cientista. O método científico se classifica em três tipos gerais, quando a abordagem das investigações, são eles:

1. Método Indutivo: parte da observação de alguns fenômenos de determinada classe para “todas” da mesma classe.

2. Método Dedutivo: parte da generalizações aceitas do todo, de leis abrangentes, para casos concretos, parte da classe que já se encontra na generalização.

3. Método Hipotético – dedutivo: parte de um problema através de tentativas, conjecturas, hipóteses, teorias.

4. Método Dialético -

4.1.2 Tipos de Metodologias

1. Metodologia para Pesquisa Bibliográficas ou Documental

Método utilizado (lingüística, análise de conteúdo, análise de discurso, dados qualitativos e quantitativos e outros) – estudo de conceitos;

Fase da documentação 9seleção de fontes primárias e secundárias);

Estratégias de critica externa e interna das fontes de dados;

Coleta de dados – Uma obra, 3 módulos a escolher.;

Tratamento e análise dos dados – os fichamentos;

Limitações do método – os resumos as citações e a montagem do Trabalho;

2. Metodologia Para Pesquisa Experimental ou Empírica

População e amostra;

Esquema da pesquisa (design);

Tratamento experimental;

Instrumento de medida;

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Coleta de dados;

Tratamento e análise dos dados;

Limitações do método.

4.2 A PESQUISA 4.2.1 Definições:

As considerações mais relevantes sobre o que é pesquisa, já foi visto no inicio desta apostila. Assim, neste tópico iremos nos ater nas especificações, funções e tipos de pesquisa.

A Pesquisa tem por finalidade conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem no mundo. Por isso, a pesquisa sempre inicia com uma interrogação, com uma grande pergunta que estimula seu início. Essa pergunta, explica FERRARI ( 1999), destina-se a duas finalidades mais amplas que a simples procura de respostas. Essas finalidades estão:

Vinculadas ao enriquecimento teórico das ciências; e

Relacionadas com o valor prático ou pragmático. Essa primeira divisão trouxe a especificação de pesquisa cientifica Pura e de Pesquisa cientifica Aplicada. As duas têm as mesmas metas cientificas, estão relacionadas com hipóteses, com problema de pesquisa ou questões norteadoras. A diferença básica entre elas está nos métodos, no olhar do pesquisador e nos resultados da investigação.

4.2.2 As Duas divisões da Pesquisa

1 A Pesquisa Cientifica Pura: Também chamada de teórica ou básica, permite articular conceitos e

sistematizar a produção de uma determinada área de conhecimento. (MINAYO, 2002, P.52). Visa, portanto a criar novas questões num processo de incorporação e superação

daquilo que já se encontra produzido. Na concepção de Ferrari (1999), a pesquisa teórica procura melhorar o próprio

conhecimento. Isso significa contribuir, entender e explicar os fenômenos. Na pesquisa teórica, os pesquisadores trabalham para gerar novas teorias.

Exemplos de questões de pesquisa teórica em Ciências Sociais:

a) Qual é a natureza da cultura

2 A Pesquisa Cientifica Aplicada: Tem como finalidade gerar soluções aos

problemas humanos, entender como lidar com um problema. Trujillo Ferrari (1982, p.171) enfatiza que “ não obstante a finalidade pratica da pesquisa, ela pode contribuir teoricamente com novos fatos para o planejamento de novas pesquisas ou mesmo para a compreensão teórica de certos setores do conhecimento”. OBS: É importante que você compreenda que esse tipo de pesquisa aplicada tem um

referencial teórico como base para analisar a realidade a ser estudada. As realidades a serem estudadas podem ser uma ou mais organizações ( públicas, privadas, prestadoras de serviço, industriais, não-governamentais, fundações, organizações da sociedade civil de interesse público (OCIPs)etc.), uma pessoa ou um grupo de pessoas, um programa ou um projeto que está sendo desenvolvido em uma organização, dentre muitas outras situações que ocorrem nas organizações.

4.3 AS Etapas Para a Pesquisa Cientifica : Ver Texto - (Anexo A)

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REFERÊNCIAS

BAGNO, M. Pesquisa na Escola. São Paulo: Loyola, 2000.

ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1983.

GALLIANO, A. G., (Org.) O Método científico. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1975.

JAPIASSU, Hilton. Introdução à Epistemologia. Rio de Janeiro: Imago, 1975. KERSCHER, M. A.; KERSCHER, S. A. Monografia, como fazer. Rio de Janeiro: Thex,

1998. LAKATOS, E. M., MARCONI, M de A. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:

Atlas, 1987. RUIZ, J. A. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1980.

SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 1994. SANTOS, J. A., PARRA FILHO, D. Metodologia Científica. São Paulo: Futura, 1998.

SEVERINO, J. Metodologia do trabalho científico: diretrizes para o Trabalho científico-didático na universidade. São Paulo: Cortez & Moraes, 1975. LAROSA, M. A.; AYRES, F. A. Como produzir uma monografia passo a passo: siga o mapa da mina. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2002. Nota: Esta apostila teve como matriz material didático utilizado na disciplina Metodologia da Pesquisa, nos cursos de pós-graduação da Universidade Cândido Mendes - Projeto A Vez do Mestre.

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CITAÇÕES EM DOCUMENTOS - APRESENTAÇÃO

Considerações Gerais

A norma NBR 10520/2001, da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT) estabelece as características exigíveis para apresentação de citações em documentos.

1 CITAÇÃO

Citação é a menção, no texto, de uma informação colhida de outra fonte. Constitui-se elemento essencial para a fundamentação teórica, também chamada de revisão bibliográfica ou marco teórico de trabalhos técnico-científicos.

Segundo França et al. (1996, p.128) "[...] as citações são trechos transcritos ou informações retiradas das publicações consultadas para a realização do trabalho."

As citações são mencionadas no texto com a finalidade de esclarecer ou completar as idéias do autor, ilustrando e sustentando afirmações. Toda documentação consultada deve ser obrigatoriamente citada em decorrência dos direitos autorais. (SANTOS e PASSOS, 2000).

2 TIPOS DE CITAÇÃO

a) citação direta - quando o autor do trabalho copia, ou seja, transcreve literalmente (ipsis litteris ou ipsis literis), as palavras do autor consultado,

atentando sempre para o respeito à grafia e à pontuação do original;

Obs.: A expressão Ipsis literis (ou litteris, com dois "t") significa "com as mesmas letras", e é usada quando queremos garantir que as palavras que estão sendo ditas ou escritas reproduzem fielmente as originais.

Exemplo prático: Quando alguém copia em seu site ou em um trabalho acadêmico, ipsis literis e sem nenhuma referência à fonte, o que um outro site publicou, isso caracteriza plágio. Plágio, por sua vez, origina-se do adjetivo grego plagios (trapaceiro, enganoso).

b) citação indireta - quando o autor do trabalho comenta ou parafraseia as

idéias do autor consultado, sem reprodução exata das palavras do original;

b) citação de citação - quando o autor do trabalho transcreve direta ou

indiretamente, informação(ões) de um texto sem ter acesso ao documento original citado. Para tanto, usa-se a expressão latina apud (citado por).

Obs.: A expressão latina apud é usada, quando não existe a possibilidade de

consultarmos os originais de documentos citados em outras fontes e que são importantes para o nosso trabalho, então reproduzimos a informação coletada usando o citado termo latino.

3 FORMAS DE APRESENTAÇÃO

Quando ocorre a citação de entidades coletivas conhecidas por sigla, deve-se citar o nome por extenso na primeira citação e nas próximas citações utilizar apenas a sigla;

Exemplos: O Ministério da Educação e Cultura (MEC, 1989) procura através de

suas publicações, a divulgação plena de todas as atividades na área educacional no território brasileiro.

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Nas citações seguintes aparecerá apenas como MEC (1989) ou (MEC, 1989), não sendo obrigatória a identificação por extenso. O mesmo se estende para o texto (corpo) do trabalho.

Obs.: A forma de apresentação das citações se dá, mediante o seu tipo, se no texto ou em

nota de rodapé.

3.1 Transcrições no texto de até 3 linhas (CITAÇÃO CURTA)

Transcritas entre aspas duplas, incorporadas ao texto do trabalho, sem destaque tipográfico, com indicação das fontes de onde foram retiradas, conforme sistema de chamada a ser adotado. Sistema de Chamada é o método utilizado para indicar, no texto, as fontes de onde foram extraídas as citações e/ou quaisquer outras explicações e comentários que o autor necessite fazer, remetendo o leitor para o rodapé ou para a lista de referências.

Obs.: As citações, de acordo com a NBR-10520/2001, encontrando-se dentro do texto da citação inicia-se apenas com a primeira letra do sobrenome do autor em maiúsculo.

Exemplo: Para Santos (2001, p.21): “A necessidade humana de conhecer faz a história, gravada nos resultados, avanços e tentativas fracassadas [...]”.

Obs.: Quando no final da citação, o sobrenome fica totalmente em maiúsculo. Exemplo: “A necessidade humana de conhecer faz a história, gravada nos resultados,

avanços e tentativas fracassadas [...]” (SANTOS, 2001, p. 21). MAIS EXEMPLOS: Segundo De Sordi (1995) devemos considerar o conceito de qualidade de ensino como algo impregnado de conteúdo ideológico. Sendo que a escola deve explicitar de que qualidade está falando no planejamento de seus métodos de ensino.

Enquanto ampliava seus estudos da infância à adolescência, Piaget colaborou com outros estudiosos, notadamente Alina Zeminska e Bärbel Inhelder, em livros sobre o desenvolvimento do pensamento lógico em relação à quantidade, aos números, à geometria, ao espaço, ao tempo movimento e à velocidade (PULASKI, 1986).

3.2 Sistemas de Chamada

Sistema de Chamada é o método que se utiliza para indicar, no texto, as fontes

de onde foram extraídas as citações ou quaisquer outras explicações e comentários que o autor necessite fazer, remetendo o leitor para a nota de rodapé ou para a lista de referências no final do trabalho.

Existem dois tipos de Sistemas de Chamadas: Sistema Autor-Data ou Alfabético e Sistema Numérico.

Exemplo de Sistema Autor-Data ou Alfabético:

“A necessidade humana de conhecer faz a história, gravada nos resultados, avanços e tentativas fracassadas [...]” (SANTOS, 2001, p. 21).

Exemplo de Sistema Numérico:

“A necessidade humana de conhecer faz a história, gravada nos resultados, avanços e tentativas fracassadas [...]”1

Exemplo no rodapé de Sistema Numérico de Chamada (assunto a ser aprofundado nesta apostila)

______________

1SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do

conhecimento. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. p. 25.

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3.3 Transcrições no texto com mais de 3 linhas (CITAÇÃO LONGA)

Devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda (que pode ser

medido pela régua superior do Word), com letra menor (fonte 10) que a do texto e sem as aspas duplas, transcritas em espaço simples (1,0 cm) entre as linhas, com indicação das fontes de onde foram retiradas, conforme sistema de chamada a ser adotado. Acompanhe na tela abaixo, a configuração desse tipo de citação.

Obs.: Modelos de telas e janelas – Windows XP e Word 2003).

Para conseguir formatar seu texto em espaço simples siga o exemplo a

seguir: Na tela principal do Word clique em Formatar, ao abrir a janela correspondente,

clique em Parágrafo, automaticamente aparecerá uma nova janela. Então, siga as

configurações que se encontram descritas no desenho da referida janela:

Exemplos de citação com mais de três linhas, respectivamente, Sistemas

Autor-Data e Número de Chamada: A necessidade humana de conhecer faz a história, gravada nos resultados, avanços e tentativas fracassadas, os elementos formadores da cultura da qual gerações se beneficiam. Cada avanço científico é um pequeno pedaço da história de uma necessidade

Margem esquerda do

Word

Régua superior do Word

Recuo de 4 cm da margem

esque rda

Citação longa em

espaço simples (1,0 cm), fonte

10, com recuo a 4 cm da margem

esquerda

A janela aberta é denominada Parágrafo e você deve escolher o item Recuos e Espaçamento.

Dentro da referida janela, procure o item Espaçamento, então certifique-

se de que os espaços determinados sejam: Antes = 0pt e Depois = 0 pt. No item Entre linhas, certifique-se que

o espaço determinado seja Simples.

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humana, dividida e reconhecida por meio dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciências (SANTOS, 2001, p.21).

Ou

A necessidade humana de conhecer faz a história, gravada nos resultados, avanços e tentativas fracassadas, os elementos formadores da cultura da qual gerações se beneficiam. Cada avanço científico é um pequeno pedaço da história de uma necessidade humana, dividida e reconhecida por meio dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciências.1

OBSERVAÇÕES:

Se houver palavras ou expressões entre aspas duplas no interior da citação, transformam-se em aspas simples.

Exemplo: No texto original: A “necessidade humana” de conhecer faz a história.

Na citação: A ‘necessidade humana’ de conhecer faz a história.

Podem-se suprimir palavras ou frases no início, meio e final da citação, desde que não altere o sentido, devendo a parte omitida ser indicada por reticências entre colchetes [...].

Exemplo: Conforme Santos (2001, p. 24) “A pesquisa acadêmica é, pois, uma atividade

pedagógica [...]”

Pode-se acrescentar, entre colchetes, palavras ou frases, a uma citação, a título de esclarecimento ou explicação.

Exemplo:

A ‘necessidade humana’ de conhecer faz a história, [parte significativa] da civilização.

Para enfatizar trechos da citação, devem-se destacá-los indicando esta alteração com a expressão grifo nosso, entre parênteses, após a citação.

Exemplo: “A necessidade humana de conhecer faz a história [...]” (SANTOS, 2001, p. 21,

grifo nosso).

Caso o destaque seja do autor consultado, usa-se a expressão grifo do autor. Exemplo: “A necessidade humana de conhecer faz a história [...]” (SANTOS, 2001, p. 21,

grifo do autor).

Dados obtidos por informação oral (palestras, debates, comunicações etc.) indicar entre parênteses a expressão informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis somente em nota de rodapé.

Exemplo:

A indústria da informação tem criado novos formatos e suportes de informação (informação verbal).

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3.4 Detalhando os Tipos de Sistemas de Chamada

a) Sistema Numérico – quando o autor do trabalho científico utilizado algarismos arábicos, junto a citações ou palavras ou trechos que necessitam de uma explicação; números esses repetidos no rodapé ou para a lista de referências ao final da parte, capítulo ou trabalho;

b) Sistema Autor-Data ou Alfabético – quando o autor do trabalho utiliza no

próprio texto o último sobrenome do autor, a instituição responsável ou, ainda, o título de entrada, seguido da data de publicação do documento e página da fonte consultada.

3.4.1 Formas De Apresentação

SISTEMA NUMÉRICO

Nesse tipo de sistema, as citações devem ter numeração única e consecutiva (algarismos arábicos) para todo o capítulo ou parte. E essa numeração é indicada na mesma página do texto da citação, isto é, na nota de rodapé.

OBSERVAÇÃO 1: No seu PC, utilize os comandos: INSERIR / REFERÊNCIA /

NOTAS e aparecerá a janela a seguir:

Após abrir a janela Nota de Rodapé e Nota de Fim, que você pode observar ao lado, clique no item Inserir (localizado na parte inferior da janela) e então aparecerá, automaticamente, o número de chamada no rodapé da página. Assim você poderá digitar a referência da obra ou qualquer outra informação que for necessária para fundamentar melhor o seu trabalho.

A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo, após a pontuação que fecha a citação, como você poderá observar mediante os exemplos a seguir.

Exemplo da numeração inserida entre parênteses,

alinhada ao texto:

Segundo Santos “Os pesquisadores são freqüentemente solicitados a

caracterizar seus trabalhos [...]”(1).

Exemplo da numeração situada pouco acima da linha do texto, em expoente

à linha do mesmo:

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Segundo Santos “Os pesquisadores são freqüentemente solicitados a

caracterizar seus trabalhos [...]”1

REGRAS:

a) notas de rodapé – indicações ou observações ao texto feitos pelo autor,

tradutor ou editor. O comando correto irá inserir um traço (filete) e o número de chamada automaticamente, conforme indicado na OBSERVAÇÃO 1 (No seu PC, utilize os comandos: INSERIR / REFERÊNCIA / NOTAS);

b) as notas devem ser digitadas em fonte 10, sendo digitadas em espaço

simples (1,0 cm); c) notas de referências – notas que indicam as fontes consultadas ou remetem

a outras partes da obra onde o assunto foi tratado; d) a primeira citação de uma obra deve ter sua referência completa; e) as subseqüentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma

abreviada, utilizando as seguintes EXPRESSÕES LATINAS:

apud (citado por, conforme) - é a única expressão latina que pode ser

usada no texto do trabalho (em se tratando de citação de citação). Ex¨: (SILVA, 1985 apud SANTOS, 2000, p. 28)

Ou

Conforme Silva (apud SANTOS, 2000, p. 28) Na nota é colocada a referência completa do autor da obra, de onde foi

retirada a citação.

Idem ou Id. (mesmo autor) - quando for obra de um mesmo autor, sendo

outro título. Exemplos na margem inferior da página onde aparece a nota (ou rodapé):

________________

Traço (filete) de nota de rodapé inserido

automaticamente pelos comandos INSERIR /

REFERÊNCIA /

NOTAS

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1SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 4. ed.

Rio de Janeiro: DP&A, 2001. p. 25. 2Id. Métodos científicos. Rio de Janeiro: Ática, 2002. p.25.

Ibidem ou Ibid. (na mesma obra) - quando for na mesma obra, já referenciada em nota anterior.

Exemplo:

______________ 3ARAÚJO, Inês Lacerda. Introdução à filosofia da ciência. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1998. p. 32.

4Ibid., p. 33.

Opus citatum, opere citado ou op. cit. (obra citada) - quando quiser

citar uma obra já citada de um mesmo autor - intercalada por outros documentos de autores diferentes não muito distante.

Exemplo:

______________ 5SANTOS, Antonio Raimundo dos, op. cit., p. 25.

SISTEMA ALFABÉTICO OU AUTOR-DATA – O MAIS USADO

A indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável ou pelo título de entrada, seguido da data de publicação do documento e página consultada, separados por vírgula e entre parênteses.

REGRAS: Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela

instituição responsável ou título que estiverem incluídos na sentença devem ser apresentadas em letras minúsculas, e quando não estiverem incluídos na sentença devem ser em letras maiúsculas entre parênteses.

INCLUÍDO NA SENTENÇA - quando o nome do autor estiver incluído na frase,

indica-se fora dos parênteses o seu sobrenome ou instituição responsável, somente com a inicial maiúscula, seguido do parêntese, o ano e a página, separados entre si por vírgula.

Exemplo - Sobrenome do autor:

Conforme Santos (2001, p. 24) “A pesquisa acadêmica é, pois, uma atividade pedagógica [...]”

Segundo Kremmer (1982, p.174) assinala “[...] ninguém faz uma pesquisa [...] sem dever nada a ninguém.”

Exemplo - Instituição responsável pela autoria

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p. 2) conceitua notas explicativas como “Notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídos no texto.”

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NÃO INCLUÍDO NA SENTEÇA - quando o nome do autor não estiver incluído na

frase, indica-se o sobrenome do autor ou instituição responsável, a data e a página entre parênteses, separadas por vírgula.

Exemplo - Sobrenome do autor

“A pesquisa acadêmica é, pois, uma atividade pedagógica [...]” (SANTOS, 2001, p. 24).

Exemplo - Instituição responsável pela autoria

As notas explicativas são “[...] usadas para comentários, esclarecimentos ou

explanações, que não possam ser incluídos no texto.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2)

Exemplo – No caso de autoria desconhecida, a entrada é organizada pelo título do livro ou capítulo, pelo título do artigo de revista ou jornal etc.

As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de avaliação

sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus

compromissos para com a sociedade (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55).

Ou

“Os primeiros americanos podem ter surgido milhares de anos antes do que se

supunha.” (NOVO, 2004, p. 73).

Exemplo - Quando houver citação de citação, usa-se a expressão latina apud (citado por) depois do autor da citação.

“Se você tem um propósito definido, achará mais fácil adquirir os hábitos e as

habilidades necessárias a um estudo eficiente.” (SILVA, 1985 apud SANTOS, 2000, p.28)

Ou

Conforme Silva (apud SANTOS, 2000, p.28) comenta que “Se você tem um propósito

definido, achará mais fácil adquirir os hábitos e as habilidades necessárias a um estudo

eficiente.”

4 CITAÇÕES DE DOIS, TRÊS E MAIS AUTORES: Como fica 4.1 Exemplo - Dois autores

Cruz e Paiva (1999, p. 4-10) cita que “Quanto mais você lê e aprende, mais fácil

se torna ler e aprender.”

Ou

“Quanto mais você lê e aprende, mais fácil se torna ler e aprender.” (CRUZ; PAIVA,

1999, p. 4-10)

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4.2 Exemplo - Três autores

“O conhecimento do senso comum tem uma objetividade muito superficial e

limitada por estar demasiadamente preso pelas crenças pessoais” (SOUSA NETO; PAIVA;

COSTA, 1998, p. 20).

4.3 Exemplo - Mais de três autores (uso da expressão latina et al. que significa “e outros”)

“[...] o fator principal do desempenho escolar é a qualidade do estudo e não a

quantidade” (FREIRE et al., 2002, p.19).

Ou

Segundo Freire et al. (2002, p.19) “[...] o fator principal do desempenho escolar é a

qualidade do estudo e não a quantidade.”

NOTAS EXPLICATIVAS ou de RODAPÉ

São usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações que não possam

ser incluídas no texto.

Exemplo no corpo do trabalho:

Uma história contundente é mostrada no filme “The silence of the lambs”6

Exemplo na nota de rodapé:

________________________

6O silêncio dos inocentes.

Outro exemplo no corpo do trabalho: Esclarecem e comentam o texto com o objetivo de melhorar sua compreensão.7

Exemplo na nota de rodapé:

________________ 7Visam uma interação e explicação do texto ao leitor.

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REFERÊNCIAS

1 Conceituação

Com base na Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, vêm ser um

conjunto padronizado de elementos descritos, retirados de um documento, que permite sua

identificação individual, de forma precisa.

Constitui-se de elementos essenciais e complementares. Os essenciais são

imprescindíveis à identificação das fontes e variam conforme o suporte documental, já os

complementares, acrescidos aos elementos essenciais, permite uma melhor caracterização dos

documentos.

2 Forma de Apresentação

As referências devem estar de acordo com determinadas regras na sua forma de

apresentação, a saber:

a) Os elementos devem obedecer a uma seqüência padronizada;

b) O alinhamento dever ser feito somente á margem esquerda do texto;

c) O espacejamento dever ser simples e, entre uma referências e outra, de um

espaço simples;

d) Sua forma estrutural se apresenta da seguinte forma:

O primeiro elemento da referência é sempre o último sobrenome do auto,

procedido por virgula e seu nome . ( se for com mais de três autores, citar

apenas o primeiro, procedido da palavra “et al”.);

Na seqüência, o Título ( em negrito) e sub-titulo se houver;

A edição da obra ( se for a partir da segunda edição);

Local

A editora

O ano

E quantidade total de paginas da obra.

OBS: esses elementos são ditos, como essenciais de uma referência, e que

possibilitará a qualquer pesquisador localizar a referida obra.

3 COMO FICAM AS REFERÊNCIAS:

a) Um Autor

SCHUTZ, Edgar. Reengenharia mental: reeducação de hábitos e programação de metas. Florianópolis: Insular, 1997.

b) Dois Autores

SÓDERSTEN, Bittar; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London:

MacMillan, 1994.

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c) Três Autores

NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. Peter Norton: a bíblia do programador. Tradução: Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campos, 1994.

d) Mais de três Autores Quando houver mais de três autores, indicar apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al. Em casos específicos tais como projetos de pesquisa científica nos quais a menção dos nomes for indispensável para certificar autoria, é facultado indicar todos os nomes.

BRITO, Edson Vianna. et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático

de consulta diária. 6. ed. atual. São Paulo: Frase Editora, 1996.

e) Autor Desconhecido

Em caso de autoria desconhecida a entrada é feita pelo título. O termo anônimo não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido.

PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveira. Gerência da vida: reflexões

filosóficas. 3. ed. Rio Janeiro: Record, 1990.

f) Pseudônimo: Quando o autor da obra adotar pseudônimo na obra a ser referenciada, este deve ser considerado para entrada. Quando o verdadeiro nome for conhecido, deve ser indicado entre colchetes após o pseudônimo.

ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt, 1931.

g) Organizadores, compiladores, editores, adaptadores etc. Quando a responsabilidade intelectual de uma obra for atribuída a um organizador, editor, coordenador etc., a entrada da obra é feita pelo sobrenome, seguido das abreviaturas correspondentes entre parênteses. Quando houver mais de um organizador ou compilador, deve-se adotar as mesmas regras para autoria.

BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Cultrix,

1978.

h) Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas, Instituições). h1) Obras de cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar

diretamente pelo nome da entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica, quando houver.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico. São Paulo, 1988.

h2)Quando a entidade, vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, a entrada é feita diretamente pelo seu nome. Nomes homônimos, usar a área geográfica local.

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BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia do folclore brasileiro. Rio de

Janeiro: Divisão de Publicações, 1971.

BIBLIOTECA NACIONAL (Lisboa). Bibliografia Vicentina. Lisboa: [s.n.], 1942.

i) Órgãos governamentais Quando se tratar de órgãos governamentais da administração (Ministérios, Secretarias e outros) entrar pelo nome geográfico em caixa alta (país, estado ou município), considerando a subordinação hierárquica, quando houver.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR, 1995.

5.2 A seguir exemplos de referência bibliográfica das principais fontes de pesquisa. a) Livros

SCHUTZ, Edgar. Reengenharia mental: reeducação de hábitos e programação de

metas. Florianópolis: Insular, 1997.

b) Dicionários

AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. 3.ed. Rio de

Janeiro: Delta, v.5, 1980.

c) Atlas

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Atlas celeste. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984.

d) Biografias

SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolás Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M. Ferreras Tascón, Carlos H. de León Aragón. Varsóvia: Editorial Científica Polaca, 1972.

e) Enciclopédias

THE NEW Encyclopaedia Britannica: micropaedia. Chicago: Encyclopaedia Britannica, v.30, 1986.

f) Bíblias BIBLIA. Língua. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, Data de

publicação. Total de páginas. Notas (se houver).

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BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de

Figueredo. Rio de Janeiro:Encyclopaedia Britannica, 1980. Edição Ecumênica.

g) Normas Técnicas ORGÃO NORMALIZADOR. Título: subtítulo, número da Norma. Local, ano. volume ou página (s).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. Resumos: NB-88. Rio de

Janeiro, 1987.

h)Dissertações, Teses e Monografias AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes.

Categoria (Grau e área de concentração) - Instituição, local.

RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180f. Dissertação

(Mestrado em Administração)- Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-M.G. 1989.

i) Conferências

CONFERÊNCIA NACIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, 2, 1986, Belém. Anais...[S.I.]: OAB, [1986?].

5.3) Referências Legislativas a) Constituições PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de promulgação). Titulo. Local:

Editor, Ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Notas.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:

promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. (Série Legislação Brasileira).

b) Leis e Decretos PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto, número, data (dia, mês e ano). Ementa. Dados da publicação que publicou a lei ou decreto.

BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre documentos e procedimentos para despacho de aeronave em serviço internacional. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 48, jan./mar, 1. trim. 1984. Legislação Federal e marginália.

c) Pareceres

AUTOR (Pessoa física ou Instituição responsável pelo documento). Ementa, tipo, número e data (dia, mês e ano) do parecer. Dados da publicação que publicou o parecer.

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BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Do parecer no tocante aos financiamentos gerados por importações de mercadorias, cujo embarque tenha ocorrido antes da publicação do Decreto-lei n. 1.994, de 29 de dezembro de 1982. Parecer normativo, n. 6, de 23 de março de 1984. Relator: Ernani Garcia dos Santos. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, jan./mar. 1. Trim., 1984. Legislação Federal e Marginália.

d) Portarias, Resoluções e Deliberações

AUTOR. (entidade coletiva responsável pelo documento). Ementa (quando houver)...Tipo de documento, número e data (dia, mês e ano) Dados d publicação que publicou. d1) Portarias

BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de Correios e Telégrafos -ECT do sistema de arrecadação. Portaria n. 12, de 21 de março de 1996. Lex:

Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, mar./abr., 2, Trim. 1996. Legislação Federal e Marginália.

d2) Resoluções

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Aprova as instruções para escolha dos delegados-eleitores, efetivos e suplentes à Assembléia para eleição de membros do seu Conselho Federal. Resolução n. 1.148, de 2 de março de 1984. Lex: Coletânea

de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, jan./m-ar., 1. Trim. de 1984. Legislação Federal e Marginália.

5.4 Outras obras a) Capítulos de livros

SIMP, Terence A. Comunicação Integrada de Marketing: Publicidade, Promoções e Outras Ferramentas. In: CZINKOTA, Michael R. et all. Marketing: as melhores práticas. Tradução Carlos Alberto Silveira Netto Soares e Nivaldo Montigelli Junior. Porto Alegre: Bookman, 2001.

e) Bíblia em parte Titulo da parte. Língua. In: Título. Tradução ou versão. Local: Editora, data, de

publicação. Total de páginas. Páginas inicial e final da parte. Notas (se houver).

Jó. Português. In: Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de

Figueiredo. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica, 1980. Edição Ecumênica. Bíblia. A. T .

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5.6 Outros tipos de documentos

a) Bulas (remédios)

TITULO da medicação. Responsável técnico (se houver). Local: laboratório, ano de fabricação. Bula de remédio;

NOVALGINA: dipirona sádica. São Paulo: Hoechst, [199?]. Bula de remédio.

c) Discos Compactos (CD - Compact disc)

Nota: A referência de discos compactos (compact discs) difere do disco comum apenas pela indicação de compacto e pela forma de gravação.

LUDWIG, Van Beethoven. Beethoven: com Pastoral Emporor Moonligh.t sonata.

São Paulo: movie Play: 1993. 1 disco compact (60 + min.): digital, estéreo. GCH 2404. The Greatest Classical Hits.

d) Entrevistas

A entrada para entrevista é dada pelo nome do entrevistado. Quando o entrevistador tem maior destaque, entrar por este. Para referenciar entrevistas gravadas, faz-se descrição física de acordo com o suporte adotado. Para entrevistas publicadas em periódicos, proceder como em documentos considerados em parte. NOME DO ENTREVISTADO. Título. Referência da publicação. Nota de entrevista

MELLO, Evaldo Cabral de. O passado no presente. Veja, São Paulo, n. 1528, 4 set. 1998. Entrevista concedida a João Gabriel de Lima.

e) Filmes e Vídeos TITULO. Autor e indicação de responsabilidades relevantes (diretor, produtor, realizador ,roteirista e outros) Coordenação (se houver). Local: produtora e distribuidora, data. Descrição física com detalhes de número de unidades, duração em minutos, sonoro ou mudo, legendas ou de gravação. Série, se houver.Notas especiais.

O NOME da rosa. Produção de Jean-Jaques Annaud. São Paulo: Tw Vídeo distribuidora, 1986. 1 Videocassete (130 min.): VHS, Ntsc, son., color. Legendado. Port.

PEDESTRIANT reconstruction. Produção de Jerry J. Eubanks, Tucson: Lawuers & Judges Publishing. 1994. 1 videocassete (40min.): VHS. NTSC, son., color. Sem narrativa. Didático.

f) Fotografias AUTOR (Fotógrafo ou nome do estúdio) Título. Ano: Número de unidades físicas: indicação de cor; dimensões. Nota: A fotografia de obras de arte tem entrada pelo nome do autor do original, seguido do título e da indicação do nome do fotógrafo, precedido da abreviatura fot.

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Tratando-se de um conjunto de fotografias com suporte físico próprio como, por exemplo, um álbum. Esta informação deve preceder o número de fotos.

KELLO, Foto & Vídeo. Escola Técnica Federal de Santa Catarina. 1997. 1 álbum

(28 fot.): color; 17,5 x 13 cm.

5.7 Documentos eletrônicos b) Base de Dados em Cd-Rom: no todo

AUTOR. Título. Local: Editora, data. Ti o de suporte. Notas.

INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIENCIA E TECNOLOGIA -IBICT. Bases de dados em Ciência e Tecnologia. Brasília: IBICT, n. 1,1996. CD-ROM.

c) Base de Dados em Cd-Rom: artes de documentos AUTOR DA PARTE. Título da parte. In: AUTOR DO TODO. Titulo do todo. Local: Editora,data.Tipo de suporte. Notas.

PEIXOTO, Maria de Fátima Vieira. Função citação como fator de recuperação de uma rede de assunto. In: IBICT. Base de dados em Ciência e Tecnologia. Brasília: IBICT, n. 1,1996. CD-ROM.

d) E-mail AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem pessoal] mensagem recebida por <e-mail do destinatário> data de recebimento, dia mês e ano... Nota: As informações devem ser retiradas, sempre que possível, do cabeçalho da mensagem recebida. Quando o e-mail for cópia, poderá ser acrescentado os demais destinatários - após o primeiro, separados por ponto e vírgula.

MARINO, Anne Marie. TOEFL brienfieng number [mensagem pessoal]. Mensagem

recebida por <[email protected]> Acesso em 12 maio, 1998.

e) FTP AUTOR (se conhecido).Título. Endereço ftp:, login:, caminho:, data de acesso.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca, Universitária. Current directory is/pub. <ftp:150.162.1.90>, login: I anonymous, password: guest,

caminho: Pub. Acesso em: 19 maio, 1998. GATES, Garry. Sbakespeare and bis muse. <ftp://ftp.guten.net/bard/muse.txt>

Acesso em: 1 Outubro, 1996.

f) Mensagem recebida AUTOR da mensagem. Título (Assunto). Nome da lista (se houver). Mensagem

disponível em: <endereço d alista>data de acesso.

BRAGA, Hudson. Deus não se agradou dele e de sua oferta. Disponível em:

<[email protected].> Acesso em: 22 maio, 1998.

Nota: Caso trate-se de resposta de terceiros, a entrada dar-se-á pelo nome da mensagem original ou do autor da mensagem. Quando tratar de mensagem - reposta, Re (Replay) deve preceder o título.

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g) Monografias consideradas no todo (On-line) AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.

O ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de redação e estilo. São Paulo, 1997.

Disponível em: <http://www1.estado.com.br/redac/manual.html>. Acesso em: 19 maio, 1998.

h) Publicações Periódicas consideradas no todo (On-line) TITULO DA PUBLICAÇÃO. LOCAL (cidade): Editora, volume, número, mês ano. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.

CIENCIA DA INFORMAÇÃO, Brasília, v. 26. n.3, 1997. Disponível em: <http://www.ibict.br/cionline>. Acesso em: 19 maio, 1998.

5.8 Partes de Publicações Periódicas (On-line) a) Artigos de Periódicos (On-line) AUTOR. Título do artigo. Título da publicação seriada, local, volume, número, mês ano. Paginação ou indicação de tamanho. Disponível em: <Endereço.>. Acesso em: data.

MALOFF, Joel. A internet e o valor da "internetização". Ciência da Informação,

Brasília, v. 26, n. 3, 1997. Disponível em: <http://www.ibict.br/cionline/>. Acesso em: 18 maio, 1998.

b) Artigos de Jornais (On-line) AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local, data de publicação, seção, caderno

ou parte do jornal e a paginação correspondente. Disponível. em: <Endereço>. Acesso em: data.

TAVES, Rodrigo França. Ministério corta pagamento de 46,5 mil professores. O Globo, Rio de Janeiro, 19 maio 1998. Disponível em:<http://www.oglobo.com.br/>.

Acesso em: 19 maio, 1998.

UFSC não entrega lista ao MEC. Universidade Aberta: on-line. Disponível em:

<http://www.unaberta.ufsc.br/novaua/index.html>. Acesso em:19 maio, 1998.

5.9 Colocação de datas

A data de publicação deve ser indicada em algarismos arábicos. Por se tratar de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja da publicação, da impressão, do copirraite ou outra. Quando a data não consta na obra, registrar a data aproximada entre colchetes. [1981 ou 1982] um ano ou outro [1995?] data provável [entre 1990 e 1998] use intervalos menores de 20 anos [ca.1978] data aproximada [199-] década certa

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A ESTRUTURA TÉCNICA DE TRABALHOS

CIENTIFICOS

1 SUA COMPOSIÇÃO

A COMPOSIÇÃO da estrutura técnica de um trabalho técnico, se

apresenta através de partes, a saber: (Ver MANUAL FACAM)

1.1 Elementos pré-textuais

1.2 Elementos Textuais

1.3 Elementos Pós-textuais.

2 ESTRUTURA DO TRABALHO CIENTÍFICO

Quando se fala na estruturação de um trabalho científico, pensa-se na observação de

algumas regras e normas básicas que devem ser seguidas na hora de montar o trabalho.

Capa

Anexos

Apêndices

Referências

Corpo do trabalho

Listas

Sumário

Resumo

Agradecimentos

Dedicatória

Termo de Aprovação

Folha de Rosto

Capa

Elementos do pré-texto

Elementos do pós-texto

Opcional

Obrigatório

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2.1 Programação visual (Ver MANUAL FACAM)

a) A escrita: editar o original13 utilizando somente um lado da folha, com as

seguintes especificações:

fonte: ‘Times New Roman’ ou ‘Arial’

tamanho da fonte do texto: 12

tamanho da fonte do título: 12 (em caixa alta e negrito) - seções

tamanho da fonte dos sub-títulos: 12 (em caixa baixa e negrito) - seções

tamanho da fonte do título da capa, folha de rosto e de aprovação: de 12 a 16

tamanho da fonte da nota de rodapé: 10

tamanho da fonte utilizada em título e fonte bibliográfica de ilustrações: 10

tamanho da fonte para citações longas: 10

Obs: Utilizar folha sulfite de tamanho A4 (21 X 29,7cm)

b) As margens: com vistas a permitir uma boa visualização do texto, bem como a

sua correta reprodução e encadernação sugere-se observar as seguintes margens:

superior: 3,0 cm

inferior: 2,0 cm

esquerda: 3,0 cm

direita: 2,0 cm

recuo de primeira linha do parágrafo: 1,25 cm

recuo de parágrafo para citação direita longa: 4 cm

alinhamento do texto: Justificado

alinhamento de título de capítulo e seções14: Esquerda

13

Se o aluno preferir os trabalhos acadêmicos solicitados pelos professores e os rascunhos utilizados nos

encontros de orientações, poderão ser impressos em frente e verso da folha e mesmo em papel reciclado. Esta

orientação tem como objetivo preservar o meio ambiente.

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alinhamento de título sem indicação numérica15: Centralizado

c) Espaços

entrelinhas: 1,5 (linha).

Exceções: nas citações longas e referências deve-se utilizar espaço simples e num

espaço entre o texto e a citação de 2 linhas (efetuar dois enters) .

título de capítulo: deve começar em nova folha, deixando entre o título do

capítulo e seu texto o espaço de 1,5 meio.

Subtítulos (divisões do capítulo): são colocados junto à margem esquerda com

espaçamentos de um e meio dos respectivos dos textos que os antecede e os que

sucede;

Obs: quando uma seção terminar próximo ao fim de uma página, colocar o

cabeçalho da próxima seção na página seguinte.

d) Paginação: as folhas do trabalho devem ser contadas seqüencialmente a partir

da folha de rosto e com a numeração impressa a partir da página de Introdução

(inclusive). Os números devem ser escritos em algarismos arábicos e alinhados a 2

cm da margem direita e da margem superior.

2.2 Disposição dos elementos que constituem o Trabalho Cientifico

2.2.1 Elementos pré-textuais (Ver anexo B)

São elementos que antecedem o texto oferecendo informações que auxiliam

o leitor na identificação e utilização do trabalho.

14 Devem ser numerados os seguintes títulos e capítulos: Introdução, Desenvolvimento (seções do trabalho,

Considerações Finais. 15 Não devem ser numerados os seguintes títulos e capítulos: Agradecimento, Dedicatória, Epigrafe, Resumo,

Sumário, Lista, Referencias Bibliográfica, Apêndice e Anexos.

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a) Capa: elemento obrigatório para proteção externa do trabalho, onde são

expressas as informações indispensáveis à sua identificação, respeitando-se a

seguinte ordem:

Nome da Instituição;

Nome do Curso;

Nome do autor;

Título;

Sub título ( se houver);

Local (cidade) da instituição;

Ano de entrega (depósito).

b) Folha de rosto: elemento obrigatório composto de anverso e verso. Contém os

elementos essenciais à identificação do trabalho. Os elementos devem figurar na

seguinte ordem:

Nome do autor;

Título;

Sub- título (se houver);

Natureza ou objetivo do trabalho (tese, dissertação, monografia e outros) e

objetivos (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros; nome da instituição a

que é submetida; área de concentração).

Titulação e Nome do Orientador e, se houver, do co-orientador;

Exemplo:

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado à Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos, como exigência parcial à obtenção do título de Bacharel/Tecnólogo em Nome do Curso.

Orientador: Prof. Dr. Nome Sobrenome

Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; e

Ano de entrega (depósito).

c) Folha de aprovação: elemento obrigatório, que deve conter.

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Nome do autor;

Título;

Natureza do Trabalho;

Local e data;

Identificação dos componentes da banca examinadora (nome e instituição a que

pertence).

d) Agradecimentos: elemento opcional (não obrigatório) para a composição do

Trabalho de Conclusão de Curso. Espaço destinado aos agradecimentos que se

deseja fazer. Deve-se agradecer as pessoas que foram importantes e contribuíram

para a realização e execução deste trabalho acadêmico.

e) Dedicatória: elemento opcional (não obrigatório) para a realização do trabalho e

conclusão de curso. Espaço onde se dedica este a outrem. Os dedicados devem ser

pessoas importantes na vida e que foram fundamentais na realização deste trabalho

acadêmico.

f) Epígrafe: elemento opcional, colocado no campo inferior direito ou no início de

cada capítulo, geralmente é uma frase, idéia ou pensamento de um autor famoso

que expresse correlação com o trabalho ou capítulo que se inicia. A epígrafe não

deve conter aspas e palavras em itálico.

g) Resumo: elemento obrigatório, que consiste na apresentação dos pontos

relevantes do documento. Deve ressaltar o tema, problema, objetivo, justificativa,

metodologia e conclusão do trabalho desenvolvido. Composto de uma seqüência de

frases concisas, afirmativas e em um único parágrafo, formatado em espaço

simples, podendo conter de 150 a 500 palavras. Deve ser escrito com o verbo na

voz ativa e na terceira pessoa do singular, por exemplo: Neste trabalho

desenvolveu-se técnicas de mensurações operacionais [...].

As palavras-chave são representativas do conteúdo desenvolvido e devem

ser postas logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave: e são

separadas e finalizadas por ponto.

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h) Resumo em Língua Estrangeira: elemento obrigatório. Consiste na versão do

resumo em língua vernácula para idioma de divulgação internacional. É a tradução

na integra de toda a página do RESUMO. Atenção: os nomes próprios não recebem

tradução.

i) Sumário: elemento obrigatório, que consiste na enumeração das principais

divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a

matéria nele se apresenta, acompanhado do respectivo número da página.

Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumário completo

do trabalho.

Relação dos capítulos, subcapítulos, seções, itens etc. que fazem parte

do trabalho, com a indicação de onde estão localizadas. Não deve ser

confundido com índice que é a enumeração detalhada dos assuntos, nomes de

pessoas, nomes geográficos e acontecimentos (NBR 6034).

Os títulos apresentados neste elemento devem estar iguais aos títulos

que aparecem no corpo do trabalho.

j) Listas: elemento opcional composto de quadros, lâminas, plantas,

fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos e

outros, elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto e respectivo

número de página.

2.2.2 Elementos Textuais – corpo do trabalho

Representa o núcleo do trabalho. É composto pela Introdução, Capítulos e

Considerações Finais.

a) Introdução: parte inicial do texto, onde deve constar a delimitação do assunto

tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema

central do trabalho.

O aluno deve, obrigatoriamente, abordar de forma clara e objetiva o tema,

problema, hipótese, justificativas, relevância, metodologia utilizada na pesquisa e um

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pequeno comentário cada capítulo (conteúdo) que foi abordado ao longo do

trabalho. É um momento de ‘exposição’ do autor, aqui ele também tem voz, deve ser

o seu relato pessoal. Não é de bom tom a utilização de citações. Deve existir uma

preocupação em despertar o desejo e interesse do leitor para o trabalho.

Atenção para o tempo verbal – recomenda-se os verbos no passado

(realizamos, pesquisamos, efetuamos etc). Uma boa introdução possui no mínimo

1,5 página de texto e que atenda os itens mínimos obrigatórios que a compõem.

b) Desenvolvimento: Capítulos ou seções: partes principais do texto, que deve

conter a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e

subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. Não é

recomendado a confecção de capítulos, seções e subseções de ‘pequenas

dimensões’. Os capítulos devem ser substanciais e que abordem um conteúdo

relativamente extenso. Para um bom desenvolvimento os capítulos não devem

começar nem terminar com citação direta dos autores pesquisados. Entre uma

citação e outra se deve fazer breves comentários em relação ao assunto.

Lembre-se: os capítulos, seções e subseções devem abordar de forma completa o

tema tratado, não confundir com itens, onde as explicações podem ser de menor

tamanho.

c) Considerações Finais ou Conclusão: parte final do texto, onde são

apresentadas as conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses propostas.

Nas considerações finais o autor deve responder se seus objetivos iniciais foram

alcançados, os resultados efetivos de sua pesquisa, retomar de forma conclusiva a

relevância do tema proposto e as contribuições para a comunidade. É um momento

de ‘exposição’ do autor, aqui ele também tem voz, deve ser o seu relato pessoal.

Não é de bom tom a utilização de citações. Nas considerações finais o pesquisador

poderá, também, colocar sugestões e perguntas a serem respondidas por um outro

pesquisador, ou por ele mesmo, em futuros trabalhos. Atenção para o tempo verbal

que também deverá ser no passado. Uma boa consideração final possui no mínimo

1,5 página de texto e que atenda os itens mínimos obrigatórios que a compõem.

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2.2.3 Elementos pós-textuais ( Ver anexo C)

Os elementos pós-textuais complementam o trabalho.

a) Referências: elemento obrigatório. Refere-se ao conjunto de documentos que

foram citados pelo pesquisador na composição do trabalho. Todos os livros,

documentos, internet, dissertações, revistas, jornais etc. devem estar elencados

aqui. As referências são descritas em fonte 12, espaço simples e um espaço entra

as obras. Deve estar em ordem alfabética crescente. As formas de elencar os

documentos se encontram ao vivo deste manual.

b) Apêndice: elemento opcional. Consiste em um texto ou documento elaborados

pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade

nuclear do trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas

consecutivas, travessão, respectivos títulos e devem estar centralizados.

Exemplos:

APÊNDICE A - Avaliação numérica de células inflamatórias totais.

APÊNDICE B - Avaliação de células presentes nas caudas em regeneração.

c) Anexo: elemento opcional. Refere-se a um texto ou documento não elaborados

pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são

identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão, respectivos títulos e

devem estar centralizados na página.

Exemplos:

ANEXO A - Representação gráfica de contagem de células inflamatórias.

ANEXO B – Projeto de Lei de nº 132/2006

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3 DETALHES QUE COMPÕEM O CORPO DO TEXTO DE UM

TRABALHO TÉCNICO-CIENTIFICO

3.1 Divisões do texto

São denominados capítulos, que podem ser subdivididos em seções

secundárias, as secundárias em terciárias, as terciárias em quaternárias, e assim

por diante. A norma recomenda que se limite o número da seção até quinária.

Exemplo:

8 PESQUISA

8.1 Conceito

8.2 Planejamento da Pesquisa

8.2.1 Preparação da pesquisa

8.2.1.1 Decisão

3.2 Citações

Citações são os créditos aos autores originais das idéias, conceitos, teorias e

pensamentos. No trabalho de Conclusão não se espera que o pesquisador crie ou

elabore conceitos e teorias, todo o trabalho deve ser embasado em referencial

teórico de cientistas consagrados, desta forma, todo o material utilizado e copiado

dos autores deverá ser citado ao longo do texto para os devidos créditos. Copiar de

forma direta ou indireta um determinado autor e não citá-lo é considerado plágio e

pela legislação, plagiar é um crime punido pelas leis federais. As citações podem ser

de três tipos:

a) citação direta

a.1) citação de até três linhas: são inseridas no texto e são colocadas entre

aspas16. Já mostrada anteriomente.

16 Quando no texto original o teórico usou o recurso de aspas, na transcrição ela deverá ser expressa com aspas

simples, exemplo: “O mar morto como num ‘rompante’ despertou furiosamente” (BRAZ, 1985, p. 352).

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a.2) citação com mais de três linhas: deve constituir um parágrafo independente,

com recuo de 4 cm a partir da margem esquerda, letra em tamanho 10 e espaço

simples entre linhas, sem aspas e sem parágrafo, é como um bloco de letras. Deve-

se posicionar o bloco de citação entre os textos que o compõem com dois espaços

simples.

b) citação livre, indireta ou paráfrase – quando, a partir de um texto lido e com

sínteses e interpretações pessoais se reproduz fielmente as idéias dos teóricos.

c) citação de citação – é feita quando não se pode consultar o documento original,

sendo feita a reprodução da informação já citada por outro autor.

4 O PROJETO DE PESQUISA ( ver texto) Definição Estrutura 5 O ARTIGO CIENTIFICO ( ver texto) Definição Estrutura

OBSERVAÇÃO : VER através de texto dado em sala de AULA. Em razão de mudanças

constantes na área.

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ANEXO

( Texto e MANUAL de NORMALIZAÇÃO da FACAM)