Apostila de Licitacoes e Contratos Administrativos

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  • Licitaes e Contratos

    Elaborao:Mrio Vincius Claussen Spinelli

    Vagner de Souza Luciano

  • CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO CGU

    MINISTRO DE ESTADO DO CONTROLE E DA TRANSPARNCIA Jorge Hage Sobrinho

    SECRETRIO-EXECUTIVOLuiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho

    SECRETRIO FEDERAL DE CONTROLE INTERNOValdir Agapito Teixeira

    OUVIDORA-GERAL DA UNIOAntnia Eliana Pinto

    CORREGEDOR-GERAL DA UNIOMarcelo Nunes Neves Rocha

    SECRETRIO DE PREVENO DA CORRUPO E INFORMAES ESTRATGICASMarcelo Stopanovski Ribeiro

    DIRETOR DE GESTO INTERNACludio Torquato da Silva

    DIRETOR DE SISTEMAS E INFORMAOJos Geraldo Loureiro Rodrigues

  • NDICE

    LICITAO.......................................................................................................................................................................3

    INTRODUO........................................................................................................................................................................3PRINCPIOS APLICVEIS..........................................................................................................................................................3DEFINIES.........................................................................................................................................................................3MODALIDADES DE LICITAO.................................................................................................................................................4FRACIONAMENTO DA DESPESA...............................................................................................................................................10OBRAS E SERVIOS.............................................................................................................................................................10COMPRAS..........................................................................................................................................................................13SISTEMA DE REGISTRO DE PREOS SRP.............................................................................................................................13TIPOS DE LICITAO............................................................................................................................................................15EDITAL.............................................................................................................................................................................17PUBLICAO......................................................................................................................................................................19CONDIES DE PARTICIPAO...............................................................................................................................................20HABILITAO....................................................................................................................................................................22REGISTROS CADASTRAIS E O SICAF........................................................................................................................................28FORMALIZAO DA LICITAO..............................................................................................................................................29SESSO PBLICA DE EXAME DA DOCUMENTAO (HABILITAO) E JULGAMENTO DAS PROPOSTAS....................................................29CRITRIOS PARA DESCLASSIFICAO DE PROPOSTAS..................................................................................................................31HOMOLOGAO E ADJUDICAO..........................................................................................................................................33REVOGAO E ANULAO DA LICITAO...............................................................................................................................34COMISSO PERMANENTE DE LICITAO OU COMISSO ESPECIAL..................................................................................................34DISPENSA DE LICITAO......................................................................................................................................................35LICITAES COM RECURSOS EXTERNOS...................................................................................................................................40OUTRAS CONSIDERAES SOBRE LICITAES DE OBRAS PBLICAS...............................................................................................40

    CONTRATO ADMINISTRATIVO................................................................................................................................43

    CONCEITO E CARACTERSTICAS..............................................................................................................................................43FORMALIZAO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.................................................................................................................43OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS......................................................................................................................................46PRESTAO DE GARANTIA....................................................................................................................................................46DURAO DOS CONTRATOS..................................................................................................................................................47PRORROGAO DOS CONTRATOS............................................................................................................................................48PUBLICAO DOS CONTRATOS...............................................................................................................................................49ALTERAO DOS CONTRATOS...............................................................................................................................................49EXECUO DOS CONTRATOS.................................................................................................................................................55INEXECUO E RESCISO DOS CONTRATOS..............................................................................................................................60SANES ADMINISTRATIVAS E TUTELA JUDICIAL.......................................................................................................................61RECURSOS ADMINISTRATIVOS................................................................................................................................................62CONTROLE EXTERNO..........................................................................................................................................................63

    BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................................................64

  • LICITAO

    INTRODUO

    Licitao um procedimento administrativo, prvio contratao, que visa a escolher aproposta mais vantajosa para a Administrao, com base em parmetros antecipadamente definidos.

    A obrigao de licitar est consignada no art. 37, XXI, da Constituio Federal Brasileira,que fixou o procedimento como compulsrio para a contratao de obras, servios, compras ealienaes, ressalvados os casos especificados na legislao.

    Tal dispositivo constitucional foi regulamentado pela Lei n. 8.666, de 21.06.1993, ealteraes. Esses normativos disciplinaram o assunto licitaes e contratos da AdministraoPblica de forma conjunta com outros posteriormente fixados.1

    Os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e as entidades da administrao indiretadevem adaptar suas normas sobre licitaes e contratos ao disposto na Lei n. 8.666/93. Por sua vez,as sociedades de economia mista, empresas e fundaes pblicas e demais entidades controladasdireta ou indiretamente pelos entes federados, que tm a prerrogativa de editar regulamentosprprios, esto, tambm, sujeitas s disposies da Lei n. 8.666/93.

    PRINCPIOS APLICVEIS

    Constituio Federal

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes daUnio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios delegalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, aoseguinte:

    Lei n 8.666/93

    Art. 3. A licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucionalda isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao e serprocessada e julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos da legalidade,da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidadeadministrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivoe dos que lhes so correlatos.

    Lei n 9.784/99

    Art. 2. A Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios dalegalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.

    DEFINIES

    Nos termos da Lei n. 8.666/93, considera-se:

    Obra - toda construo, reforma, fabricao, recuperao ou ampliao, realizada porexecuo direta ou indireta;

    Servio - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para aAdministrao, tais como: demolio, conserto, instalao, montagem, operao, conservao,reparao, adaptao, manuteno, transporte, locao de bens, publicidade, seguro ou trabalhostcnico-profissionais;

    1 Como, por exemplo, a Lei n. 10.520/02 que disps sobre a modalidade de licitao denominada prego.

  • Compra - toda aquisio remunerada de bens para fornecimento de uma s vez ouparceladamente;

    Alienao - toda transferncia de domnio de bens a terceiros;

    Execuo direta - a que feita pelos rgos e entidades da Administrao, pelos prpriosmeios;

    Execuo indireta - a que o rgo ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dosseguintes regimes:

    empreitada por preo global: quando se contrata a execuo da obra ou do servio porpreo certo e total;

    empreitada por preo unitrio: quando se contrata a execuo da obra ou do serviopor preo certo de unidades determinadas;

    tarefa: quando se ajusta mo-de-obra para pequenos trabalhos por preo certo, com ousem fornecimento de materiais;

    empreitada integral: quando se contrata um empreendimento em sua integralidade,compreendendo todas as etapas das obras, servios e instalaes necessrias, sobinteira responsabilidade da contratada at a sua entrega ao contratante em condiesde entrada em operao, atendidos os requisitos tcnicos e legais para sua utilizaoem condies de segurana estrutural e operacional e com as caractersticasadequadas s finalidades para que foi contratada;

    MODALIDADES DE LICITAO

    Representam o conjunto de regras que devem ser observadas na realizao de umdeterminado procedimento licitatrio.

    A escolha da modalidade deve se dar em funo de dois critrios:

    a) Critrio qualitativo, em que a modalidade dever ser definida em funo dascaractersticas do objeto licitado, independentemente do valor estimado para acontratao.

    Ex: Licitaes que visem promover concesses de direito real de uso, nas quais obrigatrio o uso da modalidade concorrncia.

    b) Critrio quantitativo, em que a modalidade ser definida em funo do valorestimado para a contratao, se no houver dispositivo que obrigue a utilizao docritrio qualitativo.

    Ex: Utilizao da modalidade tomada de preos para obras com valor estimado de atR$ 1,5 milho.

    Nos termos da Lei n. 8.666/93 e da Lei n. 10.520/02, so modalidades de licitao:

    1. Convite

    a modalidade de licitao entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,cadastrados ou no, escolhidos e convidados em nmero mnimo de trs.

    A sua divulgao dever se dar pela afixao, em local apropriado, de cpia doinstrumento convocatrio e tambm por meio de convite enviado a cada um dos convidados, cujacpia deve ser apensada ao processo administrativo, nos termos do art. 38, II, da Lei n. 8.666/93.

    O convite pode ser utilizado em situaes nas quais no exista determinao legal queobrigue o emprego de outra modalidade e em funo dos seguintes limites, tendo em vista o valorestimado da contratao:

    obras e servios de engenharia: at R$ 150 mil

  • compras e demais servios: at R$ 80 mil

    Em funo do teor do art. 22, 7., da Lei n. 8.666/93, questo fundamental relacionada modalidade convite diz respeito ao prosseguimento da licitao quando no houver, no mnimo,trs propostas vlidas, assim consideradas aquelas cuja documentao para habilitao foi aprovadae que a proposta financeira no contenha vcios passveis de desclassificao. Em que peseexistirem divergncias, tanto na doutrina como na jurisprudncia, sobre a questo, o Tribunal deContas da Unio firmou o entendimento sobre a necessidade de repetio do convite no caso da noobteno injustificada das trs propostas vlidas. Em outras palavras, o convite somente podeprosseguir com menos de trs propostas vlidas em casos de manifesto desinteresse dos convidadosou de limitaes do mercado, situaes devidamente justificadas no processo.

    No convite, cabe a Administrao selecionar os participantes da licitao. Essa escolha,todavia, deve atender ao interesse pblico, fundamentando-se nos princpios da impessoalidade e damoralidade. Nesse sentido, JUSTEN FILHO (2004) afirma que:

    A faculdade de escolha pela Administrao dos destinrios do convite deve serexercida com cautela, diante dos riscos de ofensa moralidade e isonomia. Se aAdministrao escolher ou excluir determinados licitantes por preferncias meramentesubjetivas, estar caracterizado desvio de finalidade e o ato ter de ser invalidado. Aseleo prvia dos participantes faz-se no interesse da Administrao e para aconsecuo do interesse pblico.

    Jurisprudncia sobre a modalidade convite:

    No se obtendo o nmero legal mnimo de trs propostas aptas seleo, nalicitao sob a modalidade convite, impe-se a repetio do ato, com a convocaode outros possveis interessados, ressalvadas as hipteses previstas no 7, do art.22, da Lei n 8.666/1993 (TCU - Smula 248) obs: As hipteses citadas referem-se asituaes de limitaes do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados.

    Nas licitaes na modalidade convite as empresas convidadas devem pertencer aoramo de negcio do objeto da licitao (Acrdo 401/2006-TCU-Plenrio).

    No se deve dar prosseguimento a processos de licitao na modalidade convite comapenas uma proposta, sob a argio de manifesto desinteresse dos convidados oulimitao do mercado, quando no tiverem sido convidadas todas as empresas doramo existentes na regio da sede do rgo licitante (Acrdo 401/2006-TCU-Plenrio).

    2. Tomada de preos

    a modalidade de licitao entre cadastrados ou outros interessados que atenderem atodas as condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data fixada para orecebimento das propostas.

    Poder ser utilizada em situaes nas quais no exista determinao legal que obrigue oemprego de outra modalidade e em funo dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado dacontratao:

    obras e servios de engenharia: at R$ 1,5 milho

    compras e demais servios: at R$ 650 mil

    3. Concorrncia

    a modalidade de licitao entre quaisquer interessados que comprovem possuir osrequisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para execuo de seu objeto.

  • Deve ser utilizada, qualquer que seja o valor estimado para a contratao, tanto nacompra ou alienao de bens imveis2, como nas concesses de direito real de uso e nas licitaesinternacionais, admitindo-se neste ltimo caso, observados os limites, a tomada de preos, quando orgo ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando nohouver fornecedor do bem ou servio no Pas.

    Nos casos em que no exista determinao legal que obrigue o emprego de outramodalidade, embora possa se utilizar a concorrncia independentemente do valor estimado para acontratao, recomendvel o seu uso acima dos limites a seguir relacionados:

    obras e servios de engenharia: acima de R$ 1,5 milho

    compras e demais servios: acima de R$ 650 mil

    Jurisprudncia sobre a modalidade concorrncia:

    No h necessidade de utilizao da modalidade concorrncia para concessesadministrativas de uso (a exemplo das cesses de cantina e restaurante), as quaisconferem ao titular do contrato um direito pessoal de uso do bem pblico, privativo eintransfervel. (Deciso 17/2001-TCU-Plenrio). Salienta-se, contudo, que emborano seja obrigatrio o uso de concorrncia, faz-se necessrio realizar licitao paraconcesso de restaurante e cantina, bem como para a instalao de mquinas devenda de caf, de refrigerantes e de terminal eletrnico de banco (TCU - Acrdo99/2005 Plenrio e TCU - Acrdo 1701/2005 - Segunda Cmara)

    Nos procedimentos licitatrios da modalidade concorrncia deve se observar odisposto no art. 22, 1., da Lei n. 8.666/93, que no prev a distino entrecadastrados e no cadastrados nos registros cadastrais da Administrao (Acrdo108/1999-TCU-Plenrio)

    4. Concurso

    a modalidade de licitao para escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico, entrequaisquer interessados, por meio da instituio de prmios ou remunerao aos vencedores,conforme critrios constantes de edital.

    Dever ser precedido de regulamento prprio, a ser obtido pelos interessados no localindicado no edital, no qual dever haver indicao para:

    I a qualificao exigida dos participantes;

    II as diretrizes e a forma de apresentao do trabalho;

    III as condies de realizao do concurso e os prmios a serem concedidos.

    5. Leilo

    a modalidade de licitao entre quaisquer interessados para a venda de bens mveisinservveis para a administrao ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para aalienao de bens imveis cuja aquisio haja derivado de procedimentos judiciais ou de dao empagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliao.

    6. Prego

    a modalidade de licitao para aquisio de bens e servios comuns,independentemente do valor estimado da contratao, em que a disputa pelo fornecimento feitapor meio de propostas e lances. Pode ser realizado na forma presencial, com o comparecimento doslicitantes na sesso pblica, ou na forma eletrnica, que envolve a utilizao de recursos detecnologia da informao.2 Ressalvados aqueles cuja aquisio haja derivado de procedimentos judiciais ou de dao em pagamento, situao naqual tambm cabe o leilo

  • O prego foi institudo, no mbito da Unio, pela Medida Provisria n. 2.026, de04.05.2000, que, aps vrias reedies e aperfeioamentos foi convertida na Lei n. 10.520, de17.07.2002, normativo que estendeu a modalidade a todos os rgos e entidades da Administraodos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. Na esfera federal, os Decretos n. 3.555, de08.08.2000, e n. 5.450, de 31.05.2005, regulamentam a matria, sendo o ltimo especfico para aforma eletrnica.

    A utilizao do prego est condicionada contratao de bens e servios comuns, que,nos termos da Lei n. 10.520/02, so aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam serobjetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais no mercado. Esses bens eservios devem ter como caracterstica, portanto, alm da sua disponibilidade no mercado, o fato depoderem ser comparveis entre si, de modo a permitir a deciso de compra com base no menorpreo.

    Na esfera federal, com a edio do Decreto n. 5.450/05, passou a ser obrigatrio o uso doprego nas licitaes para aquisio de bens e servios comuns, sendo preferencial a formaeletrnica.

    Outro normativo que trouxe importantes mudanas com relao ao emprego damodalidade foi o Decreto n. 5.504/05, que exigiu a utilizao do prego, preferencialmente naforma eletrnica, para entes pblicos ou privados, nas contrataes de bens e servios comuns,realizadas em decorrncia de transferncias voluntrias de recursos pblicos da Unio, por meio deconvnios ou instrumentos congneres, ou consrcios pblicos, o que obrigar a adoo damodalidade por praticamente todos os entes federados na gesto de recursos dessa natureza.

    O prego no se aplica s contrataes de obras, s locaes imobilirias e s alienaesem geral. Com relao aos servios de engenharia, embora seu uso seja vedado pelo art. 5., doAnexo I, do Decreto n. 3.555/00, j houve posicionamentos do Tribunal de Contas da Unioquanto possibilidade de adoo da modalidade em situaes nas quais tais servios possam serconsiderados comuns, a exemplo do Acrdo n. 817/2005 - Primeira Cmara, que considerou legala utilizao do prego para a aquisio e a instalao de sistemas de ar condicionado do tipo split. possvel, tambm, nos termos do Anexo II, do Decreto n. 3.555/00, o emprego do prego nascontrataes de servios de manuteno predial.

    Pregoeiro e equipe de apoio:

    Pregoeiro o servidor designado para conduzir a licitao da modalidade prego. Eleconta com o auxlio de uma equipe de apoio, que dever ser integrada em sua maioria porservidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administrao, preferencialmente pertencentesao quadro permanente do rgo ou entidade promotora do evento.

    As atribuies do pregoeiro incluem:

    I o credenciamento dos interessados;

    II o recebimento dos envelopes das propostas de preos e da documentao de habilitao;

    III a abertura dos envelopes das propostas de preos, o seu exame e a classificao dosproponentes;

    IV a conduo dos procedimentos relativos aos lances e escolha da proposta ou do lancede menor preo;

    V a adjudicao da proposta de menor preo;

    VI a elaborao de ata;

    VII a conduo dos trabalhos da equipe de apoio;

    VIII o recebimento, o exame e a deciso sobre a admissibilidade dos recursos; e

    IX o encaminhamento do processo devidamente instrudo, aps a adjudicao, autoridadesuperior, visando homologao e contratao.

  • Fases do prego

    Requisio do objetoJustificativa para a contrataoAutorizao para realizao do certame

    - Fase interna Disponibilidade de recursos oramentriosElaborao e aprovao do termo de refernciaDesignao do pregoeiro e da equipe de apoioElaborao e aprovao do editalParecer jurdico

    Publicao do aviso contendo o resumo do editalAbertura da sessoCredenciamentoEntrega dos envelopes (propostas e documentao)Abertura das propostasClassificao das propostas

    - Fase externa Lances verbais sucessivosExame da aceitabilidade da ofertaNegociao com o licitante vencedor da fase de lancesHabilitaoDeclarao do vencedorRecursosAdjudicao e homologao

    PRINCIPAIS DIFERENAS ENTRE O PREGO PRESENCIAL E O PREGO ELETRNICO

    Aspecto Prego presencial Prego eletrnico

    Sesso pblica Sesso pblica com a presena doslicitantes

    Envio de informaes distncia (via internet)

    Lances O licitante autor da menor proposta e osdemais que apresentarem preos at 10%superiores a ela esto classificados parafase de lances. Caso no haja pelo menostrs licitantes que atendam essascondies, devero ser convocados paraessa fase os demais, obedecida a ordem declassificao das propostas, at o mximode trs, quaisquer que sejam os preosoferecidos por eles

    Todos os licitantes, cujas propostas no foramdesclassificadas, podem oferecer lances

    Autoria dos lances Os presentes na sesso sabem quem so osautores dos lances

    vedada a identificao dos licitantesresponsveis pelos lances

    Ordem dos lances Os licitantes so classificados, de formaseqencial e apresentam lances verbais, apartir do autor da proposta classificada demaior preo e os demais, em ordemdecrescente de valor

    Os licitantes podem oferecer lances sucessivos,independentemente da ordem de classificao

    Trmino da fase delances

    Ocorre quando no houver lances menoresque o ltimo ofertado

    Ocorre por deciso do pregoeiro e o sistemaeletrnico encaminha aviso de fechamentoiminente dos lances, aps o que transcorrerperodo de at trinta minutos, aleatoriamentedeterminado

    Habilitao A documentao da habilitao nocontemplada no Sicaf deve serapresentada em envelope lacrado

    Os documentos de habilitao que no estejamcontemplados no Sicaf, inclusive quando houvernecessidade de envio de anexos, devem serapresentados via fax aps solicitao dopregoeiro no sistema eletrnico

  • PRINCIPAIS DIFERENAS ENTRE O PREGO PRESENCIAL E O PREGO ELETRNICO

    Recursos A inteno do licitante de recorrer deveser feita de forma verbal, no final dasesso, com registro em ata da sntese dasrazes

    A inteno de recorrer pode ser realizada pelolicitante, de forma imediata e motivada, emcampo prprio no sistema eletrnico

    Jurisprudncia sobre a modalidade prego:

    Na ata de realizao do prego devem ser registradas as negociaes realizadaspelo pregoeiro com vistas obteno de melhores preos para a Administrao,mesmo que no ocorra reduo do preo inicialmente proposto (Acrdo1.886/2005-TCU-Segunda Cmara).

    vedada a fixao de prazo para a fase de lances do prego (Acrdo 2.255/2005TCU-Segunda Cmara).

    necessria a capacitao especfica do pregoeiro (Acrdo 1968/2005TCU-Primeira Cmara).

    possvel o uso do prego em servios de engenharia, desde que esses serviospossam ser considerados comuns (Acrdo 817/2005TCU-Primeira Cmara).

    possvel o uso do prego para servios de manuteno predial (Deciso 343/2002TCUPlenrio).

    legal a realizao de licitao na modalidade prego para aquisio de veculos,dando como parte do pagamento bens inservveis para a Administrao (Acrdo n.277/2003-TCU-Plenrio-Voto do Ministro Relator)

    FRACIONAMENTO DA DESPESA

    A estimativa para o enquadramento na modalidade licitatria adequada dever ser feitaem funo da integralidade do objeto a ser contratado. Caso exista necessidade (tcnica eeconmica) de parcelamento para as contrataes, cada etapa h de corresponder licitao distinta,preservada a modalidade para o objeto em licitao. Fracionar a despesa consiste em dividir ascontrataes sem obedecer a modalidade cabvel para o objeto como um todo ou contratardiretamente, sem licitao, nos casos em que o procedimento obrigatrio. Tal prtica vedada, emfuno das disposies contidas no 2. e no 5., do art. 23 e nos incisos I e II, do art. 24, da Lein. 8.666/93.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    O enquadramento na modalidade adequada deve se dar em funo das despesasanuais (Acrdo 314/2004-TCU-Plenrio)

    O enquadramento na modalidade deve ser feito em funo do perodo total estimadopara o contrato contnuo (Acrdo 270/2002-TCU-Primeira Cmara)

    Ao dividir o objeto de licitaes em parcelas, nos casos em que isso for tcnica eeconomicamente vivel, nos termos do 1, art. 23 da Lei n 8.666/93, deve-seobservar o disposto nos 2. e 5. do mesmo dispositivo, que vedam ofracionamento do objeto com fuga modalidade licitatria pertinente (Acrdo934/2005-TCU-Plenrio).

    Deve-se planejar as contrataes de servios para o exerccio financeiro, com vistasa evitar o fracionamento de despesas de mesma natureza (Acrdo 47/2006-TCU-Primeira Cmara).

  • OBRAS E SERVIOS

    Segundo o art. 7., 2., da Lei n. 8.666/93, as obras e os servios somente podero serlicitados quando:

    houver projeto bsico aprovado pela autoridade competente e disponvel para examedos interessados em participar do processo licitatrio;

    existir oramento detalhado em planilhas que expressem a composio de todos osseus custos unitrios;

    houver previso de recursos oramentrios que assegurem o pagamento dasobrigaes decorrentes de obras ou servios a serem executadas no exercciofinanceiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;

    produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no PlanoPlurianual de que trata o art. 165 da Constituio Federal, quando for o caso.

    O oramento elaborado pela Administrao, caso no haja expressa determinao nessesentido, no limita superiormente os preos apresentados pelo proponente.

    Para a execuo de obras e servios no permitida:

    a incluso, no objeto da licitao, de fornecimento de materiais e servios sempreviso de quantidades ou cujos quantitativos no correspondam s previses reaisdo projeto bsico ou executivo;

    a realizao de licitao cujo objeto inclua bens e servios sem similaridade ou demarcas, caractersticas e especificaes exclusivas, salvo nos casos em que fortecnicamente justificvel, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviosfor feito sob o regime de administrao contratada, previsto e discriminado no atoconvocatrio.

    Projeto Bsico

    o conjunto de elementos necessrios e suficientes, com nvel de preciso adequado,para caracterizar a obra ou servio, ou complexo de obras ou servios objeto da licitao, elaboradocom base nas indicaes dos estudos tcnicos preliminares, que assegurem a viabilidade tcnica e oadequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliao docusto da obra e a definio dos mtodos e do prazo de execuo.3

    Com base nessa definio, depreende-se que o projeto bsico documento primordial nalicitao de obras e servios. Com efeito, nele devem estar definidos todos os elementos necessrios plena identificao da obra ou servio e, por conseguinte, todos as informaes que possibilitemaos licitantes formularem suas propostas em igualdade de condies.

    Projeto Executivo

    o conjunto dos elementos necessrios e suficientes execuo completa da obra, deacordo com as normas pertinentes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT.4

    O Manual de Obras Pblicas Edificaes, editado em 1997, pela Secretaria de Estadoda Administrao e Patrimnio Ministrio do Planejamento, definiu de forma mais ampla oprojeto executivo:

    o conjunto de informaes tcnicas necessrias e suficientes para a realizao doempreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicaes e detalhes

    3 Lei n. 8.666/93, art. 6., IX.4 Lei n. 8.666/93, art. 6., X.

  • construtivos para a perfeita instalao, montagem e execuo dos servios e obras objeto docontrato.

    O Projeto Executivo dever apresentar todos os elementos necessrios realizao doempreendimento, detalhando todas as interfaces dos sistemas e seus componentes. Alm dosdesenhos que representem todos os detalhes construtivos elaborados com base no Projeto Bsicoaprovado, o Projeto Executivo ser constitudo por um relatrio tcnico, contendo a reviso ecomplementao do memorial descritivo e do memorial de clculo apresentados naquela etapa dedesenvolvimento do projeto. O Projeto Executivo conter ainda a reviso do oramento detalhadoda execuo dos servios e obras, elaborado na etapa anterior, fundamentada no detalhamento e noseventuais ajustes realizados no Projeto Bsico.

    Ao contrrio do que ocorre com relao ao projeto bsico, no h obrigatoriedade de queo projeto executivo seja elaborado antes da realizao da licitao.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    Na realizao de licitao para contratao de obras ou servios deve ser elaboradooramento estimado em planilhas de quantitativos e preos unitrios(Acrdo n.2188/2005-TCU-Segunda Cmara)

    Deve haver a definio de forma precisa dos elementos necessrios e suficientes quecaracterizam a prestao de servio ou a execuo da obra pretendida quando daelaborao dos projetos bsicos (Acrdo n. 771/2005-TCU-Segunda Cmara)

    Oramento

    O oramento de uma obra, o qual deve ser elaborado com o maior grau de precisopossvel, possui extrema importncia na caracterizao da demanda. Sua adequada formulaopermitir uma viso sobre o dimensionamento do objeto que se pretende contratar, sobre a previsode recursos oramentrios para assegurar o pagamento das obrigaes decorrentes da obra nostermos do art. 7, 2, incisos II e III, da Lei n 8.666/93 , assim como permitir o corretoenquadramento do certame dentre as modalidades de licitao definidas na Lei, evitando-se, assim,a utilizao de modalidade incompatvel com a dimenso do objeto a ser contratado e, conforme ocaso, minimizando as possibilidades de nulidade ou fracasso da licitao.

    Nesse contexto, apresenta-se oportuno citar as contribuies contidas na obra de CludioSarian Altouniam 5 sobre conceitos bsicos dos elementos comumente considerados ao se elaborar ooramento de um objeto pretendido pela Administrao.

    Custos : a denominao dada importncia gasta em servios ou bens naproduo de outros servios ou bens.

    Custo direto : a parte do custo que depende diretamente da quantidade de bensproduzidos, ou seja, pode ser facilmente vinculada execuo de determinadobem ou servios. Por esse motivo guarda relao proporcional ao quantitativoproduzido.

    Custo indireto : a parte do custo que no pode ser associada de formaproporcional aos servios produzidos.

    Preo : a importncia paga por um bem ou servio na sua comercializao.Corresponde soma dos custos, diretos e indiretos, com o lucro desejado pelaempresa fornecedora dos servios.

    Insumos : So os bens naturais ou intermedirios empregados na produo deoutros bens econmicos, ou seja, qualquer item utilizado na execuo de servios daobra, definido sempre em funo de uma unidade.

    5 AUTOUNIAN, Cludio Sarian. Obras Pblicas: licitao, contratao, fiscalizao e utilizao. Belo Horizonte:Frum, 2007, p. 58-60.

  • Servios: qualquer atividade realizada na construo, definida em funo dacombinao de quantidades de insumos.

    O autor apresenta como exemplo de servios e insumos a seguinte tabela:

    ServioInsumos

    Material Mo-de-obra Equipamento

    Concreto (m3) Areia, pedra, cimento Pedreiro, servente Betoneira

    Escavao manual (m3) Servente

    Forma de madeira (m2) Madeira, prego Carpinteiro, servente

    BDI (Benefcio/Bonificao e Despesas Indiretas) : Corresponde ao valor dasdespesas indiretas e do lucro da empresa. usualmente expresso em forma depercentual e estabelecido como fator multiplicador que, aplicado ao valor total docusto direto, fornece o preo final da obra.

    Planilha oramentria: a planilha que relaciona todos os servios atinentes aobra, acompanhados dos respectivos quantitativos, unidade de execuo, preosunitrios e preos totais.

    Cronograma fsico-financeiro : a distribuio da execuo dos servios no perodode durao do empreendimento. Pode ser fsico, relativo s quantidades de serviosexecutadas no tempo, ou financeiro, referente aos valores monetrioscorrespondentes s quantidades desses servios executados.

    Curva ABC : Corresponde tabela ou grfico que demonstra a participaopercentual de cada componente de custo no valor total da obra. Pode ser elaboradatanto para insumos quanto para servios. Em geral, qualquer empreendimentoapresenta grupo de insumos ou servios que em menor percentual representa valorsignificativo, conforme ilustra a tabela 5.4. Por esse motivo, a elaborao da curva de extrema importncia no estudo do oramento de uma obra, pois permite avisualizao clara dos itens relevantes. Para esses itens, pertencentes ao grupo A,especial ateno deve ser dedicada quanto da anlise de custos.

    Tabela 5.4

    Curva ABC

    % dos itens de servios ou insumos % do custo de servios ou insumos

    A 10 70

    B 20 20

    C 70 10

    COMPRAS

    Segundo a Lei n. 8.666/93, compra toda aquisio remunerada de bens parafornecimento de uma s vez ou parceladamente. Para comprar necessrio caracterizaradequadamente o objeto e indicar os recursos oramentrios para o pagamento.

    Princpios recomendados para execuo de licitao para compras:

    padronizao;

    registro de preos;

    condies de aquisio e pagamento semelhantes s do setor privado;

    subdiviso em parcelas visando a economicidade;

  • balizar-se pelos preos praticados pela Administrao Pblica;

    especificao completa do bem sem a indicao de marca;

    definio das unidades e das quantidades a serem adquiridas;

    condies de guarda e armazenamento que no permitam a deteriorao do material.

    SISTEMA DE REGISTRO DE PREOS SRP

    O Decreto n 3.931, de 19 de setembro de 2001, regulamenta o Sistema de Registro dePreos - SRP previsto no art. 15 da Lei n 8.666/93. As contrataes pelo SRP sujeitam-se sdisposies do Decreto quando realizadas no mbito da Administrao Federal direta, autrquica efundacional, fundos especiais, empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais entidadescontroladas, direta ou indiretamente pela Unio.

    O SRP definido como um conjunto de procedimentos para registro formal de preosrelativos prestao de servios e aquisio de bens, para contrataes futuras.6

    Com base nessa definio, JUSTEN FILHO (2004) apresenta preciso detalhamento quepermite entender o sistema:

    necessrio compar-lo com a situao comum, em que a Administraorealiza contratao especfica, antecedida de licitao com objeto especfico. Nessescasos a licitao tem um objeto especfico e determinado e o contrato dela derivadoter de respeitar esses limites (com as modificaes admissveis nos termos do art. 65da Lei n. 8.666/93)... J numa licitao de registro de preos, os interessados noformulam propostas unitrias de contratao, elaboradas em funo de quantidadesexatas. As propostas definem a qualidade do produto e o preo unitrio, mas asquantidades a serem adquiridas e a ocasio em que ocorrer a aquisio dependerodas convenincias da Administrao. Uma vez decidida a contratar, a Administraoverificar se os preos registrados so compatveis com os praticados no mercado. Emcaso positivo, realizar as aquisies com eficincia, rapidez e segurana. O licitanteno poder se negar a contratar (desde que o contrato se compatibilize com os limitesestabelecidos no ato convocatrio). Mais ainda, podem ocorrer diversas contrataestomando por base o registro, de modo que a licitao no se exaure com uma nicacontratao. No sistema de registro de preos, a principal diferena reside no objetoda licitao. Usualmente, a licitao destina-se a selecionar um fornecedor e umaproposta para uma contratao especfica, a ser efetivada posteriormente pelaAdministrao. No registro de preos, a licitao destina-se a selecionar fornecedor eproposta para contrataes no especficas, seriadas que podero ser realizadasdurante um certo perodo, por repetidas vezes. A proposta selecionada fica disposio da Administrao que, se e quando desejar adquirir, valer-se- dos preosregistrados, tantas vezes quantas desejar (dentro dos limites estabelecidos no atoconvocatrio).

    Segundo as disposies contidas no mencionado Decreto, tem-se, ainda, as seguintesdefinies:

    Ata de Registro de Preos - documento vinculativo, obrigacional, com caracterstica decompromisso para futura contratao, onde se registram os preos, fornecedores, rgosparticipantes e condies a serem praticadas, conforme as disposies contidas no instrumentoconvocatrio e propostas apresentadas;

    rgo Gerenciador - rgo/entidade responsvel pela conduo do conjunto deprocedimentos do certame para registro de preos e gerenciamento da respectiva Ata de Registro dePreos; e

    6 Decreto n. 3.931/2001, art. 1., pargrafo nico, I.

  • rgo Participante - rgo/entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP eintegra a Ata de Registro de Preos.

    A utilizao preferencial do SRP ocorrer nas seguintes hipteses:

    necessidade de contrataes freqentes (em razo das caractersticas do objeto);

    convenincia para aquisio com previso de entregas parceladas;

    contratao de servios necessrios Administrao para o desempenho de suasatribuies;

    convenincia para contratao destinada a atender mais de um rgo/entidade, ou aprogramas de governo;

    - dificuldade em definir previamente quantitativos a serem contratados (emrazo da natureza do objeto).

    Pode ser utilizado para contratao de bens/servios de informtica, obedecida alegislao vigente (necessita justificar e caracterizar a vantagem econmica).

    Ser realizado na modalidade de concorrncia ou de prego, do tipo menor preo,precedido de ampla pesquisa de mercado. Excepcionalmente, poder ser adotado o tipo tcnica epreo, na modalidade de concorrncia, a critrio do rgo gerenciador e mediante despachofundamentado da autoridade mxima do rgo/entidade.

    TIPOS DE LICITAO

    So critrios utilizados para o julgamento do procedimento licitatrio. A Lei n. 8.666/93estabeleceu os seguintes tipos de licitao:

    TIPOS DE LICITAO

    TIPO DESCRIO

    I menor preo O vencedor ser o licitante que apresentar a proposta com o menor preo, dentre oslicitantes considerados qualificados. A classificao se dar pela ordem crescente dospreos propostos.

    II - melhor tcnica

    III tcnica e preo

    A definio do vencedor se dar em funo de critrios tcnicos e dos valores contidosnas propostas. Esses tipos de licitao devem ser utilizados na contratao servios denatureza predominantemente intelectual, em especial na elaborao de projetos, clculos,fiscalizao, superviso e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, emparticular, para a elaborao de estudos tcnicos preliminares e projetos bsicos eexecutivos.

    IV maior lance ouoferta

    O vencedor ser o licitante que apresentar a proposta ou lance com o maior preo, dentreos licitantes qualificados. A classificao se dar pela ordem decrescente dos preospropostos. Tipo de licitao utilizado nos casos de alienao de bens ou concesso dedireito real de uso.

    Procedimentos adotados nas licitaes do tipo melhor tcnica:

    Dever haver fixao do preo mximo que a Administrao se prope a pagar;

    Sero abertos os envelopes contendo as propostas tcnicas exclusivamente doslicitantes previamente qualificados e feita ento a avaliao e classificao destaspropostas de acordo com os critrios pertinentes e adequados ao objeto licitado. Essescritrios devem estar definidos com clareza e objetividade no instrumentoconvocatrio e devem considerar a capacitao e a experincia do proponente, aqualidade tcnica da proposta, compreendendo metodologia, organizao, tecnologiase recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificao das equipestcnicas a serem mobilizadas para a sua execuo;

  • Uma vez classificadas as propostas tcnicas, so abertas as propostas de preo doslicitantes que tenham atingido a valorizao mnima estabelecida no instrumentoconvocatrio. Em seguida, so negociadas as condies propostas, com a proponentemelhor classificada, com base nos oramentos detalhados apresentados e respectivospreos unitrios e tendo como referncia o limite representado pela proposta demenor preo entre os licitantes que obtiveram a valorizao mnima;

    No caso de impasse na negociao anterior, procedimento idntico ser adotado,sucessivamente, com os demais proponentes, pela ordem de classificao, at aconsecuo de acordo para a contratao;

    As propostas de preos sero devolvidas intactas aos licitantes que no forempreliminarmente habilitados ou que no obtiverem a valorizao mnima estabelecidapara a proposta tcnica.

    Procedimentos adotados nas licitaes do tipo tcnica e preo:

    Sero abertos os envelopes contendo as propostas tcnicas exclusivamente doslicitantes previamente qualificados e feita ento a avaliao e classificao destaspropostas de acordo com os critrios pertinentes e adequados ao objeto licitado. Essescritrios devem ser definidos com clareza e objetividade no instrumento convocatrioe devem considerar a capacitao e a experincia do proponente, a qualidade tcnicada proposta, compreendendo metodologia, organizao, tecnologias e recursosmateriais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificao das equipes tcnicas aserem mobilizadas para a sua execuo;

    Ser feita a avaliao e a valorizao das propostas de preos, de acordo com critriosobjetivos pr-estabelecidos no instrumento convocatrio;

    A classificao dos proponentes far-se- de acordo com a mdia ponderada dasvalorizaes das propostas tcnicas e de preo, de acordo com os pesos estabelecidosno instrumento convocatrio.

    A utilizao do tipo tcnica e preo para contratao de bens e servios de informtica:

    Embora o 4., do art. 45, da Lei n. 8.666/93 fixe a obrigatoriedade de uso do tipotcnica e preo nas licitaes para a contratao de bens e servios de informtica, taldispositivo no deve ser interpretado de forma literal. H contrataes desses bens eservios que no envolvem aspectos tcnicos e que, portanto, poderiam ser licitadaspelo tipo menor preo. Ratifica essa posicionamento a prpria legislao posterior aLei n. 8.666/93, a exemplo do Anexo II, do Decreto n. 3.555/00, que estabeleceucomo possvel a aquisio de computadores e impressoras por meio do prego,modalidade que tem como caracterstica o julgamento pelo tipo menor preo. Nessesentido, tambm caminha a jurisprudncia do TCU, que j se posicionou reiteradasvezes acerca da obrigatoriedade da adoo do tipo tcnica e preo, em licitaes paracontratao de bens e servios de informtica, somente em situaes que envolvamaspectos intelectuais.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    A licitao do tipo tcnica e preo somente pode ser utilizada para servios comcaractersticas eminentemente de natureza intelectual, excluindo-se nesse caso aaquisio de bens que, ainda de informtica sejam de fcil obteno no mercado,mediante a prvia especificao, e ainda os servios comuns para a operao dosistema a ser desenvolvido/adquirido (Acrdo 1631/2005-TCU-Primeira Cmara);

    Deve-se evitar conceder pontos na fase tcnica da licitao a licitantes que possuamsede ou filial em localidades especficas (TCU - Acrdo 26/2007 Plenrio);

  • Deve-se evitar estabelecer pontos na fase tcnica da licitao para requisitosrelativos ao quantitativo e qualificao do quadro de pessoal das empresas licitantes(TCU - Acrdo 26/2007 Plenrio);

    vedado atribuir pontos na avaliao da tcnica, para quesitos cujo atendimentopelos licitantes necessitem incorrer em despesas desnecessrias e anteriores prpria celebrao do contrato (TCU - Acrdo 1878/2005 Plenrio);

    vedado atribuir pontos na avaliao da tcnica, pelo tempo de existncia dolicitante ou do produto no mercado (TCU - Acrdo 1878/2005 Plenrio);

    No deve ser utilizado o tipo tcnica e preo para aquisio de bens que, ainda deinformtica, sejam de fcil obteno no mercado, mediante a prvia especificao(TCU - Acrdo 1631/2005 - Primeira Cmara)

    EDITAL

    O edital o ato convocatrio da licitao e sua principal funo estabelecer as regrasdefinidas para a realizao do procedimento, as quais so de observncia obrigatria, tanto pelaAdministrao, quanto pelos licitantes. Nas sbias palavras de MEIRELES (2005), o edital a leiinterna da licitao.

    O original do edital dever ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pelaautoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitao, e dele extraindo-se cpiasintegrais ou resumidas, para sua divulgao e fornecimento aos interessados.

    Indicaes constantes do edital (art. 40, Lei n. 8.666/93)1. No prembulo: o nmero de ordem em srie anual;

    o nome da repartio interessada e de seu setor; a modalidade de licitao, o regime de execuo e o tipo da licitao; a meno de que a licitao ser regida pela Lei n. 8.666/93; local, dia e hora para recebimento da documentao e da proposta e para abertura dos

    envelopes.2. O objeto da licitao, em descrio sucinta e clara;3. Prazos e condies para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, para execuo do contrato e entrega

    do objeto da licitao;

    4. Sanes para o caso de inadimplemento;5. Local onde poder ser examinado e adquirido o projeto bsico;6. Se h projeto executivo disponvel na data da publicao do edital e o local onde possa ser examinado e

    adquirido;7. Condies para participao na licitao e forma de apresentao das propostas;8. Critrio para julgamento, com disposies claras e parmetros objetivos;

    9. Locais, horrios e cdigos de acesso aos meios de comunicao distncia em que sero fornecidos elementos,informaes e esclarecimentos relativos licitao e s condies para atendimento das obrigaes necessriasao cumprimento de seu objeto;

    10. Condies equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitaesinternacionais;

    11. O critrio de aceitabilidade dos preos unitrio e global, conforme o caso, permitida a fixao de preos mximose vedados a fixao de preos mnimos, critrios estatsticos ou faixas de variao em relao a preos dereferncia, ressalvado o disposto com relao a inexeqibilidade de preos;

    12. Critrio de reajuste, que dever retratar a variao efetiva do custo de produo, admitida a adoo de ndicesespecficos ou setoriais, desde a data prevista para apresentao da proposta, ou do oramento a que essaproposta se referir, at a data do adimplemento de cada parcela;

    13. Limites para pagamento de instalao e mobilizao para execuo de obras ou servios que seroobrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;

  • Indicaes constantes do edital (art. 40, Lei n. 8.666/93)14. Condies de pagamento, prevendo:

    - prazo de pagamento no superior a trinta dias, contado a partir da data final do perodo de adimplemento decada parcela;

    - cronograma de desembolso mximo por perodo, em conformidade com a disponibilidade de recursosfinanceiros;

    - critrio de atualizao financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do perodo de adimplementode cada parcela at a data do efetivo pagamento;

    - compensaes financeiras e penalizaes, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipaes depagamentos;

    - exigncia de seguros, quando for o caso;15. Instrues e normas para recursos;16. Condies de recebimento do objeto da licitao;

    17. Outras indicaes especficas ou peculiares da licitao.18. Anexos do edital, quando for o caso.

    Anexos do edital (dele fazendo parte integrante):

    o projeto bsico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificaes eoutros complementos;

    oramento estimado em planilhas de quantitativos e preos unitrios;

    a minuta do contrato a ser firmado entre a Administrao e o licitante vencedor;

    as especificaes complementares e as normas de execuo pertinentes licitao.

    Qualquer cidado pode impugnar edital de licitao por irregularidade, devendoprotocolar o pedido at cinco dias teis antes da data fixada para a abertura dos envelopes dehabilitao. A Administrao deve julgar e responder impugnao em at trs dias teis.

    Documentos que devero ser previamente aprovados pela assessoria jurdica daAdministrao:

    minuta do edital de licitao;

    minuta do contrato, acordo, convnio ou ajuste, se for o caso.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    obrigatria a admisso, nas licitaes para a contratao de obras, servios ecompras, e para alienaes, onde o objeto for de natureza divisvel, sem prejuzo doconjunto ou complexo, da adjudicao por itens e no pelo preo global, com vistasa propiciar ampla participao dos licitantes que, embora no dispondo decapacidade para a execuo, fornecimento ou aquisio da totalidade do objeto,pudessem, contudo, faz-lo com referncia a itens ou unidades autnomas, devendoas exigncias de habilitao adequarem-se a essa divisibilidade (Acrdo 935/2007-TCU-Plenrio).

    Autor de parecer jurdico no pode ser responsabilizado solidariamente com oAdministrador, haja vista o parecer no ser ato administrativo, sendo, quando muitoato de administrao consultiva (Mandado de Segurana n. 24073/DF STF).

    Sempre que cabvel, as sugestes apresentadas pela Assessoria Jurdica em relao anlise das minutas de editais e contratos devem ser atendidas, observando ocontido no pargrafo nico do art. 38 da Lei n 8.666/93 (Acrdo 1.613/2004 TCU Segunda Cmara)

  • PUBLICAO

    A divulgao antecipada da realizao dos procedimentos licitatrios obrigatria, comvistas a atender o princpio da publicidade. O aviso contendo o resumo do edital dever descrever asprincipais informaes relativas licitao, possibilitando a identificao do objeto licitado, dorgo contratante e das datas e prazos previstos.

    A tabela a seguir apresenta os prazos a serem seguidos pela Administrao Pblica parapublicao do aviso contendo os resumos dos editais das concorrncias, das tomadas de preos, dosconcursos, dos leiles e dos preges:

    MODALIDADE TIPO DO ATOPRAZOMNIMO*

    VECULO

    Concurso / Concorrncia para:empreitada integral ou do tipotcnica ou tcnica e preo

    Regulamento doConcurso ou Avisocontendo o resumo

    do edital

    45 diascorridos

    Tomada de preos do tipo tcnicaou tcnica e preo / Concorrnciaquando no for: empreitada integralou do tipo tcnica ou tcnica e

    preo

    Aviso contendo oresumo do edital

    30 diascorridos

    Leilo / Tomada de preos quandono for do tipo tcnica ou tcnica e

    preo

    Aviso contendo oresumo do edital

    15 diascorridos

    - Jornal dirio de circulao estadual

    - Jornal de circulao municipal (sehouver)

    - Dirio Oficial do Estado (quando setratar de licitao feita por rgo daAdministrao Pblica Estadual ouMunicipal)

    - Dirio Oficial da Unio (quando se tratarde licitao feita por rgo ou entidadeda Administrao Pblica Federal ou porqualquer outro, quando se tratar de obrasfinanciadas parcial ou totalmente comrecursos federais ou garantidos porinstituies federais)

    PregoAviso contendo oresumo do edital

    8 dias teis

    - Dirio Oficial do respectivo entefederado ou, no existindo, em jornal decirculao local;

    - Meios eletrnicos (facultativamente);

    - em jornal de grande circulao(conforme o vulto da licitao);

    - na home-page contas pblicas.

    ConviteCpia do

    instrumento doconvite

    5 dias teis - Fixao em local apropriado

    * Prazos mnimos at o recebimento das propostas ou realizao do evento. Contados a partir da ltima publicao doedital resumido ou da expedio do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos

    anexos, prevalecendo o que ocorrer mais tarde.

    Qualquer modificao no edital exige divulgao pela mesma forma que se deu o textooriginal, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, aalterao no afetar as providncias a cargo dos licitantes, no tocante obteno de documentao e elaborao das propostas.

    CONDIES DE PARTICIPAO

    No poder participar, direta ou indiretamente, da licitao ou da execuo da obra ouservio e fornecimento (art. 9):

    autor do projeto bsico, projeto executivo (pessoa fsica ou jurdica);

    empresa responsvel pela elaborao do projeto bsico ou executivo (autor dirigente,gerente...);

    consultor tcnico autor do projeto (exceto para realizar a fiscalizao do objeto, asuperviso na execuo do contrato ou atividade semelhante);

  • servidor ou dirigente da contratante.

    * O projeto executivo pode ser includo como encargo da contratada em seu preoglobal ou ser executado por preo previamente estabelecido.

    PARTICIPAO DE COOPERATIVAS NAS LICITAES

    Constituio da Repblica:

    "Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econmica, o Estadoexercer, na forma da lei, as funes de fiscalizao, incentivo e planejamento, sendo estedeterminante para o setor pblico e indicativo para o setor privado.

    (...)

    2 A lei apoiar e estimular o cooperativismo e outras formas de associativismo."

    Lei n. 5.764/71:

    "Art. 4 As cooperativas so sociedades de pessoas, com forma e natureza jurdicaprprias, de natureza civil, no sujeitas a falncia, constitudas para prestar servios aos associados,distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes caractersticas:

    (...)

    XI - rea de admisso de associados limitada s possibilidades de reunio, controle,operaes e prestao de servios."

    Lei n. 5.764/71:

    "Art. 86. As cooperativas podero fornecer bens e servios a no associados, desde quetal faculdade atenda aos objetivos sociais e estejam de conformidade com a presente lei.

    Lei n. 8.666/93:

    "Art. 12. Nos projetos bsicos e projetos executivos de obras e servios seroconsiderados principalmente os seguintes requisitos:

    (...)

    IV - possibilidade de emprego de mo-de-obra, materiais, tecnologia e matrias-primasexistentes no local para execuo, conservao e operao;"

    Enunciado n. 331 do TST:

    "O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por parte do empregador, implica aresponsabilidade subsidiria do tomador dos servios, quanto quelas obrigaes, inclusive quantoaos rgos da administrao direta, das autarquias, das fundaes pblicas, das empresas pblicas edas sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relao processual e constemtambm do ttulo executivo judicial."

    Termo de Conciliao Judicial firmada entre o Ministrio Pblico do Trabalho e a Unio(05/06/2003)

    "Clusula Primeira - A Unio abster-se- de contratar trabalhadores, por meio decooperativas de mo-de-obra, para a prestao de servios ligados s suas atividades-fim ou meio,quando o labor, por sua prpria natureza, demandar execuo em estado de subordinao, quer emrelao ao tomador, ou em relao ao fornecedor dos servios, constituindo elemento essencial aodesenvolvimento e prestao dos servios terceirizados, sendo eles:

  • Acrdo n. 159/2003 Plenrio

    Assim como no caso do parcelamento, previsto no art. 23 da Lei n. 8.666, o art. 33estabelece que a realizao do consrcio providncia discricionria da Administrao.

    No se mostra consentneo com a legislao vigente determinar Administraocontratante que, no prximo certame, insira clusula no edital permitindo a participao deempresas consorciadas para a execuo do objeto - trata-se de deciso discricionria do entecontratante -, nem tampouco que apresente argumentao tcnica comprovando que a metodologiaoperacional das obras em andamento no justifica a sua execuo por empresas consorciadas.

    Caber ao rgo de controle aferir se a situao concreta - magnitude do objeto -comportaria a participao de empresas em consrcio.

    Tratamento diferenciado para microempresa/empresa de pequeno porte

    A Lei complementar n 123, de 14/12/2006, apresentou inovaes em relao aojulgamento dos documentos de habilitao e das propostas eventualmente apresentadas pelasmicroempresas e pelas empresas de pequeno porte, assegurando vantagens peculiares aosproponentes que se enquadrarem em uma dessas condies. Essas vantagens podem ser sintetizadasnos seguintes pontos:

    Regularidade fiscal - exigida somente para efeito de assinatura do contrato;

    Na licitao pode toda a documentao exigida para comprovar regularidade fiscal,mesmo que haja alguma restrio;

    Havendo alguma restrio - 2 (dois) dias teis para a regularizao;

    No-regularizao - decadncia do direito contratao, facultada a convocao deremanescente ou revogao do certame;

    Critrio de desempate, preferncia de contratao para as microempresas e empresasde pequeno porte;

    Empate na Concorrncia, Tomada de Preos e Convite - propostas iguais ou at10% superiores melhor classificada.

    Prego - at 5%

    Possibilidade de apresentao proposta de preo inferior vencedora.

    prego - 5 (cinco) minutos aps o encerramento dos lances p/ apresentar melhorproposta.

    HABILITAO

    a comprovao de que o licitante possui os requisitos fixados para a participao nalicitao.

    Segundo a Lei n. 8.666/93, somente poder ser exigida dos interessados a documentaorelativa :

    I habilitao jurdica;

    II regularidade fiscal;

    III qualificao tcnica;

    IV qualificao econmico-financeira;

    V cumprimento com relao proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre amenores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo nacondio de aprendiz, a partir de quatorze anos, conforme disposto na ConstituioFederal.

  • Jurisprudncia sobre o assunto:

    vedado exigir em licitaes Certides Negativas de Dbito Salarial e de InfraesTrabalhistas (Acrdo 87/2006-TCU-Segunda Cmara)

    vedado exigir certificado ISO para habilitao (Acrdo 1292/2003-TCU-Plenrio)

    I Habilitao Jurdica:

    Nas palavras de MEIRELLES (2005), a aptido efetiva para exercer direitos e contrairobrigaes. Consiste, conforme o caso, na seguinte documentao:

    a) cdula de identidade;

    b) registro comercial (no caso de empresa individual);

    c) ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor;

    d) inscrio do ato constitutivo (no caso de sociedades civis);

    e) decreto de autorizao (no caso de empresa ou sociedade estrangeira emfuncionamento no pas).

    II Regularidade Fiscal:

    Representa o cumprimento das exigncias relacionadas a aspectos fiscais. Consiste,conforme o caso, na seguinte documentao:

    a) prova de inscrio no CPF ou no CNPJ;

    b) prova de inscrio no cadastro de contribuintes estadual ou municipal da sede dolicitante, se houver;

    c) prova de regularidade para com a Fazenda Federal (Certides Negativas DvidaAtiva/PFN e Tributos Administrados pela Receita Federal), Estadual e Municipal dasede do licitante;

    d) prova de regularidade relativa Seguridade Social (CND) e ao FGTS (Certificado deRegularidade).

    III Qualificao Tcnica:

    Compreende a verificao do atendimento de exigncias relativas capacidade tcnica decumprimento do objeto licitado. Segundo o art. 30, da Lei n. 8.666, tal exame deve limitar-se aosseguintes itens:

    a) Registro ou inscrio na entidade profissional competente;

    b) Comprovao de aptido para desempenho de atividade pertinente e compatvel emcaractersticas, quantidades e prazos com o objeto da licitao, e indicao dasinstalaes e do aparelhamento e do pessoal tcnico adequados e disponveis para arealizao do objeto da licitao, bem como da qualificao de cada um dosmembros da equipe tcnica que se responsabilizar pelos trabalhos;

    Segundo o art. 30, 1., da Lei n. 8.666/93, no caso de obras e servios a comprovaode aptido ser feita mediante atestados fornecidos por pessoas jurdicas de direito pblico ouprivado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes.

  • A comprovao de tal aptido, no entanto, envolve aspectos inerentes ao pessoal tcnicoque integra o corpo de funcionrios do licitante (capacitao tcnico-profissional) e ao potencialtcnico da prpria empresa em executar o objeto do contrato (capacitao tcnico-operacional),cujas peculiaridades sero detalhadas a seguir:

    Capacitao tcnico-profissional:

    No caso de capacitao tcnico-profissional, as exigncias ficam limitadas acomprovao de se possuir, em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta,profissional de nvel superior ou outro devidamente reconhecido pela autoridade competente,detentor de atestado de responsabilidade tcnica por execuo de obra ou servio de caractersticassemelhantes, limitadas estas exclusivamente s parcelas de maior relevncia e valor significativo doobjeto da licitao (definidas no edital), vedadas as exigncias de quantidades mnimas ou prazosmximos. Tambm vedada a exigncia de comprovao de atividade ou de aptido comlimitaes de tempo ou de poca ou ainda em locais especficos, ou quaisquer outras no previstasna Lei n. 8.666/93, que inibam a participao na licitao. Os profissionais indicados pelo licitantepara fins de comprovao da capacitao tcnico-profissional devero participar da obra ou servioobjeto da licitao, admitindo-se a substituio por profissionais de experincia equivalente ousuperior, desde que aprovada pela administrao.

    Capacitao tcnico-operacional:

    Embora no taxativamente inserida no texto legal (o dispositivo que tratava do assuntofoi vetado), a exigncia de requisitos de capacitao tcnico-operacional tem sido aceita por boaparte da doutrina e em vasta jurisprudncia. O Tribunal de Contas da Unio entendeu, inclusive, serlcito o estabelecimento de limites e quantidades mnimas, ao contrrio do que ocorre com relao acapacitao tcnico-profissional7. Assim, a vedao de quantidades mnimas e prazos mximos ficarestrita ao profissional (capacitao tcnico-profissional) e no empresa (capacitao tcnico-operacional). Nesse sentido, tambm caminha o entendimento de JUSTEN FILHO (2004):

    Uma interpretao que se afigura excessiva aquela de que a capacitaotcnico-operacional no pode envolver quantitativos, locais ou prazos mximos...

    ... Logo, se o objeto for uma ponte com quinhentos metros de extenso, no possvel que a Administrao se satisfaa com a comprovao de que o sujeito jconstruiu uma ponte eventualmente, com cinco metros de extenso. Sempre que adimenso quantitativa, o local, o prazo ou qualquer outro dado for essencial satisfao do interesse pblico ou retratar algum tipo de dificuldade peculiar, aAdministrao estar no dever de impor requisito de qualificao tcnico-operacionalfundado nesses dados

    Importante ponto que tambm merece ser destacado, diz respeito verificao quanto ainterdependncia na consecuo dos servios, que, se no configurada, impede a exigncia aosparticipantes de tarefas executadas em um nico contrato.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    No se deve exigir atestados de capacitao tcnico-profissional em nome daempresa licitante, pois tal comprovao dever se dar com relao ao profissionalde nvel superior (TCU - Acrdo 3053/2006 Primeira Cmara)

    permitido exigir atestado de capacitao tcnica, tanto do profissional de nvelsuperior ou outro devidamente reconhecido por entidade competente, como dasempresas participantes da licitao (Deciso 767/1998-TCU-Plenrio);

    Devem ser juntados, aos processos licitatrios, os pareceres tcnicos que justifiquem,em detalhes, as exigncias de qualificao tcnica dos licitantes, nos termos do art.38, inc. VI da Lei n 8.666/93, em especial quando envolvam requisitos deexperincia na execuo simultnea de mais de um item de servio, tendo em vista

    7 Deciso 285/2000 TCU Plenrio

  • que tais exigncias somente podem ser impostas na estrita medida da suacompatibilidade e necessidade frente s caractersticas individuais de cada obra alicitar (Acrdo n 63/2006-TCU-Plenrio).

    Deve-se limitar as exigncias de qualificao tcnico operacional para contrataoconjunta de diversos itens de prestao de servios administrativos, aos itens demaior relevncia e em percentuais razoveis, de modo a evitar a restrio indevida competitividade do certame (Acrdo n 1.159/2007-TCU-2 Cmara)

    Predomina no TCU o entendimento de que exigir CTPS ou contrato social paracomprovar o vnculo profissional de que trata art. 30, 1, inciso I, da Lei n.8.666/93, restringe o carter competitivo da licitao (Acrdos TCU 2297/2005;361/2006 e 291/2007 todos do Plenrio)

    a) Comprovao de que recebeu os documentos e tomou conhecimento de todas ascondies da licitao;

    b) Prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

    Exemplos de situaes que podero caracterizar restrio competitividade quanto qualificao tcnica:

    a) Exigncia de comprovao de aptido para execuo dos servios em um nicocontrato, sem que haja interdependncia dos mesmos;

    b) Fixao de quantidades mnimas e prazos mximos para a capacitao tcnico-profissional;

    c) Exigncia de itens irrelevantes e sem valor significativo em relao ao objeto emlicitao para efeito de capacitao tcnico-profissional ou tcnico-operacional;

    d) Exigncia de itens que, no decorrer do contrato, acabam no sendo executados.

    IV Qualificao Econmico-Financeira:

    Compreende a verificao do atendimento de exigncias relativas capacidadeeconmico-financeira de cumprimento do objeto licitado. Segundo o art. 31, da Lei n. 8.666/93, talverificao deve estar limitada exigncia de:

    a) Balano patrimonial e demonstraes contbeis do ltimo exerccio social, os quaispodem ser atualizados por ndices oficiais quando encerrado h mais de trs meses dadata de apresentao da proposta.

    Somente podero ser requeridos tais documentos quando j exigveis e apresentados naforma de lei especfica. Com efeito, prazos legais, como os definidos pela Lei n. 6.404/76 (Lei dasSociedades Annimas), que estabeleceu em quatro meses aps o encerramento do exerccio socialpara realizao de assemblia geral ordinria para exame, discusso e aprovao das demonstraescontbeis do exerccio anterior, devem ser levados em considerao nas exigncias constantes doedital.

    b) Certido negativa de falncia ou concordata expedida pelo distribuidor da sede dapessoa jurdica, ou de execuo patrimonial, expedida no domiclio da pessoa fsica;

    c) Garantia limitada a 1% do valor estimado do objeto da contratao:

    A Lei refere-se garantia para a apresentao da proposta, ou seja, garantia para aparticipao na licitao, que, portanto, no deve ser confundida com disposto no art. 56, que serefere prestao de garantia na contratao. Tal hiptese configura-se como fator de seguranapara o prosseguimento do certamente, pois dificulta a participao de empresas que apresentampropostas sem a devida condio para prestao do objeto ou que desejem somente prejudicar aconduo do certame. Note-se, porm, a vedao para exigncia cumulativa desta garantia e acomprovao de capital mnimo ou patrimnio lquido mnimo, conforme descrito no item a seguir.

  • d) Capital Mnimo e Patrimnio Lquido Mnimo:

    Nas compras para entrega futura e na execuo de obras e servios, no havendo aexigncia de garantia prevista no item anterior, poder ser preceituada a comprovao de capitalmnimo ou de patrimnio lquido mnimo no limite de at 10% do valor estimado da contratao.

    Jurisprudncia sobre o assunto

    Nos termos do art. 31, 2, da Lei n. 8.666/93 vedada a exigncia simultnea derequisitos de capital social mnimo ou patrimnio lquido mnimo e garantias para acomprovao da qualificao econmico-financeira dos licitantes (Deciso1521/2002-TCU-Plenrio - Acrdo 808/2003-TCU-Plenrio)

    e) ndices contbeis:

    Podero ser exigidos, ainda, nos termos dos 1. e 5., do art. 31, da Lei n. 8.666/93,ndices contbeis que demonstrem a capacidade financeira do licitante, desde que previstos no editale devidamente justificados, sendo vedada a exigncia de fatores de rentabilidade ou lucratividade,bem como de ndices e valores no usualmente adotados para a correta avaliao de situaofinanceira suficiente ao cumprimento das obrigaes decorrentes da licitao.

    O tema merece abordagem cuidadosa. Pois, no rara a sua utilizao de formaexcessiva, e por conseguinte, indevida.

    O legislador, ao facultar o estabelecimento de ndices contbeis, procurou conceder Administrao a prerrogativa de aferir de forma objetiva a situao econmico-financeira dosinteressados na contratao, com vistas a escapar daqueles incapazes em satisfazer oscompromissos assumidos.

    A grande questo reside no fato de analisar trs aspectos: em que situaes aceitvel afixao de ndices, quais seriam esses indicadores e qual seria o valor admissvel para cada umdeles.

    Com relao ao primeiro, conforme disposio da norma, o objetivo da fixao de ndicescontbeis deve limitar-se demonstrao da capacidade financeira do licitante com vistas aoscompromissos que ter que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, donde pode-se depreender,portanto, que tal exigncia deve ser proporcional ao objeto a ser contratado.

    J quanto ao segundo e terceiro aspectos, como a norma no identifica que ndicespodero ser exigidos e quais os valores de referncia proibindo, somente, conforme j citado, autilizao de fatores de rentabilidade e lucratividade daqueles no usualmente adotados para corretaavaliao da situao financeira suficiente ao cumprimento das obrigaes decorrentes da licitao floresceram entendimentos dos mais variados quanto a sua aplicao.

    Como exemplo, pode-se destacar as disposies constantes da Instruo NormativaMARE-GM N. 5, de 21.07.1995, que estabeleceu os procedimentos destinados implantao eoperacionalizao do Sistema de Cadastramento Unificado de Servios Gerais SICAF e quedefiniu que o fornecedor teria sua boa situao financeira avaliada, com base na obteno dendices de Liquidez Geral (LG), Solvncia Geral (SG) e Liquidez Corrente (LC), resultantes daaplicao das frmulas apresentadas a seguir:

    LG =Ativo Circulante + Realizvel a Longo Prazo

    Passivo Circulante + Exigvel a Longo Prazo

    SG =Ativo Total

    Passivo Circulante + Exigvel a Longo Prazo

    LC =Ativo Circulante

    Passivo Circulante

  • O referido dispositivo fixou, ainda, que as empresas que apresentarem resultado igual oumenor do que 1 (um) em qualquer deles, quando de suas habilitaes devero comprovar,considerados os riscos para administrao e, a critrio da autoridade competente, o capital mnimoou patrimnio lquido mnimo, na forma dos 2. e 3., do artigo 31, da Lei n 8.666/93, comoexigncia imprescindvel para sua classificao podendo, ainda, ser solicitada prestao de garantiana forma do 1, do artigo 56, do mesmo diploma legal, para fins de contratao.

    No h, no entanto, como definir um critrio rgido para avaliao da convenincia dosndices exigidos. Dessa forma, diante da ausncia de maior detalhamento sobre o assunto na lei delicitaes e da complexidade do tema, as exigncias porventura efetuadas devem limitar-se asituaes em que for estritamente conveniente e em limites que possam ser plenamente justificados,para que no possa, em qualquer hiptese, caracterizar situao de natureza restritiva e ferir, porconseguinte, carter competitivo do certame.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    A exigncia de ndice de liquidez de recursos prprios excessiva, por tratar-se dendice no usual. Alm disso, a necessidade de ndice de liquidez geral e de liquidezcorrente superior a 2,0 foi considerada acima dos patamares necessrios paraassegurar assuno dos compromissos exigveis aos contratados. (Deciso217/2002-TCU-Plenrio).

    A exigncia de ndices deve ser acompanhada da devida justificativa tcnica noprocesso licitatrio, conforme disposto no 5 do artigo 31 da Lei n. 8.666/93(Acrdo 291/2007 Plenrio)

    A exigncia de ndices de Liquidez Geral (LG), de Liquidez Corrente (LC) e deSolvncia Geral (SG) em valores superiores a 2,0 considerada excessiva (TCU -Acrdo 2028/2006 - Primeira Cmara)

    Observaes importantes sobre habilitao:

    Os documentos podero ser apresentados em original, por qualquer processo de cpiaautenticada por cartrio competente ou por servidor da administrao ou publicaoem rgo da imprensa oficial.

    A documentao de habilitao poder ser dispensada, no todo ou em parte, nos casosde convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilo.8

    A documentao de habilitao poder ser substituda por registro cadastral emitidopor rgo ou entidade pblica, desde que previsto no edital e o registro tenha sido emobedincia ao disposto na Lei n. 8.666/93.

    vedado o prvio recolhimento de taxas ou emolumentos para a habilitao, salvo osreferentes ao fornecimento do edital, limitados ao valor da reproduo grfica.

    Exemplos de situaes que podero caracterizar restrio competitividade, quanto qualificao econmico-financeira:

    a) Exigncia de balano patrimonial e demonstraes contbeis ainda no exigveis porlei;

    b) Exigncia de ndices contbeis e valores no usuais;

    8 Destaca-se, porm, por fora de disposio contida na Constituio Federal, a necessidade de exigncia, mesmo noscasos de convite, de documentao que comprove a regularidade perante a seguridade social. Nesse sentido, por meioda Deciso n. 705/94-Plenrio, o Tribunal de Contas da Unio posicionou-se que, por fora do disposto no 3., do art.195, da Constituio Federal que torna sem efeito, em parte, o permissivo do 1., do art. 32, da Lei n. 8.666/93 , adocumentao relativa regularidade com a Seguridade Social de exigncia obrigatria nas licitaes pblicas, aindaque na modalidade convite, para a contratao de obras, servios ou fornecimento, e mesmo que se trate defornecimento para pronta entrega.

  • c) Exigncia de ndices contbeis sem a devida justificativa;

    c) Exigncia simultnea de capital mnimo ou patrimnio lquido mnimo e garantia deproposta.

    REGISTROS CADASTRAIS E O SICAF

    Nos termos do art. 34, da Lei n. 8.666/93, os rgos e entidades da AdministraoPblica que realizem freqentemente licitaes mantero registros cadastrais para efeito dehabilitao, na forma regulamentar, os quais devero ser amplamente divulgados e estarpermanentemente abertos aos interessados.

    No mbito federal, o Decreto n. 3.722, de 09.01.2001, (alterado pelo Decreto n. 4.485,de 25.12.2002) disps sobre o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores SICAF,registro cadastral do Poder Executivo Federal mantido pelos rgos e entidades que compem oSistema de Servios Gerais SISG. Esse normativo previu que a habilitao dos fornecedores emlicitao, dispensa, inexigibilidade e nos contratos administrativos pertinentes aquisio de bens eservios e a alienao e locao pode ser comprovada por meio de prvia e regular inscriocadastral no SICAF. Alm disso, conforme o art. 1., 1., II, do referido Decreto, nos casos em quehouver necessidade de assinatura de contrato e o licitante para o qual foi adjudicado o objeto dalicitao no estiver inscrito no SICAF, o seu cadastramento dever ser feito pela Administrao,sem nus para o proponente, antes da contratao, com base no reexame da documentaoapresentada para habilitao, devidamente atualizada.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    Em qualquer modalidade de licitao, no se pode exigir, mas se deve aceitar, ainscrio prvia no SICAF como meio de prova da habilitao de interessado(Acrdo 989/2006-TCU-Primeira Cmara);

    vedado exigir dos licitantes prvio cadastramento no SICAF para participao emlicitaes (Acrdo 790/2006-TCU-Primeira Cmara);

    No se deve exigir em processos licitatrios realizados por meio de prego aapresentao de documentos e informaes que j constem do SICAF ou de sistemassemelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municpios (Acrdo267/2006-TCU-Plenrio).

  • FORMALIZAO DA LICITAO

    O procedimento da licitao ser iniciado com a abertura de processo administrativo,devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo, os documentos apresentados a seguir:

    Elementos do processo licitatrio 9

    1. Autorizao respectiva;

    2. Indicao sucinta do objeto e do recurso prprio para a despesa;

    3. Edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;

    4. Comprovante das publicaes do edital resumido ou da entrega do convite;

    5. Ato de designao da comisso de licitao, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsvel pelo convite;

    6. Original das propostas e dos documentos que as instrurem (inclusive documentao apresentada para ahabilitao);

    7. Atas, relatrios e deliberaes da Comisso Julgadora;

    8. Pareceres tcnicos ou jurdicos emitidos sobre a licitao, dispensa ou inexigibilidade;

    9. Atos de adjudicao do objeto da licitao e da sua homologao;

    10. Recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestaes e decises;

    11. Despacho de anulao ou de revogao da licitao, quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente;

    12. Termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;

    13. Outros comprovantes de publicaes;

    14. Demais documentos relativos licitao.

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    necessrio autuar os processos administrativos, com obedincia seqncia denumerao cronolgica, com o registro da motivao de qualquer cancelamento oualterao de numerao de documentos nos autos (Acrdo 115/2006-TCU-PrimeiraCmara)

    SESSO PBLICA DE EXAME DA DOCUMENTAO (HABILITAO) EJULGAMENTO DAS PROPOSTAS

    Devero ser realizadas sesses pblicas para abertura dos envelopes contendo adocumentao especificada para fins de habilitao e para o julgamento das propostas.

    Com relao s modalidades convite, tomada de preos e concorrncia, sero adotados,no que couber, os seguintes procedimentos:

    Abertura dos envelopes contendo a documentao relativa habilitao e seu exame;

    Devoluo dos envelopes contendo as propostas fechados aos concorrentesinabilitados, desde que no tenha havido recurso ou aps sua denegao;

    Abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, aps arealizao dos procedimentos inerentes interposio de recursos;

    Exame da conformidade das propostas em relao aos requisitos fixados peloinstrumento de convocao, inclusive no que concerne a admissibilidade do preoofertado;

    Classificao das propostas conforme os requisitos estabelecidos no instrumento deconvocao;

    Homologao;

    Adjudicao.

    9 Lei n. 8.666/93, art. 38

  • Os procedimentos inerentes ao prego presencial so os seguintes:

    Credenciamento dos licitantes (identificao do representante legal);

    Entrega dos envelopes (propostas e documentao) pelos licitantes e de declaraodando cincia de que cumprem plenamente os requisitos de habilitao;

    Abertura do envelope das propostas e a verificao de sua conformidade com osrequisitos estabelecidos no instrumento convocatrio;

    Seleo das propostas para a fase de lances verbais;

    Fase de lances verbais;

    Exame da aceitabilidade da oferta do menor lance obtido e negociao com o licitantevencedor da fase de lances;

    Abertura do envelope contendo a documentao (habilitao) do licitante vencedor dafase de lances;

    Declarao do vencedor;

    Fase de interposio de recursos.

    Adjudicao;

    Homologao.

    No que concerne ao prego eletrnico, a sesso pblica ser realizada da seguinte forma:

    Aps a divulgao do edital no endereo eletrnico e do envio das propostas peloslicitantes at a data e hora marcadas (exclusivamente por meio eletrnico), ocorre aabertura da sesso, por meio de comando do pregoeiro com a utilizao de sua chavede acesso e senha;

    Verificao das propostas pelo pregoeiro e desclassificao daquelas que no estejamem conformidade com os requisitos estabelecidos no edital;

    Ordenao, pelo sistema, das propostas classificadas pelo pregoeiro, sendo quesomente estas participaro da fase de lances;

    Incio fase competitiva, com envio de lances pelos licitantes, exclusivamente pormeio do sistema eletrnico. O licitante somente poder oferecer lance inferior aoltimo por ele ofertado e registrado pelo sistema e durante a sesso pblica, oslicitantes sero informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado,vedada a identificao do licitante;

    Encerramento da etapa de lances por deciso do pregoeiro, ocasio em que o sistemaeletrnico encaminha aviso de fechamento iminente dos lances. Aps o comando dopregoeiro, transcorre perodo de tempo de at trinta minutos, aleatoriamentedeterminado, findo o qual automaticamente encerrada a recepo de lances.

    Fase de negociao, mediante encaminhamento (a critrio do pregoeiro), pelo sistemaeletrnico, de contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso,para que seja obtida melhor proposta, observado o critrio de julgamento, no seadmitindo negociar condies diferentes daquelas previstas no edital.

    Exame da proposta classificada em primeiro lugar quanto compatibilidade do preoem relao ao estimado para contratao;

    Verificao da habilitao do licitante conforme disposies do edital. Destaca-se apossibilidade de envio de documentos e anexos via fax (e posterior remessa dosoriginais);

    Declarao do vencedor;

    Fase de interposio de recursos, exclusivamente por meio do sistema eletrnico;

    Adjudicao;

  • Homologao.

    Observaes importantes:

    No caso de empate entre duas ou mais propostas, e aps obedecidos os critrios depreferncia nacional ( 2o do art. 3o da Lei n. 8.666/93), a classificao se far,obrigatoriamente, por sorteio, em ato pblico, para o qual todos os licitantes seroconvocados, vedado qualquer outro processo (procedimento somente aplicvel paraconvite, tomada de preos e concorrncia);

    Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas foremdesclassificadas, a administrao poder o prazo de oito dias teis para a apresentaode nova documentao ou de outras propostas escoimadas das falhas verificadas,facultada, no caso de convite, a reduo deste prazo para trs dias teis.

    CRITRIOS PARA DESCLASSIFICAO DE PROPOSTAS

    CASOS DE DESCLASSIFICAO DE PROPOSTAS10

    I - as propostas que no atendam s exigncias do ato convocatrio da licitao;

    II propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preos manifestamente inexeqveis, assimconsiderados aqueles que no venham a ter demonstrada sua viabilidade atravs de documentao que comprove que oscustos dos insumos so coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade so compatveis com aexecuo do objeto do contrato, condies estas necessariamente especificadas no ato convocatrio da licitao.

    Propostas inexeqveis em licitaes de obras e servios de engenharia:

    Segundo o 1., do art. 48, da Lei n. 8.666/93, consideram-se manifestamenteinexeqveis, no caso de licitaes de menor preo para obras e servios de engenharia, as propostascujos valores sejam inferiores a 70% do menor dos seguintes valores:

    a) mdia aritmtica dos valores das propostas superiores a 50% do valor orado pelaadministrao, ou

    b) valor orado pela administrao.

    Alm disso, segundo o 2. do mesmo dispositivo, os licitantes cujo valor global daproposta for inferior a 80% do menor valor a que se referem as duas opes acima, ser exigida,para a assinatura do contrato, prestao de garantia adicional igual a diferena entre o valorresultante do 1. e o valor da correspondente proposta. Tal dispositivo, se utilizado conformeredao da Lei n. 8.666/93, apresenta resultados completamente incoerentes, na medida em quequanto maior for o valor da proposta examinada (e, portanto com menor risco, quanto a suainexequibilidade), maior ser a sua diferena para o valor calculado como limite (com base no 1.)e, por conseguinte, maior ser o valor da garantia a ser apresentada.

    Exemplo:

    Determinada licitao do tipo menor preo apresentou os seguintes valores para ooramento e para as propostas dos licitantes:

    Oramento doedital

    Proposta A Proposta B Proposta C Proposta D Proposta E Proposta F

    100,00 110,00 88,00 62,00 120,00 45,00 70,00

    10 Lei n. 8.666/93, art. 48

  • Verificar se existem propostas manifestamente inexeqveis:

    Soluo:

    a) Clculo da mdia aritmtica dos valores das propostas superiores a 50% (cinqentapor cento) do valor orado pela administrao:

    50% do valor orado = 50,00

    mdia das propostas superiores (exclui-se a proposta E):

    (110,00 + 88,00 + 62,00 + 120,00 + 70,00) / 5 = 90,00

    b) Valor orado pela administrao = 100,00

    Menor dos valores (entre a e b) = 90,00 70% de 90,00 = 63,00

    Resposta: Propostas manifestamente inexeqveis (valores inferiores a 70% de 90,00= 63,00):

    Proposta C (valor = 62,00) e Proposta E (valor = 45,00)

    Jurisprudncia sobre o assunto:

    Devem ser estabelecidos nos instrumentos convocatrios de licitaes, critriosobjetivos para a desclassificao de licitantes em razo de preos excessivos oumanifestamente inexeqveis,