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PIS e COFINS Cumulativo - Exclusão Outras Receitas Exclusão de outras receitas da base de cálculo Por meio do artigo 79, inciso XII da Lei no 11.941/2009, foi revogado o parágrafo 1o do artigo 3o da Lei no 9.718/1998, que trata sobre a base de cálculo do PIS/COFINS sujeita ao regime cumulativo: “Artigo 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. Parágrafo 1º - Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.” (parágrafo revogado)” Após essa alteração a Lei estabelece como base de cálculo do PIS/COFINS cumulativo, a receita bruta apurada pela empresa. Assim entendemos que a partir de 28/5/2009, o conceito de receita bruta deve seguir a mesma regra aplicada pelo Decreto-Lei nº 1598/1977, que dispõe sobre o imposto sobre o lucro das pessoas jurídicas domiciliadas no País, que estabelece em seu artigo 12: “Artigo 12 - A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria e o preço dos serviços prestados.” Ponderando os aludidos dispositivos legais entendemos que a partir de 28/5/2009, a tributação do PIS/COFINS pelas empresas sujeitas ao regime cumulativo, devem considerar como base de cálculo somente os valores da receita bruta, não se incluindo dentro desse conceito as demais receitas auferidas pela empresa, tais como, recuperação de despesas, receitas financeiras e receitas de aluguel não consideradas como operacionais. Importante destacar que a Secretaria da Receita Federal pode ter entendimento divergente sobre o assunto, assim também é recomendável a análise do assunto junto a assessoria jurídica da empresa.

APOSTILA IMPOSTOS

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Page 1: APOSTILA IMPOSTOS

PIS e COFINS Cumulativo - Exclusão Outras Receitas

Exclusão de outras receitas da base de cálculo

Por meio do artigo 79, inciso XII da Lei no 11.941/2009, foi revogado o parágrafo 1o do artigo

3o da Lei no 9.718/1998, que trata sobre a base de cálculo do PIS/COFINS sujeita ao regime

cumulativo:

“Artigo 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da

pessoa jurídica.

Parágrafo 1º - Entende-se por receita bruta a totalidade das   receitas auferidas pela pessoa

jurídica,   sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil

adotada para as receitas.” (parágrafo revogado)”

Após essa alteração a Lei estabelece como base de cálculo do PIS/COFINS cumulativo, a

receita bruta apurada pela empresa. Assim entendemos que a partir de 28/5/2009, o conceito

de receita bruta deve seguir a mesma regra aplicada pelo Decreto-Lei nº 1598/1977, que

dispõe sobre o imposto sobre o lucro das pessoas jurídicas domiciliadas no País, que

estabelece em seu artigo 12:

“Artigo 12 - A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens 

nas  operações de conta própria e  o  preço  dos  serviços  prestados.”

Ponderando os aludidos dispositivos legais entendemos que a partir de 28/5/2009, a tributação

do PIS/COFINS pelas empresas sujeitas ao regime cumulativo, devem considerar como base de

cálculo somente os valores da receita bruta, não se incluindo dentro desse conceito as demais

receitas auferidas pela empresa, tais como, recuperação de despesas, receitas financeiras e

receitas de aluguel não consideradas como operacionais.

Importante destacar que a Secretaria da Receita Federal pode ter entendimento divergente

sobre o assunto, assim também é recomendável a análise do assunto junto a assessoria

jurídica da empresa.

Page 2: APOSTILA IMPOSTOS

Comentário LUCRO REAL com PIS/COFINS Cumulativo

De acordo com a Lei 10.833/2003, artigo 10o., mesmo optando pelo lucro real, as empresas

que tiverem as atividades citadas abaixo terão a apuração do PIS e COFINS no formato

cumulativo, devendo apurar a recuperação dos créditos para as demais receitas no regime

não-cumulativo na proporção da receita bruta:

Art. 10. Permanecem sujeitas às normas da legislação da COFINS, vigentes anteriormente a

esta Lei, não se lhes aplicando as disposições dos arts. 1oa 8o: (Vide Medida Provisória no 252, de

15/06/2005).

I - as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6o, 8o e 9o do art. 3o da Lei no 9.718, de 1998, e na

Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983;

II - as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou

arbitrado;

III - as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;

IV - as pessoas jurídicas imunes a impostos;

V - os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e

as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no art. 61 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição;

VI - as sociedades cooperativas;

VI - sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária, sem prejuízo das deduções

de que trata o art. 15 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e o art. 17

da Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003, não lhes aplicando as disposições do § 7o do art. 3o

das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e as

de consumo; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)

VII - as receitas decorrentes das operações:

a) referidas no inciso IV do § 3o do art. 1o;(Vide Medida Provisória n° 413, de 3 de janeiro de 2008)

b) sujeitas à substituição tributária da COFINS;

c) referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998;

VIII - as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;

IX - as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de

radiodifusão sonora e de sons e imagens;

IX - as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das

empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; (Redação dada pela Lei

nº 10.865, de 2004)

X - as receitas submetidas ao regime especial de tributação previsto no art. 47 da Lei no

10.637, de 30 de dezembro de 2002;

XI - as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:

a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens

móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;

b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a

Page 3: APOSTILA IMPOSTOS

preço predeterminado, de bens ou serviços;

c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou

serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de

economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados

decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data;

XII - as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário,

metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;

XIII - as receitas decorrentes do serviço prestado por hospital, pronto-socorro, casa de saúde e

de recuperação sob orientação médica e por banco de sangue;

XIII - as receitas decorrentes de serviços: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)

a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de

fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas;

e(Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de

sangue; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

XIV - as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos

fundamental e médio e educação superior.

XV - as receitas decorrentes de vendas de mercadorias realizadas pelas pessoas jurídicas

referidas no art. 15 doDecreto-Lei no 1.455, de 7 de abril de 1976; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

XVI - as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros,

efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação

de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo; (Incluído pela Lei nº 10.865, de

2004)

XVII - as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e de

informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de

telefonia; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

XVIII – as receitas decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola

inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB); (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)XVIII – as receitas decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);

XIX – as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center,

telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

XX – as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada,

de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2006; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)XX - as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2008; (Redação dada pela Lei nº11.434, de 28 de dezembro de 2006)

XXI – as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e

de organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da

Fazenda e do Turismo. (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)XXI – as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do Turismo.

Page 4: APOSTILA IMPOSTOS

XXII - as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; (Incluído pela Lei nº 10.925, de 2004)

XXIII - as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias

operadoras de rodovias; (Incluído pela Lei nº 10.925, de 2004)

XXIV - as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens

e turismo. (Incluído pela Lei nº 10.925, de 2004)

XXV - as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das

atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso,

bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte

técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as

páginas eletrônicas. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)XXVI - as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quandodecorrentes de contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003; (Incluído pela Lei nº11.196, de 21/11/2005)

XXVII - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.196, de 21/11/2005)

Limites - Receita Federal

ATIVO IMOBILIZADO - De acordo com art. 301 do RIR/99 é de R$ 326,61.

LUCRO PRESUMIDO - Faturamento R$ 48.000.000,00 (Anual), Base de Cálculo do IRPJ 16% Serviços - Faturamento R$ 120.000,00 (Anual).

ADICIONAL IRPJ - R$ 20.000,00/Mês de Base de Cálculo - 10% s/ excedente.

SUPER SIMPLES - Faturamento R$ 2.400.000,00 (Anual)

Tributos na Importação

PIS- IMPORTAÇÃO E COFINS- IMPORTAÇÃO:Será devido o PIS- Importação e a COFINS- Importação pelo importador de bens e produtos

estrangeiros bem como pelo importador de serviços do exterior, conforme determina o art. 1º

da Lei 10.865/2004

As referidas contribuições, como regra geral, serão calculadas mediante aplicação, sobre a

base de cálculo de que trata o art. 7o da lei 10.865/2004, das alíquotas de:

I - 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento), para o PIS/PASEP-Importação; e

II - 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), para a COFINS-Importação.

RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE :Os rendimentos e demais proventos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos

por fonte situada no pais, à pessoa física ou jurídica residente no exterior, estão sujeitos a

incidência na fonte à alíquota de 25% sobre os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo

empregatício e os da prestação de serviços, conforme disposto no art. 685 do RIR/99 (Decreto

Page 5: APOSTILA IMPOSTOS

3.000/99).

CIDEA Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), instituída pela Lei nº

10.168/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 4.195/2002, é devida pela pessoa jurídica

detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos, bem como pela

signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia, firmados com residentes

ou domiciliados no exterior.

Essa contribuição incide, à alíquota de 10%, sobre as importâncias pagas, creditadas,

entregues, empregadas ou remetidas a cada mês a residentes ou domiciliados no exterior, a

título de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a

fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência técnica, cessão e licença de

uso de marcas e cessão e licença de exploração de patentes.

A CIDE deve ser paga até o último dia útil da quinzena subsequente ao mês de ocorrência do

fato gerador, por meio de DARF, utilizando o código 8741.

Sendo assim, conclui-se que:

IMPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – Haverá a incidência do PIS-Importação, COFINS-Importação e IRRF. Ademais, se nos serviços prestados por fonte no exterior, houver a transferência de tecnologia, haverá incidência da CIDE. – Haverá a incidência do PIS-Importação, COFINS-

Importação e IRRF. Ademais, se nos serviços prestados por fonte no exterior, houver a

transferência de tecnologia, haverá incidência da CIDE.

Importante mencionar que, na prestação de serviços com transferência de tecnologia, a

retenção do imposto de renda na fonte se fará mediante aplicação da alíquota de 15% bem

como haverá a incidência da CIDE, mediante aplicação da alíquota de 10%.

IRPJ - BASE 16%

Percentuais de Base de Cálculo do IRPJ Ano Base 2007No ano-calendário, são aplicados os seguintes percentuais na determinação do lucro

presumido:

a) 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta mensal auferida na

revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás

natural;

b) 8% (oito por cento) sobre a receita bruta mensal proveniente:

b.1) da venda de produtos de fabricação própria;

b.2) da venda de mercadorias adquiridas para revenda;

b.3) da industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o

material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização;

Page 6: APOSTILA IMPOSTOS

b.4) da atividade rural;

b.5) de serviços hospitalares;

b.6) do transporte de cargas;

b.7) de outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços;

c) 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta mensal auferida pela prestação de serviços

de transporte, exceto o de cargas;

d) 32% (trinta e dois por cento)sobre a receita bruta mensal auferida com as atividades de:

d.1) prestação de serviços pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão

legalmente regulamentada;

d.2) intermediação de negócios;

d.3) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de qualquer

natureza;

d.4) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra;

d.5) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada anteriormente.

As atividades de corretagem (seguros, imóveis, etc.) e as de representação comercial são

consideradas atividades de intermediação de negócios.

No caso de atividades diversificadas, deve ser aplicado o percentual correspondente sobre a

receita proveniente de cada atividade.

Atenção:

A partir de 1º de janeiro de 2006, o percentual também passou a ser aplicado sobre a receita

financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento de

terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a

venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando decorrente da

comercialização de imóveis e for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em

contrato. (Lei nº 11.196, de 2005, art. 34)

Determinação da Base de Cálculo do Imposto Por Meio de Percentual Favorecido - Base 16%As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, mencionadas nas

alíneas "d.2" a "d.5" retro, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, podem utilizar,

para determinação da base de cálculo do imposto de renda trimestral, o percentual de 16%

(dezesseis por cento).

A pessoa jurídica cuja receita bruta anual acumulada até determinado trimestre do ano-

calendário exceder o limite anual de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) deve determinar

nova base de cálculo do imposto com a aplicação do percentual de 32% (trinta e dois por

cento), e apurar a diferença do imposto postergado em cada trimestre transcorrido, no

trimestre em que foi excedido o limite.

Esta diferença deve ser paga em quota única, por meio de Darf separado, no código 2089, até

o último dia útil do mês subseqüente ao trimestre em que ocorrer o excesso. Após este prazo,

a diferença será paga com os acréscimos legais.

Page 7: APOSTILA IMPOSTOS

Pessoas Jurídicas Obrigadas a optar pelo LUCRO REAL

Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999 - Decreto 3000/1999:

Art. 246.  Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas (Lei nº 9.718, de 1998,

art. 14):

I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de vinte e quatro

milhões de reais, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze

meses; (limite alterado para R$ 48.000.000/ano);

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de

desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,

sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e

câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,

cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de

previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; (inclui

participar de PJ no exterior);

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à

isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-caledário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de

estimativa, na forma do art. 222;

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria

creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar

e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de

prestação de serviços (factoring);

Comentário Opção ao Lucro Presumido

EMPRESAS QUE PODEM OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO

Poderão optar pelo Lucro Presumido, as pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do

Lucro Real, cuja receita bruta total no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a

R$ 48.000.000,00 (art. 46 da Lei nº 10.637/2002), ou ao limite proporcional de R$

4.000.000,00, multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a doze (art.

516 do RIR/99).

O exercício da opção pelo pagamento trimestral com base no lucro presumido será

manifestado com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente

ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário e será definitivo para todo o período

(art. 26 da Lei nº 9.430/96 e § 1º do art. 13 da Lei nº 9.718/98).

As pessoas jurídicas que houverem iniciado atividades a partir do segundo trimestre

Page 8: APOSTILA IMPOSTOS

manifestarão a opção pelo lucro presumido com o pagamento da primeira ou única quota do

imposto devido relativa ao período de apuração do início das atividades.

EMPRESAS OBRIGADAS À TRIBUTAÇÃO COM BASE NO LUCRO REAL

Conforme Lei nº 9.718/98, arts. 13 e 14, estão obrigadas ao regime de tributação com base no

Lucro Real, as seguintes empresas:

Cuja receita bruta no ano-caledário anterior seja até R$ 48.000.000,00 (art. 46 da Lei nº 10.637/02);

Constituída sob a forma de Sociedade por Ações de Capital Aberto;

Cuja atividade seja de Banco, de Seguros Privados, de Previdência Privada e equiparadas;

Que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital, auferidos no exterior;

Que pretendem usufruir benefícios fiscais;

Que no decorrer do ano-calendário tenha efetuado a suspensão ou redução do Imposto;

Empresa de fomento mercantil (FACTORING);

Empresa de construção civil com registro de custo orçado.

MP 252/2005 - Vencimento IRRF e PIS/COFINS/CSSL RET 2006

PRAZO DE RECOLHIMENTO DO IRRF SEMANAL A PARTIR DE 2006

De acordo com a MP 252-2005 em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de

01/01/2006, os recolhimentos do Imposto de Renda Retido na fonte (IRRF) serão efetuados nos

seguintes prazos:

I - na data da ocorrência do fato gerador, no caso de:

a) rendimentos atrbiuídos a residentes ou domiciliados no exterior; e

b) pagamentos a beneficiários e não identificados;

II - até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio de ocorrência dos fatos geradores, no caso

de:

Page 9: APOSTILA IMPOSTOS

a) juros sobre o capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou

domiciliados no exterior, e títulos de capitalização;

b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e

sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e

c) multa ou qualquer vantagem (art. 70 da Lei No. 9.430/96);

III - até o último dia útil do mês subsequente ao encerramento do período de apuração, no

caso de rendimentos e ganhos de capital distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário;

e

IV - até o último dia útil do primeiro decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos

fatos geradores, nos demais casos.

Isso significa que o IRRF de apuração semanal passou a ser mensal, com vencimento até o último dia útil do primeiro decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS RETENÇÕES 4,65% PIS, COFINS E CSLL A PARTIR DE 2006

Em relação dos fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/2006, as contribuições a

PIS/COFINS e CSLL, retidas sobre serviços prestados por pessoas jurídicas a outras pessoas

jurídicas, deverão ser recolhidas até o último dia útil da quinzena subsequente àquela

quinzena em que tiverocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou

prestadora do serviço (esse prazo era até o último dia útil da semana subsequente àquela

quinzena em que tiver ocorrido o fato gerador)

IRRF - Fatos geradores Dezembro 2006 e 2007

DE OLHO NA LEGISLAÇÃO: Imposto de Renda Retido na Fonte

Prezado Cliente,

Sobre a Lei 11.196/2005, em seu Artigo 70, Parágrafo Único, excepcionalmente nas

competências de Dezembro de 2006 e Dezembro de 2007, os períodos de apuração

e os respectivos recolhimentos do Imposto de Renda Retido na Fonte serão

efetuados de forma diferenciada, a saber:

Apuração Dezembro de 2006

Para os pagamentos ocorridos entre 01/12/2006 e 10/12/2006, o recolhimento do

Page 10: APOSTILA IMPOSTOS

IRRF será efetuado até o 3º dia útil do 2º decêndio, ou seja, no dia 13/12/2006;

Para os pagamentos ocorridos entre 11/12/2006 e 20/12/2006, o recolhimento do

IRRF será efetuado até o 3º dia útil do 3º decêndio, ou seja, no dia 22/12/2006,

existe uma corrente que entende que o 3º dia útil seja dia 26/12/2006, considerando

que dia 23/12/2006 (sábado) não há expediente bancário;

Para os pagamentos ocorridos entre 21/12/2006 e 31/12/2006, o recolhimento do

IRRF será efetuado até o último dia útil do 1o decêndio do mês de janeiro de 2007,

ou seja, no dia 10/01/2007.

Apuração Dezembro de 2007

Para os pagamentos ocorridos entre 01/12/2007 e 10/12/2007, o recolhimento do

IRRF será efetuado até o 3º dia útil do 2º decêndio, ou seja, no dia 13/12/2007;

Pagamentos ocorridos entre 11/12/2007 e 31/12/2007 até o último dia útil do 1o

decêndio do mês subseqüente, ou seja, até o dia 10/01/2008.

Em tempo as versões dos sistemas Folha, G5, Jr, Adm e Gescon Phoenix, serão

liberados antes das respectivas datas de vencimento, sem a necessidade de nenhum

reprocessamento adicional, ou seja, caso o usuário já tenha processados dados, não

precisará reprocessa-los. Ex: caso já tenha processado folha de pagamento de

novembro, não precisará reprocessá-la.

DIRF 2006

De acordo com o disposto no Art. 8º da Instrução Normativa nº 670/2006 a entrega

da DIRF ano calendário 2006, deverá ser efetuada até as 20:00h do dia 31/01/2006.

Informamos que os sistemas Contmatic já estão sendo adequados ao novo layout.

Tributação de Prêmios de seguros recebidos

TRIBUTAÇÃO DE PRÊMIOS DE SEGUROS RECEBIDOS POR PESSOAS JURÍDICAS

A tributação de prêmios de seguros recebidos por pessoas jurídicas, só será feita, se o valor

recebido for superior ao valor do bem na contabilidade (ATIVO IMOBILIZADO), líquido de

depreciação. Caso isto ocorra à tributação de PIS E COFINS é isenta, e à tributação de IRPJ e

CSLL é somente sobre valor que ultrapassou o valor contábil atualizado do bem, com alíquota

de 15% de IRPJ e 9% de CSLL, sem a aplicação de percentual de base de cálculo de presunção.

 Desta maneira, preciso que você identifique este veículo, para que possamos verificar nas

Page 11: APOSTILA IMPOSTOS

contas do ativo imobilizado, qual é o valor atual do bem para a contabilidade.

 Exemplo da apuração dos impostos:

 Preço de compra do veículo R$ 30.000,00

 (-) Depreciação de 2 ano (30.000 x 40%) = R$ 12.000,00

 (=) Valor atual do bem = R$ 18.000,00

 Valor recebido de prêmio de seguro = R$ 22.755,00

 (-) Valor atual na contabilidade = R$ 18.000,00

 (=) Valor a tributar = R$ 4.755,00

 IRPJ = R$ 4.755,00 x 15% = R$ 713,25

 CSLL = R$ 4.755,00 x 9% = R$ 427,95

Pagamentos Quando Exclusão SIMPLES

Uma empresa do setor de produção de vídeo e filmes obteve no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3ª), em São Paulo, o direito de não recolher a diferença de tributos que deixou de pagar até ser excluída do Simples. A decisão é um importante precedente para as 80 mil empresas que foram desenquadradas do regime tributário no ano passado pela Receita Federal. 

Ao julgar agravo de instrumento interposto pela empresa, o desembargador Lazarano Neto considerou que o fato da uma empresa ser excluída do Simples não a obriga ao pagamento retroativo dos impostos com base nas normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas. Em sua decisão, o magistrado determinou que "surtirá efeito a partir do mês subsequente ao da exclusão, não sendo devidas as contribuições de forma retroativa". 

O advogado Gilson Rasador, da Pactum Consultoria Empresarial, responsável pelo ajuizamento da ação, sustentou que o desenquadramento não poderia ter efeitos retroativos "sob pena de violação ao princípio constitucional", como determina Código Tributário Nacional. 

Em setembro do ano passado, a Receita Federal enviou cartas informando a exclusão das empresas do Simples. Todas, baseadas na Lei nº 9.317/96, exerciam atividades vedadas de aderir ao sistema: manutenção de máquinas e equipamentos, organização de feiras e eventos, decoração, impermeabilização em obras de engenharia civil, instalações hidráulicas, entre outras. 

Juntamente com este comunicado, as empresas também souberam que precisariam arcar com o pagamento retroativo dos tributos a partir de janeiro de 2002. Ou seja, uma dívida fiscal acumulada no período de um ano e nove meses, antes mesmo de saberem que não poderiam

Page 12: APOSTILA IMPOSTOS

estar no sistema.

IOF sobre operações FACTORING

Entre outras hipóteses de incidência do IOF encontra-se aquela relativa às operações de

crédito. Neste texto, discorreremos sobre o tratamento tributário que deverá ser observado

pelas empresas de factoring.

O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da

obrigação, ou da sua colocação à disposição do interessado.

A expressão operações de crédito compreende as operações de empréstimo sob qualquer

modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos, e a alienação a empresa que

exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios, resultantes de venda a prazo.

O contribuinte do imposto é a pessoa jurídica ou física que alienar o direito creditório

resultante de vendas a prazo a empresa defactoring.

A responsabilidade pela cobrança e pelo recolhimento do imposto será da empresa

de factoring adquirente do direito creditório.

Embora o contribuinte do imposto seja pessoa jurídica ou física que alienar o direito creditório

resultante de vendas a prazo, a responsabilidade pelo recolhimento é atribuída à empresa

defactoring, a exemplo do que ocorre nas operações de crédito, em que o tomador do

financiamento ou empréstimo é o contribuinte, porém a responsabilidade pelo recolhimento é

da instituição financeira.

O imposto será cobrado de acordo com as seguintes alíquotas:

a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;

b) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia.

Note-se que o IOF incidirá no período compreendido entre a data da ocorrência do fato

gerador e a data do vencimento de cada parcela do direito creditório alienado à empresa

de factoring.

A base de cálculo, nas operações de factoring, é o valor líquido entregue ou colocado à

disposição do alienante, correspondente ao valor nominal do direito creditório, deduzindo-se

os juros cobrados antecipadamente.

 O IOF deverá ser recolhido por intermédio do Darf até o 3º dia útil da semana subseqüente à

de sua cobrança, utilizando-se o código de arrecadação 6895.

Suponhamos que uma duplicata de venda mercantil, sacada contra determinada empresa,

decorrente de operações comerciais, no valor de R$ 50.000,00, emitida em 06.07.2004, com

vencimento em 03.11.2004, tenha sido vendida, no mesmo dia de sua emissão, pelo credor a

uma empresa de factoring pelo valor líquido obtido de R$ 45.000,00:

0,0041% (alíquota) " 121 dias (de 06.07.2004 até 03.11.2004) = 0,4961%

Page 13: APOSTILA IMPOSTOS

R$ 45.000,00 " 0,4961% = R$ 223,24

O valor do IOF será de R$ 223,24 e deverá ser recolhido até o 3º dia útil da semana

subseqüente com o código do Darf 6895.

Suponhamos que o título fosse emitido para pagamento em 4 parcelas iguais, no valor de R$

12.500,00 cada uma, com vencimentos em 06.08.2004, 06.09.2004, 06.10.2004 e 03.11.2004,

respectivamente, e que tenha sido vendido à empresa de factoring pelo valor de R$

47.000,00.

1ª Parcela

0,0041% " 32 dias = 0,1312%

R$ 11.750,00 " 0,1312% = R$ 15,42

2ª Parcela

0,0041% " 63 dias = 0,2583%

R$ 11.750,00 " 0,2583% = R$ 30,35

3ª Parcela

0,0041% " 93 dias = 0,3813%

R$ 11.750,00 " 0,3813% = R$ 44,80

4ª Parcela

0,0041% " 121 dias = 0,4961%

R$ 11.750,00 " 0,4961% = R$ 58,29

O total do IOF que será recolhido é R$ 148,86, ou seja, a soma de: R$ 15,42 + R$ 30,35 + R$

44,80 + R$ 58,29 = R$ 148,86.

Receita Federal Fiscalizará Cartão Crédito

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que 244.249 usuários de cartões de crédito, que movimentaram mais de R$ 90 milhões em 2003, serão intimados para explicar como realizaram transações superiores a R$ 5 mil, mesmo tendo declarado isenção de Imposto de Renda. Também serão chamadas a prestar contas 81.450 pessoas jurídicas que movimentaram R$ 583,3 milhões.

Rachid garantiu que a "Operação Cartão de Crédito", autorizada pela Justiça, não invadiu a privacidade dos consumidores. "A Receita não se preocupou em saber aonde se gastou. A questão é puramente fiscal", disse. Se houver recusa de informação ou comprovação de fraude, os acusados estarão sujeitos à cobrança de impostos, acrescidos de juros e multas que variam de 75% a 225% e ainda sofrerão representação fiscal para fins penais. O secretário

Page 14: APOSTILA IMPOSTOS

informou que a ação está prevista para começar nos próximos dois meses.

Créditos Pis Cofins s/ Imobilizado

Créditos de Cofins/PIS-Pasep sobre bens destinados ao Ativo Imobilizado

 A apuração de créditos de Cofins e de PIS-Pasep relativos à aquisição de bens destinados ao

Ativo Imobilizado das empresas sujeitas à modalidade não cumulativa dessas contribuições já

era prevista tanto na Lei nº 10.637/2002 como na Lei nº 10.833/2003.

 Conforme a redação original das referidas leis, os créditos de PIS-Pasep e de Cofins sobre a

aquisição de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado

adquiridos para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de

serviços, bem como sobre edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros

utilizados nas atividades da empresa, eram determinados exclusivamente mediante a

aplicação da alíquota das contribuições sobre o valor dos encargos de depreciação e

amortização desses bens.

 Por meio da Lei nº 10.865/2004, a partir de 31.07.2004, passou a ser vedado o desconto de

créditos apurados sobre a depreciação ou amortização de bens e direitos do Ativo Imobilizado

adquiridos até 30.04.2004.Dessa forma, o aproveitamento dos créditos calculados sobre a

depreciação ou amortização de bens somente passou a ser permitido nos casos de bens

adquiridos a partir de 1º.05.2004.

 A Lei nº 10.865/2004 deu nova redação às Leis nº 10.637/2004 e 10.833/2003, permitindo

mais uma forma de cálculo para os créditos relativos à aquisição de máquinas e equipamentos

destinados ao Ativo Imobilizado, deixando de fora as edificações e benfeitorias em imóveis

próprios que permanecem dando direito a créditos somente mediante a aplicação das

alíquotas das contribuições sobre os encargos de depreciação e amortização, como

mencionamos no parágrafo anterior.

 A nova redação do § 14 do art. 3º da Lei nº 10.833/2003, que se aplica tanto à Cofins como ao

PIS-Pasep (art. 15, II, da Lei nº 10.833/2003), apresenta essa nova forma de cálculo dos

créditos como uma opção a ser realizada pelo contribuinte, isto é, a pessoa jurídica sujeita ao

regime não cumulativo dessas contribuições.

 Conforme essa nova modalidade de cálculo, os créditos de PIS-Pasep e Cofins podem ser

apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas das contribuições sobre o valor

correspondente a 1/48 do valor de aquisição de máquinas e equipamentos integrantes do

Ativo Imobilizado durante 4 anos.

Page 15: APOSTILA IMPOSTOS

IR Aplicações Financeiras

Os rendimentos auferidos em qualquer aplicação ou operação financeira, de renda fixa ou

variável, mesmo no caso das operações de cobertura (hedge) realizadas por meio de

operações de swap e outras, nos mercados de derivativos, inclusive os rendimentos

predeterminados obtidos em operações conjugadas, realizadas nos mercados de opções

de  compra e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box), no mercado a

termo nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuros, em operações de venda coberta e

sem ajustes diários, e no mercado de balcão, realizadas a partir de 1° de janeiro de 2005,

ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, às seguintes alíquotas:

 I) 22,5%, em aplicações com prazo de até 06 meses;

 II) 20%, em aplicações com prazo de 06 meses e um dia até 12 meses;

 III) 17,5%, em aplicações com prazo de 12 meses e um dia até 24 meses;

 IV) 15%, em aplicações com prazo acima de 24 meses.

 No caso das aplicações existentes em 31 de dezembro de 2004, os rendimentos produzidos

até essa data serão tributados nos termos da legislação então vigente. Em relação aos

rendimentos produzidos em 2005, os prazos a que se referem os incisos “I” a “IV” retro serão

contados:

 a) a partir de 1º de julho, no caso de aplicação efetuada até 09 de agosto de 2004;

 b) da data da aplicação, no caso de aplicação efetuada após esta data.

 No caso dos fundos de investimentos, os rendimentos apropriados semestralmente serão

tributados à alíquota de 15% . Por ocasião do resgate das quotas será aplicada alíquota

complementar de acordo com o previsto nos incisos “I” a “IV” retro, exceção feita aos fundos e

clubes de investimento em ações, cujos rendimentos são tributados exclusivamente no

resgate das quotas, à alíquota de 15% .

 Os aspectos retro comentados não se aplicam aos ganhos líquidos auferidos em operações

realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas, inclusive "day

trade", que permanecem sujeitos à legislação vigente e serão tributados às alíquotas de:

 a) 20%, no caso de operações "day trade";

 b) 15%, nas demais hipóteses.

Page 16: APOSTILA IMPOSTOS

 Operações isentas

 Ficam isentos do imposto de renda:

 a) os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações no mercado, à vista de

ações,  nas bolsas de valores e em operações com ouro ativo financeiro, cujo valor das

alienações, realizadas em cada mês, seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais),

para o conjunto de ações e para o ouro ativo financeiro respectivamente;

 b) a remuneração produzida por letras hipotecárias, certificados de recebíveis imobiliários e

letras de crédito imobiliário (na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas).

 Não-aplicabilidade

 As regras retro mencionadas não se aplicam:

 a) às instituições financeiras (art. 77, I, da Lei n° 8.981/95);

 b) ao investidor estrangeiro, residente ou domiciliado no exterior, individual ou coletivo, que

realizar operações financeiras nos mercados de renda fixa ou variável no País (artº 16, da MP

nº 2189-49/01);

 c) às entidades de previdência complementar ou fundos optantes pelo regime especial de que

trata o art. 2º da MP nº 2.222/01, que permanecem sujeitos às normas previstas na legislação

vigente.

 Todos esses aspectos comentados produzirão efeitos a partir de 1º de janeiro de 2005.

 Lucro presumido - alteração de regime

 O art. 7° da MP determina que a pessoa jurídica submetida ao regime tributário de lucro

presumido poderá, excepcionalmente, em relação ao 3° e 4° trimestres do ano-calendário de

2004, apurar o Imposto de Renda com base no lucro real trimestral, sendo definitiva a

tributação pelo lucro presumido,  relativa aos dois primeiros trimestres, observadas as normas

estabelecidas pela SRF.

 Essa disposição produz efeitos a partir de 09 de agosto de 2004.

Carga Tributária - Comentário

As mudanças promovidas na legislação tributária entre o fim do ano passado e o início deste ano continuam rendendo dividendos ao governo. De acordo com os números do Sistema

Page 17: APOSTILA IMPOSTOS

Integrado de Administração Financeira (Siafi), a receita de julho das três contribuições que passaram por reformulações – Cofins, PIS/Pasep e CSLL – cresceu, em média, 63,2% em relação a 2003. Desta vez, a maior alta ocorreu por conta da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas, que aumentou 77,2% na comparação com julho do ano passado, enquanto a Contribuição de Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cresceu 66,7%. 

No acumulado do ano, a Cofins já rendeu ao governo federal R$ 10,6 bilhões a mais do que no mesmo período de 2003. A contribuição ao Programa de Integração Social (PIS), R$ 1,5 bilhão, e a CSLL, R$ 2,2 bilhões. O crescimento da Cofins reflete três alterações legais: o aumento de alíquotas com o fim da cumulatividade, a taxação adicional sobre os bancos e a tributação dos produtos importados. Essa última mudança também atinge o PIS/Pasep, enquanto a CSLL passou por uma ampliação da base de tributação dos prestadores de serviços. 

A receita líquida dos nove principais impostos e contribuições recolhidos pelo governo federal já soma R$ 156,8 bilhões em 2004. Esse valor é menor do que o registrado pela Receita Federal, que contabiliza as receitas brutas, sem deduzir as restituições e incentivos fiscais. Em média, o crescimento da receita foi de 26,4% na comparação com julho de 2003 e de 15,6% em sete meses. 

Além do efeito da legislação, a arrecadação também já começa a refletir o reaquecimento da economia. Um dos principais indicadores é o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que cresceu 41,1% em julho e acumula alta de 19,6% no ano. 

De acordo com técnicos do Congresso, esse aumento revela que o ganho obtido com o crescimento econômico está superando as perdas decorrentes da redução da alíquota sobre bens de capital, o que deu possivelmente tranqüilidade para que o governo anunciasse as medidas de incentivo aos investimentos, na semana passada. 

Apesar desse primeiro movimento em relação ao IPI, o governo nada fez ainda em relação à Cofins e ao PIS. Há dois meses, quando os números da receita começaram a registrar a alta dessas duas contribuições, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, chegou a prometer uma futura recalibragem das alíquotas caso a arrecadação se mantivesse alta. Naquele momento, o ministro não admitia que o aumento de receita seria permanente, mas o último relatório da equipe econômica já passa a reconhecer essa tendência. 

Os números do Siafi só não são mais favoráveis ao governo porque, no caso do Imposto de Renda (IR), o governo está acelerando o ritmo das restituições em relação ao ano passado. Dessa forma, o crescimento da receita líquida do IR (que é o principal item da arrecadação) parece mais tímido do que o de outros tributos. Mesmo no critério líquido, entretanto, o Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) já acumula um crescimento de 23,7% em relação a 2003. 

Esse dado, conjugado com o crescimento da CSLL, indica que o lucro das empresas está em franco crescimento, em ritmo mais acelerado ainda do que o da renda das pessoas físicas. ( AE )

Fonte: Diário do Comércio

Incorp Imobiliárias Tributação Especial

A Lei 10.931, de 02/08/2004, trás os seguintes destaques:

Page 18: APOSTILA IMPOSTOS

a) Institui o regime especial de tributação aplicável às incorporações imobiliárias, em caráter

opcional e irretratável enquanto perdurarem direito de crédito ou obrigações do incorporador

perante os adquirentes dos imóveis que compõem a incorporação, a qual será efetivada

quando atendidos os seguintes requisitos (arts. 1o. e 2o.):

a.1) Entrega do termo de opção ao regime especial de tributação na unidade competente da

Secretaria da Receita Federal, conforme regulamentação a ser estabelecida; e

a.2) Afetação do terreno e das acessões objeto da incorporação imobiliária, conforme disposto

nos arts. 31-A a 31-E da Lei 4.591/1964, acrescido pelo art. 53 da Lei a seguir;

b) Estabelece que, para cada incorporação submetida ao regime especial de tributação, a

incorporadora ficará sujeita ao pagamento, até o 10o. dia do mês subsequente em que a

receita for auferida, de importância equivalente a 7% da receita mensal recebida, o qual

corresponderá ao pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições (arts.

4o., 5o. e 8o.):

b.1)IRPJ 2,2%

b.2)CSLL 1,15%

b.3)PIS 0,65%

b.4)COFINS 3%

c) Autoriza as intituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar no Brasil pelo

Banco Central do Brasil a emitir, independentemente de tradição efetiva, Letra de Crédito

Imobiliário (LCI), lastreada por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação

fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seu tomadores direito de crédito pelo valor nominal,

juros e, se for o caso, atualização monetária nela estipulados (art. 12);

d) Institui a Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) para representar créditos imobiliários, a ser

emitida pelo credor do crédito imobiliário;

e) Altera a Seção XIV da Lei 4.728/1965, que trata da alienação fiduciária em garantia no

âmbito do mercado financeiro e de capitais (art. 55);

f) Altera dispositivos do Capítulo VII (Condomínio de Edifício) da Lei 10.406/2002 - NCC - art.

58.

Page 19: APOSTILA IMPOSTOS

Pis e Cofins s/ Rec. financeiras

As empresas sujeitas ao regime não-cumulativo do PIS/Pasep e da Cofins estão dispensadas de

recolher essas contribuições sobre as receitas financeiras.

A redução das alíquotas a zero, segundo o decreto nº 5.164, assinado na semana passada pelo

presidente Lula e publicado na sexta-feira, vale desde o dia 2 deste mês e beneficia as

empresas tributadas pelo lucro real (as optantes pelo lucro presumido não são beneficiadas).

Antes do decreto, as empresas pagavam o total de 9,25% (1,65% de PIS/Pasep e 7,6% de

Cofins, mas com direito a crédito).

A redução das alíquotas vale também para as empresas que estão sujeitas ao PIS/Pasep e à

Cofins com parte de sua receita tributada por aquelas contribuições no regime não-

cumulativo.

De acordo com o decreto, a redução somente não se aplica em relação às receitas financeiras

decorrentes de operações de "hedge" (proteção contra a oscilação de moedas) e do

recebimento de juros sobre o capital próprio (que as empresas distribuem aos sócios ou

acionistas).

Segundo Edino Garcia, consultor da IOB Thomson, a concessão do benefício poderá diminuir a

carga tributária, ainda que o percentual seja pequeno, ajudando as empresas a investir no

setor produtivo, comercial e de prestação de serviços.

As maiores beneficiadas serão aquelas que possuem sobra de caixa em determinado período

do mês e investem esses recursos no mercado financeiro.

Folha de S.Paulo

Códigos de DARF

CIDE - ROYALTIES - REMESSAS AO EXTERIOR - 8741

COFINS CUMULATIVO - 3% - 2172

COFINS NÃO CUMULATIVO - 7,6% - 5856

CSLL PRESUMIDO - 2372

CSSL REAL - ESTIMATIVA MENSAL - 2484

CSSL REAL - BALANÇO TRIMESTRAL - 6012

IRPJ PRESUMIDO - 2089

IRPJ REAL - ESTIMATIVA MENSAL - OBRIGADOS AO LUCRO REAL - 2362

IRPJ REAL - ESTIMATIVA MENSAL - NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - 5993

IRPJ REAL - BALANÇO TRIMESTRAL - OBRIGADOS AO LUCRO REAL - 0220

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IRPJ REAL - BALANÇO TRIMESTRAL - NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - 3373

IRRF FOLHA - 0561

IRRF AUTÔNOMOS - 0588

IRRF PJ - 1708

IRRF PJ (atividades assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração contas a pagar e a receber) -5944 

IRRF PJ COOPERATIVA - 3280

IRRF ALUGUEL - 3208

IRRF OUTROS RENDIMENTOS - 8045

IRRF S/ JUROS EXTERIOR - 0481

IRRF S/ ROYALTIES - 0422

PIS CUMULATIVO - 0,65% - 8109

PIS S/ FOLHA - 8301

PIS NÃO CUMULATIVO - 1,65% - 6912

SIMPLES - 6106

CSSL, PIS E COFINS RETIDOS NA FONTE - 5952

SOMENTE CSLL - 5987

SOMENTE COFINS - 5960

SOMENTE PIS - 5979

Ganho de Capital - Empresas Optantes de Lucro Presumido

Base legal:RIR/1999 – Regulamento do Imposto de RendaArt. 521.  Os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações

financeiras, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não

abrangidas pelo art. 519, serão acrescidos à base de cálculo de que trata este Subtítulo, para

efeito de incidência do imposto e do adicional, observado o disposto nos arts. 239 e 240 e no

§ 3º do art. 243, quando for o caso (Lei nº 9.430, de 1996, art. 25, inciso II).

§ 1º  O ganho de capital nas alienações de bens do ativo permanente e de aplicações em ouro

não tributadas como renda variável corresponderá à diferença positiva verificada entre o valor

da alienação e o respectivo valor contábil.

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