Apostila - Patrim. Almox 2ed.2009

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Gesto de Patrimnio

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Gesto Patrimonial e Almoxarifado

Gesto Patrimonial

Objetivo Geral

Objetivos Especficos

1. Apresentao.....................................................................................................

2. Evoluo da Administrao Pblica.................................................................

3. Gesto................................................................................................................

3.1 Funes Administrativas...................................................................................

4. Setor de Patrimnio...........................................................................................

5. Diretrizes da Gesto Patrimonial.......................................................................

6. Classificao Oramentria da Despesa...........................................................

6.1. Material Permanente X Material de Consumo........................................ .....

6.2 Servios de Terceiros X Material de Consumo............................................

6.3 Obras e Instalaes X Servios de Terceiros.............................................

7. Material Inservvel...............................................................................................

7.1. Motivos de Inutilizao..................................................................................

8. Bens...................................................................................................................

9. Bens Pblicos....................................................................................................

10. Regime Jurdico Geral sobre Bens Pblicos....................................................

11. Formao do Patrimnio Pblico......................................................................

12. Valorao dos Bens Pblicos...........................................................................

12.1. Depreciao dos Bens Patrimoniais.............................................................

12.2. Reavaliao dos Bens Patrimoniais..............................................................

12.3. Competncia para Reavaliar Bens Mveis e Imveis...................................

12.4. Mtodo de Reavaliao do Tribunal de Contas do Esp. Santo.....................

13. Controle dos Bens Pblicos..............................................................................

14. Sistema de Suprimento de Material..................................................................

14.1. Levantamento da demanda..........................................................................

14.2. Classificao da despesa.............................................................................

14.3. Especificao do material para compra.......................................................

14.4. Oramento inicial..........................................................................................

14.5. Autorizao do ordenador de despesa.........................................................

14.6. Processo de aquisio.................................................................................

14.7. Recebimento.................................................................................................

14.8. Descrio do material para fins cadastrais...................................................

14.9. Registro patrimonial ou tombamento............................................................

14.10. Identificao patrimonial...............................................................................

14.11. Cadastro patrimonial.....................................................................................

14.12. Movimentao dos bens patrimoniais..........................................................

14.13. Baixa de bens patrimoniais..........................................................................

14.14. Alienao......................................................................................................

14.15. Inventrio .....................................................................................................

14.16. Auditoria dos bens patrimoniais....................................................................

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Gesto de Almoxarifado

1. Conceito de Almoxarifado............................................................................

2. Gesto de Almoxarifado...............................................................................

3. Classificao de Materiais de Almoxarifado................................................

4. Especificao de Material............................................................................

5. Atividades Bsicas de Almoxarifado............................................................

6. Atividades de Recebimento.........................................................................

7. Atividades de Estocagem.............................................................................

7.1. Fatores que Influenciam o Processo de Estocagem..............................

7.2. Diretrizes de Estocagem.........................................................................

7.3. Unidades de Estocagem.........................................................................

7.4. Localizao do Material..........................................................................

7.5. Movimentao do Material......................................................................

7.6. Codificao do Material..........................................................................

8. Distribuio do Material................................................................................

9. Avaliao de Estoque..................................................................................

10. Controle Gerencial de Estoque....................................................................

11. Renovao do Estoque Ressuprimento....................................................

12. Tcnica Curva ABC Mtodo de Pareto....................................................

13. Tcnica Ponto de Pedido Pp.....................................................................

14. Tcnica Lote Econmico de Compras LEC.............................................

15. Custo Total de Estocagem...........................................................................50

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REFERNCIAS........................................................................................................ 66

EXERCCIOS............................................................................................................ 68

Gesto Patrimonial e AlmoxarifadoObjetivo Geral

Capacitar o servidor pblico para utilizar tcnicas e procedimentos apropriados para o suprimento de materiais; proteo quanto m utilizao, o desperdcio e possveis desvios, alm de promover a eficincia operacional do rgo ou entidade pblica.

Objetivos especficos

Desenvolver viso sistmica do processo de suprimento de material.

Implementar a gesto dos bens patrimoniais.

Promover o uso racional dos recursos.1. Apresentao

O estudo que ora apresentamos baseado nos conceitos e nas determinaes das Leis 8666/93, 4.320/64; da Lei Complementar 101/00; da Constituio Federal; das Leis Orgnicas de Municpios, do Decreto Federal n 99.658/90, da Portaria Conjunta STN/SOF n 03/08 e tem, tambm, como base as teorias e tcnicas aplicadas na administrao em geral, principalmente, na administrao de materiais.

Os procedimentos como levantamento de demandas, descrio, aquisio, recebimento e alienao de materiais esto previstos na Lei 8666/93. Enquanto a Lei 4320/64 traz critrios de classificao, contabilizao, responsabilizao pela guarda dos materiais , alm dos controles analticos e a obrigatoriedade do levantamento de inventrios para o confronto com os registros contbeis.

Com o implemento das determinaes dessas leis, bem como das demais normas e tcnicas que abordam o assunto, pode-se cumprir o princpio constitucional da prestao de contas: prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos [...], alm de atender aos princpios, no menos importantes, da eficcia, da eficincia e da economicidade.Assim, este trabalho pretende apresentar os conceitos e as determinaes legais que norteiam as gestes de patrimnio e almoxarifado de forma sistematizada, com o intuito de facilitar a implementao dos controles internos necessrios a uma boa gesto desses recursos pblicos.

2. Evoluo da Administrao Pblica

Para entender a importncia do controle da administrao pblica, necessrio um retrospecto histrico de sua evoluo ao longo dos anos, quando passou por diversos modelos: modelo patrimonialista, modelo burocrtico e, por fim, contemporaneamente, de modelo gerencial.

Modelo Patrimonialista

[...] nos primeiros tempos da organizao do Estado, no havia distino entre a administrao dos bens pblicos e particulares, tudo era tido como domnio do monarca, que poderia dispor da forma que melhor lhe conviesse sem qualquer prestao de contas sociedade. A administrao do Estado pr-capitalista, portanto, era patrimonialista. Sergio Jund (2007, p. 10)

Modelo Burocrtico

O modelo denominado burocrtico, que primava pela racionalidade moldado pelas idias do filsofo alemo Max Weber caracterizou-se pela ruptura com sistema patrimonialista, promovendo clara separao entre os bens pblicos e os bens privados e entre o administrador pblico e o agente poltico.

Nesse modelo de gesto, o administrador pblico era impelido a cumprir essencialmente o que lhe determinasse a lei. As leis, elaboradas pelo poder legislativo, formado por representantes do povo, obrigava-o a cumprir as determinaes da sociedade e, dessa forma, afastava-o definitivamente da figura do administrador patrimonialista.

Mas o modelo burocrtico introduzido no pas a partir de 1930, comeou a perder fora nas dcadas de 70 e 80 quando a administrao pblica mostrou-se incapaz de atender as demandas sociais que se tornaram amplas e diversificadas com o avano do desenvolvimento social.

Modelo Gerencial

Mostrando-se ineficiente para enfrentar esses novos desafios, o sistema burocrtico comeou a dar lugar ao modelo gerencial que objetiva satisfazer as novas demandas sociais, aproximar da administrao pblica da administrao privada no que concerne o alcance dos resultados, tendo como objeto o cidado-cliente.

3. Gesto

a capacidade de gerenciar recursos materiais, pessoais e alcanar resultados.

Gerenciar significa atingir objetivos pr-estabelecidos utilizando-se das funes administrativas: Planejamento, Organizao, Direo/liderana e Controle.

3.1. Funes Administrativas

Ensina Fayol, que administrao de um negcio para ter sucesso, preciso que todas suas aes sejam pautadas na previso, na organizao, na coordenao, no comando e no controle. Mais tarde estudiosos concluram que a coordenao e o comando eram afetos a funo direo. Desta forma, o ciclo administrativo ficou composto por quatro fases: Planejamento, Organizao, Direo e Controle PODC.

3.1.1. Funo Planejamento

O planejamento envolve:

Seleo de objetivos/metas (o que vai ser feito);

Seleo de estratgia (a melhor maneira);

Seleo do melhor programa (tarefa x tempo);

Seleo do melhor mtodo (como ser feito).

3.1.2. Funo Organizao

A organizao envolve:

Estrutura dos papis a serem desenvolvidos pelas pessoas envolvidas (quem vai fazer);

A definio de funes (o que deve fazer);

A relao interpessoal (limite de competncia);

Delegao de autoridade e

Reunio dos recursos necessrios e indispensveis para a realizao dos objetivos.

3.1.3. Funo Direo/Liderana

A direo conjunto das aes de execuo do que foi planejado e envolve:

As relaes interpessoais (lder e liderado);

A dinmica das aes;

As operaes em curso;

A execuo das tarefas necessrias ao atingimento dos objetivos estabelecidos no planejamento;

O equilbrio de interesses entre a organizao e as pessoas e

A harmonizao das pessoas (tarefa x relacionamento).

3.1.4. Funo Controle

O controle garante, a qualquer momento, a possibilidade de se verificar se o que foi planejado, no curso em que se encontra, ser concludo a contento e se alcanar o resultado esperado. O controle possibilita o gerente intervir no processo no momento exato para corrigir rotas em direo s metas estabelecidas.

O controle envolve:

A utilizao de indicadores gerenciais (nmeros que auxiliam na conduo do empreendimento/tarefas);

As verificaes tempestivas do curso do empreendimento;

As tomadas de deciso quanto mudana de rumo;

A reviso de todo ou parte do sistema administrativo (PODC).

4. Setor de Patrimnio

o ambiente de controle onde as atividades so desenvolvidas. Envolve o ambiente fsico, tecnologia, expertise, recursos humanos, financeiros a fim de atingir uma misso.

Misso

Suprir as unidades administrativas de bens materiais necessrios e indispensveis para que elas realizem seus objetivos, controlando e protegendo os bens pblicos e patrocinando seu uso racional.

Aos servidores com funo de chefia compete controlar a execuo dos programas afetos sua rea de responsabilidade e zelar pela observncia das normas legais e regulamentares que orientam as respectivas atividades. Para imputar essa responsabilidade necessrio que a estrutura, a distribuio de competncias e as atribuies de cada unidade estejam claramente definidas em lei. (TCE-MT, 2007, p.18). Grifamos.A autoridade competente do rgo Pblico/Entidade deve instituir a gesto

patrimonial, precisando para isso:

Definir atribuies;

Estabelecer responsabilidades;

Estabelecer metodologia;

Institucionalizar a gesto patrimonial;

Suprir dos recursos necessrios.

So Recursos Necessrios:

Mo-de-obra: servidores a disposio do setor;

Management: gesto.

Mquinas/equipamentos: computadores; mesas e equipamentos;

Meio-ambiente: local onde vai funcionar; local de armazenagem;

Medidas: estabelecimento de quantidade, qualidade, padronizao;

Mtodos: conjunto das atividades que comporo as gestes de patrimnio e almoxarifado.

5. Diretrizes da Gesto Patrimonial

Qualquer servidor pblico ser responsvel pelo dano que causar, ou para o qual concorrer, a qualquer bem pblico, que esteja ou no sob sua guarda.

vedado o uso particular de qualquer bem pblico, salvo o uso autorizado por lei (LOM).

Todo documento que se referir a qualquer bem pblico, deve, obrigatoriamente, mencionar o nmero do seu registro patrimonial.

vedado o reaproveitamento de um nmero de registro patrimonial dado a um bem, ainda que o mesmo tenha sido baixado do acervo patrimonial.

vedada a movimentao ou o deslocamento de qualquer bem patrimonial desacompanhado da documentao legal.

Em caso de reparo de bens, o nmero de registro patrimonial deve ser mantido, anotando-se, quando necessrio, as alteraes verificadas, para fins de pronta identificao do bem.

Os bens patrimoniais que ingressarem nos rgos ou entidades pblicas por emprstimo ou cesso, sero cadastrado, tero controle especial, mas no recebero registro patrimonial.

Os bens adquiridos com recursos de convnios ou contrato que, contiverem perodo de carncia, sero cadastrados, tero controle especial, mas s recebero o registro patrimonial quando encerrado o prazo.

6. Classificao Oramentria da Despesa.

Material a designao genrica de equipamentos, componentes, acessrios, sobressalentes, matria-prima, etc.

Para fins de classificao da despesa oramentria, os materiais so assim classificados:

a) Material de consumo e

b) Material permanente.

A Portaria Conjunta Secretaria do Tesouro Nacional/Secretaria do Oramento Federal N 03/2008(STN/SOF), item 9, trata de procedimentos tpicos da administrao pblica visando a padronizao da classificao das despesas em todas as esferas de governo. So aquisies que geram dvidas quanto a sua real classificao. A classificao padronizada nos trs nveis de governo, visa atender a consolidao exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

6.1 Material Permanente x Material de Consumo

Entende-se como material de consumo e material permanente:

a) Material de Consumo, aquele que, em razo de seu uso corrente e da definio da Lei n 4.320/64, perde normalmente sua identidade fsica e/ou tem sua utilizao limitada a dois anos;

b) Material Permanente, aquele que, em razo de seu uso corrente, no perde a sua

identidade fsica, e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos.

Alm disso, na classificao da despesa com aquisio de material devem ser adotados alguns parmetros que, tomados em conjunto, distinguem o material permanente do material de consumo.

6.1.1 considerado material de consumo:

a) Critrio da Durabilidade Se em uso normal perde ou tem reduzidas as suas

condies de funcionamento, no prazo mximo de dois anos;

b) Critrio da Fragilidade Se sua estrutura for quebradia, deformvel ou danificvel,

caracterizando sua irrecuperabilidade e perda de sua identidade ou funcionalidade;

c) Critrio da Perecibilidade Se est sujeito a modificaes (qumicas ou fsicas) ou se deteriore ou perca sua caracterstica pelo uso normal;

d) Critrio da Incorporabilidade Se est destinado incorporao a outro bem, e no pode ser retirado sem prejuzo das caractersticas do principal. Se com a incorporao houver alteraes significativas das funcionalidades do bem principal e/ou do seu valor monetrio, ser considerado permanente;

e) Critrio da Transformabilidade Se foi adquirido para fim de transformao;

f) Critrio da Finalidade Se o material foi adquirido para consumo imediato ou para distribuio gratuita.

Nota: Material de Distribuio Gratuita possui elemento de despesa prprio

32 Material de Distribuio Gratuita

Despesas oramentrias com aquisio de materiais para distribuio gratuita, tais como livros didticos, medicamentos, gneros alimentcios e outros materiais ou bens que possam ser distribudos gratuitamente, exceto se destinados a premiaes culturais, artsticas, cientficas, desportivas e outras.g) Classificao de despesa com aquisio de pen-drive, canetas pticas, token e

similares.

A aquisio ser classificada como material de consumo, na natureza da despesa

339030, tendo em vista que so abarcadas pelo critrio da fragilidade. Os bens sero

controlados como materiais de uso duradouro, por simples relao-carga, com verificao peridica das quantidades de itens requisitados, devendo ser considerado o

princpio da racionalizao do processo administrativo para a instituio pblica, ou

seja, o custo do controle no pode exceder os benefcios que dele decorram.

6.1.2. Material Permanente:

a) Peas no Incorporveis a Imveis

Despesas com materiais empregados em imveis e que possam ser removidos ou recuperados, tais como: biombos, cortinas, divisrias removveis, estrados, persianas, tapetes e afins, deve ser classificada observando os critrios acima expostos (Durabilidade, Fragilidade, Perecibilidade, Incorporabilidade, Transformabilidade e Finalidade). No precisam ser tombados.

Nota: No caso de despesas realizadas em imveis alugados, o ente dever registrar como material permanente e proceder baixa quando entregar o imvel, se os mesmos encontrarem-se deteriorados, sem condies de uso.

b) Uma melhoria

Uma melhoria pode envolver uma substituio de partes do bem ou ser resultante de uma reforma significativa. Como regra, aumenta o valor contbil do bem se o custo das novas peas for maior que o valor lquido contbil das peas substitudas.

Uma melhoria ocorre quando o gasto atribudo ao um bem tem como conseqncia:

1) o aumento de vida til do bem do Ativo;

2) o incremento em sua capacidade produtiva ou

3) a diminuio do custo operacional.

Exemplo:

Aquisio de placa de memria para substituio em um computador com maior capacidade que a existente e a classificao da despesa com aquisio de uma leitora de CD para ser instalada num Computador sem Unidade Leitora de CD.

c) Classificao de despesa com aquisio de Material Bibliogrfico

Os livros e demais materiais bibliogrficos apresentam caractersticas de material

permanente. (durabilidade superior a 2 anos, no quebradio, no perecvel, no

incorporvel a outro bem, no se destina a transformao). Porm, o artigo 18 da lei

10.753/2003, considera os livros adquiridos para bibliotecas pblicas como material de consumo.

Art. 18. Com a finalidade de controlar os bens patrimoniais das bibliotecas pblicas, o livro no considerado material permanente.

As demais bibliotecas devem classificar a despesa com aquisio de material bibliogrfico como material permanente.

O artigo 2 da referida Lei define livro:

Art. 2. Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a publicao de textos escritos em fichas ou folhas, no peridica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato e acabamento.

Pargrafo nico. So equiparados a livro:

I fascculos, publicaes de qualquer natureza que representem parte de livro;

II materiais avulsos relacionados com o livro, impressos em papel ou em material similar;

III roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didticas;

IV lbuns para colorir, pintar, recortar ou armar;

V atlas geogrficos, histricos, anatmicos, mapas e cartogramas;

VI textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contrato de edio

celebrado com o autor, com a utilizao de qualquer suporte;

VII livros em meio digital, magntico e tico, para uso exclusivo de pessoas com deficincia

visual;

VIII livros impressos no Sistema Braille.

Biblioteca Pblica uma unidade bibliotecria destinada indistintamente a todos os

segmentos da comunidade, com acervos de interesse geral, voltados essencialmente

disseminao da leitura e hbitos associados entre um pblico amplo definido basicamente em termos geogrficos, sem confundir com as bibliotecas destinadas a

atender um segmento da comunidade com um propsito especfico. (Acrdo 111/2006

1 Cmara Tribunal de Contas da Unio TCU)

Assim, as Bibliotecas Pblicas devem efetuar o controle patrimonial dos seus livros

adquiridos como material de consumo de modo simplificado, via relao do material

(relao-carga), e/ou verificao peridica da quantidade de itens requisitados, no

sendo necessria a identificao do nmero do registro patrimonial.

As Bibliotecas Pblicas definiro instrues internas que estabelecero as regras e

procedimentos de controles internos com base na legislao pertinente.

As aquisies que no se destinarem s bibliotecas pblicas devero manter os procedimentos de aquisio e classificao na natureza de despesa 449052 Material

Permanente incorporando ao patrimnio. Portanto, devem ser registradas em conta de Ativo Permanente.

d) Classificao de despesa com remodelao, restaurao, manuteno e outros, quando ocorrer aumento da vida til.

Quando o servio se destina a manter o bem em condies normais de operao, no

resultando em aumento relevante da vida til do bem, a despesa oramentria corrente.

Caso as melhorias decorrentes do servio resultem em aumento significativo da vida

til do bem, a despesa oramentria de capital, devendo o valor do gasto ser

incorporado ao ativo.

6.2 Servios de Terceiros x Material de Consumo

a) Material adquirido por encomenda

O elemento de despesa tem por finalidade identificar o objeto de gasto e pode ser identificado pela forma de aquisio.

a.1) Aquisio, por encomenda, de produto disponvel no mercado

Na classificao de despesa de material adquirido por encomenda, se a aquisio for de produto disponvel no mercado, ento caracteriza como material, porque o ente no est agregando servio, apenas adquirindo o produto com servio j agregado.

a.2) Aquisio, por encomenda, de produto no disponvel no mercado

Se a aquisio for de produo e elaborao de um produto, ento caracteriza como servio, porque o ente est agregando servio produo de bens para consumo. O fornecedor estar fornecendo servio, embora o resultado final seja um produto para consumo.

Nesse contexto, na classificao da despesa de material por encomenda, a despesa s dever ser classificada como servios de terceiros se o prprio rgo ou entidade fornecer a matria-prima.

Caso contrrio, dever ser classificada na natureza 4.4.90.52, em se tratando de confeco de material permanente, ou na natureza 3.3.90.30, se material de consumo.

Algumas vezes ocorrem dvidas, em virtude de divergncias entre a adequada classificao da despesa oramentria e a legislao fiscal. Nesses casos, a Contabilidade Aplicvel ao Setor Pblico deve procurar bem informar, seguindo, se for necessrio para tanto, a essncia ao invs da forma e buscar a consecuo de seus objetivos, o patrimnio e o controle do oramento. Logo, no h que se cogitar vinculao entre a Contabilidade e a Legislao Fiscal, embora, naturalmente, seja desejvel que os critrios contbeis e fiscais se aproximem tanto quanto possvel.

Em outras palavras, os princpios contbeis no podem ser restringidos pela Legislao Fiscal, que modificvel e, no caso de uma Federao como a brasileira, varivel de estado para estado e de municpio para municpio.

Portanto, independentemente do tratamento dispensado pela Legislao Tributria, a despesa em questo s deve ser classificada como servios de terceiros se o prprio rgo fornecer a matria-prima.

6.3 Obras e Instalaes x Servios de Terceiros

Sero considerados servios de terceiros as despesas com:

Reparos, consertos, revises, pinturas, reformas e adaptaes de bens imveis sem que ocorra a ampliao do imvel;

Reparos em instalaes eltricas e hidrulicas;

Reparos, recuperaes e adaptaes de biombos, carpetes, divisrias e lambris;

Manuteno de elevadores, limpeza de fossa e afins.

Quando a despesa ocasionar a ampliao do imvel, tal despesa dever ser considerada como obras e instalaes, portanto, despesas com investimento.

7. Material Inservvel

De acordo com o Decreto Federal 99658/90, 30/10/90, considera-se material genericamente inservvel:

Ocioso

Quando, embora em perfeitas condies de uso, no estiver sendo aproveitado.

Recupervel

Quando sua recuperao for possvel de orar 50% do seu valor de mercado.

Antieconmico

Quando sua manuteno for onerosa, ou seu rendimento precrio, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo.

Irrecupervel

Quando no mais puder ser utilizado para o fim a que se destina devido a perda de suas caractersticas ou em razo da inviabilidade econmica de sua recuperao.

Destinao do Material Inservvel

MATERIAL INSERVVEL

DESTINAO

1 OCIOSO.

2 RECUPERVEL.

3 ANTIECONMICO.

4 IRRECUPERVEL.

5 CONTAMINADO.

1 REDISTRIBUIR.

2 - RECUPERAR E REDISTRIBUIR.

3 ALIENAR (DOAR, PERMUTAR, VENDER).

4 ALIENAR (DOAR, PERMUTAR, VENDER).

5 INUTILIZAO OU ABANDONO.

7.1. Motivos de Inutilizao

Decreto Federal n 99.658, de 30/10/1990.

Art. 17. So motivos para a inutilizao de material, dentre outros:

I a sua contaminao por agentes patolgicos, sem possibilidade de recuperao por assepsia;

II a sua infestao por insetos nocivos, com risco para outro material;

III a sua natureza txica ou venenosa;

IV a sua contaminao por radioatividade;

V o perigo irremovvel de sua utilizao fraudulenta por terceiros.

Art. 18. A inutilizao e o abandono de material sero documentados mediante Termo de Inutilizao ou de Justificativa de Abandono, os quais integraro o respectivo processo de desfazimentos

8. Bens

Bens so valores materiais ou imateriais que possam figurar numa relao jurdica, na condio de objeto.

Classificao dos bens: NCCB- Lei 10.406/02:

So pblicos os bens do domnio nacional, pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

8.a. Bens Patrimoniais objeto deste estudo:

Bens durveis - mveis, eletrodomsticos, veculos.

Bens mveis - aqueles que podem ser deslocados, por fora prpria ou alheia, sem perder sua forma.

Bens imveis - aqueles que no podem ser deslocados ou aqueles que para serem deslocados perdem sua forma.

Bens semoventes: - so constitudos por animais domsticos.9. Bens Pblicos

So os pertencentes a entes estatais, para que sirvam de meios ao atendimento imediato ou mediato do interesse pblico.

9.1 Destinao dos Bens Pblicos (NCC, Lei 10.406/02, artigos 98 a 103).

Bens pblicos de uso comum do povo:

So todos aqueles destinados ao uso do povo sem nenhuma restrio a no ser a da boa conduta, nos termos da lei, ou dos costumes, principalmente quanto moral pblico e ao respeito mtuo. Exemplo: praias, ruas, praas, etc.

Bens pblicos de uso especial:

So todos os bens mveis e imveis destinados a instalaes fsicas publicas para escritrios, reparties pblicas, escolas, delegacias de polcias, presdios, palcios de governo, escolas pblicas, bem como os bens mveis utilizados na realizao dos servios pblicos (veculos oficiais, materiais de permanentes, navio de guerra, etc).

Bens pblicos dominiais ou dominicais:

So todos aqueles que no se enquadrarem nas duas primeiras categorias. Sem qualquer destinao pblica, constituem riqueza material e patrimonial do Estado, podendo ser alienados ou afetados ao uso comum ou ao uso especial.

Ex. Terras devoluta (no est ocupadas ou habitadas), terrenos de marinha, bens mveis que se tornaram inservveis.

10. Regime Jurdico Geral sobre Bens Pblicos

Inalienabilidade - alienao depende de preceitos legais. Imprescritibilidade - o transcurso do tempo no pode resultar na apropriao de terceiros. Impenhorabilidade - no se submete a execuo forada;

Impossibilidade de onerao - no existem direitos reais de garantias: hipoteca, penhor, anticrese.

Polcia dos bens pblicos o conjunto de aes que tem por finalidade preservar os bens pblicos: vigiar, murar, ocupar bem vazio, realizar inventrios, etc..

11. Formao do Patrimnio Pblico

Patrimnio Pblico - conjunto de bens, valores, crditos e obrigaes de contedo econmico e avalivel em moeda que a Fazenda Pblica possui e utiliza na consecuo dos seus objetivos, com a finalidade de servir de meios ao atendimento imediato ou mediato do interesse pblico.

A formao do patrimnio pblico se d principalmente por:

COMPRA - aquisio remunerada;

DOAO - transferncia de propriedade do bem (gratuita ou onerosa); CESSO/EMPRSTIMOS - transferncia de posse e troca de responsabilidade;

CONSTRUO - obra realizada;

DESAPROPRIAO aquisio compulsria de terceiros, para atender a interesse pblico devidamente fundamentado, mediante justa indenizao;

PERMUTA - troca recproca de posse e propriedade.

Os bens ao ingressarem no patrimnio devero estar acompanhados dos seguintes documentos:

Nota fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura compra;

Termo de cesso emprstimo;

Termo de doao/permuta;

Guia de remessa de material (retorno de setores);

Nota de transferncia de um rgo para outro, em carter definitivo.

11.1 Bens de Terceiros a disposio de rgo ou entidade pblica

Bens adquiridos pela comunidade (interiorana) para suprir escolas, creches, etc.

Doao com/sem clusula restritiva sobre bens;

Comodato com prazo indeterminado;

Bens de propriedade de servidor do prprio rgo:

Autorizao de permanncia do bem nas dependncias do rgo;

Contrato de comodato, se for disponibilizado para uso geral.

Doao.

Fonte: Editora NDJ Ltda. (Boletim de Licitaes e Contratos), consulta 5333/2004 AC/DC.

12. Valorao dos Bens Pblicos

Bens Mveis e Imveis

- Valor de aquisio ou pelo custo de produo ou construo.

Bens de Almoxarifado

- Pelo preo mdio ponderado das compras.

12.1 Depreciao dos Bens Pblicos

Os bens pblicos no se submetem ao processo de depreciao sistemtica (perda de valor pelo uso com a devida compensao nos registros contbeis)

Como todos os bens sofrem desgastes pelo uso, e como o objetivo de se manter informaes condizentes com a realidade, deveria a administrao pblica adotar, a depreciao de seus valores conforme mtodos estabelecidos pela Receita Federal.

Para se cumprir o princpio constitucional da eficincia, necessrio conhecer os custos das atividades e, portanto, a depreciao do patrimnio como sua reavaliao so valores que devem ser conhecidos.

Existem vrios mtodos de clculos de depreciao, porm, o mais utilizado o Mtodo Linear ou de quotas constantes, abaixo descrito:

Mtodo Linear ou de quotas constantes o mtodo que distribui o custo do bem em funo exclusiva do tempo de acordo com a seguinte frmula de clculo:

Quota Anual de Depreciao = Custo do Bem Valor Residual N de perodos de vida til

A eficincia da administrao pblica - a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos servios, tendo o cidado como beneficirio - torna-se ento, essencial. A reforma do Estado passa a ser orientada, predominantemente, pelos valores da eficincia e qualidade na prestao de servios pblicos...

Fonte: QPAP/2000(Programa de Qualidade no Servio Pblico)Custos: Custos dos Investimentos (depreciao+ custo de oportunidade) + Custeio.Eficincia: Servio prestado/custos (indicador comparativo com a iniciativa privada).

Qualidade: atender as seguintes dimenses da qualidade: a qualidade intrnseca; o custo; o tempo do atendimento; o moral (servidores e clientes) e a segurana (produto/servio confivel).

12.2 Reavaliao dos Bens Pblicos

O 3 do art. 106 da Lei 4320/64, faculta a reavaliao a critrio da administrao, consignando que podero ser feitas reavaliaes dos bens mveis e imveis.

Visando manuteno de informaes realistas, tanto do ponto de vista administrativo quanto contbil, a atualizao dos valores dos bens deveria ser uma prtica na Administrao Pblica; nos moldes dos critrios utilizados por empresas privadas, conforme mtodos estabelecidos pela Receita Federal.

12.3 Competncia para Reavaliar Bens Mveis e Imveis

Resoluo 345/90-CONFEA Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

Art. 2 - Compreende como a atribuio privativa dos engenheiros em suas diversas especialidades, as percias e avaliaes de bens mveis e imveis, suas partes integrantes e pertences, mquinas e instalaes industriais, obras, servios de utilidade pblica, recursos naturais e bens e direitos que, de qualquer forma, para a sua existncia ou utilizao, sejam atribuies destas profisses.

Diferentemente da Resoluo do CONFEA, a Lei n 6.404/76, de 15/12/1976, estabelece o seguinte a respeito de avaliaes do imobilizado: Art. 8 A avaliao dos bens ser feita por 3 (trs) peritos ou por empresa especializada, nomeados em assemblia-geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos fundadores [....]

1 Os peritos ou a empresa avaliadora devero apresentar laudo fundamentado, com a indicao dos critrios de avaliao e dos elementos de comparao adotados e instrudos com os documentos relativos aos bens avaliados, e estaro presentes assemblia que conhecer o laudo, a fim de prestarem as informaes que lhes forem solicitadas.

12.4 Mtodo de Reavaliao do Tribunal de Contas do Esprito Santo

Em 1997, a Administrao do TCEES constituiu uma equipe formada por servidores com o objetivo de realizar a reavaliao do seu patrimnio. A Equipe tomou como base trs fatores que influenciam no resultado da reavaliao de mveis e equipamentos, atriburam-lhes pontuaes e desenvolveram uma frmula para encontrar o ndice ou Fator de Reavaliao.

Este fator ao ser multiplicado pelo valor de mercado de um bem novo, semelhante ao que est sendo avaliado, tem como resultado o valor devidamente reajustado.

a) Fatores que influenciam a reavaliao:

a) Estado de conservao do bem (EC);

b) Perodo de vida til futura do bem, em anos (PVU);

c) Perodo de utilizao do bem, em anos (PUB).

Fonte: (publicado na Revista do TCEES, n. 01, jul./dez/98, pg. 107-126)

b) Frmula para achar o Fator de Reavaliao (FR)FR = (4EC + 6PVU 3PUB)

100

c) Valor do bem reavaliado (VBR)

VBR= Valor do bem novo x Fator de ReavaliaoPlanilha de Pontuao do Mtodo TCEES

Fatores de influncia para efeito de reavaliao

Estado de Conservao

ECPerodo de Vida til do Bem

PVUPerodo de Utilizao do Bem

PUB

ConceitoPontuaoConceitoPontuaoConceitoPontuao

Excelente

Bom

Regular

Pssimo

10

8

5

210 anos

9 anos

8 anos

7 anos

6 anos

5 anos

4 anos

3 anos

2 anos

1 ano

10

9

8

7

6

5

4

3

2

110 anos

9 anos

8 anos

7 anos

6 anos

5 anos

4 anos

3 anos

2 anos

1 ano

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

Algumas recomendaes:

1. Reavaliao de veculos

Utilizar publicaes especializadas e Planilha de Vistoria e Avaliao Tcnica de Veculos.

2. Reavaliao de Obras de Arte e Materiais Bibliogrficos

Contar com assessoramento de artista plstico e biblioteconomista.

3. Reavaliao dos demais bens

Utilizar a legislao do Imposto de Renda

13. Controle dos Bens Pblicos

O controle dos bens pblicos pode ser conceituado como um conjunto de aes sistemticas, planejadas, de forma a evitar que os bens pblicos sejam:

a) dilapidados;

b) extraviados;

c) empregados em funes fora de sua destinao.

Esse controle est determinado na Constituio Federal, nas constituies estaduais, nas leis orgnicas dos municpios, nas leis e decretos que disciplinam o assunto: Lei 4320/64, Lei 8666/93, Decreto (ES 1.110-R/02), Regimento Interno dos Tribunais de Contas.

Tipos de Controles

Controle Interno - o conjunto de aes exercido no mbito do rgo pblico.Controle Externo - exercido pelas Assemblia Legislativa ou pelas Cmaras Municipais, com o auxlio dos Tribunais de Contas.

Controle Interno:

Sistema de controle interno pode ser entendido como o somatrio das atividades de controle exercidas no dia-a-dia em toda a organizao para assegurar a salvaguarda dos ativos, a eficincia operacional e o cumprimento das normas legais e regulamentares (TCE-MT, 2007, p.18). Grifo dos autores.

Tipos de Controles Internos:

a) controle do recebimento do material;

b) cadastramento e identificao;

c) termos de responsabilidade;

d) verificaes peridicas;

e) inventrios.

Ao se estabelecer uma metodologia de controle, deve-se atentar para que atinja os seguintes resultados:

Eficcia significa que o sistema de controle atinge os resultados (de controle) esperados.

Eficincia significa que os resultados so atingidos com os menores custos possveis. Evidencia-se, neste caso, a relao Custo/Benefcio.

Efetividade significa que os resultados do controle alcanados so necessrios e importantes para o resultado final da gesto do rgo ou da entidade pblica.

A Portaria Conjunta STN/SOF n 03/2008, estabeleceu as regras abaixo evidenciando que o material adquirido como permanente, deve ter seu controle patrimonial baseado na relao custo/benefcio.

Nesse sentido, a Constituio Federal prev o Princpio da Economicidade (artigo 70), que se traduz na relao custo-benefcio, assim, os controles devem ser suprimidos quando apresentam como meramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco

Assim, se um material for adquirido como permanente e ficar comprovado que possui custo de controle superior ao seu benefcio, deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relao-carga, que mede apenas aspectos qualitativos e quantitativos, no havendo necessidade de controle por meio de nmero patrimonial. No entanto, esses bens devero estar registrados contabilmente no patrimnio da entidade.

Da mesma forma, se um material de consumo for considerado como de uso duradouro, devido durabilidade, quantidade utilizada ou valor relevante, tambm dever ser controlado por meio de relao-carga, e incorporado ao patrimnio da entidade. (grifamos).14. Sistema de Suprimento de Material

1.Levantamento da demanda;

2.Classificao da despesa;

3.Descrio do material para aquisio;

4.Oramento inicial;

5.Autorizao do ordenador de despesa;

6.Processo de aquisio (direta ou licitao);

7.Recebimento;

8.Descrio do material para fins cadastrais;

9.Registro patrimonial ou tombamento;

10. Identificao patrimonial;

11.Cadastro patrimonial;

12.Movimentao dos bens patrimoniais;

13.Baixa de bens patrimoniais

14.Alienao;

15.Inventrio e

16. Auditoria dos bens patrimoniais

14.1. Levantamento da demanda.

a definio das unidades e das quantidades a serem adquiridas em funo do consumo e utilizao provveis, cuja estimativa ser obtida, sempre que possvel, mediante adequadas tcnicas quantitativas de estimao.

a) Em funo do consumo refere-se a bens de almoxarifado que em virtude de seu consumo constante tem sua demanda previsvel. Responsabilidade do Almoxarife.b) Em funo da utilizao provvel refere-se aos bens de uso permanente de demanda no previsvel e depende do planejamento das autoridades competentes.

14.2. Classificao da despesa

Assunto j abordado. Vide Portaria Conjunta STN/SOF n 3/08 e Portaria STN N 448/02.

14.3. Especificao do material para compra

Lei 8666/93

Art. 14 - Nenhuma compra ser feita sem a adequada caracterizao de seu objeto, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.

Art. 15 [...]

Pargrafo 7 - Nas compras devero ser observadas, ainda: I - a especificao completa do bem a ser adquirido sem indicao de marca;

Mtodo Descritivo - que identifica com clareza o item atravs da enumerao de suas caractersticas fsicas, mecnicas, de acabamento e de desempenho, possibilitando sua perfeita caracterizao. (SEDAP IN 205/88).

Quando se tratar de descrio de material que exija maiores conhecimentos tcnicos, podero ser juntados ao pedido os elementos necessrios, tais como: modelos, grficos, desenhos, prospectos, amostras, etc. (SEDAP IN 205/88).

A descrio do material deve conter:

Nome padronizado: o nome do objeto

Descrio complementar: matria prima, acabamento.

Identificao auxiliar: caracterstica de conservao, embalagem, unidade de estocagem, quando for o caso.

Outros dados: dimenses, ano de fabricao.

14.4 Oramento inicial

Deve ser levantado de forma criteriosa e tem por finalidade subsidiar o processo licitatrio quanto disponibilidade oramentria, a modalidade compatvel e a avaliao dos preos ofertados pelos licitantes.

14.5 Autorizao do Ordenador de Despesa

Conhecido o valor da aquisio, submetida ao Ordenador de Despesa para sua aprovao.

14.6 Processo de aquisio.

Aps autorizao da autoridade competente, abrir-se- o processo licitatrio a cargo da CPL - Comisso Permanente de Licitao.

14.7 Recebimento

Recebimento o ato da entrega de um bem ao rgo no local previamente designado,

no importando sua aceitao.

Documentos hbeis para o recebimento provisrio so:

Nota Fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura;

Termos de Cesso ou de Doao;

Guia de Remessa de Material ou

Nota de Transferncia.

Lei 8666/93

Art. 73 - Executando o contrato, o seu objeto ser recebido:

II - em se tratando de compras ou de locao de equipamentos:

A) provisoriamente, para efeito de posterior verificao de conformidade do material com a especificao.

B) definitivamente, aps verificao da qualidade e quantidade do material e conseqente aceitao.

Pargrafo 1 - Nos casos de aquisio de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se- mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.14.7.1. Responsvel pelo recebimento provisrio

O Setor de Almoxarifado deve ser a unidade responsvel pelo recebimento de todo

Material adquirido, seja ele de consumo ou permanente, e incumbido da conferncia

Quantitativa. O recebimento deve ser registrado atravs de carimbo padronizado aposto

na nota fiscal, contendo data, nome e matrcula do servidor e assinatura.

Decreto/ES 4.258-N, 14/04/98:

Art. 5 Todo material adquirido pelo rgo, seja de consumo ou permanente,

dever obrigatoriamente transitar pelo seu Almoxarifado...

Art. 6 - Os materiais, que devido a sua natureza, volume ou peso, devam ser

entregues nos prprios locais de utilizao, em carter excepcional, sero

recebidos na presena de um representante do Almoxarifado, que far

conferncia e atestar recebimento no verso da Nota Fiscal atravs de carimbo

padronizado.14.7.2. Comisso de recebimento

Lei 8666/93 - Art. 15, 8

O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23

desta lei, para a modalidade convite, dever ser confiado a uma comisso de no

mnimo 3(trs) membros.

Limite: R$80.0000,00

14.7.3. Dispensa do recebimento provisrio

Lei 8666/93

Art. 74 - Poder ser dispensado o recebimento provisrio nos seguintes:

I - gneros perecveis e alimentao preparada;

II - servios profissionais;

III - obras e servios de valor at o previsto no art. 23, inciso II, alnea a, desta Lei, desde que no se componham de aparelhos, equipamentos e instalaes sujeitos verificao de funcionamento e produtividade.

Limite de que trata a lei: R$ 80.000,00

Resoluo n 164/01 - TCEES

Art. 30 - Se o material depender de exame qualitativo para sua aceitao, o Ncleo de Controle de Bens/Almoxarifado (NCB/Almox), indicar esta condio no documento de entrega do fornecedor e solicitar, no prazo de 48 horas, aps o recebimento provisrio, ao setor requisitante, providncias necessrias para o aceite definitivo no prazo mximo de 5 (cinco) dias.

Art. 31 - Caso no seja emitido o laudo tcnico especializado no prazo mximo de 5(cinco) dias a partir da data da solicitao, a inspeo ser feita pelo pessoal do NCB/Almox que far o recebimento definitivo. Contudo a responsabilidade por qualquer irregularidade constatada a posteriori ser do setor requisitante.

14.8 Descrio do material para fins cadastrais

Deve conter dados que o identifique prontamente, tais como nome do objeto, a

caracterstica principal, o material de que feito, modelo, ano de fabricao, nome do

fabricante, marca, nmero de registro.

14.9 Registro Patrimonial ou Tombamento

Consiste na atribuio de um nmero de registro patrimonial, seqencial a critrio da

organizao. Esse nmero acompanhar o bem por toda sua vida til, at sua baixa,

sendo mencionado em todos os documentos que se referirem ao bem.

[...] se um material for adquirido como permanente e ficar comprovado que possui custo de controle superior ao seu benefcio, deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relao-carga, que mede apenas aspectos qualitativos e quantitativos, no havendo necessidade de controle por meio de nmero patrimonial. (Portaria Conjunta n 03/2008 STN/SOF).

14.10 Identificao patrimonial

o processo de fixao do nmero de registro patrimonial no respectivo bem.

Ateno:

Bens provenientes de emprstimos ou cesso, no recebero registro patrimonial.

Adquiridos por convnio ou contratos, com carncia, no recebero registro, at o fim da carncia.

O bem que der entrada para substituir bem extraviado, receber novo registro patrimonial. O bem extraviado ser baixado.Resoluo 164/01-TCEES:

Art.46 Para efeito de identificao e controle, os equipamentos e materiais permanentes recebero nmeros seqenciais de registro patrimonial.

Art. 47 O nmero de registro patrimonial dever ser aposto ao material mediante fixao de plaqueta apropriada e, nos casos onde no for possvel a utilizao da plaqueta, atravs de gravao.

Pargrafo nico A plaqueta de tombamento poder ser substituda por cdigo de barras a ser gerado pelo Sistema Integrado de Suprimentos.

Art. 48 - Para o material bibliogrfico, o nmero de registro patrimonial dever ser aposto mediante carimbo, ou cdigo de barras.

Decreto 1.110-R;02 - Art. 57 - 1

O nmero de registro patrimonial ser composto pelo cdigo do rgo, conforme art.

17, seguido do nmero de inscrio no patrimnio, que dever ser seqencial para

cada rgo.

Ex. rgo nmero 26 - ESESP - Escola de Servio Pblico do Esprito Santo.

ESTADO DO ESPRITO SANTO

26-00253

Resoluo 164/2001, do TCEES.

Art. 46 - Para efeito de identificao e controle, os equipamentos e materiais permanentes recebero nmeros seqenciais de registro patrimonial.

Tribunal de Contas ES

Patrimnio

N 10.025

14.11 Cadastro patrimonial

A Lei 4320/64

Art. 94 - Haver registros analticos de todos os bens de carter permanente, com

indicao dos elementos necessrios para a perfeita caracterizao de cada um

deles e dos agentes responsveis pela sua guarda e administrao.

Art. 95 - A contabilidade manter registros sintticos dos bens mveis e imveis.

O cadastro visa:

a) identificao do bem;

b) incluso no ativo imobilizado;

c) distribuio;

d) localizao;

e) guarda e conservao;

f) manuteno peridica.

Elementos essenciais perfeita identificao:

a) N. do registro patrimonial;

b) - Descrio do material;

c) Fornecedor;

d) - Data da aquisio;

e) N. Nota Fiscal;

f) Valor;

g) Localizao.

Convm lembrar:

Os bens devem ser cadastrados antes de sua utilizao;

Os bens mveis recebero n.s seqenciais, a critrio de cada organizao;

As plaquetas devero ser afixadas em lugar visvel e seguro;

Os bens imveis tero o nmero do registro patrimonial igual ao do seu registro em cartrio.

CADASTRO DE BEM PATRIMONIAL N ______

INVENTRIO N. __________

REQUISITANTE: ___________________________________

DESCRIO: ______________________________________

FORNECEDOR: ____________________________________

ENDEREO: _______________________________________

E-MAIL: ___________________TEL./Fax: _______________

PROCESSO N. ____ NOTA FISCAL N. _____ VALOR:______

DATA DA AQUISIO: ___/____/____

CARGA

LOCALIZAO: _____________________________________

TERMO DE RESPONSABILIDADE N.:____________________

14.12 Movimentao dos bens patrimoniaisGuarda provisria:

tempo necessrio aos registros.

Guarda permanente para o uso:

a responsabilidade pela guarda, segurana e conservao do destinatrio do bem.

Termo de Responsabilidade

um documento de controle necessrio para efetivar a transferncia da responsabilidade pela guarda de um bem de uma unidade para outra.

Deve conter:

a) - Unidade de localizao do bem

b) - N de registro patrimonial

c) - Descrio, estado fsico, valor

d) - As competentes assinaturas

Termo de Responsabilidade nas diversas movimentaes:

na distribuio;

na transferncia entre unidades;

no recolhimento do bem ao Setor de Patrimnio;

na substituio por outro bem e

na redistribuio.

Diretrizes da Movimentao e Guarda dos Bens

1. Nenhum bem mvel permanente deve ser distribudo ou redistribudo sem prvia comunicao ao setor de patrimnio que se encarregar da emisso do termo de responsabilidade.

2. Deve ser responsabilizado por omisso o servidor que no comunicar a alterao na lotao de um bem mvel sob sua guarda.

3. Os responsveis pelos bens patrimoniais devero observar o seguinte:

Comunicar ao setor responsvel pela gesto patrimonial qualquer ocorrncia: extravio, danos, extravio de plaquetas, necessidade de reparos e manuteno.

A sada dos bens sob sua responsabilidade, mesmo que temporria, dever ser de acordo com as normas de segurana patrimonial, quando sero efetivados os registros pertinentes (n do patrimnio, descrio do bem e localizao de destino).

Os bens que perderem a serventia devero ser encaminhados ao Setor de Patrimnio para triagem. Aqueles que ainda se encontrarem em condies de uso sero redistribudos para outras unidades que deles necessitem.

4. O Setor de Patrimnio deve manter controle sistemtico de autorizao para a sada de bens do rgo, para facilitar o controle e o acompanhamento dos servios de reparao e ou manuteno a serem executados.

14.13 Baixa de bens patrimoniais

Motivo da baixa patrimonial:

a) - Inutilizao por uso;

b) - Inutilizao por acidente;

c) - Extravio;

d) Desuso (obsoletismo);

e) Alienao;

f) - Contaminao;

A baixa de um bem patrimonial, por qualquer motivo, s ocorrer aps a concluso final do processo correspondente ao caso.

Os bens mveis, considerados inservveis, sero relacionados pelo Controle Patrimonial e submetidos aprovao da autoridade competente, providenciando-se a baixa patrimonial.

Ocorrendo pedido de baixa em virtude de extravio ou acidente, este s pode ser concedido, aps concluso do processo de sindicncia ou inqurito instaurado pela autoridade competente, com vista a apurao de responsabilidade com ressarcimento em dinheiro, reposio do bem ou a penalidade prevista na norma interna.

15.14 Alienao

Operao que transfere o direito de propriedade do material para terceiros, aps sua desafetao do interesse pblico.

Motivos:

Doao;

Permuta;

Venda a rgo pblico;

Venda a terceiros.

Alienao dos bens pblicos se far com autorizao do Legislativo:

Lei especial ou atravs de lei oramentria.

A legislao local ou a Lei Orgnica dos Municpios definir quais os bens dependem de autorizao legislativa especial e quais os que a lei oramentria autorizar.

Alienao de bens imveis

Existncia de interesse pblico fundamentado;

Autorizao legislativa (administrao direta, autarquias e fundaes);

Avaliao prvia;

Licitao na modalidade concorrncia, ou leilo quando se tratar de bens havidos por deciso judicial (lei 8666/93, art. 19, inciso III).

Alienao de bens mveis Autorizao da LOA

Existncia de interesse pblico fundamentado;

Avaliao prvia;

Licitao;

Alienao por venda, com licitao

A Lei 8666/93 Art. 17 - 6 -

Para a venda de bens mveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia no superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alnea b, desta lei, a Administrao poder permitir o leilo.

LEILO : a modalidade de licitao entre quaisquer interessados para a venda de bens mveis inservveis para Administrao ... , a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliao.

Art. 17 - 6 - Para a venda de bens mveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia no superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alnea b, desta lei, a Administrao poder permitir o leilo.

Limite de que trata a lei: R$650.000,00.

Alienao sem Licitao

A Lei 8666/93 Art. 17

a)Doao - permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, aps avaliao de sua oportunidade e convenincia scio-econmica, relativamente escolha de outra forma de alienao;

b)Permuta - permitida exclusivamente entre rgos ou entidades da Administrao Pblica:

c)...

d)...

e)Venda de bens produzidos ou comercializados por rgos ou entidades da Administrao Pblica, em virtude de suas finalidades;

f)Venda de materiais e equipamentos para outros rgos ou entidades da Administrao Pblica, sem utilizao previsvel por quem deles dispe.(grifo nosso).

O Decreto Federal 99.658, de 30 de outubro de 1990, regulamenta, no mbito da Administrao Pblica Federal, o reaproveitamento, a movimentao, a alienao e outras formas de desfazimento de material, tecendo outros detalhes especficos sobre leilo.

DOAO

Solicitao do interessado;

Relao dos bens disponveis para doao;

Autorizao da autoridade competente;

Parecer da Consultoria Jurdica;

Termo de Doao;

Registros contbeis;

Informao ao rgo Centralizador;

Entrega do bem e

Baixa patrimonial.

PERMUTA

Manifestao das partes;

Relao dos bens arrolados;

Parecer da Consultoria Jurdica;

Termo de Permuta;

Registros contbeis;

Troca dos bens;

Registros patrimoniais (incluso e baixa) -Registros no Patrimnio do Estado.

LEILO

Relao dos bens inservveis;

Declarao de inservibilidade;

Autorizao competente para realizao do leilo;

Parecer jurdico;

Nomeao de Comisso (3 servidores);

Contratao do leiloeiro oficial ou

Designao do Servidor responsvel pelo leilo;

Realizao do leilo;

Entrega do bem;

Registros contbeis;

Baixa patrimonial.

14.15. Inventrio

Processo de contagem fsica da existncia dos bens para posterior confronto com os registros dos bens no patrimnio e com os registros contbeis.

A Lei 4320/64, artigos 94, 95 e 96, determina:

a) Registros analticos (Setor de Patrimnio);

b) Registros sintticos (Setor Contbil)

c) Realizao de inventrio.

o levantamento geral dos bens mveis e imveis ter por base o inventrio de cada unidade administrativa e os elementos da escriturao contbil.

O Regimento Interno do TCEES em seus artigos 105 e 165 consigna a importncia do inventrio como instrumento necessrio prestao de contas:

Art. 105 - As prestaes de contas anuais dos ordenadores de despesa dos rgos jurisdicionados ao Tribunal de Contas devero ser encaminhadas, anualmente, at 31 de maro do exerccio seguinte, acompanhadas, no que couber, dos seguintes documentos:

VI inventrio anual dos bens patrimoniais ou suas alteraes;

.......................................................................................................................................

VIII inventrio anual dos bens em almoxarifado com a demonstrao da movimentao

dos bens contendo a quantidade, valor, o registro do saldo do exerccio anterior e o

saldo que passa para o exerccio seguinte;

A Resoluo 164/2001 TCEES, estabelece a seguinte periodicidade.

Periodicamente (art. 54) para fins de conferncia;

Trimestralmente (art. 63) - as unidades administrativas para fins de controle;

Semestralmente (art. 54 Pargrafo nico) para fins de balano.

Comisso de inventrio

A comisso deve ser constituda, no mnimo, de 03 servidores, conhecedores da rea

de patrimnio, dos quais um, obrigatoriamente, pertencer ao setor de patrimnio do

prprio rgo.

Atribuies:

Conferir os bens patrimoniais existentes, vista dos dados cadastrais;

Promover o exame fsico dos bens quanto especificao, quantidade, estado de conservao e valor;

Completar, retificar, avaliar e regularizar o registro e as especificaes e proceder a qualquer outra anotao relacionada aos bens patrimoniais, sempre que preciso; e

Apresentar, quando necessrio, relatrio circunstanciado dos fatos apurados nos levantamentos realizados.

14.16 Auditoria dos bens patrimoniais

Auditoria um exame analtico de determinada operao, com o objetivo de atestar sua validade ou para verificar se os procedimentos esto de acordo com as recomendaes das normas e da boa tcnica.

Tipos de auditoria:

Auditoria Interna

Executada por agentes da prpria organizao.

Auditoria Externa

Executada por agentes externas organizao.

Tcnicas de auditoria:

Procedimentos adequados para se verificar a veracidade da operao.

Exame Fsico

Verificar Existncia fsica (comprovao visual);

Verificar a Identificao (caractersticas fsicas);

Comprovar a qualidade (condies de uso).

Auditoria Interna

Unidade ou servidor responsvel pela realizao da auditoria. Devem estar subordinada (o) hierarquicamente a um nvel superior ao Controle dos Bens Patrimoniais e Contabilidade para maior independncia.

A auditoria externa executada pelo Tribunal de Contas e assemelha-se em importncia, finalidade e prticas auditoria interna.

O trabalho da auditoria externa sobre-maneira facilitada quando a auditoria interna ou o controle interno bem estruturado.

Programa de auditoria ordinria

Objeto:

Bens Patrimoniais Permanentes.

Objetivo geral

Verificar se as atividades de recebimento, cadastramento, registro, movimentao e controle dos bens mveis permanentes esto sendo desenvolvidas de acordo com a legislao pertinente e prticas recomendadas.

Objetivos especficos:

Levantar dados contbeis, informados pelos jurisdicionados para subsidiar anlises posteriores;

Verificar a existncia de instrumentos normativos capazes de assegurar a salvaguarda dos materiais, bem como promover a eficincia operacional Apurar se h controle efetivo sobre os bens da administrao pblica em poder de terceiros;

Verificar se os bens de terceiros em poder da administrao pblica esto sendo controlados e utilizados na forma dos documentos de cesso. Verificar se os materiais incorporados no perodo e os existentes foram processados em conformidade com as normas vigentes.

Verificar se a realizao dos inventrios vem se processado de acordo com a legislao vigente e a boa tcnica.

Verificar se as baixas foram devidamente autorizadas, aps o devido processo instrudo e fundamentado.Gesto de Almoxarifado

1. Conceito de Almoxarifado:

Unidade administrativa que tem por finalidade suprir de material, na quantidade certa, no momento certo e na qualidade certa, pelo menor custo possvel, todas as demais unidades dos rgos ou entidade para que possam cumprir sua misso.

Curiosidade:

A origem da palavra almoxarifado teve origem na Pennsula Ibrica (765 a 1031), quando ocorreu a invaso rabe. O vocbulo al-xarif designava a pessoa de confiana do Sulto, responsvel pela guarda dos bens do seu senhor.

2. Gesto do Almoxarifado

Para uma boa gesto do almoxarifado, o gestor deve munir-se de adequadas tcnicas de quantificao e previso a fim de fornecer material, de forma contnua, para que no haja soluo de continuidade no processo produtivo. E, para isso, necessrio conhecer as caractersticas dos materiais sob sua responsabilidade. A classificao dos materiais possibilita esse conhecimento

3. Classificao de Materiais de Almoxarifado

A classificao o processo de aglutinao de materiais por caractersticas semelhantes. Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa.. Alguns tipos de classificao so os citados abaixo: (p. 51)

3.1) Por tipo de demanda:

a) materiais de estoque

So materiais que devem existir em estoque e para os quais so determinados critrios e parmetros de ressuprimento automtico, com base na demanda prevista [...]

Exemplos:

a. 30.07 Gnero de alimentao;

b. 30.09 Material farmacolgico;

c. 30.16 Material de expediente;

d. 30.17 Material de processamento de dados;

e. 30.21 Material de copa e cozinha;

f. 30.22 Material de limpeza e produtos de higienizao.

b) materiais no de estoque

So materiais de demanda imprevisvel para os quais no so definidos parmetros para o ressuprimento automtico. Sua aquisio somente pode ser efetuada por solicitao direta do usurio.

Exemplos

a. 30.52 Equipamentos e material permanente

b. 30.XX Material de expediente personalizado.

c) materiais crticos

So materiais de reposio especfica de um equipamento, de demanda imprevisvel. A deciso de estocar ou no tem por base a anlise do risco que a produo corre, caso esses materiais no estejam disponveis quando necessrio.

Exemplo:

30.28 Material de proteo e segurana.

3.2) Perecibilidade (perder propriedades fsico-quimicas)

Classifica o material de acordo com sua probabilidade de perecimento ou no, facilitando recomendaes quanto sua preservao, sua adequada embalagem, alm de seu controle quanto: a) determinao dos lotes de compras; b) o adequado armazenamento e manuseio; c) programao de revises peridicas para detectar falhas de estocagem e baixa de materiais sem condies de utilizao. So agentes causadores do perecimento dos materiais:

a) ao higroscpica (absorve vapor dgua da natureza);

b) limitao do tempo (perde a validade);

c) instabilidade natural (pode sofrer reaes qumicas, em funo da presena de outros materiais);

d) volatilidade (evaporam);

e) contaminao da gua (leos)

f) ao da gravidade (a estocagem incorreta pode ocasionar deformaes fsicas);

g) queda, coliso, vibrao (deforma, inutiliza);

h) mudana de temperatura (se armazenado em temperatura diferente da recomendada). Ex. Viscosidade.

i) pela ao da luz (se degradam com a incidncia da luz). Exemplo: gua mineral.

j) Por ao da atmosfera (oxidao, por exemplo);

k) Ao de animais daninhos (ataque de insetos, ratos, etc.)

3.3) Periculosidade (oferecem riscos s pessoas e ao patrimnio)

So produtos qumicos e gases que possuem incompatibilidade com outros produtos, devendo por tanto ter tratamento especial quanto manuseio, transporte e armazenamento.

4. Especificao de Material

A especificao do material a descrio das caractersticas de um material, com finalidade de identific-lo e distingu-lo de seus similares

A especificao quando detalhada e completa, evita a compra de materiais em desacordo com as necessidades.

Lei 10.520/002 (Prego)

Art. 3 - ... II a definio do objeto dever ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessrias, limitem a competio.

A descrio padronizada de um material, obedece a determinados critrios racionais, entre os quais merecem destaque:

a) a denominao dever, em princpio, ser sempre no singular;

b) a denominao dever prender-se ao material especificamente e no a sua forma de embalagens, apresentao ou uso. VIANA(2000, p.51)

4.3 Estrutura da especificao:

Nome bsico: primeiro termo da especificao: lmpada, sabo)

Nome modificador: termo complementar: lmpada fluorescente; sabo lquido.

Caractersticas fsicas: propriedades fsicas, densidade, peso especfico, granulometria, viscosidade, dureza, resistncia, sabor,

Unidade metrolgica unidade de fornecimento (unidade de fornecimento x unidade de controle da empresa)

Medidas hp, cv (potncia), hz (freqncia), V (voltagem)

Caracterstica de fabricao: acabamento, processo de fabricao.

Caracterstica de operao: garantias exigidas, testes a serem executados, testes de aceitao.

Cuidados com relao ao manuseio e armazenagem: devem ser fornecidos todos os detalhes sobre manuseio, transporte e precaues com relao a preservao e armazenagem dos materiais.

5. Atividades Bsicas de AlmoxarifadoAs principais atividades de um almoxarifado so basicamente as seguintes:

Recebimento;

Estocagem e

Distribuio

6. Atividade de Recebimento

Conjunto de operaes que envolvem a identificao do material recebido, o confronto do documento fiscal com o pedido, a inspeo qualitativa e quantitativa do material e a aceitao formal do mesmo.

Recebimento o ato da entrega de um bem ao rgo no local previamente designado,

no importando sua aceitao.

Documentos hbeis para o recebimento provisrio so:

Nota Fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura;

Termos de Cesso ou de Doao;

Guia de Remessa de Material ou

Nota de Transferncia.

Lei 8666/93

Art. 73 - Executando o contrato, o seu objeto ser recebido:

II - em se tratando de compras [...]:

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificao de conformidade do material com a especificao.

b) definitivamente, aps verificao da qualidade e quantidade do material e conseqente aceitao.

Pargrafo 1 - Nos casos de aquisio de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se- mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.7. Atividades de Estocagem

Conjunto de operaes relacionadas com a guarda do material. A estocagem constitui um ponto vital na formao do conjunto de atividades de Armazenagem, exigindo tcnicas especficas para o alcance da eficincia, da racionalizao e da economia desejadas.

Finalidade

A guarda, localizao, segurana e preservao do material adquirido.

7.1 Fatores que influenciam o processo de estocagem:

Rotatividade dos materiais maior ndice de rotatividade ou giro de estoque, mais prximos dos locais de embalagem e expedio.

Peso/volume dos materiais itens volumosos e pesados, mas prximos das sadas para evitar maior esforo.

Fenmenos naturais (sol direto, calor excessivo, vento, chuva e umidade) interfere na localizao de cada material.

Natureza dos materiais deve-se separ-los, para estocagem, respeitando suas caractersticas prprias.

Ex.: altamente inflamvel, facilmente carbonizveis, explosivos, que emitem cheiro, perecveis, etc.

7.2 Diretrizes da Estocagem

Na Estocagem devem ser observadas as seguintes diretrizes:

Evitar furto ou roubo;

Proteger contra ao dos perigos mecnicos, das ameaas climticas e dos animais daninhos;

Possibilitar fcil inspeo e rpido inventrio;

Estocar prximos s reas de expedio, materiais com maior rotatividade;

Deixar livre acesso s reas de emergncia, aos extintores de incndio;

Concentrar em locais prximos materiais de mesma classe;

Estocar nas partes inferiores das estantes matrias mais pesados e/ou volumosos;

Conservar materiais nas embalagens originais, somente sendo abertas, quando do fornecimento parcelado;

Manter a face da embalagem (ou etiqueta) voltada para o lado do acesso ao local de armazenagem;

Atentar para a segurana das alturas das pilhas;

Proibir terminantemente fumar no interior do almoxarifado;

Permitir s entrada pessoas autorizadas;

No estocar quaisquer tipos resduos de material;

Utilizar o Mtodo PEPS Primeiro que Entra o Primeiro que Sai.

7.3 Unidade de estocagem

a estrutura destinada arrumao, localizao e segurana de estoque.

Tipos:

a) Estante estrutura desmontvel, metlico ou de madeira, prpria para material de menor peso e/ou volume.

b) Estrado ou pallet estrutura metlica, plstica ou de madeira tratada, destinada a estocagem de material pesado e/ou volumoso, ou, que por sua prpria natureza, no seja recomendado sua estocagem em estantes.

7.4 Localizao do material

o endereo do material dentro do armazm.

o cdigo formado por algarismos e letras

7.5 Movimentao de material

Consiste nas operaes de mudana de localizao do material dentro do armazm ou seu transporte para entrega. Para isso, necessita de equipamentos adequados de acordo com o material e o tipo de armazenamento.

7.6 Codificao de materiais.

Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metdico e sistemtico.

Define uma catalogao de todos os materiais componentes do estoque da entidade.

Agrupa os materiais segundo sua forma, dimenso, peso, tipo, uso, etc., buscando correta especificao.

7.6.1 Formao do cdigo do material:

As Portarias N 448/02-STN (Classificao da despesa) e N. 49/08TCEES (alterao do Plano de Contas SISAUD), e o programa Sapiens formam a codificao dos materiais do almoxarifado do TCEES.

A Portaria 448/02-STN faz a classificao at o elemento de despesa. Ex. 3.3.3.90.30 Material de Consumo. A Portaria 49/08-TCEES, acrescenta o sub elemento da despesa. Exemplo: 3.3.3.90.30.16 Material de Expediente. E a codificao complementada pelo cdigo do material oferecido pelo sistema Sapiens.

Grupo define o elemento de despesa a que pertence o material.

30.00 Material de Consumo;

31.00 Material para Premiaes

32.00 Material Distribuio Gratuita

Famlia (subgrupo) a famlia a que pertence o material (Portaria n 49/08).

30.01 Combustveis e lubrificantes automotivos

30.07 Gnero de alimentao

30.16 Material de expediente

Cdigo - a especificao do material (modelo, tamanho, cor, etc.) (Sistema Sapiens)

30.16.XXXX o nmero do item fornecido pelo sistema de almoxarifado, quando do cadastro do material.

Exemplos

1. Material 30.16.0053.

30. Material de Consumo (grupo).

30.16.0000 - Material de expediente (famlia).

30.16.0053 - Caneta esferogrfica azul (cdigo).

2. Material 31.01.0001 31. Material para Premiaes Culturais, Desportivas, etc. (grupo).

31.01.0000 Premiaes Culturais (famlia).

31.01.xxxx Medalha de Ouro (cdigo).

3. Material 32.04.0001(Grupo)

32. Material de Distribuio Gratuita (grupo).

32.04.0000 Material Educacional e Cultural (famlia).

32.04.xxxx - Livro Didtico. (cdigo).

8. Distribuio do Material

Conjunto de operaes prprias relacionadas com a expedio do material, que envolve a acumulao do material recebido da estocagem, a embalagem adequada e a entrega ao requisitante. SANTOS (2003)

8.1 Requisio do Material

A requisio o documento que permite a baixa do material em estoque.

um documento oficial, dever conter no mnimo:

descrio padronizada do material;

ser assinado por pessoa autorizada;

constar quantidade dentro da necessidade do requisitante, dentro dos padres previamente estabelecidos pelo almoxarifado.

9. Avaliao do Estoque

Os bens de almoxarifado sero avaliados pelo preo mdio ponderado das compras. (Lei 4320/64, art. 106).

Ex.: 01/02 aquisio 100 unidades R$10,00/unid. = R$ 1.000,00

07/03 aquisio 200 unidades R$15,00/unid. = R$ 3.000,00

300 unidades R$13,33/unid.= R$ 4.000,00

PMP = R$4.000,00/300 unid. = R$13,33

O valor do material fornecido, portanto, ser de R$13.33.

10. Controle Gerencial do Estoque

Conjunto de aes que visa proteger os ativos, evitar desperdcios, perdas por obsolescncia, perda de validade e, principalmente, evitar que o processo produtivo sofra soluo de continuidade por falta do material na quantidade certa, na qualidade certa, no prazo certo e pelo menor custo possvel.

Visa:

Identificar o intervalo de aquisio para cada item;

A quantidade de ressuprimento;

Manter os materiais estocados em nveis compatveis com o consumo do rgo ou entidade;

Identificar itens inativos(no movimentados em certo perodo considerado) para triagem e desfazimento

manter o equilbrio do material disponvel com o consumo, por meio de tcnicas e dados histricos, de forma econmica, estabelecendo um processo de reposio e controle

decidir quando comprar e quanto comprar.

11. Renovao do Estoque Ressuprimento

a deciso de se estabelecer quanto compra e quando comprar.

Existem vrias tcnicas de ressuprimento:

ABC (Mtodo de Pareto);

Ponto de Pedido;

LEC Lote econmico de compras;

MRP Programa de planejamento de materiais;

JIT (just in time) Gesto de Materiais sem estoque .

Vamos trabalhar com as seguintes tcnicas:

ABC (Pareto) essa tcnica aponta quais so os itens que merecem ser controlados com o rigor de um dos mtodos abaixo.

Ponto de Pedido PP - o ressuprimento inicializado to logo o estoque atinja o Ponto de Pedido, estabelecido por frmulas matemticas.

LEC Lote econmico de compras so clculos matemticos envolvendo dados fsicos e financeiros, que indicaro quando e quanto ressuprir.

12. Tcnica Curva ABC Mtodo de Pareto.

No fim do sculo XIX, o economista sociopoltico Vilfredo Pareto (1848-1923) observou que havia uma distribuio desigual de riqueza e poder na populao total. Ele calculou matematicamente que 80% da riqueza estavam em mos de 20% da populao.

Estava descoberta uma lgica aplicvel em quase todas as reas do conhecimento humano.

Exemplo:

20 x 80 uma lgica que rege o universo.

20 % da populao detinham 80 % das riquezas;

20% da clientela de uma empresa respondem por 80% s/faturamento;

20% das causas correspondem por 80% das falhas na produo;

20% dos itens correspondem a 80% dos gastos com materiais.

Como calcular:

Fazer planilha I com quatro colunas e relacionar todos os materiais consumido no perodo (coluna 1), a quantidade consumida (coluna 2) e seu custo unitrio(coluna 3) e calcular o custo do material consumido (coluna 4);

Material consumidoQuantidade

consumidaCusto unitrio do materialCusto do material consumido

Fazer planilha II, com cinco colunas, numerar os itens (coluna 1); ordenar os materiais consumidos em ordem decrescente segundo o custo do material consumido e calcular o total dos materiais consumidos (colunas 2 e 3); calcular o valor acumulado do material consumido (coluna 4) e por ltimo o percentual do valor acumulado com relao ao total do material consumido (coluna 5).

ItemMaterial consumidoCusto do material consumidoValor acumulado% do acumulado

No percentual acumulado igual a 80%, realizar o corte.

13. Tcnica Ponto de Pedido = PP

O ressuprimento est atrelado aos seguintes fatores:

Consumo mdio mensal - C

Mdia dos ltimos 12 meses. Levantado atravs de dados histricos.

Tempo de aquisio T. Perodo entre o envio do pedido e a chegada do material. bom lembrar que no setor pblico, deve-se observa o lapso de tempo para a realizao da licitao, incluindo os prazos recursais.

Intervalo de aquisio I. Perodo entre duas aquisies. poltica do gestor. Ele quem determina quantas vezes pretende realizar o processo licitatrio para aquisio de materiais.

Estoque mnimo ou de segurana Em. Quantidade para atender a demanda em caso de atraso na entrega.

Estoque mximo EM. Quantidade mxima admissvel em funo de espao, disponibilidade financeira, intervalo e tempo de aquisio, perecimento, obsoletismo etc.

Ponto de Pedido ou de ressuprimento Pp. Ao ser atingido, deve-se, mediatamente iniciar os procedimentos de aquisio.

Quantidade a ressuprir Q. Quantidade a ser adquirida para recompor o estoque mximo.

Frmulas da tcnica Ponto de Pedido

Consumo mdio mensal - C = Consumo anual/12 meses

Estoque mnimo Em = C x fator 0,25 a 0,5T

Estoque mximo EM = Em + C x I (perodo entre duas aquisies)

Ponto de pedido Pp = Em + C x T

Quantidade a ressuprir Q = C x I

Tempo de aquisio = T (do pedido a chegada do material)

14. Tcnica Lote Econmico de Compras - LEC

LEC = 2 x D x CP

S + ( i x CUM)

D demanda anual

CP custo do pedido

S custo de armazenagem

i - custo de oportunidade (%)

CUM - custo unitrio do material

Custo de estocagem

EUA:

Custo de armazenagem: 8% a.a.

Custo de oportunidade do capital : 8% a.a.

Brasil:

Custo de armazenagem: 25% a.a. s/estoque mdio anual.

Custo de oportunidade do capital: (aplicado estoque mdio anual)

10,25% a.a. (SELIC)

15. Custo Total da Estocagem:

Custo da armazenagem (depreciao do armazns/aluguel, depreciao das mquinas/equipamentos, impostos e taxas, energia/gua, perdas)/% sobre o valor unitrio do bem estocado.

Custo de oportunidade (rendimento no mercado de capitais do dinheiro empatado em estoque)

Custos administrativos dos pedidos (quanto custa a tramitao do processo de aquisio/licitao).

REFERNCIAS

BRASIL. Lei 8666/93: Licitaes e Contratos Administrativos. So Paulo: NDJ, 1999.

BRASIL. Decreto n 99.658, de 30 de outubro de 1990.

BRASIL. Portaria Conjunta n 448, da Secretaria do Tesouro Nacional, de 13 de setembro de 2002.

BRASIL. Portaria Conjunta n 3, de 15 de outubro de 2008. Secretaria do Tesouro Nacional e Secretaria do Oramento Federal.

BRASIL. Lei 10.753, (lei do livro), de 31 de outubro de 2002.

BRASIL. Lei Complementar n 101/00,

BRASIL. Lei n 10.406/02 Cdigo Civil Brasileiro.

ESPRITO SANTO (Estado). Decreto 1.110-R, de 12 de dezembro de 2002. DOE, 13/12/2002, p.04 Normas do sistema de administrao patrimonial. Vitria: SEARH, 1985. (Srie Administrao Geral, 1).

ESPRITO SANTO. Secretaria do Planejamento, Oramento e Gesto. Manual Tcnico de Oramento (MTO). Vitria, 2004.

ESPIRITO SANTO (Estado). Decreto 4.258-N, de 14 de abril de 1998, DOE 15/04/1998, p.02

ESPRITO SANTO. Minuta do Manual de Auditoria do TCEES. Dez/2003.

ESPRITO SANTO, Tribunal de Contas do Estado do Esprito Santo. Regimento Interno e leis complementares estruturais. Vitria/ES. 2002

FARIAS, Edimur Ferreira de. Curso de direito administrativo positivo. 4. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2001. p 387-406

KOHAMA, Hlio. Balanos Pblicos: teoria e prticas. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2000.

MACHADO Jr., Jos Teixeira; REIS, Heraldo da Costa. A Lei 4320 Comentada. Rio de janeiro: IBAM, 1999.

MATO GROSSO. Tribunal de Conta do Estado. Resoluo n 1.120/05, 21 de dezembro de 2005. Dispe sobre a criao, a implementao e a manuteno de Sistemas de Controle Interno nos Poderes Executivo e Legislativo municipais, e d outras providncias.

MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 3. ed. So Paulo: RT, 1999. p 261-288.

SANTOS, Gerson. Administrao Patrimonial. Florianpolis: Papa-livro, 1997.

______________. Gesto de Almoxarifados. Florianpolis: 2003.

SO PAULO. Tribunal de Contas do Estado. Manual de Fiscalizao de Municpios e Prefeitura Municipal. So Paulo, 1997.

VIANA. Joo Jos. Administrao de Materiais Um enfoque prtico. So Paulo: Atlas, 2000.

YAMAMOTO, Titao. Auditoria na Administrao Pblica: manual de auditoria. Rio de janeiro: Litteris, 1998.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO TCU. Portaria-TCU N 6, de 13 de janeiro de 2004 Manual de Patrimnio do Tribunal de Contas da Unio. Braslia: 2004..

SECRETARIA DE ADMINISTRAO PBLICA DA PRESIDNCIA DA REPBLICA SEDAP/PR. Instruo Normativa 205, de 08 de abril de 1998.

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPRITO SANTO TCEES. Portaria n 49, de 25 de novembro de 2008.Publicada no D.O.E. de 26.11.2008.

EXERCCIO

DIAGNSTICO DO SISTEMA SUPRIMENTO DE MATERIAL

SIMNO

1Existe organograma, fluxograma, identificando a rea operacional do setor de patrimnio.10

2Existem diretrizes, polticas, normas e procedimentos administrativos formais disciplinando a operacionalidade do setor.30

3Existem diretrizes, polticas, normas e procedimentos administrativos informais disciplinando a operacionalidade do setor.10

4So cumpridas as instrues e determinaes gerenciais.30

5Existe segregao entre as funes de aprovao, execuo e controle.30

6Existem normas definindo autoridade, responsabilidade e funes a respeito do setor de patrimnio.10

7Existem recursos humanos adequados para a execuo dos servios.20

8As informaes geradas so teis(oportunas e confiveis) para serem aplicadas com documentos justificativos ou comprovantes.20

9As operaes so registradas conforme as regras estabelecidas de acordo com documentos justificativos ou comprovantes.30

10O acesso aos ativos controlado e limitado ao pessoal autorizado oferecendo segurana aos mesmos.20

11H mecanismo para avaliar o sistema operacional do setor quanto economicidade, eficincia, eficcia e efetividade.10

12Existe um rgo ou responsvel pelo controle interno, com atos normativos instituidores, com bom grau de independncia e eficcia.30

RESULTADO250

Clculo da Pontuao

25/Nota

(vinte e cinco dividido pela nota)

PontuaoAvaliao do controle interno

1Controle Interno adequado

2Controle Interno c/normas e procedimentos inadequados

3Controle Interno Informal

4No existe controle interno existem normas e procedimentos no observados

5NO EXISTE CONTROLE INTERNO

Recomendaes:

EXERCCIO

REAVALIAO DE BENS PATRIMONIAIS

Objeto de anlise:

Aparelho de Ar condicionado ELGIN, 12.000 BTUs,

Tempo de uso: 4 anos.

Valor de mercado de aparelho similar: R$1.200,00

SITUAO 1

SITUAO 2

Local de instalao: Setor A

Estado de conservao: Bom

Vida til futura: 8 anosLocal de instalao: Setor B

Estado de conservao: Regular

Vida til futura: 6 anos

Comentrios

EXERCCIO

ESTUDO DE CASO - Organizando o Patrimnio

Tendo necessidade de organizar o patrimnio do novo Municpio, o Prefeito Municipal convidou, inicialmente, alguns servidores para compor uma comisso provisria para essa rdua tarefa.

Sabe-se que esse Municpio resultado do desmembramento de um Municpio Maior que, aps sua emancipao, lhe cedera alguns bens para garantir o incio de seu funcionamento, sem que tivesse tomado as providncias necessrias.

O novo Municpio comeou a adquirir seus bens. Numa determinada gesto, os bens adquiridos foram devidamente registrados. Em outras gestes, por falta de recursos humanos, novos bens foram adquiridos mas no foram registrados.

Hoje seu acervo patrimonial composto por bens herdados do Municpio Maior, ainda com plaquetas dos registros anteriores, outros bens com registros iniciados pelo novo Municpio; alm de bens recebidos em doao de diversas entidades.

Voc faz parte dessa comisso, e com os demais colegas, dever apresentar ao novo Prefeito, um fluxo de atividades que devero ser realizadas para organizar o patrimnio do novo Municpio.

ALMOXARIFADO

1. Objetivo - Suprir de material as unidades administrativas. Guardar e proteger os materiais.

2. Atividades: a) Recebimento

b) Armazenamento e

c) Distribuio

CONTROLE INTERNO - O Controle Interno um processo integrado e dinmico capaz de enfrentar os riscos e oferecer razovel segurana para que a unidade administrativa alcance seu objetivo.

Objetivo da atividade:

AtividadeAmbiente de controleRiscos inerentesProcedimento de Controle

RECEBIMENTO

ARMAZENAGEM

DISTRIBUIO

ACCOUNTABILITY

Pargrafo nico

Do art. 70 CB/88

Tcnica de Ressuprimento: Ponto de Pedido

FATORESFrmulasResultado

Demanda anual = DATotal consumido

Consumo mdio mensalCm = DA/12

Intervalo de tempo entre comprasI

Quantidade a ser aqdquiridaQ = Cm x I

Tempo de aquisio (do pedido a chegada)T (meses)

Fator de possvel atraso na entrega (f) = 0,35T0,25 a 0,5 T

Estoque mnimo ou de seguranaEm = Cm x f

Estoque MximoEM = Q + Em

PONTO DE RESSUPRIMENTOPP = Em + (Cm x T)

Dados:

f = 0,35T

FICHA DE PRATELEIRA

DataEntradaSadaSaldo

JUND, Srgio. Administrao, Oramento e Contabilidade Pblica. 2 ed. Ri