Apostila - Projeto Gincana Cultural

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    SUMRIO

    1. Apresentao.....................................................

    .........................02

    2. Justificativa........................................................

    .........................03

    3. Objetivos....................................................................................04

    4. Civilizao/Cultura/Folclore.................................

    .......................05

    5. Lendas e

    Mitos.................................................................

    ..........06

    6. Diverso e Tradio

    Brincadeiras.............................................11

    7. Cantigas de

    Roda..................................................................

    ......21

    8. Parlendas...........................................................

    ........................23

    1

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    9. Trava-

    lnguas..............................................................

    ...............3010.

    Culinria...............................................................

    ....................32

    11. Msica e

    Dana...................................................................

    ......37

    12. Festas e

    Encenaes...........................................................

    ......38

    13. Linguagem, Literatura e Tradio

    Oral......................................39

    14.

    Atividades................................................................

    .................41

    15.

    Artigo.......................................................................

    .................43

    2

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    Projeto Gincana Cultural Pelas veredas da culturabrasileira

    Um dia na escola do meu filho

    Continuo buscando, re-procurando.Ensino porque busco, porque indaguei,porque indago e me indago.

    Pesquiso para conhecer o que ainda no conheoe comunicar e anunciar a novidade.

    Paulo Freire

    1. APRESENTAO

    A ideia do projeto Gincana Cultural aproximar a comunidade daescola e valorizar as potencialidades artsticas e intelectuais de todos

    os participantes, incentivando a pesquisa, o debate e a criao

    artstica.

    Nessa edio, a Gincana vai pesquisar caractersticas regionais de

    todos os estadosbrasileiros, Pelas veredas da cultura brasileira,

    em suas pluralidades raciais, culturais e artsticas, destacando a

    contribuio de todas as etnias.

    3

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    Espera-se obter com esse projeto uma participao ainda maior dos

    pais nas atividades escolares, como tambm despertar-lhes o gosto

    pela busca da informao e o reconhecimento do espao escolar como

    um lugar de aprendizado e de prtica da cidadania.

    Assim, acredita-se que os participantes da Gincana alcanaro, por

    meio da pesquisa e da reflexo, interpretar melhor o pas em que

    vivem e descobrirem-se a si mesmos como diferentes e ao mesmo

    tempo iguais.

    2. JUSTIFICATIVA

    A escola tem como uma de suas principais funes instrumentalizar o

    aluno para o exerccio consciente da cidadania.

    Para isso, torna-se de fundamental importncia o incentivo pesquisa,

    produo artstica e intelectual e ao desenvolvimento da arte. por

    meio de atividades de prtica esportiva, de pesquisa cientfica e de

    criao artstica que o indivduo constri seu conhecimento e descobrea relao terica e prtica desse conhecimento com o seu cotidiano.

    Nessa perspectiva, o projeto Gincana Cultural vem com a finalidade

    de oportunizar ao participante a correlao de conhecimentos que, no

    raras vezes, so vistos de forma fragmentada em diversas situaes de

    aprendizagem.

    Um olhar para o passado histrico brasileiro possibilita a compreenso

    de que, por meio da escravido e da imigrao, desde os primrdios da

    colonizao at o sculo XXI, povos autctones, africanos, portugueses,

    holandeses, franceses, italianos, espanhis, alemes, japoneses,

    ucranianos e outros construram uma cultura nova e multitnica no

    Brasil.

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    O tema Pelas veredas da cultura brasileira suscita uma reflexo

    sobre as etnias formadoras da identidade e da cultura nacional, suas

    influncias e contribuies culturais, religiosas e econmicas,

    valorizando essa cultura multirracial como um fator de fora e beleza e

    no de preconceito ou discriminao.

    3. OBJETIVOS

    OBJETIVOS GERAIS

    Proporcionar aos participantes uma formao integral e

    humanitria, conscientizando-os da necessidade do respeito ao

    outro, da cooperao e da justia por meio de atividades

    culturais, artsticas, cientficas, esportivas, recreativas e

    filantrpicas.

    Reiterar aos integrantes da comunidade intra e extraescolar a

    concepo de que a escola um lugar de integrao e de

    desenvolvimento sociocultural.

    Incentivar o trabalho de pesquisa e a reflexo crtica na

    construo do conhecimento, bem como a produo intelectual

    por meio da criao artstica e do desenvolvimento da cidadania.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    Promover o protagonismo juvenil visando, principalmente

    integrao comunidade intra e extraescolar.

    Oportunizar momentos de aprendizagem prazerosa e divertida

    com atividades ldicas e significativas.

    Incentivar a leitura e a pesquisa tcnicas para enriquecimento

    cultural.

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    4.Civilizao/Cultura/Folclore

    CIVILIZAO - o ESTGIO DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL em que

    se encontra um determinado povo. Esse desenvolvimento cultural

    representando pelas tcnicas dominadas, relaes sociais, crenas,

    fatores econmicos e criao artstica.

    CULTURA - tudo aquilo que produzido a partir da inteligncia

    humana. O CONJUNTO DE ATIVIDADES E MODOS DE AGIR, COSTUMES

    E INSTRUES DE UM POVO: artes, cincias, costumes, sistemas, leis,

    religio, crenas, esportes, mitos, valores morais e ticos,

    comportamento, preferncias, invenes etc. Est presente em tudo

    aquilo que compromete o sentir, o pensar e o agir das pessoas.

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    http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/conceito-cultura.htm/http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/conceito-cultura.htm/
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    FOLCLORE - A CINCIA DAS TRADIES E USOS POPULARES,

    constitudo pelos costumes e tradies de um povo, transmitidos de

    gerao em gerao. Todos os povos possuem suas tradies,

    crendices e supersties, que se transmitem atravs de lendas, contos,

    provrbios, canes, danas, artesanato, jogos, religiosidade,

    brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos caractersticos,

    adivinhaes e festas. So atividades culturais que nasceram e se

    desenvolveram com o povo. Dentre as caractersticas que possui

    possvel identificar os fatos folclricos a partir do anonimato, j que

    todos os componentes folclricos so de autoria desconhecida; da

    aceitao coletiva, j que cada pessoa absorve a essncia folclrica e a

    repassa aos outros a partir de seu entendimento prprio; e da

    transmisso oral, j que antigamente no havia meios de comunicao

    como na atualidade. Para manter vivo o folclore tpico de cada regio

    existem datas especficas para a realizao dos festejos e artes. Do

    Ingls folke lore (povo e saber), as palavras foram unidas, passando

    a ter o significado de saber tradicional de um povo.

    5. Lendas e Mitos

    Lendas e mitos so tradicionais conhecimentos populares que as

    pessoas passam de gerao para gerao. Muitos nascem da pura

    imaginao das pessoas, principalmente dos moradores das regies do

    interior do Brasil. Muitas dessas histrias foram criadas para passar

    mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore

    pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem afestas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do pas.

    7

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Costumehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Crendicehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Supersti%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lendahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%A9rbiohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Can%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Artesanatohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jogohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Idiomahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Povohttp://www.suapesquisa.com/paises/brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Costumehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Crendicehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Supersti%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lendahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%A9rbiohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Can%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Artesanatohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jogohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Idiomahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Povohttp://www.suapesquisa.com/paises/brasil
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    As lendas so estrias contadas por pessoas e transmitidas oralmente

    atravs dos tempos. Misturam fatos reais e histricos com

    acontecimentos que so frutos da fantasia. As lendas procuraram dar

    explicao a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

    Os mitos so narrativas que possuem um forte componente simblico.

    Como os povos da Antiguidade no conseguiam explicar os fenmenos

    da natureza, atravs de explicaes cientficas, criavam mitos com este

    objetivo: dar sentido s coisas do mundo. Os mitos tambm serviam

    como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre

    perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heris e

    personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para

    dar sentido vida e ao mundo.

    Algumas lendas, mitos e contos folclricos do Brasil.

    Boitat

    Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os

    animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que

    desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito de origem

    indgena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram

    encontrados relatos do boitat em cartas do padre jesuta Jos de

    Anchieta, em 1560. Na regio nordeste, o boitat conhecido como

    "fogo que corre".

    Boto

    Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na regio amaznica. Ele

    representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta

    mulheres em bailes e festas. Aps a conquista, leva as jovens para a

    beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele

    mergulha nas guas do rio para transformar-se em um boto.

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    http://www.suapesquisa.com/indioshttp://www.suapesquisa.com/indios
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    Curupira

    Assim como o boitat, o curupira tambm um protetor das matas e

    dos animais silvestres. Representado por um ano de cabelos

    compridos e com os ps virados para trs. Persegue e mata todos que

    desrespeitam a natureza. Quando algum desaparece nas matas,

    muitos habitantes do interior acreditam que obra do curupira.

    Lobisomem

    Esse mito aparece em vrias regies do mundo. Diz o mito que um

    homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e no morreu,

    porm desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites

    de lua cheia. Nessas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que

    encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu corao

    seria capaz de mat-lo.

    Me-D'gua

    Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido

    com a me-d'gua : a sereia. Esse personagem tem o corpo metade de

    mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar

    os homens e lev-los para o fundo das guas.

    Corpo-seco

    uma espcie de assombrao que fica assustando as pessoas nas

    estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e s pensava

    em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a prpria me.

    Aps sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma

    alma penada.

    Pisadeira

    uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na

    barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma

    aparecer quando as pessoas vo dormir de estmago muito cheio.

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    Mula-sem-cabea

    Lenda hispnico-portuguesa, cuja verso mais corrente a de uma

    mulher, virgem ou no, que dormiu com um padre, pelo que sofre a

    maldio de se transformar nesse monstro em cada passagem de

    quinta para sexta-feira, numa encruzilhada. A Mula percorre sete

    povoados naquela noite de transformao, e se encontrar algum

    chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, a Mula sem cabea,

    de acordo com quem j a "viu", aparece como um animal completo,

    que lana fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro. s vezes,

    vista de longe, parece chorar um choro humano e pungente. Se algum

    lhe tirar os freios o encanto se quebra; tambm basta que se lhe inflija

    qualquer ferimento, desde que verta pelo menos uma gota sangue.

    Me-de-ouro

    Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se

    encontram jazidas de ouro. Tambm aparece em alguns mitos como

    sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do

    Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e aps

    atrair homens casados, os faz largar suas famlias.

    Saci-Perer

    O saci-perer representado por um menino negro que tem apenas

    uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que

    lhe d poderes mgicos. Vive aprontando travessuras e se diverte

    muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar

    pessoas com gargalhadas.

    Negrinho do Pastoreio

    Lenda afro-crist de um menino escravo que espancado pelo dono e

    largado nu, sangrando, em um formigueiro, por ter perdido um cavalo

    baio. No dia seguinte, quando foi ver o estado de sua vtima, o

    estancieiro tomou um susto. O menino estava l, mas de p, com a

    pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas, nem fora comido pelas

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    http://pt.wikipedia.org/wiki/Negrinho_do_Pastoreiohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Negrinho_do_Pastoreio
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    formigas. Ao lado dele, Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os

    outros cavalos. O estancieiro se jogou no cho pedindo perdo, mas o

    negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mo da Santa, montou no

    baio e partiu com a tropilha. Depois disso, tropeiros, mascates e

    carreteiros da regio, todos davam notcia de ter visto passar uma

    tropilha de tordilhos, tocada por um negrinho montado em um cavalo

    baio. Ento, muitos passaram a acender velas e rezar um Pai Nosso

    pela alma do supliciado. Da por diante, quando qualquer cristo perdia

    uma coisa, o que fosse, pedia ao Negrinho, que a campeava e achava,

    mas s entregava a quem acendesse uma vela, que ele levava para o

    altar de sua madrinha, a Virgem que o livrara do cativeiro.

    Sculo XVI - Quadro Jogos Infantis

    Pieter Brueghel pintor flamengo - Blgica 1525(?) -1569

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    http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhorahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pai_Nossohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhorahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pai_Nosso
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    Brincadeiras identificadas no quadro

    Balana Caixo, Bambol (ARO), Me da Mula, Cabra-Cega, Cadeirinha, Cabo

    de Guerra, Salada Mista, Cada Macaco no seu Galho, Luta, Perna de Pau,

    Cinco Marias, O Mestre Mandou, Mmica, Cavalinho, Pega-Pega, Trenzinho,Esconde-Esconde, Cambalhota, Barril Gangorra, Malhando Judas, Bolinha de

    Gude, Arria Chumbo, Pio, Jogos de Tabuleiro, Espada, , Plantando Bananeira,

    Adivinha, Escravos de J, Passa-Passa Trs Vezes, Lencinho Branco, Pipa,

    Quem quer Brincar, Bafo.

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    6. Diverso e Tradio: Brincadeiras

    Alm dos contos, danas, festas e lendas, o folclore brasileiro

    marcado pelas tradicionais brincadeiras. As brincadeiras folclricas so

    aquelas que passam de gerao para gerao. Muitas delas existem h

    dcadas ou at sculos. Costumam sofrer modificaes de acordo com

    a regio e a poca, porm, a essncia das brincadeiras continua a

    mesma da origem.

    Grande parte das brincadeiras folclricas envolve disputas individuais

    ou em grupos. Possibilitam tambm a integrao e o desenvolvimento

    social e motor das crianas.

    A preservao dessas brincadeiras muito importante para a

    manuteno da cultura folclrica. Por isso, so muito praticadas,

    principalmente, durante o ms de agosto que destinado ao folclore.

    Soltar pipa: as pipas, tambm conhecidas como papagaios, so feitas

    de varetas de madeira e papel. Coloridas, so empinadas (soltadas)

    pelos crianas em dias de vento. Com uma linha, as crianas

    conseguem direcionar e fazer malabarismos no cu.

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    Estilingue: tambm conhecidos como bodoques, so feitos de galhos

    de madeira e borracha. As crianas usam pedras para acertar alvos

    (latas, garrafas e outros objetos).

    Pega-pega: esta brincadeira envolve muita atividade fsica. Uma

    criana deve correr e tocar outra. A criana tocada passa a ter que

    fazer o mesmo.

    Bola de gude: coloridas e feitas de vidro, so jogadas no cho de terra

    pelas crianas. O objetivo bater na bolinha do adversrio para ganhar

    pontos ou a prpria bola do(a) colega.

    Boneca de pano: feitas de tecido, so usadas em brincadeiras pelas

    crianas para simular membros integrantes de uma famlia imaginria.

    Pio: a brincadeira de pio ainda faz muito sucesso, principalmente,

    nas regies do interior do Brasil. Feitos de madeira, os pies so

    rodados no cho atravs de um barbante que enrolado e puxado com

    fora. Muitas crianas pintam seus pies. Para deixar mais emocionante

    a brincadeira, muitas crianas fazem malabarismo com os piesenquanto eles rodam. O mais conhecido pegar o pio com a palma da

    mo enquanto ele est rodando.

    Leno Atrs ou Corre Cotia: Todos os participantes, com exceo de

    um, ficam sentados em crculo. O que ficou de fora ser o pegador.

    Com o leno na mo ele andar lentamente em volta do crculo

    enquanto todos cantam uma rima que pode ser, por exemplo, aparlenda Corre Cotia:

    Corre, Cutia,Na casa da TiaCorre CipNa casa da AvLencinho na mocaiu no choMoa bonitaDo meu corao

    Um,dois, trs

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    No meio da cantoria o pegador deixa cair, disfaradamente, o leno

    atrs de um dos jogadores. Quando o participante escolhido percebe

    que o leno est atrs dele, comea a perseguio ao pegador, que

    deve correr para ocupar o lugar vago. Se for apanhado antes de chegar

    ao lugar vazio, o pegador continua nessa funo, mas se conseguir

    dar a volta e ocupar o lugar vago, o jogador escolhido quem vira o

    pegador.

    Telefone sem fio - uma tradicional brincadeirapopular que funciona

    assim: numa roda de muitas pessoas, quanto mais pessoas mais

    engraado ela fica, o primeiro inventa secretamente uma palavra e fala

    - sem que ningum mais oua - nos ouvidos do prximo ( direita ou

    esquerda). Assim, o prximo fala para o prximo e assim por diante at

    chegar ao ltimo. Quando a corrente chegar ao ltimo esse deve falar o

    que ouviu em voz alta. Geralmente o resultado desastroso e

    engraado, a palavra se deforma ao passar de pessoa para pessoa e

    geralmente chega totalmente diferente no destino. possvel competir

    dois grupos para ver qual grupo chega com a palavra mais fielmente ao

    destino.

    Cabra-cega - uma brincadeira em que um dos participantes, de olhos

    vendados, procura adivinhar e agarrar os outros. Aquele que for

    agarrado, passar a ficar com os olhos vendados. Hoje em dia um

    jogo infantil, mas na Idade Mdia foi um passatempo palaciano.

    Neste jogo no h um nmero certo de jogadores e o material

    necessrio apenas uma venda para tapar os olhos da pessoa que se

    faz de cabra-cega.

    O jogo comea com os jogadores fazendo uma roda volta da cabra-

    cega que est de joelhos e, claro, de olhos tapados, Depois, comeam

    todos a fugir, at que ela, ao apanhar algum, ter de adivinhar quem

    . Se conseguir adivinhar, essa pessoa passa a ser a cabra-cega

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    http://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Popularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Direitahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Esquerdahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_domin%C3%B3http://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Olhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9diahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Popularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Direitahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Esquerdahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_domin%C3%B3http://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Olhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
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    Amarelinha - ojogo consiste em pular sobre um desenho riscado com

    giz no cho, que tambm pode ter inmeras variaes. Em uma delas,

    o desenho apresenta quadrados ou retngulos numerados de 1 a 10 e

    no topo o cu, em formato oval.

    Tira-se na sorte quem vai comear. Cada jogador, ento, joga uma

    pedrinha, inicialmente na casa de nmero 1, devendo acert-la em

    seus limites. Em seguida pula, em um p s nas casas isoladas e com

    os dois ps nas casas duplas, evitando a que contm a pedrinha.

    Chegando ao cu, pisa com os dois ps e retorna pulando da mesma

    forma at as casas 2-3, de onde o jogador precisa apanhar a pedrinha

    do cho, sem perder o equilbrio, e pular de volta ao ponto de partida.

    No cometendo erros, joga a pedrinha na casa 2 e sucessivas,

    repetindo todo processo.

    Se perder o equilbrio, colocando a mo no cho ou pisando fora dos

    limites das casas, o jogador passa a vez para o prximo, retornando a

    jogar do ponto em que errou ao chegar a sua vez novamente.

    Ganha o jogo quem primeiro alcanar o cu.

    Em uma outra verso, mais complexa, o jogo no termina a. Quem

    consegue chegar ao cu vira de costas e atira a pedrinha de l. A casa

    onde ela cair passa a ser sua e l escrito o seu nome (caso no acerte

    nenhuma, passa a vez ao prximo jogador). Nestas casas com

    "proprietrio", nenhum outro jogador pode pisar, apenas o dono, que

    pode pisar inclusive com os dois ps.

    Nesta verso, ganha o jogo quem conseguir ser dono da maioria dascasas.

    16

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gizhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quadradohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%A2ngulohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9uhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ovalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sortehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pedrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Costashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jogohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gizhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quadradohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%A2ngulohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9uhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ovalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sortehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pedrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Costashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade
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    Esconde-esconde - uma brincadeira na qual, enquanto uma pessoa

    fica com os olhos tapados contando at certo nmero combinado com

    os participantes, os demais se escondem.

    O encarregado de localizar os escondidos vence apenas se encontrar

    todos os demais participantes antes de que algum retorne para o ponto

    de partida. O primeiro que tiver se escondido, retornar para o ponto de

    partida, vence, fazendo com que aquele que o procurava perca a

    partida.

    Tambm pode ser jogado de outros modos: uma pessoa conta at certo

    nmero com os olhos fechados e as outras se escondem. As pessoas

    que se esconderam tem que voltar ao lugar onde a primeira pessoa

    contou e "se bater", o primeiro ou o ltimo (depende de quem est

    brincando) a serem "batidos" pelo que contou devem ficar no lugar

    dele.

    Caso, o ltimo a ser encontrado consiga chegar ao ponto e bater, ele

    tem a opo de salvar o mundo e todos que no conseguirem se salvar,

    sero salvos.

    Balana-caixo uma brincadeira em que entra corrida, agacha e

    levanta e at um esconde-esconde. Um integrante do grupo

    escolhido o rei e se senta em uma cadeira ou em um muro baixo. Outro

    participante eleito o servo. Ele se ajoelha de frente para o rei e apoia

    o rosto em seu colo. Os demais formam uma fila atrs do servo, cada

    um apoiando a cara nas costas do companheiro da frente. Todos

    recitam: "Balana, caixo / Balana voc / D um tapa nas costas / E vai

    se esconder". O ltimo da fila d um tapa nas costas do que est na

    sua frente e se esconde. Uma a uma, as crianas vo repetindo essa

    17

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_humano
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    ao at que todas estejam escondidas. a vez, ento, do servo sair

    procura dos colegas. Ganha quem for pego por ltimo. A brincadeira

    recomea com a escolha de outras crianas para representar os

    personagens.

    Esttua - Vale fazer micagens e at ccegas em quem vira esttua.

    Vence quem ficar imvel mesmo com tamanha provocao. Uma

    criana eleita o lder. As demais andam livremente pelo ptio at que

    ela diga: "1, 2, 3, esttua!" Nesse momento, elas param no lugar

    fazendo uma pose. O lder escolhe um colega e faz de tudo para que

    ele se mexa. S no vale empurrar. Quem resistir s caretas e ccegas

    ficando imvel declarado o vencedor e assume a posio de lder.

    Barra-manteiga - trace duas linhas paralelas distantes 15 metros (ou

    15 passos) uma da outra. Atrs dessas marcaes ficam as crianas,

    divididas em dois grupos com o mesmo nmero de integrantes, umas

    de frente para as outras. Dado o sinal, um aluno do grupo escolhido

    para comear, vai at o limite do outro time, onde esto todos com os

    braos estendidos e com a palma da mo virada para cima, e recita:

    "barra-manteiga / na fua da nega / minha me / mandou bater / nesta

    daqui / um, dois, trs." Ele bate na palma da mo de um dos colegas e

    foge para o seu territrio. O adversrio tem de correr atrs dele e

    tentar peg-lo. Se isso acontecer, o desafiante incorporado equipe

    adversria. Caso contrrio, a vez do desafiado fazer o mesmo com

    algum do outro time. A linha nunca deve ser invadida pelo

    perseguidor. Caso acontea, ele capturado. Vence o time que ficar

    com mais gente.

    Batata quente - O grupo fica em crculo, sentado ou em p. Uma

    criana fica fora da roda, de costas ou com os olhos vendados, dizendo

    a frase: "Batata quente, quente, quente... queimou!" Enquanto isso, os

    demais vo passando a bola de mo em mo at ouvirem a palavra

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    "queimou". Quem estiver com a bola nesse momento sai da roda.

    Ganha o ltimo que sobrar.

    Caracol Depois de desenhado o diagrama no

    cho, as crianas determinam uma ordem entre

    elas. A primeira joga a sua pedrinha no nmero 1.

    O objetivo percorrer todo o caracol pulando com

    um p s em todas as casas - s no pode pisar

    naquela em que est a pedrinha. Quando chega ao "cu", ela descansa

    e retorna da mesma maneira: pulando em cada casa at o nmero 1.

    Ela agacha, apanha a pedrinha e pula para fora do caracol. Para

    continuar a brincadeira, ela joga a pedrinha no nmero 2 e assim por

    diante. Ela no pode pisar ou jogar a pedrinha na risca nem atir-la fora

    do diagrama. Se isso acontecer, perde a vez. Vence quem completar o

    percurso primeiro.

    Passa, passa trs vezes - Em segredo, duas crianas definem um

    tema - frutas, por exemplo. Depois, escolhem qual fruta cada uma ir

    representar. Uma pode ser a uva e a outra a pera. Elas do as mos

    formando um tnel por onde os colegas passam, um atrs do outro,

    cantando: "Passa, passa trs vezes / O ltimo que ficar / Tem mulher e

    filhos / Que no pode sustentar". Quando a msica acaba, as duas

    crianas que formam o tnel abaixam os braos prendendo o colega

    que est passando naquele momento. Sem que os outros escutem, o

    que foi preso responde pergunta: "Pra ou uva?" Depois, ele sai da

    fila e vai para trs do colega que representa a sua escolha. Ganha a

    brincadeira quem tiver mais participantes atrs de si.

    Passa-anel - Uma criana fica com o anel. As outras se sentam em um

    banco, uma ao lado da outra, com os braos apoiados no colo e com as

    palmas das mos unidas. A "dona" do anel passa suas mos unidas

    entre as de seus companheiros escolhendo um deles para receber o

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    anel. Ela repete esse movimento algumas vezes - pode at fingir que

    colocou nas mos de algum. Quando resolve parar, abre as mos

    mostrando que esto vazias e pergunta para um dos participantes:

    "Com quem est o anel?" Se o escolhido acertar a resposta, tem direito

    de passar o anel. Se no, a brincadeira recomea com o mesmo

    passador.

    Beijo, Abrao, Aperto de mo - As crianas ficam sentadas, uma ao

    lado da outra. Duas delas, eleitas para iniciar a brincadeira, ficam em

    frente s demais - uma delas com os olhos tapados. A que est vendo

    aponta para os que esto sentados e pergunta para a colega: " esse?

    esse?" Quando ela responde "sim", vem a segunda pergunta: "O que

    voc quer dele? Beijo, abrao ou aperto de mo?" A criana interrogada

    faz a sua escolha, olha para o grupo e descobre quem . A s beijar

    ou abraar o colega ou apertar a mo dele.

    Boca-de-forno - Uma das crianas escolhida para representar o

    mestre. A brincadeira inicia com ela dizendo: "Boca-de-forno". E a

    turma responde: "Forno". Ela continua: "Tirando o bolo". E o resto diz:

    "Bolo". Ela novamente: "Fareis tudo o que seu mestre mandar?" O

    grupo fala: "Faremos!" Nesse momento, o mestre d

    uma ordem e cada um dos participantes tem de cumpri-la. Ele pode,

    por exemplo, pedir aos colegas que andem at um determinado ponto

    e voltem pulando em um p s ou que busquem algum objeto. O

    primeiro que chegar se torna o chefe e o ltimo recebe um castigo.

    Quente ou frio - Os alunos escolhem um colega que se afasta

    enquanto eles escondem um objeto. A criana chamada de volta e a

    turma comea a dar pistas sobre onde est ele. Quando ela se afasta

    do esconderijo, o grupo diz: "Est frio" ou "Est gelado" (se ela estiver

    bem longe). Quando se aproxima, a crianada sinaliza falando: "Est

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    quente" ou "Est pelando" (caso esteja muito perto). Quando ela

    encontra o objeto, o grupo grita: "Pegou!"

    Duro ou mole - Em um grupo, um participante escolhido para ser o

    pegador. Os demais so os fugitivos. Quem for pego fica "duro"

    (parado, sem se mexer). Os outros participantes do grupo devem

    escapar do pegador e amolecer (tocar) os participantes que esto

    "duros" (parados), para que eles possam voltar brincadeira. Quem for

    pego mais de trs vezes o novo pegador.

    Me-da-rua - So traadas no cho duas linhas paralelas e distantes

    uma da outra cerca de 4 metros (ou 4 passos). O grupo se divide em

    dois lados, deixando na rea central apenas uma criana, a "me da

    rua". As demais devem atravessar a "rua" pulando em uma perna.

    Nesse momento, a "me da rua", que corre com as duas pernas, deve

    peg-la. Se ela conseguir, essa criana passa a ajud-la a capturar os

    outros que tentam passar de um lado para o outro. Vence quem ficar

    por ltimo sem ser pego.

    Corda

    Aumenta-Aumenta: duas crianas seguram a corda pelas pontas bem

    prxima ao cho e as outras pulam. A altura da corda vai aumentando

    aos poucos. A brincadeira termina quando resta apenas um participante

    capaz de pular a corda quela altura.

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    Chicotinho queimado: o grupo se organiza em um crculo e uma

    criana fica no centro segurando a corda por uma das pontas. Ela gira a

    corda rente ao cho e as outras pulam. Vence quem nunca for tocado

    pela corda.

    Zerinho: duas crianas batem a corda. O objetivo dos outros

    participantes passar pela corda sem esbarrar nela calculando a altura

    e a velocidade ideais.

    Foguinho: duas crianas comeam batendo corda em um ritmo e, aos

    poucos, aumentam a velocidade. Termina quando a criana esbarrar na

    corda.

    Pular corda: se a criana no sabe comear a pular com a corda j em

    movimento, pea para ela se posicionar ao lado da corda, rente ao

    cho, e s ento os colegas comeam a bater. Para entrar na

    brincadeira com a corda em movimento, preciso esperar que ela fique

    no alto. A brincadeira fica mais divertida se a garotada marcar o ritmo e

    o tempo com ladainhas como essas: "Salada, saladinha / Bem

    temperadinha / Sal, pimenta, salsa e cebolinha / um, dois, trs";

    Batalho-lho-lho, aproveita a ocasio, quem no entrar um

    bobo; "Abacaxi-xi-xi / Quem no sair / um saci / Beterraba-raba-

    raba / Quem no sai uma diaba"; "Um homem bateu minha porta / E

    eu abri / Senhoras e senhores / D uma voltinha (e a criana, dentro da

    corda, d uma volta)/ Senhoras e senhores / Pule num p s (e a

    criana, dentro da corda, pula com um p s) / Senhoras e senhores /

    Pe a mo no cho (e a criana, dentro da corda, pe a mo no cho) /

    E vai para o olho da rua" (e a criana tem de "sair" da corda).

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    Me-da-mula - Primeiro voc e seus amigos tiram a sorte para ver

    quem ser a me da mula. O sorteado, ento, escolhe algum para ser

    a mula. O escolhido curva o corpo, segurando firme os joelhos com as

    mos. Os outros formam uma fila, com a me na frente. A me salta

    sobre a mula, apoiando suas mos sobre as costas dela. Antes, a me

    avisa como ser o pulo. Se disser batatinha, porque vai colocar as

    mos fechadas sobre a sela. Bife significa que vai pr as mos abertas.

    Um bife e uma batata, quer dizer uma mo fechada e a outra aberta.

    Garra de gavio apoiar as pontas dos dedos sobre a sela. E

    segredinho significa que ela vai inventar um novo jeito de pular. A, os

    outros precisam estar bem atentos para ver como . Depois que a me

    tiver pulado, a vez dos outros. Eles tm que dar o mesmo tipo de

    salto que ela. Quem errar, ser a prxima mula. E quem era mula passa

    a ser a me.

    Cinco Marias - Para brincar de Cinco Marias voc vai precisar de

    pedrinhas ou saquinhos de pano. Faa os saquinhos com retalhos e

    encha-os com arroz ou pedrinhas. Tire a sorte para ver quem comea.

    O escolhido joga os saquinhos para o alto. Eles devem ficar onde

    carem. O jogador, ento, escolhe um saquinho e lana-o para o alto,

    enquanto pega outro saquinho antes do primeiro cair na mesa. Emseguida, ele joga os dois saquinhos para cima e tenta agarrar um

    terceiro sem que os outros caiam e assim por diante. Quem conseguir

    pegar todos os saquinhos marca 1 ponto. Quem errar passa a vez.

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    http://www.monica.com.br/revistas/brincade/cin-mari.htmhttp://www.monica.com.br/revistas/brincade/cin-mari.htm
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    Todas trs por batizarA mais velha delas todasCiranda se vai chamar

    Capelinha de melo

    Capelinha de melo de So Joo de cravo, de rosa, de manjericoSo Joo est dormindoNo acorda, noAcordai, acordai,Acordai, Joo!

    CaranguejoCaranguejo no peixe

    Caranguejo peixe Caranguejo no peixeNa vazante da mar.Palma, palma, palma,P, p, pCaranguejo s peixe, na vazante da mar!

    Atirei o pau no gatoAtirei o pau no gato, tmas o gato, t t

    no morreu, reu, reudona Chica, c cadmirou-se, se sedo berr, do berr, que o gato deu, Miau!

    Escravos de JEscravos de JJogavam caxangTira, bota, deixa o Z Pereira ficar.Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zGuerreiros com guerreiros fazem zigue zigue z.

    Peixe vivoComo pode o peixo vivoViver fora da gua friaComo pode o peixe vivoViver fora da gua friaComo poderei viverComo poderei viverSem a tua, sem a tuaSem a tua companhiaSem a tua, sem a tuaSem a tua companhiaOs pastores desta aldeia

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    Ja me fazem zombariaOs pastores desta aldeiaJa me fazem zombariaPor me verem assim chorandoPor me verem assim chorando

    Sem a tua, sem a tuaSem a tua companhiaSem a tua, sem a tuaSem a tua companhia

    A canoa virouA Canoa virouPois deixaram ela virarFoi por causa da (nome da pessoa)Que no soube remar

    Se eu fosse um peixinhoE soubesse nadarEu tirava a (nome da pessoa)Do fundo do mar

    Siri pra cSiri pra l(Nome da Pessoa) belaE quer casar

    8. Parlendas

    As parlendas so versinhos com temtica infantil que so recitados em

    brincadeiras de crianas. Possuem uma rima fcil e, por isso, so

    populares entre as crianas. Muitas parlendas so usadas em jogos

    para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por

    diverso. Muitas parlendas so antigas e, algumas delas, foram criadas,

    h dcadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam

    uma importante tradio cultural do nosso povo.

    Alguns exemplos de parlendas:

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    http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htmhttp://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm
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    Um, dois, feijo com arroz.Trs, quatro, feijo no prato.Cinco, seis, chegou minha vezSete, oito, comer biscoito

    Nove, dez, comer pastis.

    Serra, serra, serrador! Serra o papo do vov! Quantastbuas j serrou?Uma delas diz um nmero e as duas, sem soltarem asmos, do um giro completo com os braos, nummovimento gracioso.Repetem os giros at completar o nmero dito por uma

    das crianas.

    Cala a boca! Cala a boca j morreuQuem manda em voc sou eu!

    Um elefante incomoda/amola muita gente...

    Dois elefantes... incomoda/amola, amola muitagente...Trs elefantes... incomoda/amola, amola, amolamuita gente...Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muitomais...(continua...)

    - Enganei um bobo...Na casca do ovo!

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    Fui feiraEncontrei uma corujaPisei no rabo delaEla me chamou de cara suja

    Uma pulga na balanaDeu um puloE foi Frana

    Era uma bruxa meia-noiteEm um castelo mal-assombradoCom uma faca na moPassando manteiga no po

    Chuva e Sol,Casamento de espanholSol e chuvaCasamento de viva

    T com frio?Toma banho no rioT com calor?Toma banho de regador

    Dedo MindinhoSeu vizinho,Maior de todosFura-bolosCata-piolhos.

    L em cima do piano tem um copo devenenoQuem bebeu morreuO culpado no fui EU

    Rei, capito,soldado, ladro.moa bonitaDo meu corao

    Eu sou pequenina,Da perna grossa,Vestido curto,Papai no gosta

    Por detrs daquele morro,Passa boi, passa boiada,Tambm passa moreninha,

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    De cabelo cacheado

    Batatinha quando nasce,Espalha a rama pelo cho,

    Menininha quando dorme,Pe a mo no corao.

    Homem com homemMulher com mulherFaca sem pontaGalinha sem p

    Quem cochicha,O rabo espicha,Quem escuta,

    O rabo encurta,Quem reclama,O rabo inflama.

    Meio dia,Macaco assobiaPanela no fogo,Barriga vazia.Macaco torrado,Que vem da Bahia,

    Fazendo careta,Pra dona Sofia.

    -Ag, agA galinha quer botarIj, IjMinha me me deu uma surrafui parar no TietAl,AlO Galo j cantouAmarelo, amarelo

    Fui parar no cemitrioRoxo, roxo,Fui parar dentro do cocho

    Batalho, lho, lho,Aproveita a ocasioquem no entrar um bobo.Abacaxi, xi, xi

    quem no sai um saci.Beterraba, aba, aba,

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    quem errar uma diaba.Borboleta, leta, leta,quem errar uma capeta.

    Cad o toucinho que estava aqui?

    O Gato comeuCad o gato?T no matoCade o mato?O fogo queimouCad o fogo?A gua apagouCad a gua?O Boi bebeuCad o boi?Amassando o trigo

    Cad o trigo?A galinha espalhouCad a galinha?Botando ovoCad o ovo?O padre comeuCad o padre?Rezando missaCad a missa?T na capela

    Cad a Capela?Ta aqui.........

    Bo, babalo,Senhor Capito,Espada na cinta,Ginete na mo.Em terra de mouroMorreu seu irmo,Cozido e assado

    No seu caldeiro

    O Macaco foi feiraNo sabia o que comprarComprou uma cadeiraPra comadre se sentarA comadre se sentouA cadeira escorregoucoitada da comadrefoi parar no corredor

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    Um texto para descontrair: O cachimbo, o jarro, otouro e a gente

    Hoje domingo pede cachimbo, o cachimbo de barro, bate no jarro, o

    jarro de ouro bate no touro, o touro valente, bate na gente, a gente

    fraco, cai no buraco o buraco fundo, acabou-se o mundo.

    Esta uma das rimas infantis mais conhecidas em nosso pas. Hoje

    acordei com ela na cabea. Me lembrei do tempo em que falar estas

    palavras era o mximo. At hoje no sei se o certo p de cachimbo ou

    pede cachimbo. O certo que p de cachimbo no existe e pedir um

    cachimbo algo que nos dias atuais se enquadra no politicamente

    incorreto, afinal o fumar que em outros tempos j foi coisa da moda,

    hoje algo reprovvel.

    Outra questo que esta rima rene em si uma srie de

    acontecimentos fatdicos e beira ao caos. Vamos por partes como diria

    Jack o Estripador.

    Hoje domingo pede cachimbo ou p de cachimbo: parece coisa de

    Sandy e Junior, vamos fumar, vamos fumar, vamos fumaaaarr, ou seria

    vamos pular.

    O cachimbo de barro, bate no jarro: cachimbo estranho este, pra

    comear de barro e ainda ta na mo de um pirado que fica batendo o

    negocio em tudo quanto lugar, neste caso no jarro. Pobre jarro.

    O jarro de ouro, bate no touro: se o jarro era de ouro quebrou o

    cachimbo, mas tudo bem. Agora ou o touro estava na sala ou o jarro no

    curral, afinal como o jarro pode ter batido no touro. Quem estava onde?

    O touro valente, bate na gente: pelo visto esta mesmo uma rima

    brasileira, se fosse na Espanha o touro ia bater na gente e a gente

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    https://lh5.googleusercontent.com/-xHpNzDzS_Gw/TYYFhBcSj7I/AAAAAAAAAS0/XHXL8idiV5c/s1600/arvore.jpg
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    gritaria, ol, e l se ia o touro. Mas tem ai outro elemento, quer dizer

    que, aquele que valente sai batendo em todo mundo? Clara apologia

    violncia.

    A gente fraco, cai no buraco: que buraco? Onde estava este buraco?

    Que lugar esse que tem um cachimbo, jarro, touro e um buraco?

    Tenha d. E por que a gente cai no buraco. Eu acho que a gente ia

    desviar do touro, sei l. isso que d ter um touro na sala. Penso que o

    touro deve ser criado no tal buraco uma tese que cai por terra se

    prestarmos ateno na ultima frase do texto.

    O buraco fundo, acabou-se o mundo: meu Deus que coisa mais

    apocalptica. O mundo vai acabar num buraco fundo? Desta forma fica

    descartado que o buraco seria a moradia do touro, afinal o buraco to

    fundo que nem mesmo o mundo sobreviveu a ele.

    Resultado, meu domingo comeou com uma revelao. A rima inocente

    de minha infncia no passa de uma trgica historia de morte e

    destruio. E se voc pensa que acabou preste ateno nas variaes

    que encontrei na internet. Se fizermos uma comparao vamos ver que

    a original mesmo coisa pra criana por que as variaes, estas meu

    amigo, so de pedir pra sair. Com certeza nem mesmo o capito

    Nascimento sobreviveria. (Luiz Fernando Fernandes)

    VARIAES SOBRE O MESMO TEMA

    9.Trava-lnguas

    32

    https://lh3.googleusercontent.com/-JTt3LdNXNX4/TYYH7B2cE7I/AAAAAAAAAS4/Sxz3CF2bMSc/s1600/domingo+cachimbo.png
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    Trava-lngua uma espcie de jogo verbal que consiste em dizer, com

    clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentrao de slabas

    difceis de pronunciar, ou de slabas formadas com os mesmos sons,mas em ordem diferente. Os trava-lnguas so oriundos da cultura

    popular, so modalidades de parlendas (rimas infantis), podendo

    aparecer sob a forma de prosa, versos, ou frases. Os trava-lnguas

    recebem essa denominao devido dificuldade que as pessoas

    enfrentam ao tentar pronunci-los sem tropeos, ou, como o prprio

    nome diz, sem "travar a lngua". Alm de aperfeioarem a pronncia,

    servem para divertir e provocar disputa entre amigos.

    Veja a seguir uma srie de trava-lnguas e tente pronunci-los

    rapidamente:

    O rato roeu a roupa do Rei de Roma, a rainha com raiva resolveu

    remendar.

    Trazei trs pratos de trigo para trs tigres tristes comerem

    A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara.

    Em rpido rapto, um rpido rato raptou trs ratos sem deixar

    rastros.

    Bagre branco, branco bagre.

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  • 7/23/2019 Apostila - Projeto Gincana Cultural

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    O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra.

    Teto sujo, cho sujo.

    Se o Pedro preto, o peito do Pedro preto e o peito do p doPedro tambm preto.

    O pinto pia, a pipa pinga. Pinga a pipa e o pinto pia. Quanto maiso pinto pia mais a pipa pinga.

    O que que Cac quer? Cac quer caqui. Qual caqui que Cacquer? Cac quer qualquer caqui.

    A aranha arranha a r.A r arranha a aranha.Nem a aranha arranha a r.Nem a r arranha a aranha.

    O sabi no sabiaQue o sbio sabiaQue o sabi no sabia assobiar

    O doce perguntou pro doceQual o doce mais doceQue o doce de batata-doce.O doce respondeu pro doceQue o doce mais doce queO doce de batata-doce o doce de doce de batata-doce.

    Tecelo tece o tecidoEm sete sedas de SioTem sido a seda tecida

    Na sorte do tecelo.

    O tempo perguntou pro tempo qual o tempo que o tempo tem.

    O tempo respondeu pro tempo que no tem tempo pra dizer pro

    tempo que o tempo do tempo o tempo que o tempo tem.

    10. Culinria

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    A culinria do Brasil fruto de uma mistura de ingredientes

    europeus, indgenas e africanos. Muitas das tcnicas de preparo e

    ingredientes so de origem indgena, tendo sofrido adaptaes por

    parte dos escravos e dos portugueses. Esses faziam adaptaes dos

    seus pratos tpicos substituindo os ingredientes que faltassem por

    correspondentes locais. A feijoada, prato tpico do pas, um exemplo

    disso. Os escravos trazidos ao Brasil desde fins do sculo XVI, somaram

    culinria nacional elementos como o azeite-de-dend e o cuscuz. As

    levas de imigrantes recebidas pelo pas entre os sculos XIX e XX,

    vindos em grande nmero da Europa, trouxeram algumas novidades ao

    cardpio nacional e concomitantemente fortaleceu o consumo de

    diversos ingredientes.

    A alimentao diria, feita em trs refeies, envolve o consumo de

    caf-com-leite, po, frutas, bolos e doces, no caf da manh; feijo com

    arroz no almoo, refeio bsica do brasileiro, aos quais so somados,

    por vezes, o macarro, a carne, a salada e a batata; nojantar, sopas e

    tambm as vrias comidas regionais.

    35

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgenahttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81fricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feijoadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Azeite-de-dend%C3%AAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cuscuzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9-com-leitehttp://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frutahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bolohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Docehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Desjejumhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Almo%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Macarr%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Saladahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pur%C3%AA_de_batatahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ceiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sopahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgenahttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81fricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feijoadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Azeite-de-dend%C3%AAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cuscuzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9-com-leitehttp://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frutahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bolohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Docehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Desjejumhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Almo%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Macarr%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Saladahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pur%C3%AA_de_batatahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ceiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sopa
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    As bebidas destiladas foram trazidas pelos portugueses ou, como a

    cachaa, fabricadas na terra. O vinho tambm muito consumido, por

    vezes somado gua e acar, na conhecida sangria. A cerveja por sua

    vez comeou a ser consumida em fins do sculo XVIII e hoje uma das

    bebidas alcolicas mais comuns.

    No perodo colonial, os portugueses assimilaram os ingredientes dos

    nativos da frica, sia e Amrica para sobreviver em terras estranhas,

    mas tambm por curiosidade. No Brasil a produo interna de

    alimentos era limitada, pois a economia estava toda voltada para a

    exportao.

    A atual culinria colonial constituinte das bases culinrias do pas pode

    ser dividida em quatro correntes: a do litoral aucareiro; a do norte; a

    dos Bandeirantes que partiam de Vila de So Paulo do Piratininga; e a

    quarta, da pecuria.

    No norte, os habitantes dependiam mais dos conhecimentos indgenas

    para sobreviver e para a coleta das drogas do serto e, por isso, sua

    alimentao inclua pratos e ingredientes como a carne de peixes como

    o pirarucu, a carne de jacars, tartarugas alm de seus ovos e do

    peixe-boi do qual se fazia tambm a manteiga, e frutas.

    Como o terreno prximo Vila de So Paulo do Piratininga era

    inadequado ao cultivo da cana de acar, a economia voltou-se para o

    interior, para a procura de ouro, pedras preciosas e apresamento dos

    indgenas e, por isso, puderam desenvolver-se lavouras de

    subsistncia. O sistema de plantao dos tupis aonde se cultivam

    pequenas reas estratgicas foi aproveitado pelos viajantes:

    plantava-se uma rea para que houvesse alimento na viagem de volta.

    A prpria histria influenciou a culinria de cada regio.

    36

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_destiladahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cacha%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sangria_(bebida)http://pt.wikipedia.org/wiki/XVIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Colonialismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Economiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeiranteshttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)http://pt.wikipedia.org/wiki/Drogas_do_sert%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pirarucuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe-boihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Manteigahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ourohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tupishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_destiladahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cacha%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sangria_(bebida)http://pt.wikipedia.org/wiki/XVIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Colonialismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Economiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeiranteshttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)http://pt.wikipedia.org/wiki/Drogas_do_sert%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pirarucuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe-boihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Manteigahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ourohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tupis
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    Indgenas

    A alimentao indgena tinha como alicerce a mandioca, na forma de

    farinha e de beijus, mas tambm de frutas, pescado, caa, milho,

    batata e pires e, com a chegada dos portugueses, do inhame trazido

    da frica.

    Todos os povos indgenas conheciam o fogo e o utilizavam tanto para o

    aquecimento e a realizao de rituais quanto para preparar os

    alimentos. As principais formas de preparo da carne eram ass-la em

    uma panela de barro sobre trs pedras (trempe), em um forno

    subterrneo (biaribiri), espet-la em gravetos pontudos e coloc-la para

    assar ao fogo de onde teria vindo o churrasco do Rio Grande do Sul

    coloc-la sobre uma armao de madeira at ficar seca para que

    assim pudesse ser conservada (moqum) ou algumas vezes coz-la. No

    biaribiri colocavam uma camada de folhas grandes em um buraco e

    sobre elas a carne a ser assada e sobre essa carne ainda, uma camada

    de folhas e outra de terra, acendendo sobre tudo um fogueira de onde

    teria surgido o modo de preparar o barreado do Paran. Por vezes a

    carne cozida servia para o preparo de pires, mistura de farinha de

    mandioca, gua e caldo de carnes. Havia duas formas de prepar-lo,

    cozido ou escaldado. Na primeira, o caldo misturado com a farinha

    aos poucos e mexido at ganhar consistncia adequada; na segunda,

    simplesmente misturam-se os dois, resultando em um piro mais mole.

    Ao lado da farinha e do beiju, a caa era outra das principais fontes de

    alimento. As principais carnes eram as de mamferos como o porco-do-

    mato, o queixada, o caititu, a paca, o veado, macacos e a anta, que

    servia a comparaes com o boi, a anta estrangeira. Eram preparadas

    com pele e vsceras, o pelo queimado pelo fogo e os midos, rgos

    internos, depois retirados e repartidos.

    A pesca, de peixes, moluscos e crustceos, era realizada com arco a

    pequenas distncias, sem haver uma espcie mais apreciada que

    outras. Os maiores eram assados ou moqueados e os menores cozidos

    37

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mandiocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Farinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Beijuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fogohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ritualhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fornohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Churrascohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Barreadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ca%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADferoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Queixadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caitituhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pacahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Veadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Anta_(mam%C3%ADfero)http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAlohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pescahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Moluscoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Crust%C3%A1ceohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mandiocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Farinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Beijuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fogohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ritualhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fornohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Churrascohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Barreadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ca%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADferoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Queixadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Caitituhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pacahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Veadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Anta_(mam%C3%ADfero)http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAlohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pescahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Moluscoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Crust%C3%A1ceo
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    sendo o caldo utilizado para fazer piro. Por vezes, secavam os peixes e

    socavam-nos at fazer uma farinha que podia ser transportada durante

    viagens e caadas. A paoca era produzida da mesma maneira,

    pilando-se a carne com a farinha de mandioca, alimento posteriormente

    adaptado com castanhas de caju, amendoins e acar no lugar da

    carne e transformado em um doce.

    Para temperar o alimento usavam a pimenta ou uma mistura de

    pimenta e sal pilada chamada ionquet, inquitaia, juquitaia, ijuqui.

    Sempre era colocado aps o preparo e mesmo comido junto com o

    alimento, colocando-se um naco de comida na boca e em seguida o

    tempero. O sal era obtido a partir de difceis processos de secagem da

    gua do mar, em salinas naturais sal mineral ou a partir da cinza

    de vegetais.

    Entre os alimentos lquidos indgenas encontra-se a origem do tacac,

    do tucupi, da canjica e da pamonha. O primeiro surge a partir do sumo

    da mandioca cozida, chamado manipueira, misturado com caldo de

    peixe ou carne, alho, pimenta e sal e o segundo a partir da fervura mais

    demorada do mesmo sumo. A canjica era uma pasta de milho puro at

    receber o leite, o acar e a canela dos portugueses ganhando

    adaptaes de acordo com o preparo, como o mungunz, nome

    africano para o milho cozido com leite, e o curau, feito com milho mais

    grosso. A pamonha era um bolo mais grosso de milho ou arroz

    envolvido em folhas de bananeira. Fabricavam tambm bebidas

    alucingenas para reunies sociais ou religiosas como a jurema no

    Nordeste. Com seus ingredientes e tcnicas a culinria indgena

    formaria a base da culinria brasileira e daria sua autenticidade, com a

    mandioca sendo o ingrediente nacional, pois includo na maioria dos

    pratos.

    Dos ndios foi assimilada a farinha de mandioca, os alimentos

    preparados em folhas de bananeira, as comidas base de milho, a

    38

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7ocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Amendoimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pimentahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sal_de_cozinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pil%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tacac%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Tucupihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Canjicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pamonhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bananeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jurema_(bebida)http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Nordeste_do_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bananeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Milhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7ocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Amendoimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pimentahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sal_de_cozinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pil%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tacac%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Tucupihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Canjicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pamonhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bananeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jurema_(bebida)http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Nordeste_do_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bananeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Milho
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    paoca, a moderao no uso do sal e dos condimentos, os utenslios de

    cermica, o gosto por alimentos frescos.

    AfricanosA alimentao cotidiana na frica por volta do sculo XVI inclua arroz,

    feijo (feijo-fradinho), milhetos, sorgo e cuscuz. A carne era em sua

    maior parte da caa abundante de antlopes, gazelas, bfalos, aves,

    hipoptamos e elefantes. Pescavam pouco, de arpo, rede e arco.

    Criavam gado ovino, bovino e caprino, mas a carne dos animais de

    criao era em geral destinada ao sacrifcio e trocas; serviam como

    reserva monetria. Preparavam os alimentos, assando, tostando ou

    cozendo-o e para temperar a comida tinham apreo pelas pimentas,

    mas tambm utilizavam molhos de leos vegetais, como o azeite-de-

    dend que acompanhavam a maioria dos alimentos.

    O escravo era apresentado aos gneros brasileiros antes mesmo de

    deixar a frica, recebendo uma rao de feijo, milho, aipim, farinha de

    mandioca e peixes para a travessia. A base da alimentao escrava no

    variava de acordo com a funo que fosse exercer, quer fosse nos

    engenhos, nas minas ou na venda. Essa base era a farinha de

    mandioca. Ela variava mais em funo de seu trabalho ser urbano ou

    rural e de seu proprietrio ser rico ou pobre. A alimentao dos

    escravos nas propriedades ricas inclua canjica, feijo-preto, toucinho,

    carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que

    conseguisse pescar e caar; nas pobres era de farinha, laranjas e

    bananas. Nas cidades, a venda de alguns pratos poderia melhorar a

    alimentao do escravo atravs dos recursos extras conseguidos. Os

    temperos usados eram o aafro, o leo de dend e o leite de coco.

    Este ltimo tem sua origem nas ndias e seria usado na costa leste da

    frica j no sculo XVI, sendo trazido para o Brasil aonde utilizado

    para regar peixes, mariscos, o arroz-de-coco, o cuscuz, o mungunz e

    ainda diversos outras iguarias.

    39

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7ocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3o-fradinhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sorgohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADlopehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gazelahttp://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%BAfalohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hipop%C3%B3tamohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Elefantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_pescahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Engenhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_ourohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Toucinhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carne-secahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Citrus_x_sinensishttp://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7afr%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7ocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3o-fradinhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sorgohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADlopehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gazelahttp://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%BAfalohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hipop%C3%B3tamohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Elefantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_pescahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Engenhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_ourohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Toucinhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carne-secahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Citrus_x_sinensishttp://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7afr%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVI
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    Prato apreciado no Brasil atualmente, o cuscuz era conhecido em

    Portugal e na frica antes da chegada dos portugueses ao Brasil.

    Surgido no norte da frica, entre os berberes, ele podia ser feito de

    arroz, sorgo, milhetos ou farinha de trigo e consumido com frutos do

    mar. Com o transporte do milho da Amrica, o cuscuz passou a ser feito

    principalmente de milho. No Brasil por regra, consumido doce, feito

    com leite e leite de coco, a no ser o cuscuz paulista, consumido com

    ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes.

    Europeus e outros povos

    Dos imigrantes chegados ao Brasil do sculo XIX ao incio do sculo XX,

    como alemes, italianos, espanhis, srio-libaneses, japoneses, foram

    os alemes e italianos que deixam maiores influncias na culinria

    nacional. Os alemes, no muito numerosos, vindos de diferentes

    regies da Alemanha e limitados ao Sul e Sudeste do pas apenas

    reforam o consumo de gneros j utilizados pelos portugueses como a

    cerveja, a carne salgada, sobretudo de porco, e as batatas. Ao mesmo

    tempo em que mantm o consumo de alguns gneros como as

    salsichas, a mortadela, o toucinho e a cerveja, mostram-se adaptativos

    substituindo o que lhes falta da terra natal por matrias-primas locais.

    As comidas tpicas da Alemanha no se difundem pelo pas. Os italianos

    por sua vez, em maior nmero e mais espalhados pelo territrio

    nacional, conseguem impor as massas de farinha de trigo e os molhos.

    O macarro italiano tornou-se alimento complementar, ao lado da

    farofa, do feijo, do arroz e das carnes. Alm do macarro, outras

    massas italianas foram trazidas como a pizza, o ravioli e a lasanha e

    outras comidas que no massas como os risottos e a polenta.

    Divulgaram tambm o sorvete como doce e sobremesa. Fortaleceram o

    gosto pelo queijo, usado em todas as massas, tanto que o queijo passa

    a ser consumido junto com doces e frutas, como com a goiabada, ou

    sozinho, assado.

    40

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Berbereshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto_do_marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto_do_marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cheiro-verdehttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_alem%C3%A3_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Salsichahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mortadelahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_italiana_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Massas_aliment%C3%ADciashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Farinha_de_trigohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pizzahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Raviolihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lasanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Risottohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polentahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Geladohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Goiabadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Berbereshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto_do_marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto_do_marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cheiro-verdehttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_alem%C3%A3_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Salsichahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mortadelahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_italiana_no_Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Massas_aliment%C3%ADciashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Farinha_de_trigohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pizzahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Raviolihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lasanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Risottohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polentahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Geladohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Goiabada
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    Culinria europeia praticada no Brasil: a panelada, a buchada, o cozido,

    o pudim de iai, os arrufos de sinh, o bolo de noiva, o pudim veludo;

    em virtude das navegaes, os europeus (portugueses) conheceram e

    introduziram no Brasil o coco, a manga, ajaca, a fruta-po, a canela, a

    carambola, o sarapatel, o sarrabulho, trazidos do oriente. Tambm

    transmitiram pratos mouriscos como o alfenim. No cozido portugus se

    adicionou feijo preto ou mulatinho, carnes salgadas e defumadas,

    farinha de mandioca e muitas verduras, criando-se um dos pratos mais

    conhecidos da cozinha brasileira: a feijoada.

    11. Msica e Dana

    Frequentemente interligadas, muitas formas musicais, seja puramente

    de instrumento ou com canto, so ritmos de dana, como o cateret, a

    polca, o maxixe, o lundu, o baio, o samba, o frevo, o xaxado, o

    fandango, a vanera, o xote, o maracatu, a ciranda, ojongo, a tirana, a

    catira, o batuque, o pau-de-fita, a quadrilha, as cantigas de roda.

    Outros exemplos de msica so os acalantos, como o Dorme, nenm,

    que a Cuca vem pegar; as modinhas, desafios e repentes; as cantigas

    de trabalho, velrio e cemitrio; as serestas, as modas de viola; as

    ladainhas, responsrios e outros cnticos sacros.

    41

    http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Panelada&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Buchadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cozidohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pudim_de_iai%C3%A1&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arrufos_de_sinh%C3%A1&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bolo_de_noiva&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pudim_veludo&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Cocohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mangahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Artocarpus_heterophyllushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fruta-p%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Canelahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carambolahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sarapatelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sarrabulhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alfenimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mandiocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feijoadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cateret%C3%AAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polcahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Maxixehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lunduhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bai%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sambahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frevohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Xaxadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fandangohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vanera&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Xotehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Maracatuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cirandahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jongohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tiranahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Catirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Batuquehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-de-fitahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrilha_(dan%C3%A7a)http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantiga_de_rodahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Acalantohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Modinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Repentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Repentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Serestahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Moda_de_violahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ladainhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Respons%C3%B3riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2nticohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Panelada&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Buchadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cozidohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pudim_de_iai%C3%A1&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arrufos_de_sinh%C3%A1&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bolo_de_noiva&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pudim_veludo&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Cocohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mangahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Artocarpus_heterophyllushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fruta-p%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Canelahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carambolahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sarapatelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sarrabulhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alfenimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mandiocahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Feijoadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cateret%C3%AAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polcahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Maxixehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lunduhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bai%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sambahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frevohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Xaxadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fandangohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vanera&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Xotehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Maracatuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cirandahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jongohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tiranahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Catirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Batuquehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-de-fitahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrilha_(dan%C3%A7a)http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantiga_de_rodahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Acalantohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Modinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Repentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Repentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Serestahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Moda_de_violahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ladainhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Respons%C3%B3riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ntico
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    Festas e encenaes

    Algumas das principais festas so o Carnaval, a Folia de Reis, as Farras

    de boi e Cavalhadas, as Festas Juninas, a Festa do Divino e o Congado.

    Em todas elas vrias expresses folclricas se encontram reunidas,

    como a culinria, o vesturio, o teatro, jogos e competies, contao

    de casos e lendas, ritos religiosos, danas e cantos. E sendo festas de

    grande difuso, se encontra uma infinidade de variantes atravs do

    territrio brasileiro.

    Linguagem, literatura e tradio oral42

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    43/65

    As principais manifestaes do folclore na linguagem popular so asseguintes:

    Adivinhaes - Tambm chamadas de adivinhas. Consistem emperguntas com contedo dbio ou desafiador.

    O que o que ? Uma casa tem quatro cantos, cada canto tem um

    gato, cada gato v trs gatos, quantos gatos tm na casa?

    Provrbios - Ditos que contm ensinamentos, como "Dinheiro

    comprapo, mas no compra gratido"; "A fome o melhor tempero";

    "Ladro que rouba a ladro tem cem anos de perdo".

    Quadrinhas - Estrofes de quatro versos sobre o amor, um desafio ou

    saudao.

    Piadas ou anedotas - Histria curta de final geralmente

    surpreendente e engraado com o objetivo de causar risos ou

    gargalhadas no leitor ou ouvinte. um tipo especfico de humor que,

    apesar de diversos estilos, possui caractersticas que a diferenciam de

    outras formas de comdia. No Brasil so muito comuns piadas

    envolvendo o Joozinho ou a Mariazinha, personagens supostamente

    ingnuos mas de fato espertos e ferinos; as piadas de papagaio, sexo epescaria, e as ironizando portugueses, mulheres burras ou feias,

    bbados, caipiras, padres etc.

    Um exemplo de piada de papagaio:

    "Um homem entra numa loja de animais, querendo comprar um

    papagaio e encontra trs idnticos numa gaiola e pergunta o

    preo: -O da esquerda custa 500 Reais diz o dono. -Nossa, que

    caro! Por que vale tanto? -Ele um papagaio muito especial,

    sabe operar um computador. -Ah, sei... E o da direita, quantovale? -Esse custa 1000 Reais. -Nossa, mas por que custa to

    caro? -Ah, porque alm de saber operar um computador, tambm

    domina Windows 98, Unix e Macintosh. -Sei, interessante... E o

    papagaio do meio? -Esse custa 5 mil reais! -Que isso! O que ele

    sabe fazer de to especial? -Na verdade diz o dono, - nunca vi

    esse papagaio fazer coisa nenhuma. Mas os outros dois o

    chamam de chefe...".

    43

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Adivinha%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%A9rbioshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Piadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Humorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adivinha%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%A9rbioshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrinhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Piadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Humor
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    44/65

    Literatura de Cordel - Tambm chamada de Folheto ou Romance,

    tem origem nas tradies medievais da literatura europeia. As canes

    de gesta, as narrativas histricas, novelescas ou fantsticas, as

    histrias bblicas e os exemplrios (contos usados para ilustrar tratados

    morais) so algumas das fontes que contriburam para o seu

    surgimento. Introduzida no Brasil via Portugal, se consolidou em

    meados do sculo XVIII, ligada ao nascimento das feiras de agricultores.

    Comum no nordeste brasileiro, consiste de livrinhos com narrativas em

    verso, que so expostos para venda pendurados num barbante (da a

    origem de cordel), sobre assuntos que vo desde mitos sertanejos a

    situaes sociais, polticas e econmicas atuais. Muitas vezes so

    ilustrados com xilogravuras de carter ingnuo mas muito expressivo, o

    que lhes aumenta o interesse e os torna rica fonte iconogrfica do

    imaginrio popular.

    Frases de pra-choque de caminho - Frases que caminhoneiros

    pintam em seus pra-choques, podendo ser humorsticas, sexuais,

    moralidades, devoes, ou podem revelar sucintamente uma viso de

    mundo e de vida, em prolas de sabedoria prtica. Exemplos: "No

    tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho ";

    "Na subida, pacincia; na descida, d licena";

    "Nasci pelado, careca e sem dente: o que vier lucro".

    44

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_Cordelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Xilogravurahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_Cordelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Xilogravura
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    12. ATIVIDADES

    Uma apresentao artstica de dana tradicional de uma regio

    brasileira, de uma raa ou de uma nacionalidade.

    Uma apresentao de cano tpica de uma regio, de uma raa

    ou de uma nacionalidade. Uma apresentao de um instrumento musical tpico de uma

    regio, de uma raa ou de uma nacionalidade.

    Cada equipe dever apresentar teatralmente um conto ou uma

    lenda de qualquer estado brasileiro.

    Cada equipe dever fazer uma apresentao teatral humorstica

    usando como tema uma lenda brasileira.

    Descubra a charada. Criar algumas charadas que contemplem otema da gincana.

    Utilizando o linguajar tpico do interior do Estado de So Paulo, ,

    um integrante de cada equipe dever realizar uma comunicao

    oral sobre o tema: A lenda do Lobisomem etc.

    Prova de perguntas e respostas, onde o participante dever

    responder corretamente, para ganhar pontos. Nesta prova

    45

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    participaro trs componentes por equipe. As questes podero

    ser sobre Folclore, Tradio, Histria de So Paulo etc.

    Fazer uma apresentao de capoeira ou trazer para a escola um

    grupo de capoeira.

    Apresentar uma dana fundamentada nas razes negras.

    Trazer um prato tpico da culinria africana, indgena, portuguesa,

    italiana etc.

    Produzir redao, poesias e pardias, focando as contribuies da

    cultura africana, indgena etc.

    Montar painel fotogrfico com representantes das etnias citadas e

    suas respectivas contribuies para as diversas reas do

    conhecimento.

    Apresentar vesturio e vocabulrio das etnias citadas.

    Produzir um programa de rdio e/ou um jornal informativo sobre

    o tema A religiosidade Indgena.

    Produzir um programa de rdio sobre o tema A Religiosidade

    Africana e sincretismo com a Religio Catlica.

    Painel explicativo e expositivo sobre a fitoterapia ervasmedicinais brasileiras.

    Produo textual a partir dos ensinamentos dos provrbios

    africanos.

    Indumentrias e bijuterias artesanais confeccionadas em estilo

    africano/indgena/europeu etc.

    Pesquisar as modalidades esportivas praticadas pelos povos

    indgenas. Pesquisar as modalidades esportivas praticadas pelos povos

    africanos.

    Pesquisar as modalidades esportivas praticadas pelos europeus.

    Fazer uma lista com topnimos indgenas e seu significado.

    Fazer uma lista com topnimos africanos e seu significado.

    Contar um causo folclrico.

    Fazer uma exposio com objetos indgenas e africanos.

    46

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    Promover um Concurso de Trava-Lnguas.

    Promover um desafio: Complete a Parlenda.

    Etc.

    13. Artigo

    Retrato de tradies sobreviventes na cultura

    paulista

    Denis Porto RenoUniversidade Metodista de So Paulo

    Introduo

    No existe povo sem cultura popular. Sem ela, o povo inexiste. A

    cultura popular est imersa na personalidade de cada um,

    naturalmente envolvido com as atitudes mais simples e relacionada s

    aes mais complexas.

    Um povo traz carregado na lembrana os costumes dos mais velhos, de

    forma sublime.

    47

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    As crenas, os costumes, as danas, os ritmos, a arte, a cura, enfim,

    tudo o que envolve

    a existncia do grupo, dos pares. Dessa forma, sem essas

    caractersticas, torna-se impossvel a sobrevivncia ao tempo.

    Desaparecem as atitudes, ou seja, no possvel

    ficar sem cultura popular, sem folclore. Esse folclore visivelmente

    encontrado numa faixa social marginalizada, onde suas manifestaes

    recebem o nome de folkcomunicao.

    Folclore o apanhado de todas as informaes culturais de um povo,

    em todas as geraes e de todas as camadas. Para Cascudo (1982,

    p.5), folclore pode ser definido

    como .a reunio residual de todas as culturas, desde o Paleoltico ao

    avio a jato. Ser a reunio das camadas anteriores onde nos criamos e

    vivemos.. Quando essa cultura popular colocada em ao, quando ela

    se manifesta, ela se torna parte de um processo folkcomunicacional.

    A cultura popular sobrevive naturalmente ao tempo e globalizao. A

    chegada e a difuso de outras culturas de massa, somadas

    manipulao cultural dos canais culturais, provocam uma opacidade

    nas tradicionais marcas culturais populares. Porm, esses costumes

    sobrevivem nas regies mais inspitas de forma visvel. Mesmo nos

    grandes centros, as tradies folclricas permanecem vivas,

    obviamente com uma

    intensidade menor, pois agora divide espao com outras culturas. A

    moda de viola dita

    ritmos ao lado do funk, do hip hop. A catira aparece ao lado do ax

    music, do reggae. A

    crena se perde em meio a tantos sales de novas igrejas e

    vanguardistas pastores empresariais. Por fim, os sabores de raiz

    servem de combinaes aos fast foods, o ideal

    para a correria do mundo moderno, com os workaholics do sculo XXI

    ganhando peso e perdendo vida.

    48

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    Esses fenmenos que disputam a existncia com a cultura popular

    conseguem maior espao nos grandes centros, onde tudo o que

    acontece de novo, de mutante, ocorre em maior intensidade,

    proporcionalmente ao tamanho do local. Nos grandes centros tudo de

    novo maior, mais forte, ao mesmo tempo em que nas regies mais

    distantes e menos abertas a essa miscigenao, a corroso cultural

    ocorre com menor intensidade, estando exposta apenas ao reflexo de

    tudo isso. Um dos canais de maior influncia comportamental a

    televiso, e mesmo assim os costumes sobrevivem com certa fora.

    No Brasil, um dos mais importantes beros histrico-culturais o

    Estado de So Paulo.

    Apesar de no ter sido o canal do descobrimento, So Paulo possui a

    cidade mais antiga do pas. So Vicente, nomeada em 22 de janeiro de

    1502 pelo navegador portugus Gaspar de Lemos, fica no litoral

    paulista. De suas praias saam as primeiras misses dos jesutas que,

    com o tempo, deram origem s aventuras dos bandeirantes paulistas,

    os desbravadores de diversos Estados do Brasil, como Minas Gerais,

    Gois e Mato Grosso.

    Junto aos corajosos bugres bandeirantes viajaram as tradies

    paulistas, suas crenas, seus costumes e, claro, seus sabores, vivendo

    seus primeiros processos de folkcomunicao. Essas marcas culturais

    proliferaram-se pelo Brasil atravs do lombo de burro, e sobrevivem

    nos dias de hoje, mesmo na mais remota regio.

    Ainda assim, h algumas pessoas que desconsideram a existncia de

    uma cultura popular do Estado de So Paulo. Segundo Amaral (1948),

    os paulistas so desprovidos de cultura popular, de folclore. De certa

    forma, o pesquisador (que paulista) defende que o povo de So Paulo,

    se hipoteticamente possui folclore, que a elite no o valoriza.

    H mesmo quem acredite que So Paulo seja terra completamente

    sfara em matria de tradies populares... No . O que se d

    49

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    apenas que So Paulo uma terra onde as pessoas cultas andam

    absorvidas pelas sedues e pelas imposies da vida ativa, e

    que o paulista, gente famosa pelo seu intratvel bairrismo, todo

    verbal, ou verboso, , na verdade, o indgena brasileiro que menos ama

    e acarinha o seu torro...(AMARAL, 1948, p.42)

    Para ele, a corrida e a turbulenta rotina dos paulistas impede a

    sobrevivncia de qualquer tradio, ainda mais se aliada s influncias

    culturais que o Estado recebe com intensidade. Alm disso, Amaral

    (1948) constri uma impresso de que a elite paulista rejeita suas

    tradies, como se a cultura popular paulista fosse acompanhada do

    clich Jeca Tatu, de Monteiro Lobato. Segundo o autor:

    E como se reconhece essa incorporao? Pela presena dos versos em

    vrios pontos diferentes, e - como o povo no os guarda seno de

    cabea - pelas alteraes inevitveis que vo sofrendo, pelo incoercvel

    das variantes e pela disperso dos seus elementos atravs de outras

    composies populares. (AMARAL, 1948, p.133)

    Mas todo e qualquer povo possui sua cultura popular. A prpria

    existncia do povo paulista sinal de cultura. Ela uma das

    responsveis pelo agrupamento social, onde todos se identificam pelos

    costumes e comportamentos semelhantes. Ela mutante, dinmica,

    adaptvel s tendncias dos movimentos externos.

    Deve-se lembrar o que foi a luta de tantos anos de dison Carneiro para

    conseguir a ampla aceitao do seu conceito de folclore, no como um

    corpo orgnico mumificado, mas como fenmeno social vivo, dinmico,

    em constante transformao, dialeticamente sendo e no sendo

    idntico fenmeno ao mesmo tempo. (BELTRO, 2004, p.91)

    Em contrapartida s teorias de Amaral (1948), Lima (1967) defende

    uma rica existncia de tradies entre os paulistas. Para ele, o Estado

    de So Paulo o mais rico bero cultural do pas, sendo, inclusive,

    50

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    provedor cultural de outros Estados brasileiros, nas mais diversas

    modalidades de manifestao popular. Para Lima (1967), os paulistas

    possuem, sim, um respeito e uma valorizada cultura popular,

    merecedora de estudos e pesquisas a respeito.