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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO COLÉGIO ESTADUAL PROFª IVONE SOARES CASTANHARO Ensino Fundamental e Médio Campo Mourão - Pr CAMPO MOURÃO PARANÁ 2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Identificação da Instituição ... - Gincana Recreativa e Cultural ... - Parodiando com a Tabuada

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

COLÉGIO ESTADUAL PROFª IVONE SOARES CASTANHARO

Ensino Fundamental e Médio

Campo Mourão - Pr

CAMPO MOURÃO – PARANÁ

2017

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“Como professores, educadores, nós temos que

estar engajados num palco de luta permanente,

que é a luta pela superação que nós mesmos

aceitamos. É preciso estar abertos

constantemente ao novo e ao diferente, para

poder crescer e aprender “

(Paulo Freire)

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SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO............................................................................................................................01

Nosso Compromisso....................................................................... .................................................... 01

Fundamentos Legais............................................................................................................................ 01

II – INTRODUÇÃO................................................................................................................................03

III – IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO...................................................................................................05

1- Identificação.....................................................................................................................................05

2. Identificação da Instituição...............................................................................................................07

3- Cursos autorizados/reconhecidos....................................................................................................08

4- Histórico do Estabelecimento de Ensino..........................................................................................09

5- Características da Comunidade Escolar..........................................................................................10

6- Condições Físicas, Materiais e Recursos Humanos …...................................................................11

7- Princípios da Gestão Democrática...................................................................................................14

8- Objetivo Geral...................................................................................................................................14

9- Objetivos Específicos.......................................................................................................................15

IV – MARCO SITUACIONAL................................................................................................................16

1- O papel da escola.............................................................................................................................16

2 - Realidade da Escola........................................................................................................................17

3 - Perfil do Educando..........................................................................................................................17

V – MARCO CONCEITUAL..................................................................................................................20

1- Princípios Norteadores da Educação.............................................................................................20

2- Pressupostos de uma escola cidadã, objetivando a inclusão social ….........................................20

3- Caracterização da Escola..............................................................................................................22

4- As Tecnologias de Informação e Comunicação na Escola............................................................22

5- Os Desafios Educacionais Contemporâneos.................................................................................24

6- Inclusão e Diversidade...................................................................................................................25

7- Concepção de Homem...................................................................................................................26

8- Concepção de Sociedade..............................................................................................................27

9- Concepção de Comunidade...........................................................................................................27

10- Concepção de Trabalho, Educação e Escola.......................................................................... .....28

11- Concepção de Cultura...................................................................................................................30

12- Concepção de Ciência..................................................................................................................30

13- Concepção de Conhecimento.......................................................................................................31

14- Concepção de Ensino – Aprendizagem........................................................................................32

15- Concepção de Currículo................................................................................................................32

16- Concepção de Avaliação...............................................................................................................33

17- Concepção de Gestão Escolar......................................................................................................34

18- Concepção de Infância..................................................................................................................35

19- Concepção de Ensino Fundamental de 9 anos, anos finais.........................................................36

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20- Concepção de Letramento............................................................................................................37

21- Concepção de Educação de Jovens e Adultos ............................................................................38

VI - ATO OPERACIONAL.....................................................................................................................40

1- Filosofia e Princípios Didático-Pedagógicos....................................................................................40

2 - Articulação entre os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental de 09 anos.............................41

3 - Organização dos Espaços e Práticas Pedagógicas …..................................................................42

Calendário Escolar..............................................................................................................................42

Hora Atividade.....................................................................................................................................44

Processos de Avaliação......................................................................................................................44

Recuperação de Estudos....................................................................................................................45

Evasão Escolar – Ficha FICA..............................................................................................................46

Estágio Não Obrigatório......................................................................................................................48

Igualdade Racial ................................................................................................................................48

Inclusão (Educação Especial) …....................................................................................................... 49

Materiais de Apoio Didático................................................................................................................50

Recursos Tecnológicos......................................................................................................................50

Biblioteca Escolar...............................................................................................................................51

Laboratório de Ciências, Biologia e Química.....................................................................................51

Laboratório de Informática.................................................................................................................52

Sala de Apoio.....................................................................................................................................52

Gestão Democrática e Instâncias Colegiadas...................................................................................53

Conselho de Classe ......................................................................................................................... 53

Conselho Escolar …..........................................................................................................................54

Associação de Pais, Mestres e Funcionários …...............................................................................56

Grêmio Estudantil ….........................................................................................................................57

….

4- ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO......................................................................57

- Programa PDE Escola...............................................................................................................57

- Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes …............................58

- Equipe Mutidisciplinar................................................................................................................58

- Programa Mais Educação..........................................................................................................59

- Atividades do Sistema Fecomércio...........................................................................................60

- CELEM.......................................................................................................................................61

- Agenda 21 Escolar.....................................................................................................................62

- Educação Fiscal........................................................................................................................62

- Projeto 100% Cultura................................................................................................................63

- Projeto Soletrando....................................................................................................................63

- Festival de Talentos..................................................................................................................63

- Gincana Recreativa e Cultural..................................................................................................64

- Jogos Interclasses....................................................................................................................64

- Projeto de Produção de Hortaliças e Plantas Medicinais.........................................................64

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- Parodiando com a Tabuada...................................................................................................65

- Festival de Dança..................................................................................................................65

- Festa Junina..........................................................................................................................66

- Garota (o) CIC.......................................................................................................................66

- Projeto Bullying – Galera da Paz .........................................................................................66

VII – FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO...............................68

1- Curso Plataforma Freire...........................................................................................................68

2- Profuncionário..........................................................................................................................68

3- Equipes Multidisciplinares........................................................................................................68

4- Programa Educação Fiscal......................................................................................................69

5 - Biblioteca do professor.............................................................................................................69

6- PDE/SEED/PR.........................................................................................................................69

7- GTR.........................................................................................................................................70

8- PR Digital.................................................................................................................................70

9- Oficinas Disciplinares..............................................................................................................70

10-Semana Pedagógica e Reuniões Pedagógicas......................................................................70

11-Formação Continuada na Escola............................................................................................71

VIII – AGENTES EDUCACIONAIS I E II......................................................................................72

1. Descrição das Atribuições do Cargo de Agente Educacional I................................................73

2. Descrição das Atribuições do Cargo de Agente Educacional II ….........................................74

IX- PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA............................................................................................76

1- Plano de Atuação da Equipe Pedagógica …......................................................................... 76

2 - Plano de Ação da Equipe Pedagógica...................................................................................77

3 - Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino.......................................................................80

4 – Plano de Avaliação Institucional do PPP ….......................................................................... 81

ANEXOS

- Programa de Atividade Complementar Curricular em turno diferenciado.

- Programa Brigada Escolar.

Plano de Gerenciamento para Prevenção e Controle da Dengue.

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I. APRESENTAÇÃO

Ao propormos um Projeto Político Pedagógico temos a exata percepção de que não podemos

conceber mudanças e compromisso com uma nova educação sem que realizemos uma profunda reflexão

sobre o caminho até aqui percorrido. Foi com esse propósito que esta Escola realizou reuniões, debates e

reflexões teóricas das partes envolvidas.

Queremos crer que as propostas e compromissos aqui contemplados sejam perseguidos com

afinco e determinação, já que nasceram da vontade coletiva.

A primeira questão a ser vislumbrada é a finalidade do nosso trabalho como educadores. Que tipo

de aluno nossa escola pretende formar. Que mecanismos utilizaremos para “transformar” nosso educando

em um cidadão consciente, crítico e participativo, respeitando-lhe a individualidade e características

próprias.

Temos a clareza de que todo esse processo de emancipação humana se dará a luz de um

referencial teórico apropriado, uma avaliação diagnóstica e eficiente, trabalhado com compromisso e

competência, numa proposta interdisciplinar, contextualizada e comprometida com a construção de uma

sociedade justa e democrática.

NOSSO COMPROMISSO

Nosso compromisso é formar educandos dotados de bom nível de conhecimentos, conscientes

de suas responsabilidades e sabedores dos seus direitos; cidadãos críticos, participativos, dinâmicos,

solidários, respeitando os valores consagrados historicamente pela humanidade.

Nessa formação serão respeitados a identidade própria, a formação religiosa e os valores

individuais, dotando-os de uma base sólida de conhecimentos.

Dessa forma, é necessário proporcionar uma educação de qualidade, garantindo a socialização

do conhecimento, visando a superação do senso comum, formando cidadãos aptos a reivindicar seus

direitos.

FUNDAMENTOS LEGAIS

A educação que nosso Estabelecimento oferece está amparada legalmente nos princípios da;

Constituição Federal da República Brasileira;

“... Artigo 206 ...O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o sabe;

Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e

privadas de ensino;

Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Valorização dos profissionais do ensino ...” ;

Gestão democrática do ensino público, na forma da Lei;

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Garantia de padrão de qualidade. “

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96).

Título III – Do Direito a Educação e do Dever de Educar:

Art. 4º - O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantida de;

I – Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade

própria;

II – Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III – Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais,

preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – Atendimento gratuito em creches (...);

V – Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística segundo a

capacidade de cada um;

VI – Oferta de ensino noturno regular , adequado às condições do educando;

VII- Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos com características e modalidades

adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as

condições de acesso e permanência na escola;

VIII – Atendimento ao educando (...);

IX – Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por

aluno , de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem

Art. 5º - O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo

de cidadãos , associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente

constituída, e, ainda, o ministério público, acionar o poder público para exigi-lo (...)

Em atendimento ao preceito legal e entendendo que a escola deve oferecer a todos os primeiros

elementos para uma concepção científica e histórica do mundo, o Colégio Estadual Ivone Soares

Castanharo buscará oferecer aos educandos os instrumentos para a compreensão do meio no qual está

inserido e, portanto, promover as condições para a sua ação diante da realidade que o cerca.

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II. INTRODUÇÃO

A escola pública vive hoje, um momento de complexidade, necessitando rever constantemente

sua forma de atuação, numa sociedade em constante transformação, num mundo globalizado,

extremamente competitivo. Há diferenças entre o entendimento sobre a função que a educação deve

cumprir envolvendo a família , a sociedade e as expectativas da própria escola . É nesta hora que

devemos reafirmar necessidade de um Projeto Político – Pedagógico,que dê unicidade aos objetivos

educacionais. O PPP tem sobretudo que resgatar o valor da Escola enquanto responsável pelo acesso às

camadas populares ao saber, e à formação de uma consciência participativa e crítica, culminado com a

efetiva emancipação do educando.

De que outra forma seria possível esse resgate senão através da ampla discussão entre as

pessoas e profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem, e a formulação de propostas

concretas para que não se corra o risco de ficar somente no campo das boas intenções.

Um passo extremamente importante nesse resgate do papel da Escola é o da definição não

somente de uma metodologia, mas de um compromisso ideológico sobre que tipo de cidadão a escola

pretende formar .

Mais do que um mero projeto que obedeça as solicitações legais da LDB ou um papel que a

burocracia estatal solicita, o Projeto Político Pedagógico é a oportunidade de se redirecionar as ações

pedagógicas da Escola, tendo como ponto de partida a sua própria realidade e aspirações. Entretanto, não

se pode partir para esta presumida mudança sem que tenha um bom conhecimento sobre a realidade

escolar, o contexto dos alunos, as expectativas das famílias, as ansiedades da comunidade o compromisso

do governo. A mudança que podemos vislumbrar com o Projeto Político Pedagógico não pode ser

concebido se as ações a serem desenvolvidas não extrapolarem os limites dos muros da escola.

Todo Projeto propõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa

quebrar um estado confortável e arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova

estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente.

Compartilhamos da visão de Paulo Freire, que nos diz que “um projeto educativo pode ser tomado como

promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível,

comprometendo seus atores e autores.”.

O termo político, o qual reafirmamos e evidenciamos tem a intenção de explicitar a proposta de

sociedade que pretendemos construir, o conjunto de valores e formas de vida que estamos defendendo em

nossa ação. Dentro desta política está a concepção de homem e de sociedade, uma visão de mundo, de

convivência social e de trabalho.

O sentido pedagógico do projeto refere-se às ações educativas e às condições necessárias as

instituições, para cumprirem seus propósitos, isto é, vai além das atividades desenvolvidas no interior da

mesma. Entre essas condições necessárias inclui-se espaço físico, material, profissionais da educação

habilitados. Consideremos esse último a pedra fundamental na construção do Projeto Político Pedagógico:

a formação de um educador preocupado em acompanhar e compartilhar avanços científicos, inovações

metodológicas, discussão permanente do seu ato de docência, enfim, um educador comprometido com a

realização de sua tarefa.

O Projeto Político Pedagógico de uma escola materializa-se através das atividades por ela

desenvolvida (seus programas, projetos de ação entre a escola e a comunidade, do modo como se organiza

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o trabalho pedagógico e a participação da comunidade). Nessas atividades transmite-se a concepção de

homem, de mundo, de sociedade, da sociedade inserida no espaço político, pois afinal, como nos afirma

Saviani, “ toda a prática educativa enquanto tal possui uma dimensão política, assim como toda prática

política possui em sí mesma uma dimensão educativa”.

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III. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO

1. Identificação:

- Núcleo : 05 - Campo Mourão

- Estabelecimento: 01515 - Colégio Estadual Profª Ivone Soares Castanharo - EFM.

- Endereço: Rua Sanhaço, 720 - Jardim Tropical I - CEP 87.310-190.

- Município: 0430 - Campo Mourão - PR

- Dependência Administrativa - Estadual

- Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação. - SEED

Ato Oficial de autorização da escola: 4307 de 13/11/87 - DOE 23/11/87

Ato de Renovação e Reconhecimento da Escola: Parecer 0039/1991 - DEPG

Regimento Escolar: Parecer 122 de 31/08/2001

Caracterização da Instituição: Ensino Fundamental e Médio.

Nº de alunos: 1.130 (Mil cento e trinta)

Nº de turmas: Manhã – 11

Tarde – 12

Noite - 03 turmas de Ensino Regular e 04 de EJA

Setor discente:

Oriundos de uma cultura urbana.

Setor Docente:

Professores: Efetivos - 42

PSS – 36

Setor administrativo:

01 Diretor Geral com 40 horas

01 Diretor Auxiliar com 20 horas

07 Pedagogos com 20 horas

01 Secretária Geral com 40 horas

07 Agentes Educacionais II com 40 horas

12 Agentes Educacionais I com 40 horas

Turnos e Funcionamento – Modalidades

Períodos: Matutino - Ensino Fundamental e Médio

Vespertino - Ensino Fundamental

Noturno – Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos, Ens. Fund. e Médio.

Avaliação institucional: ao final de cada semestre, ou a qualquer época, dependendo das circunstâncias e

necessidades.

Organização da hora-atividade: por disciplina.

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2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

1 – Denominação da instituição

Colégio Estadual Profª Ivone Soares Castanharo – Ensino Fundamental e Médio

2 – Endereço completo

Rua Sanhaço, 720

3 – Bairro/Distrito

Jardim Tropical I

4 – Município

Campo Mourão

5 – NRE

Campo Mourão

6 – CEP

87.310 –190

7 –Caixa Postal

8 – DDD

044

9 – Telefone

3525-9261

10 – Fax

(44) 3525-9261

11 – E-mail

[email protected]

12 – Site

www.cpmivonecastanharo.seed.pr.gov.br

13 – Entidade mantenedora

Governo do Estado do Paraná

14 – CNPJ/MF

76.416.965/0001-21

Porte: 5 Regime Escolar: Regular e Educação de Jovens e Adultos

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3. CURSOS AUTORIZADOS/RECONHECIDOS

Cursos autorizados / reconhecidos

1 – Cursos autorizados

Cursos autorizados Número das autorizações

Ensino Fundamental Res. 4307/87 de 23/11/87

Ensino Médio Res. 182/02 de 27/02/02

Educação de Jovens e Adultos – Por Disciplinas (Ens. Fundamental

Fase II e Ensino Médio)

Res. 3966/06 de 24/08/06

2 – Cursos reconhecidos

Cursos reconhecidos Número dos reconhecimentos

Ensino Fundamental Res. 3007/91 de 03/10/91

Ensino Médio Res. 1084/08 de 21/05/08

EJA Res. 3966/06 de 24/08/06

3 – Observações

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4. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

A expansão da cidade de Campo Mourão, com a criação de novos conjuntos habitacionais para a

região conhecida como Asa Leste provocou a migração interna de um grande contingente populacional

para onde está localizado o nosso Bairro, conhecido como Tropical. Nossa escola foi autorizada a funcionar

em 1987, ofertando ensino fundamental (anos iniciais e 5ª a 8ª série), recebendo o nome de Escola

Estadual Jardim Tropical com início das atividades para o ano letivo de 1988. Já no primeiro ano foram

matriculadas 17 (dezessete) turmas de ensino fundamental, numa demonstração da grande necessidade

que a região tinha de uma Unidade Escolar.

Nossa primeira diretora foi a professora Judith Ferreira Malmstrom assumindo a função no dia 18

de janeiro de 1988, em companhia da professora Marli Amália Garcia Bittencourt (como primeira-secretária).

As dificuldades do início da instalação foram grandes, pois as condições eram precárias. Móveis e

utensílios foram emprestados do Núcleo Regional de Educação, carteiras de escolas do município, pois na

primeira semana de aula, de improviso, alguns alunos tiveram que se sentar no chão. A comunidade

acolheu a escola e juntamente com a direção, equipe pedagógica e professores e funcionários , em pouco

tempo estas dificuldades foram superadas.

Em 1991 aconteceu o reconhecimento do Curso de 1º Grau, sendo que na oportunidade , como

forma de homenagear uma educadora de nosso município precocemente falecida, aconteceu a mudança do

nome do Estabelecimento para Escola Estadual Professora Ivone Soares Castanharo .

Uma grande conquista para a região foi a implantação da modalidade de educação de jovens e

adultos, ocorrida em 1992. A partir desta data tivemos uma progressão considerável de alunos

matriculados nesta modalidade, principalmente pelo fato de nossa comunidade atender uma parcela

significativa de alunos trabalhadores.

No ano de 2001 o Colégio foi transferido para novas dependências com instalações que na época

eram adequadas às necessidades da escola, mas atualmente com o aumento do número de alunos, criação

do CELEM, funcionamento do Ensino Médio noturno, desenvolvimento do projeto “Mais Educação”,

atendimento da Sala de Apoio, implantação da sala de informática, há necessidade de ampliação do espaço

físico para a adequação.

Atualmente o Colégio é dirigido pela professora Tânia Aparecida Chrastek Sidinei e também pela

Vice-diretora a Agente Educacional Silvana Ilucenski Teixeira. Funciona em três turnos com

aproximadamente 1000 alunos.

Contamos com uma comunidade escolar atuante através das instâncias APMF –Associação de

Pais , Mestres e Funcionários , do Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.

O colégio procura desenvolver o trabalho pedagógico fundamentando-se no compromisso de

levar os alunos do conhecimento senso comum ao conhecimento sistematizado, produzido pela

humanidade, partindo da realidade do contexto local em que a escola está inserida.

Assim, nossa Escola pode e deve cumprir sua função no sentido de dignificar nossos educandos,

instrumentalizando-os com o saber.

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5. CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR

O Colégio situa-se em um bairro de periferia da cidade onde os alunos atendidos em sua maioria

são de um nível socioeconômico baixo/médio, as famílias na sua maioria apresentam uma nova realidade,

onde os pais nem sempre são os chefes das famílias, muitas vezes mães e avós sustentam a casa e

educam os filhos. Percebe-se que muitos pais não se comprometem com a aprendizagem dos filhos, o que

dificulta o trabalho da escola. O bairro conta com um considerável índice de pessoas desempregadas,

gerando uma busca por trabalho informal, devido a falta de qualificação profissional. Dada a estas

condições, verificam-se constantes migrações em busca de melhores oportunidades. Há uma realidade

instalada de jovens sem acesso a lazer e na ociosidade.

Todas essas questões sociais se refletem no desempenho escolar de nossos alunos, onde se

observa um grande número de alunos com defasagem na aprendizagem, desinteresse, índice de evasão,

transferências constantes, índice de reprovação considerável.

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6. CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E RECURSOS HUMANOS

Relação de Recursos Físicos

Recursos físicos Formulário 03

1 – Número de ambientes pedagógicos

- Salas de aula: 16 (dezesseis)

- Direção: 01 (uma)

- Equipe Pedagógica: 02 (duas)

2 – Área destinada a ambientes pedagógicos (m²)

Total de (626,88 m²)

3 – Número de ambientes administrativos

- Secretaria 01 (uma)

- Outros 02 (duas)

4 – Área destinada a ambientes administração. (m²)

36,04 m².

12,8 m² (almoxarifado e banheiros).

5 – Relação dos ambientes administrativos

Ambiente Área (m²)

Secretaria 36,04 m²

Direção 12,96 m²

Orientação / Coordenação 25,92 m²

Refeitório 104,00 m

6 – Área destinada à biblioteca (m²)

Biblioteca 50 m²

7 - Área destinada ao laboratório de Química

77 m²

8 – Área destinada ao Laboratório de Informática 77 m²

9 – Complexo higiênico-sanitário

Banheiro Sexo ao qual se destina

01

[X] Masculino

[ X ] Feminino

01

01 02

04

06

02

[X] Masculino

[X] Feminino

04

06 02

04

06

03 (Def.Fis)

[X ] Masculino

[ ] Feminino

01 01

04 (Def.Fis)

[ ] Masculino

[ X ] Feminino

01

01

10 – Utilização compartilhada de recursos físicos, quando for o caso:

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Há uma sala de uso múltiplo, atendendo a Vídeo, Reuniões e Atividades Lúdicas (50 m²)

11 – Observações:

Recursos Humanos

SETOR E GRADUAÇÃO DO CORPO DE FUNCIONÁRIOS E SETOR ADMINISTRATIVO

FUNÇÃO NOME

DIRETORA TANIA AP. CHRASTEK SIDINEI

DIREÇÃO AUXILIAR SILVANA ILUCENSKI TEIXEIRA

SECRETÁRIA VANIA LUCIMARA SOARES WALTER

EQUIPE PEDAGÓGICA

FUNÇÃO NOME

PROFESSOR PEDAGOGO DARCI GOMES DE LIMA SOUZA

PROFESSOR PEDAGOGO EDNÉIA DE SOUZA ESTEFANI

PROFESSOR PEDAGOGO GILBERTO ALENCAR SANTANA

PROFESSOR PEDAGOGO JOSEVAL BASILIO PELISSER

PROFESSOR PEDAGOGO NEIDE FERREIRA POSACHIO

Condições Físicas e Materiais:

O Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo encontra-se no presente momento da seguinte forma em relação às suas condições físicas e materiais;

- 15 salas de aula,

- 01 sala para os professores,

- 01 sala para a Direção,

- 02 salas para a Orientação,

- 01 secretaria,

- 02 banheiros para os funcionários e professores,

- 04 banheiros para alunos,

- 02 banheiros para alunos deficientes,

- 01 cozinha,

- 01 almoxarifado,

- 01 laboratório de Química,

- 01 quadra poliesportiva coberta e 1 quadra de areia,

- 01 biblioteca,

- 01 laboratório de informática,

- 01 sala multiuso.

- 01 sala de recurso multifuncional e apoio ä aprendizagem.

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7. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

A Gestão Democrática se efetiva principalmente pela participação coletiva nos processos

decisórios no interior da escola e também no controle social, com a participação da comunidade escolar. É

nesta perspectiva que se estrutura e se concebe o Projeto Político Pedagógico desta escola, pressupondo

reflexão e discussão crítica sobre os problemas de sociedade, para encontrar as possibilidades de

intervenção na realidade, buscando a transformação desta realidade.

A escola procura desenvolver a dinâmica das mudanças sociais, das interações pessoais e

profissionais, desenvolvendo seus objetivos mediante a participação conjunta de seus profissionais e

alunos, de modo integrado.

Pode se entender que professores, equipe pedagógica, agentes educacionais, alunos, pais e

comunidade não só fazem parte de um mesmo ambiente cultural, como também constroem este espaço, a

interação entre todos os integrantes da comunidade escolar na organização do trabalho pedagógico define

a identidade da escola.

Conceber a função social da escola pública pressupõe, nesse sentido, conceber o

desenvolvimento de políticas públicas voltadas para atender as necessidades históricas dos sujeitos

excluídos e/ou discriminados. Trata-se de conceber uma educação pela qual, a partir do conhecimento, seja

possível compreender a sociedade e suas contradições, mobilizando esforços para conquistas sociais,

políticas e culturais. Trata-se de buscar a dimensão pedagógica da escola, voltada para a possibilidade de

formação para o mundo do trabalho, tendo o trabalho como princípio ativo.

A Gestão Escolar pressupõe a existência de autonomia e liberdade, na relação entre

administradores, professores, pais e alunos, sendo que o conceito de liberdade contém a ideia de regras,

reconhecimento e de intervenção recíproca. Há que se destacar que a autonomia está vinculada à

concepção da educação pública, aquela que expressa às necessidades daqueles que dependem da

educação escolar como via de acesso aos conhecimentos culturais, universais, científicos, artísticos e

filosóficos.

Considerando-se que todos os integrantes da escola são protagonistas do processo educativo, é

imprescindível a construção de uma prática de trabalho coletiva, comprometida com a qualidade da

educação.

8. OBJETIVO GERAL

Em nossa sociedade, marcada por práticas sociais excludentes e por uma educação escolar

tradicionalmente assentada na dominação e no controle do indivíduo, qualquer intenção de formação

humana voltada para a emancipação deve tomar como objetivo uma formação cultural voltada para a

“autorreflexão crítica “ (Adorno 1995, 1996.) Deve-se pensar assim, na possibilidade de uma formação que

leve em consideração a capacidade do indivíduo tornar-se autônomo – intelectual e moralmente-, que seja

capaz de interpretar as condições histórico-culturais da sociedade em que vive de forma crítica e reflexiva,

impondo autonomia às suas ações.

Page 18: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Identificação da Instituição ... - Gincana Recreativa e Cultural ... - Parodiando com a Tabuada

Para essas finalidades, entende-se, devem se voltar as práticas educativas consolidadas nos

tempos e espaços escolares. Dito de outro modo, é em direção às intenções apontadas que se deve pensar

toda a prática pedagógica, todo ato pretendido, toda reflexão desenvolvida.

O PPP tem como finalidade, expressar a forma como o coletivo escolar se organiza em torno da

intencionalidade da escola pública, explicitando, a partir da análise crítica de sua realidade, a concepção de

homem, sociedade, educação, ensino-aprendizagem, tecnologia, avaliação, currículo e princípios didático-

pedagógicos.

O PPP norteia os princípios que fundamentam e organizam toda a prática pedagógica através das

quais são subsidiadas as decisões, a condução das ações, dos programas desenvolvidos no

estabelecimento de ensino, os impactos destes sobre o processo de ensino aprendizagem, bem como a

análise dos seus resultados.

O objetivo geral do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Ivone Soares

Castanharo de Campo Mourão – PR, é desenvolver ações de aprendizagem que possam garantir a

formação de sujeitos que construam sua identidade pessoal de modo a poderem atuar na realidade de

modo novo, transformando-a.

9. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento que visa orientar a escolar a enfrentar os

desafios do cotidiano de uma forma reflexiva, consciente, sistematizada, orgânica, científica e, o que é

essencial, participativa. É uma proposta que visa ressignificar a ação de todos os agentes da escola.

Para atingir os objetivos de formar um aluno sujeito da sua história, a Escola necessita

anteriormente rever algumas práticas que vem se solidificando ao longo dos anos, objetivando:

Organizar o trabalho pedagógico de modo a superar os conflitos, eliminando relações competitivas

e autoritárias;

Redimensionar a rotina do mando impessoal e da burocracia que permeia as relações no interior da

escola;

Eliminar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as desigualdades e hierarquiza

os poderes de decisão na escola;

Introduzir práticas pedagógico-educativas que possibilitem uma aprendizagem significativa de modo

que os educandos possam apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais, naturais e estéticos

que foram e estão sendo construídos pelo homem ao longo da história.

Superar os baixos índices de acesso e permanência dos alunos;

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IV - MARCO SITUACIONAL

1. O PAPEL DA ESCOLA

A educação tem expressado, historicamente, a disputa de diversos interesses e intenções em

torno de concepções de mundo, de homem e de sociedade. Ora ela reflete interesses mais neoliberais que

se propõem a atender as necessidades do mercado de trabalho, ora expressos as lutas dos movimentos

sociais por uma educação de qualidade para todos e todas. De uma forma ou de outra, revela as

contradições da sociedade contemporânea e do capitalismo no contexto global. Cabe à instituição escola

problematizar essas contradições para definir sua ação pedagógica. A educação, invariavelmente, revela

um projeto que é pedagógico, histórico, político, cultural e social.

Estudar os condicionantes sociais, econômicos, históricos, políticos e culturais sobre a escola,

possibilitam que se desvelem a mercantilização do papel da escola, os atos de preconceito e de

discriminação presentes inclusive nos currículos e materiais pedagógicos, a distância entre quem pensa e

quem faz na escola e na sociedade e, em especial, a situação de segundo plano em que é colocada a

função social da escola que é razão de sua existência: o ato de ensinar.

Considerando tudo isso, são os professores, funcionários, pais e alunos que devem pensar o

papel da escola, para que ela seja universal e de qualidade, que dê respostas às já conhecidas questões:

Para quem, para que e com qual intencionalidade existe a escola?

É colocada para a escola a obrigação de resolver os problemas sociais, econômicos, ambientais,

da saúde, do trânsito, da violência, etc. Problemas estes que não foram criados por ela, mas que nela

desembocam. Assim, a escola passa a ter que lidar com estes problemas reais de tal modo que corre o

risco de não conseguir dar conta de seu papel primeiro, que é ensinar.

Com base no filósofo italiano Antônio Gramsci, a escola deveria transmitir a todos os que a ela

tivessem acesso, sem discriminação, o saber sistematizado e historicamente acumulado, necessário ao

processo de tomada de consciência, à emancipação e à formação do cidadão. Por sua vez, a educação

brasileira – bem como as políticas públicas, a partir da manifestação de movimentos sociais – entendeu que

este direito de acesso ao conhecimento deve tomar como referência as peculiaridades/necessidades dos

sujeitos e a produção de sua cultura. Nesse sentido, é importante destacar que as conquistas sociais se

legitimaram dando origem à legislação própria, como a lei das relações étnica racial, o estatuto da criança e

do adolescente, entre outras. Significa dizer que as políticas em educação expressam as conquistas sociais

e históricas, fruto da participação da sociedade.

Esta é a maior expressão da gestão democrática que se efetiva não somente pela participação

coletiva nos processos decisórios no interior da escola, como também no controle social, que se manifesta

pela pressão da comunidade escolar sobre órgãos competentes na definição de políticas públicas. É nesta

perspectiva que se estrutura e se concebe o Projeto Político Pedagógico das escolas públicas.

A escola abrange, em última instância, a dinâmica das mudanças sociais, das interações

pessoais e profissionais e desenvolve seus objetivos mediante a participação conjunta de seus profissionais

e alunos, de modo integrado. A melhor maneira de realizar a gestão de uma organização é a de convergir o

esforço coordenado de todos para a realização de uma tarefa, como esta de revisão da prática pedagógica,

mediante a formação de equipe atuante e levando em consideração o seu ambiente cultural.

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Pode-se entender que professores, equipe pedagógica, agentes educacionais, alunos, pais e

comunidade não só fazem parte de um mesmo ambiente cultural, como também constroem este espaço: a

interação entre todos os integrantes da comunidade escolar na organização do trabalho pedagógico define

a identidade da escola e o papel de cada um na construção e concretização do PPP.

Conceber a função social da escola pública pressupõe, nesse sentido, conceber o fortalecimento

do Estado no provimento dos direitos constitucionais, de políticas públicas voltadas a atender as

necessidades históricas dos sujeitos excluídos, e/ou discriminados pela lógica neoliberal, padronizada e

reproduzida na história da educação brasileira. Trata-se de ir para além de uma política que só inclui os

incluídos, e conceber uma educação pela qual, a partir do conhecimento, seja possível compreender a

sociedade e suas contradições e, a partir disso, mobilizar esforços para conquistas sociais, políticas e

culturais.

Trata-se de recuperar a dimensão pedagógica da escola, voltada para a possibilidade de

formação para o mundo do trabalho, tendo o trabalho como princípio educativo.

2. REALIDADE DA ESCOLA

A comunidade atendida é representada em sua maioria por alunos oriundos de famílias de

trabalhadores assalariados, registrando a presença de alunos provenientes dos bairros circunvizinhos da

escola onde predominam famílias de baixa renda. A ociosidade dos jovens da comunidade devido a falta de

empregos e a falta de apoio público que não oferece opções de lazer e entretenimento, favorece o

surgimento de situações de marginalidade e transgressão da lei. Por isso o Colégio Estadual Prof.ª Ivone

Soares Castanharo busca sempre que possível realizar ações buscando diminuir estes problemas na

comunidade. Outra consequência desta realidade é o grande número de alunos com dificuldade na

aprendizagem, com defasagem de série/idade, defasagem de conteúdos, problemas de ordem psicológica,

neurológica, emocional e familiar, fazendo com que a escola busque serviços e atendimentos que apoiem o

trabalho com esses alunos, como encaminhamentos a profissionais da área da saúde, realização de

constantes reuniões pedagógicas envolvendo professores, equipe pedagógica e direção, refletindo sobre os

problemas e possíveis ações para amenizá-los, realização de eventos e atividades envolvendo alunos e

comunidade escolar, inserção em sala de apoio e sala de recursos, entre outros.

3. PERFIL DO EDUCANDO

Havemos além de conceituar o nosso educando compreender os fatores intrínsecos e extrínsecos

que o levam a buscar a nossa escola. O conhecimento da realidade da nossa comunidade escolar, através

da convivência nos dá vários indicativos, porém, temos utilizado sistematicamente de instrumentos que

validam o que o conhecimento empírico nos tem mostrado. Nosso aluno é de classe social pouco

favorecida, trabalhadores assalariados, muitas vezes inseridos no mercado informal e em trabalho

temporário. Os pais trabalham no centro da cidade também como assalariada. Há em todos uma vontade

expressa de inserção no mundo do trabalho e consequente melhoria na condição de vida.

As informações acima mencionadas foram validadas com a realização de pesquisas nos anos de

2008 em parceria com acadêmicos da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão, sendo

aplicado em questionário com os educandos e seus familiares, onde se constatou a situação

socioeconômica da comunidade escolar.

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No ano de 2014, outra pesquisa foi realizada, desta vez envolvendo os alunos dos 3ºs anos A e

B, matutino, coordenados pela professora Josimere Nunes de matemática, atingindo os bairros Tropical I, II

e Diamante Azul, sendo coletadas 509 entrevistas residenciais com o objetivo de investigar a situação

socioeconômica do bairro, onde a escola está inserida, concretizando assim o conteúdo de estatística

abordado em sala de aula e a participação da comunidade na escola. Nesta pesquisa, os resultados foram

os seguintes:

42,63% dos entrevistados recebem um salário-mínimo e apenas 3,33% recebem cinco ou mais

salários;

47,97% das casas têm apenas uma pessoa que trabalha na família e apenas 1,27% tem cinco

ou mais pessoas;

40,47% das famílias tem o Ensino Fundamental como nível de escolaridade e apenas 8,80%

tem o Ensino Superior;

75,83% das famílias residem no Jardim Tropical a cinco anos ou mais;

79% dos entrevistados residem em moradia de alvenaria e 6% em moradia mista;

75,24% das famílias moram em domicílio próprio, 18,27% alugado e 6,09% cedido;

100% das famílias recebem abastecimento de água através da Rede Pública;

64,05% dos entrevistados são casados, 9,63% viúvos, 3,34% desquitados, 11,20% separados e

11,79% tem união consensual;

42,86% costumam visitar a escola onde os filhos estudam somente quando são chamados e

57,14% visitam a escola às vezes;

50,62% consideram a escola boa e 2,25% péssima;

43,85% consideram que a informática é a atividade extraclasse que deve ser priorizada na

escola, 22,80% esportes, 12,28% passeios, 11,77% teatro e 9,27% música;

34,58% consideram que o colégio precisa de alguma mudança como atividades extraclasse,

28,07% medidas disciplinares, 23,30% outras e 14,03% conservação da escola.

Quanto aos índices de avaliação escolar, no ano de 2009, o colégio apresentou IDEB de 3,7. O

índice obtido em 2011 foi de 4,3, acima da meta projetada pelo INPE para o ano que era de 4,1.

É nesse contexto que a escola tem procurado oportunizar atividades onde a realidade dos alunos

é evidenciada, tanto como ponto de partida como de chegada para as reflexões e também práticas. A

escola tem trabalhado e desenvolvido esforços para articular os conteúdos curriculares e a realidade, no

contexto dos educandos, buscando avanços na prática pedagógica, para tanto, promove ações com a

participação de toda comunidade escolar, procurando realizar uma gestão democrática, participativa.

Também é significativo e contribui a participação dos profissionais da educação em cursos de formação

continuada.

Nos últimos tempos tem ocorrido uma ampliação dos compromissos da escola, que passou a

responder por novos desafios devido à influência de fatores e pressões sociais, econômicas, culturais,

tecnológicas, científicas e sobre tudo no desenvolvimento do conhecimento gerado pelo processo

educativo. Esses fatores contribuem para a ampliação da função da escola, fazendo com que esta procure

outros meios que possibilitem a aprendizagem garantindo a qualidade de ensino, para um resgate da

cidadania.

O saber que os educandos trazem é nitidamente válido e significativo e esse pressuposto deve

nortear toda prática decorrente. O saber do senso-comum (a cotidianidade) como nos diz Paulo Freire: é a

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potencialidade para um saber sistematizado, quase que científico, através da intermediação do professor.

Uma intermediação dialética, politizada, transformadora, pois de nada adiantará (num país como o nosso

periférico com tantas contradições e onde se evidencia a divisão de classes) um saber sem sentido, sem

aplicação prática. Esse conhecimento pode e deve potencializar a ação dos educandos, na luta pela

superação das desigualdades e transformação da sua realidade social. Esse é a nossa função como

educadores.

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V - MARCO CONCEITUAL

1. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Para pensar em uma nova escola, não mais espaço de mera transmissão de conhecimento é

necessário que os educadores façam uma profunda reflexão sobre a concepção de educação. É

necessário compreender que ensinar não constitui apenas um esforço de transmissão do saber acumulado,

e que aprender não se limita à pura recepção do conteúdo transferido. O educador não pode comprometer

o resultado de seu trabalho em ações desarticuladas das necessidades da comunidade. É preciso antes de

tudo, que ele tenha conhecimento dessa realidade e exerça sua função com eficiência e espírito crítico.

Nesta perspectiva, a escola democrática é concebida ao mesmo tempo como espaço/tempo de produção

de conhecimento, um lugar onde se ensina e se aprende com uma compreensão do que significa ensinar e

aprender. A relação ensino-aprendizagem deve estimular a curiosidade, a indagação e a investigação,

tendo o conhecimento como instrumento e resultado da ação. A prática pedagógica deve buscar a

totalidade, a superação de visões fragmentadas das disciplinas escolares, fundamentando as ações em

trabalhos interdisciplinares. Deve buscar respostas através do questionamento do conhecimento existente e

avaliar todas as etapas, bem como as relações estabelecidas durante o processo. Para tanto, a busca do

conhecimento científico deve ser o foco, a fim de melhorar a qualidade do ensino, diminuindo com isso, os

índices de evasão e reprovação. A compreensão e o respeito à individualidade de cada educando levará a

uma avaliação que não seja excludente e sim inclusiva.

A educação, sobretudo deve responder ao que está disposto na Constituição Federal Brasileira

de 1988, no seu Artigo 206 e nos desdobramentos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(9394-96).

2. PRESSUPOSTOS DE UMA ESCOLA CIDADÃ, OBJETIVANDO A INCLUSÃO SOCIAL.

O exercício da cidadania prevê o respeito , o reconhecimento, a aceitação e a valorização das

diversidades étnicas, religiosas, culturais, socioeconômicas, linguísticas e de capacidade que compõem os

agrupamentos humanos que formam nossa comunidade.

Na escola, onde as diferenças individuais sempre estarão presentes, a atenção à diversidade,

eliminando intervenientes excludentes, é uma questão de direitos humanos.

Todos os indivíduos devem ter garantido não só o acesso, o ingresso, o regresso, a permanência

e sucesso no processo educativo. Entendemos que os princípios da inclusão devem ser aplicados a todos e

não apenas àqueles diferenciados por alguma característica física/comportamental/neurológica adversa,

podendo citar como exemplo os excluídos social e culturalmente. Por esta razão simples e clara,

pretendemos uma escola democrática na sua essência, onde o direito do exercício da cidadania seja de

todos, alunos, professores, equipe pedagógico-administrativa, família e comunidade.

O desafio do Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo – EFM é construir essa

comunidade escolar, calcada na igualdade de direitos, na liberdade de expressão do pensamento e da

escolha, à igualdade de oportunidades e, na condição de espaço educativo público, possibilitando que sua

missão sócio-político-pedagógico-cultural, já garantidos e assegurados nas leis, sejam respeitados na

cotidianidade escolar.

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Assim, em vez de adotarmos atitudes assistencialistas benevolentes e paternalistas para as

populações excluídas, buscamos uma proposta de sociedade educativa inclusiva onde todos os indivíduos

sejam respeitados em suas diferenças e peculiaridades.

Consideramos nossas linhas prioritárias;

Promover a cooperação entre professores, equipe técnico-pedagógica para a melhoria das

respostas educativas da escola;

Buscar que os objetivos curriculares concretizem as intenções educativas em termos das

capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relacionamento interpessoal, da ética , da

estética que os alunos devem desenvolver ao longo de sua escolaridade;

Prover de todas as condições necessárias ao sucesso na aprendizagem, buscando uma relação

dialógica com profissionais especializados, bem como adequação curricular necessária;

Promover e favorecer aos profissionais da educação a sua formação continuada; ampliando as

possibilidades de ações pedagógicas fundamentadas e bem sucedidas no processo ensino /

aprendizagem;

Integrar a Escola e a Comunidade circunvizinhas ao Colégio através de projetos pedagógicos

buscando emancipar as pessoas, possibilitando-lhes novas oportunidades, como sujeitos capazes e

donos de sua própria história.

Promover a integração e orientação às famílias e a comunidade junto à escola.

Levantar os fatores que indiquem que a criança ou adolescente estejam sofrendo violência por parte

da família, sociedade e escola.

Desenvolver atividades que motivem a participação mais ativa das famílias no acompanhamento

escolar de seus filhos.

Buscar apoio junto a instituições do bairro envolvendo ações para o enfrentamento da violência e ao

uso indevido de drogas, como associação de moradores, igrejas, etc.

Trabalhar valores morais e éticos em todas as disciplinas curriculares, de forma a contribuir para a

socialização e humanização, visando a prevenção da violência e uso de drogas e o combate à

indisciplina.

Buscar o atendimento de profissionais da área de saúde, para o atendimento dos casos que se fizer

necessário, visando a formação integral dos educandos.

Realizar um trabalho articulado, envolvendo instituições públicas, privadas e religiosas, juntamente

com a sociedade civil organizada, buscando ações que visem a prevenção e o desenvolvimento de

hábitos saudáveis.

Responder adequadamente a questão da diversidade cultural dos alunos e da sociedade, através

do pluralismo e o respeito à cultura do aluno como ponto de partida. A educação multicultural

pretende enfrentar o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura local, regional, própria de um

grupo social ou minoria étnica, e uma cultura universal, patrimônio hoje da humanidade.

Promover educação ambiental intra e extraescolar tendo como base o pensamento crítico e

inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal e informal, promovendo a

transformação e a construção da sociedade. A educação ambiental deve envolver uma perspectiva

holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar;

buscando um desenvolvimento sustentável.

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3. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização à

comunidade, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses,

condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar faz a opção coletiva, referendada pela comunidade

educacional em Assembleia pela oferta de Educação fundamentada na Pedagogia Histórica – Crítica .

A atuação docente buscará desenvolver processos pedagógicos, tais como:

- pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

- desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

- registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações,

textos individuais e coletivos, gráficos, ), permitindo a sistematização e socialização dos

conhecimentos;

- vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a

reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos de estudos e

atividades.

4. AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ESCOLA

O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia as transformações sociais e

desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. Frente a este cenário de

desenvolvimento tecnológico que vem provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem

procurado construir novas estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos

tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo nos seus diversos campos dentro do

sistema educacional. A extensão do uso desses recursos tecnológicos na educação, além de se constituir

como uma prática libertadora, uma vez que contribui para inclusão digital, também busca levar os agentes

do currículo a se apropriarem criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as possibilidades

que elas oferecem no incremento das práticas educacionais.

O tema referente ao uso das tecnologias de informação e comunicação é relevante e merece

ser considerado por todos aqueles que movimentam o currículo dentro da escola. Esse pensamento não

pode e não deve ser desvinculado do pensamento curricular, isto é, do pensamento pedagógico quando

este se detém na consideração das práticas educacionais.

Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a apresentação de

conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa mobiliza e oportuniza novas formas de ver, ler e

escrever o mundo. Contudo, é importante que essas ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um

procedimento de reflexão crítica que potencialize o pensamento sobre as práticas pedagógicas.

Na esfera de um currículo público, a inserção de novos recursos tecnológicos é capaz de criar

condições para que frutifiquem valores educacionais tais como o do entendimento crítico, o da colaboração,

o da cooperação, o da curiosidade que leva ao saber e, por fim, os valores éticos de uma cidadania

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participativa se contrapondo aos pensamentos e práticas totalizantes, que defendem receitas únicas. A

inserção de novos recursos tecnológicos encurta as distâncias, promove novas práticas sociais, aproxima

dentro do mesmo currículo as esferas político-administrativas das salas de aula; aproxima as salas de aula

entre si, dentro da escola e entre as escolas, numa atividade de interação solidária com vistas tanto à

apropriação do conhecimento quanto à criação de novos saberes.

Não se trata de tomar “as tecnologias” como os sujeitos das práticas, como se “as tecnologias”

pudessem estabelecer a mediação entre o aluno e o conhecimento, mas, sim, considerar “as tecnologias”

como impulsionadoras e potencializadoras destas práticas. Os artefatos tecnológicos, ao aproximarem os

sujeitos do currículo numa relação dialógica, querem em torno do conhecimento, quer em torno da reflexão

acerca de uma obra de arte, por exemplo, criam as condições para a própria prática dialógica em que se

constitui o sujeito. Vale dizer, recursos tecnológicos não são os sujeitos das relações dentro do currículo,

mas permitem que os sujeitos se façam ao possibilitar estas relações.

Dada a relevância do tema, torna-se necessário estimular um pensamento contínuo sobre

essas práticas, a fim de que todos os agentes envolvidos sejam capazes de se posicionar de uma maneira

crítica e criativa, com a necessária clareza na hora de fazer as escolhas que conduzirão as suas práticas.

As tecnologias de informação e comunicação representam não somente meios que contribuem

com a democratização do conhecimento na escola, como também instrumentos de informação que ampliam

o acesso às políticas e programas, junto à comunidade escolar. As tecnologias disponíveis nos espaços

escolares, em ambientes educativos, nos laboratórios de ciências e de informática, nas salas de aula

possibilitam, além da formação docente, na perspectiva do sujeito epistêmico, que produz o conhecimento

no âmbito das práticas pedagógicas, também o aprimoramento da prática docente. Revelam-se, aqui, os

necessários materiais pedagógicos e recursos didáticos encaminhados para as escolas, a fim de

restabelecer propostas de aprendizagem. É o caso dos conteúdos digitais, das televisões multimídia, dos

livros didáticos e paradidáticos, dos computadores e estações de trabalho, dos jogos e materiais didáticos

para uso nas atividades formativas da escola.

Considerando a organização do trabalho pedagógico na escola, sobre o uso das tecnologias de

informação e comunicação, destacam-se: o papel de mediação do professor na aprendizagem; o processo

de interação e colaboração em ambientes virtuais de aprendizagem; as mídias impressas e televisivas

presentes na escola e a pesquisa escolar na internet.

5. OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Alguns dos desafios educacionais contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos legal

(exemplo: Lei 10.639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro Brasileira e

Africana – Lei 11.645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro Brasileira,

Africana e Indígena. ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) tem uma historicidade ligada ao papel e à

cobrança da sociedade civil organizada, em especial os movimentos sociais. Esta pressão histórica da

sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais firmados pelos países

signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial,

Xenofobia e Discriminações Correlatas.

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Segundo Frigotto (1993), a produção do conhecimento e sua socialização para determinados

grupos ou classes não é alheio ao conjunto de práticas e relações que produzem num determinado tempo

ou espaço. Isto significa dizer que ao se abordar o conteúdo da disciplina – recorte histórico, político e

cultural do conhecimento (que por sua vez já trouxe consigo uma intencionalidade) é preciso analisá-lo em

suas múltiplas determinações. Mesmo delimitado, o conhecimento não perde o tecido da totalidade. É na

categoria totalidade – condição de compreensão do conhecimento nas suas determinações que as

questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais podem e devem ser tratadas. Nesta

perspectiva, os “desafios educacionais” no currículo deve pressupor ser parte desta totalidade. Portanto

eles não podem se impor à disciplina numa relação artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo

conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário transversalizando-o ou secundarizando o.

Compreender o conhecimento em sua totalidade implica em ir para além da aparência e da

pseudoconcreticidade. Significa fazer um de tour sobre os fatos históricos, sociais, políticos, culturais e

econômicos, não de forma imediata, mas dialética. Os desafios educacionais contemporâneos, além de

pressupor outro olhar (não na perspectiva ingênua e linear que encobre os fatos históricos em favor da

perspectiva do dominador, como tradicionalmente foram tratados os conteúdos, mas do conhecimento

concreto da realidade histórica) sobre as questões sociais, culturais, ambientais e históricas, devem ser

trabalhados na disciplina os quais se contextualizam, como condição deste de tour, como condição de

compreensão do conhecimento em suas múltiplas manifestações. Isto não significa, portanto, abarcar toda

produção histórica, social ou cultural sobre o conhecimento do conteúdo disciplinar, nem tampouco idealizar

soluções mágicas para resolvê-los no âmbito da escola, mas em primeiro, conhecer a especificidade de

cada uma das demandas desses “Desafios” para, segundo, delimitar esse conhecimento em suas

dimensões concretas, compreendendo os fatores que os condicionam – interpretando os seus “porquês” em

sua totalidade.

Estes e outros olhares sobre os fatos e sobre a história indicam que as questões sociais, questões

da violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental, do uso indevido de drogas, ou dos Direitos

Humanos, embora não sejam genuínas da escola, nela se apresentam como desafios que pressupõe,

sobretudo, outra compreensão para além da visão idealista ou estereotipada sobre os fatos e sobre a

história, sendo inseridos na escola e nas políticas educacionais hoje, como marcos legais, que tem seus

princípios e história determinados pela cobrança da sociedade civil organizada e movimentos sociais.

A percepção sobre o currículo deve ser ampliada para além das propostas curriculares. Embora

seja insuficiente tratar tais desafios a partir da organização do conteúdo, não se pode negligenciar na escola

o enfrentamento aos mesmos. Não se pode negar que tais situações estão preementes o que a conduz a

um claro paradoxo: não secundarizar sua função social na socialização do conteúdo historicamente

produzido pelo conjunto da humanidade e não negar situações postas pelo cotidiano, as quais a escola tem

que fazer enfrentamentos. É nesta contradição que se situa o papel do coletivo escolar diante da discussão

do seu projeto de escola pública.

6. INCLUSÃO E DIVERSIDADE

Inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área educacional na última

década. Embora haja uma estreita relação entre as duas temáticas não significa que, ao se discutir a

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inclusão na educação, sejam realizados na sociedade, debates sobre a diversidade de grupos que se

encontram à margem do processo social, expropriados dos direitos que são garantidos por lei, a todos os

cidadãos, independente de suas diferenças individuais.

A visão que norteia os debates nos inúmeros segmentos sociais, é que são as diferenças que

constituem os seres humanos. Os sujeitos têm suas identidades determinadas pelo contexto social e

histórico em que sua existência é produzida. A vida em sociedade pressupõe o reconhecimento das

multiculturas, advindas da acelerada tecnologização e das complexas transformações nos modos de

produção social que fazem surgir novas formas de acúmulo do capital e distribuição de renda na

contemporaneidade. Assim:

“constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo o momento, as diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente”. (FERREIRA e GUIMARÃES, 2003, p.37)

No que se refere à educação, a tradução desse direito compreende a construção de um espaço

dialógico no qual as diferenças se complementem, e não sejam fatores de exclusão, e os currículos tornem-

se abertos e flexíveis, oportunizando a reflexão crítica sobre a história das minorias, dos estigmatizados,

dos colonizados, dos dominados. Aqueles que, oficialmente, foram narrados como coadjuvantes passam a

protagonizar novas práticas discursivas, nas quais retomam as rédeas de sua história, como sujeitos e não

mais objetos da ação de elites dominantes que, por séculos, trabalharam para a manutenção das relações

sociais vigentes.

A inclusão deverá ser para todos os grupos que sofreram exclusão física ou simbólica, ao longo da

história, reconhecendo seus direitos sociais como é o caso dos moradores do campo e das regiões

ribeirinhas, de pescadores e ilhéus, das populações indígenas, dos jovens e adultos impedidos de

frequentar a escola em virtude de tratamento ou internamento médico-hospitalar, às crianças e jovens que,

por inúmeros motivos, se evadem da escola, das pessoas que apresentam necessidades especiais,

oriundas ou não de deficiências, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.

Cabe ao Estado democrático, por meio da implementação de políticas públicas, enfrentar as

desigualdades sociais e promover o reconhecimento político e a valorização dos traços e especificidades

culturais que caracterizam a diferença das minorias sem visibilidade social, historicamente silenciadas.

“É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos (…) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos”. (PARANÁ, 2005).

Esse conjunto de fatores inverte a ótica da discussão para a questão do amplo leque da exclusão

e não mais para a preocupação com a inclusão de um único grupo no espaço escolar: o das pessoas com

deficiência. “As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema educacional que

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reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos”

(EDLER CARVALHO, 2004, p.26).

A partir dessa concepção fica evidente que há muitos alunos que apresentam problemas ou

dificuldades de aprendizagem, por razões inerentes a sua compleição física, limitações sensoriais ou

déficits intelectuais. Entretanto, há um sem número de alunos que não atingem às expectativas de

aprendizagem e avaliação da escola em decorrência das condições econômicas e culturais desfavoráveis

que vivenciam, ou, ainda, pelo despreparo dos profissionais da educação no trato das questões

pedagógicas (as chamadas dispedagogias). Assim, o insucesso na escola revela que não são apenas os

alunos com deficiência os que apresentam necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que

devem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados que

promoverão a sua inclusão.

7. CONCEPÇÃO DE HOMEM

“O homem nasce na sociedade, mas não nasce social” (Luporini, apud Manacorda, 1979,p.8).

Chega a sê-lo somente através da educação. Isto quer dizer também que o homem nasce homem mas

somente enquanto possibilidade que, para realizar-se necessita de uma aprendizagem num adequado

contexto social. Quanto mais a sociedade se torna histórica (menos “natural”) mais necessita de estruturas

educativas que preparem as novas gerações para se integrarem nela.

Concebe-se e se quer o homem como um ser que se relacione consigo, com os outros e com a

natureza, consciente que é, dotado de potencialidades, razão, intuição, vontade, porém, um projeto. Um ser

que se constrói na medida em que se relaciona.

É parte de uma sociedade que está em constante transformação e possui condições de

transformá-la, pois nela interage como agente de mudança, construtor de condições para uma sociedade

mais justa , solidária e democrática.

O homem é um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, a partir das

diferentes situações a serem vividas, tanto do ponto de vista coletivo como da vida pessoal. O trabalho

transforma a nossa maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permaneçamos os mesmos ao fim

de uma atividade, qualquer que ela seja.

E nesse sentido podemos dizer que, pelo trabalho o homem se autoproduz, ao mesmo tempo em

que produz sua própria cultura. O homem é resultado desse processo em movimento da construção da

cultura de si próprio. É impossível pensar em uma natureza humana com características universais, eternas,

nem há um modelo de homem a que cada homem deveria se adequar.

8. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Concebe-se e se quer uma sociedade justa, participativa, solidária e democrática. Justa de

acordo com os princípios que oportuniza a todos: educação, saúde, moradia, empregos, salários justos,

benefícios sociais, respeitando a dignidade do ser humano para que possa sentir-se realizado e feliz.

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Solidária na qual as pessoas fortalecidas pela desafiante participação comunitária, encontrem

apoio e confiança mútua, que possibilite as populações menos favorecidas socialmente a superação da

miséria e marginalização, oportunizando lhes uma melhor interação social.

Democrática, participativa na elaboração de leis e normas, com igualdade de deveres, direitos e

oportunidades políticas e sociais organizadas e assumidas por todas como expressão da própria cidadania,

onde todos sejam ouvidos e não haja exploração do homem pelo homem.

Na sociedade do espetáculo, do descartável, do imediato, do consumismo, a ausência de sentido

para a vida, a ausência do sonho e da esperança muitas vezes reduz o fazer educativo à mesma lógica do

descontinuíssimo, do imediato e do fragmentado. É na reflexão coletiva, sobre o que planejamos e o que

fazemos na escola que podemos encontrar caminhos para uma escola humanizadora.

A busca de uma sociedade com democracia participante, regida por princípios éticos de liberdade

e de igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.

9. CONCEPÇÃO DE COMUNIDADE

Concebe-se e se quer uma comunidade que em sua organização privilegie os princípios da

administração colegiada, definindo os papéis, funções e competência dos diversos setores e serviços

esclarecendo adequadamente os objetivos comuns a serem perseguidos por todos os integrantes e se

preocupe em criar condições de convivência e de trabalho para todos os integrantes da comunidade

escolar, de tal maneira que seja possível encontrar também tempo para estudo e reflexão, a fim de garantir

o processo de formação permanente, buscando recursos com a sociedade e canais responsáveis para

garantir os subsídios didáticos necessários, bem como profissionais suficientes e competentes que, ajudem

a superar as estruturas didático-pedagógicas-administrativas ultrapassadas.

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10. CONCEPÇÃO DE TRABALHO, EDUCAÇÃO E ESCOLA.

A escola pública brasileira mostra-se muitas vezes seletiva, elitizada , meritocrática. A superação

desta escola passa pela afirmação cotidiana deste espaço como direito de todos e dever do Estado em

garantir as condições de trabalho para efetivação do trabalho pedagógico realmente comprometido com a

emancipação humana e a transformação da sociedade.

Para que esta educação se realize, concebe-se e se quer, uma escola que, consciente de suas

dificuldades e limitações, seja o centro de cultura e aprendizagem, onde se realize um constante esforço de

reflexão crítica sobre a realidade e um trabalho de pesquisa comprometida com o processo de comunhão e

participação, levando a uma convivência social que propicie a liberdade de expressão, a igualdade, a

corresponsabilidade e a prática da justiça. Queremos uma escola da vida, como coloca Pistrak, no livro

Fundamentos da Escola do Trabalho, onde enfatiza que a escola fora da vida, fora da política, é uma

mentira, uma hipocrisia e que sem teoria pedagógica revolucionária não poderá haver prática pedagógica

revolucionária. É na relação teórico-prática que se gesta a pedagogia transformadora da escola e da

sociedade.

A função social da escola diz respeito à relação entre educação, escola e sociedade. Está pois,

definitivamente inserida na polarização-conservação-transformação social.

É pela via da escola que os sujeitos terão acesso aos conhecimentos e à cultura produzida

historicamente, é por meio deles que esses sujeitos podem se entender como parte determinante da

história.

Discutir os processos que ocorrem no interior da escola passa, necessariamente, por discutir a

função desse espaço, a qual é alterada conforme o período histórico e as necessidades sociais,

especialmente aquelas decorrentes do nível de desenvolvimento da sociedade, isto é, como os homens

produzem e consomem os bens produzidos socialmente (trabalho, ciência, tecnologia e cultura):

“O processo de desenvolvimento social humano está baseado no

domínio e apropriação da natureza que nos cerca, apropriação realizada por meio do trabalho. Foi pelo trabalho que os homens puderam satisfazer suas necessidades corporais (alimentação, abrigo e reprodução) e, posteriormente, avançar para a satisfação das necessidades espirituais. Conforme Balzer, Carvalho e Fank (2009, p.07)”

A divisão social do trabalho humano favoreceu o homem como grupo social e proporcionou

condições para que, como espécie, este se multiplicasse e se fortalecesse. Contudo, na relação do trabalho

na perspectiva do capitalismo, a relação do homem com a natureza – de forma não naturalizada e nem

tampouco neutra – não se deu somente para satisfazer suas necessidades sociais, biológicas e cognitivas,

também criou novas necessidades que se põem para além da satisfação de sua condição humana.

A categoria trabalho, portanto, deve ser compreendida como o princípio do trabalho educativo por

excelência, haja vista ser por meio do trabalho que: compreendemos a função social da escola, nos

mantemos vivos, produzimos a riqueza e a nossa própria existência.

Dentro desta concepção – trabalho como princípio educativo – se define o papel da escola em

relação à transmissão do conhecimento. E é com base nisso que Michael Young (2007, p.04) defende que

existem conhecimentos diferenciados.

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Em outras palavras, para fins educacionais, alguns tipos de conhecimento são mais valiosos que

outros, e as diferenças formam a base para a diferenciação entre conhecimento curricular ou escolar e

conhecimento não-escolar. Existe algo no conhecimento escolar ou curricular que possibilita a aquisição de

alguns tipos de conhecimento. Portanto, as escolas capacitam ou podem capacitar jovens a adquirirem o

conhecimento que, para a maioria deles, não pode ser adquirido em casa ou em sua comunidade, e para

adultos, em seus locais de trabalho.

Com tais informações, não se considera aquilo que o aluno pensa e a sua visão de mundo, mas

destaca-se que o conhecimento empírico e espontâneo deve ser considerado como ponto de partida para o

trabalho pedagógico. É de responsabilidade da escola não permitir que o aluno permaneça no mesmo nível

(compreensão e visão de mundo) de quando iniciou o processo de aprendizagem, pois a sua prática social

precisa ser compreendida e reelaborada pela via do conhecimento do real.

O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a escola deve levar seus

alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento mais elaborado sobre a realidade. Isso é

garantir o acesso ao conhecimento.

Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico, cabe o papel de

mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a apropriação desse

conhecimento pelos alunos. A estes cabe o esforço teórico-prático dessa apropriação. O conceito de

mediação relaciona-se à ideia de interação e, na prática pedagógica, a construção de significados articula

as experiências do aluno e do professor, bem como os procedimentos e recursos materiais e discursivos

utilizados no processo de ensino-aprendizagem. Assim, o processo pedagógico não deve restringir-se à

organização de um ambiente estimulador, no qual o aluno tem um papel central e o professor é mero

coadjuvante, nem tampouco constituir-se como um cansativo exercício discursivo e abstrato do professor

para alunos apáticos. O fato de tornar as aulas mais atrativas e interessantes para os alunos, não garante,

por si só, uma pedagogia mais consequente. É preciso que o processo domine consistentemente os

fundamentos explicativos dos objetos de conhecimento, inclusive os fundamentos da própria prática

pedagógica e, apoiando neste domínio, consiga viabilizar o método e as estratégias mais pertinentes para o

processo de ensino-aprendizagem e que melhor promovam a participação ativa dos alunos (KLEIN,

s.d.,p.15).

Neste sentido reside a importância do professor, como o sujeito que possibilita aos estudantes a

compreensão de que os conteúdos escolares são resultados do trabalho humano. Trabalho que pode

resultar tanto em produtos materiais quanto intelectuais. É por meio do trabalho que a humanidade produz,

além de objetos, também valores, hábitos e conhecimentos das mais diferentes áreas das ciências, as

formas de expressão artística, musical, corporal, afetiva, etc. É a praxis pedagógica, como responsabilidade

direta dos professores, que possibilitará aos alunos esta compreensão, por meio de um trabalho que

evidencie desde os anos iniciais a relação teórico-prática, portanto, intencional e transformadora, como

marca da ação humana.

O professor é diretamente responsável pelo processo pedagógico na sala de aula, portanto cabe

a este profissional, num encontro dialógico com outros profissionais da escola, definir de maneira

organizada e planejada o processo intencional de ensino. Nesse sentido, cabe a escola a superação do

conhecimento espontâneo, por meio do acesso e aquisição do conhecimento sistematizado, conferindo um

tratamento articulado a esses conhecimentos, visando uma análise crítica da realidade.

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11. CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para sobreviver o homem

necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele

inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura”(1992,

p.19).

Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e

elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir a si

mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os

sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan, 2001,

p. 105).

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de significação, é cultural. “Além

disso, como sistema de significação, todo conhecimento está estreitamente vinculado com relações de

poder” (Tomas Tadeu, 1999).

É necessário considerar as colocações de Silva (1999), de que “tornou-se lugar comum destacar

a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. É um fato paradoxal, entretanto, que essa

suposta diversidade conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de homogenização cultural”.

Ao mesmo tempo que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos

dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas pelos meios de

comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada as produções culturais em sua dimensão

material e não-material.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias

dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua prática há a

necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as

culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirmava Saviani: “a

mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber

sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud,

Frigotto, 1994, p.189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe a escola

aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático.

12. CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma sistematizada

utilizando métodos.

Para Andery (1980), “a ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no

decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é determinada pelas necessidades materiais do

homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo que nela interfere”.

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Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento, será a concepção da

ciência.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou transformar. Na

sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma desigual, estando a serviço de

interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico, não atingindo a totalidade da população.

A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos

pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “ a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de

cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de

pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não

apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e

transformá-lo.

13. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a

natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais que o

geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem a cada momento,

implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do

conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências

para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas

suas relações. Conforme Veiga (Veiga, 1995, p.27):

“o conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”. “Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor”.

Para Boff (2000, p.82) “conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar

consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho

privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade;

transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação”.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando mudança interna e

externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.

Conforme Freire (2003, p.59), “o conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é

sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”. Portanto, há de se ter clareza com

relação ao conhecimento escolar, pois como destaca Severino (1988, p.88), “educar contra ideologicamente

é utilizar, com a devida competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que

efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência real”.

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14. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato de ensinar “é o ato de

produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995, p.17). Este processo se efetiva quando o

indivíduo se apropria dos elementos culturais necessários a sua formação e a sua humanização.

Nada mais democrático que ensinar com o compromisso que haja a aprendizagem por parte de

todos os alunos. Contudo, a forma, o tempo e o entorno pelo qual se aprende, por parte dos sujeitos, são

diferentes. Isso deve ser considerado. Não se trata de negligenciar o que deve ser ensinado em nome das

dificuldades do sujeito, deve-se sim, modificar as formas de mediação para que ele de fato aprenda. É a

preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existentes que lhe

garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos

(…) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize

práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que

constitui patrimônio de todos (SEED/PR, 2005).

Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação mediada e

possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.” O conhecimento é, portanto, fruto de uma relação

mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”. O conhecimento é, portanto, fruto de uma

relação mediada entre o sujeito que aprende o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Os

processos de produção do conhecimento permitem, ao aluno, sair do papel de passividade e fazer parte

dessa relação, através do desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre elas a

linguagem.

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino e

aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético de apropriação do conhecimento que

possibilite compreender o real em suas contradições, são algumas das muitas defesas da abordagem

histórico-cultural.

15. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Podemos conceituar o currículo como um produto histórico, resultado de um conjunto de forças

sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as práticas

escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também históricos e sociais. Nesta perspectiva, o

currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos, como também

os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se

inserem neles. O currículo da escola é a seleção intencional de uma porção de cultura. Cultura por sua vez,

refere-se a toda a produção humana que se constrói a partir das inter-relações do ser humano com a

natureza, com o outro e consigo mesmo. Esta ação essencialmente humana e intencional é realizada a

partir do trabalho, através do qual o homem se humaniza e humaniza a própria natureza. Neste sentido, à

escola cabe erigir seu papel fundamental na transmissão, apropriação e socialização dos saberes culturais,

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numa base teológica (intencional) que pressuponha uma ação intencional e transformadora da realidade

concreta.

Quando currículo expressa a centralidade das políticas educacionais, ele está também

expressando as intenções sociais, políticas, ideológico e até econômicas que se manifestam sobre a escola

e sobre as aspirações que se tem sobre ela. Assim, currículo acaba se manifestando nas tensões e

contradições entre o caminho que se almeja percorrer, a intenção deste caminho e o ponto de chegada

dele.

Ao se caracterizar neste projeto de escola e de sociedade, o currículo se revela, antes de tudo, no

Projeto Político Pedagógico da escola, o qual envolve todas as ações, aspirações e concepções sobre o ato

educativo.

Em síntese, o currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensino e

aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel social, das práticas

pedagógicas e das relações nela vividas. É, como consequência disto, a seleção intencional de conteúdos,

saberes e conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população, uma vez que são

requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e

contraditória.

16. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação tem sua base no materialismo histórico dialético, de modo que a

concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua existência, transcendência da natureza.

Portanto, livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não

naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é (PARO, s/d). Desse modo,

educa e educa-se, avalia e avalia-se também e assim transforma e se transforma, faz-se humano.

Avaliar, portanto, é uma ação intencional, pois é trabalho, o qual também contribui para “fundar a

humanidade do homem junto com a postura ética, para lhe dar sustentação” (PARO, s/d). Uma vez que não

é possível, no processo educativo, ater-se apenas ao julgamento direto, isto é, bom ou não é bom, é preciso

então utilizar meios adequados aos fins estabelecidos para emitir juízos sobre as ações empreendidas

pelos sujeitos envolvidos em um determinado processo, no nosso caso, o processo educativo.

É possível definir instrumentos de avaliação como os meios e recursos utilizados para se alcançar

determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função dos conteúdos e critérios

estabelecidos para tal. O importante é destacar que este fim não é a aquisição pura e simples de

conhecimento, mas o seu processo de (re) elaboração e as ações a que conduz os alunos em relação a

uma prática social, tendo em vista a própria condição humana.

Sendo assim, os critérios de avaliação devem revelar na sua prática a relação coerente com as

Diretrizes Curriculares, o PPP e o estabelecido no Plano de Trabalho Docente. Os critérios de avaliação

devem ser previamente elaborados pelo professor a partir dos conteúdos estruturantes e específicos,

propostos no Plano de Trabalho Docente, apresentados aos discentes, e, se necessário adequá-los às

necessidades educativas apresentadas no decorrer do processo.

Deve ficar clara a intencionalidade do trabalho educativo, tendo em vista os conceitos

fundamentais do campo de conhecimento de cada disciplina e os elementos sociais, culturais próprios da

comunidade em que professor e alunos estão inseridos, considerando sua dimensão histórica e a

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possibilidade para os sujeitos envolvidos de transformação de si mesmo e da realidade, a partir do

conhecimento apropriado. Ressalta-se que os objetivos a serem alcançados relacionam-se com os

conteúdos e não com as atividades realizadas, pois estas são meios para se avaliar o rendimento escolar

(SEED/CGE, 2008).

17. CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

Segundo Paro (2008) a especificidade da Gestão Escolar só pode dar-se pela oposição à

administração escolar capitalista, pois, em termos políticos, o que possa haver de próprio, de específico,

numa Gestão Escolar voltada à transformação social, tem que ser necessariamente antagônico ao modo de

administrar da empresa, visto que tal modo de administrar serve a propósitos conservadores e elitistas.

O Conselho Escolar, como instância máxima de decisão da escola e na escola, é incentivado e

fortalecido nas escolas públicas estaduais. Isto se dá no processo de composição do Conselho através da

eleição direta de todos representantes dos diferentes segmentos, respeitando o princípio da

representatividade e da proporcionalidade. Com isso, o Conselho Escolar passa a ter legitimidade para

deliberar, fiscalizar, avaliar e ser consultado pela comunidade escolar.

A efetividade dos Conselhos Escolares passa, sobremaneira, pela concepção de gestão do diretor

e da participação da comunidade escolar. Assim, o Conselho Escolar permanece como um instrumento

importantíssimo, se não de realização plena da democracia na escola, pelo menos de explicitação de

contradições e de conflitos de interesses entre o Estado e a escola e, internamente a esta, entre os vários

grupos que a compõem e se mantêm como objeto constante de reivindicação daqueles que não contentam

com as relações heteronômicas e com as desigualdades de direitos vigentes na instituição de ensino.

Nesta mesma linha de ação, a Associação de Pais e Mestres e Funcionários passam a ter uma

preocupação para além do caráter arrecadador de taxas, junto à população para garantir a manutenção da

escola, diante da insuficiência de recursos que lhe endereçavam os poderes públicos.

A efetivação de Grêmios Estudantis, dentro das escolas se constitui em uma política de incentivo

a gestão democrática por parte do Estado. Nessa perspectiva, é preciso situar a fundamental participação

dos alunos no debate político, social, financeiro e pedagógico da escola. Portanto, tomar o Grêmio

Estudantil como política de valorização e incentivo à gestão democrática vai ao encontro de duas

conquistas históricas: a formação de Grêmios Estudantis em todas as escolas públicas estaduais e a

participação efetiva de seus alunos nos processos de tomada de decisões na escola.

Com isso, segundo Paro (2008), a Administração Escolar transformadora, deve atender e ter

como centro e base as especificidades do ato educacional, opondo-se firmemente ao modelo empresarial,

capitalista e conservador imposto pela classe dominante. Assim, o desejo que deve mover a coletividade

escolar é o de fazer com que as classes menos favorecidas tomem consciência política e absorvam o

conhecimento historicamente acumulado, para que, assim, se entendam também como classes

transformadoras, como agentes da história e não como meros espectadores.

Entende-se assim, que a participação e incentivo a esses segmentos de gestão é algo que precisa

ser construído a cada dia dentro das escolas públicas. Por isso, é necessário estar constantemente

repensando o papel de cada um na construção de uma coletividade, independente de ser professor, diretor,

funcionário, aluno, pai ou pedagogo. Compartilhamos a significativa consideração de Spósito (2002), para a

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qual é preciso fazer da educação um serviço público, ou seja, transformá-lo a partir do eixo central da res

publica, e não dos interesses privados, patrimoniais, clientelistas ou meramente corporativistas.

Portanto, o papel do diretor, dos professores, alunos, agentes educacionais, equipe pedagógica e

pais ou responsáveis é fortalecer o trabalho coletivo no intuito de organizar uma escola voltada ao processo

de ensino aprendizagem e combater, a cada dia, dentro e fora da escola, a visão fragmentada de escola e

sociedade.

18. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

O conceito de infância sofreu transformações ao longo da história, no Brasil, em especial a

partir da década de 1980. Os debates políticos em torno da Constituição de 1988 e o estudo de diversas

áreas do conhecimento contribuíram para o questionamento da concepção de naturalização das

desigualdades sociais e educacionais, até então predominantemente, para o reconhecimento de que as

condições de desigualdade das crianças eram determinadas por fatores econômicos, culturais e sociais.

Assim, à medida que a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este passa a incorporar,

nos textos legais, o entendimento da criança como sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a

Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos de 1990, a LDB nº 9394/96, além

de textos curriculares que tratam da especificidade da infância (Kramer, 2006). Se no contexto político, as

diferentes concepções sobre a infância influenciaram ou justificaram as políticas educacionais, com limites e

possibilidades, no contexto pedagógico, a discussão e definição de uma concepção de infância é primordial

na condição do trabalho.

O historiador francês Ariès, em seus estudos, considera a concepção de infância como fase

distinta da vida adulta e analisa diferentes significados atribuídos a essa fase, em especial nos séculos XVII

e XVIII. Segundo este autor, até o fim da Idade Média não existia um sentimento de infância como etapa

específica da vida humana e que só após este período é que se inicia um processo de mudança, com a

infância sendo encarada como sinônimo de fragilidade, ingenuidade, sendo alvo de atenção dos adultos. Já

no século XVIII, a concepção sobre infância passa pelo disciplinamento e pela moral, exercidas

especialmente por um processo educacional impulsionado pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca

a educação das crianças particularmente no período industrial do século XIX. Somente no século XX, a

infância foi compreendida como um conceito construído historicamente.

Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa compreender que esta

é uma condição da criança, é resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito político,

econômico, social, histórico e cultural. Significa ainda considerar, no contexto da práxis pedagógica, que a

criança emite opiniões e desejos de acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos e de classe

social ao qual pertence.

Para Kramer (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a posição da criança e de

sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto, não há uma concepção de infância

homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de

socialização e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola reconhecer estes sujeitos como

capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como

conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.

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Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas que as crianças

desenvolvem, na interação social, para aprender a relacionar-se com o mundo: a grande capacidade de

aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da

autonomia e autocuidados; o intenso desenvolvimento físico-motor; a ação simbólica sobre o mundo e o

desenvolvimento de múltiplas linguagens; o brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a

construção da identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos. (Faria & Salles, 2007)

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção histórica foi uma das

grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao analisar o desenvolvimento humano

privilegia a interação social na formação da inteligência e das características essencialmente humanas.

É, portanto, “a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de sua interação com

membros de seu grupo e de sua participação em práticas sociais historicamente construídas, que a criança

incorpora ativamente as formas de comportamento já consolidadas na experiência humana”. (Rego, 1995,

p.55). Os estudos de Vygotsky (2007) indicam que é importante analisar criticamente o contexto social, a

fim de compreender com que criança se está trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que

todas as crianças se apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar.

A compreensão da infância como historicamente situada implica que a escola, em seu

conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de propósitos educativos. Estes propósitos

orientarão o trabalho desenvolvido pelos professores, portanto devem ser discutidos e compreendidos pelo

conjunto dos profissionais da unidade escolar, além de devidamente sistematizados na proposta

pedagógica.

A Constituição de 1988, no artigo 208, ao exigir a obrigatoriedade da educação infantil por

parte do Estado, indica o reconhecimento da criança como cidadã, como pessoa em processo de

desenvolvimento e o seu direito de ser educada.

19. CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS

No ano de 2006, o Governo Federal sancionou a Lei Federal nº 11274, a qual também alterou

a LDB e dispôs sobre a duração mínima de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental e reafirmou a

matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade para todo ensino brasileiro. Essa lei fixou o ano de

2010 como prazo final para implantação do Ensino Fundamental ampliado.

Pela Resolução CNE / CEB nº 3 de 2005 ficou definida as normas nacionais para a ampliação

do Ensino Fundamental de 9 anos de duração, com a obrigatoriedade de matrícula no Ensino Fundamental

aos seis anos de idade.

O Ensino Fundamental de 9 anos tem por objetivo a unicidade e a integração, com a opção por

incluir um ano a mais de escolarização no início do Ensino Fundamental, ampliando para 9 (nove) anos,

assegurando o aumento de anos de escolarização obrigatória para a população brasileira, possibilitando a

inclusão de um número maior de crianças no Sistema Educacional.

A ação visa resgatar as crianças e incluí-las nas escolas, aumentando a média de anos de

escolarização e o maior tempo da criança dentro do espaço escolar, o que no Brasil, ainda é muito baixo.

Esse um ano a mais deve considerar um tempo maior para a apropriação dos conhecimentos

relacionados a esse processo, sem restringir o currículo disciplinar, objetivando o desenvolvimento das

diversas formas de expressão.

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O processo de ensino-aprendizagem deve considerar as singularidades da aprendizagem por

meio do desenvolvimento de atividades encadeadas que possibilitem a ampliação dos conhecimentos de

forma prazerosa e cheia de significação social num movimento de articulação entre os anos iniciais e finais

do Ensino Fundamental, pois embora este esteja administrativamente dividido em duas etapas (anos

iniciais, em geral, a cargo das redes municipais de educação e os anos finais assumidos pela rede

estadual), essa é uma etapa única que exige articulação entre as duas redes, assegurando a continuidade

do processo educacional.

Mais do que uma determinação legal, o Ensino Fundamental de 9 anos configura-se como a

efetivação de um direito, especialmente às crianças que não tiveram acesso anterior às instituições

educacionais. Considerando que o cumprimento da determinação legal, isoladamente, não garante a

aprendizagem das crianças, é fundamental um trabalho de qualidade no interior da escola, que propicie a

aquisição do conhecimento, respeitando a especificidade da infância nos aspectos físico, psicológico,

intelectual, social e cognitivo. Este trabalho exige o compartilhamento de ações por parte dos órgãos que

subsidiam a escola na sua manutenção de estrutura física, pedagógica e financeira.

20. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

A palavra letramento significa pessoa que domina a leitura e a escrita. Pessoa letrada é aquela

que aprende a ler e a escrever e que passa a fazer uso da leitura e da escrita, a envolver-se em práticas

sociais de leitura e de escrita, ou seja, que faz uso frequente e competente da leitura e da escrita. A pessoa

letrada passa a ter outra condição social e cultural, muda o seu lugar social, seu modo de viver, sua

inserção na cultura e consequentemente uma forma de pensar diferente. Tornar-se letrado traz

consequências linguísticas, cognitivas. Letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender as práticas

sociais de leitura e de escrita. É o estado ou a condição que adquire um grupo social, ou um indivíduo,

como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas práticas sociais. Apropriar-se da escrita é

assumi-la como propriedade. Um indivíduo alfabetizado, não é necessariamente um indivíduo letrado, pois

ser letrado implica em usar socialmente a leitura e a escrita e responder às demandas sociais de leitura e

de escrita.

Letramento é muito mais que alfabetização, é um estado, uma condição de quem se envolve

nas numerosas e variadas práticas sociais de leitura e escrita. Mas afinal, por que surgiu a palavra

letramento? Palavras novas aparecem quando novas ideias, novos fenômenos surgem. À medida que o

analfabetismo vai sendo superado, que a sociedade vai se tornando cada vez mais grafocêntrica (centrada

na escrita), um novo fenômeno se evidencia: o de que não basta aprender a ler e a escrever, mas,

sobretudo, adquirir competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com práticas sociais de

escrita.

Nesse contexto, faz-se necessário alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no

contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se torne, ao mesmo tempo,

alfabetizado e letrado.

Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, de comportamentos e

conhecimentos. Escrever, também é um conjunto de habilidades e de comportamentos, de conhecimentos

que compõem o processo de produção do conhecimento. Nessa perspectiva, há diferentes tipos e níveis de

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letramento, dependendo das necessidades, das demandas, do indivíduo, do seu meio, do contexto social e

cultural.

As condições necessárias para o letramento são primeiramente uma escolarização real e

efetiva do aluno, secundariamente, que haja disponibilidade de material para leitura.

A primeira dificuldade entra na questão de saber ler e escrever. Não se pode confundir e

acreditar que, necessariamente, quem sabe ler, sabe escrever, pois não é exato. Temos que ter em vista as

peculiaridades de cada uma dessas habilidades.

Por leitura, entende-se que ultrapassa a decodificação de letras. Leitura implica diversas

habilidades cognitivas e metacognitivas, tais como captar significados, interpretar sequências de ideias ou

de eventos, analogias, comparações, linguagem figurada, relações complexas, análogas, e ainda, a

habilidade de fazer previsões iniciais sobre o sentido do texto, entre tantas outras habilidades.

Alguns autores colocam que o letramento está intrinsecamente ligado à maneira como a leitura

e a escrita são concebidas e praticadas em determinado contexto social.

O autor Paulo Freire foi pioneiro na ideia revolucionária de letramento ao afirmar que ao se

tornar alfabetizado o sujeito teria um meio de tomar consciência da sua realidade e de transformá-la. Para

Freire, letramento tanto poderia ser um meio para a libertação, como para a sua domesticação, dependendo

do contexto ideológico em que ocorre.

21. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A Educação de Jovens e Adultos - EJA , enquanto modalidade educacional que atende a

educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com

o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar politica e produtivamente das

relações sociais, com comportamento ético e compromisso político , através do desenvolvimento da

autonomia intelectual e moral.

Desta forma, coerente com estas finalidades e objetivos, o papel fundamental da construção

curricular para a formação dos educandos desta modalidade de ensino , é fornecer subsídios para que os

mesmos tornem-se ativos críticos , criativos e democráticos. Tendo em vista este papel, a educação deve

voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam : aprender permanentemente;

refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva;

comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas

novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente

adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos (KUENZER, 2000, p.40) .

PERFIL DO EDUCANDO

A educação de jovens e adultos tem buscado ao longo de sua trajetória firma-se como uma

modalidade de educação, ou seja, escrever sua história sem trazer consigo o ranço que lhe atribuíram de

uma educação de “segunda qualidade”, para qual são destinadas às sobras dos orçamentos. Esta luta

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também tem sido travada por aqueles que acreditam que a função principal da EJA é dignificar seu

educando, dando-lhe além do conhecimento historicamente produzido e acumulado, acesso à cidadania.

Nossa escola tem buscado ampliar a discussão e debate sobre como trabalhar com esse educando

de perfil tão peculiar. Fizeram-se vários levantamentos para se atribuir um perfil a este educando. O

trabalho foi executado com apoio de estagiárias do Curso de Pedagogia da FECILCAM em 2013 e deles

tiraram-se algumas conclusões:

90% dos investigados ganham até 03 salários mínimos

Trabalham a mais de 05 km do local de moradia,

Não utilizam transporte coletivo;

Deixaram de estudar na época adequada por motivo de trabalho.

A maioria pretende dar continuidade aos estudos (Educação Superior)

A profissão escolhida pelos pesquisados, na ordem de preferência são: (Magistério, Direito, Auxiliar

Administrativo, Mecânicos).

Diante deste perfil, temos como horizonte que a pratica educativa da EJA não deve deixar-se aprisionar

pela estreiteza burocrática de procedimentos apenas escolarizantes. Para romper com este preceito, nossa

escola tem realizado projetos de inserção e empregabilidade, sempre em conjunto com instituições de

ensino superior, no sentido de dar suporte e referencial teórico metodológico às ações.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através

desta busca melhor a sua qualidade de vida e acesso aos bens produzidos pelos homens e mulheres,

significa contemplar além do componente curricular que garanta esta vivência, reflexões sobre a função do

trabalho na vida humana.

Acreditamos que o conceito de Educação de Jovens e Adultos vai se movendo na direção popular

na medida em que a realidade começa a fazer algumas exigências à sensibilidade e à competência

científica dos educadores e das educadoras. Este é nosso horizonte.

CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens

e adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio,

assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de

vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos – Presencial, que

contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e

Médio, como avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos

pedagógicos, tais como:

- pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

-desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

-registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e

coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos;

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-vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre

outras formas de expressão cultural.

A Proposta Pedagógica do Curso de Educação de Jovens e Adultos do nosso Estabelecimento

segue as diretrizes expressas na legislação vigente, considerando o educando (a) um sujeito sócio-

histórico-cultural com diferentes experiências de vida, que se afastou da escola devido a fatores sociais,

econômicos, políticos e/ou culturais, muitas vezes com ingresso prematuro no mundo do trabalho, evasão

ou repetência escolar.

É importante ressaltar que a proposta da EJA não contempla a cultura do aligeiramento da

escolarização nem a pedagogia da reprovação, mas sim a pedagogia da aprendizagem, com oferta de

qualidade de ensino, propiciando ao educando (a), a autonomia intelectual.

A organização da oferta nesta modalidade de ensino, indicada na Proposta Pedagógico-Curricular,

contempla o total da carga horária estabelecida na legislação vigente – 1600 horas para o Ensino

Fundamental Fase II e 1200 horas para o Ensino fundamental ( Deliberação N. 05/10 – CEE), contemplando

ações pedagógicas específicas à modalidade, que levem em consideração o perfil do educando,

assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de

vida e trabalho.

Os conteúdos curriculares são desenvolvidos ao longo da carga horária para cada disciplina,

conforme a Matriz Curricular, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem,

mediante ações didático-pedagógicas, organizadas de forma Coletiva e/ou Individual.

A – ORGANIZAÇÃO COLETIVA.

É programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o

período, dias e horários de aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao

educando (a) a integralização do currículo. A mediação pedagógica priorizará o encaminhamento dos

conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na

história de vida de cada educando.

A organização coletiva destina-se aqueles que têm possibilidade de freqüentar com regularidade as

aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido, considerando que organizar coletivamente a oferta de

cada disciplina não significa adotar o mesmo encaminhamento metodológico para todos os educandos (as).

B- ORGANIZAÇÃO INDIVIDUAL

Destinam-se aqueles educando trabalhadores que, comprovadamente não tem possibilidade de

freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários alternados de trabalho e para

aqueles que foram matriculados mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram

reclassificados ou desistentes, quando não há no momento de sua matrícula turma organizada

coletivamente para sua inserção.

O educando (a) só poderá ser matriculado na organização individual quando o número de

educandos (as) justificar o suprimento do docente para início dessa oferta, caso contrário, o educando

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deverá ser informado quanto à data que se iniciará a disciplina, podendo ser inserido na organização

coletiva em curso.

Organizar a oferta da disciplina individualmente, não significa a relação um docente para um

educando, mas sim, trabalhar em pequenos grupos onde temáticas semelhantes podem ser trabalhadas.

É preciso que a equipe pedagógica esteja atenta à dinâmica da organização individual no sentido de

possibilitar e assegurar espaços de reflexão crítica e construção de saberes, além de investir em

metodologias mais dinâmicas para evitar o desestímulo.

NÍVEL DE ENSINO

Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este estabelecimento escolar

terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais que consideram os conteúdos como

meios para que os educandos possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a

continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os princípios,

fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Ensino Médio e nas

Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais.

Considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos, devem-se priorizar ações

educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que

apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de

aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos

educandos que apresentam necessidades educativas especiais de:

Deficiências mental, físico/neuromotora,visual e auditiva;

Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; e

Superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a

prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos

os alunos (CARVALHO, 2001).

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial

atribuído a educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes

não apenas de deficiências, mas também, de condições socioculturais diversas e econômicas

desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela

educação escolar.

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Garante-se , dessa forma, que a inclusão educacional realize-se , assegurando o direito à igualdade

com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de

garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda resguardando-se suas

singularidades.

AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas efetivadas em

situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e

onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos , respeitada a proposta pedagógica

e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecimentos pela

mesma Secretaria em Instrução própria.

FREQUÊNCIA

A freqüência mínima é de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária prevista para cada

disciplina, na organização individual ou coletiva, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

EXAMES SUPLETIVOS

Este estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na Lei 9394/96,

desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio

emitido pelo Departamento de Educação de Jovens e Adultos.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é concebido enquanto instrumento de gestão colegiada e de participação da

comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão

máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.

A comunidade escolar é compreendida como o conjunto de profissionais da educação atuantes na

escola, alunos devidamente matriculados e freqüentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos

alunos, representantes de segmentos organizados presentes na comunidade, comprometidos com a

educação.

MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação de Jovens e Adultos –

DEJA, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como material básico.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, poderão utilizar outros materiais

didáticos.

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BIBLIOTECA ESCOLAR

A Biblioteca representa algo extremamente importante no contexto escolar, pois através dos

recursos que ela oferece, o professor pode diversificar suas aulas e proporcionar aos educandos

experiências significativas, como o valor e a importância da leitura e da pesquisa científica, aproximando o

conhecimento empírico do conhecimento científico, oferecendo ao educando ferramentas para vasculhar o

mundo do conhecimento em suas diferentes formas. Assegurar ao educando acesso à biblioteca e o uso

de seu acervo é valorizar o conhecimento e o incentivar para que se mantenha sempre informado.

LABORATÓRIO

O Laboratório na prática pedagógica da educação de jovens e adultos tem por finalidade romper

com o caráter meramente informativo do ensino das ciências.

Ele possibilita ao professor conduzir o conteúdo através de aulas práticas, oportunizando o

aprendizado das ciências, considerando o mundo vivencial dos alunos ,os objetos e fenômenos com que

lidam. Os problemas e indagações que movam sua curiosidade, pois assim professor e aluno dispõem, com

mais segurança, da base conceitual necessária para o entendimento da relação teoria-prática.

RECURSOS TECNOLÓGICOS

O desenvolvimento tecnológico não pode deixar de fazer parte do ensino, pois ele vem contemplar a

contextualização proposta na educação de jovens e adultos.

O aluno precisa ser estimulado e ter oportunidade de tomar conhecimento daquilo que existe de

mais avançado, para que possa perceber a aplicação dos conteúdos que estuda. Os recursos tecnológicos

representam algo extremamente importante no contexto escolar, pois através deles, o professor pode

diversificar suas aulas e proporcionar aos educandos experiências significativas, oferecendo diferentes

fontes de informações e recursos tecnológicos para que possam adquirir e construir conhecimentos.

FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto

como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do

diferente e da diversidade: ter o direito de ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente

quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a

educação de jovens e adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como

perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável

de todos (SANTOS, 2004).

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a

educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o

acesso à cultura em geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das

relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da

autonomia intelectual e moral.

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Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-

trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade

individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar

a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos,

tecnológicos e sócio-históricos (KUENZER, 2.000 P.40).

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente

voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e

Adultos seja coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e

à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com

base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos – cultura, trabalho e

tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, a relações entre cultura, conhecimento e

currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a

diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora –

promotora de acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função

antropológica – que considera valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através

desta busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa

contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes tempos

necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes adquiridos na informalidade

das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos no Estado

do Paraná:

I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de aprendizagem e não

um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e

condições de reinserção nos processos educativos formais;

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo tem valor próprio e

significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na

quantidade de informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;

III. Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar articulados à realidade, considerando sua

dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnológicas, dentre outros.

IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de e pensar, ler,

interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação

entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos

de transformação de sua realidade social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de

conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização

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abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se

encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes

áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento de conteúdos

e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos,

a saber:

I. Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de

formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com

tempo próprio de formação e aprendizagem;

II. Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dois próprios educandos;

III. O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das relações

sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a

capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

IV. Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos interesses do

educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do trabalho.

V. Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não se referem

exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a diversidade sócio-

cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com

necessidades educativas espaciais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógico-curricular que

considere o tempo/espaço e a cultura dos grupos.

INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS.

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino Fundamental –

Fase II e do Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram acessou ou continuidade em seus estudos.

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MATRIZ CURRICULAR

Ensino Fundamental – Fase II

COLÉGIO EST. PROFª. IVONE S. CASTANHARO-EFM Reconhec. do Estabelec. Nº 4307/87 de 23/11/87

Rua Sanhaço, 720 – Fone (44) 3525-9261 CEP: 87310-190 - Campo Mourão - PR

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROFª IVONE SOARES

CASTANHARO - EFM

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO : Campo Mourão NRE: Campo Mourão

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Semestre 2016 FORMA : Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO : 1600/.1.610 HORAS ou 1920/1932 H/A

DISCIPLINAS

Total de Horas

Total de

Horas/aula

LINGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM – INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO * 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a (*) Disciplina de oferta obrigatória pela Instituição e de matrícula facultativa para o educando.

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Ensino Médio

COLÉGIO EST. PROFª. IVONE S. CASTANHARO-EFM Reconhec. do Estabelec. Nº 4307/87 de 23/11/87

Rua Sanhaço, 720 – Fone (44) 3525-9261 CEP: 87310-190 - Campo Mourão - PR

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROFª IVONE SOARES

CASTANHARO - EFM

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO : Campo Mourão NRE: Campo

Mourão

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Semestre 2016 FORMA : Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO : 1440/.1.568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS

Total de Horas

Total de

Horas/aula

LINGUA PORTUGUESA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LINGUA ESPANHOLA * 106 128

Total 1200/1306 1440/1568 (*) Disciplina de oferta obrigatória pela Instituição e de matrícula facultativa para o educando.

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CONCEPÇÃO , CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

“ A investigação dos temas geradores ou da temática significativa do povo, tendo

como objetivo fundamental a captação dos seus temas básicos, só a partir de cujo

conhecimento é possível a organização do conteúdo programático para qualquer ação

com ele, se instaura como ponto de partida do processo de ação, como síntese cultural”. (

FREIRE, 2005. P.209 grifos nossos)

A Concepção, Conteúdos e Encaminhamentos Metodológicos, a seguir apresentados foram

organizados em regime de colaboração coletiva, envolvendo os professores da rede pública estadual

das diversas áreas do conhecimento, nos cursos de formação continuada promovidos pela Secretaria

de Estado da Educação do Paraná.

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VI. ATO OPERACIONAL

1. FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO - PEDAGÓGICOS

A Educação ofertada pelo Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo que atende a

educandos provenientes de famílias de classe trabalhadora, tem como finalidade e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos

venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os

educandos possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e

coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a

dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos,

tecnológicos e sócio históricos. (KUENZER, 2000, p. 40)

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica

verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-aprendizagem, no

Ensino Fundamental e Médio seja coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à

emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e

emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;

As relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica

pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da

realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar

o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção

humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando relaciona-se com o mundo do trabalho e que através

deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa

contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler,

interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação

entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos

de transformação de sua realidade social;

2. ARTICULAÇÃO ENTRE OS ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS

É indicação do Ministério da Educação que a inclusão de mais um ano de escolarização

represente uma revisão do currículo e das práticas, não apenas do primeiro ano, mas de todo o Ensino

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Fundamental, incorporando discussões relativas à importância do brincar na aprendizagem das crianças, a

criança como sujeito ativo do processo ensino-aprendizagem e a infância como construção social.

Sabemos que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental

diferencia-se da organização dos anos finais, no entanto, é necessário procurar a ruptura dessa

fragmentação, buscando a unicidade entre instituições de ensino municipais e estaduais, com a adequação

de conteúdos no tempo escolar de forma que as disciplinas não sejam hierarquizadas, pois para a criança /

adolescente não há separação entre os conhecimentos em campos específicos e suas experiências de

apropriação do mundo ocorrem por meio de diferentes linguagens, expressando-se por meio do movimento,

da oralidade, do desenho e da escrita.

Em 2012, as escolas que ofertam o Ensino Fundamental – Anos Finais, receberão alunos com

particularidades construídas a partir de suas experiências com mais um ano de escolarização e que

necessitarão de encaminhamentos pedagógicos coerentes com suas necessidades e possibilidades de

aprendizagem. Para tanto, é fundamental a coerência entre os objetivos de cada etapa de ensino. Nesse

sentido, é importante a articulação entre as redes de ensino, o que implica na necessidade de que os

profissionais que atuam nos anos finais conheçam a concepção de alfabetização e letramento dos anos

iniciais, pois este entendimento possibilita compreender as particularidades que caracterizam a leitura e

escrita dos alunos, suas orientações pedagógicas, propondo a construção de uma relação dialógica entre

as duas redes.

O acúmulo da experiência dos docentes é importante na constituição da prática pedagógica

para atender a adequação necessária desta nova realidade, porém é fundamental que estes conhecimentos

sejam ampliados através da formação continuada, conforme exposto na LDB nº 9394/96 nos artigos 61 e

67. Nessa perspectiva, a formação continuada tem como objetivo aprofundar aspectos teóricos e práticos

que garantem a especificidade e a sistematização do trabalho, possibilitando avaliar as ações em

andamento e aquelas que serão planejadas, intensificando o conhecimento do profissional da educação

sobre a unidade teoria / prática de maneira articulada e dialógica.

Portanto, é pertinente destacar que o professor é o profissional responsável pela prática

pedagógica em sala de aula e realiza a transmissão ativa dos conteúdos. Possibilitando estabelecer

relações entre os conhecimentos que os alunos já possuem e os conhecimentos complementares, dando

continuidade ao processo de aprendizagem, assegurando a característica de aprofundamento da

complexidade dos conhecimentos sistematizados.

Em julho de 2011, seguindo as orientações da SEED, professores, equipe pedagógica, direção,

funcionários e representantes das instâncias colegiadas se reuniram para realizar estudos dos documentos

relativos à efetivação do processo de mudança para o Ensino Fundamental de 9 anos, com discussões

sobre as adequações necessárias e planejamento de quais ações devem ser realizadas pelos diferentes

segmentos do coletivo escolar, tendo em vista a articulação entre os anos iniciais e finais do Ensino

Fundamental, para que haja a melhoria dos resultados da aprendizagem. Também houve a reunião de

pedagogos e professores de todas as disciplinas curriculares do Ensino Fundamental – Anos Finais e

Ensino Médio, com o objetivo de possibilitar a reflexão e revisão dos conteúdos e conhecimentos

obrigatórios para esses níveis de ensino, alterando a Proposta Pedagógica Curricular, na perspectiva de

superação do distanciamento entre as etapas de ensino.

Nas discussões realizadas, os professores, direção e equipe pedagógica se mostraram

preparados para receber estes alunos advindos do Ensino Fundamental – Séries Iniciais. Porém, somente

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em 2012, quando estaremos recebendo estes alunos, será possível avaliar as práticas de ensino e fazer as

adequações de conteúdos específicos de cada disciplina, de acordo com a necessidade. Para o sucesso

desta articulação, o trabalho nas séries finais, precisa contar com a contribuição de todos os segmentos da

escola, primando por uma gestão democrática, com o comprometimento de todos nas decisões a serem

tomadas, procurando envolver a comunidade e obter desta a colaboração tão necessária para a efetivação

da aprendizagem dos alunos. Também é importante a realização de reuniões, seminários, cursos de

capacitação, recebimento de materiais de apoio, abertura de Salas de Apoio e de Recursos, de acordo com

a necessidade e total amparo do NRE e SEED para que os objetivos da comunidade escolar sejam

atingidos a contento.

3. ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

A escola oferta 8º e 9º anos e Ensino Médio no período da manhã, 6º, 7º e 8º anos no período

da tarde e no noturno oferta o Ensino Médio Regular e a EJA com Ensino Fundamental – Anos Finais e

Ensino Médio.

CALENDÁRIO ESCOLAR

O Colégio segue o que determina a Lei 9394/96, no artigo 24, I. A carga horária mínima anual será

de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o

tempo reservado aos exames finais, quando houver.

O Calendário Escolar é elaborado anualmente, seguindo o preconizado pela LDB e as orientações

emanadas pela SEED, através do NRE local, e fixa:

a ) Início e término das atividades docentes;

b ) Reuniões Pedagógicas e Administrativas;

c ) Feriados e / ou antecipações;

d ) Recessos escolares;

e ) Capacitação docente;

f ) Período de férias;

g ) Atividades culturais.

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HORA ATIVIDADE

A organização da Hora Atividade dos professores é de acordo com a legislação vigente,

obedecendo o número de horas exigido, sendo realizadas no horário escolar, por disciplina e na grande

maioria, concentrada por disciplina.

Durante a Hora Atividade os professores realizam trocas de experiências, aprofundamento de

estudos, planejamento de aulas, reuniões com a Equipe Pedagógica e Administrativa e demais atividades

que auxiliem na sua prática docente. É também o período reservado para capacitação e formação de

docentes, por meio de estudos, cursos e elaboração de meios para melhoria da aprendizagem.

Também possibilita o atendimento de pais e alunos interessados em discutir sobre a aprendizagem

individual nas várias disciplinas ofertadas.

PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica.

É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem.

Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar

os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na

proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos

educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo,

descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação da aprendizagem na escola tem como objetivo auxiliar o educando no seu

desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino aprendizagem e responder à sociedade pela

qualidade do trabalho educativo realizado.

Deve auxiliar o educando no seu crescimento, ajudando-o na apropiação dos conteúdos e para

isso apresenta-se como um meio constante de fornecer suporte a aluno no processo de construção do

conhecimento.

Diagnosticando , permite a tomada de decisões e ajuda na sua formação como sujeito e como

cidadão.

A avaliação também serve para auxiliar o educador na sua prática , dando parâmetros para que

ele possa utilizar metodologias diferenciadas a fim de atender as necessidades dos alunos. Nesse sentido ,

não deve ser entendida como um instrumento de punição ou somente de aprovação ou reprovação, mas

sim, um instrumento auxiliar na ação do ensino-aprendizagem.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo

24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para

propor atividades e gerar novos conhecimentos;

Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

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Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando;

Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no

decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga

horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, sendo avaliados

presencialmente ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de

partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências

acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo propostas pelo professor, que

possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de

aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em

conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as conseqüentes demandas para

aperfeiçoar a prática pedagógica.

A Avaliação será ofertada com os seguintes pressupostos:

a) avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;

b) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade

educativa;

AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR

Esta prática de avaliação, objetiva analisar as condições atuais do desempenho escolar do aluno,

as habilidades emergentes, os aspectos socioculturais, a relação professor aluno e o contexto educacional

como um todo. Trata-se de uma prática de avaliação de cunho não classificatório e seletivo, que reforce

uma visão prática excludente.

Este processo de avaliação, possibilita a identificação dos sucessos, das dificuldades e fracassos,

apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações necessárias, sejam elas de natureza

pedagógica, estrutural ou administrativa. As informações obtidas permitem reconhecer, descrever,

compreender, explicar, prever e formular um juízo de valor acerca da realidade avaliada e permitem

também tomar decisões educativas, sociais e terapêuticas, para prevenir possíveis distorções ou

disfuncionalidades, ou para modificar e, em suma, otimizar – quando necessário – a realidade avaliada.

Esta avaliação configura-se tanto como uma prática de investigação do processo educacional quanto como

um meio de transformação da realidade escolar. É a partir da observação, da análise, da reflexão crítica e

do registro sobre a realidade/contexto, pelos profissionais envolvidos nesse modo de avaliar, que se

estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de ensino e de

aprendizagem, proporcionando informações a fim de melhorar a ação docente do professor e a

aprendizagem dos alunos.

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Tem como objetivos:

Obter informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem;

Analisar o contexto da aprendizagem e decidir qual tipo e intensidade do apoio requerido

pelo aluno;

Detectar e prevenir as dificuldades de aprendizagem antes que elas se agravem;

Buscar soluções alternativas para a remoção de barreiras da aprendizagem, através de

medidas de intervenção pedagógicas;

Promover um ensino de melhor qualidade para todos;

Tomar decisões quanto ao processo avaliativo para identificação das necessidades

educacionais;

Promover uma participação efetiva do professor especializado no processo avaliativo;

Instrumentalizar o professor da Classe Comum para que ele se torne um avaliador-

investigador de seu aluno em sala de aula;

Envolver a equipe pedagógica do Núcleo Regional de Educação (NRE), da escola e o

professor especializado, junto ao professor da classe comum, na tomada de decisão quanto ao tipo e

intensidade de apoio que o aluno irá necessitar;

Propor flexibilização curricular.

O que avaliar:

As estratégias utilizadas pelo aluno para a aprendizagem;

Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno;

Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste aluno;

A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia a dia;

Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula (conhecimentos

prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades individuais), em relação aos novos conteúdos de

aprendizagem.

Como avaliar:

Realizar entrevistas (professor, equipe técnico pedagógica, família, aluno);

Observar o aluno no coletivo e no individual;

Analisar a produção do aluno (material escolar);

Investigar as áreas do conhecimento: cognitivo, motor, afetivo e social e áreas do

conhecimento: acadêmico;

Utilizar testes formais somente quando necessário e em situações específicas;

Utilizar instrumentos como: observações, jogos, avaliação dos conteúdos pedagógicos e

outros;

Registrar todas as informações possíveis, no decorrer do processo avaliativo valorizando os

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Pessoal envolvido:

Todos os profissionais da escola responsáveis pelo processo de ensino e de aprendizagem;

Professor especializado, professores da classe comum e profissionais capacitados

(psicólogos, pedagogos, entre outros);

Família do aluno;

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Equipe pedagógica do NRE;

Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno;

Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste aluno;

A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia a dia;

Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula (conhecimentos

prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades individuais), em relação aos novos conteúdos de

aprendizagem.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A Recuperação de Estudos realizada na escola segue a orientação da LDB 9394/96 que determina

a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de

baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos. Segue

também a Deliberação 007/99 que discorre sobre a Recuperação de Estudos, determinando a sua

obrigatoriedade pelo estabelecimento, sendo ofertado aos alunos em que o aproveitamento for considerado

insuficiente, desprovido de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

De acordo com Vasconcelos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos

durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidade de

apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e

participativas.

Para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o acompanhamento do professor, sendo

fundamental a compreensão de que a aprendizagem ocorre a partir da apropriação, pela mediação das

pessoas por meio das relações sociais, tendo claro que todos os sujeitos são singulares, únicos, com

características diferentes e, portanto cada um se apropria do conhecimento de acordo com as suas

especificidades.

A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos instrumentos

foram utilizados como via para aprender e como diagnóstico para avaliar o processo.

EVASÃO ESCOLAR – PROGRAMA FICA – AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

De acordo com Solto Maior Neto, 2004: “A escola deverá sempre representar (…) um espaço

democrático e emancipatório por excelência, constituindo-se juntamente com a família, em extraordinária

agência de socialização do ser humano, destinada aos propósitos de formação, valorização e respeito ao

semelhante. É, sobretudo na escola que a criança e o adolescente encontram condições de enriquecimento

no campo das relações interpessoais, de desenvolvimento do censo crítico, de consciência da

responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de participação, de exercício da criatividade, de

manifestação franca e livre do pensamento, de desenvolvimento, em necessário preparo para o pleno

exercício da cidadania”.

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Portanto, é de responsabilidade de todos, Poder Público, família, comunidade ligada direta ou

indiretamente à educação preocupar-se com o enfrentamento da evasão escolar.

Há diversos motivos que acabam levando à evasão escolar em nosso colégio. Dentre eles

estão as repetências constantes, a necessidade de trabalho para compor a renda familiar, a pobreza, a não

valorização do ensino por parte dos familiares e alunos, o casamento e/ou gravidez precoces, dificuldade

dos familiares no acompanhamento escolar devido ao trabalho, a desestrutura familiar.

Sabemos que o processo pedagógico é prejudicado devido aos fatores acima mencionados e

outros que ocorrem em menor frequência, por isso a escola tem procurado desenvolver ações e rever a

prática pedagógica, buscando medidas que venham a contribuir para a diminuição da evasão escolar.

Em 2005 foi lançado pela SEED, em conjunto com o Ministério Público, o Programa FICA

COMIGO, com o objetivo de combater a evasão escolar, entendendo que o acesso à escola e à educação é

um direito subjetivo e inalienável através do qual, segundo a LDB e o próprio ECA, a criança e o

adolescente tem direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o

exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA, destina-se ao controle da frequência dos

alunos com idade acima de doze anos e menores de dezoito anos do Ensino Fundamental e Médio. Neste

Programa, o professor é encarregado de passar ao pedagogo a informação de alunos ausentes (cinco faltas

consecutivas ou sete alternadas), que por sua vez investiga os motivos da ausência e adota procedimentos

que possibilitem o retorno imediato do aluno. Quando ocorre a continuidade das faltas, a ficha FICA é

encaminhada ao Conselho Tutelar, que tem o prazo máximo de dez dias para fazer com que o aluno retorne

às aulas, aplicando-lhe a medida preventiva prevista no artigo 101, III, do ECA (frequência obrigatória em

estabelecimento oficial de ensino fundamental). Paralelamente, o Conselho Tutelar deve colher dos pais ou

responsável, o compromisso do acompanhamento de frequência e aproveitamento escolar do aluno,

aplicando-lhes as medidas previstas no ECA.

Não obtendo êxito, o Conselho Tutelar encaminha a ficha ao Ministério Público e comunica o

fato à escola, por escrito.

Em caso de êxito, o Conselho Tutelar comunica a escola os procedimentos adotados.

O Ministério Público, de posse da primeira via da ficha FICA, busca no prazo de dez dias o

retorno do aluno à escola, ouvindo formalmente os pais ou responsável e o aluno sobre o motivo da evasão,

alertando-os das consequências do não retorno à escola. O resultado deste trabalho é comunicado ao

Conselho Tutelar e à Escola.

A Escola vem desenvolvendo ações visando o enfrentamento e prevenção à evasão escolar

como:

- Diálogo com os alunos faltosos e seus responsáveis buscando o entendimento do motivo da

ausência e realizando orientações, visando a permanência destes na escola.;

Envolvimento de toda comunidade escolar e instâncias colegiadas na discussão de ações

para o enfrentamento das possíveis causas do abandono e da evasão;

Engajamento da Escola em criar um ambiente de respeito, onde os alunos sintam que são

bem recebidos e que a sua presença é valorizada;

Desestímulo e tomada de atitude diante de preconceito ou discriminação;

Estímulo para tornar a escola relevante na vida dos alunos, principalmente daqueles em

situação de risco, realçando a importância da educação na vida e no futuro de cada um;

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Realização de reuniões periódicas com os pais, para discutir em conjunto as possíveis

alternativas para a solução dos problemas detectados;

Acompanhamento sistemático da frequência dos alunos, procurando descobrir os motivos

das faltas e o que pode ser feito para reverter a situação;

Encaminhamentos de alunos para a Sala de Apoio e Sala de Recursos (em fase de

criação), quando necessário;

Realização do Conselho de Classe (Pré-Conselho, Conselho e Pós Conselho), para o

enfrentamento das causas e consequências das dificuldades dos alunos em relação ao processo

pedagógico;

Desenvolvimento de ações que favorecem a participação dos pais no coletivo escolar;

Envolvimento da Escola em Programas e Projetos Públicos com atividades no contraturno:

FECOMÉRCIO, Mais Educação, CELEM – Espanhol, no sentido de encaminhar e realizar efetivo

acompanhamento dos alunos, considerando o processo de aprendizagem;

Envolvimento dos alunos em atividades desenvolvidas pela escola como: Gincana

Recreativa e Cultural, Festa Julina, Competições esportivas, Garoto(a) CIC, Produção de hortaliças e

plantas medicinais, 100% Cultura, Soletrando, Festival de Música, Festival de Talentos e Festival de

Danças.

Realização da hora-atividade dos professores, como espaço efetivo para rever

encaminhamentos metodológicos, processos de avaliação e recuperação de estudos, viabilizando

proposições diferenciadas de trabalho no decorrer do processo de ensino e aprendizagem;

Utilização de estratégias específicas de trabalho com alunos com necessidades educativas

especiais, e quando necessário, realização de adaptações curriculares.

ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político-Pedagógico da escola não pode

contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma atividade que vise a

preparação para o trabalho produtivo,conforme Lei nº 11788/2008 e Instrução nº 006/2009 SUED/SEED. A

função social da escola vai para além do aprendizado de competências próprias da atividade profissional e,

nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir das

diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se explicam a partir das

relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações

de produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portando, requer o acesso aos conhecimentos produzidos

historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das

etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação

técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de produção em sua

totalidade.

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Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão contraditória

do trabalho, permitindo ao estudando e futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma mais

autônoma, consciente e crítica.

Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário, não

somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma plena, integrando

as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.

Nesta perspectiva, o estágio oferecido em todas as modalidades de ensino, pode e deve

permitir ao estagiário que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e

vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das

relações de trabalho.

Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, ainda

que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno

estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam

instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica,

política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos

alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que

estes possam contribuir para esta relação práxica.

DELIBERAÇÃO DO CEE

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o. Estágio é ato educativo escolar orientado e supervisionado, desenvolvido no mbiente de trabalho,

que visa à preparação para o trabalho de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em

instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos

anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

§ 1o. Todas as atividades de estágio previstas e desenvolvidas nos cursos elencados no caput desse

artigo, serão consideradas como parte do currículo, devendo ser assumidas pela Instituição de Ensino

como Ato Educativo. Para tanto:

I – o estágio, obrigatório e o não obrigatório assumido pela instituição de ensino, deverá estar previsto no

Projeto Político Pedagógico;

II – o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;

§ 2o. Somente poderão fazer estágio os alunos regularmente matriculados nos cursos supracitados que

tenham o estágio previsto em seu Projeto Político Pedagógico, seja obrigatório ou não.

§ 3o. O estágio referente a Programas de Qualificação Profissional com carga horária mínima de 150 (cento

e cinqüenta) horas, deverá estar incluído no Projeto Político Pedagógico da Instituição de Ensino, em

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conformidade com o perfil profissional definido para a sua conclusão, devendo estar explicitada também a

carga-horária máxima do Estágio Profissional.

Art. 2o. - O estágio de natureza obrigatória ou não, concebido como procedimento didático-pedagógico e

como Ato Educativo intencional, é atividade curricular de competência do estabelecimento de ensino e será

planejado, executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação profissional

dos alunos e/ou outro objetivo previsto no Projeto Político Pedagógico e, descrito no Plano de Estágio.

Art. 3.o O estágio poderá ser:

I – Estágio profissional obrigatório, previsto na legislação vigente, nas Diretrizes Nacionais, quando objetivar

o atendimento de exigências para o curso, decorrentes da própria natureza da área dos cursos de

Graduação na Educação Superior, da Educação Profissional Técnica de Nível Médio ou de qualificação

profissional, planejado, executado e avaliado de acordo com o perfil profissional exigido para conclusão do

curso;

II – Estágio profissional não obrigatório, para os outros cursos previstos no caput do art. 1.o e, assumidos

pela escola a partir da demanda dos alunos ou de organizações da comunidade.

Parágrafo único. Em ambos os casos, o estágio e a carga horária realizada deverão ser registrados no

histórico escolar do aluno.

CAPÍTULO II – DAS ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA / INSTITUIÇÃO DE

ENSINO

Art. 4.o A instituição de ensino é responsável pelo pleno desenvolvimento do estágio nas condições

estabelecidas no Plano de Estágio, observados:

I - Termo de Compromisso firmado com o educando, se for ele maior de 18 anos; com seu assistente legal,

se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na data de assinatura do Termo) ou com seu

representante legal, se idade inferior a 16 anos - a idade será aferida na data de assinatura do Termo – e

com o ente concedente, seja ele privado ou público.

II - Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado concedente do estágio;

III - Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente com o Projeto Político Pedagógico, ou em

separado no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da

relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e

será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por meio de aditivos;

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IV - o estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador, especificamente designado

para essa função, o qual será responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades;

V – exigir do aluno, pelo menos uma vez em cada semestre, a apresentação do Relatório de Estágio, no

qual deverão constar todas as atividades desenvolvidas neste período;

VI - avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio firmadas no Plano de Estágio e

no Termo de Convênio que deverão ser aferidas mediante Relatório elaborado pelo professor orientador do

estágio;

VII - planejar com o ente concedente, os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades do

estágio, bem como organizar a realização de provas e/ou exames escolares/acadêmicos, considerando o

período de desenvolvimento do estágio;

VIII – reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando houver descumprimento das

normas para tanto.

CAPÍTULO III – DOS DIREITOS E DEVERES DO ESTAGIÁRIO

Art. 5.o - A definição da jornada de estágio, a ser compatibilizada com as atividades escolares/acadêmicas,

deverá constar do Termo de Compromisso e considerará:

I – a anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente legal do menor;

II - concordância da instituição de ensino;

III – da parte concedente.

Art. 6.o A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:

I - 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos

anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;

II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da

educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

§ 1.o O estágio relativo aos cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão

programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso

esteja previsto no Projeto Político Pedagógico do curso, no Plano de Estágio, no Termo de Convênio e no

Termo de Compromisso de Estágio.

§ 2.o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de

avaliação, ficará ressalvada no Termo de Compromisso de estágio a redução da metade da carga horária

do estágio para garantir o bom desempenho do estudante.

Art. 7.o A duração do estágio, contratado com o mesmo ente concedente, não poderá exceder 2 (dois)

anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

Art. 8.o O Estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada,

sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio transporte, na hipótese de estágio não

obrigatório.

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§ 1.o O estagiário terá direito à contratação, pelo ente concedente, ou alternativamente assumido pela

instituição de ensino, de seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de

mercado, independente se se tratar de estágio obrigatório ou não.

§ 2.o Os estagiários com necessidades educativas especiais terão direito a serviços de apoio de

profissionais especializados e também de profissionais da área objeto do estágio.

§ 3.o A concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, por si só,

não caracterizará vínculo empregatício.

§ 4.o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de

Previdência Social.

Art. 9.o Fica assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano,

período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

§ 1.o O recesso de que trata este artigo será remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma

de contraprestação.

§ 2.o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional, nos casos em

que o estágio tiver duração inferior a 1 (um) ano.

Art. 10 Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no

trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade do ente concedente do estágio.

CAPÍTULO IV – DAS ATRIBUIÇÕES DO ENTE CONCEDENTE DE ESTÁGIO

Art. 11 Podem conceder a atividade educacional de estágio os entes dotados de personalidade jurídica

Pública ou Privada e os Profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus

respectivos conselhos de fiscalização profissional, observados:

I – celebração do termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu

cumprimento;

II – a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de

aprendizagem social, profissional e cultural;

III – indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área

de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários

simultaneamente;

IV – contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja compatível

com valores de mercado, devendo constar do Termo de Compromisso de Estágio;

V – por ocasião do desligamento do estagiário, entrega do termo de realização do estágio, à instituição de

ensino, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de

desempenho;

VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio;

VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades,

elaborado pela supervisão do estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário.

VIII - A remuneração pelos serviços prestados do agente integrador, se houver, é de responsabilidade do

ente concedente.

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Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro de que trata

o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino.

CAPÍTULO V – DAS ATRIBUIÇÕES DO AGENTE INTEGRADOR

Art. 12 As instituições de ensino e os entes concedentes de estágio poderão contar com serviços auxiliares

de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico

apropriado.

Art. 13 Os Agentes de Integração, auxiliares no processo de aperfeiçoamento do estágio, deverão

responsabilizar-se pelas seguintes incumbências:

I – identificar oportunidades de estágio;

II – ajustar suas condições de realização;

III – fazer o acompanhamento administrativo;

IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;

V – cadastrar os estudantes.

§ 1.o É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços

referidos nos incisos deste artigo.

§ 2.o Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem estagiários para a

realização de atividades não compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada curso,

assim como estagiários matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio

curricular.

Art. 14 O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes, organizado pelas

instituições de ensino ou pelos agentes de integração.

CAPÍTULO VI – DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15 A fiscalização visando ao pleno desenvolvimento do estágio nas condições normatizadas na

presente Deliberação é de responsabilidade compartilhada entre o Sistema Estadual de Ensino, ente

concedente, agente integrador, quando houver, aluno, seu assistente ou representante legal e instituição de

ensino.

Art. 16 As atividades desenvolvidas contrariamente ao que dispõe esta Deliberação estarão sujeitas à

legislação civil, trabalhista e previdenciária.

§ 1.o A instituição pública ou privada que reincidir na contrariedade prevista no caput desse artigo, ficará

impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão definitiva do processo

administrativo correspondente.

§ 2.o A penalidade de que trata o § 1.o deste artigo limita-se à filial ou agência em que for cometida a

irregularidade.

CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 17 O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de

estágio deverá atender às seguintes proporções:

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I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;

II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;

III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;

IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.

§ 1.o Para efeito desta Deliberação, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores

empregados existentes no estabelecimento do estágio.

§ 2.o Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os quantitativos

previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.

§ 3.o Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em fração, poderá

ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.

§ 4.o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de nível médio

profissional.

§ 5.o Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das vagas

oferecidas pelo ente concedente do estágio.

Art. 18 O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao educando contidos no

Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas atividades: (ver arts. 63, 67 e 69, entre outros do

ECA)

I – incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

II – noturnas, compreeendidas as realizadas no período que vai das vinte e duas horas de um dia e cinco

horas do outro dia;

III – realizadas em locais que atentem contra a sua formação física, psíquica e moral;

IV – perigosas insalubres ou penosas. (ver também art. 405 da CLT)

Art. 19 A prorrogação dos estágios contratados antes do início da vigência da Lei n.o 11.788/08 apenas

poderá ocorrer se ajustada às suas disposições e às desta Deliberação.

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IGUALDADE RACIAL/CULTURA INDIGENA

CULTURA AFRICANA E A EDUCACAO

Os vários índices sociais e econômicos do Brasil revelam o triste quadro por que passa a

população negra de nosso país. Os negros enfrentam um terrível quadro de exclusão social. Qualquer

análise mais consistente chegará à conclusão de que há uma relação significativa, no país, entre pobreza e

cor. Segundo o Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), de cada dez brasileiros abaixo da linha da pobreza,

sete são negros.

Diante deste quadro é preciso que a Escola seja um instrumento para propiciar o debate da

questão da igualdade racial, especialmente após a implantação da Lei 10639/03 nas Escolas do país. A Lei

que integra a atual LDB torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira no currículo.

Porque a Lei 10.639/03 ?

A resposta à questão posta acima não cabe em uma só oração; mas se alguém tivesse que

responder à questão de pronto, em uma só frase, poderia responder: do jeito que está, é injusto demais.

É injusto com uma população que carregou nas costas toda a economia do Brasil Colônia, e

abolida a escravidão, foi da senzala para a favela.

Além do mais, não é possível construir uma nação, impossibilitando o acesso aos bem culturais e

materiais à metade de sua população.

Apenas a Lei não garantirá uma mudança de postura por si mesma, é preciso que os

professores, principalmente, compreendam que não se trata de substituir um modo de enfoque de um

currículo por outro, substituir o enfoque eurocêntrico por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos

escolares para a diversidade cultural, racial social e econômica brasileira.

Agora trata-se de avançar na articulação da lei e seus princípios norteadores com a prática

cotidiana da escola.

Não há como dar conta da amplitude de tarefas impostas pela Lei 10639/03 se o Estado não

propiciar a formação massiva de professores , e sem que a Escola volte os olhos para esta questão tão

essencial.

O propósito do nosso Colégio é debater com o apoio de entidades e IES a questão da inserção

educacional e social do negro.

CULTURA INDIGENA E A EDUCACAO

Durante o processo de colonização do Brasil, os indígenas e negras/os não fizeram parte do projeto

de nação; nação esta construída a custa da exploração do trabalho escravo do povo negro e indígena.

“Para escravos e indígenas (...) assim se pensava e se praticava, além do duro trabalho, bastaria a doutrina

aprendida na oralidade e a obediência na violência física ou simbólica” (BRASIL, 2000). Esse modo de

pensar fica explicito nas leis criadas pelo governo da época, onde proibia negras/os de freqüentarem a

escola e/ou decretava que escolas fossem criadas para essa população, conforme Decreto n. 1.331-A de 17

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de fevereiro de 1854,que proibia a matricula de meninos que padecerem de moléstias contagiosas, os que

não tiverem vacinados e os escravos.

Em relação aos indígenas, a educação estava fundamentada nos princípios estabelecidos pela

Companhia de Jesus que estabelecia a aculturação através da doutrinação. O ensino se baseava na leitura

da bíblia e de outros livros sagrados com o intuito de domesticar e tornar civilizados aqueles considerados

sem alma.

Ainda hoje as condições de acesso e permanência de negras/os indígenas no ambiente escolar é

muito menor comparado aos de brancas /os. Dados do relatório “ Crianças Fora da Escola 2012” da

UNICEF, apontam que 653,1 mil adolescentes brancos não estudavam, diante de 01 (um) milhão de

negras/os no Brasil.

As mobilizações dos Movimentos Sociais Negros pela garantia de acesso e permanência de

alunos/as negras/os no processo educativo, pela inserção e ressignificacão da Historia da África e afro

brasileira nos currículos escolares, impuseram ações transformadoras na realidade sociocultural da

sociedade, pois o Brasil, ao se tornar signatário da Carta de Intenções durante a Conferencia Mundial

Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Correlatas de Intolerância, realizada

em Durban, impulsionou a consolidação da Lei 10.639/03 e posteriormente a Lei n. 11.645/08.

Nesse sentido a escola tem um papel preponderante na construção de um novo projeto de nação.

Portanto, para a implementação de praticas pedagógicas com vistas a promoção da qualidade e igualdade

na educação, bem como para a construção de políticas afirmativas especificas, e importante conhecer o

pertencimento étnico-racial de alunos/os.

Ressalta-se aqui, que a identificação de pertencimento, no requerimento de matricula, permitira

fazer o recorte para a analise dos índices de acesso, permanência, aprovação, reprovação, aprovação por

conselho de classe, distorção idade/serie, abandono e evasão. É importante, também, compreender que

uma pratica pedagógica comprometida com o conteúdo e com os sujeitos contribui para a formação critica

de negras/os , não negras/os e indígenas.

A Diversidade esta presente nos estabelecimentos de ensino do Paraná e do Brasil. Hoje, em virtude das

políticas afirmativas, negras/os e indígenas estão chegando em maior numero, no ambiente escolar. Cabe ä

instituição escola trabalhar com as diferenças, valorizando as especificidades e buscando uma educação de

equidade.

Diante desta constatação, o Colégio Estadual Prof. Ivone Soares Castanharo assume o

compromisso de trabalhar no sentido de dignificar todos os seus alunos, respeitando as diversidades e

peculiaridades, trabalhando os conteúdos de forma abrangente, competente e compromissada com a

transformação da sociedade onde todos (as) sejam iguais.

INCLUSÃO (EDUCAÇÃO ESPECIAL)

A Escola buscará atender a diversidade, contemplando as políticas inclusivas vigentes visando o

atendimento a educandos com necessidades educacionais especiais. Considerando a situação em que se

encontram individualmente estes educandos, deve-se priorizar ações educacionais específicas e que

oportunizem o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.

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Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde

aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu

processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional

especializado aos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de:

- deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

- condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; e

- superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias

que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e

participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial

atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não

apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis,

eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à

igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma

forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas

singularidades.

-CURRICULO ESCOLAR E O ESTATUTO DO IDOSO

A lei 10.741, de 03 de outubro de 2003, dispõe sobre a instituição do Estatuto do idoso, assegurando os

direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, e atribuindo a família, a

comunidade, a sociedade e ao poder púbico, o dever de efetivar, com absoluta prioridade, o direito a vida, a

saúde, a alimentação, a educação, a cultura, ao esporte ao lazer ao trabalho, a cidadania, a liberdade, a

dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária (art. 3).

A Política Nacional do idoso foi instituída em 1994, em âmbito nacional, e em 1997, com a Lei Estadual

11.863.de 03 de outubro de 1997, o estado do Paraná, consolidou a sua Política Estadual do Idoso. Em

ambas as leis são delegadas atribuições para a educação, o que foi mantido também no Estatuto do idoso

de 2003, com a mesma redação para a tarefa educacional,em seu artigo 22, que determina:

“Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e a valorização do idoso, de forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria”.

Nesse sentido, é importante ressaltar que o Estado do Paraná assume uma organização disciplinar

do currículo, entendendo que a escola e um espaço democrático de socialização do conhecimento e que, os

professores, ao organizarem o trabalho pedagógico, devem fazê-lo “a partir dos conteúdos estruturantes de

sua disciplina“ DCE, 2008, p. 27).

De acordo com essa mesma Diretriz Curricular (2008), dos conteúdos estruturantes, organizam-se

os conteúdos básicos e desses existe a possibilidade de desdobramento nos conteúdos específicos.

Partindo desse pressuposto e da freqüente abordagem transdisciplinar que alguns assuntos e

temas são trabalhados na escola, os documentos orientadores do currículo para a Rede Estadual de Ensino

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contrapõem as perspectivas multi, trans e pluridisciplinar, para que o trabalho com o disposto no Estatuto do

Idoso seja abordado pelas “disciplinas que lhe são afins, de forma contextualizada, articulados com os

respectivos objetos de estudos dessas disciplinas e sob o rigor de seus referenciais teórico-

conceituais”(DCE, 2008, p.28).

A partir do exposto acima, temos alguns conteúdos que podem ser abordados na perspectiva de

atendimento ä legislação vigente e incorporados ao cotidiano da escola e possibilidades de discussão com

os estudantes dos diferentes níveis e modalidades de ensino ofertadas pela Rede Estadual de Educação do

Paraná.

DISCIPLINA DE FILOSOFIA

É possível desenvolver abordagens filosóficas em relação aos objetos tratados nos Estatuto do

idoso, a partir de conceitos fundamentais da Filosofia, tais como temporalidade e historicidade, direitos

humanos, etc, cujas expressões em conteúdos de ensino da Filosofia, exemplificam-se a seguir, tomando-

se algumas possibilidades.

Conteúdo Estruturante: Ética.

Conteúdo Básico: Ética e Violência.

Possibilidades de discussão: podem ser abordados os aspectos relacionados ao cuidado destinado

ao idoso.

Conteúdo Estruturante: Filosofia Política.

Conteúdo Básico: Cidadania Formal e/ou participativa.

Possibilidades de discussão: questões acerca do papel do idoso em nossa sociedade.

Conteúdo Estruturante: Filosofia da Ciência.

Conteúdo Básico: Ciência e Ética.

Possibilidades de discussão: é possível debater a questão da biôntica, na perspectiva das relações

contraditórias entre a ciência/técnica e os ideais de humanismo, analisar a práxis medica, os padrões de

conduta nos tratamentos e acompanhamentos médicos, a eutanásia, as experiências científicas e suas

considerações quanto a dignidade humana.

Conteúdo Estruturante: Estética.

Conteúdo Básico: Estética e Sociedade.

Possibilidades de discussão: discutir os ideais de beleza que se formam na sociedade,

acompanhando as representações artísticas fortemente disseminadas e enaltecidas pela mídia, tornando a

beleza gosto padronizado e universalizado, cujo binômio juventude e beleza, excluem os diferentes e os

que envelhecem.

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DISCIPLINA SOCIOLOGIA

A Sociologia poderá discutir a organização da sociedade e os movimentos sociais como forma de

intervenção e transformação; a luta pelos direitos civis, políticos, e sociais que significa a luta pela

cidadania, pensados como construções históricas por diferentes sujeitos sociais; o papel do Estado em

assegurar os direitos básicos aos cidadãos, como à previdência, à saúde, à educação, à segurança; a

relação do Estado Brasileiro frente ao cidadão enquanto a garantia dos Direitos Humanos às populações

vulnerabilizadas, tais sejam os pobres, as crianças, as pessoas com deficiência e os idosos; as instituições

sociais (familiares, religiosas e escolares); como estas atuam sobre o conjunto das relações humanas,

refletindo sobre sua origem histórica e configurações em distintos espaços sociais e geográficos; refletir

sobre o conceito de família sob a perspectiva antropológica e suas mudanças ate chegar a conformação da

família contemporânea, com especial atenção a família de modelo nuclear e patriarcal e sua influencia na

formação social e cultural brasileira; os novos arranjos familiares da atualidade e o papel dos avos e

pessoas idosas nesses; a e escola como um espaço de socialização que proporciona ao individuo uma

maior integração e identificação com o sistema social. A importância sobre o pensamento religioso, das

diferentes práticas religiosas e como estas influenciam nas relações sociais; instituições de reinserção

social, instituições de longa permanência, de orfanatos e abrigos, o significado dessa.

DISCIPLINA DE BIOLOGIA E DE CIENCIAS

Poderão se ocupar da herança genética, das formas de educar para prevenir grande parte

das doenças degenerativas e o conhecimento dos diferentes tratamentos médicos, a fim de retardar o

avanço de algumas doenças; da sustentabilidade do planeta e a relação com o conceito d saúde; da relação

de nosso sistema imunológico exposto a poluição, que afeta de maneira mais cruel crianças e pessoas

idosas; desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos, a partir da manipulação genética; da

preservação da saúde na velhice, determinada pela alimentação balanceada e pela adoção de correto estilo

de vida, ou seja, aquele que atua a favor do organismo humano; o ciclo vital com seu processo biológico

que desencadeia o envelhecimento, de características e necessidades diferenciadas, finalizando com

morte; focalizar os fatores que estão determinando a morte do gênero masculino muito antes que as

mulheres e quais as prevenções possíveis.

DISCIPLINA DE EDUCACAO FISICA

A Educação Física poderá estudar a influencia das atividades físicas nas funções metabólicas,

cardiorrespiratórias e músculo-osteoarticulares que favorecem ao funcionamento dos sistemas do corpo

humano, utilizando os elementos articuladores “Cultura Corporal e Corpo” e “Cultura Corporal e Saúde”

constantes nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física, da SEED; abordando as

recomendações da I Conferencia Internacional sobre a Promoção da Saúde, definidas como o

protagonismo da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida, colocando como pré-requisitos a

paz, a habitação, a educação, a alimentação, a renda, o ecossistema estável, os recursos sustentáveis, a

justiça social e a equidade.

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DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

Na Geografia, para que os alunos compreendam as dinâmicas demográficas no Brasil e em outros

paises, levando em conta indicadores de natalidade, de mortalidade e de expectativa de vida, e necessário

trabalhar de acordo com os pressupostos teóricos metodológicos propostos pelas DCEs , a partir dos

conteúdos estruturantes e básicos. Seguem sugestões:

Conteúdos Estruturantes

Dimensão política do espaço geográfico; dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos Básicos

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; os

movimentos migratórios e suas motivações; as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Sugestões de Conteúdos Específicos.

Organização e distribuição da população mundial;

A formação populacional brasileira e sua distribuição no território nacional;

As dinâmicas demográficas do Brasil, sua economia e organização social.

As causas e as conseqüências da desigualdade social brasileira.

Transição demográfica: evolução das taxas de natalidade, mortalidade e expectativa de vida.

DISCIPLINA DE HISTORIA

A disciplina de Historia poderá analisar as ações e relações humanas no tempo decorrentes das

relações culturais, de trabalho e de poder nas culturas locais e comuns pelas relações das diversas

sociedades, sendo elas indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado e o que os

movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos da sociedade moderna conquistaram quanto aos direitos

da pessoa idosa. Sugere-se como uso de fontes históricas os documentos das conquistas de direito desse

grupo social, tais como a Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição Brasileira de 1988, o Estatuto

do Idoso.

DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

Essa disciplina poderá evidenciar os últimos estudos científicos que apontam para o maior bem-

estar da pessoa idosa que mantém uma crença na tradição religiosa; a contribuição da religião nas relações

humanas e o enfrentamento das doenças; a historia das religiões; a presença e o destaque dos anciãos em

determinadas religiões; a importância, o papel ou a função do idoso nas tradições religiosas; concepções de

vida e morte nas tradições religiosas.

DISCIPLINAS DE L.E.M – ESPANHOL

Na Língua Estrangeira Moderna, Espanhol, poderá ser abordada a questão da qualidade e

expectativa de vida das pessoas idosas nos paises hispanohablantes, assim como ter uma versão do

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documento em espanhol a ser explorado nas aulas como um gênero textual. Na Espanha, por exemplo, as

pessoas idosas não pagam medicamentos e o índice de qualidade de vida é altíssimo, se comparado a

outros paises de cultura hispânica.

A escola é, essencialmente, um espaço privilegiado de socialização de produção e de ampliação de

conhecimentos historicamente acumulados, visando a formação critica dos sujeitos.

Nesse sentido e com a crescente tendência de envelhecimento da população brasileira, preparar

essa e as futuras gerações para a convivência e a vivencia relacionadas ao processo de envelhecimento e

um compromisso ético, social e político de todos.

Referencias Bibliográficas.

PARANA, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadas para a Educação

Básica da Rede Estadual de Ensino, Curitiba, 2008.

BRASIL, Lei n. 10.741, de 01 de Outubro de 2003 (dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras

providencias).

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MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

A escola buscará redimensionar a utilização dos recursos de apoio didáticos existentes, bem

como a aquisição de novos equipamentos, que darão suporte a prática docente, no sentido de dinamizar a

atuação do professor e a ressignificação de práticas consagradas ao longo da existência da nossa escola.

RECURSOS TECNOLÓGICOS

Uma rápida passada na história nos permite observar que nos últimos séculos ocorreu uma

crescente internacionalização da economia mundial. Desta conclusão, contudo, não se pode abstrair a

necessidade ilimitada e inexorável da abertura das fronteiras comerciais e financeiras. De fato, desde as

Grandes Navegações do século XV aos nossos dias, decorre uma crescente internacionalização da

economia. Se a Revolução industrial do século XVIII e o colonialismo do século produziram uma cultura

produtiva em escala mundial foi, sobretudo após da 2ª Guerra Mundial, que a economia assumiu uma

esfera planetária. Os estados nacionais viram cair suas barreiras protecionistas diante do grande capital e

as empresas de base local se transformaram em transnacionais e seu capital cada vez mais imaterial e

especulativo. As plantas fabris se modificaram. Sua base de produção fordista desapareceu e em seu lugar

surge um novo modelo à base de programas de software e de um grande fluxo de informações e com uma

territorialidade transnacional e fragmentada. Esta nova organização produtiva de modo crescente incorpora

um grau menor de trabalho vivo: em seu lugar concentram-se computadores cada vez mais inteligentes e

seletivos.

É a tecnologia que se evidencia cada vez mais no nosso dia-a-dia, não apenas interferindo no

modo de produção da sociedade globalizada, mas em todas as atividades cotidianas e o educando jovem e

adulto necessita interagir cada vez mais como o uso de ferramentas tecnológicas: televisão, vídeo, com a

informática e Internet.

Partimos do pressuposto que a tecnologia não é uma novidade para o aluno jovem e adulto,

eles já vivem, ainda que não o perceba, rodeados de tecnologia e ao professor cabe desvelar esse fato e

fazer com que o educando aprenda mais, vislumbrando na tecnologia um recursos adicional e enriquecedor

do seu trabalho.. Educação e comunicação ganham novas formas de interação no espaço escolar, trabalhar

a comunicação dentro da escola, observando como funcionam seus fluxos, como os conteúdos circulam e

quais são eles, pode ajudar a melhorar as relações no contexto escolar.

Trabalhar com ferramentas tecnológicas como a TV, Vídeo e Computadores pode auxiliar

significativamente o trabalho de contextualização, trazendo elementos concretos da realidade do aluno

(inclusive simbólica) para o espaço escolar. Não estamos nos referindo apenas às programações

educativas por natureza (como a TV Escola ou o Canal Futura) e sim da programação da televisão aberta,

acessível à imensa maioria dos alunos e que pode ser gravada em vídeo para ser reproduzida na sala de

aula. Estamos falando dos filmes dos acervos das videotecas existentes e de outros materiais disponíveis

em vídeo, como produções dos próprios alunos, por exemplo. O uso da televisão como instrumento

educativo tem muitas possibilidades e muitos limites. Na análise crítica dos meios, professores e alunos

podem construir juntos referenciais de observação da programação veiculada, bem como roteiros para

conhecer como ocorrem a produção, transmissão e a recepção do que se vê na tevê, integrando todas as

áreas do conhecimento.

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Ao professor cabe formar cidadãos que usem a tecnologia para diminuir a distância entre o

homem-cidadão e o homem desrespeitado na sua condição humana. Esta é a condição fundamental para

que a tecnologia cumpra seu papel.

BIBLIOTECA ESCOLAR

A Biblioteca constitui-se como espaço pedagógico que favorece o desenvolvimento dos

estudos e da pesquisas, a biblioteca torna-se um local potencialmente apropriado para que aconteça uma

aprendizagem significativa, lugar onde se produz conhecimento e enriquece-se o que foi aprendido na sala

de aula. Esse importante papel pode ser enriquecido se a Biblioteca ocupar um espaço importante na

dinâmica da Escola, com atualização constante através da aquisição de novos materiais, a incorporação de

novas tecnologias e a informatização de todos seu acervo, fatores que contribuem para a fluidez das

informações.

É importante que o profissional designado para o atendimento à biblioteca possua qualificação

para tal e desenvolva rotineiramente projetos que estimulem a leitura e a pesquisa.

LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS BIOLOGIA E QUÍMICA

Ao considerar os conhecimentos construídos pelos alunos fora da escola, sejam anteriores à

vida escolar ou em construção concomitante a ela, identificando-os e integrando-os ao trabalho escolar, a

Escola valoriza as aprendizagens realizadas em qualquer ambiente, tempo ou situação, significando a

ampliação do quadro de referência de cada aluno, articulando o senso comum do conhecimento

reconhecido em sua cultura e espaço social e, ao valorizá-lo contextualizando com o conhecimento melhor

elaborado, articula o senso comum com o conhecimento científico, construindo novos saberes.

O Laboratório, portanto, torna-se o local apropriado para que se confrontem esses saberes,

onde a validade dos conceitos tidos como prontos e acabados possam ser refletidos, experimentados e

ressignificados. O educando detentor de conceitos estabelecidos, noções por vezes validadas apenas pela

tradição de seu meio, podem confronta-los com o conhecimento científico produzido ao longo da história da

humanidade.

Nosso laboratório vem cumprindo este papel, não apenas nas aulas de biologia e química, mas

onde o componente curricular o faça necessário. Nele são realizadas atividades variadas e integradoras

que desafiam a imaginação e curiosidade dos nossos educandos.

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

O Laboratório de Informática é um espaço pedagógico para o uso dos professores, alunos e

funcionários, com regulamento próprio, que tem por finalidade auxiliar na compreensão dos conteúdos

trabalhados nas diversas disciplinas do Ensino Fundamental, Médio e EJA, como alternativa pedagógica

diferenciada que auxilia na motivação dos alunos para a pesquisa e aprendizagem.

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SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, implantou o Programa de Salas de

Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas

pelas crianças que frequentam a 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento

a alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar

as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas

espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares.

A partir de sua criação, a SEED vem promovendo ações e eventos de capacitação aos

professores que atuam nessa modalidade de ensino, bem como aos diretores e às equipes pedagógicas

das escolas, buscando esclarecer a todos quais são os objetivos das Salas de Apoio. Promove também

discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que façam com que os alunos que

ingressam na 5ª série com dificuldade de aprendizagem possam, por meio de atividades diferenciadas e

significativas oferecidas no contraturno, superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas no turno

regular, diminuindo assim a repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública.

De acordo com a Instrução 22/2008, a cada três salas de 5ª série (6º ano), independente do

turno, a escola terá direito a abertura de demanda para uma sala de apoio à aprendizagem de português e

uma de matemática. A sala é aberta no período contrário do ensino regular.

As Salas de Apoio à Aprendizagem são organizadas em grupos de no mínimo 15 alunos,

promovendo o rodízio, ou seja, dispensando os que já superaram as dificuldades e incluindo os alunos com

dificuldade na aprendizagem, encaminhados pelo professor regente através da ficha de encaminhamento.

Conforme a Instrução, as aulas de português e matemática são ministradas em dois dias da semana, sendo

duas aulas de cada disciplina por dia, em dias não consecutivos.

O Colégio possui cinco quintas séries (sextos anos), com alunos apresentando grandes

dificuldades pedagógicas, devido a uma série de fatores como: defasagem idade/série, dificuldade na

aprendizagem, defasagem de conteúdos e problemas de ordem psicológica, social, neurológica, emocional

e familiar. Estes fatores estão relacionados ao fato da escola estar inserida em um bairro onde a maioria

dos alunos são de classe baixa, predominando a desestrutura familiar, desemprego, uso de drogas, etc. O

Colégio que já contava com uma Sala de Apoio à Aprendizagem desde 2008, no ano de 2011, conseguiu a

implantação de mais uma sala, tendo em vista a necessidade de atendimento aos alunos, de maneira a

superar as suas dificuldades.

Durante todo o ano letivo é efetivado um trabalho de acompanhamento individual no que diz

respeito à frequência e ao desenvolvimento de cada aluno participante da SAA, onde os alunos precisam

participar integralmente do Programa, enquanto nele estiverem inseridos. Para que isso ocorra, os

responsáveis sempre são informados quanto à frequência e ao aproveitamento nas aulas, tanto na SAA,

quanto na sala regular. Dessa forma, há uma ação conjunta entre professores, equipe pedagógica e família.

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SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL – TIPO I

DEFINIÇÃO - Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um atendimento educacional

especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam

deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos

funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de Ensino.

OBJETIVO - Apoiar o sistema de ensino, com vistas a complementar a escolarização de alunos com

deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos

funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de ensino.

ALUNADO: Alunos matriculados na rede publica de ensino com: Deficiência intelectual; Deficiência Físico

Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais Específicos.

A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica deve ser organizada com materiais

didáticos de acessibilidade, recursos pedagógicos específicos adaptados, equipamentos tecnológicos e

mobiliários. Entre estes destacam-se os jogos pedagógicos que valorizem os aspectos lúdicos, estimulem a

criatividade, a cooperação, a reciprocidade e promovam o desenvolvimento dos processos cognitivos.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Para que haja a construção, manutenção e um bom funcionamento das relações entre escola,

família e comunidade se faz necessário uma liderança escolar democrática. Essa prática acontece no

colégio, com o compartilhamento da gestão entre todos os segmentos envolvidos de forma que todas

possam vir a participar ativamente do processo ensino-aprendizagem.

É de fundamental importância a participação da comunidade na Escola e que os órgãos

colegiados sejam atuantes para que haja a concretização do plano de ação da Escola e que todo este

processo venha a contribuir para a melhoria do ensino-aprendizagem.

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado e de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo

avaliar o processo de ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a

cada caso.

O Conselho de Classe é mais do que uma reunião pedagógica, é parte do processo de avaliação

desenvolvida pela escola, sendo organizado em três etapas: O Pré-Conselho, enquanto espaço de

diagnóstico junto aos alunos, onde há a reflexão e avaliação sobre a efetivação do processo de ensino-

aprendizagem. Também é feita a avaliação dos diversos setores que compõem a instituição, com o

levantamento de sugestões. O Conselho, onde os professores juntamente com a direção e equipe

pedagógica retomam o Conselho de Classe anterior, fazendo a reflexão sobre o desempenho dos alunos e

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da turma, avaliando o aproveitamento escolar dos mesmos, explanando sobre os procedimentos adotados,

sugerindo encaminhamentos para os alunos e a turma, definindo ações a serem implementadas na prática

pedagógica, como variar a metodologia, os instrumentos de avaliação e outros procedimentos, visando o

enfrentamento das causas e consequências das dificuldades dos alunos em relação ao processo

pedagógico. O Pós Conselho, realizado pela equipe pedagógica com as turmas, onde o resultado do

Conselho de Classe é socializado, informando e repassando as medidas pedagógicas deliberadas ao aluno

ou turma, definindo as atribuições e ações a serem implementadas para a melhoria do processo de ensino-

aprendizagem.

O Conselho de Classe tem ainda por finalidade:

I – Redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar

e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem;

II - emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino aprendizagem, respondendo a

consultas feitas pelo diretor e pela equipe pedagógica;

III - analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e

processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;

IV - propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o respeito à

cultura do educando, integração, relacionamento com os alunos da classe;

V - estabelecer planos de recuperação de alunos, em consonância com o plano curricular do

estabelecimento de ensino;

VI - colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de

alunos transferidos, quando se fizer necessário;

VII - decidir sobre a aprovação ou reprovação de alunos, que após a apuração dos resultados

finais não atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento, levando-se em consideração o desenvolvimento

do aluno até então.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza

deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e

administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,

observando a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional, o Estatuto da

Criança e do Adolescente e o Regimento do Colégio, para cumprimento da função social e específica da

Escola.

A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais das

ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas

desenvolvidas no âmbito escolar.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e tomar decisões

quanto as questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência.

A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações educativas

desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas, propondo alternativas para

melhoria do seu desempenho, garantindo a transparência do processo pedagógico, administrativo e

financeiro.

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O Conselho Escolar deve ter sua ação norteada pelo pressuposto de que a educação é direito

inalienável de todo cidadão, que deve ter o acesso e permanência garantida em escola pública , laica,

gratuita e universal. Deve garantir a qualidade do ensino na escola pública, como forma de promover a

emancipação numa dimensão coletiva em que todos os atores sociais estejam envolvidos. Isso somente

será possível onde houver uma gestão escolar democrática, participativa, legitimando desta forma todas as

decisões.

Por sua característica eminentemente educativa, o Conselho Escolar não tem finalidade e/ou

vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz

respeito diretamente à atividade educativa da escola, prevista nesse Projeto Político Pedagógico. Dada a

esta característica e peculiaridade, também os seus membros não podem receber qualquer tipo de

remuneração, subvenção ou benefício pela participação no mesmo.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação

da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão

máximo da direção do Estabelecimento de Ensino. A comunidade escolar é compreendida como o conjunto

de profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e frequentando

regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos, representantes de segmentos organizados presentes na

comunidade, comprometidos com a educação. Esses representantes tem sua participação legitimada

através de escolha pelos seus pares mediante princípio da democracia, sem os quais o conselho perde sua

finalidade e função político-pedagógico na gestão escolar.

Uma prerrogativa importante do Conselho Escolar é aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de

ensino.

Como órgão colegiado, ele deve contemplar os segmentos sociais organizados comprometidos

com a Escola Pública, assegurando-se que sua representação não ultrapasse aos parâmetros apontados

no que estabelece o Regimento Interno da Escola.

No Regimento Interno também está contido a composição dos membros, partindo da premissa de

que metade do colegiado que compõe o Conselho Escolar seja de membros da comunidade escolar

(professores, equipe pedagógica e funcionários) e metade pelos alunos, pais de alunos e movimentos

sociais organizados, constituindo-se num fórum permanente de debates, de articulação entre os vários

setores da escola, atendendo as necessidades comuns e propondo as necessárias soluções. As reuniões

ordinárias e extraordinárias são previstas no Regimento Interno do Colégio.

A atuação deve respeitar os limites da legislação pertinente e que coadunem com as políticas

educacionais emanadas pela Secretaria de Estado da Educação.

I- analisar e aprovar o Plano Anual do Estabelecimento de Ensino;

II- acompanhar e avaliar o desempenho do Estabelecimento face às diretrizes, prioridades e metas

estabelecidas no Plano Anual;

III- analisar projetos propostos por todas as categorias que compõem a comunidade escolar, no sentido

de avaliar sua necessidade de implantação, e aprovar se for o caso;

IV- apreciar e julgar em grau de recurso os casos dos alunos que forem punidos por infringirem as

normas no estabelecimento de ensino;

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V- apreciar e emitir parecer quanto às reivindicações e consultas da comunidade escolar sobre

questões de seu interesse ou que digam respeito ao cumprimento do regimento escolar;

VI- apreciar e aprovar o plano de aplicação de contas de recursos financeiros;

VII- apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais membros do Conselho Escolar, quando

do não cumprimento das normas estabelecidas neste regimento, encaminhando-os ao órgão

competente;

VIII- supervisionar, juntamente com o diretor, a exploração da cantina comercial, conforme a lei vigente;

IX- aprovar o calendário da unidade escolar e enviar ao Núcleo Regional de Educação para

homologação;

X- deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela Direção pertinentes ao âmbito de ação do

Estabelecimento.

A. P. M. F. – Associação de Pais Mestres e Funcionários.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão destinado a promover o intercâmbio

entre a família do aluno, os professores, a direção do Estabelecimento de Ensino e propor medidas que

visem ao aprimoramento do ensino ministrado e assistência de modo geral aos alunos, devendo para isso:

Trabalhar em conjunto com a direção da escola, buscando uma efetiva identidade de conceitos e

sintonia de propósitos.

Jamais se distanciar da comunidade que representa, organizando a sua atuação a partir dos

interesses e expectativas dessa comunidade, de modo a preparar, em conjunto, o plano de

trabalho ou de metas.

Buscar aproximação e congraçamento entre os associados da APM, convocando-os para reuniões

festivas, culturais, esportivas, de lazer e de trabalho.

Atuar através de seus associados junto à comunidade em geral, buscando o interesse e a

colaboração de todos para a consecução das metas básicas da escola.

Na execução do plano de trabalho da associação, prestar contas à comunidade, constantemente ,

não só dos recursos aplicados, mas do alcance das metas propostas, convocando todos para

constatar o que foi realizado ou decidir sobre ajustes na execução.

Orientar de maneira criteriosa o processo eleitoral da Diretoria e Conselho Fiscal, buscando o

concurso de boas lideranças e conduzindo-o na total observância das normas estatutárias da

associação.

Manter um canal de comunicação com a Secretaria da Educação, atualizando os dados da entidade

(diretoria atual, com nome, profissão e endereço dos componentes, início e término do mandato)

e encaminhando o relato das experiências realizadas.

Não reduzir a atuação da APM à promoção de festas, campanhas e outras ações destinadas a

angariar recursos e suprir necessidade da escola. Ter sempre presente o aspecto mais legítimo da

existência da associação: sua capacidade de opinar, decidir e colaborar no aprimoramento do

ensino na escola pública.

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GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e

que tem fins cívicos, educacionais, desportivos e sociais.

O Grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando nele, os

estudantes defendem seus direitos e interesses, e aprende ética e a cidadania na prática.

Toda representação estudantil deve ser estimulada, pois ela aponta um caminho para a

democratização da escola. Por isso, o Grêmio em nossa escola é estimulado pelos gestores da Escola,

tendo em vista que ele é o apoio à Direção, concretizando-se assim uma gestão colegiada.

O Grêmio representa um importante papel na formação e no desenvolvimento educacional,

cultural e esportivo da nossa juventude, organizando debates, apresentações, festivais, torneios esportivos,

jornais e se envolvendo em assuntos de interesse dos alunos e da comunidade escolar.

As atividades do Grêmio Estudantil representam para muitos jovens os primeiros passos na

vida social, cultural e política. Assim, o Grêmio contribui decisivamente para a formação e o enriquecimento

educacional de nossa juventude.

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4 - ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO

Investir em atividades artísticas, culturais e esportivas, com a contribuição de diferentes áreas

do conhecimento, é uma forma criativa de combinar aprendizagem e prazer. Assim como medida para

diminuir a evasão e a reprovação, combater a indisciplina, a violência, o uso indevido de drogas e motivar

os alunos para a aprendizagem, a escola desenvolve Atividades Integradoras do Currículo como:

PROGRAMA PDE ESCOLA - MEC.

O Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE Escola, é um Programa do MEC, em parceria

com a SEED, destinado a escolas públicas que apresentaram IDEB abaixo da média. Este Programa

oferece assistência técnica e financeira visando a melhoria da qualidade de ensino e da aprendizagem.

A metodologia de planejamento do PDE Escola desenvolve-se em três etapas:

Diagnóstico da Escola;

Síntese do Diagnóstico da Escola;

Plano de Ação da Escola.

O Plano deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar, que após aprovada

pela Secretaria, é enviado para validação do MEC, que solicita para o FNDE o pagamento dos recursos.

Cabe à escola e SEED executarem, monitorarem e avaliarem o plano.

O Colégio Ivone Soares Castanharo, em 2009, aderiu ao Programa de Desenvolvimento da

Escola (PDE Escola), recebendo recursos financeiros com o objetivo de superação dos índices de evasão e

repetência e do baixo desempenho escolar, contribuindo para a manutenção e melhoria da infraestrutura

física e pedagógica da instituição de ensino e consequentemente para a elevação da qualidade de ensino.

Com a meta de diminuir sensivelmente a repetência e a evasão do Estabelecimento de Ensino,

os recursos do PDE vêm sendo aplicados na aquisição de diversos materiais permanentes, material de

consumo e sua manutenção. Como ações, podemos citar: a contratação de profissionais e aquisição de

material esportivo para funcionamento de “Escolinhas” de Futsal e Vôlei, assinatura de periódicos, aquisição

de Datashow e Notebook, elaboração de jornal (trimestral), aquisição de aparelho de ar condicionado,

construção de mural no pátio da escola, aquisição de livros para implementação da biblioteca e outros.

A Escola também aderiu a Programas como Mais Educação e FECOMÉRCIO e realiza outras

ações visando diminuir a evasão e a repetência escolar.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO -

Produção de Hortaliças e Plantas Medicinais.

MACROCAMPO Meio Ambiente

TURNO No contraturno, período da tarde

CONTEÚDO

Produção de hortaliças e plantas medicinais, com alunos das 8ª séries, turmas C e D, nas dependências do colégio, visando o desenvolvimento de pesquisa, habilidade e conhecimento quanto ao cultivo de hortaliças e plantas medicinais.

OBJETIVO

Objetivo Geral: Este projeto tem como objetivo desenvolver interesses e habilidades do educando, na investigação do cultivo de hortaliças em geral, plantas medicinais e suas importâncias nutricionais na merenda escolar, bem como despertar a consciência ecológica do cultivo orgânico. Objetivos Específicos: Fazer com que o educando identifique a importância do consumo alimentar de hortaliças em sua alimentação diária; Estimular a pesquisa sobre nutrientes das hortaliças e plantas medicinais; Fazer análise reflexiva sobre prejuízos dos desperdícios alimentares; Desenvolver no educando o espírito de trabalho em equipe; Delegar responsabilidade de diferentes tarefas; Desenvolver o interesse do educando pelo consumo de plantas orgânicas; Fazer com que o educando diferencie as hortaliças de plantas medicinais; Identificar a composição de solo; Verificar as necessidades orgânicas e de adubação do solo; Preparar o terreno para os canteiros; Fazer adubação com adubo orgânico; Selecionar as sementeiras de acordo com a época de plantio anual; Fazer as semeaduras; Demonstrar a importância de contribuir com os alimentos produzidos dentro da área escolar para a merenda; Auxiliar no processo de planejamento de atividades educativas; Estruturar um serviço especializado de apoio sistematizado; Desenvolver um trabalho de acompanhamento com participação dos pais; Fornecer subsídios necessários para que o aluno coloque em prática suas tentativas de aprendizagem, ajudando-o na construção dos saberes e habilidades sem fracassar.

ENCAMINHAMENTO

METODOLÓGICO

Os alunos realizarão visita para conhecer as dependências do Colégio Agrícola de Campo Mourão, a horta do Colégio Estadual de Campo Mourão e Campus do Colégio Integrado, onde serão observadas as culturas ali existentes, as formas de preparação do solo, adubação, plantio, tratamento e colheita das hortaliças e plantas medicinais. Na sequência, realizarão pesquisa sobre o plantio e cultivo, cuidados e adequação do solo, importância da ingestão de hortaliças na alimentação diária e uso de plantas medicinais. Com a coordenação da professora, os alunos farão o preparo dos canteiros, a adubação com adubo orgânico, a seleção das sementes e mudas, o plantio e o acompanhamento da produção. O Projeto será desenvolvido no contraturno, com a carga horária de no mínimo quatro horas semanais, com aproximadamente 60 alunos das 8ª séries C e D, fazendo um revezamento em equipes de seis alunos. A produção das hortaliças será utilizada para incrementar a merenda servida no colégio e as plantas medicinais servirão para atender as necessidades dos alunos.

AVALIAÇÃO

A avaliação do projeto será diagnóstica, sendo feita desde o início com acompanhamento da professora Aida. Sendo assim, podem-se identificar problemas que poderão ocorrer durante a execução das tarefas propostas. Espera-se com o desenvolvimento do projeto, a ampliação de conhecimento para os alunos e envolvimento com a comunidade; para a escola a contribuição de melhorias na aprendizagem, envolvendo pesquisa e aplicação da prática do trabalho educativo

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em equipe.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO Estimular a pesquisa sobre os nutrientes das hortaliças e plantas medicinais; Propiciar ao educando a aprendizagem sobre a importância do consumo de plantas orgânicas em sua alimentação diária e também aprender a diferença entre hortaliças e plantas medicinais; Desenvolvimento do espírito de trabalho em grupo; Delegar responsabilidade de diferentes tarefas; Identificar a composição do solo, verificando as suas necessidades orgânicas e de adubação; Aprender a forma adequada de preparo dos canteiros, de acordo com técnicas; Aprender a selecionar as sementeiras de acordo com a época de plantio anual; Motivar o aluno para o aprendizado, evitando assim a evasão e repetência; Fornecer subsídios necessários para que o aluno coloque em prática suas tentativas de aprendizagem, ajudando-o na construção dos saberes e habilidades sem fracassar. PARA A ESCOLA Contribuição com os alimentos orgânicos produzidos dentro da área escolar para a merenda; Auxiliar no processo de planejamento de atividades educativas; Aproveitamento de parte da área do colégio para o desenvolvimento da produção e cultivo de hortaliças e plantas medicinais; Contribuição com a elaboração de um projeto social. PARA A COMUNIDADE Incentivo aos alunos advindos da comunidade, para buscar formas diferenciadas para se obter uma alimentação mais saudável; Orientação para alunos advindos da comunidade, formando uma cultura de valorização dos espaços (como o fundo do quintal de suas casas) e o cultivo de plantas medicinais e hortaliças; Contribuir para a comunidade no sentido de desenvolver um projeto social; Desenvolvimento de um trabalho de acompanhamento com a participação dos pais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGENDA 21 FEITA POR CRIANÇAS JOVENS DE MAIS DE 100 PAISES . Missão Terra, O Resgate do Planeta. Ed. Melhoramentos, 1994. ALMANAQUE ABRIL. Ed. Abril, 1983, 1987, 1997. ATLAS VISUAIS, Zero Hora. Plantas e a Terra. Ed. Ática, 1995. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: ciências. Brasília: MEC, SEF, 2001. v.4. il. Inclui bibliografia CIÊNCIAS HOJE das crianças, n º 50 COLEÇÃO SOS PLANETA TERRA. Ed. Melhoramentos, 1992, 94, 95, 96. COMO A CIÊNCIA FUNCIONA. Ed. Globo, 1994. COMO A NATUREZA FUNCIONA. Ed. Globo, 1994. GLOBO CIÊNCIA, n º 14. Ed. Globo, 1992 GLOBO CIÊNCIA, n º 18 e 20. Ed. Globo, 1993. LOPES, Plínio Carvalho. O Ecossistema, A Espécie Humana. Ed. Saraiva, 1993. LOPES, Plínio Carvalho. O Ecossistema, Ambiente Físico. Ed. Saraiva, 1992. MUNDO INORGÂNICO, O. infinitamente grande, o infinitamente pequeno. Ed. Van Grei, 1971. MUNDO VIVENTE, O. A vida, as plantas. Ed. Van Grei, 1971. PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Ciências, 2008. STAIFEL, Ronald. Ciências e Saúde, Influência do Homem no Ambiente. Ed. FTD, 1979. WILSON, E. O. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

http://www.sementesfeltrin.com.br/produtos-linha-hortalicas

PARECER DO NRE

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PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO -

- PROJETO MÚSICA NA ESCOLA – 2016 -

FANFARRA

PROF. JORGE CARLOS SIQUEIRA

JUSTIFICATIVAS:

- Estimular o interesse dos alunos pela música; contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento das técnicas

musicais do indivíduo e do conjunto; a fanfarra é um dos melhores meios de integrar crianças, jovens e

adolescentes através da música. Além do baixo custo do instrumental, a fanfarra é uma opção excelente de

convívio, educação e lazer, onde os participantes executam um trabalho em equipe, com disciplina.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

- Com este projeto, contribuiremos para que o aluno esteja envolvido com atividades em contra turno evitando

o contato do mesmo em situações de risco como uso de drogas e criminalidade, ao tempo que desenvolva e

aprimore suas técnicas musicais, sendo também a Fanfarra um dos melhores meios de integração do aluno com

a sociedade.

OBJETIVO(OS):

Objetivos Geral:

- Oferecer oportunidade para alunos das Escolas Estaduais terem contato com a música de forma agradável e

recreativa.

Objetivos Específicos:

- Contribuir para o aproveitamento do tempo (contra turno) em atividade saudável, evitando o contato com

drogas e situação de risco.

-Promover o entrosamento entre Fanfarras e Bandas dos colégios e região.

- Resgatar os sentimentos cívicos de ordem, o senso artístico e cultural e tornar mais humano o relacionamento

dos integrantes das fanfarras e de nossa região.

- Divulgar e representar a entidade nos eventos escolares, a que for convidado.

- Estreitar os laços de amizades entre as escolas, estudantes e entidades.

- Estimular a competição sadia.

- Contribuir para o desenvolvimento do espírito de responsabilidade, respeito individual e comunitário.

AVALIAÇÃO:

- De acordo com a LDB (nº 9394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

- Na Del. 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Cap. I, art. 8º) a avaliação almeja o “desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.

- Quando a avaliação está centrada no conhecimento, gera critérios que dialogam com os limites do gosto e das afinidades, uma vez que o conhecimento permite objetivar o objetivo.

- A avaliação em música não deve ser um mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagem socialmente significativa para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua própria produção. Assim sendo, considerara o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.

- A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações / produções.

- Avaliar exige que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam critérios para em seguida aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem.

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5. REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES

A Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes visa fortalecer o

Sistema de Garantia de Direitos, da qual a Educação faz parte. Consiste na integração, em sintonia com a

sociedade civil e por meio da intersetorialidade, das políticas públicas na área da educação, saúde,

segurança e assistência social, atendimento jurídico, entre outras. Baseado num trabalho planejado, dentro

de princípios como a horizontalidade, o diálogo, o comprometimento, visa dinamizar a garantia de direitos,

assim como possibilita o reconhecimento de que o fenômeno da violência é multifacetado e que seu

enfrentamento envolve uma ação articulada e integrada.

É necessário considerar o fenômeno da violência a partir de uma perspectiva histórica, social e

política. Compreende-se a violência na escola como um processo que se constitui historicamente no espaço

e no tempo escolar. A violência na escola torna-se preocupante enquanto espaço institucionalizado de

desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo este um processo de socialização, de desenvolvimento

intelectual, científico e filosófico do indivíduo.

O enfrentamento à violência visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica

sobre a violência e assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar de força.

Para tanto, a escola procura desenvolver ações para este fim, investindo em atividades artísticas, culturais e

esportivas, com a contribuição de diferentes áreas do conhecimento, como forma criativa de combinar a

aprendizagem e o prazer. A escola também conta com as Instâncias Colegiadas como o Grêmio Estudantil,

APMF e Conselho Escolar, onde há a participação de membros de todos os segmentos da comunidade

escolar, desta forma, a escola não só os envolve em projetos interdisciplinares e ações positivas, como os

convida a participar da resolução de problemas vivenciados dentro da escola.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

As Equipes Multidisciplinares foram criadas com o intuito de orientar e auxiliar o

desenvolvimento, no espaço escolar e nos Núcleos Regionais de Educação, de ações relativas à Educação

das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Historicamente a população negra no Brasil foi colocada à margem da sociedade. Esta

marginalidade foi sustentada por teorias racistas elaboradas no século XIX com o objetivo de forjar o

discurso de superioridade racial. Tal discurso perpassa a história do Brasil, imprimindo relações desiguais

entre as condições de direitos da população branca e da população negra. Neste sentido faz-se necessário

buscar alternativas políticas e sociais de superação destas desigualdades. O processo de implantação da

Lei 10.639/2003 e outros dispositivos legais tornam obrigatório o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira

e Africana, como conteúdos a serem incluídos em todas as disciplinas do currículo escolar, bem como,

discussões pertinentes à Educação das Relações Étnico Raciais.

Preconiza-se, desta forma, a educação voltada a essas relações, pois mesmo sendo a

sociedade brasileira pluriétnica, a população negra tem sido historicamente alvo de racismo e de

mecanismos de exclusão social.

A atuação da Equipe Multidisciplinar tem se verificado no desenvolvimento de ações como:

leitura, pesquisa, debates e reflexões, onde são utilizados textos, vídeos, filmes, livros e outras referências

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que possam contribuir para a eliminação de todas as formas de preconceito e discriminação racial. Também

procura desenvolver o olhar para identificar as práticas excludentes que se dão dentro do espaço escolar e

da sociedade e a partir desta percepção, propor e efetivar ações de enfrentamento a essas práticas.

As Equipes Multidisciplinares seguem a legislação referente à obrigatoriedade do ensino de

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena em todos os níveis de ensino.

Na Deliberação nº 04/06, no seu artigo 2º, estabelece que “O Projeto Político Pedagógico das

instituições de ensino deverá garantir a organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz

curricular contemple, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática,

multicultural e pluriétnica”.

Na Resolução nº 3399/2010 – GS/SEED, diz que “As Equipes Multidisciplinares são instâncias

de organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas

por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com

a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-

Raciais (ERER) e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo do período

letivo”.

A Instrução nº 010/2010 – SUED/SEED, diz que “as Equipes Multidisciplinares devem elaborar

e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações do DEDI/SUED,

com conteúdos e metodologias, sobre a ERER eu Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e

Indígena, que deverá ser incorporado no Projeto Político Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar.

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação está amparado pela Resolução 1690/2011 e Instrução Normativa

nº 004/2011 SUED/SEED.

De acordo com o Decreto Presidencial 7083 de 27 de janeiro de 2010, o Programa Mais

Educação tem por finalidade contribuir para a melhora da aprendizagem por meio da ampliação do tempo

de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública, mediante a oferta de

educação básica em tempo integral.

O Programa Mais Educação (Portaria Interministerial nº 17/2007) é uma iniciativa do Governo

Federal que tem como prioridade contribuir para a formação integral dos educandos, articulando a partir do

projeto escolar, diferentes ações, projetos, programas nos estados, Distrito Federal e municípios. Fazem

parte deste Programa os Ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Ciências

e Tecnologia, Esporte, Meio Ambiente, Cultura e a Secretaria Nacional da Juventude.

O Programa Mais Educação visa atender alunos com necessidades socioeducacionais e que

se encontram em situação de vulnerabilidade social e cultural levando em conta os seguintes critérios:

a ) Alunos que apresentam defasagem idade/série em virtude de dificuldades de

aprendizagem;

b ) Alunos de séries onde são detectados maiores índices de evasão e/ou repetência;

c ) Alunos que desempenham papel de liderança em relação aos seus colegas.

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Como a Escola está situada em um bairro que apresenta baixo IHD, alto índice de evasão,

estudantes em situações de risco e grande número de estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família,

a Escola foi inserida no Programa e após discutir com a comunidade escolar a proposta pedagógica a ser

desenvolvida, considerando a necessidade socioeducativa e cultural dos alunos, bem como a infraestrutura

da escola, foram selecionadas as seguintes atividades:

a ) No Macrocampo Esporte e Lazer: Judô.

b ) No Macrocampo Cultura e Artes: a Banda Fanfarra, Danças e Grafite.

c) No Macrocampo Acompanhamento Pedagógico: o Letramento, para o Ensino Fundamental.

d ) No Macrocampo Comunicação e Uso de Mídias: Rádio Escola.

As atividades iniciaram em agosto de 2011, com as turmas sendo organizadas no turno e

horário de funcionamento, no período contrário em que os alunos estão matriculados, de segunda a sexta-

feira, com mínimo de 7 (sete) horas diárias. Foram selecionados para participar do programa 100 alunos do

Ensino Fundamental – Anos Finais, onde todos os alunos participam de todas as atividades ofertadas. As

atividades são desenvolvidas por professores da rede Estadual de Educação e monitores preferencialmente

acadêmicos de cursos de graduação, de curso de formação de professores ou pessoas da comunidade que

possuam habilidade para tal atividade. O Programa tem a finalidade de oferecer atividades no contraturno

escolar, contribuindo para a redução da evasão, da reprovação, da distorção idade/série, mediante a

implementação de ações pedagógicas para a melhoria de condições para o rendimento e aproveitamento

escolar. Visa prevenir e combater o trabalho infantil, a exploração sexual e outras formas de violência;

promover a formação da sensibilidade, da percepção e da expressão; estimular práticas esportivas,

educacionais e de lazer; promover a aproximação entre a escola e a comunidade, favorecendo o processo

de desenvolvimento humano, da cidadania e da solidariedade.

ATIVIDADES DO SISTEMA FECOMÉRCIO – PARANÁ

É uma proposta de ação conjunta SESC, SENAC, para o desenvolvimento de ações para o

contraturno escolar, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Paraná.

O Programa foi implantado em 2008, em cumprimento ao Decreto nº 6632, com os seguintes

objetivos:

- Necessidade de apoiar na melhoria da qualidade da educação pública do Estado do Paraná;

- Melhorar o rendimento escolar dos alunos da rede pública;

- Diminuir o índice de evasão do ensino público no ensino médio;

- Preenchimento do tempo ocioso dos alunos com atividade em contraturno;

- Oferta de ações no contraturno visando o desenvolvimento social e profissional dos

participantes.

Em 2011, a Escola foi indicada para o desenvolvimento do Programa visando atuar para

minimizar e prevenir as situações de violência, procurando a melhoria da capacidade interpretativa de

mundo dos alunos, através da ênfase nas duas principais disciplinas do currículo: Língua Portuguesa e

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Matemática – com o foco: Letramento e Raciocínio Lógico, além da oferta de ações nas temáticas: Oratória,

Comunicação Escrita e Informação Profissional.

A participação da escola no Programa Atividades do Contraturno (Fecomércio), tem como base o

interesse em atuar no resgate de significados e no reforço das identidades culturais, possibilitando o acesso

a novas linguagens e a melhoria do nível de aprendizado, despertando o senso crítico, o interesse

profissional, além de promover a integração com a comunidade escolar, visando a transformação e a

melhoria da realidade.

CELEM – Centro de Línguas Estrangeira Moderna.

Em cumprimento ao contido na Lei Federal nº 11.161/2005, que dispõe sobre a obrigatoriedade

da oferta do ensino de Língua Espanhola, pelos Estabelecimentos de Ensino, foi autorizado a implantação

do Centro de Língua Estrangeira Moderna – CELEM em nosso colégio, a partir do ano letivo de 2010,

porém, efetivamente, o início das aulas de Espanhol só aconteceu no início do ano letivo de 2011.

A SEED, através da Resolução nº 3904/2008 regulamentou o CELEM, no Estado do Paraná,

cujo ensino plurilíngue e gratuito nas escolas públicas é indicado para alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental, do Ensino Médio, da Educação de Jovens e Adultos, professores, funcionários da rede

estadual, bem como a comunidade. Os professores que atuam no CELEM pertencem à rede estadual e sua

prática pedagógica está pautada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Língua Estrangeira

Moderna do Estado do Paraná e recebem formação continuada, bem como material de apoio para uso dos

cursos. Os resultados dos estudos realizados pelo aluno do CELEM, são registrados no seu histórico

escolar, no campo Estudos Complementares.

O CELEM – Língua Espanhola possui a carga horária semanal de 4 horas / aulas, distribuídas

em dois dias, com duração total de dois anos e carga horária anual de 160 horas / aula, perfazendo um total

de 320 horas / aula. Sendo que é obrigatório ao aluno do CELEM, a frequência mínima de 75% do total da

carga horária do período letivo e exigido média final mínima de 6,0 (seis vírgula zero) para fins de

promoção.

O objetivo da aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol é o desenvolvimento

do ser humano, quanto a compreensão de valores sociais e aquisição de conhecimento sobre outras

culturas, contribuindo para o aperfeiçoamento cultural e profissional dos alunos envolvidos.

Para a escola, a oferta do CELEM – Língua Espanhola oportunizou aos alunos, escola e

comunidade um recurso a mais para o desenvolvimento do aluno, motivando-o para aprendizado,

contribuindo desta forma, como medida preventiva contra a evasão e repetência escolar.

AGENDA 21 ESCOLAR

Meio Ambiente. A principal função do trabalho com o tema meio ambiente é contribuir para a formação de

cidadãos conscientes , aptos a decidir e a atuar na realidade sócio-ambiental de modo comprometido com a

vida , com o bem estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso, é necessário que , mais do

que informações e conceitos a escola se proponha a trabalhar com atitudes com formação de valores, com

o ensino e a aprendizagem de atitudes e procedimentos. Esse é um grande desafio para a educação.

Page 91: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Identificação da Instituição ... - Gincana Recreativa e Cultural ... - Parodiando com a Tabuada

Eixos norteadores para construção da Agenda 21 Escolar:

1) Recursos da Educação

- Compromisso

- Direitos e Deveres ( cidadania)

- Educação para os valores ambientais.

-

2) Estudos dos recursos naturais e resíduos sólidos

- Gestão de recursos hídricos

- Impactos ambientais causados pela ação humana

- Esgotamento sanitário dentro do contexto da bacia hidrográfica

- Lixo (separação e reciclagem)

-

3) Desenvolvimento Social

- Educação para a saúde

- Padrões de produção e consumo

- Índice de desenvolvimento da população

- Empregabilidade

- Segurança pública

- Sustentabilidade

- Atividade de recreação

EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal é um programa escolar que tem por objetivo principal o desenvolvimento de

valores e atitudes necessárias ao exercício da cidadania. Fundamenta-se na conscientização dos alunos e

comunidade acerca da estrutura e o funcionamento da administração pública; a aplicação dos recursos

públicos; as estratégias e os meios para o exercício do controle democrático.

Na prática, estes conteúdos são trabalhados de forma interdisciplinar, visando a formação de

hábitos e atitudes, estimulando os alunos a participarem de movimentos sociais que buscam uma vida mais

justa e solidária para o resgate da dignidade humana.

PROJETO 100% CULTURA

O Projeto 100% Cultura faz parte do PPP e do Plano de Ações e Metas estabelecido

coletivamente pelos trabalhadores em educação, tendo como foco o desenvolvimento de atividades dos

conteúdos trabalhados em sala de aula na disciplina do professor, privilegiando o enfoque da

interdisciplinaridade. O tema do trabalho é escolhido entre professores e alunos e desenvolvido durante o

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ano letivo, culminando na apresentação dos trabalhos realizados por todas as turmas dos três períodos do

colégio em data pré-estabelecida.

O objetivo deste projeto é capacitar os alunos para a busca do equilíbrio pessoal, buscando o

desenvolvimento de habilidades necessárias ao engajamento na vida social e produtiva com

responsabilidade, dedicação e espírito de cooperação. Visa ainda, desenvolver no aluno a criatividade, a

criticidade, a participação, envolvendo-os em uma produção que engloba pesquisa e prática.

O desenvolvimento do Projeto 100% Cultura envolve todos os alunos, os funcionários e

professores da escola, os pais, a equipe pedagógica, a direção e comunidade local.

Nos anos de 2009 e 2011, o Colégio contou com a parceria da Faculdade Integrado, uma

Integração Escola e Comunidade, com a participação dos alunos e professores que contribuíram realizando

ações como oficinas, cursos, orientações prestando serviços na área social e da saúde.

PROJETO SOLETRANDO

Este projeto foi uma iniciativa da professora Janislei Arlete Dala Rosa Silva e é realizado pelos

professores(as) de Língua Portuguesa das quintas séries (sextos anos) do período da tarde, com o objetivo

de desenvolver a competência linguística dos alunos, para que busquem o aprimoramento de suas

capacidades de refletir, explorar e despertar o interesse pela Língua Portuguesa, tanto na escrita quanto na

leitura, aumentando assim o vocabulário dos alunos.

A proposta para a realização do presente projeto surgiu a partir da observação da dificuldade

apresentada pelos alunos, com relação à escrita e acentuação dos vocábulos. Desta maneira, este tem

como justificativa a valorização da ortografia dentro da língua portuguesa, além da ampliação dos

conhecimentos dos alunos.

A metodologia adotada inclui a pesquisa em livros, dicionários e textos, observando a escrita

correta de cada palavra. É feito eliminatória, classificando um aluno de cada turma, que num segundo

momento competirão entre eles e o que melhor soletrar, será o campeão da sua série. A etapa final é

realizada com a participação de todos os alunos das turmas envolvidas.

FESTIVAL DE TALENTOS

O Festival de Talentos tem como objetivo proporcionar o desenvolvimento da autoestima, da

criatividade, da expressão verbal e corporal do aluno, motivando-o para sua integração na escola, dando

oportunidade para que este mostre seu talento e/ou habilidades na área artística e cultural. Visa também

promover a interdisciplinaridade, a socialização, a aprendizagem e a mudança de atitudes, contribuindo

para a formação do cidadão pleno.

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GINCANA RECREATIVA E CULTURAL

A Gincana Recreativa e Cultural conta com a participação de todas as turmas do período da

manhã e tarde, ou seja, de 6º ao 9º ano e Ensino Médio. Tem por objetivo principal a prática sadia do

esporte e do lazer, a exploração da capacidade artística e intelectual do educando e um maior

entrosamento entre os educandos e comunidade escolar. Contribuindo para o desenvolvimento dos

aspectos intelectual, social e físico, de forma saudável e equilibrada, oferecendo atividades diferenciadas e

descontraídas no ambiente escolar.

Na Gincana, os alunos são motivados a realizar tarefas, envolvendo:

Declamação de poesia;

Apresentação de danças e coreografias;

Atividades recreativas;

Provas de conhecimento e

Provas de habilidade físico-motoras.

JOGOS INTERCLASSSES

São realizados em várias oportunidades durante o ano letivo, envolvendo a participação dos alunos

na arbitragem, nas competições e na torcida. O objetivo é a integração, socialização e prática do esporte,

contribuindo para o desenvolvimento integral do educando.

PARODIANDO COM A TABUADA

Parodiando com a Tabuada é uma atividade prevista para os 5ª, 6ª e 7ª séries (sextos, sétimos

e oitavos anos) do Ensino Fundamental, do período da tarde, onde as turmas envolvidas são convidadas a

participar de uma competição com premiação e os alunos são motivados a escolherem uma música de

acordo com o interesse destes, para fazer uma paródia com a tabuada. Numa primeira eliminatória, as

apresentações são feitas em sala, onde os alunos escolhem as duas melhores para serem apresentadas

em outra data, com a participação de todas as outras turmas. A apresentação pode ser individual ou em

grupo.

Esta atividade tem como objetivo desenvolver o interesse em aprender a tabuada, de maneira

lúdica e criativa, fortalecendo sua capacidade de raciocínio lógico matemático e tomada de decisões em

equipes, através da música e os desafios que ela viabiliza, possibilita também a socialização e integração

do aluno ao grupo, melhorando sua autoconfiança na medida que enfrenta desafios.

FESTIVAL DE DANÇA

A dança na escola, tem um papel fundamental enquanto atividade pedagógica, despertando no

aluno uma relação concreta sujeito-mundo.

O objetivo da realização do Festival de Dança é que o aluno evolua quanto ao domínio do seu

corpo, desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de movimentação descobrindo novos espaços,

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novas formas, superando suas limitações e condições para enfrentar novos desafios, quanto aos aspectos

motor, social, afetivo e cognitivo.

A variedade de atividades que a dança nos possibilita, deverá permitir a máxima integração

com os processos de ensino aprendizagem, a fim de atender os objetivos gerais propostos, criando

oportunidades para o aluno se expressar, se mover, ser criativo, espontâneo e conviver com os colegas e

com ele mesmo.

O Festival de Dança envolve todos os alunos do período da manhã e tarde do colégio,

portanto, Ensino Fundamental - Anos Finais e Ensino Médio, onde as turmas são incentivadas a

participarem, com a apresentação de uma dança numa data pré-determinada, contando com a colaboração

dos professores, equipe pedagógica, funcionários e direção, para a organização do evento.

FESTA JUNINA

A Festa Junina é realizada todos os anos, envolvendo toda a comunidade escolar, nos três

turnos.

A festa conta com apresentações de danças típicas e dublagens pelos alunos, a quadrilha dos

professores, premiações para casais vestidos de caipira, eleição de sinhozinho e sinhazinha, comidas e

bebidas típicas. A Festa Junina tem por objetivo oferecer no espaço escolar, momentos de descontração,

contribuindo para a sua autovalorização, a socialização e integração do grupo.

GAROTA (O) CIC

O Concurso Garota(o) CIC é realizado todos os anos, envolvendo os três turnos do colégio, sendo

desenvolvido em duas etapas: de início, as alunas e alunos interessados em participar do concurso fazem a

sua inscrição (independente da idade). Há o concurso onde são avaliados e selecionados os 10 melhores

candidatos e posteriormente é feito outro concurso onde há o desfile e entrevista com os alunos(as)

classificados, sendo escolhido o Garoto e Garota CIC do ano, por uma comissão de jurados com membros

da comunidade escolar e da sociedade.

O objetivo é desenvolver no aluno a valorização da escola como ambiente cultural, artístico e social,

despertando o sentimento de identificação e integração, além de propiciar momentos de descontração.

PROJETO BULLYING – GALERA DA PAZ

O bullying é um fenômeno, e é assim chamado por ser um fato mundial, presente em todos os

lugares, principalmente, nas escolas. Bullying, palavra inglesa sem tradução para o Português, significa

chutar, gozar, caçoar, brigar, golpear, insultar, criticar, ameaçar, intimidar, chantagear, humilhar e etc. No

bullying, atos violentos são cometidos sem nenhuma base argumentativa ou justificativa, o único motivo,

normalmente, é o desequilíbrio de relações e a existência da “diferença” de um em relação ao grupo.

Existem três elementos envolvidos na realização do bullying: a Vítima, a Testemunha e o

Agressor. A vítima é aquele indivíduo que, por ser diferente, sofre agressões; A testemunha é um elemento

que não interfere muito na prática do bullying, ou seja, tendo ou não é realizado. São ou é aquela(s)

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pessoa(s) que observam as vezes não contribuindo no combate contra; O agressor é o mais importante

elemento, é aquele responsável pela agressão, é aquele “selvagem” que define quem será o alvo ( vítima),

quem será agredido. Se é bullying direto, o agressor, geralmente, é do sexo masculino dotado por muita

força. Já o Bullying indireto, é, normalmente, cometido pelo sexo feminino dotado de um gênio muito forte e

espírito de liderança em excesso. Para melhor entendimento, bullying direto é aquele que possui contato

físico em sua execução como: chutar, golpear, socar e etc. Já o bullying indireto ( o mais realizado) é

caracterizado por violências emocionais: gozar, “zoar”, humilhar, insultar, criticar, ameaçar, intimidar,

chantagear, humilhar e etc.

Para qualquer um desses envolvidos, as consequências futuras serão sempre ruins.

Para o agressor: crescerá tendo uma visão de que tudo se resolve na violência e tende a se

envolver com drogas, tráfico, homicídio e etc.

A testemunha: traumatiza-se com as cenas que presenciou trazendo danos à vida social ou

toma como corretas as agressões, justificando-as como meio de defesa.

A vítima: pode desenvolver medo constante, achando que não serão aceitas pelo grupo, há

queda de auto-estima, danos físicos (feridas, hematomas e etc.) podendo até chegar ao bullycídio (suicídio

decorrente do bullying).

Por todos esses motivos o projeto “Galera da Paz”, de prevenção e combate ao bullying, vem

ocorrendo no Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo há cinco anos. O objetivo principal do

projeto, intitulado até 2010 de Projeto “Diga não ao bullying”, é conscientizar a comunidade escolar sobre o

fenômeno e difundir ações para que a incidência de bullying aconteça com menor frequência na instituição.

Para tanto, há ações direcionadas ao corpo discente e docente, como reuniões quinzenais, feitas em

contraturno, às terças-feiras, das 19 às 20 horas, e palestras, como no dia 14 de setembro de 2011, em que

o grupo “Galera da Paz” instruiu os alunos das turmas de 5ª a 7ª séries (sexto ao oitavo ano), do período

vespertino do colégio.

Desta forma, ações são executadas para que o a teoria se transforme em prática, na constante

defesa dos direitos de igualdade e respeito mútuo entre os alunos.

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O Projeto de Iniciação Científica foi iniciado em 2007, através de entendimentos com a Fecilcam e

Faculdade Integrado, na pessoa dos professores Carlos Nilton Poyer e Ed Carlos Silva. A proposta foi

efetivada no sentido de aproximar a educação superior e básica e propiciar aos alunos da rede pública

oportunidade de aprofundamento de estudos teóricos, desenvolvimento de pesquisas e metodologias

voltadas para a produção científica. Vários professores participam do projeto orientando trabalhos nas mais

variadas áreas de conhecimento. Os alunos produziram pesquisas que foram apresentadas em eventos na

Fecilcam, Faculdade Integrado e Universidade Federal Tecnológica do Paraná. Também tiveram

participação na produção escrita na publicação “Revista Educação Básica – Interdisciplinar e

multidisciplinar”, lançada em 2010, através do NRE de Campo Mourão e Universidade Estadual do Paraná –

Campus de Campo Mourão. Atualmente seis alunos do colégio participam do Programa de Iniciação

Científica Junior da Unespar.

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VII - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A Formação Continuada, entendida como um processo constante de busca e aprimoramento das

práticas educativas, é uma das condições essenciais para a melhoria da educação pública. Este programa

visa o desenvolvimento de ações que privilegiam a formação teórico-metodológica, a reflexão sobre

conceitos que fundamentam a disciplina de ensino, sobre a interdisciplinaridade e a análise crítica e

produtiva da atividade docente, de modo a possibilitar mudanças efetivas na prática educacional.

A Formação Continuada é um direito de todos os profissionais, uma vez que não só possibilita a

progressão funcional baseada na titulação, mas também propicia fundamentalmente o desenvolvimento

profissional dos professores contribuindo na qualificação e competência para a prática pedagógica.

1. CURSO PLATAFORMA FREIRE (PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES)

Destinado a professores em exercício das escolas públicas estaduais e municipais, oferecendo

cursos superiores públicos, gratuito e de qualidade, além de cursos de extensão, aperfeiçoamento e

especialização, com a oferta cobrindo todos os estados da Federação, por meio de Instituições Públicas de

Educação Superior, Federais e Estaduais, com a colaboração de universidades comunitárias.

2. PROFUNCIONÁRIO

O Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos

Sistemas de Ensino Público (Profuncionário) promove a formação profissional técnica em nível médio de

funcionários das instituições públicas de ensino. A formação é realizada a distância e tem duração média de

dois anos, centrada em quatro habilitações: secretaria escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e

infraestrutura escolar.

O Profuncionário segue a Política de Formação Técnica dos Profissionais da Educação, no

segmento funcionários. É um programa do Ministério da Educação (MEC), realizado em parceria com os

estados, municípios e Distrito Federal.

3. EQUIPES MULTIDISCIPLINARES

Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,

preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de

acordo com o disposto no artigo 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE / Pr, com a finalidade de orientar e

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auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino da

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

De acordo com a Instrução nº 010/2010 – SUED/SEED, as Equipes Multidisciplinares devem

“Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações do DEDI

/ SUED, com conteúdos e metodologias sobre o ERER e o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira,

Africana e Indígena.

As Equipes Multidisciplinares tem autonomia para selecionar textos de leitura, vídeos, filmes,

músicas que serão utilizados com os alunos.

Neste sentido a Equipe Multidisciplinar atua realizando estudos, reflexões e ações planejadas e

efetivadas, visando combater toda forma de exclusão, racismo e preconceito, promovendo uma educação

democrática.

O trabalho da Equipe Multidisciplinar visa incluir no contexto escolar, os estudos e atividades

que proporcionam o conhecimento acerca da cultura africana e das contribuições econômicas, sociais,

históricas e culturais da população negra para a sociedade brasileira.

Para tanto, de início o grupo de profissionais da Equipe se reúne para estudos, pesquisa e

discussões sobre o assunto, obtendo o embasamento teórico necessário para o desenvolvimento da

prática. O objetivo é que a comunidade escolar reconheça, valorize, divulgue e respeite os processos

históricos de resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus

descendentes na contemporaneidade, visando a superação da discriminação através do conhecimento da

riqueza da diversidade étnico-cultural no país.

4. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL

O Programa Estadual de Educação Fiscal promove formação continuada a profissionais da

educação para trabalhar esse tema em sala de aula. O objetivo é refletir sobre a função dos impostos e

oferecer aos educandos conhecimento de administração pública, incentivando o acompanhamento das

aplicações dos recursos públicos pela sociedade.

5. BIBLIOTECA DO PROFESSOR

São encaminhadas para as escolas públicas estaduais, obras para a biblioteca, direcionadas

ao uso dos professores do Ensino Fundamental – Anos Finais, Ensino Médio e de Educação de Jovens e

Adultos a fim de subsidiar a formação continuada, propiciando novas fontes de leitura dos conhecimentos

teórico-metodológicos, enriquecendo assim a sua prática.

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6. PDE – SEED – PR

A SEED em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,

criaram o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, como uma política de Formação Continuada

para professores da rede pública estadual.

Essa proposta de Formação Continuada visa ofertar ao Professor PDE, através do retorno às

atividades acadêmicas de sua área de formação inicial, condições de atualização e aprofundamento de

seus conhecimentos teórico-práticos, permitindo a reflexão teórica sobre a prática para possibilitar

mudanças na prática escolar.

Nesse processo de Formação Continuada, o professor elabora um Plano de Trabalho em

conjunto com o professor orientador da IES. O Plano de Trabalho constitui uma proposta de intervenção na

realidade escolar, a ser estruturada a partir de três grandes eixos: a proposta de estudo – que será

desenvolvida ao longo de dois anos, a elaboração de material didático – para uso nas escolas – e a

orientação de Grupo(s) de Trabalho em Rede, que envolve o conjunto de professores da rede pública

estadual.

7. GTR – GRUPOS DE TRABALHO EM REDE

O GTR é parte integrante do Plano Integrado de Formação Continuada do PDE e possibilita a

inclusão virtual dos Professores da Rede nos estudos, reflexões, discussões e elaborações realizadas pelos

Professores PDE, como forma de democratização do acesso aos conhecimentos teórico-práticos

específicos das áreas / disciplinas do Programa.

8. PARANÁ DIGITAL

O programa Paraná Digital tem como objetivo promover o uso pedagógico das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC), disponibilizando a professores e alunos da rede estadual o acesso a

essas tecnologias e ao portal Dia a dia Educação. O programa repassa computadores com acesso à

Internet para as instituições de ensino, oferece um espaço virtual de criação, interação e publicação de

dados das escolas estaduais, e também investe na atualização e expansão da infraestrutura dos

laboratórios de informática educativa.

Ele é realizado pela Secretaria de Estado da Educação, com apoio do Governo do Estado e da

Companhia de Informática do Paraná (Celepar).

Vinculado ao Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), no Paraná é representado pelo

Grupo de Educação Fiscal Estadual (Gefe / PR), composto pela Secretaria de Estado da Educação (SEED),

Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Secretaria de Estado da Fazenda

(Sefa), Centro de Treinamento da Escola de Administração Fazendária (Centro Esaf), Secretaria da Receita

Federal do Brasil (RFB) e pela Controladoria Geral da União (CGU).

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9. OFICINAS DISCIPLINARES

Oficinas Disciplinares – São palestras e oficinas ofertadas para professores da rede estadual

de ensino, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação pública paranaense, através da troca de

experiências, uso de metodologias e tecnologias diferenciadas, discussões sobre as teorias e práticas de

cada disciplina.

10. SEMANA PEDAGÓGICA E REUNIÕES PEDAGÓGICAS

São previamente determinadas no calendário escolar, sendo que a Semana Pedagógica

ocorre no início do ano letivo e após as férias de julho e as reuniões pedagógicas ocorrem no decorrer do

ano letivo. O objetivo é trazer para estudo e discussão assuntos pertinentes à prática educacional e

pedagógica, com contribuições, que são encaminhadas ao NRE e/ou SEED.

11. FORMAÇÃO CONTINUADA NA ESCOLA

A Formação Continuada dos profissionais da escola, não se limita aos conteúdos curriculares, mas

estende-se à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.

Fazem parte da formação continuada de nossa escola, questões relacionadas à metodologia de

ensino, à cidadania, a avaliação, a gestão democrática, e outros temas, de acordo com as necessidades. As

reuniões para estudos e debates são oportunizadas durante o conselho de classe, a hora atividade, ou

outros momentos previamente planejados, visando a qualidade do ensino e da aprendizagem.

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VIII - AGENTES EDUCACIONAIS I E II

A construção do Projeto Político-Pedagógico só pode acontecer a partir da ação empreendida

pelo coletivo escolar. Considerando que todos os integrantes da escola são protagonistas do processo

educativo, torna-se imprescindível a construção de “uma prática de trabalho coletiva, comprometida com a

qualidade da educação” (BRASIL, 2004).

Complementando, assim, a importante atuação do professor em sala de aula, ocorrem

significativos processos de comunicação interativa e de vivência coletiva, que colocam em cena os agentes

educacionais que estão atuando nas unidades de ensino.

O documento “Por uma política de valorização dos trabalhadores em educação – em cena, os

funcionários de escola” (MEC, 2004), reconhece que todos os espaços da escola, além do espaço da sala

de aula, são importantes espaços educativos. Esse reconhecimento implica uma concepção de educador

que ultrapasse os limites da sala de aula e supere o preconceito histórico que vê os funcionários não-

docentes apenas como trabalhadores braçais, tarefeiros, alienados das ações pedagógicas.

A Lei Complementar nº 123 de 09/09/2008, institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos

do Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná, conforme especifica

e adota outras providências.

No capítulo II – Dos Princípios e Garantias, em seu Art. 3º – O Plano de Cargos, Carreiras e

Vencimentos do Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná

objetiva o aperfeiçoamento profissional contínuo e a valorização do funcionário mediante remuneração

digna e, por consequência, a melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços prestados à população

do Estado do Paraná, baseado nos seguintes princípios e garantias:

I – Valorização, desenvolvimento e profissionalização dos funcionários da educação básica,

reconhecendo a importância da carreira pública e de seus agentes;

II – Promoção da qualidade da educação visando ao pleno desenvolvimento da pessoa nela

envolvida e seu preparo para o exercício da cidadania;

III – Liberdade de ensinar, aprender, pesquisar e expressar o pensamento, a arte e o saber,

dentro dos ideais da democracia;

IV – Gestão democrática do ensino público estadual;

V – Vencimento digno e desenvolvimento na carreira mediante merecimento, formação e

qualificação profissional;

VI – Oportunização de formação e qualificação profissional, através de formação continuada

ofertada pela Administração;

VII – Definição de atribuições específicas para o exercício de cada função e qualificação

profissional dentro de cada área de atuação.

Esta lei institui também as atribuições dos Agentes Educacionais I e II conforme segue.

1. DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL I

a) Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico

escolar;

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b) Executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas,

banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes

e não-docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço;

c) Lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais, utilizar aspirador ou

similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar;

d) Abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a segurança

e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;

e) Realizar serviços de embalagem, arrumação, remoção do mobiliário, garantindo

acomodação necessária aos turnos existentes na escola;

f) Disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta

seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal;

g) Coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto, executar serviços internos e

externos, conforme demanda apresentada pela escola;

h) Racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como

vassouras, baldes, panos, espanadores, etc., comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta

de material de limpeza, para que a compra seja providenciada;

i) Abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom

andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da

escola, guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves

nos locais previamente estabelecidos;

j) Zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da

instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e

solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de

emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata, controlar o movimento

de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das

atividades desenvolvidas na unidade escolar;

k) Encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme

necessidade;

l) Acompanhar os alunos em atividades extraclasses quando solicitado;

m) Preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;

n) Participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às

funções exercidas ou sempre que convocado;

o) Agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente

físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolar;

p) Efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas;

q) Preparar a alimentação escolar sólida e líquida, observando os princípios de higiene,

valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar;

r) Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a

preparação da alimentação escolar, verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em

data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos;

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s) Atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as

questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir

na construção de bons hábitos alimentares e ambientais;

t) Organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma,

incentivando os alunos a evitar o desperdício;

u) Acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado;

v) Realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,

comunicando o procedimento à chefia imediata;

w) Comunicar ao(à) diretor(a), com antecedência, a falta de algum componente necessário à

preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido;

x) Efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas.

2. DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL II

a) Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha;

b) Auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor

dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia;

c) Manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos;

d) Redigir e digitar os documentos em geral, redigir e assinar atas, receber e expedir

correspondências em geral, juntamente com a direção da escola;

e) Emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares;

f) Classificar, protocolar e arquivar documentos;

g) Prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial;

h) Atender ao telefone;

i) Prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades

desenvolvidas na unidade escolar, lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração,

manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de

ensino;

j) Manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola;

k) Comunicar à direção fatos relevantes no dia a dia da escola;

l) Manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao estabelecimento

de ensino;

m) Executar trabalho de mecanografia e de reprografia;

n) Acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares;

o) Participar de reuniões escolares sempre que necessário;

p) Participar de eventos de capacitação sempre que solicitado;

q) Manter organizado o material de expediente da escola;

r) Comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os

procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;

s) Executar outras atividades correlatas às ora descritas;

t) Catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD;

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u) Registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de

informática;

v) Manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática;

w) Restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

x) Atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de

dados;

y) Zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca;

z) Conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de

informática e de ciências;

a1) Reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som

em vídeos, “slides”, CD e DVD;

b1) Registrar empréstimos de livros e materiais didáticos;

c1) Organizar agenda para utilização de espaços de uso comum;

d1) Zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas

de aula;

e1) Zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador,

buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na

escola, quando solicitado participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da

unidade escolar;

f1) Decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar;

g1) Executar outras atividades correlatas às ora descritas.

IX - PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

Acreditamos que a escola é um local de possibilidades, onde ocorre a sistematização do saber

adquirido no cotidiano rumo aos saberes organizados por áreas sustentadas por disciplinas científicas.

Sendo assim, a educação escolar cria condições para o desenvolvimento do potencial do indivíduo e ajuda

a torna-lo um ser humano completo.

Desta forma, acreditamos numa gestão democrática, que contemple os princípios do diálogo e da

reflexão, fundamentada na solidariedade e no trabalho coletivo, que entenda as necessidades de uma

prática pedagógica emancipatória, libertadora e acolhedor.

Acreditando que esta união é possível quando todos os envolvidos acreditam no que fazem,

buscando melhores condições de trabalho e de superação dos obstáculos que se apresentam, dessa forma,

pretende-se realizar uma gestão com responsabilidade, diálogo e companheirismo para que os objetivos

em comum possam ser realizados tornando assim a escola um espaço cada dia melhor.

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1. PLANO DE ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Eixo norteador: Organização do trabalho pedagógico , suas possibilidades e interações com a

comunidade interna e externa;

Detalhamento: O trabalho pedagógico será voltado para propiciar uma aprendizagem

significativa aos alunos mediante a atuação didático-metodológica do professor, propiciando a superação

das condições desfavoráveis que a sociedade lhe proporcione. A superação das condições significa

possibilitar a atuação na comunidade em que está inserido, como reflexo da formação que da escola

recebeu.

Responsáveis: Integrantes da equipe pedagógica e coletivo dos professores.

Darci Gomes de Lima Souza;

Edneia de Souza Lima ;

Gilberto Alencar Santana

Joseval Basilio Pelisser

Neide Ferreira Posachio;

Cronograma: Continuadamente, no ano letivo de 2014

Condições: As existentes na Escola e as que advirem de parcerias e convênios que a escola

estabelecer com Instituições de Ensino Superior, o poder público municipal e estadual, ONGs, Clubes de

Serviço e principalmente da comunidade.

Objetivos : Articular e organizar as ações didático-metodológica com vistas a execução dos

objetivos propostos no Projeto Político Pedagógico, tendo como foco primordial o processo ensino-

aprendizagem.

2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Vivemos numa crise social em que, a globalização, a sociedade de consumo e o volume de

informação estão trazendo mudanças de forma acelerada e intervindo na produção em larga escala. Apesar

disso, a possibilidade material e o anseio por uma sociedade igualitária estão mais distantes. A celebração

do presente e sua repetição é o que importam. Com isso cria-se a teoria do fim da história, no dizer de

Santos:

“(...) o tempo transformado na repetição automática e infinita do seu domínio (...) onde o passado foi sempre concebido como reacionário e

o futuro como progressista “. (1996,p. 15-33).

Essa teoria camufla a opressão, o sofrimento e a luta que, a nosso ver, estão mais acirrados.

Diante disso, precisamos sair do imobilismo e resgatar a nossa luta, contra o quadro social de

miséria, de violência e desemprego crescentes. Participar de um Projeto político pedagógico, onde o

conteúdo seja o conflito, o resgate da memória, da denúncia, da comunicação, da solidariedade e da

cumplicidade.

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Para que esse projeto se concretize algumas questões devem ser repensadas por nós com

profundidade. Se compreendermos que a escola não pode ser entendida como uma instituição isolada do

social, e sim como espaço privilegiado, onde as relações de poder podem tomar novos significados ,

pressupõe-se que a organização e sistematização dos meios para a apropriação crítica dos conhecimentos

já produzidos e a criação de outros pode dar-se de uma forma dialética, envolvendo todos os atores

educativos (alunos, professores, especialistas, pais, funcionários e direção).

A análise da escola em seu movimento, com suas contradições, problemas, desafios, só tem

sentido se nós, que nela atuamos nos conhecermos e também a nossa história. No “conhece-te a ti

mesmo”, em Gramsci somos:

“ produto do processo histórico até hoje desenvolvido, que deixou em ti uma infinidade de traços recebidos sem benefícios no inventário. Deve-se fazer inicialmente este inventário” (1982,p 12).

Para compreendermos a nós mesmos e aos outros como sujeitos sociais, faz-se necessário

entender, portanto, quem somos de onde viemos, a que e com quem viemos e o que fazemos.

Num breve resgate da história da pedagogia e seu papel na organização do trabalho escolar

localizamos a origem da cultura escolar ainda instituída até nossos dias onde a função do pedagogo é

esvaziada de caráter político e pedagógico, reduzido a técnico, supervisor, orientador, com tarefas de

controle e manutenção da ordem. A história da pedagogia no Brasil cruza-se com a história da escola

pública que desde sua origem está atrelada aos interesses econômicos e políticos das elites, hoje,

sobretudo, aos interesses do sistema financeiro internacional. A escola pública brasileira é seletiva,

elitizada, meritocrática e o pedagogo é o profissional, junto com os demais, que deve executar a

manutenção desta ordem.

A superação desta escola passa pela afirmação cotidiana deste espaço como direito de todos e

pelo dever do Estado em garantir as condições de trabalho para a efetivação do trabalho pedagógico

realmente comprometido com a emancipação humana e a transformação da sociedade.

Na contramão da história até agora registrada, defendemos que o pedagogo não deve ser

reduzido a mero instrumentador ou técnico, deve: agir, intervir, lançar novos desafios para quebrar o

equilíbrio e, assim contribuir com a construção de novos conhecimentos e práticas libertadoras, na

construção da Escola pública democrática e de qualidade.

A construção da identidade do pedagogo se afirma a partir da concepção de educação que a

escola assume em sua prática cotidiana. Se desejamos uma educação emancipadora, cabe ao pedagogo

ser sujeito que: a) identifique-se com o povo excluído; b) com o povo excluído busca construir os caminhos

da emancipação; c) nesta construção, dialogicamente, desvela a realidade opressora e o opressor que

muitas vezes reproduzimos em nossa prática cotidiana.

O professor pedagogo do Colégio Estadual Professor Ivone Soares Castanharo – EFM

desenvolverá durante o ano letivo as seguintes atribuições:

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1. Planejar, replanejar e acompanhar a execução do Processo ensino-aprendizagem junto à comunidade

escolar, concretizando a função social da escola através do redimensionamento do processo ensino

aprendizagem, viabilizando a elaboração e apropriação do conhecimento sistematizado por parte do aluno.

2. Ações curriculares

Refletir e encaminhar as discussões, junto á comunidade escolar (professores, alunos, pais, diretores,

funcionários), do processo de articulação das ações curriculares, mediando e intervindo para que o aluno concreto

e sua realidade sejam foco permanente de reflexão e redirecionador desta.

3. Acompanhamentos de projetos, estágios, serviços especializados

Participar da coordenação da ação do coletivo, redimensionando qualificadamente a relação entre alunos,

professores, direção, equipe pedagógica, família, funcionários, serviços especializados, programas especiais,

projetos, estágios de diferentes áreas, etc.

4. Acompanhar e orientar reuniões do conselho de classe, pedagógicas, reuniões de pais, planejamentos

Planejar , executar, avaliar os desdobramentos e encaminhamentos , de forma permanente: dos conselhos de

classe, das reuniões pedagógicas, reuniões de pais, de planejamento, grupos de estudos e projetos.

5. Acompanhar processo ensino-aprendizagem dos alunos

Propiciar a discussão junto aos pais, equipe pedagógica e professores , sobre o processo ensino-aprendizagem

dos alunos, visando o acompanhamento, discussão e encaminhamentos necessários.

6. Acompanhar a execução do Projeto Político Pedagógico

Planejar , coordenar, executar, e acompanhar e avaliar, de forma permanente, o plano de ação integrada da

equipe pedagógica frente ao projeto político pedagógico da unidade escolar.

7. Desenvolver ações pedagógicas, qualificação de professores.

Realizar e divulgar o levantamento bibliográfico e de outros materiais pedagógicos na área da educação, visando a

fundamentação, atualização e redimensionamento da ação pedagógica dos profissionais da escola. A hora

atividade será organizada preferencialmente por disciplina

8. Participar de encontros, cursos, eventos. Formação continuada

Participar de cursos, seminários , encontros e outros, buscando fundamentação, atualização e redimensionamento

da ação específica do pedagogo.

9. Elaborar relatório síntese das ações realizadas anualmente na unidade escolar.

10. Garantir o acesso e permanência dos alunos. Acompanhamento evasão escolar

Contribuir para o acesso e permanência de todos os alunos da escola, intervindo com sua especificidade de

mediador da realidade do aluno no currículo, mobilizando os professores para a qualificação do processo ensino-

aprendizagem através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, no horário escolar e

questões curriculares.

11. Acompanhamento do rendimento escolar

Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar junto com o professor, visando reduzir os

índices de evasão e repetências, qualificando o processo ensino-aprendizagem.

12. Avaliação de projetos, planos e eventos

Coordenar a elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros,

objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, nos aspectos que se referem ao processo ensino-

aprendizagem, bem como o encaminhamento destes a outros profissionais que assim o exigirem.

A equipe dará ênfase a todos os Projetos e Programas institucionalizados no presente P.P.P.

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PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

EIXO TÓPICOS DE DISCUSSÃO

PROBLEMAS LEVANTADOS

AÇÕES DA ESCOLA

CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS

GESTÃO DEMOCRÁTICA

- Ampliação da Participação dos membros em todas as instâncias.

-Dificuldades em conscientizar todos sobre a necessária participação. -Não participação da totalidade dos membros.

-Formar grupo de estudos sobre a temática. - Organizar cronograma adequado para viabilizar a participação de todos.

1º Semestre do Ano Letivo

Direção e Equipe Pedagógica

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

- Articulação entre os princípios da proposta e sua efetividade.

- Desvinculação entre a teoria defendida e a prática efetivada em sala de aula.

- Intensificar nas reuniões pedagógicas a necessidade da coerência teórica.

Durante o ano letivo

Equipe Pedagógica

FORMAÇÃO CONTINUADA

-Necessidade constante de qualificação teórica. -Melhoria da qualidade dos serviços prestados.

-Em muitas situações do cotidiano, a falta de formação empobrece o atendimento a alunos e comunidade escolar.

- Ampliar os espaços formativos de professores e funcionários. Estabelecer parcerias com a estrutura da SEED, sobretudo na EaD. Promover ações coordenadas com IES.”

Durante o ano letivo

Equipe Pedagógica e Direção

QUALIFIC. DOS

ESPAÇOS E EQUIPAM.

-Qualidade e quantidade e subutilização dos Espaços e Equipamentos.

Subutilização dos espaços e equipamentos e espaços por parte de alguns profissionais de educação

- Qualificar os professores e estimular a utilização de tais espaços. Aprimorar o treinamento sobre Tics, com apoio do CRTE.

Durante o ano letivo

Equipe Pedagógica e Direção

ATIVIDADES DE

ENRIQUEC. CURRICULAR

- Amplitude da participação e quantificação das atividades.

Grau de participação da escola em eventos deste âmbito.

Avaliação positiva sobre a efetividade , necessitando apenas divulgar os resultados obtidos.

Durante o ano Letivo

Coletivo de professores, direção e equipe pedagógica.

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4. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP

A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “deve ser

construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do

sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o

aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11)

Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores da SEED

e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e

aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de

qualidade.

Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva

implementação das mudanças necessárias.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade coletiva,

pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos,

culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas

finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange toda a escola

ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes.

Envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem parte da escola :

professores, educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais

membros da comunidade escolar.

A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos para avaliar

e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à capacitação continuada dos

profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a

reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica.

Considerando que o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar

voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da Escola,

isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta

avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a reflexão

permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.

Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos coletivamente em

regime de colaboração.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)”

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola pressupõe responder à função social da

Educação.

O Plano de Avaliação Institucional do Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo

será realizado no final de cada semestre, através de coletivo escolhido por dois representantes de cada dos

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segmentos representativos da Escola (professores, funcionários, alunos, conselho escolar, APMF,

segmentos organizados da comunidade: Igrejas, Clubes de serviço, etc).

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ANEXOS REFERENTE AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO –

Nº 01/13

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IVONE SOARES CASTANHARO – EFM

SISTEMA/AVALIAÇÃO: Bimestral ( x ) Trimestral ( ) Semestral ( ) Blocos

MUNICÍPIO: CAMPO MOURÃO – PR

DOS PROGRAMAS E PROJETOS: PROGRAMA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR

CURRICULAR EM TURNO DIFERENCIADO (CONTRATURNO)

1.0. DA NATUREZA E FINALIDADE

As Atividades de ampliação de jornada visam ampliar as oportunidades de aprendizagem e de

formação dos alunos por meio da oferta das atividades pedagógicas, articuladas ao currículo da base

comum, organizadas didaticamente no Projeto Político Pedagógico e regulamentadas no Regimento

Escolar, em forma de adendo, o qual normatiza a prática pedagógica da instituição de ensino.

As atividades de complementação curricular podem possibilitar aos Estabelecimentos de ensino

que ofertam Turno Diferenciado:

I.Democratizar a oferta de atividades de ampliação de jornada, que se configuram na expansão do

tempo pedagógico de forma contextualizada, perpassando todo o currículo e propiciando a interlocução

entre os diferentes saberes e os diferentes campos do conhecimento para os alunos da Educação Básica

da rede Estadual de Educação como política pública assumida pela Secretaria de Estado da Educação.

II.Viabilizar o aprofundamento dos conteúdos curriculares, complementando-os com componentes

não disciplinares e alternativos que promovam soluções singulares que favoreçam o aprimoramento

pessoal, social e cultural.

III. Criar um ambiente favorável, flexível que considere e valorize as experi6encias dos estudantes,

servindo-se de metodologias que incentive o estudo, a pesquisa investigativa própria, que valorize o saber e

garanta o direito de aprender.

IV. Possibilitar a articulação, pela equipe gestora, diretor e pedagogo, da participação dos docentes

envolvidos nas atividades de ampliação de jornada, na elaboração do planejamento conforme previsto no

calendário escolar.

V. Utilizar as Tecnologias de Comunicação e Informação – TICs, como instrumentos pedagógicos,

ampliando o seu uso nos processos de dinamização dos ambientes de aprendizagem.

O Estabelecimento de Ensino oferta o Programa de Atividades Complementares

Curriculares em Contraturno regulamentados, autorizados e desenvolvidos em conformidade com a

Resolução nº 1690/2011 e Instrução nº 007/2011-SEED/SUED.

Ratificamos que a Instrução nº007/2011 foi revogada pela Instrução nº021/2012-SEED/SUED, em

vigência.

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2.1. DOS OBJETIVOS

As Atividades de Complementação Curricular em Turno Diferenciado têm os seguintes objetivos:

I. Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e

oportunidades educativas realizadas na escola no território em que está situada atendendo às necessidades

socioeducacionais dos alunos.

II. Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto Político-Pedagógico da

instituição de ensino e inserindo no Regimento Escolar em forma de Adendo, respondendo às demandas

educacionais e aos anseios da comunidade.

III. Possibilitar maior integração entre alunos, escolas e comunidade, democratizando o acesso ao

conhecimento e aos bens culturais.

IV. Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos da Educação Básica da rede Pública

Estadual de Ensino.

1.2. DO FUNCIONAMENTO

As Atividades Complementares Curriculares em Turno Diferenciado (Contraturno) podem ser:

Permanentes e Periódicas.

Essas Atividades estão organizadas nas áreas do conhecimento, articuladas aos componentes

curriculares, nos seguintes Macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e Iniciação

Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias,

Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoção da Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.

1.3. DA ABERTURA E ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS: PERIÓDICAS E PERMANENTES

O Estabelecimento de Ensino poderá ofertar as Atividades Complementares Curriculares

Permanentes e Periódicas no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio.

Dessa forma, as atividades de complementação curricular serão desenvolvidas conforme calendário

Escolar.

Entretanto, poderão participar das Atividades Periódicas alunos matriculados em qualquer

instituição de ensino da pública estadual, por nível de ensino, Fundamental e Médio para grupos de alunos

da mesma série/ano, iguais/diferentes, no mínimo dois (2) dias da semana sendo quatro (04h/aula)

semanais e uma 01 hora/aula para planejamento do professor (H/A).

Por outro lado, não poderão participar de atividades propostas no período noturno, alunos do Ensino

Fundamental, menores de quatorze (14) anos.

Em se tratando das Atividades Permanentes poderão participar somente alunos regularmente

matriculados da mesma instituição, na mesma série/ano, na Rede Pública Estadual, devendo ser

desenvolvidas exclusivamente, nos turnos da manhã e tarde.

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Ressaltamos que as Atividades Permanentes terão carga horária de 04(quatro) horas/aulas

semanais para cada atividade proposta, mais 01(uma) hora aula para o planejamento do professor (H/A),

devendo ser ofertada prioritariamente, em aulas geminadas para cada atividade proposta pelo

estabelecimento de ensino e deverão ser desenvolvidas nos cinco (05) dias letivos da semana, ou seja, de

segunda a sexta-feira.

Vale lembrar que, as atividades propostas, contempladas na Proposta Pedagógica Curricular (PPC)

e inclusas no Projeto Político Pedagógico, amparada nas Diretrizes Curriculares Estaduais/DCEs, devem

ser proposta pelo coletivo da escola, com a participação da comunidade escolar e com anuência do

Conselho Escolar.

É importante lembrar que, os conteúdos desenvolvidos nas Atividades Complementares

Curriculares de ampliação de jornada ofertadas pelas instituições de ensino serão registrados no Livro

Registro de Classe e inseridos no Sistema de Administração Escolar/SAE e no Sistema de Registro Escolar

(SERE).

A escola deverá priorizar a participação de alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade

social e as atividades serão desenvolvidas com um número mínimo de vinte e cinco (25) alunos.

Segundo as normas vigentes, não será permitida vacância nas atividades em turno diferenciado.

Em caso de desistência de alunos inscritos nas atividades, a vaga deverá ser ocupada por outro

participante.

Determina-se, outrossim, que não haverá mudança de turno no decorrer do ano ara as atividades

Periódicas e Permanentes.

É de responsabilidade do Estabelecimento de Ensino constar, no Histórico Escolar do aluno

participante, a carga horária cumprida no programa.

1.4. DAS ATRIBUIÇÕES DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Os Estabelecimentos de Ensino deverão apresentar e discutir a legislação específica do Programa

de Atividades Complementares Curriculares Permanentes e Periódicas com o coletivo da instituição de

ensino.

É atribuição do diretor, da equipe pedagógica e do professor proceder a inserção e acompanhamento, no

Sistema de Acompanhamento das Atividades Complementares Curriculares via Secretaria de Estado da

Educação/SEED/CELEPAR.

É de responsabilidade dos professores elaborarem o Plano de Trabalho Docente, os Relatórios

semestrais e a finalização das Atividades Complementares, encaminhar ao Núcleo Regional de Educação

via Sistema SEED/CELEPAR.

1.5. DO CANCELAMENTO

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Em caso de não funcionamento das atividades Permanentes ou Periódicas conforme prescrito na

legislação vigente compete à direção da Escola, solicitar o cancelamento.

Neste sentido, deverá consultar a comunidade escolar e protocolar junto ao Núcleo Regional de

Educação/NRE, ofício assinado pelo diretor e cópia da ata e encaminhar ao NRE para análise e Parecer.

Este, por sua vez, encaminhará o protocolado ao Departamento de Educação Básica para as providências

cabíveis.

Referência Bibliográfica

Instrução nº 021/2012 – SEED/SUED: Oferta de atividades de ampliação de jornada nas instituições

de ensino da rede pública estadual.

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2.0. DAS AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO / AETE

Considerando a ampliação da jornada escolar para os alunos da Educação Básica da rede pública

Estadual de Ensino, a Superintendência da Educação instruiu sobre procedimentos para a implantação de

Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo por meio da Instrução nº001/2013-SEED/SUED.

Neste sentido, a Educação Integral, com a ampliação de jornada escolar, possibilita repensar a

Educação na sua dimensão formadora de homem integral, por meio de aprendizagens significativas e

sistematizadas, em conformidade com níveis de ensino, idades, interesses, ritmos, potencialidades e

possibilidades dos educandos a novas oportunidades de socialização e oportunidades. (Ofício Circular

nº003/2013-SEED/SUED).

2.1. DOS OBJETIVOS DAS AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO

I. Possibilitar aos alunos da rede Pública Estadual de Ensino o acesso à prática esportiva nas

diversas modalidades ofertadas, visando o pleno desenvolvimento.

II. Promover a descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola.

III. Possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos jogos escolares do

Paraná e outros eventos similares.

2.2. DO FUNCIONAMENTO

As Aulas Especializadas de treinamento Esportivo deverão ter a carga horária de 04(quatro) horas

semanais, distribuídas em no mínimo, 02(dois) dias, para estudantes do mesmo estabelecimento de ensino.

2.3. DA ABERTURA E ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

As Atividades serão desenvolvidas em modalidades coletivas, com número mínimo de 20(vinte) e

máximo de 25 (vinte e cinco) educandos por turma. Em caso modalidades individuais, com número mínimo

de 10(dez) e máximo de 25 (vinte e cinco) educandos atendendo às fases de aprendizagem:

Fase1 – Fundamentos Básicos das Modalidades Esportivas;

Fase2 _Intermediária (aperfeiçoamento dos aspectos técnicos e táticos);

Fase3 _Avançada (aprofundamento dos aspectos técnicos e táticos).

Vale lembrar que é compromisso da direção, equipe pedagógica, acompanharem essa modalidade

esportiva e em caso de desistência de alunos inscritos nas atividades, a vaga deverá ser ocupada por outro

participante.

Nessa atividade poderão participar das atividades somente alunos regularmente matriculados na

mesma instituição de ensino. Essas atividades de Treinamento Esportivo devem ser desenvolvidas em turno

diferente da matrícula escolar do aluno, ou seja, no contraturno escolar, de segunda a sexta-feira.

Dessa forma, é importante salientar que as modalidades escolhidas pela instituição de ensino

deverão estar de acordo com o Regulamento dos Jogos Escolares do Paraná.

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Conforme exara a Instrução vigente, as Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo deverão

ser decididas e propostas pelo coletivo da instituição de ensino, com o envolvimento e participação da

comunidade escolar, e inserida no Projeto Político Pedagógico. Dessa forma, cabe ao Conselho Escolar,

observada a existência de condições básicas necessárias, aprovar a(s) proposta (a) e o turno de

funcionamento.

Neste sentido, a direção deverá encaminhar ao Núcleo Regional de Educação, ofício solicitando a

autorização da atividade, cópia da Ata da reunião com a comunidade escolar, proposta da atividade

elaborada e protocolada no NRE para providências cabíveis.

Conforme as normas vigentes, não será permitida mudança de turno no decorrer do ano letivo. As

Aulas Especializadas de Treinamento Especializado podem ser desenvolvidas em local externo à escola,

disponível na comunidade onde a unidade escolar está inserida, desde que não ofereça risco à integridade

dos educandos.

Segundo a Instrução vigente, a carga horária por aluno é de até, no máximo, 02(duas)

horas/aula, e no mínimo de 02(duas) vezes por semana, totalizando uma carga horária semanal de

04(quatro) horas-aulas, no máximo, conforme Calendário Escolar. Dessa forma, a proposta deverá ser

elaborada pela instituição, por nível de ensino Fundamental e Médio e deverá ser protocolada no Núcleo

Regional de Educação para análise e Parecer Técnico, na sequência, a proposta deverá ser encaminhada à

Secretaria de Estado da Educação/Departamento de Educação Básica para Parecer Conclusivo.

Neste sentido, o Departamento de Educação Básica, após apreciação da referida proposta e

Parecer Favorável, realizará os procedimentos necessários para abertura de demanda junto ao SAE de

04(quatro) horas-aulas semanais, por nível de ensino, Fundamental e Médio para grupos de alunos da

mesma instituição.

Segundo a instrução em vigência, a instituição deverá inserir no Sistema as matrículas

efetuadas para as Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo, conforme demanda autorizada e deverá

constar no Histórico Escolar do aluno, a carga horária das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo.

2.4. DAS ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

I .Participar dos Jogos Escolares do Paraná nas suas fases

II. Em caso de não classificação em uma das fases, elaborar um plano de trabalho que possibilite

uma melhor participação no ano seguinte;

III. Proporcionar as suas equipes jogos amistosos;

IV. Organizar festivais esportivos na escola;

V. Participar de eventos promovidos pela prefeitura ou outras entidades;

VI. Buscar o aperfeiçoamento da sua equipe através de um plano de trabalho de qualidade;

VII. Participar em cursos de capacitação ofertado pelo estado e órgãos afins.

2.5. DAS ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

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I. Apresentar e discutir com os professores, a legislação específica das Aulas Especializadas de

treinamento Esportivo, de acordo com a Resolução anual vigente de distribuição de aulas do Grupo de

Recursos Humanos Setorial da SEED.

II. Realizar reuniões com as famílias, os pais ou responsáveis para orientar a respeito das Aulas

Especializadas de Treinamento Esportivo e sobre a importância dos alunos ampliarem seu tempo escolar.

IV. Acompanhar o desenvolvimento do plano de trabalho apresentado pelo professor;

V.Acompanhar a participação de suas equipes nas competições;

VI. Cobrar do professor relatório do trabalho desenvolvido e participação nos eventos promovidos pelo

governo do Estado e Prefeitura.

VII. O diretor, a equipe pedagógica e o professor que desenvolve as atividades de Aulas Especializadas de

Treinamento Esportivo são responsáveis pela inserção no Sistema das matriculas nas Aulas Especializadas

de treinamento Esportivo, conforme a demanda autorizada.

VII. O estabelecimento de ensino deverá encaminhar aos pais dos alunos participantes das Aulas

Especializadas de treinamento Esportivo Termo de Autorização de Participação e Cessão de

Imagem e Voz.

2.6. DO CANCELAMENTO

Conformidade com a legislação vigente, para solicitar o cancelamento de Aulas Especializadas

de Treinamento Esportivo, a instituição de ensino deverá consultar a comunidade escolar e protocolar no

Núcleo Regional de Educação, ofício assinado pelo diretor da escola e cópia da Ata da reunião com a

comunidade escolar, com justificativa. Na sequência, o NRE analisa e emite Parecer e encaminhará a

documentação à Secretaria de Estado da Educação/ Departamento de Educação Básica para Parecer

Conclusivo.

Referência Bibliográfica

Instrução nº001/2012- SEED/SUED

Ofício Circular nº003/2013- SEED/SUED: Orientações Gerais para Implantação de Aula Especializada de

Treinamento Esportivo.

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3.0. DO FECOMÉRCIO/SESC/SENAC

3.1.DA PARCERIA

Parcerias que entre si celebram e se firmam por meio do Termo de Convênio Técnico nº3720120609 o

Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação, o Serviço Nacional de Aprendizagem

Comercial/SENAC – Departamento Regional do Estado do Paraná, e o serviço Social do Comércio/SESC –

Departamento Regional do Estado do Paraná.

3.2. COMPETE À SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/SEED:

a) supervisionar, monitorar e avaliar a execução do objeto deste Convênio, realizando vistorias, inspeções

ou qualquer outro ato, inclusive sem aviso prévio, com vistas ao fiel cumprimento do ajuste, em

conformidade com o Plano de Trabalho apresentado pela autoridade competente;

b) realizar o acompanhamento das ações-objeto deste CONVÊNIO, incluindo o suporte administrativo e

pedagógico a escola atendida;

c) acompanhar o Plano de Trabalho específico para cada escola atendida;

d) disponibilizar, as suas expensas, todo material básico (lanche, almoço e transporte, quando necessário)

necessário para o desenvolvimento das ações objeto desse Convênio;

e) designar representantes para tratar das questões que envolvem este Termo de Convênio;

f) cumprir e fazer cumprir o disposto nas cláusulas deste Convênio;

g) aprovar, em caráter excepcional, a alteração da programação de execução deste Convênio, mediante

proposta da CONVENENTE, e por termo aditivo, devidamente fundamentado em razões concretas que

justifiquem essa necessidade.

3.3. DA APRESENTAÇÃO

As instituições parceiras SESC/SENAC com a missão de “Educar para o trabalho em atividades de

comércio de bens, serviços e turismo”, o Senac Paraná busca o aperfeiçoamento contínuo de suas ações,

contribuindo para a promoção e o desenvolvimento educacional da população paranaense, a exemplo de

sua participação no Projeto Contraturno, realizado em parceria com o Sesc e a Secretaria de Educação do

Estado do Paraná (Seed).

Essa parceria, objeto de convênio iniciado no mês de agosto de 2011, terá continuidade no ano de

2013 e com vistas a aperfeiçoá-la, este documento apresenta uma proposta atualizada dos procedimentos

de atuação, com a descrição das estratégias que serão adotadas para o desenvolvimento e

acompanhamento das ações, além de um uma nova programação para as atividades a serem realizadas

com os alunos.

3.4. DO OBJETIVO

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Apresentar assuntos relacionados a informações profissionais, abordando temas como

comunicação, marketing pessoal, postura profissional, eixos tecnológicos, empregabilidade e

empreendedorismo.

3.5. DO PÚBLICO-ALVO

-Alunos matriculados no Ensino Médio da rede pública estadual de ensino, com perfil socioeconômico

preconizado no Programa Senac de Gratuidade – PSG.

-Alunos matriculados nos 8º e 9º e Ensino Médio – SESC.

3.6. DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO/SENAC

- BLOCO TEMÁTICO I – EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO

Comunicação em Ação 72 horas

Marketing Pessoal e Postura Profissional 20 horas

A Nova Era de Empregabilidade 32 horas

Conhecendo os Eixos Tecnológicos 72 horas

TOTAL 196 horas

-CONTEÚDOS:

Ação/SESC – Língua Portuguesa e Matemática com foco no letramento e raciocínio lógico matemático;

Língua Portuguesa:

Gêneros discursivos: serão adotados os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Leitura: conteúdo temático, interlocutor, finalidade do texto, intencionalidade, argumento do texto,

contexto de produção, intertextualidade, vozes sociais presentes no texto, discurso ideológico presente no

texto, elementos composicionais do gênero, contexto de produção de obra literária, marcas linguísticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas,

travessão, negrito, progressão referencial, partículas conectivas, causas e consequências entre as partes

e elementos do texto, semântica, operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem.

Escrita: conteúdo temático, interlocutor, finalidade do texto, intencionalidade, informalidade, contexto de

produção, intertextualidade, informatividade, contexto de produção, intertextualidade, referência textual,

vozes sociais presentes no texto, ideologia presente no texto, elementos composicionais do gênero,

progressão referencial, relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto,

semântica, operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, marcas linguisticas,

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos

como aspas, travessão e negrito, vícios de linguagem, sintaxe de concordância, sintaxe de regência.

Oralidade: conteúdo temático, finalidade, intencionalidade, argumentos, papel do locutor e interlocutor,

elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas, etc, adequação do

discurso de gênero, turnos de fala, variações linguisticas (lexicais, semânticas, prosódias, entre outras),

marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição, elementos semânticos, adequação da fala ao

contexto (uso de conectivos).

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MATEMÁTICA: Raciocínio Lógico- Números e álgebra: números reais, números complexos, sistemas

lineares, matrizes e determinantes, polinômios; Grandezas e medidas: medida de áreas, de volume, de

grandezas vetoriais de informática, de energia, trigonometria. Funções: função afim, quadrática,

polinominal, exponencial, logarítmica, trigonométrica. Geometrias: geometria plana, espacial, analítica,

geometria não euclidiana. Tratamento das informações: análise combinatória, binônio de Newton, estudo

das probabilidades, estatística, matemática financeira.

3.7. DA METODOLOGIA

A metodologia adotada para o Projeto Contraturno é a pedagogia de projetos. Neste sentido, a

realização das aulas deverá ser utilizada diferentes estratégias de ensino, visando à participação ativa do

aluno na construção do conhecimento. Com base neste olhar, O instrutor será o mediador da

aprendizagem, por meio da realização de ações e atividades motivadoras, criativas e desafiadoras que

estimulem o desenvolvimento de competências.

Dessa forma, os materiais didáticos serão utilizados como instrumentos de apoio ao instrutor na

preparação e desenvolvimento das aulas, devendo ser vinculadas outras estratégias didáticas que

despertem o interesse do aluno, envolvendo-o no processo de aprendizagem por meio da interpretação,

argumentação, produção, análise, pesquisas, performances, participação em dinâmicas, leituras, dentre

outros encaminhamentos.

É importante salientar que, a Pedagogia de Projetos surgiu como uma mudança de postura pedagógica,

sustentada por uma concepção de aprendizagem baseada em situações didáticas significativas e que

proporcionam a valorização de pesquisas e o cotidiano do aluno.

3.8. DA LOCALIZAÇÃO DAS AULAS E NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA

As atividades de contraturno serão ministradas em escolas da rede pública estadual de ensino, nos

municípios onde existam Unidades de Educação Profissional (UEPs) do Senac e Unidades Executivas (UE)

do Sesc no Paraná, utilizando os espaços de salas de aula e/ou outros ambientes/espaços que estejam

disponíveis na instituição de ensino (salas de apoio, pátios, bibliotecas, laboratórios etc.).

Em conformidade com o Quadro de Composição de Turmas – ANEXO 7 da Resolução nº 4527/2011

- GS/SEED. Formar-se-á turma de mínimo 20 e no máximo 25 alunos.

3.9. DO CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário escolar do Projeto Contraturno é elaborado em consonância com o calendário escolar

da Secretaria de Estado da Educação/SEED_Pr.

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4.0. DA MATRÍCULA

A matrícula dos alunos para o curso do Senac deverá ser realizada concomitantemente à matrícula

do Sesc, sendo a ficha de matrícula a mesma. O Sesc ficará com a via original e o Senac com a fotocópia.

Os alunos que no momento da matrícula apresentar problemas, de falta de documentação,

principalmente, com relação ao CEP deverá ser estipulado um prazo para que o aluno regularize a sua

matrícula. Essa informação também deverá ser reforçada em reunião com os pais dos alunos que

participarão do Projeto.

É de responsabilidade do (a) aluno (a) entregar cópia do RG e CPF à Unidade Executora do

Programa/UEP, a qual deverá providenciar a assinatura do responsável legal e/ou do próprio aluno nos

documentos Autodeclaração de Renda e Termo de compromisso. Também cabe à UEP negociar com a

escola a Autodeclaração de Escolaridade, em que a escola declara em um só documento que os alunos

nele relacionados estão cursando o Ensino Médio, informando quais são do 1º, 2º e 3º ano respectivamente.

4.1. DA FREQUÊNCIA E APROVAÇÃO

Os alunos matriculados nas turmas do Projeto Contraturno deverão apresentar para aprovação a

frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) no curso, bem como apropriar as competências

previstas nas atividades ofertadas, respeitando os critérios do Senac para certificação.

Referência Bibliográfica

DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: Coordenadoria de Educação Tecnológica – Projeto

Contraturno – Edição 2013.

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TERMO DE CONVÊNIO TÉCNICO Nº372

ANEXO AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO N º 02/13

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IVONE SOARES CASTANHARO-EFM

CAMPO MOURÃO – PARANÁ

PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR

Plano de Abandono e Formação das Brigadas

JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem vivenciado uma

situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa opta em trabalhar no ambiente

escolar, onde se espera mitigar os impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças

e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente

capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a

opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade de

adequá-las internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos,

sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.

O Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola tem como objetivo a proteção humana,

mantendo a comunidade escolar segura em situações de risco, realizando treinamentos pautados em

normas de segurança nacionais e internacionais, buscando fundamentalmente organizar a saída da

população de maneira ordeira dos ambientes escolares, doutrinando a população para agir proativamente

em situações que envolvam ameaça de desastres.

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Colégio Estadual Professora Ivone

Soares Castanharo – EFM para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou

humanos, bem como, o enfrentamento de situações emergenciais no interior do Colégio para garantir a

segurança de todos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Levar a comunidade escolar do Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo EFM a

construir uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

Proporcionar aos alunos da escola condições mínimas para enfrentamento de situações

emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se conduzirem frente a

desastres;

Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar, com vistas a

atender às recomendações legais consubstanciadas na vistoria do Corpo de Bombeiro;

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Preparar a comunidade escolar do Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo – EFM ,

afim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de

desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e

combate a princípios de incêndio;

Articular os trabalhos entre os integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha

Escolar Comunitária) e do Grupo de Brigada Escolar da escola;

Adequar a edificação escolar do Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo – EFM

normas mais recentes de prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros,

acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desse

local.

ESTRATÉGIAS

O Plano de Abandono é um procedimento realizado pelas pessoas que ocupam uma edificação que

apresente algum risco a vida ou que esteja em eminência de sofrer um acidente. De uma forma geral é uma

ação de desocupação do prédio, que tem por objetivo minimizar e prevenir o máximo possível a ocorrência

de acidentes que possam provocar danos pessoais.

É a eficiência de um abandono que delimita as perdas humanas, principalmente em edifícios de

vários pavimentos, tais como hospitais, creches, escolas e qualquer estabelecimento em que haja um

número considerável de pessoas fixas e/ou circulantes.

Para tanto se deve ter claro as função e as atividades de cada momento do Plano de abandono:

- PONTO DE ENCONTRO

- Local previamente estabelecido, onde serão reunidos todos os alunos, professores, funcionários e

outras pessoas que estejam em visita à escola. Neste local as faltas de alunos constatadas pelos

professores ou a ausência de funcionários deverão ser comunicadas o mais breve possível ao

responsável pelo Ponto de Encontro. Ele por sua vez deve repassar as informações ao chefe de

equipe de emergência para que as devidas providências sejam tomadas.

- ROTA DE FUGA

- Trajeto a ser percorrido em passo rápido do local onde esteja a pessoa até o Ponto de Encontro. Na

análise desse trajeto devem ser observados os pontos críticos do caminho como por exemplo:

cantos vivos de parede, locais escorregadios, escadarias sem corrimão, guarda- corpos irregulares,

portas e portões de difícil acesso.

- PLANTA DE EMERGÊNCIA - Representação gráfica em forma de planta que orienta os ocupantes

de cada ambiente da escola sobre qual rota deve ser seguida para o abandono da edificação em

segurança, de forma a dirigi-los ao Ponto de Encontro.

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MAPA COLÉGIO 2013

SALA

16

SALA

15

SALA

14

SALA

13

BANHEIROS REFEITÓRIO COZINHA

SALA

12

SALA

11

SALA

10

SALA 09 SALA

08

ALMOXARIFADO SALA 07

S. ESPORTES

SALA 06

APOIO

SALA

05

SALA

04

SALA

03

SALA 02 SALA

01

SALA DE VÍDEO LABORATÓRIO DE

QUÍMICA / FÍSICA

SALA

PROF.

DIREÇÃO SECRETARIA ORIENTAÇÃO BIBLIOTECA LABORATÓRIO

INFORMÁTICA

QUADRA

HORTA

FUNÇÕES

4.1 MONITOR

c) Aluno designado com antecedência para conduzir a turma do ambiente onde estiver até o Ponto de

Encontro seguindo a Rota de Fuga contida na Planta de Emergência ou orientada pelo responsável

do bloco. Se houver na turma alunos com necessidades especiais, deverão ser escolhidos dois

alunos para acompanhá-los.

d) A direção da escola deverá selecionar criteriosamente os alunos para desenvolver a função de

monitor.

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4.2 RESPONSÁVEL PELO PONTO DE ENCONTRO

c) Organiza a chegada e a formação dos alunos, professores e funcionários no ponto de encontro.

Recomenda-se que sejam designados pelo menos dois auxiliares para ajudar a organizar as filas

dos alunos.

d) Os dois auxiliares devem estar em condições de assumir a função, caso o responsável não esteja

na escola no momento do sinistro.

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4.3 RESPONSÁVEIS POR BLOCOS DE SALAS DE AULA/ANDARES

Organiza o fluxo de alunos nos corredores das salas de aula. Deve ficar atento para liberar uma

turma de cada vez, de modo a não haver filas duplas. Ao encerrar a saída de seu andar ou bloco,

deverá conferir se todas as salas estão vazias e marcadas com um traço na diagonal, só então

deve se deslocar até o Ponto de Encontro. Nos pontos de conflito (cruzamentos, escadas e etc.),

orienta as filas que devem avançar de acordo com a prioridade da emergência, não permitindo

cruzamentos das filas nem correria. Importante não esquecer de verificar os banheiros.

Concluída a verificação em todo o bloco ou andar, segue atrás da fila de

alunos para o Ponto de Encontro. O bom desempenho desta função é fundamental para a

execução e sucesso do abandono das instalações, visto que os corredores são os locais mais

prováveis de haver aglomeração de pessoas, o que pode gerar tumulto e pânico.

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4.4 RESPONSÁVEL PELO SETOR ADMINISTRATIVO

Ordenará a saída dos funcionários do setor administrativo em direção ao Ponto de Encontro. Ao

encerrar a retirada das pessoas, deve conferir se todos os ambientes do seu setor (ex: banheiros,

laboratórios, secretaria, etc.) estão vazios e marcados com um traço na diagonal, só então se

desloca até o Ponto de Encontro. Caso algum funcionário necessite retornar ao setor administrativo,

deve ser autorizado pelo diretor ou responsável no Ponto de Encontro, após concluído o abandono.

4.5 TELEFONISTA

- Efetuará as ligações telefônicas pertinentes. Ao soar o alarme, deverá se deslocar imediatamente

ao Ponto de Encontro e apresentar-se ao diretor ou responsável, solicitando autorização para

retornar à edificação e fazer os devidos contatos se necessário ou fazê-lo através de um celular no

próprio Ponto de Encontro. Manter lista de telefones de emergência.

4.6 PORTEIRO

- Funcionário responsável pela portaria. Só permitirá a entrada das equipes de emergência e será

responsável pela liberação do trânsito e acesso a edificação. Deverá ter acesso ao claviculário,

onde estarão todas as chaves de portas, portões e cadeados. Se a escola tiver disponibilidade de

funcionários, o ideal é que o porteiro tenha outra pessoa para ajudá-lo. Também será responsável

pelo impedimento da saída de alunos e entrada de estranhos sem as devidas autorizações,

evitando tumultos.

4.7 PROFESSOR

Deve orientar os alunos em sala de aula no dia do exercício, expondo como ocorrerá o

deslocamento até o Ponto de Encontro e como devem se comportar no local.

O professor só iniciará a retirada dos alunos ao sinal do funcionário responsável pelo andar ou

bloco ou quando este considerar oportuno, de modo a evitar aglomerações.

Caso verifique alguma emergência iniciando em sua sala, deve proceder ao abandono imediato do

local e avisar o Diretor, sendo o último a sair, certificando-se que ninguém permaneceu na sala de

aula. Somente então fechará a porta e fará um risco de giz em diagonal nela ou na parede ao lado

do acesso à sala, isso significa que foi conferido o ambiente e não há mais ninguém lá dentro. Tal

sinal será identificado pelas equipes de emergência direcionando as buscas a possíveis vítimas em

locais que não tenham esse sinal. O professor é responsável pela turma que acompanha desde a

saída da sala até o término do evento, o controle do professor da chegada ou não de todos os seus

alunos no Ponto de Encontro é crucial para ação de resgate.

É importante lembra que ao chegar à sala de aula, deve fazer imediatamente a chamada, pois, se

necessário o deslocamento ao Ponto de Encontro, fará uso do livro de chamada para conferência dos

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alunos. Terminada a conferência, informará as alterações ao Responsável pelo Ponto de Encontro,

mantendo o controle da turma.

4.8- EQUIPE DE APOIO

Além do telefonista e do porteiro, na equipe de apoio deve conter funcionários que devem ser

previamente designados para realizar as seguintes funções: Abertura das saídas de emergência,

corte de energia, gás e da água (exceto em caso de incêndio), neste caso os funcionários podem

utilizar o extintor da sua área (sabendo manusear o equipamento);

4.9 ORGANOGRAMA

O Organograma da Brigada deverá ser preenchido pelo diretor da escola, que por sua vez, detêm o

conhecimento da capacitação de cada um dos componentes. Nele será descrito o turno de trabalho e as

funções de cada brigadista, necessitando ser incluído o nome logo abaixo de cada função. Se não houver

pessoas suficientes para compor todos os quadros, deverão ser priorizados os de chefia.

ORGANOGRAMA DA EQUIPE DE ABANDONO

Turno: Manhã

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Turno: Tarde

Turno: Noite

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- EXECUÇÃO

1. COMPETÊNCIAS DO DIRETOR DA ESCOLA E/OU RESPONSÁVEL PELO PLANO DE

ABANDONO

O Coordenador do Programa no Colégio será o Diretor do estabelecimento de ensino.

Nomear os responsáveis e os respectivos suplentes para atuarem em todas as funções específicas. A nomeação deverá ser de caráter permanente e os nomeados serão os responsáveis numa situação real.

Decidir se é viável ou não executar o Plano de Abandono. Supervisionar o abandono.

Receber as equipes de socorro e fornecer informações sobre casos pontuais de maior risco.

Determinar a desativação do Plano de Abandono, fazendo com que os alunos retornem às salas de aula após a simulação. Em caso de uma situação real, depois de conferidas todas as pessoas e autorizado pelo Corpo de Bombeiros, os alunos poderão ser liberados para os pais ou responsáveis.

Convencionar o toque do alarme de emergência, que obrigatoriamente deverá ser diferente do usado para início e término das aulas.

Nomear um responsável para acionar o toque de emergência.

Traçar as rotas de fuga nas plantas de emergência.

Estabelecer locais para o Ponto de Encontro.

1. Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino, com registro em livro ata específico ao Programa;

Reunir trimestralmente a Brigada de Emergência para rever e reavaliar o Plano de Abandono.

Designar suplentes para todas as funções.

Manter listagens das pessoas, planilha de dados, plantas de emergência e organogramas atualizados em locais de fácil acesso.

O presente plano deverá ser discutido em conselho antes da sua aprovação, e poderá ser alterado dado às suas particularidades após sua discussão.

Telefones de emergência: Polícia Militar; Defesa Civil.

Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de:

1. Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;

2. Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário escolar;

3. Promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

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4. Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, como na conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

5. Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências necessárias.

Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos específicos, englobando capacitação para professores, funcionários e alunos, organizados e coordenados pela Brigada Escolar.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e Presencial.

5.2 - PREPARAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR

XI- Manter em locais estratégicos (secretaria, sala da direção, sala da orientação e supervisão)

informações e plantas baixas com orientações contendo o quantitativo de salas, alunos,

funcionários e professores de cada ambiente escolar. No setor administrativo, deve haver relação

nominal de funcionários por ambiente.

XII- Todo ambiente escolar deve ser sinalizado, indicando as saídas, rotas de fuga e Ponto de Encontro.

5.3 PROCEDIMENTOS DO EXERCÍCIO DE ABANDONO

- Aciona-se o alarme, definido pela escola, por ordem do responsável (Diretor, Vice-Diretor,

Coordenador, entre outros), iniciando o processo de deslocamento da comunidade escolar, que

deve seguir as orientações estabelecidas pelos responsáveis pelos blocos/andares, evitando pânico

e descontrole.

- Na saída das salas de aula, o professor abre a porta e faz contato visual com o responsável pelo

andar. Ao receber o aviso de saída, libera os alunos para iniciarem o deslocamento em fila indiana,

começando pelos mais próximos da porta. O professor se certifica da saída de todos os alunos,

fecha a porta e a sinaliza com um traço em diagonal, mantendo-se como último da fila e evitando o

pânico. Os alunos seguem em passos rápidos, sem correr, com as mãos cruzadas no peito pelo

lado direito do corredor ou conforme indicado nas plantas afixadas nos corredores até ao Ponto de

Encontro. Lá chegando, o professor confere todos os alunos que estão sob a sua responsabilidade

com o auxílio do livro de chamada e apresenta as alterações ao responsável pelo Ponto de

Encontro, informando as faltas se houver. Aos professores sugere-se a prática da chamada no

início das aulas, para que em uma situação de emergência, possa fazer a conferência dos alunos

no Ponto de Encontro.

- Aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não retornem até que seja autorizado pelo responsável. Para os exercícios

- Simulados, objetos de valor como celulares deverão ser guardados no bolso, para evitar posteriores problemas de extravio, mesmo porque não são objetos pedagógicos.

- Os alunos encarregados de auxiliar o professor na retirada do colega portador de necessidades especiais deverão acompanhá-lo durante todo o trajeto.

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- Se por algum motivo alguém se encontrar isolado, deverá seguir as setas de saída indicadas na planta de emergência onde se encontra e sair pela porta mais próxima. Caso não o consiga, deverá fazer-se notar para que o socorro possa lhe encontrar.

- Os alunos com deficiência física receberão atenção especial e acompanhamento de no mínimo dois alunos para que sejam conduzidos ao ponto de encontro.

5.4 O PLANO DE ABANDONO SERÁ EXECUTADO EM CASOS DE

Incêndio.

Explosão ou risco de, por exemplo, vazamento de gás.

Desabamento.

Abalo sísmico de grande intensidade.

Acidentes de grande vulto que ofereçam insegurança às pessoas.

Outras situações que o diretor entender necessárias.

5.5 SITUAÇÕES QUE NÃO REQUEREM O ACIONAMENTO DO PLANO DE ABANDONO

Vendavais ou ciclones, pois o abrigo é o edifício escolar;

Inundação pelas chuvas que não atinja o espaço escolar bem como em temporais com granizo;

Fuga de gás sem incêndio, pelas áreas isoladas com central de gás independente e restritas, deve ser considerado sinistro facilmente controlável;

Na ocorrência de sismos (terremotos) de fraca intensidade, o espaço escolar é o melhor abrigo.

5.6 NORMAS DE PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE RISCO

4) A primeira providência é garantir a integridade física das pessoas. Se ocorrer vazamento de gás, desligar a válvula do gás, não acionar qualquer dispositivo que provoque faíscas inclusive o interruptor de luz, abrir portas e janelas arejando o local, retirar-se do local e comunicar o incidente ao responsável pelo Plano de Abandono da escola.

5) Se ocorrer uma fuga de gás no laboratório, fechar a válvula de segurança, arejar a sala, abrindo portas e janelas lentamente, não acender fósforos ou isqueiros nem acionar interruptores, abandonar o laboratório e comunicar imediatamente o acidente ao responsável pelo Plano de Abandono da escola.

6) Se ocorrer um derramamento de substâncias tóxicas, recolher ou neutralizar a substância derramada de acordo com as recomendações presentes no rótulo do produto ou conforme orientações técnicas do fabricante. Se for um ácido ou outro produto corrosivo não se deve lavar com água. (procurar sempre orientações de um técnico bioquímico).

7) Se ocorrer um incêndio, a defesa civil e as demais equipes de emergência. Os ocupantes das instalações deverão sair imediatamente, respeitando integralmente o percurso da rota de fuga ou seguindo orientação do responsável pelo bloco. Se houver obstrução das saídas pela presença de fogo ou acúmulo de fumaça, as pessoas deverão abaixar-se próximas do chão, a fim de buscar melhor qualidade de ar, com maior concentração de oxigênio.

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8) dirigir-se-ão para o local mais afastado do foco de incêndio, aguardando socorro. Nesta situação deverão abaixar-se para fugir da concentração de fumaça, fechando sempre as portas a fim de retardar a propagação do fogo.

9) Se ocorrer um incêndio na cozinha e/ou refeitório, avisar a pessoa mais próxima, fazer uso do extintor se tiver capacidade técnica e cortar o fornecimento de gás e energia elétrica (desligar o disjuntor fora do ambiente).

10) Caso não consiga dominar a situação, fechar portas e janelas e comunicar imediatamente o acidente ao responsável pelo Plano de Abandono.

11) Na ocorrência de sismo (terremoto), os ocupantes das instalações deverão imediatamente colocar-se debaixo das mesas e nos vãos das portas, com as mãos à volta da cabeça, como medida de proteção. Nunca deverão abandonar a sala onde se encontram enquanto durar o sismo. Se soar o alarme, deverão se retirar do edifício cumprindo as orientações do Plano de Abandono;

12) Em outros tipos de ocorrências (como explosões ou desabamentos), mantenha a calma e saia do ambiente que estiver em risco, comunique imediatamente o acidente ao responsável pelo Plano de Abandono.

13) Na ocorrência de temporais, os ocupantes do edifício permanecerão nas salas, afastando-se das janelas, até que seja segura a saída do edifício.

ATIVIDADES PERMANENTES:

O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono.

Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo razoável.

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

REFERÊNCIA

PARANÁ, Defesa Civil. Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola: Manual de Procedimentos do Plano de Abandono. 2012

Campo Mourão 23 de junho de 2017.