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Apostila - Segurança do Trabalho

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – Normas e Legislação ............................................................ 5 CAPÍTULO 2 – ACLT e as Normas Regulamentadoras do MTE ............... 18

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CAPÍTULO I

Normas e Legislação 1 – APRESENTAÇÃO: Como estudo preliminar de nossa disciplina, discutiremos conceitos básicos do Direito: a lei, o fato social, a hierarquia das leis, a Constituição Federal. Não teremos o objetivo de apresentar aos alunos um curso de Direito, mas sim de capacitar o aluno para a análise e a crítica das diversas normas e legislações no campo da segurança do trabalho. Estimular no aluno o desejo de pesquisar as normas e a legislação da profissão que vai exercer. Debater e possibilitar reflexão das legislações e normas relacionadas com a segurança do trabalho. Fornecer aos estudantes noções jurídicas que possam auxiliá-los no desempenho de sua futura atividade profissional. No Direito do Trabalho e no Direito Previdenciário observa-se uma dinâmica intensa, as modificações são freqüentes, as alterações periódicas. Sabemos que a partir da lei, no sentido estrito do termo, percorre-se uma longa cadeia de atos até a concretização da norma (temos então Portarias, Instruções Normativas, Ordens de Serviço, Modelos). A Segurança e Medicina no Trabalho preocupa-se com todas as ocorrências que interfiram em solução de continuidade em qualquer processo produtivo, independente se nele tenha resultado lesão corporal, perda material, perda de tempo ou mesmo esses três fatores conjuntos. Desta forma, apresentaremos em nosso curso um breve histórico sobre a Segurança e Medicina no Trabalho, demonstraremos a conceituação de um Acidente do Trabalho e as suas conseqüências previdenciárias e trabalhistas. Discorreremos sobre a legislação do SAT - Seguro Acidente do Trabalho, sobre as contribuições que são devidas pelo empregador em relação aos empregados que estão expostos a condições especiais de trabalho e sobre a Aposentadoria Especial, contendo a nova legislação sobre a obrigatoriedade do Perfil Profissiográfico Previdenciário para as empresas, como a sua implantação. Conceituaremos, legalmente, o que é a Segurança e Medicina no Trabalho, o que é uma Norma Regulamentadora e os aspectos gerais contidos na legislação de como uma empresa pode ser penalizada civil, penal e administrativamente. Finalizando, foi elaborado um breve resumo das trinta Normas Regulamentadoras, que podem ser acessadas, na íntegra, no próprio site www.mte.gov.br do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Departamento de Segurança e Medicina no Trabalho.

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É sabido que prevenção de acidentes não se faz simplesmente com a aplicação de normas, porém elas indicam o caminho obrigatório e determinam limites mínimos de ação para que se alcance, na plenitude, os recursos existentes na legislação. É necessário que se conheça seus meandros e possibilidades e, com isso, conseguir eliminar, ao máximo, os riscos nos ambientes de trabalho.

2 - CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO - BREVE HISTÓRICO Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de uma boa e saudável qualidade de vida, na medida em que não se pode dissociar os direitos humanos e a qualidade de vida, verifica-se, gradativamente, a grande preocupação com as condições do trabalho. A primazia dos meios de produção em detrimento da própria saúde humana é fato que, infelizmente, vem sendo experimentado ao longo da história da sociedade moderna. Sabemos que é possível conciliar economia e saúde no trabalho. As doenças aparentemente modernas (stress, neuroses e as lesões por esforços repetitivos), já há séculos vem sendo diagnosticadas. Os problemas relacionados com a saúde intensificaram-se a partir da Revolução Industrial. As doenças do trabalho aumentaram em proporção a evolução e a potencialização dos meios de produção, com as deploráveis condições de trabalho e da vida das cidades. A OIT - Organização Internacional do Trabalho, em 1919, com o advento do Tratado de Versalhes, objetivando uniformizar as questões trabalhistas, a superação das condições subumanas do trabalho e o desenvolvimento econômico, adota seis convenções destinadas à proteção da saúde e à integridade física dos trabalhadores (limitação da jornada de trabalho, proteção à maternidade, trabalho noturno para mulheres, idade mínima para admissão de crianças e o trabalho noturno para menores). Até os dias atuais diversas ações foram implementadas envolvendo a qualidade de vida do trabalho, buscando intervir diretamente nas causas e não apenas nos efeitos a que estão expostos os trabalhadores. Em 1919, por meio do Decreto Legislativo nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919, implantaram-se serviços de medicina ocupacional, com a fiscalização das condições de trabalho nas fábricas. Com o advento da Segunda Guerra Mundial despertou-se uma nova mentalidade humanitária, na busca de paz e estabilidade social.

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Finda a Segunda Guerra Mundial, é assinada a Carta das Nações Unidas, em São Francisco, em 26 de junho de 1945, que estabelece nova ordem na busca da preservação, progresso social e melhores condições de vida das futuras gerações. Em 1948, com a criação da OMS - Organização Mundial da Saúde, estabelece-se o conceito de que a “saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções ou enfermidades” e que “o gozo do grau máximo de saúde que se pode alcançar é um dos direitos fundamentais de todo ser humano..” Em 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas, aprova a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se constitui uma fonte de princípios na aplicação das normas jurídicas, que assegura ao trabalhador o direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, as condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra ao desemprego; o direito ao repouso e ao lazer, limitação de horas de trabalho, férias periódicas remuneradas, além de padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar. Contudo, a reconstrução pós-guerra induz a sérios problemas de acidentes e doenças que repercutem nas atividades empresariais, tanto no que se refere às indenizações acidentárias, quanto ao custo pelo afastamento de empregados doentes. Impunha-se a criação de novos métodos de intervenção das causas de doenças e dos acidentes, recorrendo-se à participação interprofissional. Em 1949, a Inglaterra pesquisa a ergonomia, que objetiva a organização do trabalho em vista da realidade do meio ambiente laboral adequar-se ao homem. Em 1952, com a fundação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA, as questões voltaram-se para a segurança e medicina do trabalho nos setores de carvão e aço, que até hoje estimula e financia projetos no setor. Na década de 60 inicia-se um movimento social renovado, revigorado e redimensionado marcado pelo questionamento do sentido da vida, o valor da liberdade, o significado do trabalho na vida, o uso do corpo, notadamente nos países industrializados como a Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e Itália. Na Itália, a empresa Farmitália, iniciou um processo de conscientização dos operários quanto à nocividade dos produtos químicos e dos técnicos para a detecção dos problemas. A FIAT reorganiza as condições de trabalho nas fábricas, modificando as formas de participação da classe operária. Na realidade o problema da saúde do trabalhador passa a ser outra, desloca-se da atenção dos efeitos para as causas, o que envolve as condições e questões do meio ambiente.

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No início da década de 70, o Brasil é o detentor do título de campeão mundial de acidentes. E, em 1977,o legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, por sua reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e Medicina do Trabalho. Trata-se do Capítulo V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77. O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, hoje denominado Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, regulamenta os artigos contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78, criando vinte e oito Normas Regulamentadoras - NRs. Com a publicação da Portaria nº 3214/78 se estabelece a concepção de saúde ocupacional. Em 1979, a Comissão Intersindical de Saúde do Trabalhador, promove a Semana de Saúde do Trabalhador com enorme sucesso e em 1980 essa comissão de transforma no Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes do Trabalho. Os eventos dos anos seguintes enfatizaram a eliminação do risco de acidentes, da insalubridade ao lado do movimento das campanhas salariais. Os diversos Sindicatos dos Trabalhadores, como o das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, tiveram fundamental importância denunciando as condições inseguras e indignas observadas no trabalho. Com a Constituição de 1988 nasce o marco principal da etapa de saúde do trabalhador no nosso ordenamento jurídico. Está garantida a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E, ratificadas as Convenções 155 e 161 da OIT, que também regulamentam ações para a preservação da Saúde e dos Serviços de Saúde do Trabalhador. As conquistas, pouco a pouco, vêm introduzindo novas mentalidades, sedimentando bases sólidas para o pleno exercício do direito que todos devem ter à saúde e ao trabalho protegido de riscos ou das condições perigosas e insalubres que põem em risco a vida, a saúde física e mental do trabalhador. A proteção à saúde do trabalhador fundamenta-se, constitucionalmente, na tutela “da vida com dignidade”, e tem como objetivo primordial a redução do risco de doença, como exemplifica o art. 7º, inciso XXII, e também o art. 200, inciso VIII, que protege o meio ambiente do trabalho, além do art. 193, que determina que “a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais”. Posteriormente, o Ministério do Trabalho, por meio da Portaria nº 3.067, de 12.04.88, aprovou as cinco Normas Regulamentadoras Rurais vigentes. A Portaria SSST nº 53, de 17.12.97, aprovou a NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.

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Atuando de forma tripartite o Ministério do Trabalho e Emprego, divulga para consulta pública a Portaria SIT/SST nº 19 de 08.08.01, publicada no DOU de 13.08.01, para a criação da NR nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. E, em 06.11.02 foi publicada no DOU a Portaria nº 30, de 22.10.02, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do MTE, divulgando para consulta pública proposta de texto de criação da Norma Regulamentadora Nº 31 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida no trabalho vêm ganhando importância no Governo, nas entidades empresariais, nas centrais sindicais e na sociedade como um todo. Propostas para construir um Brasil moderno e competitivo, com menor número de acidentes e doenças de trabalho, com progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços, devem ser apoiadas. Para isso deve haver a conjunção de esforços de todos os setores da sociedade e a conscientização na aplicação de programas de saúde e segurança no trabalho. Trabalhador saudável e qualificado representa produtividade no mercado globalizado.

3. Conceitos Iniciais do Direito: A Lei: As leis foram criadas para solucionar todos os conflitos existentes entre os seres humanos. É um conjunto de normas e princípios que regulam as atividades da relação humana. É uma forma de controle social. A lei é uma regra obrigatória para manter numa comunidade, a ordem e o desenvolvimento. A criação da lei é o resultado de atos formais, sendo que esse formalismo, envolve tanto o poder de criar a norma como a observância do processo legislativo. O Poder Legislativo normalmente é exercido por um colegiado, denomimado Congresso, Parlamento, etc. No Brasil ele é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, mas ele não tem o monopólio da criação legislativa, pois, a Constituição pode estabelecer situações em que o Poder Executivo pode legislar.

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Fato social “Todo modo de agir, fixo ou não, suscetível de exercer sob o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda o que é geral no âmbito de uma sociedade dada, tendo uma existência própria, independente de suas manifestações individuais.” Assim, as notas características do fato social são: exterioridade, coercibilidade e generalidade. Hierarquia das Leis O fenômeno da hierarquia das leis consiste fundamentalmente nessa relação de superioridade e inferioridade entre elas, baseadas na fundamentação de cada uma. As leis são válidas porque se apoiam em outras que lhes são hierarquicamente superiores. Essa disposição hierárquica das normas prevê em princípio três planos: o da Constituição, composto por leis de hierarquia constitucional; os das leis ordinárias, compreendendo as leis elaboradas por autoridade ou órgão investida de poder legislativo; e dos regulamentos, onde aparecem as leis ou normas dimanadas de autoridades que recebem, das leis constitucionais ou das leis ordinárias, a competência administrativa ou poder administrativo. O princípio da hierarquia faz com que as leis ordinárias se subordinem às leis constitucionais, e as leis regulamentares, também chamadas executivas, subordinem-se às primeiras, quando não diretamente às constitucionais. A forma clássica de lei situada no plano constitucional é a Constituição, que pode ser definida como uma lei suprema, estabelecida pelo povo em virtude de sua soberania, para servir de base a sua organização política, dispor sobre os modos de criação das outras leis e estabelecer os direitos e deveres dos seus membros. A expressão lei ordinária designa a lei situada no segundo plano da hierarquia, elaborada pelo Poder Legislativo com base na Constituição. São consideradas leis stricto sensu. Regulamento – é o “conjunto de regras ou disposições ou disposições estabelecidas para que se execute as leis, por elas se determinando as medidas e meios ou se instituindo as providências para que se tornem efetivas as determinações legislativas”. Ressalvada a absoluta primazia da Constituição Federal, quando ocorrem conflitos entre normas federais e estaduais, não se configura propriamente um conflito de hierarquias as sim de competência legislativa, que deve ser dirimido não por regras quanto à hierarquia das leis, mas pelas normas jurídicas que definem a competência da União, dos Estados e dos Municípios, ou ainda, pelos princípios de direito inter territorial ou normas solucionadoras de conflitos de leis no espaço.

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A Constituição Federal Brasileira Toda Constituição é o conjunto de normas que regulam a organização e o fundamento do Estado. Nossa Constituição foi promulgada por uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita pelo povo em 05 de outubro de 1988. Foi apelidada por Ulisses Guimarães de “Constituição Cidadã”. Com a promulgação da C.F. instituí-se o Estado Democrático. Pirâmide de Kelsen: Princípio da Compatibilidade das Normas ou Princípio da Verticalidade – Nenhuma norma pode violar a C.F.. A Ementa Constitucional tem o mesmo valor da Constituição Federal:

C.F. =Ementa Constitucional

Lei Complementar

Lei Ordinária

Decreto

Portaria

Outras designações da C.F. : Carta Magna Norma Fundante Lei das Leis Carta Política Norma Ápice Lei Maior

Etc ...

Todas estas denominações nos conduzem à ideia de superioridade da Constituição sobre todas as outras leis do País. Decreto É a fórmula utilizada pelo chefe do Executivo (federal, estadual, municipal) para exercer a sua competência normativa (art. 84 da CF). É a determinação escrita, emanada pelo chefe de Estado, ou de outra autoridade pública superior. Conforme define Eduardo Espínola, em seu sistema de direito Civil Brasileiro (v.1, p.80), “decreto é um ato emanado do Poder Executivo, mas sem o mesmo caráter de regra

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comum que têm as leis e regulamentos. São expedidos decretos pelo Poder Executivo entre nós para o desempenho das funções que lhe atribui a Constituição.” O decreto é um ato administrativo, inferior em categoria à lei, não podendo ir de encontro nem infringir a norma legal, que é validamente superior. Em alguns casos, os decretos podem também suprir momentaneamente a inexistência da lei, que o ato do Executivo possa prover, mas não a substituem, ficando superados com a sua edição. Portaria É um documento da Ato Administrativo de qualquer autoridade pública, que contem instruções acerca da aplicação das leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral. É a redação técnica utilizada no ato em que as autoridades competentes (titulares de órgãos) determinam providências de caráter administrativo, visando estabelecer normas de serviço e procedimentos para o(s) órgão(s), bem como definir situações funcionais e medidas de ordem disciplinar. São atos administrativos de âmbitos internos e externos. São usados textos oficiais pelas autoridades superiores, para diversas finalidades: Designa servidores para funções e cargos secundários; Iniciar sindicâncias e processos; Determinar tarefas especiais aos seus subordinados, etc.

O raio de ação da portaria é variado, porque ao mesmo tempo que produz efeito dentro das repartições, regulando o funcionamento dos serviços, dirigindo-se pois, neste caso, aos funcionários, também ultrapassa aqueles limites, impondo normas de conduta ao público. A portaria atua secundum legem. Interpreta o texto legal com fins executivos. Desce a minúcias não explicitadas em lei. 4. Legislação e Jurisprudência da Segurança e Medicina do Trabalho: A seguir, apresento alguns exemplos de legislações que dissertam sobre a Segurança e Saúde do Trabalho. Observa-se que a responsabilidade do empregador encontra-se claramente definida, aclarada por sua vez pela jurisprudência que segue a ela.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988 Capítulo II - Dos Direitos Sociais “Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social: XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;” CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO/1916 “Art. 159 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”. A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo disposto nesse Código, nos artigos 1518 a 1532 e 1537 a 1553. CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO/2003 ´Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. “ Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único - Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. (correspondência legislativa parcial dos artigos citados, CC 1916, 159). SÚMULA 229 STF: “A indenização acidentária não exclui a do Direito Comum, em caso de dolo ou culpa grave do empregador”. SÚMULA 341 STF: “É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto”. Súmulas: “O empregador, que tem o dever de assegurar aos seus empregados as condições de realizar o trabalho sem pôr em risco sua integridade física, age com culpa se permite que obreiro sem a devida qualificação e treinamento execute trabalho de alto risco, vindo a sofrer em conseqüência disso dano irreparável que o impossibilita para suas atividades normais” (TAPR-Ac.52727900 - 5ª Câmara Civil). “Acidente de Trabalho - Indenização pelo direito comum - Empresa que, sem submeter o empregado a nenhum treinamento específico o requisita para operar em máquina - Previsibilidade do evento – culpa caracterizada. Age culposamente a empresa que, sem submeter o trabalhador a nenhum treinamento específico o requisita para operar em

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máquina, pois a ocorrência do acidente lhe era absolutamente previsível” ( EI- 130.591-1/5 - 2ª Câmara Civil). “A reparação do dano moral tem natureza também punitiva, aflitiva para o ofensor, com o que tem a importante função, entre outros efeitos, de evitar que se repitam situações semelhantes. A teoria do valor de desestímulo na reparação dos danos morais insere-se na missão preventiva de sansão civil que defende não só interesse privado mas também visa a devolução do equilíbrio às relações privadas”. (2º Tribunal de Alçada Civil do Est. SP- Apelação Civil nº 483.023). “Acidente do trabalho — Culpa grave - Inobservância grosseira de cautelas ordinárias e regras de senso comum caracteriza a culpa grave, a que se refere a Súmula nº 229 do Supremo Tribunal Federal” (7ª Câmara Cível do Estado do RJ - Apelação Cível nº 2.954/84). “Além do dolo a ele se equiparam a negligência grave, a omissão consciente do empregador, que não se incomoda com a segurança do empregado, expondo-o ao perigo, ao acidente. Tal falta se equipara ao dolo a que se refere o art. 31 da Lei de Acidentes”. (Rev.dos Tribunais, vol. 315, pág. 811). “Uma vez que os mecanismos não são mantidos pelo empregador em perfeito estado de funcionamento, é evidente que o patrão está contribuindo com culpa, culpa essa que pode tornar-se grave e até gravíssima, para a produção do acidente, e tal culpa pode equiparar-se ao dolo”. (Rev. Dos Tribunais, vol. 315, pág. 811). Quando a empresa não cumpre a obrigação implícita, no que diz respeito à segurança do trabalho de seus empregados, tem o dever de indenizá-los, porque quem “cria o risco tem o dever de eliminá-lo”. “Art. 177 - As ações pessoais prescrevem, ordinariamente, em 20 (vinte) anos, as reais em 10 (dez), entre presentes e, entre ausentes, em 15 (quinze), contados da data em que poderiam ter sido propostas”. Essas ações, de natureza civil, a cargo do empregador serão cumulativas com as prestações acidentárias, a cargo da Previdência. E, confirmando o enunciado acima o Decreto nº 3.048/99, da Previdência Social cita: DECRETO nº 3.048/99 - Regulamento da Previdência Social “Art. 342 - O pagamento pela Previdência Social, das prestações decorrentes do acidente, a que se refere o art. 336 (mortes/acidentes) não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros”. Isto é, age com culpa grave a empresa contratante e a contratada que não observam sequer o mínimo exigível em atividades sabidamente perigosas, no que tange à segurança dos seus empregados, ensejando, assim, a reprimenda indenizatória de caráter solidário.

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O Decreto nº 3.048/99, nos artigos elencados abaixo, tratam das ações regressivas por parte da Previdência contra os responsáveis e a responsabilidade penal das pessoas jurídicas que deixarem de observá-las: DECRETO nº 3.048/99 “Art. 338 - A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e saúde do trabalhador. Parágrafo único - É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e dos produtos a manipular”. “Art. 341 - Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis”. “Art. 343 - Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e saúde do Trabalho”. “Art. 339 - O Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos artigos 338 e 343”. Além da responsabilidade de natureza civil, o empregador poderá responder criminalmente ( contravenção penal, crime de perigo, de lesões corporais) como também os sindicatos poderão estar sempre presentes, intervindo na empresa. Isto sem falar da NR1, item 1.7 das responsabilidades do empregador, que além de fazer parte do rol da legislação para uma ação proposta por seu empregado, (ações estas de responsabilidade civil, objetivando indenização por danos patrimoniais e “morais” decorrentes dos acidentes do trabalho e das doenças profissionais) será alvo certo de muitas multas. NR1 - DISPOSIÇÕES GERAIS: “1.1. - As Normas Regulamentadoras - NRs, relativas a segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. .................................................................................................................................................... 1.7 - Cabe ao Empregador: a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; b) elaborar ordens de serviço sobre segurança do trabalho, dando ciência aos empregados com os seguintes objetivos: I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir;

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III - dar conhecimento aos empregados de que são passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas; IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho; V - adotar medidas determinadas pelo MTE. VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho. c) informar aos trabalhadores: I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; (funcionamento e manejo com máquinas/DORTs) II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV - os resultados das avaliações ambientais realizados nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. Observe-se que tudo que ocorrer dentro do risco normal do trabalho, é matéria puramente acidentária. Todo e qualquer débito de infortúnio laboral tem natureza alimentar. DECRETO Nº 3.048/99 “Art.283 - Por infração a qualquer dispositivo das Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 1991, para a qual não haja penalidade expressamente cominada neste Regulamento, fica o responsável sujeito a multa variável de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) a R$ 63.617,35 ( sessenta e três mil, seiscentos e dezessete reais e trinta e cinco centavos), conforme a gravidade da infração, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes valores: (valores expressos em reais em 1999)- a partir de R$ 6.361,73 (seis mil, trezentos e sessenta e um reais e setenta e três centavos) nas seguintes infrações: a)................................................................................................................................................. n) deixar a empresa de manter laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou emitir documentos de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo; e o) deixar a empresa de elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e de fornecer a este, quando da rescisão do contrato, cópia autêntica deste documento”. Portanto, toda empresa que tiver a visão do conjunto, buscando profissionais especializados, percorrendo toda uma cadeia de atos, discutindo, dirimindo dúvidas, pontos controversos, orientando, lidando com a realidade existente, traz economia para a

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empresa - objetivando custo-benefício, dentro do cenário mercadológico globalizado. Ações desencadeadas antes de uma crise são mais significativas do que atitudes tomadas depois que ela acontece. Quanto mais o empresário estiver presente na gestão empresarial, hoje, perante os altos índices de acidentes no trabalho, maiores serão os resultados para sua empresa e para toda a sociedade. Segurança e medicina no trabalho é uma questão cultural, uma questão de formação e informação, de entendimento e valorização da vida, como também forma de evitar os altos custos que representa para a sociedade.

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CAPÍTULO II

A CLT E AS NORMAS REGULAMENTADORAS DO MTE

1. CLT- CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS: Aprovada pelo decreto-lei . 5.452 de 1º de maio de 1943, a CLT revolucionou as relações entre empregados e empregadores no País. Os direitos fundamentais do Trabalho, contidos na CLT são: Proteção contra despedida arbitrária; Seguro desemprego; FGTS; Salário Mínimo; Piso Salarial; Discriminação Salarial; Irredutibilidade de Salário; Jornada de trabalho; Hora extra; Férias; Aviso prévio; Trabalhador noturno; Proteção do trabalho da mulher; Proteção do trabalho do menor; Direitos dos trabalhadores domésticos; Sidicatos; Direito a greve Segurança e medicina do trabalho,

Etc...

Daremos foco em nosso curso aos capítulos da CLT que tratam da Segurança e Medicina do Trabalho. 2. LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977: O Capítulo V do Título II da CLT, apresenta a Lei Nº. 6514 – de Dezembro de 1977 foi aprovado pelo Decreto Lei Nº 5.452, de 1º de Maio de 1943. Este Capítulo foi dedicado à Segurança e Saúde do Trabalho e dispõem em seções, considerações que darão origem à Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. A Normas Regulamentadoras, ou simplesmente NR´S, são de observância obrigatória das instituições que possuam empregados regidos pela CLT. Derivadas das seções da Lei 6.514, hoje são exaustivamente discutidas por comissões tripartites, formadas pelos representantes dos trabalhadores, empresas e Governo.

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Periodicamente são realizadas alterações e inclusões, para conferir uma melhor aferição a Segurança e Medicina do Trabalho aos tempos atuais e às realidades de trabalho. Constatemente atualizadas, as NR´s, estão disponíveis no site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br). Podemos então ter acesso gratuito a estas normas e enviar propostas de melhorias para todas elas. É publicada uma Portaria para cada alteração na redação de uma NR ou inclusão de outras NR´s. Abaixo, apresento a Lei Nº 6.514: LEI Nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei Nº 5.452, de 01 de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação: Capítulo V DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO Seção I Disposições Gerais Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras e regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho. Art. 155 - Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no Art. 200; II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;

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III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. Art. 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201. Art. 157 - Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art. 158 - Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Art. 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser

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delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo. Seção II Da inspeção prévia e do embargo ou interdição Art. 160 - Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho § 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente à Delegacia Regional do Trabalho. § 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações. Art. 161 - O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho. § 1º - As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho. § 2º - A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade sindical § 3º - Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados recorrer no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso. § 4º - Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequência, resultarem danos a terceiros. § 5º - O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso, e após laudo técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.

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§ 6º - Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício. Seção III Dos órgãos de segurança e de medicina do trabalho nas empresas Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão: a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades; b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior; c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho; d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA(s). Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados . § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.

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§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA. § 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA(s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação a Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Seção IV Do equipamento de proteção individual Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. Seção V Das medidas preventivas de medicina do trabalho Art. 168 - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: I - na admissão; II - na demissão; III - periodicamente. § 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis exames: a) por ocasião da demissão;

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b) complementares. § 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer. § 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos. § 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco de atividade. § 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos de ética médica. Art. 169 - Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho. Seção VI Das edificações Art. 170 - As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam perfeita segurança aos que nelas trabalhem. Art. 171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-direito assim considerada a altura livre do piso ao teto. Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e medicina do trabalho. Art. 172 - Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. Art. 173 - As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou de objetos. Art. 174 - As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores, coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-se em perfeito estado de conservação e limpeza.

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Seção VII Da iluminação Art. 175 - Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. § 1º - A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. § 2º - O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminamento a serem observados. Seção VIII Do conforto térmico Art. 176 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço realizado . Parágrafo único - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as condições de conforto térmico. Art. 177 - Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada para o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas. Art. 178 - As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho. Seção IX Das instalações elétricas Art. 179 - O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as medidas especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas em qualquer das fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia. Art. 180 - Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas. Art. 181 - Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico. Seção X

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Da movimentação, armazenagem e manuseio de materiais Art. 182 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre: I - as precauções de segurança na movimentação de materiais nos locais de trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais a que estão sujeitas a operação e a manutenção desses equipamentos, inclusive exigências de pessoal habilitado; II - as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais, inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativas aos recipientes e locais de armazenagem e os equipamentos de proteção individual; III - a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos equipamentos de transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à natureza perigosa ou nociva à saúde das substâncias em movimentação ou em depósito, bem como das recomendações de primeiros socorros e de atendimento médico e símbolo de perigo, segundo padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias armazenados ou transportados. Parágrafo único - As disposições relativas ao transporte de materiais aplicam-se, também, no que couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho. Art. 183 - As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão estar familiarizadas com os métodos racionais de levantamento de cargas. Seção XI Das máquinas e equipamentos Art. 184 - As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. Parágrafo único - É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo. Art. 185 - Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste. Art. 186 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância entre elas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas.

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Seção XII Das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão Art. 187 - As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressão deverão dispor de válvulas e outros dispositivos de segurança, que evitem seja ultrapassada a pressão interna de trabalho compatível com a sua resistência. Parágrafo único - O ministério do Trabalho expedirá normas complementares quanto à segurança das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão, especialmente quanto ao revestimento interno, à localização, à ventilação dos locais e outros meios de eliminação de gases ou vapores prejudiciais à saúde, e demais instalações ou equipamentos necessários a execução segura das tarefas de cada empregado. Art. 188 - As caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções de segurança, por engenheiro ou empresa especializada, inscritos no Ministério do Trabalho, de conformidade com as instruções que, para esse fim, forem expedidas. § 1º - Toda caldeira será acompanhada de "Prontuário", com documentação original do fabricante, abrangendo, no mínimo: especificação técnica, desenhos, detalhes, provas e testes realizados durante a fabricação e a montagem, características funcionais e a pressão máxima de trabalho permitida (PMTP), esta última indicada, em local visível, na própria caldeira. § 2º - O proprietário de caldeira deverá organizar, manter atualizado e apresentar, quando exigido pela autoridade competente, o Registro de Segurança, no qual serão anotadas, sistematicamente, as indicações das provas efetuadas, inspeções, reparos e quaisquer outras ocorrências. § 3º - Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob pressão deverão ser submetidos à aprovação prévia do órgão regional competente em matéria de segurança do trabalho. Seção XIII Das atividades insalubres ou perigosas Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.

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Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais

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interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. § 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex-officio da perícia. Art. 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11. Art. 197 - Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substancias perigosas ou nocivas à saúde. Seção XIV Da prevenção da fadiga Art. 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher. Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças. Art. 199 - Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado. Parágrafo único - Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço

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permitir. Seção XV Das outras medidas especiais de proteção Art. 200 - Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre: I - medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual em obras de construção, demolição ou reparos; II - depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas; III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminação de poeiras, gases etc. e facilidades de rápida saída dos empregados. IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra-fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização; V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento e profilaxia de endemias; VI - proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação, ou atenuação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam necessárias; VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestuários e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais; VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo.

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Parágrafo único - Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a que se refere este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito adotadas pelo órgão técnico. Seção XVI Das penalidades Art. 201 - As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão punidas com multa de 30 (trinta) a 300 (trezentas) vezes o valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentas) vezes o mesmo valor. Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo." Art. 2º - A retroação dos efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições da insalubridade ou periculosidade, de que trata o artigo 196 da Consolidação das Leis do Trabalho, com a nova redação dada por esta Lei, terá como limite a data da vigência desta Lei, enquanto não decorridos 2 (dois) anos da sua vigência. Art. 3º - As disposições contidas nesta Lei aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais. § 1º - Ao Delegado de Trabalho Marítimo ou ao Delegado Regional do Trabalho, conforme o caso, caberá promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho em relação ao trabalhador avulso, adotando as medidas necessárias, inclusive as previstas na Seção II, do Capítulo V, do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, com a redação que lhe for conferida pela presente lei. § 2º - Os exames de que tratam o § 1º e 3º do artigo 168 da Consolidação das Leis do Trabalho, com a redação desta Lei, ficarão a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica de Previdência Social - INAMPS, ou dos serviços médicos das entidades sindicais correspondentes, Art. 4º - O Ministro do Trabalho relacionará os artigos do Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, ruja aplicação será fiscalizada exclusivamente por engenheiros de segurança e médicos do trabalho. Art. 5º- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogados os artigos 202 a 223 da Consolidação das Leis do Trabalho, a Lei nº 2.573, de 15 de agosto de 1955, o Decreto-lei nº 389, de 26 de dezembro de 1968 e demais disposições em contrário.

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3. INTERPRETAÇÃO DA LEI 6.514 A Lei 6.514 está inserida na CLT no Capítulo V do Título II possue 26 seções distribuídas titulações que posteriormente deu origem às Normas Regulamentadoras, veja a analogia a seguir: Seção Título NR Título

I Disposições Gerais 1 Disposições gerais II Da inspeção prévia e do embargo ou

interdição 2 Inspeção Prévia

III Dos órgãos de segurança e de Medicina do trabalho nas empresas

4 Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho

IV Do equipamento de proteção individual 6 Equipamento de Proteção Individual - EPI

V Das medidas preventivas de medicina do trabalho

7 Exames Médicos

VI Das edificações 8 Edificações VII Da iluminação 9 Riscos Ambientais VIII Do conforto térmico 15 Atividades e operações insalubres,

anexo 3 – Limites de tolerância ao calor

IX Das instalações elétricas 10 Instalações e Serviços de Eletricidade

X Da movimentação, armazenagem e manuzeio de materias

11 Transporte , movimentação, armazenagem e manuseio de

materiais XI Das máquinas e equipamentos 12 Máquinas e equipamentos XII Das caldeiras, fornos e recipientes sob

pressão 13 e 14

Vasos sob pressão e Fornos

XIII Das atividades insalubres e perigosas 15 e 16

Atividades e operações insalubres e Atividades e operações perigosas

XIV Da prevenção da fadiga 17 Ergonomia XV Das outras medidas especiais de

proteção 18,

19, 20, 21, 22, 23,

24 e

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Obras de Construção, demolição e reparos;

Explosivos; Combustíveis líquidos e inflamáveis;

Trabalho a céu aberto; Trabalhos subterrâneos;

Proteção contra incêndios; Condições Sanitárias dos locais de

trabalho e Sinalização de segurança

XVI Das penalidades 28 Fiscalização e penalidades

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Como se vê a legislação assinala premissas importantes que darão origem as Normas Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho, publica a Portaria N.º 3.214, aprovando as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II da CLT, com redação dada pela Lei N.º 6.514. Hoje existem um total de 30 Normas Regulamentadoras , aprovadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Alterações posteriores, decorrentes da experiência e necessidade, serão baixadas pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (Art. 2º, Portaria N.º 3.214). As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão decididos pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (Art. 2º, Portaria N.º 3.214). 4- AS NORMAS REGULAMENTADORAS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SEGURO DAS RELAÇÕES DO TRABALHO As questões de saúde e segurança no trabalho são objeto de atenção contínua nos diversos seguimentos industriais, pois as conseqüências apresentadas pelos acidentes e doenças afetam aos trabalhadores, as empresas, o governo e a sociedade como um todo. Ações imediatistas, emocionais, devem ser desconsideradas e sugestões empíricas devem ser descartadas, pois todas as propostas devem ser analisadas sob diversos ângulos e alternativas. Identificados os riscos, estes devem ser debelados. Está comprovado que, para cada dólar aplicado em prevenção pela empresa, o retorno é de seis dólares. Estudos e experiências práticas obtidas comprovam que não haverá qualidade de vida se essa não começar pelo trabalho. Esse fato é tão profundo que extrapola a ação do comportamento humano, interferindo no processo industrial, na qualidade daquilo que é fabricado, na produtividade e no lucro. Desta forma, entendemos que o empresário deve estar à frente na gestão empresarial, dentro do cenário mercadológico globalizado; ter visão do conjunto de atos e ações a serem empreendidas na empresa; buscar profissionais especializados; conhecer e aplicar a legislação vigente; aplicar em prevenção, em educação representa benefícios, em relação aos custos, além da credibilidade de seus produtos, reconhecidamente pela sua responsabilidade social. Os órgãos governamentais estão preocupados com os altos índices de acidentes do trabalho. Estabeleceram metas para a diminuição dos acidentes de trabalho; estão abertos à negociação, ao diálogo. O importante é resolver os problemas existentes. Para

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tanto têm desenvolvido ações públicas e buscam parceiros para se chegar a um bom termo. Querem debater e contar com o apoio dos segmentos da sociedade. Os trabalhadores devem ter consciência de seus direitos e deveres, contando com o apoio de sindicatos atuantes. A própria Carta Magna valorizou os direitos sociais. As cláusulas pétreas dizem respeito à segurança e medicina do trabalho. Segurança e medicina no trabalho é uma questão cultural, de formação e informação, de entendimento e valorização por parte dos envolvidos. Já evoluímos muito nesta área, porém ainda há muito que se fazer. Ações desencadeadas antes de uma crise são mais significativas do que atitudes tomadas depois que ela acontece. Contamos que haja, cada dia mais, consciência e responsabilidade de todos nós.

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Combustão e o Triângulo do Fogo

1.O TRIÂNGULO DO FOGO

• Há fogo quando há COMBUSTÃO.

• Combustão nada mais é do que uma reação química das mais elementares, geralmente uma oxigenação.

• Para que se processe esta reação, obrigatoriamente dois agentes químicos devem estar presentes: COMBUSTÍVEL E COMBURENTE

• COMBUSTÍVEL- É tudo que é suscetível de entrar em combustão ( madeira, papel, pano, estopa, tinta, alguns metais, etc.)

• COMBURENTE- É todo elemento que, associando-se quimicamente ao combustível, é capaz de faze-lo entrar em combustão( o oxigênio é o principal comburente)

• TEMPERATURA DE IGNIÇÃO - Além do combustível e do comburente, é necessária uma terceira condição para que a combustão possa se processar. Esta condição é a temperatura de ignição, que é a temperatura acima da qual um combustível pode queimar.

1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS

1.1.1 QUANTO AO ESTADO FÍSICO:

Combustíveis Sólidos: O que entra em combustão não é o corpo em si, mas os vapores desprendidos. Fatores que afetam a combustibilidade: Composição química: os materiais mais combustíveis encerram os elementos carbono, enxofre e hidrogênio. Exemplos: Borracha, papel, etc. ·

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Dimensões: Os materiais finamente divididos entram em combustão mais rapidamente. Exemplos: madeira, serragem e aço, esponja de aço.

Sólidos- (carvão, madeira, pólvora, etc.)

• Os combustíveis líquidos: também não ardem. Os vapores desprendidos da sua superfície é que entram em combustão. - Fatores que afetam a combustibilidade:

- quantidade de vapores

- superfície exposta

- volatibilidade

- temperatura

Líquidos- (gasolina, álcool, éter, óleo, etc.)

• Combustíveis Gasosos: Via de regra os gases são acondicionados nas seguintes formas:

- liquefeitos

- comprimidos

- em tubulações

• Gasosos- (metano, etano, etileno, etc.)

1.1.2 QUANTO A VOLATILIDADE:

• Voláteis- São aqueles que, à temperatura ambiente, são capazes de se inflamar( álcool, éter, benzina, etc.)

• Não Voláteis- São aqueles que, para desprenderem vapores capazes de se inflamar, necessitam aquecimento acima da temperatura ambiente( óleo combustível, óleo lubrificante, etc.)

1.2 COMBURENTE

• Na maioria das reações que geram a combustão, o comburente encontrado normalmente é o oxigênio.

• A percentagem de oxigênio existente no ar atmosférico é de aproximadamente 21%.

• Sempre que a percentagem de oxigênio cair abaixo de 16%, o mesmo já não alimentará mais a combustão.

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• Sempre que nós conseguirmos manter uma percentagem de oxigênio abaixo de 16% em determinado local, estaremos afastando um dos lados do triângulo do fogo, e conseqüentemente extinguindo o mesmo. A este método de extinção do fogo é dado o nome de ABAFAMENTO.

1.3 TEMPERATURA

• PONTO DE FULGOR: É a temperatura( uma para cada combustível), na qual um combustível desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas não em quantidade suficiente para manter a combustão.

• PONTO DE COMBUSTÃO: É a temperatura do combustível acima da qual ele desprende vapores em quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte externa de calor, e continuarem queimando, mesmo quando retirada esta fonte de calor.

• PONTO DE IGNIÇÃO: É a temperatura necessária para inflamar os vapores que estejam se desprendendo de um combustível.

Após ter visto tudo isto, podemos concluir que se abaixarmos a temperatura de um combustível, ou da região onde seus vapores flutuam, abaixo da sua temperatura de ignição, cessará a combustão.

2. ORGANIZAÇÃO BÁSICA DO CAV A BORDO DE NAVIOS

CAv - Controle de avarias. O CAv é de responsabilidade de todos a bordo, e cabe a todo pessoal de bordo zelar pelo seu cumprimento.

A melhor maneira de prevenção contra incêndios é evitar que os mesmos tenham as condições ideais para se desenvolverem (Ex: limitar a presença de materiais combustíveis a bordo).

Todo navio deve confeccionar um LISTA DE INFLAMÁVEIS, que é uma relação possuindo a localização de todos os materiais capazes de se inflamarem com facilidade, que estão distribuídos pelos compartimentos de bordo.

O combate a incêndio é uma faina de equipe, cujo desenvolvimento se faz sob tensões físicas e emocionais. Qualquer trabalho assim executado necessita para ser bem sucedido, que determinados requisitos básicos sejam satisfeitos, a saber:

• ORGANIZAÇÃO: é dar aos componentes de um grupo de CAv a disposição necessária para a execução de funções a que elas se destinam.

• INSTRUÇÃO: é o conhecimento técnico individual da função, para o qual está designado o componente do grupo, pela organização.

• ADESTRAMENTO: é a execução de uma função por um componente do grupo, para a qual já foi instruído durante um certo número de vezes, de um trabalho em conjunto.

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3 ORGANIZAÇÃO DO CONTROLE DE AVARIAS

O controle de avarias a bordo é regido por duas organizações distintas: a Organização Administrativa e a Organização de Combate.

• ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: oO CAv fica subordinado ao Chefe do Departamento de Máquinas.

• ORGANIZAÇÃO DE COMBATE: o CAv está subordinado diretamente ao comandante.

4 GRUPOS DE REPAROS

Os serviços de controle de avarias são efetuados por Grupos de Reparos.Os navios são divididos em áreas e cada uma ficará diretamente sob a responsabilidade de um Grupo de Reparos.

A cada Grupo de Reparos caberá a execução de todos os serviços de controle de avarias dentro de sua área de responsabilidade. O número de reparos e sua localização depende do tipo e tamanho de navio.

O serviço de vários grupos de reparos é coordenado e dirigido pela Estação Central de Controle de Avarias (EncCAV).Esta estação é sempre guarnecida pelo Oficial Encarregado do CAv e seus ajudantes.

A doutrina da MB determina dividir cada reparo por turmas e distribuir essas turmas pela área do reparo, evitando com isso que todo grupo corra o risco de vir a ser destruído por um único impacto inimigo.

As turmas previstas para um reparo são as seguintes:

• Encarregado do Reparo

• Telefonista da Estação de Reparo

• Mensageiro

• Líder do Reparo ( Líder da Cena de Ação)

• Investigador (1 ou 2)

• Patrulha (2 ou 3)

• Turma de Incêndio (4 a 6 homens) e Líder da Turma de Ataque

• Turma de Máscaras (3 homens)

• Turma de Bombas (2 homens)

• Turma de Contenção

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• Turma de Remoção de Escombros

• Eletricista (2 homens), e

• Turma de Primeiros Socorros

É conveniente, que cada reparo possua um determinado número de homens de reserva, compondo uma Turma de Serviços Gerais, para que possa atuar com flexibilidade no reforço de qualquer outra turma ou tarefa.

5 FAINA DE COMBATE A INCÊNDIOS

Quando alguém constata a existência de um incêndio, a primeira providência a tomar, a bordo, é comunicar o fato ao OFICIAL DE SERVIÇO.

Há uma certa tendência, errada, de que essa primeira providência seja relegada a uma segunda etapa, por um impulso natural de se iniciar o combate as chamas com os recursos mais ao alcance das mãos naquele momento.

Nesta situação, qualquer pequeno erro de avaliação poderá transformar um início de incêndio em um sinistro incontrolável.

É mandatório, portanto, o seguinte procedimento:

Comunicar o fato ao Oficial de Serviço, pessoalmente ou por qualquer meio seguro, informando qual o compartimento incendiado e, se possível, qual o material em combustão;

Após a comunicação, iniciar o combate ao incêndio com os meios que dispuser.

O Oficial de Serviço, sabendo que ocorre um incêndio a bordo, fará soar o alarme geral, avisando pelo fonoclama: "Incêndio no compartimento nome e número tal".

Podem ocorrer duas situações:

• navio estar com toda a sua tripulação a bordo;

• navio estar apenas com parte da tripulação a bordo.

No primeiro caso, estando com toda a tripulação a bordo, ao soar o alarme de incêndio, a tripulação ocupará os POSTOS DE COMBATE.

O reparo responsável pela área incendiada atacará o incêndio e providenciará a investigação dos compartimentos vizinhos, fechando as ventilações e etc.

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A EncCAV providenciará reforço para o reparo da área incendiada, se necessário por pessoal de outros reparos.

No segundo caso, estando apenas parte da tripulação a bordo, o grupo de controle de avarias de serviço guarnecerá o reparo de CAv responsável pela área incendiada.

O restante da tripulação ficará formada em local de parada, ou onde for indicado, ficando disponível para quaisquer necessidades.

Em ambos os casos, afim de ser assegurada uma imediata ação de combate ao incêndio, em cada reparo de CAv e no grupo de CAv de serviço existirão sempre quatro homens experientes escalados para, ao ser tocado o alarme, dirigirem-se de pronto ao local incendiado, iniciando o combate as chamas com os meios existentes no local, até que os demais recursos sejam mobilizados.

Estes quatro homens constituem a TURMA DE ATAQUE.

Navios que estejam a contrabordo de um outro onde seja detectado um incêndio devem também guarnecer postos de combate. Com parte da tripulação licenciada, o navio deverá formar toda a tripulação no bordo oposto ao do navio incendiado.

6. MÉTODOS BÁSICOS PARA EXTINÇÃO DO FOGO, MÉTODOS DE TRANSMISSÃO DO CALOR E FENÔMENOS SECUNDÁRIOS DA COMBUSTÃO

6.1 MÉTODOS BÁSICOS PARA A EXTINÇÃO DO FOGO

Existem três métodos básicos para extinção do fogo:

• ABAFAMENTO: consiste em reduzir a percentagem de oxigênio abaixo do limite de 16%.

• RETIRADA DO MATERIAL (ISOLAMENTO): o mais dos métodos de extinção; requer apenas a remoção do combustível, no caso de incêndio pequeno, o isolamento, quando o incêndio for de maiores proporções.

• RESFRIAMENTO: é o segundo método básico de extinção de incêndios, que consiste em diminuirmos a temperatura do local onde estiver ocorrendo o incêndio. Seu agente universal é a ÁGUA.

• QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA: consiste na introdução de determinadas substâncias na reação química da combustão com o propósito de inibi-la; com isso é criada uma condição especial em que o combustível e o comburente perdem ou têm em muito reduzida a capacidade de manter a cadeia da reação.

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6.2 MÉTODOS DE TRANSMISSÃO DO CALOR

Existem três métodos de transmissão de calor:

• IRRADIAÇÃO: é a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de continuidade molecular entre a fonte calorífica e o corpo que recebe calor. É o caso típico de calor radiante (calor proveniente do Sol) ou ondas de calor desprendidas por incêndios.

• CONDUÇÃO OU CONDUTIBILIDADE: é a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, através de um movimento vibratório, que as anima e se comunica de uma para outra. Pode ser a condução de calor através de uma antepara comum entre dois compartimentos. Ex: transmissão de calor em barras ou objetos metálicos com uma de suas partes em conto com a fonte de calor.

• CONVECÇÃO: é o método de transmissão de calor característico dos líquidos e gases. Consiste na formação de correntes ascendentes no seio da massa fluida, devido ao fenômeno da dilatação e conseqüente perda de densidade da porção de fluido mais próximo da fonte calorífica.

6.3 FENÔMENOS SECUNDÁRIOS DA COMBUSTÃO

São dois os fenômenos secundários provenientes de uma combustão:

• EXPLOSÃO: Existem combustíveis que, por sua altíssima velocidade de queima e enorme produção de gases, quando inflamados dentro de um espaço confinado, produzem o fenômeno da explosão.

• COMBUSTÃO ESPONTÂNEA: Certos materiais orgânicos, em determinadas circunstâncias, podem, por si só, entrar em combustão. Entre as substâncias mais suscetíveis de combustão espontânea destacam-se: O carvão, os óleos em geral, as misturas contendo nitrato, etc.

7. CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS

Para facilitar a seleção dos melhores métodos para combater cada tipo de incêndio, estes são usualmente, divididos em quatro classes principais, a saber: classe "A", "B", "C" e "D".

CLASSE A .

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CLASSE B.

CLASSE C.

Classe "A" : são os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas ou deixam resíduos. São os incêndios em madeira, papel, tecidos, borracha e na maioria dos plásticos.

Classe "B" : são os que se verificam em líquidos inflamáveis (óleo, querosene, gasolina, tintas, álcool, etc.) e também em graxas e gases inflamáveis.

Classe "C" : são os que se verificam em equipamentos elétricos e instalações, enquanto a energia elétrica estiver alimentada.

Classe "D" : são os que se verificam em metais (magnésio, titânio e lítio).

8. EXTINTORES

8.1 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EXTINTORES

Agente extintor é tudo aquilo que é ou pode ser usado para abafar ou resfriar as chamas, propiciando sua extinção.

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O grau de proteção que oferecem não equivale ao das instalações fixas e automáticas, mas, se empregado adequadamente, são eficientes em extinguir o fogo em seus momentos iniciais.

Existem vários tipos de extintores portáteis. As variações que apresentam entre si prendem-se principalmente, às diferenças entre os gases extintores e ao propelente utilizado.

Em navios, os extintores portáteis de uso mais geral são os que empregam o CO2 como agente extintor. Outros tipos podem ser encontrados, principalmente em instalações de terra ou, em casos especiais, a bordo de navios que operam com aeronaves.

Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere na sua química, provocando uma descontinuidade em um ou mais lados do triângulo do fogo, alterando as condições para que haja fogo.

Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos ou gasosos. Existe uma variedade muito grande de agentes extintores. Os agentes mais empregados na extinção de incêndios e que possivelmente teremos que utilizar em caso de incêndios são: água, espuma(química e mecânica), gás carbônico e pó químico seco, agentes alogenados (Halon), agentes improvisados como areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc, que normalmente extinguem o incêndio por abafamento, ou seja, retiram todo o oxigênio a ser consumido pelo fogo.

Os aparelhos extintores são os vasilhames fabricados com dispositivo que possibilitam a aplicação do agente extintor sobre os focos de incêndio. Normalmente os aparelhos extintores recebem o nome do agente extintor que neles contém. Os aparelhos extintores destinam-se ao combate imediato de pequenos focos de incêndio, pois, acondicionam pequenos volumes de agentes extintores para manterem a condição de fácil transporte. São de grande utilidade, pois podem combater a maioria dos incêndios, cujo princípios são pequenos focos, desde que, manejados adequadamente e no momento certo.

Todas as instituições, mesmo dotadas de chuveiros automáticos, devem possuir extintores portáteis., a fim de combater o fogo em seu início.

O êxito no emprego dos extintores depende dos seguintes fatores:

a) de uma distribuição adequada destes extintores pela área a ser protegida;

b) de manutenção adequada e eficiente;

c) de pessoal habilitado a manejar aparelhos na extinção de incêndio.

Os extintores podem ser portáteis ou sobre rodas (carretas).

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Só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial - INMETRO.

Os agentes extintores mais utilizados nos extintores portáteis são:

• EXTINTORES À ÁGUA: tipo pressão no próprio cilindro. O propelente (ar comprimido) e o agente extintor são armazenados no cilindro e a descarga controlada por meio de válvula de fechamento.São empregados exclusivamente em incêndios da classe "A".

• Como usar o aparelho extintor de água pressurizada

- Retirar o pino de segurança.

- Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. - Só usar em madeira, papel, fibras, plásticos e similares.

- Não usar em equipamentos elétricos.

� Água pressuriável (água/gás)

- Abrir a válvula do cilindro de gás.

- Atacar o fogo, dirigindo o jato para a base das chamas.

- Só usar em madeira, papel, fibras, plásticos e similares.

- Não usar em equipamentos elétricos.

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Tipo "Ampola de CO2": No interior do cilindro, abaixo da tampa, existe uma ampola de bióxido de carbono (CO2) sob alta pressão. Neste tipo de extintor o propelente é o CO2. É utilizado exclusivamente em incêndios da classe "A".

Tipo "Soda-Ácido": É empregado exclusivamente em incêndios da classe "A".

• EXTINTORES À ESPUMA Como usar o aparelho extintor de espuma

- Inverter o aparelho o jato disparará automaticamente, e só cessará quando a carga estiver esgotada.

- Não usar em equipamentos elétricos.

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Espuma Química: O cilindro contém uma solução de água com bicarbonato de sódio e agente estabilizador. Uma solução de sulfato de alumínio é colocada em recipiente interno de vidro; invertendo-se o extintor coloca-se as duas soluções em contato, e a reação após processada desprende CO2. O CO2 atua como propelente. Este tipo de extintor pode ser usado em incêndios das classes "A" e "B". O agente extingue por abafamento.

Espuma Mecânica: Um cilindro com uma mistura de AFF e água, que usa ar comprimido como propelente. Estes extintores podem ser usados em incêndios das classes "A"e "B".

.4.3 EXTINTOR DE GÁS (CO2) • EXTINTORES A BIÓXIDO DE CARBONO ( CO2): O extintor consiste de um cilindro de aço sem costura, no qual é comprimido o CO2 a uma pressão de 850 lb/pol². São recomendados para incêndios das classes "B" e "C", não podendo ser usados em incêndios da classe "D".

Gás insípido, inodoro, incolor, inerte e não condutor de eletricidade.

Pesa cerca de 1,5 vezes mais do que o ar atmosférico e é armazenado, sob a pressão de 850 libras, em tubos de aço. As unidades de tipo maior de 60 a 150 Kg devem ser montadas sobre rodas.

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É o agente extintor mais indicado para dar combate a incêndio em equipamentos elétricos energizados. Sendo um gás inerte, não é inflamável, nem bom condutor de eletricidade. É eficiente também nos incêndios de Classes B. Não dá bons resultados nos de Classe A.

O gás carbônico, como agente extintor, tem, poucas restrições, não devendo ser utilizado sobre superfícies quentes e brasas, materiais contendo oxigênio e metais pirofosfóricos.

Quando aplicado sobre os incêndios, age por abafamento, suprimindo e isolando o oxigênio do ar. Observações:

- Asfixia - Embora o CO2 não seja tóxico, poderá causar desmaios e até morte por asfixia mecânica, quando estiver presente em ambientes confinados para extinção de incêndios.

- Reinício de incêndios - Incêndios, aparentemente extintos com uso de gás carbônico, podem reiniciar-se caso permaneçam brasas vivas ou superfícies metálicas aquecidas.

- Substâncias químicas - O gás carbônico também não é eficaz como agente extintor de incêndios envolvendo substâncias químicas que contêm oxigênio.

- Metais pirofosfóricos - Incêndios pirofosfóricos, tais como sódio, potássio, magnésio, titânio, zircônio e incêndios que envolvam hidratos de metais, não podem ser extintos com gás carbônico. Estas substâncias decompõem o CO2. Como usar o aparelho extintor de gás

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- Remover o pino de segurança quebrando o lacre.

- Segurar o difusor com a mão direita e comprimir o gatilho da válvula com a mão esquerda.

- Acionar a válvula dirigindo o jato para a base do fogo.

- Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.

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11.4.4 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PÓ)

• EXTINTORES A PÓ QUÍMICO: Os extintores a bicarbonato de sódio foram originalmente conhecidos como "pó químico", sendo esta denominação mantida para todos os extintores com agente extintor em pó, exceto aqueles para incêndio classe "D". São recomendados para incêndios das classes "B" e "C", não podendo ser utilizados nos incêndios classe "D".

O pó químico comum é fabricado com 95% de bicarbonato de sódio, micropulverizado e 5% de estearato de potássio, de magnésio e outros, para melhorar sua fluidez e torná-lo repelente à umidade e ao empedramento.

Age por abafamento e, segundo teorias mais modernas, age por interrupção da reação em cadeia de combustão, motivo pelo qual é o agente mais eficiente para incêndios de Classe B.

Os produtos químicos secos são agentes extintores indicados para dar combate eficiente a incêndios que envolvam líquidos inflamáveis. Podem ser utilizados naqueles ocorridos em equipamentos elétricos energizados (fogo de Classe C), pois são maus condutores de eletricidade. Contudo, deve-se evitá-lo em equipamentos eletrônicos onde, aliás, o CO2 é mais indicado. Não dá bons resultados nos incêndios de Classe A.

O efeito do agente químico seco não é prolongado, caso exista no local fonte de reignição, como, por exemplo, superfícies metálicas aquecidas, o incêndio poderá ser reativado.

Não deve ser usado em painéis de relés e contatos elétricos, como centrais telefônicas, computadores, etc.

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- Retirar o pino de segurança.

- Empunhar a pistola difusora.

- Atacar o fogo

Como usar o aparelho extintor de pó químico seco com cilindro de gás

- Abrir a ampola de gás.

- Apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó à base do fogo.

- Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.

*Utilizar o pó químico em materiais eletrônicos, somente em último caso. .

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Resumo das Propriedades dos Agentes Extintores

Ação Primária Secundária

Água Resfria Abafa

Espuma Abafa Resfria

Pó Químico Catálise Negativa Abafa

• EXTINTORES A HALON: Os extintores a Halon utilizam basicamente dois tipos de agentes extintores: Halon 1211 e Halon 1301. São recomendados para incêndios das classes "B" e "C", e são muito usados também em incêndios de equipamentos eletrônicos, por não deixarem resíduos.

8.2 TIPOS DE EXTINTORES

8.2.1 OS EXTINTORES PODEM SER:

• Extintor de água: Pressurizado Pressão injetada Manual, tipo costal ou cisterna

• Extintor de espuma:

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Mecânica (pressurizado) Mecânica (pressão injetada) Química

• Extintor de pó químico seco: Pressurizado Pressão injetada

• Extintor de gás carbônico • Extintor de composto halogenado

Extintor de água (Pressurizado)

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 10 litros

Unidade extintora 10 litros

Aplicação Incêndio Classe “A”

Alcance médio de jato 10 metros

Tempo de descarga 60 segundos

Funcionamento: a pressão interna expele a água quando o gatilho é acionado

Extintor manual de água (Bomba manual))

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 10 a 20 litros

Aplicação Incêndio classe “A” Tempo de descarga e alcance Conforme o

operadorFuncionamento: a pressão é produzida manualmente

TIPO COSTAL È preso às costas do operador por alças. O esguicho já é acoplado à bomba. Opera-se com as duas mãos: uma controla o jato d´água e a outra, com movimento de “vai e vem”, aciona a bomba.

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Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado)

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 9 litros (mistura de água e LGE) Unidade extintora 9 litrosAplicação Incêndios classes “A” e “B”Alcance médio de jato 5 metrosTempo de descarga 60 segundos Extintor de Espuma Química

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 10 litros (total de reagentes) Unidade extintora 10 litrosAplicação Incêndios classes “A” e “B”Alcance médio de jato 7,5 metrosTempo de descarga 60 segundosFuncionamento: com a inversão do extintor, colocando-o de “cabeça para baixo”, os reagentes, soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio, entram em contato e reagem quimicamente, formando a espuma. Depois de iniciado o funcionamento não é possível interromper a descarga, Cuidados: deve-se verificar periodicamente se o bico deste tipo de extintor está desobstruído e se a tampa está corretamente rosqueada. Evitar inclina-lo desnecessariamente. Extintor de Pó Químico Seco Pressurizado

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 1, 2, 4, 6, 8 e 12 KgUnidade extintora 4 litrosAplicação Incêndios classes“B” e “C”. Classe “D”,

utilizando pó químico seco especial.Alcance médio de jato 5 metrosTempo de descarga 15 segundos para extintor de 4 Kg, 25

segundo para extintor de 12 KgFuncionamento: o pó sob pressão é expelido quando o gatilho é acionado.

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Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada)

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 4, 6, 8 e 12 KgUnidade extintora 04 KgAplicação Incêndio classes “B” e “C”. Classe “D”,

utilizando PQS especialAlcance médio de jato 5 metrosTempo de descarga 15 segundos para extintor de 4 Kg, 25

segundos para extintor de 12 KgFuncionamento: junto ao corpo do extintor há um cilindro de gás comprimido acoplado. Este, ao ser aberto, presssuriza o extintor, expelindo o pó quando o gatilho é acionado. Extintor de Halon (Composto Halogenado)

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 1, 2, 4 e 6 KgUnidade extintora 2 KgAplicação Incêndio classes “B” e “C”Alcance médio de jato 3,5 metrosTempo de descarga 15 segundos para extintor de 2 KgFuncionamento: o gás sob pressão é liberado quando acionado o gatilho. O halom é pressurizado pela ação de outro gás (expelente), geralmente nitrogênio.

8.2.2 EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETA)

São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas para serem conduzidos com facilidade. As carretas recebem o nome de agente extintor que transportam, como os extintores portáteis. Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação destes aparelhos obrigam o emprego de pelo menos dois operadores. As carretas podem ser:

• De água; • De espuma mecânica; • De espuma química; • De pó químico seco; • De gás carbônico

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Carreta de água CARACTERÍSTICAS

Capacidade 75 a 150 litrosAplicação Incêndio classe “A” Alcance médio de jato 13 metrosTempo de descarga para 75 litros 180 segundosFuncionamento: acoplado ao corpo da carreta há um cilindro de gás comprimido que, quando aberto, pressuriza-a, expelindo a água após acionado o gatilho.

Carreta de Espuma Mecânica

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 75 a 150 litros (mistura de água e LGE)Aplicação Incêndios classes “A” e “B” Alcance médio de jato 7,5 metrosTempo de descarga para 75 litros 180 segundosFuncionamento: há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor que, sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e LGE, quando acionado o gatilho. No esguicho laçador é acionado ar e pré-mistura, ocorrendo batimento, formando espuma. Carreta de Espuma Química

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 75 a 150 litros (total dos reagentes)Aplicação Incêndios classes “A” e “B” Alcance médio de jato 13 metrosTempo de descarga para 75 litros 120 segundosFuncionamento: com o tombamento do aparelho e a abertura do registro, as soluções dos reagentes (sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio) entram em contato e reagem formando a espuma química. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível interromper a descarga. Carreta de Pó Químico

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 20 Kg a 100 KgAplicação Incêndios classes “B” e “C”. Classe “D”,

utilizando PQS especial Tempo de descarga para 20 Kg 120 segundosFuncionamento: junto ao corpo do extintor há um cilindro de gás comprimido que, ao ser aberto, pressuriza-o, expelindo o pó quando acionado o gatilho.

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Carreta de Gás Carbônico

CARACTERÍSTICAS

Capacidade 25 Kg a 50 KgAplicação Incêndios classes “B” e “C” Alcance médio de jato 3 metrosTempo de descarga para 30 Kg 60 segundosFuncionamento: o gás carbônico, sob pressão, é liberado quando acionado o gatilho.

MANGUEIRAS DE INCÊNDIO

1. INTRODUÇÃO

É um equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado

de juntas de união, destinado a conduzir água sob pressão.

O revestimento interno do duto é u tubo de borrachas que impermeabiliza a mangueira, evitando que a água saia do seu interior. É vulcanizada em uma capa de fibra.

A capa do duto flexível é uma lona, confeccionada de fibras naturais ou sintéticas, que permite à mangueira suportar alta pressão de trabalho, tração e as difíceis condições do serviço de bombeiro e brigadista.

Juntas de união são peças metálicas, fixadas nas extremidades das mangueiras, que servem para unir lances entre si ou liga-los a outros equipamentos, após serem feitos os encaixes.

O Corpo de Bombeiros adota como padrão as juntas de união de engate rápido tipo storz.

Empatação de mangueira é o nome dado a fixação, sob pressão, da junta de união de

engate rápido no duto.

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Page 57: Apostila -  Segurança do Trabalho

57

Lance de mangueira é a fixação de mangueira que vai de uma a outra junta da união.

Por conveniência de manuseio, transporte e combate a incêndio, o lance padrão do

Corpo de Bombeiros é de 15 metros.

Linha de mangueira é o conjunto de mangueiras acopladas, formando um sistema para

conduzir a água.

2. CLASSIFICAÇÃO DAS MANGUEIRAS

As mangueiras de incêndio podem ser classificadas de três formas:

2.1 QUANTO AS FIBRAS DE QUE SÃO FEITAS AS LONAS

As mangueiras podem ser de fibras naturais ou fibras sintéticas. As fibras naturais são oriundas de vegetais. As sintéticas são fabricadas na indústria, a partir de substâncias químicas. As fibras sintéticas apresentam diversas vantagens sobre as naturais, tais como: peso reduzido, maior resistência à pressão, ausência de fungos, manutenção mais fácil, baixa absorção de água, etc. Pelos motivos acima, são normalmente utilizadas pelo Corpo de Bombeiros.

2.2 QUANTO A DISPOSIÇÃO DAS LONAS

As mangueiras podem ser classificadas quanto à disposição das lonas em mangueiras de lona simples, de lona dupla e lona revestida por material sintético. As mangueiras do tipo lona simples são constituídas de um tubo de borracha, envolvido por uma camada têxtil, que forma a lona. As mangueiras do tipo lona dupla são constituídas de um tubo de borracha envolvido por duas camadas têxteis sobrepostas. As mangueiras do tipo lona revestida por material sintético são constituídas de um tubo de borracha, envolvido por uma ou duas camadas testeis revestidas externamente por material sintético. Esse tipo de material permite à mangueira ter maior resistência aos efeitos destrutivos de ácidos, graxas, abrasivos e outros agentes agressores.

2.3 QUANDO AO DIÂMETRO As mangueiras classificam-se também quanto ao seu diâmetro, sendo

normalmente utilizadas pelo Corpo de Bombeiros as de 38, 63, 75 e 100mm.

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Page 58: Apostila -  Segurança do Trabalho

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3. CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO

3.1 ANTES DO USO OPERACIONAL • Mangueiras novas devem ser retiradas da embalagem de fábrica, armazenadas em

local arejado, livre de umidade e mofo e protegidas da exposição direta de raios solares. Devem ser guardadas em prateleiras apropriadas e acondicionadas em aspiral

• Os lances acondicionados por muito tempo (mais que 3 meses), sem manuseio, em veículos abrigos de hidrantes ou prateleiras, devem se substituídos ou novamente acondicionados, de modo a evitar a formação de vincos nos pontos de dobra (que diminuem sensivelmente a resistência das mangueiras).

• Deve-se testar as juntas de engate rápido antes da distribuição da mangueira para uso operacional, através de acoplamento com outra junta.

• Lembrar que as mangueiras foram submetidas a todos o testes necessários para seu uso seguro, quando do recebimento, após a compra.

3.2 DURANTE O USO OPERACIONAL

• As mangueiras de incêndio não devem ser arrastadas sobre superfícies ásperas:

entulho, quinas de paredes, bordas de janela, telhado ou muros, principalmente quando cheias de água, pois o atrito ocasiona maior desgaste e cortes da lona na mangueira.

• Não devem ser colocadas em contato com superfícies excessivamente aquecidas, pois, com o calor, as fibras derretem e a mangueira poderá romper-se

• Não devem entrar em contato com substâncias que possam atacar o duto da mangueira, tais como: derivados de petróleo, ácidos, etc.

• Evitar mudanças bruscas de pressão interna, provocadas pelo fechamento rápido de expedições ou esguichos. Mudanças bruscas de pressão interna podem danificar mangueiras e outras equipamentos.

3.3 APÓS O USO OPERACIONAL

• Ao serem recolhidas, as mangueiras devem sofrer rigorosas inspeções visual na

lona e juntas de união. As reprovadas devem ser separadas. • As mangueiras aprovadas, se necessário, serão lavadas com água pura e escova

de cerdas macias. • Nas mangueiras atingidas por óleo, graxa, ácidos ou outros agentes, admite-se o

emprego de água morna, sabão neutro ou produto recomendado pelo fabricante. • Após a lavagem, as mangueiras devem ser colocadas para secar. Podem ser

suspensa por uma das juntas de união ou por uma dobra no meio, ficando as juntas de união para baixo, ou ainda estendidas em plano inclinado, sempre à sombra e em local ventilado. Pode-se ainda utilizar um estrado de secagem.

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Page 59: Apostila -  Segurança do Trabalho

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• Depois de completamente secas, devem ser armazenadas com os cuidados anteriormente descritos.

4. FORMA DE ACONDICIONAR AS MANGUEIRAS

São maneiras de dispor as mangueiras, em função da sua utilização: • Em aspira: própria para armazenamento, devido ao fato de apresentar uma dobra

suave que provoca pouco desgaste no duto. Uso desaconselhável e operações de incêndios, tendo em vista a demora ao estende-la e a inconveniência de lança-la, o que pode causar avarias na junta de união

• Aduchada: é de fácil manuseio, tanto ao combate a incêndio, como no transporte. O desgaste do duto é pequeno por ter apenas uma dobra.

• Em ziguezague: acondicionamento próprio para uso de linhas prontas, na parte superior da viatura (em compartimentos específicos). O desgaste do duto é maior devido ao números de dobras.

4.1 ACONDICIONAMENTO EM ASPIRAL

• Estender a mangueira ao solo, retirando as torções que surgirem. • Enrolar a partir de uma extremidade em direção à outra, mantendo as voltas

paralelas e justas. • Parar de enrolar aproximadamente 40 (quarenta) cm da outra empatação. • Colocar a junta sobre o rolo, ficando a mangueira em condições de ser

transportada. 4.2 ACONDICIONAMENTO “ADUCHADA”

4.2.1 A PARTIR DA MANGUEIRA SOBREPOSTA (por dois bombeiros)

• Preparação: A mangueira deve ficar totalmente ------------------------------------------

2.4. MANGUEIRAS

2.4.1. As mangueiras poderão estar acondicionadas na forma “aduchada” ou “zig-

zag” e apoiadas em suporte metálico ou estrados de madeira.

2.4.2. Poderão ser de diâmetro de 63 mm (2 e 1/2”) ou de 38 mm (1 e 1/2”) e os

lances deverão ter comprimento máximo de 30 metros, sendo admitidos comprimentos

intermediários desde que cubram a área de risco.

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2.4.3. Verificar o estado de conservação das mesmas, se estão secas e se as

conexões acoplam-se perfeitamente aos hidrantes e aos esguichos.

CHECK-LIST DE INSPEÇÃO

HIDRANTES E EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS DE COMBATE A INCÊNDIO

Nº ORDEM

LOCALIZAÇÃO

CASA DE BOMBA

RESPONSÁVEL

DATA

DATA

DATA

1 – HIDRANTE S N NA S N NA S N NA1.1 – Desobstruído 1.2 – Vazamento 1.3 – Corrosão 1.4 - Borracha vedante ressecada e/ou danificada 2 - ABRIGO DE MANGUEIRAS 2.1 – Desobstruído 2.2 – Fechado 2.3 - Boa conservação 3 – MANGUEIRAS 3.1 - Presença de umidade 3.2 - Enroladas corretamente 3.3 - Engates danificados 3.4 - Borrachas de vedação ressecada e/ou danificada 3.5 - Boa conservação 4 - ESGUINCHO REGULÁVEL 4.1 - Fechamento rápido 4.2 - Engates danificadas 4.3 - Borracha de vedação ressecada e/ou danificada 4.4 - Boa conservação 5 – DERIVANTE 5.1 - Fechamento rápido 5.2 - Engates danificados 5.3 - Borracha de vedação ressecada e/ou danificada 5.4 - Boa conservação 6 - CHAVE DUPLA PARA CONEXÕES 6.1 - Quantidade (02 pç) 6.2 - Boa conservação OBSERVAÇÕES:

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O1 Mangueira de 2 ½” furada e falta uma chave de conexão

LEGENDA: S = SIM / N = NÃO / NA = NÃO APLICA 4.4 - Boa conservação 5 - DERIVANTE 5.1 - Fechamento rápido 5.2 - Engates danificados 5.3 - Borracha de vedação ressecada e/ou danificada 5.4 - Boa conservação 6 - CHAVE DUPLA PARA CONEXÕES 6.1 - Quantidade (02 pç) 6.2 - Boa conservação OBSERVAÇÕES: S/A

LEGENDA: S = SIM / N = NÃO / NA = NÃO APLICA

Fig. 7 (Mangueiras)

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2.5. ESGUICHOS 2.5.1. Em cada abrigo deverá existir um ou mais esguichos, que poderão ser do

tipo agulheta ou regulável.

2.5.2. Verificar se os esguichos permitem fácil acoplamento aos lances de

mangueiras.

2.5.3. Os diâmetros das conexões dos esguichos deverão ser idênticos aos das

mangueiras.

Fig. 8 (esguichos)

2.6. SINALIZAÇÃO 2.6.1. Obrigatoriamente, os hidrantes deverão estar sinalizados, de forma vertical, de

coluna ou solo.

2.6.2. Nos locais destinados à fabricação, depósito ou de movimentação de mercadorias,

a sinalização de solo nos hidrantes é obrigatória.

2.6.3. Em casos da edificação ser ocupada por lojas, igrejas, escolas, apartamentos e

escritórios, os hidrantes estão dispensados da sinalização de solo.

Fig. 9 (Sinalização)

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Page 63: Apostila -  Segurança do Trabalho

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2.7. RESERVA DE INCÊNDIO

2.7.1. Verificar se a tomada de água de uso comum não está no mesmo nível da

prevista para a rede de hidrantes, para o caso de reservatórios conjugados.

2.7.2. No caso de reservatório exclusivo para incêndio verificar se o mesmo está

cheio.

2.7.3. Verificar se há válvula de retenção e se está instalada no sentido correto.

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Hidrantes 1. Introdução 2. Desenvolvimento 2.1 Registro de Recalque 2.2 Hidrantes 2.3 Abrigos 2.4 Mangueiras 2.5 Esguichos 2.6 Sinalização 2.7 Reserva de Incêndio 2.8 Funcionamento do Sistema 3. Conclusão 4. Bibliografia

1. INTRODUÇÃO Este Caderno de Treinamento destina-se à padronização das vistorias realizadas por Comandantes de Guarnições, em Sistemas de Proteção por Hidrantes em edificações, e tem por objetivo detalhar, em uma seqüência lógica e prática, as ações necessárias para a verificação das instalação, funcionamento e conservação de todos os seus componentes.

Os hidrantes normalmente estão localizados perto ou nos corredores e escadas de emergências e são chamados vulgarmente de "caixas de incêndio" por estarem nas paredes, dentro de caixas vermelhas sinalizadas.

Abaixo apresentamos uma seqüência de informações de como utilizar os hidrantes de parede:

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Page 65: Apostila -  Segurança do Trabalho

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Abra a "caixa de incêndio".

Segure o "bico" (esguicho) da mangueira retirando-o da "caixa de incêndio".

Abra então o registro.

Após esticar bem a mangueira, dirija o jato de água para a base do fogo.

2. DESENVOLVIMENTO 2.1 REGISTRO DE RECALQUE 2.1.1 É uma extremidade da rede de hidrantes, provida de registro, introdução e

tampão de engate rápido, utilizado para sua pressurização.

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Page 66: Apostila -  Segurança do Trabalho

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2.1.2. Poderá ser instalado na calçada (de coluna)ou na parede externa da

edificação ( de parede), sua introdução voltada para a rua, devendo estar identificado e

seu acesso desobstruído.

2.1.3. Quando instalado no passeio, a nível do solo, deverá ser encerrado em uma

caixa de alvenaria protegida por uma tampa metálica pintada na cor vermelha com

identificação “INCÊNDIO”, e o fundo da mesma em material que permita a drenagem de

água (pedra, areia, etc.).

2.1.4. A tampa deverá ter suas dobradiças fixadas no lado oposto à introdução, a

fim de não obstruir a conexão de mangueira, quando aberta (abrir no sentido oposto à

expedição).

2.1.5. O registro de recalque no passeio deverá estar instalado a 0,15 m de

profundidade em relação ao nível do solo e a sua introdução voltada para cima e para a

rua em um ângulo de 45º graus, permitindo fácil acoplamento de mangueiras.

2.1.6. Não deve estar em local de estacionamento ou passagem de veículos, que

possam impedir a sua utilização.

2.1.7. Quando instalado na parede, ou seja, um hidrante simples de coluna, deverá

estar em local de fácil acesso para o acoplamento às viaturas do Corpo de Bombeiros, e à

altura de 1 e 1,5 m em relação ao piso.

2.1.8. O registro de recalque poderá estar localizado em rua interna, desde que

possibilite o acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros.

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Fig. 1 (Registro de recalque no passeio)

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Fig. 2 (Registro de recalque de passeio)

2.2. HIDRANTES

2.2.1. Deverão ser inspecionados todos os hidrantes da edificação.

2.2.2. Os hidrantes podem ser internos ou externos.

2.2.3. Deverão estar localizados nas proximidades das portas de acesso, não

podendo estarem afastados a mais de 05 (cinco) metros das portas, escadas ou

antecâmara, podendo existirem em posições centrais como complemento para a

cobertura do risco.

2.2.4. Nos prédios elevados os hidrantes deverão ser localizados próximo às

escadas de saídas ou rampas de acesso ao subsolo, não sendo permitido dentro das

caixas de escada comum ou de segurança.

2.2.5. Verificar se estão sinalizados e desobstruídos, ou seja, de fácil visualização

e acesso livre para manuseio das mangueiras e acessórios acondicionados no abrigo.

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Page 69: Apostila -  Segurança do Trabalho

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Fig. 4 (Hidrante duplo de coluna)

Fig. 5 (Abrigo de mangueiras com hidrante de parede)

2.2.6. A canalização aparente deverá estar pintada na cor vermelha e não poderá

ser de PVC ou cimento amianto.

2.2.7. Todos os hidrantes deverão possuir a conexão de engate rápido 63 mm ou

reduzida para 38 mm conforme for o caso da ocupação.

2.2.8. Junto a cada hidrante deverá existir um abrigo de mangueira contendo

mangueira e esguicho.

2.2.9. A sinalização poderá ser por setas indicativas, de coluna ou de solo.

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Page 70: Apostila -  Segurança do Trabalho

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2.2.10. Observar que qualquer ponto da edificação deve estar protegido pelo

hidrante mais próximo, considerando 30 m de mangueira fazendo caminho pelas

passagens existentes.

2.2.11. No caso de indústrias, o projeto pode ter sido elaborado com base na

circular da SUSEP, quando então todo ponto deve ser protegido por dois jatos

simultâneos (de até 10 m), com razão pela qual os hidrantes são duplos.

2.2.12. Quando o hidrante for externo e estiver localizado a mais de 15 m da

edificação ou a uma vez e meia a altura da parede, considera-se 60 m de mangueira.

2.2.13. Todos os hidrantes devem possuir registro de 63 mm e estar instalado a

altura entre 1 m e 1,5 m.

2.2.14. A canalização deve ter diâmetro mínimo de 63 mm e independente da rede

normal.

2.2.15. Os mezaninos, escritórios, edículas em andar superior, porões, subsolo ou

zeladoria, de até 200 m2 de área poderão ser protegidos por hidrantes do pavimento mais

próximo, desde que não sejam dotados de escadas enclausurada.

2.3. ABRIGOS

2.3.1. O abrigo deve estar identificado com a palavras “INCÊNDIO”, podendo ser de

qualquer material e sua porta metálica, madeira ou vidro.

2.3.2. Deverá ter as dimensões mínimas para as mangueiras e acessórios.

2.3.3. Estar localizado no máximo a 5 m dos hidrantes, em local visível e de fácil

acesso.

2.3.4. Deverá ser verificada a sua fixação à parede ou coluna e o seu estado de

conservação.

2.3.5. Não deverão permanecer trancados à chave.

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Fig. 6 (Abrigo de mangueiras)

2.7. RESERVA DE INCÊNDIO

2.7.1. Verificar se a tomada de água de uso comum não está no mesmo nível da

prevista para a rede de hidrantes, para o caso de reservatórios conjugados.

2.7.2. No caso de reservatório exclusivo para incêndio verificar se o mesmo está

cheio.

2.7.3. Verificar se há válvula de retenção e se está instalada no sentido correto.

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Fig. 10 (Reserva de incêndio)

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2.8. BOMBA DE INCÊNDIO

2.8.1. Verificar se o circuito de alimentação elétrica é independente da rede geral.

2.8.2. Se instalada acima do nível d`água deverá possuir sucção com válvula de pé

com crivo e tanque de escorva.

2.8.3. Verificar se a bomba tem o dispositivo de acionamento manual, (botoeiras

junto a cada hidrante), ou automático (tanque de pressão, bomba de pressurização, chave

de fluxo, pressostato).

2.8.4. Verificar se há o retorno da bomba, quando a vazão for superior a 600 lpm.

Fig. 11 (Ligação da Bomba)

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Fig. 12 (Bomba de Incêndio - By-pass)

Fig. 13 (Bomba de Pressurização)

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2.8. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

2.8.1. Deverá ser testado o hidrante mais distante em caso de reservatório

subterrâneo. Em caso de reservatório elevado deverá ser testado o hidrante do pavimento

mais elevado.

2.8.2. Para teste do sistema, basta abrir o registro do hidrante acoplado a não mais

de 30 metros de mangueira e ao esguicho respectivo (para sistemas automatizados). Em

caso do acionamento manual (por botoeiras), estas deverão estar localizadas junto aos

hidrantes, para o acionamento e desligamento da bomba de incêndio. Em caso de

sistemas automatizados, a bomba somente é desligada manualmente e no seu painel.

3. CONCLUSÃO

O presente trabalho possui o mérito de facilitar a atividade do vistoriante pois

estabelece critérios e sequências durante a inspeção. O fato de sanar dúvidas e eliminar

as diferenças nas exigências, denota uma maior organização do CB pois, em qualquer

ponto do Estado de São Paulo, os trabalhos poderão ser previstos e igualados.

Com o uso deste Caderno de Trabalho os Comandantes de Guarnição ao proceder

a vistoria estarão mais seguros de suas atitudes, estado em condições de emitir seus

pareceres sem dúvidas para a aprovação dos sistemas de hidrantes em edificações.

Para que este Caderno de Trabalho seja aplicado com resultados positivos, serão

necessários instruções periódicas aos Comandantes de Guarnições, a fim de que os

critérios estabelecidos sejam permanentemente aplicados, evitando-se situações

equivocadas e errôneas por ocasião das vistorias.

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9. MANUSEIO DE MANGUEIRAS DE INCÊNDIO

As mangueiras adotadas na marinha são as de borracha e lona dupla nos diâmetros de 1½, 2, 2½ e 3½ polegadas.

As seções são de 15,25 m (50 pés) de comprimento, com união macho em uma extremidade e união fêmea na outra.

As mangueiras devem ser sempre arrumadas adequadamente após a sua utilização, para que possam Ter a sua vida útil prolongada.

As mangueiras de incêndio devem ser conservados limpas. Para isso devem sempre ser lavadas com água doce após o seu uso.

I. OBJETIVO 2. DEFINIÇÕES

2.1- Gases 2.2- Gás liqüefeito de Petróleo 2.3- Gás Natural 2.4- Faixa de Explosividade 2.5- Combustão 2.6- Temperatura de Ebulição 2.7- Temperatura de Combustão 2.8- Temperatura de lgnição 2.9- Temperatura Crítica 2.10- Densidade de Vapor 2.11- Ventilação

3. CARACTERÍSTICAS DOS GASES LIQÜEFEITOS DE PETRÓLEO

3.1- Vantagens 3.2- Propriedades Físicas e Químicas

4. ARMAZENAMENTO DE GLP

4.1- Recipientes Transportáveis e Recipientes Estacionários 4.2- Tipos de Recipientes Transportáveis 4.3- Centrais de Gás - Baterias 4.4- Equipamentos Complementares

5. CONTROLE DE EMERGÊNCIAS

5. I- Meios a serem utilizados 5.2- Precaug6es ao chegar ao local 5.3- Controle de Vazamento com Fogo 5.4- Controle de Vazamento após Extinção 5.5- Salvatagem e Rescaldo 5.6- Conferência Final

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6. BIBLIOGRAFIA

1 - OBJETIVO

Este POP visa dar subsídios ao atendimento a ocorrências de incêndio em GLP, tanto em recipientes isolados quanto em baterias de cilindros.

2 - DEFINIÇÕES 2.1- GASES Toda substância no estado gasoso que esteja a uma temperatura superior a sua

temperatura crítica. 2.2- GÁS LIQÜEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) O gás de cozinha é combustível formado pela mistura de hidrocarbonetos com três

ou quatro átomos de carbono ( propano 50% e butano 50% ) extraídos do petróleo, podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos. Ele tem a característica de ficar sempre em estado liquido quando submetido a uma certa pressão, sendo por isto chamado de gás liqüefeito de petróleo (GLP).

1. De fácil combustão, o GLP é inodoro mas, por motivo de segurança, uma substância do grupo MERCAPTAN é adicionada ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro característico percebido quando há algum vazamento de gás. O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico, mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico.

2.3- GÁS NATURAL

Gás inflamável e combustível, mais leve que o ar, composto principalmente de metano

com uma quantidade menor de etano, propano e butano, tem os mesmos usos do GLP.

Possui risco de explosão por combustão e incêndio quando escapa para o ambiente.

Ap6s vários testes constatou-se que os vazamentos de gás natural não estão expostos

a explosões a céu aberto.

2.4- FAIXA DE EXPLOSIVIDADE OU INFLAMABILIDADE É a faixa de valores de concentração dos gases entre os limites de inflamabilidade

inferior e superior expressado em porcentagem de volume de um vapor ou gás na atmosfera ambiente, onde acima ou abaixo dos limites a propagação não ocorre.

2.5- COMBUSTÃO É um processo rápido, de oxidação exotérmica acompanhado de uma produção

continua de calor e normalmente de luz (chamas).

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2.6- TEMPERATURA DE EBULIÇÃO

É a temperatura em que um líquido se converte rapidamente em vapor, normalmente

se considera a pressão de uma atmosfera. No caso do GLP é de - 30°C.

2.7- TEMPERATURA DE COMBUSTÃO (FIRE POINT)

É a temperatura mínima requerida para iniciar uma combustão auto sustentada de um material ou composto. É a temperatura a qual um combustível entra em ignição e a chama se auto propaga.

2.8- TEMPERATURA DE IGNIÇÃO É a temperatura mínima a qual um gás inflamável ou uma mistura entram em

ignição sem uma faísca ou chama. A temperatura de auto-ignição também pode modificar-se com a presença de substâncias catalíticas.

2.9- TEMPERATURA CRÍTICA É a temperatura acima da qual não é possível condensar-se em vapor, por maior

que seja a pressão nela aplicada.

2.10- DENSIDADE DE VAPOR É a densidade relativa de um vapor comparada com o ar. Um valor menor que um

indica que o vapor é mais leve que o ar. Uma densidade superior a um indica um vapor que é mais pesado que o ar. O GLP no estado gasoso é mais pesado que o ar e no estado liquido é mais leve que a água.

2.11- VENTILACÃO Técnica para substituir uma atmosfera saturada de GLP por outra com

concentração abaixo do limite de inflamabilidade evitando assim o risco de explosão e permitindo o acesso das linhas a posições efetivas para a extinção do incêndio.

3 - CARACTERÍSTICAS DOS GASES DERIVADOS DE PETRÓEO

Na pressão atmosférica, a temperatura de ebulição do GLP b de -30° C em estado gasoso é mais pesado que o ar: 1 m3 de GLP pesa 2,2 kg. Com isso, em eventuais vazamentos, acumula-se a partir do chão, expulsa o oxigênio e preenche o ambiente. Em estado liquido o GLP é mais leve que a água, pesando 0,54 kg por litro.

ESTADO GASOSO ESTADO LÍQUIDO 1m3 de ar = 1,22 kg 1 litro de água = 1kg 1m3 de GLP = 2,2 kg 1 litro de GLP = 0,54kg

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VANTAGENS DO GLP Comparado a outros combustíveis, o GLP apresenta vantagens técnicas e

econômicas, associando a superioridade dos gases na hora da queima com a facilidade de transporte e armazenamento dos líquidos. Como gás, sua mistura com o ar é mais simples e completa, o que permite uma combustão limpa, não poluente e de maior rendimento. Liqüefeito, sob suave pressão na temperatura ambiente, pode ser armazenado e transportado com facilidade, inclusive em grandes quantidades.

O rendimento do GLP e seu poder calorifico também é comparativamente mais elevado.

1kg de GLP corresponde a cerca de :

4 Kg de lenha seca 1,8 Kg de coque 1,3 litro de óleo diesel 3 Kg de bagaço de cana 1,4 litro de gasolina 3 m3 de gás de rua 2 Kg de carvão de lenha 1,4 litro de querosene 14 KW/h

Poder Calorífico do GLP em Relação a Outros Combustíveis QUANTIDADE COMBUSTÍVEL PODER CALORÍFICO

1Kg GLP 11.500 kcal 1kg óleo diesel 10.200 kcal 1kg carvão 5.000 kcal 1kw energia elétrica 860 kcal 1m³ náfta 4.200 kcal 1m³ gás natural 9.400 kcal

4 - ARMAZENAMENTO DE GLP 4.1- RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS São os recipientes com capacidade até 0,25 metros cúbicos, que podem ser

transportados manualmente ou por qualquer outro meio, não estando incluídos nesta classificação, os recipientes utilizados coma tanque de combustível de veículos automotores.

Recipientes Estacionários - Recipientes fixos, com capacidade superior a 0,25

metros cúbicos. A escolha do tipo de recipiente e da estrutura das instalações depende do uso que se pretende dar ao GLP. Os diferentes conjuntos técnicos são definidos por normas técnicas e de segurança, que orientam tanto a fabricação de seus componentes como sua instalação.

Os botijões são fabricados com chapas de aço, capazes de suportar altas pressões e segundo normas técnicas de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT). O gás dentro dos botijões encontra-se no estado líquido e no de vapor. Do

Combate à Sinistro – SIN - 501

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volume do botijão, 85% é de gás em fase líquida e 15% em fase de vapor, o que constitui um espaço de segurança que evita uma pressão elevada dentro do botijão.

4.2- TIPOS DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS

A escolha do tipo de recipiente e da estrutura das instalações depende do uso que se

pretende dar ao GLP

P-2 As botijas de 2 kg (P-2) foram concebidas para operar sem regulador de pressão.

São indicados para fogareiros de acampamentos, lampiões a gás e maçaricos para pequenas soldagens. A válvula de saída de gás é acionada por uma mola, que retoma automaticamente quando da desconexão.

P-13 Os botijões de 13 kg (P-13) são os recipientes de gás mais populares do país.

São usados basicamente para cozinhar, tanto nas residências como em bares e

lanchonetes de pequeno porte. A válvula de saída de gás também d acionada por uma

mola, que retorna automaticamente quando da desconexão, mas neste case existe

uma válvula de segurança, o plugue-fusível. Ele é fabricado com uma liga metálica de

bismuto que derrete quando a temperatura ambiente atinge 78°C.

Combate à Sinistro – SIN - 501

Page 81: Apostila -  Segurança do Trabalho

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P-20 O GLP também pode ser utilizado como combustível para motores de veículos

empilhadeiras, que utilizam um recipiente especial de 20 kg (P-20), É o único vasilhame de GLP que deve ser utilizado na horizontal, pois todo o seu sistema é planejado para funcionar nesta posição.

VÁLVULA USV-1 TEM

FUNÇÃO ESPECÍFICA

DE MANTER A GARRAFA

PLUG-FUSÍVEL

PLUG-FUSÍVEL É

CONSTITUÍDO DE

UMA LIGA METÁLICA

15% GLP GASOSO

85% DE GLP

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P-45 e P-90 Os botijões de 45 e 90 kg (P-45 e P-90) são indicados para as instalações

centralizadas de gás que permitem maior versatilidade no use do GLP. Servem tanto para abastecer forno e fogão, como para o aquecimento de água e ambiente, refrigeração e iluminação. O P-45 d utilizado em residências, condomínios, restaurantes, lavanderias e indústrias ou para consumidores institucionais, como hospitais ou escolas. Os botijões de 90 kg são empregados pelo mesmo tipo de consumidores, mas de maior porte. A válvula de passagem de gás nesses dois tipos de vasilhames é a de fechamento manual. Eles também são equipados com uma válvula de segurança que libera a passagem do gás sempre que houver um grande aumento de pressão no interior do recipiente devido ao aquecimento do ambiente (aprox. 78° C).

4.3- BATERIAS São centrais de estocagem de GLP com quatro ou mais recipientes de 45 ou 90 kg

VÁLVULA ESPECIAL PARA EMPILHADEIRA * ANTES DE

COLARI

VÁLVULA DE CINTA DE SEGURANÇA DO

ENGATE

PIG

PINO PARA MANTER O

SUPORTE O

BAS

Combate à Sinistro – SIN - 501

Page 83: Apostila -  Segurança do Trabalho

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interligados e conectados a um coletor central. A ligação entre os vasilhames e o

coletor é feita através do pig-tail, uma pega de borracha sintética especial (Buna-N),

resistente ao GLP, com terminais em latão. Os Coletores, que conduzem o gás dos

botijões, têm uma estrutura modular, o que permite a montagem de baterias de

diferentes tamanhos. Em cada módulo do coletor, exceto o central, existe uma válvula

de retenção, que impede a saída do gás para fora do módulo. O Regulador de Pressão

reduz a pressão do gás que se encontra dentro dos botijões para os níveis necessários

aos aparelhos de queima. Também controla o vazão do gás, mantendo-a constante e

nos níveis adequados ao funcionamento dos aparelhos. Existem basicamente três tipos

de reguladores, que se diferenciam pela relação entre a pressão de entrada e a de

saída; o regulador de 1° estágio reduz a pressão do vasilhame para uma pressão

intermediária; o de 2° estágio completa essa redução até os níveis necessários ao

funcionamento dos aparelhos. Nas baterias residenciais com P-45 e P-90 costumam-se

usar reguladores de estágio único, que fazem a redução direta da pressão no interior

dos vasilhames para a dos aparelhos de queima.

Combate à Sinistro – SIN - 501

Page 84: Apostila -  Segurança do Trabalho

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EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES Para ser instalado, o botijão de gás precisa de equipamentos complementares,

necessários a sua utilização. MANGUEIRA- Tem a função de levar o gás do botijão ou da instalação embutida

na parede até o fogão. REGULADOR DE PRESSÃO- Serve para reduzir a pressão com que o gás sai do

botijão até aquela necessária a alimentação dos queimadores.

REGISTRO- Dispositivo que bloqueia o fluxo de gás do botijão para o fogão. Deve permanecer fechado sempre que não estiver sendo utilizado.

ABRAÇADEIRAS- Pequenos anéis empregados para ajustar e fixar a mangueira

ao fogão e ao regulador de pressão. CONE-BORBOLETA- Abre a válvula do botijão e deixa passar o gás para o

regulador. VÁLVULA DE PASSAGEM- Permite a saída do gás mas fecha sempre que o cone-

borboleta for desconectado.

RISCOS

VÁLVULA E MECANISMO DE SEGURANÇA- Nos P-45 e P-90 a válvula é de

fechamento manual e o mecanismo de segurança vem acoplado a válvula. Libera o gás para o ambiente quando há aumento muito grande da pressão no interior do vasilhame, o que ocorre se a temperatura ambiente supera 78ºC.

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VÁLVULA E MECANISMO DE SEGURANÇA DO P-13.

BOILING LIQUID-EXPANDING VAPOR EXPLOSION (BLEVE) - EXPLOSÃO DE

VAPORES EXPANDIDOS DE LÍQUIDOS EM EBULIÇÃO: É a explosão ( liberação súbita de pressão ) de vapor em expansão de um líquido

com temperatura superior a seu ponto de ebulição através da passagem de líquido para vapor. Neste processo de expansão, é gerada a energia que agride a estrutura do recipiente, projetando os fragmentos e ocasionando a rápida mistura do gás com o ar (que dá por resultado uma bola de fogo característica).

PROTEÇÃO CONTRA O BLEVE- Para proteger recipientes de explosões, deve-se

resfriá-los com água, utilizando-se uma linha de proteção com jato d'água em forma de neblina, isolando o local de estranhos aos serviços de bombeiros e resfriando os recipientes de gases até que não seja mais necessário.

Combate à Sinistro – SIN - 501

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CUIDADOS COM OS RECIPIENTES- O maior número de ocorrências são com botijões de 13 kg de GLP, mais comuns nas residências e as causas mais prováveis de vazamentos, com e sem fogo, são: mangueira furada, diafragma da válvula furada, rosca da válvula mal fechada, plugue-fusível fundido e corrosão do botijão.

CUIDADOS DIVERSOS- O controle de vazamento sem fogo deve ser feito através

da dispersão do gás, evitando o contato com pessoas e fontes de ignição e eliminando o vazamento (fechando o registro da válvula, usando o estanca-gás, etc).

O controle de vazamento com fogo deve ser feito através da diminuição da quantidade de calor produzido pelo fogo através de aplicação de nuvem de água.

Deve-se tomar precaução para evitar a conversão de um fogo em botijão para uma explosão provocada por gases acumulados após a extinção das chamas sem sanar o vazamento.

5 - CONTROLE DE EMERGÊNCIAS

5.1- MEIOS A SEREM UTILIZADOS a. Viatura AB ou ABS com equipamentos e guarnições completas.

A viatura deve possuir no mínima: - Mangotinho; - Estancador de Gás ( Estangás ); - jogo de Chaves de Fenda; - Cabos (sisal e multi-uso); - Aparelhos de Comunicações (Hts) - Anéis de vedação (ouringue) reserva para botijões; - Lanternas anti-explosão; - A guarnição deve obrigatoriamente utilizar EPI, sendo o EPR opcional, a

critério do Cmt das Operações no local.

Combate à Sinistro – SIN - 501

Page 87: Apostila -  Segurança do Trabalho

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DESLOCAMENTO PARA INCÊNDIO EM GLP Procedimentos normais, ressaltando que o Cmt da Guarnição deve inquirir o

COBOM sabre o maior número possível de informações sobre a ocorrência e o local.

5.2- PRECAUÇÕES AO CHEGAR NO LOCAL a- ISOLAR a área de Risco- Com exceção das pessoas autorizadas pelo Cmt

das Operações no local, afaste as pessoas para evitar acidentes e não atrapalhar os

serviços de bombeiros.

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Page 88: Apostila -  Segurança do Trabalho

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b- COLETAR o maior número de informações possíveis relativas a ocorrência de todas as fontes disponíveis ( solicitante, COBOM, vizinhos, etc) e acionar apoio necessário.

Questionar o local exato da ocorrência, aspecto da edificação, fontes de ignição (eletricidade), quantidade e tipo de vítimas, descrição do material do local, vias de acesso, riscos iminentes e outras dúvidas que possam surgir.

Traçar um plano de ação levando em consideração os meios disponíveis e as condições do local, emitir decisões e ordens claras e precisas.

c- MANTER a guarnição com o vento as costas em local aberto para aproximação de

um fogo ou vazamento de GLP. Se o local for confinado, faça ventilação forçada ou

sature o ambiente com agentes extintores (C02, PQS ou água em forma de neblina).

d- ELIMINAR todas as fontes de ignição e gás externas e simultaneamente manter

todas as pessoas fora da área da nuvem de GLP iniciando esse procedimento logo que chegar ao local.

Combate à Sinistro – SIN - 501

Page 89: Apostila -  Segurança do Trabalho

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e- ENTRAR no local adotando procedimentos padrão de atendimento, apenas

ressaltando que se a Chave Geral for do lado de fora da área gasada, deve ser

desligada, mas se for do lado de dentro, não deve ser desligada para evitar faíscas;

usar linha de proteção ao adentrar no local. Em locais confinados cuidado com

explosões ambientais, que podem ser evitadas ventilando o local ( utilizar o

ventilador/exaustor das viaturas introduzindo sua manga no ambiente, nunca usar

eletrodomésticos) ou saturando o ambiente com um agente extintor (C02, PQS ou água

em forma de neblina).

f- EXPLORAR com cuidado as partes baixas do local (chão, porão) pois o gás tende a acumular-se nessas regiões; a vítima provavelmente estará intoxicada (eventualmente queimada) o que prioriza a remoção para local seguro e ventilado antes de qualquer outro procedimento de resgate.

5.3- CONTROLE DE VAZAMENTO DE GLP COM FOGO

g- CORTAR a fonte do gás (fechar o registro) dos recipientes e depois realizar a

extinção.

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Os extintores de C02 ou PQS são um meio eficaz para controlar pequenos incêndios.

Dirija o agente extintor a base do fogo.

CONTROLE DO FOGO NOS DIVERSOS TIPOS DE VAZAMENTO -LOCALIZAR VAZAMENTOS

VAZAMENTO NA MANGUEIRA Cortar a alimentação do logo fechando o registro; se não puder ser fechado,

extinguir o fogo e rapidamente desconectar o cone- borboleta da válvula do botijão.

VAZAMENTO NO REGISTRO Colocar o estágio na posição FECHADO; se não puder ser feito, apague o fogo e

remova o registro do botijão.

Combate à Sinistro – SIN - 501

Page 91: Apostila -  Segurança do Trabalho

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VAZAMENTO NA VÁLVULA CONECTORA OU DE SEGURANÇA Extinguir as chamas e colocar o estangás; se não puder fazer isso, não extinguir a

chama e resfriar as laterais até consumir todo o combustível.

VAZAMENTO NAS SOLDAS (COSTURAS) Extinguir o fogo e levar o botijão para local ventilado e aberto; se não puder fazer isso,

não extinguir a chama, resfriar as laterais até consumir todo o combustível.

VAZAMENTO NAS CONEXÕES Fechar os registros individuais dos cilindros conectados na rede.

VAZAMENTO EM GÁS ENCANADO

Isolar e evacuar o local, localizar o registro de rua e fechá-lo e acionar a CONGÁS.

h- RESFRIAR as paredes dos recipientes de GLP que estiverem expostos ao calor

radiante, suas paredes devem ser resfriadas com água em forma de neblina, visando

evitar aumento de pressão interna e conseqüente explosão.

MANTER distância das extremidades dos cilindros. Aplique água em forma de neblina

em toda superfície exposta ao calor. Aproxime-se pelas laterais dos cilindros e proteja

também do calor irradiado os cilindros próximos.

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Page 92: Apostila -  Segurança do Trabalho

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Se houver ruptura da válvula de alívio o gás liberado pode incendiar-se. Aplique

água sobre o recipiente, mas não apague as chamas, pois senão poderá ocorrer acúmulo de gases e posterior explosão.

5.4- VAZAMENTO DE GLP APÓS EXTINÇÃO DO FOGO FECHAR as válvulas e registros para cortar o fluxo de gás. Nos cases em que não for

possível fechar os registros, estrangule a tubulação (desde que seja de pequeno

diâmetro ou de cobre).

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Page 93: Apostila -  Segurança do Trabalho

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i- PROCEDER continuamente a Proteção de Salvados, verificando se não sobraram para trás faces de incêndio escondidos no forro, atrás de móveis, etc; e nem vazamentos de GLP.

j- REMOVER todo o material que não for atingido, principalmente recipientes

inflamáveis para local seguro. Os cilindros devem ser mantidos em posição vertical o tempo todo.

l- RETIRAR todas as pessoas do local e amplie a área de isolamento se perceber o

aumento de pressão interna do cilindro( aumenta o ruído da válvula de alívio ou aumenta o volume do fogo ).

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m- DISPERSAR o gás na atmosfera se não puder fechar o fluxo de gás, de modo

que não atinja a concentração dentro da faixa de explosividade.

CUIDADOS ESPECIAIS

NUNCA INSTALE UM BOTIJÃO COM A MANGUEIRA PASSANDO POR DETRÁS

DO FOGÃO E NEM DEITE O BOTIJÃO.

NUNCA AGRIDA A INTEGRIDADE FÍSICA DO CILINDRO

Não mexa e nem deixe ninguém mexer de forma abrupta com os cilindros, bater no casco, forçar os registros com barras ou instrumentos inadequados ou mesmo jogar objetos podem causar uma explosão.

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TESTE DE VAZAMENTO Para verificar se há algum vazamento após a extinção do fogo, passe uma esponja

com água e sabão sobre a conexão do cone- borboleta com a válvula. Se ainda houver

vazamento, surgirão bolhas. Orientar ao usuário que o sabão só serve para verificar

vazamentos e não para vedá-lo.

Caso tenha sido utilizado o Estangás, esgotar o cilindro em local seguro, aberto e

ventilado, nunca em bueiros ou locais baixos.

Em case de dúvida sabre o material, acionar o fabricante ou fornecedor. 5.6- CONFERÊNCIA FINAL DO EFETIVO E DO MATERIAL

Concluídos os serviços de bombeiros no local, os bombeiros devem conferir o material e o Cmt conferir o efetivo, notificando eventuais novidades.

Combate à Sinistro – SIN - 501

Page 96: Apostila -  Segurança do Trabalho

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6- BIBLIOGRAFIA

Manual do Curso de Operações Contra Incêndios- Texas A&M System

Manual Básico do Corpo de Bombeiros - PMESP

GLP- Noções e Recomendações de Uso, Instalação e Segurança- Ultragás

MTB-5-PM Incêndios em Oficinas e Indústrias

Coletânea de NBRS.

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Avanços Tecnológicos e o Novo Homem

A história revela que, na trajetória da humanidade, muitos momentos foram marcantes e cruciais pois, à medida que o homem evoluía e criava, sentia a necessidade de conhecimentos que atendessem a uma demanda cada vez mais especializada. Alvim Toffler citou a existência de três “ondas” ou fases, que podemos definir como saltos tecnológicos no decorrer dos tempos, que revolucionaram e continuarão a revolucionar nossa sociedade. A primeira onda é chamada a agrícola; a Segunda, onda a onda industrial e a terceira, a onda dos sistemas de informação. Cada uma delas evolui paralelamente, coexistindo entre si. Estamos atualmente sob o efeito da última: a onda dos sistemas de informação. Com uma preocupação em torno do avanço tecnológico, da industrialização e do aumento de mão-de-obra especializada, a área do conhecimento se tornou indispensável, buscando acompanhar a atender as necessidades das empresas, não tanto visando o indivíduo enquanto fator humano mas, sim, enquanto um meio de produção. Hoje o empresariado mudou sua visão por meio de uma conscientização, pois sabe-se

que, valorizando e investindo no capital humano, a qualidade de seus produtos e sua

prestação de serviços se tornam mais atraentes e competitivas para um mercado rigoroso

e agora globalizado.

Por mais de um século, os especialistas em economia ditam que novas tecnologias estimulam a produtividade, reduzem custos de produção e aumentam a oferta de produtos baratos que aumentam o poder aquisitivo, os mercados crescem e geram mais empregos. Outros argumentam que, embora trabalhadores sejam deslocados para novas tecnologias, o problema do desemprego acabará por si mesmo. A verdade é que as pessoas não compreendem como o computador e outras novas tecnologias da revolução da informação transformaram-se em monstros mecânicos reduzindo salários, consumindo empregos e ameaçando seu meio de sobrevivência. Diante deste quadro percebe-se que a informação passa a ser uma área de domínio, em que desenvolver tecnologia para criar novos produtos e serviços fará com que aumente a produtividade e reduza-se os custos, com isso estimula-se a competição e novas oportunidades onde os cargos terão alta remuneração.

Informática Básica INF - 101

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Informática

Ao longo da história, o homem tem precisado constantemente tratar e transmitir informação, por isso nunca parou de criar máquinas e métodos para processá-la. Com essa finalidade surge a Informática como ciência encarregada do estudo e desenvolvimento dessas máquinas e métodos. A informática nasceu da idéia de auxiliar o homem nos trabalhos rotineiros e repetitivos, em geral de cálculo e gerenciamento. Ela está intimamente ligada ao ser humano, seja em casa, no trabalho ou no lazer. A evolução tecnológica vivida por nossa sociedade tem evidenciado o valor da informação. Desde o despertar até a mais simples transação bancária que realizamos durante o dia, um telefonema, estamos nos servindo da informática. Muitas vezes lidamos com a tecnologia do computador sem nos darmos conta: ao usar o micro ondas, ao ligar o videocassete, tudo isso sem sair de casa. Ao circularmos no trânsito de grandes cidades nos deparamos com semáforos, sistemas de segurança de empresas que visitamos, lá está a informática de novo, assim como nos controles de avião e metrôs, na produção de energia elétrica, na industrialização de roupas e alimentos, etc. Um dos conceitos mais comumente aceito hoje em dia é: Informática é a ciência que estuda o tratamento racional da informação por meio de máquinas automáticas.

Racional porque se apoia numa análise racional e lógica que permite uma descrição detalhada de todos os passos necessários para executar uma tarefa.

Automática porque só se aplica quando o tratamento da informação é realizado de forma repetitiva e automática por uma máquina.

O termo informática foi criado na França em 1962, e provem da contração das palavras: Information automatque (Informação automática).

No mundo moderno, portanto, é inevitável o contato com o computador. Por isso, todas as pessoas precisam aprender a lidar com a informática mais cedo os mais tarde.

Funções da informática que se destacam:

O desenvolvimento de novas máquinas.

O desenvolvimento de novos métodos de trabalho.

A construção de aplicações automáticas.

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Sumário Capitulo 1 – Ligar e Desligar e Assuntos Básicos......................................................102

1- Ligar e Desligar o microcomputador.........................................................................102 2- Desligar o microcomputador / fechar sessão de trabalho........................................102 3- Mouse.......................................................................................................................102 4- Janela.......................................................................................................................103 5- Menu Iniciar..............................................................................................................103 6- Ícone.........................................................................................................................103 7- Área de trabalho ou desktop....................................................................................103 8- Papel de parede e Proteção de Tela.......................................................................104 9- Windows Explorer....................................................................................................104 10- Para recuperar uma pasta, arquivo ou programa eliminado..................................105

Capitulo 2 – Aplicativos e Internet...............................................................................106 1- Aplicativos...............................................................................................................106 2- Internet....................................................................................................................107 3- Navegar pela Internet.............................................................................................108 4- Criar contas de e-mail em provedor gratuito..........................................................108 5- Enviar email...........................................................................................................109

Capitulo 3 – Pesquisar na Internet e Download.......................................................110 1- Pesquisar na internet – como fazer, Google, Cadê, Yahoo..................................110 2- Download – o que é, para que serve, como fazer.................................................110 3- Copia de arquivos e edição...................................................................................111

Capitulo 4 – Editores de Texto...................................................................................113 1- Editores de texto....................................................................................................113 2- Microsoft WORD 2000...........................................................................................115 3- Como usar a tela do word......................................................................................117 4- Como iniciar um arquivo........................................................................................118 5- Como selecionar o texto........................................................................................118 6- Como salvar um arquivo........................................................................................119 7- Como abrir u arquivo.............................................................................................120 8- Trabalhando o texto...............................................................................................120 9- Mudando o estilo....................................................................................................121 10- Formatando o parágrafo do texto..........................................................................121 11- Pré-visualizando a impressão...............................................................................122 12- Marcando o texto .................................................................................................123 13- Personalizando a marcação ................................................................................123 14- Dando números aos parágrafos ..........................................................................124 15- Verificando a ortografia .......................................................................................125

Capitulo 5 – Planilhas de Cálculo.............................................................................125

1- Planilhas eletrônicas..........................................................................................125 2- Carregamento do Excel.....................................................................................125 3- A tela de trabalho..............................................................................................126 4- Movimentando-se pela Planilha.......................................................................128

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5- Usando teclas.......................................................................................................128 6- Usando a caixa de diálogo...................................................................................129 7- Usando o mouse..................................................................................................129 8- Inserindo os dados...............................................................................................130 9- Entrada de números.............................................................................................131 10- Entrada de textos................................................................................................132 11- Entrada de fórmulas............................................................................................132 12- A auto-soma........................................................................................................134 13- Alteração do conteúdo de uma célula.................................................................134 14- Salvando uma planilha........................................................................................135 15- Carregando uma planilha....................................................................................136 16- Formatação de células........................................................................................137 17- Seleção de faixas................................................................................................137 18- Seleção com o mouse.........................................................................................138 19- Seleção com o teclado........................................................................................138 20- Desmarcando uma faixa.....................................................................................138 21- Formatação de texto e números.........................................................................139 22- Formatação de números......................................................................................139 23- Alteração da largura das colunas....................................................................... 139 24- Alteração da largura da coluna com mouse........................................................140 25- Alteração da largura da coluna por meio da caixa de diálogo............................140 26- Apagando o conteúdo de uma ou mais células..................................................141 27- Criando gráficos..................................................................................................141 28- Impressão da planilha.........................................................................................144 29- Fechando a planilha atual...................................................................................144 30- Criação de uma nova planilha............................................................................145 31- A bordando o Excel 7 .........................................................................................145

Informática Básica INF - 101Informática Básica INF - 101 Informática Básica INF - 101

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Capitulo 1 – Ligar e Desligar e Assuntos Básicos

1- Ligar e Desligar o microcomputador a- verificar os cabos de energia do PC (microcomputador) b- verificar se a voltagem está correta (110 volts ou 220 volts): i. geralmente os PCs trabalham em 110 v ii. existe uma chave seletora atrás do PC, perto da conexão do cabo

de energia iii. se não souber, procure alguém que possa auxiliá-lo(a) c- verificar se existe um estabilizador de voltagem, e se existir, verificar a

voltagem da mesma (110 v ou 220 v), que deve ser compatível com a voltagem utilizada na sua casa / trabalho

i. deve existir uma chave seletora atrás do estabilizador também ii. estabilizador é um equipamento utilizado para proteger seu

computador contra variações de energia elétrica, que sempre ocorrem sem percebermos, mas que afetam o bom funcionamento dos mesmos

iii. recomenda-se que sempre utilize estabilizadores de tensão e voltagem para equipamentos eletrônicos

d- caso todos os cabos estiverem conectados, ligar o estabilizador e- o estabilizador possui um botão Liga/Desliga de acesso e identificação

simples f- ligar o PC através do botão Liga/Desliga g- aguardar os procedimentos de inicialização do PC h- informar senha e nome do usuário, caso existam e quando for solicitado

2- Desligar o microcomputador / fechar sessão de trabalho a- O procedimento de desligar o PC é muito importante para preservar o

equipamento e as informações armazenadas nele, portanto, é importantíssimo acostumar-se a seguir o procedimento de desligar

b- Clicar no botão Iniciar c- Clicar na opção Desligar d- Selecionar a opção Desligar o computador e- Clicar no botão OK f- Aguardar a mensagem de desligar o computador, quando existir e

somente então, desligar apertando o botão Liga/Desliga do computador ou esperar o computador desligar automaticamente

g- Desligar o estabilizador através do botão Liga/Desliga do estabilizador

3- Mouse a- É um equipamento que auxilia no comando do computador e seus

programas

Informática Básica INF - 101

Page 103: Apostila -  Segurança do Trabalho

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b- Exibe um ponteiro na tela do computador, que pode “apontar e marcar” qualquer elemento selecionável da tela

c- Existem no corpo do mouse, duas teclas (esquerda e direita), sendo a esquerda para executar ou selecionar um item apontado e a direita para obter e exibir as propriedades e características do item apontado

d- Alguns modelos trazem uma “rodinha” no meio entre os botões, e serve para “rolar” ou movimentar o conteúdo de uma janela

4- Janela

a- O sistema operacional Windows (janelas em inglês), utiliza o conceito de janelas para representar cada programa em utilização

b- Têm formato padrão contendo: i. Área retangular selecionável, móvel e de dimensões que podem ser

alterados ii. Margens que podem ser redimensionadas iii. Um menu de opções iv. Botões que ficam na parte superior direito da janela, sendo a mais

esquerda para minimizar a janela, a do centro para maximizar a janela e a da direita para encerrar e fechar a janela

v. Barras de rolagem do conteúdo da janela, verticalmente e outro horizontalmente

5- Menu Iniciar

a- É onde estão localizados todos os programas que estão instalados no computador, ou deveriam estar listados

b- Utilizando-se o mouse, clique no botão Iniciar ou aperte a tecla com o símbolo do Windows (janela colorida) do teclado

c- Percorra a lista que for exibida com o ponteiro do mouse d- Para cada item listado, ao apontar o mouse e clicar uma vez com o botão

esquerdo do mouse, o item será executado e- Note que existe menu e cada item pode conter um submenu

6- Ícone a- São os símbolos que representam os aplicativos b- Utilizando-se do apontador (mouse), clica-se duas vezes com o botão

direito para executá-lo c- Pode-se mover os ícones, mudar sua aparência ou apaga-lo da área de

trabalho

7- Área de trabalho ou desktop a- É a área principal da tela do Windows, é o local que aparecem os ícones

Informática Básica INF - 101

Page 104: Apostila -  Segurança do Trabalho

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b- Pode ser modificado para personalizar como o usuário desejar, mudando o papel de parede

c- Quando o computador permanecer muito tempo sem uso, aparece a

proteção de tela para impedir que o monitor sofra desgastes e prejudique a imagem. Para retornar ao uso normal, basta movimentar o mouse ou alguma tecla de direção (setas) do teclado.

8- Papel de parede e Proteção de Tela a- É o “fundo” da área de trabalho b- Pode ser modificado : i. Clique com o botão direito do mouse em qualquer área livre do

desktop ii. Ao aparecer o menu de características, selecione a opção

Propriedades iii. Na janela que surgir, verifique as várias opções, dentre eles,

Temas, Área de Trabalho, Proteção de Tela e Aparência iv. Na aba Área de Trabalho, podemos selecionar os Planos de

Fundo v. Na aba Proteção de Tela, selecionamos algum dos vários temas de

proteção, que podem ser configurados quanto ao tempo de espera e também incluir senha para bloquear o uso do computador na ausência do usuário por tempo muito longo. Porém, recomenda-se não utilizar senha, pois isso dificulta manutenção do equipamento pelos responsáveis de informática.

9- Windows Explorer

a- É um programa (aplicativo) que permite visualizar os arquivos e programas que estão armazenados no computador

b- Pode-se criar pastas, copiar pastas, eliminar pastas e mover pastas, assim como os arquivos e programas.

c- Pastas são como os fichários dos escritórios, são conjuntos de arquivos e programas

d- Para copiar pastas, arquivos ou programas: i. Marcar com o ponteiro no item desejado ii. Ao clicar no botão direito do mouse, surgirá um menu que contém a

opção Copiar. Ao clicar nessa opção, o item será armazenado temporariamente em um local da memória

iii. Selecionar o local do destino da copia a ser realizado, clique com o botão direito novamente e selecione a opção Colar. A copia será realizada.

iv. Pode-se utilizar também os menus que ficam na parte superior da janela do Windows Explorer.

Informática Básica INF - 101

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105

e- Para eliminar pastas, arquivos ou programas: i. Marcar com o ponteiro no item desejado ii. Apertar a tecla Delete ou clicar com o botão direito do mouse e

selecione a opção Excluir

f- Para criar pastas: i. Selecione o local onde deseja criar a pasta ii. Clique no menu principal do Windows Explorer, opção Arquivo,

depois no item Novo e por fim na opção Pasta. iii. Nomeie a pasta recém criada com o nome desejado

10- Para recuperar uma pasta, arquivo ou programa eliminado a- Dê um clique duplo no ícone da Lixeira b- Na janela que surgir, selecione os itens a serem recuperados c- Clique com o botão direito e selecione a opção Restaurar d- O item será restaurado no local original antes de ser eliminado

Informática Básica INF - 101

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106

Recuperar objeto (arquivo, pasta) eliminado e armazenado na Lixeira Capitulo 2 – Aplicativos e Internet

1- Aplicativos

a. São programas que executam tarefas específicas: i. Editor de texto, planilhas eletrônicas, geradores de gráficos e

desenhos, etc ii. Administração e gerenciamento do computador, de dispositivos, de

impressão, de segurança, de energia, etc iii. Comunicação de dados, internet iv. Visualização de imagens e tocadores de som v. Etc b. Clicar 2 vezes nos ícones da Área de Trabalho ou c. Clicar 1 vez no botão i. INICIAR, ii. TODOS OS PROGRAMAS iii. Selecionar o aplicativo desejado, no sub-menu que é oferecido

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2- Internet

a. É uma rede mundial de comunicação entre os computadores b. Pode ser conectado através de uma linha telefônica de um modo que

chamamos de conexão por linha discada, mais lenta e sujeita a interrupções c. Pode também ser conectado através de linha telefônica em um modo

chamado de conexão de banda larga, mais rápida, mais estável, porém mais caro

d. Pode também ser conectado através de rádio, sendo muito mais caro e. O endereço de um “site” ou página de internet é o meio para acessar essa

página: i. site = sitio, repositório em que estão as páginas ou telas que

apresentam informações, figuras e arquivos. ii. Exemplo: www.eeeee.com.br ( www.ssa.br, www.net.br ) iii. www = wide world web – teia de alcance mundial iv. .eeeee = nome de empresa, de organização, entidade, pessoa, etc,

que tenha uma pagina na internet v. .com = entidade do tipo comercial, pode ser .org, .ind, .edu, .mil,

.gov vi. .br = indica país que hospeda ou de origem da página, ou pode

inexistir f. Utilizamos algum aplicativo para acessar a rede mundial, os Navegadores

ou Browsers: i. Internet Explorer – vem com o windows ii. Netscape – adquirido a parte iii. Opera – obtido gratuitamente pela internet iv. Mozilla – obtido gratuitamente pela internet v. Outros g. Executar o navegador : i. Clicar 2 vezes no ícone da Área de Trabalho ou através do menu

Iniciar ii. No campo ENDEREÇO da pagina desejada, iii. Tecle ENTER iv. Aguarde a pagina ser exibida v. Navegue a vontade, clicando nos “links” que existirem

1. link = conexão com outras paginas da entidade ou mesmo da internet, que

podem ser acessadas clicando-se neles 2. identificamos os links quando aparece um ícone de “MÃO” quando

passamos por eles e o endereço dele aparece no rodapé da pagina.

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3- Navegar pela Internet

a. Utilize os elementos abaixo para auxiliar suas visitas às paginas da internet

b. Os botões e funções são praticamente padrão nos browsers

Botões utilizados para navegar pela Internet, do aplicativo Microsoft Internet Explorer

4- Criar contas de e-mail em provedor gratuito a. E-mail = electronic mail ou correio eletrônico, tal qual nossa carta

comum b. destinatário = nome_ou_identificação @ provedor c. nome_ou_identificação = quem irá receber sua correspondência d. @ = indica que é uma correspondência eletrônica ou e-mail e. provedor = é a entidade que hospeda o endereço eletrônico do

destinatário f. exemplos de provedor gratuito: i. www.ig.com.br ii. www.hotmail.com iii. www.itelefonica.com.br iv. www.yahoo.com.br g. ao cadastrar-se, cuidados ao informar dados pessoais e sempre

solicitar privacidade, isto é, não pode tornar-se público

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5- Enviar email

Representação da janela para criar um e-mail

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Capitulo 3 – Pesquisar na Internet e Download

1- Pesquisar na internet – como fazer, Google, Cadê, Yahoo a. Pesquisar na internet significa utilizar alguns “sites” de busca b. Pode-se pesquisar sobre qualquer assunto, desde matérias acadêmicas

até “sites” sobre artistas ou sobre culinária c. Exemplos de “sites” de busca: www.google.com.br, www.yahoo.com.br,

www.cade.com.br, www.aonde.com.br, www.buscape.com.br, www.miner.com.br

Figura que representa o resultado de pesquisa realizada por uma página de busca ( Google )

2- Download – o que é, para que serve, como fazer a. Download – processo que faz a copia dos arquivos armazenados em

outros locais utilizando-se da conexão pela rede de computadores b. Podemos fazer a copia de um computador servidor para o seu

computador pessoal ou fazer a copia de um computador remoto e distante através da internet

c. Informar o local onde os arquivos serão armazenados no seu computador

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d. Cuidado ao “baixar” arquivos desconhecidos: i. Sempre executar o anti-virus – ver existência de vírus ou

programas maliciosos ii. Nunca executar programas ou arquivos “baixados” de e-mail de

remetentes desconhecidos

Figura ilustrativa da seqüência utilizada para realizar download

Janela que solicita local para gravar objeto copiado através de download

3- Copia de arquivos e edição

a. Utilizando o Windows Explorer, pode-se COPIAR ou MOVER qualquer objeto permitido

b. Para COPIAR um objeto de uma pasta para outra i. Exibir o Windows Explorer, procure o item desejado e marque-o

clicando uma vez no objeto ii. Clique no objeto usando o botão esquerdo e mantenha-o apertado, iii. Aperte a tecla CTRL (control) com a mão esquerda, devendo

aparecer um sinal (+) no objeto selecionado

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iv. Arraste o objeto, mantendo o botão e a tecla pressionados, até a pasta desejada

v. Solte o botão do mouse e depois a tecla Ctrl. c. Para MOVER um objeto de uma pasta para outra

i. Faça o mesmo procedimento, porém, utilize a tecla SHIFT (seta para cima)

ii. Deverá perceber que o objeto deixará de existir na pasta original d. Outra forma de se fazer COPIA ou MOVER, utiliza o botão direito do

mouse i. Exibir o Windows Explorer, procure o item desejado e marque-o

clicando uma vez no objeto ii. Clique no objeto usando o botão direito do mouse e verifique as

opções que aparece iii. Escolha a opção COPIAR ou RECORTAR, conforme sua

necessidade iv. Selecione a pasta destino e marque-o com um clique do botão

direito do mouse, aparecendo novamente algumas opções 1. a opção COPIAR permite criar uma copia exata do objeto 2. a opção RECORTAR permite eliminar o objeto da pasta

original e movê-lo para outro local v. Escolha a opção COLAR, para indicar o local destino do objeto

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Figura ilustrativa da seqüência utilizada para COPIAR ou MOVER objetos (arquivos / pastas)

Capitulo 4 – Editores de Texto 1- Editores de Texto

Editores de texto são aplicativos que permitem criar documentos de textos, com as formatações necessárias, com numerações, cabeçalhos e rodapés. Permite ainda adicionar ao texto, figuras e imagens fotográficas, além de gráficos e planilhas. Os mais simples de utilizar são os aplicativos Bloco de Notas e o WordPad, que acompanham o sistema operacional Windows XP, porém não possuem tantos recursos como o MS Word. Veja, na tela do Word e, em seguida, a explanação de cada item nela contido.

a- Barra de Título

Fornece o nome do software e também o nome do arquivo que está sendo editado.

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b- Barra de Menus

Fornece ao usuário os menus providos de comandos do Word. Cada menu pode ser

aberto com um clique do mouse sobre seu nome ou, caso o usuário queira, através do pressionamento simultâneo da tecla <ALT> juntamente com a letra em destaque do nome do menu. c- Barra de Ferramentas de Comandos

Fornece ao usuário ícones representando alguns dos comandos disponíveis nos

menus. Chamemos tais ícones de ícones de atalhos, os quais são acionados por um clique

do mouse. Assim que o usuário posiciona o ponteiro do mouse sobre qualquer um desses ícones, o Word mostra um quadrinho contendo a função daquele determinado ícone. d- Barra de ferramentas de Formatação

Permite ao usuário formatar os caracteres ,do texto, dando características como estilo de parágrafo, tipologia, alinhamento de texto, espaçamento entre linhas, recuos e bordas. e- Régua

Usado para o controle da tabulação as margens e entradas de parágrafos.

f- Área de Trabalho

É o local onde o texto será ou está sendo digitado.

g- Barras de Rolagem (vertical e Horizontal)

Usada para que o usuário se desloque que texto com o auxilio do mouse h- Barra de Status

Fornece informações do documento, do documento, como página corrente, posição do cursor, horário e outros.

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2- Microsoft WORD

Tela de padrão do Microsoft WORD

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3- Como usar a tela do word

Neste tópico, você aprenderá com “vasculhar” a tela Word. a- Acionando os Menus de Comandos

Note que, na parte superior da tela, o Word possui a barra de menus. Esta é acionada pelo posicionamento do ponteiro do mouse sobre seu nome e pressionamento do botão esquerdo do mouse, o botão acionador.

Experimente, por exemplo, posicionar o ponteiro sobre o nome Arquivo. Abrirá um pequeno menu, contendo alguns comandos do Word.

Para acionar qualquer comando disponível em qualquer menu, basta dar um clique

apenas sobre o desejado. Caso queira utilizar o teclado, pressione uma das setas de movimentação do cursor e tecle <Enter> ao comando desejado.

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b- Ativando os Botões de Comandos Tanto os botões de comandos quanto os de atalhos são acionados pelo clicar do

mouse assim que o ponteiro é posicionado sobre o desejado. A maioria destes botões aciona caixas de diálogos, as quais serão explanadas de

acordo com o comando que será estudado.

4- Como iniciar um arquivo

Existem, no Word, três maneiras para se iniciar um novo arquivo. Fica claro que, assim que se acione o Word via Gerenciador de Programas do Windows, o usuário já tem a disposição uma tela para iniciar um novo arquivo. Mas, supondo que este mesmo usuário concluiu um documento neste exato momento e deseje iniciar um outro. Salva o documento atual e executa um dos procedimentos a seguir:

• Um clique sobre o botão Novo, situado na barra de ferramentas; • Pressiona a combinação de teclas <Ctrl><O>; • Ou aciona o menu/comando Arquivo/ Novo. Porém, há uma diferença entre os primeiros e o terceiro procedimento: quando

acionamos o comando Novo do menu Arquivo, é visualizada na tela uma caixa de diálogos, onde poderemos definir o tipo de arquivo que será iniciado.

Pelo ícone Novo ou pelo novo documento, o Word o inicia sem uma prévia

formatação, cabendo ao usuário formatar seu documento posteriormente.

5- Como selecionar o texto Selecionar o texto significa colocá-lo em destaque para realizar as seguintes tarefas:

1. -Seleção 2. -Cópia 3. -Movimentação 4. -Substituição 5. -Mudança de formatos (tipologia, alinhamento, etc...)

Siga as dicas seguintes para obter mais rapidamente a seleção do texto:

• Para selecionar todo o texto, pressione simultaneamente as teclas <Ctrl> <T>; • Para selecionar somente uma linha inteira, posicione o ponteiro do mouse no lado

esquerdo da área de trabalho, justamente na posição da linha e dê um clique no mouse;

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• Para selecionar mais de uma linha seqüencialmente, posicione o ponteiro do mouse no lado esquerdo da área de trabalho e dê um clique no botão acionador; reposicione o ponteiro na última linha da seqüência, pressione a tecla <Shift> e dê outro clique;

• Para selecionar uma só palavra do texto, posicione a barra vertical do mouse no meio da palavra desejada e dê duplo-clique;

• Para selecionar uma frase qualquer do texto, bem como um bloco de palavras, posicione a barra vertical no início deste bloco, dê um clique, leve a barra vertical até o final do bloco, pressione <Shift> e dê outro clique; ou, de outra forma, pressione o botão acionador do mouse no início do bloco e arraste-o, fazendo com que o destaque cubra todo o bloco desejado;

• Para selecionar toda uma frase, posicione a barra vertical do mouse em qualquer ponto desta frase, pressione a tecla <Ctrl> e dê um clique no botão acionador.

OBS.: Botão acionador, é geralmente, o botão esquerdo do mouse que tem a função de

acionar os comandos de qualquer software for Windows.

6- Como Salvar Um Arquivo

Quando se inicia um novo documento no WORD, ele é armazenado temporariamente na memória do computador, recebendo um nome provisório de Documento{N} (onde N representa um número seqüencial qualquer). Porém, caso haja uma queda de energia, o usuário ficará sem seu documento, pois este ainda não foi salvo como arquivo. Para salvá-lo, siga os passos:

• Abra o menu Arquivo; • Clique no comando Salvar Como..., quando aparecerá uma caixa de diálogos

como iremos ver. • Digite o nome do arquivo desejado sem necessidade de digitar sua extensão e

clique OK. NOTA: O USUÁRIO PODERÁ TAMBÉM SE UTILIZAR, DE FERRAMENTA DISPOSTA

NA BARRA DE FERRAMENTAS, QUE É A TERCEIRA, LOGO APÓS A FERRAMENTA

ABRIR.

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7- Como Abrir Um Arquivo

Para se abrir um arquivo já existente, basta ao usuário, assim que iniciar o Word, proceder de uma das três maneiras:

1 - Acionar o menu / comando Arquivo / Abrir...; 2 - Teclar <Ctrl> <A>; 3 - Acionar o menu Arquivo e clicar o nome do arquivo desejado na lista dos últimos

arquivos trabalhados, que aparece no final do menu.

8- Trabalhando O Texto

Antes de vermos as funções dos ícones de comandos, digite o texto a seguir, sem se preocupar com entradas de parágrafos, margens e outras formatações.

O Dia em que a Terra Parou “Nada” era o que se poderia definir daquele dia. Não parecia mais haver vida onde

nos encontrávamos. Nada de ruídos vindo das ruas, nada de vozes, nada de cantos, nada de sorrisos, nada de lagrimas, nada que se visse movimentar, nada de nada.. Apenas o pensamento recheado pelo medo.

Não havia como nos posicionar frente à situação na qual nos achávamos mergulhados. Somente a escuridão nos rodeava, trazendo consigo o frio, levando embora, nossas fantasias e nossas esperanças. Teríamos sido esquecidos ? Como, se nem mesmo havia ninguém para se lembrar de nós ?

Não sentíamos nem mesmo a dor que, inconscientemente, guardávamos em nossos egos. Tudo vazio. Tudo calado. Uma infinita sensação de inexistência interior. Talvez fosse essa a única coisa que sentimos, Não éramos nada.

Não podíamos se quer ouvir nossas próprias respirações, pois nos colocamos tão dentro de nós mesmos, porque só assim não nos sentiríamos sozinhos...Mas, de nada adiantava.

A Terra havia parado e, com ela, tudo o que existia se acabou. O tudo havia se tornado... o nada!

De repente, algo começou a se estremecer. Senti meu corpo todo molhado, minha respiração cada vez mais forte, intermitente...Minha voz foi ouvida com o grito que se ecoou pelo lugar. O que estava estremecendo, pude notar, era meu próprio corpo e eu acabava de acordar do pior pesadelo que já tive em minha vida de sonhador...

Nota: Salve seu arquivo. Para que fique mais fácil o aprendizado, o autor recomenda que se

digite um nome em comum - EXEMPLO.DOC - entre os alunos. Este nome será usado várias vezes adiante.

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9- Mudando O Estilo

Para que o usuário mude o estilo de impressão de qualquer letra, palavra ou frase,

bem como de todo um bloco de texto, poderá proceder de uma das formas a seguir. a- • Selecione o bloco de texto desejado; • Acione o menu / comando Formatar / Fonte... (Format / Font...) e, no quadro

Estilo da fonte selecione o estilo desejado; • Dê duplo-clique sobre o estilo ou um clique no estilo e outro no botão ok!

b- • Selecione o bloco de texto desejado; • Pressione, com o mouse, um dos botões situados na barra de ferramentas de

formatação (N, I ou S - negrito (bold), itálico (italic) ou sublinhado (underline)).

O usuário, caso queria ir mais rápido, poderá optar pelas teclas de atalho, que são:

<Ctrl> <N> - negrito (versão em português) <Ctrl> <B> - negrito (versão em inglês) <Ctrl> <I> - itálico (em ambas as versões) <Ctrl> <S> - sublinhado (português) <Ctrl> <U> - sublinhado (inglês)

O comando para estilizar o fonte deve ser usado antes e depois da digitação do

texto no caso deste não ser selecionado.

10- Formatando O Parágrafo Do Texto

O usuário poderá, caso queira, inserir bordas e / ou sombreamentos no texto. Se seu arquivo EXEMP. DOC estiver aberto, mantenha-o, mas, caso contrário, abra-o para que possa ser editado.

Proceda da seguinte forma, como exemplo:

• Marque todo o texto, exceto o título, dando um clique no início da primeira linha e

arrastando o mouse até o final do texto; • Acione o menu/comando Formatar / Parágrafo..., • Para os Recuos (esquerdo e direito), escolha o valor 0,5 cm (isto fará com que

o espaço entre a margem esquerda e direita se distanciem de cada lado do texto);

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• Abra a caixa Especial e escolha Primeira linha, para que seja feita a endentação espaçamento da primeira linha de entrada de parágrafo;

• Na caixa Por, digite 0,8 cm (fará com que à distância entre o recuo esquerdo até a primeira linha de cada parágrafo seja o valor digitado);

• Em Espaçamento / Depois, digite 5,6 pts, que equivale a cerca de 2 mm (isto fará com que o espaçamento entre o final de cada parágrafo para o início de outro seja de cerca de 2mm);

• Em Entre linhas, abra a barra de opções (cortina) e clique em 1,5 linha (isto fará com que o espaçamento entre linhas seja a mesma da distância entre uma linha e meia);

• Em Alinhamento, abra a cortina e clique em justificado; • Clique o botão OK.

Agora, para finalizar esta tarefa, é bom que se formate o parágrafo onde se encontra

o título “O Dia em que a Terra Parou”. Como o texto é menor, o procedimento será diferente do empregado para o resto do arquivo. Procedendo da seguinte forma:

• Selecione toda a linha do título; • Pressione, com o ponteiro do mouse, o botão que faz a centralização de blocos

de texto, situado na barra de ferramentas de formatação; • Abrindo a barra de tipos, clique em outro tipo diferente do que está sendo usado; • Altere também o corpo do texto, clicando na barra de corpo, situada ao lado de

tipos; • Estilize o texto em negrito.

Pronto, seu texto já se encontra com os parágrafos e título formatados.

11- Pré-Visualizando A Impressão

Para se ter uma idéia de como seu documento será impresso, basta ao usuário

clicar no botão Visualizar Impressão, situado na barra de ferramentas, abaixo da barra de menus. Pode-se, também, acionar o menu / comando Arquivo / Visualizar Impressão. É aberta uma nova janela ao usuário.

Seguem-se os ícones que aparecem na barra superior e o que cada um deles representa.

Imprimir - imprime o documento assim como ele é mostrado na tela.

Lupa - ativa / desativa a lupa para visualização do documento (zoom). Utilize o

botão acionador do mouse para aproximar/distanciar o documento.

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Barra de controle de zoom - abre uma cortina de opções, onde o usuário escolhe a porcentagem de zoom a ser dada ao documento.

Fechar - permite voltar à edição normal do texto. Ajuda - uma das ótimas características do word 6.0, este ícone, ao ser pressionado, permite ao usuário que o posicione sobre qualquer outro ícone ou comando a fim de obter explanação referente. Disponível também no modo de edição. 12- Marcando O Texto

Antes de tudo, inicie um novo arquivo e digite o seguinte texto:

“O mercado internacional da informática prevê, para os próximos anos”: Rápida interação entre os usuários; Um melhor conceito do que cada usuário usa; Melhor interação homem x máquina; crescimento do número de usuários; Equipamentos com número reduzido de problemas de instalação, com o advento do

plug and play; necessidade do computador assim como qualquer meio de comunicação.”

Siga, então, os passos adiante: •Selecione o bloco de texto a partir de “rápida interação...” até o final do texto; •Pressione o botão marcador na barra de formatação na barra de formatação. Caso queira cancelar a marcação - pois automaticamente, depois de pressionado o

botão, o word fará as marcações - basta ao usuário clicar novamente sobre o mesmo botão.

13- Personalizando A Marcação

Para obter marcadores personalizados, o usuário deverá se utilizar do

menu/comando Formatar / Marcadores e Numeração...

Por default, o word traz seis tipos de marcadores, os quais poderão ser modificados pelo usuário, bastando que se pressione o botão Modificar... contido na caixa, seguido do botão Marcador..., quando aparecerá outra caixa - que ainda permite ao usuário escolher o marcador a partir de uma fonte qualquer.

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Para exemplificar e entender melhor, marque novamente o bloco de texto onde estão os marcadores atuais e pressione novamente o botão marcadores na barra de formatação. Feito isso, siga os passos adiante:

• Com o bloco marcado, acione o menu / comando Formatar / Marcadores e

Numeração..., • Escolha os marcadores com setas; • Pressione OK.

Pronto. Seus marcadores foram marcadores foram mudados. Note que, por default,

seu texto, a partir da segunda linha, automaticamente se recua, seguindo o início da primeira linha. caso não queira esse deslocamento, o usuário poderá desativá-lo desmarcando a opção Recuo deslocado. Para definir a distância do marcador até o texto, pressione o botão Modificar... na caixa e, nas opções Distância do recuo ao texto e Distância do marcador ao texto faça você mesmo sua definição, bastando digitar os novos valores em cm.

14- Dando Números Aos Parágrafos

A outra forma de marcar os parágrafos é dando números seqüenciais a ele. Siga os procedimentos adiante:

• Selecione o bloco de texto a partir de “rápida interação...” até o final do texto; • Pressione o botão numeração na barra de formatação.

O word, a cada vez que o usuário pressiona <ENTER>, vai acrescentando os

números em seqüência, até o usuário pressione o botão numeração novamente para desativá-la.

Caso o usuário queira os parágrafos personalizados, deve seguir os passos adiante:

Selecione novamente o mesmo bloco de texto;

• Acione o menu / comando Formatar / Marcadores e Numeração...; • Na caixa, clique o botão - Numerada, quando aparecerá uma outra caixa. • Selecione o estilo de numeração desejado; • Caso queira modificar algum parâmetro, clique no botão modificador e faça as

modificações necessárias. As modificações a serem feitas podem ser:

• Texto a ser colocado antes do número (Ex.: A1, C2...) • Estilo de numeração (Ex.: 1, 2, 3, I, II, III...)

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• Texto a ser colocado após o número (Ex.: 1-, 2-, 3., 4)...) • A partir de que número em relação ao texto.

Em Múltiplos Níveis, haverá uma mistura entre marcadores e numeração, o que

pode ser de grande utilidade ao usuário. O modo de uso desta opção é o mesmo utilizado para os anteriores.

15- Verificando A Ortografia

A verificação de ortografia de um texto, além da correção ortográfica, pode incluir

também aspectos como uso de sinônimos, hifenização, uso de idiomas e contagem de palavras do texto. No nosso caso, é bom que estejamos trabalhando com versões em português do software, pois, assim. além da facilidade de uso, existe também a flexibilidade no tratamento dos documentos criados. Capitulo 5 – Planilhas de Cálculo

1- Planilhas Eletrônicas As planilhas eletrônicas ficarão na história da computação como um dos maiores propulsores da microinformática. Elas são, por si sós, praticamente a causa da explosão dos microcomputadores no final da década de 1970, tendo como representantes as planilhas Visicalc para os microcomputadores Apple, Supercalc e Lotus 1-2-3 para os PC's, quando estes foram lançados. Com o advento do ambiente gráfico Windows, a planilha Excel passou a dominar esse ambiente gráfico, tornando-se a rainha das planilhas. Como são relativamente fáceis de operar, as planilhas vieram ao encontro de milhares de organizações e pessoas que tinham ou têm na formulação de projeções, tabelas e gerações de números baseados em variáveis sua principal carga operacional. Uma planilha eletrônica substitui naturalmente o processo manual ou mecânico de escrituração e cálculos. Trabalhar com uma planilha eletrônica não exige conhecimentos de programação, mas somente que você conheça a aplicação que irá desenvolver e os comandos próprios da planilha. 2- Carregamento do Excel Para carregar o EXCEL , você deve dar um clique no botão iniciar, em seguida clique na opção Programas. No menu programas clique no grupo MsOffice, opção Microsoft Excel.

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Agora, você aprenderá as operações básicas para a criação e impressão de uma planilha, de forma a já poder criar os seus primeiros modelos, e posteriormente, verá em detalhes os recursos do EXCEL que permitirão a criação de planilhas mais sofisticadas e com uma melhor aparência. 3- A Tela De Trabalho Ao ser carregado, o Excel exibe sua tela de trabalho mostrando uma planilha em branco com o nome de Pasta 1. A tela de trabalho do EXCEL é composta por diversos elementos, entre os quais podemos destacar os seguintes:

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Células : Uma planilha é composta por células. Uma célula é o cruzamento de uma coluna com uma linha. A função de uma célula é armazenar informações que podem ser um texto, um número ou uma fórmula que faça menção ao conteúdo de outras células. Cada célula é identificada por um endereço que é composto pela letra da coluna e pelo número da linha. Workbook : O EXCEL trabalha com o conceito de pasta ou livro de trabalho, onde cada planilha é criada como se fosse uma pasta com diversas folhas de trabalho. Na maioria das vezes, você trabalhará apenas com a primeira folha da pasta. Com esse conceito, em vez de criar doze planilhas diferentes para mostrar os gastos de sua empresa no ano, você poderá criar uma única planilha e utilizar doze folhas em cada pasta. Marcadores de página (Guias) : Servem para selecionar uma página da planilha, da mesma forma que os marcadores de agenda de telefone. Esses marcadores recebem automaticamente os nomes Plan1, Plan2, etc., mas podem ser renomeados. Barra de fórmulas : Tem como finalidade exibir o conteúdo da célula atual e permitir à edição do conteúdo de uma célula. Linha de status : Tem como finalidade exibir mensagens orientadoras ou de advertência sobre os procedimentos que estão sendo executados, assim como sobre o estado de algumas teclas do tipo liga-desliga, como a tecla NumLock, END, INS, etc.

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Janela de trabalho : Uma planilha do Excel tem uma dimensão física muito maior do que uma tela-janela pode exibir. O Excel permite a criação de uma planilha com 16.384 linhas por 256 colunas. 4- Movimentando-Se Pela Planilha

Para que uma célula possa receber algum tipo de dado ou formatação, é necessário que ela seja selecionada previamente, ou seja, que se torne a célula ativa. Para tornar uma célula ativa, você deve mover o retângulo de seleção até ela escolhendo um dos vários métodos disponíveis.

• Use as teclas de seta para mover o retângulo célula a célula na direção indicada pela seta.

• Use as teclas de seta em combinação com outras teclas para acelerar a movimentação.

• Use uma caixa de diálogo para indicar o endereço exato. • Use o mouse para mover o indicador de célula e com isso selecionar uma

célula específica. 5- Usando Teclas

A próxima tabela mostra um resumo das teclas que movimentam o cursor ou o retângulo de seleção pela planilha:

Ação Teclas a serem usadas

Mover uma célula para a direita seta direita Mover uma célula para a esquerda

seta esquerda

Mover uma célula para cima seta superior Mover uma célula para baixo seta inferior Última coluna da linha atual CTRL-seta direita Primeira coluna da linha atual CTRL-seta esquerda Última linha da coluna atual CTRL-seta inferior Primeira linha da coluna atual CTRL-seta superior Mover uma tela para cima PgUp Mover uma tela para baixo PgDn Mover uma tela para esquerda ALT+PgUp Mover uma tela para direita ALT+PgDn Mover até a célula atual CTRL+Backspace Mover para célula A1 CTRL+HOME F5 Ativa caixa de diálogo

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6- Usando A Caixa De Diálogo

Se você sabe exatamente para onde quer movimentar o cursor, pressione a tecla F5 para abrir a caixa de diálogo Ir Para. Quando ela aparecer, informe a referência da célula que você deseja.

Esse método é muito mais rápido do que ficar pressionando diversas vezes uma combinação de teclas. Depois de informar o endereço, pressione o botão OK. 7- Usando O Mouse

Para mover o retângulo de seleção para uma determinada célula que esteja aparecendo na janela, basta apontar o indicador de posição para a célula desejada e dar um clique. Se a célula estiver fora da área de visão, você deve usar as barras de rolamento vertical ou horizontal.

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Você pode arrastar o botão deslizante para avançar mais rapidamente ou então dar um clique sobre as setas das extremidades da barra de rolamento para rolar mais vagarosamente a tela. 8- Inserindo Os Dados Inserir o conteúdo de uma célula é uma tarefa muito simples. Você deve selecionar a célula que receberá os dados posicionando o retângulo de seleção sobre ela. Em seguida, basta digitar o seu conteúdo. O EXCEL sempre classificará o que está sendo digitado em quatro categorias:

• Um texto ou um título • Um número • Uma fórmula • Um comando

Essa seleção quase sempre se faz pelo primeiro caractere que é digitado. Como padrão, o EXCEL alinha um texto à esquerda da célula e os números à direita.

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9- Entrada De Números

Por exemplo, selecione a célula C4 e digite o número 150. Note que ao digitar o primeiro número, a barra de fórmulas muda, exibindo três botões. Cada número digitado na célula é exibido também na barra de fórmulas.

Para finalizar a digitação do número 150 ou de qualquer conteúdo de uma célula na caixa

de entrada pelo botão na barra de fórmulas, pressione ENTER. Como padrão, o EXCEL assume que ao pressionar ENTER, o conteúdo da célula está terminado e o retângulo de seleção é automaticamente movido para a célula de baixo. Se em vez de, ENTER, a digitação de uma célula for concluída com o pressionamento da

caixa de entrada , o retângulo de seleção permanecerá na mesma célula. Para cancelar as mudanças, dê um clique na caixa de cancelamento na barra de fórmulas ou pressione ESC. Essas duas operações apagarão o que foi digitado, deixando a célula e a barra de fórmulas em branco. Se durante a digitação algum erro for cometido, pressione a tecla Backspace para apagar o último caractere digitado. Como padrão, adotaremos sempre o pressionamento da tecla ENTER para encerrar a digitação de uma célula. Agora insira os números mostrados na figura abaixo:

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10- Entrada De Textos

Inserir um texto em uma célula é igualmente fácil, basta selecionar a célula, digitar o texto desejado e pressionar uma das teclas ou comandos de finalização da digitação. Além da tecla ENTER, que avança o cursor para a célula de baixo, e da caixa de entrada, que mantém o retângulo de seleção na mesma célula, você pode finalizar a digitação de um texto ou número pressionando uma das teclas de seta para mover o retângulo de seleção para a próxima célula. Agora insira os textos, conforma a figura abaixo:

11- Entrada De Fórmulas É na utilização de fórmulas e funções que as planilhas oferecem real vantagem para seus usuários. Basicamente, uma fórmula consiste na especificação de operações matemáticas associadas a uma ou mais células da planilha. Cada célula da planilha funciona como uma pequena calculadora que pode exibir o conteúdo de uma expressão digitada composta apenas por números e operações matemáticas ou então por referências a células da planilha. Se você fosse fazer a soma dos valores da coluna C, escreveria a seguinte expressão em uma calculadora: "150+345,8+550+35" e pressionaria o sinal de igual para finalizar a

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expressão e obter o número no visor. No EXCEL, você pode obter o mesmo efeito se colocar o cursor em uma célula e digitar a mesma expressão só que começando com o sinal de mais: "+150+345,8+550+35". Essa possibilidade de uso do Excel é conveniente em alguns casos, contudo na maioria das vezes você trabalhará fornecendo endereços de células para serem somados. Posicione o cursor na célula C8, digite a fórmula mostrada, e pressione ENTER.

Note que no lugar da fórmula apareceu a soma das células, enquanto na linha de fórmula, aparece a fórmula digitada.

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12- A Auto-Soma

O EXCEL possui um recurso muito útil e que facilita a entrada de fórmulas para calcular uma somatória de valores contínuos. Esse recurso consiste na aplicação automática de uma função do EXCEL que se chama SOMA. Posicione o retângulo de seleção na célula D7. Em seguida, pressione o botão Auto-soma que se encontra na barra de ferramentas, como mostra a próxima figura.

Ao pressionar o botão, o EXCEL identifica a faixa de valores mais próxima e automaticamente escreve a função SOMA() com a faixa de células que deve ser somada. Após aparecer a fórmula basta pressionar ENTER para finalizar a sua introdução. 13- Alteração do conteúdo de uma célula Se você quiser alterar o conteúdo de uma célula, pode usar dois métodos bem simples que ativarão a edição.

Dê um duplo clique sobre a célula.

Posicione o retângulo de seleção sobre a célula e pressione F2. Complete a planilha como mostra a próxima figura:

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14- Salvando Uma Planilha Quando você salva uma planilha pela primeira vez no EXCEL, é solicitado que você forneça um nome para ela. Nas outras vezes, não será necessário o fornecimento do nome. Para salvar uma planilha, você pode optar pelo menu Arquivo, pela digitação de uma combinação de teclas ou pelo pressionamento de um botão da barra de ferramentas. No menu Arquivo existe uma opção que se chama Salvar. Você pode ativar esse comando ou então, se não gostar de usar muito os menus, pode pressionar a combinação de teclas CTRL-B.

A terceira opção é a mais rápida para quem gosta de usar mouse. Basta dar um clique no botão salvar, o terceiro da barra de ferramentas.

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Qualquer uma dessas opções abrirá a caixa de diálogo mostrada a seguir:

No EXCEL, toda vez que uma nova planilha é iniciada, ele recebe o nome de Pasta1. Se em uma mesma seção de trabalho mais de um novo documento for criado, os nomes propostos pelo Excel serão Pasta2, Pasta3 e assim por diante. É por isso que você deve fornecer um nome específico para a planilha que está sendo criada. 15- Carregando Uma Planilha Se posteriormente você necessitar utilizar a planilha novamente, você deve abrir a planilha, ou seja ler o arquivo do disco para a memória. No menu Arquivo existe uma opção chamada Abrir. Você pode ativar esse comando ou então, se não gostar de usar muito os menus, pode pressionar a combinação de teclas CTRL+A. A terceira maneira de abrir um arquivo é pressionar o botão Abrir, representado por uma pasta se abrindo, e que é o segundo da barra de ferramentas.

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Qualquer uma dessas três opções abrirá a caixa de diálogo Abrir:

Ela funciona de maneira idêntica à caixa de diálogo Salvar Como. Você deve digitar o nome da planilha ou selecionar seu nome na lista de arquivos disponíveis. 16- Formatação De Células Para efetuar a formatação de células no EXCEL é bastante simples, basta selecionar uma faixa da planilha e em seguida aplicar a formatação sobre ela. 17- Seleção De Faixas

No EXCEL a unidade básica de seleção é uma célula, e você pode selecionar uma célula ou uma faixa de células horizontais, verticais ou em forma de retângulo. Toda faixa é composta e identificada por uma célula inicial e por uma célula final. Uma faixa de células pode ser selecionada por meio do mouse ou por meio do teclado.

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18- Selecionando Com O Mouse

Para selecionar uma faixa com o mouse, você deve posicionar o cursor na célula inicial e em seguida manter o botão esquerdo do mouse pressionado enquanto arrasta o retângulo de seleção até a célula correspondente ao final da faixa. Enquanto o cursor vai sendo movido, as células marcadas ficam com fundo escuro para que visualmente você tenha controle da área selecionada. Quando chegar com o cursor na célula final, o botão do mouse deve ser liberado. 19- Selecionando Com O Teclado

Para selecionar uma faixa de células com o teclado, você deve posicionar o retângulo de seleção sobre a célula inicial da faixa. Em seguida, deve manter a tecla SHIFT pressionada enquanto usa uma das teclas de seta ou de movimentação para mover o retângulo de seleção até o final da faixa. Ao atingir essa posição, a tecla SHIFT deve ser liberada. 20- Desmarcando Uma Faixa

Para desmarcar uma faixa, ou seja, retirar a seleção feita, basta dar um clique sobre qualquer célula da planilha que não esteja marcada.

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21- Formatação De Textos E Números

No EXCEL, podem-se mudar o tamanho e os tipos das letras, aplicar efeitos especiais tais como negrito, itálico, sublinhado entre outros. Um texto pode ser alinhado dentro de uma coluna à esquerda, à direita ou centralizado. Você pode ativar um desses efeitos durante a digitação do conteúdo de uma célula, ou posteriormente, bastando para tal selecionar a célula desejada e pressionar o botão do efeito desejado. Você pode aplicar mais de um efeito na mesma célula.

22- Formatação De Números Além da formatação genérica que se aplica tanto a textos como a números, o EXCEL possui formatos específicos para serem aplicados a números. Na barra de formatação, existem cinco botões específicos para esse fim.

23- Alteração Da Largura Das Colunas Você pode alterar a largura de uma coluna aumentando ou diminuindo suas margens por meio do uso de uma caixa de diálogo ou do mouse.

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24- Alterando A Largura Da Coluna Com O Mouse

Para alterar a largura com o mouse, você deve mover o cursor até a barra de letras no alto da planilha, como mostra a próxima figura.

Em seguida, você deve mover o cursor no sentido da margem da coluna, ou seja, da linha que separa as colunas. Então o cursor mudará de formato, como na próxima figura:

Neste instante você deve manter o botão esquerdo do mouse pressionado enquanto arrasta a linha de referência que surgiu até a largura que achar conveniente. Ao atingir a largura desejada, é só liberar o cursor do mouse. 25- Alterando A Largura Da Coluna Por Meio Da Caixa De Diálogo

Outra forma de alterar a largura de uma coluna é por meio de uma caixa de diálogo que é acionada a partir do menu Formatar/Coluna/Largura. Esse comando atuará sobre a coluna atual, a menos que você selecione mais de uma coluna previamente antes de ativar o comando

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Com uma ou mais colunas selecionadas, o comando exibe uma caixa de diálogo onde você deve informar a largura da coluna em centímetros.

26- Apagando O Conteúdo De Uma Ou Mais Células

Se você cometeu algum erro e deseja apagar totalmente o conteúdo de uma célula, a forma mais simples é posicionar o seletor sobre ela e pressionar a tecla DEL. Para apagar uma faixa de células, selecione as células da faixa e pressione DEL. 27- Criando Gráficos O EXCEL oferece uma forma gráfica para representar os seus dados de uma forma mais ilustrativa. O EXCEL permite a criação de gráficos na mesma página da planilha atual ou então em outra página da pasta. Veremos agora a criação de um gráfico na mesma página da planilha. Para criar um gráfico, você deve selecionar previamente a área de dados da planilha que será representada pelo gráfico. Em nosso exemplo, a série que será representada está na faixa B3:E7. Após selecionar a faixa, é só pressionar o botão do auxiliar gráfico na barra de ferramentas . Quando este botão é pressionado, o cursor muda de formato, surgindo como um pequeno gráfico. Você deve selecionar então uma área da planilha onde o gráfico deve ser criado.

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Após liberar o botão do mouse, o EXCEL ativa as caixas de diálogo Auxiliar Gráfico. A primeira delas pede que seja informada a faixa de células que será representada. Se a seleção de células estiver correta, pressione o botão Próxima: caso contrário, digite a faixa correta.

A segunda etapa pede que seja selecionado um tipo de gráfico. Basta dar um clique sobre o tipo desejado, que no exemplo é o de Colunas 3-D.

Pressione o botão Próxima para avançar para a etapa seguinte. Dependendo do formato básico escolhido, serão apresentadas as variações de formato possíveis para o gráfico. No caso do gráfico de colunas 3-D, as variações são mostradas na próxima tela.

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A quarta etapa mostra uma visão prévia do gráfico e pede que seja especificado ou confirmado se a seqüência dos dados no gráfico deve ser feita por linha ou por coluna. Como padrão, o EXCEL proporá por colunas. Em nosso exemplo, queremos ver como os itens de despesas se comportam mês a mês. Por isso escolhemos linhas.

Ele ainda pede que seja confirmada qual linha será usada como legenda para as categorias, que no caso são os meses, e qual coluna será usada para as legendas. Se quiséssemos colocar um título no gráfico, bastaria pressionar o botão próxima. Por ora, deixaremos o título de lado e pressionaremos o botão Finalizar. O gráfico será montado na área selecionada, como mostra a próxima figura. Qualquer valor da faixa que for modificado alterará a aparência do gráfico instantaneamente.

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28- Impressão Da Planilha Até agora você já aprendeu um mínimo para criar uma planilha no EXCEL 7. Imprimir é ainda mais fácil. Veremos agora a forma mais simples para imprimir a planilha que está sendo editada. Até agora realizamos operações que foram acionadas em sua maioria pela barra de menu. A impressão também pode ser feita por meio de uma opção do menu Arquivo. Contudo, por enquanto, usaremos o ícone de impressora que se encontra na barra de ferramentas padrão. É o quarto ícone da esquerda para a direita. Antes de ativar a impressão, verifique se a impressora está ligada, possui papel e seu cabo está conectado ao micro.

29- Fechando A Planilha Atual Se você estiver editando uma planilha e resolver encerrar o seu trabalho sem gravar as alterações feitas, pode usar o comando de Arquivo/Fechar. Se a planilha não sofreu alterações desde que foi carregada, ela será fechada. Caso tenha ocorrido alguma alteração, será exibida uma caixa de diálogo pedindo sua confirmação.

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30- CRIAÇÃO DE UMA NOVA PLANILHA Para iniciar uma nova planilha, você deve ativar o comando Arquivo/Novo, como mostra a próxima ilustração.

Se preferir usar o teclado, pressione CTRL-O ou então, dar um clique sobre o botão novo, que é o primeiro da barra de ferramentas. 31- Abandonando O Excel 7 Para sair do EXCEL 7, você deve acionar a opção Sair do menu Arquivo. Se você ativar essa opção imediatamente após ter gravado o arquivo atual, o programa será encerrado imediatamente, voltando o controle para o Gerenciador de Programas.

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PRIMEIROS SOCORROS

Introdução

Os Primeiros Socorros, quando aplicados de forma adequada, podem salvar uma vida e/ou reduzir as complicações e seqüelas que podem ser causadas por lesões ou doenças relacionadas ou não com o trabalho.

Recomendações:

• Somente aplique os Primeiros Socorros se estiver habilitado para esta prática.

• Em casos de URGÊNCIA, com necessidade de transporte da vítima (ambulância) comunique o fato, imediatamente, à Portaria de Pessoas e ao Ambulatório Médico . Forneça detalhes sobre o estado da vítima.

• Se você não foi treinado e não se encontra habilitado para prestar os Primeiros Socorros, localize imediatamente alguém que já foi treinado e está habilitado.

• Solicite ajuda das pessoas que estão no local. Afaste aqueles que podem atrapalhar (não foram treinadas e não estão habilitadas mas insistem em prestar os Primeiros Socorros)

• Se a vítima puder se locomover acompanhe-a até o Ambulatório Médico.

• Preocupe-se com as prioridades

• Acidentes com várias vítimas

• Vias Aéreas, Respiração, Circulação.

• Se possível, use uma ambulância

• Se não, imobilize adequadamente.

2. Informações importantes • Se possível tenha sempre disponível faixas de crepe, gaze, esparadrapo, luvas, água potável, tesoura

sem ponta, algodão, toalha ou uma manta.

• Previna-se contra o risco de adquirir doenças infecto-contagiosas durante a prestação dos primeiros socorros. Use, sempre que possível, luvas de borracha (cirúrgicas).

• Evite:

• Contato direto com o sangue ou fluidos orgânicos da vítima

• Se ferir durante o atendimento

• Levar as mãos à boca, olhos ou pele com alguma lesão

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3. Cuidados gerais • Mantenha a calma;

• Afaste os curiosos;

• Evitar ser acidentado;

• Proteja você e a vítima de um novo trauma;

• Chame uma ambulância;

• Evite movimentos desnecessários da vítima

• Utilize luvas

Se a vítima não puder se locomover, mas está CONSCIENTE, proceda da seguinte forma:

• Coloque-a em um local seguro, livre de gases, poeiras, calor, ruído ou outro agente que ofereça risco a saúde. Use uma maca para realizar este transporte.

• Aplique os Primeiros Socorros, se você foi treinado, ou chame alguém com esta habilidade.

• Aguarde a chegada da ambulância com o Auxiliar de Enfermagem ou o Médico.

• Não tente levar a vítima para o ambulatório médico, mesmo usando uma maca.

• Se a vítima estiver INCONSCIENTE proceda como recomendado acima e verifique se ela está respirando (procure ouvir ou ver os movimentos respiratórios).

• Em qualquer situação é melhor aguardar a chegada da ambulância com o auxiliar de enfermagem ou o médio. Transportar a vítima de maca aumenta os riscos de agravamento das lesões e doenças.

• Se, durante os primeiros socorros, houver possibilidade de contato com sangue ou outras secreções da vítima (saliva, pus, escarro, etc.) use sempre luvas. Estas luvas estão a sua disposição junto das macas colocadas nos setores de trabalho. Agindo desta forma não existe risco de transmissão de doenças (AIDS, hepatites, infecções por bactérias, fungos, etc.).

4. Parada cardiorespiratória 4.1 ABC da vida

• A - Vias aéreas

– Nariz, Garganta e Língua

• B - Boa respiração

– Saída de ar pela boca e nariz

– Movimentos torácicos ou abdominais

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• C - Circulação

– Batidas do coração, Pulsos, e Pupilas

A respiração e a circulação sanguínea são vitais; se forem interrompidas, procure socorro imediato.

Ao atender alguma vítima inconsciente, lembre-se da seguinte seqüência: vias respiratórias, respiração e circulação.

É muito importante manter as vias respiratórias desobstruídas. Se você colocar a vítima na posição de recuperação, evitará que ela engula o próprio vômito ou fique engasgada com ele. Se a respiração cessar, será preciso aplicar a respiração artificial para forçar a entrada de ar nos pulmões e manter o suprimento de oxigênio para o sangue. Isto ajudará a evitar lesão cerebral e morte. Se o coração parar de bater, será preciso apelar para a reanimação cardiopulmonar.

Então é importante verificar se a vítima está respirando, se o coração está batendo e se existe hemorragia interna ou externa.

4.2 Para verificar se a vítima está respirando, siga do seguintes passos:

Passo 1:

• Verifique se a vítima apresenta movimentos no tórax e/ou no abdômen relacionados com os movimentos respiratórios (inspiração e expiração)

Passo 2:

• Verifique se existe ar saindo através das narinas e/ou da boca da vítima

4.3 Para verificar se o coração está batendo, siga os seguintes passos:

Passo 1:

• Verifique o pulso (pescoço, punho e/ou virilha)

Para verificar a presença do pulso, utilize sempre a polpa digital dos dedos indicador e médio. Faça uma discreta pressão para evitar que você sinta o seu próprio pulso. Se conseguir sentir o pulso, conte quantas batidas ocorrem em 15 segundos. O resultado multiplique por 4 para ter o número de batidas em um minuto

Carotídeo

CubitalFemural

Pedial

PULSOSPULSOS

Se existir suspeita de parada cardíaca, verifique se a vítima apresenta pulso numa das áreas indicadas na figura ao lado.

O local mais fácil para examinar o pulso é no pescoço, ao lado da laringe, no local chamado Carotídeo.

Se for possível “pegar” o pulso, verifique:

• Frequência (o normal está entre 60 e 100 vezes por minuto)

• Se o pulso está forte ou fraco (para ter uma noção do normal tente avaliar o seu próprio pulso ou de alguém que esteja normal)

Se está regular

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Passo 2:

• Analise as Pupilas (olhos) e dos batimentos do coração

4.4 Parada cardiorespiratória identificada

As principais causas de parada cardiorespiratória são: choques elétricos, afogamento, envenenamento por gases tóxicos, corpos estranhos e doenças cardiorespiratórias.

O ar que chega aos pulmões entra pelas narinas e pela boca. Na faringe (garganta) estas duas vias se encontram e, através da glote, o ar vai para as vias aéreas inferiores (laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Corpos estranhos na garganta podem obstruir a passagem do ar levando a parada respiratória.

PARADA CÁRDIORESPIRATÓRIA

Primeiro Passo = Vias Aéreas Permeáveis

Verifique se estão dilatadas e se elas reagem a luz. Pupilas dilatadas que não reagem a luz podem indicar parada da circulação

Além do exame das pupilas, deve-se também examinar os batimentos do coração (tentar palpar com os dedos ou ouvir colocando o ouvido no lado esquerdo do tórax)

A parada cardíaca determina uma interrupção da circulação no sangue no cérebro, o que pode lavar a morte em 3 a 5 minutos por falta de oxigênio nas células cerebrais.

A parada respiratória pode levar a morte por asfixia e, conseqüentemente, falta de oxigenação do cérebro. Ela é sempre acompanhada de parada cardíaca.

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É muito importante manter as vias respiratórias desobstruídas.

Abra a boca da vítima e verifique se existem corpos estranhos (alimentos, dentaduras, etc.) obstruindo as vias aéreas. Neste caso tente retirá-los com o dedo indicador.

Em seguida, com a mão esquerda na testa e a mão direita no queixo feche a boca do paciente e force a cabeça para trás liberando a via aérea.

Se a vítima não voltar a respirar inicie o segundo passo que consiste na respiração artificial para forçar a entrada de ar nos pulmões e manter o suprimento de oxigênio para o sangue. Isto ajudará a evitar lesão cerebral e morte.

Se o coração parar de bater, será preciso apelar para a reanimação cardiorespiratória.

PARADA CÁRDIORESPIRATÓRIA

Segundo Passo = Boa Respiração

Se a vítima parar de respirar, seu tórax não apresentará movimentos e não será possível ouvir ou sentir sua respiração. A respiração artificial deve ser realizada e esse procedimento adotado o mais rapidamente possível, pois se o cérebro ficar sem oxigenação ele sofrerá lesões em poucos minutos.

Respiração Boca-Nariz

Nos casos de envenenamento ou lesões no rosto, deve ser aplicada respiração boca-nariz. Feche a boca da vítima, empurrando seu queixo com a mão, e a seguir sopre ar em suas narinas.

Respiração boca-a-boca

1- Procure ajuda médica, se possível. Deite a vítima sobre uma superfície firme. Com os dedos, retire da boca da vítima qualquer sujeira, coágulos de sangue, dentadura etc.

2- Incline devagar a cabeça da vítima para trás. Coloque uma das mãos sob seu pescoço, erguendo-o. Pressione a testa da pessoa com a parte posterior da palma da outra mão.

3- Retire a mão da testa da vítima e tampe as narinas dela. Inspire. Coloque sua boca sobre a boca da vítima. Inspire e expire, transferindo o ar para os pulmões dela.

4- Procure ouvir o ar deixando os pulmões da vítima. Veja se o peito dela está baixando. Aplique 12 respirações por minuto, até que ela volte a respirar sozinha.

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PARADA CÁRDIORESPIRATÓRIA

Terceiro Passo = Circulação

Se a vítima não estiver respirando, talvez seu coração tenha parado de bater. Nesse caso, ela não apresentará reações, não terá pulsação e sua pele ficará fria e pálida. Se estiver respirando, significa que seu coração continua batendo, mesmo que não seja possível ouvir sua pulsação. A reanimação deve ser aplicada somente quando ocorrer uma parada cardíaca, pois essa técnica pode interferir no ritmo do coração ou fazê-lo parar de vez.

1- Coloque a palma de sua mão 2 cm acima do osso central do tórax e a outra sobre a primeira. Encolha os ombros. Faça pressão para baixo - cerca de 5 cm - e a seguir solte. Não altere a posição das mãos.

2- Repita a primeira etapa, para comprimir o coração 80 vezes por minuto. Pare a cada 15 compressões e aplique 2 respirações boca a boca a cada intervalo

3- Sinta o pulso da vítima a cada quatro ciclos completos de 15 compressões e duas respirações boca a boca. Interrompa a compressão do coração assim que puder sentir o pulso da vítima. Continue com a respiração boca a boca até que a vítima volte a respirar

Não tente fazer reanimação cardiopulmonar a menos que tenha instruções escritas detalhadas ou tenha feito um treinamento em primeiros socorros. As etapas aqui listadas dão apenas uma idéia das técnicas básicas.

Durante a massagem cardíaca o coração é imprensado entre o osso esterno (na frente) e a coluna vertebral dorsal (atraz), fazendo com que o sangue saia do coração e seja lançado na circulação através do corpo e para os pulmões.

Posição de Recuperação

Se a vítima de um acidente estiver inconsciente mas ainda respirando e não apresentar sinais de lesão na coluna vertebral, coloque-a na posição de recuperação (deitada de lado, com a cabeça para frente e para baixo). Isso evita que, ao retomar a consciência, ela engasgue ou degluta o vômito.

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ASFIXIA

CHOQUE ELÉTRICO

Estado de Choque

1- Não toque na vítima - você pode tomar um choque. Desligue a corrente elétrica ou afaste a vítima da fonte de energia, usando um objeto não condutor, como uma vassoura.

2- Verifique a respiração da vítima e, se preciso, aplique a respiração artificial

3- Verifique os batimentos cardíacos após 5 respirações artificiais. Se eles cessarem, faça reanimação cardiopulmonar.

4- Se a vítima voltar a respirar, coloque-a deitada de lado

5- Quando a vítima estiver respirando, trate as queimaduras visíveis e permaneça junto dela. Procure ajuda.

Manobra de Heimlich

Para deslocar um objeto que fica engasgado com risco de causar parada respiratória

Para deslocar um objeto que engasga a pessoa:

• Agarre-a por trás

• Coloque o punho, com o polegar virado para dentro, na “boca do estômago”

• Segure esse punho com a outra mão

• Faça movimentos para dentro e para cima.

• No caso de crianças maiores, use só uma mão e menos força.

Em bebês e crianças menores, vire-a de cabeça para baixo e pressione seu peito com cuidado.

Embora um choque elétrico às vezes cause apenas uma pequena queimadura, pode provocar graves danos internos. Um choque forte pode causar perda da consciência, parada cardíaca ou respiratória.

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ESTADO DE CHOQUE

Nos acidentes de maior gravidade pode ocorrer uma alteração no organismo chamada de choque. Neste casos não confundir com o choque elétrico.

O choque, relacionado com a redução do fluxo sanguíneo e da oxigenação dos órgãos, pode ser causado por:

• Hemorragias externas e/ou internas

• Queimaduras graves

• Envenenamento por substâncias tóxicas

• Doenças cardíacas

• Exposição a temperaturas elevadas

• Ferimentos graves

• Infecções

• etc.

Os sinais de redução do fluxo sangüíneo e oxigenação são:

• Pele fria e pegajosa, com suor abundante

• Respiração rápida ,fraca e irregular

• Pulso rápido e fraco

• Mãos, pés e lábios arroxeados

• Sensação de frio

• Agitação ou inconsciência

Como prestar os primeiros socorros nos casos de estado de choque:

• Mantenha a vítima deitada.

• Realize um exame visual

• Identificar e eliminar a causa

• Afrouxar as roupas, cinto, gravata, etc.

• Elevar os membros inferiores

• Não realizar se existir suspeita ou certeza de hemorragias no crânio ou fratura nos MMII

• Mantenha as vias respiratórias desobstruídas. Em caso de vômito ou salivação abundante vire a cabeça para o lado

• Aquecer a vítima com um cobertor ou roupas

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• Conversar com a vítima, se estiver consciente.

• Não dar líquidos para ela beber.

Se a vítima estiver vomitando sangue em jato, tem o risco de engolir este sangue e ele pode ir para os pulmões. Proceda da seguinte maneira:

• não tendo suspeita de lesão da coluna cervical e a vítima podendo virar o pescoço para o lado, mantenha-o de lado.

• na suspeita de lesão da coluna cervical, imobilize-a totalmente e vire-a (em bloco) para o lado

HEMORRAGIA

As hemorragias são classificadas em dois grupos:

• Interna:

O paciente não apresenta sangramento visível. O seu diagnóstico depende da identificação dos sintomas, cujos principais são: pulso fraco, pele fria, suores abundantes, palidez, sede, tonturas.

A conduta a ser adotada é semelhante a aquela adotada no estado de choque

• Externa:

– Proteger-se com luvas.

– Identificar o local exato da hemorragia

– Colocar um pano limpo dobrado no local

– Colocar a atadura ou improvisar

– Não dificultar a circulação

– Evitar o uso do torniquete / garrote

– Curativo compressivo

CONTROLE DA HEMORRAGIA

Ferimentos no corpo podem provocar sangramentos externos ou internos. Se o ferimento for muito profundo ou se atingir uma artéria, o sangramento deve ser estancado rapidamente, para evitar choque ou morte.

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Os ferimentos por perfuração são estreitos e profundos, por isso às vezes não sangram muito externamente. Mesmo assim são graves, pois podem provocar danos a órgãos internos. Se você sofrer um ferimento por perfuração, procure um médico.

Escoriações e arranhões podem causar muita dor e provocar infecção, se não forem lavados e desinfetados cuidadosamente.

Forma-se uma hematoma quando ocorre rompimento dos vasos sanguíneos sob a superfície da pele.

As lesões ao cérebro e a órgãos internos podem provocar sangramentos que colocam a vida em risco. Procure tratamento médico de emergência se a vítima apresentar sangramento pelo nariz ou pela boca, tosse com sangue ou abdome distendido.

COMO CONTROLAR SANGRAMENTOS GRAVES

É vital saber como estancar um sangramento grave. Se não for estancado, a pessoa poderá entrar em choque, perder a consciência e morrer.

HEMORRAGIA EXTERNA

CONTROLE DA HEMORRAGIA EXTERNA

1- Erga a região ferida acima do coração da vítima, para reduzir o fluxo sanguíneo. Com as mãos, pressione o ferimento.

2- Pressione a região, mas se houver algum objeto ali não faça pressão. Junte as bordas do ferimento.

3- Cubra o ferimento com uma atadura, tecido ou lenço limpo e mantenha a pressão. Se o sangue continuar a escorrer, coloque mais ataduras.

4- Quando finalmente o sangue estancar, coloque uma atadura limpa sobre as ataduras já existentes, dando um nó diretamente sobre o ferimento.

5- Finalmente, verifique se a atadura não está prejudicando a circulação do sangue. Sinta o pulso da vítima, tanto acima com abaixo do ferimento.

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SANGRAMENTO NASAL

Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas.

Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local.

Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz.

Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.

QUEIMADURAS

Graus de queimadura

Queimaduras do 1º grau

Vermelhidão (lesões de camadas superficiais)

Queimaduras de 2º grau

• Vermelhidão e bolhas (lesões de camadas mais profundas da pele)

Queimaduras de 3º grau

• Destruição de tecidos (lesões de todas as camadas da pele, comprometimento dos tecidos mais profundos e nervos)

Queimaduras graves e envenenamento exigem atendimento médico imediato.

Queimaduras podem ser causadas por calor seco ou úmido (vapor), eletricidade, fricção ou produtos químicos corrosivos. A sua gravidade depende da profundidade e área atingida. As mais profundas deixam uma área indolor branca ou carbonizada. As que atingem áreas maiores do corpo são sempre graves.

TRATAMENTO

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COMO TRATAR QUEIMADURAS

Os primeiros socorros em caso de queimadura visam aliviar a dor, evitar infecções e choque ou tratar o choque. Se a queimadura atingir uma área extensa ou parecer grave, procure ajuda médica imediatamente.

1- Se as roupas da vítima estiverem em chamas, abafe-a com um cobertor ou faça a vítima rolar no chão. Procure ajuda.

2- Retire as roupas molhadas da vítima, porém não as roupas secas e grudadas na pele. Tire também todos os acessórios.

3- Aplique compressa fria ou mergulhe em água corrente fria. Cubra com uma atadura úmida, limpa e não-felpuda.

Importante para pequenas queimadurs:

• Limpe a queimadura, lave com água filtrada ou soro, cubra com pano limpo, tranqüilize o doente, dê água se estiver consciente e leve ao Médico

• Não use de pomadas e antissépticos, não aplicar material estranho (pasta de dente, manteiga, etc.) nem retire corpos estranhos grudados na queimadura

FERIMENTOS SUPERFICIAIS

FERIMENTOS LEVES, CORTES E ARRANHÕES

Em geral, o sangramento causado por um ferimento leve cessa em poucos minutos. Se isso não ocorrer, faça pressão sobre o local. O ferimento deve ser desinfetado cuidadosamente para evitar infecção, causada por sujeira ou objetos ali retidos. Se o corte for muito grande, deve ser saturado.

1- Para reduzir o risco de infecção, lave bem as mãos com água e sabão antes de examinar ou tratar o ferimento.

2- Com gaze, faça pressão diretamente sobre o ferimento até que ele pare de sangrar

3- Lave o ferimento com sabão e água corrente. Remova toda a sujeira. Seque a região ao redor do ferimento.

4- Verifique se a região ficou bem limpa e cubra-a com gaze esterilizada ou atadura limpa.

Requerem pronta atenção médica se: tiver mais que 1 cm de profundidade ou for na face / crânio; sangramento não cessar; tiver material, como areia ou estilhaços de vidro, retido no ferimento ou se foi causado por objeto sujo; tiver sinais de infecção (febre, inchaço, vermelhidão ou dor); há suspeita de penetração profunda do objeto causador do ferimento (bala, faca, prego etc.); se for no tórax ou abdômen.

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ENTORSES E LUXAÇÃO

Este tipo de lesão é causado por torção ou estiramento dos músculos e tendões. As lesões graves provocam hematomas e muita dor, sendo às vezes confundidas com fraturas. Em caso de dúvida, procure um médico sem demora.

Como tratar

Repouso, gelo, compressão e elevação do membro traumatizado é o melhor tratamento para diminuir e/ou evitar dor, hematomas e outras complicações.

Antes de transportar a vítima para o atendimento médico faça uma imobilização com faixa ou pedaços de pano.

Não faça massagem nem aplique, logo após o acidente, compressas de água quente.

PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA FRATURA

Dor intensa no local, Edema (inchaço), coloração roxa no local da fratura.

O membro ou local afetado fica em posição disforme (braço, perna, etc.),

Dificuldade para movimentar o membro ou ausência de movimentos

Presença ou não de pulso (pulsação arterial) no membro.

COMO PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS

Evite movimentar o local fraturado

Antes de transportar fazer imobilização. Evite comprimir o osso.

Se a fratura for em braço ,dedo ou perna, retire objetos que possam interferir na circulação (relógio, anéis, calçados, etc.),

Em caso de fratura exposta proteja a área com um pano limpo e enrole com uma atadura no local do sangramento.

Improvise uma tala. Utilize revistas, papelão, madeiras. Fixe as pontas com tiras largas e não fixe com tiras em cima da área fraturada

Utilize uma tipóia, lenço ou atadura. Não tente recolocar o osso no lugar

Se suspeita de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça da vítima de maneira que ela não possa realizar movimentos

Caso tenha que transportar, imobilize toda a vítima (superfície rígida), fixe-a com tiras largas em todo o corpo e também faça um colar cervical.

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Fixe as extremidades com tiras largas

COBRAS

Em caso de picada por cobra não aplique o torniquete (garrote) acima do local da picada com o objetivo de evitar que o veneno se espalhe.

Esta prática está errada porque quanto mais se espalhar o veneno menor será a sua toxicidade.

Geralmente as cobras venenosas apresentam as seguintes características: cabeça triangular, separada do corpo por um pequeno “pescoço”, corpo revestido por escamas, rabo curto que afina rapidamente

As cobras não venenosas apresentam cabeça arredondada, quase sem “pescoço”, corpo sem escamas e rabo longo que afina aos poucos

Em caso de acidente, o mais importante não é tentar verificar se a cobra é ou não venenosa. Em caso de dúvida o melhor é encaminhar a vítima, imediatamente, ao Centro de Veneno do Hospital Roberto Santos localizado no bairro do Cabula em Salvador - Ba. Somente este hospital tem o soro específico ou polivalente.

A Coral Verdadeira possui o veneno mais potente de todas as cobras brasileiras. É pequena e vive enterrada.

A Jararaca, responsável pelo maior número de acidentes no Brasil, possui um veneno que não é tão fulminante mas causa sangramento ou destruição dos tecidos inoculados por ele.

A Cascavel, com seu chocalho, é bem conhecida e o seu veneno causa paralisia muscular.

ARANHAS

É muito difícil diferenciar a aranha venenosa da não venenosa. Uma forma fácil de identificar qual a venenosa, basta apenas analisar o desenho da teia da aranha. Se for bonita, certamente a aranha não é venenosa

A aranha Armadeira é a de maior importância médica. Ela salta até 40 cm de distância e vive em lugares úmidos e escuros.

A Viuva Negra, apesar de medir 8 a 12 cm, pode ser fatal, embora sejam raras as suas picadas.

A grandalhona e tão temida caranguejeira, que pode chegar a 30 cm, não é venenosa. Os seus pelos, que são lançados em direção da vítima, podem causar reação alérgica.

A aranha da grama, comum nos jardins, tem um veneno que causa bastante dor no local da picada.

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A Aranha Marrom

Pode atingir até 2,5 cm de envergadura; tem uma coloração castanha e poucos pelo e seis olhos perolados;

Comum dentro de residências, de hábitos noturnos;

Esconde-se durante o dia, atrás de quadros, móveis e no meio de roupas usadas (axilas e virilha) e, também, dentro de telhas e tjolos

Não faz teia; Forra seu abrigo com tapete pegajoso;

O acidente ocorre quando a pessoa veste a roupa,

Seu veneno é extremamente potente, sendo anestésico, hemolítico (destrói as células sangüíneas) e proteolítico (destrói os tecidos, causando necrose);

ESCORPIÕES

Os escorpiões têm hábitos noturnos e se alimentam de baratas. Crianças de até sete anos são as maiores vítimas fatais dos escorpiões. A maioria dos acidentes no Brasil ocorrem com duas espécies de escorpiões: o Amarelo e o Marron.

Amarelo = manchas escuras sobre o tronco e na parte inferior do fim da cauda; o quarto anel da cauda com duas fileiras de "dentes" constituindo 2 pequenas serras dorsais

É o mais agressivo e a fêmea se reproduz sozinha, sem a ajuda do macho.

Marron = avermelhado escuro, braços (palpos) e pernas mais claros, com manchas escuras. Segmento caudal liso no dorso. Quando adulto, chega a 7 cm de comprimento.

Lave o local da picada e aplique uma compressa de gelo.

Mantenha a área da picada em posição mais baixa que o coração da vítima

ENVENENAMENTO

Procure ajuda médica após qualquer tipo de envenenamento, mesmo se a vítima estiver se sentido bem, pois podem ocorrer complicações posteriores. Não deixe a pessoa sozinha. Se ela estiver consciente, procure descobrir o tipo de veneno ingerido, pois isto poderá salvar-lhe a vida.

Não-Corrosivos

Se a vítima estiver consciente, deve tomar dois ou três copos de água ou leite. Provoque o vômito com os dedos. Mantenha a pessoa de bruços.

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Corrosivos

Não dê nada à vítima nem provoque o vômito. Encaminhe para atendimento médico imediato

Gases Venenosos

Se a vítima inalar algum gás venenoso, faça-a respirar ar puro. Afrouxe as roupas ao redor do pescoço dela para facilitar a respiração.

Plantas

Algumas, como cogumelos, alguns tipos de folhas e frutos silvestres, são venenosas se ingeridas. Esses casos devem ser tratados da mesma forma que qualquer envenenamento. Se tocar em plantas que causam reações alérgicas ou irritação, lave a área, esfregue álcool e aplique uma loção à base de calamina.

Venenos Domésticos

Muitas substâncias usadas em casa são venenosas. Um adulto não irá ingeri-las, mas elas representam riscos para as crianças. Mantenha todos os produtos de limpeza longe do alcance delas..

AFOGAMENTO

Tratamento Convencional

• Mantenha a cabeça e o tronco da pessoa fora da água.

• Remova com um dedo os detritos existentes na boca da pessoa.

• Se ela não respirar, comece a fazer respiração artificial boca-a-boca.

• Vá-se deslocando em direção à terra ou areia entre cada assobrada de ar.

• Ao atingir a parte rasa, continue a respiração artificial. Não perca tempo retirando água dos pulmões.

• Tome o pulso da pessoa.

• Se não detectar pulsações, comece a fazer massagem cardíaca.

• Quando a pessoa recomeçar a respirar, coloque-a na posição lateral de segurança.

• Cubra a pessoa com cobertores ou toalhas e trate as eventuais lesões.

• Procure rapidamente auxílio médico.

Atenção: Não interrompa a respiração artificial, mesmo que a situação pareça desesperadora. Pode haver recuperação após 25 minutos de morte aparente.

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CONCUSSÃO

Uma pancada na cabeça pode abalar e perturbar o cérebro, provocando concussão. Os sintomas podem incluir confusão, dificuldades na fala, vômitos, tonturas, visão enevoada ou perda de consciência.

Tratamento Convencional

• Chame imediatamente um médico.

• Ao se recuperar, a pessoa pode ter náuseas e vômitos.

• Depois de ocorridas lesões na cabeça, qualquer pressão exercida sobre o cérebro pode provocar compressão -, afetando o estado de consciência da pessoa.

• A compressão pode surgir logo a seguir à pancada, ou mais tarde, depois da concussão.

Também nesse caso peça auxílio médico imediato.

CONVULSÃO

As convulsões em geral cessam logo e não causam danos permanentes. Mas você deve chamar um médico, a menos que saiba que a vítima é epiléptica. Neste caso, se o ataque continuar por mais de cinco minutos, procure ajuda.

1. Afaste objetos que a vítima possa atingir com os braços e pernas. Não tente manter a pessoa imóvel.

2. Afrouxe as roupas ao redor do pescoço da vítima e não coloque nada em sua boca.

3. Quando o ataque passar, verifique se a pessoa se machucou. Deite-a de lado e cubra-a com um cobertor. Conforte-a até que a ajuda chegue.

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Tratamento Convencional

• Afaste a pessoa do sol, de preferência para um local bem fresco.

• Dispa-a e embrulhe-a em um lençol ou em toalhas molhadas em água morna.

• Refresque-a regularmente, utilizando um leque.

• Verifique a temperatura de 5 em 5 minutos.

• Quando a temperatura tiver baixando para 38º C, retire o lençol molhado, mas continue a abanar a pessoa com o leque.

• Se a temperatura voltar a subir, aplique de novo o tratamento de resfriamento.

• Se a pessoa estiver inconsciente, deite-a de lado, na posição lateral de segurança.

• Se ela estiver consciente, dê-lhe para beber uma xícara de água de 10 em 10 minutos.

• Utilize um quarto de colher de chá de sal para cada 1/2 litro de água. Adicione suco de frutas para melhorar o sabor.

OVERDOSE

Tratamento Convencional

Se a respiração para, comece imediatamente a fazer respiração artificial, acompanhada de massagem cardíaca, caso não se sintam pulsações.

Se a pessoa respirar, mas estiver inconsciente, coloque-a de lado, na posição lateral de segurança, e proceda ao tratamento indicado para perda de consciência.

Se a pessoa se mantiver consciente, recorra ao tratamento indicado para envenenamento.

Chame imediatamente um médico, mesmo que a pessoa pareça ter se recuperado.

Atenção: Tente manter a pessoa acordada, mas não lhe dê café nem force-a a andar. Espere até que se tenha procedido à lavagem do estômago.

COMO LIDAR COM UM DOENTE

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Segredos da recuperação: tranqüilidade, descanso e reabilitação.

A tranqüilidade evita que o estresse retarde a recuperação. O descanso ajuda o sistema imunológico a combater as células invasoras e a promover os processos naturais de cura. A reabilitação introduz atividades físicas devagar, às vezes por meio de exercícios, para restaurar as funções normais do paciente, antes que ele retome suas atividades.

CUIDADOS BÁSICOS

* Estabeleça uma rotina diária. * Estimule o paciente a fazer o que puder sem ajuda. * Escove seus dentes e cabelos. * Use um pano morno e úmido para limpar os cantos dos olhos do paciente. * Mantenha o ar úmido, colocando uma vasilha de água no aposento. * Use um encosto ou travesseiro para que o paciente sente-se comodamente. * Informe-se sobre como erguer o paciente, colocar o vaso de cama e dar-lhe banho de leito de modo correto. * Não deixe as visitas cansa-lo. * Durante uma crise de vômito, coloque umas das mãos na testa do paciente. Depois, passe uma esponja no rosto do paciente e faça-o lavar a boca.

Primeiro Socorros – SOC - 501

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INTRODUÇÃO

O Desenho é uma arte que tem como finalidade representar graficamente formas e

idéias, podendo ser executado a mão livre ou por meio de instrumentos especiais, levando-se em consideração as regras para tal. Distingue-se, pois, entre desenho livre, aquele que é praticado pelos artistas, e o desenho técnico, o que é regido por determinadas leis.

O Desenho Técnico tem como finalidade principal à representação precisa, no plano das formas do mundo material, ou seja, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas. Essa representação de formas no plano constitui o campo de desenho projetivo.

O Desenho Técnico representa um meio de ligação indispensável entre ao vários ramos de um empreendimento da base da matriz de produção, pois que é a linguagem internacional do engenheiro do arquiteto e do técnico, linguagem que difere de qualquer outra pela clareza e precisão, não se prestando a duvidas ou diferenças de interpretação.

A execução de um Desenho Técnico necessita, além de certa habilidade manual, uma boa compreensão técnica, conhecimentos do processo de construção, pois que a finalidade do projetista não é fazer um desenho e sim, por meio do desenho, indicar todos os elementos necessários à execução de um trabalho, trabalho esse que deve ser feito do modo mais racional e econômico possível.

O Desenho Técnico constitui-se no único meio conciso exato e inequívoco para comunicar a forma do objeto; daí a sua importância na tecnologia, face à notória dificuldade da linguagem escrita ao tentar a descrição da forma, apesar da riqueza de outras informações que essa linguagem possa veicular (BORNANCINI s.d).

O Desenho Técnico estrutura-se a partir dos conceitos do Desenho Geométrico e da

Geometria Descritiva, associados às Normas Técnicas e convenções estabelecidas pela

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Desenho Técnico – DET – 901

Page 169: Apostila -  Segurança do Trabalho

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ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GEOMETRIA

Chamam-se elementos fundamentais da geometria o ponto, a linha e o plano.

Este último é um caso particular da superfície.

PONTO LINHA PLANO

FORMAS GEOMÉTRICAS PLANAS

Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no mesmo

plano.

Exemplo de formas geométricas planas.

A m

α

Desenho Técnico – DET – 901

Page 170: Apostila -  Segurança do Trabalho

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EXERCÍCIOS

1) Dê o nome a cada uma das figuras acima:

A __________________________________ J __________________________________

B __________________________________ K __________________________________

C __________________________________ L _________________________________

D __________________________________ M _________________________________

E __________________________________ N _________________________________

F __________________________________ O _________________________________

G ___________________________________ P _________________________________

H __________________________________ Q _________________________________

I ___________________________________ R _________________________________

2) CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS – desenhar no bloco

MEDIATRIZ DE UM SEGMENTO – É uma reta perpendicular que passa pelo ponto médio de um segmento. AB = 4,5cm

Centro em A , abertura maior que a metade de AB, (raio r) traça-se um arco.

Centro em B, mesma aber- t ura, traça-se outro arco, que corta o anterior em C e D.

Unindo C e D, obtém-se a mediatriz maior de AB.

Desenho Técnico – DET – 901

Page 171: Apostila -  Segurança do Trabalho

171

BISSETRIZ DE UM ÂNGULO – é a semi-reta que tem origem no vértice e divide

o ângulo em dois ângulos congruentes (mesma medida).

UNIDADES DE ÁREA

A área de uma superfície é medida em metros quadrados (m2) ou num dos múltiplos ou submúltiplos do metro quadrado, como por exemplo, o quilômetro quadrado (km2) e o centímetro quadrado (cm2).

Recordemos que: 1 m2 é a área de um quadrado de lado de 1m; 1 km2 é a área de um quadrado de lado de 1km; 1 cm2 é a área de um quadrado de lado de 1cm.

Quando dizemos área do quadrado, estamos nos referindo à área da superfície

quadrada ou a região quadrada que é constituída pelo quadrado e seu interior.

O mesmo acontece para outros polígonos. Portanto, a área do retângulo é a área

da superfície ou da região retangular, a área do triângulo é a área da superfície ou da

região triangular, etc.

UNIDADES DE PERÍMETRO O perímetro de uma superfície é medida em metros (m) ou num dos múltiplos ou

submúltiplos do metro, como por exemplo, o quilômetro (km) e o centímetro (cm).

Traça-se um arco qualquer com centro em V.

Centros em A e B deter-mina-se C.

Unindo V com C deter-mina-se o ângulo de 45°.

1 cm

1 cm

1 cm

1

área = 1 cm2 área = 6 cm2

Desenho Técnico – DET – 901

Page 172: Apostila -  Segurança do Trabalho

172

Recordemos que um quadrado (figura com 4 lados iguais), de lado = 1m, terá por perímetro a soma dos lados, conseqüentemente, 4 lados x 1 m = 4 m;

Se a unidade utilizada for km, o perímetro será de 4 km;

A área do retângulo e do paralelogramo é igual ao produto da medida da

base pela da altura

A área do quadrado é igual ao produto da medida do lado S = I 2

l = Lado

A área de um triângulo é igual ao produto da medida da base pela da altura

dividido por dois.

A área de um trapézio é igual ao produto da medida da semi soma base pela

da altura.

A área de um losango é a metade do produto das medidas das suas diagonais.

Comprimento da circunferência = perímetro A área de um círculo é igual ao produto de � (PI) e o raio elevado ao quadrado.

S b x h 2 =

1 cm

1 cm perímetro =

2p = B + b + h + a

2p = a + b + c

S = D.d 2

2p = 4 x l

2p = 4 x 1

S (B+ b) x h 2 =

S = b x h 2p = 2b + 2l

2p = 2 π R

Desenho Técnico – DET – 901

Page 173: Apostila -  Segurança do Trabalho

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(PI) = relação entre o comprimento da circunferência e o diâmetro = 3,1415....

Exercício: Determine a área das figuras abaixo, considere as medidas em cm.

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um sólido geométrico.Os sólidos geométricos têm três dimensões: comprimento, largura e altura. São separados do resto do espaço por superfícies que os limitam. E essas superfícies podem ser planas ou curvas.

Sólidos limitados por superfícies planas: prisma, o cubo e as pirâmides. PRISMAS PRISMAS – Podem imaginá-lo como

uma pilha de polígonos iguais muito

próximos uns dos outros, como mostra

a ilustração:

S = π R2

Desenho Técnico – DET – 901

Page 174: Apostila -  Segurança do Trabalho

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PIRÂMIDE A pirâmide é outro tipo de sólido geométrico. Ela é formada por um conjunto de

planos que decrescem infinitamente.

SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO São formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa

ação de rodar, dar uma volta completa. A linha que gira ao redor do eixo formando a superfície de revolução é chamada linha geratriz

CILINDRO – limitado lateralmente por uma superfície curva. A figura plana que forma as bases do cilindro é o círculo.

CONE – A formação do cone pode ser imaginada pela rotação de um triângulo

retângulo em torno de um eixo que passa por um dos seus catetos.

ESFERA – É um sólido geométrico limitado por uma superfície curva chamada

superfície esférica. O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a

qualquer um de seus pontos. Diâmetro da esfera é o segmento de reta que passa pelo

centro da esfera unindo dois de seus pontos.

Desenho Técnico – DET – 901

Page 175: Apostila -  Segurança do Trabalho

175

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS TRUNCADOS

Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas figuras

geométricas: os sólidos geométricos truncados.

Exercícios: Desenhe os sólidos abaixo. (medidas arbitrárias)

tronco de prisma

tronco de cilindro

tronco de pirâmide

tronco de cone

Desenho Técnico – DET – 901

Page 176: Apostila -  Segurança do Trabalho

176

NORMAS TÉCNICAS

Normas são documentos surgidos do processo de normalização, que contém

informações técnicas para uso de fabricantes e consumidores. São elaboradas a partir da

experiência acumulada na indústria e no uso e a partir dos conhecimentos tecnológicos

alcançados. As normas devem ser adotadas por todos que se envolvam com profissões

em que o Desenho Técnico é uma das bases instrumentais, por terem como objetivo final

a unificação de procedimentos de representação.

LINHAS CONVENCIONAISC (NBR 8403) Aplicação de Linhas em desenho / Tipos de linhas / Larguras das linhas.

O conhecimento de linhas convencionais é de grande importância para a representação gráfica. Os contornos e arestas visíveis devem ser desenhados com linhas cheias e grossas, a fim de que a figura se destaque nitidamente das linhas de cota e do tracejado. A espessura dos traços é emm função do tamanho e da escala usada.

Principais linhas de representação em Desenho Técnico

GROSSA

MÉDIA

FINA

a

b

c

d

e

f

g

Arestas e contornos visíveis

Corte e seções

Arestas e contornos invisíveis

Ruptura curta

Linhas de cota e de extensão Hachuras e diagonais

Eixos de simetria e linhas de centro

Ruptura longa

TIPO EMPREGO

Desenho Técnico – DET – 901

Page 177: Apostila -  Segurança do Trabalho

177

CALIGRAFIA TÉCNICA (NBR 8402)

g

e

a

b c d

f

e

SEÇÃO A-A’

e e

Desenho Técnico – DET – 901

Page 178: Apostila -  Segurança do Trabalho

178

FORMATOS DE PAPEL E LEGENDA

NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES, cujo objetivo e

padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e

definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda

As folhas de desenho podem ser utilizadas tanto na horizontal como na vertical.

Os tamanhos das folhas seguem os Formatos da serie “A”, e o desenho deve ser

executado no menor formato possível, desde que não comprometa sua interpretação.

Os formatos da serie ‘A” tem como base o formato A0 (841X1189), cujas dimensões

guardam entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua

diagonal e que corresponde a um retângulo de área igual a 1m².

Desenho Técnico – DET – 901

Page 179: Apostila -  Segurança do Trabalho

179

As dimensões estão em milímetros.

Margem Formato Dimensões

Esquerda Outras

Comprimento

da Legenda

Espessura das linhas das

margens

A0 841x1189 25 10 175 1,4

A1 594x841 25 10 175 1,0

A2 420x594 25 07 178 0,7

A3 297x420 25 07 178 0,5

A4 210x297 25 07 178 0,5

Desenho Técnico – DET – 901

Page 180: Apostila -  Segurança do Trabalho

180

LEGENDA-A legenda ou carimbo (parte integrante das pranchas para desenho

técnico) é a identificação do trabalho em execução. Devendo assim conter, todas as

informações possíveis para a identificação do mesmo, como: número, origem, título,

executor, endereço e tantos outros dados que se fizer necessário. È escrita na

caligrafia técnica, O nome da firma, o n.° do desenho e o título são escritos em

caracteres maiores e em traços grossos. As letras devem ser do tipo bastão.

.

FBE Título: Turma: Curso: Data: Aluno Escala: Professor: Nota:

DOBRAMENTO DE FOLHAS DE DESENHO - NBR 13142 – Desenho Técnico –

dobramento de cópias, que fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de

desenho para facilitar a fixação em pastas, eles são dobrados ate as dimensões do

formato A4.Os formatos de papel devem ser dobrados a fim de assumirem o formato A4,

para arquivamento. O quadro das legendas, a ser previsto no canto inferior direito da

folha, deve ficar visível após o dobramento.

Desenho Técnico – DET – 901

Page 181: Apostila -  Segurança do Trabalho

181

PERSPECTIVA

Perspectiva é a representação do objeto como ele se apresenta no espaço, introduzida no

século XV pelos pintores flamengos e italianos na busca pela formulação de regras para

desenhar objetos e figuras que necessitavam dar a ilusão de profundidade. O desenho,

para transmitir essa idéia, precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica:

a perspectiva. Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único

plano, de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo.

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA - A perspectiva Isométrica nos dá uma visão muito próxima

do real e é amplamente usada para a representação de peças. Seus eixos principais

estão inclinados em 120º uns dos outros e por esse motivo o par de esquadros facilitará

muito o desenho.

EIXO ISOMÉTRICO Formam entre si, ângulos de 120º. Obs.: O eixo vertical (a) pode situar-se abaixo ou acima do vértice.

UUssuuaallmmeennttee,, aa ppoossiiççããoo,, nnoo ppaappeell,, ddoo eeiixxoo OOzz éé sseemmpprree vveerrttiiccaall –– eessccaallaa ddaass aallttuurraass .. PPaarraa

oo ttrraaççaaddoo ddaass ddiirreeççõõeess ddooss eeiixxooss OOxx ee OOuu,, qquuee ffaazzeemm âânngguullooss ddee 3300°° ccoomm aa ddiirreeççããoo

hhoorriizzoonnttaall,, éé ccoommuumm sseerr uussaaddoo uumm eessqquuaaddrroo--ggaabbaarriittoo::

Desenho Técnico – DET – 901

Page 182: Apostila -  Segurança do Trabalho

182

EXERCÍCIOS

Passos para o traçado da perspectiva isométrica.

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE ELEMENTOS OBLÍQUOS

Esses elementos são oblíquos porque têm linhas não paralelas aos eixos isométricos.

Prisma chanfrado:

c = comprimento; l = largura e h = altura.

Desenho Técnico – DET – 901

Page 183: Apostila -  Segurança do Trabalho

183

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DA CIRCUNFERÊNCIA.

A representação mais freqüente e pratica, e feita pelo traçado aproximado da elipse

isométrica de quatro centros.

Passo a passo da construção Exemplo - 01

:

Exemplo - 02

EXERCÍCIOS – 1) Desenhar as figuras abaixo em perspectiva isométrica

Desenho Técnico – DET – 901

Page 184: Apostila -  Segurança do Trabalho

184

2) Desenhe à mão livre as figuras abaixo.

Desenho Técnico – DET – 901

Page 185: Apostila -  Segurança do Trabalho

185

SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO – PROJEÇÃO

Desenho Técnico – DET – 901

Page 186: Apostila -  Segurança do Trabalho

186

PROJEÇÃO CILÍNDRICA ORTOGONAL – SISTEMA TRIÉTRICO OU TRÊS VISTAS Para o estudo deste sistema, devem considerar três planos perpendiculares entre si. Por

suas posições, serão chamados de: plano vertical que corresponderá à vista de frente,

plano horizontal que corresponderá à vista superior ou de cima e plano de perfil que

corresponderá à vista de uma das laterais.

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REPRESENTAÇÃO DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS Determinadas as três vistas, é necessário que os três planos de projeções sejam representados num mesmo plano. Para isto, é necessário fazer o rebatimento dos planos: o plano de perfil é rebatido lateralmente sobre o plano vertical, num giro de 90° em torno da sua intersecção, e o plano horizontal é rebatido para baixo, formando assim, a representação plana das vistas ortográficas. Eliminam-se as linhas de intersecção dos planos e as linhas de chamada (linha que deixa as projeções num mesmo alinhamento).

VISTAS ORTOGRÁFICAS

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Exercícios:

Complete as projeções

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9.) Trace as vistas ortográficas das peças da página 63.

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ESCALAS

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Como o desenho técnico é utilizado para representação de máquinas, equipamentos, prédios e até unidades inteiras de processamento industrial, é fácil concluir que nem sempre será possível representar os objetos em suas verdadeiras grandezas. Assim, para viabilizar a execução dos desenhos, os objetos grandes precisam ser representados com suas dimensões reduzidas, enquanto os objetos, ou detalhes, muito pequenos necessitarão de uma representação ampliada.

Para evitar distorções e manter a proporcionalidade entre o desenho e o tamanho real do objeto representado, foi normalizado que as reduções ou ampliações devem ser feitas respeitando uma razão constante entre as dimensões do desenho e as dimensões reais do objeto representado. A razão existente entre as dimensões do desenho e as dimensões reais do objeto é chamada de escala do desenho.

É importante ressaltar que, sendo o desenho técnico uma linguagem gráfica, a ordem da razão nunca pode ser invertida, e a escala do desenho sempre será definida pela relação existente entre as dimensões lineares de um desenho com as respectivas dimensões reais do objeto desenhado. DIMENSÃO DO DESENHO: DIMENSÃO REAL DO OBJETO

Para facilitar a interpretação da relação existente entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto, pelo menos um dos lados da razão sempre terá valor unitário, que resulta nas seguintes possibilidades: • 1 : 1 para desenhos em tamanho natural – Escala Natural • 1 : n > 1 para desenhos reduzidos – Escala de Redução • n > 1 : 1 para desenhos ampliados – Escala de Ampliação

A norma NBR 8196 da ABNT recomenda, para o Desenho Técnico, a utilização das seguintes escalas:

Escala é a relação que existe entre as dimensões dos objetos reais e as de sua

representação.

ESCALA NATURAL Se o desenho tem as mesmas dimensões que o objeto real, a

escala é denominada NATURAL. A escala 1:1 significa que 1 cm normal do desenho é

igual a 1 cm do objeto.

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ESCALA DE REDUÇÃO – Se o desenho é representado graficamente numa

dimensão menor que a do objeto, a escala é denominada escala de redução. A escala 1:2

significa que 1cm normal do desenho equivale a 2 cm do objeto

d > D - A figura é maior que o objeto; trata-se de uma Escala de Ampliação. Por

questões de ordem prática prefere-se usar sempre para denominador a unidade e

para numerador um valor inteiro. Ex.: 2:1, 5:1, 10:1, 20:1, 50:1, 100:1 etc. ...

Exercícios de escala estão juntos com os exercícios de cotagem.

COTAGEM

NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico A cotagem de um desenho técnico deve ser executada de forma funcional e objetiva,

possibilitando, na maioria das vezes, a utilização do desenho como meio para

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consecução de um fim (fabricação ou construção).As cotas devem fornecer uma perfeita

idéia de todas as dimensões, não deixando dúvidas que justifiquem futuros cálculos.Os

elementos fundamentais de uma cotagem são: linha de cota, linha de chamada, valor da

cota e os limites da linha de cota.

Obs.: As linhas de cota e as linhas auxiliares devem ser representadas por um traço contínuo estreito. ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COTAGEM

COTAS

São os números que indicam as medidas da peça. Observe, no desenho, as

medidas básicas de uma peça. Elas estão indicadas pelas cotas 50, 12 e 25.

.

Os limites da linha de cota podem ser representados por setas ou traços oblíquos:

a) Na representação por setas, os seus lados devem formar um ângulo aproximado de 15° e podem ser abertas ou fechadas. b) Alguns tipos de desenhos técnicos permitem a representação por traços oblíquos com relação a linha de cota, desenho de arquitetura por exemplo. Nestes casos o ângulo deve ser de 45°.

LINHAS DE COTAS São linhas contíguas estreitas com setas ou traços oblíquos nas extremidades, como você vê a seguir.

No desenho abaixo, a linha de cota representada dentro das vistas frontal e lateral esquerda. A linha de cota é limitada pelo próprio desenho

LINHAS AUXILIARES São linhas contíguas estreitas que limitam

a linha de cota fora da vista ortográfica. A linha auxiliar deve ser prolongada

ligeiramente além da respectiva linha de cota. Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha auxiliar e a linha de contorno do desenho.

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c) Havendo Necessidade de representar uma perspectiva cotada, as cotas deverão

estar também perspectivadas, afim de não causar distorções, respeitando-se as demais

regras que se aplicam a uma cotagem. Na execução de um desenho técnico, a cotagem

deve ser feita ao final do mesmo.

Para cotagem de diâmetros e raios deverá ser utilizada uma das formas apresentadas.

Ainda para cotagem de raios, quando estes forem relativamente grandes, estando o centro do arco além dos limites do desenho, deverá ser empregada uma das formas a seguir:

a) O centro situa-se no eixo. b) O centro situa-se fora do eixo.

Alguns símbolos devem preceder cotas, com objetivo de facilitar a interpretação do desenho. - diâmetro ESF – diâmetro esférico

R – raio R ESF – raio esférico

- quadrado

Em situação de evidência da forma representada deve-se omitir os símbolos de diâmetro e quadrado.

c

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Exercícios : Cotagem e Escala .

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EXERCÍCIO

Utilizando o conhecimento de escala complete a tabela abaixo:

DIMENSÃO DO DESENHO ESCALA DIMENSÃO

REAL

23 mm 1:2 mm

125 mm 25 mm

2:1 6 mm

30 mm 1:5 mm

40 mm 8 mm

320 mm 5:1 mm

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ESBOÇO

Apesar de não serem utilizados quaisquer outros instrumentos que não sejam: lápis ou lapiseira (grafite macio), borracha e papel, o esboço serve normalmente aos estágios iniciais de estudo ou desenvolvimento de um desenho ou projeto. Com a conclusão definitiva, transforma-se o esboço em desenho definitivo, utilizando-se de todos os instrumentos necessários a um perfeito traçado.

Considerações teóricas e úteis, para o desenvolvimento de um esboço na prática, em relação ao desenho de uma peça ou objeto. No desenho arquitetônico as vistas técnicas têm suas posições definidas.

- Escolher em função da peca, a face que representará como vista de frente, levando-se em consideração, a face que preferencialmente contenha o comprimento da peça e a mais rica em detalhes;

- Demarcar os espaços destinados à execução de cada vista, tomando-se o cuidado de faze-lo com linhas claras, para que ao final as mesmas possam ser eliminadas, ficando apenas a concepção final do desenho;

- Traçar as linhas de centro para a localização de detalhes;

- Traçar cada um dos detalhes da peça, e a sua projeção nas demais vistas técnica; - Verificação final, nos detalhes representados em todas as vistas. Reforçar o

desenho, eliminando as linhas de construção, e cotando se necessário, levando-se em consideração as regras de cotagem.

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ESBOÇO EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

Traça-se uma reta horizontal, e por um ponto qualquer da mesma uma

perpendicular, a qual corresponderá ao eixo da altura.

Dividi-se cada um dos dois ângulos retos obtidos, em três partes iguais, de forma a

obter-se em esboço, ângulos de 30º, referentes aos eixos da largura e do comprimento.

Analisada a forma da peça, em função das vistas apresentadas, inicia-se a

demarcação sobre os eixos isométricos, referentes às medidas de: comprimento, largura

e altura, formando-se um paralelepípedo, o qual envolverá a peça.

Para dar forma aos detalhes que compõem a peça, inicia-se, obedecendo ao paralelismo com referência aos eixos isométricos primitivos e ao paralelepípedo envolvente.Caso exista linha não isométrica (linhas não paralelas aos eixos isométricos), marca-se a origem e o fim da aresta e uni-se os pontos. Obs: todo traçado inicial deverá ser executado com linhas claras.

ESBOÇO DA PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE DETALHES CIRCULARES. Na execução de esboço de detalhes circulares ou de arco de circunferência,

deverão ser tomados cuidados especiais, onde não deverá tentar traçar de uma única

vez a forma circular, mas proceder de uma das maneiras abaixo.

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1)

2)

3)

Exercícios: 1) Complete as figuras representadas abaixo.

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2) Desenhe a mão livre no bloco a figura 10. (observe os passos)

4) Desenhe à mão livre o cilindro abaixo nas três posições como mostra a figura abaixo.

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CORTE

O corte é um recurso utilizado em desenho técnico, para melhor representar a parte interna de peça, em que está peça foi supostamente cortada por um plano secante, imaginário, e a parte anterior a este plano removida, deixando à mostra o interior da peça. CORTE PLENO OU TOTAL-Poderá ser LONGITUDINAL, quando o corte for

aplicado no sentido do comprimento da peça ou TRANSVERSAL, quando aplicado

no sentido da largura da peça.

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EXERCICIOS

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DESENHO TÈCNICO – ARQUITETURA

PLANTA BAIXA

DESENHO DE ARQUITETURA

Desenho de Arquitetura é a representação gráfica do projeto arquitetônico a ser realizado, isto é, um conjunto de recursos gráficos, para comunicar a outros, as medidas dos elementos a serem construídos e suas localizações no espaço real. Contem desde as informações gerais relativas à posição das vedações, apoios e coberturas até as informações técnicas sobre o processo construtivo e as especificações de detalhes e equipamentos.Estrutura-se a partir dos conceitos do desenho geométrico e da geometria descritiva, associados às Normas Técnicas e convenções estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Sua representação é através de vistas ortográficas onde se tem todas as dimensões do projeto proposto, ou seja, a sua representação é bidimensional, tornando-se às vezes difícil a sua compreensão, pois o mesmo representa o tridimensional no bidimensional. Para melhor visualização utiliza-se a representação do projeto arquitetônico através de esboço em perspectiva. (REGO & AMORIM 1999).

PLANTA BAIXA

Mostra a largura e representação dos cômodos e a representação das paredes da edificação, definindo seus compartimentos com portas e janelas. Deve conter: as paredes, com suas espessuras; as janelas e portas com suas dimensões; as peças sanitárias: pia, vaso, box com chuveiro, tanque de lavar-roupas; piso ladrilhado de sanitários, cozinha, área de serviço e varanda

1 - PERSPECTIVA

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-

2 – PLANO DE SECÇÃO

3 – CORTE FEITO ATRAVÉS DO PLANO DE SECÇÃO A UMA ALTURA DE 1,5 m, EM RELAÇÃO AO PISO.

4 – RETIRADA DA PARTE ACIMA DO PLANO DE SECÇÃO.

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5 – RETIRADA DA PARTE ABAIXO DO PLANO DE SECÇÃO.

6 – PLANTA BAIXA FINAL.

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JANELA “BAIXA” JANELA “ALTA”

1,60 x 1,50 1,00

1J 2J

Obs.: As convenções 1J e 2J servem para qualquer tipo de janela. Altura do Peitoril: “BAIXA” < 1,50 m “ALTA” ≥ 1,50 m

1P VÃO SEM ESQUADRIA

2P 3P PORTA COM 1 FOLHA PORTA COM 2 FOLHAS

6P PORTA DE VAI E VEM

5P

PORTA COM UMA FOLHA E ILUMINAÇÃO ALTA

4P PORTA COM 4 FOLHAS

7P PORTA ALTERNADA

8P

PORTA DE FRIGORIFICO

9P PORTA GIRATÓRIA

abre

10P

PORTA DE CORRER COM UMA FOLHA

abre

PORTA DE CORRER COM DUAS FOLHAS

11P

abre

PORTA TELESCÓPICA COM TRÊS FOLHAS

12P

PORTA TIPO SANFONA

13P 1V

ELEMENTOS VAZADOS BLOCOS DE VIDRO

2V

A cotagem dos vãos faz-se em forma de fração colocando-se no numerador a Largura seguida do sinal X e da Altura, e no denominador a Altura do Parapeito. Ex.: Fig. 1J

Portas - quando ligando cômodos de níveis diferentes, será colocado um traço do lado do nível mais baixo. Ex.: Figs. 2, 3 e 4

REPRESENTAÇÃO DE VÃOS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Apostilas elaboradas pelos professores do CEFET-BA, textos e publicações técnicas.

Apostila CETEB-CA,

Apostila de Eletrônica.

1 Apostilas do SENAI

JOSÉ DE SOUSA ALVES, Affonso. Projeto Elétrico Residencial. 1ª edição. Salvador,

2001.

FIESP, CIESP SESI, SENAI, IRS. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico

– Telecurso 2000 Profissionalizante. Fundação Roberto Marinho. Três volumes. São

Paulo – SP. Ed. Globo, 2000.

FONSECA, Ana Angélica Sampaio; CARVALHO, Antonio Alves de e PEDROSO, Gilberto

Pedroso. Geometria Descritiva – Noções Básicas. 3ª edição. Salvador – Bahia: Ed.

Quarteto, 1999.

MARMO, C. M. B. Curso de Desenho. São Paulo: Moderna, Livro I, 1965

MONTENEGRO, Gildo. A Perspectiva dos Profissionais. São Paulo: Edgar Blücher. 1985.

NASCIMENTO, Roberto Alcarria. Desenho Geométrico sob o Enfoque da Geração e

Organização da Forma. Bauru – São Paulo, 2000.

PESSOA, Mª da Conceição; SANTOS, Elisabete de ª Ulisses e SILVA, Antônio de

Andrade. Desenho Geométrico. 1ª edição. Salvador – Bahia: Ed. Quarteto, 2000.

PILLAR, Analice Dultra. Desenho e Escrita como Sistemas de Representação. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1996.

PRÍNCIPE JÚNIOR, A. dos Reis. Noções de Geometria Descritiva. 2 volumes. 38ª edição.

São Paulo: Nobel, 1983. VEIGA DA CUNHA, Luís. Desenho Técnico. 8a. edição. Lisboa – Portugal: Fundação Caloute Gulbenkian, 1991.

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Sumário

Linguagem Verbal e Não-Verbal............................................................................................ 217 Elementos essenciais do processo da comunicação............................................................. 218 As várias leituras ................................................................................................................... 219 Exigências do texto escrito .................................................................................................... 220 Implícito e subentendido........................................................................................................ 220

Os subentendidos ou pressupostos ................................................................................... 222 Funções da linguagem .......................................................................................................... 223

Função emotiva (ou expressiva) ........................................................................................ 223 Função referencial (ou denotativa)..................................................................................... 223 Função apelativa (ou conativa) .......................................................................................... 223 Função fática...................................................................................................................... 223 Função poética................................................................................................................... 224 Função metalingüística ...................................................................................................... 224

Gêneros textuais e tipos textuais........................................................................................... 224 Parágrafo ........................................................................................................................... 224

Qualidade do parágrafo .................................................................................................. 225 Coesão e coerência como mecanismos para construção de texto .................................... 227 Tipos textuais ..................................................................................................................... 228

Narração......................................................................................................................... 228 Descrição........................................................................................................................ 229 Dissertação..................................................................................................................... 229 Quadro comparativo dos tipos textuais........................................................................... 231

Apresentação visual de uma redação ................................................................................ 232 Conselhos para melhorar sua redação .............................................................................. 233

Redações técnicas ................................................................................................................ 234 Relatório............................................................................................................................. 234 Ata...................................................................................................................................... 239 Carta comercial .................................................................................................................. 240 Circular............................................................................................................................... 240 Curriculum Vitae (currículo)................................................................................................ 241 Memorando ........................................................................................................................ 242 Requerimento..................................................................................................................... 242 Ofício.................................................................................................................................. 243

Normas ABNT para trabalhos acadêmicos e relatórios ......................................................... 245 Texto técnico X texto científico .............................................................................................. 247

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Linguagem Verbal e Não-Verbal

Ao analisar de forma bem-humorada modos e comportamentos de alguns povos, Luís Fernando Veríssimo brinca com a curiosa linguagem dos tapinhas, tapas e socos com que os amigos íntimos dialogam. Como se pode observar, o beijo, o abraço e o tapinha no braço e as palavras (mesmo que para trocar “insultos” carinhosos) são formas de comunicação que utilizam diferentes códigos, resultando em diferentes linguagens.

Podemos reconhecer duas linguagens:

• Linguagem verbal – aquela que utiliza a língua (oral ou escrita); a língua é o mais importante dos códigos.

• Linguagem não-verbal – aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, como a pintura (que explora as formas e as cores, por exemplo), a mímica, a dança, a música, entre outros.

Damos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação, que nos permite dizer algo. É possível concluir então que “não há linguagem no vazio, seu grande objetivo é a interação, a comunicação com um outro, dentro de um espaço social.” [PCN]

Podemos reconhecer uma “linguagem animal”, mas ela não se confunde com a linguagem humana. A “linguagem animal” é instintiva e não um produto cultural; não evolui, não se transforma. A comunicação animal é mais marcada pela invariabilidade.

Em situação absolutamente distinta, o homem produz linguagem. Daí podemos afirmar que, num sentido mais estreito, a linguagem é um fenômeno humano, como afirma S. I. Hayakawa:

Quando um animal ladra, pode fazer com que outro animal ladre por imitação, ou de susto; mas este segundo latido não é feito com referência ao primeiro. Porém, quando um homem diz “vejo um rio”, um segundo homem poderá dizer “ele diz que vê um rio”, o que já é uma declaração acerca de uma declaração. Assim, pois, a linguagem pode processar-se acerca da linguagem e é este traço fundamental pelo qual o sistema humano de ruídos difere dos gritos animais.

[HAYAKAWA, 1972]

Leitura e Produção de Texto LPT - 901

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Elementos essenciais do processo da comunicação

Comunicar implica busca de entendimento, de compreensão. Em suma, contato. É uma ligação, transmissão de sentimentos e idéias. O processo se dá como uma espécie de dinâmica quase imperceptível aos que participam dele. Essa dinâmica não pode dispensar

alguns elementos que associadas umas às outras, constituem os elementos mais importantes na comunicação:

• Fonte – origem da mensagem.

• Emissor – quem envia a mensagem através da linguagem verbal ou não-verbal. Geralmente a fonte coincide com o emissor, por exemplo, num diálogo, em que o falante é emissor e fonte ao mesmo tempo.

• Mensagem – É o que a fonte deseja transmitir através do emissor, podendo ser percebida por algum dos cinco sentidos. Por exemplo, um texto escrito é visual, um telejornal é audiovisual, a linguagem braile utiliza o tato. Até mesmo o olfato é uma forma de se perceber a mensagem. Quando se sente o cheiro de gás, percebe-se logo um vazamento. É curioso lembrar que esse cheiro é artificial, principalmente provocado para passar a mensagem de que há gás escapando.

A mensagem serve-se de um código que deve ser estruturado e decifrado. É preciso que a mensagem tenha conteúdo, objetivos e que use o canal apropriado.

• Canal – É a forma utilizada pela fonte para enviar a mensagem. Ele deve ser escolhido cuidadosamente, para assegurar a eficiência e o bom êxito da comunicação.

O canal pode ser:

o Natural – órgãos sensoriais

o Tecnológico – espacial (como rádio, telefone, televisão) ou temporal (como livros, revistas, discos, fotografias).

• Receptor – É um elemento muito importante no processo. Pode ser a pessoa que lê, que ouve, um pequeno grupo, um auditório ou uma multidão. Ao recebedor cabe decodificar a mensagem e dele dependerá, em termos, o êxito da comunicação. Temos que considerar, nesse caso, os agentes externos que independem do receptor (ruídos, por exemplo).

• Destino – É a pessoa a quem se dirige a mensagem. Geralmente o destino coincide com o receptor. Por exemplo, no diálogo, o ouvinte é o destino e receptor ao mesmo tempo.

Leitura e Produção de Texto LPT - 901

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• Código – É um conjunto de sinais estruturados numa linguagem verbal ou não-verbal.

As várias leituras

Gostaríamos de reafirmar uma postura quando falamos em ler textos, não estamos nos referindo exclusivamente aos textos escritos, mas sim aos diversos textos que se apresentam em nosso cotidiano, “escritos” nas mais diferentes linguagens. Além dos textos verbais, há também os textos “sem palavras”: o texto “escrito” pelas notícias; o texto das várias telas, esculturas e fotografias; o do diálogo amoroso “escrito” por meio de gestos.

O que foi dito nos leva a concluir que podemos ter textos expressos em linguagem verbal e textos expressos em linguagem não-verbal. Um bom leitor, um leitor atento, deve procurar “ler” (o que significa compreender) esses vários textos que se apresentam em seu cotidiano.

Aquele que apenas “decodifica” o texto não está participando do processo comunicativo e prejudica a mensagem, uma vez que ela não foi compreendida pelo receptor. Não significa, pois, aceitar a mensagem, mas ser capaz de percebê-la como texto.

A leitura é sempre produção de sentidos:

• Os textos são polissêmicos;

• Não existe leitura ingênua;

• A leitura é cultural;

• Em alguns textos há jogos de conotações; é necessário percebê-los;

• Ler é dar um sentido de conjunto, as seqüências se articulam para dar sentido; ler é constituir um sentido;

• A leitura deve ser aberta a novos sentidos.

Uma nova leitura é reflexo do que já foi lido antes, pois não há decifração autônoma. Ao mesmo tempo é aquisição de novos sentidos, dos sentidos adquiridos nasce o sentido a ser adquirido.

O novo sentido será acumulado para uma próxima leitura, e a “biblioteca” pessoal será enriquecida para a próxima leitura.

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Exigências do texto escrito

Nunca é demais ressaltar a importância do rigor, da precisão e da objetividade em um texto escrito. Enquanto oralmente podemos nos valer de gestos, de expressões faciais, da entonação e do timbre da voz para transmitir o que sentimos, pensamos e julgamos, na escrita dependemos apenas das palavras.

Daí a necessidade de uma preocupação com a escolha das palavras e com a maneira de organizá-las na frase. Afinal, o destinatário, não estando presente no momento da elaboração da mensagem, não pode pedir esclarecimentos nem manifestar suas dúvidas. Assim não nos é dado escolher novas formas para expressar o que tínhamos em mente, como o faríamos se notássemos na expressão do interlocutor um ar de incompreensão ou de discordância.

Por isso, não se admite, num texto escrito, ambigüidade, trechos confusos, escolha inadequada do vocabulário, termos desconexos, falta de nexo entre orações e parágrafos, incoerência na exposição de idéias. Afinal, um texto escrito pode ser relido, refeito, repensado, corrigido. E essa vantagem deve ser explorada ao máximo.

Implícito e subentendido

Observe a seguinte frase: Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas. Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:

a) que ele freqüentou um curso superior;

b) que ele aprendeu algumas coisas.

Ao ligar essas duas informações com um “mas” comunica também de modo implícito sua crítica ao sistema de ensino superior, pois a frase passa a transmitir a idéia de que nas faculdades não se aprende nada. Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam subentendidas ou pressupostas.

Para realizar uma leitura eficaz, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos. Leitor perspicaz é aquele que consegue ler nas entrelinhas. Caso contrário, ele pode passar por cima de significados importantes e decisivos ou pode concordar com coisas que rejeitaria se as percebesse.

Não é preciso dizer que alguns tipos de texto exploram, com malícia e com intenções falaciosas, esses aspectos subentendidos e pressupostos. Que são pressupostos? São aquelas idéias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas na frase. Assim, quando se diz “O tempo

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continua chuvoso”, comunica-se de maneira explícita que, no momento da fala, o tempo é de chuva, mas, ao mesmo tempo, o verbo “continuar” deixa perceber a informação implícita de que antes o tempo já estava chuvoso. Na frase “Pedro deixou de fumar” diz-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não fuma. O verbo deixar, todavia, transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes. A informação explícita pode ser questionada pelo ouvinte, que pode ou não concordar com ela.

Os pressupostos, no entanto, têm que ser verdadeiros ou pelo menos admitidos como verdadeiros, porque é a partir deles que constroem as informações explícitas. Se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento. No exemplo acima, se Pedro não fumava antes, não tem cabimento afirmar que ele deixou de fumar. Na leitura e interpretação de um texto, é muito importante detectar os pressupostos, pois o seu uso é um dos recursos argumentativos utilizados com vistas a levar o ouvinte ou o leitor a aceitar o que está sendo comunicado. Ao introduzir uma idéia sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, uma vez que essa idéia não é posta em discussão e todos os argumentos subseqüentes só contribuem para confirmá-la. Por isso, pode-se dizer que o pressuposto aprisiona o ouvinte ao sistema de pensamento montado pelo falante.

A demonstração disso pode ser encontrada em muitas dessas verdades incontestáveis postas como base de muitas alegações do discurso político. Tomemos como exemplo a seguinte frase: “É preciso construir mísseis nucleares para defender o Ocidente de um ataque soviético.” O conteúdo explícito afirma “a necessidade da construção de mísseis”, com a finalidade de defesa contra ataques soviéticos. O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é: os soviéticos pretendem atacar o Ocidente. Os argumentos contra o que foi informado explicitamente nessa frase podem ser:- os mísseis não são eficientes para conter o ataque soviético; - uma guerra de mísseis vai destruir o mundo inteiro e não apenas os soviéticos; - a negociação com os soviéticos é o único meio de dissuadi-los de um ataque ao Ocidente.

Como se pode notar, os argumentos são contrários ao que está dito explicitamente, mas todos eles confirmam o pressuposto, isto é, todos os argumentos aceitam que os soviéticos pretendem atacar o Ocidente. A aceitação do pressuposto é que permite levar à frente o debate. Se o ouvinte disser que os soviéticos não têm intenção nenhuma de atacar o Ocidente, estará negando o pressuposto lançado pelo falante e então a possibilidade de diálogo fica comprometida irreparavelmente. Qualquer argumento entre os citados não teria nenhuma razão de ser. Isso quer dizer que, com pressupostos distintos, não é possível o diálogo ou não tem ele sentido algum. Pode-se contornar esse problema tornando os pressupostos afirmações explícitas, que então podem ser discutidas. Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de indicadores lingüísticos, como, por exemplo:

a) certos advérbios: Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós.

Pressuposto: Os resultados já deviam ter chegado ou Os resultados vão chegar mais tarde.

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b) certos verbos: O caso do contrabando tornou-se público.

Pressuposto: O caso não era público antes.

c) as orações adjetivas: Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não pensam no povo.

Pressuposto: Todos os candidatos a prefeito têm interesses individuais.

Mas a mesma frase poderia ser redigida assim: Os candidatos a prefeito que só querem defender seus interesses não pensam no povo.

No caso, o pressuposto seria outro: Nem todos os candidatos a prefeito têm interesses individuais.

No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, é restritiva. As explicativas pressupõem que o que elas expressam refere-se a todos os elementos de um dado conjunto; as restritivas, que o que elas dizem concerne a parte dos elementos de um dado conjunto.

d) os adjetivos: Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil.

Pressuposto: Existem partidos radicais no Brasil.

Os subentendidos ou pressupostos

Os subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação. Quando um transeunte com o cigarro na mão pergunta: “Você tem fogo?”, acharia muito estranho se você dissesse: Tenho e não lhe acendesse o cigarro. Na verdade, por trás da pergunta subentende-se: “Acenda-me o cigarro, por favor.”

O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante: o pressuposto é um dado posto como indiscutível para o falante e para o ouvinte, não é para ser contestado; o subentendido é de responsabilidade do ouvinte, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu.

O subentendido, muitas vezes serve para o falante proteger-se diante de uma informação que quer transmitir para o ouvinte sem se comprometer com ela. Para entender esse processo de descomprometimento que ocorre com a manipulação dos subentendidos, imaginemos a seguinte situação: um funcionário público do partido de oposição lamenta, diante dos colegas reunidos em assembléia, que um colega de seção, do partido do governo, além de ser sido agraciado com uma promoção, conseguiu um empréstimo muito favorável do banco estadual, ao passo que ele, com mais tempo de serviço, continuava no mesmo posto e não conseguia o empréstimo solicitado muito antes que o referido colega. Mais tarde, tendo sido acusado de estar denunciando favoritismo do

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governo para com os seus adeptos, o funcionário reclamante defende-se prontamente, alegando não ter falado em favoritismo e que isso era dedução de quem ouvira o seu discurso. Na verdade, ele não falou em favoritismo, mas deu a entender, deixou subentendido para não se comprometer com o que disse. Fez a denúncia sem denunciar explicitamente. A frase sugere, mas não diz. A distinção entre pressupostos e subentendidos em certos casos é bastante sutil. Não vamos aqui ocupar-nos dessas sutilezas, mas explorar esses conceitos como instrumentos úteis para uma compreensão mais eficiente do texto.

Fonte: Para Entender o Texto: Leitura e Redação, Platão e Fiorin, 1990.

Funções da linguagem

Para se entender os gêneros e tipos textuais, é preciso que seja lembrado o que foi dito no início do módulo: todo texto é intencional, tem um determinada função. Para cada elemento da comunicação que a mensagem é desviada, existe uma função específica:

Função emotiva (ou expressiva) Centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.

Função referencial (ou denotativa)

Centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.

Função apelativa (ou conativa)

Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Função fática

Centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

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Função poética

Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc.

Função metalingüística

Centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.

Obs.: Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.

Gêneros textuais e tipos textuais

Gênero textual é um conceito que engloba textos com características comuns em relação à linguagem, ao conteúdo, e à estrutura, utilizados em determinadas situações comunicacionais, orais ou escritas. Todavia, KOCH afirma que:

Cabe, também, ressaltar que a noção de gênero – que não se confunde com o tipo de texto (narrativo, descritivo, expositivo ou argumentativo) – não constitui uma noção meramente textual, isto é, ligada à estruturação, conteúdo e estilo das diversas classes de textos.

[KOCH, 2004]

Parágrafo

Independente do tipo de texto, o parágrafo é uma unidade de composição formada por um ou mais de um período que gira em torno de uma idéia-núcleo. Dessa idéia núcleo podem irradiar-se outras, secundárias – desde que a ela associadas pelo sentidos.

Na página manuscrita, indica-se materialmente o início do parágrafo por pequeno recuo de margem. Pelas normas ABNT, os textos impressos digitados não apresentarão essa margem.

EXEMPLO:

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Idéia-núcleo: a chegada do periquito.

Quando tio Severino voltou da fazenda, trouxe para Luciana um periquito. Não era um cara-sujo ordinário, de uma só cor, pequenino e mudo. Era um periquito grande, com manchas amarelas, andava torto, inchado e fazia: “Êh! Êh!”

Luciana recebeu-o, abriu muito os olhos espantados, estranhou que aquela maravilha viesse dos dedos curtos e nodosos do tio Severino, deu um grito selvagem, mistura de admiração e triunfo.

Graciliano Ramos, Insônia, p. 77

No primeiro parágrafo, a idéia-núcleo é a chegada do periquito, presente de tio Severino a Luciana. Por isso tudo que aí se contém diz respeito ao periquito e unicamente a ele.

O segundo, que tem por idéia núcleo a reação de Luciana ao receber o inesperado presente, se concentra por inteiro na informação do modo como se comportou a menina.

Estão ambos, portanto, bem estruturados; pois que, como se vê, em cada um deles agrupam idéias do mesmo lugar.

Isto nos ensina que mudança de rumo nas idéias obriga a abertura de um novo parágrafo.

Qualidade do parágrafo

Entre outras qualidades, sobressaem duas, que lhe são básicas: unidade e coerência, por sinal, independentes.

Para alcançá-las, faz-se imperiosos não fragmentar em blocos distintos o conjunto constituído pela idéia-núcleo com as suas ramificações. Daí decorre, naturalmente, não ter importância maior a extensão do parágrafo, que pode, com efeito, constar até de uma só linha, ou estender-se por número de linhas sensivelmente grande.

Por outro lado, cumpre dispor as idéias metodicamente, encadeando-as sem ofensa da ordenação lógica do pensamento – o que equivale a dizer: sem lhes violentar a seqüência natural, nem deixá-la se perder no emaranhado das contradições ou do absurdo. Porque somente a disciplina do pensamento, aliada ao domínio progressivo dos meios de expressão do idioma, é o que irá aos poucos emprestando a desejável eficácia à nossa capacidade de comunicação.

O trecho seguinte documenta os traços que acabamos de ressaltar: um parágrafo curto e um longo; cada um deles com unidade temática e coerência de ordenação:

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Na noite de estréia, o grande circo estava todo iluminado e cheio de gente. A sua banda de música tocava dobrados alegres.

Começou a função. O diretor do circo disse: “Respeitável público” – e fez a apresentação dos artistas. O primeiro número foi o dos maiores malabaristas. Vejo depois o homem-sapo. Depois, a moça que trabalhava no arame com uma sombrinha chinesa na mão. Depois, os quatro irmãos do trapézio voador. Em seguida, a música deu uma gargalhada e apareceram cinco palhaços. Finalmente chegou a vez do Elefante Basílio. Ele entrou na arena no meio de palmas e gritos. Estava encabuladíssimo porque lhe tinham posto na cabeça um chapéu de palhaço, e no pescoço, uma gola colorida de Pierrot. Seu Matias, de culortes dourados, estava muito faceiro. Fez o elefante tocar gaita, sentar numa banqueta, equilIbrar-se em cima de quatro garrafas de pau, erguê-lo no ar com a tromba...

Érico Veríssimo, Gente, p. 171

No parágrafo de abertura, o escritor descreve concisamente o aspecto do circo na noite de estréia; para tanto, bastaram-lhe dois breves períodos. Em que ele reuniu os elementos suficientes para comporem a “cor local” do ambiente onde se iriam desenrolar os acontecimentos narrados depois.

Tais acontecimentos haveriam de vir, necessariamente, englobados em outro parágrafo – uma vez que já agora não se tratava da mesma pintura do ambiente, mas sim de uma sucessão de fatos ocorridos durante o espetáculo, ou seja, a apresentação dos artistas e suas habilidades pelo diretor do circo. Fatos pertencentes a uma só e única área de interesses, e, portanto, interligados pelo sentido (o que lhes dá unidade) e dispostos em correta conexão lógica (daí a sua coerência).

Evidentemente não pode haver moldes rígidos para a construção de um parágrafo – tanto é verdade que tudo depende, em grande parte, da natureza do assunto, do gênero de composição, das preferências de quem escreve e, até (ainda que menos freqüentemente), de certo arbítrio pessoal.

Tal possibilidade de variação não impede, contudo, que se deixe de recomendar aquele tipo de estrutura que a experiência tem mostrado ser não só o mais encontradiço, senão também o mais adequado para assegurar a unidade e coerência do parágrafo. Isto posto, é importante examinar, em cada tipo textual os diferentes modos de construir um parágrafo “modelo”.

De maneira geral, ele começa com um ou dois períodos, quase sempre breves, em que se encerra à idéia-núcleo. É o que se chama tópico frasal, que pode, não raro, ele mesmo representar sozinho todo o parágrafo. O mais comum, porém, é que seu conteúdo genérico vá ser em seguida especificado por meio de variados processos de explanação, com os quais o autor torna mais precisa, ou justifica, ou fundamenta, a sua

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declaração inicial oferecendo para isto detalhes, razões, fatos, comparações, exemplos, etc.

É óbvio que nem sempre se obedece a esse esquema: idéia-núcleo obrigatoriamente no começo, e posterior desenvolvimento dela. Mas não há dúvida que a maioria dos parágrafos se enquadra nesta linha. Eis, a respeito do assunto, o depoimento do professor Othon M. Garcia: “Pesquisa que fizemos em muitas centenas de parágrafos de inúmeros autores, permite-nos afirmar com certa segurança que mais de 60% deles apresentam tópico frasal inicial.” E prossegue o citado especialista: “Se a maioria dos parágrafos apresenta essa estrutura, é natural que a tomemos como padrão para ensiná-las aos nossos alunos. Assim fazendo, haveremos de verificar que o tópico frasal constitui um meio muito eficaz de expor ou explanar idéias. Enunciado logo de saída a idéia-núcleo, o tópico frasal garante de antemão a objetividade, a coerência e a unidade do parágrafo, definindo-lhe o propósito e evitando digressões impertinentes.”

Coesão e coerência como mecanismos para construção de texto

A coesão seria a ligação entre os elementos de um texto, que ocorre no interior das frases, entre as próprias frases e entre os vários parágrafos. Pode-se dizer que um texto é coeso quando os conectivos são empregados corretamente.

Já a coerência diz respeito à ordenação das idéias, dos argumentos. A coerência depende obviamente da coesão. Um texto com problemas de coesão terá, com certeza, problemas de coerência.

É muito difícil, quase impossível, estabelecer uma relação exaustiva dos problemas de coesão que podem aparecer nos textos. Vejamos alguns que têm aparecido com mais freqüência nas redações escolares:

Uso inadequado do conectivo (preposição, conjunção e pronome relativo)

a) Preposição: “A ditadura achatou os salários dos professores e tirou matérias importantes no desenvolvimento do jovem.”

Ocorre aí o emprego inadequado da preposição em. Ficaria melhor se fosse utilizada a preposição para: “...importante para o desenvolvimento do jovem”.

b) Pronome relativo: “Os alunos que os pais colaboram são os esquecidos...”

O pronome correto seria cujos: “Os alunos cujos pais colaboram são os esquecidos...”

c) Conjunção: “Controlar o país, para muitos governantes, é dar a impressão de que existe democracia. Portanto, se o povo participa, é imediatamente reprimido”.

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É evidente que a conjunção, portanto está mal empregada. A idéia que se quer expressar é de oposição e não de conclusão. Logo, a conjunção correta seria: no entanto, mas, porém etc.

Problemas como esses levam a uma falta de coerência na argumentação, já que os conectivos não estabelecem as relações adequadas.

Tipos textuais

Basicamente os tipos textuais são divididos em 3:

Narração

Narrativa é a representação de um acontecimento ou de uma série de acontecimentos, reais ou fictícios, por meio da palavra.

São três elementos centrais de uma narrativa: as personagens, as ações e as idéias. As duas primeiras formam a matéria, e as idéias, o significado. Os três elementos acham-se estreitamente ligados e inseparáveis. O que mais se destaca e a personagem, pois ela é que vive o enredo e as idéias. Mas a personagem “só adquire significado no contexto e, portanto, no fim de contas, a construção estrutural é a maior responsável pela eficácia e força”. (Antônio cândido)

A importância da narrativa é muito grande. Basta dizer que, em nossa vida diária, a todo instante estamos narrando: um fato ocorrido, um encontro com certa pessoa, uma viagem, um passeio, uma anedota, etc. as narrativas têm acompanhado o homem e as sociedades desde sua origem. Não há povos sem narrativa.

O discurso

Nas narrativas, há três modos de comunicar ao leitor a fala das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.

O discurso direto é a representação textual das palavras da personagem. Geralmente isso ocorre em diálogos. Já o discurso indireto é aquele em que o narrador transmite, com as próprias palavras, o pensamento expresso pela personagem.

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O discurso indireto livre é a representação da “fala” interior da personagem, diretamente incluída na linguagem do narrador, sem qualquer oração introdutória. Observe-se que no discurso direto e no discurso indireto o narrador registra o que a personagem proferiu (da boca para fora); mas no discurso indireto livre o narrador revela aquela “fala” interior que acompanha o fluxo da consciência.

Descrição

Descrição é o retrato que fazemos, por meio da palavra, de um ser (homem, animal irracional, objeto, cena, paisagem, etc), reproduzindo-o pela adequada e artística apresentação de sai forma. A finalidade da descrição é produzir, na imaginação de quem lê, uma impressão equivalente à imagem sensível do objeto retratado. Em outras palavras, é fazer “ver”, em termos de reconstrução mental, o que se retrata com a linguagem. A descrição exige da parte do autor as mesmas qualidades fundamentais à pintura: relevo, cor, luz, sombra, perspectiva, etc.

Dissertação

A dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação de uma determinada idéia. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição, um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão.

No discurso dissertativo propriamente dito, não se verifica, como na narração, progressão temporal entre as frases e, na maioria das vezes, o objeto da dissertação é abstraído do tempo e do espaço.

A dissertação poderá ser subjetiva (1ª pessoa) ou objetiva (3ª pessoa), sendo a segunda a mais exigida em concursos e avaliações.

Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são:

a) Toda dissertação é uma demonstração, daí a necessidade de pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação;

b) Em conseqüência disso, impõem-se a fidelidade ao tema;

c) A coerência é tida como regra de ouro da dissertação;

d) Impõem-se sempre o raciocínio lógico;

e) A linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer ambigüidade pode ser um ponto vulnerável na demonstração do que se quer expor. Deve ser clara, precisa, natural, original, nobre, correta gramaticalmente.

O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar: uma frase contendo a idéia principal (frase nuclear) e uma ou mais frases que explicitem tal idéia. Exemplo: “A

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televisão mostra uma realidade idealizada ( idéia central) porque oculta os problemas sociais realmente graves. ( idéia secundária).

A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:

Introdução: O primeiro parágrafo da dissertação deve conter a informação do que será argumentado e/ou discutido no desenvolvimento. A introdução deve ser elaborada em um parágrafo de aproximadamente cinco (05) linhas, só em um parágrafo, nunca mais do que um parágrafo. Tudo o que for citado na introdução deve ser discutido no desenvolvimento; o que não for citado na introdução não deve ser discutido no desenvolvimento. A introdução é uma espécie de índice do desenvolvimento.

Desenvolvimento: É a redação propriamente dita. É onde os argumentos devem ser discutidos. Cada argumento deve ser discutido em apenas um parágrafo. Um argumento nunca deve ultrapassar um parágrafo só e, em um mesmo parágrafo, não se devem discutir dois argumentos. Os assuntos a serem inclusos no desenvolvimento devem ser importantes para a sociedade de um modo geral. Os assuntos pessoais, ou os muito próximos dos acontecimentos cotidianos, devem ser evitados. Tenha sempre em mente que o examinador de sua dissertação provavelmente seja uma pessoa culta, que lê bons jornais e revistas e tem bastante conhecimento geral, portanto não generalize. O desenvolvimento deve ser elaborado em três (03) parágrafos de aproximadamente cinco (05) linha cada um, ou em dois (02) parágrafos de aproximadamente oito (08) linhas cada um.

Conclusão: A conclusão é o encerramento da dissertação, portanto nunca apresente informações novas nela; se ainda há argumentos a serem discutidos, não inicie a conclusão. Procure terminar a redação com conclusões consistentes, e não com evasivas. Este parágrafo deve concluir toda a redação, e não apenas o argumento do último parágrafo do desenvolvimento. A conclusão deve ser elaborada em um parágrafo de aproximadamente cinco (05) linhas; só em um parágrafo, nunca mais do que um parágrafo.

Obs.: Apesar de a conclusão ser o encerramento da redação, ela já deve estar praticamente preparada no momento de escrevê-la. Quando fizer o planejamento, antes de começar a redação, pergunte-se A que conclusão quero chegar com os argumentos que apresentarei?

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Quadro comparativo dos tipos textuais

DESCRIÇÃO NARRAÇÃO DISSERTAÇÃO

Conteúdo específico

Retrato verbal: imagem: aspectos que caracterizam, singularizam o ser ou objeto descrito.

Fatos - pessoas e ações que geram o fato e as circunstâncias em que este ocorre: tempo, lugar, causa, conseqüência, etc.

Idéias - exposição , debate, interpretação, avaliação - explicar, discutir, interpretar, avaliar idéias.

Faculdade humana

observação- percepção-relativismo desta percepção

imaginação (fatos fictícios) - pesquisa- observação (fatos reais)

predomínio da razão - reflexão - raciocínio- argumentação.

Trabalho de composição

.coleta de dados - . .seleção de imagens, aspectos - os mais singularizantes

.classificação - enumeração das imagens e/ou aspectos selecionados

. levantamento (criação ou pesquisa) dos fatos

. organização dos elementos narrativos (fatos, personagens, ambiente, tempo e outras circunstâncias)

.classificação-sucessão

. levantamento das idéias

.definição do ponto de vista dissertativo: exposição,discussão, interpretação.

Formas descrição subjetiva: criação, estrutura mais livre

descrição objetiva: precisão, descrição e modo científico.

Narração artística: subjetividade, criação, fatos fictícios

narração objetiva: fatos reais, fidelidade.

Dissertação científica - objetividade, coerência, solidez na argumentação, ausência de intervenções pessoais, emocionais, análise de idéias.

Dissertação literária - criatividade e argumentação.

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Apresentação visual de uma redação

• O aluno deve preencher corretamente todos os itens do cabeçalho com letra legível.

• Centralizar o título na primeira linha, sem aspas e sem grifo. O título pode apresentar interrogação desde que o texto responda à pergunta.

• Pular uma linha entre o titulo e o texto, para então iniciar a redação.

• Fazer parágrafos distando mais ou menos três centímetros da margem e mantê-los alinhados.

• Não ultrapassar as margens (direita e esquerda) e também não deixar de atingi-las.

• Evitar rasuras e borrões. Caso o aluno erre, ele deverá anular o erro com um traço apenas. .

• Apresentar letra legível, tanto de fôrma quanto cursiva.

• Distinguir bem as maiúsculas das minúsculas.

• Evitar exceder o número de linhas pautadas ou pedidas como limites máximos e mínimos. Ficar aproximadamente entre cinco linhas aquém ou além dos limites.

• Escrever apenas com caneta preta ou azul. O rascunho ou o esboço das idéias podem ser feitos a lápis e rasurados. O texto não será corrigido em caso de utilização de lápis ou caneta vermelha, verde etc. na redação definitiva.

OBSERVAÇÕES:

Números

A) Idade - deve-se escrever por extenso até o nº 10. Do nº 11 em diante devem-se usar algarismos;

B) Datas, horas e distâncias sempre em algarismos: 10h30min, 12h, 10m, 16m30cm, 10km (m, h, km, I, g, kg).

Palavras Estrangeiras

As que estiverem incorporadas aos hábitos lingüísticos devem vir sem aspas: marketing, merchandising, software, dark, punk, status, office-boy, hippie, show etc.

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Conselhos para melhorar sua redação

Diante dos inúmeros concursos e exames vestibulares, oferecemos alguns procedimentos para que o estudante faça um bom texto na prova de redação.

1. Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto na construção das sentenças.

2. Corte palavras sempre que possível. Use a voz ativa, evite a passiva.

3. Evite termos estrangeiros e jargões.

4. Evite o uso excessivo de advérbios.

5. Seja cauteloso ao utilizar as conjunções "como", "entretanto", "no entanto" e "porém". Quase sempre são dispensáveis.

6. Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçam uma conversa.

Uso do gerúndio empobrece o texto. Exemplo: Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro...

7. Adjetivos que não informam são dispensáveis. Por exemplo: luxuosa mansão. Toda mansão é luxuosa.

8. Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos. Prefira frases curtas. Exemplo: O fato de que o homem que seja inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo.

9. Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: “subir os degraus da glória”, "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de ouro", “silêncio mortal", "calorosos aplausos", "mais alta estima".

10. Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever: "Fazem alguns anos que não leio um livro". O certo é “Faz alguns livros que não leio um livro”.

11. Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás". Corte o "há" ou dispense o "atrás". O certo é “Há cinco anos...”

12. Só com a leitura intensiva se aprende a usar vírgulas corretamente. As regras sobre o assunto são insuficientes.

13. Leia os bons autores e faça como eles: trate a vírgula com bons modos.

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14. Nas citações, use aspas, coloque a vírgula e um verbo seguido do nome de quem disse ou escreveu aquilo. Exemplo: “O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem prazer.”, disse Samuel Johnson.

15. Leia muito, leia sempre, leia o que lhe pareça agradável.

Escreva diários, cartas, e-mails, crônicas, poesias, redações, qualquer texto. Só escrevendo, se aprende a escrever.

Redações técnicas

As redações técnicas são textos formais – requerimento, ofício, memorando, ata, currículo, carta comercial ou memorial. Em muitas ocasiões, sobretudo ao lidar com instituições oficiais e/ou comerciais, é importante conhecer esses procedimentos e ter alguns modelos em que se basear.

Além disso, se você estiver trabalhando ou engajado em alguma entidade pública, ONG ou movimento estudantil, poderá ser útil ter desenvoltura nesse tipo de redação técnica. Os documentos estudados a seguir são empregados com freqüência em comunicações oficiais dos mais diferentes órgãos.

Relatório

Um relatório consiste na exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se relata a execução de serviços ou de experiências. Normalmente é acompanhado de documentos demonstrativos tais como tabelas, gráficos e outros.

Um relatório técnico científico é um documento pelo qual se faz a difusão da informação corrente, sendo ainda um registro das informações obtidas. É elaborado principalmente para descrever experiências, investigações, processos, métodos e análises.

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Os relatórios são compostos dos seguintes elementos:

1- Capa: é a cobertura externa de papel ou outro material, abrangendo os cadernos que constituem o relatório. A capa deve conter as seguintes informações: nome da organização (universidade); título; subtítulo (se houver); local; ano.

2 - Folha de Guarda: é aquela não impressa que une a capa ao volume.

3 - Falsa Folha de Rosto: é a que precede a folha de rosto, deve conter apenas o título do relatório.

4 - Errata: consiste de uma lista de erros tipográficos ou de outra natureza com as devidas correções e indicações das páginas e linhas em que aparecem.

5 - Folha de Rosto: é a principal fonte de identificação do relatório, devendo conter as seguintes informações: nome da organização (universidade); título (prática); subtítulo (disciplina); nome (s) do (s) responsável (is) pela elaboração do relatório; local; data.

6 - Equipe Técnica: é a relação dos participantes no projeto que deu origem ao relatório.

7 - Sumário: consiste da relação dos capítulos e seções do trabalho na ordem em que aparecem no relatório. É desnecessário em obras pouco extensas ou pouco divididas. O sumário pode ser apresentado conforme as seguintes prescrições:

- Localizado após a folha de rosto e equipe técnica.

- Apresenta para cada capítulo ou seção os seguintes dados:

a) Título do capítulo ou seção com mesmo fraseado;

b) Número da página inicial do capítulo ou seção ligado ao título por uma linha.

Um sumário é mostrado no exemplo abaixo:

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8 - Listas de Tabelas, Ilustrações, Abreviaturas, Siglas e Símbolos: As listas de tabelas e ilustrações ou figuras são as relações das tabelas e figuras na ordem em que aparecem no texto.

A lista de abreviaturas, siglas e símbolos consiste na relação alfabética das abreviaturas, siglas e símbolos empregados no trabalho, seguidos dos significados correspondentes. As listas têm apresentação similar a descrita no item do sumário.

9 - Resumo: é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importância. O resumo consiste de uma síntese e o conteúdo é apresentado em forma de texto reduzido.

10 - Texto: é formado pelos seguintes itens:

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10.1 - Objetivos: descrito de modo simples e objetivo e de preferência na forma de itens que devem relacionar as etapas de realização do projeto ou experimento.

10.2 - Introdução: deve conter informações teóricas sobre o assunto do projeto explorando várias literaturas que devem ser citadas a medida em que são usadas no texto através de números ou por nome dos autores e relacionadas no item Referências Bibliográficas. Uma boa introdução deverá localizar o assunto do projeto (ou experimento) de modo amplo, primeiramente, enfatizando sua importância e justificando o trabalho. Em uma segunda etapa, a introdução deverá ser mais específica com relação aos experimentos e métodos utilizados.

10.3 - Experimental: pode ser dividido em:

1 Material e Reagentes: lista dos materiais e reagentes usados. 2 Procedimento: procedimento utilizado em cada etapa do processo, deverá ser especificado através de subtítulos.

10.4 - Resultados e Discussão: A apresentação dos resultados mais adequada deverá seguir a seqüência da abordagem usada nos objetivos e procedimento experimental. Os resultados podem ser apresentados em forma de tabelas ou gráficos, sendo numerados seqüencialmente e discutidos antes de serem colocados. Uma boa discussão necessita de bases teóricas (pode-se utilizar referências bibliográficas) e devem ser relacionadas aos resultados obtidos avaliando a prática com relação aos objetivos propostos. Quando possível os resultados experimentais obtidos devem ser comparados com dados de literatura e suas diferenças (quando houver) discutidas.

10.5 - Conclusão: é apropriado elaborar a conclusão de modo claro e sucinto e de preferência em itens.

Os resultados devem ser relacionados aos objetivos propostos como também à teoria, ou mesmo conclusões próprias, desde que haja embasamento técnico científico para isto.

10.6 - Tabelas e Figuras: As tabelas e figuras devem ser inseridas no texto mais próximas possível do trecho as citam. s figuras deverão ser limitadas a uma única página, evitando material "dobrável". s tabelas nunca são fechadas por linhas laterais e seu título deve ser apresentado acima desta. No caso das figuras, o título deve ser relacionado abaixo de cada uma. Quando for o caso, mencionar nas legendas das tabelas e figuras a fonte de onde foram tirados os dados. Quando muito numerosas, as tabelas e figuras devem ser colocadas em anexo, para não sobrecarregarem o texto.

11 - Anexo: Anexo (ou apêndice) consiste de um elemento que compõe a estrutura, como dados estatísticos, gráficos, etc, que se acrescenta a um relatório como resultados

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complementares de esclarecimento ou documentação do mesmo. Os anexos são numerados com algarismos arábicos seguidos do título. Ver exemplo abaixo:

Anexo 1: Curvas de Titulação

Anexo 2: Fotografias

A paginação dos anexos deve continuar a do texto. Sua localização é no final da obra, antes do glossário, quando houver.

12 - Glossário: O glossário apresenta a relação de palavras de uso restrito e específico, acompanhada das respectivas definições, que deve ser incluída após o texto, com o objetivo de esclarecer o leitor sobre o significado dos termos empregados no relatório. A apresentação deve ser realizada em ordem alfabética após os anexos.

13 - Referências Bibliográficas: Podem ser utilizadas ao longo do texto de introdução, experimental, resultados e discussão ou mesmo em figuras necessárias para ilustrar algumas informações. As referências bibliográficas devem ser citadas no texto por números ou por nomes dos autores e possuem uma norma para sua apresentação, sendo que ao iniciar a segunda linha do texto, esta deve estar imediatamente abaixo da terceira letra da primeira linha. A seguir apresentamos alguns exemplos de apresentação de referências bibliográficas:

[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Apresentação de relatórios técnico-científicos, NBR 10719. Rio de Janeiro, 1989.

[2] IBGE. Normas técnicas para apresentação tabular da estatística brasileira (revistas e atualizadas). O Trimestre, v.2, n.4, p.1-19, out./dez. 1979.

[3] GOTTIEB, O. R.; Kaplan, M. A. “Amazônia: Tesouro químico a preservar.”, Ciência Hoje, Editora Abril, 1990, v.11, n.61, p.19-21.

14 – Índice: Índice apresenta os tópicos mais relevantes contidos no texto em ordem alfabética, cronológica ou sistemática enumerados. O índice pode ser organizado escolhendo-se palavras ou grupo de palavras significativas que irão determinar a ordem alfabética do índice. Para termos análogos deve-se usar a expressão “ver também”. A localização do termo deverá ser feita indicando-se a 1ª e últimas pg., se a informação for contínua.

Ata

É um documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências, deliberações, resoluções e decisões de reuniões ou assembléias.

Deve ser redigida de tal maneira que não seja possível qualquer modificação posterior. Para evitar isso deve ser escrita:

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- sem parágrafos ou alíneas (ocupando todo o espaço da página);

- sem abreviaturas de palavras ou expressões;

- números escritos por extenso;

- sem rasuras nem emendas;

- sem uso de corretivo

- com verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo;

- com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões.

Se o relator cometer um erro, deve empregar a partícula retificativa digo, como neste exemplo: “Aos vinte dias do mês de março, digo, de abril, de mil novecentos e noventa e seis...”

Quando se constatar erro ou omissão depois de lavrada a ata, usa-se em tempo: “Em tempo: Onde se lê março, leia-se abril”.

Carta comercial

Uma empresa não é moderna se continuar com sua "comunicação dirigida escrita" (CDE) nos moldes antigos. As grandes empresas já possuem o "Manual de Redação", para que haja uniformidade na comunicação escrita.

Para Enéas Barros, "não se pode insistir na velha tecla, segundo a qual a carta comercial é mero veículo de informação, simples atividade-meio, sem qualquer outra implicação no mundo dos negócios (...) Ela faz parte integrante de todo um sistema de comunicação, com o seu emissor, com sua mensagem e com seu receptor. Está, conseqüentemente, sujeita a toda a engrenagem, a todos os dispositivos, a todos os requisitos indispensáveis à comunicação para propagar, agrupar, propor negócios e criar imagem". A carta comercial pode ser remetida pelo correio ou telefax.

Circular

Quando a empresa ou a repartição pública precisam de passar uma informação a vários destinatários, elas usam a circular. Seu texto é informal e direto, dispensa-se as formalidades. É reproduzida na quantidade necessária, por meio de mimeógrafo, xérox, telefax ou outro meio.

Veja como alguns estudiosos definem a circular:

Dileta Martins e Lúcia Zilberknop, no livro Português Instrumental, definem a circular como "meio de correspondência pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo, a várias

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repartições ou pessoas. É, portanto, correspondência multidirecional...", esclarecem ainda que "na circular não consta destinatário, pois ela não é unidirecional. O endereça-mento vai no envelope. Por outro lado, se um memorando, um ofício ou uma carta forem dirigidos multidirecionalmente, serão chamados de memorando-circular, ofício-circular e carta-circular".

Odacir Beltrão, no livro "Correspondência, Linguagem e Comunicação", informa que "circular é toda comunicação reproduzida em vias, cópias, ou exemplares de igual teor e expedidas, como documento, é mensagem endereçada simultaneamente a diversos destinatários, para transmitir avisos, ordens ou instruções".

O público da circular pode ser "interno, misto e externo, este último em pequena escala, principalmente quando a circular é transformada em mala direta". (Comunicação Dirigida Escrita na Empresa, Cleuza G. Gimenes Cesca)

Curriculum Vitae (currículo)

Curriculum vitae. Expressão latina significando curso de vida. Conjunto de indicações biográficas relativas ao nome, idade, estado civil, situação, estudos, diplomas, obras publicadas e outras atividades de um estudante, candidato a um cargo, exame, concurso, etc. Livro ou documento onde figuram essas indicações (Delta Larouse - 1972), resumindo: é o documento que fornece uma visão ampla e geral do requerente como indivíduo. O curriculum vitae deve apresentar dados objetivos, isto é, deve ser livre de todo comentário pessoal ou de críticas e julgamentos de valores, quer sobre si próprio (o apresentante) quer sobre as pessoas com quem ele conviveu no ambiente de trabalho, e muito menos sobre a situação ou organização interna da empresa em que trabalhou. Devem de qualquer modo ser evitadas críticas sobre método e processos da empresa ou caráter pessoal de seus dirigentes. Os aspectos positivos ou negativos da redação ou informações que a pessoa fornece em seu "curriculum" dão entre outras a delimitação e visão para o analista de cargos na empresa, da personalidade, fidelidade e confiabilidade da pessoa. Frases e o uso da primeira pessoa são mais diretas e convincentes. Recomendamos o uso da primeira pessoa. Por exemplo: Implantei, construí, vendi, organizei etc. Com relação às datas, devem sempre ser colocadas de forma cronológica inversa, iniciando-se com o mais recente, evite dividir palavras no fim das linhas. Os elementos que devem conter num currículo são:

• Dados pessoais • Dados para contato • Cargo pretendido • Formação • Experiência profissional • Cursos complementares

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Memorando

O memorando é uma comunicação escrita de consumo interno, somente para funcionários e operários. Não é tão formal quanto a carta comercial ou ofício, por isso dispensa tratamentos de "prezado senhor" e fechos como "atenciosamente", mas também não pode ser tão informal a ponto de ser mandados por eles abraços e beijos. "É um modo de comunicar políticas, decisões e instruções. Na atualidade, quando há uma rede de lojas ou repartições públicas, o memorando é passado como fac-símile (fax). Difere da carta comercial e do ofício por ter circulação limitada ao âmbito da empresa, enquanto que a carta e o ofício destinam a interesses externos, a clientes, consulentes, representantes, fornecedores, autoridades.

Requerimento

É um documento no qual o interessado, depois de se identificar e se qualificar, faz sua solicitação à autoridade competente. Só é usado ao se dirigir ao serviço público. Possui características próprias, como: após o vocativo, deixam-se aproximadamente dez linhas ou espaços e o corpo, espaço destinado ao despacho da autoridade competente,

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finalizando com pedido de deferimento à solicitação, data, após exposição." (Cleuza G. Gimenes Cesca, in Comunicação Dirigida na Empresa.) Há teóricos, como Teobaldo de Andrade, que defendem a dispensa do pedido de deferimento, argumentam que ninguém faz uma solicitação para pedir indeferimento: "Nestes termos, pede deferimento" ou "N. termos, p. deferimento" ou "N.T./P.D./ ou "N.T./A.D." O requerimento é um instrumento do cidadão, nele se faz a solicitação de um direito que a pessoa, grupo de pessoas ou empresa considera tê-lo. Não há necessidade de ser datilografado, pode ser manuscrito. O famoso abaixo-assinado, muito usado pelo povo e por organismos populares, é um requerimento de caráter coletivo. Como nele vão muitas assinaturas, o espaçamento entre as partes do requerimento pode ser menor. Mas, cuidado! Não assine nada em branco, exija que o texto do abaixo assinado esteja expresso na folha em que você for colocar sua assinatura. Antigamente ele era feito em papel almaço (com ou sem pauta), sua redação era uma iniciativa do requerente, por isso o cidadão semiletrado pagava uma taxa a um escritório para redigi-lo. Hoje, com o programa de desburocratização, as repartições fornecem modelos e até formulários a serem preenchidos.

Ofício

É quase que exclusivamente utilizado no serviço público, na comunicação entre chefias e com o público externo. Na empresa privada só é utilizado quando dirigido ao serviço público. Seu conteúdo é formal, sem os exageros do passado, quando se utilizavam mais linhas para a introdução e para o fecho do que propriamente para o conteúdo. Como, geralmente, é dirigido a autoridade, é necessário observar o tratamento que cada cargo exige. O ofício está para a empresa pública como a carta comercial e o memorando estão para a empresa privada. É, portanto, um instrumento de Relações Públicas, como a carta comercial. Beltrão afirma que as entidades civis, comerciais e religiosas não expedem ofício. Parece-nos que ele está considerando a possibilidade dessas instituições terem que se dirigir ao serviço público; pois, se isso ocorrer, necessariamente terão que elaborar uma correspondência chamada ofício. Para Enéas de Barros, “embora ofício, em geral, seja quase sempre exclusivo da correspondência emitida pelos órgãos públicos estatais (ministérios, departamentos, serviços, autarquias, prefeituras), muitas empresas privadas se têm valido desse documento, principalmente em suas relações com aqueles órgãos, subordinando-se, também, à forma estabelecida oficialmente para tal espécie de correspondência.” Para o prof. Raphael Pugliese, “ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à carta. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma pessoa ou instituição particular, ou , ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição pública.” O Manual de Redação, da Presidência da República, recentemente elaborado, apresenta o ofício com algumas inovações. Esse novo modelo é para ser aplicado em todo o serviço

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público federal brasileiro, poderá todavia servir de parâmetro para a empresa privada. Segundo esse manual, as formas vocativas foram modificadas, assim ficando: Para os chefes de Poder usa-se Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, por exemplo: - Excelentíssimo Senhor Presidente da República. - Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional. - Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades serão tratadas pelo vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo, como: - Senhor Senador. - Senhor Juiz. - Senhor Ministro. - Senhor Governador. No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades trata das por Vossa Excelência terá a seguinte forma: - Excelentíssimo Senhor Fulano de Tal Ministro da Justiça 70.064 - Brasília/DF - Excelentíssimo Senhor Fulano de Tal Senador Federal 70.160 - Brasília/DF - Excelentíssimo Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10ª Vara Civil Rua X, nº 14 01010 - São Paulo/SP Outra alteração que eliminou parte do formalismo do ofício foi a exclusão do uso do tratamento DD. ( digníssimo) e M.D. (mui digníssimo) às autoridades, curiosamente sob a alegação de que a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo o vocativo adequado: Senhor (cargo). O endereçamento a ser colocado no final do texto do ofício será assim: Para chefes do poder e demais autoridades:

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Excelentíssimo Senhor Fulano de Tal Presidente do Congresso Nacional Brasília/DF Excelentíssimo Senhor Fulano de Tal Secretário Geral da Presidência Brasília/DF Para aquelas autoridades cuja forma de tratamento empregada é apenas Vossa Senhoria, elimina-se o Ilustríssimo Senhor, ficando: Ao Senhor Fulano de Tal Cargo Guararapes/SP Em vez de: Ilmo. Sr. Fulano de Tal Cargo São Paulo/SP É necessário sempre observar as formas de tratamento que cada cargo requer, como a forma vocativa. Exemplos peculiares são as utilizadas para juízes, reitores, bispos. A empresa privada que procura formas de tornar sempre mais ágil sua correspondência já adotou o sistema bloco-compacto para a estética também do ofício, que comprovadamente reduz o tempo da sua elaboração. São públicos dessa comunicação dirigida escrita o interno, o externo e misto para a empresa pública. Para a empresa privada, somente o público externo é atingido com este tipo de comunicação. Normas ABNT para trabalhos acadêmicos e relatórios

Capa: O trabalho deve ser encadernado com capa e sua elaboração deve obedecer a seguinte estrutura: a) Nome da instituição (logotipo, sigla e nome da instituição de ensino); b) nome do curso; c) título e subtítulo do trabalho (se houver), em caixa alta, negrito, centrado, na metade da folha, tamanho de letra 14; d) número do volume, se houver mais de um; e) local (cidade) e mês e ano de depósito do trabalho, centrado, aproximadamente 3 cm da borda inferior, tamanho de letra 12.

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Folha de rosto: A folha de rosto é um elemento obrigatório e deve conter todos os dados necessários para a sua identificação. A ABNT estabelece quais os dados necessários e exige que eles sejam apresentados na seguinte ordem: a) nome completo do autor em caixa alta, a 5cm da borda superior, tamanho de letra 12, centrado e em negrito; b) título principal do trabalho, em caixa alta, a 11cm da borda superior, tamanho de letra 14, centrado e em negrito; c) subtítulo, se houver, a 1cm abaixo do título, tamanho de letra 14 centrado e em negrito; d) número do volume, se houver mais de um, a 1cm abaixo do subtítulo, tamanho de letra 12, centrado, letras minúsculas; e) natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão) a 17cm da borda superior, centrado, letras minúsculas; f) objetivo do trabalho (aprovação na disciplina, formação no curso, grau pretendido ou outros), centrado, a 17,5cm da borda superior, letras minúsculas; g) nome da instituição a que é submetido (Universidade e Centro, Instituto ou Faculdade, um em cada linha), centrados, a 18cm da borda superior, letras minúsculas; h) área de concentração (disciplina ou matéria) centrada, a 20cm da borda superior, letras minúsculas; i) nome do orientador (e do co-orientador, quando houver), a 22,5 cm da borda superior, centrado, letras minúsculas; j) local (cidade) da instituição, a 25,5cm da borda superior, centrado, letras minúsculas; k) ano de entrega, a 26,5cm da borda superior, centrado, letras minúsculas. Sumário: Elemento obrigatório, que consiste na enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem que o texto foi redigido no corpo do trabalho, acompanhado do respectivo número da página. Se houver mais de um volume, em cada um deve constar o sumário completo do trabalho. O espacejamento entre as linhas do Sumário deve ser simples e, entre um título e outro, deve ser usado espaço duplo. Além disso, os títulos dos capítulos são escritos em letras maiúsculas, podendo ser em negrito ou não. Todas as demais seções, devem ser redigidas em letra minúscula no sumário. Texto: Espaçamento entre linhas duplo, espaçamento entre parágrafos 6 pontos antes e 6 pontos depois (no guia FORMATAR – PARÁGRAFO do Word encontra-se facilmente essas formatações). A fonte de todo o trabalho deverá ser TIMES NEW ROMAN, porém, na Bahia, abre-se exceção à fonte ARIAL. OBSERVAÇÕES: - A INTRODUÇÃO, a CONCLUSÃO, as OBRAS CONSULTADAS, e ANEXOS não devem ser numerados no sumário. - Deve haver espaço duplo entre um título e outro, e espaço simples entre o título e o subtítulo.

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- O SUMÁRIO deve ser digitado a 8 cm da borda superior, ficar centrado e 3 espaços duplos da INTRODUÇÃO. - A margem dos títulos no Sumário deve ser de 3 cm da esquerda e a paginação deve ficar a 2 cm da direita. - As seções secundárias e reentradas devem ficar em letra minúscula. Texto técnico X texto científico A distinção entre os dois tipos de texto em apreço não é fácil. São ambos tipos de texto em que prevalece a função referencial, ou informativa. Mas em que momento e a partir de que elementos podemos distinguir um texto técnico de um científico? Provavelmente temos de nos centrar um pouco na “cientificidade”, ou especialização, de um texto. Por exemplo, um artigo sobre uma nova cura para determinada doença que sai numa revista de grande tiragem é um texto científico? É, certamente, um texto de divulgação científica. Mas não é nem um texto técnico, nem um texto científico. E se esse artigo estiver incluído num manual para estudantes de medicina ou de enfermagem? Antes de mais, terá a mesma linguagem? Estou certa de que não! Será um texto científico? Ou será um texto científico e, simultaneamente, técnico? Tem certamente muito de científico, mas deverá ter algo de técnico, com elementos que permitam ao aprendiz de médico ou de enfermeiro reconhecer a forma como a nova cura atua e evolui. E, já agora, se o artigo for apresentado numa conferência internacional dedicada à inovação no âmbito da medicina? Neste contexto, escrito por especialistas para especialistas, estaremos, certamente, perante o texto científico mais puro. A questão coloca-se se ainda será, ou se também será, um texto técnico. Do exposto poderá concluir-se que, mesmo tratando de áreas muito específicas do saber, nem todos os textos têm um cariz científico ou especializado, e essa especialização vai-se afunilando à medida que o destinatário se torna, também ele, mais especializado. Será que o percurso do texto técnico é semelhante? Será que é apenas um texto dito utilitário? Quando compramos um aparelho novo, as instruções que o acompanham são um texto técnico? Correspondem, sem dúvida, a um texto para o grande público, mas não me parece que, contrariamente ao que acontece com o texto científico com as características referidas acima, se possa dizer que se trata de um texto de divulgação. Mas não haverá textos de divulgação sobre aquele aparelho? E o estudante que está a aprender a fazê-lo, ou o técnico que o pode arranjar, tem acesso a que tipo de textos? E o engenheiro que concebe e transforma os aparelhos, a que tipo de textos tem acesso, que tipo de textos produz? Voltando ao texto científico apresentado numa conferência internacional, que considerarmos o mais científico dos textos que abordam uma área da ciência, não será também um texto técnico, dado que aborda, potencialmente, técnicas de cura?

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Em síntese, parece-me muito difícil distinguir, assim, “en passant”, texto técnico de texto científico. Creio mesmo que essa abordagem pode ser falaciosa. Há, porém, características que permitem identificá-los e isolá-los de outros tipos de textos:

• São ambos textos informativos; • São ambos escritos por especialistas; • Assumem ambos estilos e linguagens distintas consoante o público a que se

destinam, Sendo mais herméticos se o público-alvo é também especialista da área. Para além disso, um texto técnico, do meu ponto de vista, veicula informação que

permite o “manuseio” de um certo tipo de conhecimento, que não está, necessariamente, separado do conhecimento científico.

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