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    Unidades de ensino estruturadopara alunos com perturbaes

    do espectro do autismo

    Normas Orientadoras

    Direco-Geral de Inovao e de Desenvolvimento Curricular

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    Unidades de ensino estruturado

    para alunos com perturbaesdo espectro do autismo

    Normas orientadoras

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    Ficha Tcnica

    EDITORDireco-Geral de Inovao e de Desenvolvimento Curricular

    Direco de Servios da Educao Especial e do Apoio Scio-Educativo

    TTULOUnidades de ensino estruturado para alunos com perturbaes do espectro do autismo

    Normas orientadoras

    DIRECTOR-GERALLus Capucha

    COORDENAOFilomena Pereira

    DESENVOLVIMENTO DE CONTEDOS Alexandra Gonalves

    Ana CarvalhoCarmelina Possacos Mota

    Cristina LoboMaria do Carmo CorreiaPiedade Lbano Monteiro

    Rita Serpa SoaresTeresa So Miguel

    DESIGNManuela Loureno

    PAGINAOOlinda Sousa

    2008

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    ndice

    Introduo............................................................................................... 5

    PERTURBAES DO ESPECTRO DO AUTISMO1. Perturbaes do Espectro do Autismo ....................................................... 9

    1.1. Principais Caractersticas das PEA e sua Repercussono modo de Aprender...................................................................... 11

    1.2. O Papel da Famlia .......................................................................... 13

    ENSINO ESTRUTURADO

    2. Ensino Estruturado............................................................................... 172.1. Estrutura Fsica .............................................................................. 18

    2.1.1. Organizao do Tempo ............................................................ 202.1.2. Organizao do Espao ............................................................ 23

    NORMAS ORIENTADORAS PARA UNIDADES DE ENSINO ESTRUTURADO

    3. Normas Orientadoras para as Unidades de Ensino Estruturado ................... 313.1. O que so Unidades de Ensino Estruturado......................................... 313.2. A quem se Destinam as Unidades de Ensino Estruturado ...................... 313.3. Constituio de Unidades de Ensino Estruturado ................................. 313.4. Objectivos das Unidades de Ensino Estruturado .................................. 323.5. Recursos ....................................................................................... 32

    3.5.1. Recursos Humanos.................................................................. 323.5.2. Recursos Materiais .................................................................. 33

    3.6. A Organizao e Gesto das Unidades de Ensino Estruturado................ 343.6.1. Gesto Administrativa e Pedaggica das Unidades ....................... 343.6.2. Processos de Transio entre Ciclos de Ensino............................. 343.6.3. Processos de Transio para a Vida Ps-Escolar........................... 34

    Bibliografia ............................................................................................ 37

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    Introduo

    As Perturbaes do Espectro do Autismo (PEA) consistem num distrbio severo doneuro-desenvolvimento e manifestam-se atravs de dificuldades muito especficasda comunicao e da interaco associadas a dificuldades em utilizar a imaginao,em aceitar alteraes de rotinas e exibio de comportamentos estereotipados erestritos. Estas perturbaes implicam um dfice na flexibilidade de pensamento euma especificidade no modo de aprender que comprometem, em particular, o

    contacto e a comunicao do indivduo com o meio 1.Reconhece-se, actualmente, que as dificuldades de desenvolvimento manifestadaspor alunos com PEA no so apenas decorrentes da sua problemtica central, mastambm da forma como estas so aceites e compensadas pelo meio ambiente 2.Atendendo a esta circunstncia, a incluso de crianas e jovens com Perturbaesdo Espectro do Autismo em meio escolar requer, por vezes, a prestao de apoiosdiferenciados e adequados a essa forma especfica de pensar e de aprender.

    As Unidades de Ensino Estruturado podem constituir um valioso recurso pedaggicodas escolas, ou agrupamento de escolas. Com base no ensino estruturadoprocuram tornar o ambiente em que o aluno se insere mais previsvel e acessvel,ajudando-o a encontrar maior disponibilidade para a comunicao, interaco eaprendizagens. Esta resposta educativa especfica visa melhorar a qualidade devida das crianas/jovens com PEA, aumentando o seu nvel de autonomia e departicipao na escola, junto dos seus pares, fomentando a sua incluso nasociedade.

    As presentes normas orientadoras para as U nidades de E nsino E struturado paraalunos com Perturbaes do Espectro do A utismo (UEEA) constituem-se como umconjunto de princpios orientadores e de estratgias pedaggicas a implementar epretendem ser um instrumento de apoio na organizao e na gesto das referidasunidades.

    1 Jordan, 2000. 2 Handleman e Harris , 2006; Howlin, 1997; Jordan, 2000; Sinclair, 1992.

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    1. PERTURBAES DO ESPECTRO DO AUTISMOAs PEA so disfunes graves e precoces do neuro-desenvolvimento que persistemao longo da vida, podendo coexistir com outras patologias.

    Apesar da multiplicidade de estudos existentes e de se reconhecer que apresentamuma causa biolgica bem demonstrada, continua ainda por definir qual a etiologiaprecisa que desencadeia um quadro clnico de autismo. No entanto, parece serconsensual 3 que esta perturbao evidencia uma origem multifactorial, devendo ser

    considerados factores genticos, pr e ps natais, com uma combinao complexaque leva a uma grande variao na expresso comportamental.

    No obstante esta grande variao, tipicamente as PEA caracterizam-se por umatrade clnica4 de perturbaes que afectam as reas da comunicao, interacosocial e comportamento.

    Utiliza-se a designao de Espectro do Autismo, referindo-se a uma condio clnicade alteraes cognitivas, lingusticas e neurocomportamentais, pretendendo

    caracterizar o facto de que, mais do que um conjunto fixo de caractersticas, estaparece manifestar-se atravs de vrias combinaes possveis de sintomas numcontnuo de gravidade de maior ou menor intensidade. Apesar disso, utiliza-se comfrequncia autismo como sinnimo do espectro das perturbaes.

    Reconhecer esta variabilidade de combinaes fundamental para compreender aspessoas com autismo e as diferentes necessidades individuais. No obstante estesindivduos manifestarem um conjunto de sintomas que permitem realizar umdiagnstico clnico, no existem duas pessoas afectadas da mesma forma e por isso

    podem ser muito diferentes entre si, no constituindo um grupo homogneo.Embora no se saiba ao certo qual o nmero de indivduos com autismo existenteem todo o mundo, estudos recentes revelam que a sua prevalncia de 1 em cadamil, ocorrendo predominantemente no sexo masculino (3 rapazes para 1 rapariga 5).

    Presentemente, as PEA englobam:

    3 Oliveira, 2005; Handleman e Harris, 2006. 4 Wing, 1996. 5 Oliveira, 2005.

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    Perturbao autstica (autismo de Kanner, autismo infantil ou autismoclssico);

    Perturbao de Asperger (Sndrome de Asperger);

    Perturbao desintegrativa da segunda infncia; Perturbao global do desenvolvimento sem outra especificao (autismo

    atpico); Sndrome de Rett.

    O diagnstico desta perturbao continua a ser realizado atravs da avaliaodirecta do comportamento do indivduo, segundo determinados critrios clnicospresentes nos sistemas de classificao do DSM-IV 6 e do CID-107. Ambos ossistemas de classificao aceitam que existe um espectro da condio autista queconsiste numa perturbao do desenvolvimento e baseiam-se na trade decaractersticas atrs mencionadas.

    Segundo o DSM-IV, os critrios clnicos para efectuar um diagnstico de autismoso:

    DSM-IV-TR Critrios de diagnstico para a Perturbao Autstica

    A. A presena de um total de seis (ou mais) itens de 1), 2) e 3), com pelo menos 2 de1), 1 de 2) e 1 de 3).

    1) Dfice qualitativo na interaco social (manifestando pelo menos 2) Dfice no uso de mltiplos comportamentos no verbais (contacto do olhar,

    expresso facial, postura corporal e gestos reguladores da interaco social); Incapacidade para desenvolver relaes com os companheiros adequadas ao

    nvel de desenvolvimento; Falta de procura espontnea de partilha de interesses, divertimentos ou

    actividades com outras pessoas (por exemplo no mostrar, trazer ou indicarobjectos de interesse);

    Falta de reciprocidade social ou emocional.

    2) Dfice qualitativo na comunicao (manifestando pelo menos 1) Atraso ou ausncia no desenvolvimento da linguagem falada (no

    acompanhada de tentativas para compensar atravs de modos alternativosde comunicao tais como gestos ou mmica);

    6 Manual de Diagnstico e Estatstica das Perturbaes Mentais DSM-IV-TR, 2002. 7 Classificao Estatstica das Doenas e Problemas Relacionados com a Sade, da Organizao Mundial de Sade 1992-1994.

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    Acentuada incapacidade na competncia para iniciar ou manter umaconversao com os outros nos indivduos com um discursos adequado;

    Uso estereotipado ou repetitivo da linguagem ou linguagem idiossincrtica;

    Falta de jogo simblico variado e espontneo ou de jogo social imitativoadequado ao nvel do desenvolvimento.

    3) Padres repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses,actividades (manifestando pelo menos 1)

    Preocupao absorvente por um ou mais padres de interesseestereotipados ou restritos no normais quer na intensidade quer noseu objectivo;

    Adeso aparentemente inflexvel a rotinas ou rituais especficos no

    funcionais; Maneirismos motores estereotipados e repetitivos (sacudir ou rodar a

    mos ou dedos ou movimentos complexos de todo o corpo); Preocupao persistente com partes de objectos.

    B. Atraso ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes reas, com inicioantes dos trs anos de idade: 1) interaco social, 2) linguagem usada na comunicaosocial, 3) jogo simblico ou imaginativo.

    1.1 Principais Caractersticas das PEA e sua Repercussono Modo de Aprender

    A forma como o autismo interfere no desenvolvimento do indivduo faz com que apessoa com PEA apresente um modo muito especfico de pensamento e defuncionamento caracterizado por dificuldades em:

    compreender e responder de forma adequada s diferentes situaes domeio ambiente;

    seleccionar e processar informao pertinente; responder a estmulos sensoriais (hipo ou hipersensibilidade).

    O autismo tanto pode manifestar-se em indivduos que apresentam dificuldadesmuito severas na aprendizagem como em outros com um nvel intelectual elevado.Algumas pessoas com PEA podero ter sucesso acadmico, serem bons alunos,terem xito nas suas opes profissionais e ao mesmo tempo experimentar

    algumas dificuldades sociais e de comunicao, necessitando de ajudas para se

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    adaptarem. Outras apresentaro dificuldades na aprendizagem exigindo suportepara realizar as tarefas mais simples do dia a dia.

    Alm da referida trade clnica das PEA comunicao, interaco social ecomportamento a identificao das caractersticas especficas desta perturbao,nomeadamente, nos dfices de processamento sensorial, capacidade de ateno,sequencializao, motivao, resoluo de problemas, memorizao, cogniosocial e linguagem tem permitido reconhecer e tentar compensar os factorescondicionantes da aprendizagem.

    Identificar todas estas caractersticas reconhecer que os alunos com PEAnecessitam de respostas educativas diferenciadas que, sustentadas pelas reasfortes, proporcionem a estimulao para a aprendizagem e ajudem a colmatar asdificuldades de comunicao, de interaco e problemas de comportamento. Naprtica estas caractersticas traduzem-se por algumas dificuldades, como aspresentes no quadro que se segue.

    Comunicao expressiva; Comunicao no verbal; Compreenso; Perceber a tarefa como um todo; Sequencializao; Consequencializao; Concentrao e ateno; Generalizao; Abstraco e simbolismo; Motivao; Empatia; Cognio social; Alterao de rotinas; Gesto de imprevistos; Input sensorial; Imaginao; Capacidades especiais e interesses restritos; Comportamentos estereotipados e rgidos; Rotinas, preocupaes e rituais; Alterao de sono/viglia; Particularidades do padro alimentar; Outras.

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    1.2 O Papel da Famlia

    Devido sua especificidade, e em especial ao facto de os seus sintomas se

    manifestarem de forma constante, independentemente dos contextos ou situaes,as PEA envolvem no apenas o indivduo com esta problemtica mas todos oscontextos em que est inserido.

    A ambiguidade desta perturbao bem como, muita vezes, a invisibilidade das suascaractersticas, no que respeita aos aspectos fsicos, faz com que, frequentemente,as competncias e as emoes das famlias sejam sub-avaliadas ou malinterpretadas por aqueles que no conhecem esta problemtica.

    importante que os profissionais e as escolas que atendem crianas e jovens comPEA tenham presente que estas famlias enfrentam dificuldades acrescidas.

    Muitas destas crianas ou jovens partilham poucos ou mesmo nenhuns aspectos,episdios ou contedos da vida escolar em casa e, com frequncia, nogeneralizam as competncias anteriormente aprendidas em outros contextos dasua vida. Por essa razo, considerar a famlia em todo o processo de grandeimportncia, para:

    colaborar e participar na avaliao, considerando o conhecimento que

    tem do seu filho (a) ( interesses, rotinas, rituais,); conhecer as preocupaes da famlia relativamente ao futuro; atender s suas necessidades/prioridades na organizao e elaborao

    do PEI;

    criar espaos de comunicao para a famlia poder expressar preocupaes,desejos, percepes, necessidades, e para informar a famlia sobre osprogressos, dificuldades e alteraes do PEI decorrentes de avaliaes ereavaliaes.

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    2. O ENSINO ESTRUTURADOO ensino estruturado consiste num dos aspectos pedaggicos mais importantes domodelo TEACCH8. O modelo TEACCH surgiu na sequncia de um projecto deinvestigao que se destinava a ensinar aos pais tcnicas comportamentais emtodos de educao especial que respondessem s necessidades dos seus filhoscom autismo. Foi desenvolvido por Eric Schopler e seus colaboradores na dcada de70, na Carolina do Norte (Estados Unidos da Amrica).

    A filosofia deste modelo tem como objectivo principal ajudar a criana com PEA acrescer e a melhorar os seus desempenhos e capacidades adaptativas de modo aatingir o mximo de autonomia ao longo da vida.

    O ensino estruturado que aplicado pelo modelo TEACCH, tem vindo a ser utilizadoem Portugal, desde 1996, como resposta educativa aos alunos com PEA em escolasdo ensino regular.

    Numa perspectiva educacional o foco do modelo TEACCH est no ensino de

    capacidades de comunicao, organizao e prazer na partilha social. Centra-se nasreas fortes frequentemente encontradas nas pessoas com PEA processamentovisual, memorizao de rotinas funcionais e interesses especiais e pode seradaptado a necessidades individuais e a diferentes nveis de funcionamento.

    um modelo suficientemente flexvel que se adequa maneira de pensar e deaprender destas crianas/jovens e permite ao docente encontrar as estratgiasmais adequadas para responder s necessidades de cada um.

    O ensino estruturado traduz-se num conjunto de princpios e estratgias que, combase na estruturao externa do espao, tempo, materiais e actividades,promovem uma organizao interna que permite facilitar os processos deaprendizagem e de autonomia das pessoas com PEA, diminuindo a ocorrncia deproblemas de comportamento. Atravs do ensino estruturado possvel:

    Fornecer uma informao clara e objectiva das rotinas; Manter um ambiente calmo e previsvel; Atender sensibilidade do aluno aos estmulos sensoriais;

    Propor tarefas dirias que o aluno capaz de realizar;8 TEACCH - Treatment and Education of Autistic and related C ommunication handicapped Ch ildren.

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    Promover a autonomia.

    A criao de situaes de ensino/aprendizagem estruturadas minimiza asdificuldades de organizao e sequencializao, proporcionando segurana,confiana e ajuda a criana/jovem com PEA a capitalizar as suas foras.

    2.1 Estrutura Fsica

    A estrutura fsica consiste na forma de organizar e apresentar o espao ouambiente de ensino/aprendizagem. Este, deve ser estruturado de formavisualmente clara, com fronteiras e reas bem definidas, permitindo que o aluno

    obtenha informao e se organize o mais autonomamente possvel, sendo essencialpara garantir a estabilidade e fomentar as aprendizagens.

    A delimitao clara das diferentes reas ajuda o aluno com PEA a entender melhor o seu meio e a relao entre os acontecimentos, permitindo-lhe compreender maisfacilmente o que se espera que realize em cada um dos espaos.

    Figura 1- Planta de uma UEEA

    Numa Unidade de Ensino Estruturado podem ser criadas diferentes reas. O espaoexistente e as necessidades dos alunos esto na base da estruturao do espao ena criao das que se considerem necessrias.

    Unidades de Ensino Estruturado para Alunos com Perturbaes do Espectro do

    Autismo:

    2

    3

    4 4

    44

    5

    6

    7

    4

    1

    Legenda:1 - rea de transio2 - Reunio3 Aprender4 Trabalhar5 Brincar6- Trabalhar em grupo7 Computador

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    Figura 2- EB1 de Celas (Coimbra) Primeira escola do pas a utilizar o Modelo de EnsinoEstruturado

    Figura 3- Escola EB1 Sofia de Carvalho (Lisboa) Todos os espaos esto devidamentedefinidos e identificados

    Figura 4- EBI Colmeias (Leiria) O espao est estruturado de modo a que os alunoscompreendam a funo de cada rea e a utilizem de forma autnoma

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    2.1.1 Organizao do Tempo

    HORRIO INDIVIDUAL

    O horrio organiza o tempo e, simultaneamente, um suporte eficaz para acomunicao e para a interiorizao de conceitos. uma forma de fornecer aoaluno a noo de sequncia, indicando-lhe o que ir realizar ao longo do dia,ajudando-o na antecipao e na previso. Como resultado, consegue-se compensara dificuldade que manifesta em sequenciar e em se manter organizado, diminuindoa ansiedade e os comportamentos disruptivos, aumentando a flexibilidade e acapacidade de aceitao da alterao rotina.

    Figura 5- O horrio organiza o tempo

    COMO CRIAR UM HORRIO

    O horrio realizado em funo de cada aluno e pode ser adaptado a vrios nveisde funcionalidade. Independentemente do nvel funcional de cada criana/jovem

    com PEA, a palavra escrita deve estar sempre presente nos horrios que podem serorganizados com o recurso a:

    Objectos reais Partes de objectos reais Miniaturas Fotografias Imagens desenhadas Pictogramas Palavras escritas

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    Figura 6- Exemplo de um horrio feito com objectos

    Figura 7- A disposio do horrio dever ser no sentido vertical (de cima para baixo), ou na

    horizontal (da esquerda para a direita), por ser o sistema convencional da leitura e escritaexistente no nosso pas.

    Figura 8- O aluno pode cumprir o horrio retirando o carto e levando-o para o localindicado no mesmo, ou assinala no horrio escrito a sequncia pela qual realiza as tarefasao longo do dia.

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    PLANO DE TRABALHO

    Enquanto o horrio informa o aluno sobre a sequncia das actividades que iroocorrer ao longo do dia, o plano de trabalho indica as tarefas que tem de realizarem determinada rea. Deve ser adaptado ao nvel funcional de cada aluno eapresentado de cima para baixo ou da esquerda para a direita (figura 9),consistindo numa rotina securizante que permite adquirir a noo de principio meioe fim.

    Figura 9- Exemplos de Plano de Trabalho.

    O plano de trabalho possibilita a visualizao das tarefas a realizar: o que fazer;

    quanto fazer; quando acabar.Esta pista visual essencial para o aluno aprender a trabalhar sem ajuda e adquirirautonomia.

    O CARTO DE TRANSIO

    O carto de transio informa o aluno que se deve dirigir rea de transio parasaber o que vai fazer a seguir.

    Pode ser um objecto, o carto do nome, smbolo do horrio ou outra pista visualadequado ao nvel de funcionalidade do aluno.

    Encontra-se no final do plano de trabalho (figura 10) ou entregue pelo adulto.

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    Figura 10- O Carto de transio encontra-se no final do Plano de Trabalho.

    Figura 11- No fim do horrio h um local onde o aluno coloca o carto de transio.

    NOME

    CARTO DE TRANSIOCARTO DE TRANSIO

    REUNIO APRENDER TRABALHAR BRINCAR COMPUTADOR

    NOME

    CARTO DE TRANSIOCARTO DE TRANSIO

    REUNIO APRENDER TRABALHAR BRINCAR COMPUTADOR REUNIOREUNIO APRENDER APRENDER TRABALHAR TRABALHAR BRINCARBRINCAR COMPUTADOR COMPUTADOR

    2.1.2 Organizao do Espao

    REA DE TRANSIO

    A rea de Transio corresponde ao espao onde esto os horrios individuais queiro orientar as actividades dirias de cada aluno (figura 11). As pistas visuaisinformam sobre onde, quando e o que fazer durante o dia ou parte do dia.

    possvel planificar de forma previsvel as muitas mudanas que ocorrem ao longodo dia, ajudando o aluno a superar a resistncia mudana ou as alteraes derotina, mesmo em situaes que possam parecer pouco significativas. Dar ao alunoa noo de sequncia temporal, facilita a compreenso de ordens verbais, ajuda adiminuir os problemas de comportamento e desenvolve a autonomia.

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    Figura 12- O horrio informa o aluno do que vai fazer ao longo do dia.

    REA DE APRENDER

    A rea de Aprender o espao de ensino individualizado, limpo de estmulosdistractores, onde se desenvolve a ateno e a concentrao, ao mesmo tempo quenovas competncias e tarefas so trabalhadas e consolidadas com o aluno. So utilizadas estratgias demonstrativas, pistas visuais ou verbais, ajudas fsicas,reforos positivos e tambm actividades que vo ao encontro dos interesses doaluno.

    O plano de trabalho dever estar visvel (em cima da mesa) e os smbolos

    apresentados correspondem aos que esto nos tabuleiros com as tarefas a realizar,previamente organizadas. Desta forma, o aluno pega no primeiro smbolo do planode trabalho e, dos tabuleiros colocados sua esquerda, retira o correspondente aosmbolo que tem na mo, fixa-o no tabuleiro, ficando dois smbolos iguais lado alado. Realiza a tarefa, coloca-a dentro do tabuleiro e arruma-o num local quecorresponda a acabado. Procede de igual modo em relao s restantes tarefas,terminando o plano de trabalho quando os tabuleiros estiverem arrumados suadireita.

    Figura 13- rea de Aprender.

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    REA DE TRABALHAR

    a rea na qual se pretende que o aluno realize de forma autnoma as actividades j aprendidas. Cada aluno deve ter a sua rea de trabalhar .

    Tambm aqui, existe um plano de trabalho que transmite ao aluno informaovisual sobre o que fazer e qual a sequncia (cada tabuleiro dever corresponder auma tarefa com todo o material necessrio para a sua realizao). Com base emrotinas funcionais (direita/esquerda, cima/baixo), o aluno desenvolve a nooconcretizada de p r i n c p i o , m e i o e f i m (comear, fazer e acabar), tornando-secapaz de realizar uma tarefa ou sequncia de tarefas.

    Figura 14- rea de Trabalhar.

    REA DE REUNIO

    Esta uma rea destinada a desenvolver actividades que, garantindo a planificaoe a estrutura, promovem a comunicao e a interaco social. A Reunio poderealizar-se em vrios momentos do dia, desde que todos os alunos ou a maioria seencontrem na unidade.

    Alguns exemplos de situaes a trabalhar nesta rea:

    Explorar o tempo, calendrio, mapas de presenas; Explorar objectos, imagens, sons, fantoches; Aprender e cantar canes; Ouvir histrias; Aprender a escolher; Imitar batimentos, gestos, aces; Aprender a estar sentado; Organizar/relatar experincias vividas;

    Planificar e introduzir novos temas; Generalizar aprendizagens em conjunto.

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    Figura 15- rea de Reunio.

    REA DE TRABALHAR EM GRUPO

    a rea na qual todo o grupo poder desenvolver trabalhos em conjunto. Prioriza-se o desenvolvimento de actividades expressivas como musicais, plsticas e outras;

    jogos de grupo (lotos, domins, jogos da memria...), entre outras. Todos osalunos devem participar, independentemente do seu nvel de funcionamento,desenvolvendo formas de interaco e de partilha com os seus pares (inclusivealguns colegas da turma), aprendendo a esperar e a dar a vez, a escolher e ageneralizar aprendizagens.

    Figura 16- rea de Trabalhar em Grupo.

    REA DE BRINCAR OU LAZER

    o local destinado a: aprender a relaxar; fazer curtos momentos de espera; permitir as esteriotipia; aprender a brincar (com a presena do adulto); trabalhar o jogo simblico.

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    Dever existir material que ajude a descontrair como tapetes, almofadas, sofs,brinquedos variados, msica e outros materiais que se entendam adequados.

    o local privilegiado para a incluso inversa, onde os pares da escoladesenvolvem actividades criativas e estimulantes que podem servir de modelo.

    Figura 17- rea de Brincar ou Lazer.

    REA DO COMPUTADOR

    Esta rea pode ser utilizada de forma autnoma, com ajuda, ou em parceria,aprendendo a esperar, a dar a vez e a executar uma actividade partilhada.

    As Tecnologias de Informao e Comunicao podem ser utilizadas para ultrapassareventuais dificuldades de reproduo grfica, generalizao de aprendizagens, deateno e motivao.

    Tambm contribui para melhorar, entre outras competncias, a coordenao culomanual, o entendimento de conceitos, a manifestao de conhecimentos e para autilizao de alguns meios aumentativos e/ou alternativos da comunicao.

    Figura 18- rea do Computador.

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    3. NORMAS ORIENTADORAS PARA UNIDADES DEENSINO ESTRUTURADO PARA A EDUCAODE ALUNOS COM PERTURBAES DOESPECTRO DO AUTISMO (UEEA)

    3.1. O que so Unidades de Ensino Estruturado

    As UEEA no so, em situao alguma, mais uma turma da escola. Todos os alunostm uma turma de referncia que frequentam, usufruindo das Unidades de EnsinoEstruturado enquanto recurso pedaggico especializado das escolas ouagrupamentos de escolas. Estas constituem uma resposta educativa especfica paraalunos com perturbaes do espectro do autismo e podem ser criadas em qualquernvel de ensino.

    3.2. A quem se destinam as Unidades de Ensino Estruturado

    As UEEA destinam-se a apoiar a educao de todos os alunos que apresentemperturbaes enquadrveis no espectro, independentemente do grau de severidadeou de manifestarem outras perturbaes associadas.

    3.3. Constituio de Unidades de Ensino Estruturado

    Considera-se necessrio criar uma Unidade de Ensino Estruturado sempre que

    existam alunos com PEA que necessitem de respostas educativas diferenciadas.Atendendo s caractersticas do trabalho a desenvolver e no sentido de responderde forma adequada e eficaz s necessidades de cada um dos alunos, sugere-se queo nmero de crianas apoiadas por cada unidade no seja superior a 6 alunos.

    As Unidades de Ensino Estruturado devem ser criadas em funo:

    da diferenciao pedaggica necessria na resposta educativa afornecer aos alunos com PEA;

    da concentrao de alunos com PEA de um ou mais concelhos, deacordo com a sua localizao e alternativas de transporte;

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    da existncia de um espao fsico (sala); da garantia da continuidade (processos de transio entre ciclos).

    A constituio das Unidades de Ensino Estruturado deve resultar de um trabalho deequipa que inclua sempre que possvel:

    as famlias dos alunos; os rgos de gesto dos agrupamentos de escolas ou escolas

    envolvidos na procura de respostas para atender a todos os alunos; os docentes de educao especial do agrupamento; os docentes do grupo, turma ou disciplina do aluno; outros tcnicos (psiclogos, terapeutas,...) pertencentes ao

    agrupamento ou a outros servios; servios da comunidade que se considerem necessrios para responder

    s necessidades individuais dos alunos com PEA.

    3.4. Objectivos das Unidades de Ensino Estruturado Criar ambientes securizantes com reas bem definidas e delimitadas;

    Proporcionar um espao adequado sensibilidade sensorial de cadaaluno;

    Informar clara e objectivamente, com apoio em suportes visuais, asequncia das rotinas;

    Promover situaes de ensino individualizado direccionadas para odesenvolvimento da comunicao, interaco e autonomia.

    3.5. Recursos

    3.5.1. Recursos Humanos

    A atribuio dos recursos humanos dever ter em conta o nmero de alunos, o seunvel funcional e o horrio de funcionamento. Assim, considera-se conveniente,para um grupo de 6 alunos, a atribuio dos seguintes recursos:

    - dois docentes com formao especializada do Quadro de EducaoEspecial do agrupamento, preferencialmente com experincia ou

    formao na rea das perturbaes do espectro do autismo e ensinoestruturado;

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    - duas auxiliares da aco educativa, do Quadro do agrupamento com ointuito de garantir estabilidade e continuidade e, sempre que possvel,familiarizadas com a problemtica do autismo e o ensino estruturado.

    - Terapeuta da fala, em tempo a determinar, de modo a contribuir para:

    identificar, avaliar e intervir nas alteraes da comunicao,linguagem e fala muito especficas desta perturbao;

    reeducar as alteraes da fala aplicando mtodos e tcnicasespecficas;

    definir e implementar estratgias de interveno na comunicao;

    definir qual o meio aumentativo e alternativo da comunicao.

    - Psiclogo, em tempo a determinar, para a interveno com a famlia epara o desenvolvimento de competncias sociais nos alunos.

    O Terapeuta e o Psiclogo podero pertencer ao agrupamento ou a serviosexteriores escola, designadamente instituies de educao especial ou centrosde recursos especializados.

    Relativamente ao trabalho desempenhado pelos tcnicos referidos (terapeuta da

    fala e psiclogo), este deve ser feito em estreita e sistemtica articulao com osrestantes intervenientes no processo educativo (famlia, docente da turma/conselhode turma e docentes e auxiliares das UEEA), atendendo aos objectivos definidos,aos diferentes domnios e respeitando sempre as dinmicas de trabalho intrnsecasa cada rea de interveno.

    3.5.2. Recursos Materiais

    Atendendo forma diferenciada e especfica de aprender dos alunos com PEA, necessrio elaborar e/ou adaptar material.

    Assim, considera-se essencial nas UEEA a existncia de material informtico(computador, impressora, scanner, software educativo, software de comunicaoaumentativa/alternativa), mquina de plastificar, material audiovisual, materialdidctico, material de desgaste (velcro autocolante, papel autocolante).

    Para a estruturao do espao fsico considera-se necessrio a existncia de

    mobilirio que permita a criao de reas com fronteiras bem definidas:

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