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Planejamen to Tributário

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Planejamento Tributrio

1 Sistema Tributrio no Brasil1.1 Noes sobre o Sistema Tributrio NacionalDe acordo com Machado e Lopes, (2006), Sistema Tributrio o conjunto de regras jurdicas que disciplinam os tributos, cujos objetivos e meios empregados, simultaneamente, resultam e denotam coordenao e harmonia entre si, com o sistema econmico e com as finalidades fiscais e extrafiscais da tributao. O Sistema Tributrio Nacional est disciplinado na Constituio da Repblica Federativa do Brasil, em seu Ttulo VI, Captulo I, nos artigos 145 a 162.1.2 A Definio Legal de TributoAntes de iniciarmos o estudo dos tributos e das alternativas de planejamento tributrio existentes na atualidade fundamental conhecermos a definio jurdica de tributo. Conforme o art. 3 do Cdigo Tributrio Nacional:Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.Observa-se ento que o tributo possui como caractersticas principais:Compulsoriedade: ou seja, o contribuinte obrigado a pagar;Sano de ato ilcito: a Unio, os Estados e os Municpios no podem criar adicional de tributo como punio por falta de pagamento. Desta forma, aplicam-se as multas e juros, porm, no existir a figura de novo tributo;Legalidade: nenhum tributo pode ser cobrado sem exigncia legal;Atividade administrativa plenamente vinculada: o Fisco tem o poder e o dever de cobrar.Destaca-se, no entanto, que tributo uma denominao genrica que se subdivide nas seguintes espcies: Impostos, taxas, contribuies de melhoria, as contribuies parafiscais e os emprstimos compulsrios.1.2.1 ImpostosImportncia que se paga ao Estado em funo de vrias atividades relacionadas sua manuteno, e no destinada a um servio especfico ou determinado. Nesse sentido, estabelece o art. 16 do CTN que Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade especfica, relativa ao contribuinte.Ex: Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR), Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ), Imposto de Importao (II), Imposto de Exportao (IE), Imposto sobre Circulao de Mercadoria (ICMS), e Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza (ISS).1.2.2 TaxasAs taxas, diferentemente dos impostos, possuem fato gerador no exerccio regular do poder de polcia ou a utilizao efetiva ou potencial de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposio (Art. 77 do CTN), conforme reproduzido a seguir: As taxas cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio.Visando, ainda, a simetria informacional para os usurios, o art. 79 do Cdigo Tributrio Nacional (CTN) definiu o que vem a ser servio especfico e divisvel e diferena entre utilizao efetiva e potencial. Assim, os servios pblicos a que se refere o art. 77 so aqueles:I utilizado pelo contribuinte:a) efetivamente quando por usufrudos a qualquer ttulo;b) potencialmente, quando, sendo de utilizao compulsria, sejam postos sua disposio mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;II especficos, quando possam ser destacados em unidades autnomas de interveno, de utilidade ou de necessidades pblicas;III divisveis, quando suscetveis de utilizao, separadamente, por parte de cada um dos usurios.So exemplos de taxa: Taxa para Carteira de Habilitao, Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pblica, Taxa de iluminao Pblica, etc.1.2.3 Contribuies de MelhoriaConforme definido no Art. 81 do CTN:A contribuio de melhoria cobrada pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, instituda para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acrscimo de valor que da obra resultar para cada imvel beneficiado.Observa-se que a contribuio de melhoria deve ser instituda para fazer face ao custo de obras pblicas que decorra valorizao imobiliria. Destaca-se, ainda, que em face das exigncias de publicao prvia do memorial descritivo do projeto, oramento do custo da obra, determinao da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuio etc. e, pela possibilidade de impugnao pelos interessados, de qualquer dos elementos previamente publicados, tal contribuio, na prtica, raramente cobrada.1.2.4 Contribuies ParafiscaisSo tributos de difcil conceituao no sistema tributrio brasileiro, visto que teoricamente seriam tributos que no visam a obteno de receitas, mas regular ou modificar a distribuio da riqueza nacional bem como outras finalidades econmicas ou sociais. Atualmente respondem por uma grande fatia da arrecadao tributria federal.Tais contribuies so classificadas em trs tipos, conforme art. 149 da Constituio Federal:Sociais: INSS, PIS, PASEP, COFINS, CPMF e outrasDe Interveno no Domnio Econmico: Contribuies para controle da produo de acar, laranja...De Interesse das Categorias Profissionais ou Econmicas: Contribuies Sindicais, CREA, OAB.1.2.5 Emprstimos CompulsriosReconhecido o seu carter tributrio pelo Supremo Tribunal Federal (STF), apenas podem ser cobrados mediante lei complementar. H duas hipteses para sua instituio: (a) despesas extraordinrias oriundas de guerra externa, ou a sua iminncia ou calamidade pblica e (b) investimento pblico, de carter urgente e relevante interesse nacional. Hoje em dia no h emprstimos compulsrios em vigor no Brasil, todavia, j existiram alguns, como o emprstimo compulsrio sobre aquisio de veculos e combustveis. Estabelece o art. 148 da CF que: A Unio, mediante lei complementar, poder instituir emprstimos compulsrios: I para atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia; II no caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional.Deve-se destacar, contudo que, a natureza jurdica do tributo, isto , o fato de ser um imposto, taxa ou contribuio de melhoria, determinada pelo seu fato gerador, sendo irrelevante a destinao da receita e sua denominao.1.3 Princpios Constitucionais TributriosPara todo aquele que atua, direta ou indiretamente com a tributao importante conhecer os limites impostos ao Estado em seu poder de tributar. O poder de tributar dos entes polticos da federao brasileira (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) est consagrado e delineado nos artigos 145 e seguintes da CF.Destaca-se, no entanto, que esse poder no ilimitado. Antes, deve-se observar os precisos e indeclinveis LIMITES estabelecidos pela prpria CF, em diversos preceitos e princpios, sob pena de inconstitucionalidade e nulidade dos atos.De acordo com Machado e Lopes (2006) esses princpios, fundamentos de todo o sistema, ao limitarem o poder de tributar das entidades federativas, consagram o "Estado de Direito", assecuratrio das garantias individuais e do equilbrio entre cidados e Estado.So os seguintes os princpios tributrios fixados na CF que devem, necessariamente, ser observados pelo Estado no exerccio de seu poder de tributar 1.3.1 Princpio da Personalizao dos ImpostosEsse princpio, estabelecido do Art. 145, 1 da CF 1988 principia que o imposto, na sua instituio, deve levar em conta, sempre que possvel, a pessoa do contribuinte em razo de suas caractersticas e peculiaridades prprias.1.3.2 Princpio da Capacidade ContributivaO Art. 145, 1 da CF 1988 cria ainda o Principio da Capacidade Contributiva. Esse princpio, decorrente do Princpio da Isonomia, ou Princpio da Igualdade Tributria, encerra a idia de que o contribuinte do IMPOSTO deve contribuir para o Estado na proporo de suas rendas, no podendo nunca a carga tributria atingir a parte da renda necessria sua manuteno bsica.Observa-se que a capacidade do contribuinte est ligada capacidade de gerar riquezas. Nesse sentido, o contribuinte deve participar dentro de suas possibilidades, sendo- lhe garantido o mnimo indispensvel sua subsistncia. E, note-se, tal limitao est circunscrita apenas espcie de tributos denominada imposto, no se lhe aplicando s taxas e contribuies.A no-observncia desse princpio poder ocasionar um tributo com efeito confiscatrio, o que vedado pela CF.1.3.3 Princpio da Legalidade TributriaS permitido criar ou aumentar tributos atravs da Lei. (Art. 150, I). O princpio da legalidade, juntamente com o Princpio da Anterioridade, podem ser considerados os mais importantes princpios constitucionais brasileiros, visto tratar-se de princpios que limitam o poder de tributar do estado.Destaca-se, no entanto, que algumas excees encontram-se no Art. 153 da CF, 1, que faculta ao Poder Executivo alterar as alquotas do II, IE, IPI e IOF. Vale ressaltar que mesmo com a faculdade estabelecida em favor do Executivo, esse deve observar as condies e os limites estabelecidos em lei1.3.4 Princpio da Irretroatividade da LeiEsse princpio impede os entes tributantes de cobrar tributos em relao a fato gerador ocorrido antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado. (CF, Art. 150, III, "a").De acordo com esse princpio, a lei no poder retroagir para prejudicar o direito adquirido, ou seja, caso o fato gerador tenha ocorrido em 2006, a lei tenha sido instituda apenas em 2007, o estado no poder tributar o fato gerador ocorrido antes da vigncia da Lei.1.3.5 Princpio da Anterioridade da leiPrincpio que veda a qualquer dos entes polticos cobrar tributo no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou. (CF, Art. 150, III, b)So excees expressas na Constituio ao Princpio da Anterioridade o II, IE, IPI e IOF (pargrafo 1 do art. 153, CF). So excees, tambm, o emprstimo compulsrio para atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia (art. 148, I); o imposto extraordinrio por motivo de guerra (art. 154, II); as contribuies sociais da seguridade social, que podero ser exigidas aps noventa dias da publicao da lei que as houver institudo ou modificado (art. 149 combinado com art. 195, 6, CF).1.3.6 Princpio da Imunidade TributriaO Princpio da Imunidade Tributria suprime do estado o poder de tributar, em algumas situaes. Assim, a CF, em seu Art. 150, IV, veda Unio, Estados e Municpios instituir imposto sobre (imunidade): Patrimnio, renda ou servios, uns dos outros (os entes da federao) Templos de qualquer culto Patrimnio, renda ou servios de partidos polticos, das entidades sindicais, das Instituies de educao e de assistncia social sem fins lucrativos. Livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso.1.4 Obrigao TributriaA obrigao tributria (OT) definida, de Acordo com Lopes e Machado (2006), como decorrente do poder jurdico pelo qual o Estado, exclusivamente com base na lei, pode exigir do particular uma prestao positiva ou negativa.Prestao Positiva - dar - ex.: pagamento- fazer - ex.: declarao IRPrestao Negativa - no fazer - ex.: tolerar fiscalizaoA OT pode ser principal ou acessria. Obrigao principal envolve pagamento de tributo ou penalidade (obrigao de dar - 1 do art. 113, do CTN), enquanto a obrigao acessria envolve toda e qualquer obrigao que no signifique pagamento (obrigao de fazer e no fazer - pargrafo 2 do art. 113, do CTN). Destaca-se, ainda, que a OT surge com a ocorrncia do fato gerador.1.4.1 Elementos da Obrigao TributriaPara que exista a obrigao tributria, necessria a identificao dos elementos que a compem, sendo esses:Sujeito Ativo Pessoa Jurdica de direito pblico (entidade federada) competente para instituir e cobrar tributos. Normalmente denominada de fisco, pode ser o poder pblico municipal, estadual, distrital ou federal. Tal pessoa jurdica pode delegar algumas atribuies, como a arrecadao, a fiscalizao etc., a outras pessoas como autarquias, ou outros rgos paraestatais ou profissionais.Sujeito Passivo Pessoa Fsica ou Pessoa Jurdica obrigada ao cumprimento da prestao tributria principal ou acessria. Quanto OT principal, o CTN distinguiu duas espcies de sujeito passivo: Contribuinte - quanto tiver relao pessoal e direta com a situao que constituir o fato gerador. Denominado sujeito passivo direto, com responsabilidade originria. Responsvel - quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorrer da lei. Denominado sujeito passivo indireto, com responsabilidade derivada.A responsabilidade derivada varia de grau, podendo ir de simples solidariedade substituio completa do contribuinte (substituto legal tributrio).Por isso, a sujeio passiva indireta divide-se em sujeio por transferncias e substituio. As transferncias ocorrem quando a OT, nascida originariamente contra uma pessoa (sujeito passivo direto), se transfere a outra (sujeito passivo indireto), em virtude de fato posterior. As transferncias existem em trs modalidades:Solidariedade quando duas ou mais pessoas forem simultaneamente obrigadas pela mesma obrigao (art. 124 e 125, do CTN).Sucesso quando a OT se transferir em virtude do desaparecimento do devedor original (art. 129 a 133, do CTN).Responsabilidade de terceiros quando a lei responsabilizar pessoa diversa pelo pagamento do tributo, quando no pago pelo sujeito direito (art. 134, do CTN).A Substituio ocorre quando, face disposio legal expressa, a OT surgir originariamente contra pessoa diferente daquela que esteja em relao direta com a situao tributria. O sujeito passivo, ou substituto legal est definido no art. 135, do CTN.Objeto - o cumprimento de uma prestao positiva (dar ou fazer) ou negativa (no fazer) determinada por lei.Fato gerador fato que gera o tributo, ou seja, a situao de fato ou a situao jurdica que, ocorrendo, determina a incidncia do tributo ou a obrigao de fazer ou no fazer determinada prestao. Como dito anteriormente, a OT surge com a ocorrncia do fato gerador e existe em abstrato na lei; no entanto, somente se concretiza quando efetivamente ocorre o fato gerador. Dessa forma, apenas com o fato gerador identificam-se os elementos da OT e a legislao tributria aplicvel, pois, antes de sua ocorrncia, a OT no existe materializada em um caso concreto.Os artigos 114 e 115 do CNT definem o fato gerador da OT principal e da OT acessria, respectivamente.Ressalta-se, ainda, que o fato gerador da OT principal um fato econmico com relevncia jurdica (artigo 118), o que justifica a tributao de atividades ilcitas (p. ex.: art. 767 do RIR Dec. n 85.450/80).H de se destacar, tambm que, em decorrncia da obrigao tributria principal, nasce o crdito tributrio, Art. 139 CTN, que tem a mesma natureza daquela. O crdito tributrio o instrumento que formaliza a relao jurdico-tributria, possibilitando, assim, que o sujeito ativo (fisco) possa exigir do sujeito passivo (contribuinte ou responsvel) a obrigao tributria principal da qual decorre.Nascido o crdito tributrio, deve-se efetuar o lanamento deste. Assim, lanamento o ato administrativo pelo qual se formaliza a obrigao tributria nascida abstratamente na lei e concretizada com a ocorrncia do fato gerador.O art. 142 do CTN define que:Compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel.Nesse sentido, Lopes e Machado (2006) escrevem que resumida e cronologicamente, pode-se dizer, que: (1) a obrigao tributria existe in abstracto na lei; (2) concretiza-se com ocorrncia do fato gerador; (3) segue-se o lanamento, com o fim de promover o acertamento da relao jurdico-tributria; (4) instrumentalizada a OT com o lanamento, surge o crdito tributrio.O CTN disciplina trs modalidades de lanamentos, diferentes entre si em razo da forma procedimental e do momento de pagamento do tributo em relao ao prprio lanamento:

Lanamento Misto ou por DeclaraoEssa modalidade de lanamento est prevista no Art. 147 do CTN e recebe essa denominao em razo de o lanamento ser efetuado pelo Fisco com base em declarao do sujeito passivo ou de terceiro. A ocorrncia do fato gerador apenas obriga o contribuinte a fornecer ao Fisco os dados necessrios efetivao do lanamento (ex.: Imposto de Renda - PF).Lanamento Simples ou DireitoEssa modalidade est definida no Art. 149 CTN e a modalidade na qual toda iniciativa para efetivao do lanamento cabe ao Fisco. O contribuinte em nada participa, j que cabe somente ao Fisco apurar a ocorrncia do fato gerador e promover a cobrana do tributo devido. Essa modalidade tambm denominada lanamento de ofcio (ex: IPTU).Lanamento por Homologao ou AutolanamentoNessa modalidade de lanamento, ocorrido o fato gerador, o contribuinte tem por lei obrigao de antecipar o pagamento do tributo sem prvio exame da autoridade administrativa. A eventual extino do crdito tributrio s ocorrer quando a autoridade competente homologar a atividade desempenhada pelo contribuinte correspondente ao lanamento do tributo (ex.: ICMS). Nesta modalidade, o pagamento antecipado do tributo extingue o crdito sob condio resolutria.O Fisco tem prazo decadencial de 5 (cinco) anos para homologar o lanamento feito pelo contribuinte. Aps esse prazo, salvo ocorrncia de dolo, fraude ou simulao, considera-se homologado o lanamento e extinto o crdito tributrio.

2 PRINCIPAIS Tributos FederaisNeste captulo discutiremos as principais caractersticas dos principais tributos federais que abrangem a maioria das empresas. Nesse sentido, discutiremos o Imposto de Renda da Pessoa Jurdica (Lucro Real, Lucro Presumido), a Contribuio Social sobre o Lucro (idem), o Programa de Integrao Social (PIS) e a Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Todavia, antes de discutirmos os tributos faz-se necessrio discutir as sistemticas de apurao de lucro, principalmente para o clculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurdica e da Contribuio Social sobre o Lucro.Por isso, a lei brasileira estabelece que, em princpio, as pessoas jurdicas sero tributadas em conformidade com os lucros verificados anualmente, segundo o Balano Patrimonial elaborado em conformidade com os princpios fundamentais de contabilidade.Destaca-se, no entanto que nem sempre h escriturao contbil regular que permita o levantamento das peas contbeis necessrias demonstrao dos lucros da empresa. Por isso, a legislao estabeleceu trs espcies de lucros, para fins de tributao: Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado.O Lucro Contbil o Lucro Lquido do exerccio apurado de acordo com os Princpios de Contabilidade Geralmente Aceitos e em conformidade com o artigo 187 da Lei n 6.404/76. encontrado na Demonstrao do Resultado do Exerccio sendo o lucro depois do imposto de renda (LAIR) a base para distribuio dos dividendos.O Lucro Fiscal base de clculo para o pagamento do imposto de renda das empresas e, de acordo com a legislao brasileira so apresentados trs regimes de tributao: Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado.J o Lucro Real o lucro lquido do exerccio apurado na escriturao comercial (Demonstrao do Resultado do Exerccio) ajustado pelas adies, excluses e compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao tributria.O lucro real apurado atravs da escriturao do Livro de Apurao do Lucro Real - LALUR, onde so registrados os ajustes que devem ser feitos ao lucro lquido obtido na escriturao comercial.Assim, conceituaremos a seguir o imposto de renda da pessoa jurdica e os regimes de tributao que podem ser adotados por elas.2.1 Imposto de Renda das Pessoas JurdicasO imposto de renda da pessoa jurdica (IRPJ), Conforme Decreto n 3.000/99, poder ter como base de clculo o Lucro Real, o Lucro Presumido e o Lucro Arbitrado.A tributao sobre o Lucro Real, que Lucro Lquido do exerccio ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao.De acordo com a Legislao Brasileira, esto obrigadas apurao do lucro real as pessoas jurdicas: Cuja receita total, no ano-calendrio anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais), ou proporcional ao nmero de meses do perodo, quando inferior a 12 meses; Sejam instituies financeiras; Com lucro, rendimentos ou ganhos de capitais oriundos do exterior; Que tenham benefcios fiscais de iseno ou reduo do imposto; Que tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa no decorrer do ano-calendrio.O Lucro Presumido uma forma simplificada para determinao da Base de Clculo, desobrigando os contribuintes, perante o fisco federal de manter escriturao contbil. Destacas-se, aqui que, mesmo estando desobrigadas perante o fisco, as empresas devem manter sua escriturao comercial em boa ordem para outras finalidades como: informaes para tomada de decises, crditos bancrios, mudana de acionistas, venda de participao societria, fuso, ciso e incorporao, dissoluo societria, etc.Para as atividades de comrcio e indstria, o Lucro Presumido determinado mediante a aplicao do percentual de 8% sobre o valor da receita bruta mensal. Existem outros percentuais para atividades especficas (Lei n. 9.249/95) e que sero descritos no captulo de lucro presumido. Poder optar pelo regime de tributao com base no lucro presumido a pessoa jurdica cuja receita bruta total, no ano-calendrio anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais), ou proporcional ao nmero de meses de atividade no ano calendrio anterior quando inferior a 12 meses.A terceira e no menos importante modalidade de tributao o Lucro Arbitrado, que determinado mediante aplicao dos percentuais fixados para determinao do lucro presumido acrescidos de 20%, sobre o valor da receita bruta quando essa for conhecida. No que diz respeito s alquotas de Imposto de renda, destaca-se que a alquota geral de 15%. Todavia, para as situaes em que parcela da base de clculo (lucro), apurada mensalmente, exceder a R$ 20.000,00, tal parcela excedente ficar sujeita a incidncia de adicional de imposto de renda alquota de 10% (dez por cento).A periodicidade de apurao do imposto ser trimestral ou anual. Para a apurao anual a legislao permite, ainda, a apurao mensal por estimativa.Na apurao trimestral as pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado devero efetuar apurao trimestral com perodos encerrados em 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendrio, enquanto na apurao por estimativa mensal as pessoas jurdicas, tributadas com base no lucro real - e apenas essas - podero optar por efetuar o pagamento e apurao do imposto com base em estimativa mensal, mediante a aplicao, sobre a receita bruta auferida mensalmente, dos mesmos percentuais utilizados para o lucro presumido;No que diz respeito ao prazo de recolhimento, destaca-se que: quando a apurao for trimestral o imposto dever ser pago em cota nica, at o ltimo dia til do ms subseqente ao do encerramento do perodo de apurao, sendo que o contribuinte poder optar pelo pagamento parcelado em at (03) trs cotas mensais, iguais e sucessivas, sendo que nenhuma quota poder ser inferior a R$1.000,00 (um mil reais), e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) dever ser pago em quota nica, at o ltimo dia til do ms subseqente ao do encerramento do perodo de apurao. (Normativo: Lei n 9.430, de 1996, art. 5, 2)

Destaca-se, ainda, que as cotas do imposto sero acrescidas de juros equivalentes taxa SELIC e calculados a partir do primeiro dia do segundo ms subseqente ao do encerramento do perodo de apurao at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento e de 1% no ms do pagamento.Por outro lado, quando a apurao for mensal, o recolhimento do imposto devido se dar at o ltimo dia til do ms subseqente ao ms de apurao.As empresas que recolherem seu Imposto de Renda pelo Lucro Real, com base na estimativa mensal devero efetuar anualmente a declarao de Ajuste. Assim, o saldo do imposto apurado em 31 de dezembro (Declarao de Ajuste) dever ser pago em cota nica, at o ltimo dia til do ms de maro do ano subseqente, se positivo (corrigido pela taxa de juros SELIC a partir de 1 de fevereiro at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento e de 1% no ms do pagamento). Caso o saldo apurado seja negativo, o mesmo poder ser compensado com o imposto a ser pago a partir do ms de abril do ano subseqente, se negativo, assegurado a alternativa de pedido de restituio.2.2 Contribuio Social sobre o Lucro LquidoA Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSSL) das pessoas jurdicas tem como base de clculo o Lucro lquido do exerccio, ajustado, antes da proviso para o Imposto de Renda. No caso das pessoas jurdicas que houverem optado pelo pagamento do imposto de renda por estimativa, a base de clculo da contribuio o valor correspondente a 12% da receita bruta mensal (exceto para a atividade de servios, cujo percentual 32%), acrescido dos demais resultados e ganhos de capital.A alquota da Contribuio Social sobre o Lucro 9%. Esse percentual ser plicado sobre as bases de clculos descritas no pargrafo anterior.No caso da Contribuio Social, no haver a figura do adicional de 10% sobre a parcela que exceder o lucro do exerccio.Destaca-se, por fim, que a periodicidade de apurao e prazo de recolhimento da CSSL idntica ao do Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas.2.3 Contribuio para o PIS/PASEPA contribuio para o PIS pode ser apurada sob os sistemas cumulativos e no cumulativos. O sistema no cumulativo passou a vigorar a partir de 01/12/02. O sistema cumulativo dever ser adotado apenas por empresas tributadas com base no Lucro Presumido, enquanto o sistema no cumulativo dever ser adotado apenas pelas empresas tributadas com base no Lucro Real. Alm disso, o PIS ser apurado pelas pessoas jurdicas de direito privado ao passo que o PASEP ser apurado pelas pessoas jurdicas de direito pblico interno (Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios e suas autarquias, inclusive as fundaes pblicas), empresas pblicas, sociedades de economia mista e suas subsidirias, fundaes de direito privado e outras entidades previstas no artigo 13 da MP n. 1.858-6 de 29/06/99.A base de clculo do PIS no Sistema Cumulativo ser o valor da receita bruta mensal, correspondendo a totalidade das receitas auferidas, sendo irrelevante o tipo de atividade e a classificao contbil adotada para as receitas. A alquota utilizada nesse sistema (PIS cumulativo) de 0,65% sobre a base anteriormente apresentada.No caso de empresas tributadas pelo Lucro Real, o sistema a ser utilizado para clculo do PIS ser o Sistema No cumulativo. Nesse sistema, a base de clculo do PIS ser o valor da receita bruta mensal, correspondendo totalidade das receitas auferidas, sendo irrelevante o tipo de atividade e a classificao contbil adotada para as receitas. H de se destacar, no entanto que os insumos pagos na produo ou comercializao de bens e servios do direito a crdito, que ser deduzido da base de clculo. Nesse sistema a alquota a ser utilizada (PIS) de 1,65% sobre a base anteriormente descrita. A periodicidade de apurao (PIS) mensal e o prazo final de recolhimento (PIS) ser o dia 25 do ms subseqente ao ms de ocorrncia do fato gerador.Destacas-se, ainda, que as entidades financeiras enquadradas como empresas pblicas, so, tambm, contribuintes do PIS.O PASEP ter sua base de clculo definida em funo da personalidade jurdica das empresas. Assim, para as pessoas jurdicas de direito pblico interno (Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios e suas autarquias, inclusive as fundaes pblicas) a base de clculo sero as receitas correntes arrecadadas e transferncias correntes e de capital recebidas. No caso de empresas pblicas, sociedades de economia mista e suas subsidirias a base de clculo ser o faturamento mensal. Por fim, para as fundaes de direito privado e outras entidades previstas no artigo 13 da MP n. 1.858-6 de 29/06/99 a base de clculo ser a folha de pagamento mensal.Como as bases de clculo das entidades contribuintes do PASEP so distintas, as alquotas tambm so, conforme segue: Pessoas jurdicas de direito pblico/autarquias: 1%; Empresas pblicas (faturamento): 0,65%; e Folha de pagamento: 1%.A apurao do PASEP acontecer mensalmente e o prazo de recolhimento ser at o dia 25 do ms subseqente ao ms de ocorrncia do fato gerador.2.4 Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social COFINSA COFINS, assim como o PIS, ser apurada pelo sistema cumulativo e no cumulativo. Assim, a base de clculo da COFINS no sistema cumulativo ser o valor da receita bruta mensal, entendendo-se como tal, a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurdica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificao contbil adotada para as receitas. Para essa modalidade de apurao a alquota ser de 3% sobre a base de calculo descrita.No Sistema No Cumulativo a base de clculo para as pessoas jurdicas de direito privado ser o valor da receita bruta mensal, correspondendo a totalidade das receitas auferidas, sendo irrelevante o tipo de atividade e a classificao contbil adotada para as receitas. Os insumos pagos na produo ou comercializao de bens e servios do direito crdito, que sero deduzidos da base de clculo. A alquota da COFINS no Sistema No Cumulativo de 7,6% sobre a base de clculo anteriormente apresentada, e a periodicidade de apurao mensal. O prazo de recolhimento at o dia 25 do ms subseqente ao ms de ocorrncia do fato gerador.

3 LUCRO REAL3.1 Aspectos GeraisSo contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurdica (IRPJ): I as pessoas jurdicas;II as empresas individuais.As disposies tributrias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou no.As entidades submetidas aos regimes de liquidao extrajudicial e de falncia sujeitam-se s normas de incidncia do imposto aplicveis s pessoas jurdicas, em relao s operaes praticadas durante o perodo em que perdurarem os procedimentos para a realizao de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei 9.430/1996, art. 60). As empresas pblicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidirias, so contribuintes nas mesmas condies das demais pessoas jurdicas (Constituio Federal, art. 173 1).3.1.1 Formas de Tributao das Pessoas JurdicasAs Pessoas Jurdicas, por opo ou por determinao legal, so tributadas por uma das seguintes formas:a) Simples Nacional.b) Lucro Presumido.c) Lucro Real.d) Lucro Arbitrado.3.1.2 Base de ClculoA base de clculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrncia do fato gerador, o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao perodo de apurao. Como regra geral, integram a base de clculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a denominao que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espcie ou da existncia de ttulo ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negcio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma especfica de incidncia do imposto.3.1.3 Perodo de ApuraoO imposto ser determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por perodos de apurao trimestrais, encerrados nos dias 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendrio.No caso da apurao com base no lucro real, o contribuinte ainda tem a opo de apurar anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa.Nos casos de incorporao, fuso ou ciso, a apurao da base de clculo e do imposto devido ser efetuada na data do evento.Na extino da pessoa jurdica, pelo encerramento da liquidao, a apurao da base de clculo e do imposto devido ser efetuada na data desse evento.3.1.4 Alquotas e AdicionalA pessoa jurdica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagar o imposto alquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento.O disposto neste item aplica-se, inclusive, pessoa jurdica que explore atividade rural.AdicionalA parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicao de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo nmero de meses do respectivo perodo de apurao, sujeita-se incidncia de adicional de imposto alquota de 10% (dez por cento).O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporao, fuso ou ciso e de extino da pessoa jurdica pelo encerramento da liquidao.O disposto neste item aplica-se, igualmente, pessoa jurdica que explore atividade rural.O adicional de que trata este item ser pago juntamente com o imposto de renda apurado pela aplicao da alquota geral de 15%.Exemplo:Lucro Real de R$ 90.000 no 1 trimestre de 2008:a) IRPJ alquota normal = R$ 90.000 x 15% = R$ 13.500b) IRPJ Adicional = R$ 90.000 do Lucro Real menos R$ 60.000 (R$ 20.000 x perodo de apurao de 3 meses) x 10% = R$ 3.000,00Valor a Recolher (a + b) = R$ 13.500 + R$ 3.000 = R$ 16.5003.1.5 Lucros DistribudosOs lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do ms de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real, no esto sujeitos incidncia do imposto de renda na fonte, nem integraro a base de clculo do imposto de renda do beneficirio, pessoa fsica ou jurdica, domiciliado no pas ou no exterior.3.1.6 Obrigaes, Lucro LquidoA sistemtica de tributao sob o Lucro Real disciplinada pelos artigos 246 a 515 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/99).3.1.7 Pessoas Jurdicas Obrigadas ao Lucro RealA partir de 1999 esto obrigadas apurao do Lucro Real as pessoas jurdicas (Lei 9.718/1998, art. 14):I cuja receita total, no ano-calendrio anterior, seja superior ao limite de R$ 24.000.000,00 (vinte e quatro milhes de reais), ou proporcional ao nmero de meses do perodo, quando inferior a doze meses[footnoteRef:1]; [1: A partir de 01.01.2003, a pessoa jurdica cuja receita bruta total, no ano-calendrio anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhes de reais) multiplicado pelo nmero de meses de atividade do ano-calendrio anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poder optar pelo regime de tributao com base no lucro presumido. ]

II cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valores mobilirios e cmbio, distribuidora de ttulos e valores mobilirios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao e entidades de previdncia privada aberta;III que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior[footnoteRef:2]; [2: Notas: com base no Ato Declaratrio Interpretativo 5/2001 SRF:1. No confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior com receitas de exportao. As exportadoras podem optar pelo Lucro Presumido, desde que no estejam nas hipteses de vedao. A restrio deste item alcana aquelas empresas que tenham lucros gerados no exterior (como empresas Offshore, filiais controladas e coligadas no exterior, etc.).2. A prestao direta de servios no exterior (sem a utilizao de filiais, sucursais, agncias, representaes, coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurdica que lhes sejam assemelhadas) no obriga tributao do lucro real.]

IV que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefcios fiscais relativos iseno ou reduo do imposto[footnoteRef:3]; [3: Nota: como exemplo de benefcios fiscais: o programa BEFIEX (iseno do lucro de exportao), reduo do IR pelo Programa de Alimentao do Trabalhador, projetos incentivados pela SUDENE e SUDAM, etc.]

V que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/1996[footnoteRef:4]; [4: Nota: o regime de estimativa a opo de pagamento mensal, estimado, do Imposto de Renda, para fins de apurao do Lucro Real em Balano Anual.]

VI que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de servios de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, administrao de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring).Tambm esto obrigadas ao Lucro Real as empresas imobilirias, enquanto no concludas as operaes imobilirias para as quais haja registro de custo orado (IN SRF 25/1999). O custo orado a modalidade de tratamento contbil dos custos futuros de concluso de obras.3.1.8 Lucro Real Opo PossibilidadeAs pessoas jurdicas, mesmo se no obrigadas a tal, podero apurar seus resultados tributveis com base no Lucro Real.Assim, por exemplo, uma empresa que esteja com pequeno lucro ou mesmo prejuzo, no estando obrigada a apurar o Lucro Real, poder faz-lo, visando economia tributria (planejamento fiscal).3.1.9 Ocorrncia de Obrigatoriedade durante o Ano CalendrioA pessoa jurdica que houver pago o imposto com base no lucro presumido e que, em relao ao mesmo ano calendrio, incorrer em situao de obrigatoriedade de apurao pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, dever apurar o IRPJ e CSSL sob o regime de apurao do lucro real trimestral, a partir inclusive, do trimestre da ocorrncia do fato.Exemplo:Empresa optante pelo lucro presumido abre uma filial no exterior, e obtm rendimentos na mesma, a partir de setembro/2001.Apurar o IRPJ e a CSSL pelo lucro presumido, at o ltimo trimestre anterior (encerrado em 30.06.2001) ao da ocorrncia da situao obrigatria ao lucro real.A partir do trimestre julho/agosto/setembro/2001, ir apurar o lucro real.Base: art. 2 do Ato Declaratrio Interpretativo 5/2001 SRF.3.1.10 Conceito de Lucro RealLucro real o lucro lquido do perodo de apurao ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pelo Regulamento (Dec.-lei 1.598/1977, art. 6).A determinao do lucro real ser precedida da apurao do lucro lquido de cada perodo de apurao com observncia das disposies das leis comerciais (Lei 8.981/1995, art. 37, 1).O lucro lquido do exerccio referido no conceito acima a soma algbrica do lucro operacional, dos resultados no operacionais e das participaes, e dever ser determinado com observncia dos preceitos da lei comercial. Portanto, o lucro lquido aquele definido no art. 191, da Lei 6.404/1976, porm, sem as dedues do art. 189 (prejuzos contbeis acumulados e proviso para o imposto sobre a renda).Exemplo de lucro lquido:1. Receita Operacional Bruta 10.000.000,00

2. Impostos sobre a Receita Operacional 2.105.000,00

3. Receita Operacional Lquida (1 - 2) 7.895.000,00

4. Custo da Receita Operacional 4.973.850,00

5. Lucro Operacional Bruto (3 - 4) 2.921.150,00

6. Despesas Operacionais 1.145.674,00

7. Lucro Operacional Lquido (5 - 6) 1.775.476,00

8. Despesas - Receitas No Operacionais 10.559,40

9. Participaes de Funcionrios 177.547,60

10. Proviso para a Contribuio Social 176.722,47

11. Lucro Lquido do Exerccio antes do IRPJ (7 +- 8 - 9 - 10) 1.410.646,53

3.2 Ajustes ao Lucro Lquido no Lucro RealNa determinao do lucro real, sero adicionados ao lucro lquido do perodo de apurao (Decreto-lei 1.598/77, art. 6, 2):I os custos, despesas, encargos, perdas, provises, participaes e quaisquer outros valores deduzidos na apurao do lucro lquido que, de acordo com o Regulamento do IR, no sejam dedutveis na determinao do lucro real;II os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores no includos na apurao do lucro lquido que, de acordo com o Regulamento do IR, devam ser computados na determinao do lucro real.A determinao da base real exige demonstraes financeiras, ajustando-se o lucro lquido apurado no Demonstrativo de Resultados, aps a CSLL e antes do IR, pelas adies, excluses e compensaes previstas na legislao.3.2.1 Livro de Apurao do Lucro RealOs controles de adies, excluses e compensaes do Lucro Real so efetuados em Livro prprio para isto, chamado "Livro de Apurao do Lucro Real" (LALUR).Este Livro contm 2 partes:PARTE "A" - a parte onde iro discriminados os ajustes, por data, ao Lucro Real, como: despesas indedutveis, valores excludos, e a respectiva Demonstrao do Lucro Real. Exemplo:Parte A - Registro dos Ajustes do Lucro Liquido do ExerccioPg. 12

DataH i s t r i c oAdiesExcluses

NATUREZA DOS AJUSTES

05.10.2006MULTA registradas Livro Dirio, fl. 1086.438,47

31.10.2006MULTA registradas Livro Dirio, fl. 115612,39

29.11.2006MULTA registrada Livro Dirio, fl. 129510,68

18.12.2006MULTA registradas Livro Dirio, fl. 1375.938,9213.500,46

30.11.2006DIVIDENDOS receb.s regist.L. Dirio, fl. 1301.744,00

TOTAL- A D I E S/ E X C L U S E S 13.500,46 1.744,00

31.12.2006DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL

Perodo de 01.10.2006 a 31.12.2006

R E S U L T A D O D O P E R O D O15.001,00

A D I E S:

MULTAS 13.500,46

TOTALDAS ADIES 13.500,46

E X C L U S E S:

DIVIDENDOS1.744,00

TOTAL DAS EXCLUSES1.744,00

LUCRO REAL ANTES DA COMPENSAO DE PREJUZOS26.757,46

COMPENSAO DE PREJUZOS:

Perodo base de 2004 (8.027,23)

LUCRO REAL APS A COMPENSAO DE PREJUZOS 18.730,23

31 de Dezembro de 2006,

____________________________Adalberto Dias - Scio Gerente__________________________________Joo Fernandes - Contador CRC .............

PARTE "B" - incluem-se os valores que afetaro o Lucro Real de perodos-base futuros, como, por exemplo: Prejuzos a Compensar, Depreciao Acelerada Incentivada, Lucro Inflacionrio Acumulado at 31.12.1995, etc.Exemplo:Parte BControle de valores que constituiro ajuste do lucro liquido de exerccios futurosPg. 52

CONTA:PREJUZO FISCAL ANO CALENDRIO 2004

DATAH I S T R I C OPara efeitos de Correo MonetriaControle de Valores

Ms de Ref.Valor a CorrigirCoef.DbitoCrditoValor CorrigidoD/C

31.12.2004Prejuzo Fiscal n/ano, cf. Pgina 05 - Parte A, d / livro.12.04**18.033,20 18.033,20 C

Nota: os campos com asterisco (*) no so mais preenchidos a partir de 31.12.1995, data da extino da correo monetria.Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apurao do Lucro Real, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente sero atualizados monetariamente at essa data, observada a legislao ento vigente, ainda que venham a ser adicionados, excludos ou compensados em perodos de apurao posteriores (Lei 9.249/95, art. 6).A atualizao dos valores referidos at 31.12.1995 ser efetuada tomando-se por base o valor da UFIR vigente em 1 de janeiro de 1996 R$ 0,8287 (Lei 9249/95, art. 6, pargrafo nico).3.2.2 Adies ao lucro realAs adies, fundamentalmente, so representadas por despesas contabilizadas e indedutveis para a apurao do Lucro Real, como multas indedutveis, doaes, brindes, etc.Assim, uma empresa que apurou um lucro contbil de R$ 100.000,00, mas contabilizou despesas no aceitas como redutoras para fins fiscais, de R$ 20.000,00, dever ajustar o lucro contbil, via Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR), uma vez que este lucro no pode e no deve ser alterado contabilmente. Desta forma procede-se a adio ao lucro contbil de R$ 20.000,00, na Parte "A" do LALUR, o que produz, na prtica, um efeito de anulao da despesa contabilizada. Este ajuste mantm o lucro contbil em R$ 100.000,00, porm, para fins fiscais o aumentar para R$ 120.000,00, valor equivalente ao que representaria o lucro contbil, caso no tivessem sido contabilizadas as despesas no dedutveis. de notar que no h, neste caso, nenhuma necessidade de controle a ser efetuado na Parte "B" do LALUR, pois a despesa indedutvel. O controle na Parte "B" far-se-ia necessrio se a dedutibilidade fosse vinculada a um evento futuro, como por exemplo, de despesas com a constituio de provises, que so dedutveis apenas quando o fato provisionado ocorrer. Nesta ltima hiptese, a despesa seria adicionada e anotada na Parte "B" do LALUR, para ser excluda, quando efetivamente a perda provisionada se materializasse.Exemplos de adies ao lucro real:Os lucros auferidos no exterior, por intermdio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas sero adicionados ao lucro lquido, para determinao do lucro real correspondente ao balano levantado no dia 31 de dezembro do ano-calendrio em que tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurdica domiciliada no Brasil (Art. 1, Lei 9.532/97); Os pagamentos efetuados sociedade civil quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas fsicas que sejam diretores, gerentes, controladores da pessoa jurdica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cnjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-lei 2.397/87, art. 4); Encargos de depreciao, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem j integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais previstos no Regulamento do Imposto de Renda; Perdas incorridas em operaes iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ou varivel (Lei 8.981/95, art. 76, 3); Despesas com alimentao de scios, acionistas e administradores, ressalvado a hiptese em que so considerados salrios indiretos (Lei 9.249/95, art. 13, inciso IV); Contribuies no compulsrias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de sade, e benefcios complementares assemelhados aos da previdncia social, institudos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurdica (Lei 9.249/95, art. 13, inciso V); Doaes, exceto as expressamente admissveis como dedutveis (Lei 9.249/95, art. 13, inciso VI); Despesas com brindes (Lei 9 249/95, art. 13, inciso VII); A Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (a partir de 1997), registrado como custo ou despesa operacional (Lei 9.316/96, art. 1 e pargrafo nico); Perdas apuradas nas operaes realizadas nos mercados de renda varivel e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operaes (Lei 8.981/95, art. 76, 4); Provises, exceto a proviso de frias, 13 salrio e as provises tcnicas obrigatrias das companhias de seguro e de capitalizao; A parcela realizada da reserva de reavaliao, quando computada no resultado do exerccio e ainda no tributada; As participaes nos lucros atribudas a administradores e partes beneficirias de sua emisso (art. 463 do Regulamento do IR); Saldos do lucro inflacionrio acumulado, realizado no perodo-base; Perda apurada na alienao ou baixa de investimento adquirido mediante deduo do IRPJ (exemplo: quotas do Finor, Finam); Resultado negativo da equivalncia patrimonial no capital social de coligada ou controlada; Prejuzos de alienao de aes, ttulos ou quotas de capital, com desgio superior a 10% (dez por cento) dos respectivos valores de aquisio, salvo se a venda houver sido realizada em bolsa de valores ou decorrer de participaes permanentes; Multas por infrao a norma legal, tais como multas de trnsito, multas de ofcio (aplicadas na autuao pelo fiscal, no confundir com a multa de mora pelo pagamento em atraso do tributo, a qual plenamente dedutvel), outras multas pelo no cumprimento da lei ( entrega da DCTF, DIRF, DACON em atraso); Valor da variao cambial passiva, amortizada no ativo diferido, que tiver sido excluda em 2001 do lucro real (art.2, pargrafo nico da Lei 10305/01); Tributos com exigibilidade suspensa ( 1 do art.41 da Lei n 8.981/95). Devem ser adicionados para fins do Lucro Real os tributos contabilizados em contas de resultado do perodo e que foram suspensos por processo administrativo ou judicial de defesa, com o sem depsito judicial. A lei 8981/95 dispe as seguintes situaes de exigibilidade suspensa do crdito tributrio que devem ser adicionadas ao Lucro Real (Art. 151.-incisos I a IV do CTN); I - moratria; II - o depsito do seu montante integral; III - as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributrio administrativo ; IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana; Observar que o Imposto de Renda Pessoa Jurdica indetutvel de sua prpria base de clculo; Depreciao de carros de Luxo, barcos, apartamentos e outros bens utilizado pela Diretoria da empresa e que no estejam ligados intrinsecamente com a atividade da empresa ( inciso III art. 13. 9.249/96); Na venda de bens do ativo permanente que foram reavaliados, deve ser adicionado ao Lucro Real o valor da reserva de reavaliao referente ao bem; Perda no recebimento de crditos que no estiverem em conformidade com os artigos 9 a 12 da Lei 9.430/96.3.2.3 Excluses ao lucro realNa determinao do lucro real, podero ser excludos do lucro lquido do perodo de apurao (Decreto-Lei 1.598/77, art. 6, 3):I os valores cuja deduo seja autorizada pelo Regulamento e que no tenham sido computados na apurao do lucro lquido do perodo de apurao;II os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores includos na apurao do lucro lquido que, de acordo com o Regulamento, no sejam computados no lucro real;III o prejuzo fiscal apurado em perodos de apurao anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro lquido ajustado pelas adies e excluses previstas no Regulamento, desde que a pessoa jurdica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislao fiscal, comprobatrios do prejuzo fiscal utilizado para compensao (Lei 9.065/95, art. 15 e pargrafo nico).As excluses, em parte, so representadas pelas receitas no tributveis contabilizadas. Excluem-se, tambm, os valores cuja tributao pode ser diferida, entre outras.Adiante uma lista dos principais valores excluveis, desde que atendido as particularidades da legislao que regem cada assunto: Parcela de lucro de empreitada ou fornecimento contratado com pessoa jurdica de direito pblico, proporcional ao valor da receita no recebida, para contratos superiores a 12 meses. Ganho de capital auferido na venda de bens do Ativo Permanente para recebimento do preo aps o trmino do ano-calendrio subseqente ao da contratao. Lucros e dividendos recebidos de participaes societrias. Resultado positivo da avaliao pela equivalncia patrimonial. Variaes Cambiais Ativas (MP 2158-35, art. 30). Variaes Cambiais Passivas Operaes Liquidadas (MP 2158-35, art. 30). Amortizao do desgio obtido na aquisio de participaes societrias avaliadas pela equivalncia patrimonial, enquanto no baixado o investimento. Encargos financeiros auferidos aps 2 meses do vencimento, relativos a crditos vencidos e no recebidos. Parcelas das perdas apuradas nos mercados de renda varivel que excederam os ganhos auferidos nas mesmas operaes, adicionadas ao lucro lquido em perodo-base anterior, at o limite dos ganhos e perdas de operaes da espcie computados no perodo-base. Resultados positivos auferidos pelas sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislao especfica. Provises indedutveis adicionadas ao lucro lquido em perodo base anterior que tenham sido revertidas a crdito do resultado do exerccio ou utilizadas para dbito de despesas dedutveis. Depreciao acelerada incentivada. Amortizao de gio na aquisio de investimentos relevantes sujeitos avaliao pela equivalncia patrimonial e baixados no perodo-base. Reverso de Provises no dedutveis (as quais em perodos anteriores foram adicionadas ao Lucro Real e esto sendo revertidas, a crdito das contas de resultado). Aplicaes na aquisio de Certificados de Investimentos em projetos de produo de obras audiovisuais cinematogrficas brasileiras. Propaganda Eleitoral Gratuita, Lei 9.504, de 30/09/97, excluso para emissoras de rdio e televiso que transmitem programa eleitoral gratuito. A partir de 01.01.2003, dispndios realizados com pesquisa tecnolgica e desenvolvimento de inovao tecnolgica de produtos - artigo 39 da Lei 10.637/2002 (at 31.12.2005) e artigo 17 e seguintes Lei 11.196/2005 (a partir de 01.01.2006). 3.3 Balano de AberturaOcorrendo a mudana de regime tributrio, de lucro presumido para lucro real, a pessoa jurdica que no manteve escriturao contbil fica obrigada a realizar levantamento patrimonial no dia 1o de janeiro seguinte ao do ltimo perodo-base em que foi tributada pelo lucro presumido, a fim de proceder a balano de abertura e iniciar a escriturao contbil (pargrafo nico do artigo 19 da Lei 8.541/92).Pode ocorrer tambm que, por motivos de perda de dados ou destruio de arquivos, fichas, livros e demais documentos contbeis, a empresa no tenha condies de reconstituir sua escrita, sendo obrigada a levantar um balano para reiniciar sua escriturao fiscal a partir de determinada data. O levantamento patrimonial dever incluir todos os bens do ativo, o patrimnio lquido e as obrigaes.No ativo devero ser inventariados: o dinheiro em caixa e em bancos, as mercadorias, os produtos, as matrias primas, as duplicatas a receber, os bens do ativo permanente, etc., incluindo-se os valores relativos depreciao dos bens do imobilizado, como se tivessem sido contabilizados nos perodos anteriores.No passivo devero ser arroladas todas as obrigaes e no patrimnio lquido o capital registrado e a diferena (devedora ou credora) do ativo menos o passivo exigvel e capital social.Exemplo:Determinada empresa, que no mantinha escriturao contbil, apurou os seguintes valores patrimoniais em 31.12.2011:DiscriminaoR$

Caixa 15.000,00

Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00

Saldo c/c CEF 2.800,00

Aplicao FIF CEF 27.500,00

Duplicatas a Receber 79.500,00

Estoques 45.700,00

Veculos 15.500,00

Depreciao Veculos (6.450,00)

Mquinas e Equipamentos 9.400,00

Depreciao Mquinas e Equipamentos (3.150,00)

SOMA DO ATIVO 190.500,00

Fornecedores 37.990,00

Salrios a Pagar 10.400,00

Tributos a Pagar 7.500,00

Capital Social 50.000,00

SOMA DO PASSIVO 105.890,00

Lucro ou Prejuzo (Ativo - Passivo) 84.610,00

A contabilizao do balano de abertura, em 01.01.2012, dever ser como a que segue:

ContaDbitoCrdito

Caixa 15.000,00

Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00

Saldo c/c CEF 2.800,00

Aplicao FIF CEF 27.500,00

Duplicatas a Receber 79.500,00

Estoques 45.700,00

Veculos 15.500,00

Mquinas e Equipamentos 9.400,00

Balano de Abertura 200.100,00

ContaDbitoCrdito

Balano de Abertura 200.100,00

Depreciao Veculos 6.450,00

Depreciao Mquinas e Equipamentos 3.150,00

Fornecedores 37.990,00

Salrios a Pagar 10.400,00

Tributos a Pagar 7.500,00

Capital Social 50.000,00

Lucros Acumulados 84.610,00

Nota: o prejuzo eventualmente apurado em levantamento patrimonial realizado no poder ser compensado na apurao do lucro real, tendo em vista tratar-se de prejuzo meramente contbil.3.4 Compensao de Prejuzos FiscaisO contribuinte optante pelo Lucro Real poder compensar eventuais prejuzos fiscais existentes (controlados na Parte B do LALUR).A partir de 01.01.1995, as compensaes de prejuzos fiscais (lucro real negativo) apurados em perodos anteriores, so limitadas a 30% do lucro real antes da compensao.Exemplo:1. Lucro Real em 31.12.2011, antes da Compensao de Prejuzos100.000,00

2. Prejuzos Fiscais Compensveis80.000,00

3. Prejuzos Fiscais que podero ser utilizados, para compensao com o Lucro Real de 31.12.2011 (1 x 30%)30.000,00

3.4.1 Prejuzos No OperacionaisPara efeito de compensao dos prejuzos no operacionais em perodos-base futuros, a pessoa jurdica que apurar prejuzo fiscal em algum perodo-base iniciado a partir de 1996, dever verificar se ele provm, no todo ou em parte, de resultados negativos no operacionais.Considera-se resultado no operacional a diferena, positiva ou negativa, entre o valor pelo qual o bem ou direito do ativo permanente houver sido alienado e o seu valor contbil.Caso sejam apurados, cumulativamente, resultados no operacionais negativos e prejuzo fiscal, proceder-se- seguinte segregao:a) se o prejuzo fiscal for maior, todo o resultado no operacional negativo ser considerado prejuzo fiscal no operacional e a parcela excedente ser considerada prejuzo fiscal das atividades operacionais;b) se todo o resultado no operacional negativo for maior ou igual ao prejuzo fiscal, todo o prejuzo fiscal ser considerado no operacional.Exemplos:No quadro abaixo apresentamos as possveis combinaes de resultados operacionais e no operacionais (valores contbeis), com Lucro real, no objetivo de mostrar a necessidade ou no de separao do prejuzo fiscal, e a correspondente quantificao deste, na Parte B do LALUR, de acordo com as instrues das letras a e b do pargrafo precedente. Os valores entre parnteses ( ) correspondem a valores negativos:DescrioHiptese 1Hiptese 2Hiptese 3Hiptese 4Hiptese 5

Resultado Operacional 100.000 (100.000) (80.000) 400.000 (150.000)

Resultado No Operacional (50.000) 110.000 10.000 (300.000) (60.000)

Lucro/Prejuzo Real * 80.000 10.000 (20.000) (100.000) (200.000)

Parte B do LALUR:

Prejuzo No Operacional - - - (100.000) (60.000)

Prejuzo Demais Atividades - - (20.000) - (140.000)

* O Lucro/Prejuzo Real no corresponde, no exemplo, soma algbrica dos resultados operacionais e no operacionais. O valor hipottico, pois omitimos informaes sobre as adies e excluses.O prejuzo no operacional assim apurado dever ser controlado em folha especfica na parte B do LALUR e s poder ser compensado em perodo-base subseqente onde for apurado resultado no operacional positivo, at o valor deste.Exemplo 1:Saldo de prejuzos no operacionais na Parte B do LALUR: R$ 100.000Resultado no Operacional positivo, no perodo-base subseqente: R$ 30.000Lucro Real: R$ 80.000Limite de compensao (30% de R$ 80.000) = R$ 24.000Lucro Real aps a compensao dos prejuzos = R$ 80.000 - R$ 24.000 = R$ 56.000Exemplo 2:Saldo de prejuzos no operacionais na Parte B do LALUR: R$ 100.000Saldo de prejuzos operacionais na Parte B do LALUR: ZEROResultado no Operacional negativo, no perodo-base subseqente: R$ 20.000Lucro Real: R$ 80.000Compensao (no haver, porque somente admissvel a compensao dos prejuzos no operacionais quando houver lucro no operacional no perodo base de compensao).

Exemplo 3:Saldo de prejuzos no operacionais na Parte B do LALUR: R$ 100.000Saldo de prejuzos operacionais na Parte B do LALUR: ZEROResultado no Operacional positivo, no perodo-base subseqente: R$ 20.000Lucro Real: R$ 80.000Limite de compensao (30% de R$ 80.000) = R$ 24.000; entretanto, este valor superior ao Resultado no Operacional positivo, de R$ 20.000, de forma que s poder ser compensado este ltimo valor.Lucro Real aps a compensao dos prejuzos = R$ 80.000 - R$ 20.000 = R$ 60.000O prejuzo referente s atividades operacionais, que ser controlado na parte B do LALUR sem a incluso do prejuzo no operacional, pode ser compensado sem a anlise quanto composio do lucro. A soma de ambos os prejuzos (operacionais e no operacionais), a ser compensada, no poder exceder o limite de 30% (trinta por cento) do lucro real antes das compensaes, exceto quanto s atividades que no se sujeitam a tal limite (atividade rural e empresas titulares de programas BEFIEX aprovados at 03.06.1993).3.4.2 Contribuio Social Sobre o Lucro No Aplicabilidade da Segregao de Prejuzos Operacionais e No OperacionaisNa apurao da base de clculo da Contribuio Social sobre o Lucro (CSL) no se aplica a segregao dos prejuzos operacionais e no operacionais.3.4.3 Prejuzos Apurados na Atividade RuralAs empresas que exercerem, simultaneamente, atividades em geral e atividades rurais podero compensar o prejuzo apurado nas atividades em geral, no prprio perodo-base, com o lucro da atividade rural.De outra forma estas empresas podero compensar o prejuzo da atividade rural, no prprio perodo-base, com o lucro apurado nas atividades em geral nesse mesmo perodo.Essas compensaes no esto sujeitas ao limite de 30% (trinta por cento), estando limitadas, apenas, ao valor do lucro real antes da compensao de prejuzos.Os prejuzos da atividade rural de perodos-base anteriores, tambm podem ser utilizados para compensar lucros das atividades em geral, porm, neste caso exigida a limitao de 30%. Caso os prejuzos da atividade rural, a compensar, forem anteriores a 1991 (1986 a 1990), estes somente podero ser compensados com lucros da atividade rural. Evidentemente, neste caso, a compensao no estar limitada a 30%.

Exemplo:DescrioAno 2006Ano 2007Ano 2008Ano 2009Ano 2010

Lucro/Prej. Real Ativ. Rural (50.000) (100.000) 80.000 (10.000) 50.000

Lucro/Prej. Real Demais Ativ. 80.000 (20.000) 10.000 20.000 25.000

Lucro Real Total 30.000 (120.000) 90.000 10.000 75.000

Compensao de Prejuzos: - - (83.000)(3.000)(27.500)

Atividade Rural - - (80.000) - (20.000)

Demais Atividades - - (3.000) (3.000) (7.500)

Lucro Real aps Compensao de Prejuzos:

Atividade Rural - (100.000) - - 30.000

Demais Atividades 30.000 (20.000) 7.000 7.000 17.500

Saldo Parte B do LALUR:

Prejuzo Atividade Rural - (100.000) (20.000) (20.000) -

Prejuzo Demais Atividades - (20.000) (17.000) (14.000) (6.500)

3.4.4 Mudana de Controle Societrio e de Ramo de AtividadeA pessoa jurdica no poder compensar seus prprios prejuzos fiscais se, entre a data da apurao e da compensao houver ocorrido, cumulativamente, modificao de seu controle societrio e do ramo de atividade.Assim, os prejuzos fiscais apurados em data anterior da modificao do controle societrio e do ramo de atividade devem ser baixados da Parte B do Livro de Apurao do Lucro Real. de se observar que os dois eventos citados no precisam ocorrer ao mesmo tempo. H, portanto, a possibilidade de terem sido apurados prejuzos fiscais que apenas so anteriores a um dos eventos. Estes continuam sendo compensados normalmente, somente perdendo-se esta possibilidade quando ocorrer o outro evento.Para exemplificar a questo imaginemos a seguinte hiptese envolvendo uma empresa tributada pelo lucro real com apurao trimestral:DataEvento/Resultado Fiscal antes da compensaoAes e Valores:

31.12.2009Prejuzo de R$ 10.000,00Registra Parte B do LALUR

30.01.2010Mudana do Controle Acionrio

31.03.2010Lucro de R$ 5.000,00Compensa R$ 1.500,00 do prejuzo de 31.12.2009

30.06.2010Prejuzo de R$ 8.000,00Registra na Parte B do LALUR

30.09.2010Lucro de R$ 1.000,00Compensa R$ 300,00 do prejuzo de 31.12.2009

10.12.2010Mudana do Ramo de AtividadeBaixa o saldo do prejuzo de 31.12.2009, de R$ 8.200,00

31.12.2010Lucro de R$ 100.000,00Compensa o saldo dos prejuzos do LALUR, de R$ 8.000,00

A definio de acionista controlador est no art. 116, da Lei 6.404/76:"Art. 116 Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurdica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:a) titular de direitos de scio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberaes da assemblia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; eb) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos rgos da companhia. Pargrafo nico. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objetivo e cumprir sua funo social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender." Ramo de atividade: A classificao das atividades das empresas, para fins da legislao do imposto de renda, a constante da tabela do Cdigo Nacional de Atividades Econmicas CNAE, publicada pelo IBGE, no link http://www.cnae.ibge.gov.br/. 3.5 Compensao de Prejuzos: Incorporao, Fuso e CisoA pessoa jurdica sucessora por incorporao, fuso ou ciso no poder compensar prejuzos fiscais da sucedida (Decreto-Lei 2.341/87, art. 33).No caso de ciso parcial, a pessoa jurdica cindida poder compensar os seus prprios prejuzos, proporcionalmente parcela remanescente do patrimnio lquido (Decreto-Lei 2.341/87, art. 33, pargrafo nico). Nestes casos, em hiptese alguma, a sucessora pode levar para o seu LALUR prejuzos fiscais apurados na empresa sucedida. Assim, os prejuzos fiscais que no puderem ser compensados na apurao do lucro real relativo ao evento, no mais podero ser aproveitados, exceto no caso de ciso parcial. Nessa forma de reestruturao de empresas, a pessoa jurdica cindida parcialmente pode continuar a compensar seus prprios prejuzos proporcionalmente parte remanescente do patrimnio lquido. Exemplo:Ciso parcial realizada em 2009, na qual 40% do patrimnio lquido da cindida foi vertido para uma empresa nova. Consideremos que a empresa cindida mantinha registrado na Parte B do Livro de Apurao do Lucro Real um prejuzo fiscal de perodos anteriores de R$ 100.000,00. Presumimos, ainda, que o lucro real relativo ao evento, antes da compensao de prejuzos, resultou em R$ 50.000,00. Assim, na apurao do Lucro real, obrigatrio em virtude da fuso parcial, absorveu R$ 15.000,00 (30% de 50.000,00). Por outro lado, pode permanecer no LALUR, para compensao futura, o valor de R$ 51.000,00 [(100.000 15.000,00) x 60%], devendo ser baixado, alm dos R$ 15.000,00, o valor de R$ 34.000,00 (100.000,00 15.000,00 51.000,00).3.6 Compensao de Prejuzos Tributao pelo Lucro Presumido e Retorno ao Lucro RealA pessoa jurdica tributada pelo lucro real, com prejuzo fiscal a compensar, que venha a optar pelo lucro presumido em perodo (s) posterior (es), poder efetuar a compensao desse prejuzo caso retorne ao lucro real.Exemplo:Prejuzo fiscal em 2009, quando optou pelo Lucro Real: R$ 100.000,00Opo de tributao em 2.010: Lucro PresumidoOpo de tributao em 2.011: Lucro RealLucro Real ocorrido em 2.011: R$ 50.000,00Poder compensar at 30% deste lucro real (R$ 15.000,00) relativo ao prejuzo fiscal de 2009.

4 RECOLHIMENTOS POR ESTIMATIVA LUCRO REAL4.1 Imposto de Renda Pessoa JurdicaA pessoa jurdica sujeita tributao com base no Lucro Real ANUAL poder optar pelo pagamento do imposto e adicional, em cada ms, determinados sobre base de clculo estimada (Lei 9.430/1996, art. 2).A base de clculo estimada pode ser determinada das seguintes formas (facultado ao contribuinte a qual for mais vantajosa):a) Com base na Receita Bruta auferida mensalmente: sobre a receita bruta mensal aplica-se percentuais constantes no art. 15, l, da Lei 9.249/95 (pode atingir at 40%, conforme a atividade da empresa), acrescidos das demais receitas (ganho de capital, juros, variao monetria ativa, etc.). (Ver item 4.2).b) Com base em Balancetes mensais de suspenso ou reduo: b1) SUSPENSO - atravs do balancete mensal acumulado, demonstra-se que o imposto pago at a data do balancete maior que o devido. Exemplo: em 30/04/2011, pelo balancete acumulado de jan/11 a abr/11, apurou-se um imposto devido de R$ 10.000,00, no entanto at essa data foi recolhido R$ 12.000,00, portanto, inexiste a obrigao de recolhimento do IRPJ. Essa opo, tambm, pode ser utilizada nos meses em que houver prejuzo.b2) REDUO - atravs do balancete mensal acumuladodemonstra-se que h uma reduo do imposto devido em relao ao clculo com base na receita bruta mensal da empresa, conforme citado no item "a". Exemplo: em 30/04/2011, pelo balancete com resultados acumulados de jan/11 a abr/11, apurou-se um imposto devido de R$ 30.000,00, porm relativo a esse perodo foi pago R$ 27.000,00, restando a pagar R$ 3.000,00. O clculo com base na receita bruta do ms geraria R$ 10.000,00 de imposto a pagar, ou seja, optando pela reduo do imposto com base no balancete tem-se uma economia de R$ 7.000,00. Dessa forma, opta-se pela reduo do pagamento do imposto com base no balancete mensal acumulado, que mais vantajoso do que o pagamento com base na receita bruta mensal.Como exposto, na opo Estimativa, o pagamento do IRPJ pode ser suspenso ou reduzido, desde que a empresa comprove, atravs de balancetes mensais, que o saldo do IRPJ a recolher menor que o calculado por Estimativa. Isto pode gerar um planejamento tributrio, desonerando os dispndios mensais do IRPJ, como nos exemplos a seguir.Exemplo 1:Uma empresa apurou, no balancete do perodo de 01.01.2011 a 30.04.2011, que o Lucro Real de R$ 20.000,00.Desta forma, dever recolher R$ 20.000,00 x 15% = R$ 3.000,00 de IRPJ.Entretanto, nos meses de fevereiro a abril/2011, recolheu IRPJ por Estimativa, no total de R$ 4.000,00, portanto, valor superior aos R$ 3.000,00 apurados em balancete. Concluso: no ms de maio/2011, poder deixar de recolher a parcela de estimativa, relativa a abril/2011.Exemplo 2:Admitindo-se os mesmos nmeros do exemplo 1, porm com Lucro Real de R$ 50.000,00, haver os seguintes clculos:1. IRPJ: R$ 50.000,00 x 15% = R$ 7.500,002. Estimativa j recolhida = R$ 4.000,003. Saldo a recolher = R$ 7.500,00 - R$ 4.000,00 = R$ 3.500,00Para fins de planejamento tributrio, a empresa poder, simplesmente, recolher por Estimativa, em vez de optar por recolher com base no Lucro Real apurado no balancete de abril/2011. Isto poder ser vantajoso se o valor da Estimativa Mensal, calculada com base na Receita Bruta auferida em abril/2011, for inferior a R$ 3.500,00.Na prtica, a maioria das empresas opta por recolher por estimativa mensal, mantendo anlise de balancete para comparar a forma de recolhimento mais econmica.Observao 1: a opo utilizada para o clculo do IRPJ deve ser a mesma a ser utilizada para o clculo da CSLL. Exemplo: em um determinado ms optou-se pela suspenso do recolhimento do IRPJ com base no balancete, neste ms, para fins do clculo da CSLL deve ser adotado o mesmo critrio: balancete de suspenso.Observao 2: em cada ms do ano pode-se alternar as formas de opo da base de clculo. Exemplo: em um ms o clculo pode ser feito com base na receita bruta, no outro com base no balancete de suspenso ou reduo, e assim por diante, verificando qual a forma mais econmica para a empresa.Observao 3: no ms em que se optar pelo balancete de suspenso ou reduo do imposto deve constar no Livro Dirio o balancete que serviu como base para o clculo, bem como demonstrar na parte "A" do LALUR a demonstrao do lucro real. Base: artigos 10 a 16 da IN SRF 93/1997.4.2 Base de Clculo da Estimativa Mensal- Receita BrutaA base de clculo do imposto, em cada ms, ser determinada mediante a aplicao do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida mensalmente.Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo ser de (Lei 9.249/1995, art. 15, 1):Espcies de atividadesPercentuais sobre a receita

Revenda, para consumo, de combustvel derivado de petrleo, lcool etlico carburante e gs natural 1,6%

Venda de mercadorias ou produtos Transporte de cargas Atividades imobilirias Construo por empreitada, quando houver emprego de materiais prprios Servios hospitalares Atividade Rural Industrializao com materiais fornecidos pelo encomendante Outras atividades no especificadas (exceto prestao de servios)

8 %

Servios de transporte (exceto o de cargas) Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valores mobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao e entidades de previdncia privada aberta Servios gerais com receita bruta at R$ 120.000/ano (ver nota 1)

16%

Servios em geral (ver nota 2) Servios prestados pelas sociedade civis de profisso legalmente regulamentada Intermediao de negcios (ver nota 2) Administrao, locao ou cesso de bens mveis/imveis ou direitos (ver nota 2) Construo por administrao ou empreitada, quando houver emprego unicamente de mo de obra (ver nota 2) Factoring (ver nota 2)

32%

No caso de explorao de atividades diversificadas, ser aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual1,6 a 32%

Observao: A partir de 01.01.2006, a base de clculo do imposto ser determinada mediante a aplicao do percentual de 8% (oito por cento) sobre a RECEITA FINANCEIRA da pessoa jurdica que explore atividades imobilirias relativas a loteamento de terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados venda, bem como a venda de imveis construdos ou adquiridos para a revenda, quando decorrente de comercializao de imveis e for apurada por meio de ndices ou coeficientes previstos em contrato (art. 34, da Lei 11.196/2005, que acresceu o 4, ao artigo 15, da Lei n 9.249/95).Exemplo:Empresa auferiu receitas de transporte de cargas no ms de R$ 100.000,00Base de clculo da estimativa = R$ 100.000,00 x 8% = R$ 8.000,00IRPJ devido por estimativa no ms: R$ 8.000,00 x 15% = 1.200,00NOTAS IMPORTANTES - TABELA DA BASE DE CLCULO DO IRPJNota 1: Se a receita bruta ultrapassar R$ 120.000/ano ficar sujeita ao percentual de 32%, retroativamente ao ms de janeiro. Neste caso, deve-se efetuar o recolhimento das diferenas do IRPJ apurado, at o ltimo dia til do ms subseqente quele que ocorrer o excesso, sem nenhum acrscimo.Nota 2: As pessoas jurdicas exclusivamente prestadoras de servios mencionadas nestes itens podero utilizar o percentual de 16%, enquanto a sua receita bruta acumulada do ano em curso no ultrapassar a R$ 120.000,00 (pargrafo 3 do art. 3 IN SRF 93/1997). Na hiptese de ultrapassar este valor, observar as instrues contidas na nota 1, anterior.4.3 Conceito de Receita BrutaPara efeitos da sistemtica de pagamento por Estimativa Mensal, a receita bruta compreende: O produto da venda de bens nas operaes de conta prpria O preo dos servios prestados e O resultado auferido nas operaes de conta alheia[footnoteRef:5]. [5: O resultado auferido nas operaes de conta alheia aquele decorrente de comisses obtidas sobre representao de bens ou servios de terceiros.]

As receitas provenientes de atividade incentivada no comporo a base de clculo do imposto, na proporo do benefcio a que a pessoa jurdica, submetida ao regime de tributao com base no lucro real, fizer jus (Lei 9.249/1995, art. 15, 3).4.4 Receita Bruta na Revenda de Veculos Automotores UsadosA partir de 30.10.1998, as pessoas jurdicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veculos automotores, nas vendas de veculos, adquiridos para revenda ou recebidos como parte do preo de venda de veculos novos ou usados, ser computada como receita a diferena entre o valor pelo qual o veculo usado houver sido alienado (constante na nota fiscal de venda), e o seu custo de aquisio (constante da nota fiscal de entrada) - Lei 9.716/1998, art. 5 e IN SRF 152/1998.Assim, somente a diferena entre o preo de venda e o custo da aquisio que far parte da receita bruta.Exemplo:Uma revendedora de veculos usados adquire um veculo para revenda por R$ 7.000,00. Posteriormente, vende o mesmo por R$ 8.000,00. A receita bruta, para fins de base de clculo, ser de R$ 8.000 - R$ 7.000 = R$ 1.000 (e no R$ 8.000).4.5 Dedues da Receita BrutaNa receita bruta no se incluem (Lei 8.981/1995, art. 31, pargrafo nico):1. as vendas canceladas;2. os descontos incondicionais concedidos (constantes na nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de servios e no dependentes de evento posterior emisso desses documentos);3. os impostos no cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos servios seja mero depositrio. Estes impostos so: o IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devido por substituio tributria. 4.6 Ganhos de Capital e Outras ReceitasOs ganhos de capital, demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas no abrangidas na receita bruta, sero acrescidos base de clculo da estimativa (Lei 8.981/1995, art. 32, e Lei 9.430/1996, art. 2).4.7 Definio de Ganho de CapitalO ganho de capital nas alienaes de bens do ativo permanente e de aplicaes em ouro no tributadas como renda varivel corresponder diferena positiva verificada entre o valor da alienao e o respectivo valor contbil.Exemplo:Venda de um veculo por R$ 10.000,00, cujo valor contbil de aquisio foi de R$ 18.000,00, havendo uma depreciao acumulada de R$ 11.000,00, o clculo do ganho de capital corresponder a:1. Valor da Venda do Veculo10.000,00

2. Valor Contbil da Aquisio18.000,00

2A) - Valor da Depreciao Acumulada11.000,00

2B) = Valor Contbil do Veculo (2 - 2A)7.000,00

= Ganho de Capital Apurado (1 - 2B)3.000,00

4.8 No Incluso na Base de Clculo por EstimativaDe acordo com a Instruo Normativa SRF 93/1997, art. 7, os seguintes rendimentos no integram a base de clculo por estimativa mensal:I os rendimentos e ganhos lquidos produzidos por aplicao financeira de renda fixa e de renda varivel, quando houverem sido submetidos incidncia na fonte ou ao recolhimento mensal previstos nas regras especficas de tributao a que esto sujeitos (art. 65 a 75 da Lei 8.981/1995).II as receitas provenientes de atividade incentivada, na proporo do benefcio de iseno ou reduo do imposto a que a pessoa jurdica, submetida ao regime de tributao com base no lucro real, fizer jus;III as recuperaes de crditos que no representem ingressos de novas receitas;IV a reverso de saldo de provises anteriormente constitudas;V os lucros e dividendos decorrentes de participaes societrias avaliadas pelo custo de aquisio e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial;VI o imposto no cumulativo cobrado destacadamente do comprador ou contratante, do qual o vendedor dos bens seja mero depositrio;VII os juros sobre o capital prprio auferidos.Exemplo:Receita Bruta da Venda de Produtos: R$ 80.000,00Ganho de Capital: R$ 5.000,00Rendimentos de Aplicaes financeiras (submetidos ao IRRF): R$ 2.000,00Demonstrao da Base de Clculo por Estimativa Mensal:DescrioValor/Clculo

1. Receita Bruta da Venda de Produtos80.000,00

2. Alquota aplicvel Receita Bruta8%

3. Base de Clculo sobre a Receita Bruta (1 x 2)6.400,00

4. Ganho de Capital5.000,00

5. Rendimentos de renda fixa (submetidos ao IRRF)(no entram no cmputo do clculo)

6. Total da Base de Clculo (3 + 4)11.400,00

4.9 Variaes CambiaisA partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variaes monetrias dos direitos de crditos e das obrigaes, em funo da taxa de cmbio, sero consideradas, para efeitos da base de clculo da estimativa mensal, entre uma das seguintes opes:1) no momento da liquidao da operao correspondente ("regime de caixa"); ou2) pelo regime de competncia.Aplica-se a opo escolhida para todo o ano-calendrio. Assim, para fins de planejamento tributrio, mais conveniente tributar as respectivas variaes pelo regime de caixa.4.10 Saldo de Lucro Inflacionrio a TributarA empresa que tiver saldo de lucro inflacionrio (oriundo de correo monetria credora do balano at 31.12.1995) dever adicionar base de clculo da estimativa 1/120 do saldo existente em 31.12.1995.4.11 Dedues da Receita Bruta para Instituies FinanceirasBancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valores mobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao e entidades de previdncia privada aberta, podero deduzir da receita bruta (Lei 8.981/1995, art. 29, 1, e Lei 9.430/1996, art. 2):I no caso das instituies financeiras, sociedades corretoras de ttulos, valores mobilirios e cmbio, e sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios:a) as despesas incorridas na captao de recursos de terceiros;b) as despesas com obrigaes por refinanciamentos, emprstimos e repasses de recursos de rgos e instituies oficiais e do exterior;c) as despesas de cesso de crditos;d) as despesas de cmbio;e) as perdas com ttulos e aplicaes financeiras de renda fixa;f) as perdas nas operaes de renda varivel realizadas em bolsa, no mercado de balco organizado, autorizado pelo rgo competente, ou atravs de fundos de investimento, para a carteira prpria das entidades citadas neste inciso I;II no caso de empresas de seguros privados: o cosseguro e resseguro cedidos, os valores referentes a cancelamentos e restituies de prmios e a parcela dos prmios destinada constituio de provises ou reservas tcnicas;III no caso de entidades de previdncia privada abertas e de empresas de capitalizao: a parcela das contribuies e prmios, respectivamente, destinada constituio de provises ou reservas tcnicas.Em qualquer caso, vedada a deduo de qualquer despesa administrativa (Lei 8.981/1995, art. 29, 2, Lei 9.249/1995, art. 15, 1, inciso II, alnea b, e Lei 9.430/1996, art. 2).4.12 Atividades ImobiliriasAs pessoas jurdicas que explorem atividades imobilirias relativas a loteamento de terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados a venda, bem como a venda de imveis construdos ou adquiridos para revenda, devero considerar como receita bruta o montante recebido, relativo s unidades imobilirias vendidas (Lei 8.981/1995, art. 30, e Lei 9.430/1996, art. 2).Basicamente, esta regra se traduz como "regime de caixa". Ou seja, somente a parcela recebida das prestaes dos imveis vendidos que comporo a receita bruta.4.13 Contratos com Entidades GovernamentaisNo entram no cmputo da receita bruta os valores no recebidos de empreitada ou fornecimento contratado nas condies do art. 409 do Regulamento do Imposto de Renda, com pessoa jurdica de direito pblico ou empresa sob seu controle, empresa pblica, sociedade de economia mista ou sua subsidiria (Lei 8.981/1995, art. 30, pargrafo nico, Lei 9.065/1995, art. 1, e Lei 9.430/1996, art. 2).Esta receita ser reconhecida no ms do recebimento.Quando os crditos decorrentes desses contratos forem quitados pelo Poder Pblico com ttulos de sua emisso, a receita ser considerada recebida somente por ocasio do resgate ou da alienao (venda) dos ttulos.4.14 Receitas de Contratos de Execuo por Empreitada ou Bens E Servios a serem ProduzidosNos casos de contratos com prazo de execuo superior a um ano, de construo por empreitada ou de fornecimento, a preo predeterminado, de bens ou servios a serem produzidos, ser computada na receita bruta parte do preo total da empreitada, ou dos bens ou servios a serem fornecidos, determinada mediante e aplicao, sobre o preo total, da percentagem do contrato ou da produo executada em cada ms (IN SRF 21/79).Exemplo:Um contrato de construo, ao custo total de R$ 27.000.000, a ser entregue em 18 meses. Se, no primeiro ms, j foram cumpridos 3,5% da obra total, ento a receita bruta a ser considerada ser de 3,5% x R$ 27.000.000 = R$ 810.000.No caso de construes ou fornecimentos contratados com base em preo unitrio de quantidades de bens ou servios produzidos em prazo inferior a um ano, a receita dever ser includa na base de clculo do IRPJ no ms em que for completada cada unidade.Exemplo: contrato de fornecimento de 5 geradores de energia, ao valor de R$ 200.000 cada, para entrega em 8 meses. Ao final do 3 ms do contrato, conclui-se os dois primeiros geradores. Ento a receita a ser includa na base de clculo do IRPJ, naquele ms, ser de R$ 200.000 x 2 = R$ 400.000.4.15 Dedues do Imposto MensalPara efeito de pagamento, poder se deduzir do IRPJ no ms:1. O Imposto de Renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de clculo, inclusive o IR retido nos pagamentos efetuados por rgos, autarquias e fundaes da administrao pblica federal (art. 64 da Lei 9.430/1996).2. Os incentivos de deduo do imposto relativos ao Programa de Alimentao do Trabalhador (PAT).3. Doaes aos Fundos da Criana e do Adolescente, Atividades Culturais ou Artsticas e Atividade Audiovisual[footnoteRef:6]. [6: Observar os limites, demais condies e prazos para os itens 1 e 2 - (Lei n 8.981, de 1995, art. 34, Lei n 9.065, de 1995, art. 1, Lei n 9.430, de 1996, art. 2, e Lei n 9.532, de 1997, art. 82, inciso II, alnea "f").]

4. O Imposto de Renda pago a maior ou indevidamente em perodos anteriores. 4% do IRPJ devido (sem o adicional), para o PAT. 1% do IRPJ devido (sem o adicional), para as Doaes aos Fundos da Criana e do Adolescente. 4% do IRPJ devido (sem o adicional), para Atividades Culturais ou Artsticas. 3% do IRPJ devido, para a Atividade Audiovisual (sem o adicional), at o exerccio financeiro de 2.006. Os incentivos relativos as Atividades Culturais ou Artsticas, somados a Atividade Audiovisual, no podero ultrapassar a 4% do IRPJ devido, no considerado o valor do adicional.Exemplo de clculo de recolhimento por estimativa:1. IRPJ devido por Estimativa20.000,00

2. IR Fonte sobre Receitas que integraram o clculo do IRPJ devido por Estimativa1.000,00

3. Deduo do PAT528,00

4. Valor do IRPJ a Recolher (1 - 2 - 3)18.472,00

No caso em que o imposto retido na fonte seja superior ao devido, a diferena poder ser compensada com o imposto mensal a pagar relativo aos meses subseqentes.4.16 Opo da Forma de PagamentoA adoo da forma de pagamento do IRPJ ser irretratvel para todo o ano-calendrio.O IRPJ dever ser pago at o ltimo dia til do ms subseqente quele a que se referir (Lei 9.430/1996, art. 6). Assim, o IRPJ devido por Estimativa de maro/2012, ser pago at o ltimo dia til do ms de abril/2012.O saldo do IRPJ apurado em 31 de dezembro no Balano Anual ser (Lei 9.430/96, art. 6, 1):I Pago em quota nica, at o ltimo dia til do ms de maro do ano subseqente, se positivo, sendo acrescido de juros calculados taxa SELIC, a partir de 1 de fevereiro at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento e de um por cento no ms do pagamento (Lei 9.430/1996, art. 6, 2).II Compensado com o IRPJ devido a partir do ms de janeiro do ano subseqente, a pagar a partir de fevereiro, se negativo, assegurada a alternativa de requerer, aps a entrega da declarao de rendimentos, a restituio do montante pago a maior. A permisso de compensao j em janeiro decorrente do Ato Declaratrio SRF 3/2000, j que a Lei estipulava a compensao somente a partir de abril do ano subseqente.O saldo do IRPJ ser acrescido de juros calculados taxa SELIC, a partir de 1 de fevereiro at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento e de um por cento no ms do pagamento (Lei 9.430/1996, art. 6, 2).Exemplo 1:IRPJ Apurado em Balano Anual de 31/11: R$ 250.000,00IRPJ Pago por Estimativa: R$ 150.000,00Saldo do IRPJ a Pagar: R$ 250.000,00 - R$ 150.000,00 = R$ 100.000,00O saldo do IRPJ a pagar, de R$ 100.000,00, dever ser pago em quota nica, at o ltimo dia til do ms de maro, acrescido dos juros SELIC de fevereiro + 1% juros de maro.Exemplo 2:IRPJ Apurado em Balano Anual de 31/11 = R$ 50.000,00IRPJ Pago por Estimativa: R$ 90.000,00Saldo a Compensar: R$ 50.000 - R$ 90.000 = - R$ 40.000A compensao deste valor de R$ 40.000,00 poder ser procedida j em janeiro. Se houver saldo a compensar, em fevereiro, a compensao poder ser procedida pelo saldo + 1% de juros. Em maro, pelo saldo + juros SELIC de fevereiro + 1% juros, etc.Importante:O prazo de pagamento no se aplica ao IRPJ devido por estimativa, relativo ao ms de dezembro, que dever ser pago at o ltimo dia til do ms de janeiro do ano subseqente (Lei 9.430/1996, art. 6, 3).4.17 Dedues do Imposto AnualPara efeito de determinao do IRPJ a pagar ou a ser compensado, a pessoa jurdica poder deduzir do IRPJ devido o valor (Lei 9.430/1996, art. 2, 4):I dos incentivos fiscais de deduo do imposto, observados os respectivos limites, bem assim o disposto no art. 543 do Regulamento do IR, que no permite o abatimento sobre a parcela de adicional do IRPJ (10%).II dos incentivos fiscais de reduo e iseno do imposto, calculados com base no lucro da explorao;III do imposto pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas computadas na determinao do lucro real;IV do imposto pago na forma de estimativa mensal.Exemplo:1. IRPJ Lucro Real apurado no Balano Anual50.000,00

2. Incentivos Fiscais (PAT)1.819,67

3. IR Fonte Aplicaes Financeiras e Outras2.999,00

4. IR Pago por Estimativa Mensal20.945,00

5. Saldo do IRPJ a Pagar (1 - 2 - 3 - 4)24.236,33

4.18 Balano AnualA empresa que optar por pagamento do IRPJ por Estimativa mensal, estar obrigada, no final do ano civil (31 de Dezembro) a levantar o Balano Anual, para fins de apurao do Lucro Real do Exerccio.

5 CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO5.1 Contribuio Social Sobre o Lucro Base de Clculo na Receita Bruta MensalAs empresas que optarem pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa com base na receita bruta devero tambm pagar a CSSL pelo mesmo critrio (art. 28, Lei 9430/1996).A base de clculo corresponder ao somatrio mensal dos seguintes valores: 12% (doze por cento) da receita bruta da venda de mercadorias e/ou prestao de servios, exceto em relao aos fatos geradores ocorridos a partir de 01.09.2003 para empresas de servios (veja ttulo seguinte). Ganhos de capital (lucros) obtidos na alienao de bens do ativo permanente e de aplicaes em ouro no caracterizado como ativo financeiro. Rendimentos de aplicaes financeiras de renda fixa e ganhos lquidos de operaes financeiras de renda varivel (aes, swap, etc.). Demais receitas e resultados positivos no abrangidos anteriormente (como juros e descontos obtidos, aluguis, etc.), inclusive juros remuneratrios do capital prpri