Apostila011afase20121

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  • 7/30/2019 Apostila011afase20121

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    DICA 005 - Direito Tributrio COMPETNCIA TRIBUTRIA

    Dica 005

    Direito TributrioCOMPETNCIA TRIBUTRIA

    Meus afilhados, segue rol de importantes dicas sobre o tema da COMPETNCIATRIBUTRIA, tema presente em praticamente todas as provas de concursos pblicos,e, em especial, de presena permanente no Exame de Ordem!

    DICA 1 A expresso competncia tributria utilizada para designar a titularidadeplena que certa pessoa tem sobre certo tributo. Logo, reflete o domnio tributrio, apropriedade perfeita sobre certos tributos. Nessa linha de pensamento, ter competnciatributria significa ser titular de certos tributos, tendo permisso e possibilidade de

    exercer todas as faculdades inerentes a esse domnio fiscal, quais seja, as faculdades deinstituir, legislar, fiscalizar e arrecadar os tributos, prerrogativas as quais apelidamoscapacidades. Logo, ter COMPETNCIA TRIBUTRIA significa ter aTITULARIDADE PLENA sobre certos tributos, podendo exercer as quatroCAPACIDADES INERENTES A ESSA TITULARIDADE. Nesse propsito, fiquematentos, pois no ordenamento jurdico somente quatro pessoas so titulares deCOMPETNCIA TRIBUTRIA, j que somente existem quatro pessoas aptas alegislar. Por assim ser, somente a UNIO, os ESTADOS, o DISTRITO FEDERAL e osMUNICPIOS possuem COMPETNCIA TRIBUTRIA, e ningum mais!

    DICA 2 Apesar de s serem competentes os quatro entes federativos, existem outraspessoas importantes em favor das quais se permitiu gozarem de arrecadao tributriaprpria. Pessoas que no so entes federativos, no se confundem com a Unio e nemcom os demais entes que integram a organizao infra-estruturante poltico-administrativa do Estado. Mas so pessoas importantes em favor das quais se quisreconhecer o direito de arrecadarem tributos e terem uma certa autonomia oramentria. assim com os Conselhos Profissionais (Ex. Conselho de Medicina; Conselho deOdontologia; etc), com o INSS, com o Fundo Nacional do DesenvolvimentoEducacional FNDE, com algumas entidades do Sistema S (Ex: SESI, SESC,SEBRAE), dentre outras pessoas importantes. Essas pessoas no tem titularidade plenasobre os tributos que arrecadam, j que no tm capacidade legislativa, e assim sendo,

    no podem legislar sobre esses tributos que arrecadam e sequer puderam institu-los.Apesar, o ordenamento jurdico, entendendo a importncia diferenciada que essaspessoas representam para a sociedade e para o prprio Estado Central, optou porquebrar a regra de que somente os entes federativos dotados de competncia tributria

    poderiam arrecadar tributos e permitiu que essas pessoas arrecadem certas contribuiesespeciais que algumas pessoas da sociedade se obrigam a pagar. Nesse desiderato, surgeo apelido que demonstra que essas pessoas formam um fisco paralelo, ao lado dos entesdo Estado Central, e por isso chamadas de entidades parafiscais. Logo, as contribuiesespeciais que se pagam a esse fisco paralelo so apelidadas contribuies parafiscais.Tenham ateno na prova, pois essas entidades parafiscais so sujeitos ativos nasrelaes tributrias e arrecadam tributos para si mesmas, podendo gozar e fruir de

    arrecadao tributria em interesse prprio. Apesar, no possuem competnciatributria, j que a expresso competncia designa algo maior do que o que elas

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    realmente tm. Somente os entes federativos possuem competncia! O que as entidadesparafiscais possuem apenas o rol de duas das capacidades inerentes competncia,quais sejam, as capacidades tributrias de fiscalizar e arrecadar! Por isso pegou aexpresso que as entidades parafiscais possuem CAPACIDADE TRIBUTRIAATIVA. Por fim, registro a vocs que podem ser credores nas relaes tributrias tanto

    os entes federativos dotados de competncia tributria como as entidades parafiscaisdotadas de capacidade tributria ativa!

    DICA 3 A competncia tributria como titularidade plena que certo ente federativotem sobre certos tributos, outorgada pela Constituio e se caracteriza pela absolutaINDELEGABILIDADE. Nenhum ente federativo pode contrariar a vontade constituintee pretender modificar as competncias tributrias nos termos em que foram institudas

    pela Constituio. Nenhum ente to autnomo ao ponto de poder afrontar a vontadesoberana do povo constituinte e pretender alterar as reparties das titularidadestributrias. Logo, se algum ente fizer uma lei prpria determinando o abandono de suatitularidade sobre certo tributo, ou, alegando que transferiu essa titularidade para outro

    ente, tal lei ser NULA, plenamente INCONSTITUCIONAL, j que a nenhum enteassiste o direito de delegar suas competncias tributrias. Para se modificar umacompetncia tributria, somente em virtude de Emenda Constitucional e, ainda assim,desde que isso no implique em afronta clusula federativa, j que os artigos que,

    juntos, estampam as fixaes constitucionais das competncias tributrias de cada um ede todos os entes federativos denotam uma grande clusula ptrea tentacular. Para as

    provas de vocs, o que gostaria de deixar muito bem frisado a caracterstica daINDELEGABILIDADE DA COMPETNCIA TRIBUTRIA!

    DICA 4 No obstante a indelegabilidade da competncia tributria, nada obsta, pelocontrrio, que os entes possam celebrar acordos com terceiros, inclusive particulares,

    para que colaborem no procedimento arrecadatrio dos tributos de sua competncia.Nesse diapaso, lcita e habitual a prtica da DELEGAO DE CAPACIDADETRIBUTRIA DE FISCALIZAO E ARRECADAO, o que se pode fazer, porexemplo, com Casas Lotricas, Bancos e demais Instituies Financeiras,Concessionrias de Servio Pblico, etc. Em tais situaes, o ente federativo titular dotributo no deixa de ser competente, NO DELEGA SUA COMPETNCIA, no perdea titularidade sobre seu tributo. Apenas transfere a outra pessoa o EXERCCIO de duasdas CAPACIDADES TRIBUTRIAS inerentes ao domnio fiscal, o que se faz, frise-se, dentro de alguns limites, pois o delegatrio (que pode inclusive ser um particular,no h problemas nisso!) no poder aplicar autos de infrao, ajuizar execues e nem

    usufruir da arrecadao, j que age em nome e no interesse do delegante. Portanto,guardem essa informao preciosa: a competncia tributria indelegvel, mas duasdas quatro capacidades que dela emanam podem ser delegadas, dentro de limites e, emregra, transitoriamente, podendo ser revogadas as delegaes a qualquer tempo!

    DICA 5 Quanto s distribuies das competncias entre os entes federativos,importante conhecer o Sistema Tributrio Nacional, compreendido nos arts. 145 162 daCRFB/88 e mais alguns artigos esparsos, fora do STN, que fixam competncias sobrecontribuies especiais (Ex: o caso dos arts. 177,4, 195, 212,5, 239 e 240). Nessetema especfico, comum se indagar em provas de concursos sobre qual ente tem acompetncia para instituir determinado tributo. O macete que quero dar a vocs o

    seguinte:a) duas das cinco espcies tributrias so de competncia comum, ou seja, todos os

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    quatro entes podem instituir; o caso das taxas e contribuies de melhoria;

    b) outras duas das cinco espcies so de competncia exclusiva da Unio, e aquifalamos dos tributos especiais, que se agregaram clssica teoria tri-partida (impostos,taxas e contribuies de melhoria), e ento falamos dos emprstimos compulsrios e

    contribuies especiais, previstos nos arts. 148 e 149 da CRFB/88. Aqui, entretanto,rogo a vocs ESPECIAL C-U-I-D-A-D-O pois existem DUAS EXCEES exclusividade da Unio, e ambas so relativas ao mundo das CONTRIBUIESESPECIAIS; quero falar do art.149,1 e do art.149-A. No art.149,1 est a primeiraexceo e l fica previsto que os Estados, o DF e os Municpios devero instituirCONTRIBUIO PREVIDENCIRIA sobre seus SERVIDORES PBLICOS para ocusteio dos benefcios previdencirios do regime especial de previdncia do art. 40 daCRFB/88; a segunda exceo exclusividade da Unio na instituio dos tributosespeciais est no art.149-A, incluso na Carta pela EC 39/02, e estou falando daContribuio de Iluminao Pblica CIP, que veio substituir a velha e inconstitucionalTaxa de Iluminao Pblica TIP, e que de competncia dos Municpios e do Distrito

    Federal.

    c) Por fim, quanto aos IMPOSTOS, existem trs tipos de impostos no SistemaTributrio: c.1) os impostos ordinrios, tambm chamados de impostos de competncia

    privativa de cada ente (arts. 153, 155 e 156); c.2) os chamados impostos residuais, decompetncia exclusiva da Unio (art.154,I); c.3) por fim, os chamados impostosextraordinrios de guerra (IEGs), tambm de competncia exclusiva da Unio(art.154,II). O macete que sempre dou a meus alunos o seguinte: aprendam avisualizar os trs impostos ordinrios dos Municpios e os trs dos Estados/DF; TODOO RESTO DA UNIO. Logo, se o aluno perceber que os Municpios utilizam apenastrs impostos, o IPTU, o ITBI e o ISS (art.156, CRFB/88), bem como que aos Estados eao DF cabem o ITCD, o ICMS e o IPVA (art.155, CRFB/88), todos os demaisimpostos, os sete ordinrios que sobraram (II; IE; IR; IPI; IOF; ITR; IGF todos noart.153) bem como os residuais e os extraordinrios de guerra so da Unio.

    DICA 6 Fiquem mega atentos com o instituto da COMPETNCIA CUMULATIVATRIBUTRIA, prevista no art.147 da Carta. Por essa norma especial, fica autorizado oDistrito Federal a CUMULAR os impostos MUNICIPAIS com os impostosESTADUAIS, esses ltimos, que j so de sua ordinria competncia, nos termos doart.155. No mesmo sentido, prevista competncia CUMULATIVA em favor daUNIO nos casos de existirem eventuais TERRITRIOS. Nesses, a UNIO sempre

    CUMULAR com os seus ordinrios impostos federais OS IMPOSTOS ESTADUAIS;e, se o Territrio NO FOR DIVIDIDO EM MUNICPIO, a Unio CUMULARTAMBM OS MUNICIPAIS; por lgico que, a contrario sensu, se o Territrio forsubdividido em Municpios, nos termos autorizados pelo art.33,1 da CRFB/88, soestes Municpios que cobraro os impostos municipais, cabendo Unio cumularapenas os impostos estaduais com os federais. Como atualmente no existemTerritrios, S TEMOS HOJE A COMPETNCIA CUMULATIVA DO DF;

    DICA 7 Fiquem ATENTOS com uma novidade inserida no Sistema Tributrio porvia da EC 42/03 em relao ao ITR Imposto Territorial Rural; na previso originriaem 1988 o ITR veio como imposto ordinrio da Unio, mas devendo ela, aps arrecadar

    seu montante, repassar 50% do produto recebido ao Municpio dentro do qual ficasituado o imvel rural tributado. Ou seja, ficou estipulada uma norma de repartio de

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    receita tributria, o que em nada afeta a COMPETNCIA tributria que sempre foi econtinua sendo da Unio. Ocorre que aps a EC 42 o art.153 sofreu considervelalterao no pargrafo que regula o ITR, que o 4, bem como no dispositivo quecuida da repartio da receita de referido imposto, que o art.158 inciso II. A EC 42autorizou os Municpios a O-P-T-A-R-E-M por continuarem a receber 50% da receita

    do ITR, de bandeja, aps a Unio cobrar, fiscalizar, arrecadar, ou, ento, exercerem afaculdade de chamarem a Unio para celebrao de um Convnio, atravs do qualavocaro para si a legitimidade para fiscalizar e cobrar o ITR e assim faro jus a ficaremcom 100% da arrecadao. Leiam com ateno a redao do art.153,4, III c/c 158, II aCarta. Vocs percebero algumas concluses importantssimas:a) o Municpio no obrigado a fiscalizar e arrecadar o ITR; uma opo que ele

    pode exercer; se fizer, assumir todo o nus administrativo de cobrar e fiscalizar, mas,em compensao, ficar com 100% da receita;

    b) a Unio no delegou a competncia tributria do ITR ao Municpio; o tributoCONTINUA SENDO FEDERAL, DE COMPETNCIA DA UNIO;

    c) o direito de exerccio oportunizado pela EC 42/03 do Municpio e no da Unio;

    d) Hoje o ITR pode ser trabalhado nos dois regimes; quanto aos municpios que notiverem interesse em fazer a opo autorizada pela Emenda, continuar o regime antigo,com a Unio fiscalizando, cobrando e entregando 50% da receita ao Municpio.

    DICA 8 Por fim, prestem ateno no famoso instituto da COMPETNCIARESIDUAL TRIBUTRIA, previsto nos arts. 154, I e 195, 4. A Constituioautorizou a UNIO, e somente a Unio, a poder criar outros impostos e outrascontribuies de seguridade social, alm dos j previstos na prpria Carta. Ou seja, acompetncia residual atua como verdadeira norma tributria em branco, sendo lcitoque a Unio possa inventar qualquer outro imposto alm dos j autorizadosexpressamente na Carta, bem como, qualquer outra fonte de Custeio para a SeguridadeSocial (novas Contribuies Sociais de Seguridade Social) tambm no previstasexpressamente no texto constitucional. Se esses tributos residuais forem criados,agregar-se-o aos impostos ordinrios e s COFINs ordinrias, ficando como tributos

    permanentes, definitivos, dentro do rol das espcies tributrias. Importante conhecer aslimitaes ao exerccio dessa perigosa competncia residual tributria, e rogo suaespecial ateno para esses detalhes:a) somente por LEI COMPLEMENTAR que se podem criar impostos residuais e

    contribuies de seguridade social residuais; aqui, se quebra a regra de que os tributosse criam por simples lei ordinria, e, ao lado dos emprstimos compulsrios, os tributosresiduais se revelam como as seletas espcies fiscais criveis por lei complementar;

    b) se so criveis apenas por lei complementar, sempre importante lembrar e frisarque jamais podero ser criados por medida provisria, vide expressa proibio noart.62,1,III, de medidas provisrias atuarem em matria reservada lei complementar.Pode estar eclodindo urgncia e relevncia, e nem assim caber uso de MP no exerccioda competncia residual tributria, o que, repita-se, somente se dar por via de leicomplementar;

    c) os tributos residuais foram alvo de expressa VEDAO DE CLONAGEM DETIPO. Ou seja, impostos residuais NO PODEM TER FATO GERADOR E BASE DE

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    CLCULO IGUAL AOS DOS IMPOSTOS ORDINRIOS, assim como asCONTRIBUIES SOCIAIS DE SEGURIDADE SOCIAL NO PODEM TER FATOGERADOR E BASE DE CLCULO SEMELHANTES AOS DAS CONTRIBUIESJ PREVISTAS NA CARTA;

    d) por fim, em ambos os casos, vedada a tcnica de tributao CUMULATIVA,sendo aplicvel aos tributos residuais o comando da NO CUMULATIVIDADE, topeculiar ao ICMS e ao IPI.

    DICA 9: Ateno quanto ao instituto da COMPETNCIA LEGISLATIVACONCORRENTE.

    Apesar de o caput do art.24 da CRFB/88 s se referir Unio, aos Estados e aoDistrito Federal, no citando os Municpios, TODOS OS QUATRO ENTESFEDERATIVOS LEGISLAM EM DIREITO TRIBUTRIO, cada um nos tributos desua particular competncia. Exemplificando: a Unio legisla no IR, o Estado no IPVA e

    o Municpio no ISS, podendo o DF legislar tanto nos tributos estaduais comomunicipais. Logo, todos os entes realmente legislam em direito tributrio, ainda que nolegislem concorrentemente nas mesmas espcies tributrias. Portanto, tenham cuidadocom a leitura do art.24 caput, pois ele induz a erro, j que no cita os Municpios, osquais, realmente legislam em Direito Tributrio.

    Exceo importante a ser observada a de que a Unio pode legislar nos tributos decompetncia estadual e municipal, MAS APENAS PARA ESTABELECER NORMASGERAIS. Ou seja, a Unio recebe autorizao expressa da Constituio para estabeleceras normas gerais para a legislao tributria. Afora essa atribuio (estabelecer asnormas gerais), no pode a Unio legislar na matria estadual ou municipal. No pode,

    por exemplo, a Unio, majorar ou reduzir um tributo estadual ou municipal, no podeconceder isenes, anistias, interferir no parcelamento das dvidas, etc.

    Importante observao a de que a lei a estabelecer normas gerais para a legislaotributria TEM QUE SER UMA LEI COMPLEMENTAR, como expressamente exigiuo constituinte no art.146 da CRFB/88.

    Apesar de em regra as leis nacionais que estabelecem normas gerais em matrias decompetncia legislativa concorrente serem simples leis ordinrias, EM DIREITOTRIBUTRIO, TEM QUE SER LEI COMPLEMENTAR. Reafirmando, vale a leitura

    do art.146, que especializa o art.24, caput e 1.Ainda quanto a essa competncia concorrente da Unio para legislar na matria

    estadual e municipal, a Constituio cita, em rol exemplificativo, algumas matriasespecficas que devem ser objeto dessa elaborao de normas gerais por leicomplementar. o que est descrito no rol de alneas do inciso III do art.146 da Carta.Chamo ateno para a alnea a do art.146,III. Ao elaborar as normas gerais, deve a leicomplementar DEFINIR O PERFIL DAS ESPCIES TRIBUTRIAS. Especializandomais ainda, o constituinte avana na mensagem e diz que se o tributo para o qual seesteja elaborando o perfil for o imposto, A LEI COMPLEMENTAR DE NORMASGERAIS DEVE DEFINIR, QUANTO AOS IMPOSTOS, O FATO GERADOR, A

    BASE DE CLCULO E O CONTRIBUINTE. Ou seja, a mensagem desse art.146, III,a a de que a lei complementar defina o perfil dos tributos, em especial dos impostos,

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    e, quanto a estes, ensinando qual ser o fato gerador, a base de clculo e o contribuinte.

    A importncia de existir essa lei complementar definindo, em normas gerais, o perfildo imposto, determinando detalhadamente qual o fato gerador, qual a base declculo e quem o contribuinte, que SE CRIA UM PADRO GERAL, UM PERFIL

    HOMOGNEO para o imposto que todos os entes tero que seguir, evitando-se assimque tenhamos o mesmo imposto com diferentes caractersticas bsicas, a depender dequal tenha sido o Estado ou Municpio que tenha legislado para lhe instituir. Ou seja,com as normas gerais padronizadoras, em qualquer que seja o municpio brasileiro, oISS ter o mesmo fato gerador, a mesma base de clculo e o mesmo contribuinte. Damesma forma, em qualquer Estado, o ICMS ter as mesmas caractersticas estruturantes.Essa a vantagem de existir a lei complementar de normas gerais definidoras do perfildo tributo.

    Chamo a ateno para a pegadinha famosa: A CONSTITUIO, no art.146, III, a,NO EXIGE QUE A LEI COMPLEMENTAR DE NORMAS GERAIS DEFINIDORA

    DO PERFIL DO IMPOSTO DEFINA QUAL SER A SUA A-L--Q-U-O-T-A. Ouseja, no papel da LC de Normas Gerais definir a alquota, mas apenas o fato gerador,a base de clculo e o contribuinte. Quanto s alquotas, o legislador local ter maiorflexibilidade para fix-las, no se submetendo a um padro geral pr-definido na leicomplementar nacional de normas gerais.

    So exemplos dessas leis complementares nacionais de normas gerais definidoras doperfil do imposto, a LC 87/96 e a LC 116/03, que definiram, respectivamente, o perfildo ICMS e do ISS. Suas normas gerais tem que ser4 respeitadas por todos os Estados,DF e Municpios, sob pena de violao ao art.146,III, a da Carta Magna.

    DICA 10: ORGANIZANDO AS COMPETNCIAS

    muito comum que na prova o examinador analise se o candidato sabe quais so ostributos da competncia de cada ente. Existem alguns macetes. Prestem ateno.

    De modo objetivo: o primeiro passo saber que as taxas e contribuies de melhoriaso tributos de competncia comum, podendo ser institudos por todos os entesfederativos, vide, art.145, II e III da Carta Magna.

    O segundo passo saber que, em regra (salvo duas nicas excees), os emprstimos

    compulsrios (art.148, CRFB) e as contribuies especiais (art.149, CRFB) so tributosde competncia exclusiva da Unio. E quais so as excees? A primeira, a dasContribuies Previdencirias dos Servidores Pblicos, que cada ente institui a sua, nostermos do art.149,1 da Constituio. A segunda a Contribuio de IluminaoPblica CIP, do art.149-A do Texto Maior. Logo, qual o macete: salvo a CIP(Municpios e DF) e as Contribuies Previdencirias cobradas dos Servidores Pblicos(cada ente institui a sua), OS EMPRSTIMOS COMPULSRIOS E ASCONTRIBUIES ESPECIAIS (Contribuies Sociais, Contribuies Profissionais eContribuies de Interveno no Domnio Econmico CIDE) SO DECOMPETNCIA EXCLUSIVA DA UNIO.

    O terceiro passo quanto aos impostos. E o macete apenas decorar quais so os 3impostos ordinrios de competncia privativa dos Municpios (IPTU, ITBI e ISS) e os 3

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    impostos ordinrios de competncia privativa dos Estados e do Distrito Federal (ITD,ICMS e IPVA); todos os demais impostos so de competncia da Unio. Existem 13impostos ordinrios previstos na Constituio. Sete da Unio, previstos no art.153 (II,IE, IR, IPI, IOF, ITR e IGF); trs so dos Estados e DF, previstos no art.155 (ITD,ICMS e IPVA) e trs so dos Municpios, nos termos do art.156 (IPTU, ITBI e ISS).

    Alm desses impostos ordinrios, a UNIO pode criar outros, alargando esse rol, tendosido assim autorizada a criar os chamados Impostos Residuais (art.154, I); por fim, podeainda a Unio criar, em casos de guerra externa, os chamados Impostos Extraordinriosde Guerra IEGs, conforme autoriza o art.154, II.

    Logo, qual o macete: o candidato precisa apenas lembrar que os impostos dosMunicpios so o IPTU, ITBI e ISS; os impostos dos Estados so o ITD, o ICMS e oIPVA; todos os demais impostos (os demais ordinrios, os residuais e os extraordinriosde guerra) so da Unio. Vale frisar que pelas regras da competncia cumulativa doart.147, o DF, que tem competncia originria estadual, cumula os impostos municipais,

    podendo instituir e cobrar os seis impostos (IPTU, ITBI, ISS, ITD, ICMS e IPVA).

    Portanto, finalizando, como memorizar as competncias tributrias para a prova?Repetindo esse raciocnio: TAXAS E CONTRIBUIES DE MELHORIA SO DECOMPETNCIA COMUM DE TODOS OS ENTES; EMPRSTIMOSCOMPULSRIOS E CONTRIBUIES ESPECIAIS SO DE COMPETNCIAEXCLUSIVA DA UNIO, SALVO DUAS EXCEES, QUAIS SEJAM, A CIP QUE DOS MUNICPIOS E DO DF, E AS CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS DOSERVIDORES PBLICOS QUE CADA ENTE INSTITUI AS SUAS; POR FIM,SALVO O IPTU, ITBI e ISS QUE SO DOS MUNICPIOS e o ITD, IPVA e ICMSQUE SO DOS ESTADOS, TODOS OS DEMAIS IMPOSTOS SO DA UNIO! ODF CUMULA OS IMPOSTOS MUNICIPAIS COM OS ESTADUAIS.