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1 Adicional de Periculosidade por Eletricidade Gustavo Antonio da Silva Contatos: [email protected] www.equipaeng.com.br 31-34352626 31-92833467

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Adicional de Periculosidade por

Eletricidade

Gustavo Antonio da Silva Contatos: [email protected] www.equipaeng.com.br 31-34352626 31-92833467

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Definindo Risco: CONTROLE

PERIGO

Glossário da NR 10 Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a combustão se propaga. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

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Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da eletricidade. Procedimento: seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua realização. Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a atingir um determinado objetivo. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

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NR 10 Corrente Alternada Corrente Contínua

Alta Tensão (AT) V > 1000V V > 1500V

Baixa Tensão (BT) 50 V< V≤ 1000V 120 V< V≤ 1500V

Extra-Baixa Tensão (EBT) - Tensão de Segurança

V≤ 50V V≤ 120V

NOMENCLATURA DE NÍVEIS DE TENSÃO ALTERNADA ABNT (NBR`S) ATÉ 1kV BAIXA TENSÃO BT >1kV A 36,2kV MÉDIA TENSÃO MT >36,2kV ALTA TENSÃO AT MTE (NR´S) V≤ 50V EXTRA BAIXA TENSÃO EBT 50 V< V≤ 1000V BAIXA TENSÃO BT >1kV ALTA TENSÃO AT ANEEL ATÉ 1kV BAIXA TENSÃO BT >1kV A 69kV MÉDIA TENSÃO MT >69kV ALTA TENSÃO AT ONS (REDE BÁSICA)

>230kV (*) (*) Em alguns casos inclui o nível 138kV

REDE BÁSICA DE TRANSMISSÃO

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NOMENCLATURA DE NÍVEIS DE TENSÃO

Obs.: São comuns também as expressões EAT (Extra Alta Tensão) para os níveis de 230kV a 500kV e UAT (Ultra Alta Tensão) para os níveis acima de 500kV. (*) Níveis de tensão não normalizados pelo Dec. N° 73.080, de 05.11.73

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Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule. TRABALHOS EM PROXIMIDADE DE CIRCUITOS ENERGIZADOS

As ferramentas e dispositivos metálicos são extensões do corpo humano e devem ser evitadas para trabalhos próximos a circuitos energizados.

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Atentar para trabalhos realizados por pessoas que não são da área elétrica. Ex: Poda de árvores, pintura, construção civil, limpeza etc... Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

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Desenergização

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Bloqueio Completo

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ATERRAMENTO TEMPORÁRIO: Depois de confirmado o desligamento com o detector de tensão, aplica-se o CONJUNTO DE ATERRAMENTO TEMPORÁRIO nos 3 barramentos ou cabos de entrada, interligando-os entre si e com o cabo de terra. IMPORTANTE: no caso de redes as normas recomendam a instalação de aterramento temporário imediatamente antes e após a área da intervenção.

Tipo de ATERRAMENTO para Subestações:

Preceitos

• Caracterização da atividade, conforme o quadro anexo ao Decreto 93.412;

• Caracterização da área de risco, conforme o mesmo quadro; • Analise das condições, segundo as prescrições da NR 10.

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Como subsídio para suas conclusões, pode ainda o perito valer-se do quadro de classificação das infrações, constante da NR 28, que enquadra, segundo critérios técnicos, no que couber, o grau de gravidade de cada descumprimento aos procedimentos indicados nas Normas Regulamentadoras, entre elas a NR 10. Mapa mental da NR10

Métodos de trabalho com tensão AO CONTATO

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AO POTENCIAL

À DISTÂNCIA

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Funcionamento do IDR

Instrumentos

Luva isolante de borracha

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Vestimenta RECOMENDAÇÃO

Até 15 KV utilizar método IEEE 1584, e, acima desta tensão, e, nas condições não aceitas pelo método IEEE, utilizar NFPA 70 E – Ralph Lee Habilitação Qualificação Capacitação Autorização

• Qualificação => Sistema Oficial de Ensino • Habilitação=> Qualificado+ CREA • Capacitado=>Capacitação por Habilitado + Responsabilidade

(Habilitado) • Autorizado=> Anuência da Empresa • Sistema de Identificação – Autorização • Autorização => Registro Empregado • Autorizados=> Curso Básico

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Adicional de Periculosidade por Eletricidade Pense O juízo não está vinculado ao laudo técnico, podendo repudiá-lo ou acatá-lo em todo ou parte, formando sua convicção com outros elementos constantes dos autos (art.436/CPC). Código de Ética Deveres - Artigo 9º - III – Letra D – atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais Legislação

• Lei 7369 de 20/09/85 - institui salário adicional para os empregados no setor de energia elétrica em condições de periculosidade

• Decreto 92212 de 20/12/85 - 1ª regulamentação da Lei nº 7369 • Decreto 93412 de 14/10/86 - regulamentação da Lei 7369, revoga o

Decreto 92212 • Lei nº 12.740, de 8 de dezembro de 2012 - Altera o art. 193 da

Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985.

• Consulta Pública Anexo IV – Regulamenta o Art. 193 “CHECK-LIST” ENERGIA ELÉTRICA- Decreto 93412-86 1 – As atividades são desenvolvidas em instalações integrantes de Sistema Elétrico de Potência? 2 - As atividades são de construção, operação, manutenção, inspeção, testes, ensaios, calibração, medição e treinamento em instalações de Sistemas Elétrico de Potência? 3 - As atividades são realizadas em redes de linhas aéreas, subterrâneas, equipamentos e materiais elétricos, eletrônicos, eletromecânicos e de segurança individual e coletiva, usinas geradoras, subestações e cabines de distribuição integrantes de Sistemas Elétrico de Potência? 4 - As atividades são executadas com as instalações energizadas? 5 - Há possibilidade de energização acidental ou falha operacional?

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6 - As instalações permitem a exposição aos efeitos da eletricidade ou são blindadas ou isoladas? 7 - São utilizados equipamentos ou adotadas técnicas de proteção? 8 - Estas proteções são suficientes para eliminar os riscos? 9 - As atividades obrigam a permanência habitual em áreas de risco, (intermitente ou contínua)? 10 - As atividades obrigam o ingresso de modo intermitente nas áreas de risco? 11 - O ingresso ou a permanência ocorre de forma eventual? 12 - Qual o tempo de exposição nas áreas de risco? METODOLOGIA PARA CARACTERIZAR E CLASSIFICAR O RISCO Decreto 93412-86 1 - Caracterização • Sistemas Elétricos de Potência • Atividades (o que é feito e como ocorre) • Áreas de risco (onde é realizada) 2 – Classificação • Integral - Proporcional - Eventual (não gera direito) • Permanência habitual em área de risco. • Executando atividade ou à disposição, aguardando ordens na área de risco. • Ingresso intermitente e habitual em área de risco. • Executando atividade ou à disposição, aguardando ordens. • Situação de exposição continua, no curso da jornada de trabalho. • Eventual • Não gera direito. Análise da Legislação

A análise técnico-legal da periculosidade por energia elétrica desperta discussão polêmica, principalmente com relação à expressão “sistema elétrico de potência” que a Lei nº 7.369/85 e seu decreto regulamentador nº 93.412/86 não a definem. A definição de Sistema Elétrico de Potência na NR 10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade): “Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos

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destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.” Entendem que o Sistema Elétrico de Potência termina no relógio-medidor, estando, pois, as instalações elétricas do Consumidor fora do sistema elétrico de potência.

Então, a controvérsia fica em torno da abrangência do sistema elétrico de potência.

A propósito, o conceito de sistema elétrico de potência dá margem à abertura de duas vertentes de entendimento, tanto no campo técnico como no campo jurídico: Na Primeira vertente – o sistema elétrico de potência se compõe das fases de GERAÇÃO, TRANSMISSÃO e DISTRIBUIÇÃO, terminando no relógio-medidor do CONSUMIDOR. Os riscos elétricos ficam circunscritos até o relógio-medidor. Segunda vertente - o sistema elétrico de potência engloba as fases de GERAÇÃO, TRANSMISSÃO, DISTRIBUIÇÃO e avança pelas instalações do CONSUMIDOR. Nesse caso, os riscos elétricos ultrapassam o limite do relógio-medidor. Interpretações

As atividades descritas no quadro anexo do decreto 93.412/86 fala-se em sistemas elétricos de potência de alta e baixa tensão. Logo, quaisquer das potências fazem parte daquele sistema. Ambas levam ao choque elétrico, passível de colocar em risco à integridade física do trabalhador, pouco importando se antes ou depois do medidor de consumo. Tudo em perfeita consonância com o parágrafo 2°, artigo 2° do citado decreto. Intermitente x exposição continua

Em relação aos termos “intermitente” e “exposição continua”, referidos pelo regulamento, significa não eventual. Ou seja, que a atividade se repita com habitualidade ao longo da jornada e não necessariamente 100% desta. Como se sabe, o infortúnio.não marca hora para acontecer, bastando uma fração de segundos para conseqüências irreversíveis contra a vida do trabalhador. Daí, pouco.importa se estava exposto ao risco por apenas alguns minutos. Periculosidade em Eletricidade nos Tribunais TST SUM-361 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento.

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Histórico: Redação original - Res. 83/1998, DJ 20, 21 e 24.08.1998 SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos. (ex-OJ nº 258 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) OJ-SDI1-324 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. DECRETO Nº 93.412/86, ART. 2º, § 1º (DJ 09.12.2003) É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica. OJ-SDI1-347 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CA-BISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA (DJ 25.04.2007) É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. Atividade de eletricista em sistema elétrico de consumo, que não se identifica com o sistema elétrico de potência, não dá margem ao reconhecimento do adicional de periculosidade. PERICULOSIDADE - ENERGIA ELÉTRICA. (TRT-RO-17506/00 - 2ª T. - Rel. Juiz Antônio Fernando Guimarães - Publ. MG. 08.11.00)

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O fato de atuar ou não em sistema elétrico de potência, manuseando equipamentos ou circuitos elétricos situados antes ou depois do medidor de energia, não é o melhor critério para se aferir o direito ao adicional de periculosidade. Não se trata de verificar se a empresa fornece ou consome energia elétrica, mas se o trabalhador está ou não exposto a riscos de invalidez, incapacitação permanente ou morte, não importando o cargo exercido, a categoria ou o ramo de atividade da empresa (art. 2º do Decreto n. 93.412/86). Caracterizado o risco, o adicional é devido, do contrário, não. PERICULOSIDADE - ENERGIA ELÉTRICA. (TRT-RO-8552/00 - 4ª T. - Rel. Juiz Rogério Valle Ferreira - Publ. MG. 08.12.00) TRT - 00778-2008-098-03-00-4-RO EMENTA – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - SISTEMA ELÉTRICO DE CONSUMO – POSSIBILIDADE. Em princípio, o Decreto 93.412, de 14.10.86, asseverou o direito ao adicional de periculosidade pela conjugação de dois fatores que simultaneamente deveriam ocorrer: atividade e área de risco em sistema elétrico de potência, com baixa ou alta tensão. No entanto, admite-se que haja caracterização de periculosidade também nos sistemas de consumo, mas desde que existente trabalho na área de risco com equipamentos energizados com alta tensão, mormente nas subestações das empresas consumidoras, o que não é o caso dos autos. Se as atividades desenvolvidas pelo de cujus não se relacionavam com a distribuição de energia elétrica de alta tensão, mas apenas na manutenção de equipamentos eletrônicos, não há direito ao percebimento do adicional de periculosidade. EMENTA: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INSTALADOR. DEVIDO. O fato de o reclamante não laborar no sistema elétrico de potência não lhe retira o direito ao adicional em destaque. Não se pode olvidar que as atividades que envolvem energia elétrica “independentemente do cargo, categoria ou ramo da empresa” (art. 2º do Decreto n. 93.412/86) ocorrendo em área de produção/distribuição ou de área de consumo (ou próximas a estas), colocam o trabalhador em situação de risco capaz de ensejar incapacitação, invalidez permanente ou morte. Pontue-se que a Lei 7.369/85 não estabelece qualquer distinção entre as atividades exercidas na área de consumo ou na área de geração de energia. Aliás, o Decreto 93.412/86, que regulamenta a matéria, embora se refira ao Sistema Elétrico de Potência, também enumera, em seu Quadro de Atividades/Área de Risco, atividades próprias do setor de consumo. E as tarefas exercidas pelo reclamante estão elencadas no referido quadro.

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LEI Nº 12.740, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012 – Altera o Art. 193 da CLT

Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. ......................................................................................................... § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo." (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Fica revogada a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985. Brasília, 8 de dezembro de 2012; 191º da Independência e 124º da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Carlos Daudt Brizola

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Trata-se de proposta de texto para criação do Anexo IV da Norma Regulamentadora n.º 16 (Atividades e Operações Perigosas) disponibilizada em Consulta Pública pela Portaria SIT n.º 371, de 26 de abril de 2013 para coleta de sugestões da sociedade, em conformidade com a Portaria MTE n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003. As sugestões podem ser encaminhadas ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST, até o dia 27 de junho de 2013, das seguintes formas: a) via e-mail: [email protected] b) via correio: MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho Coordenação-Geral de Normatização e Programas Esplanada dos Ministérios - Bloco “F” - Anexo “B” - 1º Andar - Sala 107 - CEP 70059-900 - Brasília - DF

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ANEXO IV da NR-16 (Proposta de Texto)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA

1 - Tem direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores que realizam atividades ou operações em instalações e equipamentos elétricos com exposição permanente a risco acentuado, sem a adoção de medidas, equipamentos ou sistemas preventivos que o elimine, nas condições: a) execução de atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos com intervenções sob tensão elétrica ou com possibilidade de energização acidental. b) realização de atividades ou operações diretas ou indiretas realizadas na zona controlada, conforme estabelece o Anexo II da NR-10. c) ingresso e permanência habitual em área de risco elétrico executando outras atividades ou aguardando ordens. 2 - As atividades ou operações realizadas em equipamentos ou dispositivos elétricos alimentados em baixa tensão, concebidos para manobras, comandos, controles ou operações, realizadas por procedimentos normais e projetados, construídos, montados e mantidos em perfeito estado, não se enquadram na condição de periculosidade. 3 - As instalações ou equipamentos elétricos desenergizados e liberados para o trabalho, conforme estabelece a NR-10, descaracteriza a condição de periculosidade. 4 - As instalações ou equipamentos elétricos alimentados por extra-baixa tensão não geram a condição de periculosidade. 5 - É vedado incentivos ou o pagamento de prêmios por produtividade para profissionais submetidos à condição de periculosidade. 6 - Fica obrigatório a contratação de seguro de vida em benefício do profissional submetido à condição de periculosidade.