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DIREITO ADMINISTRATIVO Responsabilidade Civil do Estado Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo

Apresentação do PowerPoint · RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (CF, art. 37) § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Responsabilidade Civil do Estado

Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes

Periscope: @ProfLuisGustavo

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

(CF, art. 37)

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

CF, art. 37, § 6º Responsabilidade da

Administração Pública (Estado)

OBJETIVA

Independe da comprovação de dolo ou culpa

Responsabilidade do Agente Público (Servidor)

SUBJETIVA

Depende da comprovação de dolo ou culpa

AÇÃO REGRESSIVA

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Irresponsabilidade do Estado

Responsabilidade Subjetiva do Estado

Responsabilidade Objetiva do Estado (Adotada atualmente na CF)

Teoria do Risco Administrativo (≠ Risco Integral)

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA

TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO

Admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do

Estado

TEORIA DO RISCO INTEGRAL

Não admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do

Estado

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Responsabilidade Objetiva do Estado (Adotada atualmente na CF)

Teoria do Risco Administrativo

Dano / Prejuízo Nexo Causal (Causa e Efeito)

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STF – “É certo, no entanto, que o princípio da responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto, eis que admite o abrandamento e, até mesmo, a exclusão da própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses excepcionais configuradoras de situações liberatórias – como caso fortuito e força maior – ou evidenciadoras de ocorrência de culpa atribuível à própria vítima” A reparação do dano causado pela administração a terceiros obtém-se

amigavelmente, pela via administrativa ou por meio da ação judicial. O direito de regresso só ocorre quando a Administração comprova que

já foi condenada a indenizar a vítima;

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A responsabilidade civil do Estado é objetiva, sendo obrigatória configuração da culpa para a eclosão do evento danoso. 2(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) A responsabilidade civil da pessoa jurídica de direito público em face de particular que tenha sofrido algum dano pode ser reduzida, ou mesmo excluída, havendo culpa concorrente da vítima ou tendo sido ela a única culpada pelo dano.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento. 4(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) À semelhança do que ocorre no direto civil, o direito administrativo admite a culpa concorrente da vítima, considerando-a causa atenuante da responsabilidade civil do Estado. 5(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria da irresponsabilidade do Estado. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 9

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 6(CESPE/ANATEL/2008) A responsabilidade civil do Estado poderá ser afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima, ou mitigada a reparação na hipótese de concorrência de culpa. 7(CESPE/CAPES/2012) A responsabilidade objetiva do Estado fundamenta-se na teoria do risco administrativo.

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1 F 2 V 3 V 4 V 5 F

6 V 7 V

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

(CF, art. 37)

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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ABRANGÊNCIA

PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO

U/E/DF/M Autarquias Agências Reguladoras Fundações Autárquicas

PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO PRESTADORA DE

SERVIÇO PÚBLICO Fundações Governamentais Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Concessionárias Permissionárias Autorizatárias

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OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS A regra do art. 37, § 6º. abrange, apenas, danos causados por

ação de seus agentes, sendo por atividade lícita ou ilícita; EP e SEM exploradoras de atividade econômica respondem

de forma subjetiva (não é objetiva!) pelo dano causado por seus agentes; A responsabilidade objetiva abrange pessoa jurídica não

integrante da estrutura da Administração Pública;

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OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS STF – a responsabilidade civil objetiva das prestadoras de

serviço público abrange os danos causados a terceiros usuários e não-usuários do serviço público;

Para caracterizar a responsabilidade civil do Estado é

essencial que o agente causador do dano esteja atuando na qualidade de agente público;

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OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS CF, art. 21, XXIII - d) a responsabilidade civil por danos

nucleares independe da existência de culpa (Responsabilidade Objetiva).

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1(CESPE/Procurador de Fortaleza/2017) De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de transporte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento provocado por motorista de ônibus da empresa.

2(CESPE/PGE-AM/Procurador/2016) A teoria da responsabilidade civil objetiva aplica-se a atos ilícitos praticados por agentes de autarquias estaduais.

3(CESPE/FUNPRESP/Analista/2016) As fundações públicas de direito público devem responder objetivamente pelos danos que seus agentes causem a terceiros. Sendo condenadas a indenizar pelo prejuízo que seu agente culposamente tenha cometido, assegura-se a elas o direito de propor ação regressiva contra o agente causador do dano.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 4(CESPE/TCE-PR/Analista de Controle/2016) Diferentemente das pessoas jurídicas de direito público, as quais respondem objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, é subjetiva a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, em se tratando de danos causados a terceiros não usuários do serviço.

5(CESPE/TCE-SC/Auditor/2016) A concessionária de serviço público responde objetivamente pelos prejuízos causados aos usuários ou terceiros e subjetivamente pelos prejuízos causados ao poder concedente.

6(CESPE/TRE-PI/Técnico Judiciário/2016) Se determinado agente de uma sociedade de economia mista estadual, concessionária do serviço de energia elétrica, causar, durante a prestação de um serviço, dano à residência de um particular, a concessionária de serviço público poderá responder pelo dano causado ao particular, independentemente da comprovação de culpa ou dolo do agente.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 7(CESPE/TRE-PI/Técnico Judiciário/2016) A responsabilidade objetiva de empresa concessionária de serviço público alcança usuários e não usuários do serviço público.

8(CESPE/DPU/2016) Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus servidores públicos. Assertiva: Nessa situação, o direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor ainda que não seja comprovada a ocorrência de dolo ou culpa.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

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1 V 2 V 3 V 4 F 5 F

6 V 7 V 8 F

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU

FAUTE DE SERVICE STF – “tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, numa de suas três vertentes, negligência, imperícia ou imprudência, não sendo, entretanto necessário individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao serviço público, de forma genérica, a faute de service dos franceses.”

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RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO

TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU FAUTE DE SERVICE

Omissão do Estado

Falha do serviço Falta do serviço Atraso do serviço (Culpa especial) Não Prestação do serviço

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STF – quando o Estado estiver na custódia de coisas ou pessoas (garante), haverá responsabilidade objetiva deste, ainda que haja conduta omissiva de seus agentes; (Teoria do Risco Administrativo)

STF – Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto

no art. 5º, XLIX, da CF/88, o Estado é responsável pela morte de detento. STF – A Administração Pública está obrigada ao pagamento de pensão e

indenização por danos morais no caso de morte de detento ocorrido dentro de estabelecimento prisional mantido pelo Estado. Nessas hipóteses, não é necessário perquirir eventual culpa da Administração Pública. Na verdade, a responsabilidade civil estatal pela integralidade dos presidiários é objetiva.

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STF – Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da CF, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento.

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AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO E AÇÃO REGRESSIVA

A posição mais recente do STF é que a ação de reparação do dano deve ser contra a Administração, não podendo ser intentada diretamente contra o agente público ou através de litisconsórcio passivo entre este e o Estado;

É inaplicável a denunciação da lide pela Adminstração a seus agentes

públicos; O direito de regresso só ocorre quando a Administração comprova que

já foi condenada a indenizar a vítima;

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Todos os anos, na estação chuvosa, a região metropolitana de determinado município é acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus moradores. Estudos no local demonstraram que os fatores preponderantes causadores das enchentes são o sistema deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas vias públicas. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Caso algum cidadão pretenda ser ressarcido de prejuízos sofridos, poderá propor ação contra o Estado ou, se preferir, diretamente contra o agente público responsável, visto que a responsabilidade civil na situação hipotética em apreço é solidária. De acordo com a jurisprudência e a doutrina dominante, na hipótese em pauta, casa haja danos a algum cidadão e reste provada conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A reparação do dano à pessoa lesada por ato emanado de agente público no exercício de suas funções pode ser consumada tanto na via administrativa, por acordo entre a pessoa jurídica civilmente responsável e o lesado, como por ação judicial de indenização. 2(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O Estado será responsável pelos danos que seus agentes causarem, sendo incabível a ação regressiva mesmo no caso de dolo e culpa do agente.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3(CESPE/TCU/AFCE/2009) Se esse ilícito causar dano a terceiros, a União responderá objetivamente, mas só poderá agir regressivamente contra o servidor se ficar comprovado que ele agiu dolosamente. 4(CESPE/DPU/2016) Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus servidores públicos. Assertiva: Nessa situação, o direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor ainda que não seja comprovada a ocorrência de dolo ou culpa.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 5(CESPE/TRT-8/Técnico Judiciário/2016) A respeito da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta. a) A responsabilidade civil objetiva das concessionárias e permissionárias de serviços públicos abrange somente as relações jurídicas entre elas e os usuários dos serviços públicos. b) A responsabilidade civil objetiva aplica-se a todas as pessoas jurídicas de direito público. c) O princípio da pessoalidade é o que orienta a responsabilidade civil do Estado. d) As pessoas jurídicas de direito público não se responsabilizam pelos danos causados por seus agentes. e) A responsabilidade da administração pública será sempre objetiva.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

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1 V 2 F 3 F 4 F 5 B

DIREITO ADMINISTRATIVO Controle da Administração

Pública

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Pode-se conceituar controle como o poder-dever de vigilância, orientação e correção que a própria Administração, ou outro Poder, exerce sobre sua atuação administrativa, diretamente ou por meio de órgãos especializados, tais como os Tribunais de Contas.

Esse poder-dever é exercitável por todos os Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), a toda atividade administrativa e a todos os seus agentes. Cabe ainda ressaltar que o Decreto-Lei 200/67

estabelece o CONTROLE como um dos princípios básicos da Administração Pública.

CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 1) Quanto à origem:

Controle Interno Controle Externo Controle Popular

•Controle Interno: Exercido na estrutura interna de cada Poder. É exercido, via de regra, como fruto do poder hierárquico.

Princípio da autotutela

CF, art. 74 - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno ... § 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

• Controle Externo: É aquele controle exercido por um Poder sobre os

atos administrativos praticados por outro Poder. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União...

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

• Sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (Poder Legislativo » Poder Executivo) – CF, art. 49, V;

• Anulação de um ato do Executivo por decisão judicial (Poder Judiciário » Poder Executivo)

• Julgamento anual, pelo Congresso, das prestações de contas do Presidente e a apreciação dos relatórios sobre a execução dos planos de governo (Poder Legislativo » Poder Executivo)

CUIDADO! IMPORTANTE! (CESPE/TJ-CE/JUIZ/2012) O controle dos órgãos da administração direta sobre as entidades da administração indireta consiste em um controle externo que só pode ser exercido nos limites estabelecidos em lei, sob pena de ofensa à autonomia assegurada por lei a essas entidades.(V)

CONTROLE CONTROLE FINALÍSTICO EXTERNO

•Controle Popular: Exercido diretamente pela população Lei 12.527/2011 (Lei do Acesso à Informação) • O art. 5º, LXXIII da CF estabelece que qualquer cidadão é parte

legítima para propor ação popular; • O art. 74, § 2º da CF estatui que qualquer cidadão, partido político,

associação ou sindicato á parte legítima para denunciar irregularidades perante o TCU.

CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 2) Quanto ao momento do exercício:

Controle Prévio ou a priori Controle Concomitante Controle Posterior ou a posteriori

• Controle Prévio ou a priori: É exercido antes do início da prática, ou antes, da conclusão

do ato administrativo. Requisito de validade do ato

• Controle Concomitante: É exercido durante a realização do ato e permite a

verificação da regularidade de sua formação

• Controle Posterior ou a posteriori: A mais comum das modalidades, é exercido após a

conclusão do ato e possibilita a correção de defeitos, sua anulação, sustação ou ratificação. Também é chamado por alguns autores de corretivo.

CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 3) Quanto ao aspecto controlado:

Controle de Legalidade (ou de Legitimidade) Controle de Mérito

• Controle de Legalidade (ou de Legitimidade): Verifica se o ato foi praticado em conformidade com a lei, é

corolário do Princípio da Legalidade. Legitimidade ˃ Legalidade

Pode ser exercido pela própria Administração (interno –

princípio da autotutela) ou pelos poderes Judiciário e Legislativo (externos).

• Controle de Legalidade (ou de Legitimidade): Basicamente, o controle de legalidade dos atos

administrativos poderá resultar na sua confirmação (homologação, visto, aprovação) ou na sua rejeição (anulação).

Ato Válido, Ato Nulo e Ato anulável (Anulação e Convalidação)

• Controle de Mérito: Verifica a eficiência, a oportunidade e a conveniência do ato

controlado. Exercido pela própria Administração Pública (Poder que

emitiu o ato) Incide apenas sobre atos discricionários, podendo resultar

na revogação deles

• Controle de Mérito:

O Poder Judiciário não controla o mérito dos atos administrativos, porém, sempre haverá controle de legalidade.

RESUMÃO MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO

ATO DISCRICIONÁRIO

MOTIVO + OBJETO

CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE

CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 3) Quanto à amplitude:

Controle Hierárquico Controle Finalístico

• Controle Hierárquico: Típico do Executivo, sendo um controle interno e resulta do

escalonamento vertical dos órgãos/entidades da Administração Pública. Verifica legalidade e/ou mérito e para o seu exercício são

necessárias as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação.

• Controle Finalístico: Exercido pela Administração Direta sobre a Administração

Indireta, baseada na relação de vinculação, é denominada de Supervisão Ministerial. Depende de norma legal que estabeleça: os meios, os

aspectos, as ocasiões, as finalidades e a autoridade controladora. Para MSZP é um controle externo (CESPE)

CUIDADO! ADM. DIRETA X ADM. INDIRETA

PODE (CERTO)

Vinculação Tutela

Controle Finalístico Supervisão Ministerial

NÃO PODE (ERRADO)

Subordinação Hierarquia

Controle Hierárquico

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RESUMÃO! UNIÃO

MINISTÉRIOS

(PREVIDÊNCIA)

SECRETARIAS

DIRETORIAS

INSS

GABINETES

DIRETORIAS

SEÇÕES

C O N T R O L E

H I E R Á R Q U I C O

CONTROLE FINALÍSTICO

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C O N T R O L E

H I E R Á R Q U I C O

É aquele exercido pela própria Administração sobre os seus atos, analisando aspectos relativos ao mérito dos atos administrativos e os aspectos de legalidade. É realizado pelo Executivo e pelos órgãos administrativos do

Legislativo e do Judiciário. É derivado do poder-dever de autotutela que a Administração detém

sobre seus atos e agentes.

CONTROLE ADMINISTRATIVO

Pode ser exercido de ofício ou mediante provocação Caracteriza-se um controle interno e de forma geral se dá

mediante fiscalização (a pedido ou de ofício) hierárquica ou recursos administrativos.

Processo Administrativo (Recursos Administrativos e Revisão –

Lei 9.784/99)

CONTROLE ADMINISTRATIVO

SÚMULA 473 DO STF: A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL.

CONTROLE ADMINISTRATIVO

O controle legislativo, ou parlamentar, é exercido pelos órgãos legislativos ou pelas comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo Só poderá ocorrer nas situações e nos limites expressamente

previstos na CF (princípio da independência e harmonia dos poderes – clausula pétrea).

CONTROLE LEGISLATIVO

Trata-se de controle externo e político, podendo ater-se aos aspectos de legalidade ou de conveniência pública. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,

será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União... ESTUDAR – COMPETÊNCIAS DO TCU

CONTROLE LEGISLATIVO

• Compete ao Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta (art. 49, X da CF);

• Compete ao Congresso Nacional sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, V da CF). Este controle e só de legalidade e não de mérito;

• Compete ao Congresso Nacional sustar contratos ilegais, mediante solicitação do TCU (art. 71, § 2º.)

CONTROLE LEGISLATIVO

• As CPIs terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e serão criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao MP, para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores (art. 58, § 3º da CF).

• Compete ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e

o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I)

CONTROLE LEGISLATIVO

O controle judiciário, ou judicial, é o exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos praticados pelo Poder Executivo, Legislativo. Origem: CF, art. 5o., XXXV (Inafastabilidade da tutela jurisdicional)

Caracteriza-se com uma forma de controle externo, dependendo

sempre de provocação do interessado.

CONTROLE JUDICIÁRIO

Em regra, exercido a posteriori, e versa sobre legalidade Ocorre mediante provocação e tem como efeito a anulação

(nunca revogação), efeito ex tunc. Remédios Constitucionais

CONTROLE JUDICIÁRIO

1(CESPE/SEDF/2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle administrativo por subordinação.

2(CESPE/SEDF/2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da apreciação de juiz. 3(CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário/2017) Por força do princípio da eficiência, não cabe falar em controle concomitante de um ato administrativo, sob risco de entraves desnecessários à consecução do interesse público.

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

4(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) Controle interno é o que se consuma pela verificação da conveniência e oportunidade da conduta administrativa. 5(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) O controle de legalidade é controle externo na medida em que é necessariamente processado por órgão jurisdicional. 6(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) Controle administrativo é a prerrogativa que a administração pública possui de fiscalizar e corrigir a sua própria atuação, restrita a critérios de mérito. 7(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle por subordinação, uma vez que esta é uma fundação pública federal.

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

8(CESPE/PCPE/Agente de Polícia/2016) O controle dos órgãos da administração pública pelo Poder Legislativo decorre do poder de autotutela, que permite, por exemplo, ao Legislativo rever atos do Poder Executivo se ilegais, inoportunos ou inconvenientes. 9(CESPE/TCE-PA/Auditor/2016) Exercerá controle do tipo legislativo determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades gestoras. 10(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) O controle por vinculação possui caráter externo, pois é atribuído a uma pessoa e se exerce sobre os atos praticados por pessoa diversa.

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

1 F 2 F 3 F 4 F 5 F

6 F 7 F 8 F 9 F 10 V

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10