Apresentação - guarulhos.sp.gov.br · Plano Municipal de Educação 2012 – 2022. Esse trabalho desenvolvido pela Comissão Executiva da Conferência Municipal de Educação apresenta

Apresentamos a versão preliminar [proposta] do Documento-Base do

Plano Municipal de Educação 2012 – 2022. Esse trabalho desenvolvido

pela Comissão Executiva da Conferência Municipal de Educação

apresenta características gerais da cidade contextualizando a educação

em todas as redes de ensino.

Estão relacionados aqui os principais eixos e metas sugeridos para os

próximos 10 anos para serem cumpridos pelas redes municipal, estadual,

particular e de ensino superior, compreendendo todas as modalidades,

da educação infantil, passando pelo ensino fundamental e médio, até a

universidade.

Este processo da Conferência Municipal de Educação: construindo o

Plano Municipal de Educação, que começou em agosto deste ano, com

a oficialização das comissões executiva e organizadora, passa pela série

de quatro Audiências Públicas, dezenas de Audiências Públicas Livres,

pelas oito Pré-Conferências e culmina com a Conferência Magna no início

de dezembro deste ano.

As discussões que envolvem a construção do Plano Municipal de Educação

contam com representantes dos mais variados segmentos da sociedade,

do Executivo, cursinhos universitários, Faculdades e Universidades

locais, centrais sindicais, OAB e movimentos sociais, entre outros, num

verdadeiro exemplo de participação democrática.

Este Documento-Base do Plano Municipal de Educação é nossa

contribuição inicial para este processo que está envolvendo a nossa

cidade. Toda discussão tem como objetivo oferecer um futuro melhor para

a educação da cidade de Guarulhos. Participe desse momento histórico.

Secretaria Municipal de Educação

Conselho Municipal de Educação

Apresentação

Índice

1. Introdução ...............................................................................................

2. Caracterização de Guarulhos ......................................................................

3. Estudo do crescimento populacional de Guarulhos .........................................

3.1 Regionalização da gestão pública em Guarulhos ......................................

4. Contextualização da Educação em Guarulhos ...............................................

4.1 Rede Municipal de Ensino ...................................................................

4.2 Rede Estadual de Ensino .....................................................................

4.3 Escolas Particulares de Educação Básica ...............................................

4.4 Ensino Técnico e Profissionalizante .......................................................

4.5 Ensino Superior ..................................................................................

4.6 Ensino Profissional – FIC – Formação Inicial Continuada ...............................

5. Diretrizes e princípios da Educação em Guarulhos .........................................

5.1 A educação como mola propulsora de mudanças ....................................

5.2 A Educação como direito social ............................................................

6. Rede Municipal de Ensino: Concepções e finalidades de cada modalidade, Níveis e Etapas de Ensino da Rede Municipal .............................................

6.1 Diversidade e inclusão educacional ...........................................................

6.2 Educação Socioambiental ....................................................................

6.3 Educação Infantil ...............................................................................

6.4 Ensino Fundamental ...........................................................................

6.5 Educação de Jovens e Adultos – EJA .....................................................

7. Rede Estadual de Ensino: Diretrizes, pressupostos, concepções e finalidades ....

7.1 Finalidades do Ensino Médio ................................................................

7.2 Pressupostos do Projeto Educacional .....................................................

7

10

13

17

22

22

24

26

28

29

31

31

31

32

38

38

40

41

43

46

48

49

49

8. Finalidades do Ensino Superior ............................................................

9. Financiamento da Educação ...............................................................

10. Gestão Democrática e Controle Social ................................................

11. Plano de Metas para a Educação na Cidade de Guarulhos ..........................

11.1 Metas: Políticas para a Diversidade e Inclusão Educacional ..............

11.2 Metas: Educação Socioambiental ...............................................

11.3 Metas: Educação Infantil ...........................................................

11.4 Metas: Ensino Fundamental .......................................................

11.5 Metas: Educação de Jovens e Adultos/MOVA ...............................

11.6 Metas: Ensino Médio Regular e Profissional .................................

11.7 Metas: Formação Profissional ....................................................

11.8 Metas: Ensino Superior .............................................................

11.9 Valorização Profissional .............................................................

11.10 Metas: Financiamento na Educação ..........................................

11.11 Metas: Gestão Democrática e Controle Social ...............................

11.12 Metas Gerais .........................................................................

12. Ações, Programas e Projetos desenvolvidos nas Redes Municipal e Estadual de Ensino ..........................................................................

12.1 Rede Municipal de Educação ....................................................

12.1.1 Diversidade e Inclusão educacional ........................................

12.1.2 Educação Socioambiental .....................................................

12.1.3 Educação Infantil .................................................................

12.1.4 Ensino Fundamental .............................................................

12.1.5 Educação de Jovens e Adulto/MOVA .......................................

12.1.6 Programa Saberes em Rede - 2011 ........................................

12.1.7 Arte e educação ...................................................................

12.2 Rede Estadual: Ações, Programas e Projeto desenvolvidos ..............

13. Considerações Finais .......................................................................

Referências e Bibliografia .......................................................................

65

66

68

70

70

72

72

73

74

74

75

75

76

78

78

79

80

80

80

88

89

95

97

101

103

106

143

144

Construindo o Plano Municipal de Educação :: Guarulhos 2012 - 2022 7

1. Introdução

A construção do Plano Municipal de Educação da Cidade de Guarulhos e suas etapas

1. A elaboração de um plano municipal de educação significa, de modo bem sintético, responder a três questões básicas: onde estamos? O que queremos? O que fazer?

2. Assim, o Documento-Base, cuja elaboração é orientada pelo Documento Norteador para elaboração de Plano Municipal de Educação (MEC, 2005), tem como objetivo dar subsídios para a elaboração do Plano Municipal de Educação, que deverá apresentar, basicamente, identificação do município, o panorama/diagnóstico da educação e proposta de metas para o período de 2012/2022. A partir deste Documento-Base, os diferentes segmentos da sociedade civil organizada e do poder público promoverão debates e proposições, por meio de audiências públicas, pré-conferências regionais e audiências públicas livres, destinadas à construção do Plano Municipal de Educação.

3. A Lei Orgânica do Município de Guarulhos, no seu art. 205, estabelece que caberá ao senhor Prefeito encaminhar para a apreciação e aprovação do Poder Legislativo a proposta do Plano Municipal de Educação para a Cidade de Guarulhos.

4. O PME, previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, Econômico e Social, Lei nº 6.055 de 30 de dezembro de 2004, tem como foco central a responsabilidade constitucional do Poder Público para com a educação e, por conseguinte, com o ensino público. O Plano Municipal de Educação deve ter também como foco estratégias que auxiliem e orientem as decisões de todos os segmentos educativos existentes no Município, num esforço constante de colaboração. Dessa maneira, sua elaboração é abrangente e trata do conjunto da educação no âmbito Municipal, manifestando a expressão de uma política educacional para todas as modalidades, níveis e etapas de educação e de ensino.

5. O Plano de Educação da Cidade de Guarulhos estabelecerá diretrizes e metas para esses segmentos na cidade, negociando ações e recursos das esferas competentes e, basicamente, dialogando com os responsáveis por esses níveis de escolarização. Fica claro que o PME se preocupa em estabelecer um cronograma das ações e dos recursos para sua Rede de Educação Infantil, de Ensino Fundamental, de Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos/MOVA. Porém, nenhuma modalidade, nível e/ou etapa pode ser esquecida ou desconsiderada, portanto, o PME pensa a educação da Cidade de Guarulhos na sua totalidade e abrangência.

6. Em 26 e 27 de junho de 2009, foi realizada a Conferência Municipal de Educação, “com caráter deliberativo, com o objetivo de apresentar, a partir de um diagnóstico da realidade educacional municipal, um conjunto de propostas para subsidiar a realização da Conferência Intermunicipal e Estadual de Educação no segundo semestre de 2009” (Relatório Final da Conferência Municipal de Educação – CONAE, 2010).

7. Também em 2009, 21 e 22 de agosto, foi realizada a Conferência Intermunicipal de Educação-CONAE 2010.

8. Atualmente, a Cidade de Guarulhos está sendo chamada para elaborar seu Plano Municipal de Educação, mediante a publicação em 22 de julho de 2011 da Portaria nº 1649 – GP-

Secretaria de Educação de Guarulhos :: Documento Base8

Sebastião de Almeida, que estabelece: art. 1º - “Convocar a Conferência Municipal de Educação/2011, que deverá constituir-se em espaço social de discussões da educação guarulhense, articulando os diferentes agentes institucionais, da sociedade civil e dos governos (Municipal, Estadual e Federal), em prol da construção do Plano Municipal de Educação para o Município de Guarulhos a vigorar de 2012 a 2022”.

9. “A construção do Plano Municipal de Educação se fundamenta em determinadas concepções de Mundo, de Sociedade e, naturalmente, do Ser Humano que se deseja formar para serem cidadãos plenos quanto às áreas do conhecimento, quanto ao conhecimento acumulado pela Humanidade, quanto à capacidade emocional, afetiva e relacional, quanto à capacidade de compreender, respeitar e valorizar diferenças, quanto à capacidade de se comunicar com o ‘outro’ pelas diferentes linguagens, quanto à capacidade de provocar mudanças em seu meio e de sentir-se responsável por ele, enfim, um cidadão que viva e atue dentro do Mundo e seja solidário, coletivo e feliz!” (Vasconcelos, 2011).

10. Em 05 de agosto de 2011, a Secretaria Municipal de Educação, por meio de seu Secretário, Professor Moacir de Souza, e o Conselho Municipal de Educação, atendendo à Portaria do Gabinete do Prefeito acima citado, realizou a Primeira Reunião da Conferência Municipal de Educação, conclamando a participação de todos os segmentos institucionais e sociais. Nesse mesmo dia foi constituída a Comissão Organizadora, formada por, respectivamente, 112 participantes, com diversas atribuições, tendo o objetivo de planejar e desenvolver todas as etapas da Conferência Municipal de Educação.

11. Fazem parte da Comissão Organizadora representantes: do poder executivo municipal e estadual, do ensino público superior, das instituições de ensino particular e de ensino conveniado, dos movimentos sociais e de afirmação da diversidade, dos cursinhos pré-universitários, dos conselhos municipais, do Ministério Público, do Conselho Municipal de Educação, das centrais sindicais, de pais e alunos da rede municipal estadual, de pais e alunos do ensino tecnológico, de professores da rede municipal, de professores da rede estadual, de gestores da rede municipal, de gestores da rede estadual, de funcionários da rede municipal e da rede estadual, de entidades empresariais e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Guarulhos.

12. No dia 05 de agosto de 2011, além da constituição da Comissão Organizadora, também foi definida a Coordenação Executiva, oriunda da Comissão Organizadora, composta pelos segmentos supracitados: com o objetivo de coordenar todo o processo de elaboração do PME, em trabalho com a Comissão organizadora.

13. A construção do PME significa um grande avanço por tratar-se de um Plano de Estado, ultrapassando a temporalidade de um governo e opondo-se, desta maneira, à descontinuidade das ações públicas, enquanto políticas educacionais estabelecidas democraticamente após consenso da sociedade civil organizada no final do processo elaborativo, que culminará na Conferência Magna nos dias 02, 03 e 04 de dezembro de 2011.

14. As etapas da Conferência Municipal de Educação são: Conferência de Abertura, quatro Audiências Públicas, diversas Audiências Públicas Livres e oito Pré-Conferências Regionais.


Conferência de Abertura: realizada em 03 de setembro de 2011 no Centro Municipal de Educação Adamastor – Centro, com o tema: A educação como direito de todos e para todos, com qualidade social, garantindo a participação da sociedade civil e do poder público nessa construção.

Audiências Públicas

Primeira: realizada no dia 10 de setembro de 2011, com o tema: O papel da escola na construção da cidadania e da emancipação social.

Segunda: realizada no dia 17 de setembro de 2011, com o tema: A educação e o papel de seus profissionais no processo formativo.

Terceira: realizada no dia 1º de outubro de 2011, com o tema: Os diferentes olhares dos estudantes quanto ao acesso, permanência e qualidade social da educação.

Quarta: realizada no dia 08 de outubro de 2011, com o tema: O papel da gestão pública na construção de uma educação democrática e de qualidade social.

Todas as Audiências Públicas foram realizadas no Centro Municipal de Educação Adamastor – Centro, das 8h às 13h.

Audiências Públicas Livres: com iniciativa e organização dos segmentos sociais, foram inscritas um número de treze, sendo:

Dia 24 de setembro: Educação Inclusiva e acessibilidade nas escolas;

Dia 01 de outubro: Pesquisas no Território de Guarulhos e estratégias para o Ensino;

Dia 07 de outubro: O direito e a importância da educação Infantil;

Dia 08 de outubro: O papel dos Cursinhos Comunitários como espaços de formação para emancipação social;

Dia 11 de outubro: Valorização dos Profissionais da Educação

Dia 14 de outubro: As Políticas para o Ensino Tecnológico e Superior;

Dia 19 de outubro: A Supervisão a Serviço do Serviço que a escola deve prestar à sociedade;

Dia 20 de outubro: A importância da Educação Física para uma formação integral com qualidade social;

Dia 21 de outubro: Financiamento necessário para a Qualidade Social da Educação;

Dia 22 de outubro: O papel da escola no reconhecimento da diversidade étnico-racial para a construção da cidadania;

Dia 25 de outubro: Níveis da Educação Básica – A qualidade necessária;

Dia 26 de outubro: A importância do desporto no desenvolvimento humano, e

Dia 27 de outubro: A atuação dos gestores escolares na implementação das políticas públicas na Educação.


Pré-Conferências Regionais: em número de oito em três dias, sendo:

a) Primeiro dia de Pré-Conferência Regional: três pré-conferências regionais, em forma de oficinas de discussão destinadas à construção do Plano Municipal de Educação, a partir do Documento-Base - apresentação do diagnóstico e proposta de metas.

Data e local: 05 de novembro de 2011, sábado, das 8h às 12 h, uma no Centro e outra no Taboão e à tarde, das 14h às 17h, no São João.

b) Segundo dia de Pré-Conferência Regional: duas pré-conferências regionais, em forma de oficinas de discussão destinadas à construção do Plano Municipal de Educação, a partir do Documento-Base - apresentação do diagnóstico e proposta de metas.

Data e local: no dia 12 de novembro de 2011, sábado, das 8h às 12 h, uma no Cabuçu e outra na Vila Galvão.

c) Terceiro dia da Pré-Conferência Regional: três pré-conferências regionais, em forma de oficinas de discussão destinadas à construção do Plano Municipal de Educação, a partir do Documento-Base - apresentação do diagnóstico e proposta de metas.

Data e local: dia 19 de novembro de 2011, sábado, das 8h às 12h, uma no Bonsucesso e outra no Pimentas e à tarde, das 14h às 17h, em Cumbica.

2. Caracterização de Guarulhos

1. Com cerca de 320 km², o município de Guarulhos localiza-se a uma distância aproximada de 15 km da capital paulista, na porção nordeste da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP. Esta região é composta por 39 municípios, na qual vive uma população superior a 19 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE (2010), sendo uma das maiores conurbações urbanas do mundo, ou seja, um extenso território com características urbanas homogêneas, composto por inúmeros municípios, de difícil identificação de seus limites administrativos e com grande concentração populacional. Nesse sentido, as características do município estão intimamente relacionadas com a região metropolitana, pois Guarulhos é um componente fundamental nas relações sociais, políticas, econômicas e ambientais para além de seus limites geográficos, como poderá se verificar ao longo do presente capítulo.

2. Em Guarulhos, cerca de 1/3 de seu território, em sua porção norte, é caracterizado pela presença de uma densa cobertura vegetal de Mata Atlântica, que dá suporte a uma grande diversidade de animais e a uma rica rede de cursos d’água (rios, córregos e ribeirões). Essa região é integrante dos últimos remanescentes da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo – RBCV, incluída, em 1993, pela Unesco no programa “O Homem e a Biosfera” em função do papel estratégico que desempenha na promoção de serviços ambientais, tais como: a manutenção do microclima, a regulação térmica, a oferta de água para a população e o regime de chuvas.

3. Os outros 2/3 do território é caracterizado por usos urbanos em diferentes graus de


desenvolvimento do ponto de vista de infraestrutura urbana (ruas asfaltadas, iluminação pública e distribuição de água, principalmente), de serviços públicos oferecidos e de classes sociais.

4. Ao longo do século XX, foram implantadas as rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna e o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, as quais induziram a ocupação urbana e promoveram uma segregação sócio-espacial, estabelecendo núcleos urbanos pouco desenvolvidos, os quais têm recebido maior atenção do poder público, somente a partir da última década, decorrente do desenvolvimento econômico-social brasileiro e da retomada dos investimentos públicos em diversas áreas, como é o caso do Bairro dos Pimentas.

5. Do ponto de vista econômico, a cidade vem sofrendo uma transição, passando de um predomínio marcante de atividade industrial bastante diversificada, para um aumento crescente do setor de serviços, impulsionado pela instalação do Aeroporto Internacional, em 1985, que apresentou um movimento de 26,8 milhões de passageiros e 384 mil toneladas de cargas em 2010, segundo dados da INFRAERO (2011). Esse fator certamente tem implicado no peso relativo na economia do Município, sendo responsável pela alta demanda de serviços por parte da indústria, sobretudo no que se refere ao transporte e armazenagem de carga.

6. Guarulhos ocupa a nona posição na classificação dos municípios brasileiros com maior PIB (Produto Interno Bruto) e a segunda posição no Estado de São Paulo, atrás somente da Capital, segundo levantamento de 2008, realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados do Estado de São Paulo – SEADE, baseado no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Ainda, segundo a mesma fonte de dados, em relação ao Estado de São Paulo, Guarulhos ocupa o terceiro lugar na geração de Valor Adicionado (V.A.) no setor de serviços, e quarto lugar no setor industrial, dados relativos também ao ano de 2008. Assim sendo, é o maior município não-capital do Brasil.

7. Em termos de geração de emprego, há uma evolução positiva em Guarulhos, verificando-se um crescimento, passando de 200.200 postos registrados no mercado formal de trabalho no ano 2000, para 237.914 em 2005 e 299.929 em 2009, sendo somente na indústria, 115.054 postos de trabalho, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, posicionando-se, neste setor, em quarto lugar no Brasil e ficando atrás apenas dos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

8. Para as atividades econômicas mais importantes do Município, especialmente a industrial e de serviços, as rodovias existentes (Presidente Dutra, Ayrton Senna e Fernão Dias) desempenham um papel fundamental ao facilitar a ligação de Guarulhos com os centros urbanos da Grande São Paulo e regiões economicamente importantes do Estado de São Paulo e do País, consolidando a preponderância dos empreendimentos industriais e favorecendo, cada vez mais, a expansão das atividades de transporte, logística, turismo de negócios e de serviços.

9. As vantagens advindas da localização de Guarulhos fazem com que, atualmente, o Município seja um dos que mais atraem investimentos em todo o território nacional. Contribuem para esta tendência a existência de vários projetos e investimentos em


infraestrutura, projetando maior expansão econômica ao Município.

10. Entretanto, segundo o Plano Local de Habitação de Interesse Social da Secretaria Municipal de Habitação (2011), “Guarulhos se caracteriza como um município economicamente dinâmico e de baixo desenvolvimento social, embora sua produção industrial seja economicamente expressiva”. Ainda, segundo o mesmo estudo, o déficit habitacional em Guarulhos é de aproximadamente 52.647 residências, cuja demanda é de uma população que vive em assentamentos precários (favelas e loteamentos clandestinos). Desse total, cerca de 40,22% representa a necessidade da remoção de famílias em áreas de risco de inundações e escorregamentos.

11. Tal quadro é resultado do crescimento da população em Guarulhos, cujos índices estão acima da média da RMSP, atraída por oportunidades de emprego e renda para o município. Segundo o IBGE, Guarulhos passou de 1.072.717 habitantes em 2000 para 1.221.979 em 2010, crescimento, portanto, de 13,9%, enquanto a RMSP teve um crescimento de 10,1% nesse mesmo período.

12. Nas últimas décadas, Guarulhos tem apresentado índices de crescimento demográfico (chegando a registrar 3,23% ao ano na década de 1980) acima dos registrados na RMSP (1,9% ao ano), enquanto a Capital paulista registrou, neste mesmo período, índices de 1,2% ao ano. Estes dados evidenciam um processo de fluxos migratórios internos dessa região que engloba 39 municípios, estabelecendo-se uma tendência de esvaziamento populacional nas áreas urbanas centrais, especialmente na Capital, mais servidas de infraestrutura urbana e, simultaneamente, um aumento populacional acompanhado de um crescimento urbano horizontal acelerado nas áreas periféricas mais carentes de infraestrutura. Fato demonstrado por Santos (2006)1, onde na década de 1980, “entre os 532.724 moradores de Guarulhos, 379.652 (71,3%) eram de outros municípios, sendo a grande maioria do Estado de São Paulo”.

13. Fato confirmado também por Weick et. al. (2002)2, apontando que, do total do crescimento populacional de Guarulhos, entre 1991 e 1996, 67% foram de imigrantes. Este crescimento, especialmente nas décadas de 1970, 1980 e 1990, período de forte instabilidade econômica nos países periféricos, ocasionou um aumento do número de demandas acumuladas não atendidas pelo poder público municipal, estadual e federal, condição bastante presente em Guarulhos.

14. Entretanto, os dados do IBGE (2010) demonstram uma tendência na diminuição dos índices de crescimento populacional em Guarulhos e de migrações internas da RMSP, sendo que, mantida esta tendência, o poder público municipal, estadual e federal poderá avançar na oferta e melhoria da qualidade de serviços públicos na próxima década.

1 SANTOS, C. J. F. dos. Identidade Urbana e Globalização: a formação dos múltiplos territórios em Guarulhos/SP. São Paulo: Annablume, 2006.

2 WEICK, A. et. al. Tendências recentes de expansão Metropolitana e Intra-municipal: o papel da migração no caso do Mu-

nicípio de Guarulhos – SP. In: ENCONTRO NACIONAL DA ABEP, 13., 2002, Ouro Preto, Anais... – Ouro Preto, MG, 2002.


3. Estudo do crescimento populacional de Guarulhos

1. O crescimento populacional de Guarulhos, ao longo do século XX e XXI, apresentou elevadas taxas de crescimento populacional, tabela abaixo, chegando ao seu auge entre as décadas de 1950 e 1960, com uma taxa de 190,52%, ou seja, quase triplicou sua população em dez anos. O grande crescimento, neste período, é resultado do processo de industrialização brasileira, no qual a Grande São Paulo representou o maior expoente desta fase econômica, com a chegada de imigrantes de muitas regiões do Brasil e do Estado de São Paulo, que procuravam melhores oportunidades oriundas da expansão do parque industrial e das atividades comerciais.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

2. Entretanto, esse crescimento populacional observado em Guarulhos até a década de 1960 se deu em áreas próximas ao centro histórico da cidade. A partir de meados da década de 1970, não obstante a redução das taxas de crescimento populacional, a ocupação do território passou a se intensificar nas áreas periféricas da cidade, mapa abaixo, justamente no período de forte instabilidade econômica (fins de 1970 a 1990), onde o Poder Público (Estadual, Municipal e Federal) não acompanhou a oferta de serviços públicos e infraestrutura a toda população na mesma proporção da expansão urbana.

1920 5.961125,45

1940 13.439158,08

1950 34.683190,52

1960 100.760135,02

1970 236.811124,96

1980 532.72447,89

1991 787.86636,15

2000 1.072.71713,91

2010 1.221.979

ano população total crescimento (%)

TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL DE GUARULHOS


Mapa da evolução da área urbana em Guarulhos, segundo (GUARULHOS, 2008a)


3. A densidade demográfica (relação de número de habitantes em uma determinada porção do território) é reflexo direto, não somente das dinâmicas de fecundidade, natalidade e mortalidade, mas também de questões políticas, sociais e econômicas, as quais influenciam o processo migratório presente na Grande São Paulo e em Guarulhos. De acordo com Brito (2008), a transição demográfica é um processo social, longe de ser resultado de variáveis estritamente demográficas e que não pode ser considerada como neutra. Pelo contrário, ela é ao mesmo tempo causa e efeito das mudanças sociais e econômicas que têm ocorrido no Brasil. Deste modo, “[...] pode tanto criar possibilidades demográficas que potencializem o crescimento da economia, aumentando o bem-estar social, quanto potencializar as adversidades econômicas e sociais, ampliando as graves desigualdades sociais que marcam a sociedade brasileira” (BRITO, 2008, p.6). Se a transição demográfica não é neutra, ela depende de políticas que determinem o seu desenvolvimento. Nesta perspectiva, é possível fazer uma análise relacional entre pirâmide etária e políticas públicas, especialmente ações de desenvolvimento social e infraestrutura urbana3.

4. Os dados do IBGE (2000 e 2010) evidenciam, em Guarulhos, a diminuição de crianças, entre 0 e 14 anos, em relação às demais faixas etárias, o que influenciará sobremaneira os investimentos na área da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Em 2000, as crianças de 0 a 14 anos representavam cerca de 29,3% e, em 2010, foi de 24,43% da população total de Guarulhos (ver figuras abaixo).

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2000.

3 Colaborou nesse parágrafo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano - Departamento de Gestão Urbana - Divisão Técnica de Planejamento – Seção Técnica de Informações Socioeconômicas e Territoriais


Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.

5. Essa redução quanto ao número de crianças pode ser atribuída às baixas taxas de fecundidade decorrente do processo de autonomia da mulher, tanto no que se refere à sua inserção no mercado de trabalho, quanto ao maior esclarecimento sobre sua saúde reprodutiva, processos verificados no Brasil de um modo geral. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, houve uma queda na taxa total de fecundidade de 2,29 em 2000 para 1,8 filhos em 2010.

6. O gráfico abaixo demonstra a relação entre as faixas etárias, correspondentes às modalidades, etapas e níveis de ensino em Guarulhos, segundo dados do IBGE 2010.

FAIXA ETÁRIA - 2010

Dados IBGE 2010

0

10

20

30

40

50

60

70

80

70.998 38.047 101.265 88.181 63.618 859.870

5,81% 3,11%

8,29% 7,22%5,21%

70,36%

0 a 3 4 e 5 6 a 10 11 a 14 15 a 17 acima de 17


3.1 Regionalização da gestão pública em Guarulhos

7. Em 2008, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Guarulhos (SDU), mediante o Decreto Municipal nº 25.303, estabeleceu 11 Unidades de Planejamento Regional (UPR’s), mapa a seguir, com o objetivo de descentralizar a gestão do espaço urbano, sendo: UPR Centro, UPR Vila Galvão, UPR Taboão, UPR Cabuçu, UPR Cumbica, UPR Pimentas, UPR Bonsucesso, UPR São João, UPR Tanque Grande, UPR Capelinha e UPR Jaguari. Cabe destacar que a UPR Tanque Grande e a Jaguari são regiões protegidas por leis ambientais, a primeira municipal e a segunda federal.

UPR BAIRROS

CentroCentro, Bom Clima, CECAP, Vila Fátima, Gopoúva, Itapegica, Macedo, Maia, Monte Carmelo, Paraventi, Porto da Igreja, São Roque, Tranquilidade, Várzea do Palácio, Vila Augusta, Vila Barros e Ponte Grande

Vila GalvãoVila Galvão, Jardim Vila Galvão, Torres Tibagy, Picanço, Vila Rio e Cabuçu (cerca de 50% da população).

Cabuçu Cabuçu (cerca de 50% da população) e Invernada (cerca de 50% da população).

Taboão Taboão, Invernada (cerca de 50% da população), Bela Vista, Cocaia e Morros

Cumbica Cumbica

PimentasPimentas, Água Chata, Aracília, Itaim, Bonsucesso (cerca de 20% da população) e Presidente Dutra (Jd. Maria Dirce II).

BonsucessoBonsucesso (cerca de 80% da população) e Presidente Dutra (cerca de 90% da população), Sadokim, Água Azul e Mato das Cobras.

São João São João, Bananal, Lavras e Fortaleza

Tanque Grande Tanque Grande

Capelinha Capelinha

Jaguari Morro Grande


8. O Plano de Educação da Cidade de Guarulhos, ora em elaboração, apresenta as UPRs para seus estudos populacionais, sem desconsiderar o território municipal como um todo, e tendo em vista as tendências demográficas e características urbanas e sociais de cada região, tomando como base os dados do IBGE, com o objetivo de evidenciar as diferenças sociais, principalmente, das diferentes localidades de Guarulhos.

9. Assim, de acordo com dados do IBGE de 1980, 1991, 1996, 2000 e 2010, gráfico abaixo, observa-se que até 1991 houve uma tendência de crescimento populacional bastante elevada nas UPRs: Bonsucesso (167,55%), São João (150,74%), Cabuçu (133,28%), Pimentas (132%), Cumbica (63,92%) e Taboão (59,38%). É observado também crescimento menor nas UPRs: Vila Galvão (26,14%) e Centro (18,53%). Já nas UPRs Tanque Grande, Jaguari e Capelinha, os índices foram negativos (-88,18%, -63,58% e -61,01%, respectivamente).

Gráfico das taxas de crescimento populacional (%) das UPRs

Fonte: Campos (2011)4, a partir dos dados do IBGE (2010.

10. Entre 2000 e 2010, houve uma mudança nos índices populacionais nas UPRs. De um modo geral, todas as UPRs apresentaram uma tendência de queda das taxas de crescimento, com exceção das UPRs Capelinha, Jaguari e Bonsucesso. Na primeira, apesar do crescimento populacional, os números absolutos da população são incipientes, apenas 0,019%, em relação ao município como um todo. A segunda, como citado anteriormente, é uma região de controle ambiental e representa, em números absolutos, apenas 0,053% do total da população guarulhense. A terceira, no entanto, enseja atenção por se tratar de cerca de 12,59% da população total de Guarulhos.

11. Em relação aos números absolutos, gráfico abaixo, somente a UPR Vila Galvão apresentou número de habitantes negativos entre 2000 e 2010, depois de uma tendência de crescimento entre 1980 e 2000. Ou seja, em 2010 menos pessoas viviam nessa região em relação a 2000, redução de -6,58%. As UPRs Centro e Cumbica seguem com certa estabilidade e a UPR Pimentas, que seguia uma forte tendência de crescimento populacional entre 1980 e 2000 apresentou uma significativa redução das taxas de crescimento.

4 CAMPOS, D. C. de. Inundações: problemas ou fenômenos naturais? A ocupação das várzeas dos principais rios do Alto Tietê e a reprodução deste modelo urbano na Bacia do Rio Baquirivu Guaçu, Guarulhos, SP. Dissertação (mestrado). UnG, 2011.


12. Nesse gráfico, destaca-se as UPRs Bonsucesso, São João e Taboão, que apresentaram taxas bastante elevadas tendo, respectivamente, um acréscimo de 26.876, 25.458 e 23.978 habitantes, cerca de 51,13% relativo ao incremento populacional de Guarulhos no período 2000 a 2010.

Gráfico da evolução populacional, números absolutos, das UPRs

Obs: Nota-se que as UPRs Tanque Grande e Capelinha não são identificadas no gráfico por apresentarem população bastante

incipiente em relação ao conjunto das regiões. Fonte: Campos (2011).

13. Em relação à população de 0 a 3 anos de idade, o gráfico abaixo demonstra que, de um modo geral, entre os anos de 2000 e 2010 houve uma redução nesta faixa etária. Em 2010, a UPR Pimentas apresenta a maior demanda por vagas em creches, com 14.063 crianças, seguida pela UPR Centro com 10.988 e Taboão com 10.882.

Gráfico da relação de crianças de 0 a 3 anos de idade por UPR do ano de 2000 e 2010.

Fonte: Dados do IBGE (2010) e o Mapa de Inclusão e Exclusão Social de Guarulhos (2000).


14. A partir dos dados do IBGE (2010), foi possível identificar a população do município nas diferentes faixas etárias, de acordo com as modalidades, etapas e níveis de ensino, distribuídas pelas regiões de Guarulhos, conforme gráficos abaixo:

Relação do número de crianças de 4 e 5 anos de idade por UPR

Relação do número de crianças de 6 a 10 anos de idade por UPR


Relação do número de pré-adolescentes de 11 a 14 anos de idade por UPR

Relação do número de adolescentes de 15 a 17 anos de idade por UPR


15. Os dados apresentados evidenciam que em relação à Pré-Escola e ao Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), a região do Pimentas apresenta a maior demanda, seguida pela região do Taboão. Em relação ao Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano), a região do Cabuçu apresenta a maior demanda, seguida da região do Pimentas. No Ensino Médio, por sua vez, a região do Pimentas apresenta a maior demanda, seguida da região Centro.

16. Do ponto de vista do investimento público na área de Educação, e tendo em vista a necessidade de atendimento à população com maior necessidade de assistência do Estado, ou seja, com renda familiar abaixo de cinco salários mínimos, é apresentado um quadro quantitativo, por UPR, baseado em dados do IBGE (2000). Ressaltamos que esse tipo de dado relativo ao ano de 2010 do IBGE ainda não foi disponibilizado por esta Instituição. Proporcionalmente, as UPRs de maior e menor renda familiar são as seguintes:

UPR Total de famílias Até 5 salários mínimos Acima de 5 salários mínimos

Vila Galvão 48.689 47,87% 52,13%Centro 65.111 52,5% 47,5%Cabuçu 8.803 73,99% 26,01%Taboão 39.890 75,53% 24,47%

Bonsucesso 28.462 77,81% 22,19%Cumbica 23.440 79,7% 20,3%São João 27.746 83,33% 16,67%Pimentas 47.299 83,69% 16,31%

17. Os dados apresentados evidenciam que a maior demanda por educação pública em Guarulhos é a UPR Pimentas, especialmente em relação à creche (0 a 3 anos de idade) - cerca de 14.063 de crianças, Pré-Escola (4 e 5 anos de idade) – cerca de 7.753 e Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano (6 a 10 anos de idade) – cerca de 20.405 crianças. Em relação ao Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano (11 a 14 anos de idade), ofertado pela Rede Pública Estadual de Ensino, a UPR Cumbica apresenta a maior demanda, 25.529 crianças. No Ensino Médio (14 a 17 anos de idade), também sob a responsabilidade da Rede Estadual, novamente a UPR Pimentas apresenta a maior demanda, 12.875 adolescentes de 15 a 17 anos de idade.

18. Os dados reforçam ainda mais os investimentos relativos à Educação Pública na UPR Pimentas, pois cerca de 83,69% dos chefes de família ganham até cinco salários mínimos por mês.

4. Contextualização da Educação em Guarulhos

4.1 Rede Municipal de Ensino

1. A rede municipal de ensino de Guarulhos conta, hoje, com um total de 135 escolas próprias e 74 conveniadas, atendendo a Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial.

2. Até o ano de 1997, o município atendia apenas a Educação Infantil, EJA e Educação Especial. Neste ano, foi criada a primeira escola de Ensino Fundamental municipal da cidade, a Escola Paulo Freire.

3. Ao longo da última década, a rede municipal de ensino ampliou seu atendimento por meio de um grande programa de investimentos, partindo de cerca de 24 mil alunos em 2001, para aproximadamente 112,5 mil alunos em 2011.


Evolução do número de alunos do EJA / MOVA da rede municipal

Evolução do número de alunos da rede municipal integrada

Evolução do número de matrículas na creche das redes municipal e conveniada

Evolução do número de matrículas na pré-escola - redes municipal e conveniada

Evolução do número de alunos do ensino fundamental - rede municipal

Dad

os d

o D

epar

tam

ento

de

Ensi

no E

scol

ar -

DEE

. D

ata-

base

de

2011 -

25.0

5.2

011

Dad

os d

o IN

EP s

iste

mat

izad

o pe

lo D

PIE

, da

dos

2011 –

Dep

to.

de E

nsin

o Es

cola

r -

SM

ED

ados

do

Dep

arta

men

to d

e En

sino

Esc

olar

- D

EE. D

ata-

base

de

2011 -

25.0

5.2

011

Dados do Departamento de Ensino Escolar - DEE. Data-base de 2011 - 25.05.2011

Até

o an

o de

2006 a

red

e M

unic

ipal

ate

ndia

do

1º

ao 4

º an

o. A

par

tir

de 2

007

houv

e a

impl

anta

ção

do c

iclo

de

9 a

nos

e, a

ssim

, a

Red

e M

unic

ipal

pas

sa a

at-

ende

r do

1º

ao 5

º an

o, c

oncl

uind

o em

2011. -

Dad

os d

o D

epar

tam

ento

de

Ensi

no

Esco

lar

- D

EE. D

ata-

base

de

2011 -

25.0

5.2

011


4.2 Rede Estadual de Ensino4. A rede estadual de ensino conta hoje com 170 escolas em Guarulhos, que atende de

aproximadamente 198,6 mil alunos (dados de 2010), abrangendo a Ensino Fundamental, Ensino Médio e A Educação de Jovens e Adultos e a Educação Especial.

5. Iniciou, a partir de 2010 a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos, atendendo cerca de 34,8 mil alunos do 1º ao 5º ano e 90,8 mil do 6º ao 9º ano. No Ensino Médio são atendidos cerca de 54 mil alunos e na EJA 16,4 mil.

Prod

uzid

o a

part

ir d

e da

dos

do IN

EP s

iste

mat

izad

o pe

lo D

PIE

Dados do INEP sistematizado pelo DPIE - até julho de 2011

Dad

os d

o IN

EP s

iste

mat

izad

o pe

lo D

PIE


Dados do INEP sistematizado pelo DPIE - até julho 2011

Dados do INEP sistematizado pelo DPIE



6. Em relação ao ingresso de alunos do Ensino Médio da rede estadual de ensino ao Técnico/Profissionalizante, foi publicado em 12/07/2011 e atualizado em 21/07/2011 o Decreto Estadual nº 57121 de 11/07/2011, instituindo o Programa Rede de Ensino Médio Técnico - REDE, da Secretaria Estadual de Educação-Governo do Estado de São Paulo.

7. Segundo informações da Diretoria Regional Guarulhos Norte, o Programa foi “Lançado no dia 11 de junho pelo Governo do Estado de São Paulo, o programa Rede Ensino Médio Técnico irá integrar o ensino estadual ao técnico. O programa receberá investimento na ordem de R$ 60 milhões da Pasta e tem como meta beneficiar cerca de 450 mil estudantes até 2014.

8. No programa, a educação técnica profissional será oferecida na modalidade concomitante, na qual o aluno cursará o ensino médio na rede estadual e o técnico à parte, e na modalidade integrada, na qual a formação básica e o ensino técnico serão oferecidos em um único curso.

9. A modalidade concomitante será implantada em 155 municípios que possuem mais de 40 mil habitantes no segundo semestre deste ano, serão oferecidas 30 mil vagas para alunos matriculados no 2ª ano do Ensino Médio, que deverão se inscrever em uma das instituições credenciadas.

10. Já no modelo de ensino integrado, que terá início no próximo ano, a formação básica e o ensino técnico serão oferecidos em um único curso estruturado por uma equipe técnica formada por representantes da Secretaria da Educação, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e do Centro Paula Souza” (grifos nossos).

4.3 Escolas Particulares de Educação Básica

11. A rede particular de ensino de Guarulhos conta com aproximadamente 193 escolas, atendendo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio e Médio/Profissionalizante.

12. Além disso, Guarulhos conta com três unidades do SESI – Serviço Social da Indústria -, Jardim Adriana, Vila Sorocabana e Ponte Grande, as quais oferecem Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, com um total de 1.458 alunos nas três unidades.







Produzido a partir de dados do INEP sistematizado pelo DPIE

4.4 Ensino Técnico e Profissionalizante13. Guarulhos conta com um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, cinco

entidades de ensino do sistema S5, sendo uma unidade do SENAI, que oferece cursos profissionalizantes, três unidades do SESI, já mencionada, e uma do SENAC.

14. IFESP - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia é uma instituição pública federal que oferece educação tecnológica, tais como: Técnico em Automação industrial – 40 vagas (noturno); Técnico em Manutenção e suporte em informática, integrado com a secretaria do estado da educação – 40 vagas (vespertino); Técnico em Automação industrial, integrado com a secretaria do estado da educação – 40 vagas (vespertino); Superior em Tecnologia em Automação Industrial – 40 vagas (noturno); Superior em Tecnologia em Análise e desenvolvimento de sistemas – 40 vagas (noturno); Superior em Licenciatura em Matemática – 40 vagas (matutino); Proeja FIC – Metal mecânica em parceria com o Município de Guarulhos (matutino); POJ – Projeto de oportunidade aos jovens em parceria com o Município de Guarulhos (matutino).

15. Além dos cursos já citados, são oferecidos os seguintes cursos/programas: CERTIFIC em Eletricista instalador predial e eletricista de redes de computadores; Cursos de curta duração tais como: Desenho assistido por computador, informática básica, língua portuguesa, redação, entre outros.

16. Está previsto para 2012, o início do curso de pós-graduação na área de gestão de projetos em desenvolvimento de sistemas de software, com 20 vagas, com carga horária de 360 horas ministradas em 3 semestres letivos.

17. Atualmente o Campus Guarulhos conta com 1195 alunos matriculados, um grande aumento desde 2006 que contava com 165, além de 46 docentes e 31 técnicos administrativos.

18. A IFSP estabelece parcerias com a Secretaria do Estado da Educação, as Secretarias de Educação e do Trabalho do Município. Além destas parcerias, o IFSP estabelece parcerias com instituições de ensino de outros países.

5 O chamado Sistema “S” é formado por organizações criadas pelos setores produtivos (indústria, comércio, agricultura, trans-portes e cooperativas) com a finalidade de qualificar e promover o bem-estar social de seus trabalhadores.


SISTEMA “S”:

SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial em Guarulhos oferece 26 cursos profissionalizantes, sendo: Administração e Negócios, Aplicativos Avançados, AutoCad aplicado em Arquitetura e Urbanismo, Beleza, Certificação em Tecnologia, Computação Gráfica, Comunicação Social, Comércio Exterior, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento de Sistemas, Design, Eventos, Finanças e Contabilidade, Gestão Executiva, Gestão de Pessoas, Gestão em Tecnologia da Informação, Hotelaria, Iniciação em Informática, Internet, Logística, Marketing e Vendas, Moda, Redes de Infraestrutura, Responsabilidade Social, Saúde e Bem-Estar e Segurança e Saúde do Trabalho.

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – com uma unidade no Jardim Paraventi (Escola Hermenegildo Campos de Almeida), oferece os seguintes cursos para alunos que concluíram o Ensino Fundamental, com idade mínima de 14 anos: Automação Hidráulica Industrial, Automação Pneumática Industrial, Comandos Elétricos, Eletricista Instalador, Controladores Lógicos Programáveis, Auxiliar de Eletrônica, Eletrônica Analógica, Assistente Administrativo, Auxiliar de Departamento Pessoal, Auxiliar de Contabilidade, Excel Avançado, Implantação de Redes Locais, Informática Básica, Montagem e Manutenção de Microcomputadores, Operador de Empilhadeira, Analista de Controle de Qualidade, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – NR 10, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – NR 10 – Reciclagem, CAD 2D para Mecânica, Controle Dimensional, Desenhista de Mecânica, Desenho Técnico Mecânico, Ferramenteiro de Corte e Dobra, Inspetor de Qualidade, Matemática Aplicada a Mecânica, Mecânico Usinagem Convencional, Operador de Máquina de Medir Por Coordenadas Tridimensional a CNC, Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC, Programação e Operação de Torno CNC, Soldagem de Manutenção e Solidworks.

É importante destacar que em Guarulhos existem ainda escolas particulares que ofertam cursos de ensino profissional, os quais não existem dados e, portanto, carecem de mecanismos de controle e monitoramento, destinado ao melhor atendimento à população.

4.5 Ensino Superior

19. O Ensino Superior em Guarulhos conta com uma universidade Federal e duas particulares, uma faculdade Estadual e cinco particulares.

UNIFESP – A Universidade Federal de São Paulo possui um campus em Guarulhos no Bairro do Pimentas inaugurado em 2007 com 400 alunos matriculados neste ano, passando a 800 em 2008, 1.530 em 2009, 2.147 em 2010 e 2.780 em 2011. A primeira turma de formandos foi no ano de 2010 com 99 graduados.

Com 195 docentes oferece os cursos de Ciências Sociais com 120 vagas, Filosofia com 120 vagas, História com 120 vagas, História da Arte com 50 vagas, Letras com 200 vagas e Pedagogia com 120 vagas, todos no período vespertino e noturno. Além disso, possui um programa de mestrado nas áreas de Ciências Sociais, Filosofia, História e Educação e Saúde na Infância e na Adolescência, todos no período matutino.

UNG – A Universidade Guarulhos é uma instituição particular de ensino universitário que oferece 14 cursos de graduação no campus centro, sendo: Administração, Arquitetura e Urbanismo,


Ciências Biológicas, Ciências da Computação, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Desenho Industrial, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia, Farmácia, Bioquímica e Fisioterapia. Além disso, oferece XX cursos de tecnológicos, XX Pós-Graduação Lato Sensu e XX Stricto Sensu e X MBA, atendendo a um total de XXX alunos aproximadamente. São XXX funcionários técnico-administrativos e XXX docentes. AGUARDANDO INFORMAÇÕES

UNIFIG – Universidade Integrada Guarulhos, instituição particular oferece os cursos de: Administração, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Direito, Educação Artística, Educação Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Normal Superior, Educação Infantil E Ensino Fundamental.

FATEC - Faculdades de Tecnologia do Centro Paula Souza. Única faculdade pública estadual em Guarulhos, criada em 2007, oferece cursos tecnológicos nas áreas de Logística e Logística Aeroportuária, ambos com duração de seis semestres e em três períodos: manhã, tarde e noite.

20. No curso de Logística são oferecidas 40 vagas semestrais para o período da tarde e 40 vagas para o período da noite, totalizando 80 vagas.

21. No curso de Logística Aeroportuária são oferecidas 40 vagas semestrais para o período da manhã.

22. No segundo semestre de 2011, a FATEC Guarulhos firmou parceria com o Instituto FATEC AFRO para o oferecimento de cursinho pré-vestibular.

23. Além disso, a faculdade tem promovido eventos direcionados à comunidade, como cursos extra-curriculares, como exemplo: Excel avançado, Espanhol, Direito do Consumidos, bem como evento para esclarecer informações sobre os cursos oferecidos e a faculdade: “FATEC – Guarulhos de Portas Abertas”.

ENIAC: Faculdade particular que oferece os seguintes cursos: de tecnologia em redes de computadores, em banco de dados e internet com Web Design. Gestão empresarial, financeira, em recursos humanos, logística, marketing e em hotelaria. Sistema de informação. Administração.

Faculdades Integradas Ciências: Instituição particular que oferece cursos de: Biologia, Ciências Sociais, Enfermagem, Psicologia, Fisioterapia, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia, Psicologia, Psicopedagogia, Metodologia e Didática do Ensino Superior, Educação Ambiental.

IDEPE: Instituição particular que oferece cursos: Administração, Sistemas de Informação, Turismo, Nutrição, Ciências Biológicas e Ciências Contábeis.

Torricelli: Instituição particular que oferece cursos de: Administração, Engenharia, Pedagogia, Ciências Contábeis, Tecnologia em Redes de Computadores, Tecnologia em Gestão de Logística, Tecnologia em Gestão de Web, Engenharia Elétrica.

ESPA – Escola Superior Paulista de Administração oferece os cursos de graduação de Administração e Gestão Financeira.


4.6 Ensino Profissional – FIC – Formação Inicial Continuada

24. Formação Profissional Inicial - A proposta de Formação inicial da Prefeitura de Guarulhos é definida como uma ação de caráter includente, não compensatória, que contribua fortemente para inserção e atuação cidadã no mundo do trabalho. Com carga horária de 160 horas (CTMO- Qualificação Social e Profissional) e 200 horas ( Programas em parceria com o Governo Federal), deve articular-se com a elevação de escolaridade, por meio de políticas públicas de educação, possibilitar atividades político pedagógicas baseadas em metodologias inovadoras, proporcionar a avaliação diagnóstica e processual durante os cursos como um momento de aprendizagem para o educando e de reflexão para reorientar a prática pedagógica do educador. Possui também programas direcionados para segmentos com maior dificuldade de ingresso no mercado de trabalho, como mulheres (Programa Bolsa Auxílio ao Desempregado - PEBAD) e jovens (Oportunidade ao Jovem - POJ e Aprendiz). Os cursos oferecidos contemplam as seguintes áreas: administrativa, controle de qualidade, elétrica, cabeleireiro, corte e costura, informática, organização de eventos, sonorização com ênfase em sonoplastia, bombeiro brigadista civil, agente de turismo receptivo, agente de proteção social, recreação e construção civil em parceria com o SENAI. No caso das parcerias com o Governo Federal os cursos são definidos anualmente de acordo com as demandas apontadas pelo mercado de trabalho.

5. Diretrizes e princípios da Educação em Guarulhos

5.1 A educação como mola propulsora de mudanças

1. A educação é, sem dúvida alguma, uma das principais molas de mudanças sócio-político-culturais de um país. Segundo Paulo Freire, a educação sozinha não realiza tais mudanças, contudo, sem ela tais mudanças não acontecem.

2. Dessa maneira, para se discutir a importância e o papel da educação, são necessárias algumas reflexões: que Mundo desejamos para que a Vida aconteça plenamente, e que ser humano queremos formar para ser e estar neste Mundo?

3. É bastante evidente que a sociedade em que vivemos atualmente, globalizada e excludente, aponta caminhos que valorizam o individualismo, a competição, o acúmulo constante de necessidades forjadas pelos meios de comunicação (programas televisivos, revistas, jornais, redes sociais na internet, etc.) e pelos esquemas do mercado financeiro, ultrapassando as fronteiras nacionais. E o Brasil não está alheio a tudo isso. Alguns dados reforçam esta situação, “os números revelam que a população brasileira apresenta uma elevada taxa de analfabetismo, mesmo se comparada à de outros países do próprio continente sul-americano, como o Equador, Chile e Argentina. Eles mostram, porém, uma redução sistemática das taxas de analfabetismo (...). O número total de analfabetos no Brasil, no entanto, permaneceu praticamente o mesmo nos últimos anos, girando em torno de 14 milhões de pessoas (...) a taxa de analfabetismo entre os mais pobres é nove vezes superior à verificada entre os mais ricos”, segundo estudos do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPE de 2010.

4. Assim, deve ser nosso compromisso político-sócio-educacional construirmos agora e sempre possibilidades efetivas para que a educação de nossa cidade tenha o papel


central de formar cidadãos que se desenvolvam em todas as dimensões do humano (cognitivas, sociais, políticas, artísticas, corporais, sensoriais, sexuais, etc.) com criticidade, criatividade, solidariedade, enfim, com capacidade de tomar decisões individuais e coletivas, numa perspectiva de respeito pleno à diversidade. E que possam, juntos, encontrar caminhos que apontem para a construção permanente de uma sociedade de valores e harmonia com o meio do qual fazemos parte e onde obtemos as condições para a Vida.

5. Tudo isso não pode ser apenas um sonho, pois, como o Homem é um ser incompleto e de relações, “está no mundo e com o mundo (...). Pode objetivar-se (...) distinguir entre um eu e um não-eu, (...). Isto o torna um ser capaz de relacionar-se; de sair de si; de projetar-se nos outros; de transcender”.(Freire, 1981, p.30). Sendo o homem inacabado, ele procura se educar, ele está sempre na busca de seu aperfeiçoamento, busca se completar no outro e com o outro, estabelece relações, cria, amplia seus horizontes, desenvolve inúmeras possibilidades, forja e constrói caminhos, não só individuais como coletivos. Fundamentalmente, o ser humano pode mudar a si próprio e ao ambiente em que vive e, para isso, a educação é fundamental.

6. “Neste sentido, afirmamos o nosso propósito de construir uma sociedade livre, democrática, justa, fraterna, de paz, multicultural, pautada no desenvolvimento sustentável. A sociedade que sonhamos não é sem conflitos, pois isto seria a-histórico, mas é uma sociedade em que os conflitos—inerentes aos relacionamentos de pessoas, instituições, governos e nações—são tratados tendo por base este mesmo conjunto de valores que desejamos para a sociedade” (Vasconcellos, Celso dos S. Fundamentos Político-Pedagógicos da Educação em Guarulhos, Celso Vasconcelos, Plano Municipal de Guarulhos, agosto, 2011).

5.2 A Educação como direito social

7. “O direito à educação, que durante longos anos no Brasil significou o direito de matrícula em alguma escola, depois dos avanços recentes e da reflexão sobre os direitos individuais consagrados na Constituição Federal de 1988, significa o direito ao aprendizado. Em relação ao aprendizado, ficamos com o equilíbrio e a beleza da proposta de Antônio Nóvoa, sociólogo português:

Vale a pena ser ensinado tudo o que une e tudo o que liberta. Tudo o que une, isto é, tudo que integra cada indivíduo num espaço de culturas e sentidos. Tudo o que liberta, isto é, tudo o que promove a aquisição de conhecimentos, o despertar do espírito científico [...] e tudo o que torna a vida mais decente.”

8. A Constituição Brasileira, Carta Magna da Nação, garante em seu art. 6º que a educação é um direito de todos e de todas, portanto, garante a igualdade e a equidade como bens comuns em relação a este direito social.

9. Cabe às políticas educacionais dos diferentes entes federativos (União, Estados e Municípios), de acordo com suas responsabilidades específicas, garantirem as condições para que os alunos e alunas de todas as modalidades, níveis e etapas de ensino tenham acesso e permanência à educação. Esta educação deve ser, não só


de qualidade, mas de qualidade social, entendida como a garantia fundante para o desenvolvimento pleno de sua cidadania, com valores solidários e de respeito à diversidade de gênero, raça, classe social, crenças e orientação sexual, mediante: o direito a brincar, ao lúdico, a ser cuidado e aprender, à aprendizagem relativa à sua vivência e sempre ampliada, às relações afetivas, ao conhecimento de si, do outro e do mundo, que ele aprenda a ler, a escrever, com entendimento pleno do que lê e escreve que saiba interpretar, tendo como perspectiva o letramento, que tenha acesso às diversas e diferentes áreas e a todas manifestações artísticas, que aprenda sobre de seu corpo e sua sexualidade, sobre o mundo das profissões, da tecnologia, desde as mais simples às mais avançadas, enfim, que ele possa ter acesso ao conhecimento construído pela humanidade, sentir-se parte dela e, portanto, com direito a ela e a modificá-la, quando necessário.

10. Direito ainda à arte educação, onde a “dança, o teatro, a música, a literatura, as artes plásticas representam formas de expressão criadas pelo homem como possibilidades diferenciadas de dialogar com o mundo. Esses diferentes domínios de significados constituem espaços de criação, transgressão, formação de sentimentos e significados que fornecem aos sujeitos, autores ou contempladores, novas formas de inteligibilidade, comunicação e relação com a vida, reproduzindo-a e tornando-a objeto de reflexão” In: Ensino Fundamental de nove anos - Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade- MEC-Secretaria de Educação Básica-2007.

11. A educação como construção sócio-histórico-cultural é produto do trabalho de todos os Homens e, assim, deve ser também usufruída por todos, como direito e não como um favor de quem quer que seja.

12. Como diz Wallon, “Todos os educandos, quaisquer que sejam suas origens familiares, éticas têm igual direito ao desenvolvimento máximo que sua personalidade implica” (Wallon, 1977, p.178).

13. Para a construção de uma educação de qualidade social deve haver necessariamente a colaboração de diferentes e diversos olhares: família, professores, gestores e funcionários escolares, poder público, meios de comunicação e outras instâncias da sociedade civil.

14. “Para ajudar a concretizar esta educação que almejamos, mediadora da formação integral do educando, construtor da sociedade que desejamos, assumimos as seguintes diretrizes gerais para o trabalho educativo em nosso município:

I. Democratização do Acesso e Permanência em todos os níveis, etapas e modalidades de Educação e de Ensino

Princípios Operacionais:

- Educando como Sujeito de Direitos, em particular o Direito de Aprender

- Cuidado

- Inclusão


- Diversidade como um valor (e não como um problema) nos espaços educativos; multiculturalismo

- Acolhimento, valorização e diálogo com a cultura e os saberes populares

- Valorização da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Educação Superior, Educação Especial, Educação Indígena

- Ciclos de Formação/Tempos da Vida

- Avaliação emancipatória, partindo do pressuposto de que todo ser humano é capaz de aprender se lhe forem dadas as condições; se não está conseguindo, tem de ser ajudado e não excluído.

- Políticas Sócio-Educativas; integração das redes sociais de atendimento

- Cidade Educadora

II. Qualidade Social da Educação


- Desenvolvimento humano integral dos sujeitos (diversas dimensões do ser humano em seu processo de formação)

- Ciclos de Formação/Tempos da Vida: redimensionamento dos tempos e espaços da escola

- Formação como condição essencial para o desenvolvimento pleno do Projeto Político-Pedagógico do Município de Guarulhos

- Formação do educador e do educando contemplando a ação educativa em sentido amplo, integrando ao trabalho as diferentes e variadas manifestações culturais como instrumento de democratização e socialização dos bens culturais, patrimônio de toda a coletividade. Ampliação do conceito de currículo.

- Acesso crítico e criativo às novas tecnologias de informação e comunicação

- Planejamento, Registro e Sistematização do trabalho como instrumentos de qualificação e formação

- Avaliação como exercício crítico de reflexão sobre a prática, visando o avanço da sua qualificação

III. Valorização dos Profissionais da Educação


- Valorização do trabalho humano


- Reconhecimento e valorização das diferentes trajetórias e identidades dos educadores

- Visão positiva da escola e de seus profissionais (ênfase à positividade); valorização das práticas dos educadores

- Educadores como sujeitos das práticas educativas, autores e atores do processo

- Formação permanente

- Criação das condições materiais para garantir a estruturação e o funcionamento da escola

- Projeto Político-Pedagógico dialogando com a realidade da comunidade e da sala de aula

IV. Gestão Democrática da Educação


- Participação (como direito e não como concessão)

- Trabalho Coletivo

- Diálogo

- Transparência

- Autonomia

- Responsabilidade com a coisa pública

- Escola como espaço democrático

- Comunidade na escola

15. “Estas são as diretrizes que nos guiam em direção a uma educação que de fato ajude a formar o cidadão completo, autônomo e consciente de seus direitos e deveres, crítico, criativo e solidário” (Vasconcelos, Celso S. Fundamentos Político-Pedagógicos da Educação em Guarulhos, in Plano Municipal de Educação de Guarulhos, agosto, 2011).

16. É de responsabilidade legal do Poder Público Municipal, na área da Educação, a Educação Infantil (de 0 a 3 anos – creche e de 4 a 5 anos – pré-escola). O Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano) a Educação de Jovens e Adultos – EJA (1º, 2º e 3º ciclos) também estão presentes na educação Municipal com muita força político-pedagógica. O Movimento de Alfabetização de Adultos – MOVA é incentivado pelo Poder Público Municipal.

17. Ao Poder Público Estadual cabe a responsabilidade também pelo Ensino Fundamental e pelo Ensino Médio, além de oferecer Ensino Superior – FATEC.


18. Guarulhos ainda conta com uma universidade pública federal – UNIFESP, no Bairro dos Pimentas, que oferece cursos de graduação nas áreas de Ciências Sociais, Filosofia, História, História da Arte, Letras e Pedagogia.

19. Na Rede Particular encontramos escolas de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, ensino profissionalizante e superior.

20. Todas essas instituições foram objeto de apresentação no capítulo anterior.

21. Assim, para firmarmos nossa visão de Mundo, de Homem e de Educação, abrangente, esperançosa e do educando que desejamos formar para a vida de agora, de hoje e de amanhã, no mundo contemporâneo, algumas considerações finais.

22. “A educação como projeto emancipatório é aquela que não só nos permite desenvolver nossa autonomia, mas também compreender que a esfera da libertação se dá na tomada de consciência de que a instituição de direitos e o exercício da cidadania são conquistas coletivas”.

Fernandes, T.R. EDUCAÇÃO COMO EMANCIPAÇÃO: Do Que Estamos Falando? Revista Direcional Educador, set.-2011.

• Priorizamos a construção de uma educação humanizadora, fundamentada nos direitos humanos, no respeito à diversidade (raça, cor, gênero, crenças religiosas, classes sociais, orientação sexual, etc), na participação de todos os envolvidos na educação de crianças, jovens e adultos, buscando a concretização de uma sociedade melhor, justa e fraterna, onde o humano seja/possa ser realmente humano em todas as suas dimensões.

• Acreditamos em uma educação emancipadora, libertadora, que desenvolva no educando o sentido de pertencimento, considerando seus direitos e deveres respectivamente.

• Educação como espaço de interação social, de aprendizagem e de desenvolvimento humano pleno (saberes conceituais, atitudinais e procedimentais, construídos e em construção pela Humanidade), de descoberta, de criação e de afirmação de valores democráticos e solidários.

• Educação como projeto societário, onde o sujeito histórico possa pensar construir, reconstruir, coletiva e dinamicamente, as bases sociais, econômicas, políticas, culturais e educacionais desse projeto.

• A educação formal – aquela que acontece na escola, com o desenvolvimento do projeto político-pedagógico, potencializadora do espaço escolar, como um espaço vivo, destinado a aprender a aprender, a aprender a ser, aprender a conviver, a pesquisar, a fazer, ao autoconhecimento, a conhecer e ter domínio de instrumentos específicos que possibilitem novos conhecimentos, como por exemplo, as diferentes tecnologias, os recursos audiovisuais e conteúdos multimidiáticos.

• Educação como um instrumento de ampliação da capacidade humana de lidar com o mundo do trabalho e relacionar-se com a transformação com as linguagens comunicacionais e de expressão, com o avanço das tecnologias e com os desafios sociais contemporâneos.


• Educação que assegure a aquisição de conhecimentos e habilidades cognitivas garantindo o preparo para o desempenho profissional conforme os novos padrões tecnológicos.

• Educação que permita a formação de hábitos e valores que favoreçam o convívio com mudanças e diferenças, e promovam a solidariedade, a justiça e rejeição das desigualdades sociais.

• Educação que potencialize a escola como um espaço plural, tanto do ponto de vista do acolhimento da multiplicidade dos sujeitos em seus diferentes e diversificados aspectos da condição humana, como do ponto de vista do reconhecimento da individualidade de cada um, como forma de superação das práticas individualistas.

• Educação que potencialize o projeto político-pedagógico como produção do conhecimento institucional a cerca da sua compreensão do processo educativo e sobre os princípios e valores que orientam o trabalho em cada escola, objetivando a formação dos diferentes protagonistas que a constituem.

• Educação como oportunidade de inclusão social, de todos (as) e acesso aos bens produzidos pelo conjunto da sociedade.

• A Educação Ambiental deve ser abordada do ponto de vista social, econômico, cultural e político, como apontou Indira Gandhi na Conferência sobre o Meio Ambiente em Estocomo, 1972, ou ainda, segundo Ignacy Sanchs: “desenvolvimento socialmente includente, ambientalmente sustentável e economicamente sustentado” e que seja garantido politicamente. Para tanto, a implementação de uma Política de Educação Ambiental exige uma abordagem processual das diferentes e diversas áreas do conhecimento por parte dos profissionais formuladores de políticas públicas. A busca por práticas sustentáveis passa pela formação de cidadãos críticos e com práticas ambientais sustentáveis.

• De acordo com uma visão contemporânea de educação, a educação inclusiva vai além do respeito às limitações físicas, pois o fundamento humano vinculado a alguma deficiência depende das condições concretas oferecidas pelo grupo social, que podem ser adequadas ou empobrecidas. “Não é o ‘déficit’ em si que traça o destino da pessoa. Esse destino é construído pelo modo como a deficiência é significada, pelas formas de cuidado e educação recebidas pela criança, enfim, pelas experiências que lhes são propiciadas (QSN, p.23).

• Sem dúvida nenhuma, deixamos claro o papel do professor como mediador do processo ensino-aprendizagem e propositor de Políticas Públicas. É ele o principal agente dessa construção, portanto, ele terá que se constituir como um profissional qualificado e comprometido com esse processo, conhecendo não só quem é seu aluno, sua família, seus anseios, suas preocupações, enfim, sua origem, o bairro onde a escola está inserida, os arredores, a cidade, o estado, o país, o continente, o mundo. O cuidar e o educar fazem parte de um todo a partir da educação infantil e adquire outras dimensões no decorrer de sua atuação nas diferentes modalidades. As relações e as interrelações entre professor e aluno são fundantes para que a aprendizagem aconteça,


e é o professor quem vai mediar as relações, os cuidados, os afetos, os procedimentos metodológicos, e, basicamente, os saberes a serem ensinados e trabalhados com os educandos (saberes conceituais, atitudinais e procedimentais).

• Para tanto, o professor precisará ser basicamente valorizado quanto à sua formação inicial e à sua formação permanente, bem como, quanto à sua remuneração: Programa de Formação Permanente e Plano de Carreira (Lei nº 6058/2008, atualizada pela Lei nº6711/2010).

• Finalmente, abordamos a questão do currículo, que diz respeito diretamente ao o quê ensinar na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos/MOVA.

• A Rede Municipal de Educação de Guarulhos construiu coletivamente sua Proposta Curricular – Quadro de Saberes Necessários – QSN, respondendo à seguinte questão: “para formar o aluno que desejamos, de acordo com o nosso Projeto Político-Pedagógico - PPP, (sujeito autônomo intelectual e moralmente, crítico, criativo, solidário, feliz) que saberes são necessários, tanto do ponto de vista conceitual, quanto procedimental e atitudinal?” Secretaria de Educação de Guarulhos, Proposta Curricular – Quadro de Saberes Necessários, abril, 2010.

6. Rede Municipal de Ensino: Concepções e finalidades de cada modalidade, Níveis e Etapas de Ensino da Rede Municipal

quantos passos

é preciso dar

para se chegar

à curva do caminho

é o que só se sabe

depois,

à medida que se chega...

Eduardo Guimarães

6.1 Diversidade e inclusão educacional

Concepções e finalidades:

1. A Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos, em seu Projeto Político- Pedagógico, fundamenta-se em uma política de educação que compreende a escola como espaço plural, neste sentido busca ampliar a discussão do respeito à diversidade humana.


2. Nesta perspectiva deve ter como um dos focos o direito de acesso à escola e de permanência nela, visando à aprendizagem do (a) educando(a) e à melhoria da qualidade de ensino, considerando as diferenças étnico-raciais, de gênero, de orientação sexual, de vulnerabilidade social e de condições orgânicas diferenciadas, entre outras, não como obstáculo para o cumprimento da ação educativa, mas como fatores de enriquecimento social para todos e todas.

3. Esta Secretaria vem, ao longo dos anos, implementando ações que buscam uma educação pautada nessas concepções.

4. Para a compreensão e efetivação das políticas públicas é necessária a sistematização das diretrizes e concepções que norteiam as ações. Diante disto, um dos avanços significativos foi à construção e sistematização do Quadro de Saberes Necessários, no qual se evidencia uma proposta curricular que vislumbra uma escola democrática e inclusiva, quando explicita saberes considerando as dimensões do humano de modo a favorecer o respeito às diferenças e o combate à discriminação de qualquer tipo e natureza.

5. A partir do processo de democratização da escola, evidencia-se o paradoxo inclusão/exclusão quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo pessoas e grupos considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola. Assim, sob formas distintas, a exclusão tem apresentado características comuns nos processos de segregação e integração, que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar.

6. Tendo como referência os direitos humanos e o conceito de cidadania fundamentado no reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na regulação e produção das desigualdades. Essa problematização explicita os processos normativos de distinção dos educandos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e linguísticas, entre outras, estruturantes do modelo tradicional de educação escolar.

7. Reconhecendo as dificuldades históricas e sociais da Educação, seus conflitos em busca de uma homogeneização que tem negado a diversidade humana, a Educação Inclusiva deve se preocupar com todos aqueles que tiveram os seus direitos negados.

8. Direitos de acesso à educação, à cultura, ao lazer, às artes, enfim, ao desenvolvimento integral de suas potencialidades.

9. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/SEESP, 2008) explicita que o movimento mundial pela Educação Inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os (as) educandos (as) de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.

10. Dessa forma, a Educação Inclusiva pode ser definida como uma reforma educacional que promove a educação conjunta de todos os educandos, independente de suas


características individuais ou condição socioeconômica, removendo barreiras à aprendizagem e valorizando as diferenças para promover uma melhor aprendizagem de todos (MEC/SEESP, 2008).

11. Assim, acreditamos na proposta de uma educação pautada nos pressupostos da teoria histórico-cultural, na qual a essência do homem é social. Nesse contexto, Vygotsky enfatiza o papel fundamental do processo ensino-aprendizagem e das interações sociais para o desenvolvimento humano [...] “o aprendizado humano pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que a cercam” (VYGOTSKY, 1984, p. 99). Portanto, o desenvolvimento humano se dá na e pelas interações sociais.

12. A postura pedagógica aqui proposta pressupõe uma concepção de Homem que permita compreender os processos de aprendizagem e desenvolvimento a partir de uma visão sócio-histórica e não mais a-histórica e individualizante. É necessário romper com a ideia de uma natureza humana desvinculada e anterior ao social. Isso significa compreender as dificuldades na aprendizagem, os atrasos no desenvolvimento, e mesmo as diferentes formas de deficiência enquanto construções sociais, que não se encontram a priori no indivíduo, mas que vão se formando e se cristalizando nas e pelas interações sociais.

13. A atenção à diversidade da comunidade escolar baseia-se no pressuposto de que a realização de adequações curriculares pode atender a necessidades particulares de aprendizagens dos (as) educandos (as). Considera-se que a atenção à diversidade deve-se concretizar em medidas que levam em conta não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos dos (as) educandos (as), mas também seus interesses e motivações.

14. Finalizando, ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias, há que se efetivar ações para superá-las, tais como: recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para plena participação de todos(as) os(as) educandos (as), considerando suas necessidades específicas e fundamentalmente à mudança de olhar para uma mentalidade inclusivista. Além da efetivação de políticas públicas fundamentadas na garantia dos direitos humanos.

15. A Educação Inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão.

6.2 Educação Socioambiental


16. A crescente transformação dos recursos naturais (minérios, madeira, petróleo etc.) em mercadorias tem causado dois efeitos danosos: de um lado, o esgotamento dos recursos naturais, causando desequilíbrios e, de outro, a produção de volumes cada vez maiores de resíduos que são lançados no solo, na água e na atmosfera. Esse


crescimento da produção, como modo de atender às necessidades de uma população crescente e com expectativas de qualidade de vida cada vez mais sofisticadas, se contrapõe à demanda social por um desenvolvimento sustentável, que possa garantir a preservação dos recursos naturais e o direito à qualidade de vida para todos.

17. Entende-se como desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer as necessidades das futuras gerações. Entretanto, numa sociedade que enaltece o conceito de globalização, perpetuando um modelo econômico consumista, assentado na competição e disseminado pelos modernos meios de comunicação, o alcance da sustentabilidade torna-se um desafio a ser alcançado. Desafio esse ainda maior, quando esse modelo é apresentado como sinônimo de progresso, beleza e modernidade - estratégia midiática que tudo vende como mercadoria - inclusive a cultura da violência, de saberes superficiais e de conhecimentos fragmentados.

18. Posto isso, entende-se que as questões ambientais devem ser abordadas do ponto de vista social, econômico, cultural e político, como apontou Indira Gandhi na Conferência sobre o Meio Ambiente em Estocomo, 1972, ou ainda, segundo Ignacy Sanchs: “desenvolvimento socialmente includente, ambientalmente sustentável e economicamente sustentado” e que seja garantido politicamente.

19. Dessa maneira, fica claro que a problemática da degradação ambiental é bastante complexa e perpassa por todas as áreas de conhecimento. Trata-se da relação Homem/Natureza, portanto, das interações sociais, culturais e políticas refletidas no meio ambiente, o que estabelece uma grande responsabilidade aos agentes responsáveis pela degradação ambiental, em seus diferentes graus. É um dever do Estado a implementação de políticas públicas que contemplem um equilíbrio socioambiental, mediante ações práticas de controle e, principalmente, que tenham como objetivo a formação plena de cidadãos críticos, com práticas socioambientais sustentáveis, capazes de questionar o modelo consumista do mundo atual. Esse objetivo deve ser fundante no processo de ensino-aprendizagem de todas as modalidades, etapas e níveis de ensino, objetivando a formação integral dos educandos, dentro de seu Tempo de Vida.

6.3 Educação Infantil

20. A Educação Infantil tem como proposta uma educação de qualidade social para todas as crianças de zero a cinco anos, respeitando as especificidades das temporalidades do desenvolvimento da infância.

Brincar com crianças não é perder tempo, é ganha-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em sala sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.

Carlos Drummond de Andrade.


21. A perspectiva da Educação Infantil em Guarulhos propõe romper com as práticas cristalizadas de “escolarização” da infância, de forma a respeitar o tempo próprio do desenvolvimento da criança, num movimento de superação das formas de agir e pensar que privilegiam apenas o elemento cognitivo na Educação. As dimensões humanas da criança em seu desenvolvimento integral devem ser estudadas e compreendidas no diálogo com a infância concreta de Guarulhos, em suas vivências, trajetórias e contexto sócio-cultural.

22. Esse processo tem sido balizado pelas diretrizes da Secretaria de Educação do Município e por uma visão de Homem, de Mundo e de Infância que concebe a Educação Infantil como elemento fundamental na formação humana e, a criança, como sujeito desse processo.

23. A Educação Infantil é entendida como um tempo de formação do sujeito em todas as suas dimensões. Cuidar e educar são ações integradas e indissociáveis.

24. Aspectos centrais da construção da proposta da Educação Infantil:

a) O direito da criança ao desenvolvimento humano integral.

b) As dimensões da relação desenvolvimento e aprendizagem: o corpo, o movimento, o lúdico, a sensibilidade, a brincadeira, a emoção, a cultura e as artes.

c) A criança como sujeito de seu processo de desenvolvimento e aprendizagem.

d) A relação criança/mãe, escola/ comunidade.

25. Uma educação que respeite a infância, que olhe para as crianças como educandos com manifestações culturais diversas e identidades em construção, acolhendo as necessidades e interesses que apresentam e, principalmente, respeitando o direito à Educação, à Cultura, à Arte, à criatividade, à cidadania, aos cuidados básicos, à brincadeira, à afetividade, à felicidade e à expressão de seus anseios, ideias, expectativas, desejos e esperanças.

26. A criança é responsabilidade de toda a sociedade, é um sujeito de direitos: direito à família, educação, saúde, respeito, cultura, proteção contra a agressão e exploração.

27. É um ser em desenvolvimento e formação, portanto, é capaz de agir, pensar, sentir, memorizar, imaginar, descobrir, inventar, aprender e ensinar constantemente. Precisa ser cuidada com carinho, dependendo assim dos adultos para que se desenvolva sadia e feliz em busca de sua autonomia. Merece respeito e atenção de todos que a cercam.

28. É na vida, é em casa, com as famílias, no contato com os meios de comunicação, brincando, enfim, vivendo, que as crianças - e nós adultos também - vamos nos constituindo como pessoas, construindo e re-construindo afetos e conhecimentos. Se desejamos conhecer os conceitos e as relações sociais que estão sendo internalizadas pelas crianças, precisamos conhecer a cultura, as normas, os valores da realidade micro e macro em que elas estão inseridas.

29. Percebemos em todas, as necessidades de relacionar-se, de serem ouvidas e acarinhadas, de terem espaço para brincar, de explorar o que está à volta.


30. As crianças têm hábitos, gostos e valores diversos, também saberes diferenciados. Apresentam, portanto, um multiculturalismo e uma diversidade de potencialidades expressivas e comunicativas que precisam ser conhecidas pela escola, se quisermos que os educadores desenvolvam atividades verdadeiramente educativas.


31. A prática da Educação Infantil deve se organizar de modo que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:

• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;

• descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;

• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando ,gradativamente, suas possibilidades de comunicação e interação social;

• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;

• observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;

• brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;

• utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;

• conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.

6.4 Ensino Fundamental

O homem é um vivente com palavra. E isto não significa que o homem tenha a palavra ou a linguagem como uma coisa, ou uma faculdade, ou uma ferramenta, mas que o homem é palavra, que o homem é enquanto palavra, que todo o humano tem a ver com a palavra, se dá em palavra, está tecido de palavras, que o modo de viver próprio desse vivente, que é o homem, se dá na palavra e como palavra.

Larros a Bondía, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Universidade de Barcelona, Espanha.


32. A Rede Municipal de Guarulhos atende o Ensino Fundamental regular em sua primeira etapa – 1º ao 5º ano – completando a implementação do ciclo de nove (9) anos em toda a Rede, neste ano de 2011.

33. O Ensino fundamental de nove anos teve início na Rede Municipal já em 2007, instituído pelo decreto nº 24.113-GP- de dezembro de 2006, DOM de 27 de dezembro de 2006.

34. Esta modalidade de ensino dá ênfase fundante ao processo de alfabetização-letramento, centrado nos seguintes aspectos:

• O ser humano é um ser de múltiplas dimensões.

• Todos os seres humanos são capazes de aprender e, para que isso aconteça, a escola deve lhe proporcionar todas as condições necessárias.

• O aprendizado humano se dá em tempos e ritmos diferentes.

• O desenvolvimento humano é um processo contínuo e dinâmico.

• O conhecimento deve ser construído, reconstruído e abordado de maneira processual, ampla e contínua.

• A diversidade metodológica e a avaliação (diagnóstica, processual e formativa) devem estar comprometidas com uma aprendizagem inclusiva, que valorize a Vida e que proporcione aos educandos um aprendizado efetivo, integral e que esteja em sintonia com a contemporaneidade.

35. Dentre os diversos aspectos do processo ensino-aprendizagem, nesta etapa da educação, devemos destacar o processo de alfabetização e letramento, a linguagem matemática, a compreensão dos códigos e sentidos de diferentes linguagens, as ciências da Natureza e a leitura e interpretação crítica do mundo em que vivemos, valorizando a interação social, a autonomia, a identidade e o respeito à diversidade.

36. A fala é um aspecto vital, o exercício da oralidade em situações que envolvam rodas de conversa, histórias de vida da família, do bairro, do grupo de amigos em gêneros textuais como a prosa, a poesia, as parlendas, trava-línguas etc., respeito às falas regionais, trazem para a escola as características próprias das regiões em que muitos dos educandos ou de seus pais nasceram e se criaram.

[...] possibilitar nas classes populares o desenvolvimento de sua linguagem, jamais pelo blábláblá autoritário e sectário dos “educadores” de sua linguagem, que, emergindo da e voltando-se sobre sua realidade, perfile as conjecturas, os desenhos as antecipações do mundo novo. Esta aqui uma das questões centrais da educação popular – a linguagem como caminho da cidadania... Freire, P. Pedagogia da Esperança - Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido, p. 41.


37. Sabemos que o ensino da língua padrão é essencial, porém é indispensável a valorização da presença dos dialetos regionais, de modo que o ensino da leitura e da escrita devem apresentar sentido para o educando, a partir de sua realidade mais próxima, e ampliando-se sempre na interação social e na criação de vínculos entre o educando e os outros sujeitos do processo ensino-aprendizagem.

38. Dentre os vários aspectos importantes do processo de alfabetização, na perspectiva do letramento, destacamos que ele se trata de um processo contínuo e progressivo, portanto, o educador retomará suas atividades curriculares frente às necessidades do educando, sempre que julgar necessário.

39. A alfabetização deve partir da leitura de mundo, que precede à leitura da palavra. É a partir desta leitura de mundo que ele passa à leitura e escrita da palavra e ambas (leitura e escrita) devem estar inseridas num contexto sócio-histórico-cultural. Só assim os sentidos e os significados da leitura e da escrita aparecerão como construção coletiva de educandos e educadores. E a partir daí, o ensino da leitura e da escrita, pautado nas relações sócio-cognitivas, culturais e afetivas dos sujeitos envolvidos nesse processo (educandos, educadores, pais, funcionários e comunidade escolar), vai ganhando outros horizontes.

40. Nesse ponto, a função social da escrita ocupa seu lugar, delineando o letramento, que se materializa na capacidade do educando em saber usar a linguagem humana nas várias situações de sua vida, estabelecendo relações, resolvendo problemas, entendendo e interpretando fatos de seu cotidiano, da vida coletiva e compreendendo a interrelação que existe entre ambos.

41. A construção do currículo, planejamento e o processo de avaliação são retalhos significativos da mesma colcha. Eles estão ligados pelo fio condutor da concepção educacional do qual são partes essenciais. O olhar, o ouvir e o sentir são momentos significativos no percurso da construção do conhecimento, mas, sem o registro, perdem-se no tempo, pois a memória precisa de recursos, de signos. A escrita, neste caso, é um signo indispensável para o registro de todas as atividades propostas pela escola.

42. O Ensino Fundamental concretiza um Tempo de Vida em que os educandos que dele fazem parte podem alcançar significativos avanços quanto ao direito que possuem de serem alfabetizados na perspectiva do letramento, conquistando assim a autonomia necessária à aquisição e à construção de novos conhecimentos. Para tanto, a mediação dos educadores é fundamental bem como o apoio, o incentivo e a presença da família.


43. Utilizar as diferentes linguagens - verbal, matemática, gráfica, artística e corporal - como meio para expressar e comunicar suas ideias, entender, interpretar e usufruir das produções da cultura.

44. Utilizar a Língua Portuguesa para compreender e produzir mensagens orais e escritas, atendendo a diferentes intenções e contextos de comunicação.


45. Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

46. Saberutilizardiferentesfontesdeinformaçãoerecursostecnológicospara construir conhecimentos.

47. Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva.

48. Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.

49. Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro e mundial, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia, de orientação sexual ou outras características individuais e sociais.

50. Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais, como meio para construir, progressivamente, a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertencimento ao País.

51. Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de interrelação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.

52. Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, respeitando a opinião e o conhecimento produzido pelo outro, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.

53. Compreender a cidadania como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitudes de participação, solidariedade, cooperação e combate às injustiças e discriminações, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.

6.5 Educação de Jovens e Adultos – EJA

A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Além do mais é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e a cultura de paz baseada na justiça.

Declaração de Hamburgo sobre a EJA, 1997


Concepção Da Educação De Jovens E Adultos

54. Os programas de Educação de Jovens e Adultos têm como eixo norteador de suas ações formativas o mundo do trabalho, priorizando a formação de potencialidades e dimensões humanas que são próprias do Tempo de Vida do educando. Para tanto, reafirma a necessidade de Programas de Educação de Jovens e Adultos com Educação Profissional, como PROEJA, FIC, Movimento de Alfabetização–MOVA, Programa Brasil Alfabetizado, Programa de Bolsa-Auxílio ao Desempregado e PROJOVEM.

55. Essas iniciativas buscam fomentar, pelas políticas e estratégias educacionais, o direito à educação nos diferentes ciclos da vida, reconhecendo a especificidade política e pedagógica do Tempo da Vida do jovem e do adulto.

56. Nesse aspecto, coloca-se também a possibilidade de rompimento com outra tendência histórica presente nas políticas educacionais, nas quais a educação para jovens e adultos se configura como forma de assistencialismo e compensação. Busca-se, assim, promover a formação integral do ser humano, reconhecendo e respeitando suas histórias de vida, saberes, experiências, vivências, culturas, valores, bem como a realidade política e social das quais ele faz parte, propiciando espaços para reflexão sobre sua realidade social e pessoal. Entende-se que os educandos podem ao mesmo tempo em que conseguem a elevação da escolaridade, participar ativamente de sua comunidade e na definição de políticas públicas, transformando a realidade e se transformando, como sujeito social, em busca de uma sociedade mais democrática, solidária e justa.

57. Uma das premissas que orientam a educação integral é valorizar os conhecimentos produzidos e acumulados pelos trabalhadores e propiciar processos de aprendizagem que tornem o educando produtor de conhecimento, centrando os esforços na consolidação da relação entre teoria e prática, instigando a problematização, a interação e a reelaboração desse conhecimento.

58. Para tanto, o currículo da Educação de Jovens e Adultos vem implementando ações educacionais alternativas e diferenciadas, em que a educação profissional se articula à educação básica, orientado pelos pressupostos relacionados abaixo:

89. O trabalho como aspecto essencial nesta fase da vida, se constitui como eixo estruturante do processo educativo; A Educação Profissional não é concebida separadamente da educação geral e tem como base os saberes, interesses, a trajetória de vida e de qualificação profissional dos alunos trabalhadores; a formação para o trabalho terá como diretriz a leitura crítica do mundo do trabalho, buscando identificá-lo em sua dimensão humana, sem desconsiderar a possibilidade de formação para o mercado.

60. Assim, a Educação de Jovens e Adultos deve incorporar, no processo de formação do educando, a dimensão e o exercício da cidadania pelo trabalho não alienado, o que significa desenvolver a capacidade de pensar e planejar o próprio trabalho e participar do processo de sua gestão. Desse modo, a Educação deve abranger uma visão ampla do processo produtivo e das formas de gerenciamento a partir de conhecimentos e habilidades apoiados numa base de educação integral, em que se articulam as linguagens e as ciências da Natureza e do Homem, nas diferentes áreas do currículo.


Finalidades da Educação de Jovens e Adultos

61. O objetivo geral do Programa de Educação Regular de Jovens e Adultos com Educação Profissional expressa uma concepção de sociedade e de cidadania que respeita a integralidade do sujeito e o seu direito de construir sua própria trajetória educativa.

62. Isso significa que o objetivo geral que orienta a EJA Educação Fundamental Regular com Educação Profissional é contribuir para a formação de profissionais e cidadãos, cujos conhecimentos e habilidades para o trabalho sejam partes constituintes de um projeto de educação integral, em que se articulam as experiências de vida dos educandos. Objetiva, ainda, fomentar a apropriação de novas ferramentas cognitivas, forças motrizes e valorativas que contribuem para a leitura crítica dessa nova lógica do mundo do trabalho e, principalmente, para o desenvolvimento global do sujeito e sua interação social e política na sociedade.

63. A Educação de Jovens e Adultos, articulada à Educação Profissional, propõe-se a desenvolver, junto ao público jovem e adulto,a Educação Fundamental Regular equivalente ao período que vai do primeiro ao nono ano.

7. Rede Estadual de Ensino: Diretrizes, pressupostos, concepções e finalidades

1. Dentro do município de Guarulhos encontram-se duas instituições administrativas com foco na Educação Básica, que são órgãos vinculados e subordinados à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP): Diretoria de Ensino Região de Guarulhos Sul e Diretoria de Ensino Região de Guarulhos Norte.

2. Na década de 1970, por meio do Decreto Estadual nº 7510/76, publicado em 29/01/76, o Governo do Estado de São Paulo reorganizou a Secretaria de Educação instituindo a Divisão Regional de Ensino 4 Norte (DRE-4-Norte) com sede em Guarulhos, que à época foi composta pelas Delegacias de Ensino de Caieiras, e 1ª e 2ª Delegacias de Ensino de Guarulhos. Nesta estrutura administrativa, o órgão funcionou por 13 anos (até abril/1999). Em 09 de abril de 1999 (Decreto Estadual nº 43.948/99), as Delegacias de Ensino (1ª e 2ª) de Guarulhos passaram a denominar Diretorias de Ensino e houve uma divisão geográfica das escolas públicas estaduais a elas subordinadas, surgindo as Diretorias de Ensino Região de Guarulhos Norte e Região de Guarulhos Sul.

3. O grande desafio da educação básica no Estado de São Paulo, nos dias de hoje, é a melhoria da qualidade de ensino.

4. Nas últimas décadas do século XX, o país viveu um ciclo de forte expansão da oferta


de matrículas públicas de Ensino Fundamental e Médio. Mudanças sociais, políticas e demográficas no Brasil definiram tal necessidade. Até então, a escola brasileira era programada como lugar para minorias.

5. O crescimento acelerado das matrículas incorporou novos desafios de diversas naturezas: expansão de infraestrutura; gestão pedagógica e administrativa de escolas e redes; incorporação de um enorme contingente de alunos e professores de todos os estratos sociais. A educação deixou de ser para poucos e transformou-se em educação para todos (as).

6. Em paralelo, nesse mesmo período, assistiu-se a uma revolução nas áreas de comunicações e de tecnologia que provocou mudanças profundas na relação com a informação, com o conhecimento e com as formas de aprendizagem.

7.1 Finalidades do Ensino Médio

7. O artigo 35 da Lei 9.394/1996 de Diretrizes e Bases da Educação, determina que o ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos terá como finalidades:

i. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudo;

ii. a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçamento posteriores;

iii. o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

iv. a compreensão dos fundamentos científico tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

7.2 Pressupostos do Projeto Educacional

• Uma educação à altura dos desafios contemporâneos

• Princípios para um currículo comprometido com seu tempo


- Uma escola que também aprende

- O currículo como espaço de cultura

- As competências como referência

- Prioridade para a competência da leitura e da escrita

- Articulação das competências para aprender

- Articulação com o mundo do trabalho

- Compreensão do significado da Ciência, das Letras e das Artes

- A relação entre teoria e prática em cada disciplina do currículo

- As relações entre e educação e tecnologia

- A prioridade para o contexto do trabalho

- O contexto do trabalho no Ensino Médio

a) Uma Educação à altura dos desafios contemporâneos

8. A sociedade do século XXI é cada vez mais caracterizada pelo uso intensivo do conhecimento, seja para trabalhar, conviver, exercer a cidadania seja para cuidar do ambiente em que se vive. Essa sociedade, produto da revolução tecnológica que se acelerou na segunda metade do século passado e dos processos políticos que redesenharam as relações mundiais, já está gerando um novo tipo de desigualdade ou exclusão, ligada ao uso das tecnologias de comunicação, que hoje mediam o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. Na sociedade atual são indesejáveis tanto a exclusão pela falta de acesso a bens materiais quanto a exclusão pela falta de acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

9. No Brasil, essa tendência caminha paralelamente à democratização do acesso a níveis educacionais além do ensino obrigatório. Com mais gente estudando, a posse de um diploma de nível superior deixa de ser um diferencial suficiente e características cognitivas e afetivas são cada vez mais valorizadas, como as capacidades de resolver problemas, trabalhar em grupo, continuar aprendendo e agir de modo cooperativo, pertinente em situações complexas. Em um mundo em que o conhecimento é usado de forma intensiva, o diferencial será marcado pela qualidade da educação recebida.

10. Neste sentido, a qualidade do convívio, assim como dos conhecimentos e das competências constituídas na vida escolar, será o fator determinante para a participação do individuo em seu próprio grupo social e para que tome parte de processos de crítica e renovação.

11. Nesse quadro ganha importância redobrada a qualidade da educação oferecida nas escolas públicas, pois é para elas que estão ocorrendo, em número


cada vez mais expressivo, as camadas mais pobres da sociedade brasileira, que antes não tinham acesso à escola. A relevância e a pertinência das aprendizagens escolares nessas instituições são decisivas para que o acesso a elas proporcione uma oportunidade real de aprendizado para inserção no mundo de modo produtivo e solidário.

12. Outro fenômeno relevante diz respeito à precocidade da adolescência, ao mesmo tempo em que o ingresso no trabalho se torna cada vez mais tardio.

13. Tais fenômenos ampliam o tempo e a importância da permanência na escola, tornando-a um lugar privilegiado para o desenvolvimento do pensamento autônomo, que é uma das condições para uma cidadania responsável. Ser estudante, nesse mundo que expõe o jovem desde muito cedo às práticas da vida adulta – e, ao mesmo tempo, posterga a sua inserção profissional –, é fazer da experiência escolar uma oportunidade para aprender a ser livre e ao mesmo tempo respeitar as diferenças e as regras de convivência.

14. Hoje, mais do que nunca, aprender na escola é o “ofício de aluno”, a partir do qual ele vai fazer o trânsito para a autonomia da vida adulta e profissional. Para que a democratização do acesso à educação tenha uma função realmente inclusiva não é suficiente universalizar a escola. É indispensável a universalização da relevância da aprendizagem. (Grifo nosso). Criamos uma civilização que reduz distâncias, que tem instrumentos capazes de aproximar as pessoas ou de distanciá-las, que aumenta o acesso à informação e ao conhecimento, mas que também acentua diferenças culturais, sociais e econômicas. Só uma educação de qualidade para todos pode evitar que essas diferenças constituam mais um fator de exclusão.

15. O desenvolvimento pessoal é um processo de aprimoramento das capacidades de agir, pensar, atuar sobre o mundo e lidar com a influência do mundo sobre cada um, bem como atribuir significados e ser percebido e significado pelos outros, aprender a diversidade e ser compreendida por ela, situar-se e pertencer. A educação precisa estar a serviço desse desenvolvimento, que coincide com a construção da identidade, da autonomia e da liberdade. Não há liberdade sem possibilidade de escolhas. Elas pressupõem um quadro de referências, um repertório que só pode ser garantido, se houver acesso a um amplo conhecimento, dado por uma educação geral, articuladora, que transite entre o local e o mundial. Esse tipo de educação constrói, de forma cooperativa e solidária, uma síntese dos saberes produzidos pela humanidade, ao longo de sua história e de sua geografia, e dos saberes locais. Tal síntese é uma das condições para acessar o conhecimento necessário ao exercício da cidadania em dimensão mundial.

16. A autonomia para gerenciar a própria aprendizagem (aprender a aprender) e o resultado dela em intervenções solidárias (aprender a fazer e a conviver) deve ser a base da educação das crianças, dos jovens e dos adultos, que tem em suas mãos a continuidade da produção cultural e das práticas sociais.


17. Construir identidade, agir com autonomia e em relação com o outro, e incorporar a diversidade são as bases para a construção de valores de pertencimento e responsabilidade, essenciais para a inserção cidadã nas dimensões sociais e produtivas. Preparar indivíduos para manter o equilíbrio da produção cultural, num tempo em que a duração se caracteriza não pela permanência, mas pela constante mudança – quando o inusitado, o incerto e o urgente constituem a regra e não a exceção –, é mais um desafio contemporâneo para a educação escolar.

18. Outro elemento relevante hoje para pensarmos o conteúdo e o sentido da escola é a complexidade da ambiência cultural, das dimensões sociais, econômicas e políticas, a presença maciça de produtos científicos e tecnológicos e a multiplicidade de linguagens e códigos no cotidiano. Apropriar-se ou não desses conhecimentos pode ser um instrumento da ampliação das liberdades ou mais um fator de exclusão.

19. O currículo que dá conteúdo e sentido à escola precisa levar em conta esses elementos. Por isso, deve ter como princípios centrais: a escola que aprende, o currículo como espaço de cultura, as competências como eixo de aprendizagem, a prioridade da competência de leitura e de escrita, a articulação das competências para aprender e a contextualização no mundo do trabalho.

b) Princípios para um currículo comprometido com o seu tempo

• Uma escola que também aprende

20. A tecnologia imprime um ritmo sem precedentes no acúmulo de conhecimentos

21. e gera uma transformação profunda na sua estrutura e em suas formas de organização e distribuição. Nesse contexto, a capacidade de aprender terá de ser trabalhada não apenas nos alunos, mas na própria escola, enquanto instituição educativa: tanto as instituições como os docentes terão de aprender. (Grifo nosso)

22. Isso muda radicalmente nossa concepção de escola como instituição que ensina para posicioná-la como instituição que também aprende a ensinar. As interações entre os responsáveis pela aprendizagem dos alunos adquirem caráter de ações formadoras, mesmo que os envolvidos não se deem conta disso. Neste sentido, cabe lembrar a responsabilidade da equipe gestora como formadora de professores e a responsabilidade dos docentes, entre si e com o grupo gestor, na problematização e na significação dos conhecimentos sobre sua prática.

23. De acordo com essa concepção, a escola deve aprender parte do princípio de que ninguém conhece tudo e de que o conhecimento coletivo é maior que a soma dos conhecimentos individuais, além de ser qualitativamente diferente. Esse é o ponto de partida para o trabalho colaborativo, para a formação de uma “comunidade aprendente”, nova terminologia para um dos mais antigos ideais educativos. A vantagem é que hoje a tecnologia facilita a viabilização prática desse ideal.


24. Ações como a construção coletiva da Proposta Pedagógica, por meio da reflexão e da prática compartilhadas, e o uso intencional da convivência como situação de aprendizagem fazem parte da constituição de uma escola à altura dos tempos atuais. Observar que as regras da pedagogia comprometida com o todo também se aplicam àqueles que estão aprendendo a ensinar é uma das chaves para o sucesso das lideranças escolares. Os gestores como agentes formadores devem aplicar com os professores tudo àquilo que recomendam a eles que apliquem com seus alunos.

• O currículo como espaço de cultura

25. No cotidiano escolar, a cultura é muitas vezes associada ao que é local, pitoresco, folclórico, bem como ao divertimento ou lazer, enquanto o conhecimento é frequentemente associado a um inalcançável saber. Essa dicotomia não cabe em nossos tempos: a informação está disponível a qualquer instante, em tempo real, ao toque de um dedo, e o conhecimento constitui-se como uma ferramenta para articular teoria e prática, o mundial e o local, o abstrato e seu contexto físico.

26. Currículo é a expressão de tudo o que existe na cultura científica, artística e humanista, transposto para uma situação de aprendizagem e ensino. Precisamos entender que as atividades extraclasses não são “extracurriculares” quando se desejam articular a cultura e o conhecimento. Neste sentido, todas as atividades da escola são curriculares ou não serão justificáveis no contexto escolar. Se não rompermos essa dissociação entre cultura e conhecimento não conseguiremos conectar o currículo à vida – e seguiremos alojando, na escola, uma miríade de atividades “culturais”que mais dispersam e confundem do que promovem aprendizagens curriculares relevantes para os alunos.

27. O conhecimento tomado como instrumento, mobilizado em competências, reforça o sentido cultural da aprendizagem. Tomado como valor de conteúdo lúdico, de caráter ético ou de fruição estética, numa escola com vida cultural ativa, o conhecimento torna-se um prazer que pode ser aprendido, ao se aprender a aprender. Nessa escola, o professor não se limita a suprir o aluno de saberes, mas é o parceiro de fazeres culturais, aquele que promove de muitas formas o desejo de aprender, sobretudo com o exemplo de seu próprio entusiasmo pela cultura humanista, científica, artística e literária.

28. Quando o projeto pedagógico da escola tem entre suas prioridades essa cidadania cultural, o currículo é a referência para ampliar, localizar e contextualizar os conhecimentos que a humanidade acumulou ao longo do tempo. Então, o fato de uma informação ou um conhecimento ser de outro lugar, ou de todos os lugares na grande rede de informação, não será obstáculo à prática cultural resultante da mobilização desse conhecimento nas ciências, nas artes e nas humanidades.

• As competências como referência

29. Um currículo que promove competências tem o compromisso de articular as disciplinas e as atividades escolares com aquilo que se espera que os alunos aprendam ao longo dos anos. Logo, a atuação do professor, os conteúdos, as metodologias disciplinares e a


aprendizagem requerida dos alunos são aspectos indissociáveis: compõem um sistema ou rede cujas partes têm características e funções específicas que se complementam para formar um todo, sempre maior do que elas. Maior porque se compromete em formar crianças e jovens para que se tornem adultos preparados para exercer suas responsabilidades (trabalho, família, autonomia etc.), e para atuar em uma sociedade que muito precisa deles.

30. Um currículo referido a competências supõe que se aceite o desafio de promover os conhecimentos próprios de cada disciplina articuladamente às competências e habilidades do aluno. É com essas competências e habilidades que ele contará para fazer sua leitura crítica do mundo, para compreendê-lo e propor explicações, para defender suas ideias e compartilhar novas e melhores formas de ser, na complexidade em que hoje isso é requerido. É com elas que, em síntese, ele poderá enfrentar problemas e agir de modo coerente em favor das múltiplas possibilidades de solução ou gestão.

31. Tais competências e habilidades podem ser consideradas em uma perspectiva geral, isto é, no que têm de comum com as disciplinas e tarefas escolares, ou então no que têm de específico. Competências, neste sentido, caracterizam modos de ser, raciocinar e interagir que podem ser depreendidos das ações e das tomadas de decisão em contextos de problemas, tarefas ou atividades. Graças a elas podemos inferir se a escola como instituição está cumprindo bem o papel que se espera dela no mundo de hoje. (Grifo nosso).

32. Os alunos considerados nesta proposta têm, de modo geral, de 11 a 18 anos de idade. Valorizar o desenvolvimento de competências nesta fase da vida implica em ponderar, além de aspectos curriculares e docentes, os recursos cognitivos, afetivos e sociais de que os alunos dispõem. Implica, pois, em analisar como o professor mobiliza conteúdos, metodologias e saberes próprios de sua disciplina ou área desconhecimento, visando desenvolver competências em adolescentes, bem como instigar desdobramentos para a vida adulta.

33. Paralelamente a essa conduta, é preciso considerar quem são esses alunos. Ter entre 11 e 18 anos significa estar em uma fase peculiar da vida, localizada entre a infância e a idade adulta. Neste sentido, o jovem é aquele que deixou de ser criança e se prepara para tornar-se adulto. Trata-se de um momento complexo e contraditório, que deve orientar nossa proposta sobre o papel da escola nessa fase de vida.

34. Nessa etapa curricular, a tríade sobre a qual competências e habilidades são desenvolvidas pode ser assim caracterizada:

- o adolescente e as características de suas ações e pensamentos;

- o professor, suas características pessoais e profissionais e a qualidade de suas mediações;

- os conteúdos das disciplinas/áreas do conhecimento e as metodologias para seu ensino e aprendizagem.


35. Houve um tempo em que a educação escolar era referenciada no ensino – o plano de trabalho da escola indicava o que seria ensinado ao aluno. Essa foi uma das razões pelas quais o currículo escolar foi confundido com um rol de conteúdos disciplinares. A Lei de Diretrizes e Bases – LDB (lei 9394/1996) deslocou o foco do ensino para o da aprendizagem, e não é por acaso que sua filosofia não é mais a da liberdade de ensino, mas a do direito de aprender.

36. O conceito de competências também é fundamental na LDB e nas Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Ministério da Educação. O currículo referenciado em competências é uma concepção que requer que a escola e o plano do professor indiquem o que aluno vai aprender.

37. Uma das razões para se optar por uma educação centrada em competências diz respeito à democratização da escola. No momento em que se conclui o processo de universalização do Ensino Fundamental e se incorpora toda a heterogeneidade que caracteriza o povo brasileiro, a escola, para ser democrática, tem de ser igualmente acessível a todos, diversa no tratamento de cada um e unitária nos resultados.

38. Dificilmente essa unidade seria obtida com ênfase no ensino, porque é quase impossível, em um país como o Brasil, estabelecer o que deve ser ensinado a todos, sem exceção. Por isso optou-se por construir a unidade com ênfase no que é indispensável que todos tenham aprendido ao final do processo, considerando a diversidade. Todos têm direito de construir, ao longo de sua escolaridade, um conjunto básico de competências, definido pela lei. Este é o direito básico, mas a escola deverá ser tão diversa quanto são os pontos de partida das crianças que recebe. Assim, será possível garantir igualdade de oportunidades, diversidade de tratamento e unidade de resultados. Quando os pontos de partida são diferentes, é preciso tratar diferentemente os desiguais para garantir a todos uma base comum.

39. Pensar o currículo no tempo atual é viver uma transição, na qual, como em toda transição, traços do velho e do novo se mesclam nas práticas cotidianas. É comum que o professor, quando formula o seu plano de trabalho, indique o que vai ensinar e não o que o aluno vai aprender. E é compreensível nesse caso que, ao final do ano, tendo cumprido seu plano, ele afirme, diante do fracasso do aluno, que fez sua parte, ensinando, e que foi o aluno que não aprendeu.

40. A transição da cultura do ensino para a da aprendizagem não é individual. A escola deve fazê-la coletivamente, tendo à frente seus gestores para capacitar os professores em seu dia a dia, a fim de que todos se apropriem dessa mudança de foco. Cabe às instâncias condutoras da política educacional nos estados e nos municípios elaborar, a partir das Diretrizes e dos Parâmetros Nacionais, Propostas Curriculares próprias e específicas, provendo os recursos humanos, técnicos e didáticos para que as escolas, em seu projeto pedagógico, estabeleçam os planos de trabalho que, por sua vez, farão das


propostas currículos em ação – como no presente esforço da Secretaria de Estado da Educação do Estado de São Paulo.

• Prioridade para a competência da leitura e da escrita

41. A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. O ser humano constitui-se, assim, um ser de linguagem e disso decorre todo o restante, tudo o que transformou a humanidade naquilo que é. Ao associar palavras e sinais, criando a escrita, o Homem construiu um instrumental que ampliou exponencialmente sua capacidade de comunicar-se, incluindo pessoas que estão longe no tempo e no espaço.

42. Representar, comunicar e expressar são atividades de construção de significado relacionadas a vivências que se incorporam ao repertório de saberes de cada indivíduo. Os sentidos são construídos na relação entre a linguagem e o universo natural e cultural em que nos situamos. E é na adolescência, como vimos, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento para compreender e agir sobre o mundo real.

43. A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada ao domínio não apenas da língua, mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. A escola é o espaço em que ocorre a transmissão, entre as gerações, do ativo cultural da humanidade, seja artístico, e literário, histórico e social, seja científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas, as linguagens são essenciais.

44. As linguagens são sistemas simbólicos com os quais recortamos e representamos o que está no nosso exterior, no nosso interior e na relação entre esses âmbitos; é com eles também que nos comunicamos com os nossos iguais e expressamos nossa articulação com o mundo.

45. Em nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação estão repletos de gráficos, esquemas, diagramas, infográficos, fotografia e desenho.

46. O design diferencia produtos equivalentes quanto ao desempenho ou à qualidade. A publicidade circunda nossas vidas, exigindo permanentes tomadas de decisão e fazendo uso de linguagens sedutoras e até enigmáticas.

47. Códigos sonoros e visuais estabelecem a comunicação nos diferentes espaços. As ciências construíram suas próprias linguagens, plenas de símbolos e códigos. A produção de bens e serviços foi em grande parte automatizada e cabe a nós programar as máquinas, utilizando linguagens específicas. As manifestações artísticas e de entretenimento utilizam, cada vez mais, diversas linguagens que se articulam.

48. Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita


contemplada nesta proposta vai além da linguagem verbal, vernácula – ainda que esta tenha papel fundamental – e refere-se a sistemas simbólicos como os citados, pois essas múltiplas linguagens estão presentes no mundo contemporâneo, na vida cultural e política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados atualmente. A constituição dessa competência tem como base o desenvolvimento do pensamento antecipatório, combinatório e probabilístico que permite estabelecer hipóteses, algo que caracteriza o período da adolescência.

49. A prioridade das linguagens no currículo da educação básica tem como fundamento a centralidade da linguagem no desenvolvimento da criança e do adolescente. Nas crianças a linguagem, em suas diversas expressões, é apenas um recurso simbólico, ou seja, permite representar ou comunicar conteúdos cujas formas, elas mesmas, não podem ser estruturadas como linguagem. Nessa fase, tais formas são as próprias ações e os pensamentos, organizados como esquemas de procedimentos, representações e compreensões.

50. Ou seja, as crianças realizam e compreendem ao falar, pensar ou sentir, mas não sabem ainda tratar o próprio agir, pensar ou sentir como uma forma de linguagem. É só na adolescência que isso se tornará possível e transformará o ser humano em um ser de linguagem, em sua expressão mais radical.

51. A linguagem não é apenas uma forma de representação, como expressam, por seus limites, as crianças. Mais do que isso, ela é uma forma de compreensão e ação sobre o mundo. É isso o que os adolescentes, com todos os seus exageros, manifestam. Graças à linguagem, o pensamento pode se tornar antecipatório em sua manifestação mais completa: é possível calcularas as consequências de uma ação sem precisar realizá-la. Pode-se ainda fazer combinações e analisar hipóteses sem precisar conferi-las de antemão, na prática, pois algumas de suas consequências podem ser deduzidas apenas pelo âmbito da linguagem. Pode-se estabelecer relações de relações, isto é, imaginar um objeto e agir sobre ele, decidindo se vale a pena ou não interagir com ele em outro plano.

52. Em outras palavras, graças à linguagem, agora constituída como forma de pensar e agir, o adolescente pode raciocinar em um contexto de proposições ou possibilidades, pode ter um pensamento combinatório, pode aprender as disciplinas escolares em sua versão mais exigente, pode refletir sobre os valores e fundamentos das coisas.

53. Do ponto de vista social e afetivo, a centralidade da linguagem nos processos de desenvolvimento possibilita ao adolescente aprender, pouco a pouco, a considerar suas escolhas em uma escala de valores. Viabiliza-lhe aprender a enfrentar as consequências das próprias ações, a propor e alterar contratos, a respeitar e criticar normas, a formular seu próprio projeto de vida e a tecer seus sonhos de transformação do mundo.

54. É, portanto, em virtude da centralidade da linguagem no desenvolvimento da


criança e do adolescente que o currículo da Secretaria Estadual de Educação prioriza a competência leitora e escritora.

55. Só por meio dela será possível concretizar a constituição das demais competências, tanto as gerais, como aquelas associadas a disciplinas ou temas específicos. Para desenvolvê-la, é indispensável que seja objeto de aprendizagem de todas as disciplinas do currículo, ao longo de toda a escolaridade básica.

56. Por esse caráter essencial da competência de leitura e escrita para a aprendizagem dos conteúdos curriculares de todas as áreas e disciplinas, a responsabilidade por sua aprendizagem e avaliação cabe a todos os professores, que devem transformar seu trabalho em oportunidades nas quais os alunos possam aprender e consolidar o uso da Língua Portuguesa e das outras linguagens e códigos que fazem parte da cultura, bem como das formas de comunicação em cada uma delas. Tal radicalismo na centralidade da competência leitora e escritora, que leva a colocá-la como objetivo de todas as séries e de todas as disciplinas, coloca aos gestores (a quem cabe a educação continua dos professores na escola) a necessidade de criar oportunidades para que os docentes também desenvolvam essa competência – por cuja constituição, nos alunos, são responsáveis.

57. Por fim, é importante destacar que o domínio das linguagens representa um primordial elemento para a conquista da autonomia, sendo a chave para o acesso a informações e permitindo a comunicação de ideias, a expressão de sentimentos e o diálogo, necessários à negociação dos significados à aprendizagem continuada.

• Articulação das competências para aprender

58. A aprendizagem é o centro da atividade escolar. Por extensão, o professor caracteriza-se como um profissional da aprendizagem, e não tanto do ensino. Isto é, ele apresenta e explica conteúdos, organiza situações para a aprendizagem de conceitos, métodos, formas de agir e pensar, em suma, promove conhecimentos que possam ser mobilizados em competências e habilidades, as quais, por sua vez, instrumentalizam alunos para enfrentar os problemas do mundo real. Dessa forma, a expressão “educar para a vida” pode ganhar seu sentido mais nobre e verdadeiro na prática do ensino. Se a educação básica é para a vida, a quantidade e a qualidade do conhecimento têm de ser determinadas por sua relevância para a vida de hoje e do futuro, além dos limites da escola. Portanto, mais que os conteúdos isolados, as competências são guias eficazes para educar para a vida. As competências são mais gerais e constantes, e os conteúdos, mais específicos e variáveis. É exatamente a possibilidade de variar os conteúdos no tempo e no espaço que legitima a iniciativa dos diferentes sistemas públicos de ensino para selecionar, organizar e ordenar os saberes disciplinares que servirão como base para a constituição de competências, cuja referência são as diretrizes e orientações nacionais, de um lado, e as demandas do mundo contemporâneo,


de outro.

59. As novas tecnologias da informação produziram uma mudança na produção, na organização, no acesso e na disseminação do conhecimento. A escola hoje já não é mais a única detentora da informação e do conhecimento, mas cabe a ela preparar seu aluno para viver em uma sociedade onde a informação é disseminada em grande velocidade.

60. Vale insistir que essa preparação não exige maior quantidade de ensino e, sim, melhor qualidade de aprendizagem. É preciso deixar claro que isso não significa que os conteúdos do ensino não sejam importantes; ao contrário, são tão importantes e decisivos que é indispensável aprender a continuar aprendendo os conteúdos escolares, mesmo fora da escola ou depois dela. Continuar aprendendo é a mais vital das competências que a educação deste século precisa desenvolver. (Grifo nosso). Não só os conhecimentos com os quais a escola trabalha podem mudar, como a vida de cada um trará novas ênfases e necessidades, que precisarão ser continuamente supridas. Preparar-se para acompanhar esse movimento torna-se o grande desafio das novas gerações.

61. Assim, o currículo do Estado de São Paulo adota como competências para aprender, aquelas que foram formuladas no referencial teórico do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio.

62. Entendidas como desdobramentos da competência leitora e escritora, para cada uma das cinco competências do Enem, transcritas a seguir, apresenta-se a articulação com a competência de ler e escrever.

63. “Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica.” A constituição da competência de leitura e escrita é também o domínio das normas e dos códigos que tornam as linguagens instrumentos eficientes de registro e expressão, que podem ser compartilhados. Ler e escrever, hoje, são competências fundamentais a qualquer disciplina ou profissão. Ler, entre outras coisas, é interpretar (atribuir sentido ou significado), e escrever, igualmente, é assumir uma autoria individual ou coletiva (tornar-se responsável por uma ação e suas consequências).

64. “Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.” É o desenvolvimento da linguagem que possibilita o raciocínio hipotético-dedutivo, indispensável à compreensão de fenômenos. Ler, nesse sentido, é um modo de compreender, isto é, de assimilar experiências ou conteúdos disciplinares (e modos de sua produção); escrever é expressar sua construção ou reconstrução com sentido, aluno por aluno.

65. “Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema”. Ler implica também – além de empregar o raciocínio hipotético-dedutivo, que


possibilita a compreensão de fenômenos – antecipar, de forma comprometida, a ação para intervir no fenômeno e resolver os problemas decorrentes dele. Escrever, por sua vez, significa dominar os muitos formatos que a solução do problema comporta.

66. “Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.” A leitura, aqui, sintetiza a capacidade de escutar, supor, informar-se, relacionar, comparar etc. A escrita permite dominar os códigos que expressam a defesa ou a reconstrução de argumentos com liberdade, mas observando regras e assumindo responsabilidades.

67. “Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaborar propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.” Ler, aqui, além de implicar em descrever e compreender, em como argumentar a respeito de um fenômeno, requer a antecipação de uma intervenção sobre ele, com tomada de decisões a partir de uma escala de valores. Escrever é formular um plano para essa intervenção, levantar hipóteses sobre os meios mais eficientes para garantir resultados, a partir da escala de valores adotada. É no contexto da realização de projetos escolares que os alunos aprendem a criticar, respeitar e propor projetos valiosos para toda a sociedade; por intermédio deles, aprendem a ler e escrever as coisas do mundo atual, relacionando ações locais com visão global, por meio de atuação solidária.

• Articulação com o mundo do trabalho

68. A contextualização tem como norte os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases, as normas das Diretrizes Curriculares Nacionais, que são obrigatórias, e as recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que foram elaborados para o Ensino Médio, mas são pertinentes para a educação básica como um todo, sobretudo para o segmento da 5ª série em diante. Para isso é preciso recuperar alguns tópicos desse conjunto legal e normativo.

• Compreensão do significado da Ciência, das Letras e das Artes.

69. Compreender o sentido é reconhecer, apreender e partilhar a cultura que envolve as áreas do conhecimento, um conjunto de conceitos, posturas, condutas, valores, enfoques, estilos de trabalho e modos de fazer que caracterizam as várias ciências – exatas, sociais e humanas –, as artes – visuais, musicais, do movimento e outras –, a matemática, as línguas e outras áreas de expressão não-verbal.

70. Quando a LDB dispõe sobre esse objetivo de compreensão do sentido está indicando que não se trata de formar especialistas nem profissionais. Especialistas e profissionais devem, além de compreender o sentido, dominar a estrutura conceitual e o estatuto epistemológico de suas especialidades – não é esse o caso dos alunos da educação básica. Como estão na escola, preparando-se para assumir plenamente sua cidadania, todos devem passar pela alfabetização científica, humanista, linguística, artística e técnica, para que sua cidadania, além de ser um direito, tenha qualidade. O aluno


precisa constituir as competências para reconhecer, identificar e ter visão crítica daquilo que é próprio de uma área de conhecimento, e, a partir desse conhecimento, avaliar a importância dessa área ou disciplina em sua vida e em seu trabalho.

71. A lei dá um prazo generoso para que os alunos aprendam o “significado das ciências, das artes e das letras”: começa na educação infantil, prossegue nos anos do Ensino Fundamental e tem mais três anos no Ensino Médio.

72. Durante mais de doze anos deverá haver tempo suficiente para alfabetizar-se nas ciências, nas humanidades e nas técnicas, entendendo seus enfoques e métodos mais importantes, seus pontos fortes e fracos, suas polêmicas, seus conceitos e, sobretudo, o modo como suas descobertas influenciam a vida das pessoas e o desenvolvimento social e econômico. Para isso, é importante abordar, em cada ano ou nível da escola básica, a maneira como as diferentes áreas do currículo articulam a realidade e seus objetos de conhecimento específicos, a partir de questões como as exemplificadas a seguir.

− Que limitações e potenciais têm os enfoques próprios das áreas?

− Que práticas humanas, das mais simples às mais complexas, têm fundamento ou inspiração nessa ciência, arte ou área de conhecimento?

− Quais as grandes polêmicas nas várias disciplinas ou áreas de conhecimento?

• A relação entre teoria e prática em cada disciplina do currículo

73. A relação entre teoria e prática não envolve necessariamente algo observável ou manipulável, como um experimento de laboratório ou a construção de um objeto. Tal relação pode acontecer ao se compreender como a teoria se aplica em contextos reais ou simulados. Uma possibilidade de transposição didática é reproduzir a indagação de origem, a questão ou necessidade que levou à construção de um conhecimento – que já está dado e precisa ser apropriado e aplicado, não obrigatoriamente ser “descoberto” de novo.

74. A lei determina, corretamente, que a relação teoria e prática se dê em cada disciplina do currículo, uma vez que boa parte dos problemas de qualidade do ensino decorre da dificuldade em destacar a dimensão prática do conhecimento, tornando-o verbalista e abstrato. Por exemplo, a disciplina História é por vezes considerada teórica, mas nada é tão prático quanto entender a origem de uma cidade e as razões da configuração urbana. A Química é, erroneamente, considerada mais prática por envolver atividades de laboratório, manipulação de substâncias e outras idiossincrasias, no entanto não existe nada mais teórico do que o estudo da tabela de elementos químicos.

75. A mesma Química que emprega o nome dos elementos precisa ser um instrumento cognitivo para nos ajudar a entender e, se preciso, decidir o uso de alimentos com agrotóxicos ou conservantes. Tais questões não se restringem a especialistas ou cientistas.


76. Não é preciso ser químico para ter de escolher o que se vai comer. A fim de sermos cidadãos plenos, devemos adquirir discernimento e conhecimentos pertinentes para tomar decisões em diversos momentos, em relação à escolha de alimentos, uso da eletricidade, consumo de água, seleção dos programas de TV ou a escolha do candidato a um cargo político.

• As relações entre educação e tecnologia

77. A educação tecnológica básica é uma das diretrizes que a LDB estabelece para orientar o currículo do Ensino Médio. A lei ainda associa a “compreensão dos fundamentos científicos dos processos produtivos” com o relacionamento entre teoria e prática em cada disciplina do currículo. E insiste quando detalha, entre as competências que o aluno deve demonstrar ao final da educação básica, o “domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna”. A tecnologia comparece, portanto, no currículo da educação básica com duas acepções complementares: (a) como educação tecnológica básica; (b) como compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos da produção.

78. A primeira acepção refere-se à alfabetização tecnológica, que incluí aprender a lidar com computadores, mas vai além. Alfabetizar-se tecnologicamente é entender as tecnologias da história humana como elementos da cultura, como parte das práticas sociais, culturais e produtivas, que por sua vez são inseparáveis dos conhecimentos científicos, artísticos e lingüísticos que as fundamentam. A educação tecnológica básica tem o sentido de nos preparar para viver e conviver em um mundo no qual a tecnologia está cada vez mais presente; no qual a tarja magnética, o celular, o código de barras e muitos recursos digitais se incorporam velozmente à vida das pessoas, qualquer que seja a sua condição socioeconômica.

79. A segunda acepção, ou seja, a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos da produção faz da tecnologia a chave para relacionar o currículo ao mundo da produção de bens e serviços, ou seja, aos processos pelos quais a humanidade – e cada um de nós – produz os bens e serviços de que necessita para viver. Foi para manter-se fiel ao espírito da lei que as DCNs introduziram a tecnologia em todas as áreas, tanto das DCNs como dos PCNs para o Ensino Médio, evitando a existência de disciplinas “tecnológicas” isoladas e separadas dos conhecimentos que lhe servem de fundamento.

• A prioridade para o contexto do trabalho

80. Se examinarmos o conjunto das recomendações já analisadas, o trabalho enquanto produção de bens e serviços revela-se como a prática humana mais importante para conectar os conteúdos do currículo com a realidade. Desde sua abertura, a LDB referencia o trabalho, juntamente com as práticas sociais, como elemento que vincula a educação básica à realidade, da educação infantil até o final do Ensino Médio. O vínculo com o trabalho carrega vários sentidos, que é preciso explicitar.


81. Do ponto de vista filosófico, expressa o valor e a importância do trabalho. À parte de qualquer implicação pedagógica relativa a currículos e definição de conteúdos, o valor do trabalho incide em toda a vida escolar: desde a valorização dos trabalhadores da escola e da família, até o respeito aos trabalhadores da comunidade, o conhecimento do trabalho como produtor da riqueza e o reconhecimento de que um dos fundamentos da desigualdade social é a remuneração injusta do trabalho. A valorização do trabalho é também uma crítica ao bacharelismo ilustrado, que por muito tempo predominou nas escolas voltadas para as classes sociais privilegiadas.

82. A implicação pedagógica desse princípio atribui um lugar de destaque para o trabalho humano, contextualizando os conteúdos curriculares sempre que for pertinente,com os tratamentos adequados a cada caso. Nesse sentido, a relação entre teoria e prática em cada disciplina do currículo, como exige a lei, não pode deixar de incluir os tipos de trabalho e as carreiras profissionais aos quais se aplicam os conhecimentos das áreas ou disciplinas curriculares.

83. Em síntese, a prioridade do trabalho na educação básica assume dois sentidos complementares: como valor, que imprime importância ao trabalho e cultiva o respeito que lhe é devido na sociedade, e como tema que perpassa os conteúdos curriculares, atribuindo sentido aos conhecimentos específicos das disciplinas.

• O contexto do trabalho no Ensino Médio

84. A tradição de ensino academicista, desvinculado de qualquer preocupação com a prática, separou a formação geral e a formação profissional no Brasil. Durante décadas elas foram modalidades excludentes de ensino. A tentativa da Lei 5692/1971 de unir as duas modalidades, profissionalizando todo o Ensino Médio, apenas descaracterizou a formação geral, sem ganhos significativos para a profissional.

85. Nos dias de hoje, essa separação já não se dá nos mesmos moldes, porque o mundo do trabalho passa por transformações profundas. À medida que a tecnologia vai substituindo os trabalhadores por autômatos na linha de montagem e nas tarefas de rotina, as competências para trabalhar em ilhas de produção, associar concepção e execução, resolver problemas e tomar decisões tornam-se mais importantes do que conhecimentos e habilidades voltados para postos específicos de trabalho.

86. A LDB adota uma perspectiva sintonizada com essas mudanças na organização do trabalho a recomendar a articulação entre educação básica e profissional,


quando afirma, entre as finalidades do Ensino Médio: “a preparação básica

para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de

modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de

ocupação ou aperfeiçoamento posteriores” (grifo nosso). A lei não recupera

a formação profissional para postos ou áreas específicas dentro da carga

horária geral do Ensino Médio, como tentou fazer a legislação anterior. Mas

também não chancela o caráter inteiramente propedêutico que esse ensino

tem assumido na educação básica brasileira. Trata-se, portanto, de entender o

que vem a ser a preparação básica para o trabalho.

87. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio interpretaram

essa perspectiva como uma preparação básica para o trabalho, abrindo a

possibilidade de que os sistemas de ensino ou as escolas tenham ênfases

curriculares diferentes, com autonomia para eleger as disciplinas específicas e

suas respectivas cargas horárias dentro das três grandes áreas instituídas pelas

DCNs, desde que garantida a presença das três áreas. Essa abertura permite

que escolas de Ensino Médio, a partir de um projeto pedagógico integrado

com cursos de educação profissional de nível técnico, atribuam mais tempo e

atenção a disciplinas ou áreas disciplinares cujo estudo possa ser aproveitado

na educação profissional.

88. Para as DCNs, o que a lei denomina de preparação básica para o trabalho pode

ser a aprendizagem de conteúdos disciplinares constituintes de competências

básicas que sejam também pré-requisitos de formação profissional. Em

muitos casos essa opção pouparia tempo de estudo para o jovem que precisa

ingressar precocemente no mercado de trabalho. Para facilitar essa abertura, as

Diretrizes Curriculares da Educação Profissional de Nível Técnico flexibilizaram

a duração dos cursos profissionais desse nível, possibilitando o aproveitamento

de estudos já realizados ou mesmo exercício profissional prévio. Essas duas

peças normativas criaram os mecanismos pedagógicos que podem viabilizar o

que foi estabelecido na LDB (lei 9394/1996) e decretos posteriores.

89. A preparação básica para o trabalho em determinada área profissional,

portanto, pode ser realizada em disciplinas de formação básica do Ensino

Médio. As escolas, nesse caso, atribuiriam carga horária suficiente e tratamento

pedagógico adequado às áreas ou disciplinas que melhor preparassem seus

alunos para o curso de educação profissional do nível técnico escolhido. Essa


possibilidade fundamenta-se no pressuposto de que ênfases curriculares

diferenciadas são equivalentes para a constituição das competências previstas

na LDB, nas DCNs para o Ensino Médio e na matriz de competências do

Enem.

90. Isso supõe outro tipo de articulação entre currículos de formação geral

e currículos de formação profissional, em que o primeiro encarrega-se das

competências básicas, fundamentando a sua constituição em conteúdos, áreas ou disciplinas afinadas com a formação profissional nesse ou em outro nível de escolarização. E supõe, também, que o tratamento oferecido às disciplinas do currículo do Ensino Médio não seja apenas propedêutico nem, tampouco, voltado estreitamente para o vestibular.

8. Finalidades do Ensino Superior

1. O artigo 43 da Lei 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, determina que a educação superior tem por finalidade:

i. estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo

ii. formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

iii. incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica

iv. promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;

v. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

vi. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

vii. promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.


9. Financiamento da Educação

1. As fontes de recursos para financiamento da Educação Básica da Rede Pública de Educação em Guarulhos são as mesmas para a educação nacional: os recursos advindos do artigo 212 da Constituição Federal, os recursos complementares do Salário Educação, e recursos advindos de programas Federais.

2. A gestão dos recursos financeiros municipais é realizada pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com a Secretaria de Finanças, sendo que esta gestão, no governo estadual, é feita entre as Secretarias de Educação e da Fazenda.

3. As fontes básicas de financiamento do ensino no município são:

a) MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO – MDE

4. Constituído de 25% das receitas resultantes de impostos e transferências, previstas no artigo 212 da Constituição Federal e aplicadas em despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, constantes do rol do artigo 70 da Lei nº 9.394/1996.

5. Assim, da receita de impostos diretamente arrecadada (IPTU, ITBI, ISSQN, IRPF), 25% são destinadas às despesas com o ensino, bem como, das quotas-partes municipal das receitas de impostos arrecadadas pelos governos estadual e federal, 25% também são destinados ao ensino. São as quotas-partes do ICMS, IPVA, IPI-Exp, FPM (IR+IPI), ITR, LC 87/96.

b) FUNDEB

6. Instituído no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de natureza contábil, é uma sub-vinculação dos recursos previstos no artigo 212 da CF. Especificamente, ele é composto por 20% dos recursos advindos dos impostos arrecadados pelo Estado, mais 20% das quotas-partes estadual e municipal das transferências de impostos da União. Este fundo é repartido entre Estado e municípios, segundo o número de alunos em cada rede.

7. Ao lado, temos a estimativa de receita do FUNDEB para 2011, feita pelo FNDE,por modalidade e ente estatal:


Valor por Aluno

Estado Municipio Estado Municipio

Parcial 9908 2.112,30 - 20.928.668,40 Integral 520 3.168,45 - 1.647.594,00 Parcial 25923 2.640,38 - 68.446.570,74 Integral 3.432,49 - - Parcial 34673 45908 2.640,38 91.549.895,74 121.214.565,04 Integral 384 3.432,49 1.318.076,16 - Parcial 89360 2.904,41 259.538.077,60 - Integral 1473 3.432,49 5.056.057,77 - Parcial 54327 3.168,45 172.132.383,15 - Integral 3 3.432,49 10.297,47 -

EJA Parcial 4893 12797 2.112,30 10.335.483,90 27.031.103,10 Integral - - Parcial 11367 2.112,30 24.010.514,10 - Integral - -

TOTAL 196480 95056 563.950.785,89 239.268.501,28

Ensino Médio

Fundamental

Médio

No.de Alunos Receita FundebModalidade de Ensino Permanência

Pré-Escola

Creche

Ensino Fundamental

Anos Iniciais

Anos Finais

c) SALÁRIO EDUCAÇÃO

8. É uma contribuição social cobrada sobre a folha de salários, destinada ao financiamento complementar da educação básica pública e, também, é distribuída segundo o número de alunos.

d) RECURSOS ADICIONAIS DA EDUCAÇÃO

9. Basicamente, são os recursos advindos de parcerias com o MEC/ FNDE, com destaque aqui para: Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, Programa de Dinheiro Direto na Escola – PDDE.

10. Estas fontes de recursos para financiamento da educação pública municipal, estão estimadas para 2012 com os seguintes valores:

Fonte de Receita Estimativa 2012 (em R$ Milhões)

MDE 213,6

Fundeb 300,5

Salário-Educação 41,2

FNDE/PNAE 8,3

Tesouro 1,4

TOTAL 566,0


10. Gestão Democrática e Controle Social

1. A gestão democrática que norteará a educação na cidade Guarulhos deverá ter como preceito básico a ampliação e o aprofundamento da democracia, que se traduz no caráter público e gratuito da educação, na inserção social, nas práticas participativas, na descentralização do poder, na socialização dos conhecimentos e das decisões e, muito especialmente, na atitude democrática das pessoas em todos os espaços de intervenção organizada. Assim, no processo de construção da gestão democrática da educação, alguns indicadores são imprescindíveis, tais como a autonomia, a representatividade social e a formação para a cidadania.

2. A gestão democrática não se constitui num fim em si mesma, mas numa das estratégias do processo de superação do autoritarismo, individualismo e das desigualdades sociais, com qualidade e eficiência. A estratégia e as táticas utilizadas na implementação da gestão democrática exigem ações contundentes e permanentes no enfrentamento das distorções criadas pelas concepções e intenções, ainda presentes, se contrapõem à concepção de gestão aqui defendida tanto na legislação atual, como em inúmeras práticas educacionais.

3. A fundamentação dessa gestão está, pois, na constituição de um espaço público de direito, que deve promover condições de igualdade, garantir estrutura material para promover um serviço educacional da qualidade social, criar um ambiente de trabalho coletivo que vise a superação de um sistema educacional fragmentado, seletivo e excludente, e, ao mesmo tempo, que possibilite a interrelação desse sistema com o modo de produção e distribuição de riqueza, com a estruturação da sociedade, com a organização política, com a definição de papéis do Poder Público, com as teorias do conhecimento, as ciências, as artes e as culturas.

4. Essa gestão deve permear o processo contraditório de relações que se estabelecem entre a instituição educacional e a sociedade, de tal forma a possibilitar aos seus agentes a utilização de mecanismos de construção e de implementação da qualidade social na educação. Nessa perspectiva, a instituição educacional deve ter como princípios fundamentais: o caráter público da educação, a inserção social, a descentralização do poder, as práticas participativas, a socialização das decisões colegiadas, que permitam o desencadeamento de um permanente exercício de conquista da cidadania. Esta última é concebida como a materialização dos direitos fundamentais legalmente constituídos, entre eles o direito à educação.

5. O Plano de Educação da Cidade de Guarulhos é um dos instrumentos nessa luta por uma educação democrática e inclusiva e sua efetivação depende da implementação da gestão democrática em todos os níveis do sistema de educação no município, em todas as instituições de ensino. As experiências democráticas que concorrem para o aperfeiçoamento dessa gestão são as que reforçam a participação de todos os segmentos constitutivos da comunidade escolar, norteiam-se pela construção de projetos político-pedagógicos participativos e convivem com os colegiados e as representações dos grupos sociais existentes no interior das instituições escolares.


6. A gestão democrática é um processo e, como tal, suas referências, ao contrário de seus princípios, não são estanques nem imutáveis, implicando valores e a construção de conceitos vinculados à própria dinâmica social. Ao mesmo tempo, alguns mecanismos são importantes para a materialização de uma gestão educacional nessa perspectiva. Destacam-se, entre esses mecanismos, os Conselhos – Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho Estadual de Educação (CEE), Conselhos Municipais de Educação (CME), Conselhos Escolares (na Educação Básica), Conselhos Universitários (na Educação Superior), além de outros Colegiados que venham a ser criados nas várias instâncias dos Sistemas Estadual e Municipal de Educação – os quais devem ser participativos e representativos dos segmentos sociais, ter caráter normativo, deliberativo e constituídos com maior participação da sociedade civil. Outros instrumentos importantes são os Fóruns Nacional, Estadual e Municipais de Educação, a serem construídos com a participação de todos.

7. O Conselho Municipal de Educação é órgãos consultivo, normativo, fiscalizador e deliberativo dos sistemas estadual e municipal de ensino, respectivamente. São instâncias de articulação entre o poder público e a sociedade civil, tendo dotação orçamentária que lhes assegure eficiente funcionamento e autonomia administrativa para agir e decidir em conformidade com as funções e atribuições que lhes são conferidas pela legislação federal, estadual e municipal, conforme a sua esfera de competência.

8. O Conselho Escolar é uma instância deliberativa e representativa da comunidade, com a finalidade de propor, acompanhar e fiscalizar o projeto político-pedagógico da escola. Deve ser constituído pela direção da escola e representantes dos segmentos da comunidade escolar, escolhidos por esta última, pelo processo de eleição direta. Entende-se como comunidade escolar, o conjunto dos alunos, pais e responsáveis pelos alunos, membros do magistério e demais servidores públicos em efetivo exercício na unidade escolar. Dada a realidade educacional brasileira e paulista vale ressaltar a necessidade de ampla campanha de esclarecimento e debate sobre esse nível de participação e sobre os Conselhos Escolares.

9. A avaliação, enquanto instrumento de gestão educacional, destina-se, em linhas gerais, a subsidiar, permanentemente, os processos de tomada de decisão necessários ao planejamento estratégico da educação. A consecução desse planejamento requer a colaboração de uma avaliação diagnóstica apropriada e atualizada, capaz de identificar necessidades, indicar prioridades, definir objetivos e metas, e apontar recursos, procedimentos e instrumentos.

10. Para garantir o objetivo social desses processos, é indispensável à participação organizada de todos os envolvidos (alunos, pais ou responsáveis, funcionários de apoio, profissionais técnico-administrativos, professores, coordenadores, diretores, autoridades educacionais constituídas). Essa avaliação deve permear todo o Sistema Educacional da Cidade de Guarulhos, deve ser interna e externa, e reger-se pelos mesmos princípios e diretrizes que assegurem uma educação de boa qualidade, que formem o cidadão, justo, democrático, solidário, ético, crítico e propositivo, enfim, um cidadão preparado para enfrentar os desafios individuais e coletivos. Para que isso ocorra, é imprescindível que os indicadores dessa avaliação tenham referência social e não apenas técnica e utilitarista, a exemplo


das avaliações externas implementadas no âmbito dos sistemas nacional e estadual de educação.

11. A avaliação, também interna e externa, das instituições educacionais deve levar em conta os seus recursos, sua organização, suas condições de trabalho, o padrão único de qualidade e, no caso da Educação Superior, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a universalidade de campos de conhecimento, entre outros indicadores. Esse processo avaliatório é coordenado pelos Conselhos Superiores e Conselhos Sociais nas universidades, e pelos Conselhos Escolares nas unidades escolares, coordenado pelos conselhos deliberativos democraticamente constituídos nas diferentes instâncias educacionais.

12. Por fim, é necessário enfatizar que sendo a Educação um dever do Poder Público (Federal, Estadual e Municipal), cabe a ele responsabilizar-se pela qualidade social da educação escolar oferecida, por meio do ensino ministrado pelas instituições, públicas ou privadas, em todos os níveis. Assim, as instituições particulares devem submeter-se aos padrões oficiais de organização, funcionamento e qualidade dos serviços educacionais prestados, na medida em que, para tanto, são autorizadas, fiscalizadas e avaliadas pelo Poder Público (Federal, Estadual e Municipal) (CF/88, Artigo 209).

11. Plano de Metas para a Educação na Cidade de Guarulhos

11.1 Metas: Políticas para a Diversidade e Inclusão Educacional

Meta 01 – Garantir políticas de combate à violência mediante a identificação e supressão de todas e quaisquer fontes diretas ou indiretas de racismo, discriminação, xenofobia e intolerância correlatas, inclusive nos currículos, práticas e materiais didático-pedagógicos, visando à construção da cultura de paz e ambiente dotado de segurança para a comunidade escolar.

Meta 02 - Garantir dotação orçamentária específica para desenvolver ações e projetos voltados à implementação da Lei Federal 10639/03, da Lei Federal 11645/08 e da Lei Municipal 6.494/09, sendo que as duas primeiras dispõem sobre a obrigatoriedade da inclusão do conteúdo de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo oficial da rede no Ensino Fundamental e Médio, públicos e privados e, a terceira, inclui também esta obrigatoriedade na Educação Infantil.

Meta 03 - Garantir dotação orçamentária específica para desenvolver ações e projetos voltados à implementação da Lei Federal 11.525/07, que inclui obrigatoriamente no Ensino Fundamental, conteúdo que trata dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Meta 04 - Organizar, anualmente, um sistema de informações relativo à população a ser atendida e, também, à que esteja em atendimento pela Educação Especial (escolas regulares, escolas e classes especiais), considerando que os dados das tabelas a serem apresentadas deverão ser revistos e atualizados à medida da necessidade.


Meta 05 - Garantir, em até 4 anos (2016), a organização de programas complementares em salas de recursos e/ou salas multifuncionais, nas diferentes modalidades de atendimento, de modo que favoreçam, garantam e ampliem a participação, a aprendizagem e o desenvolvimento dos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGB), altas habilidades/superdotação.

Meta 06 - Garantir, entre 2012 a 2016, o fornecimento de equipamentos de informática e o seu uso, por meio de profissionais habilitados, como suporte à aprendizagem e desenvolvimento do educando com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGB), altas habilidades/superdotação.

Meta 07 - Favorecer e incentivar a realização de estudos e pesquisas relacionados às diversas áreas ligadas à aprendizagem dos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGB), altas habilidades/superdotação, pelas Instituições públicas e/ou privadas de Ensino Superior.

Meta 08 - Incentivar, apoiar e realizar ações de combate ao preconceito e/ou discriminação do educando com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGB), altas habilidades/superdotação, por meio de campanhas de conscientização nos diferentes meios de comunicação, nos estabelecimentos de ensino de todas as modalidades, nos bairros, na cidade, convidando os pais de todos os educandos à participação e a sociedade civil de modo geral.

Meta 11 - Garantir o efetivo cumprimento do art. 10 do ECA, (Estatuto da Criança e do Adolescente) em parceria com a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, a aplicação do “Teste do Pezinho” e da “Orelhinha” para detectar, precocemente, possíveis quadros de deficiências, facilitando toda e qualquer intervenção necessária.

Meta 12 - Implantar programas de formação para os profissionais da Educação Básica ao atendimento dos educandos com altas habilidades (superdotação).

Meta 13 - Garantir, anualmente, a aplicação de teste de acuidade visual e auditiva aos educandos de todas as escolas da Educação Básica, em parceria com a Secretaria da Saúde e instituições de Educação Superior, de modo a detectar problemas, providências e apoio adequado/preventivo aos educandos com deficiência.

Meta 14 - Promover, em quatro anos, (2012 a 2016), parceria com as áreas de Assistência Social, Cultura, Organizações não Governamentais e Redes de Ensino para tornar acessíveis, em todas as escolas da Prefeitura/Estado: livros falados de literatura, livros em Braille e livros com caracteres ampliados, destinados aos educandos cegos e aos educandos de baixa visão.

Meta 15 – As instituições de ensino particular deverão disponibilizar, em quatro anos, (2012 a 2016), livros falados de literatura, livros em Braille e livros com caracteres ampliados, destinados aos educandos cegos e aos educandos de baixa visão.

Meta 16 - Garantir, no prazo de cinco anos (2017), que todas as instituições educacionais, públicas e privadas, tenham atendimento educacional especializado, dirigido aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGB), altas habilidades/superdotação de acordo com a Política para a Educação Especial do Ministério da Educação.


Meta 17 – Garantir, em todos os sistemas de ensino (público e privado) a presença de monitor de alunos com necessidade de apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras, que exijam auxílio constante no cotidiano escolar.

Meta 18 - Incentivar, favorecer e garantir, a partir de 2012, espaços de diálogo, como encontros, palestras, seminários, tendo como tema a questão de gênero e da orientação sexual, com vistas à superação de desigualdades e discriminações, ainda presentes em nossa sociedade.

Meta 19 – Garantir, a partir de 2013, transporte escolar aos educandos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento (TGB), e transporte escolar adaptado aos educandos com mobilidade reduzida, para acesso ao AEE – Atendimento Educacional Especializado, no contraturno à sua escolarização, em todas as unidades educacionais da cidade de Guarulhos.

Meta 20 – Garantir a ampliação da equipe de profissionais especializados para o atendimento em Educação Especial nas escolas públicas regulares, de modo a assegurar este atendimento a todos os educandos que dele necessitem.

Meta 21 – Expandir e fortalecer o atendimento educacional especializado, que deve ser realizado no contraturno da escolarização do educando, disponibilizando o acesso ao currículo e proporcionando independência para a realização de tarefas da vida diária e da construção da autonomia.

11.2 Metas: Educação Socioambiental

Meta 01 - Garantir programas de formação permanente sobre a temática a todos os profissionais da Educação Básica.

Meta 02 - Garantir a implementação do Programa Nossa Escola Recicla em 100% das novas unidades escolares da Rede municipal e e expandir a todas as escolas da cidade com disponibilização de recursos proporcionais por cada unidade escolar atendida

Meta 03 – Implementar programas e projetos ecoeficientes permanentes nas unidades de ensino da cidade, objetivando a redução do consumo energético, de água, de papel, de copos descartáveis etc.

Meta 04 – Implementar o programa de coleta seletiva em todas as unidades de ensino da cidade.

11.3 Metas: Educação Infantil

Meta 01- Atender a demanda escolar da população de 0 a 3 anos, sendo 50% até o ano de 2016, atingindo 100% até 2022.

Meta 02 - Atender a toda a demanda escolar da população de 4 e 5 anos de idade até o final de 2012.

Meta 03 – Garantir o atendimento para crianças de 0 a 3 anos de idade, em creches noturnas, em escolas próximas a terminais de ônibus ou centros urbanos, favorecendo as mães/pais/responsáveis trabalhadores (as) e/ou estudantes que necessitem, comprovadamente, desse atendimento.


Meta 04 – Pautando-se nas diretrizes nacionais para a educação infantil, elaborar, até o final de 2013, documento administrativo-pedagógico que sirva de referência para esta etapa de ensino.

Meta 05 – Garantir a adequação do número de crianças por classe, respeitando a relação criança/adulto, conforme Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

Meta 06 - Garantir, até 2018, o funcionamento de todas as escolas no máximo em dois turnos diurnos, sem prejuízo ao atendimento da demanda e da qualidade social da educação.

Meta 07 - Garantir no Currículo da Educação Infantil: Artes (arte visuais e música) para todos os educandos e Educação Física para crianças de 4 e 5 anos.

Meta 08 – Garantir o atendimento integral, na creche, para todas as crianças cujas mães solicitarem a vaga por motivo de trabalho ou quando, comprovadamente, a criança se encontrar em condição de risco.

Meta 09 – Promover, no prazo de três anos, a regularização das instituições de Educação Básica particulares e, também, as conveniadas de Educação Infantil, em situação irregular, com adequação aos padrões mínimos estabelecidos em lei.

11.4 Metas: Ensino Fundamental

Meta 01 - Alfabetizar, na perspectiva do letramento, todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade, 3º ano do Ensino Fundamental.

Meta 02 – Para o atendimento da meta 01 do Ensino Fundamental, garantir a formação permanente, na perspectiva do letramento, a todos os professores que atuam no Ensino Fundamental.

Meta 03 – Elaborar e implementar programas de apoio pedagógico aos educandos com dificuldades no processo de ensino-aprendizagem.

Meta 04 - Univerzalizar o Ensino Fundamental de 9 anos até o ano de 2015, em regime de colaboração entre o Poder Público Municipal e Estadual.

Meta 05 - Atingir, até o ano de 2021, as seguintes médias municipais tomando-se como base o Indice de Desenvolvimento da Educação Básica-IDEB:

Modalidade 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

EF-AI 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0

EF-AF 4,0 4,6 5,2 5,8 6,4 7,0 8,0

Meta 06 - Ampliar a rede física dos sistemas públicos de ensino, Municipal e Estadual, priorizando as necessidades da demanda escolar nas áreas de maior expansão populacional e menor renda familiar, de forma a garantir a existência de escola mais próxima à residência do educando.



Meta 08 – Incentivar, na rede pública de ensino, a elaboração de material didático-pedagógico na própria escola, em consonância com o respectivo projeto político-pedagógico, ao lado dos materiais que são oportunizados pelo Governo Federal, Estadual e/ou Municipal, respeitando-se a realidade sócio-cultural de cada unidade escolar.

Meta 09 - Garantir no Currículo do Ensino Fundamental: Artes (arte visuais, teatro, dança e música e contação de história), Língua Estrangeira e Educação Física para todos os educandos, inclusive para os anos iniciais.

Meta 10 – Implementar o atendimento de no máximo 25 alunos por classe, nos anos iniciais e 30 alunos por classe nos anos finais.

11.5 Metas: Educação de Jovens e Adultos/MOVA

Meta 01 - Universalizar o processo de alfabetização e letramento para a população jovem e adulta que não conseguiu se alfabetizar/letrar no tempo adequado.

Meta 02 - Em parceria com o Poder Público Estadual, ampliar em 50% a oferta de vagas na EJA.

Meta 03 – Estabelecer parcerias/convênios com universidades públicas e privadas para a formação dos profissionais da Educação Básica, objetivando atender as especificidades da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Metas 04 – Desenvolver campanhas e ampliar as parcerias com os movimentos sociais para incentivar e garantir o acesso e permanência, na EJA e no MOVA, daqueles que não tiveram oportunidade de se alfabetizar/letrar no tempo adequado.

11.6 Metas: Ensino Médio Regular e Profissional

Meta 01 – Garantir vagas a todos os jovens de 15 a 17 anos, no Ensino Médio, no período diurno, podendo ser oferecido no período noturno apenas ao educando comprovadamente trabalhador.

Meta 02 - Firmar parcerias com SENAC, SENAI, SESI e outras instituições do gênero, com a finalidade de promover oportunidades de formação para o trabalho, potencializando o uso de espaços ociosos das escolas, quando eles existirem.

Meta 03 - Realizar, em 2012, um mapeamento da demanda para o Ensino Médio Regular e Técnico Profissional, no Município, como recurso ao planejamento e à implementação de políticas públicas, atualizando tais informações anualmente.


Meta 05 – Atender em 100% a demanda das matrículas da Educação Profissional Técnica de Ensino Médio, assegurando a qualidade de oferta.


Meta 06 – Garantir a realização de campanhas, palestras, encontros e seminários, tendo como temas: as doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS) e gravidez precoce na adolescência, em parceria entre as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde e de Educação.

Meta 07 – Incentivar, apoiar e propiciar condições para a criação e funcionamento de grêmios estudantis em todas as escolas da rede estadual e particular, como espaços privilegiados de participação e exercício da cidadania, com espaços físicos adequados em todas as escolas.

Meta 08 – Elaborar e desenvolver programas de recuperação da aprendizagem, em todas as séries do Ensino Médio, de todas as escolas de Guarulhos.

Meta 09 – Ampliar a oferta de cursos técnicos junto às escolas de ensino médio, garantindo a devida estruturação de recursos materiais e tempo maior de conclusão.

Meta 10 – Criar programas informativos a respeito de cursos e profissões, oferta de vagas, políticas de amparo e/ou financiamento dirigido ao estudante universitário, quanto ao acesso e permanência nas diferentes instituições de ensino.

11.7 Metas: Formação Profissional

Meta 01 – Ampliar número de atendidos e as opções de cursos de Formação Profissional Inicial para a população jovem e adulta, oriunda de famílias de baixa renda e moradora da cidade.

Meta 02 – Aperfeiçoar o observatório do trabalho com vistas à democratização das informações, para que o poder público possa melhor adequar a oferta de formação social e profissional articulada com elevação de escolaridade e oficina de geração de renda, proporcionando mais oportunidades de emprego e renda à população em situação de vulnerabilidade social.

Meta 03 – Articular a sociedade civil organizada no sentido de pleitear, junto aos órgãos competentes, a viabilização de unidades de ETECs em Guarulhos.

Meta 04 – Garantir parcerias/convênios entre o Poder Público Municipal, Estadual e Federal e as instituições de ensino particular com o tecido industrial e comercial e as entidades de classes para a promoção de estágios aplicados que consolidem a formação profissional.

11.8 Metas: Ensino Superior

Meta 01 - Proporcionar o estabelecimento de convênios/parcerias entre as Secretarias de Educação Municipal e Estadual, o Conselho Municipal de Educação e as instituições de Ensino Superior, objetivando uma maior aproximação e diálogo entre a Educação Superior e a Educação Básica.

Meta 02 - Promover o estabelecimento de mecanismos que possibilitem o intercâmbio entre as instituições de Ensino Superior e as escolas públicas e privadas de Educação Básica da cidade de Guarulhos.

Meta 03 - Favorecer, a partir de 2012, a elaboração de programas que informem a respeito de cursos e profissões, oferta de vagas, políticas de amparo e/ou financiamento ao estudante universitário no que se refere ao acesso, permanência e gratuidade nas diferentes instituições públicas e privadas, de Ensino Superior.


Meta 04 - Promover a divulgação de informações relacionadas à formação, especialização e pós-graduação destinadas aos educadores da Educação Básica das redes Municipal, Estadual e instituições de ensino privada.

Meta 05 – Articular discussões com universidades e faculdades públicas e privadas, no sentido de incluir no currículo temas prioritários na formação dos educandos, tendo por base a realidade da educação básica.

Meta 06 – Dobrar, no mínimo, o número de vagas no Ensino Superior Federal.

Meta 07 – Implantar novos cursos nas áreas de exatas, biológicas e humanas nas instituições de ensino superior públicas e privadas.

Meta 08 – Articular a sociedade civil organizada no sentido de pleitear, junto aos órgãos competentes, a ampliação do número de vagas e cursos na FATEC.

Meta 09 – Articular a sociedade civil organizada no sentido de pleitear, junto aos órgãos competentes, a implantação de um campus da Universidade de São Paulo – USP em Guarulhos.

Meta 10 - Articular a sociedade civil organizada no sentido de pleitear, junto aos órgãos competentes, a ampliação de vagas no IFESP.

Meta 11 - Articular a sociedade civil organizada no sentido de pleitear, junto aos órgãos competentes, a implantação de uma Universidade Pública de Medicina em Guarulhos.

Meta 12 – Incentivar e favorecer a realização de projetos acadêmicos aplicados aos contextos das escolas de Guarulhos para promover a inovação educacional e de gestão escolar.

Meta 13 – Promover a criação de conselhos e fóruns de discussões permanentes, com a participação da comunidade e da sociedade civil organizada, com o objetivo de assegurar o acompanhamento e o retorno à sociedade dos resultados das atividades universitárias.

Meta 14 – Garantir representação paritária entre docentes, discentes e funcionários técnico administrativos nos órgãos decisórios das instituições de nível superior, com a auto-aplicabilidade do art. 207 da Constituição Federal.

11.9 Valorização Profissional

Meta 01 - Assegurar que todos os educadores de Educação Infantil e Fundamental (1º ao 5º ano) tenham formação superior em Pedagogia e Ensino Fundamental (6º ao 9º) tenham licenciaturas específicas, até o ano de 2016.

Meta 02 - Promover ações junto às instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, com o objetivo de potencializar e qualificar a formação dos professores que atuam na Educação Básica, com foco no currículo específico destas modalidades de ensino.

Meta 03 - Garantir formação continuada para todos os educadores da EJA e MOVA, na perspectiva do letramento e da inclusão.


Meta 04 - Assegurar parcerias/convênios com Universidades públicas e privadas para a realização de cursos de extensão, especialização, mestrado e doutorado relativo às temáticas das relações étnico-raciais, de gênero, direitos humanos e demais áreas da educação para profissionais da Rede Municipal e Estadual de ensino.

Meta 05 - Garantir a formação dos educadores do Ensino Básico em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

Meta 06 – Incentivar, favorecer e garantir aos educadores da Educação Básica atividades de pesquisas e elaboração de subsídios teóricos, como suportes ao trabalho docente.

Meta 07 – Garantir a manutenção da formação semanal dos professores-coordenadores pedagógicos, realizada pelo Programa Saberes em Rede, com o objetivo de se estabelecer um diálogo permanente na construção e mediação do Projeto Político-Pedagógico realizado por estes profissionais da rede municipal de ensino.

Meta 08 – Garantir a manutenção da formação quinzenal dos professores-coordenadores pedagógicos, realizados pelas Diretorias de Ensino SEE-SP, com o objetivo de fomentar a implementação do Currículo Unificado.

Meta 09 – Assegurar formação inicial de cinco anos em Instituições Públicas de Ensino Superior, inclusive com reserva de vagas nas universidades públicas.

Meta 10 – Garantir formação, geral e específica em todas as áreas, para todos os trabalhadores do quadro de apoio das escolas.

Meta 11 – Promover concurso público de provas e títulos, quando os cargos vagos atingirem 10% do total de todos os profissionais de educação.

Meta 12 – Elaborar e implantar módulo concursado nas escolas públicas.

Meta 13 – Criar, no prazo de cinco anos, cursos profissionalizantes de nível médio para os profissionais não docentes da educação, conferindo habilitação formal, inicialmente nas áreas de administração escolar, multimeios, alimentação e manutenção de infraestrutura escolar e, em outras áreas, cuja criação se mostre necessária em decorrência de mudanças sociais e educacionais.

Meta 14 – Garantir, em cinco anos, a contratação de profissionais devidamente qualificados, para suprir os déficits de todas as funções, atendendo as demandas em nas diferentes modalidades, etapas e níveis de ensino.

Meta 15 – Criar mecanismos que estimulem os profissionais da educação a desenvolverem as habilidades artísticas e profissionais, apoiando a respectiva participação em eventos científicos e sócio-culturais.

Meta 16 – Incentivar a elaboração e divulgação das produções científicas e artístico-culturais dos educadores e dos educandos de todas as escolas de Guarulhos.

Meta 17 – Estabelecer parceria entre o poder público municipal, estadual e federal e instituições particulares para a criação de um Centro de Referência, com o objetivo de atender as necessidades pedagógicas, de pesquisas, estruturais e administrativas da formação permanente.


11.10 Metas: Financiamento na Educação

Meta 01 – Ampliar as parcerias com a União, especialmente por meio do PAR, buscando financiamento para as construções de unidades de educação infantil, bem como, a ampliação dos recursos aplicados no ensino superior.

Meta 02 – Aprimorar a parceria com o Governo Estadual, visando a otimização dos recursos aplicados na Educação Básica, bem como, a ampliação dos recursos aplicados no Ensino Superior.

Meta 03 – Elaborar um sistema de acompanhamento de gastos por aluno, por escola e dar publicidade desses dados para a respectiva comunidade escolar.

11.11 Metas: Gestão Democrática e Controle Social

Meta 01- Favorecer e assegurar a elaboração e implementação de programas para aproximar família e escola por meio de cursos, palestras e/ou oficinas, encontros temáticos, dando prioridade a horários convenientes aos pais/responsáveis e prevendo a disponibilidade de espaços adequados à atividade proposta.

Meta 02- Garantir a representação dos centros acadêmicos e dos grêmios estudantis de instituições públicas e privadas no Conselho Municipal de Educação.

Meta 03- Garantir a formação de servidores e de docentes relativa às necessidades de informação e de estatísticas educacionais, planejamento e avaliação.

Meta 04- Incentivar, favorecer e garantir a participação da comunidade escolar, principalmente dos participantes do Conselho Escolar, na discussão e elaboração do Planejamento e Replanejamento escolares.

Meta 05- Garantir que as escolas do Município coloquem à disposição da população informações de caráter geral, por meios de sítios (páginas da Internet), para a divulgação e do controle social.

Meta 06- Assegurar que todas as unidades escolares apresentem e discutam com a comunidade escolar os critérios utilizados para a avaliação da aprendizagem dos educandos das diferentes modalidades, níveis e etapas de ensino nos órgãos colegiados.

Meta 07 - Implementar políticas públicas que favoreçam a articulação e a participação da comunidade escolar, buscando alcançar a gestão democrática em todas as escolas de Guarulhos.

Meta 08 – Incentivar a criação de grêmios estudantis e centros acadêmicos, democráticos e representativos em todas as unidades de ensino da cidade.

Meta 09 – Garantir avaliação e monitoramento da implantação de todas as propostas estabelecidas neste plano, a cada dois anos, pelas secretarias Municipal, Estadual e pelo Conselho Municipal de Educação.


Meta 10 – Incentivar e garantir a participação democrática das diferentes entidades da comunidade educacional, bem como da sociedade civil, na avaliação e no acompanhamento da implementação do presente Plano.

Meta 11 – Estabelecer, a cada dois anos, avaliação dos resultados das metas estabelecidas no presente Plano e, caso os prazos estabelecidos para o alcance das metas não estejam a contento, prever mudanças de estratégias e de prazos respectivamente.

Meta 12 – Extinguir as Associações de Pais e Mestres, no prazo de um ano, transferindo suas atribuições para o Conselho das respectivas escolas, e constituindo os grêmios estudantis e o Coletivo de Mães/Pais ou Responsáveis, com garantia de espaços, cursos, palestras e/ou oficinas, priorizando horários de conveniência dos participantes.

Meta 13 – Assegurar que todas as unidades escolares, no início de cada ano letivo, apresentem e discutam com a comunidade escolar os critérios utilizados na avaliação da aprendizagem dos educandos, bem como, o calendário anual de reuniões de pais.

Meta 14 – Garantir, no c alendário escolar, data para discussão e elaboração da proposta pedagógica, com publicidade para a participação da comunidade, de modo a assegurar sua avaliação e atualização.

Meta 15 – Incentivar uma maior democratização na gestão das instituições de Educação Superior, públicas e privadas, garantindo eleições paritárias e participação no processo de escolha de seus respectivos dirigentes.

Meta 16 – Incentivar processos para elaboração de estatutos das instituições de Educação Superior, visando sua democratização, pela participação da comunidade universitária e da sociedade.

11.12 Metas Gerais

Meta 01 – Elaborar programas de apoio e aproximação das famílias da comunidade em relação ao processo educacional de seus filhos, bem como à convivência harmoniosa com educadores, gestores e demais funcionários das respectivas escolas.

Meta 02 - Incentivar, a partir de 2012, a maior e efetiva participação da comunidade escolar nos Conselhos de Escola.

Meta 03 - Elaborar e implementar programas específicos para os pais, contemplando os projetos político-pedagógicos e as particularidades socioambientais, políticas, econômicas, sociais e histórico/culturais das diferentes regiões da Cidade.

Meta 04 - Garantir em todos os novos projetos de escolas, a inserção de espaços específicos e adequados à organização de brinquedotecas e salas de leitura, como espaços relevantes para o processo ensino-aprendizagem, garantindo sua atualização permanente.

Meta 05 – Elaborar e implementar programas específicos, para reduzir o analfabetismo funcional no ensino fundamental e médio.


Meta 06 – Desenvolver programas de assistência estudantil que possam assegurar a permanência dos educandos nas instituições de ensino da cidade.

Meta 07 – Implantar, gradativamente, estruturas nas escolas que garantam a acessibilidade aos portadores de deficiência ou mobilidade reduzida, de acordo com a Lei Federal 10.098/2000 e NBR 9050 da ABNT.

Meta 08 - Garantir o provimento da alimentação escolar, de modo a assegurar o equilíbrio necessário dos níveis calórico-protéicos por faixa etária, nas Redes Públicas de Ensino - Municipal e Estadual.

Meta 09 – Implementar laboratórios de informática, em todas as escolas de Ensino Básico da cidade de Guarulhos.

Meta 10 – Garantir a disponibilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como apoio ao processo ensino-aprendizagem, objetivando a qualidade social da educação.

Meta 11 – Garantir, gradativamente, a implantação de salas multiuso em todas as escolas da Educação Básica da cidade de Guarulhos, com o objetivo de desenvolver atividades nas diferentes áreas do conhecimento.

Meta 12 – Garantir a ampliação e manutenção do acervo bibliográfico (documentos de consulta, pesquisa, leitura e material vídeo-gráfico), existentes nas escolas de Ensino Básico, Bibliotecas, Centros de Incentivo à Leitura, Conservatório de Artes e CEUs.

Meta 13 - Divulgar e estimular os Programas de renda mínima ligados à Educação, com o objetivo de garantir o acesso e a permanência na escola para a população escolar da Educação Básica.

Meta 14 – Incentivar, favorecer e garantir que o acompanhamento das atividades docentes e de gestão escolar tenham um caráter de aproximação e de crescimento técnico-pedagógico de os todos envolvidos no processo.

Meta 15 – Garantir condições para o acompanhamento da superação de distúrbios físicos e psicológicos gerados pelas atividades profissionais na área da educação.

12. Ações, Programas e Projetos desenvolvidos nas Redes Municipal e Estadual de Ensino

12.1 Rede Municipal de Educação

12.1.1 Diversidade e Inclusão educacional

a) Criação do GTPIR - Grupo de Trabalho de Promoção da Igualdade Racial da SME (a partir de 2008)

Objetivos: Constituído por representantes das divisões que compõem o DOEP, busca


aprofundar o debate nas escolas a respeito da participação, contribuição e valorização étnico-racial na construção do Brasil e possibilitar discussões e reflexões sobre as relações étnico-raciais, na perspectiva de subsidiar e potencializar a implementação da Lei 10.639/03 e 6494/08, evidenciando os saberes e as concepções presentes no Quadro de Saberes Necessários.

b) Prêmio Akoni de Promoção da Igualdade Racial (a partir de 2008)

Objetivo: reconhecer e estimular práticas pedagógicas sobre a temática racial. Em sua primeira edição recebeu e analisou 104 produções (desenhos, slogans e fotografias) de educandos/as da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA), já no ano de 2009 foram 283 trabalhos, envolvendo 76 escolas.

c) Análise, indicação e compra de livros e brinquedos sobre a temática de diversidade e direitos humanos

d) Realização de pesquisa, junto à Rede, sobre a implementação da Lei 10.639/03 (2011):

Objetivo: avaliar a implementação das leis de 10.639/2003 e 11.645/2008 e Lei Municipal 6.494/2009); identificar e dar visibilidade às práticas pedagógicas fortalecedoras da promoção da igualdade racial na educação; apontar as necessidades e as estratégias de superação das dificuldades para efetivação das leis de promoção da igualdade racial na educação.

e) Salas de Apoio Pedagógico (2002 a 2010)

f) Objetivos: desenvolver ações que atendam às necessidades dos educandos com deficiência ou transtornos globais do desenvolvimento, a partir do olhar sobre suas peculiaridades contemplando o eixo: educando-escola-família, e o direito a uma educação que promova a formação humana, reconhecendo-os como sujeitos culturais e em desenvolvimento.Reorganização do projeto: transição para o atendimento educacional especializado (AEE), em consonância com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2010 a 2011).

g) Projeto Atendimento Educacional Especializado, em parceria com a SECADI/MEC (2009 a 2011)

Objetivos: O AEE tem como objetivo identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos (as) educandos(as), considerando suas necessidades específicas.

As atividades do AEE são desenvolvidas, prioritariamente, na própria escola ou em outra escola, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, não se confunde com reforço escolar, tem funções próprias do ensino especial, as quais não se destinam a substituir o ensino comum. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos(as) educandos(as) com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. É ofertado em todas as etapas e modalidades da educação básica.


Foram implantadas 18 salas de Recursos Multifuncionais para o Atendimento Educacional Especializado; grande parte dos equipamentos já foram enviados para as escolas, que terão salas de Recursos Multifuncionais; estamos em transição do atendimento da SAP para AEE; realizamos processo seletivo dos(as) educadores(as) para participação no curso e preenchimento das vagas das salas de AEE;

h) Serviços de Atendimento Terapêutico e Educacionais – Profª Alice Ribeiro (desde 2001).

Objetivo: Espaço terapêutico-educacional que realiza intervenções junto aos (às) educandos (as) com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/ superdotação e dificuldades no processo de escolarização.

As ações são desenvolvidas por equipe interdisciplinar, mediadas por artes plásticas, música, jogos e brincadeiras, proporcionando um trabalho de criação e de exploração de novas vias de expressão da singularidade do (a) educando (a), a fim de potencializar sua participação na escola e na sociedade com maior autonomia e independência.

Estas intervenções preveem discussões e reflexões com gestores (as), coordenadores (as) pedagógicos(as) e educadores(as) da Rede municipal sobre o processo de escolarização do educando(a), entendendo que ele (ela) necessita ser visto(a) a partir da análise do contexto escolar, a fim de possibilitar o planejamento conjunto de ações a serem realizadas na unidade de ensino e/ou atendimento.

i) Projeto MAIS – Movimento de Atenção à Inclusão do Surdo (2003 a 2011)

Objetivo: Desenvolver proposta pedagógica diferenciada em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para o Ensino Fundamental regular (1º ao 5º ano e Educação de Jovens e Adultos – EJA – Ciclos I e II 1° ao 4º ano), para crianças, jovens e adultos com surdez severa profunda, prioritariamente da Rede Municipal de Guarulhos (EPG Crispiniano Soares, com 5 classes e Professor Edson Nunes Malecka, com 3 classes). Ocorre de forma compartilhada com o Instituto de Educação São Paulo – IESP – Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação – DERDIC/ PUC-SP.

j) Projeto Na Diferença se Faz e se Aprende (a partir de 2007)

Realizado em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e a Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos/ Divisão Técnica de Políticas para Diversidade e Inclusão Educacional, com a participação de estagiárias de pedagogia.

Objetivos: integrar e ampliar a Rede de Apoio à Inclusão Escolar, contribuindo na garantia da permanência e da qualidade da educação dos (as) educandos (as) com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento e, em especial, daqueles(as) na condição de dependência para realizar as atividades de vida diária.

Atualmente, o Projeto conta com a participação de 203 estagiárias de Pedagogia em 117 Escolas da Prefeitura de Guarulhos auxiliando a equipe escolar no processo de escolarização de 604 educandos (as).


k) Programa de Formação Permanente (2002 a 2011).

Objetivo: realizar formação permanente dos profissionais da educação/educadores da Rede visando a sensibilização para uma mentalidade inclusivista, na perspectiva de mudança de valores e superação de preconceitos, favorecendo o desenvolvimento de uma cultura de respeito e valorização da diversidade de gênero, raça, etnia, condições físicas e afetivas.

Baseia-se nos princípios da equidade de direitos e oportunidades com vistas a garantir a aprendizagem e desenvolvimento de todas/os educandas/os.

Os participantes da formação são:

Estagiárias de Pedagogia – formação realizada pelo Projeto “Na Diferença se Faz e se Aprende”;

Coordenadores Pedagógicos – formação realizada pela Seção Técnica de Apoio Terapêutico e Educacional Prof. Alice Ribeiro;

Coordenadores Pedagógicos – formação realizada pela Seção Técnica de Apoio Terapêutico e Educacional Prof. Alice Ribeiro:

Educadores da rede - Projeto Babassá (BABASSÁ significa irmão gêmeo em Kimbundo) Danças e Cultura Afro-brasileira (de 2002 a 2008)

Tem como objetivo específico oferecer oficinas aos/as educadores/as e educandos/as da Rede para oferecer subsídios para a efetivação da Lei 10.639/2003, por meio do conhecimento da cultura e história da África e dos afro-brasileiros e discutir o preconceito étnico-racial e todas as formas de discriminação e racismo.

Educadores da rede - Curso “Metodologias de Enfrentamento do Racismo e Promoção da Igualdade Racial”, coordenado pela Divisão Técnica de Políticas para Diversidade e Inclusão Educacional e ministrado por Bel Santos Mayer, com o objetivo de apreender metodologias, métodos e técnicas de sensibilização e aprofundamento da temática étnico-racial nas escolas. Concluíram este curso cerca de cem educadores/as.

Educadores da rede - oficinas temáticas sobre as questões étnico-raciais:

Estas oficinas ocorreram como desdobramento do Curso “Metodologias de Enfrentamento do Racismo e Promoção da Igualdade Racial. Temas abordados: História da África e dos Afro-brasileiros. Quais histórias? e Efeitos Psicossociais do Racismo.

Educadores da rede - Semana dos Povos Indígenas da Educação, destinado a favorecer a implementação da Lei 11.645 de 10 de março de 2008, buscando evidenciar as concepções dos saberes, presentes no Quadro de Saberes Necessários – QSN.

Gestores e educadores - Seminário do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade - Parceria SECADI/MEC, objetivando disseminar a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, apoiando a formação de gestores e educadores, efetivando a transformação dos sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos e reconhecendo a importância destes na garantia do direito dos educandos com deficiência ao


acesso e permanência, com qualidade social, nas escolas da rede regular de ensino (ocorrido em setembro de 2011 no Centro Municipal de Educação Adamastor Centro).

Formação dos (as) Professores (as) das Salas de Apoio/Recursos/AEE – em conjunto com a Assessoria MAIS DIFERENÇAS, 2011

Tem como objetivo: Aprofundar o estudo das diretrizes da Política do MEC, em relação à Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva; desenvolver projeto articulado entre sala de recursos e classes especiais para favorecer e ampliar o acesso e a permanência dos alunos com deficiência nas classes regulares, com vistas à qualidade social da educação; desenvolver estratégias inclusivas de trabalho, tendo como um dos pressupostos o Quadro de Saberes Necessários.

l) Formação dos profissionais de atendimento terapêutico-educacional - em conjunto com a Assessoria MAIS DIFERENÇAS, 2011

Tem como objetivo: Contribuir para a formação dos profissionais do NAAD nas temáticas da Acessibilidade e Tecnologia Assistiva, para fortalecer o Programa de Educação Inclusiva; construir, juntamente com os profissionais do NAAD, um plano de ação de Acessibilidade e Tecnologias Assistivas para os alunos com deficiência, numa perspectiva de equiparação de oportunidades; desenvolver estratégias de trabalho inclusivas, tendo como um dos pressupostos o Quadro de Saberes Necessários (QSN).

m) Formação Continuada dos Gestores das Unidades Escolares Para Educação Inclusiva - em conjunto com a Assessoria Mais Diferenças, 2011.

Aprofundar as análises e interpretações do modo de funcionamento das UEs, para uma caracterização mais precisa das necessidades e demandas, tendo como parâmetro a educação inclusiva, no que tange à construção das formas de articulação do trabalho pedagógico desenvolvido no atendimento dos alunos com deficiência, fundamentado na concepção de educação e desenvolvimento humano, na perspectiva sócio-histórica presente no PPP da Rede Municipal (QSN pp 15-25 e nos seus eixos).

n) A Construção do Nós na Educação Inclusiva - em conjunto com Assessoria Mais Diferenças, 2011

Objetivo: Perceber e refletir sobre as práticas em relação à Educação Inclusiva, considerando e construindo conjuntamente os conhecimentos necessários para incluir, com qualidade, alunos com deficiência. Fundamentado na concepção de educação e desenvolvimento humano, na perspectiva sócio-histórica presente no PPP da Rede Municipal (QSN pp 15-25 e nos seus eixos).

o) Curso de LIBRAS em conjunto com a Assessoria MAIS DIFERENÇAS, 2011

Objetivo: Ampliar a possibilidade de comunicação dos alunos surdos no cotidiano escolar, por meio do ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) aos educandos da Rede, favorecendo o acesso à escolarização destes alunos, contemplando o eixo: Comunicação e Expressão - QSN.


p) Oficina de Tecnologia Assistiva – Materiais Pedagógicos Acessíveis, em conjunto com a Assessoria Mais Diferenças, 2011

Objetivo: Subsidiar os educadores para reconhecer as diferenças e necessidades específicas dos alunos com deficiências; conhecer, pesquisar e desenvolver materiais pedagógicos acessíveis, levando-se em conta especificidades das deficiências, bem como estratégias metodológicas e favorecendo o acesso à escolarização, numa perspectiva educacional fundamentada nos pressupostos do QSN.

q) As Tecnologias de Informação e Comunicação (Tics) como Apoio ao Professor, em conjunto com a Assessoria Mais Diferenças, 2011

Objetivo: Desenvolver plano de trabalho para utilizar softwares de Tecnologia Assistiva e Educacionais com alunos com deficiência, contribuindo para sua aprendizagem e desenvolvimento norteado pelos eixos do Quadro de Saberes Necessários.

r) Oficina nas Escolas–escrever-se no mundo, em conjunto com a Assessoria MAIS DIFERENÇAS, 2011

Objetivos: Compreender a escrita e a leitura como produto da evolução histórico-cultural da humanidade; Identificar os fatores culturais que participam do processo de aprendizagem da leitura e da escrita; problematizar o papel da leitura e da escrita na perspectiva da Educação Inclusiva, contextualizando-o na realidade de alunos com e sem deficiência; construir novas ações e mediações inclusivas que favoreçam a acessibilidade da leitura e da escrita dos educandos com e sem deficiência.

s) Oficina nas Escolas – Teatro: criação e expressão, em conjunto com a Assessoria MAIS DIFERENÇAS, 2011

O objetivo: Utilizar a linguagem teatral como forma de comunicação e expressão no processo de educação inclusiva; problematizar o papel da linguagem teatral na perspectiva da Educação Inclusiva; propiciar a descoberta do saber individual e coletivo do cotidiano de cada indivíduo, pelo texto teatral; construir práticas e recursos pedagógicos incluindo a criação e expressão teatral como fontes de novas possibilidades no processo educacional inclusiva (Q.S.N. pp. 49-51; 75-79; 99; 102).

t) Projeto Piloto Libras nas Escolas, em Conjunto com a Assessoria Mais Diferenças, 2011

O objetivo: contribuir para a conscientização da comunidade escolar em relação às demandas dos alunos surdos que estão incluídos e a importância de um trabalho pedagógico que acolha, respeite e trabalhe com LIBRAS; desenvolver projeto piloto de ensino de Libras nas escolas de educação infantil do município, que têm alunos surdos incluídos, através de cursos para os diferentes atores da comunidade escolar; registrar a metodologia e a implementação do Projeto Piloto Libras nas Escolas, através de acompanhamento sistemático do trabalho, para avaliar sua efetividade e possibilidades de realização e ampliação.

u) Diversidade e Direitos Humanos: saberes e práticas necessárias à construção da igualdade, em conjunto com a Assessoria MAIS DIFERENÇAS, 2011


O objetivo: refletir sobre as desigualdades, especialmente as de raça/etnia e de gênero, e sobre o impacto das discriminações (racismo, machismo, homofobia) na autoestima e no desempenho escolar dos/das educandos/as; contribuir para a efetivação das leis federais 10.639/2003 e 11.645/2008, e da Lei Municipal 6.494/2009 que instituem a obrigatoriedade do ensino da Historia e Cultura da África e dos Afro-brasileiros e da História e Cultura Indígena nas escolas, a partir do estudo de metodologias, métodos e técnicas de sensibilização e aprofundamento de conteúdos.

v) Oficinas nas escolas: Articulação de saberes e práticas de enfrentamento das discriminações e de promoção da igualdade racial/étnica e de gênero nas escolas, em conjunto com a Assessoria MAIS DIFERENÇAS, 2011

Objetivo: Fortalecer as ações de promoção de enfrentamento das discriminações e de promoção da igualdade racial-étnica e de gênero nas escolas, oferecendo subsídios e monitorando às práticas de educadores(as) e gestores(as);contribuir para efetivação das Leis 10639/03 e 11645/08 e da Lei Municipal 6494/09, a partir do estudo de metodologias, métodos e técnicas de sensibilização e aprofundamento de conteúdos.

Parcerias

w) Semana da Consciência Negra – Novembro Negro (Desde 2002):

Em parceria com a Coordenadoria da Igualdade Racial, a Semana da Consciência Negra representa um marco no reconhecimento da significativa contribuição de afrodescendentes para conformação da diversidade cultural que integra a nossa sociedade. Caracteriza-se como mais um momento de formação da Rede Municipal sobre esta temática, e tem como principais objetivos:

Aprofundar o debate nas escolas a respeito da participação, contribuição e valorização étnico-racial na construção do Brasile.

Possibilitar discussões e reflexões sobre as relações étnico-raciais, na perspectiva de subsidiar e potencializar a implementação da lei 10.639/03 e 6494/08, evidenciando os saberes e as concepções presentes Quadro de Saberes Necessários.

x) Educação - Africanidades - Brasil - 2006. Curso de Educação a Distância, 120 horas, promovido pelo Ministério da Educação/SECAD/UNB, com o objetivo de propiciar formação continuada em educação e relações étnico-raciais para educadores/as.

y) Oficinas de formação de multiplicadores para a Promoção da Igualdade Racial, promovidas pela então, Coordenadoria da Mulher e da Igualdade Racial (CMIR), para professores/as, gestores/as, profissionais da SME e de outras Secretarias da Prefeitura Municipal de Guarulhos.

z) Seminário Internacional de Diálogos Políticos sobre o Ensino de História e Cultura da África - 28 e 29 de Setembro de 2010

Em parcerias com a UNIFESP- Campus Guarulhos e Coordenadoria da Igualdade.


Objetivo: Possibilitar o debate sobre o ensino de História e cultura da África e Estudos Africanos no Brasil, aprofundando discussões, problematizando e procurando contribuir para a criação de uma relação mais estreita entre pesquisas acadêmicas e ações governamentais. Participaram deste evento 450 educadores, gestores da educação, estudantes, entre outros.

• Oficinas de Cultura Indígena nas Escolas

Objetivo: recuperar a história e cultura dos povos indígenas, possibilitando aos/as educandos/as e educadores/as o contato com as expressões da cultura indígena, como cantos, danças e o relato sobre o modo de vida dos indígenas, bem como momentos de discussões com os(as) educadores/as na Hora- Atividade

• Desenvolvimento da Sexualidade Humana: Trata-se de uma ação em parceria com a Secretaria da Saúde – Programa Municipal de DST-AIDS por meio do Grupo Gestor Saúde-Educação.

Objetivo: refletir sobre questões em relação ao desenvolvimento da sexualidade humana nas diferentes fases da vida: infância, adolescência, jovem e adulta, a fim de favorecer a implementação desta temática no currículo escolar.

• Projeto Escola que Protege (SECADI - MEC): Ocorre em parceria com a Universidade Federal do Estado de São Paulo – Unifesp – Campus Guarulhos.

Objetivo: compartilhar com educadores (as) e outros profissionais, informações sobre as diferentes formas de violências a que estão submetidas nossas crianças e adolescentes, visando subsidiar ações práticas de enfrentamento à violência no contexto escolar e social, tendo o estatuto da Criança e do Adolescente como referência.

• Ações Intersetoriais Rede Intersetorial para o Enfrentamento e Prevenção das violências contra crianças e adolescentes - Projeto Piloto Distrito de Água Chata: Ação intersetorial entre as Secretarias de Educação, Saúde, Assistência Social e Cidadania para a construção de uma rede de proteção integral às crianças e adolescentes.

Objetivos: Mobilizar os atores locais: escolas, unidades básicas de saúde, centros de referência de assistência social, Conselho Tutelar, entre outros para potencializar suas ações no território; construir um projeto piloto para o enfretamento das violências contra crianças e adolescentes, visando tornar-se referência para o município.

• Grupo Gestor Saúde-Educação: Trata-se de uma ação intersetorial entre Saúde e Educação, criado em setembro 2005,

Responsabilidades: Definição de estratégias e desenvolvimento de ações que abordam a sexualidade humana, prevenção e atenção às DST/AIDS e drogas nas escolas municipais e estaduais; implantação de estratégia que promova o acesso dos adolescentes aos serviços de saúde; fortalecimento da articulação entre a Unidade Básica de Saúde e as Escolas Municipais e Estaduais do território.

• Grupo de Trabalho de Políticas Públicas para os Povos Indígenas de Guarulhos: Criado em 23 de abril de 2009 pela Portaria 1402, composto por representantes das


Secretarias: de Educação, de Assistência Social e Cidadania, Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento Urbano e Coordenadoria da Igualdade Racial, além de representantes da sociedade civil e das etnias residentes na cidade.

Seus principais objetivos são: acompanhar as questões referentes aos Direitos dos Povos Indígenas que residem no município; elaborar projetos e ações que possibilitem a preservação da cultura indígena, inclusão social e cidadania.

12.1.2 Educação Socioambiental

Ações, programas e projetos desenvolvidos

Ações educativas voltadas à questão socioambiental, desenvolvidas ao longo do ano, nas escolas municipais em parcerias com outras secretarias e instituições:

• Programa Nossa Escola Recicla / Parceria com a Secretaria de Serviços Públicos:

O programa Nossa Escola Recicla, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Serviços Públicos, apresenta infraestrutura e vem sendo desenvolvido em 113 escolas atendendo, aproximadamente, 81.112 alunos em todas as modalidades de educandos de todas as modalidades de ensino.

Quantidade de alunos da Educação Infantil: 33.083

Quantidade de alunos da Educação Fundamental: 42.910

Quantidade de alunos da Educação de Jovens e Adultos: 5.119

Quantidade de escolas no Programa Nossa Escola Recicla: 113 escolas

Total Geral de alunos no Programa Nossa Escola Recicla: 81.112 alunos

Observação: os dados quantitativos acima citados, foram fornecidos pelo Departamento de Ensino Escolar – Divisão da Demanda Escolar, relativos ao mês de julho de 2011.

• Programa Educação Ambiental e Resíduos Sólidos / Parceria com a Secretaria de Serviços Públicos

O curso tem como proposta conscientizar alunos dos Estágios II, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental e a comunidade, a respeito da importância da redução do consumo e produção de resíduos, mediante palestras e dinâmicas.

Este programa está sendo desenvolvido em 2011, abrangeu 08 escolas e atendeu aproximadamente 1850 educandos, dos Estágios II , 4º e 5º anos, no primeiro semestre.

• Curso Educação Ambiental – Educação, Meio Ambiente e Cidadania / Parceria com o SAAE – 2011

O curso busca desenvolver projetos de educação ambiental e a criação de Núcleos de Cidadania Escolar, desenvolvido por 21 professores distribuídos em 15 Escolas do município atendendo aproximadamente 850 alunos em todas as modalidades de ensino.


• Curso ECOVIVER / Parceria com aEcovias - 2011

O curso “Lixo também pode virar arte”, busca desenvolver a conscientização de educadores, educandos e comunidade, sobre a questão dos resíduos sólidos, reduzindo, reutilizando e reciclando, mediante atividades, oficinas e exposições artísticas nas escolas. A proposta foi desenvolvida com 47 educadores, distribuídos em 18 escolas do município e atendendo todas as modalidades de ensino.

12.1.3 Educação Infantil

Ações, Projetos e Programas desenvolvidos

Formações no período (2009 a 2011)

• Encontros Integrados com os Educadores das Unidades Escolares de 0 a 3 anos

O que é: Formação Continuada específica para os educadores que trabalham com crianças de 0 a 3, anos oferecida pela SME em horário de trabalho. (consta no Calendário Escolar).

Objetivo: Propiciar espaços de reflexão e diálogo a respeito da concepção de Educação Infantil no Município de Guarulhos, tendo como perspectiva a construção de práticas que possibilitem o desenvolvimento integral da criança e como norteador, o Quadro de Saberes Necessários.

Para quem: Professores de Educação Infantil (PEI), Agentes de Desenvolvimento Infantil (ADI), Gestores e Coordenadores-Pedagógicos.

Periodicidade: Semestral (2 encontros com todos os educadores e 2 encontros na própria escola entre os educadores e o grupo gestor).

Nº de escolas: todas (atualmente 45 escolas que atendem crianças de 0 a 3 anos). Nº de Educadores: por volta de 1.200.

Temas trabalhados (2009-2011): Quatro Pilares da Educação; Quadro de Saberes Necessários na perspectiva dos Ciclos de Formação / Tempos da Vida; O papel do Educador da Criança Pequena tendo como referência as Novas diretrizes da Educação Infantil e o QSN; A importância da Literatura no desenvolvimento integral da criança; As possibilidades de trabalho com as múltiplas linguagens, contribuindo para o desenvolvimento da criatividade, sensibilidade e ludicidade; A produção de novos saberes, considerando a diversidade de conhecimentos e práticas culturais.

• Encontro Integrado com os Educadores das Entidades Conveniadas

O que é: Formação Continuada aos Educadores das Entidades Conveniadas que trabalham com crianças de 0 a 5 anos (consta no Calendário Escolar)

Objetivo: Contribuir para a construção da identidade do educador da primeira infância e refletir a respeito das práticas desenvolvidas no cotidiano das entidades, aproximando os educadores das concepções e pressupostos que norteiam o Projeto Político-Pedagógico da Rede Municipal e visando a construção de uma Rede Integrada de Educação Infantil.


Para quem: Educadores da Educação Infantil, Gestores e Coordenadores Pedagógicos.

Periodicidade: Semestral (2 encontros com todos os educadores e 2 encontros na própria escola entre os educadores e o grupo gestor).

Nº de escolas: 74 entidades

Nº de Educadores: atualmente por volta de 1.100

Temas trabalhados (2009- 2011): A importância da Literatura no desenvolvimento integral da criança; Os Quatro Pilares da Educação; Quadro de Saberes Necessários na perspectiva dos Ciclos de Formação / Tempos da Vida; As possibilidades de trabalho com as múltiplas linguagens, contribuindo para o desenvolvimento da criatividade, sensibilidade e ludicidade; O papel do Educador da Criança Pequena tendo como referência as Novas diretrizes da Educação Infantil e o QSN; Como a criança pequena aprende; O cuidar e o educar como ações indissociáveis na prática pedagógica.

• Formação de Gestores e Coordenadores Pedagógicos das Entidades Conveniadas

O que é: Formação Continuada dos Gestores e Coordenadores Pedagógicos das Entidades Conveniadas que trabalham com crianças de 0 a 5 anos.

Objetivos: Refletir a respeito dos princípios e concepções do Projeto Político- Pedagógico da SME, visando uma proposta de Educação Infantil integrada à rede própria; implementar o Quadro de Saberes Necessários como norteador das práticas pedagógicas desenvolvidas nas Unidades Conveniadas; acompanhar o trabalho pedagógico das Entidades Conveniadas, estreitando as relações com a Secretaria de Educação.

Para quem: Gestores e Coordenadores Pedagógicos das Entidades Conveniadas

Periodicidade: mensal

Nº de escolas: 74 entidades

Nº de Educadores: por volta de 50

Temas trabalhados (2011): Concepção de Educação Infantil da Rede Municipal de Guarulhos; Qualidade Social da Educação; Quadro de Saberes Necessários na perspectiva dos Ciclos de Formação / Tempos da Vida; O papel do gestor/coordenador na Educação Infantil; Como a criança pequena aprende; O cuidar e o educar como ações indissociáveis na prática pedagógica; Letramento na Educação Infantil; A Importância da organização dos espaços como facilitador das possibilidades de aprendizagem; Relação escola/comunidade.

• A aprendizagem e o desenvolvimento da Criança Pequena (0 a 3 anos)

O que é: Formação continuada, fora do horário de trabalho, para os educadores das crianças de 0 a 3 anos.

Objetivos: Possibilitar aos educadores, um espaço de estudo e vivências de como a criança de 0 a 3 anos aprende, contribuindo para a compreensão das especificidades deste tempo de vida e favorecendo uma mediação que contemple o lúdico, a sensibilidade e as diversas


linguagens que constituem a formação humana; contribuir para a construção da identidade do educador da primeira infância e refletir a respeito das práticas desenvolvidas no cotidiano escolar, tendo como norteador o Quadro de Saberes Necessários.

Para quem: Professores de Educação Infantil (PEI), Agentes de Desenvolvimento Infantil (ADI), Gestores e Coordenadores Pedagógicos, que atuam no berçário e maternal.

Periodicidade: Quinzenal (9 encontros)

Carga horária: 45 horas

Nº de Educadores: 40 no 1º semestre e 40 no 2º semestre

Temas trabalhados (2010- 2011): Resgate Histórico da Educação Infantil no Brasil, concepção de Educação Infantil na Rede Municipal; A identidade e o papel do Educador da 1ª Infância; O cuidar e o educar como ações indissociáveis na prática pedagógica; Como a criança pequena aprende; A importância do lúdico na aprendizagem e desenvolvimento das crianças; Letramento na Educação Infantil, Sexualidade Infantil; Relação escola/comunidade; Registro; A importância das Múltiplas Linguagens no desenvolvimento integral das crianças; Quadro de Saberes Necessários na perspectiva dos Ciclos de Formação / Tempos da Vida; A organização do espaço e tempo em função da aprendizagem das crianças.

• A construção da Identidade dos Educadores da Educação Infantil

Formação continuada, fora do horário de trabalho, para os educadores das crianças de 0 a 5 anos.

Objetivo: Propiciar discussão e reflexão a respeito da constituição da Identidade e o papel dos educadores das crianças pequenas, tendo como foco o sujeito-educador, possibilitando a ressignificação de sua identidade profissional e de um novo olhar para o trabalho, na concepção de infância da Rede municipal de Guarulhos.

Para quem: Professores de Educação Infantil (PEI), Agentes de Desenvolvimento (ADI), Gestores e Coordenadores Pedagógicos.

Periodicidade: Quinzenal (9 encontros) – 1º semestre


Nº de Educadores: 26

Temas trabalhados (2011):

O processo de construção da Identidade do educador da infância; História da Educação Infantil no Brasil; Concepção de Educação Infantil na Rede Municipal de Guarulhos – QSN; Ciclos de Formação / Tempos da Vida; O que é necessário para ser Educador da infância; Papel do Educador Infantil; A ressignificação da identidade docente, a partir das memórias relacionadas às primeiras experiências escolares como alunas e como educadoras; As diversas situações de aprendizagens, contribuindo para a ressignificação do seu papel de Educador da Infância.

• Curso: Vivenciando as Múltiplas Linguagens


O que é: Formação continuada, fora do horário de trabalho, para os educadores das crianças de 0 a 6 anos.

Objetivo: Vivenciar, discutir e refletir a respeito das múltiplas linguagens enquanto expressão e comunicação, possibilitando o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, da estética e ressignificando as práticas.

Para quem: Professores de Educação Infantil (PEI), Gestores e Coordenadores Pedagógicos e Educadores do 1º Ano do Ensino Fundamental.



Nº de Educadores: 60 no 1º semestre e 40 no 2º semestre

Temas trabalhados (2011): A Educação Infantil na perspectiva dos Ciclos de Formação / Tempos da Vida; História da Educação Infantil no Brasil; A importância do desenho, dos jogos teatrais, música e o brincar de faz de conta, como linguagens expressivas e como possibilidades de inserção e participação das diversas práticas sociais de comunicação na educação infantil e constituição da identidade cultural da criança, favorecendo o seu desenvolvimento integral.

• Como aprende a criança de 4 a 6 anos

O que é: Formação continuada, fora do horário de trabalho, para os educadores de crianças de 4 a 6 anos.

Objetivos: Possibilitar reflexões a respeito de como a criança de 04 a 06 anos aprende e o papel do educador na mediação das interações, potencializando as possibilidades de construção do conhecimento oferecidas no contexto escolar; contribuir para a construção da identidade do educador infantil e refletir a respeito das práticas desenvolvidas no cotidiano escolar, tendo como norteador o Quadro de Saberes Necessários.

Para quem: Professores de Educação Infantil, Gestores e Coordenadores Pedagógicos e Educadores do 1º Ano do Ensino Fundamental.




Temas trabalhados (2010/2011): Resgate Histórico da Educação Infantil no Brasil, Concepção de Educação Infantil na Rede Municipal; A identidade e o papel do Educador da 1ª Infância; O cuidar e o educar como ações indissociáveis na prática pedagógica; Como a criança pequena aprende; A importância do lúdico na aprendizagem e desenvolvimento das crianças; Letramento na Educação Infantil; Sexualidade Infantil; Relação escola/comunidade; Registro; A importância das Múltiplas Linguagens no desenvolvimento integral das crianças; Quadro de Saberes Necessários na perspectiva dos Ciclos de Formação / Tempos da Vida; A organização do espaço e tempo em função da aprendizagem das crianças; A matemática na Educação Infantil; Corpo e Movimento e Natureza e Sociedade.


• Formação e Gestão na Educação Infantil

Formação continuada dos Gestores e Coordenadores Pedagógicos da Educação Infantil.

Objetivos: Refletir, discutir, problematizar e sistematizar o papel do formador de professores das crianças pequenas; problematizar as possibilidades de formação em serviço; discutir as possibilidades de formação na hora-atividade; ampliar as possibilidades de gestar uma escola de Educação Infantil e o compromisso social da educação.

Para quem: Gestores e Coordenadores Pedagógicos da Educação Infantil




Temas trabalhados: Resgate Histórico da Educação Infantil no Brasil, Concepção de Educação Infantil na Rede Municipal; A identidade e o papel do Gestor da 1ª Infância; O cuidar e o educar como ações indissociáveis na prática pedagógica; Como aprende o adulto professor; A importância do lúdico na aprendizagem e desenvolvimento das crianças; Letramento na Educação Infantil; Sexualidade Infantil; Relação escola/família; Registro na Educação Infantil; Quadro de Saberes Necessários na perspectiva dos Ciclos de Formação / Tempos da Vida; A organização do espaço e tempo em função da aprendizagem das crianças.

• Mesa Educadora

Programa de formação permanente em serviço e em rede é subsidiado pelo Fundo do Milênio para a primeira Infância.

Objetivos: Promover a melhoria da qualidade da educação infantil nas Instituições e Escolas de Educação Infantil, possibilitando à criança, oportunidades para brincar, aprender e ampliar seu universo cultural, pelas vivências que proporcionem uma infância melhor e saudável; proporcionar trocas de experiências e vivências entre educadores de diferentes escolas, tanto da Rede Municipal como da Rede conveniada, tendo como foco principal a Educação Infantil e a importância da postura lúdica do educador;

O objetivo principal não é ensinar aos professores e, sim, ser este um espaço de vivências e de aprendizagem para os profissionais que estão na Educação Infantil. O educador é o autor de sua própria formação.

Para quem: Equipe escolar da Educação Infantil (educadores, gestores, coordenadores pedagógicos, cozinheiras, agentes de portarias, operacionais, entre outros) da Rede Municipal e Conveniada.

Periodicidade: Semanal

Carga horária: 240 horas de formação (presenciais e a distância)

Nº de Educadores por turma: 30


Nº de Educadores que já participaram da formação e receberam o certificado (entre 2008 a 2010): 153

Nº de Educadores participantes em 2011: 132

Nº de Escolas atendidas entre 2008 a 2010: 31

Nº de Escolas participantes em 2011: 21

Nº de Crianças beneficiadas entre 2008 a 2011: 9.500

Temas trabalhados até o presente momento:

• Concepção de criança e infância; Desenvolvimento Infantil e Aprendizagem; Adaptação – entrando em um novo mundo; Brincar e Criar; Agressividades e Limites; Corpo e Movimento; Expressão Artística; Linguagem Oral e Escrita/QSN; Matemática, aritmética e descobertas/QSN; Natureza e Sociedade/QSN; Filosofia e Infância; Teorias e Influências

• Trabalho Realizado entre a Divisão de Educação Infantil e as Estagiárias de Pedagogia

Desde 2006, a Divisão Técnica de Educação Infantil realiza a Formação e o Acompanhamento Pedagógico das Entidades Conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação por meio da participação das estagiárias de Pedagogia.

O trabalho da divisão consiste em: supervisiona o Acompanhamento Pedagógico dessas estagiárias em todas as Entidades Conveniadas, o qual é realizado da seguinte forma:

Formação semanal pautada nos princípios e diretrizes que norteiam o trabalho da SME; Leitura dos relatórios de observações e orientações realizados em cada visita de acompanhamento pelas estagiarias atuantes junto às Entidades Conveniadas, para conhecimento, orientações e providências; Ações em conjunto com o DASE e com a Seção Técnica de Orientações Pedagógicas nas Pré-Escolas Municipais e Entidades Conveniadas com o objetivo de construir a proposta de Rede Integrada (rede própria e rede conveniada); Acompanhamento pontual às Entidades Conveniadas, pelos Pedagogos e Psicólogos da Divisão de Educação Infantil visando: Orientação quanto ao Planejamento Pedagógico dando ênfase à otimização dos Tempos e Espaços; Uso dos brinquedos e livros enviados pela SME; Desenvolvimento infantil; Implementação de hora coletiva de atividade; Encontro formativo, por representatividade, previsto em calendário (4 ao ano) realizado pela Divisão de Ed. Infantil e preparado a partir das diretrizes da S.M.E., do Quadro de Saberes Necessários e das demandas apresentadas nos relatórios e nas formações das estagiárias; Reuniões, quando necessárias, com Gestores e Coordenadores destas UEs para sanar questões relacionadas a: letramento, Tempos de Vida, relação com a Comunidade, ECA...

A partir de 2010 reuniões também com as Supervisoras que acompanham as Entidades Conveniadas, buscando estabelecer parcerias e intervenções pedagógicas consenssuadas.

A partir de 2011, com autorização da SME, reuniões formativas em horário de trabalho com os Gestores das Entidades Conveniadas e, também, a “parada” para o Encontro Formativo dos Educadores das Entidades Conveniadas.


12.1.4 Ensino Fundamental


• Inclusão do ensino de artes, educação física e inglês no currículo, por professores especialistas.

• Formação para educadores do 4º Estágio (Ciclo de 8 Anos)-2009 e 2010. Este espaço teve por objetivo possibilitar a reflexão / discussão do processo de alfabetização e letramento dos educandos do 4º Estágio, a partir das práticas pedagógicas dos educadores. Como desdobramento percebeu-se uma maior compreensão dos educadores em relação ao processo de aprendizagem/desenvolvimento destes educandos e de possíveis intervenções. Sendo assim, houve uma redução significativa do número de alunos encaminhados para Recuperação de Ciclo. Ressaltamos que em 2010, encerramos em nossa rede o Ciclo de 8 Anos.

• Formação dos Professores-Coordenadores Pedagógicos e Professores- Referência de Ciclo-2009.Espaço de reflexão/discussão sobre os desafios do processo ensino- aprendizagem dos educandos ao final do Ciclo I, (4º Estágio e 5º Ano), tendo em vista a Recuperação de Ciclo e sendo uma das ações, a elaboração de texto orientador sobre Recuperação de Ciclo para as escolas envolvidas. Percebe-se nos últimos anos, uma maior compreensão dos educadores em relação aos educandos em seus diferentes Tempos de Vida, onde as possíveis intervenções vêm sendo realizadas, contribuindo para o avanço na aprendizagem/desenvolvimento destes educandos, resultando assim ,na diminuição do número de alunos em recuperação de ciclo.

• Formação para Educadores do 5° Ano-2010,2011Espaço de discussão dos avanços e desafios do processo de alfabetização/letramento dos educandos do 5° ano, a partir das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos educadores, tendo em vista o final do Ciclo. Oferece, também, suporte para ação pedagógica, tendo em vista a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Participam deste espaço 73 escolas, envolvendo 297 educadores. Este espaço tem propiciado a transformação das práticas pedagógicas e o avanço na aprendizagem dos educandos, resultando na diminuição do número de alunos em Recuperação de Ciclo e no resultado da Prova Brasil, aumentando, assim, o índice do IDEB na maioria das escolas envolvidas.

• Programa Pró-LetramentoO Pró- Letramento é um programa de formação continuada de professores para a melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nas séries iniciais do ensino fundamental.

Tem por objetivo oferecer suporte à ação pedagógica dos professores das séries iniciais do ensino fundamental, possibilitando-lhes conhecimentos para a compreensão matemática e da linguagem em seu processo de ensino-aprendizagem.

O programa vem sendo desenvolvido desde 2006, (o Município foi escolhido como Município polo nesta ocasião) e até o momento já participaram, 2000 educadores da Rede Municipal, aproximadamente.


• Formação dos Gestores – Prova BrasilEste espaço possibilita o diálogo com os gestores sobre a importância da Prova Brasil no ensino fundamental, sua estrutura e o papel dos aplicadores no contexto da escola.Propicia, também, a análise dos resultados e suas implicações no processo pedagógico. Atualmente, das 132 escolas da Rede Municipal participam 73 escolas que possuem o 5º Ano. Percebe-se um aumento significado do IDEB na maioria das escolas da Rede Municipal.

• Formação para Professores-Coordenadores Pedagógicos – Provinha BrasilEspaço de formação com o objetivo de socializar os relatórios da Provinha Brasil, refletindo sobre a importância dos resultados desta avaliação diagnóstica na re-orientação das práticas pedagógicas, bem como na orientação dos educadores sobre o processo de aplicação. É importante destacar que a cada ano os resultados revelam um avanço significativo no processo de alfabetização das crianças dos 2º e 3º anos do ensino fundamental. Atualmente, das 132 escolas da rede municipal, participam 98 escolas.

• Projeto Guarulhos Alfabetizando e LetrandoA Secretaria Municipal de Educação vem desenvolvendo desde 2010 este projeto nas escolas de ensino fundamental, com foco nos educandos do 3°, 4° e 5° anos, que ainda não consolidaram seu processo de alfabetização e letramento. Para tanto, os educadores que atuam neste Projeto participam de formação quinzenal, com o objetivo de discutir os avanços e desafios do processo ensino-aprendizagem relacionados à Proposta Curricular – Quadro de Saberes Necessários. O projeto acontece no turno do aluno e no contra turno do educador, envolvendo em 2011, 83 escolas e 160 professores. Desde 2010 os professores recebem horas extras para participarem deste programa.

• Olimpíada de Língua Portuguesa – “Escrevendo o Futuro”A Secretaria Municipal de Educação realizou em 2008 e 2010 a Olimpíada de Língua Portuguesa, em parceria com o Ministério da Educação e Secretaria Estadual de Educação. É um concurso de produção de textos, com o objetivo de incentivar o ensino da leitura e da escrita nas escolas públicas brasileiras, por meio de gêneros textuais. Para tanto, a SME ofereceu formação aos educadores e professores-coordenadores pedagógicos da rede municipal, para potencializar a utilização dos materiais pedagógicos com enfoque na sequência didática a partir de gêneros textuais.

• 1ª Olimpíada Municipal de Matemática – “Caminhos do Letramento Matemático”A Secretaria Municipal de Educação realiza em 2011 esta atividade destinada aos educandos da Rede Municipal de Guarulhos, regularmente matriculados no 5° ano de ensino fundamental, com o objetivo de estimular e desenvolver o interesse pelo conhecimento matemático, reconhecendo e potencializando habilidades de educandos e educadores para que enfrentem desafios no decorrer de suas vidas. Das 73 escolas com 5º ano, estão participando 58 escolas, envolvendo 212 professores e 6393 educandos. Tendo em vista, a compreensão do ensino da linguagem matemática no ensino fundamental, a Olimpíada se torna um estímulo para professores e crianças. Neste sentido, durante as formações com educadores do 5º Ano esta temática vem sendo desenvolvida.


12.1.5 Educação de Jovens e Adulto/MOVA

Principais Ações EJA

• Recebimento dos dados das escolas, análise e sistematização;

• Digitação de todos os dados vindos das Escolas;

• Participação na elaboração e discussão com o Grupo de Trabalho-GT, com os núcleos e com as escolas municipais;

• Participação na finalização do Quadro de Saberes Necessários;

• Participação nas comissões responsáveis pelos preparativos da entrega do QSN em 18/11/2009.

• Revisão e sistematização do QSN.

• Registro Síntese do Processo Avaliativo (2010 e 2011)

• Participação no GT- Registro Síntese;

• Processo de reflexão, discussão e construção do Instrumento;

• Apresentação do Instrumento nas escolas/laboratórios;

• Devolutiva do laboratório.

Ciclos I, II, III e IV

• Gestão Dinâmica de Administração Escolar (GDAE): acompanhamento, registro e geração de senhas para gestores e secretários; acompanhamento dos concluintes e esclarecimentos de dúvidas em parceria com o Núcleo de Supervisão;

• Esclarecimentos sobre matrículas e legislação pertinente;

• Levantamento da necessidade do material escolar específico para alunos e professores da EJA e tabulação dos dados (2009);

• Leitura, análise, tabulação e digitação dos dados dos questionários sobre o PPP (2009);

• Estudo e elaboração de propostas de mudanças na estrutura da EJA e organização para publicação da alteração do Decreto 21.208/2001 pelo Decreto 26.963/2009, regulamentado pela Portaria 35/2009-SE, e alteração da Portaria 007/2009-SE pela Portaria 34/2009-SE;

• Discussão e elaboração, em parceria com a Supervisão Escolar, da Portaria 43/2010;


• Discussão junto ao DEE sobre Demanda Escolar EJA e Processo de Atribuição de aulas, de Professores dos Ciclos III e IV (2010);

• Acompanhamento das reposições das aulas, análise de projetos para as reposições e incentivo à participação e frequência dos alunos (2009/2010).

Formação Permanente, Projetos e Programas

• Orientação e acompanhamento nas escolas

Objetivos: Verificação da aprendizagem; Acolhimento, esclarecimento sobre a estrutura e funcionamento da EJA (Orientações técnicas e pedagógicas), Mediação de conflitos na unidade escolar e Participação de eventos programados pelas escolas.

• Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (GESTAR II-2009)

Objetivos: Desenvolver, nos professores, a autonomia das suas próprias metodologias de ensino pelas discussões e reflexões de suas práticas.

Ações: Formação dos Professores (oficinas); Planejamento das atividades; Acompanhamento Pedagógico nas escolas; Reuniões quinzenais com professores de Língua Portuguesa e Matemática do Ciclo III; Acompanhamento Pedagógico do Programa nas escolas em hora-atividade, com discussões com o grupo-escola e observação de aulas dos professores. 1º e 2º Encontro de Formação de Formadores do Programa GESTAR (Guarulhos - Guarujá - Campinas).

• Formação Inicial e Continuada

Objetivos: Esclarecer a organização e estrutura dos Ciclos III e IV; Articulação entre as áreas do conhecimento (Eixos da Ficha Descritiva); Articulação de Projetos Temáticos; Troca de Experiências pedagógicas; Potencializar reflexões sobre as temáticas pertinentes à Educação de Jovens e Adultos e sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas e, a partir de 2011, em conformidade com o Plano de Ação das escolas.

Formação dos Gestores, Professores dos Ciclos I, II, III e IV (Todos e por áreas)

• Acompanhamentos contínuos: Formação em hora-atividade, acompanhamento e organização da participação dos alunos nos eventos culturais, diálogo com alunos em salas de aula, gestores e professores (conforme demanda); Participação do Núcleo na Semana da Consciência Negra; Participação e cerimonial do 7º Encontro de Corais EJA.

• Replanejamento (Ciclos I, II, III e IV) para Avaliação das práticas pedagógica desenvolvidas no primeiro semestre de 2011, tendo como referência o Plano de Ação de cada escola.

• Discussão e escolha do livro- PNLD, com as escolas da EJA (2010).


• Coordenação e Formação dos Tutores da área de Educação Digital

Objetivo: Potencializar reflexões sobre as temáticas pertinentes à Educação de Jovens e Adultos e sobre as Práticas Pedagógicas.

Ações: Articular as oficinas aos projetos das escolas a partir das diretrizes da Rede Municipal; Prestação de contas com a Agende; Acompanhamento das atividades nas escolas; Formação mensal e acompanhamento de relatórios pedagógicos; Construção do Projeto de Educação Digital para Professores, Coordenadores e Gestores da EJA (2011).

• Formação Inicial e Continuada para o curso de Metal-Mecânica (PROEJA-FIC)-2009-2010 e 2011

Objetivos: Integração da elevação de escolaridade com qualificação Profissional.

Ações: Formação semanal dos professores da Rede Municipal que trabalham no Programa; formação quinzenal dos professores com técnicos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP); reuniões com IFSP, REMEC e outros municípios participantes do Programa para a construção do Projeto Político-Pedagógico e elaboração do perfil dos concluintes; organização administrativa da elevação da escolaridade; Construção do projeto PROEJA/FIC em Metal Mecânica e Construção Civil, elaboração de instrumentos pedagógicos e avaliação das ações desenvolvidas.

• Bolsa-Auxílio aos Desempregados (PEBAD)

Objetivos: Elevação de escolaridade com Qualificação Profissional

Ações: Organização administrativa de elevação de escolaridade; formação dos professores que atuam no projeto com reuniões pedagógicas semanais; discussão de temas mais amplos e atuais que tenham consonância com a proposta do Programa e avaliação das ações desenvolvidas.

• Mostra “Quem é EJA que apareça” (2009)/ Mostra da Educação (2010)

Objetivo: A Mostra se configura como espaço privilegiado que traz elementos para a continuidade de nossas diretrizes político-pedagógicas, além de ser um momento privilegiado de contato com nossos educandos e educadores para concretização de saberes próprios para a vida do jovem e do adulto.

Ações: Discussão sobre logística, elaboração da temática, palestrantes a convidar; formação durante o ano para desenvolver a temática dentro do eixo “Mundo do Trabalho”.

Principais Ações MOVA – 2009 a 2011

• Publicação da portaria nº 52/2009. Dispõe sobre: Readequação de normas reguladoras do Programa Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos – MOVA Guarulhos.

• Programa Brasil Alfabetizado: adesão em 2005 até 2010, iniciativa governamental em alfabetização de jovens e adultos. Em Guarulhos, a parceria ocorreu com professores da Rede Municipal.


• Formação Inicial: periodicidade anual, com o objetivo de apresentar o Programa e a metodologia utilizada na alfabetização de Jovens e Adultos. Participaram em cada ano 120 pessoas, aproximadamente.

• Formação permanente: periodicidade quinzenal participam 400 pessoas entre Agentes Populares e Educadores Populares com o objetivo de acompanhar os educadores em sua formação pedagógica, visando a uma educação ao longo da vida.

• Encontro integrado: periodicidade semestral. Tem como objetivo reunir todos os sujeitos envolvidos no Programa (representante da entidade conveniada, educadores populares, agentes populares e coordenação pedagógica) a fim de subsidiar e orientar as entidades conveniadas na execução do Programa.

• Encontro de Agentes Populares: periodicidade mensal. Tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento do Programa nas regiões em que as salas estão situadas. Recolher documentação das salas (diários, fichas de visitas e etc.) Traçar metas de ações a serem desenvolvidas pelos agentes populares. Estabelecer o diálogo entre a coordenação do Mova e Entidade Conveniada.

• Visitas de acompanhamento aos núcleos (sala) MOVA: periodicidade diária, com o objetivo de acompanhar/orientar o andamento e desenvolvimento das atividades de alfabetização em cada sala de aula.

• Reunião da coordenação pedagógica: periodicidade semanal, a fim de realizar planejamento, discussão e avaliação das ações pedagógicas e de acompanhamento do programa Mova.

• Interação entre ações do Mova e EJA regular: periodicidade quinzenal, a fim de manter e promover a troca de experiências, a integração e a discussão constante das questões pertinentes à Educação de Jovens e Adultos da SME.

• Fórum MOVA Guarulhos: periodicidade anual (ideal), instância de discussão e encaminhamento de propostas dos núcleos das instituições conveniadas, nas quais é desenvolvido o Programa sob a forma de indicações.

• Certificação de conclusão do MOVA: periodicidade anual, cerimônia de certificação dos educandos já alfabetizados, após avaliação aplicada pela Secretaria de Educação.

• Reunião com a comissão do MOVA: periodicidade mensal, a fim de acompanhar e orientar a comissão do MOVA composta por Educadores e Agentes Populares na articulação entre o movimento e outras redes de MOVA.

• Participação dos Educadores, Agentes Populares e Educandos: na Mostra da Educação, Semana dos Povos Indígenas, Semana da Consciência Negra, Feira do Estudante (Coordenadoria da Juventude), Mês da Mulher, Prêmio Akoni, Semana da Pátria, Salão do Livro, Semana do Professor, Cursos da SME.

• Participação em Fóruns e Encontros: favorecer a troca de experiências, formação, integração e construção de uma rede de ações em comum. EJA SP(Analfabetismo


Zero- compromisso assinado e assumido pelo Secretário e Prefeito),EREJA (Encontro Regional de Educação de Jovens e Adultos), ENEJA (Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos), MOVA Sudeste, Mova Brasil e Formação Política promovida pelo MEC: Agenda Territorial de desenvolvimento integrado, Seminário Nacional de Educadores de EJA; CONFINTEA VI (Conferência internacional de Educação de Adultos).

12.1.6 Programa Saberes em Rede - 2011

1. O objetivo geral do Programa Saberes em Rede é oferecer suporte aos profissionais da Direção, Vice-Direção e Coordenação Pedagógica, fortalecendo o desenvolvimento do trabalho pedagógico com qualidade social nas escolas.

2. De acordo com BELLONI (2003), a qualidade social como direito de cidadania está intimamente ligada a uma política de inclusão social, através da qual há um compromisso sério com a participação de todos os cidadãos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A inclusão social possibilita, nessa perspectiva, a formação de indivíduos com vistas à emancipação humana e social. Assim, a educação é entendida como fundamental para o exercício do direito à cidadania.

3. Para o alcance da qualidade social da educação, o Programa Saberes em Rede prevê, em seus objetivos específicos, o acompanhamento periódico da elaboração e execução dos Planos de Ação das escolas e do trabalho da coordenação pedagógica, além de espaços formativos que promovem reflexões sobre questões que perpassam o cotidiano escolar e educacional da Direção, Vice-Direção e Coordenação.

4. Entre as ações do eixo de formação dos Diretores e Vice-Diretores, estão aquelas que nos levam à reflexão sobre temáticas vinculadas à política educacional da Secretaria Municipal de Educação e ao Projeto Político-Pedagógico da Rede, como por exemplo: O que é qualidade na educação?; Indicadores de qualidade e a gestão: IDEB Prova Brasil Provinha Brasil; Ensino das Artes, Línguas e Educação Física a partir do QSN; Saúde Bucal; Olimpíadas de Matemática; Educação Digital; Concepção histórica da infância; Criança e educação infantil; A importância do lúdico no desenvolvimento infantil; A relação com os pais e a comunidade; Criança e ensino fundamental; Estudos de casos, Projetos Intersetoriais, Educação Inclusiva.

5. Os diálogos quinzenais com esses profissionais permitem a constituição de grupo permanente de discussão para a elaboração dos indicadores de qualidade da educação. Além disso, a exploração de temáticas, como IDEB; PDE; Programas e Projetos diversos existentes na Rede contribuem para a melhoria da qualidade do ensino.

6. É importante destacar que, em relação ao eixo de formação dos Professores-Coordenadores Pedagógicos, os encontros semanais propiciam um diálogo crítico entre esses pares, pautado nas discussões e na reflexão sobre a ação pedagógica. No universo de ideias e concepções que se relacionam com a prática, a valorização da hora-atividade como um espaço privilegiado de formação ressignifica o papel do coordenador como mediador de práticas educativas.


7. Para atender à demanda de fortalecimento dos coordenadores pedagógicos frente às discussões pertinentes ao Plano de Ação, sua mediação da prática educativa e sua contribuição para a construção do Projeto Político-Pedagógico da rede, os temas abordados durante as formações do 1º semestre de 2011 versaram sobre: a Identidade e o Papel do Professor-Coordenador Pedagógico; o Trabalho da Coordenação Pedagógica; o Planejamento das Atividades de Coordenação; as Concepções de Educação; as Concepções de Avaliação e temas oriundos das demais divisões do Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas da Secretaria de Educação.

8. A avaliação deste percurso inicial, realizada pelas formadoras do Programa, indicou que os objetivos foram atingidos, entendendo que a formação ofereceu espaço para troca de informações importantes para o desenvolvimento do trabalho do coordenador pedagógico:

9. É importante ressaltar ainda que o grupo de professores-coordenadores legitimou o Programa Saberes em Rede como um espaço privilegiado para a socialização de saberes da ação pedagógica, evidenciando melhorias no desenvolvimento de sua prática na escola. A maioria deles explicitou o poder formativo das ações de formação das quais participa como esperado, embora tenha ficado claro que reconhecem também o poder articulador e o potencial de mobilização dessas ações para o estabelecimento de relações, parcerias e trabalho integrado na escola. Agregam valor à formação, com seu potencial transformador, mas valorizam, prioritariamente, a prática e a experiência profissional em sua própria formação.

10. De modo geral, a análise qualitativa dos dados fornecidos pela avaliação de percurso do 1º semestre demonstra que os pontos positivos do Programa Saberes em Rede, no eixo de formação dos Professores-Coordenadores Pedagógicos, constituem-se pela conquista deste espaço formativo, pela atuação das formadoras, pelo planejamento dos encontros e pelo seu reconhecimento de que a Secretaria de Educação é sensível às questões pertinentes ao trabalho da coordenação pedagógica nas escolas.

Síntese:

Objetivo Geral: Oferecer suporte aos profissionais da Direção, Vice-Direção e Coordenação Pedagógica para fortalecer o desenvolvimento do trabalho pedagógico com qualidade social nas escolas.

Definição de Qualidade Social: conjunto de práticas e saberes vinculados à conscientização e mudanças sociais que vislumbram o ideal de emancipação e participação social e política.

Objetivos Específicos:

• No acompanhamento: estabelecer acompanhamento periódico da elaboração e execução dos Planos de Ação das escolas e do trabalho da coordenação pedagógica.

• Na formação: viabilizar reflexões formativas sobre questões que perpassam o cotidiano escolar e educacional da Direção, Vice-Direção e Coordenação.

Eixos:

• Acompanhamento dos Planos de Ação das escolas: Coordenação Geral e representantes das Divisões do DOEP e da Supervisão de Ensino, com periodicidade semanal, no Centro Municipal de Educação Adamastor – Centro


• Acompanhamento do trabalho das Coordenadoras Pedagógicas: Coordenação Geral e 5 Coordenadoras Pedagógicas selecionadas pelo DOEP e representantes das suas Divisões e da Supervisão de Ensino, com periodicidade diária

• Formação das Coordenadoras Pedagógicas: Coordenação Geral e5 Coordenadoras Pedagógicas selecionadas pelo DOEP e representantes das suas Divisões e da Supervisão de Ensino com encontros semanais de 04 horas, no Centro Municipal de Educação Adamastor - Centro

• Formação dos Diretores e Vice-Diretores: Coordenação Geral e representantes das Divisões do DOEP com encontros mensais de 4 horas cada um, no Centro Municipal de Educação Adamastor – Centro

12.1.7 Arte e educação


• Formação Continuada:

Formação Específica dos novos educadores de Música, Artes, inglês e Educação Física.

Objetivo:

Aprofundamento técnico do ponto de vista da sua especificidade e sua relação com o educando.

Carga horária:

40 horas divididas em 4 encontros anuais.

Quem Participa:

Professores das áreas de Música, Artes, Inglês e Educação Física (principalmente arte-educadores concursados).

Formação dos Coordenadores de áreas de Artes dos CEUs e formação com arte-educadores contratados

Objetivo:

Construir, potencializar e concretizar as propostas de Artes para a comunidade nos CEUs baseadas, nas concepções do PPP.

Carga horária:

5h/ Semanal

Quem participa:

Coordenadores e arte-educadores de Teatro, Dança, Artes Plásticas e Contar Histórias.


• Música e canto dialogando com o QSN

Objetivo:

Potencializar a prática musical pela construção dos fundamentos básicos enquanto linguagem específica, e construir repertório e atividades que dialoguem com os saberes descritos no QSN, de forma a fortalecer a linguagem artística e aprofundamento do conceito estético.

Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Educadores da Rede

• Educanção

Objetivo:

Potencializar a prática musical por meio da linguagem do canto coral, aprofundando os conceitos básicos da música; construir um repertório mais elaborado, tecnicamente, de forma a contemplar exigências de ordem técnica e perceptiva de um conceito estético mais aprofundado, fortalecendo aspectos culturais que dialogam com o QSN.

Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Educadores que já concluíram o módulo I

• Danças Brasileiras dialogando com o QSN-Módulo I

Objetivo:

Proporcionar aos educadores experiências relacionadas ao fazer artístico, com foco em algumas danças tradicionais brasileiras.

Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Educadores da Rede

• Danças Brasileiras-Módulo II

Objetivo:

Aprofundar os conhecimentos de cada linguagem e acompanhar o desenvolvimento de um projeto realizado pelos professores.


Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Educadores da Rede que já concluíram o módulo I

• Teatro dialogando com o QSN-Módulo I

Objetivo:

Proporcionar aos educandos da Rede Municipal de Ensino o conhecimento do teatro como instrumento dentro da sala de aula de forma produtiva, pelo ensino renovado, coletivo e flexível a partir de suas necessidades, expectativas e condições de vida.

Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Educadores da rede

• Teatro dialogando com o QSN-Módulo II

Objetivo:


Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Professores da Rede que já concluíram o módulo I

• Artes plásticas dialogando com o QSN-Módulo II

Objetivo:

Proporcionar o conhecimento da Arte Brasileira e da Cultura Popular, como importante instrumento na formação da identidade e cultura.

Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Professores da Rede


• Artes plásticas e outros olhares

Objetivo:


Carga horária:

45 horas

Quem Participa:

Professores da Rede que já concluíram o módulo I

• A arte de contar histórias

Objetivo:

Favorecer a linguagem e expressão oral e contribuir para a construção da identidade, pertença e a recuperação da cultura da infância. Incentivar o gosto pelas palavras, pela leitura e pelos livros. Formar grupos de contadores mirins, valorizar a oralidade, memória e recuperação dos contos, folclore e histórias de vida.

Carga horária:

45 horas

Quem participa:

Educadores da Rede

• Cursos nos CEUs Pimentas, Ponte Alta e Adamastor abordando as diferentes linguagens.

Objetivo:

Possibilitar o conhecimento teórico-prático das diferentes linguagens, a partir de experiências e vivências desencadeadas pelo processo criativo.

Carga horária:

40 horas

12.2 Rede Estadual: Ações, Programas e Projeto desenvolvidos

PEC – Programa de Educação Continuada Softwares Educacionais

• Sherlock Português e Inglês: Softwares para desvendar palavras.

• Supermáticas – Matemática e Física, CABRI – Matemática, Física e Artes;


• Software de geometria e desenvolvimento de raciocínio lógico;

• SimCity – História, Geografia e Artes;

• Software para montar e administrar cidades;

• Explorador - Ciências Biologia, Química, Física e Educação Física:

• Software laboratório de ciências da natureza, meio ambiente e simulações.

Seminário Internacional Leitura e Escrita

Seminário Internacional de Leitura e Escrita, que reuniu especialistas e educadores da rede estadual em um debate sobre o tema. Durante três dias, educadores renomados promoveram palestras e discussões sobre o tema.

O seminário abordou os rumos do projeto Letra e Vida, que desde 2003 formou professores alfabetizadores.

A meta final do Programa Letra e Vida era promover, até o final da atual gestão (2002 a 2006) da Secretaria de Estado da Educação, a formação dos professores da rede estadual que atuam no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, o que significa cerca de 50 mil professores. Com isso, 1,4 milhão de alunos serão beneficiados.

Palestrantes:

- Telma Weisz - Doutora em Psicologia da Aprendizagem pela USP e consultora do MEC para projetos de formação de professores. Lidera a coordenação do Projeto Letra e Vida.

- Ana Maria Kaufman - Professora de Psicologia e Epistemologia da Universidade de Buenos Aires.

- José Miguel Wisnik - Músico, compositor e professor de Literatura Brasileira na USP.

- Victor Lopes - Diretor de cinema moçambicano. Responsável pelo documentário “Língua - Vidas em Português”.

- Emília Ferreiro - Psicóloga e pesquisadora argentina radicada no México. Realizou doutorado na Universidade de Genebra sob orientação de Jean Piaget. - Lino de Macedo - Professor Titular de Psicologia do Desenvolvimento do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Publicou, entre outros, Ensaios Construtivistas (1994) e Ensaios Pedagógicos (2004).

- Angela Kleiman - Titular no Departamento de Linguística Aplicada da UNICAMP. Fez doutorado na University of Illinois (EUA).

- Heloísa Prietro - Mestra em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo. Escritora de diversos livros para jovens.


- Antônio Augusto Batista - Doutor em Educação pela UFMG com pós-doutorado em História Cultural na Écoledes Hautes Étudesen Sciences Sociales, em Paris.

- Mirta Castedo - Educadora argentina da Universidade Internacional de La Plata. e autora de diversos livros na área educacional.

- Delia Lerner - Pesquisadora na Didática da Leitura e Escrita e docente do curso de Letras na Universidade de Buenos Aires.

- Vera Masagão - Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Assessora e Pesquisadora de Ação Educativa, desenvolve trabalhos na área de Educação de Jovens e Adultos, Alfabetismo e Letramento.

Participantes: 25

SERVIÇO

Seminário Internacional de Leitura e Escrita.

Letra e Vida

Através de Dados obtidos em sistemas de avaliação indicaram um número significativo de alunos que ainda não sabiam ler ao final do Ciclo I do Ensino Fundamental, mostram que os alunos apresentam dificuldades na leitura e compreensão de textos. O Programa Letra e Vida ofereceu os instrumentos necessários para a mudança desse cenário, intervindo diretamente no cotidiano das escolas e das salas de aula, pois ofereceu aos professores em formação o conhecimento didático de alfabetização desenvolvido nos últimos anos.

Participantes: 385

Seminário Avaliação Externa Projeto Político-Pedagógico e o Processo de Ensino-Aprendizagem no Ensino Médio

O Seminário “Avaliação Externa, Projeto Político-Pedagógico e o Processo de Ensino e Aprendizagem no Ensino Médio” aprofundou a discussão sobre vários assuntos relacionados ao processo de aprendizagem no ensino médio.

Entre as principais metas: aprofundar conhecimentos sobre a avaliação educacional e escolar; refletir sobre as características e objetivos de diferentes sistemas de avaliação externa como o SARESP e o ENEM; refletir sobre as relações entre avaliação externa e avaliação interna; discutir, identificar e propor ações que articulem metodologias de ensino e projetos educacionais, tendo em vista o enfrentamento dos dados de desempenho das últimas avaliações.


Projeto Justiça e Educação: Parceria pela Cidadania

O Projeto teve como objetivo reduzir os episódios de violência nas escolas pela adoção dos preceitos da Justiça Restaurativa, que estimula o envolvimento da comunidade na solução de conflitos.

Desenvolvido a partir de uma parceria firmada entre a Secretaria da Educação e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, com participação de juízes das Varas da Infância e da Juventude, o Projeto Justiça e Educação: Parceria para a Cidadania foi implantado em escolas estaduais de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental e de 1ª a 3ª séries do Ensino Médio.

A iniciativa buscava desfazer a associação entre jovens e violência pela capacitação de atores sociais das escolas e comunidades, com participação de representantes das Varas da Infância e Juventude, na prática da Justiça Restaurativa para lidar com situações de conflito envolvendo a comunidade escolar.

A Justiça Restaurativa prega o envolvimento da comunidade na solução de conflitos a partir do entendimento e da adoção de medidas não-punitivas aos envolvidos.

O Projeto previa a implantação nas escolas dos chamados Círculos Restaurativos, que são espaços abertos ao diálogo e à adoção de soluções negociadas para o entendimento entre os envolvidos em conflitos ocorridos na comunidade escolar.

Os Círculos Restaurativos são uma forma alternativa e democrática de dirimir problemas causados pelos conflitos, visando a compreensão e o diálogo entre os envolvidos e o encaminhamento de soluções sócio educativas para os casos que são analisados por esta instância.

Assim, alunos, professores, dirigentes escolares, representantes das comunidades e das instituições sociais e oficiais (como organizações não-governamentais e Justiça), além das próprias partes envolvidas nos conflitos, são estimulados a discutir de forma profunda e organizada o que motivou o conflito e suas consequências, sem a preocupação de apontar culpados ou responsáveis, mas buscando, sim, o entendimento e a compreensão entre todos para propiciar tanto um clima mais humano às relações, como melhorar o ambiente de convivência na comunidade.

O Projeto Justiça e Educação: Parceria para a Cidadania contou com a coordenação técnico-pedagógica da Diretoria de Projetos Especiais da FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação.

PROGESTÃO – Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares

O Programa teve como objetivo geral formar lideranças comprometidas com a construção de um projeto de Gestão Democrática focada no sucesso escolar dos alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio. Como objetivos específicos, buscou contribuir para desenvolver um perfil de liderança democrática, desenvolver competências em gestão escolar, valorizar a prática profissional dos gestores escolares, desenvolver a autonomia de estudo


dos gestores na perspectiva de sua formação continuada, estimular a formação de redes de intercâmbio de experiências e informações em gestão escolar, fortalecer o processo de democratização e autonomia das escolas públicas.

Teia do Saber

O Programa TEIA DO SABER assume a mais alta relevância entre às ações da SEE á medida em que dá concretude a uma política educacional com foco de atuação e investimento, a formação continuada de seus profissionais.

Nesse contexto, o Programa TEIA DO SABER atendeu as diferentes demandas de uma rede ampla e complexa, respeitando a cultura local e valorizando a autonomia da escola. Por isso, combinou ações centralizadas, organizadas a partir de iniciativas tomadas pelos órgãos centrais, com ações descentralizadas, geradas nas Diretorias de Ensino e escolas.

As ações centralizadas foram caracterizadas por sua grande abrangência e simultaneidade e objetivaram a circulação e lançamento de novas ideias e propostas, a reflexão sobre questões de relevância para a educação com temáticas de interesse geral ou específicas, para irradiação nas diferentes regiões e escolas. Serão veiculadas pelas mídias interativas, na forma de teleconferências e videoconferências, e, também, por meio de fóruns, encontros, seminários e publicações.

As ações descentralizadas, previamente articuladas com as centralizadas, foram desenvolvidas pelas Diretorias de Ensino para atender às necessidades e expectativas educacionais específicas de sua região, baseando-se nos indicadores de desempenho disponíveis e nas orientações curriculares existentes. A realização dessas ações contará com as equipes das Diretorias de Ensino e com instituições de ensino superior, especialmente contratadas para conceber e executar projetos de formação continuada a partir das demandas formuladas pela D.E.

Trilha de Letras

O objetivo do Projeto Trilhas de Letras tem como proposta conduzir o aluno a perceber, conhecer e aplicar seus conhecimentos entendendo que o uso da tecnologia é muito importante para o mundo globalizado, por isso, o aluno deverá estar sempre inserindo, participando ativamente e desenvolvendo suas ideias, pensamentos, autonomia, senso comum e crítico.

Números em Ação

O objetivo do projeto Números em Ação foi atender às necessidades de alunos das 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental que apresentam dificuldades em cálculos matemáticos, por meio do uso pedagógico das tecnologias, visando à construção do conhecimento. A partir de realização de atividades e avaliação do resultado de sua ação pedagógica, visando à melhoria da aprendizagem do aluno no que se refere aos cálculos matemáticos de forma a ajudá-lo a resolver: problemas, para que seja capaz de planejar, explicitar hipóteses, determinar


estratégias, tomar decisões e comunicar os resultados obtidos.

Calcular: para que desenvolva a capacidade de estimar, fazer aproximações, determinar com exatidão os resultados, usar diferentes estratégias, recursos e tecnologias.

Posicionar-se: desenvolver competências críticas em relação às informações matemáticas, em especial àquelas veiculadas pela mídia.

Cultura é Currículo

Três objetivos específicos norteiam este Projeto: A democratização do acesso de professores e alunos da rede pública estadual a equipamentos, bens e produções culturais que constituem patrimônio cultural da sociedade, tendo em vista uma formação plural e a inserção social; o fortalecimento do ensino por meio de novas formas e possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos curriculares em articulação com produções socioculturais e fenômenos naturais, diversificando-se as situações de aprendizagens; Desenvolvimento da aprendizagem por meio de interações significativas do aluno com o objeto de estudo/conhecimento de disciplinas, reforçando-se o caráter investigativo da experiência curricular.

O programa Cultura é Currículo é composto por três projetos: Lugares de Aprender: a Escola Sai da Escola; Escola em Cena e O Cinema Vai à Escola.

Escola de Tempo Integral

O Programa Escola de Tempo Integral engloba uma série de atividades, como oficinas de arte, literatura, esportes e informática, que ampliam a jornada escolar. Atualmente, mais de uma escola funciona em regime de Tempo Integral, nas quais os alunos permanecem de 7 a 9 horas diárias, divididas em dois turnos, um com disciplinas do currículo básico e outro com oficinas curriculares obrigatórias.

Agita Galera

O programa Agita Galera promove o estilo de vida ativa e levanta a discussão sobre a importância das atividades corporais e motoras para a promoção da saúde nas escolas da Rede Estadual.

O programa “Agita São Paulo” foi lançado em dezembro de 1996 para incrementar o conhecimento da população sobre os benefícios da atividade física e aumentar o seu envolvimento com essa prática. É oriundo de uma ação conjunta entre as Secretarias de Estado da Educação e da Saúde denominada “Educação + Saúde: Não Existe Melhor Remédio e temo objetivo de socializar os mais recentes conhecimentos técnico-científicos sobre saúde/ doença e incentivar a população para a prática de ações preventivas”.

O programa “Agita São Paulo” foi concebido pelo Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul-CELAFISCS, a partir da solicitação destas Secretarias de Estado


que tinham como intenção o desenvolvimento de um programa para promoção da saúde por meio da atividade física, elevando, em pelo menos um nível, a atividade física de cada pessoa. Foram dois anos de preparação, contando com as assessorias do “Center for Disease Control” dos Estados Unidos, do “Health Education Authority” da Inglaterra e do “Institute for Aerobic Research” de Dallas, Texas.

A proposta básica consiste em elevar em pelo menos um nível, a atividade física de cada pessoa, incentivando:

• indivíduo sedentário a ser um pouco ativo;

• indivíduo pouco ativo a se tornar ativo;

• indivíduo ativo a ser muito ativo;

• indivíduo muito ativo a manter-se nesse nível.

Apoiado nessas recomendações, o Programa Agita São Paulo tem três alvos: os escolares (crianças e adolescentes), os trabalhadores e os idosos.

Desde 1997, na Secretaria de Estado da Educação, o Programa “Agita São Paulo” é desenvolvido de duas maneiras: na forma de ação pontual, durante o megaevento Agita Galera que acontece sempre na última sexta-feira do mês de agosto em todas as Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino e, também, em muitas dessas Escolas, na forma de ações permanentes que ocorrem com alguma periodicidade durante todo o ano letivo. Ambas as ações têm o intuito de promover o estilo de vida ativa e fomentar a discussão sobre a importância das atividades corporais e motoras para a promoção da saúde.

Nesses onze (11) anos de existência, as ações do Programa Agita São Paulo (reconhecido como um modelo de promoção da saúde) vêm sendo mundialmente reconhecidas, tendo sido, inclusive, consagradas pela Diretoria da OMS, durante a 54ª Assembleia Mundial da Saúde, como tema do Dia Mundial da Saúde de 2002. Daí nasceu o movimento internacional “Agita Mundo”, inspirado no Programa Agita São Paulo. Devido ao impacto internacional, decidiu-se manter o evento de forma permanente, celebrando o dia 06 de abril como o Dia Mundial da Atividade Física.

A partir de 2002, especialmente no Estado de São Paulo, o dia 6 de abril é comemorado como Dia Estadual da Atividade Física. (Decreto Estadual nº 46.664/02).

Redefor – Rede São Paulo de Formação Docente

O programa REDEFOR, criado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o governo estadual e universidades públicas, oferece diversos cursos gratuitos de pós-graduação aos docentes da rede estadual, atuando na capacitação de professores que desejam se especializar. Três grandes faculdades estão envolvidas neste projeto: USP, UNESP e Unicamp.


Escola da Família

O Programa Escola da Família foi criado no dia 23 de agosto de 2003 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O Programa proporciona a abertura de escolas da Rede Estadual de Ensino nos finais de semana, com o objetivo de criar uma cultura de paz, aprendizagem e recreação, despertando potencialidades e ampliando os horizontes culturais de seus participantes. Reunindo profissionais da Educação, voluntários e universitários, o Programa oferece às comunidades paulistas atividades que contribuem para a inclusão social, tendo como foco o respeito à pluralidade cultural e a uma política de prevenção que concorra para uma qualidade de vida cada vez melhor.

Cada escola organiza as atividades dentro de 4 eixos: Esporte, Cultura, Saúde e Trabalho. Em diversas regiões do Estado, as escolas públicas constituem o principal, ou, muitas vezes, o único equipamento público comunitário, especialmente nas localidades em que há pouca ou nenhuma opção de lazer e cultura. Os espaços escolares, normalmente ociosos aos finais de semana, passam a ser ocupados com atividades endereçadas à comunidade, favorecendo-lhe o direito de conquistar e fortalecer sua identidade. Assim, responsavelmente, essa comunidade, apropriando-se desses espaços, agrega ao seu cotidiano valores essenciais para a edificação de uma cultura participativa.

Hoje, milhares de universitários, de todo o Estado de São Paulo, dedicam seus finais de semana ao Programa Escola da Família e, em contrapartida, têm seus estudos custeados por um programa de concessão de bolsas, o Programa Bolsa – Universidade, realizado em convênio com instituições particulares de Ensino Superior.

Acessa Escola

O Acessa Escola é um programa do Governo do Estado de São Paulo, desenvolvido pelas Secretarias de Estado da Educação e de Gestão Pública, sob a coordenação da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Tem por objetivo promover a inclusão digital e social dos alunos, professores e funcionários das escolas da rede pública estadual.

Programa Ler e Escrever

Mais do que um programa de formação, o Ler e Escrever é um conjunto de ações articuladas que inclui formação, acompanhamento, elaboração e distribuição de materiais pedagógicos e outros subsídios, constituindo-se como uma Política Pública para o Ciclo I, do Ensino Fundamental, e busca promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual. Sua meta é ver plenamente alfabetizadas todas as crianças com até oito anos de idade (2ª série / 3º ano) e consequentemente garantir, após a aquisição da escrita alfabética, as competências necessárias para que possam adequar seu discurso oral e escrito às diferentes situações comunicativas, intenções e interlocutores. Além disso, o Programa visa assegurar a aprendizagem dos conceitos matemáticos e das demais disciplinas que integram o Currículo do Ciclo I do Ensino Fundamental do Estado de São Paulo.


São Paulo Faz Escola

O Programa São Paulo faz Escola foi criado em 2007 e trata-se da implantação de um currículo único para todas as mais de 5.000 escolas da rede pública estadual. Com o Programa, todos os alunos da rede estadual recebem o mesmo material didático e seguem o mesmo plano de aula.

Prevenção Também se Ensina

O projeto Prevenção Também se Ensina, coordenado pela SEE - Secretaria de Estado da Educação é executada via FDE em escolas da rede pública estadual de ensino desde 1996. A iniciativa é voltada à promoção da cidadania saudável e à redução da vulnerabilidade da comunidade escolar à gravidez na adolescência, ao uso indevido de drogas e às DST/Aids (doenças sexualmente transmissíveis/síndrome da imunodeficiência adquirida).

A iniciativa abrange todas as escolas das 91 Diretorias de Ensino do Estado, beneficiando alunos dos Ensinos Fundamental e Médio. Entre seus objetivos está a viabilização, na rede estadual de ensino, de um projeto de educação continuada que propicie condições para o desenvolvimento da autoestima dos alunos e do senso de responsabilidade sobre a saúde individual e coletiva, promovendo a redução do abuso de drogas e a conscientização sobre as complicações relacionadas à gravidez na adolescência e sobre as DST/Aids.

Para atingir seus objetivos, a Prevenção Também se Ensina capacita educadores das Diretorias de Ensino para assessorar, acompanhar e avaliar a implantação de projetos relacionados aos temas da iniciativa; capacita educadores das unidades escolares, dando condições para implantarem projetos de prevenção no âmbito da comunidade escolar; dota as escolas e Oficinas Pedagógicas de materiais didáticos específicos, de forma a viabilizar a implantação dos projetos de prevenção; e cria espaços comunitários informais para discussão e reflexão de temas pertinentes ao projeto, envolvendo centros de saúde, ONGs, associações comunitárias e outras entidades da região que desenvolvam ações de prevenção e tratamento.

Sistema de Proteção Escolar

O Sistema de Proteção Escolar é o conjunto de ações coordenadas pela Secretaria da Educação que visam promover um ambiente escolar saudável e seguro, propício à socialização dos alunos, por meio da prevenção de conflitos, da valorização do papel pedagógico da equipe escolar e do estímulo à participação dos alunos e sua integração à escola e à comunidade. As ações que integram o Sistema de Proteção Escolar reafirmam a escola como um espaço privilegiado para a construção da cidadania participativa e para o pleno desenvolvimento humano.


Sala de Leitura

Criado em 2009, o Programa Sala de Leitura oferece a alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos um ambiente com rico acervo de livros e periódicos para prática da leitura e desenvolvimento de atividades construídas especialmente para atender o perfil e os interesses dos alunos de cada escola. São espaços que abrigam o acervo e sala de leitura, coordenados por professores e abertos durante a semana nos três períodos (manhã, tarde e noite).

Bolsa-Mestrado

O projeto Bolsa-Mestrado/Doutorado teve início em 2004 e integra o Programa de Formação Continuada de Educadores, da Secretaria da Educação, com a finalidade de propiciar aos profissionais da educação a continuidade de estudos em cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).

Circuito Gestão

• Módulo I: Gestão de pessoas: Liderança e Trabalho Coletivo.

• Módulo II: Gestão Pedagógica/LDBEN: A gestão no foco na Progressão Continuada da Aprendizagem e nos desafios da Administração Pública.

• Módulo III: Gestão de Pessoas: Liderança e Tomada de Decisão.

• Módulo IV: Gestão Educacional e o Cotidiano nas Escolas.

• Módulo V: Gestão do Projeto Pedagógico com Terminalidade.

• Módulo VI: Liderança e Trabalho em Equipe e Tomada de Decisão.

2000 / 2001

Circuito Gestão foi um programa de formação continuada que se desenvolveu em 09 Centros (Cenforgest) estrategicamente distribuídos pelas regiões do Estado de São Paulo, coordenados a partir do centro gerador sediado na cidade de Botucatu, cuja prioridade consistia em oferecer ao gestor instrumentos para o fortalecimento institucional da gestão democrática na escola, assegurando dessa forma, melhoria da qualidade do ensino e o sucesso dos alunos da escola pública.

O Programa adotou uma metodologia diversificada com estudos de casos, simulações e atividades que possibilitaram a discussão e a intensa troca de experiência entre os participantes, de forma a caracterizar todo esse processo como o Programa Nacional mais arrojado em Formação Continuada para Gestores. Participantes: 670


II Curso de Capacitação para Educadores da Rede Pública: Prevenção ao uso indevido de Drogas

2001

Curso de Capacitação para Educadores da Rede Pública: Prevenção ao uso indevido de Drogas.

O curso foi elaborado por especialistas da área e reuniu informações atualizadas sobre a classificação das drogas e seus efeitos, padrões de consumo de drogas, tratamento, redução de danos, prevenção ao uso de drogas, legislações, políticas públicas sobre drogas e outros assuntos correlatos.

Participantes: 10

Construindo sempre matemática – 60 horas

“Construindo Sempre Matemática”, (CSM), foi um projeto de formação continuada desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O projeto consistiu num ensino semi-presencial, com três encontros presenciais e intercâmbio pela Internet, com duração de um ano.

Os professores-aprendizes receberam material didático, isto é, um fascículo composto de três módulos abordando assuntos matemáticos, elaborado com base nos PCNEM (Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio), cada um deles contendo os seguintes tópicos: a) aspectos históricos; b) importância do tema; c) uma ou duas situações-problema; d) sistematização de conceitos; e e) testes de avaliação. No fascículo do professor-aprendiz constavam, ainda, orientações e procedimentos para o desenvolvimento do módulo com seus alunos, incluindo-se competências e habilidades contempladas naquele módulo. Participantes: 86

Tetra Pack – Projeto Cultura Ambiental

O projeto “Cultura Ambiental nas Escolas” levou a milhões de estudantes do ensino fundamental informações sobre o gerenciamento do lixo urbano, coleta seletiva, reciclagem e ciclo de vida dos materiais. Com esse projeto, a Tetra Pak contribuiu fornecendo informações e ferramentas para que os professores auxiliem jovens estudantes do ensino fundamental a ter uma visão mais abrangente a respeito dos problemas e soluções envolvidos na questão do lixo urbano.

Participantes: 35


TV na escola e os desafios de hoje

Curso de aperfeiçoamento a distância

Curso elaborado a partir de um trabalho cooperativo de especialistas de várias universidades da UniRede e da Secretaria de Educação a Distância, que se associaram para produzir os materiais de estudo de cada módulo, composto por vídeos e impressos. Ele contribuiu no trato de questões referentes às tecnologias da informação e da comunicação, com ênfase na linguagem audiovisual, e no estudo das possibilidades e das funções que essas tecnologias podem ter no desenvolvimento de atividades curriculares e de gestão escolar.

Curso Professor Criativo Ballet Stagium

Vivência Corporal para Educadores - Professor Criativo, modalidade de curso oferecida em parceria com a Companhia Ballet Stagium.

Os professores participam durante 10 dias de vivências corporais dentro do Projeto Dança a Serviço da Educação. A atividade foi entendida não como um “curso de balé”, nem como mais uma matéria a ser acrescentada ao currículo escolar, mas, sim, como agente libertador que dinamize a criatividade do professor, proporcionando-lhe um desempenho mais harmônico, para atuar junto ao aluno em vários níveis como: disciplina, coordenação motora, postura, concentração e criatividade. Participantes: 16

Confederação Brasileira dos Surdos: Curso de Língua Portuguesa de Sinais – Básico – Módulo I

Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas, denominados sinais nas línguas de sinais.

O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial. Objetivos:

Difundir a Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS, regulamentada pela Lei 10.436/02, entre profissionais, professores, funcionários públicos e privados, familiares e amigos; visando garantir o direito fundamental de igualdade e inclusão da pessoa surda na sociedade.

Conscientizar a sociedade da potencialidade da pessoa surda, como indivíduo capaz de participar ativamente no processo produtivo e social.

Participantes: 50


Ensino Médio em Rede

O Ensino Médio em Rede foi um programa de formação continuada concebido e coordenado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Ensino e Normas Pedagógicas - CENP. Destinou-se aos assistentes técnico-pedagógicos (atualmente PCOPs), supervisores de ensino, professores-coordenadores (PCs) e professores de Educação Básica nível II que atuam no Ensino Médio regular.

O Programa contou com o financiamento do PROMED por meio de convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Educação (SEE), o Ministério da Educação (MEC) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e teve a gestão da Fundação Vanzolini.

O Ensino Médio em Rede contou com o uso dos ambientes de aprendizagem e os recursos virtuais da REDE DO SABER - teleconferências, videoconferências e ferramentas web, além de materiais de apoio especialmente desenvolvidos para tal atividade.

O Programa foi desenvolvido em duas fases, a primeira entre 2004 e 2005 teve o seu conteúdo voltado para a contextualização da proposta de formação e para a discussão das múltiplas representações dos atores envolvidos na prática educativa.

A segunda fase do Programa, desenvolvida em 2006, deu ênfase para o desenvolvimento curricular no Ensino Médio das áreas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Participantes: Todos os Professores Coordenadores das Escolas de Ensino Médio e Professores do Ensino Médio

Curso Básico LienCh’ie – Mediação Medicina Tradicional Chinesa – Módulo I

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, através da sua Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, inclui na Educação Física Escolar de sua rede de ensino o LienCh´i, uma técnica oriental inserida no ocidente. O projeto começou a ser desenvolvido em novembro de 2003 com os professores de Educação Física na Capital e Grande São Paulo. Em 2004 teve sua expansão para as diretorias regionais do interior do estado e a outros professores e profissionais da Educação do estado paulista. A prática do LienCh’i nas escolas deste estado objetivava proporcionar: tranquilidade e calma, maior concentração nas aulas, relaxamento com melhor postura corporal, diminuição de dores no corpo, melhora do sono, do entusiasmo e da disposição nas atividades escolares e extra-escolares, diminuir a agressividade, melhorar o relacionamento com os colegas, melhorar a noção do corpo e autoestima, propagar e levar os conhecimentos da prática aos familiares, bem como, favorecer o desejo de aprender.

A Associação de Medicina Tradicional Chinesa do Brasil por meio desta parceria, promoveu um curso que veio a capacitar 3.000 professores da rede estadual de ensino público para a implantação do Programa Gente dentro das escolas pelo ensino da prática do LienCh’i, técnica oriental de tradição milenar.


Curso Estação da Luz da Nossa Língua

Voltado aos professores de Língua Portuguesa, Geografia, História e Expressão Artística, para formar uma rede de aprendizagem interdisciplinar. A ideia era utilizar os conteúdos do Projeto para desenvolver uma série de atividades que ampliassem o trabalho com a Língua Portuguesa em sala de aula. Como tinha o propósito de contribuir para a prática pedagógica, o Programa tratou de questões de linguagem, cultura, língua, discurso e idioma; recorreu a textos que ilustram a riqueza linguística do Português; ressaltando nossas identidades culturais e o encanto da Língua Portuguesa, como expressão de uma cultura fascinante gerada pela miscigenação.

O Projeto enfocou a criação e a disponibilização de conteúdos da Língua Portuguesa em sites e recursos multimídia, com a incorporação da mais avançada tecnologia; e a geração de serviços educacionais como palestras, mesas redondas, cursos, eventos e atividades de formação para alunos e professores. As atividades de formação objetivaram ser um elo forte de ligação entre a escola e a Estação da Luz da Nossa Língua. Projeta-se o foco da Luz na escola, para que seus atores principais, professores e alunos, protagonizem os papéis que lhes cabem como criadores da língua numa sociedade marcada pelo ecletismo, pluralidade e complexidade. Participantes: 25

Educando pela Diferença e pela Igualdade PEB I – Módulo I

O Programa São Paulo: educando pela diferença para a igualdade foi destinado à formação contínua de professores da rede estadual de ensino de São Paulo e realizado entre 2004 e 2006, para a implementação e aplicação da Lei federal nº 10.639, sancionada em 09 de janeiro de 2003, cujo texto prevê a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino brasileira a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro- Brasileira e a educação das relações étnico-raciais. O Programa São Paulo: educando pela diferença para a igualdade foi realizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos (NEAB/UFSCar), em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEESP), representada pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), e com o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo (ou somente Conselho Estadual da Comunidade Negra).

Filosofia e Vida

O lançamento do curso Filosofia e Vida marca, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação, o início de uma nova perspectiva, propondo o ensino da Filosofia nas escolas públicas estaduais de nível médio.

Depois de anos de luta pela inclusão das disciplinas humanísticas como a Filosofia, a Psicologia e a Sociologia, a Secretaria por meio das alterações curriculares ocorridas no início de 2005, confere a esta área e, em particular à Filosofia, o espaço devido na formação plena de nossos educadores.


Sobre este aspecto, justificam os professores Dr. José Alves de Freitas Neto e Leandro Karnal, no documento Propostas para o Ensino de Filosofia:

“Queremos estimular cabeças vivas que aumentem o grau de consciência do que são e do que acontece ao redor.” (SEE, 2005:01)

Diante desse quadro, o professor Gabriel Chalita traçou todo um paralelo que ao seu ver deve embasar o ensino de Filosofia, ou seja, que devemos considerá-la não apenas sob o aspecto de seus cinco campos de estudo: lógica, ética, política, estética e metafísica, mas que devemos construí-la junto aos nossos educandos como campos que se interpenetram e se complementam. Chalita reafirmou esta posição ao lembrar na obra Vivendo a Filosofia: “Quanto mais se relacionam os seus diferentes campos, mais completa ela se mostra na busca da sabedoria”.

Tal afirmação nos reporta a outra questão: trabalhar, apenas temas da filosofia ou trabalhar também a sua história? No lançamento do curso, esta questão ao ser respondida fugiu do maniqueísmo vulgar que não se deve envolver a Filosofia, apontando como alternativa uma contextualização histórica que não faça do ensino da Filosofia algo deslocado da realidade e descontextualizado de seu sentido histórico.

Aos professores envolvidos neste processo, coube a consolidação da Filosofia no ensino médio e, mais ainda, para que esta consiga de fato, fazer de nossos educandos lutadores cônscios pela dignidade humana.

Curso Ler e Viver

O projeto “Ler e Viver”, uma iniciativa que teve como propósito implementar a formação continuada de professores focando a compreensão leitora.

O Projeto ofereceu a 4 mil professores da rede estadual - sendo 45 professores de Língua Portuguesa do ciclo II do Ensino Fundamental e um Assistente Técnico Pedagógico de Língua Portuguesa de cada uma das 89 Diretorias de Ensino - subsídios teóricos e práticos fundamentais para que estes refletissem sobre procedimentos didáticos diversificados e buscassem intervenções eficazes no processo ensino-aprendizagem.

As ações do “Ler e Viver” foram desenvolvidas no período de maio a outubro de 2005. A metodologia do Projeto contou com videoconferências, encontros presenciais com palestras e oficinas, interação via web, atividades em grupo e atendimento aos cursistas pela central 0800, além de um material pedagógico com livros modulares e cadernos de atividades.

Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade

Práticas de Leitura e Escrita e Escrita na Contemporaneidade foi um Curso de Aperfeiçoamento de 260 horas, sob responsabilidade do Programa de Pós- Graduação em Linguística Aplicada aos Estudos da Linguagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, desenvolvido na modalidade a distância.


Foi destinado aos assistentes técnico-pedagógicos (PCOPs), supervisores de ensino, professores coordenadores e professores de Educação Básica nível II, que atuam no Ensino Médio da rede pública estadual.

O Programa contou com o financiamento do PROMED por meio de convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Educação (SEE), o Ministério da Educação (MEC) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O conteúdo está voltado para o desenvolvimento de capacidades relativas à leitura e escrita, visando à ampliação do letramento geral e digital dos educadores, bem como o incremento de sua formação profissional, no que diz respeito ao trabalho pedagógico com a leitura e a escrita junto a seus alunos.

Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade pressupõe o uso dos ambientes de ensino e aprendizagem da REDE DO SABER.

Formação de Tutores para o Programa Formação pela Escola

Formação pela Escola foi um programa de formação continuada, na modalidade a distância e teve como objetivo: contribuir para o fortalecimento da atuação das pessoas envolvidas com a execução, acompanhamento, avaliação, controle e prestação de contas de programas do FNDE.

Formação pela Escola promoveu a capacitação a distância com dois encontros presenciais (aulas inicial e final), onde os participantes tomam conhecimento sobre os detalhes da execução das ações e programas do fundo. Ao final do curso, os alunos apresentam um trabalho com suas experiências.

Ensino Médio – Aprendendo e Compreendendo o Mundo: Recuperação de Férias

Botucatu

19 a 21 de novembro de 2002

Participantes: 10

Ciência na sala de Aula

25/08/2005 a 29/09/2005, DOE 10/06/2006

Participantes: 16

Interaction Teachers

A Secretaria de Estado da Educação lançou um curso destinado ao aprimoramento dos professores de inglês da rede pública estadual: o Interaction Teachers - programa unificado


de formação continuada, desenvolvido pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP) e Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).

O Interaction Teachers, que seguiu as diretrizes do Teia do Saber (programa que une o trabalho de fundamentação teórica com as vivências efetivas dos educadores, mantendo-os atualizados sobre as novas metodologias de ensino e tornando-os aptos a utilizar novas tecnologias para as dificuldades encontradas em sala de aula) foi um curso de inglês inspirado no software multimídia interativo ELLIS e organizado por módulos - básico, intermediário e avançado - com duração de 240 horas.

Os cerca de 5 mil professores desenvolveram atividades do primeiro módulo do curso em um ambiente virtual de aprendizagem do Programa Unificado de Formação Continuada, o Coffee Break, hospedado no portal Pátio Paulista.

As provas finais dos dois últimos módulos foram agendadas e realizadas pessoalmente na diretoria de ensino a que pertence o professor, sob a supervisão de um assistente técnico pedagógico (ATP) e receberam o kit composto por sete CDs e orientações de navegação no Coffee Break.

Justiça Restaurativa: Parceria para a Cidadania

2008

Lideranças Educacionais- Período de Realização: de 19/03/2008 a 27/11/2008

Práticas Restaurativas- Período de Realização: de 07/04/2008 a 17/12/2008

Justiça Restaurativa é a resolução de problemas (conflitos) de forma colaborativa. Práticas restaurativas proporcionam àqueles que estão envolvidos em um conflito, a oportunidade de reunião para expressar seus sentimentos, descrever como foram afetados e desenvolver um plano para reparar os danos e evitar que aconteça de novo. A abordagem restaurativa é reintegradora e permite que o transgressor repare danos e não seja mais visto como tal. [...] O engajamento cooperativo é elemento essencial da justiça restaurativa”. Trata-se, enfim, de suprir as necessidades emocionais e materiais dos envolvidos e, ao mesmo tempo, fazer com que o causador assuma responsabilidade por seus atos, mediante compromissos concretos. As Lideranças Educacionais são os Professores-Coordenadores e o Diretor de escola que apóiam, incentivam e possibilitam a realização do Projeto na escola. As Práticas Restaurativas instrumentalizam o Professor (facilitador) com a metodologia de resolução de conflitos.

Escrevendo o Futuro – Artigo de Opinião (Português)

2008

Curso voltado ao subsídio para o trabalho com gênero textual: artigo de opinião em sala de aula.


DNA – A Receita da Vida

2008

Período de Realização: de 31/05/2008 a 31/11/2008

Objetivo: Fornecer subsídios para que o Professor possa compreender a estrutura e contextualização do currículo e organizar as atividades em sala de aula.

PROCEL - 2008

Curso de formação para professores com o objetivo de sensibilização para Sustentabilidade.

Ensinar e Aprender – Matemática - 2008

Formação de professores do Ensino fundamental ciclo II para recuperação de defasagem para o currículo.

O curso tinha como objetivos: sensibilizar a resolução de conflitos em ambiente escolar usando técnicas diferenciadas, promover um fortalecimento dos participantes através de palestras e atividades dos círculos restaurativos, onde alguns pontos eram trabalhados fortemente como a escuta e o diálogo.

Programa Intensivo de Ciclo – PIC

2008 / 2009 / 2010 / 2011

Objetivo: formar o professor do PIC para o trabalho com a alfabetização, tendo como público-alvo com crianças com defasagem de aprendizagem.

Didática da Matemática para séries iniciais (Modulo I,II e III)

2007 / 2008 / 2009 / 2010 / 2011

Formação de professores das séries iniciais para o processo de alfabetização matemática e as novas discussões em relação à didática e ao currículo dessa disciplina.

Jornada de Matemática

2007 / 2008 / 2009 / 2010 / 2011

Objetivo: propor uma dinâmica para os 5º anos quanto à aprendizagem da Matemática, envolvendo todos os alunos da sala.


A Rede Aprende com a Rede

2008 / 2009

O curso tinha por objetivo propiciar interação dos cursitas por meio de vídeo aulas, trabalhar os temas do Currículo Oficial e a partir dos materiais apresentados abrir um espaço para discussão no fórum, com questões norteadoras, e a mediação do PCOP e construção de um trabalho final.

O Ensino e a Aprendizagem das Ciências da Natureza I - 2010

Objetivos: Fornecer subsídios para que o professor possa compreender a estrutura e contextualização do currículo e organizar as atividades em sala de aula, contemplando os seguintes aspectos: debater e discutir as habilidades previstas para a área/disciplina e as metodologias apresentadas nos cadernos do aluno e do professor no processo de ensino/aprendizagem; debater e refletir acerca do planejamento das situações de aprendizagem para o ensino de conceitos científicos, considerados pelos professores como difíceis de serem desenvolvidos, visando adaptações e/ou produção de novas situações de aprendizagem; refletir e discutir sobre o papel das Situações de Aprendizagem no processo de ensino/aprendizagem das Ciências; destacar a importância da contextualização política e sócio-histórico-cultural da Ciência e da Tecnologia; elaborar material relacionado aos trabalhos desenvolvidos durante o curso.

Sexualidade e Prevenção – Formação Docente

2010

Objetivos: Formação de educadores contemplando o desenvolvimento da sexualidade humana: discutir e refletir as questões ligadas à sexualidade, incluindo posturas, crenças tabus, preconceitos e emoções a ela associadas; discutir e refletir a vulnerabilidade ao HIV/AIDS; refletir sobre a criança vivendo com HIV/AIDS e seus direitos; planejar ações de prevenção.

Sexualidade e Prevenção – Formação Gestores da Educação e Saúde

2010

Objetivos: Planejar ações articuladas de prevenção no território; Tecer a rede de proteção às crianças e adolescentes para o desenvolvimento e exercício da sexualidade; Consolidar a parceria saúde-educação.

Sexualidade e Prevenção- Formação Jovem Protagonista

2010 / 2011


Objetivos: Discutir e refletir sobre as questões ligadas à sexualidade, incluindo posturas, crenças tabus, preconceitos e emoções a ela associadas; discutir e refletir a vulnerabilidade ao HIV/AIDS e em seu sentido mais amplos; refletir a respeito da criança vivendo com HIV/AIDS e seus direitos.

Sexualidade e Prevenção- Formação Docente - Módulo II

2010 / 2011

Objetivos: Instrumentalizar os docentes em relação à abordagem de questões relacionadas à prevenção às DSTs/AIDS, ao abuso de drogas, à gravidez não planejada; instrumentalizar os Professores com princípios, metodologias e técnicas de trabalhos de prevenção voltadas às crianças e adolescentes; proporcionar a reflexão e a discussão de temas relacionados à sexualidade de forma a diminuir a vulnerabilidade de crianças e jovens; promover reflexões críticas que contribuam para o respeito à diversidade sexual e combate a homofobia; Estimular a inserção das temáticas da sexualidade ao cotidiano da prática dos professores; permitir ao professor vivenciar as dinâmicas de grupo antes de aplicá-la em sala de aula.

Professor-Mediador Escolar e Comunitário

2010 / 2011

Os módulos são organizados de forma a orientar o Professor- Mediador Escolar e comunitário para uma reflexão acerca das diversas dimensões da vida escolar que constituem fatores de risco e fatores de proteção às pessoas que frequentam a escola. Alterna conteúdo informativo e exercícios práticos, que serão conduzidos dentro da escola na qual ele está atuando, em estreita colaboração com a equipe gestora: diretor, vice-diretor e professor-coordenador.

Nos territórios da Arte: Dança Música e Linguagens Contemporâneas

2010

Curso realizado no 1º semestre de 2010 com os professores de arte do EF lI (Ensino Fundamental II) e EM (Ensino Médio) da DE Guarulhos. O objetivo deste curso: discutir sobre o currículo de artes com o foco nas discussões sobre a Linguagem da Dança e da Música.

Nos territórios da Arte II – Teatro, Dança

2010

Curso realizado no 2º semestre de 2010 com os professores de Arte do EF II (Ensino Fundamental II) e EM (Ensino Médio) da DE Guarulhos. Teve como objetivo: o estudo e a discussão sobre o currículo de artes com foco das Linguagens da Dança e Teatro. Neste curso


tivemos a parceria com o Projeto Caixa Mágica que contribuições sobre a história do teatro sob olhar da cenografia, iluminação e figurino, também houve apresentação o espetáculo “Caixa Mágica” para os professores e alunos.

Tão Perto tão longe – 29ª Bienal

2010

Curso destinado aos professores de Arte da rede pública estadual com foco nas discussões sobre as linguagens contemporâneas articuladas ao ensino de Arte.

Oficina de HQ para Ciclo I

2010

Oficina desenvolvida com os professores do ciclo I, Educação Física e Arte teve como objetivo discutir e vivenciar atividades com a proposta de HQ.

O uso do dicionário como ferramenta no desenvolvimento das competências de leitura e escrita e apoio ao currículo de LEM / Inglês da rede estadual de SP

2010

Subsidiar o trabalho do professor de língua inglesa da rede pública estadual com o currículo da SEE, de forma que ele ofereça ao aluno o pré-requisito necessário para utilização do dicionário.

Curso de História: ”Pré-História- Abordagens iconográfica/material e Interdisciplinar na Proposta Curricular”

2010

O curso teve como objetivos: aprimorar os conhecimentos e práticas docentes no sentido de buscar melhoria na qualidade do ensino; promover a formação e orientação dos professores de História; aprofundar os conhecimentos em relação aos temas da Pré-história; Promover orientações metodológicas acerca do uso de fontes documentais no ensino de História.

Geografia: Módulo I –“A Sociedade da Informação no Século XXI- A Interdisciplinaridade no Currículo Oficial do Estado de São Paulo

2010

O curso teve como objetivos: aprimorar os conhecimentos e práticas docentes no sentido de buscar melhoria na qualidade do ensino; promover a formação e orientação dos professores; estimular os professores para a utilização de vários recursos multimídias na motivação de


suas aulas; aprofundar os conhecimentos em relação ao trabalho com diferentes linguagens audiovisuais, principalmente o cinema e a internet.

Professor-Mediador Escolar e Comunitário

2010 / 2011

Os módulos foram organizados de forma a orientar o professor-mediador em uma reflexão acerca das diversas dimensões da vida escolar, constituintes de fatores de risco e fatores de proteção às pessoas frequentam as escolas. Alterna conteúdos informativos e exercícios práticos conduzidos dentro da escola na qual o profissional está atuando, em estreita colaboração com aequipe gestora: diretor; vice-diretor; professor-coordenador.

Luta e Dança / Atividades Rítmicas no currículo escolar da Educação Física (ciclo II do Ensino Fundamental e Ensino Médio)

2010

Em face do levantamento realizado pelos Professores-Coordenadores de Oficina Pedagógica (PCOP) de Educação Física, relacionado às dificuldades enfrentadas pelos professores especialistas da área, para a implementação do currículo do ciclo II do ensino fundamental e do ensino médio, desenvolveu-se o curso para suprir as necessidades desses profissionais uma vez que apresentam defasagem na formação inicial relacionada aos conteúdos da cultura de movimento: lutas e dança/atividades rítmicas. Assim, o curso atendeu às prioridades de discussões gerais desses conteúdos no currículo escolar, bem como ofereceu vivências que permitiram refletir sobre as possibilidades de intervenção motora.

Curso de Introdução a Libras - 2008 / 2009 / 2010

O curso foi ministrado para duas turmas e realizado no período de agosto a outubro, visando disponibilizar aos professores o acesso à linguagem dos surdos, a fim de apoiar a educação dos alunos surdos matriculados na Rede Estadual de Ensino desta Diretoria. O acesso a LIBRAS promove mudanças na prática pedagógica contrapondo a diversidade e a desigualdade social, resultando numa difusão cultural entre alunos e professores.

Curso de aprofundamento em Libras - 2010

O curso foi ministrado para uma turma e realizado no período de setembro a dezembro, visando disponibilizar aos professores o acesso à linguagem dos surdos a fim de apoiar a educação dos alunos surdos matriculados na Rede Estadual de Ensino desta Diretoria. O acesso a LIBRAS promove mudanças na prática pedagógica contrapondo a diversidade e a desigualdade social, resultando numa difusão cultural entre alunos e professores.


Sistema Braille Integral - 2011

O curso foi ministrado para uma turma e realizado no período de setembro a novembro, visando promover a capacitação de professores no atendimento a alunos deficientes visuais em grau de cegueira de escolas comuns do ensino regular; criar condições para a aquisição de conhecimentos básicos necessários ao atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência visual, sob a perspectiva da inclusão.

Identificando e Atendendo o aluno com Deficiência Intelectual em suas Necessidades Educacionais Específicas - 2010

O curso foi ministrado para uma turma e realizado no período de outubro a dezembro, visando subsidiar os professores com informações que os capacitem a compreender o processo de aprendizagem da pessoa com Deficiência Intelectual e facilitar seu trabalho na análise dos suportes necessários; assegurar a identificação e atenção às necessidades educacionais dos alunos na área da Deficiência Intelectual, bem como a investigação das potencialidades dos educandos por meio da Avaliação Diagnóstica Pedagógica.

Código Matemático Unificado - 2010

Curso com duração de 33 horas presenciais distribuídas em 11 encontros e 7 horas de atividades extraclasse, totalizando 40 horas. Realizado no turno da noite às quintas-feiras, das 19h às 22h, objetivando oferecer subsídios aos professores para a efetivação da inclusão dos alunos com deficiência visual na sala de aula; subsidiar os professores para o uso e emprego do Código Matemático Unificado visando à melhoria e ampliação dos serviços e programas de atendimento especializado, oportunizar o conhecimento e reflexão sobre o processo educacional do educando com deficiência visual.

Curso de implementação do Currículo- Matemática módulo I - 2010

Teve como objetivo promover o aprofundamento de conhecimento acerca dos processos de ensino e de aprendizagem da Matemática, de acordo com as demandas levantadas em pesquisa realizada junto aos professores em 2009 acerca das dificuldades no desenvolvimento do currículo e dos resultados do SARESP 2009 e, também, subsidiar os professores para que possam melhorar seu desempenho profissional em sala de aula, visando à aprendizagem dos alunos de todas as séries do Ciclo II e do Ensino Médio.

Curso de implementação do Currículo- Matemática módulo II - 2010

Teve como objetivos: apoiar o professor na construção de boas intervenções para promover a aprendizagem dos seus alunos em Matemática; apresentar aos cursistas, de modo contextualizado, as situações presentes nos cadernos do Professor da Secretaria do Estado


da Educação (SEE), favorecendo a construção de conhecimentos sobre a Matemática nos seus diferentes blocos de conteúdo, ressaltando a visão não linear que está presente no material; contribuir para uma melhor reflexão do seu fazer-pedagógico; apoiar os professores na organização dos conteúdos nas diferentes modalidades, ressaltando o desenvolvimento de sequências didáticas e favorecendo uma rotina de aula produtiva.

Uso e Ensino do Soroban Adaptado para Deficientes Visuais - 2011

Curso com duração de 36 horas presenciais distribuídas em 12 encontros e 4 horas de atividade extraclasse, totalizando 40 horas. Realizado no turno da noite, às quintas-feiras, das 19h às 22h, objetivando difundir o uso do Soroban como instrumento de cálculo; ressignificar conceitos e procedimentos matemáticos nas operações básicas; estimular o interesse, curiosidade e espírito de investigação para o desenvolvimento de competências e habilidades matemáticas; desenvolver o raciocínio lógico e a capacidade de concentração.

Curso do 1º ano EaD - 2011

Formação dos professores para a introdução das crianças de 6 anos no ensino fundamental de nove anos.

Identificando e Atendendo o aluno com Deficiência Intelectual em suas Necessidades Educacionais Específicas - 2011

Curso com duração de 40 horas presenciais distribuídas em 10 encontros. Realizado no turno da noite, das 18h às 22h, objetivando subsidiar os professores com informações que os capacitem a compreender o processo de aprendizagem da pessoa com Deficiência Intelectual, e facilitar seu trabalho na análise dos suportes necessários; assegurar a identificação e atenção às necessidades educacionais dos alunos na área da Deficiência Intelectual, bem como a investigação das potencialidades dos educandos por meio da Avaliação Diagnóstica Pedagógica.

Ações, Programas e Projetos

A partir desta concepção de ensino e, na tentativa de atender às metas previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº 9394/96), apoiadas pelas políticas da Educação Infantil e Ensino Fundamental, temos o desafio da ampliação do Ensino Fundamental de 08 para 09 anos, com foco no desenvolvimento e aprendizagem das crianças de 06 anos de idade no Ensino Fundamental de 09 anos, sem perder de vista a importância da infância e suas etapas de ensino.

Pensando na singularidade desta etapa, desenvolveu-se o “Programa Ler e Escrever” para as séries iniciais do Ensino Fundamental, prevendo proposta de letramento e alfabetização,


priorizando a reflexão sobre a prática pedagógica dos professores. Em continuidade, para as séries finais de ciclo, e Ensino Médio temos o “Programa São Paulo faz Escola”, que define as diretrizes de implementação de um currículo único para todas as escolas da rede pública estadual.

Embasados no conceito de “Escola para todos” (LDBEN-96), temos o campo de atuação da Educação Especial, que se destina a alunos com deficiência física, intelectual, auditiva, visual, múltipla, surdo cegueira, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação. Além do Ensino Regular, os alunos são atendidos nas Salas de Recursos específicas de cada área da deficiência no contra turno, ou seja, em um período o aluno frequenta o ensino regular e no outro, em dias e horários específicos, a Sala de Recursos. Alunos com deficiência auditiva também são atendidos por professores interlocutores de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) no ensino regular. Já os alunos com deficiência intelectual que necessitam de apoio pervasivo, estudam, em um único turno, na Classe Regida por Professor Especializado.

Programa Ler e Escrever 2007 – 2011

É um conjunto de linhas articuladas de ação que inclui formação, acompanhamento, elaboração e distribuição de materiais pedagógicos e outros subsídios, constituindo-se dessa forma como uma política pública para as séries iniciais do Ensino Fundamental, que buscando promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual, transformando a escola, cada vez mais, num espaço de aprendizagem e produção do conhecimento.

A formação ocorre em duas esferas, mensalmente, em nível de Secretaria com os Professores-Coordenadores da Oficina Pedagógica em polos e na Diretoria de Ensino, com os Professores-Coordenadores das escolas, semanalmente.

O acompanhamento ocorre no mesmo formato, priorizando visitas em conjunto com os supervisores de rotina das escolas.

O programa é composto pelos seguintes materiais:

- Guia de Planejamento e Orientação Didática para professores das respectivas séries/ anos;

- Caderno de Planejamento e Avaliação;

- Guia de estudo para o horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC);

- Livro texto do aluno;

- Coletânea de atividades;

- Letras móveis e

- Acervo literário de livros paradidáticos.


São Paulo faz Escola 2007 – 2011

O programa São Paulo faz Escola foi criado em 2007 e trata-se da implantação de um currículo único para todas as escolas da rede pública estadual. Com o programa, todos os alunos da rede recebem o mesmo material didático e seguem o mesmo plano de aula.

O programa é composto pelos seguintes materiais:

- Caderno do PROFESSOR – entregue a todos os professores da rede estadual de ensino.

- Caderno do GESTOR – entregue a todos os gestores da rede estadual de ensino.

- Caderno do ALUNO – entregue bimestralmente a todos os alunos da rede estadual de ensino.

- Proposta curricular das séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Escola de Tempo Integral 2006 – 2011

O programa Escola de Tempo Integral engloba uma série de atividades, como oficinas de arte, literatura, esportes e informática, que ampliam a jornada escolar. Atualmente, 04 escolas funcionam em regime de Tempo Integral, nas quais os alunos permanecem de 7 a 9 horas diárias, divididas em dois turnos, um, com disciplinas do currículo básico e, outro, com oficinas curriculares obrigatórias.

Escolas:

EE Coronel Ary Gomes

EE Isabel dos Santos Ferreira

EE José Scaramelli

EE República da Venezuela II

Número de Alunos Atendidos: 1.500/ ano (um mil e quinhentos por ano)

REDEFOR – Rede São Paulo de Formação Docente 2010 – 2011

O programa REDEFOR, criado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o governo estadual e universidades públicas, oferece diversos cursos gratuitos de pós-graduação aos docentes da rede estadual, atuando na capacitação de professores que desejam se especializar. Três grandes faculdades estão envolvidas neste projeto: USP, UNESP e Unicamp.

Número de Professores atendidos: 200 (duzentos)


Escola da Família 2004 – 2011

O Programa Escola da Família foi criado no dia 23 de agosto de 2003 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O Programa proporciona a abertura de escolas da Rede Estadual de Ensino aos finais de semana, com o objetivo de criar uma cultura de paz, aprendizagem e recreação, despertando potencialidades e ampliando os horizontes culturais de seus participantes.

Escolas atendidas: 16 (dezesseis)

Acessa Escola 2010 – 2011

O Acessa Escola é um programa do Governo do Estado de São Paulo, desenvolvido pelas Secretarias de Estado da Educação e de Gestão Pública, sob a coordenação da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).Tem por objetivo promover a inclusão digital e social dos alunos, professores e funcionários das escolas da rede pública estadual. Os monitores são alunos do Ensino Médio, que têm uma ajuda de custo e prestam monitoria no contra turno de seus estudos.

Escolas atendidas: 51 (cinquenta e uma)

Monitores contratados: 190 (cento e noventa)

IDESP

O IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) é um indicador de qualidade das séries iniciais (1ª a 4ª séries) e finais (5ª a 8ª séries) do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Na avaliação de qualidade das escolas feita pelo IDESP consideram-se dois critérios complementares: o desempenho dos alunos nos exames do SARESP e o fluxo escolar. O IDESP tem o papel de dialogar com a escola, fornecendo um diagnóstico de sua qualidade, apontando os pontos em que precisa melhorar e sinalizando sua evolução ano a ano.

Sala de Leitura 2009 – 2011

O Programa Sala de Leitura oferece a alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos um ambiente com rico acervo de livros e periódicos para prática da leitura e desenvolvimento de atividades construídas especialmente para atender o perfil e os interesses dos alunos de cada escola. São espaços que abrigam o acervo e sala de leitura, coordenados por professores e abertos durante a semana nos três períodos (manhã, tarde e noite).

Escolas atendidas: 24 (vinte e quatro)


Bolsa Mestrado 2004 – 2011

O projeto Bolsa Mestrado/Doutorado integra o Programa de Formação Continuada de Educadores da Secretaria da Educação, com a finalidade de propiciar aos profissionais da educação a continuidade de estudos em cursos de pós-graduação “stricto sensu” (mestrado e doutorado).

Número de professores atendidos: 103 (cento e três)

Programas de livros – Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 1995 – 2011

Desde 1995 o PNLD em São Paulo é descentralizado, ou seja, a compra de livros é feita pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, mediante assinatura de convênio assinado pelo MEC/FNDE e Governo de São Paulo/SEE, o que permite a oferta de títulos de livros não só didáticos, mas também de ficção e de não ficção (paradidáticos).

O Programa em São Paulo incentiva a utilização de livros não só didáticos, por professores e alunos, mas também, informativos, de literatura, de interesse geral, entre outros. Os livros didáticos constituem-se em importante referencial para o trabalho em sala de aula, mas nem sempre atendem à realidade particular de cada escola: é preciso levar em conta a comunidade em que ela está inserida, as crenças e as concepções que orientam a atuação dos profissionais que nela atuam, bem como as necessidades e possibilidades dos alunos. Assim, os professores têm oportunidade de escolher livros didáticos e pequenos acervos com obras de ficção e não ficção, os módulos. Inicialmente os módulos continham apenas obras de ficção, como alternativa para o trabalho na área de Língua Portuguesa e, depois, com a oferta de títulos de obras de não ficção, os demais componentes curriculares foram contemplados nos módulos.

Nas escolas de São Paulo, os professores utilizam os livros didáticos que garantem uma rotina tranquilizadora e os livros de ficção e não ficção que abrem possibilidades para aprofundamento dos temas, projetos interdisciplinares, convivência com a diversidade de posições, valores, de acordo com as diretrizes da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, os Parâmetros Curriculares Nacionais e o projeto pedagógico da escola.

Centro de Línguas 2004 – 2011

O Centro de Estudos de Línguas (CEL) é um programa da Secretaria de Educação do Governo do Estado de São Paulo, que oferece aos alunos da rede estadual a possibilidade de acesso a uma segunda língua estrangeira moderna, além do inglês, oferecido nos quadros regulares. O objetivo do CEL é propiciar aos alunos diferentes oportunidades de desenvolvimento de novas formas de expressão linguística, enriquecimento curricular e acesso a outras culturas contemporâneas, além de ampliar as possibilidades de inserção no mercado de trabalho.

Atualmente, são oferecidos também outros idiomas, visando ampliar o restrito universo do monolinguismo, de forma a garantir aos jovens a abertura de novos horizontes no campo do saber e da profissionalização. Os cursos oferecidos, além do espanhol, são: francês, italiano, alemão e japonês.

Número de alunos atendidos: 1300/ ano (um mil e trezentos alunos por ano)


Encontros com a leitura e a escrita - 2010

Encontros com a leitura e a escrita é um curso proposto para a formação continuada de Professores-Coordenadores de Língua Portuguesa das Oficinas Pedagógicas (PCOP) e Professores de Língua Portuguesa. Compõe o conjunto das ações de Implementação do Currículo desenvolvidas por esta Coordenadoria, e tem por objetivo oferecer subsídios para o trabalho com a leitura de textos literários e a produção textual.

Número de professores atendidos: 10 (dez)

III Seminário Desafios das Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial - 2005

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo fez uma parceria com o CEERT- Centro de Estudos das Relações de Trabalho e das Desigualdades, para viabilizar a participação de professores e Professores Coordenadores da Oficina Pedagógica (PCOP) da rede, no III Seminário.

O objetivo do Seminário: apresentar e discutir metodologias de implementação de políticas públicas de promoção da igualdade racial, apontando os desafios para que se efetivem. O Seminário pretende ainda sensibilizar e formar educadores do sistema oficial de ensino sobre a questão racial, fortalecendo o tratamento da temática racial-étnica, como conteúdo permanente e regular dos currículos, auxiliando os educadores em suas práticas pedagógicas. Principais atividades: mesas e oficinas temáticas, show com Chico César e Martinália, lançamento de livros e da 3ª edição do Prêmio Educar para a Igualdade Racial – experiências de promoção da igualdade racial/étnica no ambiente escolar.

Números de Professores Participantes: 30 (trinta)

Projeto Educação Fiscal - 2006

Tem como objetivos aprimorar a consciência da população escolar acerca da necessidade de obter conhecimentos sobre a importância do espaço coletivo, de zelar pelo patrimônio público e acompanhar a gestão das contas públicas; promover a adoção de hábitos e procedimentos necessários para o cumprimento da legislação vigente, por ações estratégicas; disponibilizar conhecimentos básicos para a compreensão dos mecanismos de arrecadação dos tributos; provocar a reflexão sobre a arrecadação e a utilização do dinheiro público; demonstrar a necessidade de divulgação dos conceitos básicos da arrecadação e da aplicação do dinheiro público e das ações realizadas pela Secretaria da Receita Federal, pela Secretaria da Fazenda e pelas Secretarias de Finanças; despertar a necessidade de participação do cidadão na gestão dos recursos públicos; preparar a população escolar e a comunidade para a ação de cidadania de acompanhamento da utilização dos recursos advindos da arrecadação tributária, pela de observação, reflexão e sensibilização.

Escolas atendidas: 11 (onze)


Educação Física Escolar 2003 – 2011

A Educação Física Escolar (EFE) desenvolvida na rede pública estadual representa um trabalho pioneiro e representativo do esforço e competência profissional e de gestão, concretizado no êxito do processo de ensino e aprendizagem. Implantado em todas as séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio conta com uma organização curricular que se estabelece ao longo das séries. No Ensino Fundamental, de primeira a quarta séries, a orientação curricular está sendo construída, desde 2003, paulatinamente, em processo de formação continuada com os professores da rede, através das discussões, cursos e resultados das experiências bem sucedidas. Esse trabalho segue em consonância com a proposta elaborada para os demais níveis de escolarização. Para o Ensino Fundamental, de quinta a oitava séries, e o Ensino Médio, conta-se com a elaboração de uma nova Proposta Curricular elaborada por conceituados representantes da EFE, com base na aprendizagem pautada no desenvolvimento de competências e habilidades de ensino que possibilitam o trato com o conteúdo formal e vinculado à cultura de movimento. Nesse sentido, inova-se com a elaboração de Cadernos de Professores e Cadernos de Alunos que buscam subsidiar a implantação do currículo e a sistematização da aprendizagem. Assim sendo, disponibiliza-se nesse site a legislação específica, e a versão preliminar da proposição curricular para o ensino de primeira a quarta séries, bem como, demais orientações necessárias para subsidiar o professor para o sucesso do trabalho pedagógico.

Escolas atendidas: todas

Ensino Médio em Rede 2009 – 2010

A Secretaria da Educação de São Paulo apresenta um Programa de formação continuada para Professores Coordenadores da Oficina Pedagógica, professores coordenadores e professores de Educação Básica nível II de todas as escolas estaduais de Ensino Médio Regular, financiado pelo PROMED, voltado para o desenvolvimento curricular desta modalidade de ensino. Os professores realizam a maioria das atividades do Programa durante os seus horários de HTPC e na própria sala de aula, sob a orientação dos professores coordenadores. Os professores coordenadores desenvolverão suas atividades em seus horários de trabalho, nas Diretorias de Ensino, nas unidades escolares e nos ambientes da Rede do Saber, sob a orientação da coordenação do Programa. O material foi especialmente elaborado para os participantes e prevê diferentes modalidades de atividades para os diferentes educadores: teleconferências, videoconferências, atividades pela Internet e Intranet, atividades presenciais, oficinas de leitura e escrita e vivências educadoras.

Professores atendidos: 150 (cento e cinquenta)

Curso de férias para professores de ciências, física, química e biologia do ensino básico 2011

Unidades da USP se unem pela primeira vez no VIII Encontro IFUSP- Escola e I Encontro USP- Escola, que contou com a participação de professores do Instituto de Química, Instituto


Astronômico e Geofísico e Instituto de Física. Data de realização: de 17 a 21 de janeiro de 2011, das 8h30 às 17h30 (40 horas).

Professores atendidos: 10 (dez)

LienCh’i e Meditação 2005 – 2006

Um exercício que exige mais do que concentração, disciplina mental. Esta mesma expressão, encontrada neste exercício de meditação e tão difundida no dia a dia de educadores e alunos, resume a concretização e o sucesso dessa parceria entre o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Educação e Associação de Medicina Chinesa - AMC. A prática do LienCh’i por professores e alunos, hoje, depois de ter chegado até as casas dos nossos jovens, provou que corpo e mente produzem mais e melhor quando trabalham juntos, afinados, em sintonia.

Este projeto que começou a ser desenvolvido com professores de Educação Física na Capital e Grande São Paulo teve que se expandir, que se desdobrar para atender a outros professores e profissionais da Educação no estado. É assim que acontece com as parcerias que são feitas visando mais do que qualquer coisa, a nossa gente.

Valorizar a qualidade de vida do nosso povo, que é o nosso maior patrimônio, sempre dá bons resultados. E aqui estão alguns deles. Não apenas pelos gestos harmônicos do LienCh’i, mas também em números.

Professores atendidos: 200 (duzentos)

Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares 2006

O PROGESTÃO é um curso de formação continuada e em serviço, organizado na modalidade à distância, para gestores escolares que atuam nas redes públicas de ensino. Trata-se de proposta inovadora no campo da formação continuada de dirigentes escolares, adotada pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação - CONSED, em parceria com um grupo de Secretarias de Educação, que se consorciaram para assegurar o financiamento da produção dos materiais instrucionais do Programa visando posterior uso descentralizado.

O Programa tem como objetivo geral formar lideranças comprometidas com a construção de um projeto de gestão democrática, focada no sucesso escolar dos alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio.

Gestores Atendidos: 270 (duzentos e setenta)

Cultura é Currículo 2009 – 2011

O programa Cultura é Currículo integra o conjunto de ações definidas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para concretização da sua política educacional, visando


propiciar melhor qualidade de ensino da escola pública estadual. Três objetivos específicos norteiam o projeto: a democratização do acesso de professores e alunos da rede pública estadual a equipamentos, bens e produções culturais que constituem patrimônio cultural da sociedade, tendo em vista uma formação plural e a inserção social; o fortalecimento do ensino por meio de novas formas e possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos curriculares em articulação com produções socioculturais e fenômenos naturais, diversificando-se as situações de aprendizagens; desenvolvimento da aprendizagem por meio de interações significativas do aluno com o objeto de estudo/conhecimento de disciplinas, reforçando-se o caráter investigativo da experiência curricular.

Escolas atendidas: todas

Programa Caminho das Artes - A Arte fazendo escola

Projeto A Escola Vai Ao Teatro

No âmbito do Programa Caminho das Artes - A Arte fazendo escola, o projeto A Escola Vai ao Teatro promove o acesso de alunos e professores a produções de arte cênica como uma forma de alargar seu universo cultural, de propiciar-lhes experiências de fruição, oferecendo elementos para a dinamização e enriquecimento do ensino e da aprendizagem, na medida em que a aproximação com essa linguagem artística cria fecundas oportunidades para o desenvolvimento de estudos linguísticos e análises de caráter estético e sociocultural.

Projeto a Escola vai ao Museu

A Secretaria de Estado da Educação vem desenvolvendo uma série de ações que visam à educação integral dos estudantes e à formação continuada dos educadores, buscando, assim, a melhoria da qualidade pedagógica. Nesse contexto, a Arte desempenha um papel fundamental como elemento estabelecedor de relações mais significativas entre os conteúdos teóricos e a cultura, uma vez que possibilita o conhecimento da produção cultural e o aprimoramento da capacidade crítica, além de desenvolver a criatividade. Acreditamos que os museus são locais privilegiados para o desenvolvimento de processos perceptivos e intelectuais que possibilitam a apropriação do universo da Arte. Neles, o indivíduo, ao mesmo tempo em que se apropria de um bem cultural, depara-se com a possibilidade de desenvolver seu potencial criativo.

Projeto a Escola vai ao Cinema

O projeto A Escola Vai ao Cinema busca difundir o cinema como veículo de manifestações artísticas e instrumento importante para a identificação cultural e a consciência da cidadania. O mundo atual se caracteriza, entre outros aspectos, pelo contato com imagens, sons, cores e luzes em quantidade incomparável com outras épocas. Isso gera a necessidade de oferecer aos educandos diferentes possibilidades de saber ver, ouvir e perceber as ideias contidas


na linguagem visual e audiovisual. Portanto, o projeto em questão apresenta a linguagem cinematográfica com o objetivo de favorecer compreensões mais amplas sobre conceitos acerca do mundo e de posicionamentos críticos.

Projeto a Escola vai ao Espetáculo de Dança

A parceria entre Secretaria Estadual de Educação e Ballet Stagium teve inicio em 1999. A partir de então, então, os alunos foram beneficiados com apresentações no espaço escolar.

O projeto tem como objetivo levar a dança às escolas como atividade cultural com vistas a ampliar o universo das artes para o aluno, contribuindo para a sua formação integral.

Participam do programa educadores e alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas da Rede Estadual de Ensino.

Projeto a Escola vai à Orquestra

A parceria entre a Secretaria Estadual de Educação e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) tem como objetivo ampliar e fortalecer o desenvolvimento cultural musical de diferentes públicos – crianças, adolescentes e educadores, através do Projeto Descubra a Orquestra para formação de público pela capacitação de professores em cursos e workshops, apresentação de concertos e ensaios para alunos.

O programa Descubra a Orquestra é realizado na Sala São Paulo, um importante espaço cultural da Capital.

Concurso Saúde Bucal Escola de Tempo Integral 2008

Tendo a necessidade de proporcionar aos alunos das escolas estaduais com ensino fundamental, oportunidades que enfatizem a importância da Saúde Bucal em seus aspectos bio-psico-sociais, foi estabelecida parceria com o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo – CROSP– que subsidiou essa ação, possibilitando a exibição de vídeos educativos de natureza multidisciplinar, concessão de prêmios e distribuição de cartazes, materiais informativos e promocionais, com o apoio e colaboração de entidades empresariais. As características específicas dessa ação que não se caracterizam como uma atividade isolada de determinado componente curricular, mas em uma produção articulada que integra diferentes componentes curriculares.

Seminário Estadual de Educação 2006

Nos três dias do Seminário Estadual, cujo tema foi “Avaliação externa, projeto político-pedagógico e o processo de ensino e aprendizagem de Matemática no Ensino Médio”, foram desenvolvidas atividades com os educadores da SEE/SP, especificamente com aqueles que


ministram aulas no Ensino Médio, observando conhecimentos sobre a avaliação escolar e educacional; refletir sobre as características e objetivos dos diferentes sistemas de avaliação externa (prioritariamente, SARESP e ENEM); refletir sobre as relações existentes entre a avaliação externa e interna; discutir, identificar e propor ações que articulem metodologias de ensino e projetos educacionais, levando em consideração os dados levantados quanto ao desempenho dos educandos nas últimas avaliações.

Professores atendidos: 10 (dez)

Teia do Saber - Universidades 2003 – 2006

Consiste na contratação de Instituições de Ensino Superior, Públicas ou Privadas, pelas próprias Diretorias de Ensino, para ministrarem cursos destinados a professores das escolas estaduais de Ensino Fundamental e Médio. Por meio desta ação, os professores da Rede Pública Estadual retornam ao ambiente universitário, interligando-se aos novos conhecimentos e às novas técnicas de ensino, e capacitados por mestres e doutores renomados.

Tem por finalidades: aliar o trabalho de fundamentação teórica com as vivências efetivas dos educadores que atuam nas escolas públicas estaduais; manter os professores atualizados sobre novas metodologias de ensino voltadas para práticas inovadoras; tornar os professores aptos a utilizar novas tecnologias a serviço do ensino, a organizar situações de aprendizagem e a enfrentar as inúmeras contradições vividas nas salas de aula.

Professores atendidos: 900 (novecentos)

Sistema de Proteção Escolar 2009 – 2011

O Sistema de Proteção Escolar é o conjunto de ações coordenadas pela Secretaria de Educação que visam promover um ambiente escolar saudável e seguro, propício à socialização dos alunos, por meio da prevenção de conflitos, da valorização do papel pedagógico da equipe escolar e do estímulo à participação dos alunos e sua integração à escola e à comunidade. As ações que integram o Sistema de Proteção Escolar reafirmam a escola como um espaço privilegiado para a construção da cidadania participativa e o pleno desenvolvimento humano. Foram contratados professores mediadores para administrar fatores de vulnerabilidade e risco, contribuindo com o desenvolvimento global dos educandos.

Publicações:

- Normas gerais de Conduta Escolar;

- Manual de Proteção Escolar e Promoção da Cidadania

Professores mediadores contratados: 53 (cinquenta e três)


Formação de professores em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) 1998– 2011

Desde 1998, intensificou-se a formação de professores e gestores em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O processo teve início com oficinas voltadas ao uso de fundamentos básicos de informática. Em parceria com a Intell, que desde 2004 oferece cursos de informática para os PCOPs de Tecnologia que, por sua vez, formam um professor por escola em informática básica e avançada, e transmite esses conhecimentos a todos os professores de sua unidade escolar.

Professores atendidos (multiplicadores): 86 (oitenta e seis)

Rede do Saber 2001 – 2011

Conjunto articulado de dispositivos técnicos e metodologias que resulta em um sistema de comunicação e de trabalho interativo e de largo alcance. Apoia-se fortemente em recursos de videoconferência, vídeo streaming, ambientes de colaboração virtual pela internet, ferramentas administrativas integradas de gestão em Educação com suporte de TIC.

A Rede do Saber da Diretoria de Ensino – Região de Guarulhos Sul localiza-se na EE Homero Rubens de Sá e conta com um ambiente de videoconferência, laboratório de informática e espaço multimídia para estudo.

A Rede aprende com a Rede 2008 – 2009

Objetivando à formação continuada de seu corpo de colaboradores, a Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP) e a Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores promoveram o curso A Rede Aprende com a Rede.

Com destaque para a formação do professor e para a prática da mediação apresentou-se três cursos: A Rede Aprende com a Rede – PEB II, para professores; A Rede Aprende com a Rede – Mediação, para PCOPs de currículo; A Rede Aprende com a Rede – Educação a Distância: para PCOPs de Tecnologia.

Os PCOPs de Tecnologia auxiliaram os PCOPs de currículo no uso das novas tecnologias de educação à distância, apoiados por especialista da área. Os PCOPs de currículo, por sua vez, têm aprimoradas a discussão e a prática de metodologia específica em educação à distância


com foco na prática da mediação, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade do curso dos professores. Estes últimos têm a oportunidade de tornar os conceitos estruturantes do currículo mais próximos de sua realidade em sala de aula e discutir a aplicação de metodologias e materiais de apoio.

Professores atendidos: 300 (trezentos)

Recuperação Paralela 2009 – 2011

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo iniciou o ano letivo de 2009 com uma nova recuperação paralela para todos os alunos do Ciclo II do Ensino Fundamental (5a a 8a séries) e para os estudantes dos três anos do Ensino Médio, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. As aulas de recuperação acontecem no contra turno para os alunos que estudam no período diurno. Já os estudantes de curso noturno farão a recuperação aos sábados.

O reforço não tem data para terminar, dependerá da evolução de cada aluno. Assim que o aluno superar as dificuldades apontadas na avaliação, ele será liberado das aulas de reforço.

PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência 1993 – 2011

PROERD – O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, é desenvolvido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo e visa prevenir o uso de drogas nas escolas entre as crianças do ensino fundamental.

Desenvolvido no ambiente escolar, o PROERD envolve crianças na faixa etária dos 6 aos 12 anos do Ensino Fundamental, concentrado nas séries iniciais, 4ª e 6ª série do regime de 8 anos e 5º e 7º - regime 9 anos. Os instrutores são policiais militares especialmente treinados, e em encontros semanais de uma hora de duração na sala de aula desenvolvem o programa, utilizando cartilha especialmente criada para essa finalidade, que além de estimular as crianças para resistirem às pressões ao uso de drogas, estreita o relacionamento polícia-cidadão.

Apoio ao saber 2008 – 2009

Incentivar a leitura, formar público leitor e oferecer acesso a livros é o tripé deste projeto que se destina a cada aluno de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio da rede pública estadual de ensino.Todos os estudantes receberam três livros de escritores clássicos. Os livros são dos alunos,


que poderão levá-los para casa. Cada aluno recebeu três títulos diferentes, de acordo com sua série. Cada série tem seu kit composto por livros adequados à faixa etária. Todos os livros foram entregues nas escolas, que os repassados aos estudantes.

Telecurso TEC 2008 - 2010

Parceria entre o Governo do Estado de São Paulo – por meio do Centro Paula Souza – e a Fundação Roberto Marinho, o Telecurso TEC visou expandir a oferta de ensino profissionalizante no Estado de São Paulo.

Foram ministrados três cursos no campo de Gestão: Administração Empresarial, Secretariado e Assessoria e Gestão de Pequenas Empresas. Cada um deles com carga horária de 800 horas, divididas em três módulos com 16 semanas de duração.

Programa Pfizer de Educação Ambiental 2001 – 2011

Tem como objetivo conscientizar educadores e estudantes sobre a importância de adotar atitudes que preservem o meio ambiente.

Os cuidados com a Natureza é assunto cada vez mais recorrente. Mudar a forma como o Homem lida com os ecossistemas e educar os mais jovens são atitudes fundamentais para que as gerações futuras possam ter uma vida saudável. A cada ano, um tema diferente relacionado ao meio ambiente é trabalhado em nossas escolas estaduais. Os professores passam por uma capacitação quanto ao tema e depois iniciam o trabalho com os alunos, desenvolvendo em sala de aula os conceitos que aprenderam. Cada classe trabalha livremente o tema durante o ano e elabora trabalhos artísticos que vão desde esculturas e cartazes até apresentações de teatro, dança ou leitura de textos.

Ao final do ano, os melhores projetos de cada escola são selecionados e se apresentam em evento de encerramento.

Escolas atendidas: 05/ ano (cinco por ano)

Projeto Vale Sonhar 2008 – 2011

O Instituto Kaplan em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e o apoio dos Laboratórios Pfizer, da Fundação Bradesco, da Fundação Itaú Social e do Laboratório Bayer Schering levaram a metodologia de trabalho em educação sexual, o projeto Vale Sonhar para os professores de ensino médio das escolas públicas estaduais, com o objetivo de contribuir


para diminuição da ocorrência de gravidez identificada nas alunas da faixa presente nessa modalidade de ensino.

O Vale Sonhar foi implementado como política pública da Secretaria de Educação, na disciplina de Biologia, na 1ª série do ensino médio em todas as escolas do Estado de São Paulo, como metodologia para trabalhar o tema “Gravidez na adolescência” previsto no currículo.

13. Considerações Finais

1. Procedimentos necessários a serem assumidos e realizados para a concretização do Plano Municipal de Educação de Guarulhos, ou seja, compromisso político-pedagógico de todos os agentes envolvidos neste processo, sendo:

2. Cada instituição de ensino, associação, movimento social e outros agentes envolvidos, todos deverão cumprir seu papel durante todo o processo de implementação do Plano Municipal de Educação de Guarulhos (2012/2022);

3. Devem ser adotados critérios de avaliação, processual e permanente em relação às ações/projetos/programas, mecanismos destinados ao alcance das metas, com participação coletiva de todos os agentes sociais neles envolvidos e a divulgação dos resultados para a sociedade guarulhense;

4. Dependendo da natureza da meta, estabelecer prazos para a aferição dos resultados e, caso não estejam a contento, prever mudanças de estratégias e de prazos respectivamente.


Referências e Bibliografia

ALVES, Rubem. Os quatro pilares: aprender a aprender 1. São Paulo, SP: Paulus, 2008. (DVD-Vídeo).

ARROYO, Miguel G. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

BATISTA, Cristina A. M.; MANTOAN, Maria T. Eglér. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. 3. ed. Brasília: MEC/ SEESP, 2007.

BAKHTIN, M. (V.N. Volochinov) (1929). Marxismo e Filosofia da Linguagem. 6º ed. São Paulo: Hucitec, 1992.

BORDIGNON, Genuíno. Gestão da Educação no Município: Sistema, Conselho e Plano. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009. – (Educação Cidadã; 3).

BRASIL. Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, RJ, 16 jul. 1934.

_________________________. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília-Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.

_________________________Política Nacional de Educação Ambiental. Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm

_________________________. MEC. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 10. ed. São Paulo: Scipione, 2001.

CALVINO, I. Seis Propostas para o Próximo Milênio. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

CAMPOS, Daniel Carlos de. Inundações: problemas ou fenômenos naturais? A ocupação das várzeas dos principais rios do Alto Tietê e a reprodução deste modelo urbano na Bacia do Rio Baquirivu Guaçu, Guarulhos, SP. Dissertação (mestrado). UnG, 2011.

CARNEIRO, Maria Sylvia Cardoso. A integração de alunos considerados especiais nas redes públicas de ensino: um olhar vygotskiano. In: Ponto de Vista: revista de Educação e Processos Inclusivos, v.1, n. 1, p. 36-41, Florianópolis: jul/dez. 1999.


CORTELLA, Mário Sérgio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 6. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2002.

CRECHE FIOCRUZ. Contando Histórias, Tecendo Redes, Construindo Saberes. Projeto Político-Pedagógico da creche Fiocruz. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004.

DUARTE JUNIOR, João Francisco. Por que arte-educação? 14. ed. Campinas, SP: Papirus, 2003.

DUFRENNE, Mikel. Estética e Filosofia. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

FERNANDES, Maria; RAGGIOTTI, Naiara. Ortografia sem segredo. V. 8. São Paulo: Editora Prumo Ltda., 2009.

FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação. 3. ed. São Paulo: Moraes, 1980.

_________________________. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GEIGER, Paulo; SILVA, Renata de Cássia M. da. A nova ortografia sem mistério: do ensino fundamental ao uso profissional. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009.

GÓES, Maria Cecília Rafael. Relações entre Desenvolvimento Humano, Deficiência e Educação: contribuições da abordagem histórico cultural. In: Psicologia, Educação.

HARGREAVES, Andy. O Ensino na sociedade do conhecimento: a educação na era da insegurança. Porto Alegre, RS: Artmed, 2004.

LA TAILLE, Yves de.; OLIVEIRA, Martha Kohl.; DANTAS, Heloysa. Teorias psicogenéticas em discussão. 15. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1992.

LEAL, T. F.; ALBUQUERQUE, E. B. C.; RIOS, T. Jogos: alternativas didáticas para brincar alfabetizando (ou alfabetizar brincando?). In: MORAIS, A. G.; ALBUQUERQUE, E. B. C.; LEAL, T. F. Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

LEONTIEV, A. N. Os princípios do desenvolvimento mental e o problema do atraso mental. In: Luria, A. R., Leontiev, A. N.; Vygotski, L. S. et al. Psicologia e pedagogia I: bases psicológicas


da aprendizagem e do desenvolvimento. 2 ed. Lisboa: Editorial Estampa, 1991.

LIMA. Elvira Souza. Como a criança pequena se desenvolve. São Paulo: Sobradinho 107, 2001a. (Grupo de Estudos do Desenvolvimento Humano - GEDH).

_________________________. Ciclos de formação: uma organização do tempo escolar. São Paulo: Sobradinho107, 2001b. (Grupo de Estudos do Desenvolvimento Humano - GEDH).

_________________________. Desenvolvimento e aprendizagem na escola: aspectos culturais, neurológicos e psicológicos. São Paulo: Sobradinho 107, 2002. Coleção Fundamentos para Educação).

_________________________. A criança pequena e suas linguagens. São Paulo: Sobradinho 107, 2003a. (Grupo de Estudos do Desenvolvimento Humano - GEDH).

_________________________. Quando a criança não aprende a Ler e a Escrever. São Paulo: Sobradinho 107, 2003b. (Coleção Cotidiano na Sala de Aula).

_________________________. Diversidade na sala de aula. São Paulo: Sobradinho 107, 2005a. (Coleção Cotidiano na Sala de Aula).

_________________________. Diversidade eaprendizagem. SãoPaulo: Sobradinho 107, 2005b. (Coleção Fundamentos para a Educação).

_________________________. Avaliação na escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2005c.

LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

LOPES, Vera Neusa. Inclusão étnico-racial: cumprindo a lei, práticas contemplam afro-brasileiros. Revista do Professor, Porto Alegre, nº 19, p. 25-30, jul/set, 2003.

MACEDO, Lino e outros. Aprender com Jogos. Porto Alegre: Artemed, 2000.

MONLEVADE, João. Plano Municipal de Educação: roteiro para elaboração do Plano Municipal de Educação. Disponível em: http://www.undime.org.br/htdocs/index.php?acao=princ&id=2&id_prin=68

MOREIRA, Antonio F. B.; MACEDO, Elisabeth F. Apresentação. In: MOREIRA, Antonio F. B.; MACEDO, Elisabeth F. (Org.). Currículo, práticas pedagógicas e identidades. Porto: Porto Editora, 2002.


MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 6. ed. São Paulo: Cortez; Brasília/DF: UNESCO, 2001.

OLIVEIRA, Martha Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.

PLATÃO. A República. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1987.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Proposta Político-Pedagógica da Rede Municipal de Educação de Guarulhos. Guarulhos, [entre 2001 e 2009]. (Trabalho não publicado).

_________________________. Formação de educadores: reuniões pedagógicas (2002-2005). Guarulhos, SP, abr. 2007. (Revista).

_________________________. Circulação. n. 08, p 1-2, mai., 2002.

_________________________. Circulação. n. 17, p 1-12, jul., 2002.

_________________________. Caderno do Educador: Educação de Jovens e Adultos. Guarulhos, Guarulhos, 2004.

_________________________. Circulação. n. 02, p. 1-26, jan., 2006.

_________________________. Circulação. n. 03, p. 1-6, fev., 2006.

_________________________. Circulação. n. 13, p.1-6, mai., 2006.

_________________________. Circulação Especial. p 1-16, jan., 2008a.

________________________Plano Diretor de Drenagem de Guarulhos: Diretrizes orientações e Propostas. Guarulhos: Prefeitura Municipal de Guarulhos, 2008b.

_________________________. Planejamento escolar 2009. Guarulhos, fev., 2009.

_________________________. Proposta curricular: Quadro de Saberes Necessários. 2009.

_________________________. Plano de Carreira. Lei 6058/2005, atualizada pela Lei 6711/2010.


ROCHA, Lauro Cornélio da. A questão étnico-racial e a formação permanente dos (as) educadores (as). São Carlos, 2000. (Trabalho não publicado).

SANCHS, Ignacy. O Desenvolvimento Sustentável: do conceito à ação. De Estocomo a Johannesburgo. In: Dowbor, Ladislau e Tagnin, Renato (org). Administrando a água como se fosse importante: gestão ambiental e sustentabilidade. São Paulo: SENAC, 2005.

SANT’ANNA, Sita Maria Lopes. O Programa de Ensino Fundamental de Jovens e Adultos Trabalhadores – PEFJAT/UFRGS e as múltiplas linguagens. (pp. 19- 30). In. MOLL, Jaqueline (Org.). Educação de Jovens e Adultos. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.

SANTOS, Carlos José Ferreira dos. Identidade Urbana e Globalização: a formação dos múltiplos territórios em Guarulhos/SP. São Paulo: Annablume, 2006.

SOARES, Carmem Lucia et al. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

SUPLICY, Marta. Guia de orientação sexual: diretrizes e metodologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1991.

TISI, Laura. Educação física e alfabetização. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.

TUFANO, Douglas. Guia Prático da Nova Ortografia. São Paulo: Editora Melhoramentos Ltda., 2008.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Currículo: a atividade humana como princípio educativo. São Paulo: Libertad, 2009.

WEICK, Andréia. et. al. Tendências recentes de expansão Metropolitana e Intra-municipal: o papel da migração no caso do Município de Guarulhos – SP. In: ENCONTRO NACIONAL DA ABEP, 13., 2002, Ouro Preto, Anais... – Ouro Preto, MG, 2002.

Documentos anexos

Vasconcelos, Celso S. Fundamentos Político-Pedagógico da Educação em Guarulhos, in Plano Municipal de Educação, agosto, 2011.

DOCUMENTO BASE DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Elaborado pela Comissão Executiva da Conferência Municipal de Educação

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GUARULHOS

MESA DIRETORA

Presidente - José Joaquim Batista Neto

Vice-Presidente - Flordenice Tavares de Longui Silva

Secretaria Geral - Maria de Deus Estevinho Lopes Giannattasio

Tesouraria - Ricardo da Silva

Presidente da Câmara de Planejamento, Financiamento e Gestão - Soraya Vasconcelos Alves de Brito

Presidente da Câmara de Ensino Superior e Tecnológico - Ozani Martiniano de Souza

Presidente da Câmara de Educação Básica - Maria de Deus Estevinho Lopes Giannattasio

Documents

Apresentação - guarulhos.sp.gov.br · Plano Municipal de Educação 2012 – 2022. Esse trabalho desenvolvido pela Comissão Executiva da Conferência Municipal de Educação apresenta