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Rio de Janeiro, 18 de Março de 2014 Carlos Augusto Grabois Gadelha Secretário SCTIE/MS Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos-SCTIE/MS A pesquisa clínica de medicamentos no país sob a perspectiva do complexo econômico-industrial da saúde

Apresentação Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) - MS

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  • Rio de Janeiro, 18 de Maro de 2014

    Carlos Augusto Grabois Gadelha Secretrio SCTIE/MS

    Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos-SCTIE/MS

    A pesquisa clnica de medicamentos no pas sob a perspectiva do complexo econmico-industrial da

    sade

  • Perspectiva social: sade como cidadania

    O SUS no contexto da retomada do papel do Estado na garantia dos direitos universais

    Perspectiva ampla e intersetorial da sade

    Necessidade de convergncia de um conjunto amplo de polticas

    Perspectiva desenvolvimentista

    Sade como uma rea estratgica da sociedade de conhecimento

    Bloqueios estruturais advindos da 3 Revoluo tecnolgica e da globalizao

    Forte interdependncia entre os objetivos de cidadania (universalidade) e a base econmica e de inovao

    Sade e Desenvolvimento Nacional

  • Demanda nacional em sade: 9% (IBGE)

    10% dos trabalhadores qualificados do pas;

    12 milhes de trabalhadores diretos e indiretos;

    35% do esforo nacional de P&D (rea de maior crescimento do esforo de inovao do mundo);

    Plataforma das tecnologias crticas para o futuro: biotecnologia, qumica fina, equipamentos mdicos, telemedicina, nanotecnologia, novos materiais, etc.

    Sustentabilidade do SUS : a demanda da sade direciona a base de CT&I

    3

    Sade e Desenvolvimento Nacional

  • 4

    Gerao de Conhecimentos

    Instituies Cientficas e Tecnolgicas

    Complexo da Sade Indstria Farmacutica

    Biolgicos e Vacinas

    Equipamentos Mdicos e materiais

    Reagentes para Diagnstico

    Hemoderivados

    Inovao, Difuso e Incorporao Tecnolgica

    Acesso Universal: Desenvolvimento Econmico e Social

    Prestao de Servios em Sade

    SCTIE/MS: DIMENSO INTEGRADA DA INTERVENO

  • Fonte: IMS Health.

    Consumo em Sade: Mercado Global

  • Evoluo da Balana Comercial da Sade (valores em US$ bilhes - IPC/ EUA)

    Fonte: GIS/ENSP/FIOCRUZ, Rede Alice/MDIC. Acesso em janeiro/2014.

    Dficit na Balana Comercial da Sade

    Dficit no patamar de

    US$ 11,6 bilhes

  • Poder de Compra do

    Estado

    Regulao Sanitria e Econmica

    Poltica Comercial

    Suporte Tecnolgico

    Financiamento inovao

    Poltica de Pesquisa em

    Sade Incentivos

    Fiscais

    Propriedade Intelectual

    Acesso, Produo e

    Inovao em Sade

    Sade: Articulao Intersetorial

    7

  • Ministrio da

    Sade Instituies

    Pblicas

    Empresas Privadas

    Principais impactos:

    1. Reduo da vulnerabilidade do SUS

    2. Economia de recursos pblicos

    com acesso universal

    3. Parcerias das Instituies Pblicas

    com empresas inovadoras

    4. Novos modelos de gesto:

    contratualizao

    5. Marco legal seguro para as

    parcerias pblico-privadas de

    desenvolvimento e transferncia de

    tecnologia

    Modelo das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo

    ICTs

    Parques

    Tecnolgicos

    Parcerias

    Tecnolgicas

    Encomendas Tecnolgicas

    para o SUS

    Processos

    Rotineiros de

    Compras

  • 104 parcerias formalizadas

    97 produtos acabados, sendo 66 medicamentos , 7 vacinas, 19 produtos para sade e 5 P&D

    79 parceiros envolvidos, sendo 19 laboratrios pblicos e 60 privados

    USO TOTAL DO PODER DE COMPRA DA SADE:

    R$ 8,9 bilhes/ano em compras pblicas

    R$ 4,1 bilhes/ano a economia mdia estimada

    Economia de Divisas ao final dos Projetos: US$ 3,9 bilhes

    PDPs CONSOLIDADO 2013

  • PRODUTOS PDPS

    J registrados ANVISA J adquiridos via PDP MS

    DIU

    Aparelho Auditivo

    Clozapina

    Donepezila

    Leflunomida

    Mesilato de imatinibe

    Olanzapina

    Pramipexol

    Quetiapina

    Riluzol

    Rivastigmina

    Tacrolimo

    Tenofovir

    Toxina Botulnica

    7 Vacinas

    Clozapina

    DIU

    Mesilato de imatinibe

    Olanzapina

    Quetiapina

    Rivastigmina

    Tacrolimo

    Tenofovir

    7 Vacinas (incluindo HPV)

    21 Produtos

    15 Produtos

  • Pesquisa em sade

  • Ranking dos pases que mais evoluram na produtividade de pesquisa em sade considerando os quinqunios 2004 2008 e 2009 - 2013

    Pas N de Publicaes

    2004-2008 2009-2013 % Evoluo

    1 China 73.355 199.131 171,5

    2 ndia 33.337 62.375 87,1

    3 Coria do Sul 42.333 77.403 82,8

    4 Brasil 39.091 68.180 74,4

    5 frica do Sul 7.747 12.576 62,3

    6 Taiwan 26.676 39.810 49,2

    7 Austrlia 62.739 92.457 47,4

    8 Espanha 57.190 82.322 43,9

    9 Noruega 14.502 20.799 43,4

    10 Holanda 62.514 86.855 38,9

    11 Mxico 10.135 13.700 35,2

    12 Blgica 29.698 39.823 34,1

    13 Canad 96.271 124.244 29,1

    14 EUA 723.485 845.148 16,8

    15 Frana 104.025 121.398 16,7

    16 Rssia 18.368 20.565 12,0

    17 Japo 154.116 160.485 4,1

    O Brasil ocupa lugar

    de destaque no

    percentual de

    aumento no n de

    publicaes no

    perodo 2009-2013

    em relao ao

    perodo 2004-2008.

    Fonte: ISI Web of Knowledge

  • Evoluo da produtividade da pesquisa em Sade nos BRICS (Brasil, Rssia, ndia, China e frica do Sul) considerando dois quinqunios: 2004-2008 e 2009-2013

    0

    50000

    100000

    150000

    200000

    ChinaBrasil

    IndiaRssia

    frica do Sul

    73.355

    39.091

    33.337

    18.368

    7.747

    199.131

    68.180

    62.375

    20.565

    12.576

    N

    de

    Pu

    blic

    a

    es 2004-2008

    2009-2013

    Fonte: ISI Web of Knowledge

    Dentre os pases que compe o BRICS, o Brasil foi o 2 em nmeros

    absolutos de publicao na rea da sade no quinqunio 2009-2013.

    Fonte: ISI Web of Knowledge

  • Comparativo da produo cientfica de doutores em peridicos especializados de

    circulao internacional segundo as Grandes reas do Conhecimento no perodo

    de 2007 a 2010

    Fonte: Adaptado do stio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico

    (CNPq) Disponvel em

    Cincias Agrrias 12%

    Cincias da Sade e Biolgicas

    52%

    Cincias Exatas e da Terra 19%

    Cincias Humanas 3%

    Cincias Sociais Aplicadas

    2%

    Engenharias 12%

    Lingustica, Letras e Artes

    0%

  • Panorama da pesquisa clnica na Amrica do Sul nos ltimos 10 anos

    BRASIL

    3.713

    Fonte: www.clinicaltrials.gov

  • Demonstrativo da evoluo do nmero de ensaios clnicos em oncologia, por ano no Brasil (2004-2013)

    Fonte: www.clinicaltrials.gov

  • 05

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    D. Chagas Dengue Febre amarela Hansenase Leishmaniose Total

    42,6

    10,9 12,1

    19,5

    23,6

    33,3

    %

    Percentual das publicaes brasileiras em relao produo cientfica

    mundial para algumas doenas negligenciadas, 2001 2014

    Fonte: ISI Web of Knowledge

  • Redes Nacionais de Pesquisa em Sade institudas por meio de Portarias pelo Ministrio da Sade

    Rede Nacional de Pesquisa em Doenas Cardiovasculares

    Rede Nacional de Pesquisas em Doenas Negligenciadas

    Rede Nacional de Pesquisa Clnica em Cncer

    Rede Nacional de Pesquisa sobre Polticas de Sade

    Rede Nacional de Terapia Celular

    Rede Nacional de Pesquisas em Acidente Vascular Cerebral

    06 Redes Nacionais de Pesquisa em Sade foram institudas por meio de 06 Portarias GM/MS

    em 2014, com base na Portaria me n 137 de 24 de janeiro de 2014.

    02 Redes Nacionais de Pesquisa em Sade foram institudas por meio de 02 Portarias GM/MS

    em 2011 (n 794 Pesquisa Clnica) e (n 2915- REBRATS).

    Rede Brasileira de Avaliao de Tecnologias em Sade

    Rede Nacional de Pesquisa Clnica

  • Rede Nacional de Pesquisa Clnica RNPC

    e

    Rede Nacional de Terapia Celular RNTC:

    todas as regies do Pas

    REDES NACIONAIS: A BASE DAS PDPs A LONGO PRAZO

  • REDE NACIONAL DE PESQUISA CLNICA - RNPC

    Contribuir para ajustar o papel da pesquisa clnica sua rota estratgica de desenvolvimento cientfico, acompanhando avanos tecnolgicos obtidos especialmente no mbito do complexo produtivo da sade

    Objetivo

    Total: R$ 118.450,00

    Decit/SCTIE: R$ 75.920.000,00

    MCTI: R$ 42.500.000,00

    Investimento

    Cncer

    Doenas cardiovasculares

    2 Sub-redes 32 Hospitais de Ensino

  • Objetivo: Promover e disseminar a avaliao de tecnologias (ATS) no Brasil, estabelecendo qualidade e excelncia na conexo entre pesquisa, poltica e gesto direcionada ao acesso e qualidade na ateno da sade.

    Atuao:

    Priorizao de temas relevantes para o SUS; Elaborao e padronizao de mtodos e ATS; Produo de estudos em ATS; Capacitao de profissionais; Disseminao e Informao dos estudos.

    Parceiros: MCTI e OPAS

    Instituies Participantes: A rede conta com 68 membros, composta por instituies gestoras, Instituies de ensino e pesquisa e Ncleos de Avaliao de Tecnologias em Sade

    Total investido: R$ 24,8 milhes

    Coordenao: A REBRATS coordenada pelo DECIT/SCTIE

    Rede Brasileira de Avaliao de Tecnologias em Sade - REBRATS

    Produtos: Foram produzidos pela REBRATS aproximadamente 270 estudos, entre pareceres tcnico cientficos, revises sistemticas, estudos econmicos e outros estudos em ATS.

    Perspectivas: Para 2014, esto previstos mais 108 novos produtos.

  • REDE NACIONAL DE TERAPIA CELULAR

    Apoio a projetos de pesquisa bsica, pr-clnica e clnica, relacionados ao desenvolvimento de procedimentos teraputicos inovadores em terapia celular, visando produo de conhecimentos e desenvolvimento de tecnologias sobre terapias celulares para utilizao e incorporao nos servios de ateno sade.

    Objetivo

    Recursos

    Valor Decit: R$ 31,5 milhes

    Valor de parceiros (Fundo Setorial de Sade e BNDES): R$ 70 milhes

    Total Investido: R$ 101,5 milhes

    Participantes

    Instituies que compe os CTCs

    Instituito Nacional de Cardiologia, Hosp. So Rafael, Hemocentro Ribeiro Preto,

    PUC/PR, NUCEL/USP, CGEH/USP, HCPOA, LANCE/UFRJ

    8 Centros de Tecnologia Celular (CTCs) 64 grupos de pesquisa Projetos financiados: 145 Coordenao: Stevens K. Rehen (UFRJ)

  • REDE NACIONAL DE PESQUISAS EM DOENAS NEGLIGENCIADAS

    Apoiar atividades de pesquisa cientfica, tecnolgica e de inovao em doenas negligenciadas, por meio do financiamento de projetos que contribuam de modo efetivo para o controle destas doenas no Brasil.

    Objetivo

    Investimento

    R$ 18 milhes (76 projetos aprovados)

    Doenas Prioritrias

    Doena de Chagas, malria, hansenase, leishmaniose, dengue, tuberculose, helmintases e tracoma

    Instituies Participantes

    Fiocruz; IOC, IPEC, ISC/BA, ILSL/SP, FMT/AM, FUAM, FVS/AM, SES/SP, FURG, UEA, UFAL, UFBA, UFC, UFES, UFF, UFGD, UFMG, UFMS, UFMT, UFOP, UFPE, UFPEL, UFRJ, UFRN, UFSC, Unesp, Unicamp, Unifal, UPE, USP.

  • Rede Nacional de Pesquisa em Acidente Vascular Cerebral

    Objetivo

    Coordenador

    Octvio Pontes Neto USP/RP

    N de Instituies

    30 (Hospitais e Institutos de Pesquisa)

    Financiamento

    Total: R$ 10 milhes

    Parceiro: MCTI

    Propor, implementar e acompanhar pesquisas colaborativas entre as instituies de ensino e pesquisa em

    acidentes vasculares cerebrais (AVC); capacitar tcnica e

    cientificamente no mbito acadmico e dos servios de

    sade; e produzir, sistematizar e difundir conhecimentos

    voltados melhoria da qualidade da preveno, tratamento e

    promoo da sade com foco no AVC.

  • Investimento Financeiro em

    Pesquisa em Sade SCTIE/MS

  • Demonstrativo do investimento financeiro e do nmero de projetos contratados pelo Decit/SCTIE/MS no perodo de 2002 2013

    Fonte: Coordenao Geral de Planejamento / Secretaria de Cincia,

    Tecnologia e Insumos Estratgicos / Ministrio da Sade

    Fonte: Pesquisa Sade/Decit/SCTIE

    15 14

    65 67 74 77

    80 82

    72 77

    106

    121

    Ano

    R$ milhes)

  • Evoluo do Fomento da SCTIE* (2011 a DEZ/2013)

    * Valor SCT IE e Parceiros

    Ano

    Editais Nacionais Editais Estaduais

    (PPSUS**) Contratao

    Direta*** TOTAL (milhes)

    N de editais

    Recurso (milhes)

    N de editais

    Recurso (milhes)

    N de projetos

    Recurso (milhes)

    2011 1 14,5 0 0 12 20,95 35,45

    2012 4 31,2 10 49,3 9 24,68 105,18

    2013 11 114,2 26 75,3 10 59,2 248,70

    TOTAL 16 159,9 36 124,6 31 104,8 389,30

    ** Considerou-se o ano de empenho dos recursos

    *** Incluindo suplementao de projetos

  • Oferecer tratamentos efetivos e seguros para a populao

    Fomentar a racionalidade do sistema, viabilizando a incorporao, a universalidade, a integralidade e a equidade

    Triplica o nmero de medicamentos e tecnologias incorporados anualmente no SUS (de 15/ano para 45/ano)

    Aumento na eficincia e reduo dos custos unitrios dos tratamentos

    Prazo para avaliao: 180 dias, prorrogveis por mais 90 dias

    O SUS como um Direito: Lei n 12.401/2011 (CONITEC)

  • ASSISTNCIA FARMACUTICA - MINISTRIO DA SADE (2003-2013)

    Evoluo do Acesso a Medicamentos e Imunobiolgicos: crescente contribuio da produo nacional

  • SISTEMA CEP-CONEP: Principais avanos para uma pesquisa

    comprometida com a sade

    Fortalecimento do Sistema CEP/CONEP

    Impessoalidade, eficincia, transparncia e

    proporcionalidade como princpios do Sistema

    Sistema norteado pela

    noo de proporcionalidade do

    risco

    Acreditao do Sistema CEP/CONEP

    delegao de competncias CONEP CEP

    Fim da proibio da remunerao a

    participantes de pesquisas clnicas de

    Fase I e de Bioequivalncia

    Reduo no escopo das reas temticas

    especiais

    Priorizao de

    pesquisas estratgicas para

    SUS

    Pesquisas das reas de Cincias Sociais

    e Humanas

    Oficializao da

    Plataforma Brasil

  • Sade e CT&I: Inovao para o acesso

    Desenvolvimento Econmico e Social

    Sistema Universal de

    Sade

    Sistema Nacional de

    CT&I