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Apresentação1

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Apresentação

Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZOTecnologia em Construção Naval

Elementos Estruturais de Navios

Sâmara Pinto Souza, 1011367282

Disciplina: Construção Naval 1

Prof.: Júlio Cesar

Rio de Janeiro2011

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1. Introdução

Este trabalho tem como objetivo, abordar as principais estruturas de embarcações, apresentando-se a nomenclatura dos principais sistemas que compõe a parte estrutural de um navio e alguns fundamentos relacionados. Contudo, procuramos realizar um trabalho de fácil entendimento, que tem como foco a apresentação da estrutura principal do casco, além do chapeamento e divisões de uma embarcação e seus sistemas. Não abrangendo equipamentos e maquinaria presentes na embarcação considerando-se este um tema para outro trabalho.

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2. O que é uma embarcação?

Embarcação é uma construção feita de madeira, concreto, ferro, aço ou da combinação desses e outros materiais, que flutua e é destinada a transportar pela água pessoas ou coisas.

Barco tipo Traineira FragataCanoaNavio

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Cruzeiro Cargueiro Petroleiro Rebocador

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2. Casco

O casco (hull) é o corpo do navio sem mastreação (conjunto de mastros), ou aparelhos acessórios, ou qualquer outro arranjo. A forma do casco influencia as qualidades náuticas da embarcação, como resistência mínima a propulsão, mobilidade e estabilidade.

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Casco simétrico (mais usual) Casco assimétrico

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A superestrutura (superstructure) é a construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou ao de um bordo a outro e cuja cobertura,

é, geralmente, outro convés.

O tombadilho (poop) é a superestrutura na parte extrema da

popa, também acompanhado de uma elevação da borda.

O castelo (castle) é a superestrutura na parte extrema da proa,

acompanhada de elevação da borda.

A parte da esquerda recebe o nome de bombordo (port), BB. Isso

supondo que o observador esteja olhando para a proa.

A parte da direita recebe o nome de boreste ou estibordo (starboard),

BE.

Os bordos (boards) são as duas partes em que o casco é dividido pelo plano diametral, ou seja, são

os dois lados da embarcação.

A popa (stern) é parte de trás da embarcação. Tem forma adequada para facilitar a passagem da água

que irá preencher o vazio produzido pela embarcação em seu

movimento, a fim de tornar mais eficiente a ação do leme e do hélice.

A proa (bow) é a parte da frente da embarcação no sentido de sua marcha normal. Tem formato

adequado para fender, atravessar, o mar.

2. Casco

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Convés

Castelo

Tombadilho PopaProa

Superestrutura

Bombordo Boreste

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2. Casco: Carena e Costado

Obras vivas (quick works) é a parte do casco abaixo da linha flutuação em plena carga, isto é, a parte que fica total ou quase imersa. O invólucro do casco nessa parte se chama carena (bottom). Obras mortas (upper works) é a parte do casco que fica acima da linha de flutuação em plena carga, a parte emersa. O invólucro do casco nessa parte se chama costado (side) .

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Carena

Costado

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3. Arranjo Estrutural

A estrutura de uma embarcação pode ser comparada a uma viga, projetada para resistir ao momento fletor longitudinal e ao esforço primário da embarcação.

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A principal tarefa dos projetistas é combinar os requisitos de resistência longitudinal e de estanqueidade em uma única viga, buscando-se o mínimo peso estrutural.

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3. Arranjo Estrutural

O projetista deve escolher a orientação (longitudinal ou transversal, ou seja, vertical ou horizontal) de cada tipo de reforço em cada região da estrutura. Essa escolha se baseia principalmente:

1 – Na eficiência estrutural;

2 – O custo de material e de fabricação;

3 – A continuidade estrutural;

4 – A melhor utilização do espaço.

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3.1. Estrutura Primária

Considerando-se o navio uma viga, é fundamental saber que este é um corpo, que se deforma na presença dos esforços devidos a pessoas e flutuações. A deformação é causada pelas tensões impostas aos componentes estruturais do casco. Os dois sentidos de flexão da viga navio são denominados de alquebramento, quando a viga se arqueia para cima, e de tosamento, quando o arco se dá para baixo.

Alquebramento Tosamento

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3.1. Estrutura Primária

O alquebramento e o tosamento são denominados solicitações primárias, quais devem ser suportadas por toda a estrutura da embarcação. Abaixo, algumas imagens de acidentes com embarcações que não suportaram os esforços primários.

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Alquebramento Tosamento

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3.2. Estrutura Secundária

A estrutura secundária de uma embarcação consiste de um chapeamento reforçado por:

1. perfis leves, que limitando as dimensões das unidades de chapeamento o enrijecem, tais como cavernas, vaus de conveses, longitudinais, etc.

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Estrutura do fundo de um navio tanque

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3.2. Estrutura Secundária

2. perfis pesados, que sempre servem de apoio aos perfis leves, recebendo destes a carga que lhes foi transmitida pelas unidades de chapeamento. São perfis pesados os anéis gigantes, as sicordas, as hastilhas, as quilhas, as longarinas e as escoas.

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Detalhe de um painel do fundo:1 – Quilha;

2 – Chapeamento; 3 – Hastilha;

4 -Longitudinal leve; 5 - Antepara transversal; 6 - Antepara longitudinal

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3.2. Estrutura Secundária

O conjunto de perfis leves e pesados é o que designamos como estrutura secundária e como parte integrante da viga navio, contribui para a sua resistência. Entretanto, juntamente com a estrutura terciária, tem fundamental importância na resistência de cargas localizadas como cargas dispostas sobre os conveses e pressões hidrostáticas e hidrodinâmica. Para o dimensionamento secundário os perfis são divididos quanto:- Ao tamanho: leves e pesados;- À direção em que se dispõem: longitudinal e transversal.

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3.3. Estrutura Terciária

A estrutura terciária tem a função dupla de contribuir para a resistência primária e na resistência à pressão lateral sobre o casco. Sua continuidade estrutural garante a estanqueidade do casco e sua área transversal contribui significativamente para a inércia da viga navio. A estrutura terciária é composta pelas anteparas, reforços no nível secundário, reforços transversais, reforços longitudinais e chapeamento.

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Estrutura completa do fundo de um navio

tanque

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4. Partes do Casco

Bochechas (bow) ou amuras são as partes curvas do costado de um e de outro bordo, junto à roda de proa. Alhetas (vanes ou quarters) são as partes curvas do costado, de um e de outro bordo junto à popa. Través (athwart) é a direção normal ao plano longitudinal do navio.

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Alheta

Bochecha

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4. Fundo do Casco

O fundo do navio (bottom) é a parte inferior do casco, desde a quilha até o bojo. O bojo (bilge) é a parte da carena, formada pelo contorno de transição entre a sua parte quase horizontal, ou fundo do navio, e sua parte quase vertical.

17Bojo

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4. Bordas

Borda (board ou edge) é o limite superior do costado, que pode terminar na altura do convés, se recebe o nome de balaustrada (rail), ou elevar-se um pouco mais, constituindo a borda-falsa. A borda-falsa (bulwark) é o parapeito do navio no convés e tem a função de proteção de pessoas e cargas do convés.

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Borda falsa Balaustrada

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4. Estrutura Principal dos Cascos

A estrutura do casco do navio consta da ossada, ou esqueleto, e do forro exterior. O esqueleto do navio é constituído por uma combinação de dois sistemas de vigas: as vigas longitudinais e as vigas transversais, além dos reforços locais.

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Plano Longitudinal Plano Transversal

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4.1. Vigas e Chapas Longitudinais

Quilha (keel) – Peça disposta em todo o comprimento do casco no plano diametral e na parte mais baixa do navio. Constitui a “espinha dorsal” e é a parte mais importante do navio.

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4.1. Vigas e Chapas Longitudinais

Longarinas ou longitudinais (longitudinal frames ou keelson) – Peças colocadas de proa a popa, na parte interna das cavernas, ligando-as entre si.

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4.1. Vigas e Chapas Longitudinais

Trincaniz (stringer plate) – Fiada de chapas mais próximas aos costados, em cada convés, usualmente de maior espessura que as demais, e ligando os vaus entre si e às cavernas.

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Posicionamento e fixação do trincaniz Peça trincaniz

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4.1. Vigas e Chapas Longitudinais

Sicordas (girder ou runner) – Peças colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os vaus entre si.

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4.1. Vigas e Chapas Transversais

Cavernas (transverse frames) – Peças curvas que se fixam na quilha em direção perpendicular a ela e que servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior. Gigante (web frame) é uma caverna reforçada. Caverna mestra (midship frame ou main frame) é a caverna situada na seção mestra.

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4.1. Vigas e Chapas Transversais

Cavername (framing) é o conjunto das cavernas no casco.

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4.1. Vigas e Chapas Transversais

Vaus (beam) – Vigas colocadas de BE a BB em cada caverna, servindo para sustentar os chapeamentos dos conveses e das cobertas, e também para atracar entre si as balizas das cavernas; os vaus tomam o nome do pavimento que sustentam.

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4.1. Vigas e Chapas Transversais

Hastilhas (floor) – Chapas colocadas verticalmente no fundo do navio, em cada caverna, aumentando a altura destas na parte que se estende da quilha ao bojo.

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4.3. Reforços Locais

Roda de proa, ou simplesmente roda (stern ou stem) – Peça robusta que, em prolongamento da quilha, na direção vertical ou quase vertical, forma o extremo do navio a vante.

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4.3. Reforços Locais

Cadaste (propeller post ou stern post) – Peça semelhante à roda de proa, constituindo o extremo do navio a ré. Nos navios de um só hélice, há cadaste exterior e cadaste interior.

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4.3. Reforços Locais

Pés-de-carneiro (stanchion) – Colunas suportando os vaus para aumentar a rigidez da estrutura, quando o espaço entre as anteparas estruturais é grande, ou para distribuir um esforço local por uma extensão maior do casco. Os pés-de-carneiro tomam o nome da coberta em que se assentam.

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4.3. Reforços Locais

Prumos (vertical bulkhead stiffener) – Ferros perfilados dispostos verticalmente nas anteparas, a fim de reforçá-las.

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4.3. Reforços Locais

Borboletas ou esquadros (bracket) – Pedaços de chapa, em forma de esquadro, que servem para ligação de dois perfis, duas peças quaisquer, ou duas superfícies que fazem ângulo entre si, a fim de manter invariável este ângulo. As borboletas tomam o nome do local que ocupam.

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4.4. Chapeamento

O chapeamento (plating) é o conjunto de chapas que compõem um revestimento ou uma subdivisão qualquer do casco dos navios metálicos. As chapas dispostas na mesma fileira de chapeamento constituem uma fiada de chapas.

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4.4. Chapeamento Exterior

Constitui um revestimento externo impermeável à água, mas é também uma parte importante da estrutura, contribuindo para a resistência do casco aos esforços longitudinais. As fiadas mais importantes do chapeamento exterior são: a da cinta (sheer strake), a do bojo (bilge strake) e a do resbordo (garboard strake).

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Qu

ilha

Fiada do Resbordo

Fiada da Cinta

Fiada do Bojo

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4.4. Chapeamento dos conveses

Dividem o espaço interior do casco em certo número de pavimentos, permitindo a utilização adequada desses espaços. Além disto, eles também contribuem para a estrutura resistente do navio no sentido longitudinal; o pavimento resistente é o mais importante pavimento sob este aspecto.

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4.4. Chapeamento interior do fundo

Constitui o teto do duplo fundo e, além de ser um revestimento estanque, contribui, com as demais peças de estrutura do duplo-fundo, para a resistência longitudinal.

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4.4. Anteparas (bulkhead)

São as separações verticais que subdividem em compartimentos o espaço interno do casco, em cada pavimento. As anteparas concorrem também para manter a forma e aumentar a resistência do casco. Nos navios de aço, as anteparas,

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particularmente as transversais, constituem um meio eficiente de proteção em caso de veio d’água; para isto elas recebem reforços, são tornadas impermeáveis à água, e chamam-se anteparas estanques (tight bulkhead).

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4.4. Anteparas

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O convés do poço (well deck) é o espaço entre o castelo (forward well deck),ou o tombadilho (after well deck), e a superestrutura central, num navio mercante

Um convés parcial, acima do convés superior, do castelo ou do tombadilho, será chamado convés da superestrutura (superestructure deck).

O convés de castelo (forecastle deck), na proa, e de tombadilho (poop deck), na popa, e convés superior (bridge deck ou upper deck), na meia nau, são

conveses parciais.

É importante saber que quando um convés não é contínuo de proa a popa este é considerado um convés parcial (platform deck ou partial deck). Quando contínuo,

é denominado convés corrido (flush deck).

5. Principais Conveses

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O convés principal (main deck ou deck) é o primeiro pavimento contínuo de proa a popa, contando de cima para baixo, que é descoberto totalmente ou

parcialmente. Geralmente, é também o convés resistente.

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6. Divisão Interna do Navio

Os compartimentos estanques (tight compartment) são limitados por um chapeamento impermeável a certo tipo de fluido.

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Casa de máquinas Tanque

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6. Duplo Fundo

O duplo fundo (double bottom) é a estrutura do fundo de alguns navios de aço, constituída pelo forro exterior do fundo e por um segundo forro, colocado sobre a parte interna das cavernas.

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6. Tanques

O tanque (tank) é o compartimento reservado para certo fluido, água, gás, óleo por exemplo.

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6. Coferdã (cofferdam)

É o espaço entre duas anteparas transversais próximas uma da outra, que tem por fim servir como isolante entre um tanque de óleo e um tanque de água, um compartimento de máquinas ou de caldeiras, etc.

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6. Túnel do eixo (shaft alley)

É o conduto de chapa que aloja as seções do eixo propulsor desde a praça de máquinas até a bucha do eixo. O túnel do eixo é também um compartimento estanque.

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Mancal

Jazente do mancal

Eixo do hélice

Anteparas estanque

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6. Paióis (locker, store ou storeroom)

São compartimentos situados geralmente nos porões, onde são guardados mantimentos, munição, armamento, ou material de consumo. O paiol onde são guardados o poleame (cargo block) e o massame (cordage) do navio tem o nome de paiol do mestre.

46Paiol da amarra Escoteria

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7. Conclusão

Diante do que foi apresentado percebemos a complexidade que envolve a projeção e a construção de uma embarcação. O projeto dessas embarcações só é possível com a análise dos elementos estruturais fundamentais a qualquer tipo de embarcação. Cabe à engenharia naval a definição da estrutura de uma embarcação, a distribuição de todos os componentes e o projeto, instalação e funcionamento de seus equipamentos. Os itens apresentados nesse trabalho correspondem a uma parcela mínima de definições que devem ser consideradas na construção naval.

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Agradeço a atenção!

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