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Programa Obras Acompanhadas
Obra: Residencial Atlântic Garden
Salvador
Janeiro de 2009
Obra: Residencial Atlântic Garden
Relatório de monitoramento da obra parceira do Programa
Obras Acompanhadas da Comunidade da Construção, Pólo
Salvador - Bahia
Elaboração: Cícero Fernando Prates Bastos
Coordenação: Ana Gabriela Saraiva
Tatiana Almeida Ferraz
Dayana Bastos Costa
Salvador
2009
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................7
2 FICHA DA OBRA...............................................................................................................10
3 ANÁLISE DOS ITENS AVALIADOS ..............................................................................11
3.1 Estrutura de Concreto Armado..................................................................................11
3.1.1 Projeto ...................................................................................................................12
a) Compatibilização de Projeto ..................................................................................12
b) Racionalização de Projeto......................................................................................13
c) Projeto de Fôrma e Escoramento ...........................................................................14
3.1.2 Planejamento ........................................................................................................15
a) Cronograma da Obra ..............................................................................................16
b) Ciclo de Concretagem............................................................................................17
3.1.3 Execução ...............................................................................................................18
a) Prumo .....................................................................................................................18
b) Nível.......................................................................................................................24
c) Deformação ............................................................................................................26
3.1.4 Qualidade..............................................................................................................28
a) Rastreabilidade .......................................................................................................27
b) Cura do Concreto ...................................................................................................29
3.1.5 Custo......................................................................................................................30
a) Real x Orçado.........................................................................................................31
b) Fôrma (Hh custeada)..............................................................................................31
c) Aço (Hh custeada)..................................................................................................31
3.1.6 Produtividade .......................................................................................................32
3.1.7 Consumo ...............................................................................................................33
a) Consumo de Aço ....................................................................................................33
b) Consumo de Concreto............................................................................................35
3.1.8 Durabilidade .........................................................................................................37
a) Incidência de “ninhos” de concretagem.................................................................37
b) Controle do cobrimento das armaduras .................................................................38
4
3.2 Alvenaria de Vedação..................................................................................................40
3.2.1 Projeto ...................................................................................................................40
a) Compatibilização de Projeto ..................................................................................41
b) Racionalização de Projeto......................................................................................42
c) Projetos de Alvenaria .............................................................................................43
3.2.2 Planejamento ........................................................................................................44
a) Cronograma da Obra ..............................................................................................44
3.2.3 Execução ...............................................................................................................46
a) Análise das Condições de Início dos Serviços .......................................................46
b) Encunhamento Lateral ...........................................................................................47
c) Prumo da Alvenaria................................................................................................47
3.2.4 Qualidade..............................................................................................................48
a) Controle dos Materiais ...........................................................................................49
b) Rastreabilidade.......................................................................................................49
3.2.5 Custo......................................................................................................................50
a) Custo da Alvenaria .................................................................................................50
b) Custo do Material Básico - Blocos ........................................................................51
3.2.6 Produtividade .......................................................................................................52
a) Alvenaria (Hh trabalhada)......................................................................................52
3.2.7 Consumo ...............................................................................................................53
a) Consumo de Materiais............................................................................................53
b) Consumo de Argamassa.........................................................................................53
3.2.8 Durabilidade .........................................................................................................54
a) Ensaios Tecnológicos.............................................................................................54
3.3 Revestimento de Argamassa .......................................................................................55
3.3.1 Projeto ...................................................................................................................55
a) Compatibilização de Projeto ..................................................................................55
b) Racionalização de Projeto......................................................................................56
3.3.2 Planejamento ........................................................................................................57
a) Cronograma da Obra ..............................................................................................57
b) Tempo de Execução do Revestimento ...................................................................58
3.3.3 Execução ...............................................................................................................59
5
a) Análise das Condições de Início dos Serviços .......................................................60
b) Logística.................................................................................................................60
c) Espessura Média do Revestimento Interno ............................................................62
d) Espessura Média do Revestimento Externo...........................................................63
3.3.4 Qualidade..............................................................................................................64
a) Controle dos Materiais e Serviços..........................................................................64
b) Rastreabilidade.......................................................................................................65
3.3.5 Custo......................................................................................................................65
a) Custo do Revestimento de Argamassa ...................................................................66
3.3.6 Produtividade .......................................................................................................66
a) Revestimento Interno (Hh trabalhada) ...................................................................67
b) Revestimento Externo (Hh trabalhada)..................................................................68
3.3.7 Consumo ...............................................................................................................69
a) Perdas .....................................................................................................................69
3.3.8 Durabilidade .........................................................................................................71
a) Resistência de Aderência a Tração.........................................................................71
b) Manual de Conservação e Manutenção .................................................................71
4 BOAS PRÁTICAS E MELHORIAS .................................................................................73
4.1 Compatibilização de projetos ....................................................................................73
4.2 Monitoramento de execução de estruturas................................................................74
4.3 Monitoramento do consumo de materiais ................................................................75
4.4 Utilização de espaçadores plásticos ............................................................................76
4.5 Utilização de chapisco e argamassa projetada ..........................................................77
4.6 Utilização de equipamentos adequados de transporte .............................................77
4.7 Utilização de tela galvanizada para encunhamento lateral .....................................79
4.8 Elaboração do projeto de fachadas ............................................................................80
4.9 Utilização de sistema de segurança ..........................................................................80
4.10 Utilização adequada de EPS .....................................................................................82
4.11 Coleta seletiva de resísuos .........................................................................................83
6
1 INTRODUÇÃO
O objetivo do Programa Obras Acompanhadas é elevar o nível de desempenho de
construtoras participantes da Comunidade da Construção através da implementação de
melhorias, monitoramento e medição de indicadores em obras específicas nos sistemas:
estrutura de concreto armado, alvenaria de vedação, alvenaria estrutural e revestimentos de
argamassa.
O Programa Obras Acompanhadas iniciou com o preenchimento da avaliação da empresa de
acordo com o modelo padrão utilizado em todos os pólos da Comunidade da Construção. Os
processos foram avaliados por representante da própria empresa construtora. Foi levado em
consideração o histórico da construtora na execução do processo. Os itens que foram
avaliados em cada processo estavam subdivididos dentro dos seguintes grupos:
• Projeto
• Planejamento
• Execução
• Qualidade
• Custo
• Produtividade
• Consumo
• Produtividade
As notas seguiram os critérios expostos no próprio modelo de avaliação. Foi proposta uma
escala de 0 (zero) a 5 (cinco) em que o avaliador deveria indicar o estado inicial do item do
processo. A Figura 1 apresenta parte do modelo com os critérios de avaliação.
Figura 1: Modelo de avaliação com os critérios de avaliação.
7
Os grupos foram classificados de acordo com a forma de avaliação. Os grupos em que foi
definida uma avaliação baseada em indicadores foram denominados de quantitativos. E os
grupos em que não tiveram indicadores para auxiliar nas avaliações foram denominados de
qualitativos. A Figura 2 mostra a separação dos grupos em qualitativos e quantitativos.
Avaliação
Qualitativos
Projeto
Planejamento
Execução
Qualidade
Quantitativos
Custo
Produtividade
Consumo
Durabilidade
Figura 2: Separação dos grupos qualitativos e quantitativos.
Com o objetivo de estabelecer um padrão nas avaliações foram elaborados manuais (Figura 3)
fornecendo diretrizes para cada item dos grupos. Para os itens qualitativos foram
determinados os tópicos que deveriam ser observados na definição da nota. Nos itens
quantitativos foram estabelecidos indicadores como base para a comparação com os da
construtora.
A avaliação é realizada sob duas formas. A implementação de uma nova prática ou melhoria
de uma prática já adotada pela empresa. A avaliação será realizada a partir do comparativo da
nota total de cada item no inicio do programa e a nota final do trabalho de acompanhamento,
onde ambas as avaliações foram realizadas pela equipe técnica da própria construtora.
Os valores de incremento são obtidos através da diferença entre as notas totais de meta e as
atuais, obtendo o incremento proposto e a diferença entre as notas totais realizadas e as atuais,
proporcionando um incremento realizado
8
Figura 3: Manuais de diretrizes para avaliação.
9
2 FICHA DA OBRA
O Residencial Atlântic Garden fica localizado no bairro de Alphaville . Existem seis
apartamentos por andar e dois pavimentos de estacionamento. A sua estrutura é de concreto
armado e a fachada é totalmente revestida de pastilha. Abaixo é apresentado um resumo das
principais informações da obra:
• Construtora: Pelir Engenharia Ltda.
• Nome da obra: Residencial Atlântic Garden
• Equipe da obra:
-João Cedraz (Engenheiro de Produção)
-Vitor Amoedo (Engenheiro de Produção)
-Alberto Macedo (Estagiário de Engenharia)
-Rodrigo Peleteiro (Estagiário de Engenharia)
-Vinicius Cabral (Estagiário de Engenharia)
-Rosana de Assis (Técnica de Edificações)
• Área construída: 7.307,27 m²
• Tipo da estrutura: concreto armado com laje maciça.
• Número de pavimentos tipo: 8 pavimentos
• Área do pavimento tipo: 562,99 m²
• Volume de concreto na torre tipo: 668,5 m³
• Quantidade fôrma tipo: 6902 m²
• Quantidade de aço tipo: 60510 kg
• Tipo do bloco de vedação: cerâmico para paginação
• Substrato do revestimento de fachada: argamassa
• Revestimento de fachada: pastilha
• Substrato do revestimento interno: argamassa
10
Figura 4: Planta Baixa do Pavimento tipo
11
Figura 5: Plantas dos apartamentos
3 ANÁLISE DOS ITENS AVALIADOS
Os itens avaliados ao longo do Programa Obras Acompanhadas serão apresentados a seguir
com as notas de início dos trabalhos (status no início da obra), meta (desejo de melhoria) e a
realizada (status atingido pela obra). Para cada grupo será apresentado um gráfico com os
resultados dos itens específicos. Os resultados estão divididos de acordo com os processos
priorizados pelo programa.
3.1 Estrutura de Concreto Armado
A estrutura de concreto armado foi avaliada com itens quantitativos e qualitativos. Abaixo é
apresentado o gráfico de incremento, ao qual são apresentados os resultados obtidos da
comparação entre as notas iniciais e as notas meta (Figura 6).
Figura 6: Salto desejado pela empresa para os grupos da estrutura de concreto armado.
12
O gráfico acima mostra que a empresa deseja melhorar principalmente quanto ao consumo,
durabilidade e produtividade, não desejando melhorias quanto a questão do projeto.
3.1.1 Projeto
Os itens que fazem parte do grupo Projeto foram avaliados de acordo a Tabela 1.
Tabela 1: Matriz de avaliação do grupo Projeto
Ao analisar a Tabela 1 foi possível perceber que a empresa buscou como meta melhorias na
compatibilização de projeto, não sendo interesse de melhoria a racionalização. A construtora
não tinha como objeto de controle o projeto de fôrmas e escoramentos.
a) Compatibilização de Projeto
O monitoramento da compatibilização de projetos busca medir o grau de interferências
resolvidas na obra, integrando os projetos estruturais, arquitetônicos e de instalações. O
controle busca avaliar o detalhamento e a clareza nas informações contidas nos projetos.
O monitoramento tem como objetivo a redução do número de retrabalhos em função das
adaptações na obra, juntamente com os custos adicionais ocasionados por improvisos.
Nesta obra foi contratado um escritório especializado em compatibilização. O projeto foi
entregue com atraso, somente após a conclusão da primeira laje tipo. Este fato pode explicar o
por quê da compatibilização, não te apresentado eficiência inicialmente.
Durante a fase inicial da obra, a ausência da compatibilização dos projetos gerou dificuldade
de otimizar os serviços, ocasionando também retrabalhos.
Nos primeiros pavimentos foram utilizados tubos de PVC, com um diâmetro maior, para
marcar a tubulação, os quais passaria na laje. Posteriormente o PVC foi substituído pela
tubulação de ferro fundido, que teve como objetivo otimizar a compatibilização, evitando
assim um retrabalho, proveniente de uma quebra da tubulação, durante a concretagem.
13
Figura 7: Ponto da tubulação da instalação elétrica sendo marcado à esquerda juntamente com
a passagem de uma tubulação hidráulica, utilizando tubo de PVC à direita.
b) Racionalização de Projeto
A racionalização do projeto foi trabalhada também através da compatibilização dos projetos
somado com a padronização das dimensões dos elementos estruturais ao longo dos
pavimentos. Por ser uma edificação com pavimentos tipos, há uma repetição das lajes,
incluindo seus vãos pilares e vigas, fazendo com que a empresa adote o reaproveitamento das
fôrmas de madeira.
Apesar dos rebaixos, devidamente projetados, nas áreas úmidas (cozinha, sanitário, e
corredor), o conjunto de fôrma proporcionou um melhor gerenciamento dos materiais
empregados.
Figura 8: A reutilização das fôrmas de madeira facilitando a racionalização do projeto.
14
Figura 9: Compatibilização do projeto juntamente com a repetição das lajes proporcionando
uma melhor racionalização.
c) Projeto de Fôrma e Escoramento
Nesta obra não houve projeto de fôrma e escoramento. Foi aproveitada a planta de fôrma,
anexada ao projeto estrutural para organizar a locação dos escoramentos. Foi contratada uma
empresa especializada na execução de fôrma em madeira para concreto armado, que já tinha
seus procedimentos e definições prévias para a execução de obras deste tipo. A organização
do escoramento e a modulação das folhas de compensado foram realizadas ao longo da
execução da primeira laje tipo e depois reproduzidas nos outros pavimentos.
Figura 10: Execução dos serviços de fôrmas
15
Figura 11: Execução dos serviços de escoramento
A Tabela 2 mostra o resumo da avaliação do grupo Projeto.
Tabela 2: Resumo da avaliação do grupo Projeto.
INCREMENTO
GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Projeto 75,0 28,0 40,0 38,5 42,9% 37,5%
As notas referentes à etapa de projeto da estrutura de concreto armado estão na figura 12.
Figura 12: Notas do grupo Projeto.
3.1.2 Planejamento
O grupo de Planejamento é formado pelo Cronograma de Obra, juntamente com o Ciclo de
Concretagem. A avaliação do grupo Planejamento está na Tabela 3.
16
Tabela 3: Matriz de avaliação do grupo Planejamento.
Ao analisar a tabela 3, é possível perceber que a empresa não tinha como objeto de melhorias
o grupo de Planejamento.
a) Cronograma da Obra
Tabela 4: Cronograma macro da obra para os serviços de estrutura de concreto
O cronograma de execução da estrutura foi elaborado conjuntamente com a empresa de
fôrma. A execução e colocação da fôrma são os principais processos que influenciam o
planejamento da estrutura (caminho crítico), por isso o cronograma foi planejado junto com o
empreiteiro contratado para estes serviços.
O cronograma para que seja bem executado também conta com a ação conjunta do
fornecimento de materiais, como o fornecimento de aço e concreto. O aquecimento da
construção civil forçou as empresas a se programar, com antecedência, principalmente quanto
ao fornecimento de aço e concreto.
Quanto ao fornecimento do aço, a obra não obteve problemas, ao contrário do concreto que
muitas vezes, foi programada a concretagem, porém a fornecedora, devido a grande demanda
do mercado não teve como atender a obra no dia programado, ocorrendo, dessa forma, um
atraso no andamento da mesma.
Devido a estes atrasos, os prazos foram modificados pelos engenheiros para cumprir o prazo
final sem ter que trabalhar aos sábados, conforme estava previsto.
17
A figura 13 apresenta uma comparação entre o cronograma planejado e real da execução
estrutura.
Figura 13: Cronograma de Execução da Estrutura
Ao analisar o cronograma previsto e o realizado, é possível perceber o atraso devido aos
problemas de fornecimento do concreto, já relatados anteriormente.
b) Ciclo de Concretagem
Uma empresa especializada fornecia o concreto que era programado pela obra após a
montagem das fôrmas e a armação das ferragens, era programado o fornecimento do concreto.
O ciclo de concretagem da obra era de três lajes por mês.
A Tabela 5 mostra o resumo da avaliação do grupo Planejamento.
Tabela 5: Resumo da avaliação do grupo Planejamento.
INCREMENTO
GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Planejamento 50,0 40,0 40,0 40,0 0,0% 0,0%
As notas referentes aos itens de planejamento estão apresentadas na Figura 14.
18
Figura 14: Notas do grupo Planejamento.
3.1.3 Execução
A Tabela 6 apresenta a matriz de avaliação do grupo Execução.
Tabela 6: Matriz de avaliação do grupo Execução.
Ao analisar a Tabela 6 foi possível verificar, que a empresa deseja manter a qualidade dos
serviços de controle de prumo e nível. A mesma não fazia controle de deformação e com o
Programa Obras Acompanhadas da Comunidade da Construção a empresa queria melhorar o
serviço de execução quanto ao controle de deformação, que antes não era realizado pela
mesma.
a) Prumo
O controle do prumo foi realizado com uma planilha desenvolvida a partir do modelo
fornecido pela Coordenação Nacional da Comunidade da Construção. A empresa já realizava
o controle do prumo da estrutura nos pilares e nas vigas. A partir da implementação das
19
planilhas da Comunidade da Construção passou-se a controlar o prumo tomando-se como
referência os eixos da obra, estabelecidos desde o gabarito. A medida foi feita a partir do eixo
para as bordas do pavimento tipo e da parte externa das vigas de periferia.
A Figura 15 mostra a planta baixa e os pontos monitorados pela obra para o controle do
desaprumo.
Figura 15: Pontos para monitoramento do prumo.
A Tabela 7 apresenta os indicadores retirados pelo controle de prumo de cada pavimento. A
partir deste controle é possível monitorar cada pavimento com relação ao prumo da torre. O
problema de desaprumo ocasionará em um gasto a mais na quantidade de argamassa. Através
deste mesmo controle é possível monitorar ao longo da execução, a qualidade dos seus
serviços juntamente com o material utilizado.
20
Tabela 7: Os pontos de desaprumo
Pavimentos Pontos de desaprumo Pav 1 Pav 2 Pav 3 Pav 4 Pav 5 Pav 6 Pav 7 Pav 8
Px 1 0 -2 0 1 1 1 0 1 Px 2 0 1 1 0 -0,5 -2 0 1,5 Px 3 0 3 1 1,5 0 1 2 0,5 Px4 0 1 0 -0,5 0,5 1 3 -0,5 Px5 0 -1 -1,5 1 1 2 -2 1 Px6 0 0 0,5 1 -1 1 -1 1 Px7 0 2,4 2 3,5 3 3 0,5 0 Px8 0 1,4 2 0,5 0 1 -3 3 Py1 0 -0,5 -0,5 0,5 1 1 0 1 Py2 0 2 0,5 0 1 0 -0,5 1 Py3 0 2 0,5 1 1 0 0,5 0,5 Py4 0 0 0,5 -0,5 1 1 1 -1 Py5 0 1 -0,5 -0,5 0 0 2 1,5 Py6 0 2 -1 -0,5 0,5 -1 0 1
Os gráficos da Figura 17 e 18 apresentam os índices de desaprumo em função dos
pavimentos, os indicadores são apresentados pelas medidas dos pontos, tomando como base
os eixos da obra, através de uma planta especifica, na figura 16.
Figura 16: Eixos da Obra
Os indicadores positivos mostram que a distância do eixo até o ponto monitorado foi maior do
que constava na planta, e em caso do indicador negativo a distância era menor.
21
Figura 17: Gráficos de desaprumo no eixo X
22
Figura 18: Gráficos de desaprumo no eixo Y
Ao analisar os Gráficos referentes ao eixo X é possivel verificar que no quarto pavimento do
Px7 houvem um desaprumo de 3,5 cm sendo o maior índice. Ja no eixo y os maiores índices
de desaprumo ocorreram em quatro pontos, porém três deles foram no segundo pavimento, no
Py2, Py5, Py6, e no sétimo pavimento, no Py5. Os quatro pontos tiveram o mesmo índice de
desaprumo de 2,0 cm.´
A média de desaprumo foi em torno de 0,5cm superando a meta da empresa que era de manter
os 1,5 cm em média. O valor médio toma como base a média aritimética dos índices
calculados entre os pavimento incluindo os índices positivos juntamente com os negativos.
23
A empresa reduziu o indicador de desaprumo, obtendo o índice de 1,2cm em média. Ao
compará-lo com o indicador de referência do manual de diretrizes do Programa Obras
Acompanhadas da Comunidade da Construção, com o índice de 2mm/pavimento, o resultado
obtido é considerado elevado.
Os índices são importantes para monitoramento do volume de argamassa, caso seja utilizado a
mais ou não.
b) Nível
O controle do nível se refere ao piso dos pavimentos tipo. Foram definidos pontos de controle
nos maiores panos de lajes. O monitoramento do nível tem como finalidade verificar a
regularização do piso, após a concretagem, as condições das formas e a posição dos
escoramentos. Na Figura 19 estão apresentados os pontos de controle de nível da estrutura.
Figura 19: Pontos de controle da estrutura.
24
Tabela 8: Indicadores de nível da estrutura
Pavimentos Pontos de controle Nível Pav 1 Pav 2 Pav 3 Pav 4 Pav 5 Pav 6 Pav 7 Pav 8
P 1 0 1 ‐1 1 2 ‐2 0,5 1 P 2 0 0,5 ‐0,5 1 1,5 2,5 1 1,5 P 3 0 ‐1 1 1,5 ‐1 1,5 ‐1 2,5 P 4 0 0,5 1 2 ‐2,5 ‐1 ‐2,5 ‐1
Os gráficos da Figura 20 mostram o monitoramento do desnível atraves dos seus indicadores
em função dos pavimentos. Os indicadores são definidos com base em eixos aos quais são
colocados no pontos a serem monitorados pela obra.
Figura 20: Gráficos de nível da estrutura
As piores medidas ocorreram nos pavimentos sétimo e oitavo, obtendo o índice de
2,5cm para baixo, nos pontos P3 e P4, e de 2,5m para cima no ponto P2 do sexto
pavimento. O desnível médio esta em torno de 1,36 cm.
A obtenção do indicador de desnível é feita através da relação entre o desnível médio
obtido no ponto analisado em função da extensão do local monitorado, obtendo o
índice em mm/m.
25
A empresa trabalhava com o desnível médio de 2,0 cm e a meta foi de manter o índice.
O vão analisado foi cruzado entre os pilares, obtendo a extensão de 15,8m. O
indicador de desnível trabalhado pela empresa foi de 1,26mm/m, obtido pela relação
entro o indicador obtido em obras anteriores, em função de sua extensão.
O Programa Obras Acompanhadas da Comunidade da Construção, proporcionou um
monitoramento do nível, contribuindo para a redução do indicador, proporcionando
melhoria com o índice de desnível em 0,86mm/m .
c) Deformação
A deformação foi monitorada junto com o nível. Simultaneamente foram realizadas tanto as
medidas de nível como as de deformação. O índice de deformação tem como objetivo
monitorar a regularização do teto juntamente com a qualidade dos materiais e do serviço
executado, conforme mencionados anteriormente, com relação ao nível.
Tabela 9: Indicadores de deformação da estrutura
Pavimentos Pontos de controle Deformação Pav 1 Pav 2 Pav 3 Pav 4 Pav 5 Pav 6 Pav 7 Pav 8
P 1 0 ‐2 ‐1 ‐1 3 ‐1 1,5 ‐2,5 P 2 0 1,5 1 ‐1 0,5 2 0,5 ‐2 P 3 0 ‐1 0,5 ‐0,5 1,5 0,5 ‐1 ‐0,5 P 4 0 0,5 1,5 ‐0,5 ‐2 ‐1,5 ‐2 1,5
Os gráficos da Figura 21 mostram o monitoramento do desnível atraves dos seus indicadores
em função dos pavimentos. Os indicadores são definidos com base em eixos aos quais são
colocados no pontos a serem monitorados pela obra.
26
Figura 21: Gráficos de deformação da estrutura
A pior medida ocorreu no ponto P1 do quinto pavimento, com a deformação de 3,0 cm
para cima. E no mesmo ponto P1 o pior indicador foi no oitavo pavimento, 2,5 para
baixo. O monitoramento da deformação foi considerada uma melhoria no controle da
qualidade dos serviços e o material utilizado para a empresa pelo fato da mesma nunca
ter sido feito.
A obtenção do indicador da deformação foi obtida utilizando o mesmo procedimento
do desnível, obtendo através da relação entre a deformação média em função da
extensão do local aplicado, obtendo o indicador em mm/m.
A empresa não adotava o monitoramento da deformação, em obras anteriores. O
Programa Obras Acompanhadas da Comunidade, proporcionou a importância do
controle obtendo índice que será utilizado em obras futuras. O indicador de
deformação obtido nesta obra foi de 0,8mm/m.
O resumo da avaliação do grupo Execução está apresentado na Tabela 10.
Tabela 10: Resumo da avaliação do grupo Execução.
INCREMENTO
GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
EXECUÇÃO 50,0 28,0 37,0 40,5 32,1% 44,6%
As notas referentes à etapa de execução da estrutura estão apresentadas na Figura 22.
27
Figura 22: Notas do grupo Execução.
3.1.4 Qualidade
Na Tabela 11 estão apresentadas as notas da avaliação do grupo Qualidade.
Tabela 11 Matriz de avaliação do grupo Qualidade.
Ao analisar a Tabela 11 a empresa tem como meta melhorar a cura do concreto.
a) Rastreabilidade
A rastreabilidade do concreto é um controle bem estabelecido nas construtoras locais. Devido
ao seu grau de importância, dificilmente esse tipo de registro não é feito. Nesta obra, a
rastreabilidade do concreto foi bem realizada, com todos os mapas das concretagem e as
Notas Fiscais dos carros de concreto arquivadas.
28
Figura 23: O mapeamento do concreto na estrutura
b) Cura do Concreto
Na prática a laje fica em cura úmida por três dias. Normalmente um funcionário é escolhido
para molhar a laje neste período. A cura era programada para ser realizada três vezes ao dia,
utilizando bombas para vencer a altura do prédio. O processo de cura atingiu a expectativa da
obra, que desejava melhorias no seu procedimento de cura, passando a mesma a ter uma
maior atenção.
Na Tabela 12 está apresentado o resumo da avaliação do grupo Qualidade. A Figura 24
mostra as notas do grupo Qualidade.
Tabela 12: Resumo da avaliação do grupo Qualidade.
INCREMENTO
GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
QUALIDADE 25,0 19,0 22,0 22,0 15,8% 15,8%
29
Figura 24: Notas do grupo Qualidade.
3.1.5 Custo
As notas da avaliação do grupo Custo estão apresentadas na Tabela 13.
Tabela 13: Matriz de avaliação do grupo Custo.
Ao analisar a Tabela 13, é possível perceber que a empresa quer melhorar os custos quanto ao
aço, e a relação entre o custo da estrutura de concreto Real X Orçado. A obra não fazia
controle de custos de aço e de fôrma, pelo fato de ter terceirizado uma empresa especializada
para fôrma não foi realizado um controle de custo da fôrma, tendo sido realizado apenas o
controle do aço.
30
a) Real x Orçado
O custo real da estrutura é avaliado neste item, no qual se faz uma comparação com o valor
orçado antes do início da obra e depois da etapa ter sido realizada. O indicador de referência
para o valor orçado foi R$ 804,99/m3. Este indicador é gerado dividindo o valor total
estimado para fazer a estrutura pelo volume de concreto de projeto.
A empresa busca reduzir os custos sem comprometer a qualidade da obra, através de
negociações com os fornecedores e uma otimização da sua mão de obra. Ao final da etapa da
estrutura, identificou-se que houve uma pequena redução dos custos chegando ao valor
realizado de R$799,95/m³.
O indicador real da estrutura foi gerado a partir do total gasto para a execução da estrutura
dividido pelo mesmo volume de concreto de projeto.
b) Fôrma (Hh custeada)
O indicador de Homen-hora (Hh) custeada para a execução de Fôrma da estrutura não foi
definido como objeto de controle desta obra, conforme já mencionado .
c) Aço (Hh custeada)
A montagem do aço foi feita pela própria empresa, que fez um estudo para verificar a
viabilidade de executar o serviço ou de contratar mão de obra terceirizada.
A planilha a seguir apresenta uma análise referente ao custo da mão de obra própria
comparada com o custo da mão de obra terceirizada. O cálculo tem como base a diária do
funcionário em função da quantidade de mão de obra necessária durante um dia trabalhado.
O estudo toma como base o número de dias a ser gasto para a execução de duas lajes,
juntamente com o custo de uma empreiteira ao qual é colocado o valor por quilo armado.
Tabela 14: Estudo comparativo entre a mão de obra da empresa e a da terceirizada
31
Com base nos dados acima a economia a empresa concluiu que seria mais viável
economicamente, executar os serviços com a mão de obra própria,obtendo uma economia de
R$ 8.050,00 Oito mil e cinqüenta Reais).
Na Tabela 15 está apresentado o resumo da avaliação do grupo Qualidade. A Figura 25
mostra as notas do grupo Custo
Tabela 15: Resumo da avaliação do grupo Custo.
INCREMENTO
GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado Custo 130,0 40,0 58,0 58,0 45,0% 45,0%
Figura 25: Notas do grupo Custo.
3.1.6 Produtividade
O grupo de Produtividade monitora os indicadores de execução dos serviços de fôrma Aço e
Estruturas de Concreto, obtendo os índices de homem hora trabalhado. As notas da avaliação
do grupo Produtividade estão apresentadas na Tabela 16.
32
Tabela 16: Matriz de avaliação do grupo Produtividade.
Ao analisar a Tabela 16, foi possível perceber que o grupo de Produtividade não era objeto de
controle da empresa, nesta obra.
3.1.7 Consumo
As notas da avaliação do grupo Consumo estão na Tabela 18.
Tabela 18: Matriz de avaliação do grupo Consumo.
O consumo também é uma das grandes melhorias que a empresa desejava, através do
Programa Obras Acompanhadas da Comunidade da Construção. A empresa despertou a
necessidade de obter indicadores de consumo dos materiais, reduzindo as perdas e
otimizando seu uso no andamento da obra.
a) Consumo de Aço
Para o controle da perda de aço foi desenvolvida uma planilha em que eram registrados os
dados dos projetos de armação e os do romaneio da chegada de aço na obra. Como cada
projeto tinha um cadastro, quando chegavam os lotes de aço discriminados pelo número da
planta estes eram registrados na planta específica na data de chegada.
33
Figura 27: Planilha de controle de aço.
Com os registros de chegada de aço por projeto foi possível identificar no último lote de cada
projeto se foi comprado mais ou menos aço do que o indicado no resumo do projeto. Nesta
obra foi constatado que a perda de aço, foi na faixa do que a empresa esperava, em torno de
3%. A perda foi considerada pequena, pois o ferro já foi comprado cortado e dobrado.
34
b) Consumo de Concreto
Figura 28: Consumo de Concreto
A perda acumulada final da obra ficou em 4,0%. O gráfico apresenta uma queda na perda
acumulada devido a concretagem dos pilares apresentando uma perda negativa, por etapa. O
aumento no consumo acumulado durante a evolução das concretagens se dá pelo aumento do
número de pavimento e da quantidade de concreto que fica acumulada na bomba.
As vergas foram feitas através a reutilização do concreto, não sendo considerada como perda.
Não foi feito o controle adequado de consumo do concreto, pois não foi informado o dia da
concretagem em que foram feitas as vergas. Informando apenas sua quantidade
Figura 29: Reaproveitamento do concreto para fabricação de vergas
35
Figura 30: Evolução da perda de concreto.
O resumo da avaliação do Consumo está apresentado na Tabela 19 e as notas dos itens na
Figura 31.
Tabela 19: Resumo da avaliação do grupo Consumo.
INCREMENTO
GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
CONSUMO 50,0 0,0 30,0 30,0
Os indicadores de incrementos não foram apresentados em porcentagem pois como a
empresa, antes não realizava, passando a ser monitorada nesta obra não é possível apresentar
uma porcentagem de incremento, seja ele proposto quanto realizado.
Figura 31: Notas do grupo Consumo.
36
3.1.8 Durabilidade
A Tabela 20 apresenta as notas do grupo Durabilidade.
Tabela 20: Matriz de avaliação do grupo Durabilidade.
Ao analisar a Tabela 20, a obra tem como meta uma melhoria na durabilidade da estrutura de
concreto, principalmente no controle de incidência de “ninhos” de concretagem , item que
anteriormente não era controlado.
a) Incidência de “ninhos” de concretagem
Inicialmente a incidência de ninhos de concretagem não foi um item controlado
sistematicamente. A observação da estrutura após a desforma indicou que nos pilares,
próximo da escada no térreo havia uma dificuldade de concretagem gerando alguns vazios na
estrutura. Foi realizado um controle desses índices de vazios, havendo melhoria ao longo da
concretagem dos pavimentos.
37
Figura 32: Pilares após a desforma apresentando vazios na estrutura
b) Controle do cobrimento das armaduras
Para manter o cobrimento das armaduras foram utilizados vários tipos de espaçadores
plásticos (Figura 33). A fiscalização da colocação dos espaçadores também foi um item
importante para manter a qualidade do cobrimento das armaduras.
38
Figura 33: Espaçadores plásticos na execução da estrutura.
O resumo da avaliação do grupo Durabilidade está apresentado na Tabela 21. As notas dos
itens do Grupo Durabilidade estão na Figura 34.
Tabela 21: Resumo da avaliação do grupo Durabilidade.
INCREMENTO
GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
DURABILIDE 30 12 22,5 22,5 87,5% 87,5%
Figura 34: Notas do grupo Durabilidade.
39
3.2 Alvenaria de Vedação
O incremento de desempenho desejado pela empresa para o processo de alvenaria de vedação
está apresentado na Figura 35.
Figura 35: Salto desejado pela empresa para os grupos da alvenaria de vedação esta voltado
principalmente para o projeto.
3.2.1 Projeto
Tabela 22: Matriz de avaliação do grupo Projeto.
A analisar a Tabela 22, é possível perceber que uma das grandes metas da empresa é
implantar uma melhoria quanto a implantação de um projeto de alvenaria, projeto esse que
não envolve somente a paginação e, sim, a compatibilização, a racionalização e os projetos de
alvenaria.
40
a) Compatibilização de Projeto
Para a execução da alvenaria foi elaborado um projeto de paginação. Este facilitou a
compatibilização com a estrutura e as instalações elétricas e hidráulicas. A Figura 24 mostra a
execução da alvenaria compatibilizada com as instalações elétricas e hidráulicas.
.
Figura 36: Execução da alvenaria compatibilizada com as instalações elétricas e hidráulicas.
Devido à grande quantidade de tubulações nos ambientes como cozinha e sanitário, houve
cruzamentos de tubulações tanto hidráulica quanto elétrica, fazendo com que a
compatibilização não tenha sido tão eficiente nestes ambientes.
41
Figura 37: O grande número de tubulações das instalações elétricas e hidráulicas
b) Racionalização de Projeto
A racionalização do processo foi atingida de maneira razoável. O terreno acidentado
prejudicou o transporte e armazenamento dos blocos, e conseqüentemente, afetando a
qualidade da alvenaria de vedação, sendo compensada com a ajuda do projeto de paginação
da alvenaria. A quantidade de blocos já estava especificada para cada tipo de bloco no projeto
para cada andar. Isto facilitou o controle do transporte dos blocos na obra. Os equipamentos
utilizados para o transporte vertical foram o elevador de carga, o moitão, juntamente com o
guincho foguete e para o horizontal foi o carrinho de mão (Figura 26).
Figura 38: Equipamentos para transporte de blocos
42
c) Projetos de Alvenaria
O projeto de alvenaria foi elaborado por empresa especializada. De acordo com a construtora
o projeto atendeu bem as necessidades de compatibilização e racionalização da construtora.
Com exceção dos ambientes da cozinha e dos sanitários, devido à grande quantidade de
tubulações, conforme relatado anteriormente.
Figura 39: A planta do projeto de alvenaria compatibilizada
O resumo da avaliação do grupo Projeto está apresentado na Tabela 23. As notas dos itens
deste grupo estão na Figura 40.
Tabela 23: Resumo da avaliação do grupo Projeto.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoProjeto 130,0 0 78,0 78,0
Os indicadores de incrementos não foram apresentados em porcentagem pois como a
empresa, antes não realizava, passando a ser monitorada nesta obra não é possível apresentar
uma porcentagem de incremento, seja ele proposto quanto realizado.
43
Figura 40: Notas do grupo Projeto.
3.2.2 Planejamento
Na Tabela 24 estão apresentadas as notas do grupo Planejamento.
Tabela 24: Matriz de avaliação do grupo Planejamento.
Ao analisar os dados apresentados na Tabela 24, foi possível perceber que a empresa não
tinha como objeto de melhorias, o cronograma da Obra
a) Cronograma da Obra
A execução da alvenaria ocorreu dentro do planejado. Com a equipe própria de pedreiros a
empresa construtora não teve problemas na produtividade da equipe.
Figura 41: Cronograma da obra para alvenarias
44
A empresa não apresentou melhorias quanto ao cronograma aplicando as práticas utilizadas
em obras anteriores.
A Tabela 25 apresenta o resumo da avaliação do grupo Planejamento e a Figura 42 as notas
dos itens do grupo.
Tabela 25: Resumo da avaliação do grupo Planejamento.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Planejamento 20,0 12,0 12,0 12,0 0,0% 0,0%
Figura 42: Notas do grupo Planejamento.
45
3.2.3 Execução
A Tabela 28 mostra as notas do grupo Execução.
Tabela 28: Matriz de avaliação do grupo Execução.
Tabela 26: Matriz de avaliação do grupo Execução.
Ao analisar a Tabela 26 pode perceber que a empresa quer melhorar quanto a execução dos
seus serviços de alvenaria, tanto na análise das condições iniciais dos serviços, quanto no
encunhamento lateral juntamente com o prumo .
a) Análise das Condições de Início dos Serviços
As condições de início do serviço foram bem monitoradas. Os materiais e os equipamentos
utilizados foram disponibilizados na quantidade suficiente para a execução do serviço de
levante da alvenaria. A Figura 43 mostra a primeira fiada para a execução da alvenaria.
46
Figura 43: Primeira fiada para a execução da alvenaria.
Apesar dos problemas com a qualidade do transporte dos blocos, por carrinho de mão,
prejudicando a visualização da paginação da alvenaria, a prática da empresa de disponibilizar
os equipamentos necessários para a execução e o monitoramento do serviço de alvenaria foi
uma estratégia utilizada para garantir a qualidade final do serviço.
b) Encunhamento Lateral
O encunhamento lateral foi executado com tela galvanizada fixada com pinos metálicos. Esta
tela também foi especificada no projeto de paginação. A Figura 44 mostra a tela utilizada na
obra.
Figura 44: Tela galvanizada do encunhamento lateral da alvenaria.
c) Prumo da Alvenaria
A qualidade da alvenaria também foi garantida pela boa manutenção do prumo das paredes. A
meta da construtora de desaprumo médio (4 mm) foi superada. A alvenaria obteve um
desaprumo médio de apenas 3 mm.
47
A Tabela 27 apresenta o resumo da avaliação do grupo Execução. Na Figura 45 estão
apresentadas as notas dos itens deste grupo.
Tabela 27: Resumo da avaliação do grupo Execução.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoExecução 70,0 52,0 63,0 63,0 21,2% 21,2%
Figura 45: Notas do grupo Execução.
3.2.4 Qualidade
A Tabela 28 apresenta as notas da avaliação do grupo Qualidade. A empresa buscou como
meta uma melhoria no controle dos materiais, item que deve sempre ser aperfeiçoado para que
possa ser obtido um controle melhor do seu uso, diminuindo as perdas. Quanto a
rastreabilidade, não foi interesse da obra a implantação desta melhoria.
Tabela 28: Matriz de avaliação do grupo Qualidade.
48
a) Controle dos Materiais
A empresa manteve um bom controle dos materiais empregados na execução da alvenaria.
Apesar dos problemas com a qualidade do transporte dos blocos, por carrinho de mão,
prejudicando a visualização da paginação da alvenaria. Os blocos eram verificados na entrega,
garantindo a qualidades dos lotes. A argamassa de levante da alvenaria foi comprada pronta
para a aplicação, o que aumentou tanto a velocidade de execução como a manutenção do traço
da mesma.
Figura 46: Blocos e argamassas transportados e armazenador em cada pavimento a ser
utilizados
b) Rastreabilidade
O item rastreabilidade não foi escolhido para ser monitorado nesta obra.
Na Tabela 29 está apresentado o resumo da avaliação da do grupo Qualidade. A Figura 46
mostra as notas dos itens deste grupo.
Tabela 29: Resumo da avaliação do grupo Qualidade.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoQualidade 30,0 9,0 13,5 13,5 50,0% 50,0%
49
Figura 46: Notas do grupo Qualidade.
3.2.5 Custo
A Tabela 30 mostra as notas do grupo Custo.
Tabela 30: Matriz de avaliação do grupo Custo
O grupo Custo é formado pelos gastos com a alvenaria e o material básico,ou seja os blocos .
O custo de alvenaria em função da obra esta em torno de 2%. Este índice quando comparado
em outras obras realizadas, foi em torno de 4% a 6%, foi menor. Os custos realizados
anteriormente e a meta não foram apresentados ate o momento da elaboração do relatório,
para serem comparados.
a) Custo da Alvenaria
O custo de alvenaria durante a execução da obra não se dá apenas na compra direta e sim no
seu armazenamento, o que compromete, os custos caso os blocos sejam armazenados em
locais impróprios. Isso conduz a obtenção de um custo mais elevado, caso o transporte do
50
material ate o local de aplicação seja feito de maneira indevida, danificando os mesmos, e
com isso é necessário que a alvenaria seja regularizada com argamassa, ou que o bloco seja
substituído.
A obra teve melhorias indiretas no aspecto do custo da alvenaria, pelo fato de armazenar em
cada pavimento os blocos necessários, otimizando os serviços de mão de obra necessária.
Porém devido ao transporte dos mesmos blocos por carrinhos de mão ocorreram quebras do
material, prejudicando a qualidade da paginação da alvenaria e aumentando indiretamente os
custos do serviço com a regularização, utilizando a argamassa de levante.
Figura 47: Blocos utilizados para o serviço de alvenaria de vedação
b) Custo do Material Básico – Blocos
Os blocos foram comprados em caminhões, armazenados no local designado pela equipe da
obra. Não foram utilizados mini-paletes, o que implica no uso de elevadores ou guincho-
foguete, armazenados por pavimento, conforme mencionado anteriormente. Parte dos blocos
também foram transportados através de carrinhos de mão, aumentando o custo de material
médio, conforme já mencionado. Devido aos problemas citados, ocorreram redução de custo
do fornecedor.
.
Figura 48: Blocos armazenados.
51
3.2.6 Produtividade
A Tabela 32 mostra as notas da avaliação do grupo Produtividade.
Tabela 32: Matriz de avaliação do grupo Produtividade.
a) Alvenaria (Hh trabalhada)
A média de produtividade na execução da alvenaria teve um índice de 0,52 Hh/m2, atingindo
a meta de melhoria da empresa que tinha um índice anterior de 1,0Hh/m².
O resumo da avaliação do grupo Produtividade está apresentado na Tabela 33 e as notas dos
itens na Figura 49.
Tabela 33: Resumo da avaliação do grupo Produtividade.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Produtividade 50,0 30,0 40,0 40,0 33,3% 33,3%
Figura 49: Notas do grupo Produtividade.
52
3.2.7 Consumo
A Tabela 34 mostra as notas da avaliação do grupo Consumo.
Tabela 34: Matriz de avaliação do grupo Consumo.
a) Consumo de Materiais
A empresa que não fazia controle anteriormente, sentiu uma melhoria significativa no
consumo de materiais, otimizando seus serviços, reduzindo os desperdícios.
b) Consumo de Argamassa
O uso racional da argamassa é um fator que proporcionou uma melhoria na empresa no
consumo de argamassa.
Figura 50: Uso da argamassa na alvenaria de vedação
.
A Tabela 35 mostra o resumo da avaliação do grupo Consumo. Na Figura 51 estão as notas
dos itens do grupo Consumo.
53
Tabela 35: Resumo da avaliação do grupo Consumo.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoConsumo 80,0 40 56,0 56,0 40,0% 40,0%
Figura 51: Notas do grupo Consumo.
3.2.8 Durabilidade
As notas do grupo Durabilidade estão apresentadas na Tabela 36.
Tabela 36: Matriz de avaliação do grupo Durabilidade.
a) Ensaios Tecnológicos
Neste item não foi realizado controle. Não houve interesse da empresa em fazer os ensaios
proposta para o controle da alvenaria de vedação.
54
3.3 Revestimento de Argamassa
No revestimento de argamassa se buscou atingir melhorias de acordo a Figura 53.
Figura 53: Salto desejado pela empresa para os grupos do revestimento de argamassa esta
voltado principalmente para a questão da produtividade.
3.3.1 Projeto
A Tabela 38 mostra as notas da avaliação do grupo Projeto.
Tabela 38: Matriz de avaliação do grupo Projeto.
a) Compatibilização de Projeto
A própria empresa elaborou um projeto de execução de fachada, como umas das formas de
melhorar sua compatibilização, definindo as juntas, apresentando detalhamento no
revestimento externo. A Figura 54 mostra algumas telas especificadas no projeto para se
evitar fissuras.
55
Figura 54: Telas especificadas no projeto de fachada.
Figura 55: Juntas de dilatação especificadas no projeto de revestimento.
b) Racionalização de Projeto
A empresa considerou satisfatória a racionalização quanto à questão do revestimento de
argamassa. Apesar do grande número de blocos quebrados, devido ao transporte, juntamente
com desaprumo das paredes fez com que o consumo de argamassa fosse um pouco acima do
considerado, sendo compensado com a utilização da argamassa projetada.
A Tabela 39 mostra o resumo da avaliação do grupo Projeto. A Figura 56 mostra as notas dos
itens do grupo.
Tabela 39: Resumo da avaliação do grupo Projeto.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoProjeto 60,0 36,0 48,0 48,0 33,3% 33,3%
56
Figura 56 Notas do grupo Projeto.
3.3.2 Planejamento
As notas da avaliação do grupo Planejamento estão apresentadas na Tabela 40.
Tabela 40: Matriz de avaliação do grupo Planejamento.
a) Cronograma da Obra
O cronograma da Obra teve uma melhoria com a implantação da argamassa projetada, a qual
a mesma teve um resultado muito bom em termos de prazo, reduzindo o prazo de execução do
revestimento, conforme sreá apresentado no próximo item.
57
Figura 57: Cronograma para Revestimento de Argamassa
b) Tempo de Execução do Revestimento
O tempo estimado para a execução foi reduzido em 10%. A meta era utilizar 50% do tempo
da obra para executar os revestimentos interno e externo. Com a implantação da argamassa
projetada houve uma redução significativa no tempo de execução da argamassa internamente.
Com relação ao revestimento externo, com a aplicação do revestimento por andaimes, a
execução, até o momento de fechamento destes dados,estava dentro do prazo planejado pela
empresa, não havendo atrasos.
Na Tabela 41 está apresentado o resumo da avaliação do grupo Planejamento e na Figura 58
as notas dos itens.
Tabela 41: Resumo da avaliação do grupo Planejamento.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Planejamento 40,0 7,0 26,0 26,0 271,4% 271,4%
58
Figura 58: Notas do grupo Planejamento.
Ao analisar os dados da Tabela 41 foi possível perceber que os indicadores de incrementos
encontrados superaram os 100%. Os cálculos de incrementos são feitos através da relação
entre os indicadores totais obtidos nesta obra em função dos valores atuais, obtidos em obras
anteriores.
3.3.3 Execução
As notas da avaliação do grupo Execução estão apresentadas na Tabela 42.
Tabela 42: Matriz de avaliação do grupo Execução.
59
a) Análise das Condições de Início dos Serviços
Para a execução do revestimento das argamassas, tanto interna quanto externamente, a
empresa fez uma análise das condições dos serviços executados na estrutura e nas vedações
para verificar a possibilidade de execução do projeto de revestimento.
Externamente foi colocada uma tela de proteção, por questões de segurança, juntamente com
o fechamento das prumadas de águas pluviais. No projeto de execução da fachada, esta
incluía o projeto de paginação do revestimento, para que houvesse um melhor aproveitamento
do revestimento utilizado.
Internamente foram analisados os fechamentos das instalações hidráulicas e elétricas,
juntamente com o fechamento dos shafts.
Figura 59: Andaime de fachada com projeto específico.
b) Logística
O processo de logística utilizada para a execução do revestimento se dá através da utilização
de elevador, como transporte vertical.
Figura 60: Elevador utilizado como transporte vertical para o transporte das argamassas
60
Para o revestimento interno são armazenados todo o material utilizado para aplicação do
revestimento por pavimento. Por ser utilizado o sistema de argamassa projetada, são lançados
numa argamassadeira e, logo em seguida, projetados na alvenaria.
Figura 61: A argamassadeira utilizada para a projeção da argamassa e o material utilizado.
Figura 62: A execução da argamassa projetada
No caso do revestimento externo, é disponibilizada uma betoneira para atender a fachada,
abastecendo as girícas, as quais sobem através do elevador abastecendo uma masseira central.
A partir daí são abastecidas outras masseiras que são transportadas até a fachada pelos
andaimes fixos. A escolha do andaime fixo foi devido ao número de pavimentos que não
compensava, segundo a empresa, e para a fiscalização da fachada, o andaime era mais prático.
61
Figura 63: Masseira Central que abastecia tanto aos carrinhos de mão que transportavam
argamassa de levante quando às masseiras menores que eram transportadas à fachada
.
Figura 64: A execução do revestimento externo sendo utilizados os andaimes
. c) Espessura Média do Revestimento Interno
A aplicação da argamassa projetada juntamente com o desaprumo médio de alvenaria foram
fatores que contribuíram para que a espessura interna média de revestimento superasse a
expectativa de meta da empresa. A espessura média ficou em torno de 2,0cm, indicador que
antes em média estava em torno de 2,5cm.
Figura 65: A espessura do revestimento interno
62
d) Espessura Média do Revestimento Externo
A espessura média de revestimento externo foi de 3,0 cm. A variação da espessura em alguns
pontos do revestimento externo variou entre 3,0 cm e 4,0cm devido ao desaprumo das
paredes. Este problema fez com que o consumo de argamassa fosse um pouco acima do
considerado, juntamente com o transporte dos blocos por carrinhos de mão, danificando-os e
aumentando o consumo da argamassa.
Figura 66: a execução do revestimento na fachada juntamente com seu monitoramento
A Tabela 43 apresenta o resumo da avaliação do grupo Execução e na Figura 67 estão
apresentadas as notas dos itens do grupo.
Tabela 43: Resumo da avaliação do grupo Execução.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoExecução 100,0 63,0 84,5 84,5 34,1% 34,1%
63
Figura 67: Notas do grupo Execução.
3.3.4 Qualidade
Na Tabela 44 estão apresentadas as notas da avaliação do grupo Qualidade.
Tabela 44: Matriz avaliação do grupo Qualidade.
a) Controle dos Materiais e Serviços
A argamassa para revestimento interno é industrializada, pré-misturada, sendo a da fachada,
feita na obra. O traço foi fornecido por uma empresa terceirizada que escolheu os materiais
utilizados através de estudos feitos, passando à empresa especializada a definir o traço
específico para os serviços de levante, reboco e revestimento externo. Para cada serviço foram
utilizados traços diferentes. Para os serviços, de levante e reboco, foram utilizados cimento,
areia e aditivo. Para o revestimento da fachada foram utilizados cimento, areia e cal, sendo a
mesma preparada e hidratada por 12 horas. A areia passou por processo de peneiramento,
contribuindo para a qualidade da argamassa. São utilizados também fibras e telas nas janelas
pilares e vigas.
64
b) Rastreabilidade
A rastreabilidade dos materiais para o revestimento de argamassa não foi controlada nesta
obra.
A Tabela 45 apresenta o resumo da avaliação do grupo Qualidade. Na Figura 68 estão as
notas dos itens do grupo.
Tabela 45: Resumo da avaliação do grupo Qualidade.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoQualidade 50,0 15,0 20,0 20,0 33,3% 33,3%
Figura 68: Notas do grupo Qualidade.
3.3.5 Custo
Na Tabela 46 estão apresentadas as notas da avaliação do grupo Custo.
Tabela 46: Matriz de avaliação do grupo Custo.
65
a) Custo do Revestimento de Argamassa
O custo do revestimento de argamassa ficou dentro do esperado, segundo informações da
empresa, não sendo apresentado ate o momento indicadores necessários para uma análise
comparativa.
A utilização da argamassa projetada reduziu o custo com a mão de obra, sendo necessários
poucos funcionários para sua aplicação.
Houve melhorias dentro do processo de monitoramento, porém ficou dentro do custo da
empresa
A Tabela 47 mostra o resumo da avaliação do grupo Custo. A Figura 69 apresenta as notas do
grupo.
Tabela 47: Resumo da avaliação do grupo Custo.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Custo 50,0 0,0 30,0 30,0
Os indicadores de incrementos não foram apresentados em porcentagem pois como a
empresa, antes não realizava, passando a ser monitorada nesta obra não é possível apresentar
uma porcentagem de incremento, seja ele proposto quanto realizado.
Figura 69: Notas do grupo Custo.
3.3.6 Produtividade
Na Tabela 48 estão apresentadas as notas da avaliação do grupo Produtividade.
66
Tabela 48: Matriz de avaliação do grupo Produtividade.
a) Revestimento Interno (Hh trabalhada)
Por ser uma das grandes preocupações de melhoria na empresa foi feito um controle de
produtividade no revestimento externo. A empresa tinha como meta estabelecer como
indicador de produtividade o Padrão da ABCP, de 2,30hh/m², apesar de não terem feito um
controle anteriormente baseado num indicador em outras obras. Através do sistema de
implantação da argamassa projetado a empresa teve como objetivo melhorar a produtividade
e, com isso, obter um resultado significativo.
Tabela 49: Controle de produtividade da equipe de aplicação da argamassa projetada
implantada pela empresa.
67
Com base na análise feita pelo controle acima, estabelecido pela empresa, o resultado foi além
do esperado, obtendo uma produtividade de 201,02 m² por dia com uma equipe de 9
assentadores obtendo uma média diária de 22,34m² por funcionário. Com isso é possível
calcular a produtividade de 2,79HH/m².
Figura 70: Equipe executando o revestimento interno de argamassa.
b) Revestimento Externo (Hh trabalhada)
A produtividade do revestimento externo foi muito bem monitorada com um índice médio de
2,21Hh/m², O sistema de andaime de fachada fez com o que o índice de produtividade fosse
um pouco maior em relação ao sistema de andaimes suspensos.
A melhoria aplicada nesta obra foi proporcionada pela implantação do monitoramento para a
obtenção dos indicadores, porém as práticas utilizadas foram utilizadas em obras anteriores
Na Tabela 50 está apresentado o resumo da avaliação do grupo Produtividade e na Figura 70
as notas dos itens.
Tabela 50: Resumo da avaliação do grupo Produtividade.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Produtividade 100,0 0,0 60,0 60,0
Os indicadores de incrementos não foram apresentados em porcentagem pois como a
empresa, antes não realizava, passando a ser monitorada nesta obra não é possível apresentar
uma porcentagem de incremento, seja ele proposto quanto realizado.
68
Figura 70: Notas do grupo Produtividade.
3.3.7 Consumo
As notas da avaliação do grupo Consumo estão apresentadas na Tabela 51.
Tabela 51: Matriz de avaliação do grupo Consumo.
a) Perdas
A perda de argamassa ficou no patamar que a empresa já trabalhava (17%). A empresa
utilizou o sistema de argamassa projetada melhorando quanto à questão das perdas, e ate o
momento foi uma perda de 12%.A melhoria implantada nesta obra foi quanto ao
monitoramento, que em empreendimentos anteriores não era realizado, associada a utilização
da argamassa projetada contribui, até o momento da elaboração do relatório, para a redução
das perdas.
69
Figura 71: Equipamento de bombeamento de argamassa em teste na obra.
O resumo da avaliação do grupo Consumo está na Tabela 52. Na Figura 72 estão as notas dos
itens do grupo Consumo.
Tabela 47: Resumo da avaliação do grupo Consumo.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto RealizadoConsumo 40,0 0,0 24,0 24,0
Figura 72: Notas do grupo Consumo.
Os indicadores de incrementos não foram apresentados em porcentagem pois como a
empresa, antes não realizava, passando a ser monitorada nesta obra não é possível apresentar
uma porcentagem de incremento, seja ele proposto quanto realizado.
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3.3.8 Durabilidade
A Tabela 53 mostra as notas da avaliação do grupo Durabilidade.
Tabela 53: Matriz de avaliação do grupo de Durabilidade.
a) Resistência de Aderência a Tração
Ate o momento não foi feito ensaio de resistência pela empresa.
b) Manual de Conservação e Manutenção
Não foi elaborado um manual ate o momento. O manual do proprietário, em que são
encontradas as informações necessárias para a realização da conservação e da manutenção da
fachada.
A Tabela 54 apresenta o resumo da avaliação do grupo Durabilidade. A Figura 73 mostra as
notas dos itens do grupo Durabilidade.
Tabela 54 Resumo da avaliação do grupo Durabilidade.
INCREMENTO GRUPO MÁX. ATUAL META REALIZADO Proposto Realizado
Durabilidade 60,0 18,0 39,0 0,0 116,67% 0,0%
Os indicadores de incrementos não foram apresentados em porcentagem pois como a
empresa, antes não realizava, passando a ser monitorada nesta obra não é possível apresentar
uma porcentagem de incremento, seja ele proposto quanto realizado.
Ao analisar os dados da Tabela 54 foi possível perceber que os indicadores de incrementos
encontrados superaram os 100%. Os cálculos de incrementos são feitos através da relação
entre os indicadores totais obtidos nesta obra em função dos valores atuais, obtidos em obras
anteriores, conforme procedimento já relatado anteriormente.
71
Figura 73: Notas do grupo Durabilidade.
72
4 BOAS PRÁTICAS E MELHORIAS
Neste capítulo são apresentadas as boas práticas encontradas na construtora e também as
melhorias realizadas ao longo do Programa Obras Acompanhadas.
4.1 Compatibilização de projetos
A compatibilização de projeto é uma das boas práticas que deve ser utilizada em obras para
que as mesmas possam executá-la de maneira mais racional, gerenciando melhor os serviços
com o mínimo de perdas.
Anteriormente fazia compatibilização, porém o projeto de compatibilização proporcionou
uma melhoria na obra. Apesar de inicialmente não tenha sido executada de maneira eficiente,
ao longo da obra foi possível observar melhor, mesmo com dificuldades de compatibilizar em
ambientes como sanitário e cozinha, devido à passagem de muitas tubulações.
A boa prática adotada pela empresa foi a contratação do escritório especializado para
compatibilização.
Figura 74: A execução dos serviços compatibilizados
73
4.2 Monitoramento de execução de estruturas
O monitoramento da execução dos serviços está entre os muitos “segredos”, para um bom
andamento da obra. A partir deste acompanhamento é possível monitorar o consumo dos
materiais. Com o programa de Obras acompanhadas da Comunidade da construção, esta
melhoria proporcionou a empresa um melhor monitoramento dos demais serviços,
possibilitando alternativas mais viáveis.
Figura 75: Planta para o acompanhamento de nível e Deformação das lajes
Figura 76 : Planta utilizada para o controle do desaprumo da estrutura
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4.3 Monitoramento do consumo de materiais
O monitoramento do consumo de materiais é realizado juntamente com o de execução de
estrutura, com o objetivo de gerenciar o consumo dos materiais, planejar a compra
estabelecendo uma melhor relação “Andamento da obra X Atividades de suprimento”.
Esta melhoria proporcionou um melhor gerenciamento da Obra, mantendo seu andamento não
comprometendo seus suprimentos.
Figura 77: Controle de consumo de aço
Figura 78: controle de perdas do concreto
As vergas foram feitas através a reutilização do concreto, não sendo considerada como perda.
Não foi feito o controle adequado no controle de consumo do concreto, pois foram
informados os dias da concretagem das vergas.
- Descrição da planta
- Quantidade total de aço (kg)
Dados do projeto de armação:
- Número da folha
- Quantidade de aço por projeto (kg)
Dados do romaneio:
- Data de chegada
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Figura 79: Fôrmas das vergas juntamente com as mesmas fabricadas utilizando a sobra do
concreto
4.4 Utilização de espaçadores plásticos
Os espaçadores plásticos, utilizados para auxiliar no recobrimento das barras de aço,
substituem as chamadas “rapaduras”. São mais práticos e de fácil colocação, proporcionando
um recobrimento exato com uma difícil margem de erro, devido a um erro de fabricação, o
que pode ocorrer com a “rapadura”.
Figura 80: Espaçadores plásticos utilizados durante a concretagem
76
4.5 Utilização de chapisco e argamassa projetada
Para melhorar a produtividade e diminuir o tempo de execução do revestimento interno, a
argamassa foi bombeada e projetada na alvenaria juntamente com o chapisco, reduzindo o
número de operários em sua execução. Para a empresa, que executava o serviço pela primeira
vez, o resultado foi muito positivo, melhorando bastante a execução do serviço.
A argamassa projetada proporcionou melhorias na redução dos custos com funcionários,
utilizando um funcionário para o abastecimento da bomba, uma outra pessoa para manusear, a
equipe foi reduzida com 9 pessoas que proporcionaram uma produção de 200 m² por dia.
A produtividade da obra na execução foi otimizada reduzindo o tempo de execução dos
serviços de revestimento associada a redução de argamassa para espessura do revestimento
interno.
Figura 81: Execução da argamassa projetada com o auxílio da argamassadeira.
4.6 Utilização de Equipamentos Adequados de Transporte
O transporte de equipamentos é o principal diferencial para uma boa execução da obra,
através dele são transportados os materiais necessários, otimizando os serviços e a diminuição
das perdas dos materiais, causados pelo transporte. Para que o sistema funcione é necessário,
equipamentos adequados, que atendam as necessidades da obra. Os equipamentos utilizados
para o transporte vertical foram o elevador de carga, o moitão, juntamente com o guincho
foguete e para o horizontal foi o carrinho de mão.
77
Figura 82: Equipamentos utilizados no transporte da obra
Para o revestimento interno são utilizados uma argamassadeira, a qual a argamassa é
bombeada até a alvenaria.
Figura 83: A argamassadeira utilizada no revestimento interno
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No caso do revestimento externo, é disponibilizada uma betoneira para atender a fachada, as
girícas, para abastecer a masseira central, logo em seguida outras masseiras que são
transportadas ate a fachada pelos andaimes fixos.
Figura 84: Masseira Central que abastecia tanto aos carrinhos de mão que transportavam
argamassa de levante quando às masseiras menores que eram transportadas à fachada
Não foi utilizada a Grua devido ao baixo gabarito da obra, sendo utilizados andaimes fixos
que facilitam o acesso de pessoas facilitando a fiscalização da execução do serviço de
revestimentos.
.
Figura 85: Andaimes utilizados na fachada para a execução do revstimento externo.
4.7 Utilização de Tela Galvanizada para Encunhamento Lateral
O encunhamento lateral da alvenaria foi realizado com tela galvanizada fixada com pinos
metálicos (Figura 86).
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Figura 86: Tela galvanizada do encunhamento lateral da alvenaria.
F
4.8 Elaboração do Projeto de Fachada
O projeto de fachada foi elaborado pela própria empresa e executado conforme
planejado.Foram utilizados telas, juntas verticais e horizontais, as quais foram planejadas
sendo estabelecidos horizontalmente a cada 3,0 m uma junta e verticalmente a cada 6,0m .
Figura 87: Monitoramento visual da execução do revestimento externo.
4.9 Utilização de Sistemas de Segurança
A segurança dos funcionários é a principal prioridade para qualquer atividade. Para o
andamento da obra é fundamental que os operários trabalhem com segurança, a boa pratica
neste caso deve ser colocada como um fator necessário e que deve ser adotado em todas as
construções. As praticas destacadas são para que as empresas se conscientizem e que invistam
cada vez mais em sistemas construtivos mais seguros.
80
Nesta obra foram utilizados os usos de tela na fachada, tela de isolamento do tipo cerquite,
placas de sinalização, corda de segurança, bandeja de proteção.
Figura 88: utilização de telas de afastamento do tipo cerquite
Figura 89: Utilização de telas de proteção na fachada
Figura 90: Utilização de placas de sinalização
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Figura 91: Cordas de segurança e bandeja de proteção
4.10 Utilização Adequada de EPI
O uso de EPI, e de responsabilidade do construtor, sendo de fundamental importância do
mesmo o incentivo, ensinando aos operários sua utilização e sua importância para proteção do
funcionário. A fiscalização da empresa foi interna.
Figura 92 : O EPI utilizado na obra
4.11 Coleta Seletiva de Resíduos
A questão ambiental é um dos problemas que vem preocupando as construtoras que buscam
construir de uma forma mais sustentável. A boa prática da coleta seletiva melhora, não
somente ao meio ambiente más da um aspecto mais limpo à obra. A destinação dos resíduos é
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dada de maneira correta devido ao treinamento e uma política de conscientização dos
operários, gerando menos resíduo e otimizando o uso dos materiais. A Figura 100 mostra os
coletores do programa de coleta seletiva da obra.
Figura 93: Coletores de resíduos específicos.