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JOSÉ RENATO AZEVEDO DE FARIAS ESTIMATIVAS DE BIOMASSA E CARBONO NA SERAPILHEIRA DA ARIE SERINGAL NOVA ESPERANÇA, EPITACIOLÂNDIA, AC RIO BRANCO-AC 2013

Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

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Monografia

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JOSÉ RENATO AZEVEDO DE FARIAS

ESTIMATIVAS DE BIOMASSA E CARBONO NA SERAPILHEIRA D A ARIE

SERINGAL NOVA ESPERANÇA, EPITACIOLÂNDIA, AC

RIO BRANCO-AC

2013

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JOSÉ RENATO AZEVEDO DE FARIAS

ESTIMATIVAS DE BIOMASSA E CARBONO NA SERAPILHEIRA D A ARIE

SERINGAL NOVA ESPERANÇA, EPITACIOLÂNDIA, AC

Monografia apresentada ao Curso de

Graduação em Engenharia Florestal,

Centro de Ciências Biológicas e da

Natureza, Universidade Federal do Acre,

como parte das exigências para a obtenção

do título de Engenheiro Florestal.

Orientador: Profº. Dr. Marco Antonio Amaro

RIO BRANCO-AC

2013

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À minha filha, Júlia Vitória Azevedo Silva,

razão pela qual fui inspirado e motivado.

Dedico.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, minha fonte de inspiração, meu refúgio e

minha fortaleza.

Aos meus pais, Alberdon Alves de Souza e Francisca Socorro dos Santos

Azevedo por incentivarem e auxiliarem na conquista do meu objetivo. Ao meu irmão

Duilio Azevedo de Souza pelo apoio e familiaridade.

A Minha Esposa Anadia Luz da Silva Pontes, que esteve comigo durante todos

esses anos, pela compreensão, apoio, companheirismo e incentivo. As minhas

primas Dalvanir Azevedo Brito e Mariana Azevedo Bernardo, por todo apoio.

Aos meus queridos avós, Maria Fernandes de Azevedo e José Rodrigues de

Azevedo (in memoriam), que foi o grande incentivador para essa realização.

Ao professor Dr. Marco Amaro, pela oportunidade, paciência, apoio e

excelente orientação na realização desse trabalho.

Aos acadêmicos de Engenharia Florestal que participaram do projeto ARIE-

Seringal Nova Esperança, em especial a Timóteo Paladino, Elke Lima, Vitor Souza,

Mariana Lobato, Manoelito Torres, Renan Pereira e Saranna Nascimento que

participaram diretamente na coleta de dados, viabilizando a execução desse

trabalho.

Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em

nome dos analistas responsáveis Flúvio Mascarenhas e Lincoln Schwarzbach, pelo

apoio para a execução das atividades de campo na ARIE Seringal Nova Esperança.

Aos membros da banca examinadora professor Dr. Écio Rodrigues e a

professora M. Sc. Patricia Amorim, pelas valiosas contribuições e ensinamentos.

Aos meus colegas Antônio Ferreira, Adriano Santos, Cleison Mendonça,

Cristiano Corrêa, Evandro Ferreira, Renato, Rutiney de Paula e tantos outros, espero

poder continuar compartilhando de suas amizades.

As minhas colegas Clebyane Souza, Samara Santos, Geliane Mendonça por

todo apoio e amizade.

A todos os professores do curso de Engenharia Florestal por todo

ensinamento, aos colaboradores Darlene vale, Cleber Barros e Jani Lima pela

amizade e paciência.

Enfim agradeço a todos, MEU MUITO OBRIGADO!

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“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um

objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no

mínimo fará coisas admiráveis”.

José de Alencar

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RESUMO

As florestas são vitais para a vida do ser humano, devido a muitos fatores,

principalmente de ordem climática. O estudo dos estoques de madeira, biomassa e

carbono em florestas da Amazônia, fornece subsídios para planejar o uso racional

dos recursos naturais. Dessa forma, esse estudo teve como objetivo, estimar a

quantidade de biomassa e carbono contido na serapilheira da Área de Relevante

Interesse Ecológico Seringal Nova Esperança no município de Epitaciolândia, AC.

Foram delimitadas 20 parcelas aleatórias de 2,5 m x 2,5 m, onde toda serapilheira

existente no interior de cada parcela, foi coletada e pesada no campo. Para

determinação do peso seco, retirou-se uma pequena amostra de cada parcela. Esta

amostra foi pesada ainda em campo para determinação do peso úmido, após foi

acondicionada em sacos plásticos devidamente identificados e enviada a laboratório

na UFAC para secagem em estufa de renovação e circulação forçada de ar a uma

temperatura de 75 ± 2 ºC até atingir peso constante para determinação do peso

seco. A biomassa seca foi convertida em carbono, utilizando o valor de 50% como

recomendado pelo Serviço Florestal Brasileiro. A média da umidade contida na

serapilheira foi de 27,4%. O maior valor para biomassa seca e carbono foi

encontrado na parcela 4, respectivamente 11,37 t ha-1 e 5,69 t ha-1. E o menor valor

foi encontrado na parcela 16, com 2,66 t ha-1 para biomassa seca e 1,33 t ha-1 para

carbono. A média de biomassa seca e de carbono foi estimada respectivamente em,

5,82 t ha-1 e de 2,9 t ha-1, o que representa importante contribuição na Unidade de

Conservação.

Palavras – chave: Unidade de Conservação. Amazônia. Serviços Ambientais.

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ABSTRACT

Forests are vital to human life due to many factors, mainly climatic order. The study

of wood stocks, biomass and carbon in the Amazon forests, provides grants for

planning the rational use of natural resources. Thus, this study aimed to estimate the

amount of carbon contained in biomass and litter of Ecological Interest rubber

plantation area in the city of New Hope Epitaciolândia, CA. 20 random plots of 2.5 m

x 2.5 m, where all existing litter within each plot was collected and weighed in the

field were delimited. To determine the dry weight, pulled out a small sample of each

plot. This sample was weighed still in the field to determine the wet weight after was

packed in properly labeled plastic bags and sent to the laboratory in UFAC for kiln

drying of renewal and forced air at a temperature of 75 ± 2 ° C until constant weight

for determination of dry weight. The dried biomass was converted to carbon using the

value of 50 % as recommended by the Forest Service. The average moisture content

of the litter was 27.4 %. The highest value for dry biomass and carbon was found in

the portion 4 respectively t ha-1 and 5.69 t ha-1. And the lowest value was found in

plot 16, with 2.66 t ha-1 for dry biomass and 1.33 t ha-1 for carbon. The mean dry

biomass and carbon was estimated at respectively, 5.82 t ha-1 and 2.9 t ha-1, which

represents an important contribution to the conservation area.

Keywords - Keywords: Conservation Unit. Amazon. Environmental Services.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Biomassa seca e Teor de carbono total estocado na serapilheira da ARIE

Seringal Nova Esperança no município de Epitaciolândia – AC................................24

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa do Acre com destaque para a localização da ARIE Seringal Nova

Esperança no Município de Epitaciolândia.................................................................20

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11

2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................14

2.1 BIOMASSA...........................................................................................................14

2.2 CARBONO...........................................................................................................15

2.3 SERAPILHEIRA...................................................................................................17

2.4 VARIABILIDADE ESPACIAL DA VEGETAÇÃO..................................................18

2.5 UNIDADE DE CONSERVAÇÃO..........................................................................19

2.5.1 ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO – ARIE............................19

3 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................20

3.1 ÁREA EXPERIMENTAL.......................................................................................20

3.2 COLETA DE DADOS...........................................................................................21

3.3 ESTIMATIVA DE BIOMASSA E DE CARBONO..................................................21

3.4 ANALISES ESTATISTICAS.................................................................................22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..............................................................................23

5 CONCLUSÃO .........................................................................................................26

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................27

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................28

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1 INTRODUÇÃO

As florestas são um dos mais valiosos recursos naturais para a humanidade,

provendo diversos bens e serviços úteis ao homem e ao equilíbrio do Planeta

(SANQUETTA et al., 2002). Elas armazenam em suas árvores e no solo mais

carbono do que o existente atualmente na atmosfera (VIEIRA, 2011). Sendo de

suma importância para o equilíbrio do estoque de carbono global.

Além disso, a cobertura vegetal protege o solo através das copas das árvores,

impedindo que a chuva caia fortemente e retire a camada de serapilheira que,

segundo Oliveira (1987), é responsável pelo armazenamento de água no solo, bem

como pelo aumento das taxas de infiltração e condicionamento dos fluxos

superficiais.

Segundo a FAO (2011), as florestas cobrem 31% da área terrestre do planeta,

abrigam entorno de 300 milhões de pessoas e têm responsabilidade direta na

garantia da sobrevivência de 1,6 bilhões de pessoas e ainda de 80% da

biodiversidade terrestre. Estudos apontam que as florestas tropicais atuam como

importante reservatório de carbono, possivelmente em resposta ao aumento na

concentração de carbono na atmosfera, que aumenta a produtividade da floresta

(CLARK, 2004).

Com a crescente preocupação relacionada ao equilíbrio climático, ocorreram

inúmeras reuniões de ordem internacional, cujas pautas eram as mudanças

climáticas, em que foram discutidas as possíveis soluções para evitarem ou, pelo

menos, reduzirem as emissões de gases causadores do efeito-estufa. Após uma

destas reuniões, foi adotado em dezembro de 1997 o Protocolo de Quioto, que

estabeleceu metas obrigatórias de redução de emissão de gases de efeito estufa

(SCARPINELLA, 2002). Alguns representantes de países participantes da reunião

que originou o Protocolo de Quioto assumiram o compromisso de redução dos gases

de efeito estufa (GEE).

Com 8,5 milhões de quilômetros quadrados de território e grande variedade

de clima, temperatura, solo e umidade, o Brasil abriga extraordinária diversidade de

ecossistemas e de espécies animais e vegetais. Sendo assim, foi um dos países

participantes do Protocolo de Quioto, pois está de certa forma contribuindo com o

excesso de carbono, oriundo de suas queimadas agrícolas e desmatamentos das

florestas tropicais.

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A Amazônia brasileira tem um potencial econômico fundamentalmente

baseado na riqueza de recursos naturais. Essa parte do globo terrestre detém a

maior extensão de florestas tropicais da Terra, com mais de cinco milhões de km²,

contendo grande parte da biodiversidade mundial (aproximadamente 1/3 das

espécies animais e de plantas), além de um patrimônio mineral e hidrológico até

então incomensurável (SIOLI, 1990).

A região Amazônica se estende do oceano Atlântico às encostas orientais da

Cordilheira dos Andes, até aproximadamente 600 m de altitude, contendo parte de

nove países da América do Sul, sendo 69% dessa área pertencente ao Brasil país

no qual a floresta está presente em 9 estados sendo um deles o Acre. (AB’SABER,

2003).

Situado no extremo oeste da região Norte, o Acre ocupa 4% da Amazônia

Brasileira, com uma área de 164.221 km², possuindo florestas primárias em 88% de

seu território, sendo 47% constituído de terras protegidas por lei, as chamadas

unidades de conservação e as terras indígenas (AMARAL, 2007).

Localizada no município de Epitaciolância, AC, a Área de Relevante Interesse

Ecológico-ARIE Seringal Nova Esperança, é uma Unidade de Conservação de Uso

Sustentável, criada com o objetivo de conservar exemplares de castanheiras

(Bertholletia excelsa), espécie de relevante interesse ecológico e abundante na área.

Com intuito de resgatar o processo de criação da Reserva Extrativista

Seringal Nova Esperança e no respeito ao cumprimento ao art. 7º do Decreto de

Criação de 20 de agosto de 1999, que diz “A união poderá desapropriar a ARIE com

a finalidade de transformá-la em Reserva Extrativista, disciplinada nos termos do

Decreto nº 98.897, de 30 de janeiro de 1990”, a Universidade Federal do Acre –

UFAC, juntamente com o ICMBio, realizou estudos relacionados a questões

socioambientais, visando fornecer subsídios para saber da capacidade de se fazer

cumprir o que pede a legislação ou direcionar para um novo caminho a gestão da

Unidade de Conservação Seringal Nova Esperança (SILVA e AMARO, 2012).

Neste contexto, este estudo é parte dos trabalhos que foram realizados na

ARIE pela UFAC, buscando contribuir para melhorar a gestão da área e minimizar o

processo de antropização.

Informações sobre métodos de quantificação e de estoques de biomassa e de

carbono, segundo Amaro (2010), viabilizam a elaboração e implementação de

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projetos de serviços ambientais, por diminuírem as incertezas sobre o potencial de

estoque de carbono em florestas naturais.

Estudar a biomassa e o carbono presentes na serapilheira é importante, pois

este é um dos compartimentos da floresta que estocam biomassa, contribuindo no

armazenamento de carbono.

Pires et al., (2006) destaca que o compartimento serapilheira, juntamente com

o solo, controlam vários processos fundamentais na dinâmica dos ecossistemas,

como a produção primaria e a liberação de nutrientes.

Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi estimar o estoque de biomassa e

carbono da serapilheira, na Área de Relevante Interesse Ecológico-ARIE Seringal

Nova Esperança no município de Epitaciolândia, AC.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 BIOMASSA

Em decorrência da crescente preocupação do aquecimento global, cresce a

busca por estudos que quantifiquem o carbono existente nos ecossistemas

florestais, tendo em vista a grande importância que as florestas desempenham como

fonte de sumidouro de CO2.

Segundo Houghton; Hall e Goetz (2009), as florestas contêm de 70% a 90%

da biomassa terrestre, tanto aérea quanto subterrânea. Esses mesmos autores

dizem ainda, que 50% da biomassa vegetal correspondem a carbono.

Nesse sentido, vale lembrar que existe uma crescente demanda por

metodologias que quantifique o real teor de carbono existente nos distintos

compartimentos da floresta. Dentre esses compartimentos, destaca-se a

serapilheira, que é representada pela biomassa de galhos, ramos e outros matérias

mortos acumulados. Segundo a FAO, (2006), a serapilheira, representa

aproximadamente 4% do estoque total de carbono existente em uma floresta

tropical.

Autores como Araújo et al., (1999), definem biomassa florestal como sendo

toda quantidade expressa em unidade de massa do material lenhoso contido em

uma unidade de área da floresta. Outra definição similar é citada por Larcher (1986)

e Caldeira (2003), onde afirmam que a biomassa é constituída especialmente por

carbono e por elementos minerais cujas concentrações variam, entre outros fatores,

conforme a espécie, a fase de desenvolvimento, o estado nutricional, as

características edafoclimáticas, a estação do ano e o componente arbóreo avaliado.

Com base nisso, para efeito de clima é extremamente importante que se

realize estimativas de biomassa florestal, pois está diretamente relacionada com os

estoques de carbono que, por sua vez, são utilizados para quantificar o gás

carbônico liberado na atmosfera durante o processo de degradação florestal

(HIGUCHI et al., 1998).

Pedrosa et al., (2013), diz que os componentes utilizados na medição da

biomassa são: biomassa vertical acima do solo, composição das árvores e arbustos

(fitossociologia), composição da serapilheira e troncos caídos (fitomassa morta

acima do solo) e composição de raízes (biomassa abaixo do solo).

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Higuchi et al., (1998) e Nicoletti et al., (2012), comentam que as estimativas

de biomassa podem ser feitas de duas formas: o método direto que consiste na

derrubada de todas as árvores que ocorrem em parcelas fixas e no método indireto,

que consiste em correlacioná-la com alguma variável de fácil obtenção e não

requeira a destruição do material vegetal.

Além disso, o método indireto pode ser feito através de equações de volume

geradas pela cubagem rigorosa que são utilizadas para estimar volumes individuais

de árvores e, estimar através de amostragem o volume de um determinado

povoamento florestal.

Amaro (2010), estudando uma floresta de Mata Atlântica em Viçosa-MG,

estimou a biomassa total média em 227,4 t ha-1, sendo 181,48 t ha-1 (79,7%) acima

do solo, 34,3 t ha-1 (15,2%) nas raízes e 11,62 t ha-1 (5,1%) na serapilheira.

Ribeiro (2011), estudando a mata ciliar no município de Porto Acre-AC,

estimou em média a biomassa verde total em 285,38 t ha-1, sendo que 128,43 t ha-1

encontrada estocada no fuste, 121,04 t ha-1 na copa, 5,06 t ha-1 nas folhas, 0,03 t ha-

1 nas flores e frutos e 30,82 t ha-1nas raízes (DAP ≥ 20 cm).

Ainda nessa mesma linha de pesquisa, Araújo (2012), estimou o estoque de

biomassa na vegetação ciliar do Rio Acre no município de Brasiléia-AC, em 185,84 t

ha-1, sendo que 84,99 t ha-1, 76,04 t ha-1, 3,42 t ha-1, 0,02 t ha-1 e 21,37 t ha-1

estocada no fuste, na copa, nas folhas, nas flores e frutos e nas raízes,

respectivamente.

Lima (2013), avaliando o estoque de biomassa da vegetação ciliar do Rio

Acre no município de Xapuri, AC, com DAP ≥ 20 cm), obteve 204,086 t ha-1. Sendo,

86,021 t ha-1 estocada no fuste, 85,694 t ha-1 na copa, 3,486 t ha-1 nas folhas, 0,017

t ha-1 em flores e frutos e 20,645 t ha-1 nas raízes, considerando (DAP ≥ 20 cm).

2.2 CARBONO

Os ecossistemas florestais em seus distintos compartimentos têm grande

potencial no armazenamento de carbono, uma vez que as florestas removem parte

do CO² da atmosfera através do processo da fotossíntese (SOARES et al., 2005);

atuando dessa maneira, as florestas podem contribuir para a estabilidade ambiental.

Surgindo a partir disso, o interesse por estudos de biomassa e conteúdo de

carbono que são armazenados tanto na biomassa acima, quanto abaixo do solo

(SILVEIRA et al., 2008).

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Entretanto, observa-se a necessidade de estudos mais aprofundados de

mensuração florestal, visando o desenvolvimento de técnicas e métodos para

quantificar o estoque de carbono presente na biomassa florestal.

Há vários estudos que indicam percentuais próximos a 50% com relação ao

carbono estocado na biomassa, esse percentual tem sido aceito pelo Serviço

Florestal Brasileiro (2010) como base de cálculo para estimativas de carbono em

projetos de MDL. Entretanto, Sanquetta e Balminot (2004), alertam que o uso

indiscriminado deste parâmetro (0,5) para conversão de biomassa em carbono pode

gerar estimativas irreais.

Houghton (1994; FEARNSIDE 1994, apud KOEHLER et al., 2002), comentam

também que diferentes Biomas armazenam quantidades diferentes de carbono

dentro da sua biomassa, podendo até mesmo variar em locais dentro do mesmo

bioma.

Houghton et al., (2001), estudando o Bioma Amazônia, consideraram que

50% da biomassa florestal corresponde a conteúdo de carbono. Nessa mesma linha

de pesquisa, Schneider et al., (2005), também afirmam que no Bioma Amazônia

50% da matéria seca que constitui a biomassa é formada especialmente por

carbono.

Estimando o estoque de carbono em uma floresta estacional Semidecidual

em Viçosa, MG, Amaro (2010), obteve um estoque total médio estimado em 108,98 t

ha-1, na seguinte ordem: árvores vivas - DAP ≥ 5 cm (82,6%); para as árvores

mortas - DAP ≥ 5 cm de (3,5%); para as espécies não arbóreas - DAP ≥ 5 cm de

(4,2%); para as arvoretas - DAP < 5 cm e Hf ≥ 1,3 m (3,0%); para as mudas - Hf <

1,3 m (1,5%) e para a serapilheira (5,2%).

Realizando um estudo em diferentes tipologias florestas no município de Boca

do Acre, AM, Luizão et al., (2011), em uma Floresta Ombrófila Aberta Submontana

dominada por Bambu, estimaram em média, na parte aérea 79,49 t ha-1, Floresta

Ombrófila Aberta Submontana 135,90 t ha-1, Floresta Ombrófila Densa Submontana

155,01 t ha-1, Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas 154,67 t ha-1, Floresta

Ombrófila Densa Aluvial 145,16 t ha-1.

Ribeiro (2011), estudando a mata ciliar no município de Porto Acre, AC,

estimou o carbono total em média de 88,05 t ha-1, sendo que 37,50 t ha-1 encontrada

estocada no fuste, 35,34 t ha-1 na copa, 1,48 t ha-1 nas folhas, 0,007 t ha-1 nas flores

e frutos e 9,00 t ha-1 nas raízes, considerando, (DAP ≥ 20 cm).

Page 16: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

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Também nessa mesma linha de pesquisa Lima (2013), avaliando o estoque

de carbono em diferentes compartimentos da vegetação ciliar do Rio Acre no

município de Xapuri, AC, obteve um total médio de 102,043 t ha-1. Sendo que,

43,011 t ha-1 estocada no fuste, 42,847 t ha-1 na copa, 1,743 t ha-1 nas folhas, 0,009

t ha-1 em flores e frutos e 10,323 t ha-1 nas raízes, considerando, (DAP ≥ 20 cm).

2.3 SERAPILHEIRA

A serapilheira representa o maior caminho biológico da transferência de

elementos da vegetação para o solo (XU E HIRATA, 2002). O seu processo de

decomposição mantém os nutrientes no solo, influenciam a produção primária e

regulam o fluxo de energia e os ciclos de nutrientes em ecossistemas florestais

(WARING E SCHLESINGER, 1985).

Além disso, a serapilheira também é um importante reservatório de nutrientes

para as plantas, além de proteger o solo de forças erosivas, como chuvas (MORAES

2002). Portanto, entender os padrões de produção da serapilheira é fundamental

para a compreensão da dinâmica e do funcionamento dos ecossistemas, bem como

para seu monitoramento.

Diversos são os fatores que podem influenciar a produção de serapilheira:

clima, fertilidade do solo, composição de espécies na comunidade, estrutura da

vegetação, estádio sucessional da floresta, perturbações antropogênicas na floresta

e no entorno (VITOUSEK E SANFORD 1986, SONGWE et al., 1988,

SCHLITTLER et al. 1993, DELITTI 1995).

A estrutura da floresta guarda forte relação com a produção de serapilheira.

Songwe et al., (1988) e Schlittler et al., (1993) verificaram uma relação direta entre a

produção de serapilheira e o desenvolvimento do dossel.

Em florestas tropicais, existe uma tendência de maior produção de

serapilheira na época de maior restrição hídrica às plantas para as florestas mais

secas (florestas estacionais), enquanto que, à medida que o ambiente tem menos

restrição hídrica, o período de maior produção de serapilheira vai se deslocando

para a estação chuvosa (CESAR 1993, GREEN 1998).

Caldeira et al., (2008) afirmam que trabalhos relacionados com a

quantificação de serapilheira acumulada fornecem subsídios para um melhor

entendimento da dinâmica dos nutrientes.

Page 17: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

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O’connell, et al., (1997), assegura que em determinados locais da América do

Sul a produção de serapilheira acumulada de florestas tropicais naturais variam

entre 3,1 e 16,5 Mg ha¯1. Entretanto, Tanner (1980) estudando as florestas

submontanas na Colômbia observou que há um maior acúmulo de serapilheira do

que outras florestas tropicais naturais, obtendo valor máximo (16,5 Mg ha-1).

Morellato (1992) estudando cinco florestas semidecíduas no sudeste do

Brasil, obteve valores que variaram de 5,5 Mg ha-1 a 8,6 Mg ha-1. Entretanto, Cunha

(1997) realizou estudo de biomassa na serapilheira acumulada em Floresta

Estacional no Rio Grande do Sul, em diferentes estágios de sucessão: capoeira com

13 anos, capoeirão com 19 anos e floresta secundária com mais de 30 anos, nas

quais foram encontrados os seguintes valores: 4,2 Mg ha-1, 5,6 Mg ha-1 e 6,0 Mg

ha-1, respectivamente.

Brun et al., (2001) na Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul,

também realizaram a quantificação de biomassa da serapilheira acumulada em

diferentes estágios sucessionais, foram considerados os seguintes estágios de

sucessão e a quantidade de serapilheira acumulada: capoeirão (5,1Mg ha-1), floresta

secundária (5,7 Mg ha-1) e floresta madura (7,1 Mg ha-1).

Vidal et al., (2007) diz que muitas vezes, uma das causas do manejo

inadequado das florestas é o desconhecimento dos fatores que sustentam a alta

produção de biomassa e, ainda, concomitantemente, que conservam a fertilidade do

solo.

2.4 VARIABILIDADE ESPACIAL DA VEGETAÇÃO

De acordo com Caldeira et al., (2008) e Godinho (2011), a variação na

quantidade de serapilheira acumulada nos solos florestais entre as diferentes

plantações tropicais, expressa a influência dominante das características das

espécies, idade dos povoamentos, taxa de incremento, condições climáticas,

propriedades do solo, intensidade da cobertura florestal, bem como do estágio

sucessional.

Não só o estagio sucessional e os fatores citados acima, mas também outros

podem influenciar na serapilheira acumulada, conforme O’Connell e Sankaran

(1997): baixo nível de nutrientes na serapilheira e no solo; condições desfavoráveis

para a decomposição como déficit de água no solo e na serapilheira; temperaturas

muito altas ou baixas; pH alto ou baixo; propriedades físico-químicas da serapilheira

Page 18: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

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como folhas, conteúdo de substâncias (lignina, celulose, hemicelulose); baixa

densidade da população de organismos decompositores e época de coleta.

Lugo et al., (2008) também relacionam a produção de serapilheira com os

fatores climáticos. Apesar de existirem poucos estudos relacionando a produção de

serapilheira com os fatores de sítio.

2.5 UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

As unidades de conservação (UC's) são uma das formas encontradas pelo

poder público para garantir a preservação de fragmentos de diversos biomas

ameaçados, mantendo assim a sobrevivência de parte dessa biodiversidade.

As Unidades de Conservação estabelecidas pela SNUC são Federais,

Estaduais e Municipais e estão divididas, segundo a Lei 9.985/2000, em dois grupos

com características diferentes: as de proteção integral - têm como objetivo de acordo

com SNUC (2000, p.4) “preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto

dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei” e as de uso

sustentável - têm como objetivo de acordo com Brasil (2000, p.4) “compatibilizar a

conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos

naturais”.

2.5.1 ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO – ARIE

A ARIE é uma Unidade de Conservação federal e está inserida no grupo de

uso sustentável, estando dentro das categorias previstas no Sistema Nacional de

Unidades de Conservação.

Atualmente, o Estado do Acre abriga uma das 13 Unidades de Conservação

federais existentes no Brasil, e tem como objetivo preservar exemplares raros da

biota regional e manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e

regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos

de conservação da natureza.

Page 19: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

20

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 ÁREA EXPERIMENTAL

O presente estudo foi desenvolvido na Área de Relevante Interesse Ecológico -

ARIE Seringal Nova Esperança, localizada no km 32 da BR 317, ramal Porto Rico no

município de Epitaciolândia – Acre (Figura1).

Figura 1. Mapa do Acre com destaque para a localização da ARIE Seringal Nova

Esperança no Município de Epitaciolândia (SIVA, E. F. 2013).

O clima segundo a classificação de koppen é do tipo equatorial quente e úmido

com duas estações: seca e chuvosa. A estação seca se estende de junho a

setembro, apresentando médias mensais inferiores a 60mm de precipitação. A

estação chuvosa compreende o período que vai de outubro a abril, apresentando

chuvas constantes, recebendo a denominação de inverno, época em que se registra

médias superiores a 110mm/mês de precipitação.

Page 20: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

21

A ARIE Seringal Nova Esperança foi criada pelo Decreto Presidencial n° 20 de

agosto de 1999, com uma área total de 2.573,97 ha (ICMBIO, 2013). Teve por

motivação a conservação de exemplares de castanheiras (Bertholletia excelsa),

espécie de relevante interesse ecológico e abundante na área.

3.2 COLETA DE DADOS

Diferentes métodos são utilizados para quantificar estoque de biomassa e

carbono, conforme o compartimento a ser estudado. Neste estudo a coleta de dados

ocorreu uma única vez no mês de julho de 2011, durante a expedição que visava

realizar estudos socioeconômicos e caracterizar a composição florística e fazer a

análise fitossociológica da vegetação da ARIE Seringal Nova Esperança.

Para a quantificação da serapilheira acumulada foram lançadas de forma

aleatória 20 parcelas de (2,5 m x 2,5 m), representando uma intensidade amostral de

4,86% da área.

Toda a serapilheira (material fragmentado, em decomposição) depositada no

interior de cada parcela foi coletada e pesada no campo, em balança digital de mão.

Para determinação do peso seco, retirou-se uma pequena amostra de cada

parcela, esta amostra foi pesada ainda em campo para determinação do peso

úmido, após foi acondicionada em sacos plásticos devidamente identificados e

enviada a Laboratório na UFAC para secagem.

No laboratório, as amostras foram secas em estufa de renovação e circulação

forçada de ar a uma temperatura de 75 ± 2 ºC até atingir peso constante para

determinação do peso seco.

3.3 ESTIMATIVA DE BIOMASSA E DE CARBONO

Para a obtenção da biomassa (peso seco), em cada parcela utilizou-se à

seguinte expressão. (SOARES et al., 2006):

����� � �� ���. ���� /����

Em que:

PS (c) = biomassa seca, em kg;

PU (c) = biomassa úmida, em kg;

PU (a) = peso de matéria úmida da amostras levada ao laboratório, em kg; e

PS (a) = peso de matéria seca da amostra, em kg.

Page 21: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

22

Considerou-se para conversão de biomassa seca em carbono a recomendação

do Serviço Florestal Brasileiro (2010), onde o mesmo pondera que 50% da biomassa

seca seja carbono. Além disso, na maioria das literaturas consultadas, o teor de

carbono elementar presente na constituição da matéria seca (biomassa) de

diferentes partes da árvore também está em torno de 50%. Sendo assim a obtenção

de carbono foi representada pela seguinte fórmula:

EC = B * 0,5

Em que: EC = Estoque de Carbono B = Biomassa. 3.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Após, a obtenção da biomassa (peso seco), na expressão de Araújo (2006),

os valores foram convertidos para toneladas por hectare (t ha-1).

Nas analises estatísticas, foram calculados os parâmetros para método

aleatório, conforme saber: Média, Variância, Variância da média, Desvio Padrão,

Erro padrão, Erro amostral absoluto, Erro amostral relativo, coeficiente de variação e

intervalo de confiança (limite inferior e superior).

Page 22: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

23

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na ARIE Seringal Nova Esperança em Epitaciolândia a média de biomassa

seca e carbono foi estimado respectivamente em, 5,82 t ha-1 e de 2,9 t ha-1. O maior

valor para biomassa seca e carbono foi encontrado na parcela 4, respectivamente

11,37 e 5,69 t ha-1. O menor valor foi encontrado na parcela 16, com 2,66 t ha-1 para

biomassa e 1,33 t ha-1 para carbono (Tabela1).

A média de umidade contida na serapilheira foi de 27,4% (Tabela 1).

Provavelmente este valor baixo se deve a estiagem de chuva que ocorre no mês de

junho, época em que foi realizada a coleta dos dados.

Foi calculado também para a área em estudo, um intervalo de confiança que

variou de 4,87 a 6,76 para biomassa seca e 2,44 a 3,38 para o carbono. O Erro

Amostral Relativo para uma probabilidade de 95%, para a biomassa seca e carbono

foi de 16,20%, e para teor de umidade, o valor foi 13,08% (Tabela 1).

As estimativas de estoque de biomassa e carbono encontrados na ARIE

Seringal Nova Esperança são similares quando comparados aos valores

encontrados por Santos e Amaro (2013), onde os mesmos estudando a vegetação

ciliar da Estação Ecológica - ESEC do Rio Acre, no Bioma Amazônia no município

de Assis Brasil – AC, obtiveram estimativas médias de 5,87 t ha-1 e 2,82 t h-1 de

biomassa e carbono, respectivamente.

Lobo et al., (2008), obteve valores de biomassa em serapilheira variando de

5,49 a 6,0 t ha-1 em floresta de transição Amazônia - Cerrado ao Norte do Estado de

Mato Grosso. Valores aproximados ao encontrado neste estudo.

Os valores encontrados neste estudo para serapilheira são menores se

correlacionar com o trabalho de Ribeiro (2011), que obteve estimativas de 7,13 t ha-1

de biomassa e 3,57 t ha-1 de carbono na vegetação ciliar do Rio Acre, no município

de Porto Acre – AC.

Page 23: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

24

Tabela 1- Biomassa seca e Teor de carbono total est ocado na serapilheira da ARIE Seringal Nova Esperança no município de Epitac iolândia, AC N° de Parcelas Biomassa t ha ¯1 Carbono t ha ¯1 Umidade% 1 5,94 2,97 23,00 2 6,75 3,38 23,30 3 6,93 3,47 21,70 4 11,37 5,69 17,80 5 5,29 2,65 20,30 6 5,09 2,54 26,90 7 4,61 2,30 16,50 8 7,44 3,72 23,50 9 4,00 2,00 23,50 10 4,96 2,48 24,00 11 7,72 3,86 31,00 12 5,67 2,83 21,10 13 3,68 1,84 28,40 14 3,56 1,78 42,00 15 3,52 1,76 26,80 16 2,66 1,33 41,20 17 5,46 2,73 28,80 18 7,3 3,65 40,20 19 6,78 3,39 30,60 20 7,62 3,81 38,00

MÉDIA (t ha -1) 5,82 2,90 27,40 COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (%) 0,346 0,346 0,28 VARIÂNCIA 4,0525 1,0131 58,7691 VARIÂNCIA DA MÉDIA 0,2026 0,0507 2,9385 DESVIO PADRÃO (t ha -1) 2,0131 1,0065 7,6661 ERRO AMOSTRAL RELATIVO (%) 16,20 16,20 13,08 ERRO AMOSTRAL ABSOLUTO 0,9422 0,4711 3,5878 ERRO PADRÃO (t ha -1) 0,4501 0,2251 1,7142 LIMITE SUPERIOR (t ha -1) 6,76 3,38 31,02 LIMITE INFERIOR (t ha -1) 4,87 2,44 23,85

Entretanto, observam-se valores inferiores no trabalho desenvolvido por Lima

(2013), que estimou um total médio de 4,46 t ha-1 de biomassa e 2,32 t ha-1 de

carbono na serapilheira da vegetação ciliar do Rio Acre, no município de Xapuri, AC.

Werneck et al., (2001), obtiveram valores médios estimados em 6,58 t h-1 de

biomassa e 5,09 t h-1 de carbono da serapilheira no Bioma Mata Atlântica, em

florestas semidecíduas na Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto – MG.

Page 24: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

25

Em estudo realizado no Bioma Mata Atlântica, em floresta Estacional

Semidecidual Montana em Viçosa – MG, Amaro (2010), obteve valores médios para

serapilheira de 11,62 t ha-1 e 5,64 t ha-1 de biomassa e carbono, respectivamente.

Estes valores foram acima dos encontrados neste estudo, para a biomassa média e

teor de carbono.

Domingos (1997), também obteve valor médio superior ao encontrado nesse

estudo, para o conteúdo de biomassa seca, quando avaliou a produção de

serapilheira na Reserva Biológica de Paranapiacaba, SP, em Floresta Ombrófila

Densa, no Bioma Mata Atlântica, obtendo 7,007 t ha-1 de biomassa seca. No mesmo

Bioma, na cidade de São Paulo, SP, Hora et al., (2008), obtiveram uma estimativa

de biomassa em serapilheira de 12,221 t ha-1.

Alves et al., (2006) no Bioma Caatinga, com o objetivo de avaliar e estimar o

quantitativo de serapilheira existente na Reserva Particular do Patrimônio Natural -

RPPN da Fazenda Tamanduá em Santa Terezinha – PB, constataram a produção

biomassa seca total de 0,90 t ha-1. Valor este inferior ao encontrado neste estudo.

Ao compararmos valores obtidos na área em estudo com trabalhos de

diferentes formações florestais, ou seja, entre diferentes biomas, tornam-se difíceis

em função da pouca existência de literatura que verse sobre o assunto. Além disso,

as metodologias empregadas nessas diferentes formações dificultam ainda mais a

comparação de dados.

É importante ressaltar, que todos os resultados corroboram com a afirmativa

citada no trabalho de Amaro (2010), em que florestas apresentam diferenças na

produção de biomassa, tanto em diferentes biomas, quanto para o mesmo tipo, pois

diversos fatores influenciam essa produção em áreas florestais, principalmente

nativas, entre eles, fatores climáticos, tipo de solo, relevo, hidrografia e variação

genética dentro de uma espécie e entre espécies.

Page 25: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

26

5 CONCLUSÃO

Quando comparados a trabalhos desenvolvidos no Bioma Amazônia, os

valores médios para biomassa e carbono na serapilheira, estão dentro do esperado.

Comparados, porém a trabalhos desenvolvidos em biomas distintos, os dados

divergiram moderadamente.

Com o presente estudo foi possível quantificar o estoque de biomassa e

carbono acumulado na ARIE Seringal Nova Esperança, sendo este um dado

relevante para a estratégia de conservação do ecossistema florestal presente na

área, com a possibilidade futura de implementação de projetos de serviços

ambientais por sequestro de carbono.

Page 26: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

27

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

São necessários mais estudos científicos para obtenção de resultados com

um menor erro amostral, em relação aos valores de biomassa e carbono estocados

na serapilheira da ARIE Seringal Nova Esperança; visando evidenciar a importância

da valorização e conservação de florestas nativas e redução das emissões de gases

na atmosfera. Deve ser dada prioridade a avaliação de estudos em Unidades de

Conservação, tendo em vista, a segurança fundiária dessas áreas.

Page 27: Área de Relevante Interesse Ecológico da Castanheira em Epitaciolândia

28

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