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RELATRIO DE AUDITORIA
MANEJO FLORESTAL PRINCPIOS, CRITRIOS E
INDICADORES PARA PLANTAES FLORESTAIS.
PADRO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 - CERFLOR
EMPRESA AUDITADA: CMPC CELULOSE RIOGRANDENSE LTDA.
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ESCOPO DE CERTIFICAO:
MANEJO DE FLORESTAS PLANTADAS DE EUCALIPTO NOS SEGUINTES
MUNICPIOS DO RIO GRANDE DO SUL: Guaba, Barra do Ribeiro, Buti,
Arroio dos Ratos, Mariana Pimentel, Eldorado do Sul, Minas do Leo, Pntano
Grande, So Jernimo, Tapes, Charqueadas, Dom Feliciano, Baro do Triunfo,
General Cmara, Triunfo, Sentinela do Sul, Cerro Grande do Sul, Cachoeira do
Sul, Serto Santana, Rio Pardo, Encruzilhada do Sul, Camaqu, Viamo, Porto
Alegre, Amaral Ferrador, Bag, Caapava do Sul, Candelria, Cristal, So
Loureno, Santana da Boa Vista, So Sep e Vila Nova do Sul.
2010
Alexander VervuurtAuditor Lder
Bureau Veritas Certification
Praa Pio X, 17 8oandar
RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL
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1 INFORMAES GERAIS1.1 Histrico da organizao
1.2 IDENTIFICAO DA ORGANIZAO E DAS UNIDADES DE MANEJOFLORESTAL OBJETO DA CERTIFICAO
1.3 Contatos na organizao para o processo de certificao
1.4 Localizao e Distribuio de Terras de Florestas Plantadas
1.5 Histrico dos Plantios e Espcies Utilizadas no RS
2 MANEJO FLORESTAL
2.1 Descrio das reas manejadas
2.2 Recursos florestais
2.3 Situao fundiria
2.4 Vegetao
2.5 Sistema de malha viria
2.6 Relevo
2.7 Solos
2.8 Clima
2.9 Recursos hdricos disponveis
2.10 Unidades de Conservao e Locais de Interesse Comunitrio
2.11 Programas scio-ambientais e de relacionamento
3 PROCESSO DE AVALIAO
3.1 Norma ou Padro Normativo utilizado para avaliao
3.2 Identificao do OCF Organismo de Certificao
3.3 Responsvel pelo OCF
3.4 Descrio do processo de Auditoria
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3.5 Relatrio detalhado de Auditoria
3.6 No conformidades registradas
3.7 Oportunidades de Melhoria
4 REUNIES PBLICAS
4.1 Objetivos e realizao
4.2 Entidades e pessoas contactadas
4.3 Relao de participantes das Reunies Pblicas
4.4 Consulta a rgos pblicos
4.5 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da
Empresa e parecer Bureau Veritas Certification.
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ANEXO 1: Convite Para participao nas reunies pblicas e Questionrio de consulta pblica
6 PLANO DE AUDITORIA DE MANUTENO
EQUIPE DE AUDITORIA
LISTA DE PESSOAL AUDITADO DURANTE TODA A AUDITORIA
ALTERAES NO ESCOPO DO CERTIFICADO
10 RELATRIO DETALHADO EVIDNCIAS DA EQUIPE DE AUDITORIA E
PROCESSOS AUDITADOS11 NO CONFORMIDADES REGISTRADAS
12 OPORTUNIDADES DE MELHORIA E OBSERVAES REGISTRADAS
13 CONCLUSO DA 1 AUDITORIA DE MANUTENO
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1. INFORMAES GERAIS
1.1 Histrico da organizao
A CMPC Celulose Riograndense (doravante denominada CMPC) a maior fabricante
gacha de celulose branqueada a partir de fibra curta de eucalipto. Sua Unidade
Industrial est localizada em Guaba, regio metropolitana de Porto Alegre. A fbrica,
cuja operao incorpora recursos e prticas de proteo ambiental, tem capacidade
instalada para 450 mil toneladas anuais de celulose de mercado, destinadas
fabricao de papis de higiene pessoal e papis especiais de alto valor agregado.
Parte deste volume destinado produo prpria de 60 mil toneladas anuais de
papis de impresso e escrita, basicamente voltadas ao mercado domstico.
As operaes florestais objeto da certificao atingem 36 municpios do Rio Grande do
Sul, com uma base de 169 mil hectares, entre reas prprias (149 mil hectares) e de
terceiros (20 mil hectares em parcerias e arrendamentos). So plantios florestais
renovveis de eucalipto intercalados com 62 mil hectares de reservas nativas, que
englobam reas de reserva legal e de preservao permanente (APPs).
O compromisso com o desenvolvimento sustentvel da CMPC Celulose
Riograndense orienta as prticas de manejo dos seus plantios de eucalipto e a
preservao do ecossistema. As prticas ambientais adotadas na unidade industrial
incluem entre outros processos de aprimoramento a reciclagem de cerca de 99%
dos resduos slidos gerados pelo processo industrial.
O controle acionrio da CMPC atualmente exercido pelo grupo chileno CMPC, em
sucesso Aracuz Celulose S.A., que adquiriu as instalaes fabris e plantiosflorestais da antiga Riocell em 2003.
Teve incio, em 2005, o processo de planejamento e discusso com rgos ambientais
competentes para a ampliao da produo da fbrica de Guaba, o que envolveu um
processo de licenciamento para a expanso da base florestal, com a realizao de
EIA/RIMA, audincias pblicas e emisso, em 2007, de Licenas Prvias e de
Instalao para um total de 100 mil hectares de efetivo plantio em quatro bacias
hidrogrficas do Estado Bacia do Baixo Jacu, Bacia do Camaqu,
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Bacia do Vacaca-Vacaca-Mirim e Bacia do Santa Maria. A partir destas licenas tem
sido encaminhadas as Licenas de Operao de cada fazenda onde esto ocorrendo
os novos plantios de eucalipto sob responsabilidade da empresa.
O projeto de expanso da base florestal foi interrompido no final de 2008 e somente foi
retomado no incio de 2010, aps aquisio pela CMPC.
1.2 IDENTIFICAO DA ORGANIZAO E DAS UNIDADES DEMANEJO FLORESTAL OBJETO DA CERTIFICAO
Fundada no ano de 1920, a CMPC pioneira no Chile na fabricao de celulose e
papel. Trata-se de uma das principais empresas na rea florestal na Amrica Latina e
est presente em mais de 50 pases nos 5 continentes.
Com mais de 25 fbricas, conta com aproximadamente 8 mil colaboradores operando
em 5 reas de negcios, atravs das seguintes empresas: CMPC Florestal, CMPC
Celulose, CMPC Papis, CMPC Tissue e CMPC Produtos de Papel.
A Companhia possui fortes laos com seus clientes ao redor do mundo e tem uma
rede de comercializao de exportao diversificada que atinge mais de 200 clientes
em 30 pases.
A CMPC tem como premissa desenvolver um trabalho de maneira comprometida e
responsvel, atravs da gerao de empregos, proporcionando rentabilidade aos seus
acionistas, fabricando produtos de qualidade, educando e capacitando seus
colaboradores e parceiros, sem nunca descuidar do meio ambiente.
Todos estes aspectos fazem da CMPC uma empresa desejada e muito respeitada em
todos os pases onde atua.
No Rio Grande do Sul, a CMPC adquiriu, em 2009, a fbrica e operaes florestais da
antiga Aracruz (atual Fibria), criando a CMPC Celulose Riograndense e retomou o
programa de expanso da base florestal que havia sido interrompido no final de 2008
em funo da crise econmica mundial.
Os plantios objeto da Certificao esto localizados em terras prprias e em
propriedades arrendadas ou sob regime de parceria condies em que a CMPC
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Celulose Riograndense integralmente responsvel pelas Operaes de Manejo
Florestal. O projeto da nova planta, cujo licenciamento j havia sido conduzido pela
empresa antecessora passa agora por um processo de reviso.
O Manejo Florestal na CMPC busca a otimizao dos recursos florestais, atravs da
racionalizao dos custos de produo (silvicultura, colheita, transporte e gerencial) e
atendimento da demanda fabril, considerando as premissas previstas nos
direcionadores florestais da empresa.
A unidade de manejo florestal objeto da certificao encontra-se distribuda em 33
municpios do Rio Grande do Sul conforme a Tabela 1.
Tabela 1. Distribuio das reas da empresa por Municpio
rea Total rea til
Municpio h%
Municpio ha%
MunicpioMARIANAPIMENTEL 4.771,76 14,1 2.841,39 8,4SERTAOSANTANA 368,00 1,5 261,07 1,0BARAO DOTRIUNFO 944,78 2,2 503,38 1,2MINAS DO
LEAO 4.428,25 10,4 3.251,02 7,7SENTINELA DOSUL 400,10 1,4 253,18 0,9VILA NOVA DOSUL 1.294,72 2,5 820,79 1,6GUAIBA 4.919,51 13,1 3.025,41 8,0PANTANOGRANDE 15.103,15 17,8 9.598,80 11,3ELDORADO DOSUL 8.192,71 16,1 5.399,53 10,6CRISTAL 3.486,73 5,1 1.876,10 2,8CERROGRANDE DOSUL 163,57 0,5 82,10 0,3AMARALFERRADOR 1.617,88 3,2 814,09 1,6ARROIO DOSRATOS 8.726,01 20,5 4.927,89 11,6BARRA DORIBEIRO 12.739,51 17,4 9.015,53 12,3BUTIA 15.365,22 20,0 10.805,63 14,1CACAPAVA DOSUL 2.905,34 1,0 1.667,05 0,5CACHOEIRA DOSUL 12.927,2 3,5 5.929,05 1,6
CAMAQUA 3.089,17 1,8 1.477,63 0,9CANDELARIA 1.066,96 1,1 576,72 0,6CANGUCU 5.166,73 1,5 2.687,47 0,8
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DOMFELICIANO 7.696,45 6,1 3.695,71 2,9ENCRUZILHADADO SUL 24.290,54 7,1 12.229,66 3,6GENERALCAMARA 1.657,98 3,4 1.079,06 2,2CHARQUEADAS 932,77 4,3 677,25 3,1PORTOALEGRE 61,08 0,1 23,44 0,0RIO PARDO 8.033,33 3,9 4.777,83 2,3SANTANA DABOA VISTA 1.614,84 1,1 771,08 0,5SAO JERONIMO 6.073,39 6,5 4.138,56 4,4SAOLOURENCO DO
SUL 1.861,85 0,9 888,79 0,4SAO SEPE 3.921,96 1,8 2.082,93 1,0TAPES 2.827,27 3,5 2.079,10 2,6TRIUNFO 2.195,70 2,7 1.339,75 1,6VIAMAO 213,53 0,1 132,98 0,1
Total 169.058 4,4 99.730 2,6
Base cadastral: 25/08/2010 - reas prprias e arrendadas. OBS: as reas cadastrais da CMPC CeluloseRiograndense passam por uma reviso de atualizao mensal, podendo sofrer alteraes devido a novasincorporaes, permutas de reas, vendas, doaes, alterao de uso, reavaliaes de medies e outras.
1.3 CONTATOS NA ORGANIZAO PARA O PROCESSO DE CERTIFICAO
Para o Processo de Certificao Florestal a CMPC Celulose Riograndense est
disponvel para contatos nos seguintes endereos:
Clvis Zimmer - Gerente da Qualidade e Meio AmbienteE-mail: [email protected]: So Geraldo, 1680CEP: 92500-000 GUABA/RSFones: (51) 2139-7131
Maurem Kayna Lima Alves Coordenadora AmbientalE-mail: [email protected]: So Geraldo, 1800CEP: 92500-000 GUABA/RS
FONE: (51) 2139-7444
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1.4 LOCALIZAO E DISTRIBUIO DE TERRAS DE FLORESTAS
PLANTADASAs reas de Manejo Florestal da CMPC CELULOSE RIOGRANDENSE objeto desta
certificao esto localizadas em sete bacias hidrogrficas do Estado, conforme ilustra
a mapa da Figura 1, identificando a base pr-existente e as reas que compem a
expanso.
Figura 1. Localizao das reas da CELULOSE RIOGRANDENSE por Bacia Hidrogrfica
1.5 HISTRICO DOS PLANTIOS E ESPCIES UTILIZADAS NO RS
A opo da empresa pelo gnero Eucalyptus, gnero originrio da Austrlia decorreu
do grande potencial de uso da sua madeira para produo de celulose, aliado
compatibilidade entre as nossas condies ambientais (clima, solo, relevo) e aquelas
observadas nas regies de ocorrncia natural de muitas das mais de 600 espcies de
eucalipto.
Na CMPC (antiga Aracruz) a primeira espcie plantada foi o Eucalyptus saligna. Os
primeiros plantios foram realizados com sementes compradas do Horto Florestal de
Rio Claro, posteriormente, foram adquiridas sementes melhoradas de companhias
paulistas. Paralelamente, foram estabelecidos reas de produo de sementes
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visando suprir a demanda da empresa. No incio da dcada de 80 foi introduzida a
espcie E.grandis, que apresenta excelente crescimento volumtrico na regio. Em
meados da dcada de 80 foi estabelecido oficialmente em programa de melhoramento
gentico. O primeiro passo deste programa foi estabelecer pomares clonais de
sementes e rea de produo de sementes, tornando a empresa auto-suficiente na
produo de sementes melhoradas dessas espcies. Nesta mesma dcada, foi
introduzida a espcie E. dunnii que apresenta bom crescimento volumtrico e
qualidade da madeira superior ao do E. grandis. Alm disso, o E. dunnii apresenta
maior resistncia s baixas temperaturas (geadas), quando comparado ao E. grandis e
o E. saligna.
Em 1990 foram realizadas coletas na Austrlia das espcies E. grandis, E. saligna,E.
dunnii e E. globulus,visando ampliar a base gentica da empresa. A partir de 1991, foi
iniciada a hibridao interespecfica com objetivo de combinar em um mesmo gentipo
caractersticas de diferentes genitores. A partir de ento foram desenvolvidas e
adaptadas diversas metodologias facilitando substancialmente o processo de
hibridao artificial. Associado ao processo de clonagem, iniciado experimentalmente
em 1977, hoje a empresa utiliza clones de alta produtividade, adaptados as reas de
atuao e resistentes as principais doenas de ocorrncia na regio. Atualmente aempresa est focada na produo de clones hbridos interespecficos adaptados s
condies edafo-climticas nas reas de atuao da CMPC e com qualidade de
madeira que atendam as necessidades de nossos clientes.
Com o advento da clonagem em escala comercial, ocorrido na mesma poca, grande
nfase foi dada seleo e propagao das rvores superiores resultantes do
programa de melhoramento, e tambm dos plantios comerciais j estabelecidos, a
maioria, neste caso, hbridos naturais derivados de E. grandis.
As florestas clonais obtidas a partir de ento apresentaram ganhos significativos emprodutividade, uniformidade e qualidade da madeira.
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Figura 02 Produo de mudas de eucalipto por microestaquia.
Recentemente, a empresa tem expandido seus plantios para a regio sudoeste do
estado, onde ocorrem formaes de geadas mais severas, em comparao regio
de Guaba. Com isso, os trabalhos com o E. dunniitem se intensificado e tambm foi
introduzido o Eucalyptus benthamii, que em reas de baixada e forte formao de
geadas, apresenta-se mais resistente que o E. dunnii.
Resumindo, pode-se dizer que a introduo de espcies mais adaptadas s condies
climticas de cada regio, o estabelecimento de programas de melhoramento gentico
contnuo das espcies puras e em hibridao, e a aplicao de fortes intensidades de
seleo na identificao de indivduos superiores para formao de florestas clonais,
foram e continuam sendo os principais responsveis pelo sucesso do eucalipto na
CMPC. Evidentemente, a melhoria contnua dos sistemas de cultivo e manejo das
florestas plantadas tambm assume um papel fundamental em todo este contexto.
Alm disso, buscando especialmente melhorias quanto qualidade da madeira, outras
espcies, com excelentes propriedades de polpao, esto sendo testadas emhibridao com nossos principais materiais genticos.
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2.0 MANEJO FLORESTAL
2.1 DESCRIO DAS REAS MANEJADASAs reas manejadas diretamente pela CMPC so as propriedades rurais prprias ou
arrendadas pela empresa, com suas diferentes classes de uso do solo.
Todas as reas so mapeadas na escala de 1:10.000 e classificadas como (a) reas
de Produo de Madeira, (b) reas de Vegetao e Ecossistemas Associados, (c)
Recursos Hdricos, (d) reas de Estradas ou (e) Outras Finalidades.
A Unidade de Manejo Florestal dividida hierarquicamente, seguindo as divises
detalhadas abaixo:
reas de Identificao (AIs): so as fazendas ou hortos florestais onde asoperaes se realizam;
Talhes: subdiviso das AIs em blocos contguos envolvendo vrios usos
diferentes;
Plantios: menor subdiviso operacional, agrupando polgonos de uso do solo que
possuem uma mesma classificao.
Os plantios de parceiros do fomento florestal no so contemplados pelo Plano de
Manejo da CMPC, apesar de ser considerado como fonte alternativa para suprimento
de madeira, pois a responsabilidade pelo manejo florestal nesta modalidade doprodutor rural. No Programa de Fomento Florestal, so estabelecidos contratos com
produtores florestais da regio onde a empresa fornece as mudas, presta assistncia
tcnica e garante a compra da madeira, podendo tambm financiar o plantio de acordo
com a modalidade de contrato.
2.2 RECURSOS FLORESTAIS
Os recursos florestais manejados so as reas de Produo de Madeira e reas de
Vegetao e Ecossistemas Associados existentes na Unidade de Manejo Florestal.Nas reas de produo de madeira so realizadas operaes de plantio e manejo do
eucalipto. Nas reas de vegetao, so realizadas operaes de recuperao
ambiental e conservao.
Os recursos florestais da CMPC contribuem com a estabilidade ambiental (clima,
solos, gua e biodiversidade) das regies onde se insere a Unidade de Manejo
Florestal, alm de prestarem servios como: o seqestro de carbono, valor
paisagstico, educao ambiental, abrigo e proteo fauna e flora nativas,
fluxo gnico de fauna e flora, proteo do solo, produo de gua, bem-estar daspopulaes humanas e uso sustentvel dos recursos naturais.
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2.3 SITUAO FUNDIRIA
As reas manejadas pela empresa podem ser prprias ou arrendadas. Todas as reasprprias foram adquiridas de seus legtimos proprietrios e possuem registro em
cartrio. Os primeiros plantios da empresa datam de 1967. A averbao de Reserva
Legal (RL) das reas est sendo tratada de acordo com premissas acordadas com o
rgo estadual competente (DEFAP / SEMA Departamento de Florestas e reas
Protegidas / Secretaria Estadual de Meio Ambiente) com base em um cronograma
anual de encaminhamento de reas para aprovao da localizao da RL.
As reas arrendadas tambm possuem registro e contm reas de plantio, respeitadas
as reas de preservao permanente e outras reas de conservao, sendo
arrendadas via contrato registrado em cartrio.
O Setor de Terras da empresa responsvel por garantir a dominialidade da base
fundiria da empresa e controles adequados para gestes internas operacionais e
sustentveis.
2.4 VEGETAO
As reas da CMPC Celulose Riograndense ocupam uma rea na qual se pode
distinguir quatro Regies Fitoecolgicas (IBGE, 1986): Savana, Floresta EstacionalSemidecidual, Floresta Estacional Decidual e rea de Formaes Pioneiras.
rea de Formaes Pioneiras de Influncia Fluvial correspondem a ambientes
geologicamente jovens, ocupando terrenos do quaternrio com deposio recente e
terreno no consolidado, onde as condies nutricionais e de drenagem do substrato
supem adaptaes especiais da flora para seu estabelecimento. As espcies
ocorrentes nas restingas representam a vanguarda na colonizao das faixas
arenosas junto laguna dos Patos, caracterizando desde coberturas herbceas ralas,
com predominncia de gramneas e compostas at matas bem desenvolvidas. Entre
esses dois extremos, ocorrem diversas formaes intermedirias, constituindo muitas
vezes, conjuntos de grande beleza paisagstica. Nas baixadas, originalmente brejosas,
houve intensas alteraes da paisagem em funo da drenagem para o cultivo de
arroz em perodo anterior ao plantio do eucalipto.
Quanto Floresta Estacional Semi-decidual e a Floresta Estacional Decidual, a
diferena entre elas reside na proporo das espcies arbreas que apresentam o
comportamento de queda das folhas no perodo frio. Enquanto que na primeira um
contingente entre 20 e 50% das espcies portam-se dessa maneira, na segundo esse
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contingente supera os 70%. Essa diferena deve-se basicamente ausncia de
Apuleia leiocarpa (grpia), que estando presente no estrato emergente da Floresta
Estacional Decidual, uma das principais responsveis pelo carter decduo dessa
floresta.
A Regio Fitoecolgica da Savana ou Estepe corresponde regio onde est
concentrada a maior parte das reas prprias de cultivo de eucalipto. Esta formao
ocupa reas de relevo aplainado e dissecado, em altitudes at pouco superiores a 400
m, caracterizadas por solos litlicos, distrficos e eutrficos, rasos, bem como solos
podzlicos, onde predominam granitos e gnaisses do Pr-Cambriano. Sua
fitofisionomia consideravelmente varivel, sendo as formas biolgicas predominantes
representadas, na sua maioria, por espcies das famlias das gramneas, ciperceas,
compostas, leguminosas e verbenceas. As espcies lenhosas podem estar presentes
em maior ou menor quantidade, constituindo elemento de caracterizao das
formaes. As espcies arbreas apresentam disperso, distribuio e freqncia
irregulares. A vegetao herbcea hoje em dia constituda por gramneas cespitosas
e rizomatosas.
A CMPC no realiza plantios florestais em reas ocupadas com vegetao nativa, seja
em estgio primrio e secundrio avanado ou mdio. No caso da regio de savana, oplantio s realizado em reas previamente antropizadas pela pecuria e/ou
agricultura, destinando Reserva Legal reas de campo natural representativas da
riqueza biolgica local.
2.5 SISTEMA DE MALHA VIRIA
A malha viria utilizada pela empresa para a realizao das operaes florestais
composta por estradas federais, estaduais, municipais e prprias. Estas ltimas so
mantidas como registros no Cadastro Florestal, classificadas como reas de Estradas,
compondo o uso do solo nas reas da CMPC.
O traado de estradas e aceiros nas reas da CMPC feito de acordo com a norma
PO/PSM-002 - Planejamento de Uso do Solo. A norma MT/PSM-008 - Manual de
Estradas fixa os padres bsicos necessrios execuo das atividades de abertura,
construo e conservao de estradas permitindo que a trafegabilidade de mquinas e
veculos seja contnua, gil e segura e que sejam observados os cuidados ambientais
necessrios.
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2.6 RELEVO
Em geral, as reas da empresa encontram-se em relevo variando de plano, suave
ondulado (com declividade geral menor que 3o), ondulado e fortemente ondulado. O
aproveitamento para o plantio florestal respeita o limite de declividade previsto pela
legislao (45o). Nas reas onde predomina o relevo plano, os plantios so efetivados
preferencialmente em terrenos onde as operaes so mecanizveis (declividade