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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 244 | Série II, du 16 décembre 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais 04 O novo Cônsul Geral de Portugal em Paris, António Moniz já está em funções e começou a visitar instituições da Comunidade portuguesa PUB Regionais. A Frente Nacional (FN) de Marine Le Pen não ganhou as eleições Regio- nais mas abalou profundamente o sistema po- lítico francês. 03 Literatura. Os alunos da Secção por- tuguesa do Liceu internacional de Saint Germain-en-Laye entrevistaram o escritor José Jorge Letria. 07 Fado. A fadista Mísia vem cantar a Paris e presta homenagem à diva Amália Rodri- gues no seu mais recente trabalho disco- gráfico. 11 Futebol. Fernando Santos e Anthony Lopes comentam o sorteio para a fase de grupos do Euro’2016, teve lugar em Paris na semana passada. 18 Uma campanha da Academia do Bacalhau de Paris LusoJornal / Carlos Pereira 06 ‘Roupas sem Fronteiras’ para ajudar quem necessita PUB

‘Roupas sem Fronteiras’ para ajudar quem necessita · tida em guetos sem outro horizonte para além das fronteiras do enclave territorial em que se encontra acan-tonada. Esses

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 244 | Série II, du 16 décembre 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

04O novo Cônsul Geral de Portugal emParis, António Moniz já está em funçõese começou a visitar instituições da Comunidade portuguesa

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Regionais. A Frente Nacional (FN) deMarine Le Pen não ganhou as eleições Regio-nais mas abalou profundamente o sistema po-lítico francês.

03 Literatura. Os alunos da Secção por-tuguesa do Liceu internacional de SaintGermain-en-Laye entrevistaram o escritorJosé Jorge Letria.

07

Fado. A fadista Mísia vem cantar a Parise presta homenagem à diva Amália Rodri-gues no seu mais recente trabalho disco-gráfico.

11 Futebol. Fernando Santos e AnthonyLopes comentam o sorteio para a fase degrupos do Euro’2016, teve lugar em Parisna semana passada.

18

Uma campanha da Academia do Bacalhau de ParisLusoJornal / Carlos Pereira

06‘Roupas sem Fronteiras’para ajudar quem necessita

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02 Opinião le 16 décembre 2015

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto(Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, JorgeCampos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie deOliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilitéde leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7avenue de la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra.Tel.: (+351) 239.716.396 / [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: décembre 2015 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

A França, fábrica do terrorismoCristina SemblanoEconomista, Membro daMesa Nacional do Bloco de Esquerda

[email protected]

Crónica de opinião

Os atentados a que acabámos de as-sistir em França são - como os perpe-trados no passado mês de janeirocontra o Charlie Hebdo - monstruo-sos. Podemos repeti-lo até à exaustãoe até à exaustão podemos classificaros seus autores de bárbaros, mons-tros, fanáticos, humanos sem huma-nidade. Sentimo-nos aliviados aofazê-lo e é natural, o sangue que cor-reu, correu mesmo junto de nós, nanossa cidade, nos seus passeios, nasexplanados dos seus bares noturnos,numa das suas conhecidas salas deespetáculos; ceifou a vida de genteconhecida ou anónima e poderia terceifado a nossa.Creio, todavia, que não basta dizerdeste atentado - como do do mês dejaneiro - que é uma monstruosidadee que os seus autores são monstros,como se se tratasse de atos avulsos,suspensos num real em que nãocabem e tendo o fanatismo religiosocomo trama causal. A análise tem deir mais longe, implica sair de umazona de conforto intelectual em queo mundo se divide entre os bons e osmaus, os que detêm os valores da ci-

vilização e os bárbaros, sendo que opapel que nos cabe é “naturalmente”o do bom da fita.Na realidade, a França gera o terro-rismo que diz combater e que por seuturno se volta contra ela.Este facto prende-se com a sua polí-tica externa: as suas relações com aArábia Saudita, “berço e banqueirodo integrismo sunita no mundo” (1),ou com a Turquia que com ele pactuapara esmagar o povo curdo; a sua in-gerência ontem na Líbia e a sua po-sição hoje no conflito sírio que alevaram a apoiar oposições mal defi-nidas e ligadas ao jihadismo.Não se pode ao mesmo tempo venderarmas aos países que apoiam o Es-tado Islâmico (Arábia Saudita, Qatar),ser coniventes com os que compramo “seu” petróleo (Turquia) ou armardiretamente os seus “soldados” (opo-sição Síria) e pretender manter a im-punidade. Sobre este ponto de vista,a França tem o comportamento dobombeiro pirómano que vem apagaro fogo que ele próprio ateou.Mas não é só na frente externa que aFrança é uma fábrica de terrorismo:

é-o também devido à sua política in-terna, ou seja a política de ostra-cismo, discriminação e xenofobia aque vota a população magrebina oude origem magrebina, que vive no seusolo. Sabemos que parte dos terroris-tas são recrutados nos subúrbios sór-didos de Paris e outras cidadesfrancesas, naqueles em que a popu-lação imigrante (2) é relegada e man-tida em guetos sem outro horizontepara além das fronteiras do enclaveterritorial em que se encontra acan-tonada.Esses subúrbios sórdidos denomina-dos até há pouco “Zonas UrbanasSensíveis”, são autênticos viveiros dedesemprego e miséria, o mesmo queé dizer de exclusão. A taxa de desem-prego é de duas vezes e meia amédia nacional, avizinhando os 50%para os jovens, e a parte da popula-ção que vive abaixo do limiar da po-breza (38%) representa três vezesaquela média. Se tomássemos emconta o desemprego real e, para alémdas desigualdades entre estas zonase a média nacional, considerássemosas que subsistem no seu seio, o fosso

seria ainda mais gritante.Miséria e racismo omnipresente na‘cité’ são uma mistura explosiva paraa população jovem sobre-represen-tada nestas zonas. Confinados nasfronteiras de um ‘no man’s land’ ter-ritorial e ao mesmo tempo acusadosde comunitarismo, numa sociedadeostentando despuradoramente o con-sumo e a primazia dos valores indivi-duais, suspeitos pelas suas origens ediscriminados como Franceses, estesjovens sem reconhecimento nem es-perança, são as presas fáceis dos re-crutadores do Estado Islâmico.A França surge deste modo, na en-cruzilhada do terrorismo, responsávelpelo contributo que direta ou indire-tamente dá ao Estado islâmico aoprovê-lo em armas, logística ou fi-nanciamento; e, como se isso nãobastasse, abandona-lhe também osseus filhos mal-amados que o regimerepublicano ostraciza e a escola pú-blica - poderosa agravadora das de-sigualdades - foi incapaz de integrarno seu seio.Não se trata de desculpar o terro-rismo nem os seus autores, que

devem ser devidamente julgados epunidos no âmbito do Estado de di-reito. Trata-se, sim, de tentar com-preender a situação atual à luz dainterceção da geopolítica e das ciên-cias sociais. Fazê-lo é respeitar as ví-timas que hoje caíram (e não só asfrancesas), e evitar as que inexoravel-mente cairão amanhã se não se arre-piar caminho.É que, se a França está em guerra, écontra ela própria: contra o resultadode décadas de uma política desas-trosa da imigração e de ingerênciasbelicosas obedecendo a mesquinhosinteresses estratégicos. É uma guerracontra a injustiça que gerou no inte-rior e contra a dominação que querimpor no exterior. Eis porque nem oestado de urgência cerceador de li-berdades, nem o controlo das fron-teiras e o repúdio dos refugiados,nem as bombas retaliadoras, permi-tirão ganhá-la.

(1) Serge Halimi, in “Dégringoladede la France”, editorial do Monde Di-plomatique de novembro de 2015(2) Ou de origem imigrante

Português nos sistemas escolares europeus: integração ou talvez não

Crónica de opinião

Quando os Romanos iniciaram aconstrução do seu império, atravésda conquista de vastas regiões, ins-tauraram, junto às populações con-quistadas, uma máxima muitoválida: não iriam aprender a língualocal, pois era considerada bár-bara. Os conquistados é que ti-nham de aprender a falar Latim.A prova de que essa técnica resul-tou é o largo número de línguas deorigem latina faladas no mundo,entre as quais o português.Séculos mais tarde, os Inglesesadotaram um estratégia seme-lhante, obrigando todos os povoscolonizados a falar inglês. O resul-tado foi muito positivo, pois alémde ser falado nas Ilhas Britânicas enos Estados Unidos, o inglês é alíngua oficial de inúmeras ilhas eilhotas por esses mares fora, sendoa segunda língua mais falada nomundo.Quanto ao Português, também umalíngua de colonização, teve um per-curso semelhante, embora não sejaa terceira língua mais falada nomundo, como muitas vezes é afir-mado. Conforme o tipo de conta-gens feito, somos a quinta ou sextalíngua na lista, sempre a seguir ao

Hindi, o idioma principal na Índiae no Paquistão.Quanto à integração do Portuguêsnos currículos das escolas na Eu-ropa, como disciplina de língua es-trangeira, questão muito discutidamas pouco pesquisada ou com-preendida, não é tão fácil comomuitas pessoas parecem pensar,sendo necessário ter presentes vá-rios fatores.O primeiro é que o Inglês, semsombra de dúvida, atingiu o pri-meiro lugar como língua estran-geira nos currículos escolareseuropeus, começando a ser ensi-nado logo nos primeiros anos deescolaridade, difusão essa devidaprincipalmente ao desenvolvi-mento tecnológico oriundo dos Es-tados Unidos.Agrade ou não, a primazia da lín-gua inglesa veio para ficar e não éprovável que o Inglês possa serdestronado como primeira línguaestrangeira e substituído pelo Por-tuguês.Além disso, a inserção de uma lín-gua estrangeira no currículo esco-lar oficial de um país é resultadode acordos políticos que tantopodem ter raízes históricas como

geográficas, por exemplo no casode países com fronteiras contíguas.O segundo fator a ter em conta éque, no continente europeu, exis-tem vários países que já se deba-tem com várias línguas nacionais,como por exemplo a Suíça e o Lu-xemburgo. Claro que nestes casos,juntamente com o Inglês, a prima-zia terá de ser dada às referidaslínguas, o que pouco ou nenhumlugar deixa para o Português.Em terceiro lugar, e este é um fatormuito importante, é que na maioriados sistemas de ensino estão ape-nas previstas duas línguas estran-geiras.A primeira o Inglês, como ditoacima, e a segunda o Espanhol ouo Francês, dependendo dos países.E não esquecer que o Latim estáde novo a ocupar uma posição dedestaque, tanto na Alemanha, apartir do 5° ano de escolaridade,como em Portugal.A estas inegáveis verdades é aindaimportante acrescentar que umaterceira, e eventual, língua estran-geira só pode ser inserida a partirdo 8° ano de escolaridade, geral-mente como disciplina de opção,visto já existirem duas línguas an-

teriores.Esse lugar poderia realmente serocupado pelo Português, se as en-tidades responsáveis, no nossopaís, envidassem esforços para quetal acontecesse.Porém, esses esforços, se é que al-guma vez foram realmente feitos,assumem um caráter muito débil,testemunham o pouco interesseexistente em divulgar a nossa lín-gua e em geral padecem de umainércia de alto nível.Além de um elitismo insuportável,dando apenas importância ao Por-tuguês língua estrangeira no En-sino Superior, portanto níveluniversitário, e ignorando a possi-bilidade da nossa língua como dis-ciplina, ainda que opcional, noensino obrigatório, assiste-se aindaa cenas patéticas, como o que estáa acontecer nos últimos anos comos cursos de Língua e Cultura Por-tuguesas para lusodescendentes acargo do Instituto Camões.Visto que o referido Instituto não seencontrava minimamente vocacio-nado para o ensino do Português,como língua materna ou de origem,a alunos dos ensinos básico e se-cundário, optou por transformar o

Português nas Comunidades emPortuguês para estrangeiros, indi-ferente à realidade de que nem osPortugueses no estrangeiro são es-trangeiros nem os alunos desco-nhecem a língua portuguesa.Esta patética e lamentável tenta-tiva tem como fundo o princípio,errado, de que, com tantos Portu-gueses por esse mundo fora, se oPortuguês for língua estrangeirapara todos, as escolas acabarão poro colocar no currículo e o Institutofará grande poupança, pois deixaráde pagar aos professores portugue-ses, ficando o ensino da língualusa a cargo dos Franceses, dosAlemães, dos Suíços, etc.Em resumo, serão outras entidadesa pagar, o que sempre agradoumuito aos responsáveis em Portu-gal, que não se cansam de acen-tuar a importância do Portuguêsmas não querem investir um cên-timo que seja na sua divulgação.Paguem os outros para divulgar anossa língua...Escusado será dizer que assim nãovamos longe. Quem não quis inves-tir no passado e se escusa aos seusdeveres no presente não pode con-tar com um sucesso futuro.

Teresa SoaresSecretária-Geral do Sindicatodos Professores das Comunidades Lusíadas

[email protected]

03Comunidade

“Se Marine Le Pen ganhar, vou para Portugal”

O lusodescendente Eric Correia, eleitodomingo na segunda volta das eleiçõesregionais em França, disse à Lusa queviajará para Portugal no dia em queMarine Le Pen chegar ao poder. “Se aMarine Le Pen chegar ao poder emFrança, eu vou logo para Portugal.Adoro o Porto, Lisboa e a Nazaré, umbom peixe grelhado e um bom vinhoverde. O que se pode pedir mais? AFrente Nacional (FN) é um Partido ex-tremo que recusa misturas e que queros estrangeiros lá fora”, disse à LusaEric Correia, de 49 anos.Eric Correia, enfermeiro e autarca emGuéret, no distrito de Creuze, no cen-tro de França, foi eleito Conselheiro daregião Aquitaine-Limousin-Poitou-Charentes, uma das cinco regiões emque o Partido Socialista venceu, contraas sete ganhas pelo partido de direitaLes Républicins e uma ganha por umpartido regional independentista, aCórsega.Para o novo Conselheiro regional deorigem portuguesa, o Partido Socia-lista optou por “limitar os danos” anível nacional, “tendo em conta o queera esperado”.“Há uma subida geral da Frente Na-

cional em França que já vem de háalgum tempo e que nos preocupamuito. Basta ver os resultados das úl-timas eleições autárquicas, europeias,departamentais e agora regionais”, co-mentou, ainda que a FN não tenhaconseguido conquistar uma região,apesar dos bons resultados da pri-meira volta de 06 de dezembro.Eric Correia disse ainda que a lição atirar destas eleições é que haja um“despertar de consciências porque épreciso uma nova forma de fazer polí-tica e um renovar de gerações paraevitar que as pessoas fiquem tão agar-radas ao poder”. Por outro lado, o po-lítico relativizou o peso do impacto noeleitorado dos atentados em França,considerando que “o voto na FN teriasido elevado mesmo que não tivessehavido atentados” e que não lhe pare-ceu que o Partido de extrema-direitatenha ganho com a sensação de“medo e insegurança dos Franceses”.Ter um nome português no mapa po-lítico regional francês é para Eric Cor-reia “um orgulho” e, por isso, dedicaa vitória nestas eleições aos avós: An-tónio Correia e Germaine Lajoix, umPortuguês e uma Francesa que se en-contraram e se casaram há quase umséculo no centro de França. “Tenho

muito orgulho relativamente a todoeste percurso, nomeadamente daminha família. O facto de haver, pelomenos, um nome português nas elei-ções regionais é um orgulho e não con-sigo deixar de pensar nos meusantepassados, sobretudo nos meusavós”, acrescentou.O avô de Eric, António Correia, chegouà região de Creuse, no centro deFrança, em 1920, onde trabalhou nasminas, depois de ter deixado a zona doPorto. “A última vez que fui a Portugalfoi em 2011. Tenho ainda família lá enem os conheço a todos. Ainda visitoos meus primos e de cada vez que voua Portugal comemos imenso porquerealmente é um povo que sabe rece-ber”, concluiu, lamentando apenasnão saber falar português.Outro dos nomes portugueses em des-taque a terem conquistado um lugarde conselheiro regional nestas eleiçõesé o de Carlos da Silva, Deputado so-cialista na Assembleia francesa ePorta-voz do Partido Socialista, que seafirma um “apaixonado por Lisboa”, eque vai “pelo menos uma vez por ano”à aldeia de Rendufinho, perto daPóvoa do Lanhoso, onde ainda tem fa-mília, como salientou à Lusa antes doescrutínio deste domingo.

Frente Nacional acabou por não ganhar nenhuma região

Por Carina Branco, Lusa

Inscrições xenófobas em Brie-Comte-RobertO Deputado socialista Paulo Pisco es-creveu na semana passada ao Embai-xador de França em Portugal paramanifestar preocupação por a sede doClube Português de Brie-Comte-Ro-bert, na periferia de Paris, ter sidovandalizada com inscrições xenófo-bas.A sede do Clube Português de Brie-Comte-Robert, a sudeste de Paris, foivandalizada na noite de terça paraquarta-feira da semana passada,tendo sido escritas na fachada do edi-fício frases como “morte aos Portu-gueses”, “morte aos estrangeiros” eaos “ciganos” e ainda “Viva a FN”.Na carta dirigida ao Embaixador fran-cês em Lisboa, Jean-François Blarel,o Deputado do PS considera estar pe-

rante inscrições de teor “xenófoboofensivo contra os Portugueses, quemerece uma absoluta condenação, in-dependentemente das intenções comque aquele ato de vandalismo foi pra-ticado”.“A Comunidade portuguesa na locali-dade de Brie-Comte-Robert merece amaior consideração por parte da po-pulação local e nunca teve qualquertipo de problemas. Sempre teve tam-bém um excelente relacionamentocom a Mairie local, que logo se apres-sou a apresentar queixa do sucedido.O mesmo se pode dizer do Clube Por-tuguês, que já existe há várias déca-das, igualmente com uma boaconvivência com a população local”,sustenta Paulo Pisco.

O Deputado do PS pede depois que oGoverno francês faça as “diligênciasnecessárias para averiguar quem es-creveu aquelas frases xenófobas asso-ciadas ao partido Frente Nacional”.“A xenofobia e o racismo são conde-nados à luz do Código Penal francêse na Carta dos Direitos Fundamen-tais da União Europeia. Por outrolado, é absolutamente condenávelque a Comunidade portuguesapossa, eventualmente, ter sido ins-trumentalizada, visto que em todo oterritório francês é extraordinaria-mente bem considerada e constituium exemplo a nível da integração ede harmonia na relação com as po-pulações locais”, defende aindaPaulo Pisco.

le 16 décembre 2015

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Eric CorreiaDR

04 Comunidade

lusojornal.com

emsíntese

Remessas dosemigrantes

Portugal foi o país da União Euro-peia (UE) que recebeu mais re-messas de transferências pessoaisde emigrantes em 2014 (4,8 milmilhões de euros), segundo dadosdo Eurostat.No ano passado, dos 4,8 mil mi-lhões de euros recebidos em Por-tugal, 2,6 mil milhões foramremessas de residentes na UE e2,2 mil milhões foram transferidospor emigrantes fora do espaço co-munitário.No que respeita a saídas de verbasdas transferências pessoais, aFrança lidera com 9,4 mil milhões,seguida do Reino Unido (6,8 milmilhões), Itália (6,5 mil milhões) eEspanha (5,9 mil milhões, referen-tes apenas a pagamentos a traba-lhadores expatriados).Na média da UE, entraram 11 milmilhões de remessas e saíram29,3 mil milhões em 2014.

Francesa encontrada morta em Faro

Uma cidadã francesa, de 71 anos,foi encontrada morta na semanapasada na sua residência na ilhada Armona, distrito de Faro.A investigação levada a cabo pelaPolícia Marítima e pela Polícia Ju-diciária aponta que a morte terásido motivada pela inalação demonóxido de carbono, tendo osanimais que a mulher tinha emcasa sido encontrados mortostambém.O capitão do Porto de Olhão,Nunes Ferreira disse à Lusa que afilha da mulher pediu ajuda às au-toridades, dando conta que nãoconseguia entrar em contacto coma mãe desde sábado, 5 de dezem-bro.

Eleições legislativas emCabo Verde a 20 de março

As eleições legislativas em CaboVerde vão realizar-se a 20 demarço de 2016, anunciou na se-mana passada o Presidente daRepública, Jorge Carlos Fonseca.A marcação das eleições legislati-vas acontece dois dias depois deJorge Carlos Fonseca ter ouvidovários representantes da socie-dade civil, os Partidos políticos ins-critos no Tribunal Constitucional ede ter reunido o Conselho da Re-pública.

Novo Cônsul Geral de Portugal em Paris já entrou em funções

Já está em funções, desde o passadodia 23 de novembro, o novo CônsulGeral de Portugal em Paris, AntónioAlbuquerque Moniz. A nomeação játinha sido feita há vários meses, masAntónio Moniz era Chefe de Gabinetedo ex-Ministro dos Negócios Estran-geiros, Rui Machete.Desde a saída de Pedro Lourtie, queentretanto assumiu as funções deEmbaixador de Portugal na Tunísia, oMinistério enviou para Paris, por umperíodo de transição, um outro Diplo-mata, Paulo Pocinho, que entretantotambém regressou a Lisboa.António Moniz tem 50 anos, vem deLisboa, mesmo se com família emViseu, e é licenciado em Direito pelaFaculdade de Direito da UniversidadeClássica de Lisboa.Entrou na carreira em março de1991. Já esteve em missão na Repre-sentação Permanente junto da OSCE,em Viena, na Áustria, na Embaixadade Portugal em Varsóvia e na Embai-xada de Portugal em Berlim, ondechegou em fevereiro de 2009 e deonde saiu para ser Chefe de Gabinetedo Ministro Rui Machete.No Ministério já esteve em funções na“Secretaria de Estado”, foi Chefe deDivisão de Acordos na Direção de Ser-viços de Vistos e Circulação de Pes-soas da Direção-Geral dos AssuntosConsulares e Comunidades Portugue-sas, foi Chefe de Divisão na Direçãode Serviços das Organizações Econó-micas Internacionais da Direção-Geraldos Assuntos Multilaterais, foi mem-bro e representante do Ministro de Es-tado e dos Negócios Estrangeiros noConselho de Garantias Financeiras àExportação e ao Investimento, e foiDiretor de Serviços da DiplomaciaEconómica da Direção-Geral dos As-suntos Técnicos e Económicos.

Ministro-plenipotenciário de 2ª classe,António Moniz já podia chefiar umaEmbaixada tendo preferido, segundodisse ao LusoJornal, exercer as fun-ções de Cônsul geral de Portugal emParis. Aliás o Chefe de posto em Parisé equiparado a Embaixador e este écertamente o maior Consulado portu-guês no mundo.“Enquanto Cônsul-Geral em Paris pro-curarei reforçar e melhorar a eficiênciados serviços consulares e dar umaacrescida e elevada atenção aos pro-blemas da Comunidade portuguesa, àsemelhança do que tem sido feito nos

últimos anos” escreve o Cônsul-Geralnuma nota enviada às redações.“Prestarei particular atenção, emcoordenação com os serviços da Em-baixada de Portugal em Paris e daCoordenação do ensino do Portuguêsem França, à qualidade do ensino danossa língua, parte essencial do nossopatrimónio, da nossa vivênciacomum, da nossa identidade comoPovo que não se confina aos limitesgeográficos de Portugal”.O novo Cônsul Geral em Paris promete“participar nas atividades sociais, cul-turais e económicas que promovam o

desenvolvimento, o progresso e a visi-bilidade dos Portugueses nesta regiãoe que contribuam para o prestígio dePortugal e para a divulgação da Lín-gua e Cultura portuguesas” e consi-dera que “a Diáspora Portuguesa naárea de jurisdição deste ConsuladoGeral conta já com uma grande ma-turidade e uma tradição sólida quenos deverá permitir, em conjunto,aprofundar a sua participação na vidadeste país, sem deixar de defender acultura e a história particulares danação portuguesa, referência incon-tornável da nossa identidade”.

António Albuquerque Moniz

Por Carlos Pereira

Missa de homenagem às vítimas dos atentados

No passado dia 13 de dezembro,domingo, o Santuário de Nossa Se-nhora de Fátima de Paris celebrouuma missa de sufrágio e homena-gem às vítimas dos atentados deParis, marcando também o iníciodo Ano Santo.Enquanto Santuário de oração pelacidade de Paris - segundo o voto doseu fundador, o Cardeal Suhard(em 1944), renovado pelo CardealLustiger (em 1988) – “não pode-mos esquecer as 130 vidas perdi-das e as centenas de feridos. 130velas com as cores da bandeirafrancesa foram acesas durante amissa”, explicou o Reitor Nuno Au-rélio. O Secretário-Geral do Conse-lho das Conferências Episcopais daEuropa, organismo da Igreja queintegra os Bispos e suas dioceses,o padre Duarte da Cunha, veio con-celebrar a homilia.As autoridades de Paris, represen-tantes da Diocese, o número dois

da Embaixada de Portugal, o Côn-sul Geral de Portugal em Paris,bem como os Deputados eleitospelo círculo da emigração na Eu-ropa, foram convidados a estamissa de homenagem e acenderampor sua vez as suas velas. Natural-mente também estavam presentes

as famílias das duas vítimas portu-guesas: Manuel Dias e Precília Cor-reia.A missa orada em português come-çou às 11h00 e contou essencial-mente com Portugueses. O padreNuno Aurélio começou por fazer asaudação, apelando à paz e subli-

nhando a sua importância. “Deixeitambém a ideia da laicidade assimcomo a presença da religião navida pública”.E assim se iluminou a igreja demodo sereno com as 130 velas, emmemória das vítimas, mas o Reitornão deixou de pensar em todos osoutros atentados no mundo que ti-raram a vida a muitos inocentes,ilustrada pela vela maior. “Rezá-mos pelas almas dos que morrerame pela consolação dos feridos, so-breviventes, amigos e familiares detodas as vítimas”, apontou. Opadre português teve a oportuni-dade de falar com os familiares dasvítimas. “Estavam naturalmentemuito sensibilizados com a cele-bração da missa, nota-se que jáestão fora do choque inicial, obvia-mente que nunca esquecerão, ador será permanente, os outros es-quecem-se mais depressa, mas aIgreja ainda está aqui para se lem-brar deles”, referiu ao LusoJornal.Rezemos e confiemos...

No Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Paris

Por Clara Teixeira

le 16 décembre 2015

Personalidades acenderam algumas das 130 velasLusoJornal / Alfredo Lima

LusoJornal / Carlos Pereira

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06 Comunidade

lusojornal.com

Academia do Bacalhau organizou jantar e recolheu roupas para famílias necessitadas

O habitual jantar de fim de ano da Aca-demia do Bacalhau de Paris teve lugarnum barco, em pleno rio Sena, no sá-bado passado, e contou com a partici-pação especial de Luís Represas quecantou para as cerca de duas centenasde “Comadres” e “Compadres” queparticiparam no evento.No início do jantar o Presidente CarlosFerreira lembrou as vítimas dos aten-tados de Paris no passado dia 13 denovembro, mas lembrou também amorte recente de Milú Gama e de IldaVieira, esposas respetivamente de TonyGama e Rogério Vieira, dois “Compa-dres”. Foi guardado um minuto de si-lêncio.Durante a noite, na presença do novoCônsul Geral de Portugal em Paris edos dois Deputados eleitos pela emi-gração, Carlos Gonçalves e PauloPisco, foram apresentadas duas novaspropostas de “Compadres”: ArmindoGameiro apresentou o jornalista Ri-cardo José e Fernando Lopes apresen-tou Chantal da Costa. Os doisproponentes vão ter de prestar provasde “fidelidade” ao lema da Academiaantes de serem considerados definiti-vamente “Compadres”.O Presidente Carlos Ferreira agradeceua colaboração dos três patrocinadoresdo jantar: a Fidelidade, a Império e aCaixa Geral de Depósitos e agradeceu

também a José Gomes de Sá, nossocolega da Lusopress, que deu umapoio de 800 euros à Academia do Ba-calhau.Mas o tema da noite foi, sem dúvida, acampanha “Roupas sem Fronteiras”.Pelo terceiro ano consecutivo, a Aca-demia do Bacalhau recolheu roupas,sapatos e brinquedos para entregar afamílias necessitadas. “Este é o tipo decampanha em que toda a gente podeparticipar. Todos nós temos roupas emcasa que já não usamos” explica Fer-nando Lopes, Vice-Presidente da Aca-demia do Bacalhau. “Há muitas

famílias em Portugal que necessitamda nossa ajuda” afirma por sua vezAfonso Galvão, o mentor do projeto.Durval Marques, cofundador das Aca-demias do Bacalhau, que se deslocoua Paris para participar neste evento,disse que vai propor ao próximo Con-gresso das Academias que esta passea ser uma iniciativa comum a todas asAcademias.No dia seguinte, domingo, cerca de 20pessoas passaram o dia a fazer a sele-ção das roupas recolhidas. “Toda a se-leção é feita aqui. Cada cartão tem aindicação do que está lá dentro pelo

que, quando chegar a Portugal, ficama saber o que cada cartão contém” ex-plica ao LusoJornal Chantal da Costa,coordenadora da operação de seleção.Mas este ano tem toda a roupa seguepara Portugal. “Uma parte vai ser en-tregue aqui em França, a famílias derefugiados da Síria que estão agora achegar” anuncia Fernando Lopes.“Nós temos de nos lembrar do quepassamos quando chegámos a França.Muita gente ajudou-nos. Agora somosnós a ajudar aqueles que necessitam”explicou por seu lado Carlos Ferreira.No seguimento dos atentados de Paris,as agências da Caixa Geral de Depósi-tos não podem recolher roupas. “Nãose pode entrar nas agências com sacose cartões” explica Afonso Galvão. Masa rede de recolha de roupas foi alar-gada com a colaboração da Misericór-dia de Paris, que tomos os anostambém tem, por esta altura, umacampanha de recolha de alimentospara dar a famílias necessitadas. “Esteano, os pontos de recolha recolhem aomesmo tempo roupas e alimentos.Desta forma, com esta sinergia, asduas campanhas podem ser mais efi-cazes” disse ao LusoJornal JoaquimSousa, provedor da Santa Casa da Mi-sericórdia de Paris.Lá fora a Tour Eiffel brilhava, noite den-tro e Luís Represas acabou por cantar,“a pedido de várias famílias” o tema“125 Azul”. Foi aplaudido de pé.

Jantar anual de Natal teve lugar num barco no rio Sena

Por Carlos Pereira

Carrinha para divulgar programas paraemigrantes esteve na região parisienseUma carrinha de uma campanha doAlto-Comissariado para as Migra-ções para divulgar programas paraemigrantes esteve no fim de semanapassado na região parisiense.Esta iniciativa “decorre das novasatribuições do Alto Comissariado:nós, até 2014, estávamos exclusiva-mente focados na imigração, naspessoas que chegam a Portugal, e

desde o ano passado, passámos ater também a missão de acompa-nhar os portugueses que estão forado país, os nossos emigrantes”,disse à Lusa o Alto-Comissário paraas Migrações, Pedro Calado. “Parajá, conseguirmos levar até aos nos-sos Portugueses não-residentes osprojetos, os programas, as iniciativasque temos a eles dirigidas”, apon-

tou.“Queremos, na primeira pessoa,falar com as pessoas e dar-lhes a co-nhecer esses programas, essas ini-ciativas”, sublinhou o responsável.A carrinha esteve na pastelaria Ca-nelas, em Pierefitte, no restaurantePedra Alta, de Pontault-Combault, eno Santuário de Nossa Senhora deFátima de Paris.

O cantor Tony Gama de luto

Vítima de doença prolongada, faleceuno passado sábado 5 de dezembro,com 65 anos, num dos hospitais deParis, Maria de Lurdes Pinto da CostaGama “Milú”, esposa do famoso can-tor Tony Gama, que para além de can-tor, foi animador do Rádio ClubePortuguês e Presidente da Rádio Fre-quência Portugal FM, em Paris.Embora com o triste destino traçadopelos médicos, Tony Gama não con-tava que a sua digníssima esposa sedespedisse tão repentinamente, senão fosse vítima de uma queda numadas últimas madrugadas à saída dacasa de banho na sua residência emVigeux-sur-Seine.Transportada de urgência para o hos-pital, nada foi possível fazer para que“Milú” continuasse junto de seu ma-

rido e filhos por mais algum tempo.Como era seu desejo ser inumada na

sua terra natal, assim aconteceu comos seus restos mortais a serem trans-

ladados para a sua residência em Ca-nelas/Coimbrões, onde ficou em câ-mara ardente até ao dia seguinte(quinta-feira). Seguindo neste mesmodia para a igreja de Coimbrões (VilaNova de Gaia), onde foi celebradamissa de corpo presente, sob os cân-ticos de todas as músicas de seu ma-rido. Este era um desejo da defunta eTony Gama fez-lhe a vontade. Todosos presentes aplaudiram.Tony Gama deixou o seu mais reco-nhecido agradecimento, não só ao Lu-soJornal, como a todas as pessoas quese dignaram assistir à cerimónia fúne-bre, ou que de outro modo manifesta-ram o seu pesar.De referir, que para além de muitascentenas de pessoas presentes, mui-tas famílias de emigrantes desloca-ram-se de Paris e de outras regiões,para o último adeus a “Milú”.

Faleceu Milú Gama

Por Alfredo Cadete

le 16 décembre 2015

Quais são as novas medidas de apoio à parentalidade em Portugal?

Resposta:

Recentemente foram aprovadasnovas medidas de apoio à paren-talidade, as quais reforçam os di-reitos dos trabalhadores comfilhos. De entre essas medidasmerecem destaque:- Alargamento da licença obrigató-ria do pai - de acordo com o pre-visto na Lei nº 120/2015 éobrigatório o gozo pelo pai de umalicença parental de 15 dias úteis,seguidos ou interpolados, nos 30dias seguintes ao nascimento dofilho, cinco dos quais gozados demodo consecutivo imediatamentea este (em substituição dos ante-riores 10 dias);- Pai e mãe podem tirar parte dalicença inicial ao mesmo tempo -o gozo da licença pode ser usu-fruído em simultâneo pelos proge-nitores entre os 120 e os 150 dias.Quando ambos trabalhem namesma empresa, e sendo estauma microempresa, o gozo simul-tâneo depende do acordo do em-pregador;- Opção pelo regime do teletra-balho - pais com filhos até aos trêsanos podem optar pelo regime deteletrabalho, passando a trabalhara partir de casa, desde que a ati-vidade do trabalhador seja compa-tível com o regime de teletrabalhoe a empresa tenha os meios ne-cessários;- Opção pelo regime de trabalho atempo parcial ou com horário flexí-vel - pais com filhos menores de12 anos, ou com filhos que ten-ham uma doença crónica ou quesejam portadores de deficiência,podem optar por trabalhar atempo parcial ou com horário flexí-vel, não podendo ser penalizadosna progressão das suas carreiras,nem na avaliação do seu desem-penho profissional.- Penalização das empresas quedespeçam ilegalmente grávidas,puérperas e lactantes enquantobeneficiárias de subsídios ou sub-venções públicos.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

LusoJornal / Alfredo Cadete

LusoJornal / Alfredo Lima

LusoJornal / Alfredo Lima

07Ensino

José Jorge Letria respondeu às perguntasdos alunos de ‘Première’Os alunos da professora Carla Lou-renço, da turma de Première (11° ano)do Lycée International de Saint-Ger-main-en-Laye, cujo Diretor é José Car-los Janela, acolheram no dia 12 denovembro, o escritor José Jorge Letria.O LusoJornal publica aqui a entrevista.

Uma vez que é escritor, gosta certa-mente de ler. Qual é o seu livro prefe-rido? Começou a escrever por causadele?Eu li muitos livros até ter começado aescrever os meus. Houve livros que meinfluenciaram muito, sobretudo livrosde escritores franceses, como AlbertCamus, Jean-Paul Sartre, Boris Vian ehouve realmente alguns desses livrosque foram fundamentais para eu au-mentar a minha paixão pela literatura.Mas não posso dizer que foi por causadesta ou daquela obra que eu comeceia escrever os meus livros.

Neste momento, estamos a começar aestudar ‘Os Lusíadas’ de Luís de Ca-mões. Foi um livro que o marcou?Bastante. Eu estudei ‘Os Lusíadas’ deCamões por obrigação, porque eraaluno do liceu e era necessário estudarCamões e a literatura épica. Devo dizerque ‘Os Lusíadas’ são uma obra ge-nial. Eu, na altura, não gostei muito dea ler, acho que é um erro começar adescobrir Camões por ‘Os Lusíadas’. Émais importante começar a ler Ca-mões através da poesia lírica, dos so-netos, da poesia de amor, mas semdúvida que ‘Os Lusíadas’, lidos depoiscom tempo, atenção e até com paixão,foram um livro e um texto essencial naminha vida.

Vimos que o senhor tinha uma biblio-grafia diversificada, para si, qual é adiferença entre escrever para criançase escrever para adultos?Uma vez, perguntaram a uma grandeescritora brasileira e poetisa, CecíliaMeireles, quando ela escreveu um livrode poemas para crianças: “Então vocêtem uma obra extensa, uma obra poé-tica, e agora, vai escrever para crian-ças? Como é isso? É uma coisa

menor?”. E ela respondeu: “Não, éexatamente o mesmo que escreverpara adultos”. Portanto, é preciso in-vestir muito na qualidade do que seescreve, para adultos, ou para crian-ças, como se fosse a última coisa quefôssemos escrever.

Hoje em dia, qual é a relação do autorcom as editoras?A relação do autor com a editora ésempre uma relação fundamental,porque é uma relação de exigência, devigilância e tem de ser de carinho e deafeto. A editora tem que ter carinho,afeto e atenção pelo autor e o autortem que ter uma relação também afe-tuosa com a sua editora. Hoje, o queacontece é que muitas editoras fecha-ram. Em Portugal, muitas editoras fe-charam as portas por não conseguiremmanter o seu negócio num tempo decrise em que as pessoas têm pouco di-nheiro. Hoje há novas editoras, peque-nas editoras, editoras grandes tambéme é preciso que todas percebam quecada obra que publicam representaum esforço e uma luta e, portanto, têmque criar condições para pagar aoautor aquilo que foi o esforço de cria-ção dele.

Já foi recompensado pelo seu trabalhocom vários prémios e distinções, al-

guns internacionais. O que pensa queos leitores buscam nas suas obras?Já fui premiado em vários países, vá-rias línguas. Já fui premiado emFrança. Recebi aqui, por exemplo, oprémio internacional da Unesco, em1993. Foi um prémio importante paramim! O que as pessoas procuram naminha obra é, essencialmente, a con-tinuidade de uma obra que já estápara trás ou, então, a fórmula inova-dora que eu tenho ao abordar determi-nados assuntos que já foram tratadospor outros escritores, mas que elesquerem ver como é que eu trato, comoeu abordo.

Está hoje também connosco na quali-dade de Presidente da Associação Por-tuguesa de Autores. Quais são os seusprincipais deveres nessa organização?O meu principal dever nessa organiza-ção é manter os autores unidos à voltados seus direitos e deveres. Por outrolado, estar atento à legislação e exigirao poder político, sobretudo aos Depu-tados, que produzam leis que faltampara defender os interesses dos auto-res. Por fim, é também criar condiçõespara ajudar os autores, quando elesatravessam dificuldades, como hojeem dia, em tempos de crise.

Chamou-nos também a atenção o

facto de ser um defensor dos direitosdos animais. Escreveu livros sobre elese faz parte de associações. Consideraque ainda há muito por fazer nestaárea?Os direitos dos animais e os animaisem si mesmos, para além da questãodos direitos, eu acho que é um temafortíssimo na literatura. Tem sido umtema importante ao longo das déca-das, e até ao longo dos séculos: algunsgrandes textos da literatura têm sidosobre animais. E por que é que é im-portante escrever sobre os animais? Éporque ao escrever sobre os animais eos seus direitos, nós estamos a escre-ver também sobre a sensibilidade hu-mana em relação àqueles que nosajudam. Os animais são doadores deafeto, de carinho e de amor, e têmmuito menos do que aquilo de que àsvezes precisam, até para sobreviver,para não morrerem de fome e deabandono ou de doença. Ao escreversobre os animais, sobre cães, gatos,sobre os bichos que têm estado naminha casa e na minha vida, eu achoque contribuo para que o ser humanose requalifique melhor enquanto ser,enquanto parte da comunidade.

Voltando à sua atividade de escritor,quais são as suas inspirações para es-crever? Elas mudam consoante o pú-

blico a que se dirige? Podemos esperarum livro inspirado nesta vinda aFrança?O escritor inspira-se no quotidianodele, em tudo o que o rodeia, no quevê e no que lhe acontece no dia a dia.Para ele, tudo pode ser uma inspiraçãopara escrever: um animal, uma pes-soa, um objeto, um acontecimento,um pensamento, etc. As inspiraçõesnão mudam, é a maneira pela qual oautor vai estudar o assunto que mudaconsoante o público a quem se dirigea obra. Nunca se sabe, talvez a vindadele à França seja uma inspiração paraum novo livro, talvez graças a algo queveja ou graças a uma das perguntasque lhe foram propostas, isso vai criarno autor um sentimento, uma reflexão,que depois poderá transcrever numdos seus futuros livros.

Para terminar esta entrevista, gostáva-mos de lhe perguntar quais são osseus projetos futuros?Eu estou quase sempre com um livroa meio, porque como estou sempre afazer outras coisas, nunca consegui terlivros acabados, quando chega a alturade responder a esta pergunta. Eu aca-bei um livro há muito poucos meses,um livro que se chama “Tiro e queda”,que tem um título estranho, mas é umlivro sobre grandes iguarias da vidapolítica, social, mundial, desde o CheGuevara até ao Humberto Delgado etantos outros que foram mortos na al-tura que ainda tinham muito parafazer no seu país, ou pela liberdade,ou por um sonho ou por um ideal, porum projeto de sociedade mais justo.Neste momento, preparo-me para umlivro de memórias, o meu segundolivro de memórias, e estou a prepararum novo livro de poemas que comeceia escrever, episodicamente, mas quetenciono acabar talvez próximo dofinal do ano.

Por fim, o autor defendeu que a lei-tura é uma forma de nos conhecermosmelhor a nós próprios e pediu-nos quedefendêssemos sempre a portugali-dade!

No Liceu Internacional de Saint-Germain-en-Laye

le 16 décembre 2015

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08 Empresas

lusojornal.com

emsíntese

RestauranteLuzes em SaintGenis Laval

Miguel Luzes e Patrícia Mendes,oriundos do Porto, inauguraram nopassado mês de novembro o restau-rante Luzes, em Saint Genis Laval(69), nos arredores de Lyon.Um espaço moderno e acolhedorque pretende inovar na arte da res-tauração.Este restaurante surge da paixão queMiguel Luzes tem pela gastronomiaportuguesa, localizado numa das pra-ças mais bonitas de Saint Genis Laval,a Praça Anne-Marrie Barnoud, oLuzes promete tornar-se num local devisita obrigatória para todos aquelesque procuram saborear o melhor dacomida lusa, tendo ao dispor umaementa recheada de pratos típicostais como, o Bacalhau à Braga, Polvoà Lagareiro, Tripas à Moda do Porto,Francesinhas entre outras especiali-dades.Neste restaurante reina a simpatia ea hospitalidade tipicamente portu-guesa. Aberto de terça-feira a do-mingo.Infos: 04.72.39.37.02

10° aniversárioda Câmara doComércio e Indústria Franco-Portuguesa

A Câmarado Comér-cio e In-d ú s t r i aF r a n c o -P o r t u -g u e s a

(CCIFP) organiza o seu Jantar anualde Gala no próximo dia 18 de dezem-bro, na Maison de la Mutualité, emParis.No seguimento do jantar, a CCIFP vaiorganizar um concerto privado noâmbito das comemorações do 10ºaniversário da Câmara de comércio,com João Pedro Pais e Pedro Abru-nhosa, dois grandes nomes do pop-rock e do jazz funk português. A partirdas 21h45 o concerto é aberto ao pú-blico em geral, desde que solicitemconvite à CCIFP.

Por Paula Martins

Portologia foi inaugurada em ParisCerca de 60 pessoas assistiram àinauguração da “Casa do vinho doPorto”, em Paris, no passado dia 8 dedezembro, num final de tarde ani-mado onde se provaram alguns vinhosdo Porto raros, representados pelospróprios produtores que vieram dePortugal para a ocasião, e acompa-nhados por queijos franceses e portu-gueses expressamente selecionadospor uma mestre em queijaria.Entre os presentes esteve o (recente-mente nomeado) Cônsul-Geral dePortugal em Paris, António Albuquer-que Moniz, o Ministro Conselheiro daEmbaixada, Carlos Pires, o Presidentedo Instituto dos Vinhos do Porto e doDouro, Manuel de Novaes Cabral, aAdjunta ao Maire do 3° bairro deParis, Nicole Bismuth Le Corre, oConselheiro da Mairie de Paris, Her-mano Sanches Ruivo, o Diretor-Geralda Semaest, Dider Dely e o Presi-dente da Caixa Geral de Depósitos emFrança, Rui Soares.Após a inauguração e o corte dasfitas, francesa e portuguesa, o pro-prietário, Julien dos Santos, aprovei-

tou a ocasião para explicar o conceitodo espaço: “Queremos ser os embai-xadores do Vinho do Porto em Paris emostrar a maior variedade possível,dando a conhecer os melhores produ-tores independentes”. Já o Presidentedo IVDP, Manuel Novaes Cabral, refe-riu a “importância de dar a conheceras categorias especiais do vinho doPorto e de mostrar aos Franceses, eaos Portugueses, que há um Portopara todas as ocasiões”, sublinhandoainda que França continua a ser oprincipal mercado de Vinho do Porto.No final, Julien dos Santos acrescen-tou ainda que era “uma grande ale-gria abrir este projeto e assimtambém homenagear a família, osmeus pais que vieram de Portugal, eas minhas origens!”, declarou emo-cionado.O Portologia, la Maison des Porto éum bar-cave onde pode fazer provasde vinhos comentadas mas ondepode, também, beber só um copo (dePorto ou de vinhos do Douro) a acom-panhar com tábuas de queijos e/ou decharcutaria.

Casa do Vinho do Porto

Vinho do Porto estrela no mercado de luxo francêsA França é desde 1963 o principalmercado para o Vinho do Porto.Acrescentar valor, através da apostaem segmentos de luxo e da forma-ção dos intermediários de con-sumo, tem sido o desafio doInstituto dos Vinhos do Douro e doPorto, IP (IVDP). Mostrar as poten-cialidades de harmonização de vi-

nhos do Porto premium com a gas-tronomia francesa de topo foi o ob-jetivo da Cimeira de Vinho do Portoque o IVDP promoveu no passadodia 9 de dezembro, no Hotel Man-darin Oriental Paris, para opinionleaders, jornalistas e especialistasfranceses em vinho e gastronomia.Neste «Sommet du Porto», o chefe

Thierry Marx, mestre em cozinhamolecular, com várias estrelas Mi-chelin no currículo, e o sommelierDavid Biraud, finalista do concurso“Meilleur sommelier du monde”,prepararam harmonizações fora desérie.De acordo com o Presidente doIVDP, Manuel de Novaes Cabral,

“em todos os projetos desenvolvi-dos no mercado francês destaca-sea grande vontade dos diferentes in-termediários de consumo em co-nhecer melhor o Vinho do Porto.Aderem e empenham-se na suapromoção. E é esta a realidade quefaz o nosso sucesso em França como apoio dos agentes económicos”.

O Centro de Negócios Portugal-Toulouseentregou o seu segundo prémio

O Centro de Negócios Portugal-Tou-louse (CNPT), que não é uma empresamas sim uma associação, entregou oseu segundo “Prémio Carreira”, quetem como objetivo de reconhecer odesempenho das entidades ou daspessoas que se dedicam à portugali-dade, na área consular de Toulouse.Na sua segunda edição o “PrémioCarreira” foi atribuído ao José Pereira,carismático proprietário da TabernaDom José em Toulouse, um local deconvívio, de boa cozinha, de fados,um ponto de encontro importante paraa Comunidade portuguesa de la VilleRose.O LusoJornal falou com António San-tos, Presidente do Conselho de Admi-nistração da coletividade toulousaine.

Em que ano foi fundado o CNPT?A ideia de fundar o Centro de Negó-cios Portugal-Toulouse já tinha sidopensada há alguns anos, embora comoutras perspetivas, entretanto tive aoportunidade de conhecer e de falarneste projeto com o falecido Vice-Côn-sul de Toulouse, Joaquim Carreira, noinício de 2013. Foi ele o verdadeirosolicitador para que o CNPT passasse

a ser uma realidade. Embora os esta-tutos não estejam completamente de-finidos, o CNPT nasceu em maio de2014.

Depois de 18 meses de existência oque trouxe de novo a associação?Os nossos primeiros passos foram umpouco esforçados, a associação esteveum pouco em letargia, sem dúvida de-vido ao desaparecimento prematuro

do seu impulsionador. Um ano depois,e um pouco também para comemoraro falecimento do Joaquim Carreira,decidimos avançar. O nome do ex-Vice-Cônsul, associou-se com a distin-ção do CNPT, “Prémio Carreira”.Entregamos o nosso primeiro prémiono fim do ano de 2014, a uma asso-ciação de empresários da região.

Que projetos tem a coletividade?

A nossa ideia é diferente. Queremosjuntar massa crítica, com seis ousete pessoas no Conselho de Admi-nistração para traçar as linhas gerais,cada um com responsabilidades emvários departamentos de onde vãosair as linhas diretrizes, como a cul-tura, a comunicação, o jurídico, o so-lidário. A nossa ambição é promoverPortugal, fortalecer o relacionamentoentre a Comunidade portuguesa naárea consular de Toulouse, tanto anível individual, como associativo ouempresarial.

Como pensam promover Portugal emMidi-Pyrénées?Precisamos essencialmente de comu-nicar. Começámos a produzir suportesde informação, conteúdos para rádios,para jornais, para serem recebidos aquem bem entender a sua utilidade.E esta noite, durante o jantar, antes edepois da entrega do segundo prémio,a troca de ideias e de opiniões porentre os convives já foi muito impor-tante. Se me permitir, para alem dapresença do Vice-Cônsul de Portugalem Toulouse, Paulo Santos, querotambém agradecer a todos os que res-ponderam ao convite e a todos o quenos tem dado o seu apoio.

Em Midi-Pyrénées

Por Manuel André

le 16 décembre 2015

O premiado José Pereira no centro das atençõesLusoJornal / Vítor Oliveira

09Cultura

Concert de musique baroque et sacrée

Très beau concert le dimanche 6 dé-cembre en la Cathédrale d’OloronSte Marie (64), donné par l’Associa-tion France-Portugal de la ville. Enla présence d’Ana Rocha, la Consuledu Portugal à Bordeaux, plus de 200personnes se sont émus de la pres-tation offerte par les 3 artistes musi-ciens de renommée internationale.João Santos, organiste, João PauloFerreira et Luís Peças, les deuxcontreténors, ont proposé au public

très attentif, un programme tournévers la musique baroque et sacrée.Choix des morceaux éclectique aussibien pour orgue que pour piano.La veille, les contreténors ont profitéde leur venue en Pyrénées pour visi-ter la ville de Lourdes, jumelée avecOurém/Fátima. Le matin du concert,en cette même cathédrale, les troisartistes ont participé à la messe eninterprétant au moment de la com-munion «Panis Angelicus» écrite parSt Thomas d’Aquin. Furent joués enclôture de messe «Les Carillons de

Westminster» par l’organiste JoãoSantos.Du fait des élections régionales enFrance, le Maire d’Oloron Ste Marie,s’excusant de son absence, fut re-présenté par Aracéli Etchenique,Présidente de la Commission Cultureet Adjointe aux affaires transfronta-lières.L’année 2015 se termine donc enbeauté, haute en couleur et pleined’allant et de chaleur comme tradi-tionnellement en période de l’Aventde Noël.

A Oloron Ste. Marie

Par Gracianne Bancon

le 16 décembre 2015

Percussionista francês Lê Quan Ninhna Culturgest Porto

O concerto do percussionista fran-cês Lê Quan Ninh, na semana pas-sada, foi o último comissariadopela Associação Filho Único naCulturgest Porto, por motivos orça-mentais, depois de seis anos a pro-gramar para aquele espaço.Lê Quan Ninh esteve na Sonosco-pia, também no Porto, para apre-sentar o livro “Freely: The ABC’s ofan Experience”, da autoria daqueleque é descrito como um “fenome-nal percussionista que se dedica àmúsica erudita contemporânea, nosentido do amplo campo das for-mas modernas e pós-modernas quea vanguarda do século passadopropôs”.

Lê Quan Ninh graduou-se no Con-servatório de Versailles, tendo sidoprofessor e atuado com “diversascompanhias de artes do palco egrupos de música contemporânea,perseverando na sua pesquisa on-tológica de técnicas exploratórias,no contexto da música não escritapara instrumentos de percussão”.“Em 1986 forma os Quatuor Hê-lios, um ensemble de percussãoque até à sua extinção em 2012estreou e levou a cena trabalhosmultimedia fusionando percussão,teatro e novas tecnologias, inter-pretando e gravando, entre outroscompositores, as peças para per-cussão de John Cage”.

Música

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LusoJornal / Gracianne Bancon

10 Cultura

lusojornal.com

Mísia rend hommage a Amália

Elle nous l’avait dit au début de l’an-née, lors de son concert autour de sonalbum précédent, “Delikatessen CafėConcert”, chroniqué ici même: «Cesoir, ce n’est pas un concert de fado,mais quand je reviendrai chanter enFrance, ce sera du fado». Bonne co-médienne, elle ajoutait; «Je serai hié-ratique». Et nous avait annoncél’album qui nous occupe aujourd’hui,sorti au printemps au Portugal, où ilcontinue d’obtenir un franc succès, etdisponible en France* depuisquelques semaines. Arrivant du Brésilet passant quelques jours en promo-tion à Paris (Radio France, Europe 1,Radio Alfa, plusieurs journaux, dontLusoJornal), elle a bien voulu nousconfier quelques propos.Nous avions été étonnés d’apprendreque Mísia, probablement la moinsamalienne des grandes chanteuses defado en activité, dédiait un doublealbum au monument du fado que de-meure Amália Rodrigues: pas telle-ment le genre de la dame de fairedans la révérence. Elle s’explique: «Jen’ai jamais voulu subir l’influenced’Amália. D’ailleurs, à quoi bon? L’hé-ritage d’Amália, c’est Amália. Inutilede l’imiter. J’ai toujours eu par contreun grand respect pour l’artiste et pourla qualité de nombreux poèmesqu’elle a chantés. Et presque toujours,dans mes concerts de fado, j’ai inclus

un ou deux titres illustrés par Amália.C’est ce respect que j’ai voulu mani-fester en enregistrant ce doublealbum, quinze ans après sa mort. J’aipensé aussi que le moment était venude le faire. Il fallait que j’aie accompliune carrière, ah non, je n’aime pas lemot carrière», «un parcours?», suggé-rons-nous. «Oui, c’est cela, mon che-

min, mon parcours, qui me donne lerecul nécessaire avant d’aborder et deréaliser ce projet».Deux CD, donc, l’un où elle est ac-compagnée par le seul piano de Fa-brizio Romano (hors quelques notesde la guitare portugaise de Luís Guer-reiro sur le premier titre, ‘Tive um co-ração, perdi-o’, un texte d’Amália

elle-même). Ce premier CD illustredavantage l’aspect sombre, ‘sauda-doso’, du répertoire d’Amália, sur lesmusiques qu’elle a contribué à faireconnaître, d’Alain Oulman, FontesRocha et Carlos Gonçalves (deux desaccompagnateurs d’Amália). La pré-sence du seul piano fait pour nous ré-férence à une période de la chansonfrançaise où quelques grands noms(Juliette Gréco, Léo Ferré, Barbara)avaient choisi cette forme d’accompa-gnement. Ce n’est pas tout à fait dufado («D’ailleurs, dit Mísia, la mu-sique d’Alain Oulman, ce n’était pastout à fait du fado, non? C’était la mu-sique d’Alain Oulman, un monde àpart»), mais de la grande, de la bellechanson. Avec, car ainsi est Mísia,deux fantaisies dans les deux dernierstitres, ‘Rasga o passado’, pris sur unrythme de tango (cette musique sicousine du fado) et un hilarant ‘LisboaAntiga’, créé par Lucília do Carmo, po-pularisé par Amália, et produit ici avecune sorte de reconstitution du son desvieux 78 tours («J’avais un méga-phone pour le chanter au studio, pré-cise Mísia, c’est en référence auxvendeurs de rue»).Le second CD de l’album demeure fi-dèle, lui, aux formes habituelles dufado, avec Luís Guerreiro, l’un des ar-tistes majeurs de la guitare portugaiseaujourd’hui, et Daniel Pinto à la violaet parfois à la viola baixa. Il reprendquelques thèmes du répertoire

d’Amália, signés par José Galhardo,Alberto Janes ou Amália elle-même(‘Flor de lua’) et les enrichit de textesd’hommage spécialement écrits pource projet par les talentueux TiagoTorres da Silva, Mário Cláudio, Mísiaet Amélia Muge, cette dernière ayantla chance de voir servi son très beaupoème, ‘Amália sempre e agora’, parun duo entre Mísia et l’immensechanteuse brésilienne Maria Bethâ-nia. Un grand moment dans un CD dehaute tenue, car, on le sait, ou on de-vrait le savoir, Mísia est une grandechanteuse et une grande fadiste (ouinversement si vous préférez).

(*) “Para Amália” (2 CD, édité par Ve-rycords / Warner) Vidéo-clip du titre“Tive um coração, perdi-o” réalisé parMaria de Medeiros et visible sur you-tube ou sur le site de Mísia misia-on-line.com.

Fado

Par Jean-Luc Gonneau

le 16 décembre 2015

Le Fado à Paris avant la trêve des fêtes, tandis que celui de Lisbonne est en deuil

Chaque année, c’est pareil. Ladeuxième quinzaine de décembreet la première semaine de janvier,parfois la deuxième, le fado sembledisparaître. Les restaurateurs, lesassociations, les organisateurs desoirées pensent aux fêtes et redou-tent les ponctions des cadeaux deNoël et des réveillons sur les bud-gets des ménages. Pourtant, lesthéâtres restent ouverts, et font debonnes recettes, les cinémas itou.Mais le fado hiberne, pour mieuxrenaître au cours de janvier.Reconnaissons toutefois que novem-bre et décembre furent un momentfécond pour le fado francilien. Lesrestaurants offrant du fado régulière-ment ont continué à fonctionner, le‘Saudade’ de Paris, mensuel, la‘Casa Saudade’ de Versailles, bimensuel, le ‘Physalis’ de Montrouge,hebdomadaire et nouveau au club, etl’‘Express’ de Clichy, qui poursuit saprogrammation dominicale jusqu’au18 décembre avant de reprendreaprès les fêtes. Si le ‘Lusofolie’s’ a in-terrompu sa soirée mensuelle de fadovadio, l’un des grands succès de l’an-née, ce fut pour nous proposer unesoirée avec Diogo Rocha, venu deLisboa, en partenariat avec l’Acadé-mie de fado, un showcase de Custó-dio Castelo, un des plus grands de laguitare portugaise, qui triomphera lelendemain dans un concert à Bry-sur-Marne, à l’initiative de l’associationGaivota, et une représentation de

‘Sud-Express’, spectacle musical deFilipe de Sousa où le fado tient unegrande place.Sans compter la dernière soirée del’année du ‘Coin du fado’, où les ha-bitués Conceição Guadalupe, de re-tour du Canada, et João Rufino,accompagnés aux guitares par Filipede Sousa et Nuno Estevens, furentrejoints par les fadistes consacrésSousa Santos, qui effectuait son re-tour après quelques mois de repos,Paulo Manuel et Daniela, plus lajeune Anna Martins, plus l’ami Antó-nio de Freitas, plus l’exubérante

Peggy, à la voix très bluesy et la sym-pathique Carla Deveille, et encoreJoão Paulo au ukulélé et aux percus-sions, où il voulut bien suppléer la«titulaire» du poste, empêchée, etenfin la guitare de Dominique Oguic.La fête avant les fêtes, avait proposéle programme: objectif largement at-teint.Sans oublier, last but not the least,les superbes concerts donnés par An-tónio Zambujo puis Katia Guerreiroen novembre. De quoi se caler l’ap-pétit en attendant la reprise de jan-vier et l’arrivée d’Ana Moura le 19 à

l’Olympia.Pendant ce temps, le fado lisboète,le fado tout court, pleurait la dispari-tion de Beatriz da Conceição, à l’âgede 76 ans. «Bia», comme la nom-maient ses amis, fut l’une desgrandes interprètes du fado dès lesannées 1960. Elle commença à seproduire dans les meilleures mai-sons de fado à Lisboa, puis dans lesthéâtres du Parque Mayer, et passamême quelques mois à Paris(1967/1968) avec un elenco duluxe (Cândida Ramos et FranciscoMartinho alors autres habitués des

grandes maisons de Lisboa, et lesguitaristes Domingos Camarinhas etCastro, anciens accompagnateursd’Amália Rodrigues) au restaurant‘Au Portugal’, disparu depuis long-temps et qui donnait alors du fadotous les soirs. D’un caractère bientrempé et passionné (une de sespassions, le jeu, fit la fortune descasinos portugais), la dent dure,mais avec un style original («Amália,une rivale, vous dites? Non, jen’avais pas de rivale. Amália, c’étaitAmália, et moi, c’était moi. J’ai eudes mères dans le fado, oui, MárciaCondessa, qui m’a fait débuter, Lu-cília do Carmo, qui m’a encouragée,Berta Cardoso, qui fut une grandeamie. Mais des rivales, non»).De grands noms du fado lui ontrendu hommage: Ana Moura, quil’invita dans sa dernière grande ap-parition publique au Coliseu deLisboa en 2008, Camané et sonfrère Hélder Moutinho, dont ellefut très proche, Aldina Duarte, fa-diste et poétesse, qui avait confiéque c’est en entendant Beatriz daConceição qu’elle avait décidé dechanter le fado. Ici à Paris, si noussommes peu nombreux à nous sou-venir des soirées du restaurant ‘AuPortugal’, plusieurs fadistes recon-naissent son influence, et notam-ment Karine Bucher, «la françaisedu fado», qui a inscrit à son réper-toire plusieurs fados créés par Bea-triz da Conceição, un nom qui estd’ores et déjà dans l’Histoire dufado.

Par Jean-Luc Gonneau

Prochains concerts deMísia enFrance:À Grenoble, le 9 janvierÀ Gordes, le 3 aoûtÀ Paris, en octobre, à La Cigale

C. Aragão

Custódio Castelo au Lusofolie’s avec l’association GaivotaDR

Cultura 11

lusojornal.com

Duarte encantou em ToulouseNos passados dias 10 e 11 de de-zembro, atuou em Toulouse o fa-dista português Duarte Coxo. Ofadista eborense nascido em 1980efetuou os seus estudos na Acade-mia de Estudos Eborense, come-çando pela Música de câmara. Maistarde, e já em 2004, edita o seuprimeiro álbum de Fado, dando iní-cio ao seu atual estilo.O espetáculo decorreu numa dassalas mais conceituadas de Tou-louse: a sala de espetáculos Croix-Baragnon.Com um público misto, entre Fran-ceses e Portugueses, foram doisdias de casa cheia para o fadistaalentejano, oriundo se Évora. Alémde ter presenteado a plateia comfados originais e alguns mais conhe-

cidos, de fadistas como Amália Ro-drigues, durante a atuação houve

também oportunidade de escutar assonoridades tradicionais alenteja-

nas, completando assim um espe-táculo que se mostrou eclético ebem representativo da nossa culturamusical. Afinal tanto o Fado comoo Canto Alentejano são considera-dos Património imaterial da Huma-nidade pela UNESCO, o que Duartefez questão de bem vincar duranteo seu concerto.O artista agradeceu sobretudo aopúblico que esteve presente e tam-bém aos responsáveis que o trouxe-ram mais uma vez a França.No evento de quinta-feira estevepresente o representante local doBanco BPI e durante a atuação desexta-feira esteve Paulo Santos,Vice-Cônsul de Portugal em Tou-louse. A acompanhar Paulo Santosesteve também a restante equipade funcionários daquele posto con-sular.

Fado

Por Vítor Oliveira

Ce 4ème CD de Conceição Guadalupeest un hommage à sa mère, le titrel’atteste et à toutes les mères dumonde. Ainsi commence le CD, parcette chanson qu’aucun artisten’avait enregistré avant elle: «Beijode Mãe» de João Azevedo, aurythme médium lent, que l’on peuttraduire par le baiser maternel.Aussitôt suivi par un morceau d’en-fer: «Porque teimas nesta dor».Rythme rapide, voix remarquable,sans effet recherché, mais terrible-ment efficace. Cette alternance demorceaux paisibles et de morceauxrapides est une caractéristiqueheureuse de ce disque. Ainsi le4ème morceau - «Como por terciúmes» - rapide, met en valeur lejeu de Vítor do Carmo à la guitareportugaise.Puis vient le temps des roses avec«Rosa Branca», subtile ballade à lamusique sautillante et joyeuse, l’unedes plus emballantes du CD. Mor-ceau parfumé puisque Conceição asouhaité nous offrir un bouquet de

roses en deux chansons: «Rosa corde rosa» clôture allègrement l’al-bum.D’autres chansons touchent l’audi-teur au cœur comme cette bellechanson assez lente - «Já medeixou» - dans laquelle Conceiçãolaisse sa voix puissante et modula-ble danser autour des instruments,

complices de ses volutes vocales.Ou comme cette chanson en fran-çais - «La maison sur le port» - dePierre Cour, que Conceição chante(certainement en dansant) en échoà la viola, avec un léger tremolodans la voix.Et écoutez cette «Caso Arrumado»,à la voix portée dans ses aigus fa-

ciles avant de terminer par le se-cond bouquet de roses - «Rosa corde rosa» - enlevé comme ilconvient pour un final de disque.Concernant les musiciens, outre lebrillant travail déjà évoqué plushaut de Vítor do Carmo, il convientde citer les deux autres musicienségalement brillants et efficaces:Flaviano Ramos à la viola et Antó-nio Correia à la contrebasse.Parmi les auteurs et compositeurs,nous retrouvons quelques nomsconnus comme João Azevedo,Amadeu do Vale, Artur Ribeiro, Fe-derico de Brito, Manuela de Freitaset Jorge Fernando.Ce 4ème CD de Conceição Guada-lupe est un excellent disque, sortien 2011 et qui annonce le réussi5ème CD «Recorda-te de mim»,paru en cette année 2015 et déjàchroniqué dans LusoJornal.

“Um fado para minha mãe”Conceição GuadalupeCD201112. InforArte. 2011.

le 16 décembre 2015

«Petit journal lusitan», de Jean-Pierre Péroncel-Hugoz

Le «Petitjournal lu-sitan» (Éd.Domens ,2001), deJean-PierrePéroncel-Hugoz, estpublié avecun sous-t i t r e :«Voyages

au Portugal, en Macaronésie et auBrésil» et il est illustré par 12 photosen noir et blanc de José Afonso Fur-tado, photographe portugais.Né en 1940, à Marseille, Jean-Pierre Péroncel-Hugoz a notam-ment exercé la carrière dejournaliste et grand-reporter au jour-nal Le Monde, de 1969 à 2004. Au-teur de nombreux essais, il effectueavec cet ouvrage une première in-cursion en terres lusophones:«Après tant et tant d’articles surl’univers islamique et sur l’aire fran-cophone, j’avais envie aussi de ris-quer un œil sur une autre façond’être: la lusitanité. Mon Petit journalest le résultat de ce ‘dépaysement’à visage découvert, parmi les fan-tômes de Pessoa ou Torga et desempereurs du Brésil ou chez lesménagères bien vivantes desAçores, voire les auteurs de crimessexuels à Madère...». En 2002, il apublié aussi «Le Fil rouge portugais:voyages à travers les continents»(éd. Bartillat).Impressions et sentiments primentdans ce «Petit journal lusitan», tenuau jour le jour, avec de nombreuxrappels historiques, utiles pour lefutur voyageur et découvreur de cesrégions lusophones. Voici un pas-sage du livre où l’auteur situe la Ma-caronésie et évoque brièvement lespaysages, l’habitat et le portugaisparlé aux Açores: «Je descends àl’escale d’Angra do Heroísmo, àTerceira, l’un des neufs confettisformant les Açores. Ici finit la Ma-caronésie - en grec, les îles Fortu-nées - qui englobe aussi Madère,les Canaries et l’archipel du Cap-Vert. L’ensemble açoréen, lui, estmoitié Irlande, avec ses pâturagesvert acide coupés de murets de lavenoire et piquetés de vaches (plusnombreuses que les 300.000îliens), moitié Brésil, avec seséglises grandiloquentes et son sim-ple habitat chaulé, son portugaisaccentué différemment de la mé-tropole, ses montagnes de fleursénormes (les hibiscus sont mons-trueux, trois ou quatre fois plus grosqu’en Égypte)».

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

“Um fado para minha mãe” de Conceição Guadalupe

Patrice PerronPoète, Guidel

[email protected]

Note d’écoute

Fadistas com os funcionários consularesDR

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14 Cultura

emsíntese

Exposition d’Ângela da Luz -L’Île de Madère àl’honneur à Courrège

Ângela da Luz, peintre et sculpteurdesigner toulousaine, née à Funchal,sur l’île de Madère, a participé a uneexposition collective où elle a été l’in-vitée d’honneur des deux coorganisa-teurs, Florence Bourdet et SergeVigne, qui lui ont réservé une placed’honneur pour y pouvoir mettre envaleur une douzaine d’œuvres d’artcontemporain en 3D au Centre cultu-rel de Vézére, à Uzerche.Ângela da Luz réside en France de-puis une trentaine d’années et elle estde plus en plus sollicitée pour fairedes expositions et pour de nombreuxprojets. Plusieurs artistes ont été pré-sents lors du vernissage, ainsi quedes nombreuses personnalités publi-ques locales et internationales. “Lecocktail s'est déroulé dans une am-biance esthétique, artistique et hu-maine extraordinaire” expliquel’artiste portugaise au LusoJornal.Sophie Dessus, Députée-Maired’Uzerche, était également presente eta pu visiter et découvrir l’artiste et sonœuvre. Ângela da Luz fut une grandeambassadrice de son pays natal et ala fois Commissaire de sa propre ré-trospective. Elle a pu évoquer unesculpture lumineuse réalisée avec dubois et du métal de 40x60 cm quel’artiste a voulu baptiser “Funchal” etune toile peinte à l’huile 80x80 cmnommée “Cristiano Ronaldo”.Sur la photo, Ângela da Luz est avecSophie Dessus et Florence Bourdet.

Fernando Costa expose à Biarritz

Vernissage haut en couleur ce ven-dredi 11 décembre dernier en laCrypte Ste Eugénie à Biarritz pour lesœuvres sculpturales de FernandoCosta visibles chaque après-midi,sauf le mardi, jusqu’au 24 janvier.Rosyne Baldaccini, épouse du sculp-teur, aujourd’hui disparu, César, étaitprésente.Les 22 et 23 décembre, deux visitesguidées en présence de l’artiste per-mettront au public d’en savoir plussur la personnalité de celui qui s’ins-pira de ses voyages et de ses rencon-tres pour se lancer dans l’aventure dela sculpture d’un genre particulier.Mettant à profit l’idée - déjà exploitée

certes, de la récupération des métaux- de s’emparer des panneaux usagésde la route, des voies ferrées ou élec-trifiées, obsolètes et voués à une mortlente et prochaine, Fernando Costamit 6 ans à démarcher l’appareil ad-ministratif pour en récupérer descentaines, voire des milliers, en toutelégalité.Une cinquantaine d’œuvres exposéesurprend agréablement par ses dé-marches réfléchies, composées, enharmonie avec les supports quasi-ment tous de surface plane.Une vidéo en boucle décompose sontravail à partir de la réception despanneaux, leurs remises en état, leurtransformation, leur affinage. Tout cetravail guidé par une main de fer

dans un gant de velours.Les outils comme chalumeaux, pon-ceuses, tenailles, glissent, martèlent,épousent, saisissent ces tôles avecélégance, sûreté et respect. L’artisteet les plaques émaillées ne fontqu’un.La mise en place des tôles décou-pées s’effectue comme un travail decouturière disposant ses échan-tillons sur le tissu. Démarches iden-tiques dans l’expression artistique etmanuelle.Paradoxalement, ses œuvres se diffé-rencient de ces assemblages métal-liques que l’on rencontre souvent àtendance agressive. Ce ne me sembleabsolument pas le cas ici. Beaucoupde couleurs primaires vives, aux sur-

faces satinées par l’émail des tôles.Pleins de souvenirs aussi de nos en-fances passées à suivre le bord desroutes, à l’arrière des voitures,lorsque nos parents conduisaient, ouà rêver le nez collé à la vitre du com-partiment des trains. Toute cette si-gnalétique faisait partie du paysageurbain certes, mais aussi de noscampagnes.Cette récupération des panneaux,outre la mise en application du prin-cipe du recyclage des métaux s’ac-compagnerait-elle aussi de la miseen valeur et sauvegarde d’un patri-moine architectural léger, propre ausiècle dernier. Une manière originaled’archiver notre passé pas si lointainque cela.

L’artiste récupère les panneaux usagés de la route

Par Gracianne Bancon

Diplomas de língua portuguesa foram entregues no Consulado de LyonNo sábado passado, dia 12 de de-zembro, a Cônsul geral de Portugalem Lyon, Maria de Fátima Mendes,recebeu os alunos de várias escolasdas regiões Rhône e Ain, e vindos deSt Etienne, Oynnax, Montluel e Lyon,aos quais foram entregues os diplo-mas de fim de curso para o ano letivo2014/15. Esteve presente nesta ce-rimónia o Maire de Montluel, RomainDaubie, que declarou: “Je suis tout afait d’accord que la remise de ces di-plomes de langues se fasse au Con-sulat du Portugal, plutôt que dans lesécoles. Ici on donne plus d’impor-tance a ce geste, et pour ma part, jeserai toujour là pour appuyer et aiderla Communauté portugaise qui habiteMontluel et ses environs”.“Fiquei também muito satisfeita queesta entrega de diplomas fosse feitaaqui no Consulado, com a presençada Adjunta da Coordenadora do en-sino, Magda Borges, vinda de Paris,do Maire de Montluel, Romain Dau-bie, de Isabel Sebastião do IntitutoCamões, Pablo Romeu, e tambémdos pais, dos professores e dos ami-gos” disse ao LusoJornal a CônsulGeral. “Aqui podemos verificar acompreensão e o entendimento entreas autoridades portuguesas e france-sas para que tudo isto seja possível.Tendo sido professora, estes projetosde ensino do português no estrangeirosão para mim uma prioridade e sem-pre ajudarei e farei todos os possíveispara que assim seja. A nossa língua e

cultura têm que continuar a ser divul-gadas nas melhores condições” com-pletou Maria de Fátima Mendes.Cerca de centena e meia de pessoasassistiram a este evento, entre pais,alunos e professores. Todos puderamtrocar impressões e confraternizar.Maria do Céu Barros da Silva, Secre-tária da Associação Portuguesa deMontluel, onde desde já vários anossão lecionadas aulas de portuguêscom os níveis A1-A2 e também B1-B1, em LVE e em ELCO, declarouque o ensino do português tem sidosempre uma preocupação da associa-ção. “Tenho dado sempre a conhecer

quais são as nossas prioridades e ob-jetivos, dirigindo-me ao Consulado, àAcademia francesa, à Coordenaçãodo ensino em Paris, para poder terajudas e professores, o que tenhoquase sempre conseguido” disse aoLusoJornal.Estavam presentes os professoresMaria do Céu Peredo de St. Etienne,Filomena Rocas de Oyonnax, NairFerreira de Montluel e Catarina Mar-tins de Lyon. “Eu posso ser a portavoz das minhas colegas pois partilha-mos todas as mesmas convicções. Écom muitas dificuldades que traba-lhamos, lutando sempre, frente ao

número crescente de alunos que porvezes ultrapassa os duzentos por es-cola, aos quais damos aulas trêsvezes por semana. As avaliações quetemos, tem o seu lado positivo, maso facto estarmos deslocados de re-gião, de escola ou até de país, no fimdos contratos, não nos convém. Nema nós, nem aos alunos, isto é muitonegativo como resultado. Mesmo aAcademia francesa, também se opõea esta organização da parte do Minis-tério português, pois eles querem darcontinuidade ao ensino do portuguêscom os professores já presentes há al-guns anos e com os quais há já umarelação de conhecimento e con-fiança” explica Filomena Rocas.“Aumentou muito número de alunos,com os novos emigrantes, e tambémporque tem vindo a sentir-se um in-teresse crescente pela língua dospais, e por querer conhecer as raízesculturais” afirma a professora de por-tuguês. “O anterior Governo fez pre-cisamente o contrário do que deviaser feito ao suprimir postos de profes-sores e reduzindo assim as possibili-dades de boa qualidade do ensinonas escolas de português nesta regiãode França”.Por isso mesmo, Filomena Rocasaproveita para lançar um apelo aonovo Governo: “Não continuem nestecaminho incerto e errado do anteriorGoverno. Pensem nos milhares de jo-vens portugueses que desejam seralunos e aprender a nossa língua e anossa cultura” concluiu para o Luso-Jornal.

Por Jorge Campos

le 16 décembre 2015

LusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Gracianne Bancon LusoJornal / Gracianne Bancon

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Associações 15

lusojornal.com

Encontro com… Margarida Ochoa em Lyon

A associação AGRAFr, delegação deLyon, organizou mais um “Lyon cafécom...” Margarida Ochoa, ex-Leitorado Instituto Camões na Universi-dade Lyon2. O café RectoVerso, si-tuado no sexto bairro de Lyon, foi oponto de encontro para acolher nosábado passado, dia 12 de dezem-bro, os representantes de AGRAFr,nomeadamente Ana Antunes, e opúblico interessado na conversacom Margarida Ochoa, a convidadado dia.O ensino da língua portuguesa emFrança, em Lyon, as dificuldades doInstituto no meio universitário, tudoo que pode fazer durante os seus 20anos de presença no Instituto Ca-mões, foram alguns dos temas deconversa. “Não há boas condiçõesfinanceiras vindas de Portugal,como todos sabemos, e que foram

diminuindo no decorrer dos anos,assim como também do Ministériofrancês da cultura”, explica Marga-rida Ochoa. “Havia cerca de qui-nhentos alunos a solicitarem oensino do português e penso queassim continua, o que é encora-jante, mas os meios são poucos”.Tanto mais que Portugal está sozi-nho a sustentar a divulgação do por-tuguês no mundo, “sabendo que oBrasil e as ex-colónias, que tambémtêm o português como língua ma-terna, não fazem ou pouco fazem,por isso”, concluiu.É natural de Porto, mas toda a sua fa-mília é de Trás-os-Montes, mais pro-priamente de Alfandega da Fé.Formou-se em Viseu e mais tarde foiprofessora de português/francês emLisboa. Veio para Lyon onde comple-tou três missões. Está aposentadadesde 2013, mas continua a viver emLyon, onde organizou tantos eventos.

Mais um evento da AGRAFr Lyon

Por Jorge Campos

le 16 décembre 2015

Le premier Noël de «Graines de Luso»L’association «Graines de Luso» a fêtéson premier Noël samedi 28 novem-bre dernier.Les enfants inscrits aux ateliers heb-domadaires d’initiation à la langueportugaise à Taverny (95), ou qui ontparticipé au stage de «la Semaine por-tugaise du goût» pendant les va-cances de la Toussaint, ont été invités,avec leurs familles, à embarquer àbord de la péniche Eldorado sur lesquais de la ville de Pontoise (Vald’Oise) pour un voyage initiatique auFado. Les petits matelots lusophoneset lusophiles se sont laissés envoûter

par la voix de la charmante sirèneCláudia Costa (qui a participé à TheVoice), accompagnée de ses deux gui-taristes, Flaviano Ramos et ManuelMiranda.Cet après-midi là, l’Oise avait des airsde Tage, et les petits conquérants ontété conquis.A l’esprit du Fado a succédé l’espritde Noël. Chaque enfant a reçu un ca-deau offert par la Fondation LaGrande Récré pour l’Enfance.Après toutes ces émotions, et pourclore ce voyage, les familles se sontretrouvées autour d’un buffet de dou-

ceurs traditionnelles portugaises.Cet événement a reçu le soutien deCaixa Geral de Depósitos, FondationLa Grande Recré, Francessur, Carre-four, Primeur du Monde d’Osny etDelta. Certains de ces représentantsétaient de la fête et ont contribué àrendre ce moment convivial.L’association Graines de Luso, crééeen mars 2015 à Taverny, est présidéepar Sónia Bonis. Les ateliers sont ani-més par Isabel Carvalho et par des bé-névoles qui l’accompagnent.

Infos: [email protected]

Cours - solidaire - de ZumbaLe Rotary Club de Crécy-en-Brie -Boucles de la Marne - a organisé le6 décembre dernier un Cours deZumba dans la salle Atlantis, à Vil-liers-sur-Marne (94), en faveur desenfants du service pédiatrique del’Hôpital Intercommunal de Créteil.Le cours qui a compté avec plusieursprofessionnels de la Zumba a attiréun peu moins de 100 personnes.Une des organisatrices de l’événe-ment, Chantal da Costa s’est mon-trée satisfaite du résultat de l’action.«Le cours était ouvert à tout le

monde, le but était de passer un mo-ment convivial et non pas vraimentun cours de Zumba. Il n’y avait pasque des habitués de la Zumba maisaussi des amis et des gens qui vou-laient participer dans cette cause etqui sont venues s’amuser avecnous», déclare-t-elle au LusoJornal.C’est depuis 2013 que Chantal daCosta accueille dans les locauxd’Eurelec Distribution deux fois paran des manifestations avec le Ro-tary Club. Un simple ticket d’entréeet un petit encas consommé à l’in-térieur ont permis de réunir un peud’argent. L’intégralité est donc uti-lisée pour financer le projet initial.«Cette fois-ci on a récolté environ 5mile euros ce qui nous permettrad’acheter les cadeaux pour 30 en-fants âgés de 3 mois à 15 ans. Eton pourra même offrir quelquechose pour la salle des jeux de l’hô-pital, à convenir encore avec le ser-vice de l’hôpital sur ce dont ilsauraient le plus besoin», rajoute-t-elle.Chantal da Costa compte sur vouspour se joindre à elle le 7 févrierprochain, au même endroit, «pourpasser un bon moment, j’aimebeaucoup la Zumba et je trouve celaun bon moyen de joindre l’utile àl’agréable», conclut-elle.

Par Clara Teixeira

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LusoJornal / Jorge Campos

16 Associações

emsíntese

O Pai Natal passouna ACRJPLO deSte Consorce

No sábado passado, dia 12 de dezem-bro, a associação ACRJPLO do oestede Lyon, organizou um Jantar de Galae de fim de ano na sala de festas deSte Consorce, nos arredores de Lyon,que teve início pelas 20h00.Centena e meia de convivas participa-ram neste jantar e serão de dançaonde uma ementa de requinte e defesta foi proposta quando já havia am-biente de festa. A animação do baileesteve a cargo de Dj David Cconut’s,que fez dançar todos os presentes atéaltas horas da madrugada.“Temos no seio da nossa associaçãouma boa participação de jovens, quese implicam na vida associativa. Esteserão serve pois para fechar as nossasatividades para o ano 2015” explicouao LusoJornal o Presidente SerafimPacheco. “Termos uma reunião nopróximo mês de janeiro para preparara agenda para o ano 2016 mas possojá anunciar que as quatro principaisatividades do ano serão jantares, con-vívios e bailes”.Esteve presente neste serão o PrimeiroAdjoint au Maire de Ste Consorce,Pascal Didelet, com a esposa, assimcomo outros membros da Comuni-dade francesa de Ste Consorce.No final, o Pai Natal veio com o seusaco fazer distribuição de prendaspelos mais jovens, filhos dos aderentesda associação, que visivelmente fica-ram encantados com a generosidadedo secular Pai Natal.

Por Jorge Campos

José Alberto Reis cantou em Antibes

Choveu durante todo o dia, mas issonão foi desculpa para os mais de 200Portuguesas que marcaram presençaem mais uma festa organizada pelaAssociação Recordações de Portugalde Antibes (06).Esta associação é gerida pela D. Eu-génia, que dá a toda a gente umexemplo de dedicação à Comunidade.É por ela que passam todas as respon-sabilidades e é ela umas das princi-pais dinamizadoras da Comunidadeportuguesa da Côte d’Azur.Desta vez, no já conhecido Espace

Fort Carré, em Antibes, o Grupo CostaAzul preparou o baile para que depoiso cantor José Alberto Reis, vindo dePortugal, fizesse jus ao prometido eapresentasse um “grande show”.Com uma carreira recheada de suces-sos, este cantor vindo de Guimarãesdeliciou os presentes e no final todosquiseram tirar fotografias e pedir au-tógrafos.O dia 5 de dezembro de 2015 ficarána memória, não apenas dos dirigen-tes associativos e dos associados, mastambém de todos os que participaramnuma “bela festa”, com um “beloambiente” e um “saboroso jantar”.

A chuva não afastou os participantes

Por Tiago Ramos

Torneio de futebol no restaurante Le Bayard

Aberto há cerca de seis meses naPlace Verdun, em Pau (64), o restau-rante Le Bayard tem vindo a afirmar-se como uma das referências ao nívelda restauração mas também ao nívelda animação portuguesa em Pau.Desde a sua abertura, muitas têm

sido as atividades dinamizadas poreste estabelecimento comercial, ati-vidades que passaram pela organiza-ção de uma Noite de fados com afadista Mara Pedro, uma Noite demusica ao vivo e uma Noite de ka-raoke. Foi neste sentido que os em-presários Manuel de Jesus eFernando Nunes organizaram um

Torneio de futebol, que reuniu clien-tes e amigos do restaurante.Este convívio contou com mais de 30participantes que distribuídos por vá-rias equipas mostraram os seus dotesfutebolísticos durante cerca de horae meia. Findo este tempo, todos sedirigiram para o Le Bayard para darinício ao jantar. Um menu completo

e de qualidade, juntou à mesa todosos convivas.No final do jantar foram entregues astaças para os três primeiros classifi-cados no Torneio: as equipas Total,Bayard e Asptt respetivamente. Astaças foram oferecidas pelo BancoBPI na pessoa do seu representantepara o departamento 64.

Em Pau

Por João Guedes

GFE Português de Tarascon organizou Téléthon

O Grupo folclórico e etnográficoportuguês de Tarascon-sur-Ariègeatuou no passado sábado, dia 12de dezembro, no Centro Cultural damesma localidade, num eventoque teve como objetivo a angaria-ção de fundos para o Téléthonlocal.O Grupo foi fundado em 1973 etem como Presidente o minhotoJoão Maciel.Durante a noite fria de Tarascon, ospresentes na sala de espetáculostiveram oportunidade de assistir auma mostra de trajes e cantarescaracterísticos do Alto Minho.Seguidamente ao espetáculo, JoãoMaciel convidou todos os que as-sistiram ao evento para um “cock-tail” na sede do grupo folclórico.Recorde-se que a nova sede da ins-tituição encontra-se em fase finalde acabamento e deverá ser inau-gurada em meados de 2016.João Maciel vincou ainda que: “os

registos dos primeiros Portuguesesa chegar à região de Ariège datamde 1915. Esta história é muitomarcante porque fez este ano queagora termina, 100 anos. Gostosempre de referir que a esta históriatambém devemos hoje uma partici-

pação cívica ativa em França. É esseo trabalho que deve também ser de-senvolvido pelas associações. O votodos Portugueses nas eleições para asquais podem votar é um exemplodesta importância de atividade cí-vica. Em Tarascon lutamos para que

a participação seja sempre a maiorpossível. É nesta participação cívicaque também se inclui a organizaçãodeste Téléthon”.Os representantes do Banco BPI emPau e em Toulouse também marca-ram presença neste evento.

Por Vítor Oliveira

le 16 décembre 2015

LusoJornal / Jorge Campos

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Associações

emsíntese

Igreja ProtestanteLuso-Francesaorganiza musical“Natal Embrulhado”

Para celebrar este Natal de umaforma “muito especial”, a igreja ADDParis vai apresentar o musical “NatalEmbrulhado”, um trabalho originalde Rute e Ruben Alves, no do-mingo dia 20 de dezembro, às10h00, no 26-28 rue Arago, emSaint-Ouen (93).“Quando juntamos uma famíliabem portuguesa, atarefada com osafazeres da quadra natalícia, des-cobrimos que as suas prioridadesnão estão bem orientadas. Com aajuda de um ratinho, umas renase personagens da história natalíciaoriginal, vamos compreender quenão podemos perder de vista overdadeiro Natal - Jesus, o Deus-Homem que veio à terra por nós”diz uma nota de imprensa destaigreja Protestante. Um Natal quecomeça embrulhado mas terminacom um final feliz...“Este musical é resultado, umavez mais, do trabalho dos nossosvoluntários de todas as idades queparticipam no grupo coral, na dra-matização, na construção dos ce-nários para celebrarem overdadeiro Natal: Jesus!” diz oPastor Samuel Martins e SílviaMartins, o casal responsável pelaDireção da igreja ADD Paris.A entrada é gratuita. “Todos sãobem-vindos”.A igreja protestante ADD Paris -Assembleia de Deus Luso-Fran-cesa de Paris - surgiu no ano de1966 com o objetivo de “divulgaruma mensagem cristã de espe-rança à Comunidade emigranteportuguesa na região parisiense”.Atualmente continua com amesma visão “procurando tam-bém alcançar as Comunidadesbrasileira e africana de língua por-tuguesa”. Está sediada em Saint-Ouen mas desenvolve trabalho emRoubaix, Clermont-Ferrand, Lyone Londres.Todos os anos celebra o Natal e aPáscoa através da realização deespetáculos musicais totalmentefeitos por voluntários de todas asidades.

Paladares Paroquiais promovidos em Lyon

O Salão nobre do Consulado Geral dePortugal em Lyon foi o palco da apre-sentação do projeto “Paladares Paro-quiais”, na sexta-feira passada, dia11 de dezembro. A Cônsul GeralMaria de Fátima Mendes e o PadreSamuel Guedes, na companhia deoutros responsáveis do projeto, aco-lheram os convidados desta exposi-ção de produtos alimentares, cujavenda reverte a favor de ações sociaisnas paróquias de Ferreira, Frazão eArreigada.“Esta Associação nasceu para enfren-tar a escassez de meios e as dificul-dades sociais. Tentamos angariarfundos para financiar as IPSS [ndr:instituições privadas de solidariedadesocial] existentes nas três comunida-des paroquiais de Ferreira, Frazão eArreigada, no conselho de Paços deFerreira”, explicou o Padre SamuelGuedes. “Com este projeto tambémestamos a combater o desemprego

de longa duração, pois foram cria-dos oito novos postos de trabalho.Trouxemos até Lyon toda a variedadedos nossos produtos e propomos Ca-bazes de Natal muito variados.Temos licores, doces, confeitaria,queijos, entre outros”.

Esta instituição produz também legu-mes, queijos e vários produtos deconfeitaria que são consumidos nosIPSS. Fez a recuperação de uma fá-brica de queijo regional que volta afuncionar, com um investimento dacerca de 400.000 euros e “este ano

houve cerca de 300.000 euros paraapuração o que é um valor dentro dasexpectativas da associação”.Os produtos expostos em Lyon “sãode grande qualidade” garantiu a Côn-sul Geral. “Os convidados que nos vi-sitaram, tiveram a ocasião de provare de comprar. Gostei muito de ter par-ticipado, ao meu nível, na promoçãodeste belo projeto social e estoumuito orgulhosa nisso” disse a diplo-mata ao LusoJornal.No decorrer da apresentação foi feitoo sorteio de um Cabaz de Natal ofe-recido pela associação. Cristina Lobofoi a feliz vencedora. Também estavapresente uma delegação da CaixaGeral de Depósitos, com vários Dire-tores de agências e com o Diretor re-gional Hélio Pereira. No dia seguinte,sábado, o Presidente Cunha da Asso-ciação Portuguesa de Caluire, aco-lheu a exposição, num evento quetambém foi considerado positivo,tanto em termos de vendas, como emtermos de comunicação.

Ação de solidariedade de Passos de Ferreira

Por Jorge Campos

Noël avant l'heure à Villeneuve-lès-Maguelone

En préambule des fêtes de fin d’année,l’Association Portugaise Folklorique del’Hérault, en partenariat avec la muni-cipalité de Villeneuve-lès-Maguelone,présentera le 19 décembre prochain,à partir de 18h00, au Centre CulturelBérenger de Frédol, la 7ème édition de«Natal em Casa» ou comment fêterNoël avant l’heure.«Vous offrir une soirée où se côtoientles traditions portugaises dans une am-biance de folie, tels sont les vœux detous les membres et bénévoles del’APFH qui mettent d’ores et déjà toutleur savoir-faire et leur motivation pourvous concocter une soirée inoubliable»en atteste son Président, Manuel daCosta.Car la gastronomie portugaise est uneculture de générosité qui incarne,avant tout, le sens du partage et de laconvivialité. Plus que des metsluxueux, Noël est l’occasion de dégus-

ter des plats simples mais savoureux,empreints d’authenticité.Ainsi l’incontournable morue «à la Pré-sidente», précédée d’une entrée, aveccomme bouquet final, une cascade dedesserts à volonté présentés sur unelongue table, en hommage aux partici-pants de la Cène, seront à l’affiche!Bien évidemment, la soirée sera agré-mentée par la participation du RanchoTradições do Minho et de Pedro Cunhaqui animeront, quant à eux, la partiemusicale. Panier garni spécial ré-veillon, jambon, divers autres lots, se-ront également mis en jeu.Ce rendez-vous est proposé pour lasomme de 20 euros pour les adhé-rents, 23 euros pour les non détenteursde la carte et de 10 euros pour lesenfants qui bénéficieront d’un menuspécial. À souligner que la carted’adhésion sera gracieusement of-ferte à chaque participant.Infos: Manuel da Costa au06.87.78.53.01.

L’APFH fête «Natal em casa»

Par Patricia Valette Bas

Presépio na Catequese da Pastoral de Lyon

A Pastoral católica portuguesa deLyon propõe catequese a cerca dequatro dezenas de meninos, todos ossábados, das 14h30 às 16h00.Este ano, com a ajuda dos Catequis-tas, os meninos fizeram a construçãode um Presépio onde se podia ver emcena todo o mistério do nascimentode Cristo.“Estes trabalhos manuais foram efe-tuados no quadro do percurso e doacompanhamento pedagógico, parasensibilizar os meninos a terem outradimensão do que é a fé cristã” explicaIsabel Santos, a Catequista responsá-vel pelo ensino catequético nesta Pas-toral.“Também lançámos, pela segundavez, e em comum acordo com os ou-

tros Catequistas, pais e os meninos,uma recolha de roupas, calçado ejogos usados, que serão depois distri-buídos pelas pessoas carenciadas.Aqui, o objetivo é de sensibilizar ascrianças para a caridade e para a par-tilha dos bens da terra entre os ho-mens” concluiu Isabel Santos.“Também criámos uma ‘coroa’ do Ad-vento, tempo que precede o Natal deCristo. Neste quadro, os meninos dosexto e sétimo ano, participaram nadecoração da ‘Coroa’ e também nascelebrações, onde leituras e cânticosforam entoados pelas crianças” decla-rou por seu lado Nuno Portela, Cate-quista.A celebração da Eucaristia do diaNatal, em português, terá lugar nasexta-feira, dia 25, pelas 9h00, naigreja de S. Nome de Jesus.

Por Jorge Campos

le 16 décembre 2015

LusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Patricia Valette Bas

LusoJornal / Jorge Campos

18 Desporto

lusojornal.com

emsíntese

Festa em Clamartcom José Malhoa

No sábado passado, a associação‘Amicale Franco Portugaise’ deClamart (92) organizou na Sala defestas da cidade mais uma festacheia de animação, com José Ma-lhoa e o grupo Hexagone.Uma noite com muita gente, masa Presidente da associação, MariaMarques lamentou não haver maispúblico. “A sala é muito grande éverdade, e não nos apercebemosbem se há ou não muita gente, noentanto estou satisfeita porquevejo que as pessoas passaram umbom momento e apreciaram os ar-tistas”.O cantor popular José Malhoacontribuiu certamente para o su-cesso da festa. “Ele já tinha ani-mado a festa da associação há unsanos atrás, recordo-me bem, asala estava cheia, com muitagente. Penso que o José Malhoatrouxe muita gente, mas podiahaver ainda mais, penso que ocontexto atual prejudicou umpouco”, lamentou a Presidente.Contudo a associação já está con-centrada na próxima festa de fimde ano. “A noite de São Silvestre,realizada anualmente desde há 16anos, será organizada no bairro doPavé Blanc, vamos ter uma refei-ção e festa toda a noite, animadapor uma banda que vem de Bragapela primeira vez. Mas a sala nãosendo muito grande, convém re-servar com alguma antecedência.Ainda há alguns lugares disponí-veis”, apontou a responsável asso-ciativa.Infos: 06.22.41.19.23

LJ / Mário Cantarinha

Por Mário Cantarinha

Fernando Santos alerta para a qualidadedos adversários de Portugal no Euro2016

O Selecionador português de futebol,Fernando Santos, alertou que Portu-gal ficou num “grupo com equipas dequalidade” no Euro2016, em França,e disse que vai ser preciso “ter cui-dado” perante a Islândia, a Áustria ea Hungria no Grupo F.Em declarações feitas após o sorteiono Palácio de Congressos de Paris, oTreinador lembrou que a Áustria ficouem primeiro lugar do seu grupo, quea Islândia foi responsável pela exclu-são da Holanda e que a Hungria dei-xou de fora a Grécia no apuramento.“Parece-me que é um grupo comequipas de qualidade. A Áustria ficouem primeiro lugar do grupo, deixouatras de si a Rússia e a Suécia, equi-pas que ‘a priori’ eram consideradasfavoritas”, declarou o Selecionador,recordando que “Portugal não temum bom histórico com a Áustria”,que classificou como uma “equipaem ascensão”.Por outro lado, Fernando Santos faloude “uma Islândia que talvez seja agrande surpresa neste sorteio”, aindaque o Técnico não tenha ficado sur-preendido porque “já no Campeonatodo mundo estiveram no ‘play-off’”.Quanto à Hungria, o Selecionadorportuguês admitiu “que teve um apu-ramento mais suado mas que deixou

fora a Grécia”, avisando que é “umaequipa que há 44 anos não está pre-sente e que quer fazer presente o pas-sado brilhante” e que “vai querermostrar que a Hungria está de volta”.“Vamos ter de ter muito cuidado comisto”, sintetizou o Treinador, depoisde ter considerado que “não há sor-teios amigos ou inimigos” e que nodomingo vai já começar a estudar os

adversários.Reagindo aos comentários do Treina-dor austríaco Marcel Koller, que disseque o seu “jogo mais difícil vai sercontra Portugal”, do Secretário-geralda Federação Austríaca, Alfred Lud-wig e do Presidente da Federação daHungria, Sándor Csányi, que disse-ram que a equipa lusa é a favorita doGrupo F, Fernando Santos excluiu

qualquer favoritismo e declarou que“há que ganhar no campo”.“Aproveito já aqui para alertar osmeus jogadores - como fiz em relaçãoa este apuramento - que esta questãode quatro dos terceiros classificadosvirem a ser apurados vai abrir muitoos grupos porque todas as equipasvão acreditar e não vai haver desistên-cias antes do tempo. Todas vão acre-ditar até ao fim e isso vai tornar esteapuramento muito mais difícil. Temosque estar muito atentos para isso”,avisou.Questionado sobre as vantagens edesvantagens das cidades e dasdatas, Fernando Santos considerouque as vantagens passam pelo pri-meiro jogo ser a 14 de junho e pelapartida intermédia ser em Paris, la-mentando apenas só ter “quatro diasentre os jogos ao contrário dos outrosgrupos que têm quatro, cinco”.

Sorteio realizou-se em Paris

Por Carina Branco, Lusa

Anthony Lopes: “Contamos com os Portuguesesque estão em França”

No passado domingo, o Lyon deslo-cou-se ao terreno do Paris Saint-Ger-main e perdeu por 5-1 frente aosParisienses, num jogo a contar para a18ª jornada da Liga Francesa.No fim do jogo, o LusoJornal faloucom Anthony Lopes, internacionalportuguês do Lyon, que abordou o sor-teio do Campeonato da Europa de2016 que vai decorrer em França.

Podemos dizer que o grupo de Portu-gal é fácil?Não podemos dizer que é um grupofácil. Só poderemos dizer que foi umgrupo acessível se conseguirmos pas-sar a fase de grupos. Em princípioacho que deveremos passar, masnunca podemos pensar que o resul-tado está feito antes de disputar osjogos. Acho que só podemos falar dadificuldade deste grupo depois de terdefrontado estas três Seleções.

Poderia ter sido mais complicado compaíses como a Itália por exemplo…Não se escolhe o sorteio. Vamos de-frontar boas equipas. Relembro que aIslândia terminou no primeiro lugar dogrupo de apuramento para o Euro.Temos de ter cuidado com todas asSeleções. Num jogo tudo é possível.Eles vão querer derrotar-nos e nóstambém vamos tentar.

Vai haver jogos em Lyon e Saint-Étienne, na região do Anthony…Estou feliz por poder jogar perto decasa e ter a minha família a assistiraos jogos. Admito que vou ter de com-prar muitos bilhetes (risos) mas parauma competição como esta, faz-seum esforço.

Lyon, Saint-Étienne, Paris… Cidadese regiões com muitos Portugueses.Esperam pelo apoio deles?Claro que sim. Contamos com os Por-tugueses que estão em França masigualmente com aqueles que vão fazer

viagens para ver os nosso jogos. A Co-munidade portuguesa em França égrande e vai estar presente em todosos jogos.

Neste momento é suplente na balizade Portugal, como vive essa situação?Eu vivo isso muito bem. Trabalho como Olympique Lyonnais, e com essetrabalho espero estar nos 23 convoca-dos para o Euro, essa é a primeiraetapa. Eu quero estar presente noEuro. O facto de jogar ou não, não soueu que escolho. Eu tento trazer o queposso à Seleção tanto nos treinos

como nos jogos. Pouco importa quemvai ser o titular, estamos todos atrásdele para o apoiar.

No último jogo frente ao Luxemburgo,foi titular, como se sentiu?Senti-me muito bem, melhor do quena primeira vez [ndr: jogo amigávelfrente a Cabo Verde], ainda por cimaganhámos o jogo frente ao Luxem-burgo. Estava muito feliz com a vitóriapor 2-0. Foi muito positivo para o fu-turo.

No entanto frente à Rússia e frente aoLuxemburgo, houve dificuldades nafrente de ataque. Continuamos comuma ‘Ronaldo-dependência’?Quando se tem o melhor jogador nasua equipa, acho que tudo se tornamais fácil quando ele joga. Mas nãoacho que tudo dependa dele, mesmose uma grande parte da nossa presta-ção depende dele. Cristiano é Cris-tiano e a equipa precisa dele paradesbloquear situações, como ele jádemonstrou isso várias vezes duranteo apuramento para o Euro.

A Bola de Ouro ainda é possível paraCristiano Ronaldo?Claro que ainda é totalmente possívelpara o Ronaldo.

O primeiro jogo de Portugal é a 14 dejunho frente à Islândia no estádioGeoffroy-Guichard, em Saint-Étienne.

Euro-2016

Por Marco Martins

le 16 décembre 2015

LJ / Mário Cantarinha

Lusa / Tiago Petinga (arquivo)

Portugal vai defrontar a Islândiaa 14 de junho, em Saint-Etienne,a Áustria a 18 de junho, emParis, e a Hungria a 22 de junho,em Lyon, neste Europeu de fute-bol de 2016 que vai decorrer emFrança de 10 de junho a 10 dejulho.

Lusa / José Sena Goulão

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20 Desporto

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Laurent Roussey, novo Treinador do Créteil/Lusitanos

Iniciou-se uma nova era no Créteil/Lu-sitanos com a saída de Thierry Froger,Treinador que chegou ao Créteil/Lusi-tanos há apenas um ano. Os maus re-sultados nestas últimas semanassentenciaram a saída do Treinador. Onovo Técnico, Laurent Roussey, che-gou na passada quarta-feira, dia 9 denovembro. O LusoJornal teve a opor-tunidade de falar com o Presidente doCréteil/Lusitanos, Armando Lopes, ecom o novo Treinador, Laurent Rous-sey.

Armando Lopes: “Estou con-fiante que nos próximosmeses a equipa do Créteil/Lu-sitanos vai olhar para cima enão vai olhar para baixo”

Como podemos explicar a saída deThierry Froger?Armando Lopes: É evidente quequando os resultados não estão àvista, é sempre mais fácil de se sepa-rar do Treinador que dos onze jogado-res que estão no terreno. No entanto,o Thierry não estava muito motivadohá algum tempo, desde os percalçosque teve durante o mês de setembro.Ele esteve três semanas parado equando voltou não havia a mesmamotivação e houve um impacto nosresultados. Senti da parte dele quenão ia continuar e encontrámos umamaneira saudável para as duas partesde nos separar. Encontrámos umacordo em apenas 15 minutos. Ele jánão faz parte do clube. Entretanto en-trámos em contacto com outros Trei-nadores, e alguns até nos ligaram,

mas a escolha foi o Laurent Roussey.Ele já esteve no clube em 2000,quando eu ainda não era Presidentedo Créteil/Lusitanos. Esta foi a terceiravez que falámos da possibilidade deele treinar a equipa, e como digo, nãohá duas sem três, e à terceira concre-tizou-se. Estou muito confiante. É umTreinador que tem uma excelenteimagem, foi Treinador no Saint-Étienne, treinou na Suíça, subiu dedivisão na Suíça, e esteve nas compe-tições europeias. Vem de facto comvontade de fazer algo de bom no Cré-teil/Lusitanos e de fazer um longo ca-minho connosco. Estou confiante quenos próximos meses a equipa do Cré-

teil vai olhar para cima e não vai olharpara baixo.

É uma nova era?Neste momento temos 20 pontos, po-díamos ter mais cinco ou seis, masestou confiante que ele possa trazerresultados positivos rapidamente paraque em fevereiro ou em março, estar-mos nos primeiros dez e não de dezpara baixo.

Laurent Roussey: “Estou felizpor regressar a um clube ondetreinei há 15 anos”

Pode nos explicar como chegou a este

projeto, aliás é um regresso ao Créteil?Laurent Roussey: Como disse o Presi-dente, foi a terceira vez que nos en-contrámos. Nas duas primeiras vezesnão deu certo e desta vez, graças aomeu agente, tudo decorreu rapida-mente. Encontrámos um acordo tam-bém muito rapidamente. Estou felizpor regressar a um clube onde treineihá 15 anos, um clube que na alturatinha ambição e continua a ter essaambição. Penso que posso terminarum trabalho que comecei há 15 anos.

Quando se vê a situação do Créteil/Lu-sitanos, quais vão ser as primeirasmedidas que vai tomar?

Por enquanto vou apoiar-me sobre aspessoas que conhecem bem a equipacomo o Diretor desportivo, Luís deSousa, ou ainda a minha equipa téc-nica. Ainda há algum tempo antes daparagem do Campeonato para explicaraos jogadores os meus métodos e oque vão ter de fazer quando regressa-rem das férias. Queremos no futuro éolhar para cima e não estarmos preo-cupados com os lugares abaixo donosso.

Quais são os objetivos traçados peloPresidente?A manutenção é o mínimo para umaequipa que tem investido no futebolem Créteil. Somos ambiciosos e que-remos terminar na primeira parte databela classificativa.

No mercado de transferências no mêsde janeiro, podem chegar jogadores?Esse assunto não foi abordado porquetenho de ver concretamente o plantelque tenho, com os pontos fortes e ospontos fracos. Eu não chego aqui comqualquer tipo de pedido porque achoque esta equipa demonstrou quetinha capacidade para fazer bonsjogos epara entrar na luta pelo quintolugar, por exemplo. O que tem faltadoé uma certa regularidade à equipa equero encontrar essa regularidade.

O Créteil/Lusitanos ocupa neste mo-mento o 14° lugar com 20 pontos,mais quatro que o primeiro clubeabaixo da linha de água, o Sochaux.Esta sexta-feira, o Créteil/Lusitanos re-cebe o Niort no estádio DominiqueDuvauchelle, num jogo a contar para19ª jornada.

Ligue 2

Por Marco Martins

le 16 décembre 2015

Saint-Maur fait souffrir le leaderPour le dernier match de l’année àdomicile, les Lusitanos ont dû concé-der le nul, 0-0, face au leader de songroupe de CFA 2, la réserve duLOSC.C’était le choc de la 11ème journéede CFA 2. Saint-Maur accueillait leleader du Groupe G, le LOSC B. Pourson dernier match à domicile en2015, les Lusitanos avaient à cœurde valider par leur belle victoire (2-1) acquise du côté d’Ivry. Privé denombreux joueurs (Ayi, Ferreira, Ker-rouche, Silva,…), Carlos Secretário atout de même pu aligner une équipecompétitive, notamment grâce au re-tour de blessure de Jony Ramos. Ducôté de Lille, on pouvait compter surle renfort de quatre joueurs profes-sionnels (Butez, Meïté, Mbemba etGuillaume) pour frapper les esprits etécarter un candidat direct à la mon-tée.Dès les premières minutes, on sentque le match risquait d’être serréentre deux formations en confiance.Lille tentera de prendre de vitesse ladéfense de Saint-Maur composée deSarmento, Caurant, Fonseca et Diaz.Sans succès. Au contraire, le premierjoueur à se mettre en évidence estJean Butez. Le gardien lillois doit

s’employer sur plusieurs tentativessaint-mauriennes de Diogo Torres,Johan Caurant ou encore JonyRamos. Mais les Lusitanos se mon-treront également bien trop mala-droits devant la cage nordiste pourréellement mettre à mal, le promet-teur portier du LOSC.

Gêné tactiquement en première pé-riode, le LOSC revient du vestiaireavec l’envie de reprendre le dessussur Saint-Maur. Mais au final, les at-taques les plus tranchantes serontencore à mettre à l’actif des Saint-mauriens. Que ce soit Diogo Torres,bien lancé par Kévin Diaz, qui ten-

tera un lob en bout de course juste àcôté ou encore Jony Ramos qui man-quera de fraîcheur au moment deremporter son face-à-face avecButez, sans oublier Pedro Nova quienlèvera trop son ballon, Saint-Maurpouvait se montrer satisfait ducontenu du match même si au final,

le partage des points pouvait paraîtreinjuste.Pour Carlos Secretário, ce résultatétait au final logique et une confir-mation de la montée en puissance deson groupe. «Globalement, je suis sa-tisfait du visage montré par lesjoueurs sur ce match. On a fait untrès bon match face à une grandeéquipe. Mais en y regardant, lesmeilleures occasions ont été du côtédes Lusitanos. On a eu une premièretentative en première période surcorner. En deuxième mi-temps, Jony[ndlr: Jony Ramos] aurait bien punous offrir la victoire. Cela aurait étéjuste si l’on avait gagné cette rencon-tre. Le Championnat est encore long.Tous les joueurs du groupe auront unrôle à jouer cette saison. J’aiconfiance en tout le monde. Je suiscontent de mon groupe qui confirmematch après match. Pour terminer,on ira du côté de Grande-Synthe pourfinir l’année en beauté et démarrer laprochaine en haut du classement».Pour son dernier match de l’année,les Lusitanos, 5ème à 7 points duLOSC B avec un match en moins,iront défier Grande-Synthe, l’actuel3ème du Groupe, pour un match quipourrait permettre à Saint-Maur determiner 2015 sur une bonne note.En attendant la suite…

CFA2 / Lusitanos Saint-Maur

Par Eric Mendes

USCL / Alexandre Lopes

Lusitanos de Saint-Maur / EM

lusojornal.com

21Desporto

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la partie, entrecoupée de fautes, s’estjouée sur un faux rythme très frus-trant. Ce n’est que dans les dix der-nières minutes de jeu que le scoreévoluera finalement mais au grand re-gret des supporters de l’US Créteil/Lu-sitanos. Car après avoir encaissé unbut en contre signé André Panyukov(2-0, 83 min), les Val-de-Marnais ontplié une troisième fois sur un penaltyplus que discutable, converti parRyiad Nouri (89 min, sp).Les Ciel et Bleu n’auront pas réussileur pari de faire fructifier le point dumatch nul réalisé il y a quinze joursface au PFC. Toujours 14èmes deLigue 2 avant le match de Valen-ciennes, les Cristoliens voient la zonerouge se rapprocher. Plus que qua-tre longueurs séparent désormaisles Béliers de l’ascenseur vers larelégation. Un écart que LaurentRoussey qui entrera en fonction àpartir de ce lundi tentera d’aug-menter, vendredi prochain face àNiort, pour que l’US Créteil/Lusita-nos passe les fêtes au chaud.

emsíntese

CFA: Wasquehalde Carlos da Cruzet Quevilly deManu da Costa se neutralisent

Après l’exploit de Wasquehal au8ème tour de la Coupe de France enéliminant le FC Metz et l’éliminationde Quevilly à ce même stade de lacompétition, ces deux équipes entrai-nées respectivement par les PortugaisCarlos da Cruz et Manu da Costa, sesont affrontés samedi dernier auStade Henri Seigneur de Croix (59)pour le compte de la 13ème journéedu Championnat de football CFAgroupe A.L’affiche était prometteuse, toutefoisle score restera vierge à l’issu des 90minutes. Résultat qu’en somme sa-tisfait plus les locaux que Quevilly, quiest depuis quelques journées enperte de vitesse.En première période, l’équipe de labanlieue de Rouen fut plus entrepre-nante. Elle a manqué trois bonnes oc-casions d’ouvrir le score. A l’heure dejeux l’expulsion de Marigard du cotéde Quevilly ne profita pas à Wasque-hal. Pour le même groupe, l’équipede Jean Antunes, l’Iris Club de Croixa été battue à Poissy sur le score de2 à 1.A l’issu de cette 13ème journée Was-quehal pointe à la 1ère place avec 37points, Croix occupe la 4ème placeavec 35 points et Quevilly à la 5ème,avec 33 points.Wasquehal aura fort à faire lors des32ème de finale de la Coupe deFrance, puisque le 2 ou 3 janvier, lesjoueurs de Carlos Cruz auront fort àfaire contre Paris-Saint-Germain.

Cap-Vert Footballen France

Andy Agency a organisé une rencon-tre avec les acteurs du football cap-verdien de France le jeudi 10décembre, à 18h30, à l’Ambassadedu Cap-Vert, à Paris.En présence de Carlos Moniz, Prési-dent du club de Ligue 1 Académicode Sal, au Cap-Vert, entrainé par l’an-cien Sélectionneur Lúcio Antunes,d’Aboubacry Ba journaliste Sportif(Canal + Afrique) et un agent Fifa, encollaboration avec Andy Agency.Pendant cette rencontré a été diffusé,en avant première, le reportage sur lechoix de sélection des binationaux,événement filmé qui fera l’objet d’unreportage sur la nouvelle chaîne deTV online dédiée au Sport GreenS-ports. “Il n’est pas normal qu’au Cap-Vert ils ne sachent le travail qui est faitpar les passionnés du foot par ici” ditune note de presse d’Andy Agency.

Par António Marrucho

Désillusion pour l’équipe de France de futsal

En grand fournisseur de l’équipe deFrance de futsal, le Sporting Club deFrance avait un œil intéressé sur laRépublique Tchèque où se déroulaitle Tour principal qualificatif à laCoupe du Monde 2016. Quatrejoueurs du Sporting Club de Paris re-présentaient la France lors de ce tour-noi, Djamel Haroun, KamelHamdoud, Adrien Gasmi et LandryNgala.Les Bleus repartent éliminés mais enprogrès face aux échéances passées.Ils n’ont pas sombré face à des adver-saires d’un niveau supérieur au leur.Ils sont restés tout simplement à leurniveau, de simple amateur de futsalface à des professionnels de la disci-pline.La Sélection a pourtant idéalementdébuté son tournoi par un méritoirerésultat nul (2-2) face à la Slovèniegrâce notamment à une réalisation deKamel Hamdoud. Mais ce résultat n’a

pas été confirmé face au pays hôte, laRépublique Tchèque. Malgré une pre-mière période intéressante, les Bleusse sont inclinés (2-3).Mais l’espoir était toujours vivace aucoup d’envoi de cette ultime confron-tation face au Kazakhstan mais une

entame de match catastrophique don-nait confiance aux Kazaks. KamelHamdoud qui avait les honneurs ducapitanat en raison de la suspensionde Djamel Haroun réduisait le scoresur penalty mais le sort de l’équipe deFrance était déjà scellé.

Un jour l’équipe de France sera à laCoupe du Monde.Un jour l’équipe de France seraChampionne du Monde.Mais certainement qu’entretemps lesvraies questions auront été posées etqu’un véritable projet aura été établi.

Quatre joueurs du Sporting Club de Paris ont été sélectionnés

Par Julien Milhavet

Créteil/Lusitanos voit rouge à Ajaccio

Menés au score rapidement, les Cris-toliens n’ont pas réussi à tirer parti deleur supériorité numérique pendantprès de 40 minutes. A son tour ré-duite à 10 après l’expulsion sévèred’Augusto (52 min), l’US Créteil/Lu-sitanos a concédé deux buts, dont un

sur penalty, lors des dix dernières mi-nutes. Les Béliers n’auront donc pasréussi à renouer avec la victoire aprèsleur nul il y a dix jours. S’ils restent14èmes pour l’heure, ils voient lazone rouge se rapprocher d’eux. Avantla réception de Niort, vendredi pro-

chain, quatre points séparent désor-mais les Ciel et Bleu de la charrettevers le National.Après avoir stoppé leur mauvaisespirale il y a presque deux semainesavec le point du nul face au ParisFC, les Cristoliens n’ont pas réussi àsigner le résultat positif contre l’ACAjaccio qui leur aurait permis desortir de leur mauvais pas. Face auxCorses, le Créteil/Lusitanos a été vitemenée suite au but inscrit par JulienToudic lors des dix premières mi-nutes de jeu (1-0, 7 min) et ellen’est pas parvenue à égaliser malgréla supériorité numérique dont elleprofitait après l’expulsion d’AnthonyLippini (12 min).Peu après le retour des vestiaires,l’équipe dirigée par Francis de Percinvendredi soir, sous l’oeil observateurde Laurent Roussey, désigné entraî-neur principal cette semaine, s’estelle aussi retrouvée privée d’un joueuraprès le deuxième carton jaune reçupar Augusto (52 min). A partir de là,

Par Joël Gomes

le 16 décembre 2015

AC Ajaccio 3-0 US Créteil/LusitanosStade François-Coty

Spectateurs: 3.227Arbitre: Yohann Rouinsard

US Créteil/Lusitanos: Kerboriou;Mahon, Hérelle, DIedhiou, Ilunga(Cap.); Lafon (Dias, 80 min), Monta-roup; Dabo (Lesage, 69 min), Mollet(Sylla, 74 min), Augusto; Andriat-sima. Entraîneur: Laurent Roussey.

Buts: Toudic (7 min), Panyukov (83min), Nouri (89 min, sp).Avertissements: AC Ajaccio: Abergel(41 min), Babilloni (69 min); USCréteil/Lusitanos: Augusto (11 min),Diedhiou (16 min), Hérelle (89 min).Expulsion: ACA: Lippini (12 min);US Créteil/Lusitanos: Augusto (52min).

22 Desporto

lusojornal.com

le 16 décembre 2015

Le Sport: Opium de l’Homme ou moteur économiqued’une nation?

António MarruchoEmployé de banque à Lille

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Chronique d’opinion

Cristiano Ronaldo est un grandjoueur de football, primé par 3 Bal-lons d’Or. Est-il un simple joueur defootball? Ou n’est-il pas aussi un im-portant agent économique, voir«matière première» pour le Portu-gal?Il est bien difficile de quantifierl’impact économique, toutefoispeut-on ignorer que le fait de parlerde Cristiano Ronaldo, c’est d’unecertaine façon parler du Portugal?Combien de touristes ne se sont-ilspas déplacé au Portugal, voir Ma-dère, l’île dont Cristiano Ronaldoest originaire, consciemment ou in-consciemment à cause du Ballond’Or?Le sport est source de bien être,moteur économique, mais aussiactivité où les dérives sont nom-breuses, voire un milieu où règnela corruption.Ces dernières semaines, le sport faità la une des faits divers: l’affaire Jo-seph Blater, Platini, la sex-tape Ben-zema-Valbuena, l’arrestation deplusieurs membres éminents de laFIFA, ont eu droit de cité dans lesmédias du monde entier. Ajoutonségalement pour la France, le scan-dale des matchs truqués d’handballet pour le Portugal, la corruptionmaintes fois dénoncée, de l’arbi-trage… la liste est bien longue.Il y a la corruption par l’argent, maisaussi par la triche au niveau des pra-tiquants du sport de haute compéti-tion. Chiffre éloquent et terrifiant àla fois: entre 1968 et 2014, sur lestrois cyclistes du podium à l’arrivéedu Tour de France, 65% d’entre euxont été épinglés par le dopage à unmoment donné de leur carrière.Le seul intérêt du sport de hautecompétition, n’est-il pas dans la re-cherche de l’audience? De la média-tisation de l’évènement et de lavitrine offerte aux grandes marques?Dans l’antiquité, le sport était vucomme un Art, les athlètes étaientadulés, montrés comme des héros,voir comme des Dieux. Pierre de

Coubertin définissait: «Le sport vachercher la peur pour la dominer, lafatigue pour en triompher, la diffi-culté pour la vaincre».Les critiques du sport voient celui-ci comme un moyen de gouver-nance, un moyen de pressionvis-à-vis de l’opinion publique etune manière d’encadrement idéolo-gique des populations, tant dans lespays totalitaires que dans les paysdits démocratiques, alors que lesport se veut ou se présente commeun synonyme de liberté, de frater-nité, de justice, de morale et de pu-reté.Il faut dire que le «Beau Sport» s’esttransformé en une célébration del’«Argent roi» où les plus riches ga-gnent et où les sportifs ne sont gui-dés que par leurs comptes enbanque.Quel triste modèle donné à la jeu-nesse que ce jeu où des joueurs,trop souvent mercenaires et parfoismal élevés, amassent des fortunes.Quel triste spectacle que ces clubsde plus en plus déracinés de la ré-gion d’où ils viennent.A cette vision du sport s’opposecelle qui défend le sport comme gal-vaniseur des passions et des émo-tions, de réconciliations et deterrains de rencontres des classesde la société. Le sport est l’«Ecolede la vie», le combat pour le sportc’est le «Combat pour la vie, pourl’avenir». Le sport a une fonction demobilisation des foules pratique-ment à nulle autre pareille: il fu-sionne les classes à la différencedes autres idéologies qui, elles, di-visent et avivent les clivages.Autres aspects essentiels et raisond’être: le sport comme instrumentefficace au service du développe-ment et de la paix, le sport commeoutil humanitaire, social et de ré-conciliation. Le sport améliore lesrésultats scolaires, la santé et sou-tien l’économie en créant des em-plois. Il fait la promotion de l’égalitédes sexes et enfin sensibilise aux

problèmes de l’environnement. Avoirune population en bonne santé ades répercussions positives surl’économie: les coûts médicaux di-minuent et plus de personnes seronten état de travailler.L’autre point positif du sport est quechacun peut le pratiquer quel quesoit ses idéologies politiques, salangue, ethnie ou religion. Le sportdevient ainsi une «Langue mon-diale», il détruit les murs et les bar-rières. Ce type d’évènement estfédérateur et mobilisateur, faisantsouvent oublier le clivage politiqueet économique.Le Ministre des Sports, Patrick Kan-ner, à la veille de la finale de laCoupe Davis, au Stade Pierre Mau-roy, entre la France et la Suisse, endate du 17 novembre 2014, affir-mait: «On a besoin d’une France quigagne… ça fait du bien de positiverà une époque où on doute beau-coup…». On voit dans ces proposl’importance du sport pour un payset son caractère mobilisateur. C’estun message fort de cohésion natio-nale.Avec comme slogan «Paris entre enjeux», toute une région se mobiliseautour de la candidature de Parisaux Jeux Olympiques de 2024. Lesport permet de mettre en évidencedes hommes, des paysages, des évè-nements.En 1998, la France a organisé leChampionnat du Monde de Football.Elle l’a gagné. Alors que le PIB a pro-gressé de 2,3% en 1997, en 1998 laprogression a été de 3,5% et est re-descendu à 3% en 1999. Le sport enFrance représentait 1,4% du PIB en2010. On estimait pour la mêmeannée à 215.000 le nombre de per-sonnes ayant un emploi à temps pleinou partiel dans le «noyau dur» du sec-teur sportif.Nous dirons que le sport est àl’image de notre société, à l’imagede ses dérives… étant parfois unexécutoire, générateur de violence,qui parfois peut-être organisée et

programmée.Des images et des évènements spor-tifs peuvent devenir «intemporels».Comment oublier les images du Ma-rathon remporté par Alain Mimounle 1 décembre 1956 lors des JeuxOlympiques? Des images qui reste-ront à toujours, l’image du courage,d’une France qui gagne, d’un paysmultiracial et accueillant. Commentoublier les images de Carlos Lopes,vainqueur haut la main, du Mara-thon des Jeux Olympiques de LosAngeles en 1984? La nuit du 5 août1984 fut pour beaucoup d’entrenous une nuit blanche.Le sport rapproche les peuples etpeut servir même de déclencheur audialogue diplomatique, à l’image dece qu’on a appelé «La diplomatie duping-pong» entre les Etats Unis et laChine.L’Espagne, en crise depuis quelquesd’années, se sert du sport comme lesoft-power de son développementéconomie. Le tourisme et le sport,deux secteurs aux corrélationsétroites. L’Espagne est l’un des troispremiers pays du monde en termes defréquentation touristiques et lesstades du Real Madrid et du FC Bar-celone sont parmi les sites les plus vi-sités. Le sport en Espagne s’exporte.L’Espagne est connue et reconnuepartout grâce au sport, au footballprincipalement. Le sport est ainsi uti-lisé comme l’élément clé du dispositifde renforcement de la marque «Es-pagne®».Le tirage au sort de la phase finalede l’Euro de Football en France a eulieu samedi dernier, le 12 décembre.Quelles implications au niveau spor-tif, économique et social d’un telévènement?La recette totale attendra 1,9 Mil-liards d’euros selon certains écono-mistes, dont 400 millions desponsoring et 1 Milliard de droits TV,250 Millions d’euros de billetterie et250 millions en produits dérivés.Grace à Euro, 25.000 emplois ontété créés, dont 5.000 resteront pé-

rennes après la fin de l’épreuvesportive. Les chiffres qui suivent meparaissent, à la limite, encore plussignificatifs: selon un sondage fait parla société Kantarsport en 2014, pen-dant la Coupe du monde de footballau Brésil, 73% des Français ont af-firmé qu’un tel évènement sportif leurfaisait oublier les tracas du quotidien,26% affirmaient qu’ils consommaientplus quand la France gagne. Ce typed’évènement contribue donc à dés-tocker sur l’épargne des français etdonc à relancer un peu la consom-mation.L’offre sportive devient motrice en seprofessionnalisant, le sport de hautniveau perd de plus en plus son ca-ractère de service public.Le sport est utilisé pour développerla notoriété des marques. Pour l’Euro2016 et pour pouvoir avoir son nomlié à cet évènement, il faut de 2 à 5millions pour les «petites marques»et jusqu’à 30 millions pour les«grandes marques».Garrett McNamara, mérite bien plusqu’une médaille. Les images de sonrecord du Monde en surfant sur unevague de 24 mètres, le 1er novem-bre 2011, ont fait le tour de la Pla-nète, donnant l’occasion à la ville deNazaré, au centre du Portugal, dedevenir mondialement connue.De plus en plus le sport est vucomme une activité aux enjeux éco-nomiques importants. La Francemais aussi le Portugal l’ont biencompris. Rappelons l’organisationpar le Portugal ces dernières annéesdu Championnat l’Europe de Foot-ball, du départ de deux Paris-Dakar,du Championnat du Monde de cy-clisme et de la finale de la Ligue desChampions de Football.Le sport: un besoin personnel, unesource de polémique, mais aussiune activité économique enpleine expansion. Dernier évène-ment en date au Portugal: lavente des droits TV de Benfica augroupe NOS au prix record de…400 millions d’euros sur 10 ans.

23Tempo livrele 16 décembre 2015

Jusqu’au 3 janvier Exposition photographique «Lisbonne oùl’Atlantique rencontre la Méditerranée»,avec la collaboration du Consulat Généraldu Portugal à Marseille. Villa Méditerra-née, esplanade Robert Laffont, à Mar-seille (13). Du mardi au vendredi, de12h00 à 18h00 et les samedi et di-manche, de 10h00 à 18h00.

Jusqu’au 8 janvier Exposition “Amar Amália” de Paulo Tos-cano Azenha consacrée à Amália Ro-drigues, organisée par l’Institut Camões àtravers la Chaire Lindley Cintra de l’Uni-versité de Nanterre et le Lectorat de Por-tugais de l’université de Paris 8. Maisondu Portugal André de Gouveia, 7P boule-vard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 15 janvier Exposition «Textiles d’affection» de Ma-nuela Ribeiro. Performances, transforma-tions textiles. Galerie du Buisson, 4 rue duBuisson St Louis, à Paris 10.

Jusqu’au 17 janvier Exposition “Alma-Bluco”, de Musa para-disíaca. Première exposition du duo d’ar-tistes portugais Eduardo Guerra et MiguelFerrão. Commissaire: Elfi Turpin. En col-laboration avec l’Ambassade du Portugalen France, Centre Culturel Camões àParis. Au CRAC - Centre Rhénan d’Artcontemporain, 18 rue du Château, à Al-tkirch (68).

Jusqu’au 24 janvier Exposition “Costa - 10 ans après César”avec les œuvres de Fernando Costa. CrypteSainte-Eugénie, à Biarritz (64). Tous lesjours de 14h00 à 18h30 sauf le mardi.Fermé le dimanche 25 décembre et le 1erjanvier. Entrée libre.

Jusqu’au 17 avril Exposition “Le Plan Flexible”, de LeonorAntunes, en collaboration avec l’Ambas-sade du Portugal en France, Centre cultu-rel Camões à Paris. Dans la Nef Centraledu CAPC - Musée d’art contemporain deBordeaux, 7 rue Ferrère, à Bordeaux (33).

Le mercredi 16 décembre, 19h00 Rencontre avec Michel Chandeigne etJean-Paul Duviols, autour de leur libre

“Idées reçues sur les Grandes Décou-vertes” (éd. Le Cavalier Bleu). Maison del’Amérique Latine, 217 boulevard Saint-Germain, à Paris 07.

Le jeudi 17 décembre, 18h00 Débat sur “Peut-on traduire la poésie delangue portugaise?” avec la participationdu traducteur Dominique Stoenesco quiprésidera le débat. Bibliothèque desEtudes portugaises, brésiliennes etd’Afrique lusophone, 17 rue de la Sor-bonne, à Paris 05.

Le vendredi 18 décembre, 18h30 Café littéraire avec l’auteure brésilienneMazé Chotil, illustrée par les peinturesde Lourdes de Deus, illustratrice de‘Lembranças de sítio’, à l’Institut Cultu-rel Alter’Brasilis, 2 rue de Turenne, àParis 4. Entrée libre. Réservation obligatoire. Infos: 09.84.25.56.06.

Le jeudi 17 décembre, 19h00 Rencontre-performance autour de “LaPassion selon G.H.” de Clarice Lispector,interprété par Gabriella Scheer, avec unemise en scène de Cyril Desclés, précédéde “La Belle et la Bête ou la trop grandeblessure” de Clarice Lispector, par Ga-briella Scheer, dans le cadre de «L’Heurede Clarice», journée anniversaire de lanaissance de Clarice Lispector. L’Espacedes femmes - Antoinette Fouque, 35 rueJacob, à Paris 6.

Le vendredi 18 décembre, 20h30 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz (version française). Salle desFêtes, 1 rue d’Enghien, à Eaubonne (95). Infos: 06.81.21.44.13.

Jusqu’au 31 décembre «Bonjour l’ivresse», une comédie deFranck Le Hen, avec, entre autres, KévinMiranda, au Théâtre du Marais, 37 rueVolta, à Paris 3. Infos: 01.71.73.97.83.

Le samedi 9 janvier, 20h00 Concert de Mísia. «Le Diapason», àSaint-Marcellin (38).

Le vendredi 15 janvier, 20h30 Concert d’António Zambujo. «Les Passe-relles», à Pontault-Combault (77).

Le samedi 16 janvier, 20h30 Concert d’António Zambujo. Salle JacquesBrel, à Pantin (93).

Le vendredi 18 décembre, 21h15 Double concert privé de João Pedro Paiset Pedro Abrunhosa, organisé par laChambre de Commerce et d’IndustrieFranco-Portugaise (CCIFP) à la Maison dela Mutualité, 24 rue Saint-Victor, à Paris05. Réservation obligatoire. Infos: 01.79.35.10.00

Le samedi 19 décembre, 18h00 “Natal em Casa” Fête de Noël animée parPedro Cunha et le Rancho Folclórico Tra-dições do Minho. Salle Bérenger de Fre-dol, à Villeneuve-les-Maguelone (34).Infos: 06.87.78.53.01.

Le samedi 9 janvier, 19h30 Dîner dansant avec Filipe Martins et sonorchestre, Carlos Pires, José Cunha, TrioLatina et Sabrina Simões, organisé parl’association Agora en faveur de la cam-pagne “Unidos na Solidariedade” de laMisericórdia Portuguesa de Paris. SalleJean Vilar, 9 boulevard Héloïse, à Argen-teuil (95). Infos: 06.24.25.79.27.

Le jeudi 31 décembre, 20h00 Réveillon de la Saint Sylvestre avec unspectacle exotique Kafrine Color, le groupeBanda Latina et Dj Anibal, organisé par leComité de Fêtes et les Associations Portu-gaises d’Argenteuil. Salle Jean Vilar, 9boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).Infos: 01.39.81.28.70.

Le jeudi 31 décembre, 19h30 Réveillon de la Saint Sylvestre avec legroupe Kapa Negra, organisé par l’Asso-ciation Culturelle Portugaise de Les Ulis-Orsay, au Gymnase Blandin, avenue GuyMoquet, à Orsay (91). Infos: 06.09.81.25.19.

Le jeudi 31 décembre, 21h00 Réveillon de la Saint Sylvestre avec ElenaCorreia. Bal avec Novo Som, organisé parl’Association des Portugais de Dammarie-les-Lys, au Gymnase Jean Zay, 106 ruedes Charbonniers, à Dammarie-les-Lys(77). Infos: 06.79.84.40.06.

Le samedi 16 janvier, 9-17h00 3ème Luso Journée, organisée par l’Asso-ciation des diplômés portugais en France(AGRAFr), sur «Les lusophonies enFrance: synergies en construction». Délé-gation de France de la Fondation CalousteGulbenkian, 39 boulevard de la Tour Mau-boug, à Paris 07. Entrée libre.

Le mercredi 16 décembre, 11h05 Documentaire “Les îles du futur: Madère- Le combat pour l’eau et l’énergie” (43min, Allemagne, 2015), sur ARTE.

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Faltam poucos dias para o Natal enas saudações de muitas pessoas jáse sente aquela alegria autêntica (enão apenas de fachada) que normal-mente acompanha este momento doano litúrgico. É o mesmo sentimentoque encontramos no centro do Evan-gelho do próximo domingo, dia 20: aalegria de Isabel e do irrequieto JoãoBaptista, que acolhem na própriacasa a jovem Maria e com ela, JesusCristo, salvador do mundo.«Bendita és tu entre as mulheres ebendito é o fruto do teu ventre.Donde me é dado que venha ter co-migo a Mãe do meu Senhor? Na ver-dade, logo que chegou aos meusouvidos a voz da tua saudação, omenino exultou de alegria no meuseio. Bem-aventurada aquela queacreditou no cumprimento de tudoquanto lhe foi dito da parte do Se-nhor».É uma alegria inesperada, pois achegada de uma prima, ainda sol-teira e já grávida, deveria criar desas-sossego no coração de Isabel, masela não se deixa enganar pelas apa-rências e ajudada pela fé e pelagraça de Deus, consegue reconhe-cer naquela jovem o projeto divino desalvação e a presença do Messiasesperado.O Natal é tempo propício para tantosencontros… Abrandado o ritmo fre-nético do dia-a-dia, amigos e paren-tes aproveitarão este momento derepouso para visitar-se, trocar pren-das e desejar votos de boas festas.Oxalá sejam todos encontros comoaquele entre Isabel e Maria, onde,ajudados pela fé, consigamos ir paralá das aparências e da superficiali-dade, e descubramos em cada pes-soa que bate à nossa porta ou entrana nossa casa, a oportunidade desaudar Jesus e de acolhê-Lo nanossa vida.Um santo Natal a todos!

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Cathédrale St Spire14 rue du Cloître Saint-Spire91100 Corbeil-EssonneDomingo às 9h30

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