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As Fontes Do Direito Administrativo

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As fontes do direito administrativo são: a) a norma: o Direito Administrativo caracteriza-

se pela variedade de suas fontes normativas, pois além das fontes comuns a outros ramos jurídicos, tem fontes que lhe são próprias e dos ramos jurídicos que lhe são afins;

b) a doutrina: é a lição dos mestres e estudiosos do direito;

c) a jurisprudência: é a interpretação da lei dada pelos tribunais;

d) os costumes: são práticas habituais, tidas como obrigatórias, que o juiz pode aplicar, na falta de lei sobre determinado assunto;

e) os princípios gerais de direito: são critérios maiores, às vezes até não escritos, percebidos pela lógica ou por indução;

f) tratados internacionais.

Princípios da Administração Pública 1) Legalidade (art. 37 da Constituição Federal): Este princípio, juntamente com o controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu com o Estado de Direito. Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite. O administrador não pode agir, nem deixar de agir, senão de acordo com a lei, na forma determinada. No direito administrativo, o conceito de legalidade contém em si não só a lei, mas também, o interesse público e a moralidade. 2) Impessoalidade (art. 37 da Constituição Federal): Este princípio atualmente possibilita duas interpretações distintas: a primeira significa dizer que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu comportamento. A administração deve servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidárias. No segundo sentido, o princípio significa, segundo José Afonso da Silva, que .os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte que ele é o autor institucional do ato.. O mérito dos atos pertence à Administração, e não às autoridades que os executam. A publicidade dos órgãos públicos deve ser impessoal, não podendo conter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal (art. 37, § 1o, da CF).

3) Moralidade (art. 37 da Constituição Federal): Alguns autores entendem que o conceito de moral administrativa é vago e impreciso ou que acaba por ser absorvido pelo próprio conceito de legalidade, mas no entanto, antiga é a distinção entre Moral e Direito, ambos representados por círculos concêntricos, sendo o maior correspondente à moral e, o menor, ao direito. Assim, não se identifica com a legalidade (porque a lei pode ser imoral e a moral pode ultrapassar o âmbito da lei) e produz efeitos jurídicos, porque acarreta a invalidade do ato, que pode ser decretada pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. A apreciação judicial da imoralidade ficou consagrada pelo dispositivo concernente à ação popular (art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal) e implicitamente pelos artigos 15, V, 37, § 4º, e 85, V, este último considerando a improbidade administrativa como crime de responsabilidade.

4) Publicidade (art. 37 da Constituição Federal): Os atos públicos devem ter divulgação oficial, como requisito de sua eficácia, salvo as exceções previstas em lei. Entre as exceções estão a segurança nacional (art. 5o, XXVIII, da CF), certas investigações policiais (art. 20 do CPP), processos cíveis em segredo de justiça (art. 155 do CPC) etc. 5) Eficiência (art. 37 da Constituição Federal):

É o dever da boa administração imposto a todo agente público com o objetivo de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. 6) Finalidade: A administração deve agir com a finalidade de atender ao interesse público visado pela lei. Regra básica da administração é o atendimento ao interesse público. O ato administrativo não tem legalidade se o administrador agiu no interesse próprio, e não no interesse público, ainda que obedecida formalmente a letra da lei. O interesse que deve ser atendido é o chamado interesse público primário, referente ao bem-estar coletivo, da sociedade como um todo, que nem sempre coincide com o interesse público secundário, referente a órgãos estatais ou governantes do momento. O interesse público prevalece sobre o interesse individual, respeitadas as garantias constitucionais e pagas as indenizações devidas, quando for o caso.

7) Indisponibilidade: A administração não pode transigir, ou deixar de aplicar a lei, senão nos casos expressamente permitidos. Nem dispor de bens, verbas ou interesses fora dos estritos limites legais.

8) Continuidade: Os serviços públicos não podem parar, devendo manter-se sempre em funcionamento, dentro das formas e períodos próprios de prestação. Não deveria haver greve sem limites no serviço público. Mas o assunto ainda aguarda regulamentação por lei complementar, como manda o art. 37, VII, da CF. Para o militar há proibição expressa de greve (art. 42, § 5o, da CF).

9) Probidade: Os atos da Administração Pública deverão estarem revestidos de probidade. 10) Prestação de Contas: O dever de prestar contas é decorrência natural da Administração como encargo de gestão de bens e interesses alheios.

Poder de Polícia Segurança Humana: A polícia é o organismo encarregado de assegurar a ordem pública e de promover a segurança humana. Polícia: É o conjunto de poderes coercitivos, exercidos pelo Estado, sobre as atividades dos administrados, através de medidas impostas a essas atividades, a fim de assegurar a ordem pública. Conceito (Hely Lopes Meirelles): Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Natureza: Faculdade que possibilita à administração estabelecer limitações diretas das atividades dos particulares: poder discricionário. Fundamento: O próprio poder do Estado, a supremacia que o Estado exerce sobre pessoas, bens e atividades. Fins: Atendimento do interesse público. Necessidade de assegurar a coexistência o mais harmoniosa possível da coletividade, no exercício das diversas atividades ou direitos. Extensão: Observada a competência, o poder de Polícia é inerente a toda a administração, sendo exercido pelos diversos órgãos, nas esferas da União, estados e Municípios. Dentro destas esferas, o poder de polícia abrange desde a proteção moral e aos bons costumes, a preservação da saúde pública, o controle de publicações, a

segurança das construções e dos transportes até a segurança nacional em particular. Limites: a) liberdades públicas (direitos fundamentais

assegurados pela Constituição). Conciliação do atendimento do interesse geral e liberdades públicas;

b) legalidade dos meios; c) preceitos relativos à competência, forma e

fim.

Atributos: O poder de polícia administrativa tem atributos específicos e peculiares ao seu exercício, e tais são a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade.

1) Discricionariedade: A discricionariedade traduz-se na livre escolha, pela Administração, da oportunidade e conveniência de exercer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar os meios conducentes a atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público. 2) Auto-executoriedade: A auto-executoriedade é a faculdade de a Administração decidir e executar diretamente sua decisão por seus próprios meios, sem intervenção do Judiciário, é outro atributo do poder de polícia. 3) Coercibilidade: A coercibilidade é a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração, que são imperativas e admite-se até o emprego da força pública para o seu cumprimento, quando resistido pelo administrado.

Atos da Atividade Pública: Na atividade pública pode-se observar três categorias de atos: legislativos, judiciais e administrativos. Conceito: Ato produzido por agente credenciado da Administração que tem por efeito imediato a aquisição, o resguardo, a modificação, a transformação ou extinção de direitos em matéria administrativa. Ato administrativo é, pois, o ato jurídico editado pela Administração, em matéria administrativa, enquadrando situações jurídicas subjetivas, específicas individuais.

Atos Administrativos Típicos e Atípicos: Atos administrativos típicos são os praticados pela administração no uso de seus poderes estatais. Atos administrativos atípicos (também chamados atos da administração) são os que não envolvem poderes estatais, ficando o poder público no mesmo nível das demais pessoas, como nos atos regidos pelo direito civil ou comercial, e não pelo direito administrativo.

Requisitos do Ato Administrativo Além dos requisitos gerais de todos os atos jurídicos, como agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não proibida em lei, o ato administrativo típico tem os seguintes requisitos: 1) Competência: Para a prática do ato administrativo é necessário que o agente disponha de poder legal para praticá-lo, ou seja, de poder específico para suas funções, conferido em lei ou por esta previsto ou limitado. O ato administrativo praticado por autoridade incompetente será nulo, inválido. O sujeito é aquele que elabora o ato administrativo e a quem a lei lhe dá competência. Competência é o conjunto de atribuições das pessoas jurídicas, órgãos e agentes, fixados pelo direito positivo. 2) Finalidade: Todo ato administrativo deve ter um fim, e um fim que atenda ao interesse público, ou seja um objetivo de interesse público. O desvio de finalidade, ou finalidade diversa da desejada pela lei, é uma espécie de abuso de poder. 3) Forma:

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Forma em sentido estrito é o revestimento exterior do ato ou modo pelo qual a declaração se exterioriza. Inclui todas as formalidades que devem ser observadas durante a exteriorização do ato (procedimento administrativo). 4) Motivo: O motivo ou causa, é a situação de direito ou de fato, que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. O motivo ou está previsto na lei, ou estará a critério do administrador. Mas este não pode praticar atos administrativos sem um motivo, sem uma causa.

5) Objeto: Todo ato administrativo tem um objeto: criar, modificar, ou comprovar situações jurídicas referentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à sanção do Poder Público. Objeto, portanto, é o efeito que o ato administrativo produz ou deseja produzir. O objeto tem que ser lícito, possível e moral.

Atributos do Ato Administrativo 1) Presunção de Legitimidade: Salvo prova em contrário, presumem-se legítimos os atos da administração e verdadeiros os fatos por ela alegados (presunção relativa ou juris tantum).

2) Imperatividade: A administração pode impor unilateralmente as suas determinações, válidas, desde que dentro da legalidade. 3) Exigibilidade: O cumprimento das medidas administrativas pode ser exigido desde logo. 4) Auto-executoriedade: A administração pode executar diretamente seus atos e fazer cumprir determinações, sem precisar recorrer ao Judiciário, até com o uso de força, se necessário. Não em todos os casos, mas sempre que a auto-execução é autorizada por lei. Classificação dos Atos Administrativos 1) Quanto aos Destinatários: a) gerais: sem destinatários determinados (ex.:

decretos); b) individuais ou especiais: dirigem-se a

destinatários determinados (ex.: nomeação).

2) Quanto à Esfera de Ação: a) externos: efeito fora do âmbito das

repartições (ex.: decretos); b) internos: efeito no âmbito das repartições

(ex.: circulares).

3) Quanto à Edição: a) atos formais ou orgânicos: editados por

excelência, pelo Poder Executivo; b) materiais: são os editados ou pelo Judiciário

ou pelo Legislativo, agora não nas vestes de suas funções, mas naquilo que um e outro têm de "administrativo".

4) Atos de Império, de Gestão e de Expediente: a) atos de império: ou de autoridade, são todos

aqueles que a Administração pratica, usando de sua supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento;

b) atos de gestão: são os que a administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os administrados;

c) atos de expediente: os que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente.

5) Atos Simples, Complexos ou Compostos: a) ato simples: o que resulta da manifestação

de vontade de um único órgão, unipessoal ou colegiado;

b) ato complexo: que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo;

c) ato composto: que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte de outro, para se tornar exequível. Exemplo: autorização que dependa de visto de uma autoridade superior.

6) Atos Auto-Executórios e Não Auto-Executórios: a) ato auto-executório: é aquele que traz em si

a possibilidade de ser executado pela própria administração;

b) ato não auto-executório: é o que depende de pronunciamento judicial para produção de seus efeitos finais.

7) Quanto à Eficácia: a) válido: quando preenche os requisitos de

validade; b) nulo: contém vício insanável; c) inexistente: aparência de manifestação de

vontade (ex.: usurpação da função pública, quando um indivíduo pratica atos passando-se por policial).

O Poder Discricionário da Administração Obediência a Ordem Jurídica: Nos estados de direito, em que rege o princípio da legalidade, o Poder Público não pode agir como melhor entender, mas condicionado por normas que lhe ditam os meios de agir. O Estado impõe a ordem jurídica e ele mesmo se subordina a esta ordem jurídica. Arbítrio: Se o Estado ou o agente público procede de modo contrário ao sistema jurídico, está procedendo ilegalmente. É o que se denomina, então, poder arbitrário do agente público. Discrição: Se o agente administrativo opta por um caminho, dentre os vários apontados pelo legislador, ou seja, se escolhe a solução melhor para o Estado, temos, então, o poder discricionário.Ato arbitrário: É o informado pela vontade pessoal e incontrastável do titular que o editou. É uma ação em desacordo com a norma jurídica de um determinado sistema; antijurídica. É passível de anulação pelo Poder Judiciário. Ato discricionário: É a cristalização, num caso concreto da possibilidade ou faculdade fornecida pela discricionariedade ou poder discricionário da Administração Pública. São praticados com liberdade de escolha, podendo agir ou não agir, de acordo com uma norma jurídica prévia (ex.: nomeação de Ministro). Ato vinculado: É o ato administrativo que se concretiza pela vontade condicionada da Administração. Esta é obrigada a manifestar-se positivamente, desde que se preencham, no caso, determinados requisitos fixados "a priori" pela lei. A autoridade edita-os sem liberdade de escolha, sendo definido pela lei. A lei define se o ato deve ser praticado, como deve ser praticado e quando deve ser praticado (ex.: licença para construir).

São os principais atos administrativos normativos: 1) Decretos: De competência privada dos chefes do Poder Executivo, são destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou implícito pela lei. Como ato administrativo o decreto é sempre inferior à lei e não pode contrariá-la. O decreto pode ser: independente, que dispõe sobre matéria ainda não regulada especificamente em lei, ou regulamentar, que visa a explicar a lei e facilitar a sua execução. 2) Regulamentos: São atos administrativos postos em vigência através de decretos, para especificar os mandamentos da lei, ou prover situações ainda não disciplinadas por lei. Não podem nem contrariar, nem ir além da lei. 3) Regimentos:

São atos administrativos normativos de autuação interna, dado que se destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas.4) Resoluções: São os atos que visam a disciplinar o funcionamento de seus agentes. 5) Deliberações: Atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados.

Atos Ordinatórios Noções Iniciais: Os atos ordinários visam a disciplinar o funcionamento da administração e a conduta funcional de seus agentes. 1) Instruções: São ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado serviço público. 2) Circulares: São ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários ou agentes administrativos incumbidos de certo serviço, ou de desempenho de certas atribuições em circunstâncias especiais. 3) Avisos: Atos emanados dos Ministros de Estado, a respeito de assuntos afetos aos seus ministérios. 4) Portarias: São atos administrativos internos, pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços, expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam servidores para funções e cargos secundários. Por portarias também se iniciam sindicâncias e processos administrativos. 5) Ordens de Serviço: São determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos, contendo imposições de caráter administrativo.6) Ofícios: São comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores, e entre Administração e particulares em caráter oficial. 7) Despachos: São decisões administrativas, das autoridades executivas (ou legislativas ou judiciárias, mas em funções administrativas), em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação.

Atos Negociais Noções Iniciais: São praticados contendo uma declaração de vontade do Poder Público, coincidente com a pretensão do particular, visando à concretização de negócios jurídicos públicos, ou à atribuição de certos direitos ou vantagem ao interessado.1) Licença: É o ato vinculado e definitivo, pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividade. 2) Autorização: Ato que torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou a utilização de determinado bem. 3) Permissão: Ato pelo qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens públicos. 4) Aprovação: Ato pelo qual o Poder Público aprova a legalidade ou mérito de órgão público ou entidade particular. 5) Admissão: Ato pelo qual o Poder Público defere ao particular determinada situação jurídica de seu interesse. 6) Visto: Ato pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou do administrado aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exeqüibilidade.

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7) Homologação: Ato pelo qual o Poder Público confere eficácia a outro ato anterior da própria Administração ou de entidade diversa.8) Dispensa: Ato que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação até então exigida por lei. 9) Renúncia: Extinção de um crédito ou direito próprio, liberando a pessoa obrigada perante a Administração. 10) Protocolo Administrativo: Ato pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no interesse recíproco da Administração e do administrado signatário do instrumento protocolar.

Atos Enunciativos Noções Iniciais: São atos que enunciam uma situação existente, sem qualquer manifestação de vontade da Administração. São também chamados de atos de pronúncia. Por tais atos a Administração certifica ou atesta um fato, emitindo uma opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu enunciado.1) Certidões Administrativas: São cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas. É obrigatória a expedição (prazo usual de 15 dias, Lei 9.051/95). 2) Atestados: São atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação, de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. 3) Pareceres: São manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração. Tem missão meramente opinativa. Os pareceres podem ser normativos (aprovado é convertido em norma de procedimento interno) ou técnicos (provém de órgão especializado e não pode ser contrariado por leigo ou superior hierárquico). 4) Apostilas: Atos enunciativos de situação ou direito. Não declara, reconhece.

Atos Punitivos Noções Iniciais: São atos que contém uma sanção imposta pela Administração àqueles que infrigem disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens ou serviços públicos. Não podem ser confundidas com sanção civil decorrente de não cumprimento de contrato administrativo. Os atos punitivos podem ser: a) internos: funcionários (exercício do poder

discricionário); b) externos: administrados (exercício do poder

vinculado).

1) Multas: É toda imposição pecuniária a que se sujeita o administrado a título de compensação do dano presumido pela infração. Há multas administrativas e multas fiscais, não se confundindo ambas com as multas criminais. 2) Destruição de Coisas: É ato sumário da Administração, pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo, ou de uso proibido por lei. 3) Interdição de Atividade: É o ato pelo qual a Administração veda a alguém a prática de atos sujeitos ao seu controle, ou que incidam sobre seus bens. 4) Afastamentos de Cargo ou Função: É ato pelo qual a Administração faz cessar o exercício de seus servidores, ou a título provisório, ou a título definitivo.

Bens públicos, Terceiro Setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter

público. Atua exclusivamente na execução de atividades de utilidade pública. Possuem gerenciamento próprio, sem interferências externas.Atributos do Terceiro Setor: estruturais ou operacionais que distinguem as organizações:Formalmente constituídas: alguma forma de institucionalização, legal ou não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo.Estrutura básica não governamental: são privadas, ou seja, não são ligadas institucionalmente a governos.Gestão própria: realiza sua própria gestão, não sendo controladas externamente.Sem fins lucrativos: a geração de lucros ou excedentes financeiros deve ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes.Trabalho voluntário: possui algum grau de mão-de-obra voluntária, ou seja, não remunerada ou o uso voluntário de equipamentos, como a computação voluntária.Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado.Art. 175 - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.Não caracteriza o serviço público: apenas as atividades de caráter vital, também não é atividade em si, que o caracteriza.A determinação de serviço público está na vontade do Estado que diz ser a atividade serviço público, permitindo a sua exceção direta ou indireta. Alguns são privativos do Poder Público e outros podem ser realizados juntamente com os particulares.A classificação dos serviços públicos: vai variar conforme o critério analisado. Tratando-se da sua essencialidade, adequação , finalidade, destinatários, podemos classificar os serviços públicos em: público, utilidade pública, próprios e impróprios do Estado, uti universi e uti singuli.Bens públicos: são todos os bens móveis ou imóveis pertencentes à União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas.ClassificaçãoQuanto à titularidadeFederaisEstaduaisDistritaisMunicipaisQuanto à destinaçãoBens de uso comum do povo: Bens de uso geral, que podem ser utilizados livremente por todos os indivíduos. Ex: praças, rios, praias, etc.

Bens de uso especial: São aqueles nos quais são prestados serviços públicos, tais como hospitais públicos, escolas e aeroportos.

Bens dominicais: São bens públicos que não possuem uma destinação definida, como as terras devolutas e prédios públicos desativados.

Quanto à disponibilidadeBens indisponíveis por natureza: São bens que não podem ser alienados pelo Poder Público, dada a sua natureza não patrimonial. Os bens de uso comum do povo se encaixam, em geral, nessa categoria.

Bens patrimoniais indisponíveis: São bens que, embora patrimoniais, também não podem ser alienados, pois neles se prestam serviços públicos. Ex: hospitais públicos, universidades (bens de uso especial).

Bens patrimoniais disponíveis: São os bens dominicais. Podem ser alienados, desde que obedecidas as determinações legais.

CaracterísticasInalienabilidade: Não podem ser vendidos. Isso é válido apenas para os bens de uso comum e de uso especial.

Impenhorabilidade: Não se sujeitam à penhora.

Imprescritibilidade: Não podem ser obtidos por um particular através de usucapião.

não-onerabilidade: Não podem servir de garantia a um credor, como nos casos de hipoteca, penhor e anticrese.