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As Novas Escrituras, Vol. 1

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As Novas Escrituras, Vol. 1 - O Livro da Anunciação

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As Novas Escr i turas

Edição eletrônica revista e anotada Ano de 2009

Centro Lusitano de unificação Cultural

do Brasil

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Queridos filhos, amada Humanidade Vem à luz do dia, neste ano sagrado de 1985, uma obra totalmente originada nos planos da causalidade a que decidiu-se dar o nome genérico de “Livro da Anunciação” e que, tal como esse nome indica, tem o fim de dar a conhecer ao mundo a descida aos planos de manifestação mais densos do novo Messias, Aquele cuja vinda estava anunciada para o suposto fim dos tempos. Pode a muitos parecer estranho que cada um dos 28 pequenos capítulos de que a obra se compõe venha assinado por nomes quase todos diferentes, alguns muito conhecidos de todas as pessoas (através das religiões e da História), outros totalmente desconhecidos da maioria dos homens mas muito familiares a quem tenha seguido conscientemente a via do discipulado e da iniciação. Pode também causar estranheza ou mesmo desconfiança que esses capítulos tenham sido escritos por meio de intermediários segundo um processo catalogado nas ciências espiritualistas com o nome de psicografia não automática, ou escrita inspirada. Quero, antes de mais, esclarecer que foram

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escritos exatamente por esse processo todos os livros sagrados do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento Cristão. Muitas das entida-des que agora aqui se manifestam foram agentes visíveis ou invisíveis na feitura desses mesmos antigos livros bem como dos livros santos das grandes religiões. Nesses tempos, a um discípulo telepatica-mente inspirado chamava-se “cheio da graça do Senhor”. Frases como “me apareceu um Anjo do Senhor que me disse...”, “ouvi uma voz como um trovão...”, etc., eram apenas formas antigas de descreverem-se situações que hoje se descrevem de forma diversa mas continuam a corresponder ao mesmo tipo de situações e vivências. O Reino de Deus de que se falava e que foi anunciado é o reino da espiritualidade revelada e participada. A ressurreição representa geralmente a libertação da morte pelo conhecimento demons-trado das leis da evolução e do retorno. Esse conhecimento provoca o regresso de todos os que morreram ao revelar-se sua eternidade ascen-sional e sua continuada presença entre a Huma-nidade em evolução. Este Livro da Anunciação (primeiro capítulo das Novas Escrituras) foi possível graças à amorosa e impessoal dedicação de um grupo de discípulos que, persistente e esforçadamente, vinham-se preparando desde há 2.500 anos para a elevada missão a desempenhar no advento da Nova Era. Seu anonimato não representa fuga à

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exposição pública, covardia ou receio do ridículo mas simplesmente demonstra que as ofertas verdadeiramente importantes devem ser feitas de forma impessoal (sem indicação de remetente) e que as glórias ou as desgraças da volúvel apreciação mundana não contam nos planos onde o serviço não tem limites e as intenções não podem ser falseadas. O prêmio que recebem aqueles que servem com total entrega e abnegação é a subida a lugares onde o serviço será ainda mais pesado, a responsabilidade ainda maior e a extensão dos planos a executar infinitamente mais vasta. Benditos são, porém, os que escolhem tal caminho porque se sentarão à direita do Pai no Reino dos Céus e a sua alegria não terá fim. Vem este livro anunciar a aproximação do novo Messias. Ele iniciou a Sua descida na madrugada do dia 3 de Junho deste ano bendito de 1985. Ele chegou respondendo ao pungente grito de chamamento da Humanidade que, nos últimos dois milênios, desde Sua última vinda, tem-se visto esmagada pelo peso das ações de todos aqueles que não quiseram ouvir o mandamento de amor que Ele veio trazer à Terra nessa manifestação. Foram dois milênios de guerras, de injustiças, de perseguições e de atropelos. Dois terços da Humanidade encontram-se ainda numa fase arcaica e pré-histórica de evolução espiritual. Somente um terço dela terá atingido o mínimo de evolução exigível. Por sua

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vez, apenas um nono é constituído por aspirantes, probacionários e discípulos na senda do Bem e do serviço da Grande Fraternidade Branca embora a maioria não tenha conhecimento consciente desse fato. Não foi, todavia, para a minoria que o Cristo está voltando. Ele vem para dar à maioria uma última e generosa oportunidade de salvação. Entidade da mais pura e elevada estirpe espiritual, filho primogênito do Pai eterno, submeteu-se voluntariamente ao indescritível sacrifício de mergulhar de novo neste mundo de vibrações baixas e vis pelo amor profundo, pelo amor total que dedica a cada uma das ovelhas de Seu rebanho. Não posso comentar com palavras humanas a grandiosidade desse gesto. Espero, sim, que o sintais no âmago de vossos corações, no local onde a divina chama Crística deve brilhar com a maior intensidade. Lede este livro sem ceticismos, qualquer que seja vossa posição intelectual, filosófica ou religi-osa porque nele encontrareis palavras, conceitos, pensamentos e intuições (principalmente intuições) que talvez nunca vos tenham sido antes proporcionados. É principalmente por a faculdade intuitiva ser a chave da porta do Reino de Deus que vos exorto a despertar esse esplendoroso dom com que todos fostes dotados de nascença. Permiti que ele se desperte ao longo desta obra sagrada e ela assim terá atingido o seu magno objetivo em vós.

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Não vos trago palavras de dogmatismo nem ameaças de punição. Vós sois os principais juízes do tribunal onde vos sentareis como réus. Vossa liberdade é absoluta e incontestada. Sois senhores de vosso destino e podereis escolher os caminhos que vos aprouverem. Não temais tão-pouco os fariseus, os escribas, os vendilhões, os agiotas ou os césares destes tempos, que se apressarão a condenar este livro nas suas listagens de obras excomun-gadas, com as mesmas consciências plenas de vícios e os mesmos ventres demasiadamente fartos com que — durante o negro período de obscurantismo em que reocuparam os seus lugares de chefia a partir do século IV desta Era — enviaram para a fogueira, para o cadafalso ou para as masmorras, os mais sábios, os mais santos e os mais virtuosos. Abstraí-vos de todas as influências externas, isolai o vosso eu interior e parti para uma nova e fascinante descoberta do vosso poder intuitivo. Apelai para a ajuda de vosso Mestre porque todo aquele que aspira encontra a adequada resposta do seu instrutor. Escutai a voz silenciosa da presença divina em vós, que fostes criados à imagem e semelhança do Pai para manifestardes a divindade na plenitude de vossa expansão espiritual. Respeitai a divindade interior e encontrareis a salvação. Sede, em suma, dignos d’Aquele que por vós tudo sacrifica e que, de novo, aí está para vos amar. Àqueles que professam as chamadas

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“religiões cristãs” relembro a frase que tendes inúmeras vezes repetido na vossa profissão de fé: “Creio na comunicação dos santos.“ Chegou a altura de pôr à prova a sinceridade dessa crença. Aqui tendes uma tal comunicação. O Reino está aqui. A chave também. A porta espera vossa ação para ser aberta. Lá dentro, o Pai vos aguarda.

GAUTAMA

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Aleluia, irmãos na Luz e companheiros na Liberdade! Aleluia, pois o Senhor é chegado. O príncipe dos Mestres, o Grande Instrutor, tomou posse dos corpos amorosamente preparados pelos representantes da Humanidade e da operação do Espírito Santo na Humanidade. Aleluia, pois Ele chegou e começou Sua cami-nhada entre os homens! Agora o Grande Senhor prepara-se para estabelecer um vínculo cada vez mais estreito com os grupos de servidores consagrados que ecoarão Sua mensagem de Luz. Agora é o tempo das guardas avançadas e o tempo para a medição das coragens e persistências. A aurora da Nova Era faz sentir seus primeiros raios luminosos rasgando o céu violeta que encaminhará o futuro da Humanidade. Os tempos são chegados! Aleluia, irmãos, pois os tempos são chegados! Sua marcha triunfal inicia-se primeiro no silêncio dos planos internos para que depois se produza o maravilhoso clamor das guardas avan-çadas que transportarão Seu estandarte! Ele traz consigo um grande séquito de Mestres e Seres Ascensionados, o Poder de que foi investido pelo Ancião dos dias e o dom de libertar e curar as almas! Ele vem para regenerar o planeta! Ele vem para trazer a energia cósmica! Ele vem para ascender os homens! Aleluia, irmãos, nos Céus e na Terra. A hora é grande. Vivei-a! Vivei-a!

SAINT-GERMAIN

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A madrugada do histórico dia 3 de Junho de 1985 testemunhou, uma vez mais, a manifestação do sublime mistério cíclico: o Messias fez-se forma e habita no mundo dos homens! Na hora exata do plenilúnio, o Messias, o bem-amado Senhor Maitreya, ocupou pela pri-meira vez os corpos ou veículos mental, emocional e etérico que Lhe foram preparados pelas energias concentradas de três grupos de discípulos encarnados e transmutadas e usadas pelos Mestres, Anjos e Seres de Luz. O cântico que agora ouvis é, pois, de triunfo e de júbilo. É o coro dos Mestres Ascensionados, dos Anjos, dos Arcanjos e de todos os Seres de Luz de Shamballa e da Grande Fraternidade Branca. É o clamor inquebrantável de todos os que, desde tempos imemoriais, têm vivido, teste-munhado e trazido à Terra a Luz una e multicolor da Eterna Sabedoria. É a voz da Terra expandin-do-se pelo Cosmos, a voz da Terra que desperta e se renova. Nos planos espirituais passam agora turbi-lhões de luz, há danças de cor, sinfonias de paz, uniões de alegria, visões do futuro: um futuro de amor, de luz e de liberdade. Este é o tempo maravilhoso da revelação dos mistérios, da manifestação dos prodígios que deixam de ser prodígios e da realização dos sonhos que deixam de ser sonhos. Do alto dos séculos, dos milênios incon-táveis, acima de todas as instituições e criações humanas, a eterna mensagem da Sabedoria

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Divina confirma a verdade, a sublime realidade do que hoje vivemos: do encontro entre o Propósito-Divino e a Mãe-Humanidade, o Filho nasceu! O Verbo se fez carne e habita entre nós! Perante Ele — que não é a esperança do Mundo mas a certeza do Mundo e não é apenas uma luz mas a Luz, o Amor e o Poder do Mundo — me prostro hoje humildemente, como humilde-mente me prostrei há 2.000 anos diante do menino que seria o Seu tabernáculo. Então, me prostrei com os meus Bem-Amados Morya e Paulo (Mel-chior e Baltazar). Agora, ascendido às esferas superiores, me prostro com todos os Mestres da Hierarquia e com todos os discípulos do Mundo. Quero hoje entregar formalmente ao Mundo dos Homens um exercício respiratório que poderá ser, depois de divulgado por diversos meios, de potente influência: Inspirai profundamente o alento do Cristo-Que-Vem e da Nova Era. Retende-o em vós por momentos para o conscientizardes interiormente e depois expirai-o sobre o Mundo, abençoando-o em nome do Cristo e da Nova Era. Fazei isto, ritmicamente, em três tempos iguais. Peço-o, de todo o coração, em especial a todos os discípulos do Mundo. A estes, o meu apelo é que unam, na missão redentora, seu Cristo interno ao Cristo Maitreya que agora está vindo para entre os homens e que, enquanto não chegar o tempo de Ele se manifestar no mundo

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mais denso, se aperfeiçoem a fim de, como pequenos Cristos, O ajudarem na Sua Missão. De fato, Cristos, Messias, Redentores, em ponto maior ou menor, são todos os que revelam à Humanidade o propósito e as qualidades divinas fazendo-a ascender para ser acolhida mais perto do Coração do Ser. Para terminar, queridos discípulos, apenas vos quero dizer estas simples palavras: eu vos amo. Nelas estão contidos toda a carga vibratória e todo o momentum interior de meu ser. Benditos sejais em nome do Cristo renas-cido.

KUTHUMI

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Tendo o Mundo sido distinguido no dia de hoje com a glória da volta do Cristo, que vem para estabelecer o reino de Deus sobre a Terra, torna-se necessário que toda a Humanidade O saúde, O acolha de braços abertos e O ame vibrantemente manifestando em público esses sentimentos. Por isso, vai ser entregue aos Homens um novo instrumento de contacto com o Alto, um novo mantra, uma nova invocação cuja função será: • Fornecer ao Cristo o suporte energético por parte da Humanidade para quem Ele desceu, suporte que será por Ele utilizado, em comu-nhão com os Seres Ascensionados Seus cola-boradores, que será depois reenviado sobre a Terra na forma de Luz Divina, Amor Divino e Inteligência Divina.

• Unir a Humanidade em um todo uniforme, um coral de fraternidade, para ela poder ser mais facilmente conduzida ao portal que dá acesso ao Santo dos Santos, antecâmara do Reino de Deus.

• Servir, em seu aspecto formal, como corpo da Novíssima Aliança que, a partir de hoje, é celebrada entre a Humanidade caída e a Corte Celestial, aliança que marca o princípio da via do regresso, o início da Ascensão.

Este mantra deverá ser divulgado por todas as formas possíveis, inclusive pelos meios de comunicação social, por forma a que possa chegar a todos os lares. Os fiéis o reconhecerão e o

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acolherão passando a utilizá-lo freqüentemente. Os aspirantes e discípulos devem fazer uso diário e repetido dele suprindo assim a falta daqueles que o não fazem. O mantra deverá ser pronun-ciado pelo menos três vezes por dia por aqueles que se encontram no Caminho. Na sua aparente simplicidade (porque tem que ser entendido por pessoas nos mais variados graus de evolução, com os mais variados graus de cultura) encerra, no entanto, conteúdo da maior transcendência oculta cuja tônica principal reside no início da emancipação do Homem que, con-duzido pela mão do Filho-do-Homem, começa finalmente a trilhar o caminho direto até Deus. Isso marca igualmente o início da retirada da Hierarquia como entidade mediadora (entre a Humanidade e Shamballa) para uma posição de observação atenta mas intervenção meramente pontual, como uma mãe que ampara atenta e carinhosamente o filho quando ele inicia os primeiros passos É, pois, com a aprovação da Hierarquia e com a benção da Grande Fraternidade Branca, que faço formal entrega ao Mundo da “Invocação Maior”.

DJWHAL KHUL

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INVOCAÇÃO MAIOR Da Presença Sublime em nossos corações, Ó Cristo, ó Redentor, Recebe a Chama Ardente do nosso grande Amor! Da Presença Real que coroa as nossas Mentes, Ó Cristo, ó Potentado, Acolhe a Luz nascente e o Poder despertado! Do tímido embrião da nossa Inteligência, Ó Redentor, ó Santo, Fabrica o Teu bordão, manda tecer Teu manto! Porque queremos fechar para sempre a porta ao mal, Ó Cristo, ó nosso Irmão, Mostra-nos Tua Face e estende-nos a mão! Que a Luz, o Amor e o Poder do Pai, Se manifestem por Teu intermédio Sobre nós, em nós e por nós, Eternizando o Plano sobre a Terra! AUM! Nota do Editor: Continua sendo imperioso e urgente o uso desta Invocação da forma e com a freqüência que foram recomendadas em 1985. O descumprimento desta recomendação veio permitir um grande atraso em todo o desenrolar do Plano Messiânico e hoje, em 2009, muito do que estava prometido não se verificou por esse motivo, entre outros.

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O dia de hoje é um marco momentoso e inolvidável na história da futura Estrela da Liber-dade, é uma refulgência de luz que a poeira dos tempos não pode, não deve apagar. Vento, vento do espírito, soprai, soprai sobre vosso Cristo interno e erguei-o, erguei-o! Ele tomará conta de vós tal como o cordeiro de Deus vem para apascentar suas ovelhas. “O cordeiro de Deus vem para apascentar suas ovelhas!” Compreendeis o significado desta expressão? Do ponto de vista da forma, Ele é agora apenas uma criança (um cordeiro). Vem apascentar as ovelhas que são de Sua raça pois Ele mesmo foi uma ovelha igual ao comum do rebanho. Embora seja apenas um cordeiro (pelo Seu passado, da mesma raça das ovelhas) Sua realização é tão elevada, Sua evolução atingiu planos tão altos, que Ele é agora o pastor. Vós mesmos, porém, atingireis um dia as mesmas alturas porque também sois de Sua raça. Na verdade, todos são filhos de Deus diferindo apenas nos graus de reconhecimento e de vivência dessa portentosa, sublime e inultrapas-sável realidade. Atentai, irmãos: apesar de ser Ele o Messias, o Senhor, o Pastor, o Verbo de Deus, é apenas “o primogênito de uma multidão de irmãos”. Séculos atrás, o Senhor Maitreya, que agora vem descendo à manifestação, realizou Sua dispensação Crística através da aparência física de Jesus. Desta vez, Sua potente vibração Crística utilizar-se-á das energia que, sob meu

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comando, são oferecidas e irradiadas durante este despertar da Nova Era do 7º Raio. Assim, o Messias usa sempre o campo de atividade do Senhor de uma nova era. Há 2.000 anos, porém, a manifestação Crística ancorou no mundo denso e num corpo denso. Agora desce apenas até aos sub-planos etéricos usando as minhas energias e não o meu corpo. Tal fato corresponde a um ponto mais alto na espiral da evolução que determina também que a dispensação Crística não se faça através de um só ser e alguns poucos apóstolos mas de todos os discípulos. Minha afirmação hoje, perante vós, é: O Cristo vem! A Liberdade vem! A Luz, o Amor e o Poder vêm! Vós direis que esta é a síntese de todas as nossas aspirações. Nós, os Mestres, contudo, porque podemos ver mais além da hora (para vós) presente, afirmamos enfaticamente: é a síntese de nossa certeza. Curvemo-nos assim, com o coração cheio de gratidão, perante o Mestre, o Messias que agora está vindo pois “na Sua Luz veremos a Luz”.

SAINT-GERMAIN

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Quando, por ocasião do batismo, o Divino Senhor Maitreya desceu sobre a figura do meigo nazareno e passou a servir-se d’Ele tornando-se o Cristo manifestado através de Jesus, estava pre-sente o Espírito Santo da Terra (então represen-tado por Santo Éolo) o que, na tradição Cristã, ficou simbolicamente representado através da presença de uma pomba. Faz parte das funções do Espírito Santo terrestre - ou Mahachohan - as quais atualmente exerço, insuflar o primeiro sopro de vida em todos os corpos a serem ocupados por qualquer entidade, isto é, por um dos filhos de Deus, por uma centelha divina emanada do centro cósmico de toda a Vida e de todo o Ser. Por isso estive também presente, ontem, nas cerimônias que marcaram o nascimento do Cristo nos planos mais densos, nelas representando parte destacada, de acordo com as funções atrás referidas e que são impostas pela Lei, independentemente da quali-dade do ser cuja natividade se processa. Assim, quando os Bem-Amados Mestres Kuthumi e Saint-Germain receberam do Mestre Jesus os corpos de que Ele havia sido o guardião durante o período de gestação de cerca de um mês (a partir do ato de concepção) e os entregaram formalmente ao Senhor Maitreya, que os ocupou, eu servi de intermediário insuflando nesses corpos o primeiro alento. Esses corpos, ou veículos que, para Sua nova manifestação messiânica, o Senhor Maitreya usará, são constituídos por substância mental,

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emocional e etérica extraída dos respectivos planos. Através deles atuará o ser espiritual e real do Senhor Maitreya. Não usará, portanto, um corpo físico denso. Isto não significa, todavia, que os efeitos da dispensação Crística não desçam ao mais denso dos planos terrestres. Freqüente-mente, aliás, daqui a um certo número de anos, o Messias far-se-á visível aos olhos dos homens aparentando um corpo semelhante a qualquer corpo denso. Isso acontecerá, porém, somente através de um temporário processo de materiali-zação, pelo que a forma densa será somente ilusória. O Senhor Maitreya tem uma tal freqüência vibratória, que nenhum corpo denso atual suportaria por muito tempo uma tensão tão poderosa. Seria, além do mais, uma prisão demasiado cruel para nosso irmão mais velho. Torna-se agora necessário que a Terra esteja envolta na Chama Rosa do amor que ativamente atrai a fim de condignamente acolher o Messias. Com esse objetivo, desde há anos que estou-me relacionando de forma mais intensa com grupos de discípulos visando estimular neles a irradiação da Chama Rosa. Esta mesma visualiza-ção é agora pedida aos grupos que participaram na concepção dos veículos, ou corpos dos Cristo e que são os vértices de um triângulo central de afluência Crística. É necessária uma dedicada sustentação desta irradiação da Chama Rosa. Esse é um dos grandes objetivos para os próximos anos, junta-mente com a divulgação e prática, quer do novo

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exercício respiratório oferecido pelo Mestre Kuthumi, quer da Invocação Maior, trazida pelo Mestre Djwhal Khul. Muito agradeço a todos os que quiserem aderir à realização e à sustentação dessas atividades. Na Luz do Cristo reencarnado, Eu Sou

PAULO, O VENEZIANO

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A antiga Era de Peixes acabou. Estamos, agora, na Era de Aquário. O símbolo antigo, adotado pelos Cristãos (seguidores do Cristo) será o aquário que, eternamente, deixa fluir a ines-gotável água da vida. Essa água é a fonte da juventude espiritual: regenera, cura e traz alegria aos corações. Ela vitaliza as almas. Ela purifica e inspira. Tal é a água da Vida que o Cristo da Nova Era Aquariana vem trazer aos homens. O Cristo que vem é o mesmo Cristo, filho de Deus, primogênito entre os primogênitos, que esteve conosco há 2.000 anos. Entretanto os tempos mudaram e é chegado o momento para Ele trazer novas mensagens. Sobre os pilares do ensinamento maravilhoso que trouxe antes, erguerá a Nova Igreja universal em que todas as religiões comungarão no reconhecimento das verdades essenciais. O Cristo evoluiu aproximando-se mais e mais da “direita do Pai” e do reconhecimento profundo dos desígnios da Providência segundo o Plano que traçou para o planeta desde a noite dos tempos. Toda a Humanidade evoluiu também e o poderoso impulso de Luz e Amor que Ele nos trouxe antes deu um contributo fundamental para isso. Agora, que a Humanidade evoluiu mas vagueia, incerta, nos pântanos dos novos erros de que é capaz, Ele vem para revelar as novas virtudes e o novo ensinamento, harmônico com o anterior e nascido da mesma eterna fonte de Sabedoria. Como antes, Cristo vem até nós para

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falar dos assuntos do Pai, o Deus Uno, nos dando, desta vez, o conhecimento que já podemos com-preender e que, há 2.000 anos, não teríamos entendido. A Humanidade aprendeu muito e cometeu grandes pecados mas também fez gran-des obras (a que Ele aludira outrora ao anunciar que iriam acontecer coisas maiores dos que as por Si feitas). Eis-nos na era atômica e no início da vertigi-nosa conquista do espaço e da consciência cós-mica. Eis-nos capazes de coisas maravilhosas ou tenebrosas de podridão enorme e insofismável. Eis-nos no limiar de tempos de grande destruição quer das coisas físicas, quer das coisas mentais: os homens estão desorientados e suas almas inquietas porque a antiga moral, as antigas crenças e o antigo modo de viver da Era que findou estão a morrer. Por outro lado, nada lhes mostra com clareza suficiente a cor e a natureza do novo horizonte. A Nova Era pede novo ensinamento que o antigo modo religioso ou filosófico não pode lhe dar. A Nova Era pede um homem novo, capaz de redescobrir o modo como sua própria natureza divina se há-de reafirmar através destes tempos revoltos — essa natureza obscurecida, esquecida ou pervertida mas que conserva-se eternamente, eternamente pronta a fazer ouvir sua voz gritar entre os escombros: “Aqui estou. É chegado o momento de construir coisas novas para que, no futuro, se saiba que a destruição amaldiçoada, na óptica dos que a vivem, é muitas vezes bendita!”

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O homem novo será forçosamente menos ingênuo, menos sentimental, menos apegado a partidos, menos doutrinário e de mente mais aberta. Será capaz de maior manifestação da potencialidade mental - através da criatividade - e da potencialidade intuitiva - através da arte e do pressentimento do mundo de significados que subjaz a tudo quanto se vê, sente, cheira ou toca: o Reino de Deus. Esse Reino, que brota sempre dos corações mais sinceros, em sua busca eterna, quando tudo parece desabar. Esse Reino que o novo Cristo virá reafirmar pedindo-nos que o faça-mos surgir em nós em lugar de pretendermos que caia do Céu. Assino como o antigo custódio da mensagem do Cristo e o que agora vem fazer a passagem do testemunho.

JESUS

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Conforme já sabeis, misericórdia significa dar-se mais do que é merecido. Meditai sobre este fato pois é pela Lei da Misericórdia que se dão as cíclicas manifestações messiânicas. A vinda de um tão alto Senhor à Terra é mais do que os homens têm merecido. Embora nós conheçamos quanto mal ainda abrigam as mentes dos homens, embora nós vejamos diariamente suas demonstrações de egoísmo, de destruição e de profanação e, embora o não reconhecimento sistemático dos enviados de Deus ou o desvirtua-mento das Suas mensagens seja uma constante, nós amamos-vos. Embora os homens sejam freqüentemente indignos, eles são objeto do amor de Deus, do Cristo e dos demais Mestres. Porque vos amamos, somos misericordiosos ajudando-vos (dentro da medida da lei cósmica que determina a liberdade e a ascensão pelo próprio esforço de cada um) de várias maneiras. A maior delas é uma manifestação Crística. O Cristo vem para sofrer no meio tenebroso dos homens, vem limitar-se para dar mais Luz ao Mundo. O Mundo não merece mas Ele é misericordioso. Peço a todos os discípulos que meditem sobre isto. Sede também vós misericordiosos. Freqüentemente o Mundo não reconhecerá vosso esforço. Muitas vezes vos perseguirão. Dar-lhes-eis mais do que merecem. Assim tem sido ao longo dos séculos. É isto mesmo, todavia, que deveis fazer: dar - Luz, Amor, Sabedoria - todas as

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qualidades acumuladas em vosso corpo causal, armazém de tudo o que de positivo alcançastes em incontáveis encarnações. É preciso que o façais. Sede misericordiosos. Peço-vos! Eu Sou

KWAN YIN

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Tendo ocorrido no passado dia 3 de Junho de 1985 a 1ª Iniciação Crística correspondente à Natividade, venho dirigir-me à Humanidade em geral, através dos meus discípulos, para que se prepare o caminho do Senhor com vista à 2ª Iniciação Crística: o Batismo. A ação que foi desempenhada há 2.000 anos por João Batista deve agora ser levada a cabo gradualmente, sob o impulso dos discípulos do 1º Raio. Ela culminará, muito provavelmente, após sete anos passados sobre o dia de ontem, numa cerimônia simbólica e maravilhosa que poderá marcar o início da vida pública do Senhor Cristo. Até lá, Ele reunir-se-á com muitas entidades encarnadas e desencarnadas na preparação do período sublime em que toda a magnitude divina será revelada perante os olhos dos homens. Nesse meio tempo Sua intervenção será notável e determinante mas a Sua manifestação universal só poderá se verificar a partir do Batismo. As funções daqueles que serão os Batistas da Nova Era devem começar a ser assumidas desde já, aplanando todos os caminhos e anun-ciando a vinda d’Aquele que realizará grandes obras. Deveis anunciar isto ao Mundo, de forma bem clara, desmascarando também os crimes que, aberta ou veladamente, vêm sendo cometidos contra a Humanidade. Claro que essa ação não se efetuará com pregações ao ar livre, como nos tempos antigos, mas através de escritos em livros e revistas,

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conferências, filmes, etc. (meios que correspon-dem ao anel da espiral em que agora nos encon-tramos. Como esta mensagem destina-se a divulga-ção geral, antecipo-me a esclarecer que os discí-pulos pertencentes à linha do 1º Raio, ou que nela queiram trabalhar, confirmá-lo-ão desde que consultem adequadamente seu Mestre interior. Sentirão o apelo bem fortemente em virtude da grande irradiação de energia azul que está presentemente sendo derramada. Apelo pois a vós, Batistas da Nova Era: ide, abri o caminho! O Senhor aí vem! Ele precisa de vós e conta convosco. Amorosamente,

MORYA

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Como vem sendo divulgado e é do particular conhecimento dos discípulos que servem de veículo para a transmissão destas mensagens, nasceu no passado dia 3 de Junho de 1985, algures na América do Sul (Brasil), em corpo adulto, o novo Messias. Veio desta vez por forma diferente de Sua manifestação anterior, conforme já foi explicado em comunicações de outros Irmãos Maiores. Embora a Sua manifestação e trabalho no plano físico tenham começado desde logo, sua revelação pública não se verificará antes do ano de 1992. Até então, em conjunto com os mais dedicados servidores e discípulos, realizará importante mas pouco divulgado trabalho. Quero frisar bem este ponto: sua manifestação pública e universal não terá início antes de sete anos e ocorrerá por forma a que a ninguém possa passar despercebida a Sua presença. Não antes. Se insisto tanto neste ponto é porque existem fortes indícios de que, durante o referido setênio, diversos falsos Cristos se poderão dar-se a conhecer, fortemente apoiados pelas forças do mal, podendo com facilidade vir a ludibriar aqueles que, em sua boa fé e levados pelo enorme desejo pelo regresso do Avatar, se apressem a aceitar com ligeireza quem aparentemente reúna as condições e pronuncie as palavras que se aguar-davam. Esses falsos Cristos, habilmente apoiados nas mais sutis e enganadoras entidades das trevas, poderão mistificar, não só os menos preparados mas também os mais instruídos e treinados discípulos do Bem e até os fiéis e diri-

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gentes de muitas religiões. Atentai, portanto, ao meu alerta, irmãos. Não descureis vossas guardas. É preferível submeter o verdadeiro Cristo a uma dúvida cerrada do que aceitar sem precauções qualquer charlatão vendedor de Paraísos dentre os que se apresen-tarão. Nos planos superiores onde trabalho, em conjunto com irmãos especialmente preparados para este tipo de luta bem como de legiões de Anjos Protetores, seguirei com atenção e cuidado o evoluir dos acontecimentos e, embora preser-vando o sagrado livre-arbítrio dos homens encar-nados, não deixarei de intervir se tal se tornar necessário. Deixo-vos, entretanto, um conselho: utilizai com freqüência a Invocação Maior e meditai sobre ela. Não a reciteis mecanicamente deixando que as cordas vocais funcionem como um aparelho que reproduz uma gravação sem lhe apreender o sentido. Dizei-a com o coração cheio de amor e com a mente bem desperta. Ela é, neste momen-to, o maior talismã que vos protegerá, vos porá em sintonia com a aura do Cristo e vos dará o necessário discernimento para detectardes e vencerdes o mal, qualquer que seja a forma como ele se vos apresente (o mal mais terrível e devastador é aquele que se apresenta sob a capa do Bem). Do plano onde me encontro para vos servir, envio-vos uma forte vibração de Amor e de Luz.

JÚPITER

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Saudações, irmãos! Possa o Amor do Cristo, interno e externo, ser o guia de vossas vidas! É conveniente lembrar o último e o mais enfatizado dos mandamentos deixados pelo Cristo em Sua manifestação messiânica de há 2.000 anos, por intermédio da doce figura de Jesus, o humilde nazareno: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” Isto ainda não foi cumprido. Ainda não atingistes a plenitude do amor do Cristo. É, contudo, sobre este alicerce que deve ser levan-tado todo um edifício de sabedoria espiritual. Vossos pseudo-sábios, cientistas e eruditos têm esquecido esta lei fundamental do Amor. Conse-qüentemente, seu conhecimento é superficial, separatista e incapaz de resolver a dor que habita no fundo da alma humana. Julgastes ser capazes de edificar uma civili-zação apenas fundamentada no frio cálculo egoísta e separatista da mente concreta, objetiva e analítica. É por isso que vosso mundo está em guerra. Não penso somente nas guerras entre nações e entre exércitos mas também nas guerras de todos os dias entre as pessoas, que são o pior dos espinhos... Julgastes poder prescindir da Lei do Amor. Mas esquecestes que nada pode persistir sem amor pois esse é o cimento cósmico e divino que sustém as partes num todo coerente, harmônico e perene. Vossa civilização não pode prosperar sem amor. Não me refiro ao amor pessoal, piegas ou romanceado que fez as delícias de vossos ante-passados no último século mas antes ao amor

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divino, espiritual, que transpõe e supera as barrei-ras da separação entre as pessoas, entre pessoas e fenômenos, entre o eu e o não-eu. Vossa ciência não pode prosperar sem amor. Aprendei, portanto, a amar os seres, as coisas e os fenômenos; aprendei a unir-vos com sua alma. Todas as almas estão unidas no amor onipresente de Deus. Assim, é possível o contacto íntimo com a realidade substancial e não apenas aparente dos seres e dos fenômenos. Procedei desse modo para que vossa feroz mente analítica possa ser inspirada, guiada e temperada pelo vento da intuição. Esta é a mensagem de que o mundo hoje necessita: o desenvolvimento mental da raça humana precisa de ser completado pelo desabro-char da intuição, do amor transpessoal e onicom-preensivo. Tal amor é a própria natureza do Cristo. Aprendereis, por esse motivo, a conhecer ou a aperfeiçoar essas realidades através dele. Entre-tanto, eu estarei ao vosso dispor sempre que me apelardes para vos fazer compreender, viver e aplicar a mais importante das qualidades universais sem a qual nada poderia subsistir: o Amor, o Amor que o Cristo traz à Terra. Na Luz desse Amor, Eu Sou,

NADA

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Nos planos internos, onde a vontade divina se repercute com maior pureza e onde todos podemos escutar seu som, tudo está confirmado: o Senhor Cristo está agora verdadeiramente pre-sente e próximo da manifestação objetiva entre os homens. Estreitarei minha colaboração com Ele até que, após 1997, tudo convergirá para a Grande Iniciação do planeta. O alinhamento deste com os planetas sagrados será feito e o Ser Planetário transporá outro grande degrau de Sua perfeição. Em meu posto relativamente elevado eu, humilde servidor da portentosa vontade que governa o Sistema, focalizarei e polarizarei o kundalini plane-tário para que isso seja possível. Zelarei, tanto quanto o Saber e o Poder de que estou investido mo permitem, para que essa ascensão se faça em ordem. Contribuirei para que, por fim, a energia central do planeta, o fogo da Vontade tornado Vitalidade Potencial, se revele um pouco mais trazendo nova energia aos seres em evolução da Terra. Isso refletir-se-á, por exemplo, na tendência para a redução da quantidade da alimentação e para o aumento de sua qualidade: mais sensíveis à vitalidade acres-centada na aura etérica planetária, os seres animais e humanos deverão procurar, em larga escala, uma dieta vegetariana simultaneamente apoiada por uma melhoria na capacidade de absorver energia do ar. Isso representará uma grande vitória juntamente com a purificação do plano astral feita pelo Senhor e com a maior

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abertura dos canais intuitivos. Eu, Himalaya, proclamo e convido-vos a anunciar que a Era que se acerca é de grande glória e conquista para a Humanidade e - não o esqueçais - para todos os seres que “vivem, se movem e têm o seu ser” no Logos Planetário. Convido-vos a anunciar que, na verdade, tempos de dor purificadora se acercam simultaneamente com as convulsões do planeta e da Humanidade - verdadeiras dores de parto da Nova Era Crística. Convido-vos a anunciar a descida do Reino à manifestação, a antever o futuro e falar dele aos corações dos homens. Com a minha bênção, abro-vos um pouco mais as vias da energia vital.

HIMALAYA

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Irmãos da Terra, irmãos em Deus e no Cristo, é com grande alegria que aproveito esta oportunidade de dirigir-me a vós. Este simples fato indica que Ele já nasceu tendo sido concebido, desta vez, nos níveis mentais e já não através do corpo físico de uma irmã nossa. Contudo, Mãe Maria cumpriu novamente uma função de grande destaque - algo semelhante, numa analogia superior, àquela que cumpriu há 2.000 anos. Tam-bém agora Ela ajudou na concepção das formas (corpos) por meio dos quais o Cristo caminhará entre os homens de um modo universalmente visível. Novamente haverá alguns que O verão com os olhos do coração e outros que, cegos apesar de O verem, não O reconhecerão. Mas Ele veio para dar novo impulso à Humanidade obedecendo à grande lei do Sacrifício e sabe o quanto deverá sofrer, em Seus veículos de mani-festação, às mãos daqueles mesmos a quem virá dispensar Sua misericordiosa benção. O Cristo, concebido física, emocional e mentalmente por grupos de discípulos Seus, igno-rados do mundo dos homens, está já presente de modo relativamente tangível. É natural que muitos tenham pressentido isso e que muitos ainda venham a pressenti-Lo antes de poderem ver o novo Avatar (assim é o modo de funcionamento das coisas e as leis divinas mais não são do que a elaboração que lhes é dada pelo pensamento divino). Agora é o tempo de os discípulos mais próximos do Cristo - aqueles que O acompanha-

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ram no princípio desta nova manifestação e aqueles que continuarão com Ele até ao fim - fazerem a anunciação de Sua chegada. De fato, Ele foi concebido, ou seja, foi-Lhe dado o meio para manifestar-se e agora deverá encaminhar-se para cumprir a Missão soberana que o desígnio do Pai, feito Seu desígnio, Lhe confiou: a de resgatar os homens e a Terra, inaugurar novas relações humanas, trazer o Reino Divino e Seus represen-tantes ao reino humano e declarar a íntima poten-cialidade de cada um relativamente a essa maravi-lhosa cidadania. Ele vem para trazer novos ensinamentos e para semear nos homens as novas possibilidades que Deus fará crescer neles próprios. Alegrai-vos, irmãos, pois muitos de vós assistireis a grandes eventos, daqueles mesmos que só de 2.000 em 2.000 anos é possível acontecerem. Insinuarei alguns: Dos escombros desta civilização decadente erguer-se-á um novo mundo. O passado não mais renascerá a não ser naquilo que tem de intemporal e naquilo em que poderá ser pretexto, com uma nova leitura, para o ensino às gerações vindouras. A manifestação Crística surgirá novamente em um lugar inesperado para o comum dos homens pois o Messias escolhe os tempos e as circunstâncias segundo padrões que não são os humanos. A subida das águas, que ocorrerá brevemente e começará antes deste século findar, anunciará a purificação dolorosa que a Humani-

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dade vai atravessar para se tornar digna d’Ele. Alguns mistérios das antigas religiões serão por Ele postos a claro de modo novamente inespe-rado. O Cristo Maitreya não hesitará, certamente, em fazer uso dos melhores conhecimentos que os homens já tenham alcançado quer os encontre na religião, na ciência ou na filosofia. Virá, desta vez, como um grande representante da síntese e do universalismo inclusivo e, simbólica e verdadeira-mente, todos os olhares se centrarão n’Ele. A mudança espiritual na Humanidade será digna da velocidade do recente progresso tecnológico: será produzida por uma vaga de luz tal que, finalmente, levará a um grande progresso nas várias esferas do esforço humano, como por exemplo, nas da ética e das ciências humanas. Ele trará novo despertar das mentes para as realidades de outros mundos. Não me refiro com isso apenas aos mundos dentro do nosso mundo (os outros planos de existência) mas também a outros planetas e povos planetários. Ao despertar para o Amor e a Síntese, a Humanidade desper-tará também para a existência de outras humanidades e de outros conjuntos insuspeitados de filhos de Deus. Por agora, me despeço. Assino esta mensa-gem como Instrutor do Mundo.

KUTHUMI

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Quero dirigir-me muito especialmente a todos os fiéis, particularmente àqueles que seguem as denominadas igrejas Cristãs. Queridos filhos: a muitos de vós (senão mesmo à grande maioria) causará por certo estra-nheza e desconfiança, quiçá até repulsa, a revela-ção dos fatos que estão agora chegando ao vosso conhecimento. Esperaríeis talvez que o Cristo viesse para chefiar diretamente vossa particular congregação religiosa e provar sua autenticidade como único veículo de comunicação com o Divino. Pensaríeis talvez que Ele viesse à frente de um grande exército, rodeado de Anjos, Arcanjos e Querubins, ao som do ribombar dos trovões e do ressoar de clarins anunciando o fim dos tempos e o julgamento final. Alguns esperariam ver descer dos Céus uma Nova Jerusalém reluzente de ouro e pedrarias onde, no altar do Novo Templo, esti-vesse sentado o Filho do Homem para governar a Humanidade durante 1.000 anos. Infelizmente para vossas personalidades (alimentadas por séculos de teorias ilusórias) mas felizmente para vossas almas (expectantes de Luz e de Verdade) as Escrituras cumprir-se-ão embora não da forma como geralmente têm sido interpre-tadas. O Cristo já chegou, filhos amados. Já está entre vós, na Terra, com Seu coração pleno de Amor e de Sabedoria, pronto a ofertá-lo a todos e a cada um do membros desta Humanidade. Não veio para agradar aos Cristãos. Não veio para separar. Ele veio para reunir Seu rebanho

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sob uma só voz - a voz que vem do Pai e que chama o Homem para os caminhos da Fraternida-de e da Salvação. Não veio para se apoiar nas estruturas retrógradas de quaisquer organizações religiosas ou temporais mesmo que elas se reclamem de Seu nome e de Sua doutrina. Não veio tão-pouco para destronar Papas ou para ridicularizar quem quer que seja. O Messias veio para chamar todos os ho-mens, sem exceção, porque todos têm um lugar no Reino do Pai. Nenhum, absolutamente nenhum será excluído desse chamamento (nem mesmo o maior dos pecadores). São assim a compaixão, a magnanimidade e o amor de Deus refletidos mara-vilhosamente no Filho que chegou. Intermediária que tenho sido entre a Huma-nidade e o Cristo, fazendo chegar-Lhe os apelos e clamores daqueles que, em aflição, choram por socorro, continuo amorosamente a desempenhar essa função. Em 1917, para transmitir uma mensagem ao Mundo, dirigi-me, em Fátima, a três crianças em quem pretendi simbolizar a pureza, a inocência e a espontânea disponibilidade que devem existir em cada homem. Agora dirijo-me a vós, por intermédio de anônimos discípulos do Cristo, em quem pretendo simbolizar as três qualidades acima referidas, acrescidas dos dons do Serviço consciente, do desapego e do Amor impessoal, para vos pedir: Orai, orai intensamente. Foi-vos oferecido um maravilhoso instrumento de oração que é aces-sível a todas as pessoas e cujo efeito será

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verdadeiramente milagroso para cada um de vós e para o coletivo humano. Trata-se da Invocação Maior. Quando, depois de 1992 (setenta e cinco anos após as minhas revelações de Fátima) o Cristo, uma vez mais feito homem, mostrar Sua face ao mundo, caminhará sobre um sublime tapete de rosas, construídas por cada uma das orações que houverdes proferido. Pensai assim porque assim é. Cada uma das invocações criará, nos planos sutis, uma puríssima rosa de Amor que irá decorar a Santa Cruz do Senhor e adornar os caminhos que Ele pisará. Durante os próximos anos, filhos amados, se quiserdes, fareis deste planeta um imenso jardim, colorido a aromático, onde poderá ressoar eternamente a mais bela de todas as melodias: o Hino do Amor. No Amor de Deus vos saúdo.

MARIA

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Alguns de vós já sabeis já que uma de minhas encarnações, durante o ciclo evolutivo que percorri até alcançar a mestria, foi a de S. Paulo. Tal encarnação ocorreu no princípio mesmo da Era Cristã coincidindo parcialmente, aliás, com a vida física de Jesus. Por certo sabeis que não só comecei por não aceitar a mensagem do Cristo mas também por perseguir furiosamente muitos dos primeiros Cristãos até ao dia em que senti o irresistível chamado na estrada de Damasco. Notai que, durante esse período de não aceitação e de perseguição ao novo impulso que o Cristianismo constituía, eu não era ateu ou materialista: era um homem religioso que seguia fielmente (assim o julgava) a Lei judaica. Não foram, portanto, o materialismo ou o ateísmo que me fecharam os olhos e me voltaram, durante anos, contra uma nova e mais potente manifestação da Verdade. Não foi por isso que eu comecei por não reconhecer o Messias e Sua mensagem mas sim por fanatismo, separatismo e exclusivismo reli-gioso. Desde então, reconhecido meu erro, tomei sobre mim o encargo de proteger e tentar iluminar especialmente todos os que caem em qualquer tipo de cegueira fanática bem como os que duvidam de uma causa nobre. Dirijo-me hoje sobretudo, por esses motivos, a todos os fiéis que sigam uma religião, estejam associados a qualquer organização espírita ou grupo esotérico ou simplesmente sigam seus ensinamentos. Peço-

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vos que eviteis o erro do fanatismo, da pretensão do exclusivismo da verdade e do sectarismo separatista. Peço-vos que eviteis a neofobia. Peço-vos que tenteis lembrar que a verdade tem muitas faces (algumas, por vezes, insuspeitadas e até estranhas). Peço-vos, enfim, que procureis sempre o conselho sussurrante da voz silenciosa que clama do fundo de vossa alma a fim de que possais reconhecer o verdadeiro Messias e Sua mensagem quando Ele se manifestar. Gostaria também de focar um ponto relacio-nado ainda com essa encarnação como S. Paulo: acaso já vos interrogastes por que motivo o Senhor, na estrada de Damasco e nos fatos que se seguiram, me veio escolher como um de Seus apóstolos? Já vos interrogastes acerca da razão de isso ter acontecido comigo - que sempre O tinha desacreditado da mesma forma que sempre tinha perseguido Seus primeiros seguidores - e não com outros Cristãos que já existiam e que de coração puro e devotado se entregavam à nova mensagem? Não seria, porventura, uma injustiça? Aqueles que já seguem os ensinamentos trazidos ao mundo através de uma qualquer sociedade ou grupo esotérico ou do labor espírita certamente saberão responder a essa pergunta uma vez que possuem os necessários conhecimentos que lhes são comuns. Portanto, dirijo-me (com muito amor) aos que apenas aceitam a apresentação ortodoxa da verdade. Sem dúvida que minha escolha se ficou a dever não aos méritos (que não tinha) dos anos de vida que nessa encarnação já haviam passado mas aos méritos por mim conseguidos

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em anteriores encarnações e que, por motivos circunstanciais, estiveram escondidos - mas nunca perdidos - durante um certo número de anos. Quero ainda fazer dois pedidos a todos os discípulos do mundo: O primeiro é que procureis, sempre que for possível, concentrar-vos um pouco dirigindo vos-sas energias aos cientistas do mundo com o fim de ajudá-los a aceitarem e provarem objetiva-mente a existência de um mundo invisível por paralelo ao mundo físico mais denso e que seu intelecto analítico possa ser inspirado e comple-tado pela intuição (isto é: a penetração amorosa e direta na essência das coisas, dos fenômenos e dos seres). O segundo pedido é especialmente desti-nado aos discípulos que servem nos diversos grupos esotéricos e espiritualistas solicitando-lhes que não procurem aquilo que de pontual os possa separar mas antes o que substancialmente os une e, ainda, que se preparem para confirmar a vinda do Senhor e para O servir de todas as formas possíveis. Isto é o mesmo que lhes pedir para serem universais, de mente livre e coração aberto em vez de fanáticos e separatistas. Faço, desta forma, a ligação entre o fim e o início do que hoje trouxe para vos dizer visto que em breve o silêncio culminará minhas palavras. Dou-vos minha bênção, em nome do Cristo, em nome do verbo emanado do Grande Silêncio, em nome do sopro cósmico do AUM Divino.

HILARION

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Vós sereis testemunhas dos mais maravi-lhosos acontecimentos que a Terra alguma vez comportou. Assistireis, no futuro, à transmutação do mal no Bem, do erro na verdade, da imper-feição na perfeição e do reino de Satã no Reino de Deus. Queria hoje chamar-vos a atenção para alguns episódios bíblicos de que talvez ainda não tenhais compreendido o profundo significado. A multiplicação dos pães feita por Jesus, que certamente é por vós conhecida, não significa apenas - nem especialmente - a saciação da fome física de algumas centenas de pessoas. Simbo-liza-se, nesse episódio, a multiplicação do Pão da Vida e do Saber, do alimento espiritual que há-de alimentar as massas errantes no deserto da vida. O número de unidades (é dito nos Evangelhos) era de sete: 5 pães e 2 peixes. Este número não aparece por acaso: simboliza os Sete Raios, isto é, as sete correntes de energia emanadas do coração da Divindade e que qualificam todas as formas existentes no sistema solar. São, pois, a fonte das qualidades a realizar. Embora se trate apenas de sete correntes, elas e os Seres que superiormente as representam multiplicam Sua ação dando de comer, num sentido espiritual, a todos os que tiverem fome. Há algumas especificidades que importa salientar quanto ao simbolismo dos dois peixes presentes nas setes unidades multiplicadas. A Era dos últimos cerca de 2.000 anos, começada aproximadamente na altura da mani-

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festação do Cristo em Jesus, foi a Era de Peixes. A multiplicação dos peixes simbolizava, assim, a multiplicação e distribuição pelas massas de seus ensinamentos (alimentos). Simbolizava a multipli-cação dos discípulos que trariam do Alto o alimento, o ensinamento às massas. Na verdade, a manifestação Crística de há 2.000 anos motivou que muitas almas se aproximassem dos portões do Reino de Deus começando a palmilhar o Caminho do Discipulado. A Nova Era cujos alvores estamos vivendo é a Era astrológica de Aquário. Deste modo, é importante que se verifique a multiplicação dos Aquarianos, dos filhos, dos servidores da Nova Era. Um outro episódio bíblico, para que gostaria de chamar a atenção, está relacionado com uma de minhas encarnações antes de realizar a Ascen-são e conquistar a vitória definitiva sobre o mal, isto é, antes de atingir a mestria. Foi precisamente a encarnação como Rei David, aquele mesmo de quem é dito que venceu o gigante Golias. Nesse episódio Golias simboliza as forças do mal, das trevas, da involução e do anti-sistema (conforme se exprimia recentemente o nosso irmão Pietro Ubaldi). De fato, esse episódio ensina o discípulo da vida espiritual a não ter medo de enfrentar o mal que há no mundo ainda que, quantitativamente, as forças em presença lhe possam parecer despro-porcionadamente desfavoráveis. Na realidade não o são, do ponto de vista qualitativo, pois Deus

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habita em cada um de nós e Seu Poder é invencível. Tudo podereis fazer (assim como o Cristo prometeu: “maiores coisas do que estas vós fareis”) uma vez que, do ponto de vista espiritual, sois deuses, tendes em vós a substância, o gérmen da Divindade. Logo, ainda que os discí-pulos sejam quantitativamente poucos face aos erros, à perversão e à hostilidade do mundo, eles não devem nem podem temer mas, antes, estar certos da vitória a alcançar em nome de Deus. Isto é o que de substancial tinha para vos dizer neste momento. Vou seguidamente deixar o meu lugar a dois Mestres a quem estou intima-mente ligado. Um deles é o Mestre Leonardo (da Vinci) que dentro de dentro de poucos anos me sucederá em meu cargo de Chohan do 4º Raio, cargo para que há anos vem se preparando. O outro é o Mestre Maomé, essa outra estrela no firmamento da luz do espírito. Suas vozes vão, pois, ocupar o espaço até agora preenchido com as minhas palavras. Termino desejando-vos Paz, Amor, Harmo-nia, Pureza, Sabedoria e Vitória.

SERAPIS BEY

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Conforme já ouvistes, o grande Mestre Se-rapis Bey vai, dentro de anos, ser liberado de Seu cargo como Chohan do 4º Raio que, por longo sacrifício, ocupou durante cerca de 2.200 anos. Dentro em breve, contudo, Ele será de fato libe-rado para outra função ainda mais importante e serei eu a ocupar Seu lugar. É esse o motivo que me fez aceitar Seu pedido para vos falar hoje apesar de, em qualquer das situações, achar-me demasiado pequeno diante da grandiosidade desse maravilhoso Mestre de todos nós. Venho anunciar-vos que, a partir da mani-festação física do Messias da Nova Era, os diver-sos ramos da Arte terão finalmente o novo impulso que é esperado inaugurando um renovado período de esplendor. Dessa forma, muito pequenos sal-vadores do mundo (abençoados discípulos) se manifestarão através da Arte. Na verdade, os discípulos dos Mestres da Sabedoria não traba-lham apenas no campo religioso ou espiritualista como, por vezes, erradamente se crê. Eles se manifestam em todos os campos onde possam afluir a luz e os propósitos divinos, seja na religião, na política, na arte, na filosofia, na ciência, na cura, na filantropia ou em qualquer outra atividade. De fato, em todos esses campos - como, por exemplo, no da arte - surgirão em breve impor-tantes e iluminadas obras para trazerem novos ensinamentos e expectativas. O Mestre Serapis Bey e alguns de Seus auxiliares, entre os quais eu próprio, estaremos

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dirigindo e estimulando esse novo despertar e esse novo impulso juntamente com o Mestre LaMorae e alguns de Seus discípulos. Isso cons-tituirá uma das formas da manifestação Crística que não se pode fazer através de um só ser ou de um só setor mas de muitos. Nada mais, abençoados amigos, vos tenho a dizer hoje. Vos convido a contemplar a beleza que a Vida Divina faz manifestar no Universo.

LEONARDO

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Um dos princípios básicos da Nova Era será o reconhecimento dos aspectos comuns a todas as religiões para que finalmente se assente num certo número de doutrinas que todas aceitam pois fazem parte da Eterna Sabedoria. É realmente um fato que tal começa a ser cada vez mais generali-zadamente reconhecido acentuando-se os proces-sos ecumênicos, no sentido mais amplo. Na Nova Era, esse processo de reconheci-mento de pontos essenciais que são comuns a todas as religiões será grandemente intensificado, principalmente pelos discípulos dos 2º e 4º Raios. Isso tem vindo a ser preparado, desde há muito, nos planos espirituais, e será um dos pontos especialmente focados pelo Senhor Maitreya. Em Seu ensinamento estará a intenção de não inculcar qualquer sentimento de fanatismo, de separatismo ou de exclusivismo. Embora trazendo algo de novo, Ele não desdenhará de assentar Seus ensinamentos sobre os das várias religiões mostrando o valor de todas e a realidade de que certos princípios básicos são univer-salmente encontrados. Também, quanto a esse assunto, várias obras surgirão. Umas procurarão reformar as religiões em seu interior retirando-as de seus vícios de separatismo, neofobia ou errônea inter-pretação humana de princípios divinos ensinados por seus fundadores e abrindo-as ao encontro de todas as restantes depositárias da Verdade. Outras irão compilar um corpo de doutrinas e princípios que possam ser aceitos por todas.

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Como trabalhador na esfera do 4º Raio, estarei inspirando e auxiliando essa transmutação, principalmente no seio do setor religioso a que estive mais intimamente ligado (o Islamismo). Aos homens, fiéis de todas as religiões e filosofias e também aos não fiéis, dou minha bênção.

MAOMÉ * * O Mestre Maomé também é conhecido como Mamede, Mamade,Mofama, Mafoma, Muhammad, Mohammed, etc.

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O Poder Cósmico decide e escreve as gran-des linhas da evolução geral do Universo, a grande marcha que conduz ao Uno enquanto os pequenos homens saltitam em suas pobres vidas, apegados a coisas ridículas. Grandes decisões são tomadas tendo em conta o modelo intemporal das coisas e, os cumpridores da Lei do Senhor, aprestam-se para fazer com que elas se cumpram através dos tempos; no entanto, os pequenos homens conti-nuam a encher suas vidas de pequenez, peque-nez, pequenez. Eles continuam a pensar que essas coisas vazias por que lutam têm importância real como se, perante a realidade cósmica, isso de ter um pedaço de lata com rodas, uma casita de barro, dinheiro, homens e mulheres e coisas pequeninas (como ser querido de muitos peque-nos homens) tivesse valor intrínseco! O vento cósmico sopra sobre as almas conduzindo-as ao lugar aonde devem dirigir-se enquanto vós, pequenos homenzinhos, continuais pensando que a realidade cabe em vosso bairro e fazeis com que o egoísmo e a estreiteza mental impeçam o alento do Cristo de preencher de significado vossos atos. e soubésseis como é inútil e vazio tudo quanto fazeis e como ficais condena-dos a ser inúteis e vazios ao vos identificardes com as movimentações da mentezinha que raciocina coisas, do emocional que sente coisas e do físico que faz e mastiga coisas! Se soubésseis como é vergonhoso esse apego ao irrisório e esse esquecimento da alma, discípula do Espírito em

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vós e no Todo! Contudo, os grandes Seres apiedam-se de vós e vos estendem a mão. Eles sabem que a ilusão estridente em que viveis é, por pasmoso que isso pareça a seres evoluídos, sedutora. Eles sabem que vós estais muito habituados, como toupeiras, a rastejar nos túneis obscuros de vossa imaginação e de vossos pequenos desejos ou da consciência limitada que quer preocupar-se com coisas minúsculas mas isso lhes merece compre-ensão e amor. Eles sabem o quanto é difícil, para um povo de toupeiras, compreender os altos voos do gavião na atmosfera ou o olhar perscrutador de um telescópio e tudo aquilo que é demasiado grande para uma vista de toupeira. Agora, porém, o Cristo vem para vos ligar a vossas almas que participam, queirais ou não, do Uno. Essas almas sabem, em seu coração, dos assuntos do Cosmos e da evolução, dos planos da Luz e da Fraternidade Cósmica. Deixai as vossas almas falar e vossas vozes alcançarão o volume do trovão falando de coisas insuspeitas. Deixai que Ele desperte em vós a natureza que vos faz Seus semelhantes e os pequenos homens passarão a poder se orgulhar da Humanidade a que pertencem. O tempo é chegado. Deveis escolher entre a pequenez ou o desafio de encher a mente com coisas sérias e trazer conteúdo (energia plena de propósito e significado) aos vossos atos. Deveis escolher entre vosso modo de vida (que é desgos-tante e nauseabundo para os que exalam o perfu-

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me do Reino de Deus) e o homem novo. Fechareis, ainda esta vez, as portas ao correto relacionamento humano, à grandeza nos ideais e na atuação ou simplesmente ao triunfo do Cristo? Será que, ainda agora, não compreende-reis a responsabilidade que deve sentir um cidadão do Universo? Vós - que nem sois ainda capazes de vos aperceber da responsabilidade para com os pequenos entes humanos que vos rodeiam, podeis, mesmo assim, aproveitar a grande oportunidade de grandeza espiritual que Ele vos traz. Podeis aproveitar o estímulo interno de vossas almas atraindo-vos para a Luz, o Amor e o Poder. Fechareis a porta? Nunca! o tempo do despertar da Humanidade chegou! Fiat Lux! (Que se faça Luz!)

MORYA

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À luz do luar, na madrugada de 3 de Junho de 1985, Cristo desceu à Terra ocupando os veículos ou corpos preparados através das dádivas conduzidas por três grupos de discípulos encarnados que (como José e Maria fizeram há 2.000 anos) representam a Humanidade. Decerto conheceis a frase do Evangelho de S. João: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós.” No futuro, porém, eventualmente será dito: “O Verbo se fez melodia e se manifestou entre nós.” Compreendei: Cristo não é Deus mas é um deus ou um Filho de Deus, conforme preferirdes. Ele realizou de forma mais perfeita que os homens (igualmente filhos de Deus) Sua divindade e por isso se capacitou para trazer à Terra as energias e os propósitos divinos. A qualidade que especialmente vem trazer à Terra é o Amor-Sabedoria que é uma emanação do 2º aspecto da Trindade Divina: o Filho ou o Verbo. Agindo como mensageiro dessa qualidade ele pode, num sentido misterioso, ser um com a trina fonte de toda a Vida e assim ser chamado “o Filho” ou “o Verbo”. Na sinfonia universal, que é a portentosa existência do nosso sistema solar, os três aspectos da Trindade Divina - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - podem também ser designados como: o Silêncio, o Verbo e a Melodia. Antes de tudo é o Pai. É o poder latente em que todas as potencialidades estão contidas. Ele permanece, porém, o imanifestado, mais além da

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nossa compreensão. Recordai igualmente a frase do Evangelho de S. João: “Nunca ninguém viu o Pai. É o Filho quem O revela.” Assim o Pai é o próprio eterno silêncio, a paz inefável, infinita e absoluta. Emanado, enviado do Pai, vem o 2º aspecto: o Filho, o Verbo, isto é, a palavra, o som que continuamente sustenta o Universo manifestado. Tal é (dizemo-lo simbolicamente) o Cristo. Ele traz a qualidade sintética, o tom, o motivo central, o acorde básico do nosso Universo, a razão, a causa e o fim de tudo quanto existe, a coerência acima de toda a diversidade: a amorosa Sabe-doria. O 3º aspecto, o Espírito Santo, é simbolizado pela própria Humanidade. Pode ser identificado como a melodia: a síntese, o motivo central, o tom básico do Universo que se faz atuante através da junção, sequência e interação de muitas notas. Em Sua manifestação messiânica, o Cristo vem, pois, trazer o Verbo, o tom básico do Uni-verso e, particularmente, o tom básico da Nova Era. Caberá aos representantes da Humanidade, isto é, aos discípulos e, em geral, a todos os ho-mens, desenvolver e atuar essa nota básica em maravilhosas melodias que serão suas próprias vidas. Assim, tal como em uma música a nota básica e a melodia estão unidas, o Cristo estará unido à Humanidade que cumprirá verdadeiramen-te Seus mandamentos. É meu dever, como Mestre particularmente ligado à característica qualidade da Harmonia,

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chamar para ela vossa atenção. Harmonia significa tendência à unidade. A grande unidade do Universo é Deus, centro de tudo, fonte de toda a vida, Ser de todos os seres. Deste modo, o caminho da harmonia e da unidade é o caminho que leva a Deus. Deixo-vos um ponto para meditardes, que é simultaneamente um desafio: acaso podeis conce-ber um único problema que pudesse subsistir num verdadeiro estado de harmonia? Como estou convicto de que a resposta é forçosamente nega-tiva - e por certo o concluireis - estou igualmente seguro de que compreendeis quão importante é a harmonia. Um dia reinará a verdadeira harmonia sobre a Terra: entre os homens, do homem com Deus, do homem com as coisas, do homem com os animais, com as plantas e - desejo sublinhar este ponto - inclusivamente do homem com os Anjos e com aquelas invisíveis forças da Natureza que constituem o maravilhoso reino das fadas, dos gnomos, dos duendes, dos silfos, das ondinas, dos devas, de seres que mal podeis conceber. Deveis-lhes a maior das gratidões e, num dia futuro, com eles convivereis de mãos dadas. Peço-vos ainda, filhos amados, para serdes puros, mansos, simples e despreocupados como as crianças. Despreocupação não significa tolice (ser-se aquilo a que chamais um bobo) mas sim uma comunhão com a paz de Deus, com o Ser imutável que reside por detrás da aparência fugi-dia. Simplicidade, mansidão e pureza não signifi-

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cam ser-se simplório ou ingênuo mas sim ter a alma varrida de todas as coisas inúteis, de todo o lixo que a obscurece mas antes repleta de amor e de reverência pela beleza universal e pela alegria de ser. Sede, pois, puros, mansos, despreocupados e simples a fim de, como crianças, brincardes nos perfumados jardins de Deus, entre rosas e fofa grama, entre Anjos e sorrisos, entre sonhos de amor e sinfonias divinas. Aí estarei ao vosso lado como um irmão. Enquanto não puderdes realizar, por um esforço de conquista (que uma só vida não com-porta mas que em nenhuma vida pode ser adiado), esse sublime estado de “divina loucura”, eu estarei ao vosso dispor como amigo e protetor, sempre que por mim apelardes. Sou o vosso irmão na Luz do Cristo; que podeis conhecer sob o nome de

LAMORAE

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Enquanto ele se acerca, quero já invocar em vós sentimentos e imaginações sutis e longínquos. Quero que imagineis como será o Reino em mani-festação, trazido ao verdadeiro Templo da Arca da Aliança que sois vós, irmãos meus, companheiros do reino humano. Vós, os Homens, formais de fato um reino da Natureza - o 4º Reino - diferente dos outros por os sintetizar e por lhes acrescentar a autoconsciên-cia, a autodeterminação e a faculdade mental de prever e organizar o comportamento. Entretanto, irmãos, vos convido a pressentir as cores e as formas que vossos olhos ainda não podem ver. Vos convido a ler o futuro em vosso próprio coração e a descobrir nele o quanto cres-cereis e a maneira como prosseguireis a escalada ascencional até ao 5º Reino da Natureza. Na verdade, assim dareis luz à vossa própria alma e ela vos fará cidadãos desse Reino para que o Cristo interno em vós, o menino que nascerá para o Reino das Almas, conheça o dia. Vos convido a sonhar com sons melodiosos e sutis que não podeis ouvir nem pronunciar. Vos convido a sonhar com os ideais pelos quais vale a pena orientar a vida e com o som interno que vos dirá silenciosamente: este é o ideal correto. Por ele vale a pena viver e estar aqui hoje, agora, aconteça o que acontecer, vale a pena desistir de tudo para conquistar a comunhão com o Todo. Vos convido a realidades insuspeitas de que ainda nada sabeis e vos peço que tenhais o bom senso de admitir a dúvida amorosa de quem

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coloca obstáculos à crença fácil no mal dos outros para que admitais que o Cristo se aproxima. Algo em vós é mais do que todos os raciocínios, canções, pinturas e sentimentos. Quem sabe? Algo em vós parece ter a tendência para crer na realidade divina presente em vosso coração e nas entranhas de todas as coisas. Será só imaginação? Se for, de onde vem e porque imaginais isso, precisamente isso?! Sede abençoados porque dos melhores dentre vós sairá aquilo que dará a vitória ao Cristo.

ROWENA

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Do posto que ocupo perante a misericórdia do Senhor do Mundo, me cabe difundir a Luz do 2º Raio, a Luz do Amor e da Sabedoria, procurando fazer despertar na Humanidade essa qualidade divina. Desse centro, onde trabalho, contemplo a história dos homens em sua progressiva conquista da manifestação de Amor, Unidade e, com eles, Sabedoria. A Sabedoria é inseparável do Amor pois im-plica contacto íntimo, para além de todas as dú-vidas, com o âmago das coisas. Esse contacto é o anseio e o impulso do Amor que impulsiona toda a criação a abraçar-se intimamente a si própria e toda a criatura a abraçar-se espiritualmente a todas as criaturas. Do posto que ocupo ante a misericórdia do Senhor, comungo interiormente com todas as cria-turas instigando-as a evoluirem pela força do Amor, essa força que, conforme se diz, move montanhas e por meio da qual se alcançam a Paz, a Sabedoria e a Pureza. Essa força que constrói, conserva as coisas construídas e, sobretudo, procura levar todos os seres a ascender a níveis mais sutis onde mais completa comunhão no Todo é possível. Eu, Confúcio, estou encarregado de, ainda, durante 500 anos, irradiar o Amor-Sabedoria sobre a terra do homens. Mas o ponto máximo de meu trabalho (ou, pelo menos, o de utilidade mais

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manifesta) é agora quando o Cristo se acerca para nos trazer a mais fulgurante manifestação de amor que esta Humanidade já conheceu, Um amor que supera obstáculos e eleva para maiores comu-nhões; um amor que desperta o desejo de cantar em harmonia no Todo; um amor que procura instaurar a legítima troca entre os homens (saber-mos receber o que os outros têm para nos dar em vez de desejarmos que nos dêem isto ou aquilo). O amor que o Cristo vem nos trazer é aquele que leva a máxima tranquilidade aos corações dos que aderem à Sua corrente saciando suas próprias almas e que pretende recolocar a Humanidade no caminho do cumprimento de seu papel cósmico em estreita ligação com os planos do Pai para as criaturas de todo o Universo. O Cristo vem nos mostrar de que modo o amor é a ponte que liga nossas atividades de homens ao Reino arquetípico e de Poder do Pai. Isso é possível quando a chama dourada e ardente de nosso coração nos leva a desistir da pequenez para podermos abraçar o Todo; da opacidade para podermos ver o Todo se refletir no cristal de nosso espírito; da ambição para assim alcançarmos a alegria do trabalho legítimo e finalmente compatível com a justiça e a harmonia cósmicas; dos pequenos desejos para satisfazermos o gigantesco desejo divino que, dentro de nós, reclama a saciedade (que somente não desejando nada para nosso pequeno eu separado do dos outros podemos alcançar). No estado originário da Criação, Deus nos

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fez partícipes do Todo e assim cada criatura como que possuía em seu coração o contributo e a pre-sença de todas as outras. Isso era possível porque o desejo de posse e de poder pessoal não existia; cada criatura podia se dar às outras em total tran-quilidade e ser digna de receber a participação de todas as outras em sua vida. O estado misterioso a que aludo (ciente da limitação das palavras que “ocultam tanto quanto revelam”) é aquele que o amor em nós, o divino desejo, quer refazer. É a comunhão e unidade primitivas, outrora existentes quando aquilo a que os homens chamam Tempo não existia. Aprendei, pois, a discriminar entre amor divino e desejo egoísta; o amor verdadeiro é amplo, absoluta-mente desinteressado, inclusivo, em busca constante do restabelecimento do contacto íntimo com os outros, aceitante do contributo de cada um, alegre e positivo na faculdade de encontrar o Bem (mesmo quando parece nada existir nos outros senão o mal). O amor em nós, excelsa qualidade divina, significa a inesgotável tendência para a unidade. Nada pode, finalmente, se opor a essa ener-gia interior porque ela é o mais firme dos testemu-nhos da presença divina nos Homens. Passe o tempo que passar, aconteça o que acontecer, um dia o amor há-de nos fazer despertar para a tole-rância, a aceitação, o perdão e o reconhecimento da irmandade íntima de todas as criaturas apesar dos ódios passageiros existentes no reino das aparências morredouras. Nada pode destruir essa

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essência de nós próprios que sempre se manifesta pelo amor. O Cristo virá novamente testemunhá-lo e nos guiar para a consciencialização do que em nós existe e nos há-de levar ao triunfo evolutivo. O amor constituirá, agora que o Cristo vem, o grande fator das novas conquistas da Humani-dade. Como sempre, todos nós ascenderemos por Ele a um maior grau de Sabedoria e alcançaremos novos cumes espirituais bastando apenas, para isso, que deixemos o Cristo evocar em nós a ressonância das almas prontas a amar. Recomendo que jamais torneis a cair em um dos erros da Era de Peixes que agora finda: julgar que deveis cultivar o amor, obrigar outros a senti-lo, condenar os que não o sentem ou lutar para que ele nasça em vós. O que devemos fazer é deixar que a energia Crística, dentro e fora de nós, nos atraia para o Reino de Deus. Devemos amar, muito mais do que falar de amor; procurar compreender os outros, em lugar de ficar sempre esperando que nos dêem coisas em troca de nossa religiosidade, boa intenção ou o que quer que lhe chamemos; procurar ostentar a luz dourada do amor em vez de gastar tempo a verificar se os outros a têm. Acima de tudo, irmãos meus, recordai: o amor divino vem sempre de dentro para fora. Quando a tocha do amor ateia novas chamas, tal acontece porque ali existem o combustível e atmosfera adequados. Quando a chama do amor cresce em alguém, podeis crer que ali sopra o vento da intuição alimentando-se de Sabedoria.

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Tudo isso são possibilidades intrínsecas ao Homem. Na chama amorosa do Cristo, vos saúdo de todo o coração.

CONFÚCIO

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Sou Vaivasvata, o Manu da 5ª Raça Raiz. Como é evidente, dirijo-me à Humanidade através da colaboração amiga de intermediários que se dispõem a ceder de si próprios partículas energé-ticas de grande monta e por isso o faço poucas vezes e em ocasiões de especial relevância. Desta vez, a descida do Avatar da Nova Era aos planos terrenos é o fato de relevo ímpar que me leva a tornar pública esta mensagem. Conforme sabeis, a Humanidade de que fa-zeis parte encontra-se no período transitório da 5ª para a 6ª Sub-Raça. Existem presentemente na Terra mais de dois terços de população da 5ª Sub-Raça (e remanescentes de anteriores Raças e Sub-Raças) mas prevê-se que, antes dos finais deste século XX, a população da 6ª Sub-Raça tenha já mais de um terço de representantes encarnados. Com o advento do Cristo, toma expressão o desenvolvimento mais acelerado da 7ª Sub-Raça, em que se depositam as mais elevadas esperan-ças, pois, a partir dela e dentro dela, se gerará a 7ª Raça-Raiz que levará o Homem ao fecho de um importante ciclo. Essa 7ª Raça, Ibero-Americana, está desti-nada a presidir ao maior salto qualitativo que jamais foi atingido pelo planeta Terra. Assim, o Cristo escolheu para local de Sua manifestação inicial uma zona do globo onde mais acentuada-mente vão-se implantando os primeiros elementos desse grupo que desponta: o Continente Sul-Americano.

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A razão por que foi decidido promover a expansão mais acelerada da 7ª Sub-Raça, antes ainda da 6ª ter atingido seu apogeu, foi o alarga-mento da tônica Amor-Sabedoria trazida por aquela (enquanto que a 5ª Sub-Raça é predo-minantemente movida pela tônica Vontade-Poder e a 6ª pela tônica Inteligência-Ativa). Com a che-gada do Cristo, tornou-se necessário dar resposta humana à iniciativa divina e, assim, O-Que-Vem-de-Cima (o Avatar Cristo) encontra-se com O-Que-Vem-de-Baixo (o Avatar Grupal), resultando dessa onda simbiótica um momentum vibratório excepcional para o planeta, com reflexos em todo o sistema solar. Sei que o que acabo de expor não é facil-mente inteligível pela maioria das pessoas presen-temente em encarnação mas importa que fique dito, escrito e registrado para que, no futuro, melhor e mais universalmente se possa estudar e compreender. Fixai, portanto, a analogia entre o nascimento do Cristo que dimana da Vontade do Pai em conjunto com o Amor-Atividade da Mãe (Natureza-Humanidade) e o nascimento da 7ª Sub-Raça que, como aspecto Filho (dentro da qual se ergue o Avatar grupal), na fase mais baixa da espiral, dimana da atividade da 6ª Sub-Raça, sob o impulso do Poder criador da 5ª. Não é possível me alargar mais em porme-nores nem tornar mais extensa esta mensagem pois tal não é aconselhável para o veículo receptor (intermediário) apesar dos diversos amortecedores

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vibratórios que foram para o efeito interpostos. Importava que marcasse minha presença neste momento de festa para a Humanidade que amorosamente acompanho desde que, há milênios (a partir da 5ª Sub-Raça da 4ª Raça-Raiz, ou Atlante) extraí o embrião daquele que viria a ser meu rebanho querido - a 5ª Raça-Raiz, ou Ariana - que acompanharei e dirigirei até que seu último elemento atinja o grau de Mestre. Ficai, portanto, no Amor do Cristo que vos chega, abençoados por minha vibrante saudação.

VAIVASVATA

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Fugazes são vossos pensamentos e vossas emoções, o que fazeis, e até a vida que viveis e a terra que pisais. Olhai: o que sentis pode, em poucas horas, ter mudado drasticamente assim como o que pensais, fazeis e dizeis. Em poucas horas ou dias, vossa vida pode ter deixado de ser a mesma. A própria Terra pode ser abalada por fenômenos naturais e mudar seu semblante. Tudo aquilo de que fazeis vossa vida á mutável e mor-redouro com um princípio e um fim muitas vezes entregues a uma relativa arbitrariedade. A paz não se encontra nem poderá encontrar-se aí. Aquele que buscar a alegria e a tranquilidade, como refle-xos do que passa na terra dos homens, poderá se desenganar: a natureza das coisas irá constan-temente defraudá-lo a não ser que tudo pare e então o que ele poderá obter não será paz mas pasmaceira, esterilidade, morte. A verdadeira paz não pode ser encontrada em um local onde tudo é guerra, mudança, intran-quilidade e angústia. O Homem não pode se ali-mentar de tranquilidade espiritual a partir do que se encontra no mundo da matéria, do finito e da ilusão separatista. Pelo contrário, tudo aquilo que é impossível encontrar na terra dos homens, por não poder ser cultivado nem crescer aí, deve buscar-se em outro lugar que não enferme das mesmas limitações e defeitos e não seja gover-nado pelas mesmas leis. Que lugar é esse? Não pode ser realmente um lugar porque, no Reino onde isso é possível não há lugares mas estados de espírito e de cons-

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ciência. Refiro-me à alma ou ao espírito humanos, manifestos no coração ou na cabeça dos homens onde se faz sentir preferencialmente sua influ-ência. Aqui a metafísica faz sentido em conexão com a ciência e a técnica. Não é mero floreado místico dizer-se que Cristo habita no coração de cada um ou que um dia todos deveremos erguer a cabeça para contemplar a glória do Pai. A lingua-gem mística nunca foi escolhida por acaso nem os grandes místicos ou ocultistas foram ignorantes ou ingênuos poetas mas sim homens sérios. A paz, a verdadeira paz, inseparável da alegria ou, sobretudo, da bem-aventurança, só pode ser encontrada em um lugar protegido das intempéries que agitam os homens e os fazem correr atrás de felicidades incertas. Esse lugar é, em termos de mundos plurais e de agrupamentos de criaturas evolucionantes, o Reino de Deus; em termos individuais, o coração do Homem; em ter-mos da realidade absoluta, o Espírito Uno que está igualmente presente no indivíduo e na tividade e que é tanto imanente como transcen-dente. Deus transcendente nos mostra que a paz existe através das criaturas mais evoluídas do que nós na manifestação de sua própria divindade interna porque elas a possuem; Deus imanente (presente, ainda que em potência, até na mais humilde das criaturas) nos garante que é possível encontrar essa paz em nós mesmos. Uma das manifestações divinas nos incentiva à demanda; a outra nos dá os meios e a garantia de levá-la a

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bom termo. O Cristo vem trazer a paz. Eu sei disso porque estou encarregado de irradiar a paz e a bem-aventurança sobre os homens estimulando-os a reproduzirem-nas dentro deles mesmos. Também sei disso porque o Cristo será por mim servido, tanto quanto eu possa ajudá-Lo, na tarefa de vos despertar para mais essa potencialidade maravilhosa da presença Crística em cada um: a paz e a tranqulidade de espírito. Com minha bênção de bem-aventurança sobre a Humanidade e a promessa de trabalhar lado a lado com o Cristo para levar os Homens à verdadeira Terra Prometida, despeço-me. Eu Sou

LING

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Aludirei hoje a algumas tônicas da Nova Era a que meu Bem-Amado Saint-Germain e eu pró-pria presidiremos. Alguns de vós tereis já conhecimento de que esta a será a Era da Liberdade. Não vos confunda, porém, esse conceito de Liberdade. Por essa qualidade não pretendemos signifi-car a expressão desenfreada dos mais baixos ins-tintos do ser humano. Tão-pouco deve significar a pretensa libertação de antigas vinculações para logo se cair nos braços de, frequentemente, ainda piores servidões. Não pode, não deve significar a satisfação complacente de todas as tentações dos sentidos. A verdadeira liberdade a que nos referimos significa autodomínio, autodeterminação, visão, consciência e ação super-partes, super-temporal e super-espacial (tal como as partes, o tempo e o espaço existem nos mundos da forma). Significa o quebrar dos grilhões que mantêm a escravidão às tentações e aos enganos dos sentidos, aos mias-mas das ilusões, à cegueira da mente subjugada pela aparência fugidia e sempre mutável. Significa, enfim, a unificação de cada ser, isto é, o encontro consigo próprio, em vez da alienação e da divisão em separados e ilusórios objetos, fenômenos e es-tados psíquicos. Outra tônica fundamental da Nova Era é a transmutação (a mudança para um estado supe-rior, para um maior grau de vibração). Assim, o Cristo da Nova Era (o grande Senhor Divino) e nosso Bem-Amado Saint-Germain, não querem a

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sistemática destruição de tudo o que tão trabalhosamente se construiu durante séculos ou milênios. Eles pretendem tudo o que possa servir utilmente elevando, contudo, sua vibração e mu-dando-o para um estado superior. Aprendei, pois, essa Lei da Transmutação que deve agora estar presente tanto nos homens como nas instituições. Na Era findante de Peixes, os homens têm ansiedade pelo dia do Juízo esperando a conde-nação de todos quantos não alinham no seu campo. Na Nova Era, porém, os homens ansiarão antes pelo grande dia do perdão, o dia em que, conforme disse nosso Irmão, o Mestre Djwhal Khul, “cessarão todo o pecado, toda a luta e toda a dor e o grande coro ressoará até aos mais remotos confins do Universo”. No passado, os homens têm falado de infer-nos cruéis (que são um insulto à misericórdia divina) e de irrisórios Céus de pasmaceira e de egoísmo onde os chamados salvos cantam a glória do Senhor enquanto seus irmãos gemem de dor. Na Nova Era, contudo, ensinar-se-ão a lei da evolução, a lei dos ciclos e a forma como, através de periódicas existências, os homens e todos os demais seres vão subindo a montanha da perfei-ção, o grande monte do Gólgota no cimo do qual o Pai receberá suas Almas. No passado, os homens têm se guiado pelo separativismo e exclusividade erguendo entre si barreiras criadas pela unilateralidade de suas crenças e opiniões. No futuro, todavia, se enten-derá o valor da inclusividade e os homens se

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unirão para conjugar e aproveitar todos os esforços. Nas Eras que estão morrendo, tem-se en-deusado a crítica, filha da separatividade. Esta, no entanto, será substituída, na luz do Amor, pela benevolente compreensão e pelo afetuoso con-selho. Meditai, irmãos! Contemplai, irmãos! Eu Sou, quero ser vossa amiga, vossa irmã, vossa mãe, a quem podereis apelar em todos os momentos chamando

PORTIA

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Até meados do século XX, o Bem-Amado Senhor Maitreya, que agora vem como Messias, ocupou, na Hierarquia Planetária, o cargo de Ins-trutor do Mundo. Foi então que, devido ao regresso a Vênus de nosso eterno Mestre e Sa-cerdote - o grande e Bem-Amado Sanat Kumara, ou Melquisedeque - e devido também aos ajustes que tiveram que ser feitos, o Senhor Maitreya abandonou esse cargo passando a uma função ainda mais excelsa (até aí desempenhada pelo Bem-Amado Gautama, hoje Senhor do Mundo ou Ancião dos Dias). Desse modo ocuparam o cargo de Instrutores do Mundo os Mestres Kuthumi e Jesus ficando eu, Lanto, como Chohan do 2º Raio. Posteriormente, o Senhor Jesus deixou de poder desempenhar a função de Instrutor do Mundo a tempo inteiro, em virtude de outros importantes trabalhos que passou a executar, ficando a exercer esse cargo apenas de forma intermitente. Por tal motivo eu passei, no começo da década de 70, a desempenhar parte das tarefas incumbidas ao Senhor do Mundo a fim de aliviar a pesada carga do Mestre Kuthumi, tor-nando-se o Mestre Confúcio o Chohan do 2º Raio. Parecerá talvez estranho aos estudantes da Sabedoria Esotérica que não seja um Mestre que desempenhe o cargo de Instrutor do Mundo a se manifestar messianicamente. Com efeito, tem sido difundida a ideia de que acontece sempre desse modo; mas não é assim. É verdade que as últimas manifestações messiânicas, por exemplo a de Cristo em Jesus,

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foram feitas pelo Mestre que ocupava o cargo de Instrutor do Mundo (o Senhor Maitreya, o Senhor Gautama ou qualquer outro). Daqui se inferiu uma regra universal e válida em todos os tempos. Entretanto, nada implica que assim seja forçosa-mente. Devido à maior evolução da Terra nos nos-sos dias, será um Senhor ainda acima de Instrutor do Mundo quem Se manifestará. Os Instrutores do Mundo continuarão desempenhando Sua função de trabalho com a energia Crística mas isso é independente da manifestação messiânica no mundo físico. Aliás, ela durará apenas um certo número de anos (concedidos pela Misericórdia Divina) enquanto que aquelas funções, desem-penhadas nos planos superiores, prosseguem ininterruptamente. Em Sua manifestação messiânica, o Senhor Divino chamará certamente a atenção para estas profundas palavras: “Eu Sou!”. Isto é a afirmação máxima de qualquer ser; é o maior portento do universo; é a maior glorificação de Deus manifes-tado em nós. Os seres todos precisam proclamar: “Eu Sou!”. É a firmação da Presença Divina individua-lizada, é a afirmação do Ser Eterno, da Vida inex-tinguível. Ao som dessas palavras vibram universos e deuses, Mestres e Homens, Anjos e animais, tudo quanto possa existir. Foi do Deus Uno, fonte de toda a Vida, que emanou essa maravilhosa Presença que é, pois, a dádiva suprema e a origem de todas as outras.

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A Divina Presença EU SOU, a vossa Mônada ou Espírito, manifesta-se, atua na matéria. Da fecundação feita pelo Pai-Espírito na Mãe-Matéria, como resultado da ligação entre o eu e o não-eu, nasce o Filho ou Alma (que é, portanto, o interme-diário entre o EU SOU espiritual e a Matéria que é a própria consciência, o centro que adquire e trabalha com as qualidades). A Alma ou Filho passa a ser representante do Pai ou Espírito na manifestação formal até que o Filho revele o Pai, até que se verifique a consciencialização do Grande Silêncio. O Pai fica como dador da vida, como a presença que nos faz dizer “Eu Sou” mas é a Alma que, para realizar certas qualidades através da experiência, trabalha na matéria. Para efetuar esse trabalho e colher essas experiências, a Alma encarna ciclicamente. Se reveste de vários corpos: um corpo mental (formado de substância mental concreta e, através do qual manifesta pensamentos), um corpo emo-cional (formado por matéria do plano emocional ou astral e, através do qual, exprime sentimentos, emoções e sensações) e um corpo etérico (cons-truído de matéria do plano físico etérico) que vitaliza, coordena e subjaz ao corpo físico denso. Este é o último dos quatro corpos da Perso-nalidade que é a máscara vestida, cíclica e renovadamente, pela Alma até atingir um maior grau de evolução. A Alma, intermedária entre o Pai-Espírito (a parte divina) e a Mãe-Forma ou Matéria (a parte

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humana) é simbolizada pelo próprio Cristo. Assim, as qualidades que Ele vem apontar aos Homens são as qualidades que a própria Alma deve possuir e acabar por manifestar na forma. Dessas qualidades, a fundamental é o Amor-Sabedoria. A alguns de vós parecerá estranho ver unir o Amor e a Sabedoria. Com efeito, no vosso mundo ilusório se distingue acerrimamente o que se chama amor do que se chama sabedoria. Vossos intelectuais, julgando-se sábios, troçam ou menosprezam os que vivem apenas a vida senti-mental ou emocional; estes, julgando que atin-giram o verdadeiro Amor, desdenham daqueles chamando-lhes ironicamente de “sabichões”. Tal acontece, entretanto, porque frequente-mente supõe-se ser amor ou sabedoria o que realmente não o é. Chama-se amor - que deve ser impessoal, universal, imparcial e desinteressado - àquilo que é apenas sentimento pessoal (conse-quentemente parcial, interesseiro, separatista e cego). Ao conhecimento intelectual (que é apenas formal, aparente, condicionado, temporal, parcelar e separatista) pretende-se chamar sabedoria (que, em seu sentido verdadeiro é onipresente, univer-sal, intemporal, substancial e voltada para as causas profundas e não para os efeitos). Quando, porém, o sentimento transmutar-se em Amor e o conhecimento transmutar-se em Sabedoria, vai-se compreender como o Amor e a Sabedoria estão unidos. De fato, não pode haver verdadeiro Amor sem Sabedoria nem verdadeira Sabedoria sem Amor. Desacompanhado da Sabe-

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doria, o amor é forçosamente cego e parcial; é emoção e não Amor. Na verdade, sem o amor por todos os seres, sem o amor que mantém unidas e coerentes as coisas, nunca se pode alcançar a Sabedoria (que é universal, unitária e coerente). Peço, portanto, a todos que procurem alcan-çar essa verdadeira Sabedoria e esse verdadeiro Amor dirigindo-os como uma potente vontade para o Bem. Assim estareis vivendo como Almas e o Cristo estará vivendo em vós. Então podereis exclamar como S. Paulo há 2.000 anos: “Não sou eu (o eu inferior ou pessoal) que vivo mas é Cristo que vive em mim” e “Cristo em nós é esperança de glória”. Na realidade - repito - o exemplo do Cristo messiânico é o símbolo do que deve a Alma liberta e triunfante sobre e na matéria. Em nome desse Cristo-Que-Vem, em nome do Cristo que existe e deve despertar em vossos corações, em nome das qualidades Crísticas, Eu Sou

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Contemplai, irmãos, o céu estrelado numa noite clara. Fazei-o muitas vezes, em profundo silêncio, recolhimento e estado meditativo, Uni-vos com as correntes energéticas e magnetizantes dos astros do Cosmos, refleti na grandeza do sublime mistério e no mistério da sublime grandeza e senti todas as vossas preocupações, intenções e con-cepções mundanas e pequeninas a se desvane-cerem tornando-se ridículas. Verdadeiramente, só é importante aquilo que é digno de ser contemplado das estrelas como, por exemplo, a intensificação da luz da Terra. Verdadeiramente, só é importante o que pode ser comparado à beleza do céu estrelado. Enquanto não puderdes desfrutar da beleza da plena liberdade dos planos superiores (tais como o plano mental abstrato ou superior, o plano intuicional, Crístico ou Búdico, o plano átmico ou da Vontade Espiritual, o plano Monádico e outros ainda mais elevados) esta é das formas mais potentes de renovardes vossas energias. vossa Fé e vossa aspiração pela verdadeira Sabedoria. Foi, contudo, na plena liberdade dos planos superiores que eu constatei o esplendente acon-tecimento do nascimento do Cristo. Ali, num planalto que é o centro de um outro planalto mais amplo, horas antes do plenilúnio, muitos Mestres e discípulos (em corpos sutis) en-contravam-se reunidos repetindo os rituais carac-terísticos da lua-cheia de Junho. Em todos se refletia a confiante expectativa no acontecimento grandioso que em breve se iria passar, bem como

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a imensa ternura pelos grupos de discípulos encarnados que dirigiam os trabalhos no plano físico e a imensa gratidão pela Misericórdia Divina. A Lua enchia os objetos de reflexos prateados e as estrelas, no firmamento, testemunhavam e davam o beneplácito e o toque cósmico ao transcendente acontecimento. Foi então que, momentos antes do ápice do plenilúnio apareceu vindo da Casa do Pai, a figura fulgurantemente luminosa do Senhor Maitreya. Acima d’Ele, conectando-O com poderosas ema-nações energéticas, estava o próprio Senhor do Mundo libertando certa energia para que Seu irmão pudesse descer à encarnação. Vi, seguidamente, o sublime Mestre Jesus, acompanhado de muitos auxiliares e legiões de Anjos, trazer os corpos (de que havia sido o guar-dião durante cerca de um mês) até ao triângulo formado pelos Mestres Saint-Germain, Kuthumi e Paulo (o Mahachohan). Então o Mestre Saint-Germain, como patrono da Nova Era, e o Mestre Kuthumi, como Instrutor do Mundo, se dirigiram ao Senhor Maitreya dizendo: “Tomai, Senhor, estas formas que são oferta da Humanidade expectante por Vossa Luz, por Vosso Amor e por Vosso Poder. Em nome da Misericórdia Divina, tomai-as e sede novamente nosso Messias!” Em todos os presentes fez-se sentir, num sublime momento, a demanda, a expectativa, a comoção e a consciência da Vida Divina. Vi os lindos olhos do Senhor Maitreya cintilarem de ter-

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nura e de Amor. O Mahachohan insuflou o primeiro alento nos corpos e, num ápice, à hora exata da lua cheia, o Senhor Maitreya os ocupou, multiplicando a Luz intrínseca de Sua Substância incontáveis vezes. A fulgurância da luminosidade, imediata-mente levada pelos Anjos, como primeira bênção, aos quatro cantos da Terra, fez prostrar de veneração, de confiança e de plena comunhão todos os Mestres, Seres de Luz e discípulos que ali estavam presentes (quer só como Almas, quer só com seus corpos sutis, quer um ou dois em corpos físicos). Foi assim que o milagre se consumou. Na Terra, os homens continuaram em sua louca algazarra de pensamentos e manifestações desarmônicas e ruidosas mas os planos superiores e as almas dos discípulos encheram-se de uma alegria infindável. Agora, o Messias está contando os dias que o separam da manifestação física entre os homens. Sua vinda não se dará sem a oposição de muitos. Sua manifestação não será, como alguns podem pensar, um triunfal passeio pelos Campos Elíseos, entre aclamações da multidão e discursos oficiais. Ele não terá a aprovação de muitas das pretensas autoridades religiosas, políticas ou culturais. Com efeito, a multidão, que há 2.000 anos pediu a Sua morte libertando Barrabás, é agora a piedosa legião dos chamados “fiéis”, rebanho ignorante e dizendo amen ao que não entende nem lhe interessa entender. Os

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membros do Sinédrio são agora arrogantes professores universitários dizendo coisas simples e errôneas em palavras complexas e pomposas e pretendendo que seu conhecimento superficial, parcelar e profano é a suprema e total sabedoria. Os escribas e os fariseus, cujas obras Cristo repudiou, há 2.000 anos, são agora os sacerdotes fanáticos, exclusivistas e ignorantes, por vezes comodamente instalados, das religiões ortodoxas. Tal, contudo, não interessa. Escoltado por formidável poder, fulgente de Luz e vibrante de Amor, o Cristo vem como uma vaga de vento passando sobre a Terra. Ele vem acompanhado de outros Altos Seres (Mestres) tendo para O servir (por mais que isso possa parecer imcom-preensível aos homens comuns) grupos de discípulos capazes de Lhe consagrarem, como já vêm fazendo, todo seu esforço e dedicação. A Terra será renovada! Isso tem que acon-tecer, oponha-se quem se opuser. Agora, posso constatar e testemunhar: a Terra está no caminho de volta ao Pai, ao Eu Sou Universal, ao centro de tudo, a Deus. A Terra está, portanto, na fase de inspiração subindo os degraus da crescente luminosidade e aproximação da Luz Central. Nesse processo, a transmutação tem um lugar importantíssimo. A Chama Violeta (a cuja frequente utilização convido os discípulos) deve elevar todos os seres e coisas a um novo e superior estado vibratório fazendo-os ascender para prosseguirem o processo de inspiração que os leva ao regresso ao Lar, ao Coração de Deus.

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Sinto-me, presentemente, repleta da mais plena bem-aventurança pois o bem-amado planeta, em que por tantos anos tenho servido, está se preparando para sua vitória alcançando mais uma Iniciação Cósmica. A certeza desses sublimes acontecimentos (da renovação da Terra e dos Homens) é agora reafirmada perante vós, em nome do Eu Sou Universal, que é Deus, em nome da sempiterna energia Crística, em nome do clamor da eternidade, em nome da vida que não tem fim.

META

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Do ponto Cósmico de grande concentração, faça-se Luz: brote a iluminação nas mentes dos homens. Do ponto Cósmico de atração e repulsão, cumpra-se a vontade dos custódios do Ser Divino: restabeleça-se o correto relacionamento entre homens e homens, seres vivos e deuses. Do ponto Cósmico de geração arquetípica, inicie-se a Era do futuro: brote a Vontade Destrui-dora da velha manifestação e precipitadora da nova construção. Do grande ponto de síntese Cósmica da Trin-dade, restabeleça-se o fio da realidade: faça-se o Uno em tudo, por tudo, através de tudo. Fiat Lux!

AZEMBOR (Nos momentos de conquista para a Humanidade, clamai por meu nome e vos chegarão Poder e Inspiração).