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1 FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Segurança do Trabalho Aspectos Econômicos dos Danos MÓDULO II Tatuí-SP 2016

Aspectos Econômicos dos Danos...classe (uma substância que, não sendo ela própria um explosivo, possa gerar uma atmosfera explosiva de gás, vapor ou poeira, não está incluída

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Habilitação Profissional de

Técnico em Segurança do Trabalho

Aspectos Econômicos dos Danos

MÓDULO II Tatuí-SP

2016

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Sumário CLASSIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DAS CLASSES DE PRODUTOS PERIGOSOS ........................ 4

1.1 CLASSE 1 - EXPLOSIVOS .............................................................................................. 5 1.2 CLASSE 2 – GASES ........................................................................................................ 8 1.3 CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS .............................................................................. 11 1.4 CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS - SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A COMBUSTÃO ESPONTÂNEA - SUBSTÂNCIAS QUE, EM CONTATO COM A ÁGUA, EMITEM GASES INFLAMÁVEIS .......................................................................................................................... 13 1.5 CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES - PERÓXIDOS ORGÂNICOS .......................... 13 1.6 CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS (VENENOSAS) - SUBSTÂNCIAS INFECTANTES .................................................................................................................................................. 13 1.7 CLASSE 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS ........................................................................... 14 1.8 CLASSE 8 - CORROSIVOS ................................................................................................ 14 1.9 CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS ..................................................... 15 1.10 CLASSIFICAÇÃO DE MISTURAS E SOLUÇÕES ............................................................ 15 1.11 CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS .................................................................................... 15 1.12 PRECEDÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS DE RISCO ................................................... 16

OS PREJUÍZOS DOS ACIDENTES VERSUS SEGURANÇA NO TRABALHO ........................... 17 METODOLOGIAS DE AVALIÇÃO DE RISCOS ........................................................................... 19 CASE STUDY ............................................................................................................................... 20 CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS ..................................................................... 27 PERIGO QUANTO A INFLAMABILIDADE .................................................................................. 37 PERIGOS ESPECIAIS.................................................................................................................. 39 FORDISMO .................................................................................................................................. 41 O MODELO TOYOTISTA ............................................................................................................. 43 ANÁLISE DA ÁRVORE DE FALHAS ........................................................................................... 43 O MÉTODO DEDUTIVO ............................................................................................................... 43 HIERARQUIZAÇÃO DA SÉRIE DE CORTES MÍNIMOS ............................................................. 49 LISTA DE HIERARQUIA DE EVENTOS ...................................................................................... 50 ERRO HUMANO .......................................................................................................................... 50 ERRO HUMANO .......................................................................................................................... 50 METODOLOGIA PREVENCIONISTA .......................................................................................... 50 CRITÉRIOS DE ANÁLISES DE ACIDENTES .............................................................................. 51

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CLASSIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DAS CLASSES DE PRODUTOS PERIGOSOS A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no tipo de risco que apresentam e conforme as Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, sétima edição revista, 1991, compõe-se das seguintes classes, definidas nos itens 1.1 a 1.9:

Classe 1 - EXPLOSIVOS

Classe 2 - GASES, com as seguintes subclasses: • Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis; • Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos; Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.

Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

Classe 4 - Esta classe se subdivide em: • Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis; • Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea; • Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.

Classe 5 - Esta classe se subdivide em: • Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes; • Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos.

Classe 6 - Esta classe se subdivide em:

• Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas); • Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes.

Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS

Classe 8 - CORROSIVOS

Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS.

Os produtos das Classes 3, 4, 5 e 8 e da Subclasse 6.1 classificam-se, para fins de embalagem, segundo três grupos, conforme o nível de risco que apresentam:

Grupo de Embalagem I - alto risco; Grupo de Embalagem II - risco médio; Grupo de Embalagem Ill - baixo risco.

O transporte de resíduos perigosos deve atender às exigências prescritas para a classe ou subclasse apropriada, considerando os respectivos riscos e os critérios de classificação constantes destas Instruções. Os resíduos que não se enquadram nos critérios aqui estabelecidos, mas que apresentam algum tipo de risco abrangido pela Convenção da Basiléia sobre o Controle da Movimentação Transfronteiriça de Resíduos Perigosos e sua Disposição (1989), devem ser transportados como pertencentes à Classe 9.

Exceto se houver uma indicação explícita ou implícita em contrário, os produtos perigosos com ponto de fusão igual ou inferior a 20ºC, à pressão de 101,3k Pa, devem ser considerados líquidos. Uma substância viscosa, de qualquer classe ou subclasse, deve ser submetida ao ensaio da Norma ASMT D 4359-1984, ou ao ensaio para determinação da fluidez prescrita no Apêndice A3, da publicação das Nações Unidas ECE/TRANS/80 (Vol. 1) (ADR), com as seguintes modificações: o

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penetrômetro ali especificado deve ser substituído por um que 2 atenda à Norma da Organização Internacional de Normalização - ISO 2137-1985 e os ensaios devem ser usados para substâncias de qualquer classe.

1.1 CLASSE 1 - EXPLOSIVOS

A Classe 1 compreende:

a) Substâncias explosivas, exceto as que forem demasiadamente perigosas para serem transportadas e aquelas cujo risco dominante indique ser mais apropriado considerá-las em outra classe (uma substância que, não sendo ela própria um explosivo, possa gerar uma atmosfera explosiva de gás, vapor ou poeira, não está incluída na Classe 1);

b) Artigos explosivos, exceto os que contenham substâncias explosivas em tal quantidade ou de tal tipo que uma ignição ou iniciação acidental ou involuntária, durante o transporte, não provoque qualquer manifestação externa ao dispositivo, seja projeção, fogo, fumaça, calor ou ruído forte;

c) Substâncias e artigos não mencionados nos itens "a" e "b" e que sejam manufaturados com o fim de produzir, na prática, um efeito explosivo ou pirotécnico.

É proibido o transporte de substâncias explosivas excessivamente sensíveis ou tão reativas que estejam sujeitas a reação espontânea, exceto, a critério das autoridades competentes, sob licença e condições especiais por elas estabelecidas.

Para os fins destas Instruções, devem ser consideradas as seguintes definições:

a) Substância explosiva é a substância sólida ou líquida (ou mistura de substâncias) que, por si mesma, através de reação química, seja capaz de produzir gás a temperatura, pressão e velocidade tais que possa causar danos a sua volta. Incluem-se nesta definição as substâncias pirotécnicas mesmo que não desprendam gases;

b) Substância pirotécnica é uma substância, ou mistura de substâncias, concebida para produzir um efeito de calor, luz, som, gás ou fumaça, ou a combinação destes, como resultado de reações químicas exotérmicas auto-sustentáveis e não-detonantes;

c) Artigo explosivo é o que contém uma ou mais substâncias explosivas.

A Classe 1 está dividida em seis subclasses:

Subclasse 1.1 - Substâncias e artigos com risco de explosão em massa (uma explosão em massa é a que afeta virtualmente toda a carga, de maneira praticamente instantânea).

Subclasse 1.2 - Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa.

Subclasse 1.3 - Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão, de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa. Esta Subclasse abrange substâncias e artigos que:

a) produzem grande quantidade de calor radiante,

b) queimam em sucessão, produzindo pequenos efeitos de explosão, de projeção, ou ambos.

Subclasse 1.4 - Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo. Esta Subclasse abrange substâncias e artigos que apresentam pequeno risco na eventualidade de ignição ou iniciação durante o transporte. Os efeitos estão confinados, predominantemente, à embalagem e

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não se espera projeção de fragmentos de dimensões apreciáveis ou a grande distância. Um fogo externo não deve provocar explosão instantânea de, virtualmente, todo o conteúdo da embalagem.

NOTA: estão enquadradas no Grupo de Compatibilidade S as substâncias e artigos desta Subclasse, embalados ou concebidos de forma que os efeitos decorrentes de funcionamento acidental se limitem à embalagem, exceto se esta tiver sido danificada pelo fogo (caso em que os efeitos de explosão ou projeção são limitados de forma a não dificultar significativamente o combate ao fogo ou outros esforços para controlar a emergência, nas imediações da embalagem).

Subclasse 1.5 - Substâncias muito insensíveis, com um risco de explosão em massa, mas que são tão insensíveis que a probabilidade de iniciação ou de transição da queima para a detonação, em condições normais de transporte, é muito pequena.

Subclasse 1.6 - Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa. Esta Subclasse abrange os artigos que contêm somente substâncias detonantes extremamente insensíveis e que apresentam risco desprezível de iniciação ou propagação acidental.

NOTA: o risco proveniente desses artigos está limitado à explosão de um único artigo.

A Classe 1 é uma classe restritiva, ou seja, apenas as substâncias e artigos constantes da Relação de Produtos Perigosos podem ser aceitos para transporte. Entretanto, o transporte, para fins especiais, de produtos não-incluídos naquela Relação pode ser feito sob licença especial das autoridades competentes, desde que tomadas precauções adequadas. Para permitir o transporte desses produtos, foram incluídas designações genéricas, do tipo "Substâncias Explosivas N.E.” (N.E.: não-especificado noutra parte) e "Artigos Explosivos, N.E.". Porém, tais designações só devem ser utilizadas se nenhum outro modo de identificação for possível. Outras designações gerais, como "Explosivos de Demolição, Tipo A", foram adotadas para permitir a inclusão de novas substâncias.

Para os produtos desta Classe, o tipo de embalagem tem, freqüentemente, um efeito decisivo sobre o grau de risco e, portanto, sobre a inclusão de um produto em uma subclasse. Em conseqüência, determinados explosivos aparecem mais de uma vez na Relação e sua alocação a uma subclasse, em função do tipo de embalagem, deve ser objeto de cuidadosa atenção. O Anexo I inclui a descrição de certas substâncias e artigos e indica as embalagens adequadas a tais produtos.

Idealmente, a segurança do transporte de substâncias e artigos explosivos seria mais eficiente se os vários tipos fossem transportados em separado. Quando tal prática não for possível, admite-se o transporte, na mesma unidade de transporte, de explosivos de tipos diferentes, desde que haja compatibilidade entre eles. Os produtos da Classe 1 são considerados compatíveis se puderem ser transportados na mesma unidade de transporte sem aumentar, de forma significativa, a probabilidade de um acidente ou a magnitude dos efeitos de tal acidente.

Os produtos explosivos são classificados em seis Subclasses e treze Grupos de Compatibilidade, definidos no Quadro 1.1. Essas definições são mutuamente excludentes, exceto para as substâncias e artigos que possam ser incluídos no Grupo S e, como o critério de inclusão neste Grupo é empírico, a alocação de um produto a este Grupo está necessariamente vinculada aos ensaios utilizados para a inclusão na Subclasse 1.4.

Para fins de transporte, devem ser observados os seguintes princípios:

• Produtos incluídos nos Grupos de Compatibilidade A a K e N:

a) produtos do mesmo grupo e subclasse podem ser transportados em conjunto;

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b) produtos do mesmo grupo, mas de subclasses diferentes podem ser transportados juntos, desde que o conjunto seja tratado como pertencente à subclasse identificada pelo menor número. Excetuam-se os produtos identificados por 1.5D transportados juntamente com os identificados por 1.2D. Este conjunto deve ser tratado como se fosse do tipo 1.1D;

c) produtos pertencentes a grupos de compatibilidade diferentes não devem ser transportados em conjunto, independentemente da subclasse, exceto nos casos dos Grupos de Compatibilidade C, D, E e S, conforme indicado a seguir;

d) é admitido o transporte de produtos dos Grupos de Compatibilidade C, D e E numa mesma unidade de carga ou de transporte, desde que seja avaliado o risco do conjunto e este seja classificado na subclasse e grupo de compatibilidade adequados. Qualquer combinação de artigos desses grupos de compatibilidade deve ser alocada ao Grupo E. Qualquer combinação de substâncias dos Grupos de Compatibilidade C e D deve ser alocada ao grupo mais adequado, levando-se em conta as características predominantes da carga combinada. Essa classificação conjunta deve ser utilizada nos rótulos de risco, etiquetas e painéis de segurança;

QUADRO 1.1

CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS EXPLOSIVOS SEGUNDO OS GRUPOS DE COMPATIBILIDADE

Descrição de Produto

Grupo de Compatibilidade

Cód. De Classificação

Substância explosiva primária

A

1.1 A

Artigo contendo uma substância explosiva primária e não contendo dois ou mais dispositivos de segurança eficazes.

B

1.1 B 1.2 B

1.4 B

Substância explosiva propelente ou outra substância explosiva deflagrante, ou artigo contendo tal substância explosiva.

C

1.1 C 1.2 C 1.3 C 1.4 C

Substância explosiva detonante secundária, ou pólvora negra, ou artigo contendo uma substância explosiva detonante secundária, em qualquer caso sem meios de iniciação e sem carga propelente, ou ainda, artigo contendo uma substância explosiva primária e contendo dois ou mais dispositivos de segurança eficazes.

D

1.1 D 1.2 D

1.4 D 1.5 D

Artigo contendo uma substância detonante secundária, sem meios de iniciação, com uma carga propelente (exceto se contiver um líquido ou gel inflamável ou um líquido hipergólico).

E

1.1 E 1.2 E 1.4 E

Artigo contendo uma substância explosiva detonante secundária, com seus próprios meios de iniciação, com uma carga propelente (exceto se contiver um líquido ou gel inflamável ou um líquido hipergólico), ou sem carga propelente.

F

1.1 F 1.2 F 1.3 F 1.4 F

Substância pirotécnica, ou artigo contendo uma substância pirotécnica, ou artigo contendo tanto uma substância

G

1.1 G 1.2 G 1.3 G

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explosiva quanto uma iluminante, incendiária, lacrimogênea, ou fumígena (exceto artigos acionáveis por água e aqueles contendo fósforo branco, fosfetos, substância pirofórica, um líquido ou gel inflamável, ou líquidos hipergólicos).

1.4 G

Artigo contendo uma substância explosiva e fósforo branco.

H

1.2 H 1.3 H

Artigo contendo uma substância explosiva e um líquido ou gel inflamável

J

1.1 J 1.2 J 1.3 J

Artigo contendo uma substância explosiva e um agente químico tóxico.

K

1.2 K 1.3 K

Substância explosiva ou artigo contendo uma substância explosiva e apresentando um risco especial (caso, por exemplo, da ativação por água, ou devido à presença de líquidos hipergólicos, fosfetos ou substância pirofórica), que exija isolamento para cada tipo de substância.

L

1.1 L 1.2 L 1.3 L

Artigo contendo apenas substâncias detonantes extremamente insensíveis.

N

1.6 N

Substância ou artigo concebido ou embalado de forma tal que, quaisquer efeitos decorrentes de funcionamento acidental fiquem confinados dentro da embalagem, a menos que esta tenha sido danificada pelo fogo, caso em que todos os efeitos de explosão ou projeção são limitados, de modo a não impedir ou prejudicar significativamente o combate ao fogo ou outros esforços de contenção da emergência nas imediações da embalagem

S

1.4 S

e) os produtos incluídos no Grupo N não devem, em geral, ser transportados com produtos de qualquer outro grupo de compatibilidade, exceção feita ao Grupo S. Entretanto, se vierem a ser transportados com produtos dos Grupos C, D e E, o conjunto deve ser tratado como pertencente ao Grupo D.

• Produtos incluídos no Grupo S: podem ser transportados em conjunto com explosivos de quaisquer outros grupos, exceto com os produtos dos Grupos A e L. • Produtos incluídos no Grupo L: não devem ser transportados com produtos de qualquer outro grupo. Além disso, só devem ser transportados juntamente com o mesmo tipo de produto do próprio Grupo L. 1.2 CLASSE 2 – GASES

Gás é uma substância que:

a) A 50ºC tem uma pressão de vapor superior a 300k Pa;

b) É completamente gasoso à temperatura de 20ºC, à pressão de 101,3k Pa.

Os gases são apresentados para transporte sob diferentes aspectos físicos: a) Gás comprimido: é um gás que, exceto se em solução, quando acondicionado para transporte,

à temperatura de 20ºC é completamente gasoso;

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b) Gás liquefeito: gás parcialmente líquido, quando embalado para transporte, à temperatura de 20ºC;

c) Gás liquefeito refrigerado: gás que, quando embalado para transporte, é parcialmente líquido devido a sua baixa temperatura;

d) gás em solução: gás comprimido, apresentado para transporte dissolvido num solvente.

Esta Classe abrange os gases comprimidos, liquefeitos, liquefeitos refrigerados ou em solução, as misturas de gases ou de um ou mais gases com um ou mais vapores de substâncias de outras classes, artigos carregados com um gás, hexafluoreto de telúrio e aerossóis;

A Classe 2 está dividida em três subclasses, com base no risco principal que os gases apresentam durante o transporte:

Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis: gases que a 20ºC e à pressão de 101,3k Pa:

a) São inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar;

b) Apresentam uma faixa de inflamabilidade com ar de, no mínimo, doze pontos percentuais, independentemente do limite inferior de inflamabilidade. A inflamabilidade deve ser determinada por ensaios ou através de cálculos, conforme métodos adotados pela ISO (ver Norma ISO 10156-1990). Quando os dados disponíveis forem insuficientes para a utilização desses métodos, podem ser adotados métodos comparáveis, reconhecidos por autoridade competente.

NOTA: os aerossóis (número ONU 1950) e os pequenos recipientes contendo gás (número ONU 2037) devem ser incluídos nesta Subclasse quando se enquadrarem no disposto na Provisão Especial nº 63.

Subclasse 2.2 - Gases não inflamáveis, não tóxicos: são gases que transportados a uma pressão não inferior a 280k Pa, a 20ºC, ou como líquidos refrigerados e que:

a) são asfixiantes: gases que diluem ou substituem o oxigênio normalmente existente na atmosfera;

b) são oxidantes: gases que, em geral, por fornecerem oxigênio, podem causar ou contribuir para a combustão de outro material mais do que o ar contribui;

c) não se enquadram em outra subclasse.

Subclasse 2.3 - Gases tóxicos: Gases que:

a) são sabidamente tão tóxicos ou corrosivos para pessoas, que impõem risco à saúde;

b) supõe-se serem tóxicos ou corrosivos para pessoas, por apresentarem um valor da CL50 para toxicidade aguda por inalação igual ou inferior a 5.000ml/m³ quando ensaiados de acordo com o disposto no item II.1.1, do Anexo II.

NOTA: os gases que se enquadram nestes critérios por sua corrosividade devem ser classificados como tóxicos, com um risco subsidiário de corrosivo.

1.2.1 Mistura de Gases:

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Para a inclusão de uma mistura de gases em uma das três subclasses (inclusive vapores de substâncias de outras classes), podem ser utilizados:

a) A inflamabilidade pode ser determinada por ensaios ou cálculos efetuados de acordo com métodos adotados pela ISO (ver Norma 9 ISO 10156-1990) ou, quando as informações disponíveis forem insuficientes para aplicar tais métodos, por métodos comparáveis, reconhecido por um organismo competente.

b) O nível de toxicidade pode ser determinado de acordo com o disposto no Anexo II, ou usando-se a seguinte fórmula:

onde:

fi = fração molar da substância i componente da mistura;

Ti = índice de toxicidade da substância i componente da mistura (Ti = CL50, se CL50 é conhecido).

Quando os valores da CL50 são desconhecidos, o índice de toxicidade é determinado utilizando-se o menor valor de CL50 de substâncias similares, do ponto de vista de seus efeitos fisiológicos e químicos, ou através de ensaios, se esta for a única maneira possível.

c) A mistura gasosa apresenta um risco subsidiário de corrosividade quando tiver sido demonstrado pela experiência que é destrutiva da pele, olhos ou mucosas, ou quando a CL50 dos componentes corrosivos da mistura for igual ou inferior a 5.000ml/m³, com a CL50 calculada pela fórmula:

onde:

fci = fração molar da substância i componente corrosivo da mistura;

Tci = índice de toxicidade da substância i componente corrosivo da mistura (Tci = CL50, se CL50 é conhecido).

d) A capacidade de oxidação pode ser determinada por ensaios ou ser calculada segundo métodos adotados pela ISO.

Gases e misturas gasosas, que apresentam riscos associados a mais de uma subclasse, obedecem à seguinte regra de precedência:

a) Subclasse 2.3 tem precedência sobre as outras subclasses;

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b) Subclasse 2.1 tem precedência sobre a Subclasse 2.2.

1.3 CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS Líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos, ou líquidos contendo sólidos em solução ou em suspensão (como tintas, vernizes, lacas etc., excluídas as substâncias que tenham sido classificadas de forma diferente, em função de suas características perigosas) que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5ºC, em teste de vaso fechado, ou até 65,6ºC, em teste de vaso aberto, conforme normas brasileiras ou normas internacionalmente aceitas.

O valor limite do ponto de fulgor dos líquidos inflamáveis, indicado no parágrafo anterior, pode ser alterado pela presença de impurezas. Na Relação de Produtos Perigosos só foram incluídos os produtos em estado quimicamente puro, cujos pontos de fulgor não excedem tais limites. Por esse motivo, a Relação de Produtos Perigosos deve ser utilizada com cautela, pois produtos que, por motivos comerciais, contenham outras substâncias ou impurezas podem não figurar na Relação, mas apresentar ponto de fulgor inferior ao do valor limite. Pode também ocorrer que o produto em estado puro figure na Relação como pertencente ao Grupo de Embalagem III, mas, em função do ponto de fulgor do produto comercial, deva ser alocado ao Grupo de Embalagem II. Assim, a classificação do produto comercial deve ser feita a partir do seu ponto de fulgor real.

O Quadro 1.2, a seguir, fornece o Grupo de Embalagem para líquidos cujo único risco é sua inflamabilidade.

QUADRO 1.2

GRUPO DE EMBALAGEM EM FUNÇÃO DA INFLAMABILIDADE

GRUPO DE EMBALAGEM

PONTO DE FULGOR

PONTO DE EBULIÇÃO

I II III

---- < 23ºC

≥ 23ºC, ≤ 60,5ºC

≤ 35ºC >35ºC >35ºC

Para líquidos que possuam risco adicional, o Grupo de Embalagem deve ser determinado a partir do Quadro 1.2 e conjugado com a severidade do risco adicional. Para determinar a correta classificação do líquido, utilizar a matriz de precedência constante do Quadro 1.3 (ver item 1.12).

1.3.1 Determinação do Grupo de Embalagem de Produtos Viscosos Inflamáveis com Ponto de Fulgor Inferior a 23ºC

O grupo de embalagem de tintas, vernizes, esmaltes, lacas, adesivos, polidores e outras substâncias inflamáveis viscosas da Classe 3, com PFg inferior a 23ºC é determinado por referência:

a) à viscosidade expressa pelo fluxo em segundos;

b) ao PFg em vaso fechado;

c) a um ensaio de separação de solvente.

1.3.2 Critérios para Inclusão dos Líquidos Inflamáveis Viscosos no Grupo de Embalagem III

Líquidos inflamáveis viscosos, como tintas, esmaltes, vernizes, adesivos e polidores, com um PFg inferior a 23ºC, podem ser incluídos no Grupo de Embalagem III, desde que:

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a) menos de 3% da camada límpida de solvente se separar no ensaio de separação de solvente;

b) a mistura contenha até 5% de substâncias dos Grupos I ou II da Subclasse 6.1 ou da Classe 8, ou até 5% de substâncias do Grupo I da Classe 3, que exijam rótulo de risco subsidiário correspondente à Subclasse 6.1 ou à Classe 8;

c) a viscosidade e o PFg estejam de acordo com a tabela a seguir:

Fluxos em segundos

PFg em ºC

Copo de 4mm

Copo de 8mm

> 20 > 60

> 100 > 160 > 220

---

--- --- ---

> 17 > 40 ---

> 17 > 10 > 5 > -1 > -5

Sem limite inferior

d) a capacidade do recipiente utilizado não seja superior a 30 litros.

Os métodos de ensaio são descritos a seguir:

a) Ensaio de Viscosidade: o fluxo em segundos é determinado a 23ºC, utilizando-se o copo ISO padrão, com jato de 4mm (Norma ISO 2431-1972). Quando o fluxo exceder 200 segundos, é efetuado novo ensaio, utilizando-se um copo de 8mm de diâmetro.

b) Ponto de Fulgor: o PFg em vaso fechado é determinado pelo método ISO 1523 -1973 para tintas e vernizes. Quando a temperatura do PFg for muito baixa para se poder empregar água no banho de água, devem ser feitas as seguintes modificações:

(i) utilizar etilenoglicol no banho de água ou outro recipiente similar adequado;

(ii) quando apropriado, pode ser empregado um refrigerador para resfriar a amostra e a aparelhagem, a uma temperatura inferior à requerida pelo método para o PFg esperado. Para temperaturas mais baixas, a amostra e o equipamento devem ser resfriados até uma temperatura adequada, por exemplo, pela adição lenta de dióxido de carbono sólido ao etilenoglicol e resfriando-se a amostra num recipiente separado de etilenoglicol;

(iii) para obter-se pontos de fulgor confiáveis, é importante que a taxa de aumento de temperatura para a amostra não seja excedida durante o ensaio. Dependendo do tamanho do banho de água e da quantidade de etilenoglicol que ele contenha, pode ser necessário isolar parcialmente o banho para obter-se um aumento de temperatura suficientemente lento.

c) Ensaio de Separação de Solvente: este ensaio é realizado a 23ºC, utilizando-se um cilindro graduado de 100ml, do tipo fechado, com altura total de aproximadamente 25cm e, na seção calibrada, um diâmetro interno uniforme de cerca de 3cm. A tinta deve ser bem agitada, para se obter consistência uniforme, e colocada no cilindro até a marca de 100ml. O cilindro deve ser arrolhado e deixado em repouso por 24h. Após esse período, deve ser medida a espessura da camada superior que tenha se separado e calculada a porcentagem dessa espessura em relação à altura total da amostra.

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1.4 CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS - SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A COMBUSTÃO ESPONTÂNEA - SUBSTÂNCIAS QUE, EM CONTATO COM A ÁGUA, EMITEM GASES INFLAMÁVEIS

Esta Classe compreende:

Subclasse 4.1- Sólidos Inflamáveis: Sólidos que nas condições encontradas no transporte são facilmente combustíveis, ou que, por atrito, podem causar fogo ou contribuir para ele. Esta Subclasse inclui ainda, explosivos insensibilizados que podem explodir se não forem suficientemente diluídos e substâncias auto reagentes ou correlatas, que podem sofrer reação fortemente exotérmica.

Subclasse 4.2 - Substâncias Sujeitas a Combustão Espontânea: substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo nas condições normais de transporte, ou que se aquecem em contato com o ar, sendo, então, capazes de se inflamarem; são as substâncias pirofóricos e as passíveis de auto aquecimento.

Subclasse 4.3 - Substâncias que, em Contato com a Água, Emitem Gases Inflamáveis: substâncias que, por reação com a água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas. Nestas Instruções, emprega-se também a expressão "que reage com água" para designar as substâncias desta Subclasse.

Devido à diversidade das propriedades apresentadas pelos produtos incluídos nessas subclasses, o estabelecimento de um critério único de classificação para tais produtos é impraticável. Os procedimentos de classificação encontram-se no Anexo Ill a estas Instruções.

A reclassificação de qualquer substância constante da Relação de Produtos Perigosos só deve ser feita, se necessário, por motivo de segurança.

1.5 CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES - PERÓXIDOS ORGÂNICOS Esta Classe compreende:

Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes: substâncias que, embora não sendo necessariamente combustíveis, podem, em geral por liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isto.

Subclasse 5.2 - Peróxidos Orgânicos: substâncias orgânicas que contêm a estrutura bivalente −O−O− e podem ser consideradas derivadas do peróxido de hidrogênio, onde um ou ambos os átomos de hidrogênio foram substituídos por radicais orgânicos. Peróxidos orgânicos são substâncias termicamente instáveis e podem sofrer uma decomposição exotérmica auto acelerável. Além disso, podem apresentar uma ou mais das seguintes propriedades: ser sujeitos à decomposição explosiva; queimar rapidamente; ser sensíveis a choque ou a atrito; reagir perigosamente com outras substâncias; causar danos aos olhos.

Devido à variedade das propriedades apresentadas pelos produtos incluídos nessas duas subclasses, é impraticável o estabelecimento de um critério único de classificação para esses produtos. Os procedimentos de classificação constam do Anexo IV a estas instruções.

1.6 CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS (VENENOSAS) - SUBSTÂNCIAS INFECTANTES

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Esta Classe abrange:

Subclasse 6.1 - Substâncias Tóxicas (Venenosas): são as capazes de provocar a morte, lesões graves, ou danos à saúde humana, se ingeridas, inaladas ou se entrarem em contato com a pele.

Os produtos da Subclasse 6.1, inclusive pesticidas, podem ser distribuídos em três grupos de embalagem: Grupo I - substâncias e preparações que apresentam um risco muito elevado de envenenamento; Grupo II - substâncias e preparações que apresentam sério risco de envenenamento; Grupo III - substâncias e preparações que apresentam um risco de envenenamento relativamente baixo. Na classificação de um produto, devem ser levados em conta casos conhecidos de envenenamento acidental de pessoas, bem como quaisquer propriedades especiais do produto, tais como estado líquido, alta volatilidade, probabilidade de penetração e efeitos biológicos especiais. Na ausência de informações quanto ao efeito sobre seres humanos, devem ser feitos experimentos com animais, segundo três vias de administração: ingestão oral, contato com a pele e inalação de pó, neblina ou vapor.

Os limites, assim como os ensaios de toxicidade dos diversos grupos de embalagem, são especificados no Anexo II a estas Instruções.

Subclasse 6.2 - Substâncias Infectantes: são aquelas que contêm micro-organismos viáveis, incluindo uma bactéria, vírus, rickettsia, parasita, fungo, ou um recombinante, híbrido ou mutante, que provocam, ou há suspeita de que possam provocar doenças em seres humanos ou animais. A forma de classificação de toxinas, micro-organismos geneticamente modificados, produtos biológicos e espécimes para diagnóstico, bem como exigências relativas à embalagem de produtos desta Subclasse constam do Anexo II a estas Instruções.

1.7 CLASSE 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS

Para fins de transporte, material radioativo é qualquer material cuja atividade específica seja superior a 70kBq/kg (aproximadamente 2nCi/g). Nesse contexto, atividade específica significa a atividade por unidade de massa de um radionuclídeo ou, para um material em que o radionuclídeo é essencialmente distribuído de maneira uniforme, à atividade por unidade de massa do material.

Para efeito de classificação dos materiais radioativos, incluindo aqueles considerados como rejeito radioativo, consultar a Comissão Nacional de Energia Nuclear–CNEN. As normas relativas ao transporte desses materiais (CNEN-NE-5.01 e normas complementares a esta) estabelecem requisitos de radioproteção e segurança, a fim de que seja garantido um nível adequado de controle da eventual exposição de pessoas, bens e meio ambiente à radiação ionizante. Entretanto, é necessário também levar em conta outras propriedades que possam significar um risco adicional.

1.8 CLASSE 8 - CORROSIVOS

São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o veículo; elas podem, também, apresentar outros riscos.

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A alocação das substâncias aos grupos de embalagem da Classe 8 foi feita experimentalmente, levando-se em conta outros fatores tais como risco à inalação de vapores e reatividade com .água (inclusive a formação de produtos perigosos decorrentes de decomposição). A classificação de substâncias novas, inclusive misturas, pode ser avaliada pelo intervalo de tempo necessário para provocar visível necrose em pele intacta de animais. Segundo esse critério, os produtos desta Classe podem ser distribuídos em três grupos de embalagem:

Grupo I - Substâncias muito perigosas: provocam visível necrose da pele após um período de contato de até três minutos;

Grupo II - Substâncias que apresentam risco médio: provocam visível necrose da pele após período de contato superior a três minutos mas não maior do que 60 minutos;

Grupo III - Substâncias de menor risco, incluindo:

a) as que provocam visível necrose da pele num período de contato superior a 60 minutos, mas não maior que quatro horas;

b) aquelas que, mesmo não provocando visível necrose em pele humana, apresentam uma taxa de corrosão sobre superfície de aço ou de alumínio superior a 6,25mm por ano, a uma temperatura de ensaio de 55°C. Para fins de ensaio deve ser usado aço tipo P3 (ISO 2604 (IV)- 1975), ou um tipo similar, ou alumínio não revestido dos tipos 7075-T6 ou AZ5GU-T6.

1.9 CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS

Incluem-se nesta Classe as substâncias e artigos que durante o transporte apresentam um risco não abrangido por qualquer das outras classes.

1.10 CLASSIFICAÇÃO DE MISTURAS E SOLUÇÕES

Uma mistura ou solução contendo uma substância perigosa identificada pelo nome na Relação de Produtos Perigosos e uma ou mais substâncias não perigosas deve submeter-se às exigências estabelecidas para a substância perigosa, adequando-se a embalagem ao estado físico da mistura ou solução. Este procedimento apenas não se aplica quando:

a) a mistura ou solução estiver identificada pelo nome na Relação de Produtos Perigosos;

b) a designação contida na Relação de Produtos Perigosos indicarem especificamente que se aplica apenas à substância pura;

c) a classe de risco, o estado físico ou o grupo de embalagem da mistura ou solução forem diferentes do relativo à substância perigosa;

d) houver alteração significativa nas medidas de atendimento a emergências.

No caso previsto em "c", devem ser adotadas a designação "N.E." apropriada e as exigências relativas a embalagem e rotulagem adequadas.

1.11 CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS

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Resíduos, para efeitos de transporte, são substâncias, soluções, misturas ou artigos que contêm, ou estão contaminados por, um ou mais produtos sujeitos às disposições deste Regulamento e suas Instruções Complementares, para os quais não seja prevista utilização direta, mas que são transportados para fins de despejo, incineração ou qualquer outro processo de disposição final.

Um resíduo que contenha um único componente considerado produto perigoso, ou dois ou mais componentes que se enquadrem numa mesma classe ou subclasse, deve ser classificado de acordo com os critérios aplicáveis à classe ou subclasse correspondente ao componente ou componentes perigosos. Se houver componentes pertencentes a duas ou mais classes ou subclasses, a classificação do resíduo deve levar em conta a ordem de precedência aplicável a substâncias perigosas com riscos múltiplos, estabelecida no item 1.12, a seguir.

1.12 PRECEDÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS DE RISCO

A determinação do risco principal de uma substância, resíduo, mistura ou solução, não designada especificamente na Relação de Produtos Perigosos e que apresenta mais de um risco, pode ser feita com a utilização da matriz de precedência, constante do Quadro 1.3. Tais produtos devem ser sempre alocados ao grupo de maior risco, mesmo que este não seja o da classe de precedência.

Não se tratou da precedência dos produtos das classes a seguir, pois suas características primárias têm sempre precedência:

• Substâncias e artigos da Classe 1; • Gases da Classe 2; • Substâncias auto-reagentes e correlatas, assim como explosivos insensibilizados da Subclasse

4.1; • Substâncias pirofóricas da Subclasse 4.2; • Substâncias da Subclasse 5.2; • Substâncias que apresentam toxicidade à inalação incluídas no Grupo de Embalagem I, da

Subclasse 6.1; • Substâncias da Subclasse 6.2; • Materiais da Classe

QUADRO 1.3

MATRIZ DE PRECEDÊNCIA DE CARACTERÍSTICAS DE RISCO

5.12 6.1 8 I II I

(Pele) I

(Oral) II III I

(Liq.) I

(Sol.) II

(Liq.) II

(Sol.) III

(Liq.) III

(Sol.)

3 3

6.1

3 3

6.1

3 3

6.1

3 3 33

3 8 8

3 3 8

3 3 3

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4.1 4.1

4.2 5.1

4.3 4.3 5.1

4.1 4.1

4.2 4.2

4.3 4.3 4.3

6.1 6.1

6.1 6.1

6.1 6.1 6.1

5.1 6.1 6.1

6.1 6.1

6.1 6.1

4.3 4.3 6.1

5.1 5.1 6.1

4.1 6.1

4.2 6.1

4.3 4.3 6.1

5.1 5.1 6.1

4.1 4.1

4.2 4.2

4.3 4.3 4.3

5.1 5.1 5.1

4.3 8 8

5.1 8 8

8 8 8 8 8 8

8 8 8 8

4.3 8 8

5.1 8 8

6.1 6.1 6.1 6.1 8 8

4.3 4.3 8

5.1 5.1 8

6.1 6.1 6.1 8 8 8

4.1 8

4.2 8

4.3 4.3 8

5.1 5.1 8

6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 8

4.3 4.3 4.3

5.1 5.1 5.1

6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 8

4.1 4.1

4.2 4.2

4.3 4.3 4.3

5.1 5.1 5.1

6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 8

Notas:

1- Substâncias da Subclasse 4.1 que não sejam auto-reagentes ou correlatas, nem explosivos insensibilizados.

2- Ainda não se dispõe de critérios para determinar os grupos de embalagem para produtos líquidos da Subclasse 5.1. Por enquanto, o grau de risco deve ser avaliado por analogia com as substâncias incluídas na Relação de Produtos Perigosos, alocando-se esses produtos a um dos Grupos de Embalagem I (alto risco), II (médio risco), ou III (baixo risco).

3- 6.1 para pesticidas.

Obs.: o sinal (-) indica uma combinação impossível.

PREVENÇÃO E SEGURANÇA

OS PREJUÍZOS DOS ACIDENTES VERSUS SEGURANÇA NO TRABALHO O panorama dos acidentes de trabalho em Portugal não é satisfatório. Os milhares de euros gastos com os sinistros daí resultantes, os danos morais e físicos dificilmente qualificáveis, tornam esta situação dramática.

É imperioso, portanto, encontrar alternativas para minimizar estes problemas, os quais se refletem de forma marcante na escala microeconômica, isto é, ao nível das empresas. Daí que se torne necessário a consciencialização destas para os custos dos acidentes no que se refere aos custos indiretos, e como tal, não passíveis de serem transferidos para as seguradoras. Por outro lado, importa que as empresas adéquem as suas estruturas organizacionais de forma a fazer face à problemática da segurança e saúde no trabalho e às exigências legais em vigor.

CUSTOS DOS ACIDENTES

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Hoje, mais do que nunca, os aspectos econômicos e os danos decorrentes dos acidentes não podem ser relegados para segundo plano, pela simples razão de estarem em jogo os recursos humanos e materiais e até a sobrevivência da própria empresa. Devendo esta concertar esforços, na identificação, análise e avaliação corretas dos riscos, assim como do tratamento adequado destes pela implementação de ações de prevenção e de proteção. Os primeiros passos a dar nesse sentido são, sem qualquer dúvida, a quantificação efetiva do custo dos acidentes de trabalho (com e sem lesão), e a diminuição da probabilidade de ocorrência dos riscos inerentes a essa atividade. No entanto, a questão dos critérios e métodos de quantificação não está totalmente definida, havendo muitas formas e processos para o cálculo do custo dos acidentes, discrepantes entre si e algumas vezes de duvidosa aplicação prática. Provavelmente, H. W. Henrich foi um dos que mais contribuiu para consciencializar as indústrias da necessidade de ações concretas para a prevenção das perdas causadas por acidente, a partir da análise dos acidentes de trabalho e das indenizações pagas aos sinistrados pela companhia de seguros onde trabalhava. Henrich chamou às indenizações pagas pelas seguradoras para reparação material do acidente “custos indiretos”, e às perdas sofridas pelas empresas, em termos de danos materiais e de interferências na produção de “custos indiretos”, tendo chegado à conclusão de que os “custos indiretos” eram cerca de quatro vezes superiores aos custos diretos. Na realidade, a proporção de quatro para um não pode ser generalizada, uma vez que apenas possui um valor estatístico. Daí que se torna inviável o seu emprego quando se pretende rigor. Outro método, apresentado por R.H. Simons, preconizava que o cálculo do custo dos acidentes devia ter por base estudos-piloto de todos os custos associados a quatro tipos básicos de acidentes: lesões incapacitantes, casos de assistência médica, casos de primeiros socorros e acidentes sem lesão. Muitas outras teorias e métodos de cálculo de custos de acidentes têm vindo a ser desenvolvidos e apresentados, mas nenhum, até à data, mostrou ser aceite por um universo de empresas que possa torná-lo como elemento de referência.

CONCLUSÕES É de primordial importância que se encontre forma de quantificar eficazmente as perdas resultantes dos acidentes. Mas como associar um determinado custo à ocorrência de um acidente? Uma certeza existe: o cálculo do custo do acidente deverá conduzir à determinação da rentabilidade da ação da prevenção, sendo, portanto necessário estabelecer uma relação funcional entre o custo com a segurança e o custo do acidente. Deste modo será admissível raciocinar da seguinte forma:

O custo do acidente é função inversa do custo da segurança, podendo o acidente de trabalho, portanto, ser considerado como uma resposta a uma determinada medida de segurança.

O custo do acidente é também função das decisões tomadas antes e depois do acidente, decisões de prevenção, ou de não prevenção, decisões de reparação ou de substituição.

Esta minha observação pretende realçar o quanto difícil é quantificar os custos totais dos acidentes, mesmo fazendo uso de modernas ferramentas de Gestão, bem como vincar a relação inversa, existente entre o custo do Acidente e o custo da Segurança. Mas, não deixamos de acreditar que a melhoria das condições de trabalho não é um encargo, mas sim uma mais valia, quer em termos de qualidade e de produtividade, quer em termos de satisfação do trabalhador e do cliente. É um fator econômico social para a empresa, para o trabalhador e para o país.

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METODOLOGIAS DE AVALIÇÃO DE RISCOS OBJETIVOS • Caracterizar as situações em que se deve avaliar os riscos profissionais • Classificar as metodologias de AR • Apresentar o Método de Avaliação do Risco de Acidente por Agentes Químicos • Apresentar o Método Integrado de Avaliação de Riscos RV

MOMENTO DE REFLEXÃO

“Aprender é como remar contra a corrente; é só parar e anda-se para trás.”

SITUAÇÃO DE TRABALHO

AVALIAÇÃO DE RISCOS • Processo de avaliar o risco para a saúde e segurança dos trabalhadores no trabalho decorrente

das circunstâncias em que o perigo ocorre no local de trabalho. • Este processo deve ser dinâmico e cobrir o conjunto das atividades da empresa, envolver todos

os sectores e todos os domínios da atividade produtiva e acompanhar os seus momentos determinantes;

• Guia de Avaliação de Riscos no local de trabalho, Comissão Europeia, 1996.

O QUE SE DEVE AVALIAR? • Atividade • Operação e sub-operação • Risco (risco de incêndio) • Função • Componente material do trabalho (substância perigosa)

QUAL O TIPO DE METODOLOGIAS QUE POSSO UTILIZAR? • O desenvolvimento dos métodos de análise acompanhou a complexidade das situações de

trabalho.

• Observações, controle e verificação das condições de trabalho;

• Estudos de postos de trabalho, análises de sistemas homem-máquina.

Métodos de análise global: Métodos qualitativos Métodos quantitativos Métodos pró-ativos Métodos reativos Indutivos Dedutivos

MÉTODOS

QUALITATIVOS QUANTITATIVOS • APR – análise preliminar de Riscos • Métodos estatísticos • What if? – O que aconteceria se...? • Arvores lógicas de acontecimentos • Hazop • Arvores de Causas • FMEA • Arvores de Falhas • Carta de Riscos • Matriz de riscos

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• Observação de atividades • Etc. • Análise de Tarefas • Etc.

MÉTODOS

PRÓ ATIVOS REATIVOS • Carta de riscos • Analises estatísticas de AT • Observação de atividades • Matriz frequência gravidade

PERIGO / RISCO / RISCO INTRÍNSECO

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE ACIDENTE POR AGENTES QUÍMICOS

Fases:

• Identificação da perigosidade do agente químico (através das frases R) • Verificação do nível de perigosidade objetiva (checklist) • Determinação do nível de exposição • Determinação do nível de consequência • Valoração do nível de risco NR = (NPO x NE x NC) • Classificação do nível de intervenção NI

CASE STUDY Abastecimento de um caminhão cisterna com Tolueno CAS Nº 108-88-3 e EINECS Nº 2036259

Ao ler a Ficha de Dados de Segurança (FDS) identificaram-se as frases de risco e segurança seguintes:

• Frase(s) R

R 11: Facilmente inflamável R 20: Nocivo pela inalação R 65: Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido

• Frase(s) S

S 16: Manter afastado de qualquer chama ou fonte de ignição – Não fumar. S 25: Evitar o contato com os olhos. S 29: Não deitar os resíduos no esgoto. S 33: Evitar acumulação de cargas eletrostáticas

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• Preencher a lista de verificação de apoio ao cálculo do Nível de Perigosidade Objetiva (NPO), para a qual necessitamos ter conhecimento das deficiências existentes na instalação e das frases de risco do AQP.

• Na avaliação do presente caso, as frases identificadas são R11, R20 e R65. • Utilizando o critério pessimista, verifica-se que a frase que identifica este produto se regista

como Deficiente.

QUESTÃO MUITO DEFICIETE DEFICIENTE MELHORÁVEL

2.4; 2.6; 3.1 R1 a R6; R7; R12; R14; R15; R16; R17; R19; R26; R27; R28; R35; R39

R8; R9; R10; R11; R18; R23; R24; R25; R29; R30; R34; R41; R44

R20; R21; R22; R36; R37; R38

• Classificar o risco, em que o NPO já é conhecido pelo resultado da lista de verificação apurada na fase anterior:

TAREFA

PERIGO FRASE DE RISCO ASSOCIADA

DANO/EFEITO

NPO Abastecimento de

caminhão cisterna com agente químico perigoso

AQP: Tolueno

R11, R20, R65

Queimaduras, lesões pulmonares

10

• Determinar o nível de exposição e consequência. • Sabendo que a atividade é realizada pelo menos uma vez por dia e se existir contato a lesão

resultante e lesões por inalação:

TAREFA

PERIGO FRASE DE RISCO

ASSOCIADA

DANO/EFEITO

NPO

NE

NC

Abastecimento de caminhão cisterna com

agente químico perigoso

AQP: Tolueno

R11, R20, R65

Queimaduras, lesões pulmonares

10

2

60

• Valorizar o nível de risco:

TAREFA

PERIGO

FRASE DE RISCO

ASSOCIADA

DANO/EFEITO

NPO

NE

NC

NR

NI

Abastecimento de caminhão cisterna com agente químico perigoso

AQP:

Tolueno

R11, R20, R65

Queimaduras,

lesões pulmonares

10

2

60

1200

I

Correção Urgente

• Planejar as medidas de controle do risco (PAC):

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MÉTODO INTEGRADO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS RV Objetivos:

• Avaliar de forma simples e fundamentada os riscos profissionais e ambientais. • Permitir objetivar melhor a avaliação, recorrendo a tabelas com sensores facilmente

identificáveis. • Conhecer o risco intrínseco, a eficiência de segurança e o risco residual. • Calcular o índice de justificação do investimento na segurança e saúde. • Determinar a urgência na implementação de medidas corretivas.

Fases: • Referenciar a tarefa • Classificar a natureza da atividade desenvolvida (Rotina, Ocasional e Emergência) • Identificação da tarefa a avaliar • Identificação do Perigo/Risco/Consequência-Impacto • Valorizar a Probabilidade, Exposição e Consequência – impacto. • Calcular o valor do Risco Intrínseco • Verificar o cumprimento da legislação • Definir as ações de controle • Reavaliar o risco depois das ações de controlo calculando o valor do Risco Residual

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• Classificar o risco quanto à sua significância • O excel calcula automaticamente o risco eliminado e por consequência o grau de correção; • O técnico precisa estimar o fator de custo associado às medidas de controlo utilizadas na

redução do risco; • O excel calcula automaticamente o índice de justificação do investimento

P – Probabilidade de ocorrência 10 Esperada (mais de 10 ocorrências/5 anos) 6 Muito possível (8 a 9 ocorrências/5 anos) 3 Possível (6 a 7 ocorrências/5 anos) 1 Pouco provável (4 a 5 ocorrências/5 anos) 0,5 Possibilidade remota (2 a 3 ocorrências/ 5 anos) 0,2 Praticamente impossível (0 a 1 ocorrência/5 anos)

E – Frequência de Exposição 10 Contínua – várias vezes ao dia/sempre 6 Frequente (1 x ao dia) 3 Ocasional (1 x por semana) 1 Pouco usual (1 x por mês) 0,5 Rara (algumas vezes por ano) 0,2 Muito rara (1 x ao menos por ano)

C – Consequência/Impacto Saúde e Segurança Patrimônio Ambiente

100 Catástrofe (muitas mortes) >500.000€ 100 Contaminação irreversível meio ambiente global

40 Desastre (múltiplas mortes) 100.001-500.000 40 Contaminação irreversível meio ambiente regional

21 Muito sério (morte) 1.001 – 100.000€ 21 Contaminação irreversível meio ambiente local

7 Grave (com baixa > 15 dias) 501-1000€ 7 Contaminação reversível meio ambiente regional

3 Importante (com baixa < 15 d.) 251-500€ 3 Contaminação reversível meio ambiente local

1 Ligeiro ( sem baixa) ≤250€ 1 impacto ambiental não significativo

RI – Risco Intrinseco (RI) + P* E* C >400

Grave e iminente

Suspensão imediata da atividade perigosa, até que se reduza a um risco médio

201-400 Elevado Requer correção in 71-200 Médio Requer correção no curto prazo 21-70 Aceitável Deve melhorar-se em médio prazo ≤20 Não significativo Pode omitir-se a correção

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CUSTO BENEFÍCIO

FC – Fator de Custo 10 >2.500 € 6 1251 a 2500 € 4 501 a 1.250 € 2 251 a 500 € 1 126 a 250 €

0,5 ≤ 125 €

GC – Grau de Correção 6 Baixíssimo, redução do risco >11% 5 Muito baixo, redução do risco entre 11 e 30% 4 Baixo, redução do risco entre 31 e 50% 3 Médio, redução do risco entre 51 e 70% 2 Bom, redução do risco entre 71% e 90% 1 Redução do risco entre 91 eliminação 100%

IJ = RI (FC * GC)

IJ – Indice de Justificação ≥ 20 Justificado ≥10 e <20 Provável justificação econômica <10 Não justificado economicamente, procurar outra solução e reavaliar a medida proposta

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REGISTRO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS

Empresa/Estabelecimento Camara Municipal de Exemplo

Data:

02-01-2008

Departamento/seção Serviço de Higiene e Limpeza

Posto de Trabalho: Cantoneiro de Limpeza

Responsável pela avaliação de riscos

Antonio Morais O responsável da empresa SHT:

João Seguro

Data e assinatura 02-01-2008 Data e assinatura: 08-01-2008

Operação Recolha de resíduos sólidos urbanos

Nº de Trabalhadores expostos:

65

AVALIAÇÃO DE RISCOS DA TAREFA • Referenciar a tarefa • Classificar a natureza da atividade desenvolvida (Rotina, Ocasional e Emergência) • Identificação da tarefa a avaliar • Identificação do Perigo/Risco/Consequência-Impacto Ref. – Referencia R - Rotina O - Ocasional E - Emergência

Ref

Op.

Tarefa Perigo ou Fator de

Risco

Risco

Consequência/Impacto

1

R

Entrar e sair

para a cabine do caminhão

Estribo escorregadio

Movimentos em falso

Perturbações musculo esqueléticas

Altura da cabine

Queda em desnível

Entorse

Circulação rodoviária

Atropelamento Traumatismos

múltiplos

• Valorizar a Probabilidade, Exposição e Consequência – impacto • Calcular o valor do Risco Intrínseco INTRINSECO Perigo ou Fator de

Risco

Risco

Consequência/Impacto

P

E

C

RI Estribo escorregadio Movimentos em falso Perturbações musculo

esqueléticas

0

6

3

4

Altura da cabine Queda em desnível Entorse 0 6 3 4 Circulação rodoviária Atropelamento Traumatismos múltiplos 0 6 21 25

CONTROLE DOS RISCOS

• Verificar o cumprimento da legislação • Definir as ações de controlo • Reavaliar o risco depois das ações de controlo calculando o valor do Risco Residual

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Risco residual = Risco Intrínseco – (Medidas de Prevenção + Proteção)

• Classificar o risco quanto à sua significância; • O excel calcula automaticamente o risco eliminado e por consequência o grau de correção; • O técnico precisa estimar o fator de custo associado às medidas de controlo utilizadas na

redução do risco; • O excel calcula automaticamente o índice de justificação do investimento.

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PRAZO DE CORREÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS

Descrição das classes de risco de produtos perigosos, conforme definição definida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

De todos os segmentos que trabalham com produtos perigosos, segundo as estatísticas disponíveis no Estado de São Paulo, as atividades realizadas no transporte rodoviário são as que mais têm contabilizado ocorrências envolvendo acidentes com vazamento de produtos perigosos para o meio ambiente. Estes veículos circulam por áreas densamente povoadas e vulneráveis do ponto de vista ambiental, agravando assim os impactos causados ao meio ambiente e à comunidade, quando dessas ocorrências. Liberações acidentais de produtos químicos no meio ambiente, dependendo das características físicas, químicas e toxicológicas dessas substâncias, podem originar diferentes tipos de impacto, causando danos à saúde pública, ao meio ambiente, à segurança da população e ao patrimônio, público e privado. Assim, a legislação vigente determina que todos os veículos que transportam produtos perigosos devem portar informações que facilitem a identificação dos produtos transportados e de seus respectivos riscos. Uma das primeiras ações a ser executada em um cenário acidental envolvendo o transporte rodoviário de produtos perigosos, é o da pronta classificação e identificação dos produtos envolvidos. O acesso às informações relativas às

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características físicas e químicas do produto, irá subsidiar as equipes na imediata adoção das medidas de controle, reduzindo os riscos para a comunidade, aos próprios atendentes da ocorrência e ao meio ambiente.

Os produtos perigosos são classificados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em nove classes de riscos e respectivas subclasses, conforme apresentado na Tabela 1.

TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO ONU DOS RISCOS DOS PRODUTOS PERIGOSOS

CLASSIFICAÇÃO SUBCLASSE DEFINIÇÕES

Classe 1

Explosivos

1.1 Substância e artigos com risco de explosão em massa.

1.2 Substância e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa.

1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa.

1.4 Substância e artigos que não apresentam risco significativo

1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa;

1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa

Classe 2

Gases

2.1

Gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão normal são inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar ou que apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de, no mínimo 12%, independente do limite inferior de inflamabilidade

2.2

Gases não-inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes, oxidantes ou que não se enquadrem em outra subclasse

2.3

Gases tóxicos: são gases, reconhecidamente ou supostamente, tóxicos e corrosivos que constituam risco à saúde das pessoas

Classe 3

Líquidos Inflamáveis

------

Líquidos inflamáveis: são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5°C, em ensaio de vaso fechado, ou até 65,6ºC, em ensaio de vaso aberto, ou ainda os explosivos líquidos insensibilizados dissolvidos ou suspensos em água ou outras substâncias líquidas.

Classe 4

Sólidos Inflamáveis; Substâncias

sujeitas à combustão

espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem

gases inflamáveis

4.1

Sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em condições de transporte, sejam facilmente combustíveis, ou que por atrito possam causar fogo ou contribuir para tal; substâncias auto-reagentes que possam sofrer reação fortemente exotérmica; explosivos sólidos insensibilizados que possam explodir se não estiverem suficientemente diluídos.

4.2

Substâncias sujeitas à combustão espontânea: substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, ou a aquecimento em contato com ar, podendo inflamar-se.

4.3

Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis: substâncias que, por interação com água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas.

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Classe 5 Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos

5.1 Substâncias oxidantes: são substâncias que podem, em geral pela liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso.

5.2

Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, considerados como derivados do peróxido de hidrogênio, termicamente instáveis que podem sofrer decomposição exotérmica auto-acelerável.

Classe 6 Substâncias

Tóxicas e Substâncias Infectantes

6.1

Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de provocar morte, lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a pele.

6.2 Substâncias infectantes: são substâncias que contém ou possam conter patógenos capazes de provocar doenças infecciosas em seres humanos ou em animais.

Classe 7 Material radioativo -

Qualquer material ou substância que contenha radionuclídeos, cuja concentração de atividade e atividade total na expedição (radiação), excedam os valores especificados.

Classe 8 Substâncias corrosivas

-

São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o próprio veículo.

Classe 9 Substâncias e

Artigos Perigosos Diversos

- São aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco não abrangido por nenhuma das outras classes.

A classificação de uma substância numa das classes de risco, acima apresentadas, é realizada por meio de critérios técnicos, os quais estão definidos na legislação do transporte rodoviário de produtos perigosos.

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RESÍDUOS PERIGOSOS

• Resíduos Industriais • Normas Ambientais • Como Identificar Resíduos Perigosos? • Tratamento de Resíduos Perigosos

Materias Primas

Processos Produtivos

Produto Resíduo

Inerte Não Inerte Perigosos

Inflamáveis Reativo Tóxico Corrosivo

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RESÍDUOS INDUSTRIAIS

O Ministério da Saúde define um Resíduo Industrial como:

“Todo aquele resíduo sólido, líquido, gasoso ou combinação destes, provenientes dos processos industriais e que por suas características físicas ou químicas ou microbiológicas não podem assimilar-se aos resíduos domésticos”.

Os resíduos podem-se classificar, segundo seu estado de segregação, em três tipos de resíduos:

Resíduos Industriais classificados segundo grau de seu perigo

Contaminantes Atmosféricos

Resíduos Industriais líquidos RIL

Resíduos Industriais Sólidos RIS

Gases e Vapores Líquidos Sólidos

Gases de Combustão Gases de Combustão Orgânicos Lodos Químicos

Outros Gases Resíduos Aquosos Envazamento Tanques

Compostos Orgânicos Volátil

Poeiras

Inerte

NÃO Inerte

Perigosos

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NORMAS AMBIENTAIS

Na Constituição Federal 1988, no artigo 225 – Capitulo VI - Do Meio Ambiente

Parágrafo 1º prevê a Promoção da “Educação Ambiental em todos os níveis de Ensino e a Conscientização Pública para a preservação do Meio Ambiente.

Objetivos da Legislação Ambiental • Proteger o Meio Ambiente; • Proteger a Sociedade; • Estabelecer Padrões e Procedimentos; • Viabilizar a reparação do dano Ambiental; • Atender as exigências da globalização.

Legislação Ambiental no Brasil • Constituição Federal; • Lei 6.938/81; • Lei 9.605/98; • Resolução Conama nº 237/97; • Leis Estaduais; • Leis Municipais;

Constituição Federal Brasileira Artigo 225 – Capítulo VI – Do Meio Ambiente

“Todos tem Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Constituição Federal Brasileira – Artigo 225

Artº 225 amplia e generaliza a participação e a responsabilidade da Sociedade Civil e Poder Público, ao determinar que todos tem direito a um Meio Ambiente Ecologicamente equilibrado.

LEI 6.938/81 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE • Constitui-se na espinha dorsal do direito ambiental brasileiro, definido que o poluidor é obrigado

a indenizar os danos ambientais que causar Independente de Culpa. • Após sua entrada em vigor, deixou de existir o “Dano Residual”, ou “Dano Permissível”, que

a legislação anterior permitia.

CONCEITO DE POLUIDOR – LEI 6.938/91 – Art. 3º - IV • Pessoa Física ou Jurídica de Direito Público ou Privado, responsável direta ou Indiretamente,

por atividade causadora de degradação ambiental.

LEI 9.605/98 – CRIME AMBIENTAL • A partir dela a pessoa Jurídica, autora ou co-autora, da infração ambiental (Falta de Licença

Ambiental), pode ser penalizada chegando a liquidação da empresa, pena de prisão até 4 anos e/ou multa de 1.000 a 50.000.000 reais.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237/1997 • Todos os projetos de Localização, Construção, Modificação e Ampliação dos

empreendimentos previstos nesta resolução, obrigatoriamente, dependerão de prévio

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licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

LEIS ESTADUAIS E MUNICIPAIS • De acordo com a Resolução CONAMA 237, a competência para emitir as licenças ambientais

foram delegadas aos estados ou aos Municípios, que deverão emitir Normas peculiares sobre suas próprias exigências que deverão respeitar.

COMO IDENTIFICAR OS RESÍDUOS PERIGOSOS?

INFLAMABILIDADE • Ponto de inflamação menor a 60ºC; • Inflama-se por fricção, absorção de umidade ou espontaneamente a 25ºC; • Reaciona com um oxidante que libera oxigênio.

CORROSIVIDADE • Possui um pH < 2 ou > = 12,5 em solução aquosa. • Penetra ou SAE a velocidade > 6,35 mm/ano a 55ºC.

REATIVIDADE • Reação em forma violenta e imediata; • Reaciona violentamente em contanto com a água; • Forma mescla potencialmente explosivas com a água; • Produzem reações explosivas com o calor; • Esta definida como explosivo.

TOXICIDADE • Produz mortalidade em ratões ou dermatite; • Quando contém uma ou mais substâncias declaradas como tóxicos por organismos oficiais; • Gera gases, vapores ou fumos tóxicos quando se mescla com água; • Contém alguns cianuretos (CN-) ou Gás Sulfúrico (S=) que por reação liberam gases tóxicos

em quantidade perigosa.

PATOGENIA • Contém micro-organismos ou suas toxinas são capazes de produzir enfermidades.

Os Resíduos Industriais que devem considerar-se como Perigosos são os seguintes:

inflamáveis

Reativo

Tóxico

Corrosivo

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• Resíduos perigosos de fontes específicas; • Resíduos perigosos genéricos; • Resíduos perigosos químicos de natureza comercial.

Tratamento de Resíduos Perigosos • Incineração • Tratamento Químico • Disposição em vertedouros

INCINERAÇÃO • Forno rotatório com câmera de pós-combustão; • Filtros de Mangas/ • Multiciclones; • Precipitadores eletro estáticos secos e úmidos; • Etc.

PLANO PARA PREVENÇÃO DA CONTAMINAÇÃO

A prevenção da contaminação

É NÃO É Reeducação da fonte de origem Tecnologia final do processo Reciclagem dentro do processo Controle da contaminação Tecnologia limpa Reciclagem dos resíduos fora da planta e instalação Substituição de matérias primas Reciclagem dos resíduos fora do processo principal Manutenção preventiva

Para uma boa disposição dos resíduos se recomenda códigos de cores

RISCOS AO FOGO • Ações a serem tomadas quando o produto entra em combustão: são feitas recomendações

quanto ao tipo de agentes extintores a serem usados, bem como o tipo de resfriamento adequado.

• Comportamento do produto no fogo: descreve o comportamento característico do produto no caso de aumentar significativamente o seu perigo em situações de fogo, tais como: Formação de fumaças densas, Nuvens de vapor inflamável Possibilidade de polimerização e explosão.

• Produtos perigosos da reação de combustão: para o caso de ocorrência de reação de combustão, são descritos os casos em que a decomposição do produto gera gases tóxicos ou irritantes. Também é mencionada a formação de tais gases por simples evaporação.

Perigo não comercializável

Não perigoso não comerciável

Perigoso

comerciável

Não perigoso comercial

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• Agentes de extinção que não podem ser usados: são os agentes não recomendados no combate ao fogo por serem ineficazes ou por reagirem com o produto químico gerando um perigo adicional.

• Limite de inflamabilidade no ar: são as concentrações de vapor ou de gases no ar, abaixo ou acima das quais a propagação da chama não ocorre. Inferior: é a concentração mínima abaixo da qual a quantidade de vapor é muito pequena

(mistura pobre) para queimar ou explodir. Superior: é a concentração acima da qual a quantidade de vapor é muito grande (mistura

rica) para queimar ou explodir. Os limites de inflamabilidade são expressos em porcentagem por volume de vapor no ar. Para qualquer gás, 1% em volume é igual a 10.000 ppm (partes por milhão).

• Ponto de fulgor: é a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável desprende vapores em quantidade suficiente para que a mistura vapor-ar, logo acima de sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição. Os vapores liberados a essa temperatura não são, no entanto, suficientes para dar continuidade à combustão. A pressão atmosférica influi diretamente nesta determinação.

• Temperatura de ignição: é a temperatura mínima na qual o produto irá queimar sem que uma chama ou faísca esteja presente. É algumas vezes chamada de T (Temperatura) de autoignição.

• Taxa de queima: o valor apresentado é a taxa (em milímetros/min), na qual a profundidade de uma poça do produto líquido diminui enquanto ele queima.

• Taxa de evaporação (éter=1): a taxa de evaporação foi determinada tomando-se como referência a taxa de evaporação do éter etílico, cujo valor é igual a 1. Quanto maior o número apresentado, menor é a taxa de evaporação. Por exemplo: o benzeno tem uma taxa de evaporação igual a 2,8; isto significa que ele leva 2,8 vezes mais tempo para evaporar que o éter etílico.

• NFPA (National Fire Protection Association): é o sistema recomendado para a identificação de perigos de fogo em materiais. Prevê informação de advertência básica para o combate ao fogo em plantas industriais e estocagem. Esta classificação tem como parâmetros os itens: perigo à saúde, inflamabilidade e instabilidade, avaliados do grau 0 (zero) a 4(quatro). As definições destes graus encontram-se a seguir.

PERIGO À SAÚDE

• Definições: É a probabilidade de o material causar, direta ou indiretamente, ferimentos ou danos permanentes ou temporários ou incapacidade devido a uma exposição por contato, inalação ou ingestão.

• Graus de perigos: Os graus de perigos à saúde devem ser classificados de acordo com as possíveis severidades dos efeitos à exposição numa emergência. Os critérios de cada grau de perigo estão listados em uma ordem de prioridade baseada na probabilidade de exposição. Para a determinação do valor referente ao perigo à saúde, devem-se considerar os dados a partir de todas as vias de exposição.

• Materiais que, em condições de emergência, podem ser letais. Deve-se considerar o seguinte critério para avalia-los:

Gases cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for menor ou igual a 1000 partes por milhão (ppm);

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Quaisquer líquidos cuja concentração de vapor saturado a 20ºC for igual ou maior que dez vezes sua CL50 para toxicidade aguda devido à inalação, se o valor de CL50 for menor ou igual a 1000 partes por milhão (ppm);

Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for menor ou igual a 0,5 miligramas por litro (mg/L);

Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda cutânea for menor ou igual a 40 miligramas por quilograma (mg/kg);

Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for menor ou igual a 5 miligramas por quilograma (mg/kg).

• Materiais que, em condições de emergência, podem causar ferimentos ou danos sérios ou permanentes. Deve-se considerar o seguinte critério para avalia-los:

Gases cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 1000 partes por milhão (ppm), porém menor ou igual a 3000 partes por milhão (ppm);

Quaisquer líquidos cuja concentração de vapor saturado a 20ºC for igual ou maior que sua CL50 para toxicidade aguda devido à inalação se o valor de CL50 for menor ou igual a 3000 partes por milhão (ppm) e não se encaixar no critério de grau de perigo 4;

Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 0,5 miligramas por litro (mg/L), porém menor ou igual a 2 miligramas por litro (mg/L);

Materiais cujo LD50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 40 miligramas por quilograma (mg/kg), porém menor ou igual a 200 miligramas por quilograma (mg/kg);

Materiais que são corrosivos às vias respiratórias; Materiais que são corrosivos aos olhos ou causam a opacidade irreversível da córnea; Materiais que são severamente irritantes e/ou corrosivos à pele; Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for maior a 5 miligramas por quilograma

(mg/kg), porém menor ou igual a 50 miligramas por quilograma (mg/kg).

• Materiais que, sob condições de emergência, podem causar incapacidade temporária ou sequelas. Deve-se considerar o seguinte critério para avalia-los:

Gases cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 3000 partes por milhão (ppm), porém menor ou igual a 5000 partes por milhão (ppm);

Quaisquer líquidos cuja concentração de vapor saturado a 20ºC for igual ou maior que um quinto (1/5) sua CL50 para toxicidade aguda devido à inalação se o valor de CL50 for menor ou igual a 5000 partes por milhão (ppm) e não se encaixar no critério de grau de perigo 3 ou grau de perigo 4;

Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 2 miligramas por litro (mg/L), porém menor ou igual a 10 miligramas por litro (mg/L);

Materiais cujo LD50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 200 miligramas por quilograma (mg/kg), porém menor ou igual a 1000 miligramas por quilograma (mg/kg);

Materiais que são irritantes às vias respiratórias; Materiais que causam irritação, porém ferimentos ou danos reversíveis aos olhos; Materiais que são irritantes primários à pele ou sensibilizantes; Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for maior a 50 miligramas por quilograma

(mg/kg), porém menor ou igual a 500 miligramas por quilograma (mg/kg).

• Materiais que, sob condições de emergência podem causar irritação significativa. Deve-se considerar o seguinte critério para avalia-los:

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Gases e vapores cujo CLC50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 5000 partes por milhão (ppm), porém menor ou igual a 10.000 partes por milhão (ppm);

Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 10 miligramas por litro (mg/L), porém menor ou igual a 200 miligramas por litro (mg/L)

Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 1000 miligramas por quilograma (mg/kg), porém menor ou igual a 2000 miligramas por quilograma (mg/kg);

Materiais que são levemente irritantes às vias respiratórias, aos olhos e à pele; Materiais cujo LD50 para toxicidade aguda oral for maior a 500 miligramas por quilograma

(mg/kg), porém menor ou igual a 2000 miligramas por quilograma (mg/kg).

• Materiais que, sob condições de emergência, não oferecem perigos maiores do que quaisquer materiais combustíveis. Deve-se considerar o seguinte critério para avalia-los:

Gases e vapores cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 10.000 partes por milhão (ppm);

Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 200 miligramas por litro (mg/L);

Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 2000 miligramas por quilograma (mg/kg);

Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for maior a 2000 miligramas por quilograma (mg/kg);

Essencialmente não são irritantes às vias respiratórias, olhos e pele.

PERIGO QUANTO A INFLAMABILIDADE

• Graus de perigos: Os graus de perigos devem ser classificados quanto à susceptibilidade do material ao fogo como segue:

• Materiais que irão vaporizar rapidamente ou completamente a temperatura ambiente e pressão atmosférica ou que serão facilmente dispersados no ar que irão queimar facilmente, isto inclui:

Gases inflamáveis; Materiais criogênicos inflamáveis; Qualquer líquido ou material gasoso liquefeito que possui ponto de fulgor abaixo de 22,8ºC

e ponto de ebulição abaixo de 37,8ºC; Materiais que sofrem combustão espontânea quando exposto ao ar.

• Líquidos e sólidos que podem ignizar sob praticamente todas as condições de temperatura ambiente. Estes materiais produzem atmosféricas perigosas com o ar sob praticamente qualquer temperatura ou ainda que não seja influenciado pela temperatura, são rapidamente ignizados sob praticamente todas as condições. Isto inclui:

Líquidos com ponto de fulgor abaixo de 22,8ºC e ponto de ebulição acima ou igual a 37,8ºC ou líquidos que possuem ponto de fulgor acima ou iguais a 22,8ºC e abaixo de 37,8ºC;

Materiais que pela sua forma física ou pelas condições ambientais podem formar misturas explosivas com o ar e que são rapidamente dispersos no ar;

Materiais que queimam extremamente rápido, usualmente pela razão de já possuir oxigênio (por exemplo, nitrocelulose seca e muitos peróxidos orgânicos).

• Materiais que devem ser moderadamente aquecidos ou expostos a temperaturas relativamente altas antes da combustão ocorrer. Estes materiais não formam atmosferas perigosa com o ar sob condições normais, porém sob temperaturas elevadas ou sob

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aquecimento moderado podem liberar vapores em quantidade suficiente para produzir uma atmosfera perigosa com o ar. Isto inclui:

Líquidos com ponto de fulgor acima ou igual a 37,8ºC e abaixo de 93,4ºC; Materiais sólidos na forma de pó grosso que queimam rapidamente, porém geralmente não

formam atmosféricas explosivas com o ar; Materiais sólidos em forma de fibras ou tiras (pedaços) que queimam facilmente e podem

formar "flash fire", tais como algodão e sisal; Sólidos e semi-sólidos que rapidamente liberam vapores inflamáveis.

• Materiais que devem ser pré-aquecidos antes que a ignição possa ocorrer. Estes materiais requerem um pré-aquecimento considerável, sob quaisquer condições de temperatura antes de ignizar e ocorrer à combustão. Isto inclui:

Materiais que queimarão no ar se expostos a temperaturas de 815,5ºC por um período igual ou menor há 5 minutos;

Líquidos, sólidos e semi-sólidos que possuem ponto de fulgor acima ou igual a 93,4ºC; Líquidos com ponto de fulgor acima de 35ºC que não mantém a combustão quando testados

usando o Method of Testing for Sustained Combustibility, por 49 CFR, Parte 173, Apêndice H, ou o UN Recommendations on the Transport of Dangerous Goods, 8ª Edição Revisada;

Líquidos com ponto de fulgor acima de 35ºC em uma solução miscível com água ou uma dispersão com água e um líquido ou sólido não combustível em concentração maior do que 85% em massa;

Líquidos que não possuem ponto de combustão quando testados pela ASTM D92 Standard Test Method for Flash Point and Fire Point by Cleveland Open Cup, acima do ponto de ebulição do líquido ou acima da temperatura, na qual a amostra sendo testada muda de fase;

Maioria dos materiais combustíveis.

• Materiais que não queimam. Isto inclui qualquer material que não entra em combustão com o ar quando exposto a uma temperatura de 815,5ºC por um período de 5 minutos.

PERIGOS QUANTO A INSTABILIDADE (REATIVIDADE)

• Definições: Um material instável é aquele que pode reagir violentamente com a água. Reações com outros materiais também podem resultar numa liberação violenta de energia, porém isto está além do escopo deste critério.

Um material instável é aquele que no estado puro ou comercial, irá polimerizar decompor ou condensar vigorosamente, tornando-se auto reativo ou de outra maneira reage violentamente sob condições de choque, pressão ou temperatura. Isto não é aplicado para a classificação e avaliação dos peróxidos orgânicos. Para a obtenção de informações mais específicas a respeito dos perigos quanto à instabilidade dos peróxidos orgânicos, consultar o NFPA 43B, Code for the Storage of Organic Peroxide Formulations. Os materiais estáveis são aqueles que normalmente resistem às mudanças de suas composições químicas, apesar de expostos ao ar, água e calor (liberado nos incêndios emergenciais).

Graus de Perigos: Os graus de perigos devem ser classificados de acordo com a facilidade, a taxa e a quantidade de energia liberada, como segue:

• Materiais que são capazes de detonar ou sofrer decomposição explosiva ou reação explosiva, rapidamente, a temperaturas e pressões normais. Isto inclui materiais que são

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sensíveis a choques térmicos ou mecânicos localizados a temperaturas e pressões normais. Materiais que possuem power density instantânea (produto do calor de reação e taxa de reação) a 25ºC acima ou igual a 1000W/ml.

• Materiais que são capazes de detonar ou sofrer decomposição ou reação explosiva, porém requerem uma forte fonte inicializadora ou que devem ser aquecidos em confinamento antes da inicialização. Isto inclui.

Materiais que possuem uma Power Density instantânea (produto do calor de reação e taxa de reação) a 250ºC maio ou igual a 100 W/mL e menor a 1000 W/mL;

Materiais que são sensíveis a choques térmicos ou mecânicos a elevadas temperaturas e pressões;

Materiais que explodem em contato com a água sem requerer calor ou confinamento.

• Materiais que reagem rápido e violentamente a pressões e temperaturas elevadas. Isto inclui:

Materiais que possuem uma Power Density instantânea (produto do calor de reação e taxa de reação) a 250ºC maior ou igual a 10 W/ml e menor a 100 W/ml;

Materiais que reagem violentamente com água ou formam misturas potencialmente explosivas com água.

• Materiais que são normalmente estáveis, porém podem tornar instáveis a temperaturas e pressões elevadas. Isto inclui:

Materiais que possuem uma Power Density instantânea (produto do calor de reação e taxa de reação) a 250ºC maior ou igual a 0,01 W/ml e menor a 10 W/ml;

Materiais que reagem vigorosamente com a água, porém não violentamente; Materiais que mudam ou decompõem quando expostos ao ar, luz ou umidade.

• Materiais que são normalmente estáveis, mesmo em condições de fogo. Isto inclui:

Materiais que possuem uma Power Density instantânea (produto do calor de reação e taxa de reação) a 250ºC menor a 0,01 W/ml;

Materiais que não reagem com a água; Materiais que não exibem um gráfico de exoterma a temperaturas iguais ou inferiores a

500ºC quando testadas por calorímetros de varredura diferencial.

PERIGOS ESPECIAIS

Materiais que demonstram uma reatividade incomum com a água devem ser identificados com a letra W com um traço horizontal no centro da letra (W);

Materiais que possuem propriedades oxidantes devem ser identificados com as letras OX.

REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

CONCEITO

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• Fenômeno ligado à globalização, onde as empresas para obterem maior competitividade a nível global se reestruturam.

• A reestruturação produtiva se caracteriza por dois elementos:

Inovação tecnológica: hoje de base microeletrônica (chips). Exemplos: computador, máquinas de controle numérico computadorizado, robôs, CAD-CAM (de Computer Aided Design e Computer Aided Manufacturing - Desenho e produção industrial com auxílio de computadores, etc.

Inovação organizacional: terceirização, just-in-time, kanban, ilhas de produção, trabalho em equipe, condomínio ou pólo industrial, CCQ (círculo de controle de qualidade), qualidade total, etc.

EXEMPLOS DE REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA • Criação de condomínio de fornecedores • Fornecedores em módulo na planta da indústria • Terceirização da produção

ORIGEM DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

• A reestruturação produtiva veio com a chamada "Terceira Revolução Industrial" que tem como paradigma o modelo Toyotista, desenvolvido no Japão na empresa Toyota de 1950 a 1970.

• Afirma-se como oposição ao modelo de produção Fordista-Taylorista. • Começa a se desenvolver no Ocidente a partir da década de 70.

QUADRO COMPARATIVO

PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA

ÉPOCA DE INÍCIO

1780

1913

1975

PAÍS LÍDER

Inglaterra

Estados Unidos

Japão

CARRO CHEFE

Indústria Têxtil

(algodoeira)

Indústria Automobilística

Indústria automobilística e

eletroeletrônica

PARADIGMA

Manchester

Ford

Toyota

“HARDWARE MATERIAL”

Máquina de fiar, tear mecânico, máquina a

vapor, ferrovia, descaroçador de

algodão.

Eletricidade, aço,

eletromecânica, motor a explosão, petróleo,

petroquímica.

Informática, máquinas CNC, robôs,

sistemas intergrados, telecomunicações, novos materiais, biotecnologia.

BASE DE

“SOFWARE” (ORGANIZACIO

NAL)

Produção fabril,

trabalho assalariado

Produção em série, linha de montagem,

rigidez, especialização, separação gerencia

execução

Produção flexível, ilha de produção, “Just in time”, qualidade

total, integração gerencia execução

TRABALHO

Semi artesanal

qualificado, “poroso”, pesado, insalubre

Especializado, fragmentado, não

qualificado, intenso, rotineiro, insalubre,

hierarquizado

Polivalente, integrado, em equipe, intensíssimo, flexível, estressante,

menos hierarquia

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VOLUME INVESTIMENTO

S

Baixo

Alto

Altissimo

RELAÇÃO

INTER EMPRESAS

Livre concorrência

Monopólio, forte verticalização

Monopólio, forte horizontalização(terceirização),

formação de megablocos comerciais

ESCALA

Local, nacional, internacional

Nacional, internacional Internacional, global

DOUTRINA

Liberalismo (Adam Smith, David Ricardo)

Liberalismo até 30; Keynesianismo pós 30

Neoliberalismo (Thatcher, Reagan)

PRODUTIVIDADE

Grande elevação Grande elevação Grande elevação em ritmo vertiginoso

PRODUÇÃO Desencadeou ciclo de crescimento

Desencadeou ciclo de crescimento

Não desencadeou ciclo de crescimento

CONSUMO

Grande expansão

Grande expansão

Tendência à estagnação

EMPREGO

Forte expansão principalmente na

indústria

Forte expansão principalmente na grande indústria

Forte retração principalmente na indústria, trabalho parcial, precário,

informal

REAÇÃO

TRABALHADORES

Perplexidade, quebra de máquinas,

cooperativismo, primeiros sindicatos

Perplexidade, reforço dos sindicatos,

conquistas sociais (salários, previdência, jornada de trabalho,

contrato coletivo)

(até o momento) Perplexidade, dessindicalização, fragmentação,

tendência à "parceria" assumida ou conflitiva

TAYLORISMO

• Baseia-se nos seguintes princípios:

Mecanização da produção: repassa o saber do trabalhador para a máquina, sempre que possível.

O estudo dos tempos e movimentos: buscar a maneira certa de executa uma tarefa, com o menor gasto de tempo e energia possível.

Seleção e treinamento "científico": definir um perfil adequado à tarefa a ser executada, com apoio de profissionais das áreas de psicologia e serviço social.

Separação entre a concepção e a execução do trabalho: à gerência cabe o trabalho de "pensar", de decidir o processo de produção em operações limitadas, de tal forma que se limite ao trabalhador a execução daquilo que foi prescrito e determinado pela chefia.

Plano de incentivo salarial: incentivar monetariamente o trabalhador, pagando-o por peça produzida ou hora trabalhada.

FORDISMO • Produção estandardizada (padronizada) na linha de montagem da indústria automobilística. O

tempo de produção passou a ser determinado pelo fluxo da linha de montagem, fixando o trabalhador ao seu posto e estabelecendo o conceito de "tempo imposto".

• O Fordismo não é uma ruptura com Taylor. Ele dá as bases técnicas e culturais para um novo impulso na "revolução" da produção, feita principalmente pela indústria automobilística.

• Economia em grande escala e a padronização dos produtos.

ESQUEMA SOBRE O FORDISMO – TAYLORISMO

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• Origem: Surgiu na empresa FORD a partir de 1913.

• Apoio: Base tecnológica da 2ª revolução industrial Taylorismo (método de organização do trabalho)

• Novidades:

Esteira de produção na linha de produção Produção em massa (grande indústria) Redução dos custos Aumento salarial

CONSEQUENCIAS:

• Econômicas: A produção em massa exige consumo em massa Trabalhadores ganham mais

• Políticas e Sociais: Diminuição do poder do trabalhador sobre o processo de trabalho Pacto social entre capital e trabalho Governos social-democratas na Europa ("welfare state" = Estado do Bem-Estar Social):

devido ao crescimento e força movimento operário, “guerra fria" e "ameaça do comunismo"

Resultado do pacto: reconhecimento dos sindicatos pelos capitalistas; reconhecimento da legitimidade da ordem capitalista pelos trabalhadores; investimento do Estado em benefícios sociais (seguro-desemprego...)

CRISE DO FORDISMO • Quando? - A partir dos anos 70 • Por quê? • Inflação, gerada pela disputa distributiva; • Fim do padrão-ouro e da conversibilidade do dólar (1972 – presidente Nixon – EUA); • 1973 e 1979: aumento do preço do petróleo; • 1979: elevação dos juros norte-americanos; • Reaparição, em 1974-75, da primeira crise "clássica" de superprodução e de superacumulação

depois da Segunda Guerra Mundial; • A reconstituição das bases econômicas e sociais de um capital financeiro poderoso, que não

tolerou a força dos sindicatos e os gastos sociais pelos diversos governos; • A chegada de governos conservadores ao poder em fins da década de 70: Reagan nos EUA,

Margareth Thatcher na Inglaterra.

QUATRO FASES QUE LEVARAM AO ADVENTO DO TOYOTISMO

• A introdução, na indústria automobilística japonesa, da experiência do ramo têxtil, dada especialmente pela necessidade de o trabalhador operar simultaneamente com várias máquinas.

• A necessidade de a empresa responder à crise financeira, aumentando a produção sem aumentar o número de trabalhadores.

• A importação das técnicas de gestão dos supermercados dos EUA, que deram origem ao kanban. Segundo os termos atribuídos a Toyoda, presidente fundador da Toyota, "o ideal seria produzir somente o necessário e fazê-lo no melhor tempo", baseando-se no modelo dos

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supermercados, de reposição dos produtos somente depois da sua venda. Segundo Coriat, o método kanban já existia desde l962, de modo generalizado, nas partes essenciais da Toyota, embora o Toyotismo, como modelo mais geral, tenha sua origem a partir do pós-guerra.

• A expansão do método kanban para as empresas subcontratadas e fornecedoras

O MODELO TOYOTISTA • Origem: Japão; quando: 1950 a 1970. • Como foi criado? Importação de técnicas de gestão dos supermercados dos EUA = kanban Introdução da experiência do ramo têxtil – trabalho com várias máquinas

• Características principais: Produção conduzida pela demanda e pelo consumo: o consumo determina a produção Produção variada pronta para suprir o consumo Produção flexível: "polivalência" do trabalhador = trabalho com várias máquinas Trabalho em equipe: rompe-se com o trabalho parcela do Fordismo Horizontalização: contra a verticalização fordista Intensificação do trabalho Flexibilização dos trabalhadores: horas extras, trabalho temporário e subcontratação.

A QUESTÃO DO DESEMPREGO ESTRUTURAL • Observa-se, no universo do mundo do trabalho no capitalismo contemporâneo, uma múltipla

processualidade: de um lado verificou-se uma desproletarização do trabalho industrial fabril, nos países de capitalismo avançados com maior ou menor repercussão em áreas industrializadas do Terceiro Mundo. Em outras palavras, houve uma diminuição da classe operária industrial tradicional. Mas, paralelamente, efetivou-se uma expressiva expansão do trabalho assalariado, a partir da enorme ampliação do assalariamento no setor de serviços; verificou-se uma significativa heterogeneização do trabalho, expressa também através da crescente incorporação do contingente feminino no mundo operário; vivencia-se também uma subproletarização intensificada, presente na expansão do trabalho parcial, temporário, precário, subcontratado, "terceirizado", que marca a sociedade dual no capitalismo avançado, da qual os gastarbeiters na Alemanha e o lavoro nero na Itália são exemplos do enorme contingente de trabalho imigrante que se dirige para o chamado Primeiro Mundo, em busca do que ainda permanece do "welfare state", invertendo o fluxo migratório de décadas anteriores, que era do centro para a periferia.

ANÁLISE DA ÁRVORE DE FALHAS

INTRODUÇÃO

• O MÉTODO DEDUTIVO Ao igual que os métodos indutivos, os métodos dedutivos são muito utilizados nas análises de sistemas, porém, eles fornecem um enfoque mais efetivo e versátil para o análise preditivo de identificação dos riscos. Os conceitos básicos envolvidos podem ser usados para fazer avaliações simples e podem também ser usados para fazer avaliações quantitativas. Os custos de fazer este tipo de estudo aumentam proporcionalmente com a complexidade e o escopo do trabalho, portanto é necessário um ponto de vista seletivo quando se planeja uma análise deste tipo para garantir que seu custo se justifique pelos riscos que estão sendo identificados e avaliados.

O enfoque dedutivo começa com a definição do evento não desejado, um acidente imaginado ou real no caso de uma investigação, e organizam graficamente, em forma sistemática todos os

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eventos conhecidos, falhas e acontecimentos (dentro do contexto do módulo do sistema estabelecido) que possam contribuir ou causar o acontecimento do evento não desejado.

As informações organizadas dentro dos formulários da Análise Preliminar de Riscos ou Análise de Modos e Efeitos de Falhas fornecerão informações muito importantes para este tipo de análise. O modelo lógico mais comumente utilizado dentro das análises de Segurança de Sistemas é a análise da Árvore de Falhas, (AAF).

DESCRIÇÃO GERAL DO MÉTODO

A análise da Árvore de Falhas foi desenvolvida pelos engenheiros do Laboratório da Bell Telefone Company no início dos anos 60, e tem continuado a receber contínuas melhoras, especialmente na área de avaliação matemática. Para os efeitos desta discussão, todos os exemplos serão baseados nas técnicas atuais da AAF, porém, outros métodos e técnicas estão sendo desenvolvidos e utilizados em aplicações específicas.

Em resumo, as cinco etapas básicas utilizadas na análise da árvore de falhas são:

• Escolha do evento não desejado a ser analisado, e definir a configuração do sistema, módulo, ciclo de vida e ambiente do objetivo do estudo.

• Obter informações, desenhos e qualquer outro tipo de informação disponível para Ter um bom entendimento do sistema a ser analisado.

• Construção do diagrama lógico da árvore de falhas. (veja a descrição da continuação a continuação)

• Avaliar o diagrama lógico (utilizando os enfoques objetivos definidos) • Preparar um resumo das conclusões da análise da árvore de falhas para serem apresentadas

e analisadas pela gerência.

CARACTERÍSTICAS

• Objetivos: A análise da árvore de falhas é identificar as combinações das falhas nos equipamentos ou componentes de um sistema ou erros humanos que podem resultar em um acidente

• Quando usar: Projeto. A AAF pode ser usada na fase de projeto de um sistema ou planta para descobrir

modalidades de falhas ocultas, que resultam das combinações das falhas dos equipamentos ou componentes ou por erros de operação. (humanos);

Operação. A AAF incluindo características de procedimentos de operação e do operador pode ser usado para estudo um sistema em operação, a fim de identificar combinações potenciais de falhas que possam causar acidentes.

• Tipos de resultados: Uma listagem dos conjuntos de falhas do equipamento e/ou operação que possam resultar num acidente específico. Estes conjuntos podem ser classificados qualitativamente de acordo com sua importância.

• Natureza dos resultados: Qualitativos, com potencial de ser quantitativos. A árvore de falhas pode ser avaliada quantitativamente quando as probabilidades de falhas dos componentes são conhecidas.

• Informações necessárias: Completo conhecimento da operação e funcionamento dos componentes dos sistemas.

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Conhecimento das modalidades de falhas dos componentes do sistema e seus efeitos sobre ele. Esta informação pode ser obtida de uma análise de FMEA.

• Pessoal necessário: A análise da árvore de falhas deve ser realizada por uma analista responsável com consultas a engenheiros e a pessoal com experiência no sistema incluído na análise. Uma análise mediante uma equipe é mais eficiente, cada membro da equipe se concentrando em uma árvore individual ou uma rama da árvore principal.

• Tempo e custo: O tempo e custo necessário para realizar a análise dependerão em grande parte da complexidade do sistema a ser analisado, a gravidade das consequências e de nível da resolução determinado. A realização de uma pequena unidade de processo pode levar um dia ou mais com uma equipe experiente e com bastantes conhecimentos do sistema. Grandes acidentes potenciais e sistemas complexos podem precisar de uma semana ou mais.

APLICAÇÃO DO MÉTODO

AAAF é uma ferramenta amplamente usada para análise de segurança de sistemas. Uma das vantagens do método é a de ser muito sistemático e analisar todas as falhas que poderiam resultar num acidente. A AAF possibilita a não ocorrência de um acidente quando fornece dados sobre falhas do equipamento ou de operação (erro humano). Cada uma das causas imediatas é examinada, até que o analista tenha identificado todas as causas básicas do evento. A árvore de falhas é um diagrama que mostra a inter-relação lógica entre estas causas básicas e o ambiente. O resultado da AAF é uma lista de combinações da falhas do equipamento ou de operação que são suficientes para identificar aquelas que são significativas para o desenvolvimento do evento. Estas combinações de falhas são conhecidas como CONJUNTO DE REDUÇÃO MÍNIMA. Cada conjunto de redução mínima é a menor redução de falhas que são suficientes para causar o acidente ou evento quando aquelas causas se apresentam simultaneamente.

SÍMBOLOS LÓGICOS USADOS NA AAF A realização da AAF é uma representação gráfica da inter-relação entre as falhas de equipamentos ou de operação que podem resultar em um acidente específico. Os símbolos mostrados a seguir são usados na construção da árvore para representar está inter-relação.

Portão “OU”: indica que a saída do evento ocorre quando há uma entrada de qualquer tipo.

Portão “E”: indica que a saída do evento ocorre somente quando há uma entrada simultânea de todos os eventos.

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Portão de Inibição: indica que a saída do evento ocorre quando acontece à entrada e a condição inibidora é satisfeita.

Portão de Restrição: indica que a saída do evento ocorre quando a entrada acontece e o tempo específico de atraso ou restrição expirou.

Evento Básico: representa a FALHA BÁSICA do equipamento ou falha do sistema que não requer outras falhas ou defeitos adicionais.

Evento Intermediário: representa uma falha num evento resultado da interação com outras falhas que são desenvolvidas através de entradas lógicas como as acima descritas.

Evento não Desenvolvido: representa uma falha que não é examinado mais, porque a informação não está disponível ou porque suas consequências são insignificantes.

Evento Externo: representa uma condição ou um evento que é suposto existir como uma condição limite do sistema para análise.

Transferências: indica que a árvore das falhas é desenvolvida de forma adicional em outras folhas. Os símbolos de transferência são identificados através de números ou letras.

DEFINIÇÕES DE TERMOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS

• As falhas e defeitos dos equipamentos ou sistemas que são descritos na análise de arvore de falhas podem ser agrupados em três classes: Falhas e defeitos primários Falhas e defeitos secundários Falhas e defeitos de comandos

• Falhas e Defeitos Primários: São no sistema devido ao mau funcionamento de equipamentos que podem ocorrer no ambiente e condições para o qual o equipamento foi projetado, por exemplo: um selo de bomba centrífuga que se rompe nas condições normais de operação da bomba. As falhas primárias são de responsabilidade específica do equipamento e não podem ser atribuídas a outras causas ou condições externas.

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• Falhas e Defeitos Secundários: São falhas no sistema devido ao mau funcionamento que podem ocorrer em ambientes para o qual o mesmo NÃO foi projetado, por exemplo: o selo da bomba centrífuga que se rompe por excesso de pressão devido a que a bomba ficou funcionando com a descarga bloqueada. Essas falhas são atribuídas a causas ou condições externas.

• Falhas e defeitos de comandos: São falhas no sistema devido a mau funcionamento do equipamento no qual o comando opera, mas em um tempo ou local errado, por exemplo: um alarme de alta temperatura que não funciona devido a uma falha no sensor de temperatura no processo. A falha do alarme é uma falha de comando e falha do sensor é uma falha primária.

GUIAS PARA USO DO MÉTODO ANALÍTICO • Existem quatro etapas na construção de uma árvore de falhas: Definição do problema Construção da árvore de falhas Solução da árvore de falhas Determinação do conjunto mínimo

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

• A definição do problema consiste em:

Definir o EVENTO PRINCIPAL, que será o objeto da análise da árvore de falhas. Definir as condições limites da análise incluindo: Eventos não considerados. Eventos considerados Limites físicos do sistema Nível de resolução Outras suposições

• Definir o EVENTO PRINCIPAL

O EVENTO PRINCIPAL é o mais importante aspecto da definição do sistema. Pode ser um evento ou acidente indesejável que afetará de forma significativa o desempenho do sistema. A definição desse evento deve ser o mais exata possível. Deve indicar QUAL é a falha, ONDE acontece a falha e QUANDO acontece a falha.

• Definir os EVENTOS CONSIDERADOS

É importante listar todos os eventos relacionados com o evento principal que será considerado durante a análise do sistema, e as interfases com outros sistemas de serviço ou suporte. Uma forma de definir esses eventos é analisar qual é sua contribuição para o desenvolvimento ou consequência do evento principal.

• Definir os LIMITES físicos do sistema

Devem ser definidos os limites físicos do sistema que será analisado, os quais englobam todos os equipamentos que deverão ser considerados na análise da árvore de falhas. Uma forma prática de definir os limites e marcar no fluxograma de processo os equipamentos será considerada.

• Definir o NÍVEL DE RESOLUÇÃO

Junto com os limites físicos do sistema, o analista deve especificar o nível de resolução da análise, o qual determinará a quantidade de detalhes a ser incluída na análise.

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Por exemplo, um motor que opera uma válvula pneumática de controle remoto pode ser incluído como um simples equipamento, ou pode ser descrito como diversos itens mecânicos (corpo, cilindro, etc.) Também podem ser incluídos os sistemas de operação como o suministro de ar, etc. Um fator a ser considerado na decisão do nível de resolução é a quantidade de detalhes disponíveis nas falhas do sistema, para isto, em casos de sistemas críticos, uma análise de Modos e efeitos de falhas (FMEA) deverá ser realizada previamente.

• Outras Suposições O analista deve especificar outras suposições quando sejam necessárias para definir o sistema da forma mais completa possível, como por exemplo, o modo de operação do sistema, capacidade, etc.

Construção de Árvore de Falhas A construção da árvore de falhas inicia-se com o EVENTO PRINCIPAL e continua, nível por nível, até que todos os eventos relacionados com o evento principal tenham sido desenvolvidos até suas causas básicas (EVENTOS BÁSICOS). O analista começa com o evento principal e no nível seguinte, determina as causas imediatas que causam o evento principal. Geralmente, estas não são causas básicas e sim causas intermediárias que demandam um desenvolvimento adicional. Caso o analista possa determinar imediatamente as causas básicas do evento principal, problema não é adequado (é simples demais) para se promover uma análise tão complicada como uma árvore de falhas deverá ser usada um método mais simples e menos custoso.

Se forem exigidas todas as causas imediatas para a ocorrência do evento principal, então as causas serão ligadas ao evento através de um portão lógico “E”, então, cada uma das causas imediatas é tratada da mesma maneira que o evento principal e suas causas imediatas, necessárias e suficientes serão identificadas e indicadas na árvore de falhas com a entrada lógica adequada. Caso só uma das causas é suficiente para que o evento principal aconteça, serão ligadas ao evento através de um Portão lógico “OU”.

REGRAS PARA CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE FALHAS

Há diversas regras básicas que devem ser seguidas na construção de uma árvore de falhas, elas são:

• Registras o evento de falha: Escreva o evento dentro do símbolo correspondente com precisão e escreva um relato separado indicando como aconteceu, onde aconteceu e quando. A condição “quando” indica o estado do sistema no tocante ao equipamento informando desta forma o porquê do estado do equipamento que se encontra em situação de “falha”. Estes relatos devem ser o mais completos possíveis e o analista deve resistir a tentação de abreviá-lo ou utilizar palavras usadas só pelo pessoal da planta ou processo.

• Avaliação do evento de falha: Ao se avaliar um evento de falha, deve-se fazer a pergunta:

“Esta falha pode ser causada pelo mau funcionamento do equipamento?”

Se a resposta for sim, classificar o evento como “falha no estado do equipamento”. Se a resposta for não, classificar o evento como “falha do sistema”.

Esta classificação ajudará no desenvolvimento posterior da análise. Se o evento for classificado como falha do equipamento, acrescente uma entrada “OU” ao evento falho e procure as razões para esta falha de equipamento, sejam primárias ou secundárias. Caso o evento falho estiver nas “falhas do sistema” procure então as causas imediatas e necessárias para que aconteça o evento.

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• A regra “sem milagres”: Se o funcionamento normal do equipamento provoca uma seqüência de falhas, considere então que o equipamento funciona normalmente. Jamais considere uma falha como “milagre”, ou totalmente não esperada.

• A regra “complete toda entrada cada vez”: Todas as entradas necessárias para que aconteça um evento devem ser analisadas e registradas antes de se passar para outro evento. A árvore de falhas deve ser completada em níveis e devem-se completar cada nível antes de iniciar a análise do próximo.

• A regra do “não há entrada de evento para evento”: As entradas devem ser adequadamente definidas como eventos de falhas, e estarem ligadas sempre através de um portão lógico.

As regras (C) e (E) tem por finalidade enfatizar quão importante é ser esquemático e metódico ao construir uma árvore de falhas. Estas regras proíbem atalhos que levam a árvores incompletas ou mal analisadas.

• Solução da Árvore de Falhas: A árvore de falhas acabada fornece muita informação útil através de uma demonstração gráfica e lógica da seqüência de falhas que poderiam resultar num acidente, entretanto, exceto no caso de árvores de falhas muito simples, nem mesmo um analista experimentado poderá identificar diretamente da árvore de falhas, todas as combinações de falhas que levam ao acidente.

As árvores de falhas podem ser resolvidas através de métodos matemáticos, como a álgebra de Boole, o mediante um método de resolução através de matrizes. Ambos os métodos dão como resultado as séries de cortes mínimos que indicam as combinações de falhas de equipamentos ou sistemas que podem resultar no evento principal. As séries mínimas de corte são úteis para hierarquizar os modos pelos quais o acidente pode ocorrer, e permite quantificar a probabilidade de falha da árvore, caso se tenha as informações suficientes.

Não sendo o escopo de nosso estudo a solução das árvores de falhas, indicaremos um método geral que se aplica para todas as soluções.

O método para a solução das árvores de falhas tem quatro etapas:

a) Identificar exclusivamente todas as entradas e os eventos Básicos b) Simplificar todas as entradas nos eventos Básicos c) Retirar os eventos duplicados da árvore d) Suprimir todas as super séries (séries que contêm outra série como sub-série)

O EVENTO BÁSICO (ou inicial) é sempre a primeira entrada da matriz e deve ser claramente definido no início da resolução.

HIERARQUIZAÇÃO DA SÉRIE DE CORTES MÍNIMOS

A hierarquização das séries de cortes mínimos é o passo final dos procedimentos analíticos da árvore de falhas. Para se fazer uma hierarquização qualitativa, pode ser considerada dois fatores: O primeiro é a importância estrutural, que é baseada no número de componentes de eventos BÁSICOS que se encontram em cada série de cortes mínimos. Por exemplo, uma série de corte mínimo de um evento é mais importante que uma série de cortes mínimos de dois eventos, uma de dois eventos é mais importante que uma de três, e assim por diante. Esta hierarquização significa que é mais provável que ocorra um evento que dois que três etc.

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O segundo fator considera a hierarquização dentro de cada tamanha de série de corte mínimo, por exemplo, hierarquização das séries de cortes mínimos de dois eventos, baseado no tipo de evento que constitui a série. A regra geral que orienta esta hierarquização é:

• Erro humano • Falhas dos equipamentos ativos • Falhas nos equipamentos passivos

Esta hierarquização significa que os erros humanos têm mais probabilidade de acontecer que as falhas de equipamentos ativos (em funcionamento) e que há mais probabilidades que aconteça uma falha em um equipamento ativo que em passivo (parado).

Utilizando esta regra em uma lista de séries de cortes mínimos de dois eventos teríamos a hierarquia mostrada na lista a seguir:

LISTA DE HIERARQUIA DE EVENTOS

HIERARQUIA

EVENTO BÁSICO TIPO 1

EVENTO BÁSICO TIPO 2

1 2 3 4 5 6

Erro humano Erro humano Erro humano Falha de equipamento ativo Falha de equipamento ativo Falha equipamento passivo

Erro humano Falha equipamento ativo Falha equipamento passivo Falha equipamento ativo Falha equipamento passivo Falha equipamento passivo

Embora sugerida pela experiência, estas hierarquias podem diferir significa mente de sistema para sistema, com base em fatores tais como qualidade do equipamento, revisões, manutenção preventiva, treinamento dos operadores, etc.

O melhor método de hierarquização qualitativa consiste no fato de o analista eximem detalhadamente cada corte mínimo em particular e estabeleça a série mais importante com base na experiência real e operacional.

METODOLOGIA PREVENCIONISTA INTRODUÇÃO

• A ação prevencionista segue a chamada “metodologia de resolução de problemas”: • Levantamento de informações; • Análise do problema; • Geração de soluções alternativas; • Avaliação das mesmas; • Implantação da solução escolhida.

LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES • Podem ser agrupadas em dois grandes grupos:

MÉTODOS RETROSPECTIVOS:

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• Composto pelos métodos em que o ponto de partida é os fatos já ocorridos, os quais têm os seus processos analisados, de forma a identificar as causas.

• A ferramenta básica, aqui, é a análise de acidentes, feita em coerência com a concepção de acidente adotado:

• Busca de atos e condições inseguras presentes na gênese dos acidentes já ocorridos; • Montagem das “árvores de Falhas” presentes em cada acidente analisado.

MÉTODOS PROSPECTIVOS: tem como ferramenta básica a inspeção de segurança, já que o seu ponto de partida é a situação atual, onde se procura perceber/antever que riscos existem nos locais analisados.

• Os Métodos Prospectivos podem estar centrados: No trabalho: dimensões físicas (ambiente) Nos empregados: percepção e eliminação dos riscos psicológicos (motivação).

A opção pelo grupo prospectivo ou pelo retrospectivo depende:

a) da existência ou não de um sistema de registro de acidentes na empresa - retrospectivo b) do uso de novas tecnologias na empresa – prospectivo c) da gravidade da situação: retrospectivos

CRITÉRIOS DE ANÁLISES DE ACIDENTES

• Os quatro itens mais freqüentemente utilizados são: freqüência, gravidade, custo e extensão do acidente.

• Freqüência de Acidentes: A idéia é priorizar os locais onde os acidentes ocorrem com maior freqüência, a qual

pode ser medida em termos absolutos ou em termos relativos. Um índice bastante utilizado é a “taxa de freqüência de acidentes” (FA), definida como

sendo: FA= (N * 1.000.000)/ HH

Onde: N= número de acidentes ocorridos no período analisado; HH= número de homens-hora de exposição ao risco.

GRAVIDADE DO ACIDENTE

• A idéia de se fazer a comparação através da gravidade, decorre do fato de que nem todos os casos são igualmente danosos.

• Taxa de gravidade (G) • G= (DP * 1.000.000)/ HH • Índice de avaliação de gravidade • IAG= DP/N

Onde: DP significa o número de dias perdidos em função dos acidentes registrados.

CUSTO E EXTENSÃO • Outra forma de encarar os acidentes é sob o prisma do impacto para a empresa, medido

através do custo dos acidentes.

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• Outra opção de análise é a de se medir a extensão, ou seja, o alcance de cada risco, verificando a população a ele exposta, o que seria utilizado como um padrão rudimentar de comparação.

ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS • Consiste num modelo gráfico que representa as várias combinações de falhas de

equipamentos e erros humanos que podem resultar em um acidente. A construção da árvore parte do evento topo (acidente) e, através de ramificações ligadas por chaves lógicas booleanas “e/ou”, chega-se às suas raízes;

SIMBOLOGIA LÓGICA DA AAF

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SÉRIE DE RISCOS

• Consideremos um tanque pneumático de alta pressão, feito de aço carbono desprotegido. A umidade pode causar corrosão, reduzindo a resistência do metal, que debilitado irá romper-se e fragmentar-se. Os fragmentos irão atingir e lesionar o pessoal e danificar equipamentos vizinhos. Qual dos riscos, a umidade, a corrosão, a debilitação do material, ou a pressão causou a falha? Nesta série de riscos, a umidade desencadeou o processo de degradação que resultou na ruptura do tanque. Se o tanque fosse de aço inoxidável, não teria havido corrosão.

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• A ruptura do tanque, causadora de lesões e outros danos, podem ser considerados como o risco principal. A umidade iniciou a série de riscos e pode ser chamada de risco inicial; a corrosão, a perda de resistência e a pressão interna são chamadas de riscos contribuintes.

• O risco principal é muitas vezes denominado catástrofe, evento catastrófico, evento crítico, risco crítico ou falha singular.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS • A APR consiste no estudo, durante a fase de concepção ou desenvolvimento inicial de um

novo sistema, com o fim de se determinar os riscos que poderão estar presentes na fase operacional do mesmo.

• Ex: Conta a mitologia grega que o Rei Minos, de Creta, mandou aprisionar Dédalos e seu filho, Ícaro. Com o objetivo de escapar Dédalo idealizou fabricar asas com penas, linho e cera de abelhas. Antes de voar, Dédalos advertiu seu filho: se voasse muito baixo, as ondas molhariam suas penas, se muito alto, o sol derreteria a cera. Essa advertência, uma das primeiras análises de risco que poderíamos citar, define o que hoje chamaríamos APR.

CATEGORIAS OU CLASSES DE RISCO:

• Desprezível: A falha não irá resultar numa degradação maior do sistema, nem irá produzir danos funcionais ou lesões, ou contribuir com um risco ao sistema;

• Marginal (ou Limítrofe): A falha irá degradar o sistema numa certa extensão, porém sem envolver danos maiores ou lesões, podendo ser compensada adequadamente;

• Crítica: A falha irá degradas o sistema causado lesões, danos substanciais, ou risco inaceitável, necessitando ações corretivas imediatas;

• Catastrófica: A falha irá produzir severa degradação do sistema, resultando em perda total, lesões ou morte.

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IDENTIFICAÇÃO: SISTEMA DE VÔO DÉDALO

Risco

Causa

Efeito

Cat. Risco

Medidas Prev. Ou Corretivas

Radiação Térmica do

sol

Voar muito alto

Calor pode derreter cera de abelhas

IV

Prover advertência contra vôo muito alto

Umidade

Voar muito pero da água

Absorver umidade; aumento peso e queda

IV

Advertir aeronauta para voar a meia altura

PLANO DE ATUAÇÃO • Depende dos riscos identificados e da avaliação dos mesmos; • Deve ser reavaliado anualmente; • Deve ser escrito e indicar quais os riscos serão atacados primeiro; • Deve envolver o máximo de trabalhadores do setor de trabalho; • Devem levar em conta fatores como risco, custo, tempo de execução, etc.

TIPOLOGIA DE SOLUÇÕES • Identificado o ponto crítico, ou seja, o risco a ser inicialmente atacada, uma nova rodada de

coletas de dados e de análises se faz necessária, envolvendo agora, procedimentos específicos para o risco escolhido.

PODEM SER CLASSIFICADAS EM: • Quanto ao tipo de elemento preventivo: físicas ou organizacionais; • Quanto ao ponto de inserção: na Fonte, no Meio ou no Receptor. • Quanto ao momento de utilização: Preventivas ou Corretivas.

FASE FINAL • Geradas as soluções alternativas, passa-se a seguir para as fases finais do projeto, de

seleção da melhor alternativa e de especificação/implantação da mesma; • O ideal seria que a solução tecnicamente mais eficaz fosse a economicamente mais viável,

e socialmente aceita. Porém nem sempre as coisas acontecem desta maneira. Existe, por exemplo, a possibilidade de que a solução tecnicamente ideal seja impraticável em termos financeiros naquele momento da vida da empresa, ou de que ela gere resistências no seio da comunidade trabalhadora;

• Já na fase de implantação das soluções, é necessário um planejamento correto para que não se criem outros problemas.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

• Inspeção Geral Qualitativa (IGQ): Deve-se iniciar fazendo um estudo minucioso de uma planta do local, assim como de um fluxograma dos processos de fabricação, a fim de estabelecer a forma correta de proceder ao levantamento.

• A IGQ deve levantar informações como:

Número de trabalhadores, horário de trabalho; Materiais usados, condições das máquinas, equipamentos, ferramentas e

instalações; Tipo de energia utilizada e substâncias complementares dos processos;

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Tipo de iluminação e estado das luminárias, presença de poeiras, fumos, névoas e o ponto de origem e dispersão, etc.

• Levantamento Quantitativo

Deve-se verificar a intensidade ou concentração dos agentes de risco presentes no local analisado, servindo de subsídio para a definição das medidas de controle a serem adotadas;

Uma vez adotadas as medidas de controle, faz-se necessário novo levantamento quantitativo para se verificar a eficácia das medidas implantadas;

Periodicamente devem-se realizar novas inspeções a fim de se detectar possíveis alterações e o surgimento de novos agentes de risco.

METODOLOGIA PAR O TRABALHO DE CAMPO Construção Civil: apresenta um processo de fabricação mutante, tanto no tempo como no espaço.

• A inspeção deve seguir a seguinte metodologia:

Se vários andares começar de cima p/baixo; Estar acompanhado de alguém do canteiro com poder de decisão; Anotar os agentes ambientais presentes e os riscos que estão gerando; Situações de risco grave e iminente devem ser resolvidas imediatamente.