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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado Banerj Fundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXXV - Fevereiro de 2018 C a b e r j Edição E xtra ^

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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado BanerjFundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXXV - Fevereiro de 2018

C a b e r j

Edição Extra

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Ao analisarmos o Balanço do Exer-cício de 2016 da CABERJ, causou-nos espécie, para não dizermos indignação, o registro relativo ao pagamento de vul-tosas “comissões” a uma firma de cor-retagem destinada à obtenção de vidas oriundas do PREVI-RIO, Caixa de Pre-vidência dos Funcionários da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e, curiosos, tendo em vista o elevado prejuízo apre-sentado naquele exercício, fomos melhor analisar essa grande despesa de cerca de R$33 milhões, sendo R$26 milhões já pagos e o restante objeto de demanda ju-dicial. {DOC.1}. A CABERJ conquistou, em um mer-cado cativo, 61 mil vidas do PREVI-RIO, fruto de vitória obtida na licitação públi-ca promovida pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro! Absurdo inexplicável e extravagante a comissão que a CABERJ pagou indevidamente aos corretores! Qualquer acadêmico de direito, e qui-çá o leigo, sabe que em uma LICITAÇÃO PÚBLICA não pode haver o pagamento de “comissões de corretagem”. A obtenção dessas vidas, por óbvio, da forma como foram conquistadas não dependiam da intermediação de quem quer que fosse. Dependiam, única e exclusivamente, do preço e da qualidade de serviços ofereci-dos aos promotores da licitação. Essa aberração mereceu por parte do Conselho Fiscal presidido pelo senhor Ronald Santos Barata (atual porta voz da

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CABERJAS CONSEQUÊNCIAS DE UMA

ADMINISTRAÇÃO IRRESPONSÁVELCABERJ nas redes sociais), a recomen-dação para que a Prestação de Contas fosse aprovada pela Assembleia Geral Ordinária {DOC.2}. No mesmo encaminhamento das aludidas contas à Assembleia Geral Or-dinária consta, no Parecer dos Auditores Independentes, a seguinte opinião: “...Nossas conclusões (da Auditoria) estão fundamentadas nas evidências da audi-toria obtidas até a data do nosso relató-rio. Todavia eventos ou condições fu-turas podem levar a Entidade a não mais se manter em continuidade ope-racional” {DOC.3}. O Diretor Geral, Haroldo Aquino Fi-lho, em entrevista concedida à Revista da ANBEP (edição nº69 – dezembro de 2017) confirmou o prejuízo de R$30 milhões a serem pagos em decorrência de despesas oriundas do contrato com a PREVI RIO sem a percepção de receita. {DOC.4]. Em momento algum o De Fatos publi-cou qualquer tipo de informação ao asso-ciado que explicasse os elevados prejuízos que a Instituição sofreu e vem sofrendo, a inadimplência com uma grande maioria de credenciados que resultou na saída dos mesmos, deixando sem assistência associados que se tratavam, muitos, há mais de trinta anos com esses profissio-nais. Além do valor pago mensalmente à CABERJ, muitos que precisam permane-cer com seus médicos vem arcando com consultas e tratamentos particulares!

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E em momento algum referiu-se à Denúncia formulada ao Ministério Públi-co Estadual pelo Sindicato dos Médicos de Niterói e São Gonçalo– DMP/Estadu-al. Cabe-nos ressaltar, por oportuno, que a AAFBanerj recebeu carta do referi-do Sindicato pedindo que intermediásse-mos uma solução junto à CABERJ. Que vergonha! {DOC.5}. Empresas laboratoriais importantes, de análise e imagem, outras de ponta em oftalmologia, ginecologia, otorrinolarin-gologia, cancerologia, afora os profissio-nais individuais, encerraram seu atendi-mento aos associados da CABERJ. Clamam pela “lavagem de roupa suja em casa”. Entretanto, não somos nós, AAFBANERJ e usuários, que difamamos a Instituição. O que depõe contra ela, são os constantes descredenciamentos amplamente divulgados. Alguns pensam que para a CABERJ manter-se viva é ne-cessário firmar contratos com grandes empresas. Sim, mas por acaso ignoram que qualquer grande e salutar empresa buscará informações sobre a situação financeira, inadimplências e satisfação dos credenciados com o Plano de Saúde antes de firmar contrato? É de muita in-genuidade acreditarem que bastará uma conversa amigável para tal...Empresas sérias não funcionam assim. Embora muito se cobrasse uma res-posta nunca informaram o custo médio de uma consulta efetivada nos NUPRES e Projeto Maturidade levando em consi-deração às despesas com o aluguel e/ou manutenção dos imóveis alocados para esse fim, o valor pago pela terceirização dos serviços e demais gastos.

O ex Presidente do COFIS da ges-tão 2012/2015, Paulo Gustavo Medeiros Leitão, cansou de solicitar essas infor-mações e nada conseguiu. Absurdo, não é? (Matéria publicada no Facebook) {DOC.?} Mas voltemos às “comissões”. A Empresa Previsão Participações Ltda., com sede em PARTE de uma sa-linha situada em um modesto prédio de uma pequena rua da cidade de Teresó-polis/RJ (?) (fotos de sua localização se encontram nesta edição - Página 16) recebeu R$ 26 milhões, como já disse-mos, de cerca dos R$33 milhões pela prestação de serviços, desnecessários na captação de clientela que foi obtida em uma licitação pública que, por óbvio, não admite esse tipo de serviço. Mas não para por aí. A importân-cia citada era “devida” com pagamentos mensais enquanto durou o contrato com o PREVI-RIO. Quando a CABERJ final-mente rescindiu o contrato que, aliás, fora renovado quando já apresentava um prejuízo de R$23,5 milhões e mediante um desconto de 16% (dezesseis por cen-to) a Previsão Participações Ltda. pleiteia, em 06.03.2017 o pagamento das parce-las restantes sobre o valor do prazo con-tratual no montante de R$5,8 milhões. Quando da rescisão, em maio de 2017, o prejuízo acumulado de 01/06/2016 a 31/05/2017 era de R$47 milhões.TUDO ISSO SEM CONTRATO FORMAL {DOC.6}. Como a CABERJ se recusava a pagar as comissões de outubro de 2016 a maio de 2017, em junho de 2017, a corretora ingressou com Ação de Cobrança que foi distribuída à 16ª Vara Cível da Comar-

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ca da Capital do Rio de Janeiro, obtendo o número 0159745-18.2017.8.19.0001 (vide site do TJ/RJ – http://www.tjrj.jus.br/). Nessa Ação detalha com a apresen-tação de planilhas {DOC.7 e 7a} todos os recebimentos mensais efetivados, sendo o primeiro de 50% do valor recebido da CABERJ e 10% dos valores a serem re-cebidos embora a carta de 04/06/2014, firmada pelo Gerente Comercial da In-tegral Saúde, oferecer 100% e 5% nas mesmas condições {DOC.8}. Junta as notas fiscais que emitiu e todos os do-cumentos necessários que comprovam a existência da dívida {DOC. 9, 9a, 9b e 9c}. Anexa, também, correspondência firmada pelo Gerente Comercial Arman-do Gentil Monteiro, da Integral Saúde em que este estabelece como Condição Co-mercial – Agenciamento = 100% sobre a 1ª parcela e Comissão = 10% sobre a 2ª parcela em diante {DOC.8}. Vale esclarecer que o “acordo en-tre amigos”, inicialmente foi estabelecido com a Integral Saúde e posteriormente, por aditivo passou para a Caixa de Assis-tência à Saúde – CABERJ. Na contestação a CABERJ diz: - “que teve a principio uma aproxima-ção com a Autora, que se propôs a uma consultoria, que todavia de nada resul-tou de concreto ou positivo (grifo nosso) {DOC.10}. Desnecessário seria registrar que numa concorrência pública não há nem pode haver ingerência de terceiros, o que descarta o previsto *agenciamento* da PREVISÃO, como constava do pré-ajuste de fls.17”. (grifo nosso)” {DOC.11}

Se não pode haver agenciamento, POR QUE PAGARAM? A contestação, em momento algum, se refere aos pretéritos pagamentos efe-tivados pela CABERJ à Previsão a título de comissões. Discute apenas o que vem sendo cobrado na Ação. “Ínfimos” R$ 5,8 milhões. Como diria Nelson Rodrigues: que-rem negar o óbvio ululante. O importante é que vultosas quan-tias foram pagas indevidamente e há que haver a responsabilização de quem o fez e de quem, com a obrigação de fiscalizar (Conselho Fiscal), não o fez. A AAFBanerj não participa de reu-niões inócuas efetivadas para atender ao ego de maus administradores. Quer RESPOSTAS, não as tem e por isso, pro-curou a ANS para pleitear uma Apuração imparcial dos fatos. Tal medida é que im-pulsionou o PLAEF – Plano de Adequação Econômico-Financeira. A AAFBanerj sempre deixou clara sua divergência com essa conduta da CABERJ através de matérias publicadas em nosso site, facebook, e mails e na re-vista mensal. Somente através das redes sociais por porta - vozes desqualificados, a CA-BERJ informava que essas respostas de-pendiam da presença da Associação nas “reuniões em petit comité”, nas quais o Diretor - Geral dissertava durante ho-ras, como sempre, sobre o seu plano es-tratégico (?). Mas de positivo e objetivo, NADA! Essa a razão da AAFBanerj não mais comparecer a essas reuniões que serviam de marketing ao Diretor – Geral.

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Para não nos alongarmos, lembra-mos apenas duas severas afrontas ao Es-tatuto: número de Diretores (atualmente excesso de 2) e jetons pagos aos Conse-lheiros, o que é terminantemente veda-do. Outrora tal irregularidade foi obje-to de demanda judicial com decisão, já transitada em julgado, que determinava a suspensão imediata do pagamento. Os ilícitos, devidamente apurados, devem ser punidos se comprovada sua existência.

DESCAPITALIZAÇÃO DA CABERJ

Em apenas dois anos, de junho/2015 a maio de 2017, a Administração da CA-BERJ queimou mais de R$70 milhões de sua reserva financeira. Em qualquer Em-presa, um rombo desse tamanho levaria seus responsáveis ao imediato afastamen-to de suas funções. Não é crível que tamanha incompetên-cia possa ser tolerada, principalmente por se tratar de um plano de saúde para sexa-genários, septuagenários, octogenários e alguns com mais de 90 anos de idade. É de difícil compreensão a CABERJ ter acumulado de 2013 a 2016 mais de R$ 120 milhões de prejuízo. Com o chamado contrato com a Prefei-tura, a CABERJ passou a operar com 350 funcionários, sendo 150 contratados ape-nas para gerir este contrato. Há informa-ções de que reduziram para 270 o atual quadro de pessoal. Ora, se antes opera-vam com 200, como se pode justificar ain-da ter um excedente de 70 empregados? Não constitui mais novidade os parâ-metros que são levados em conta para a precificação de planos de saúde. Na sua composição são considerados três impor-tantes itens: o volume das despesas mé-dicas, hospitalares e laboratoriais, mais conhecido como índice de sinistralidade;

o custo administrativo; e a taxa de lucra-tividade. No mercado, normalmente são praticados em 80%, 15% e 5%, respecti-vamente, para que o total dessa composi-ção se iguale ao total da receita do plano para que não haja prejuízo. Como a CA-BERJ não é uma empresa de mercado e sim uma associação sem fins lucrativos, não se justifica que ela tenha que obede-cer tais parâmetros. Portanto, podemos trabalhar com uma sinistralidade de 90% e 10% com os custos administrativos, ca-bendo à Integral gerar lucratividade para manter uma reserva a fim de enfrentar eventuais despesas imprevistas. Torcemos, todos, a fim de que a CA-BERJ tenha futuro e que possa continuar prestando serviços de saúde à comunida-de banerjiana, mas infelizmente a persis-tir o silêncio dos seus administradores, não nos resta outro caminho senão pug-nar pelo afastamento da atual Diretoria. Não é possível que continuemos com uma administração que, além da notória incompetência, prima pela soberba, sofis-ma e omissão, fazendo eco ao ditado de que “quem cala consente”, vez que, insta-da inúmeras vezes a responder pelos mal-feitos praticados, adota o silêncio, numa clara demonstração de culpa e menospre-zo pelo associado!

Observação: todos os documentos cita-dos encontram-se nesta edição em “fac símile”. Aqueles que quiserem conhe-cer a íntegra dos documentos, deverão acessar os “links” baixo no nosso site.- http://aafbanerj.org.br/wp-content/uploads/2018/02/Documentos-peti-ção-inicial.pdf- http://aafbanerj.org.br/wp-content/uploads/2018/02/petição-eletronica.pdf- http://aafbanerj.org.br/wp-content/uploads/2018/02/petição-inicial.pdf

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EXPEDIENTEPublicação da AAFBanerjDiretoria Executiva:Presidente: Angelo ConteVice-Presidente: Gerson BargDiretores:Administrativo: João Maria Pereira de CarvalhoAdministrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de CastroSocial: Elza Soares LinharesPatrimônio: Paulo Mario Correa CardozoFinanceiro: Edson da Costa LealFinanceiro Adjunto: Décio de Oliveira GomesCultural: Marco Antônio BarbosaApoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho e SilvaApoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos M. BastosApoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do AmaralPlanejamento: José Renato Baptista JourdanDiretores: Roberto Percinoto Rui Antônio Duarte de MagalhãesConselho Deliberativo:Presidente: Paulo Gustavo Medeiros LeitãoConselho Fiscal: Presidente: Paulo Lober Ferreira de SouzaPRODUÇÃO: AAFBanerjSede Própria: Av. Nilo Peçanha, 50/Gr.309/CentroRio de Janeiro/RJ - 20020-100Site: www.aafbanerj.org.br CNPJ: 28.009.538/0001-86E-mails: [email protected] / [email protected] FAX: 0xx (21) 2220-2566 / 2220-2319 / 2220-2843 2240-4115.Tiragem: 8.000 exemplaresOs artigos de colaboradores não expressam, necessáriamente, a opinião da AAFBanerj Os artigos e serviços anunciados são de responsabilidade dos anunciantes.

Capa: Crise na CABERJ - Edição Extra de Fevereiro/2018

Sede da Previsão “escondida” na sala 209 que sequer consta no painel da recepção do prédio.

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