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ATA DA 2.631ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
Aos cinco dias do mês de setembro de 2012, às 15h05min, no Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, realizou-se a 2.631ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município
de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros
Maurício Faria, Vice-Presidente, Roberto Braguim, Corregedor, Eurípedes Sales e Domingos
Dissei, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais
Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia e
os Procuradores Fábio Costa Couto Filho e Marcia Donatti Gubert. A Presidência: "Havendo
número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foi posta
em discussão a ata da Sessão 2.630ª (ordinária), a qual foi aprovada, assinada e encaminhada
à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou a presença em Plenário do Senhor Rafael
Bitara Arruda, Estagiário do Escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados.
A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do
Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 27 a 31 de agosto de 2012: Dia
27, às 8 horas – O Presidente Edson Simões reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo
Magalhães Castro; o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri; a Assessora
Jurídica Chefe de Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da
Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo, e
o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para reunião da Alta Direção. Na
sequência, realizou despachos administrativos. No período da tarde, analisou processos. Dia
28, às 8 horas – Reunião de pauta com Assessores do seu Gabinete. Às 10 horas – Reuniu-se
com o Secretário Municipal de Serviços, Dráusio Barreto, que esteve acompanhado do
Coronel Marcio Matheus, Presidente do órgão gerenciador dos serviços de limpeza prestados
na Cidade de São Paulo – Amlurb. No período da tarde, analisou processos. Dia 29, no
período da manhã – Realizou reuniões internas de praxe e assinou documentos. Às 14h30min
– Presidiu a 268ª Sessão Plenária Ordinária da Primeira Câmara. Na sequência, presidiu a
2.630ª Sessão Plenária Ordinária. Dia 30, às 11 horas – Recebeu a visita de cortesia do
Secretário Municipal de Esportes, Antônio Moreno Neto, que esteve acompanhado da
Procuradora Chefe da Fazenda Municipal, Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva
Moccia. No período da tarde, reuniu-se com Assessores do seu Gabinete e realizou despachos
administrativos. Dia 31, no período da manhã – Realizou reuniões internas de praxe. No
período da tarde, recebeu e analisou os relatórios de atividades semanais das diversas áreas
do TCM. Continuando, o Presidente registrou a movimentação de processos do Gabinete do
Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, no mês de agosto de 2012, indicando a entrada
de 445 e a saída de 403 processos, entre os quais estão incluídos 112 julgamentos. A
Secretaria Geral providenciará sua publicação na íntegra. Deixou, ainda, registrado que no
último dia 23 de agosto recebeu a visita de cortesia do jurista e escritor Mayr Godoy. Mayr
Godoy, 86 anos, é Advogado, Sociólogo e Escritor, atuou no Magistério durante 18 anos, foi
membro do Instituto Brasileiro de Administração Municipal, um órgão técnico criado para
auxiliar o Poder Legislativo e as Prefeituras. No ano passado, organizou com o Jurista Ives
Gandra, a obra coletiva "Tratado do Direito Municipal" e também publicou, entre outros
títulos "A Lei Orgânica do Município Comentada", "A Câmara Municipal – Manual do
Vereador" e "A Câmara Municipal e Seu Regimento Interno". Na oportunidade, o Doutor
Mayr manifestou sua satisfação em estar presente neste Tribunal, órgão cuja manutenção
sustentou juridicamente com amplo sucesso no Supremo Tribunal Federal em 1969, quando a
Ditadura pretendia fechar todos os Tribunais de Contas dos Municípios, ocasião em que era
membro do Instituto Brasileiro de Administração Municipal e já tinha um extenso trabalho
em defesa do municipalista. Nessa defesa do Supremo Tribunal Federal, teve o apoio do
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Presidente Leomar Baleeiro. Durante a visita, o jurista manifestou sua satisfação por ter, no
passado, a oportunidade de defender esta Casa que, segundo suas palavras, desde os seus
primórdios, trabalha em favor do aprimoramento da Administração Municipal, e ratificou
que, com a Constituição de 1988, as ameaças de fechamento dos Tribunais de Contas dos
Municípios foram afastadas porque fazem parte das chamadas "cláusulas pétrias" da Magna
Carta, sendo intocáveis, exceto se ocorrer uma Nova Constituição Federal ou em caso de
Regimes Autoritários ou Ditatoriais, que são inimigos dos Tribunais, fechando-os ou
limitando-os. Este Tribunal se sente honrado com a visita de um dos maiores especialistas em
Direito Municipal, além de escritor de vários livros sobre o tema e defensor dos Tribunais de
Contas, grande Jurista. A seguir, "o Conselheiro Maurício Faria – Relator deu conhecimento
ao Egrégio Plenário da matéria constante do processo TC 1.725.12-87, apresentando o
seguinte despacho: "Submeto ao Egrégio Plenário a determinação de sustação do Pregão
Presencial 255/2012, aberto no âmbito da Secretaria Municipal da Saúde – SMS, que tem por
objeto a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de gestão de fluxo de
medicamentos e correlatos e de operação de logística em almoxarifado, de posse ou
propriedade da SMS, bem como a gestão de solução de automação nos pontos de consumo
que contemplem a solicitação de reposição, com abertura da sessão prevista para o dia
03/9/2012 às 10 horas, em cumprimento ao disposto no Regimento Interno desta Corte de
Contas, em especial nos artigos 31, inciso XVI, e 101, § 1º, alínea "d". A decisão de
suspensão foi respaldada no relatório técnico elaborado pela Subsecretaria de Fiscalização e
Controle pelos seguintes pontos: 1) há incoerência acerca da possibilidade ou não de
subcontratação de parte do objeto do contrato, já que a 3ª Comissão Permanente de
Licitações, após Consulta Pública, esclareceu em resposta à pergunta 08 que "Os serviços que
são vedados de subcontratação são aqueles que fazem parte da atividade fim do objeto
contratado", enquanto o item 10.2 da minuta do contrato veda a cessão, a subcontratação ou
transferência, no todo ou em parte, dos serviços a terceiros, constituindo infração passível das
cominações legais e contratuais cabíveis; 2) no que tange à realização das vistorias previstas
no item 1.3 do edital, falta clareza sobre a necessidade de serem vistoriadas todas as unidades
elencadas nos anexos I-B e I-C do edital ou bastaria a realização de vistoria por amostragem;
3) não há mapeamento da necessidade de instalação de equipamentos de informática nas
unidades consumidoras nem quais seriam estas unidades para a contratada viabilizar o
sistema eletrônico de gestão de consumo, conforme previsão do item 2.9 do Anexo I, sendo
impossível nestes termos estimar-se o custo destas instalações; 4) o subitem 7.3.3.2 do edital,
relativo à qualificação econômico-financeira, exige a apresentação de índice de liquidez
imediata menor que 1,00, apurado conforme o Anexo V, sendo exigência não usual e
restritiva, não representativa do risco que comprometa a participação no certame, motivo pelo
qual deve constar a devida justificativa da Origem nos autos do processo administrativo da
licitação para esta exigência, em atendimento ao § 5º do artigo 31 da Lei Federal 8.666/93.
Ademais, verifiquei que o modelo de proposta comercial do edital não condiz com os
serviços a serem prestados, devendo ser reformulado para adequar-se ao objeto licitado,
incluindo-se ainda prévia especificação sobre as condições, frequência e fiscalização das
entregas ordinárias e extraordinárias. Some-se também que no item I-C do Anexo I consta
que equipamentos não pertencentes ao município poderão ser abastecidos de insumos para
vacinação e enxoval do Programa Mãe Paulistana sem que haja, ao menos, estimativa de
quais seriam estes locais, seu número e a quantidade de entregas extraordinárias que
gerariam, o que compromete a adequada precificação do serviço. Também não há disposição
que estabeleça se a remuneração da entrega ordinária difere da extraordinária e quais os
requisitos a gerar a demanda por cada uma delas. No aspecto relativo à incoerência sobre a
possibilidade ou não de subcontratação de parte do objeto, de acordo com o edital a
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contratada implementará procedimentos de segurança que deverá necessariamente contemplar,
entre outros, alocação de segurança patrimonial uniformizada e armada 24 horas por dia com o
objetivo de preservar o estoque de medicamentos. Assim, se a subcontratação for vedada, o edital
demanda a exigência de comprovação desta aptidão técnica, motivo pelo qual se reforça que a
Origem deve aclarar se a subcontratação é possível ou não e, no caso positivo, para quais serviços
e, ainda, caso não seja possível a subcontratação da segurança armada, deve constar do edital a
qualificação técnica pertinente. Ainda a respeito da qualificação técnica, o edital demanda a
apresentação de comprovação de que a licitante possui seguros firmados e profissionais com
qualificação necessária para a execução do objeto licitado, inclusive farmacêutico e enfermeiro,
mediante a apresentação de registro da CTPS ou de contrato de prestação de serviços já no
momento de abertura da licitação, onerando indevidamente os eventuais licitantes, de modo que a
exigência deve ser feita somente do vencedor do certame, na contratação. Além destes motivos,
há ainda outros de cunho formal que necessitam ser aclarados, como a especificação da
abrangência dos seguros, sobre a documentação a ser apresentada pelos consorciados e sobre
parâmetros objetivos de frequência dos serviços de fumigação, dedetização, desratização e
descupinização, os quais integram o despacho de suspensão do pregão e já são do conhecimento
da Origem. Diante do exposto, submeto a presente decisão de suspensão do Pregão Presencial
255/2012 da SMS, proferida nos autos do TC 1.725.12-87, ao referendo deste Colegiado." Afinal,
o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro Maurício
Faria – Relator." (Certidão) Passou-se a Ordem do Dia. Preliminarmente, o Presidente
pronunciou-se nos seguintes termos: "Antes de iniciar a análise de meus processos são
necessárias algumas informações básicas. Os processos TCs 2.309.03-97, 3.508.05-10,
3.509.05-83, 3.248.05-00 e 2.344.05-50 foram relatados e votados na Sessão Ordinária
2.487ª, realizada em 05/05/2010, sendo proferido voto pela irregularidade do Edital da
Concorrência de Pré-qualificação 01/2003, da Concorrência 19/2003, do Contrato 70/2004,
da Concorrência 30/2003, do Contrato 86/2004, do seu Termo de Retirratificação 2004/A136,
do Contrato 236/2004 e pelo improvimento do recurso interposto pela Procuradoria da
Fazenda Municipal. Acompanharam o Relator, na íntegra, os Conselheiros Eurípedes Sales,
Revisor, e o Conselheiro Antonio Carlos Caruso. O TC 2.502.00-94 foi apenas relatado, não
tendo sido proferido voto. O Conselheiro Maurício Faria, naquela oportunidade, requereu
vista de todos os processos, devolvendo na Sessão 2.560ª os TCs 2.309.03-97, 3.508.05-10,
3.509.05-83, 3.248.05-00 e 2.344.05-50, proferindo voto pela regularidade de todos os
instrumentos e pelo provimento do recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda
Municipal. Na mesma Sessão (2.560ª), e antes da proclamação do resultado, quando havia
três votos pela irregularidade e um contra, do Conselheiro Maurício Faria, o Conselheiro
Vice-Presidente, à época, Antonio Carlos Caruso, requereu vista desses processos. Na Sessão
2.561ª, de 08 de junho de 2011, o Conselheiro Maurício Faria devolveu o TC 2.502.00-94 e,
ainda na fase de discussão, este Relator retirou o processo de pauta, nos termos do artigo 172,
inciso IV, do Regimento Interno deste Tribunal, para melhores estudos. Na Sessão 2.571ª, de
10 de agosto de 2011, o Conselheiro Antonio Carlos Caruso, Vice-Presidente, à época,
devolveu os TCs 2.309.03-97, 3.508.05-10, 3.509.05-83, 3.248.05-00 e 2.344.05-50,
oportunidade em que, ainda antes da proclamação do resultado, este Relator retirou todos os
processos de pauta, também com base no artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta
Corte, e em consideração aos questionamentos de alguns pontos feitos pelo Conselheiro
Maurício Faria. Todos os processos seguiram para dirimir essas dúvidas, ou seja, para a
apreciação da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, que nada acrescentou aos autos,
reiterando as suas conclusões anteriores em todos os processos, ou seja, pela irregularidade
de todos os instrumentos examinados, nos seguintes dizeres: 'Entendemos que a instrução do
presente feito, no âmbito de nossa atuação encontra-se concluída, nada mais havendo a
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acrescentar nesse momento processual.' A Procuradoria da Fazenda Municipal tomou ciência
e ratificou seus posicionamentos anteriores, e o Ministério Público do Estado de São Paulo
continuou a cobrança requisitando informações dos processos. Logo, por ocasião da
realização das Sessões Plenárias 2.561ª e 2.571ª retirei os processos de minha relatoria de
pauta na conformidade do que autoriza o inciso IV do artigo 172 do Regimento Interno deste
Tribunal de Contas, objetivando melhores estudos dos processados e dos questionamentos.
Nesta oportunidade, agora, estou incluindo na pauta os mesmos processos, de modo a
submeter aos Conselheiros integrantes deste Plenário toda a matéria tratada naqueles autos,
devolvendo-as, portanto, aos atuais julgadores. Até então, não foi proclamado nenhum
resultado de julgamento, pelo que, na conformidade do parágrafo único do artigo 174 do
nosso Regimento, a votação de cada Conselheiro ocorrerá segundo a sua convicção atual. No
caso de algum Conselheiro haver deixado de compor anteriormente o Plenário, ou nesta data
não mais faça parte do corpo de Conselheiros desta Corte, o voto poderá ser proferido pelo
Conselheiro que o substituir, até porque não se poderia cogitar do impedimento do pleno
exercício das prerrogativas que tem desde a sua posse como Conselheiro do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo. Assim, segundo impõe o artigo 162, § 2º, do Regimento
Interno, na qualidade de Relator dos processos acima referidos e com base em consulta que
fiz à Secretaria Geral que assim se manifestou e estou aqui relatando, passo a Presidência ao
Nobre Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, de modo que eu possa relatar e proferir o
meu voto." Solicitando a palavra, o Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria
indagou: "Senhor Presidente, só para eu entender a posição que Vossa Excelência está
apresentando. O Senhor se baseia no inciso IV do artigo 172, é isso?" O Presidente
esclareceu: "Vou repetir. Inciso IV do artigo 172 e artigo 174. O artigo 172 dispõe: 'O
julgamento poderá ser adiado, quer na fase de debates, quer na de votação, observadas as
normas do artigo 182, deste Regimento, quando: [...] IV - o Relator requerer a retirada de
pauta de processo a seu cargo, para inclusão em data posterior.' 'Art. 174 - Terminada a
votação, o Presidente proclamará o resultado à vista das anotações feitas pelo Secretário
Geral. Parágrafo único - Antes de proclamado o resultado da votação, qualquer Conselheiro
poderá modificar o seu voto, inclusive o Relator.' 'Art. 162 - A palavra será concedida a cada
Conselheiro, pela ordem indicada na pauta, consoante previsto no artigo 157, deste
Regimento, para relatar os processos a seu cargo. [...] § 2º - Nos processos em que for
Relator, o Presidente passará a Presidência ao seu substituto legal ou regimental, a fim de
discutir e votar a matéria.' São esses os artigos, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria."
Com a palavra, o Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria assim se expressou: "É
que, me parece, é uma situação atípica, porque a matéria foi levada a julgamento, os votos
foram proferidos e houve um pedido de vista, na época do Conselheiro Antonio Carlos
Caruso, diante do voto divergente que eu, na ocasião, apresentei, porque ele considerava a
hipótese de revisão do seu voto (uma vez já proferido, haveria essa hipótese da revisão do
voto preferido antes da proclamação do resultado). Por diversas circunstâncias, o Conselheiro
Caruso não formalizou uma alteração do seu voto que, então, se entende como proferido.
Então, ocorreu do Relator ter pedido a retirada da matéria de pauta. Eu não me lembro de
precedente de retirada de matéria de pauta nessa fase de tramitação, ou seja, proferidos os
votos, apenas se dependendo da proclamação do resultado, o Relator retirar o processo de
pauta me parece algo extraordinário, não é?" Em resposta, o Conselheiro Presidente
Edson Simões manifestou-se como segue: "Não, já houve isso, inclusive, outras vezes, faz
parte do Regimento e o Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria já usou desse artigo no
TC 1.019.00-29, Recurso, eu vou ler aqui o voto proferido pelo Conselheiro Vice-Presidente
Maurício Faria, TCs 6.524.97-00, 4.854.04-87 e 7.581.07-33. 'Nessa fase processual de
julgamento do Recurso, tratado no âmbito do TC (tal) peço vênia, com fundamento no
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disposto no parágrafo único do artigo 174 do Regimento Interno deste Tribunal para
acrescentar antes, portanto, da proclamação do resultado, as seguintes considerações à parte
do dispositivo do voto por mim proferido no presente feito, por ocasião da realização da
2.492ª Sessão Ordinária, frente aos argumentos que embasaram o voto então apresentado
pelo Conselheiro Relator Roberto Braguim [...]'" Ao ensejo, o Conselheiro Vice-Presidente
Maurício Faria observou: "Como o Senhor mencionou esse precedente, eu não entendi
exatamente o que ocorreu." O Conselheiro Presidente esclareceu: "Vossa Excelência tinha
dado um voto. Depois, como não tinha sido dado o veredicto final, Vossa Excelência voltou
atrás, com base nos artigos aqui citados." O Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria:
"Não, mas, isso! Eu revi o meu voto!" O Presidente Edson Simões: "Claro que sim." O
Conselheiro Maurício Faria: "Não, isso é uma coisa, eu estou me referindo que uma coisa é
o Conselheiro, antes da proclamação do resultado, ele rever o seu voto..." O Presidente:
"Não, mas faz parte do artigo. Se não houve conclusão, Conselheiro... Não havendo a
proclamação do resultado, o Regimento permite que os votos sejam alterados. Da mesma
forma, não tendo ocorrido o término do julgamento, o Regimento permite que o TC seja
retirado de pauta pelo Relator: é diferente do caso de conversão em diligência e pedido de
vistas pelos demais Conselheiros." Na sequência, o Conselheiro Vice-Presidente Maurício
Faria expressou-se nos seguintes termos: "Senhor Presidente, é que o Regimento tem que
ter uma racionalidade, porque, se for assim, o Relator relata a matéria e, quando ele percebe
que o seu voto eventualmente está sendo vencido no Pleno, antes da proclamação do
resultado, ele retira a matéria e fica aguardando a oportunidade para um outro julgamento,
anulando, a meu ver, de maneira indevida, o julgamento realizado, os votos proferidos.
Porque o que se está fazendo, na prática, é o seguinte: se eu assumo a Presidência, estaria
sendo anulado o voto que eu proferi e estaria sendo anulado o voto que o Conselheiro
Caruso, à época, proferiu! Então, é um precedente que teria que ser melhor ponderado." O
Presidente: "Eu submeto ao Plenário a decisão dessa questão." O Conselheiro Vice-
Presidente Maurício Faria prosseguiu: "Eu não estou adiantando nenhuma posição mais
radical, mas acho que é algo que não tem racionalidade para efeito da dinâmica do Pleno. Eu
entendo que, se a votação chegou ao estágio em que os votos foram proferidos, só existem
duas possibilidades, ou a revisão do voto por algum dos Conselheiros, e então se proclama o
resultado considerando essa revisão do voto, ou, se não houve a revisão, que é o que
aconteceu no caso do Conselheiro Caruso, então, o voto dele persiste com o conteúdo que
assumiu na ocasião. O que caberia, a meu ver, é Vossa Excelência, então, afirmar ou não
afirmar o conteúdo do seu voto. Então, se Vossa Excelência tem alguma outra consideração,
em função inclusive da argumentação..." O Presidente: "Não houve reinclusão, apenas
retirei de pauta! Não houve conclusão do julgamento! Então, isso se enquadra no disposto
nos artigos 172 e 174 do Regimento. Inclusive, a base foi a recomendação técnica da
Secretaria Geral em resposta à consultoria feita por mim. Assim, passo a palavra para a
Secretaria Geral se manifestar." Concedida a palavra ao Secretário Geral Murilo
Magalhães Castro, Sua Senhoria manifestou-se como segue: "Conselheiro. Com a devida
vênia, eu entendo, e assim me manifestei perante o Presidente, que o voto proferido em
qualquer das sessões que tenham ocorrido antes da proclamação do resultado significa apenas
o voto, sem nenhuma vinculação a coisa alguma, até porque o julgamento não ocorreu. No
julgamento, tanto isso é verdade, que o Conselheiro pode mudar esse voto, no momento em
que queira, antes de proclamado o resultado. Quando o processo é trazido, retirado de pauta,
nós estamos hoje diante de um novo julgamento. O que ocorreu anteriormente pouco importa
para esse novo julgamento. Não há reclamação nem invocação de nenhum voto proferido
antes. Claro que se conhece esses votos, porque eles estão nos autos que aí estão. Antes que o
julgamento seja declarado como proferido os votos se tornam absolutamente passíveis de
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modificação, seria como se não existissem. Poderia ocorrer, inclusive, em uma situação como
hoje, "eu me abstenho de votar", uma hipótese qualquer. Eu acho que a posição é resguardada
pelo Regimento. A seguir, o Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria assim se
pronunciou: "É uma questão de interpretação, também com todo o respeito, porque, na
minha visão, ocorre o seguinte: o Relator, tendo relatado e proferido o seu voto, o Revisor
tendo se manifestado como Revisor, vamos dizer assim, está superada essa situação de
Relator e Revisor! A matéria passa a ser de domínio do Pleno. O Pleno iniciou o julgamento,
os votos foram proferidos, eu insisto, Senhor Secretário Geral, para este precedente que é o
seguinte: por essa interpretação o Relator pode impedir o Pleno de exercer a sua função
julgadora! Basta que ele, percebendo que está com o seu voto de Relator em condições ou
caminhando para ser derrotado no Pleno, vencido no Pleno, ele retira! Depois que os votos já
foram proferidos! Então, acaba existindo um poder especial atribuído ao Relator que me
parece bastante, eu diria, impróprio, impróprio! No meu modo de entender, o que caberia,
neste momento, seria o seguinte: seria se retomar aquela Sessão deliberativa, o Presidente na
ocasião era o Conselheiro Braguim, este excepcionalmente assume a Presidência, e o
Conselheiro Edson Simões ou confirma o voto proferido ou revê o voto preferido, ou seja,
nós retomaríamos aquela Sessão de votação, de julgamento que teve essa excepcionalidade,
ou seja, houve uma situação que não está, a meu ver, com previsão nítida no Regimento.
Porque o Regimento diz o seguinte: 'Art. 172 - O julgamento poderá ser adiado, quer na fase
de debates, quer na de votação, observadas as normas do artigo 182, deste Regimento,
quando: [...] IV - o Relator requerer a retirada de pauta de processo a seu cargo, para inclusão
em data posterior.' Então, temos, quer na fase de debates, quer na de votação. Há uma
questão de interpretação que é saber o seguinte: a fase de votação, porque nós temos aqui, no
'Art. 174 - Terminada a votação, o Presidente proclamará o resultado à vista das anotações
feitas pelo Secretário Geral. Parágrafo único - Antes de proclamado o resultado da votação,
qualquer Conselheiro poderá modificar o seu voto [...]'. Então, o termo votação me parece
que está relacionado a essa dinâmica em que os Conselheiros proferem o voto, é a votação. A
consolidação da votação, enquanto resultado, pode estar sujeita a essa situação de revisão do
voto já proferido. Agora, essa decisão de anular uma votação já realizada porque então o
Relator decidiu pela retirada do processo, e já temos aqui uma situação que eu gostaria que
nós interpretássemos em termos conceituais, ou seja, um Conselheiro votou e, por uma série
de circunstâncias do processo institucional, esse Conselheiro já não está entre nós. Assumiu
um novo Conselheiro. Então, nós estaríamos anulando o voto do Conselheiro Caruso e
atribuindo, então, nessa matéria, essa condição de substituição pelo voto do Conselheiro
Dissei. Eu insisto, é claro que não há aqui nada nesse sentido, eu estou discutindo
conceitualmente. Existe a hipótese, então, de, se um Conselheiro está próximo da
aposentadoria compulsória, o Relator retira o processo quando percebe que o resultado da
votação é adverso ao seu voto de Relator e aguarda, então, uma nova configuração do Pleno.
Não estou dizendo que seja este caso! Não é este caso! Até porque o voto do Conselheiro
Caruso, que eu entendo que deveria ser consolidado, foi contrário ao meu voto. Então, da
minha parte, eu me sinto à vontade nesse sentido. Eu coloco a questão conceitualmente,
porque uma das questões que eu tenho me preocupado é a relação entre o Conselheiro
individualmente e o Pleno. É a supremacia do Pleno, é a visão de que o poder decisório da
instituição compete ao Pleno e que o Pleno, então, tem essa condição superior e que não é
adequado que nenhum Conselheiro individualmente possa influenciar no sentido de esvaziar
ou de comprometer competências próprias do Pleno. O que eu quero dizer é o seguinte, é que
eu entendo que deveríamos então discutir essa questão. Eu gostaria de ouvir a manifestação
dos pares sobre esse precedente que está sendo aberto e já adianto o seguinte: se prevalecer a
ideia de que se anulou aquela votação anterior, eu vou então ler o meu voto, aquele voto eu
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vou declarar como lido e quero que seja registrado o voto que eu proferi. Porque, inclusive,
vejam que situação: eu proferi um voto que, em princípio, seria um voto vencido, que era um
voto que trazia uma série de argumentos que eu entendi e entendo como bastante
estruturados, do ponto de vista técnico e do ponto de vista jurídico, a ponto, inclusive, do
Conselheiro Caruso, na época, ter manifestado que, diante do teor do meu voto, ele se sentia
impactado pelos argumentos e queria poder refletir mais a respeito do voto que eu proferi.
Também, de alguma maneira, eu devo entender que isso influenciou quando o Conselheiro
Relator adotou esse procedimento que foi chamado de retirada da pauta, que é um tratamento
que não houve conversão em diligência, mas a matéria retornou às áreas técnicas, ocorreram
novas manifestações próprias de processo instrutório que já estava vencido. Mas, enfim,
como é que ficamos do ponto de vista procedimental? O Senhor veja que há uma lógica que
não fecha, que é o seguinte: há um debate no Pleno. Um Conselheiro, ao votar, por último, na
época, profere um voto em que ele faz um esforço no sentido de um voto estruturado do
ponto de vista técnico e jurídico. O Conselheiro Caruso, já tendo votado, aponta que tinha
sentido a presença de argumentos novos que faziam com que ele quisesse, então, reexaminar
esses argumentos apresentados pelo último voto, o voto divergente, que seria o voto
minoritário. Essa situação leva, inclusive o Relator, no caso Vossa Excelência, a retirar de
pauta, sempre mantendo pendente essa figura da retirada de pauta nesse estágio, mas de
qualquer maneira uma retirada de pauta, o processo é enviado às áreas técnicas para um tipo
de instrução que eu não vejo bem o que seria, porque não houve formalização de
transformação ou de conversão em diligência, e retornou às áreas técnicas de uma maneira
que, a meu ver não está muito esclarecido o enquadramento procedimental, mas, de qualquer
forma indica que, também o Conselheiro Relator percebeu, na argumentação que o meu voto
trazia, que existiam argumentos que ele entendia que deveriam ser objeto de uma
manifestação especializada, digamos assim, e entendeu que deveria recorrer às áreas técnicas
para esse tipo de manifestação. E agora a matéria retorna e o meu voto é anulado! Vejam
bem, qual é a lógica disso? O meu voto é anulado! O voto que proferido na condição de voto
minoritário, teve esse efeito, de levar a uma reflexão, de produzir toda uma reconsideração no
sentido de avaliar argumentos e, agora, então, se volta a uma situação em que eu vou presidir
a Sessão e estará sendo anulado o meu voto anterior e haverá então um outro tipo de
deliberação da qual eu estarei excluído, por circunstâncias supostamente regimentais, mas
estarei excluído. Então, vejam bem que há uma estranheza nisso, do ponto de vista
substantivo, há algo de uma determinada anomalia nessa dinâmica, no meu modo de
entender." Fazendo uso da palavra, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro
ressaltou: "A última coisa que eu queria, Conselheiro, com todo o respeito, é estabelecer
qualquer tipo de polêmica com o Senhor, ou com qualquer outro dos Conselheiros que... eu
só gostaria de concluir..." O Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria: "Veja bem, se
eu discuto, eu já disse isso para os funcionários e não me arrependo disso, quando eu sento,
inclusive com um funcionário, e abro a discussão, na discussão não há hierarquia. Na
discussão há argumentos. Se eu me disponho a discutir, estou discutindo, então fique à
vontade para argumentar." Com a palavra, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro
assim se manifestou: "Perfeitamente. Muito bem, então vamos ver se eu consigo convencer
o Senhor pelos meus argumentos. Esses votos que foram proferidos nas sessões anteriores,
sejam quantas se realizaram, eles não se prestam a coisa nenhuma, eles não servem de
referência, de apoio para nada. Repito: eles não servem para nada. Exceto naquele momento
onde o Plenário eventualmente possa ter sido ilustrado pela profundidade, pela doutrinação,
pela cultura que o voto possa ter expandido. Mas ele, no julgamento não declarado, não
significa coisa alguma! Eu não posso estrear, iniciar uma execução, onde eu tenho em um
Órgão Especial, 24 votos a favor, iam para o julgamento e não foi proclamado, eu não
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executo decisão nenhuma, porque não houve decisão nenhuma! Os votos que foram..." O
Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria: "Mas a questão não é essa..." O Secretário
Geral Murilo Magalhães Castro prosseguiu: "Deixe eu só concluir, Conselheiro. Os votos
que foram proferidos aqui, com toda a intensidade que foram proferidos, no momento que
foram proferidos, quando o Senhor se referiu que o Relator pode se atrever a dizer "eu retiro
de pauta" quando ele sente que a situação está sob controle, o Relator não declara resultado!
Quem declara o resultado é o Presidente da Sessão, que não vota! Nessas situações
excepcionais o Presidente vota e o Regimento diz: como ele vota? Ele transfere a Presidência
para o Vice. E assim está sendo feito. Excepcionalmente, nesta oportunidade, o Senhor
evidentemente reclama e, quem sabe com uma certa razão, mas é contra o Regimento, que
gostaria de proferir o seu voto, que o Senhor já proferiu! Mas o seu voto, como dos outros
que proferiram votos vencedores, na época, não são chamados vencidos nem vencedores,
apenas, desculpe a expressão, não serviram para coisa alguma, exceto ilustrar o processo! É
apenas essa posição que eu gostaria de deixar, posto que a orientação foi minha e, "data
maxima venia", eu estou seguro a respeito da orientação que eu dei." O Conselheiro Vice-
Presidente Maurício Faria: "Veja bem, esta interpretação, no seu exemplo... Então, nós
estamos diante do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça. Há um Relator, ele relata a matéria e
vão sendo colhidos os votos. Então, no movimento de registro dos votos nós temos,
suponhamos, dez votos em uma direção e nove votos em outra direção. Há ausências e etc.
Então, o Relator pensa: 'Bem, essa matéria é importante para mim, existe tal Desembargador
de férias, tal outro afastado por motivo de doença, então, eu vou retirar de pauta antes da
proclamação do resultado.' Já foram todos os votos proferidos e ele verifica que há uma
desvantagem da posição dele e ele retira de pauta... O Senhor acha que é isso que é
regimental? O Senhor acha que isso é adequado?" O Secretário Geral: "Eu, sinceramente,
prefiro não discutir essa hipótese, porque eu estaria discutindo..." O Vice-Presidente
salientou: "Mas é isso que está acontecendo." O Secretário Geral: "Eu estaria discutindo a
hipótese de um Desembargador que preside o Tribunal e que, realmente, não estaria agindo
com a lealdade processual que seria..." O Vice-Presidente Maurício Faria: "Não é o
Presidente. Eu estou falando desse poder especial do Relator, que pode, então, retirar o
processo de julgamento, com os votos todos já proferidos, já definida uma correlação de
forças entre os votos, antes de proferido o resultado ele diz: 'Eu quero retirar de pauta
porque...' E por quê? 'Porque eu estou sendo derrotado. Então, eu vou retirar de pauta e
aguardar dias melhores de composição do Órgão Pleno.' É evidente que isto não é possível. É
evidente que isso não pode ter abrigo regimental." O Secretário Geral Murilo Magalhães
Castro: "Se o Regimento permite, Conselheiro, ele pode fazer. Agora, se ele vai ser criticado
por motivos a ou b, isso foge ao que o Regimento pode prever. O Regimento autorizou essa
hipótese e, se ele a usou nessa situação que o Senhor visualiza..." O Conselheiro Vice-
Presidente Maurício Faria: "Não. No meu entendimento, eu pedi o seguinte: se havia
precedente para esse tipo de situação. O Senhor Presidente mencionou uma outra situação
que é o fato de que no passado, segundo ele, e não cheguei a examinar, eu revi o meu voto.
Isso é outra coisa. Ninguém está discutindo e questionando que até a proclamação do
resultado o Conselheiro pode rever e mudar o voto. Isso é indiscutível." O Secretário Geral:
"Esta previsão não é minha, Conselheiro. Eu não trouxe esse julgamento à colação, eu,
Secretário Geral do Tribunal, não trouxe esse julgamento à colação. A minha posição é
simplesmente esta. Eu estou diante de um fato e apenas acho que vou me abster depois. Eu
estou relatando um fato processual. Ele foi retirado de pauta em data x, o julgamento não
havia ocorrido. Ponto. Retirou-se de pauta e ele está devolvendo hoje o processo para o
julgamento. Não tem que necessariamente aproveitar o que já houve anteriormente. Esses
votos não proclamados não existiram. E veja, hoje, se o julgamento se encerrar e for
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proclamado o julgamento, o julgamento terá ocorrido. Os votos vão ter força. Agora, o fato
de transmitir a Presidência a Vossa Excelência, como Conselheiro Vice-Presidente, é o
Regimento que determina. Era absolutamente imprevisível que Vossa Excelência houvesse
proferido um voto substancioso, culto, forte, com todos os arremates que lhe são peculiares
em data anterior e hoje o Senhor estar impedido de externar o mesmo voto porque o Senhor
não vai votar. O Vice-Presidente: "Mas não é essa a questão fundamental. Não é um apelo
meu pelo meu voto." O Secretário Geral: "Eu só digo o aspecto fático." O Conselheiro
Vice-Presidente Maurício Faria: "O que eu estou discutindo são critérios procedimentais."
Solicitando a palavra, o Conselheiro Eurípedes Sales manifestou-se nos seguintes
termos: "Para facilitar, porque não me lembrava deste pormenor, eu retiro o meu voto." O
Presidente Edson Simões: "Perfeitamente. Para resolver o problema, eu vou colocar em
votação para ratificar a posição do Regimento." Solicitando mais uma vez a palavra, o
Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria expressou-se como segue: "A questão é que,
"data venia", nós estejamos em um processo em que um erro se desdobra em outro. Não cabe
retirar voto. O que cabe é rever o voto. Ou se mantém o voto ou se muda o voto. Agora, não
votar... 'Retroativamente, eu quero declarar que eu não votei.' Não existe isso, com todo o
respeito." Prosseguindo, o Conselheiro Presidente Edson Simões enfatizou: "Conselheiro
Vice-Presidente Maurício Faria, eu vou colocar para manifestação do Colegiado, que é Pleno,
a decisão, além do Regimento dar total suporte. Portanto, está em votação essa questão.
Primeiro, a manifestação do Conselheiro Decano Eurípedes Sales." De posse da palavra, o
Conselheiro Eurípedes Sales assim se expressou: "Não, eu estou dizendo para facilitar.
Vamos rever tudo, vamos mudar tudo. Retiro meu voto." O Presidente: "Está colocado da
seguinte maneira, como já foi exaustivamente explicado aqui: trata-se de um novo
julgamento, em razão da retirada de pauta dos processos pelo Relator antes da proclamação
do resultado e, dessa forma, a votação será feita pelos Conselheiros que compõem o Pleno
nesta oportunidade, no exercício das suas atribuições constitucionais." O Conselheiro
Eurípedes Sales: "Não. É que para mim, Senhor Presidente, me pareceu uma matéria
tranquila." O Presidente: "Claro que é. É tranquila a matéria." O Conselheiro Eurípedes
Sales prosseguiu: "Parecia-me tranquila a matéria, porque, por contingência administrativa,
o Nobre Conselheiro Maurício Faria é Vice-Presidente. Se nós, por ventura, houvéssemos
proferido a eleição de Vice-Presidente ao Nobre Conselheiro Roberto Braguim, não teríamos
esta questão. O Nobre Conselheiro Roberto Braguim iria assumir, como sempre ocorreu no
Tribunal. Então, para mim está meio estranho. Eu só estou querendo ajudar a resolver. Eu
voto com Vossa Excelência." O Conselheiro Presidente Edson Simões deu continuidade:
"Perfeitamente. Então, o primeiro voto é favorável à introdução que fiz, no sentido de que
este é um novo julgamento, já que, na qualidade de relator retirei a matéria de pauta, antes da
proclamação do resultado, e, assim, a composição do Pleno nesta oportunidade é quem
proferirá os votos. Conselheiro Corregedor Roberto Braguim, submetendo ao Pleno,
conforme proposta do Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria." Usando a palavra, o
Conselheiro Corregedor Roberto Braguim pronunciou-se como segue: "É uma nova
situação, atípica, mas é uma nova situação. De modo que Vossa Excelência retirou, conforme
lhe dá amparo o artigo 172, inciso IV, reintroduz a matéria, diga-se que não há nenhuma
hipótese de qualquer um dos votos serem decisivos para tal ou qual tese, de modo que nós
estamos, então, reiniciando os trabalhos. E não estamos dessa forma, impedindo o
Conselheiro Domingos Dissei de votar. Porque ele está aqui no Pleno exercício também da
Magistratura e pretende votar, também, a matéria, de modo que eu acompanho a Vossa
sustentação." Concedida a palavra ao Conselheiro Domingos Dissei, Sua Excelência
assim se manifestou: "Eu vou acompanhar a introdução de Vossa Excelência." Na
sequência, solicitando a palavra, o Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria
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pronunciou-se nos seguintes termos: "Senhor Presidente, eu queria, então, diante dessa
realidade, eu queria apresentar minha renúncia a Vice-Presidência do Tribunal. Então, é isso.
Eu não vou Presidir." Ao ensejo, o Presidente indagou: "Só uma pergunta, Conselheiro
Vice-Presidente, transitória ou definitiva?" O Conselheiro Maurício Faria respondeu
como segue: "Por uma série de outras razões, e eu já tenho conversado com Vossa
Excelência, e isso, hoje, para mim, é a gota d'água. Eu não me sinto bem de exercer uma
função que, na verdade, é uma função que não me dá nenhuma atribuição concreta, do ponto
de vista do Tribunal, as coisas que eu fazia, e como sempre procurei colaborar, vou continuar
colaborando, inclusive, com a Presidência. Eu já fazia isso antes de ser o Vice-Presidente.
Mas, acho que essa decisão, hoje, tem para mim um significado importante. Eu tenho
insistido em várias situações em que, no meu entendimento, há uma distorção, em que se
atribui a Conselheiro individualmente uma condição de se impor ao Pleno, de submeter o
Pleno. Inclusive, existe agora uma proposta de se retirar do Regimento o dispositivo que
regulamenta a devolução de matérias sujeitas a pedido de vista, que seria, então, se aceita
essa proposta, seria, exatamente, formalizar, colocar no Regimento a disposição seguinte:
aquele que pede vista é dono do processo de maneira absoluta. Ele já não terá, então, nenhum
tipo de obrigação de devolução da matéria sob pedido de vista, e, portanto, ele poderá "ad
eternum" permanecer com aquela matéria sob o seu domínio. Nenhum outro Tribunal de
Contas, nem Órgãos Colegiados da Magistratura, que eu conheça, tem esse tipo de
dispositivo. Isso foi proposto. O Senhor Secretário Geral, por instruções da Presidência,
preparou essa proposta. Também tenho insistido na importância de que os atos de suspensão
cautelar de licitação sejam trazidos ao referendo do Pleno. Isso para mim tem um conteúdo
processual, e nós temos tido uma situação em que o Regimento prevê a submissão ao
referendo do Pleno, mas fica a critério do Conselheiro cumprir ou não o Regimento quanto a
este dispositivo. Ele não é alterado, está vigendo, mas não é observado, homogeneamente,
uniformemente, pelos Conselheiros. Então, há toda uma situação que me parece que é muito
desgastante." O Conselheiro Presidente Edson Simões: "Nessas condições, conforme
orientação regimental, o Conselheiro Decano assume os trabalhos." Fazendo uso da
palavra, o Conselheiro Eurípedes Sales observou: "Eu acho que não. Eu acho que nós
teríamos que suspender esta Sessão para a eleição do novo Vice-Presidente, para
prosseguirmos a Sessão. "Data maxima venia". O Presidente: "Perfeito. Suspendo a Sessão
para nós resolvermos esta questão imediatamente, conforme a proposta feita." O
Conselheiro Maurício Faria: "De pronto, ao mesmo tempo que eu renuncio, eu gostaria,
inclusive..." O Conselheiro Eurípedes Sales ponderou: "Não sei se é agora. Não sei...
"Data maxima venia", seria preciso suspender a Sessão. Depois, faz-se a eleição do Vice-
Presidente, diante da renúncia. Tendo um Vice-Presidente, a Sessão poderia ocorrer dentro
dos parâmetros legais." A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões submeteu a
proposta do Conselheiro Eurípedes Sales ao referendo do Conselheiro Corregedor Roberto
Braguim e do Conselheiro Domingos Dissei, que aprovaram a referida proposta. O
Presidente: "Aprovado. Está suspensa. Vamos fazer uma reunião administrativa nesse
momento aqui na Sala das Becas. Rapidamente." O Conselheiro Eurípedes Sales: "Não.
Esta matéria fica suspensa e a Sessão inteira, porque, de fato, não temos Vice-Presidente."
Na sequência, O Presidente Edson Simões concluiu: "Exatamente. Então, eu estava
suspendendo a Sessão para nós fazermos uma conversa rápida aqui no fundo. Vamos lá. Está
suspensa a Sessão por alguns minutos." [SUSPENSÃO PARA REUNIÃO] Reiniciando a
Sessão, o Presidente manifestou-se como segue: "Reaberta a Sessão. Há número legal. Sob
a proteção de Deus, reiniciamos os trabalhos da Sessão Ordinária 2.631ª. Após deliberação
do Colegiado, fica suspensa esta Sessão Ordinária e fica convocada para a próxima quarta-
feira, dia 10 de setembro, às 11 horas, uma Sessão Especial para deliberação e votação da
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Vice-Presidência. E, à tarde, está convocada a retomada da Sessão 2.631ª, às 15 horas.
Encerrada a Sessão." Nada mais havendo a tratar, às 16 horas, o Presidente suspendeu a
sessão. Posteriormente, aos treze dias do mês de setembro de 2012, às 14h50min, no
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, foram reiniciados os trabalhos desta sessão, sob
a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Roberto Braguim,
Vice-Presidente, Eurípedes Sales, Maurício Faria e Domingos Dissei, o Secretário Geral
Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, a Procuradora
Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia e a Procuradora Claudia
Adri de Vasconcellos. A Presidência: "Há número legal. Está reaberta a sessão. Sob a
proteção de Deus, damos prosseguimento aos trabalhos da Sessão Ordinária de nº 2.631,
iniciada e suspensa em 05/9/2012." Preliminarmente, a Corte registrou a presença em
Plenário da Doutora Gabriela Braz Aidar, Advogada do Escritório Duarte Garcia, Caselli
Guimarães e Terra Advogados. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu
conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no
período de 03 a 06 de setembro de 2012: Dia 3, às 8 horas – O Presidente Edson Simões
reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo Magalhães Castro; o Subsecretário de Fiscalização
e Controle, Lívio Fornazieri; a Assessora Jurídica Chefe do Controle Externo, Izabel
Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis;
o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo, e o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel
Kirsten, para reunião da Alta Direção. Às 13 horas – Recebeu a visita do Presidente da
editora Fórum, Luiz Cláudio Rodrigues Ferreira, que fez um convite para que coordene uma
das mesas do Fórum Brasileiro de Direito Financeiro, a ser realizado em novembro. No
período da tarde, analisou processos. Dia 4, às 8 horas – Reunião de pauta com Assessores do
seu Gabinete. Às 10h30min – Recebeu a visita de cortesia do Advogado e ex-Deputado Federal
Airton Soares. No período da tarde, analisou processos. Dia 5, às 10h30min – Recebeu a visita
de cortesia do Diretor de Parques da Secretaria do Verde e Meio Ambiente e ex-Subprefeito
de Capela do Socorro, Valdir Ferreira. Às 15 horas – Presidiu a 2.631ª Sessão Plenária
Ordinária. Dia 6, no período da manhã, reuniu-se com Assessores do seu Gabinete e realizou
despachos administrativos. No período da tarde, recebeu e analisou os relatórios de atividades
semanais das diversas áreas do TCM. Dia 7 – Feriado. Prosseguindo, o Presidente submeteu
ao Egrégio Plenário os seguintes processos: 1) TC 1.689.12-15 – Conselheiro Domingos Dissei
"Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Roberto Braguim, Vice-Presidente, Eurípedes
Sales e Maurício Faria, o Plenário resolveu deferir o requerimento do Conselheiro Domingos
Dissei, objeto do citado processo. Impedido o Interessado." 2) TC 3.013.11-76 – TCMSP –
Amandio Martins – Comissionamento nesta Corte "Pela deliberação dos Senhores
Conselheiros Roberto Braguim, Vice-Presidente, Eurípedes Sales, Maurício Faria, e
Domingos Dissei, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de
solicitar o comissionamento do Servidor Amandio Martins, Especialista em Desenvolvimento
Urbano/Engenharia, RF nº 646.301.1, lotado na Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e
Recreação – SEME, para, com prejuízo das funções, mas sem prejuízo dos vencimentos,
direitos e demais vantagens do seu cargo, prestar serviços junto a este Tribunal, até 31 de
dezembro de 2012." A seguir a Presidência informou que no dia 11 de abril do corrente ano,
através do Ofício 52/2012, o seu Presidente, Doutor Rubens Aprobato Machado, solicitou
para a Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo,
a cessão do Plenário deste Tribunal, para uso daquela entidade, para a cerimônia de entrega
dos diplomas aos alunos que concluíram os cursos de especialização da Escola Superior de
Advocacia, a ser realizada na data de hoje, a partir das 19 horas. O Doutor Rubens Aprobato
Machado convida todos os Conselheiros, portanto o Colegiado, para a Solenidade, a partir
das 19 horas. Na sequência, concedeu a palavra aos Senhores Conselheiros, para qualquer
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comunicação à Corte. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões, a fim de que
pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Roberto
Braguim que assumisse a direção dos trabalhos. Prosseguindo, o Presidente em exercício
concedeu a palavra ao Conselheiro Edson Simões, que passou a relatar os processos de sua
pauta. – JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS RELATADOS PELO
CONSELHEIRO PRESIDENTE EDSON SIMÕES (na qualidade de Relator) – a)
Recursos: 1) TC 2.309.03-97 – Recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM
interposto contra o V. Acórdão de 30/3/2005 – Relator Conselheiro Roberto Braguim –
Agiltec Ltda. – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Representação solicitando a apuração
da regularidade do Edital de Pré-Qualificação 001/2003 promovido pela SPTrans para
seleção de empresa ou consórcio de empresas para participação de futura concorrência, do
tipo menor preço, com vistas à prestação de serviços de execução das obras da infraestrutura
para implantação do Ramal Vila Prudente (VLP), do entroncamento da linha Sacomã/Parque
Dom Pedro II até a Avenida Salim Farah Maluf, e dos terminais de integração da extensão
São Matheus ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.508.05-10 e
3.509.05-83 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o
Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município
de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer do recurso ordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, eis
que preenchidos os requisitos de admissibilidade dispostos no artigo 55 do Regimento
Interno deste Tribunal. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos
Conselheiros Edson Simões – Relator, Eurípedes Sales – Revisor e Domingos Dissei, em
negar-lhe provimento, mantendo-se o V. Acórdão recorrido por seus próprios fundamentos.
Vencido, quanto ao mérito, o Conselheiro Maurício Faria, que, nos termos de seu voto
apresentado em separado, deu provimento ao apelo, julgando regular o Edital de Pré-
Qualificação 001/2003. Relatório e voto englobados: v. TC 3.509.05-83. Voto em separado
englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 3.509.05-83. Participaram
do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos
Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva
Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de setembro de 2012. a) Roberto
Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." b)
Diversos: 2) TC 3.508.05-10 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Análise do Edital de
Pré-Qualificação 001/2003, cujo objeto é a seleção de empresas ou consórcio de empresas
para participação de futura concorrência, do tipo menor preço, com vistas à prestação de
serviços de execução das obras de infraestrutura para implantação do Ramal Vila Prudente
(VLP), do entroncamento da linha Sacomã/Parque Dom Pedro II, até a Avenida Salim Farah
Maluf e dos terminais de integração da extensão São Matheus ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados englobadamente com os TCs 2.309.03-97 e 3.509.05-83, e discutidos estes autos,
dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório e voto do
Conselheiro Edson Simões – Relator, bem assim pelos votos dos Conselheiros Eurípedes
Sales – Revisor e Domingos Dissei, em julgar irregular o Edital de Pré-Qualificação
001/2003 pelas seguintes razões: 1. não autuação de Processo Administrativo; 2. existência
de exigências restritivas relativas à comprovação da qualificação técnica; 3. previsão de
recursos sujeita a aprovação de Lei Orçamentária; e 4. ausência de projeto básico. Acordam,
ademais, por maioria, pelos mesmos votos, em aplicar, com fundamento no artigo 52 e
seguintes da Lei Municipal 9.167/80, a multa no valor de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais
e vinte e oito centavos) à Autoridade que homologou os resultados da pré-qualificação.
Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar a expedição de ofício,
13
acompanhado de cópia do relatório e voto e do presente Acórdão, ao Ministério Público do
Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em
resposta aos requerimentos feitos nos autos. Acordam, também, por maioria, pelos mesmos
votos, em determinar, para ciência, a expedição de ofício, acompanhado de cópia do presente
Acórdão, à São Paulo Transporte S.A., bem como aos responsáveis pelos atos imputados nos
autos. Acordam, afinal, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar, para ciência, a
expedição de ofício, acompanhado de cópia do presente Acórdão, à Procuradoria Geral do
Município para que adote as medidas cabíveis quanto à eventual reparação de prejuízos e
responsabilização dos Gestores Públicos, bem como ao Prefeito e à Câmara Municipal de São
Paulo. Vencido o Conselheiro Maurício Faria, que, nos termos de seu voto apresentado em
separado, julgou regular o edital de Pré-Qualificação 001/2003. Relatório e voto
englobados: v. TC 3.509.05-83. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro
Maurício Faria: v. TC 3.509.05-83. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes
Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da
Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 13 de setembro de 2012. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício
da Presidência; a) Edson Simões – Relator." c) Contratos: 3) TC 3.509.05-83 – São Paulo
Transporte S.A. – SPTrans e Consórcio Carioca/Andrade Gutierrez – Concorrência 019/2003
– Contrato 2004/070 R$ 90.365.775,15 – Prestação de serviços de execução de obras civis a
serem realizadas na implantação do Ramal Vila Prudente, do entroncamento da linha
Sacomã/Parque Dom Pedro II, até o Viaduto sobre a Avenida Salim Farah Maluf, terminais
São Lucas e COHAB-SP Teotônio e sistemas eletrônicos ACÓRDÃO: "Vistos, relatados
englobadamente com os TCs 2.309.03-97 e 3.508.05-10 e discutidos estes autos, dos quais é
Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro
Edson Simões – Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor
e Domingos Dissei, em julgar irregulares a Concorrência 019/2003 e o Contrato 2004/70,
pelas seguintes razões: 1. não autuação de Processo Administrativo; 2. existência de
exigências restritivas relativas à comprovação da qualificação técnica; 3. previsão de recursos
sujeita a aprovação de Lei Orçamentária; e 4. ausência de projeto básico. Acordam, também,
por maioria, pelos mesmos votos, em deixar de acolher os efeitos financeiros do contrato.
Acordam, ademais, por maioria, pelos mesmos votos, em aplicar, com fundamento no artigo
52 e seguintes da Lei Municipal 9.167/80, a multa no valor de R$ 512,28 (quinhentos e doze
reais e vinte e oito centavos) à Autoridade que homologou os resultados da concorrência, aos
ordenadores de despesa e signatários do contrato, todos identificados nos autos. Acordam,
ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar a expedição de ofício, acompanhado
de cópia do relatório e voto e do presente Acórdão, ao Ministério Público do Estado de São
Paulo – Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em resposta aos
requerimentos feitos nos autos. Acordam, também, por maioria, pelos mesmos votos, em
determinar, para ciência, a expedição de ofício, acompanhado do presente Acórdão, à São
Paulo Transporte S.A. e aos responsáveis pelos atos imputados nos autos. Acordam,
outrossim, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar, para ciência, a expedição de
ofício, com cópia do presente Acórdão, à Procuradoria Geral do Município para que adote as
medidas cabíveis quanto à eventual reparação de prejuízos e responsabilização dos Gestores
Públicos, bem como ao Prefeito e à Câmara Municipal de São Paulo. Vencido o Conselheiro
Maurício Faria, que, nos termos de seu voto apresentado em separado, julgou regulares a
Concorrência Pública 19/2003 e o Contrato 2004/70. Acordam, afinal, à unanimidade, em
determinar que a Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte realize o
acompanhamento contábil da execução do Contrato 2004/70. Relatório englobado: Cuidam
14
os autos do TC 3.508.05-10 da análise da concorrência de Pré-Qualificação nº 01/03,
promovida pela São Paulo Transporte S.A., objetivando a seleção de empresas ou consórcio
de empresas para a participação de futura Concorrência, do tipo menor preço, com vistas à
execução das obras de infraestrutura para implantação do Ramal Vila Prudente do VLP
(Veículo Leve Sobre Pneus), popularmente conhecido como Fura-Fila, no entroncamento da
Linha Sacomã/Parque Dom Pedro II até a Avenida Salim Farah Maluf, e dos Terminais de
Integração da extensão São Mateus. Inicialmente, importante consignar que a abertura do
processo licitatório foi autorizado por meio da Resolução SPTrans nº 53, de 25/02/2003 ao
custo estimado de R$ 47.080.000,00 (quarenta e sete milhões e oitenta mil reais)1, valor este
equivalente a R$ 77.374.054,03 (setenta e sete milhões, trezentos e setenta e quatro mil,
cinquenta e quatro reais e três centavos) se atualizado para julho/2012, pelo Índice de Preços
ao Consumidor Amplo – IPCA, com previsão de conclusão em 12 (doze) meses, contados da
emissão da Ordem de Serviço. Contudo, por meio da Resolução nº 99, de 14/04/03, houve a
alteração do tipo de licitação "técnica e preço" para o tipo "menor preço", precedido de
procedimento de pré-qualificação, nos moldes do artigo 1142 da Lei Federal nº 8.666/93. A
mesma Resolução, também, aprovou o acréscimo, ao objeto, da execução dos Terminais
COHAB/Teotônio e São Lucas, resultando na elevação do custo estimado para R$
74.000.000,00 (setenta e quatro milhões de reais), equivalente a R$ 118.889.833,64 (cento e
dezoito milhões, oitocentos e oitenta e nove mil, oitocentos e trinta e três reais e sessenta e
quatro centavos) se atualizado para julho/20123. Em outubro de 2003, foi procedida
retirratificação da Resolução anterior (nº 99/03) para a atualização dos preços unitários de
março/03 para agosto/03 e alteração do prazo de execução para 15 (quinze) meses, passando
o valor estimado ao montante de R$ 91.183.988,46 (noventa e um milhões, cento e oitenta e
três mil, novecentos e oitenta e oito reais e quarenta e seis centavos), correspondente a R$
143.049.823,63 (cento e quarenta e três milhões, quarenta e nove mil, oitocentos e vinte e três
reais e sessenta e três centavos), se atualizado para julho/20124. O relatório inicial da
Auditoria concluiu pela irregularidade da Pré-Qualificação, em face das seguintes
constatações: 1) não autuação de Processo Administrativo, infringindo o disposto no artigo
38, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, combinado com o artigo 2º do Decreto Municipal nº
41.772/02; 2) existência de exigências restritivas relativas à comprovação da qualificação
técnica, afrontando o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, o inciso I do § 1º do
artigo 3º5 da Lei 8.666/93 e os §§ 1º, 3º e 5º do inciso I do artigo 30
6 do mesmo Diploma
1 Equivalente a R$ 77.374.054,03 se atualizado para jul/2012, pelo índice de preços ao consumidor amplo –
IPCA. 2 Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser
procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da qualificação técnica dos
interessados. 3 valor equivalente a R$ 118.889.833,64 se atualizado para jul/2012, pelo índice de preços ao consumidor amplo
– IPCA 4 Equivalente da R$ 143.049.823,63, se atualizado para jul/2012, atualizado pelo índice de preços ao
consumidor amplo – IPCA 5 Art. 3
o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a
proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os
princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos;
§1o - É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam,
restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da
naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante
para o específico objeto do contrato.
15
legal; 3) previsão de recursos sujeita à aprovação de Lei Orçamentária, com ofensa ao artigo
7º7 da Lei 8.666/93; 4) ausência de projeto básico, em desacordo com o disposto no inciso I
do artigo 7º, da Lei Federal nº 8.666/93; 5) ausência dos motivos de inabilitação das
licitantes; e 6) ausência de divulgação do edital na internet, conforme exigência contida no
artigo 9º do Decreto Municipal nº 41.772/02 (folhas 279/286 do TC 3.508.05-10). Sucedeu às
folhas 290/296, parecer jurídico acompanhando o entendimento da Auditoria pela
irregularidade do procedimento de pré-qualificação, às folhas 357/361 manifestação da São
Paulo Transporte8 e, às folhas 309/351, 416/418 e 364/370, novos pronunciamentos da
Subsecretaria de Fiscalização e Controle e da Assessoria Jurídica de Controle Externo no
sentido da permanência das irregularidades anteriormente apontadas. Após a apresentação
das defesas do Presidente da Comissão de Licitação e demais Membros9, e do Diretor
Presidente10
da SPTrans, à época dos fatos, às folhas 382/412, a Coordenadoria V ratificou
sua conclusão inicial pela irregularidade do procedimento, afastando, todavia, as ressalvas
mencionadas nos itens "5" e "6" acima citados, no que foi integralmente apoiada pela última
manifestação da Assessoria Jurídica (folhas 455/456 e 457/473). A Procuradoria da Fazenda
Municipal, com esteio nos argumentos da Origem, propôs o acolhimento da pré-qualificação
(folhas 475/476). A Secretaria Geral acompanhou, na íntegra, o posicionamento dos Órgãos
Técnicos e propugnou pela irregularidade do procedimento de pré-qualificação (folhas
478/483). O TC 2.309.03-97, ora julgado de forma englobada, trata de recurso ordinário
interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal em face do Acórdão11
de folhas 169/170,
6 Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:
§ 1º - A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes
a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado,
devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a: (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994)
I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data
prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade
competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características
semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da
licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de
1994) (...)
§ 3o - Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certidões ou atestados de obras ou serviços
similares de complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior; (...)
§ 5o - É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou
ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação. 7 Art. 7
o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste
artigo e, em particular, à seguinte sequência; (...)
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art.
165 da Constituição Federal, quando for o caso. 8 Manifestações da SPTrans assinadas pelo Sr. Gerson Luis Bittencourt, na qualidade de Diretor Presidente da
SPTrans à época dos fatos. 9 Membros da Comissão de Licitação e Presidente da Comissão, respectivamente: Vanice Maria Cobêro Dos
Santos, Vera Lúcia Conceição Caprioli Gutierrez e Waldomiro Carlos Moreira 10
Sr. Gerson Luis Bittencourt. Identificado à folha 382. 11
"Acordam...quanto ao mérito, no tocante à impugnação do Índice Geral de Endividamento fixado no edital
epigrafado, em julgá-la improcedente. (...), em julgar procedente a representação formulada quanto à exigência
editalícia da capacitação técnico-profissional por apenas três atestados, fato que caracteriza restrição à
competitividade do certame, em afronta ao artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal e aos artigos 3º,
parágrafo 1º, inciso I, e, e 30, parágrafos 3º e 5º, da Lei Federal 8.666/93, determinando que se oficie à
representada, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, para que promova a devida
adequação.".
16
que julgou procedente Representação oposta pela empresa Agiltec Ltda., em que alegava a
presença de irregularidades no Edital da supra relatada Pré-qualificação nº 01/2003. A
Coordenadoria V, a Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram
pelo conhecimento do recurso e, no mérito, por seu improvimento, por entenderem que não
foram apresentados argumentos capazes de alterar a decisão recorrida (folhas 221/221v,
223/226 e 236/237 do TC 2.309/03-97). A Procuradoria da Fazenda Municipal reiterou suas
razões de recurso, requerendo o conhecimento e provimento do apelo, a fim de reformar a
decisão recorrida, tornando improcedente a Representação (folha 234). O TC nº 3.509.05-83,
também apreciado de forma conjunta, cuidou da análise da Concorrência nº 019/03 e do
Contrato nº 70/2004 dela decorrente, firmado entre a São Paulo Transporte S.A. e o
Consórcio Carioca/Andrade Gutierrez, formado pelas empresas Carioca Christiani Nielsen e
Andrade Gutierrez, visando à execução das obras do ramal Vila Prudente do VLP (Veículo
Leve Sobre Pneus) já mencionado acima, "obras no entroncamento da linha Sacomã/Parque
Dom Pedro II, até o viaduto sobre a Av. Salim Farah Maluf, Terminais São Lucas e COHAB
/Teotônio e Sistema Eletrônico – VLP", no valor de R$ 90.365.775,15 (noventa milhões,
trezentos e sessenta e cinco mil, setecentos e setenta e cinco reais e quinze centavos),
equivalente a R$ 135.076.035,59 (cento e trinta e cinco milhões, setenta e seis mil, trinta e
cinco reais e cinquenta e nove centavos) se atualizado para julho/201212
. A conclusão inicial
da Coordenadoria V, acompanhada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, foi pela
irregularidade da Concorrência e do Contrato, em razão das seguintes impropriedades: Na
Concorrência: 1) decorrer de procedimento de Pré-Qualificação, analisado no TC nº
3.508.05-10, considerado irregular; 2) não autuação de Processo Administrativo, infringindo
o disposto no artigo 38,13
caput, da Lei Federal nº 8.666/93, combinado com o artigo 2º do
Decreto Municipal nº 41.772/02; 3) previsão de recursos orçamentários sujeita à aprovação
de Lei Orçamentária; e 4) ausência de projeto básico, infringindo o disposto no inciso I do
artigo 7º da Lei 8.666/93 e ausência de apresentação do cronograma físico-financeiro,
infringindo o inciso III do § 2º do artigo 7º14
, combinado com o artigo 116, incisos III e V, do
§ 1º, também da Lei 8.666/93. No Contrato: 1) previsão de recursos sujeita à aprovação da
Lei Orçamentária; e 2) decorrer de licitação considerada irregular (folhas 432/441 e
602/603). Sobreveio aprofundada instrução processual com a apresentação de
esclarecimentos pela São Paulo Transporte15
às folhas 460/492, pelo Diretor Presidente16
à
época dos fatos, e pela então Gerente Geral do Gabinete da Presidência17
, às folhas 533/542 e
544/557, seguida de oferecimento de defesa pelo Presidente e demais Membros integrantes
da Comissão de Licitação18
, às folhas 573/598 e, por fim, novas manifestações da
Subsecretaria de Fiscalização e Controle às folhas 497/500 e 560/564 e da Assessoria
Jurídica, às folhas 445/447 e 503/512. O último pronunciamento exarado pela Auditoria foi
no sentido de que as defesas apresentadas não tiveram o condão de afastar as irregularidades
12
Equivalente a R$ 135.076.035,59 se atualizado para jul/ 2012, se atualizado pelo índice IPCA. 13
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente
autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do
recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente 14
Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste
artigo e, em particular, à seguinte sequência: (...)
§ 2o - As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: (...)
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; 15
São Paulo Transporte S/A: na pessoa Sr. Gerson Luis Bittencourt. 16
Sr. Gerson Luis Bittencourt 17
Sra. Ana Maria de Andrade 18
Membros da Comissão e presidente da Comissão, respectivamente: Vanice Maria Cobêro Dos Santos, Vera
Lucia Conceição Caprioli Gutierrez e Waldomiro Carlos Moreira
17
inicialmente apontadas (folhas 432/441). A Assessoria Jurídica de Controle Externo, em sua
manifestação derradeira, acompanhou, na íntegra, o entendimento da Especializada,
mantendo o seu parecer pela irregularidade da Concorrência e do Contrato. Ademais,
colacionou a informação de que o tema em debate é tratado perante o Tribunal de Contas da
União, nos autos dos processos nºs 7.131/2006 e 9.739/2007, no qual foram apontadas
irregularidades no Edital 1/2003, na Concorrência 18/2003 e no Contrato 70/2004 (que
também se utilizou de recursos provenientes da União) (folhas 605/608 e 620/621). O Órgão
Fazendário, perfilhando dos argumentos aventados pela Origem, propugnou pela
regularidade dos instrumentos (folhas 665/666). A Secretaria Geral, por seu turno, na senda
do exposto pelos Órgãos Técnicos, opinou pela irregularidade da Concorrência e do Contrato,
salientando que a falta de autuação do processo administrativo, bastaria para comprometer
todo o procedimento, por se tratar de formalidade essencial. Não obstante, destacou serem
também irregulares a falta de projeto básico e o fato da previsão de recursos encontrar-se
sujeita à aprovação de Lei Orçamentária, por se tratarem de pressupostos indispensáveis à
instauração do procedimento licitatório (folhas 668/677). Ressalte-se, por fim, que o
Ministério Público do Estado de São Paulo, Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e
Social da Capital, requisitou informações sobre os processos. É o relatório. Concedida a
palavra ao Conselheiro Maurício Faria, Sua Excelência fez as seguintes ponderações:
"Estou passando cópias da minha manifestação para que, então, todos possam acompanhá-la
nessa fase de discussão. Senhor Presidente, Nobres Conselheiros, Douta Procuradoria,
Senhor Secretário Geral, Senhora Subsecretária. Nesta fase, tratada como de discussão,
entendo necessário um breve registro no sentido de que na Sessão Ordinária de nº 2.631,
realizada no dia 05 próximo passado, houve deliberação para que "agora", neste momento da
marcha processual, fosse iniciada uma nova formação do corpo de julgadores e nova coleta
de votos ou, em outros termos, uma efetiva inauguração da fase de votação, mesmo após ter
sido a matéria devolvida pelo Conselheiro Relator, em razão de requerimento para a retirada
dos autos com o julgamento já em curso, com votos exarados por todo o Colegiado e
restando tão somente a necessidade de proclamação do resultado. Em verdade, tal
requerimento para retirada de pauta deveria desaguar unicamente em dois encaminhamentos:
1) na conversão do julgamento em diligência, quando apontado que a instrução não permitiu
que os julgadores colhessem elementos suficientes para formar suas respectivas convicções
(o que não ocorreu "in casu" e o detalhamento dos votos proferidos demonstra isso); 2) na
possibilidade de reexaminar o voto já proferido, em face dos argumentos dos votos dos pares,
culminando com a simples ratificação de sua posição ou declaração de voto que reforce seus
argumentos anteriores (cabendo lembrar que o Conselheiro Antonio Carlos Caruso desta
forma se amparou na disposição regimental prevista no artigo 174) ou, de outra forma,
retificar seu voto em razão de argumentos trazidos por outro voto que o tenham convencido
nesse sentido. Ou seja, tratava-se de declarar a insuficiência da instrução por incapaz de
permitir a formação da convicção do julgador ou, de outra forma, de consolidar a definição
final dessa formação do conhecimento do julgador, nesta sua condição específica. Meu
inconformismo surge em razão das certidões lançadas nos autos após a Sessão 2.487ª, em que
se desenvolveu o julgamento, até a coleta de todos os votos. O retorno à pauta nas Sessões
2.560ª e 2.571ª, a cronologia e conteúdo do que foi certificado, o acompanhamento oficial do
Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio de Ofícios endereçados a esta Corte e,
principalmente, a descabida iniciativa de encaminhar os votos proferidos para análise da
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, acerca de pontos controvertidos, o que significa
pretender submeter às estâncias técnicas de apoio a apreciação acerca dos votos proferidos
por Conselheiros, o que representa, por evidente, uma inversão de papéis, fazendo com que a
Auditoria atue como suposta julgadora do julgador. Por fim, assinalo o próprio registro
18
técnico da Subsecretaria de Fiscalização e Controle e da Procuradoria da Fazenda Municipal
ao afirmarem, com razão, que nenhum acréscimo cabia para a instrução do feito, razão pela
qual causa espécie a posição lançada pela Secretaria Geral quando afirma, mesmo sem haver
absolutamente nada de novo no processo a partir da coleta dos votos, numa abordagem que
então nega o encadeamento de atos processuais tendentes à conclusão do julgamento, que
'esses votos que foram proferidos nas sessões anteriores, sejam quantas se realizarem, eles
não se prestam a coisa nenhuma, eles não servem de referência, de apoio, para nada.' Destaco
que não encontro precedente, na longa história desta Corte de Contas, de retirada de pauta,
pelo Relator, de processos na fase de proclamação de resultado de votação, quando já
configurada a coleta de todos os votos cabíveis. Como já apontei, pretender que o Relator
possa retirar de pauta o processo na fase de proclamação do resultado de uma votação já
completada significaria dar-lhe o poder de impedir o julgamento pelo Pleno, atribuindo-lhe,
assim, poderes individuais incompatíveis com a competência julgadora do Colegiado. A
interpretação sistemática do Regimento traz que a retirada da matéria de pauta pelo Relator
só é possível até o proferimento do seu próprio voto, mesmo porque, a partir de então, tal
matéria passa ao domínio do Pleno, no âmbito do qual qualquer Conselheiro, para votar,
poderá apenas solicitar informações ou esclarecimentos adicionais ao Relator. A outra lógica,
se adotada, significa extremizar a já equivocada noção de que o Relator é o dono do processo,
situando-o claramente, também aqui, acima do próprio Órgão Pleno. A respeito, o Regimento
Interno do TCU, cujas passagens pertinentes reproduzo em anexo, sequer cogita dessa ideia
de atribuir tal poder ao Relator e, pelo contrário, considera os votos já proferidos como
válidos, no caso de suspensão do julgamento, mesmo para aqueles julgadores que 'não
compareçam ou hajam deixado o exercício do cargo' (e aqui eu invoco o voto já proferido
pelo Conselheiro Antonio Carlos Caruso e me refiro, nessa passagem, ao artigo 119, § 3º, do
Regimento Interno do TCU). Em suma, não há cogitação de anulação de votos já dados em
julgamento que se tenha iniciado. Então, são as minhas considerações, Senhor Presidente, e
eu pondero aos pares sobre a possibilidade de ainda reconsiderarem a Decisão adotada na
Sessão anterior, tal o nível de equívoco que, a meu ver, está presente nesse tipo de
encaminhamento. Obrigado, Senhor Presidente." Solicitando a palavra, o Conselheiro
Edson Simões manifestou-se como segue: "Os processos TCs 2.309.03-97, 3.508.05-10,
3.509.05-83, 3.248.05-00 e 2.344.05-50 foram relatados e votados na Sessão Ordinária 2.487,
realizada em 05/05/10, sendo proferido voto pela irregularidade do Edital da Concorrência de
Pré-Qualificação nº 001/2003, da Concorrência 19/2003, do Contrato 70/2004, da
Concorrência 30/2003, do Contrato 86/2004, do seu Termo de Retirratificação 2004-A136 e
do Contrato nº 236/2004 e pelo improvimento do Recurso interposto pela Procuradoria da
Fazenda Municipal. Acompanharam o Relator, o Conselheiro Eurípedes Sales, que era o
Revisor, e continua sendo, e o Conselheiro Antonio Carlos Caruso. O TC 2.502.00-94 foi
apenas relatado, não foi proferido voto. O Conselheiro Maurício Faria requereu vista de todos
os processos, devolvendo na Sessão nº 2.560, de 01/06/11, somente os TCs 2.309.03-97,
3.508.05-10, 3.509.05-83, 3.248.05-00 e 2.344.05-50, proferindo voto pela regularidade do
Edital da Concorrência de Pré-Qualificação 001/2003, da Concorrência 19/2003, do Contrato
70/2004 e da Concorrência 30/2003, e do Contrato 86/2004 e do seu Termo de
Retirratificação 2004-A136 e do Contrato 236/2004 e pelo provimento do Recurso interposto
pela Procuradoria da Fazenda Municipal. Na mesma Sessão 2.560ª, o Conselheiro Antonio
Carlos Caruso requereu vista desses processos. Na Sessão 2.561ª, de 08/06/11, o Conselheiro
Maurício Faria devolveu o TC 2.502.00-94 e, ainda da fase de discussão, este Relator retirou
o processo de pauta, nos termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno deste
Tribunal, para dirimir qualquer dúvida devido à posição dos relatórios efetuados pela
Auditoria. Na Sessão 2.571ª, de 10/08/11, o Conselheiro Antonio Carlos Caruso devolveu os
19
TCs citados, oportunidade em que, ainda antes da proclamação do resultado, este Relator
retirou todos os processos de pauta, também com base no artigo 172, inciso IV, do
Regimento Interno desta Corte, em consideração aos questionamentos de alguns pontos feitos
pelo Conselheiro Maurício Faria, para não se incorrer em erro. Portanto, uma vez feito os
questionamentos sobre o meu voto, baseado no posicionamento dos técnicos, houve
necessidade de aquilatar essa questão, para que não houvesse nenhum tipo de erro, de
injustiça ou dúvida. Uma vez retirados de pauta, todos os processos seguiram para apreciação
da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, que nada acrescentou aos autos, reiterando suas
conclusões anteriores em todos os processos, nos seguintes termos: 'Entendemos que a
instrução do presente feito, no âmbito de nossa atuação, encontra-se concluída, nada mais
havendo a acrescentar nesse momento processual.' A Procuradoria da Fazenda Municipal
tomou ciência e ratificou seus posicionamentos anteriores. O Ministério Público do Estado de
São Paulo, durante esse ínterim, requisitou informações, novamente, sobre alguns processos.
Retirados os processos de pauta, com base no artigo 172 do Regimento Interno desta Corte,
os processos foram incluídos em pauta para novo julgamento, mediante nova publicação no
Diário Oficial da Cidade, de 05/09/12, a ser realizado na Sessão 2.631ª, iniciada e suspensa
em 05 de setembro do ano corrente, em razão do que aconteceu na semana passada, a qual foi
retomada hoje. Essa posição se baseou estritamente na análise efetuada pela Secretaria Geral
e pelo Jurídico, que foi aqui citada pelo Conselheiro Maurício Faria e, devido a isso, se assim
os Senhores entenderem, eu pediria que o Secretário Geral se manifestasse sobre essa
posição, porque foi exatamente a orientação perfilhada." Ao ensejo, com a palavra, o
Conselheiro Maurício Faria expressou-se nos seguintes termos: "Senhor Presidente, com
todo o respeito. É que eu acho que tem havido, nessa matéria, um determinado
embaralhamento de papéis. O que ocorre, no meu modo de entender é o seguinte: se a
matéria está instruída devidamente e se inicia o processo de julgamento, o que passa a estar
em jogo é a convicção dos julgadores. E os julgadores somos nós cinco, são os cinco
conselheiros, que devem formar essa convicção, com base nos autos, mas em uma abordagem
própria do julgador em Tribunal de Contas, que transcende as considerações e os elementos
instrutórios que vêm das áreas técnicas. O julgador tem uma outra dimensão na formulação
do seu voto. Isso é uma primeira questão. Por isso que, no meu modo de entender, esse é um
dos elementos a valorizar a ideia de que, uma vez proferidos os votos com o julgamento já
desencadeado e em um estado avançado (os votos tendo sido proferidos), essa ideia de que é
possível ao Relator retirar o processo de pauta, neste sentido, ou seja, de promover um novo
julgamento (porque é disso que se trata, o que está se pretendendo é um novo julgamento, um
outro julgamento, em que, inclusive, a anomalia desse procedimento fica mais clara com a
ausência do Conselheiro Caruso que já proferiu seu voto). Como eu digo, no Regimento
Interno do TCU, que não é um Regimento Interno entre outros (porque a Constituição
Federal coloca o TCU como referência organizacional, como referência de funcionamento
para todos os Tribunais de Contas) não há a menor cogitação dessa hipótese." A seguir, o
Conselheiro Edson Simões assim se pronunciou: "Conforme já exposto por mim e pela
Secretaria Geral, e consoante dispõe os artigos 172 e 174 do Regimento Interno deste
Tribunal, o julgamento apenas se encerra com a proclamação do resultado pelo Presidente.
Tanto é verdade, que existe previsão no artigo 174 do referido Diploma Legal permitindo a
alteração de votos já proferidos a qualquer momento antes da proclamação do resultado. Daí
pode-se inferir que a eficácia e validade dos votos estão condicionados à proclamação do
resultado (término do julgamento). Para eximir qualquer dúvida sobre a regularidade do
procedimento ora adotado, trago à colação posição recém-externada pelo Superior Tribunal
de Justiça, no julgamento do RECURSO ESPECIAL n º: 751306, ocorrido em 15 de março
de 2010. Transcrição da Ementa: 'Processo retirado de pauta só pode ser julgado com nova
20
intimação. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça cassou acórdão do Tribunal de
Justiça de Alagoas que não respeitou a obrigatoriedade de nova intimação das partes para o
julgamento de processo retirado de pauta. A jurisprudência do STJ determina que uma vez
incluído em pauta, com intimação das partes, o processo que teve seu julgamento adiado
pode ser julgado nas sessões subsequentes independentemente de nova publicação. Mas se o
processo for retirado da pauta de julgamento, é necessária nova publicação de pauta. No caso
em questão, um funcionário da A. Ltda ajuizou ação de cobrança exigindo o pagamento de
honorários pelo exercício do cargo de diretor em valores compatíveis com os demais
diretores da empresa. O pedido foi julgado improcedente, porque o funcionário já recebia
remuneração de empresa integrante do mesmo grupo empresarial. Sua apelação foi incluída
na pauta de julgamento do dia 24 de novembro de 2003, mas o processo, após ser retirado de
pauta, foi julgado e acolhido pelo Tribunal no dia 11 de dezembro, sem que as partes tenham
sido previamente intimadas. A empresa recorreu ao STJ sustentando que o acórdão
considerou que o julgamento do processo foi apenas adiado e não retirado de pauta, conforme
comprova o diário oficial juntado aos autos. Segundo a relatora, ministra Nancy Andrighi,
quando o processo é retirado da pauta de julgamento, é imprescindível nova intimação das
partes a fim de dar-lhes oportunidade de apresentação de memoriais e sustentação oral, sob
pena de cerceamento do direito de defesa e violação aos artigos 236, § 1º, e 552 do CPC. Ela
ressaltou que a jurisprudência do STJ distingue as duas situações justamente porque uma
coisa é adiar o julgamento e outra é retirar o processo de pauta. Para a relatora, diante da
comprovação de que o processo foi incluído e posteriormente retirado de pauta a pedido do
relator, o julgamento da apelação deve ser novamente realizado mediante prévia renovação
de intimação das partes e dos seus advogados. A decisão foi unânime.' O citado julgado é
claro em estabelecer a absoluta diferença que existe entre "retirar processo de pauta" – por
qualquer dos Conselheiros integrantes do Colegiado, tanto na fase de discussão, quanto na
fase de votação, para vista dos autos, melhor análise da matéria etc. do caso da "retirada de
pauta" de processo pelo próprio Conselheiro Relator, para melhores estudos (no caso do
nosso Regimento Interno, com base no que permite o artigo 172, IV), por quaisquer motivos,
desde que seja antes da proclamação do resultado (artigo 174) – que é o momento em que o
julgamento é encerrado. No primeiro caso, o processo continua incluído na pauta (na
"reinclusão" do Conselheiro que requereu a vista do processo). Já na segunda hipótese, o
processo, retirado de pauta pelo Relator, voltará a seguir o tramite da instrução, o tramite
regimental, podendo (ou não) ser concedida nova oitiva das partes, dos Órgãos Técnicos etc.
Neste último caso, quando o Relator reincluir o processo em pauta para julgamento, tratar-se-
á de NOVO julgamento, sendo, inclusive, obrigatória nova publicação no Diário Oficial,
informando dos processos que serão incluídos em pauta de julgamento. E, além disso, se
você não tem uma conclusão definitiva, na medida em que surgem questionamentos, o
Relator pode, sim, retirar de pauta, desde que não tenha sido proclamado o resultado, porque
o Regimento (Artigos 172 e 174) assim permite." Na sequência, o Conselheiro Maurício
Faria assim se expressou: "Veja bem, Senhor Presidente, o que ocorreu, estou chamando a
atenção para a delicadeza da questão, é o seguinte: o que o Senhor fez foi, com todo o
respeito: 'Eu, como julgador, estou em dúvida a respeito do meu voto. Então eu peço ajuda
aos universitários da SFC.' Isso não existe, se ele tem dúvida, como julgador... Se o julgador
tem dúvida, ele que estude, ele que vá buscar na sua Assessoria elementos. Agora, ele
transferir para outra esfera não pode! Um pedido de um parecer! O que o Senhor fez foi o que
eu disse aqui na minha manifestação." O Conselheiro Edson Simões: "Não há dúvida
alguma na medida em que se baseia em pareceres técnicos. É a esfera técnica que elaborou o
relatório e deu base a meu voto, questionado por Vossa Excelência. E outra coisa, fiz isso em
homenagem a Vossa Excelência, devido aos questionamentos efetuados por Vossa
21
Excelência! De qualquer maneira, Conselheiro Maurício Faria, eu gostaria de seguir
pareceres técnicos. Segui a Auditoria e seguirei a Auditoria neste caso." O Conselheiro
Maurício Faria: "Não, não foi em homenagem não! Pode ter havido essa intenção, mas
independente da intenção, de boas intenções está calçado o caminho do inferno. Então,
independente da boa intenção que o Senhor tenha tido, o que o Senhor fez foi pedir à
Auditoria que analisasse o meu voto, foi isso!" O Conselheiro Edson Simões: "Não o seu
voto, absolutamente! Eu coloquei em cheque aquele questionamento que o Senhor fez em
relação ao meu voto. O voto de Vossa Excelência questionou, contrapôs e rechaçou itens dos
Relatórios da Auditoria, justamente nos quais baseei meu voto, e portanto, nada mais
coerente do que retirar os processos de pauta para novos estudos, de forma a dirimir qualquer
dúvida. Agora, independente disso não ficarei "batendo boca" em plenário. Quero dizer que
sigo, integralmente, as áreas técnicas deste Tribunal desde que entrei em 1997. E continuarei
seguindo. " O Conselheiro Maurício Faria: "Não foi transformado em diligência. Isso é
muito grave!" O Conselheiro Edson Simões: "Exatamente! O processo FOI RETIRADO DE
PAUTA e assim não houve conversão em diligência. E outra coisa! Toda dúvida que eu tiver,
até sair deste Tribunal, em qualquer situação, não hesitarei em consultar todas as áreas
técnicas. Afinal, todos os conselheiros (no Brasil e no mundo) para dar o seu voto se baseiam
nos relatórios das áreas técnicas e não de posições subjetivas ou de achismos." O
Conselheiro Maurício Faria: "Mas o Senhor pode consultar! O que o Senhor não pode,
Senhor Presidente, por favor..." O Conselheiro Edson Simões: "Eu gostaria, inclusive, com
base no artigo 160, Senhor Presidente, da manifestação do órgão técnico, que é a Secretaria
Geral deste Tribunal..." O Conselheiro Maurício Faria: "Mas qual é o sentido? Tanto que a
Procuradoria da Fazenda teve o bom senso de estabelecer o seguinte: Já está completada a
instrução, nós não temos mais o que falar nos autos..." O Conselheiro Edson Simões: "Além
disso, já naquela votação, seria 3 a 1 pela irregularidade. Caso sejam mantidos os votos, nesta
oportunidade, seria mantido o resultado pela irregularidade de todos os instrumentos
analisados, por maioria de votos, todos com base nos pareceres unânimes dos órgãos
técnicos." O Conselheiro Maurício Faria: "Tiveram o bom senso de não julgar o seu voto,
não julgar o meu voto! Porque era isso que Vossa Senhoria pretendia!" O Conselheiro
Edson Simões: "Isso é preciosismo! O questionamento foi efetuado por Vossa Excelência,
Conselheiro Maurício Faria, sobre itens do meu voto que tinham sido pinçados do relatório
de auditoria." O Conselheiro Maurício Faria: "Não é preciosismo, não!" O Conselheiro
Edson Simões: "Completamente!" O Conselheiro Maurício Faria: "Nós não podemos ir
fazendo as coisas sem nos darmos conta..." O Conselheiro Edson Simões: "Nada disso,
Vossa Excelência colocou algumas nuvens no relatório da Auditoria usados por mim e essas
nuvens tinham que ser esclarecidas para que não houvesse nenhum erro!" O Conselheiro
Maurício Faria: "Mas não houve nada novo! E o Senhor vai julgar agora, o Senhor vai
proferir o seu voto agora, com a Auditoria tendo dito que nada mais tem a dizer! Não vai
julgar? Vai julgar! É sua obrigação julgar!" O Conselheiro Edson Simões: "Exatamente!
Apesar de tratar-se de novo julgamento, em razão da retirada do processo de pauta, o meu
voto terminou por ser o mesmo, justamente porque os órgãos técnicos não acrescentaram
nada de novo, ou seja REITERARAM o posicionamento anterior. A diferença é que agora
não há mais dúvidas a serem dirimidas. Com relação a necessidade de consulta aos técnicos,
não há problema algum! Se eu for dar uma aula de "Pedro Álvares Cabral descobriu o
Brasil", vou ler novamente os livros de ontem e de hoje sobre o tema para eliminar qualquer
dúvida e para saber também se há novas interpretações. Portanto, a pesquisa será reaberta
para ratificar até o óbvio, ou seja o Descobrimento do Brasil." O Conselheiro Maurício
Faria: "Eu não estou discutindo a sua honestidade intelectual! Eu estou discutindo os seus
procedimentos... Isso aqui é uma Instituição!" O Conselheiro Edson Simões: "Conselheiro
22
Maurício Faria! Eu respeito o seu voto! Respeite a minha posição que se baseia nos relatórios
técnicos e que por sinal, é o mesmo voto proferido anteriormente, porque os Técnicos
reiteraram seus pareceres anteriores." O Conselheiro Maurício Faria: "Eu respeito, Senhor
Presidente." O Conselheiro Edson Simões: "Está claro? A minha posição, Senhor
Presidente, tem como base a manifestação da Secretaria Geral, que por sinal consultei várias
vezes." O Conselheiro Maurício Faria: "Eu respeito. Não concordo com ela! O que eu não
aceito, o que eu não posso aceitar é que o Senhor, na Presidência, peça opinião do Secretário
Geral nesse momento." O Conselheiro Edson Simões: "Pedirei! Para qualquer técnico
competente deste Tribunal! Mesmo porque, segui a orientação técnica do Secretário Geral
Dr. Murilo e do jurídico da instituição." O Conselheiro Maurício Faria: "O Senhor está
abdicando da sua competência!" O Conselheiro Edson Simões: "Não estou abdicando nada!
Estou querendo mais conhecimento em relação aos questionamentos efetuados por Vossa
Excelência neste processo e usarei esta prerrogativa para qualquer processo..." O
Conselheiro Maurício Faria: "Deveria então ter se preparado para enfrentar o debate, e
não..." O Conselheiro Edson Simões: "Eu já coloquei a posição resumida." O Conselheiro
Maurício Faria: "Porque, como eu disse aqui na minha manifestação, eu tenho uma opinião
sobre a manifestação do Senhor Secretário Geral." O Conselheiro Edson Simões: "Não há
problema, Vossa Excelência tem a opinião respeitada. Vossa Excelência tem que respeitar a
opinião dos outros! O tempo todo Vossa Excelência insiste em querer mudar a posição dos
Relatores. Inclusive, para dirimir qualquer dúvida, a matéria foi submetida à votação no
Plenário e a sua posição foi vencida." O Conselheiro Maurício Faria: "Não, eu respeito!
Sempre respeitei! Sempre respeitei! Nós estamos debatendo!" O Conselheiro Edson
Simões: "Isso não é debate! Vossa Excelência está querendo entrar no meu voto e eu não
estou querendo entrar no seu! Está querendo entrar no meu comportamento e eu não quero
entrar no seu!" O Conselheiro Maurício Faria: "Não, mas eu sou sim obrigado a entrar no
seu comportamento!" O Conselheiro Edson Simões: "Absolutamente! O Senhor não pode
impingir a sua posição aos outros, pois seria uma postura invasiva, desrespeitosa e
autoritária... E sei perfeitamente que Vossa Excelência é um democrata." O Conselheiro
Maurício Faria: "Não é impingir, Senhor Presidente, é o regulamento da Instituição!" O
Conselheiro Edson Simões: "É impingir sim! Ninguém aqui neste Plenário jamais quis
impingir a ninguém as suas posições. Por sinal Vossa Excelência afirma sempre que o Pleno
é soberano. É o Pleno, que após o seu questionamento, consultado, decidiu que a votação tem
que ocorrer novamente e desta maneira." O Conselheiro Maurício Faria: "Eu não estou
impingindo nada!" O Conselheiro Edson Simões: "Por favor! A minha proposta é seguir,
Senhor Presidente, com base no artigo 160, à manifestação do Órgão Técnico." Concedida a
palavra ao Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, Sua Senhoria manifestou-se
como segue: "Eu, em primeiro lugar, Conselheiro, quero deixar consignado o seguinte: talvez
eu tenha sido um pouco incisivo, enfático demais, quando me referi aos votos proferidos
antes da proclamação do resultado e quando essa expressão, e eu disse isso na sessão
anterior, eu quis reservar a pureza, a solidez e o voto de Vossa Excelência, posto que, de
momento, eu já imaginei que pudesse estar havendo um tipo de conotação com relação à
preciosidade, à inteireza ou à fundamentação do seu voto. Eu, no meu modo de ver, me
permito continuar exatamente na mesma posição que estive quando aconselhei a tomada
desta posição. Há uma diferença substancial entre pedir vista do processo e retirar o processo
de pauta. Eu tenho em mãos, eu não vou me dispor a lê-los, porque seria tomar o tempo dos
Senhores... Quando se retira o processo de pauta, a situação é totalmente diferente. E o nosso
Regimento (e eu sinceramente não tenho argumento fundado no Regimento do TCU) confere
ao Relator a possibilidade de retirar o processo de pauta. E quando ele confere ao Relator a
oportunidade de retirar o processo de pauta, ele não diz em que momento que o Relator pode
23
tomar essa atitude. Ele simplesmente expressa, taxativa e enfaticamente ele defere ao Relator
a possibilidade de retirar o processo de pauta. Aqui foi feito, para se tornar bastante objetivo
com relação ao que está processado, e hoje , ou na data anterior, houve nova intimação para
apresentação do julgamento. Não se houve um julgamento em continuidade, um processo em
continuidade. Uma nova, um novo julgamento está se processando na medida em que foi
convocado. Com relação à posição... A diferença substancial que existe entre retirada de
pauta e pedir vista do processo é significativa porque a jurisprudência que admite isto admite
até anular o julgamento onde não foi efetivada nova intimação para as partes, quando o
processo é retirado de pauta e volta à pauta, ele importa em uma nova intimação.
Consequentemente ensejaria pedidos de nulidade do julgamento que fosse resultante de um
processo retirado de pauta do qual não se processasse a devida intimação das partes para
comparecer no novo julgamento. Quando eu afirmei, e afirmei categoricamente, que o
processo, antes de proclamado o resultado, os votos, eu não quero trazer nenhuma situação
pejorativa para os votos, eu jamais faria isso, mas os votos não valem de sustentação alguma,
posto que, se podem ser modificados a qualquer tempo antes da proclamação do resultado, eu
posso perfeitamente concluir que os votos não se prestaram a nada! Eles não podem ser
invocados, proferido o julgamento, eu, em um recurso, invocar eventualmente um voto, se foi
unânime, um voto que teria sido proferido (diferentemente do que ocorre no processo do
Tribunal, onde os votos são integrados no processo), que aquele voto foi proferido e que, na
Reunião Plenária, aquele Conselheiro mudou seu voto, por entender de forma diferente; eu
não posso invocar recurso algum naquele voto que ele proferiu primeiro para sustentar
qualquer tipo de recurso, embargos infringentes ou outro recurso que pudesse estribar-me
para tentar modificar a Decisão do Plenário fundada naquele voto que, na verdade, depois de
proclamado, não sendo aquele, ele não se presta a nada! Quem sabe até criar uma forma
diferente de entender o aspecto que ele abordou mas, para o fim da votação, o Regimento é
enfático! O Código de Processo, no seu 556 é enfático! Não há julgamento, não há voto, se o
voto pode ser modificado até antes da proclamação do julgamento. Ao que eu sei deste
processo, não foi proclamado julgamento algum! Muito bem, o Relator pediu, no exercício
dos poderes que lhe conferem o Regimento, retirada do processo. Retirou o processo e ele
volta. Volta agora, como voltou na semana passada, posto na pauta, invocadas as devidas
intimações e estamos dentro de um novo julgamento. Simplesmente é esta a posição. Eu me
permito reiterá-la, certo? E, com a mesma forma enfática a que eu me referi anteriormente,
com as escusas, se a minha observação sobre o voto, que não se presta a formar o julgamento
antes da proclamação, na verdade ainda posso, me permite, dizer, não se prestam para coisa
alguma no processo! Com relação ao julgamento!" Solicitando a palavra, o Conselheiro
Maurício Faria manifestou-se como segue: "Apenas, Senhor Presidente, é o seguinte:
primeiro, por mais bem intencionada que a Presidência esteja, não tem cabimento pretender
impor que eu debata com o Secretário Geral em Plenário. Não tem cabimento! Não é porque
eu me julgue superior. É porque eu tenho senso de responsabilidade com meu cargo! O
Presidente tinha que ter os argumentos para debater a questão no Plenário. Transferir isso ao
Secretário Geral e pretender que eu entre agora em polêmica com o Secretário Geral no
Plenário, francamente, não é adequado! Como não é adequado pretender que a Auditoria
analise o meu voto e o seu próprio voto para o Senhor, então, saber se vai confirmar o seu
próprio voto ou se não vai confirmar o seu voto. Na verdade, há certas competências do
julgador que são indelegáveis, que não podem ser transferidas e preservar essas competências
não é uma questão de arrogância, de apego ao poder, até porque todos sabem que eu não
tenho grande apego ao poder, sabem disso. Até acabei agora de renunciar à Vice-Presidência,
que poderia ser vista como uma parcela de poder, embora também ache que é uma parcela
praticamente insignificante. Eu não tenho esse apego, então não é essa a questão. Eu só não
24
vou debater com o Doutor Murilo porque eu acho que não tem cabimento! Porque o Senhor
transferiu a sua posição e o seu papel para ele." O Conselheiro Edson Simões:
"Absolutamente, eu já citei aquilo que eu resumi da posição, mas o Senhor insiste, o Senhor
insiste em invadir a minha competência e a do Pleno." O Conselheiro Maurício Faria: "Foi
o que o Senhor fez, Senhor Presidente! Eu só queria assinalar o seguinte: entender que a
minha posição ocorre porque eu tenho um apego muito especial ao conteúdo do meu voto?
Não é essa a questão! É evidente que não é essa a questão! Eu estou discutindo a Instituição!
As regras de funcionamento da Instituição! Estou discutindo o voto proferido pelo
Conselheiro Caruso que acaba, então, sendo anulado! É isso que eu estou discutindo! Estou
discutindo regras procedimentais! Transformar essa discussão em uma interpretação de que
eu renunciei à Vice-Presidência e estou discutindo a matéria, nestes termos, apenas porque
quero que o meu voto, o meu brilhante voto, o meu maravilhoso voto seja registrado!
Francamente! Isso é rebaixar bastante o conteúdo fundamental da nossa discussão. Dito isso,
Senhor Presidente, com os argumentos que foram apresentados na minha manifestação
entendo que já dei conta deles. Então, vamos adiante, estou entendendo que o Pleno mantém
a sua posição. Até entendo que, provavelmente, naquela sessão o Conselheiro Dissei
manifestou a sua posição quando consultado o Colegiado sobre essa matéria, entendo que ele
tem, então, toda uma fundamentação e que os argumentos que eu trouxe não o sensibilizam.
Ele está com a sua posição bem estruturada em relação a isso porque os outros colegas já
conhecem essa matéria, os outros pares já conhecem, nós estamos convivendo há muito
tempo. O Conselheiro Dissei é um Conselheiro recém-ingresso, mas suponho que ele também
já tinha estudado, estudou, e tem convicção sobre isso. Reafirmando, eu sempre me submeti à
maioria. Se a maioria quer ir por esse caminho, eu não posso impedir. Eu só estou
assinalando o que eu acho que isso representa institucionalmente." O Conselheiro Edson
Simões: "Presidente, só para concluir... Em qualquer Tribunal tem que haver proclamação do
resultado, para a conclusão do julgamento, e, para algumas correntes, inclusive, tem que
haver publicação no Diário Oficial, justamente por se tratar de NOVO julgamento, como já
citei. Portanto, se há dúvidas, a pessoa tem que tirar essas dúvidas. O voto, repito, do
Conselheiro Maurício Faria, em alguns pontos (não em todos) fez surgir algumas dúvidas em
relação a minha manifestação, que foi baseada nos pareceres técnicos, e por isso retirei da
pauta e encaminhei aos órgãos competentes. Agora, é importante afirmar que em todos os
meus trabalhos continuarei pesquisando e, em caso de dúvidas, tenho a humildade de
consultar todos os Departamentos Técnicos deste Tribunal, além dos livros. No caso em foco,
não foi proclamado o resultado. Todavia, mesmo que tivesse sido proclamado, já naquele
momento nós teríamos 3 a 1. Era só deixar ser proclamado para não ter toda essa polêmica
em cima de um simples processo, que é do Fura-fila. Mas assim mesmo, toda vez que ocorrer
uma questão, seja na área acadêmica ou com um Conselheiro que apresentar dúvidas, não irei
titubear: retiro o processo de pauta para estudá-lo melhor e para dar concretude à conclusão.
Quanto ao reencaminhamento, consultei a Secretaria Geral. Afinal, a Secretaria Geral é que
coordena a estrutura do TCM." O Conselheiro Maurício Faria: "Senhor Presidente, só o
seguinte: não está em questão isso! Que o Senhor consulte a Secretaria Geral é bom, eu
também consulto. Uma coisa é consultar, outra coisa é pretender que ela faça as vezes de
Conselheiro em um debate de Plenário!" O Conselheiro Edson Simões: "Além disso foi o
Doutor Caruso, nosso grande Conselheiro Caruso, que sugeriu naquele evento que não se
proclamasse o resultado para que tivéssemos uma conclusão sólida. Hoje, dirimidas as
dúvidas colocadas por Vossa Excelência tenho solidez na conclusão. Ratifico, portanto, o
narrado anteriormente já que foram dirimidas as dúvidas aqui levantadas pelo Conselheiro
Maurício Faria. Mantive, portanto, a mesma posição anterior." O Conselheiro Maurício
Faria: "Tudo bem, mas... Senhor Presidente, o Senhor deve ter formado a sua convicção
25
estudando, consultando técnicos informalmente, consultando matérias a respeito. Isso é
perfeitamente válido! O que não é adequado é esse encaminhamento formal que o Senhor
deu! Tanto que a Auditoria e a Procuradoria da Fazenda, de uma maneira sábia, se
manifestaram nos seguintes termos: não há mais o que se falar na instrução." O Conselheiro
Edson Simões: "Não acho que a consulta formal aos Técnicos seja excesso de zelo. Ao
contrário. A consulta deve ser feita formalmente, registrada nos autos. Além disso, o Senhor
sabe perfeitamente, Conselheiro, que quando o Senhor me procurou na terça-feira passada eu
lhe disse: 'não estou tomando ainda conhecimento do procedimento durante a Sessão, porque
encaminhei o problema para a Secretaria Geral.' E falei isso com toda a tranquilidade naquela
conversa que tivemos rapidamente na terça-feira. Portanto, eram essas as considerações. Em
nenhum momento, até chegar a minha aposentadoria, pretendo reverter voto de ninguém.
Profiro o meu e respeito o dos outros." Voto englobado: Compartilho do entendimento
expressado pelos Órgãos Técnicos e pela Secretaria Geral no sentido da irregularidade de
todos os instrumentos sob exame, em razão do seguinte: 1) não autuação de Processo
Administrativo; 2) existência de exigências restritivas relativas à comprovação da
qualificação técnica; 3) previsão de recursos sujeita a aprovação de Lei Orçamentária; e 4)
ausência de projeto básico. Em verdade, as impropriedades pontuadas na fase de pré-
qualificação, bastariam, por si só, para macular todos os atos consecutivos. Não obstante,
também foram constatadas ilicitudes19
na Concorrência e no Contrato que a seguiram,
comprometendo igualmente a sua aprovação e, sobre as quais, seguem algumas
considerações. Primeiramente, quanto à irregularidade por exigências restritivas para
comprovação de qualificação técnica, a legislação regente é objetiva quando as delimita à
garantia do cumprimento satisfatório do objeto, sob pena de ofensa ao caráter competitivo do
certame, à redução indevida do universo de participantes e aos princípios constitucionais da
isonomia e igualdade. Foram consideradas ilegais e limitativas de participação de
interessados as seguintes exigências: 1º- de comprovação de capacitação técnico-profissional
limitada a 3 contratos20
; 2º- Exigência de comprovação de execução de viaduto ou ponte
rodoviária com extensão mínima de 1.000 m (mil metros) em área urbana, quando a
capacidade técnica a ser comprovada para pontes e viadutos se caracteriza por meio da
metodologia construtiva de extensão de cada vão livre e não da extensão total; 3º - Exigência
de comprovação de execução de terminal de passageiros com área mínima de 3.000m2
(três
mil metros quadrados), quando, na realidade, o Terminal São Lucas teria área de 572 m2
(quinhentos e setenta e dois metros quadrados) de edificação em concreto e alvenaria e
cobertura em estrutura metálica de 2.132 m2 (dois mil, cento e trinta e dois metros
quadrados), e o Terminal COHAB/Teotônio teria área de 758 m2 (setecentos e cinquenta e
oito metros quadrados) de edificação, e de cobertura metálica de 2.470 m2
(dois mil,
quatrocentos e setenta metros quadrados); 4º - Exigência de comprovação de fabricação de
estrutura metálica, quando se trata de contratação de empresa de construção civil e não de
metalurgia!; 5º - Exigência de comprovação de fornecimento, instalação e operação de
sistemas de TV, sonorização, telefonia, detecção e alarme de incêndio, quando verificado
que, para esse item, consta somente o valor de R$ 10.508,3321
(dez mil, quinhentos e oito
reais e trinta e três centavos), ou R$ 15.707,53 (quinze mil, setecentos e sete reais e cinquenta
e três centavos) se atualizado para julho/2012, para cada terminal, o que somado, representa
19
São exatamente as mesmas irregularidades.
1.) não autuação de Processo Administrativo; 2.) existência de exigências restritivas relativas à Comprovação da
Qualificação Técnica; 3.) previsão de recursos sujeita a aprovação de Lei Orçamentária; e 4.) ausência de
projeto básico. 20
(item 3.5.2 – fl. 97). 21
R$ 15.707,53 (quinze mil, duzentos e noventa e três reais) se atualizado para jul/2012.
26
cerca de 0,03% (três centésimos por cento) do valor do orçamento22
e, portanto, não pode ser
considerado como parcela de maior relevância ou valor significativo do objeto; 6º - Da
mesma forma, a exigência de atestados, com limitação de tempo, prazo e quantidade, para
comprovação de realização de serviços complementares como "Iluminação de Via Pública
em área urbana", quando esse item representa o valor de R$ 177.032,95 (cento e setenta e
sete mil, trinta e dois reais e noventa e cinco centavos), ou R$ 264.623,51 (duzentos e
sessenta e quatro mil, seiscentos e vinte e três reais e cinquenta e um centavos) se atualizado
para julho/201223
, o que corresponde a apenas 0,24 % (vinte e quatro centésimos por cento)
do orçamento total; 7º - Mesmas exigências acima, para o item de serviços de fornecimento e
plantio de árvores, quando representa somente o valor de R$ 78.458,1424
(setenta e oito mil,
quatrocentos e cinquenta e oito reais e quatorze centavos) ou R$ 117.276,86 (cento e
dezessete mil, duzentos e setenta e seis reais e oitenta e seis centavos) se atualizado para
julho/2012, correspondente a 0,11 % (onze centésimos por cento) do orçamento total e,
ainda, para o item de "serviços de sinalização urbana", representado pelo valor de R$
664.216,9125
(seiscentos e sessenta e quatro mil, duzentos e dezesseis reais e noventa e um
centavos), ou R$ 992.851,41 (novecentos e noventa e dois mil, oitocentos e cinquenta e um
reais e quarenta e um centavos) se atualizado para julho/2012, equivalente a apenas 0,90 %
(noventa centésimos por cento) do orçamento total, não podendo, portanto, serem
considerados como parcelas de maior relevância do objeto. De outro lado, dispõe, de forma
bastante clara, o artigo 7º, § 2º, inciso I, da Lei 8.666/93, que as licitações só devem se iniciar
se houver projeto básico aprovado pela autoridade competente. No caso em tela, patente a
violação ao citado dispositivo legal, ante a ausência de apresentação de projeto básico, tanto
na fase de pré-qualificação, quanto na concorrência (realizada entre as vencedoras da fase
anterior) que a seguiu. O projeto básico se traduz como principal indutor do investimento do
ponto de vista de obras públicas. Ele é o motor, a força propulsora de uma obra de
engenharia. Sem projeto não há obra. A existência de projetos bem elaborados influencia de
forma decisiva na qualidade das obras públicas, na redução de seus custos e contribui, de
forma significativa, na eliminação dos termos aditivos indevidos, que podem ocasionar,
sobrepreço, superfaturamento, jogo de planilhas e outras impropriedades. Como
demonstração prática da importância do projeto básico na execução das obras públicas se
encontram os números divulgados pelo Tribunal de Contas da União, a saber: das 381
(trezentas e oitenta e uma) obras fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União, em 2003, por
exemplo, 275 (duzentas e setenta e cinco) apresentaram indícios de irregularidades graves,
com indicativo para paralisação, das quais, mais de 70% (setenta por cento) delas, de alguma
forma, apresentavam problemas de projeto, que incorreram em irregularidades nos
procedimentos licitatórios; na ocorrência de sobrepreço; em alterações indevidas de projetos;
na existência de falhas graves no aspecto ambiental; ou ainda, na superveniência de
superfaturamento das obras26
. Decorrência do projeto básico, também previstos no artigo 7º27
22
R$ 90.365.775,15 – (noventa milhões, trezentos e sessenta e cinco mil, setecentos e setenta e cinco reais e
quinze centavos) 23
R$ 264.623,51 se atualizado para jul/2012. 24
R$ 117.276,86 se atualizado para jul/2012. 25
R$ 992.851,41 se atualizado para jul/ 2012. 26
A propósito, o Tribunal de Contas da União tem decidido de forma reiterada pela irregularidade dos casos em
que a licitação não é precedida de projeto básico:
"Esta Corte em diversas ocasiões, expediu determinações (....) no intuito de que passe a elaborar projetos
básicos adequados à execução completa dos serviços, nos termos disciplinados pela lei de licitações, de maneira
a evitar as chamadas ‘revisões de projeto em fase de obras’, por caracterizar um meio ilegítimo de ajustar a
realidade física de execução dos serviços a graves deficiências de projeto, cuja maior consequência se traduz, na
maioria das vezes, no desequilíbrio econômico-financeiro do contrato, em face da completa alteração da
27
da Lei Federal de Licitações, surgem as exigências de apresentação de orçamento detalhado
em planilhas que expressem a composição de todos os custos unitários da obra ou serviço, e a
previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes
das obras, pressupostos estes igualmente não atendidos na licitação e contrato em comento. A
previsão de recursos orçamentários sujeita à aprovação de Lei Orçamentária incide em
violação à fase de viabilização orçamentária-financeira da obra, consistente na definição do
momento da sua efetiva realização e, por conseguinte, no planejamento de sua inserção no
processo orçamentário do período completo de sua execução, além do planejamento dos
desembolsos, no decorrer do tempo. A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº
101/00) também exige ação planejada e transparente na gestão das finanças e, preconiza, no §
4º do seu artigo 16, que a criação de ação governamental ou de projetos que acarretem
aumento da despesa, devem ter dotação orçamentária suficiente na Lei Orçamentária Anual –
LOA. A Constituição da República é igualmente categórica, vedando o "início de programas
ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual" (artigo 167, inciso I) e a "realização de
despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou
adicionais" (artigo 167, inciso II). Sobre o tema, decisão do Tribunal de Contas da União28
preconiza que: "a previsão de recursos orçamentários, deve ser feita no instante mesmo em
que se procede à abertura da licitação e não somente uma expectativa de futuros recursos
orçamentários. Vale dizer: não basta a inclusão, em projeto de lei orçamentária, de recursos
que venham socorrer a despesa que o administrador tem em vista. A previsão de recursos
orçamentários importa a existência destes recursos, como tal já desempenhados na lei
orçamentária. Tal exegese conforma-se ao sistema orçamentário público consagrado na
Constituição Federal, em que, inclusive, se veda o início de projetos não incluídos na lei
orçamentária anual, a par de proibir a realização de despesas ou a assunção de obrigações
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais". Carlos Pinto Coelho Motta vê
na expressão "previsão de recursos orçamentários" não somente uma expectativa de futuros
recursos, mas sim, a real disponibilidade do crédito orçamentário aprovado na Lei
Orçamentária Anual – LOA. Na mesma senda, Marçal Justen Filho deixa claro que: "não
basta a inclusão, em projeto de lei orçamentária, de recursos que venham socorrer a despesa
que o administrador tem em vista. A ‘previsão’ de recursos orçamentários importa a
existência desses recursos, como tal já contemplados na lei orçamentária." Portanto, não
procedem (e soam falsas) as alegações da SPTrans de que "... o dispositivo legal não dispõe
sobre a necessidade da existência da disponibilidade orçamentária para a instauração do
certame, apenas sua indicação, o que de fato foi feito por meio da mencionada Requisição de
Compra" (trecho extraído de folha 471). Isso porque, não bastasse a necessidade de real
existência de recursos (como já enfatizado), incide o fato de que a licitação foi processada no
proposta original, caracterizada por inclusões e exclusões de serviços, bem como acréscimos e reduções de
quantitativos existentes". (Acórdãos nº 269/2004, 1.569/2005, 1.175/2006 e 1.033/2008 proferidos em Plenário
do Tribunal de Contas da União) 27
Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste
artigo e, em particular, à seguinte sequencia:
I - projeto § 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em
participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art.
165 da Constituição Federal, quando for o caso. 28
(Acórdão nº 183/1992 – Plenário – TCU).
28
âmbito da SPTrans, sem que demonstrasse, ao longo da instrução processual, ter assegurado
o recebimento de recursos para fazer frente à contratação pretendida. Não houve nenhuma
indicação de que o correspondente a 90% (noventa por cento) do valor estimado seria coberto
pela SPTrans por meio dos recursos transferidos pela Secretaria Municipal de Transportes
(em função dos contratos de gestão com ela firmados). A requisição de Compra de folha 14, a
que se refere a SPTrans, indica verba empenhada de apenas 10% (dez por cento) do valor
estimado (!!!!). Houve, portanto, grave violação às disposições do Estatuto de Licitações e
aos princípios constitucionais, que se impõem justamente para eliminar decisões arbitrárias
ou nocivas, suprimir as contratações não antecedidas de planejamento, com objeto incerto,
para as quais inexista previsão de recursos e incompatíveis com as programações de médio e
longo prazo. Diante de todo o exposto e, considerando as manifestações da Subsecretaria de
Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral,
cujos fundamentos adoto como razões de decidir, CONHEÇO DO RECURSO ORDINÁRIO
(objeto do TC 2.309.03-97), eis que preenchidos os requisitos de admissibilidade, postos no
artigo 55 do Regimento Interno deste Tribunal e, no MÉRITO, NEGO-LHE PROVIMENTO,
mantendo-se a decisão recorrida por seus próprios fundamentos. No que concerne aos TCs
3.508.05-10 e 3.509.05-83 de 2005, com fundamento nos mesmos pareceres, JULGO
IRREGULARES a PRÉ-QUALIFICAÇÃO nº 01/2003, a CONCORRÊNCIA nº 019/03 e o
CONTRATO nº 70/200429
, deixando de acolher os seus efeitos financeiros. Aplico, com
fundamento no artigo 52 e seguintes da Lei Municipal 9.167/80, a multa no valor de R$
512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e oito centavos), individualmente, aos Gestores
Públicos, à Autoridade que homologou os resultados da pré-qualificação e da concorrência,
aos Ordenadores de Despesa e Signatários do Contrato30
, todos identificados nos autos.
DETERMINO a expedição de Ofício, acompanhado de cópia do relatório e voto da decisão a
ser alcançada ao Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça do
Patrimônio Público e Social da Capital, em resposta aos requerimentos feitos nos autos31
.
Determino que a Subsecretaria de Fiscalização e Controle realize o acompanhamento
contábil da execução do Contrato nº 70/2004. DETERMINO, ainda, seja dada ciência da
decisão alcançada à São Paulo Transporte S.A. e aos Responsáveis32
pelos atos imputados
nos autos. DETERMINO, por fim, a expedição de Ofício, com cópia da decisão alcançada à
Procuradoria Geral do Município para que adote as medidas cabíveis quanto à eventual
reparação de prejuízos e responsabilização dos Gestores Públicos, bem como ao Prefeito e à
Câmara Municipal de São Paulo, para ciência. Voto em separado englobado proferido pelo
Conselheiro Maurício Faria: Em julgamento o Edital de Pré-Qualificação nº 01/2003,
analisado nos autos do TC nº 3.508.05-10, objetivando a seleção de empresa ou consórcio de
empresas para a participação em futura concorrência, do tipo menor preço, com vistas à
prestação de serviços de execução das obras de infraestrutura para implantação do ramal Vila
29
Firmado no valor de R$ 90.365.775,15 (noventa milhões, trezentos e sessenta e cinco mil, setecentos e setenta
e cinco reais e quinze centavos), equivalente a R$ 143.049.823,63, se atualizado para jul/2012, pelo índice de
preços ao consumidor amplo – IPCA. 30
José Evaldo Gonçalo – Diretor de Gestão da SPTrans e Signatário do Ajuste; Gerson Luis Bittencourt –
Diretor Presidente da SPTrans à época, Signatário do Ajuste e Autoridade Homologadora da pré-qualificação e
concorrência; Secretário Municipal de Transportes à época e Signatário do Contrato – Sr. Jilmar Augustinho
Tatto, identificados às folhas 78,79 do TC 3.508/05-10, folhas 78 e 342 do TC 3.509/05-83. 31
O Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da
Capital requisitou informações e cópia das Decisões eventualmente já proferidas,31
visando instruir
procedimentos instaurados no âmbito daquele Órgão.
por meio do Ofício nº 4005/2009, enviado em 17 de junho de 2009 e anexado ás folhas 462/471 do TC 3.508/05
e à folha 608 do TC 3.509/05, e Ofício 9840/2010, enviado em 15 de dezembro de 2010. 32
Idem item anterior.
29
Prudente do VLP, do entroncamento da linha Sacomã-Parque Dom Pedro II até a Avenida
Salim Farah Maluf e dos terminais de extensão São Mateus, além de Representação
interposta contra o referido edital, analisada nos autos do TC nº 2.309.03-97, bem como a
licitação, na modalidade de Concorrência Pública, e o contrato dela decorrente de nº 70/04,
ambos analisados nos autos do TC nº 3.509.05-83. Trata-se da terceira fase da implantação
do sistema Veículo Leve Sobre Pneus – VLP, fase esta iniciada mediante autorização para
abertura do procedimento licitatório através da Resolução de Diretoria nº 03/053, de
25/02/03, posteriormente alterada pela Resolução de Diretoria nº 03/099, datada de 14/04/03,
que, dentre outras alterações, redefiniu o tipo de técnica e preço, estabelecido na Resolução
anterior, para o tipo de menor preço precedido de pré-qualificação. Referida etapa de
implantação sucedeu duas anteriores, cujas análises já foram realizadas por esta Corte de
Contas, restando necessária breve explanação de todo o período, desde o início da
implantação do VLP, a fim de que reste claro o contexto em que os atos em julgamento se
inserem. A primeira fase se deu em decorrência da celebração do Contrato nº 04/98, sendo
que a operação teve início somente em 2007, no trecho Sacomã-Parque Dom Pedro II, e, no
ano de 2009, no trecho de ligação com a Vila Prudente. Referido contrato e respectivos
aditamentos foram acolhidos por unanimidade no âmbito dos TCs nºs 3.189.98-33 e
1.008.03-55. A segunda fase, definida por um processo de detalhamento do projeto a partir
do ano de 2001, teve suas soluções consubstanciadas no Termo Aditivo nº 11/02, rejeitado
por maioria de votos do Plenário desta Corte de Contas sob o fundamento de que as
alterações introduzidas no projeto inicial ultrapassaram o limite quantitativo de acréscimo
permitido pela lei. Cumpre destacar que referida decisão não trouxe nenhuma restrição aos
elementos técnicos e/ou planilhas de redefinição do projeto, informação esta que ganha
relevo pelo fato de que os atos ora em julgamento estão vinculados a estes elementos. A
terceira fase, por sua vez, compreende a realização de duas novas licitações em decorrência
da rescisão do Contrato nº 04/98. São elas: a contratação das obras remanescentes dos trechos
01 e 02, através do Contrato nº 86/04, que recebeu três votos contrários ao seu acolhimento
no âmbito do TC nº 3.248.05-00; o Contrato nº 70/04, referente à contratação do trecho 03
(ramal Vila Prudente), precedido do procedimento de Pré-Qualificação nº 01/2003 e da
Concorrência nº 19/03, todos objetos dos TCs ora em julgamento. O breve histórico situa os
atos em julgamento em contexto que conduz à constatação de que as análises realizadas no
âmbito desta Corte de Contas, relacionadas à denominada terceira fase da implantação do
VLP, compreendendo, portanto, o Contrato nº 86/04 e os atos ora em julgamento
(procedimento de Pré-Qualificação nº 01/2003, Concorrência nº 19/03 e Contrato nº 70/04),
não trataram da extinção do Contrato nº 04/98, e se tal ação representou uma opção de gestão
razoável que teria permitido levar adiante o complexo empreendimento. Dos elementos
constantes dos autos, é possível depreender que as novas soluções de projeto surgiram, para a
Origem, da necessidade de considerar os possíveis direitos de um contratado que detinha o
objeto de forma já julgada regular por esta Corte, mas cujas soluções nele previstas já não
atendiam às necessidades técnicas de implantação daquele sistema de transporte, posto que
sua concepção inicial, genérica e experimental, datava de mais de 10 anos. Deste modo, caso
a Administração tivesse adotado a opção de incorporar as novas soluções técnicas
diretamente a esse contrato firmado em 1998, surgiriam indubitáveis questionamentos acerca
do desvirtuamento do objeto e sobre os acréscimos de natureza qualitativa, a exemplo do que
ocorreu no julgamento do Termo Aditivo nº 11/02. Por outro lado, pelo que é possível
compreender, as soluções técnicas não mais passavam pelo conteúdo do Contrato nº 04/98, o
que ensejou o cômputo do já realizado a autorizar a decisão pela sua rescisão, posto que,
desta forma, ao mesmo tempo, se garantiria o afastamento dos riscos jurídicos de eventual
indenização ao então contratado, em face do argumento de ser ainda detentor do objeto, e
30
também se viabilizaria a continuidade do processo de implantação do VLP. Assim, apesar de
os relatórios da Auditoria não terem voltado seu foco às medidas de transição de projeto
supra mencionadas, o que por si só representa certo prejuízo para a análise global, por outro
lado, apontaram para aspectos de irregularidade que remetem àquela compreensão de
evolução de tal projeto, relacionadas à apontada ausência, na Origem, de projeto básico e de
orçamento detalhado em planilhas. Há ainda outros aspectos não relacionados diretamente à
compreensão da evolução do projeto, mais precisamente a restritividade na comprovação
técnica profissional a ser demonstrada através de até três atestados, a ausência de instauração
de processo administrativo, a previsão de recursos orçamentários sujeitos à aprovação de Lei
Orçamentária, a ausência de motivos da inabilitação dos licitantes e a ausência de divulgação
do edital. Será enfrentado cada um deles, conforme se apresentam no âmbito dos processos
em julgamento. O TC nº 2.309.03-97 cuida de recurso interposto pela Procuradoria da
Fazenda Municipal contra decisão que julgou procedente, por maioria de votos,
Representação interposta contra o Edital de Pré-Qualificação nº 01/2003 e que reconheceu
como restritiva a exigência de comprovação de qualificação técnica em até três atestados. Por
ocasião da apreciação da Representação, a equipe multidisciplinar deste Tribunal admitiu
haver hipótese de excepcionalidade em que a limitação de atestados seria importante para
assegurar a exequibilidade da obra, desde que a sua complexidade fosse justificada
tecnicamente e de forma detalhada (fls. 69 e 69 verso). A Origem, a meu ver, demonstrou, no
caso, de forma aceitável as razões que a levaram às exigências inseridas no edital, dando
conta da área de intervenção da obra e das adjacências que sofreriam suas influências,
descrevendo a localização e o desenvolvimento de cada intervenção e as potenciais
dificuldades técnico-operacionais a serem enfrentadas, que abarcavam desde o cadastro
precário das interferências, passando pela existência de reservatórios de gás pertencentes à
Ultragás, pela existência de galerias de águas pluviais ao longo da Avenida Luiz Inácio de
Anhaia Mello, pela necessidade de transposição das linhas da CPTM e do Rio Tamanduateí,
pela alta concentração de comércio e de pedestres na região, pelo carregamento de tráfego
próximo da saturação (não permitindo a execução de obras com interdição de faixa de tráfego
sem comprometimento da operação do corredor), além das restrições existentes às rotas de
desvio, uma vez que o viário adjacente é composto de vias de curta extensão e baixa
capacidade. Restando suficientemente claro que a complexidade alegada não se restringia ao
conteúdo técnico das obras em si, mas dizia respeito também a todo o entorno envolvido,
considerei justificada a exigência diante da complexidade do caso concreto, a fim de garantir
a exequibilidade do objeto contratual, uma vez que eventual execução fragmentada dos
serviços a serem contratados, em várias frentes de trabalho precedentes, não atestaria a
capacidade da licitante para a contratação pretendida, cuja execução exigia a condução
simultânea e em escala de todos os itens. Assim, votei pelo improvimento da Representação,
afastando a alegada restritividade. Cumpre destacar que esta Corte de Contas já votou nesta
linha de entendimento nos autos do TC nº 1.215.07-33. Já nessa oportunidade, pretendeu a
Procuradoria da Fazenda Municipal ver modificada a decisão que considerou restritiva a
exigência, contrapondo-se à linha adotada pela tese vencedora. Pelas razões aqui expostas e
mantendo a coerência com o voto proferido anteriormente, afasto o entendimento pela
restritividade. Por sua vez, o TC nº 3.508.05-10 cuida da análise do Edital de Pré-
Qualificação nº 01/2003, considerado irregular pelos Órgãos Técnicos desta Corte de Contas,
fundamentado nos seguintes aspectos: Falta de autuação de processo administrativo: Quanto
à autuação de processo administrativo, reitero minha posição que destaca: 1 - a necessidade,
em princípio, de instauração formal e plena do processo administrativo, inclusive por admitir
que este constitui instrumento de garantia dos direitos individuais; 2 - a necessidade, não
obstante, de verificação, em cada caso concreto, da efetiva existência de prejuízo ou
31
comprometimento da finalidade para a qual o processo se destina; 3 - quanto aos atos de que
cuidam os presentes autos, minha conclusão é a de que não houve vício insanável capaz de
macular os ajustes, nem óbice ao exercício do controle externo na análise da respectiva
documentação, embora esta não estivesse organizada formalmente conforme deveria. Tanto é
assim que os conteúdos dos atos administrativos documentados no processo podem ser
perfeitamente analisados no relatório e voto do Relator e demais Conselheiros. Exigência
restritiva relativa à comprovação de qualificação técnica, por meio de até três atestados:
Trata-se de aspecto sobre o qual já me manifestei acerca dos autos do TC nº 2.309.03-97,
acima analisado, de forma que reitero as ponderações e o entendimento lá adiantados.
Todavia, há ainda outros apontamentos, dados, igualmente, como restritivos da
competitividade e, portanto, considerados impeditivos para acolhimento da concorrência
pública e do contrato subsequente à pré-qualificação ora examinada. São eles: Exigência de
comprovação de execução de viaduto ou ponte rodoviária com extensão mínima de 1.000 m
em área urbana (item 3.5.2.2 – fl. 97): Entendeu a Auditoria que a restritividade reside no
fato de que é na metodologia construtiva, para pontes e viadutos, que se caracteriza a
capacidade técnica a ser comprovada e não propriamente na extensão total da obra.
Acrescentou ainda que a exigência não deve se limitar a construções em área urbana. As
referências técnicas e jurídicas, porém, parecem indicar que não basta definir o vão, em
metros, de uma ponte ou viaduto para avaliar a capacitação técnica e operacional de um
profissional ou empresa. A extensão e o número sequencial de pontes ou viadutos são de
fundamental importância, e somente com base nisso os pretensos licitantes poderão
comprovar a capacidade exigida. Trata-se de entendimento cediço na doutrina e
jurisprudência. Neste sentido é o entendimento de Marçal Justen Filho: 'Logo, se o objeto for
uma ponte com quinhentos metros de extensão, não é possível que a Administração se
satisfaça com a comprovação de que o sujeito já construiu uma 'ponte' – eventualmente, com
cinco metros de extensão. Sempre que a dimensão quantitativa, o local, o prazo ou qualquer
outro dado for essencial à satisfação do interesse público ou retratar algum tipo de
dificuldade peculiar, a Administração estará no dever de impor requisito de qualificação
técnico-operacional fundado nesses dados' (Comentários à Lei de Licitações e Contratos
Administrativos. 9. ed. São Paulo: Dialética, 2002, p. 321). Por outro lado, entendo que
também não é possível indicar genericamente que a limitação à área urbana é condição por si
restritiva. No caso concreto, as intervenções amplas e multilaterais do projeto, já indicadas na
ocasião em que foi justificado nosso entendimento pela não restritividade da comprovação da
capacidade técnica através de até três certidões, demonstram a razoabilidade da exigência.
Deste modo, a meu ver, a exigência para que seja em área urbana guarda razoável pertinência
com o objeto pretendido, posto que deve ser construído em área urbana densamente ocupada
e com rede de tráfego intenso, diferentemente da execução de algo semelhante em campo
aberto sem interferências de qualquer ordem. Portanto, a menção a 'área urbana' apenas faz
complementar o cenário em que se insere o objeto pretendido, delimitando suas
características para estabelecimento de equivalência e similaridade. Exigência de
comprovação de execução de terminal de passageiros com área mínima de 3000 m2 e de
fornecimento, fabricação e montagem de estrutura metálica espacial (itens 3.5.2.7.1 e
3.5.2.7.2 – fl. 98): Quanto ao primeiro aspecto, relacionado à exigência de área mínima, cabe
ter presente que um terminal de ônibus, à semelhança dos aqui tratados, não se prestaria à sua
função se fossem consideradas apenas as áreas das edificações, na medida em que o terminal
é composto pelo conjunto da obra (edificações, pátio, embarques, desembarques, plataformas
etc.). As áreas edificadas se prestam apenas ao apoio operacional do terminal, e não haveria
32
por que se exigir atestados somente dessas áreas isoladamente, conforme referências técnicas
disponíveis33
. Quanto ao último aspecto apontado, cumpre esclarecer que, conforme
definição aceita em literatura especializada, as atribuições do engenheiro metalúrgico se
restringem ao estudo da transformação dos minérios em metais, das propriedades físicas e
químicas do metal e suas mais variadas aplicações. As informações técnicas, porém, apontam
que estrutura metálica é uma atribuição da engenharia civil e mecânica, envolvendo
dimensionamento, fabricação e montagem, e se aplica aos mais diversos tipos de obras civis
de construção e montagem, tal como disposto na Lei Federal nº 5.194/66 e a Resolução nº
218 do Confea34
. Exigência de comprovação de fornecimento, instalação e operação de
sistemas de TV, sonorização, telefonia, detecção e alarme de incêndio (item 3.5.2.6 – fl. 98),
serviço de fornecimento e plantio de árvores; serviços complementares como iluminação de
via pública em área urbana, destocamento mecânico, fornecimento e plantio de árvores,
sinalização urbana (item 3.5.2.8 – fl. 98): Todos estes aspectos são apontados como serviços
de pouca representatividade e que, portanto, não poderiam ser considerados como parcelas de
maior relevância ou de valor significativo a exigir atestado de comprovação de capacidade
técnica e operacional. Em relação a este apontamento, contudo, é preciso ponderar que, no
caso, o que se observa das exigências é a busca da melhor caracterização do objeto, de forma
que os atestados, além de comprovarem a execução de obra completa em que a proponente
tenha sido a principal contratada, contenham também as citadas instalações, essenciais ao
funcionamento do conjunto. É de se observar, ademais, que não foram exigidos quantitativos
para tais itens. Previsão de recursos sujeitos à aprovação em lei orçamentária: Trata-se de
exigência impertinente que só deve surgir por ocasião da instauração do certame para a
contratação, razão pela qual retomarei o tema ao tratar do TC subsequente, que analisa a
licitação e o contrato dela decorrente (TC nº 3.509.05-83). O procedimento de pré-
qualificação não acarreta a realização de despesas, de modo que o apontamento pela
irregularidade do edital baseado neste aspecto deve ser afastado, não sendo motivo apto a
33
O Manual de Projeto e Dimensionamento de Terminais – EMTU/SP – Março/2005 – DT-DPO-001-05 –
tem como objetivo principal orientar o desenvolvimento de projetos de terminais de ônibus urbanos em suas
diversas fases, através de informações, critérios, parâmetros ou procedimentos a serem observados, de forma a
atender adequadamente às necessidades de segurança, conforto e funcionalidade tanto dos usuários como dos
veículos que o utilizam. (2.1. Dimensionamento do Terminal - 2.2. Porte do Terminal - 2.3. Acessibilidade - 2.4.
Padrões Funcionais e Geométricos).
Aspectos Importantes que compõem os projetos de Terminais e que merecem atenção são: Pavimento do
Terminal e do entorno; Drenagem; Plataformas; Circulação de Pedestres; Áreas de Apoio ao Usuário e à
Operação (Sanitário público, feminino e masculino, Bilheterias, Bicicletário); Áreas de apoio operacional (Sala
de administração do terminal, Sala para as empresas operadoras, Sala de quadros elétricos, Refeitório, Vestiário
feminino e masculino, Sanitários separados por sexo, Sala de limpeza, Depósito de lixo, Sala para grupo gerador
de energia elétrica insonorizado, Caixa d’água, deverá ser suficiente para prever a alimentação das áreas de
apoio e a reserva de incêndio, Medidores de entrada de energia, Lixeira externa, Posto de controle, para controle
de acesso). Também deverão ser previstos os equipamentos de apoio destinados a trazer aos usuários do
terminal uma melhoria do nível de conforto, funcionalidade e serviços. 34
LEI Nº 5.194, de 24 DEZ 1966 - Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-
Agrônomo, e dá outras providências.
Resolução 218 do CONFEA: Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE
FORTIFICAÇÃO e CONSTRUÇÃO: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referentes a edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de abastecimento de
água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes
estruturas; seus serviços afins e correlatos. (...) Art. 13 - Compete ao ENGENHEIRO METALURGISTA ou ao
ENGENHEIRO INDUSTRIAL E DE METALURGIA ou ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE
METALURGIA: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a processos
metalúrgicos, instalações e equipamentos destinados à indústria metalúrgica, beneficiamento de minérios;
produtos metalúrgicos; seus serviços afins e correlatos.
33
ensejar a sua irregularidade. Ausência de projeto básico: Neste ponto, peço vênia para reiterar
entendimento que já tive oportunidade de externar nos autos dos TCs nºs 1.215.07-33,
3.243.03-16 e 5.201.03-47, sobre o conteúdo do procedimento de pré-qualificação. À luz do
contido no art. 114 da Lei Geral de Licitações, a Administração Pública visa a preparar a fase
de habilitação de futura concorrência pública, de forma a viabilizar a análise preliminar,
criteriosa e detida, da qualificação técnica das empresas ou consórcios que serão os possíveis
licitantes. Por esta razão, as exigências habilitatórias de capacitação técnica, operacional e
profissional formuladas nestes editais de pré-qualificação estão vinculadas às necessidades
básicas das futuras contratações, devendo com estas, portanto, guardar compatibilidade
quanto ao nível essencial de complexidade. Nesta senda, entendo que o instituto da pré-
qualificação exige apenas parâmetros mínimos que se traduzem num pré-projeto básico, que
define a concepção, com dimensionamentos, porte, acessibilidade e padrões funcionais e
geométricos. Diferencia-se, portanto, do tradicional projeto básico que representa o
detalhamento do projeto funcional em nível construtivo. Da mesma forma, não alcança o
orçamento, seja em planilhas de serviços e custos, seja no detalhamento de composições de
custos, uma vez que estes elementos somente se colocam como necessários ao momento da
formulação de propostas comerciais. Para tal raciocínio, cabe considerar o que consta, por
exemplo, no Manual de Projeto e Dimensionamento de Terminais de Ônibus Urbanos, da
EMTU/SP (março/2005), que tem como objetivo principal orientar o desenvolvimento de
projetos de terminais de ônibus urbanos em suas diversas fases. Também nesse sentido, o
entendimento defendido por Floriano de Azevedo Marques Neto: '(...) Deste modo, concluo
que os editais de convocação de interessados para pré-qualificação deverão conter todos os
elementos suficientes para caracterizar os objetos que serão no futuro licitados, ensejando aos
interessados terem noção da natureza e espécie do que será posto em disputa. Não se põe
exigível, entretanto, que nesta fase já seja apresentado o projeto básico completo nos termos
do que ocorre numa licitação uma' ("In": Pré-qualificação Exigência de Projeto Básico,
Fórum de Contratação e Gestão Pública – Vol. 2, ano 1, fev. 2002). Sobre o tema, encontram-
se precedentes do TCU. Para elucidar a questão, cito o seguinte trecho do voto do Ministro
Relator, nos autos do TC nº 7580/00 (DOU 27/10/00): 'Vê-se, portanto, que todo o foco da
pré-qualificação centra-se na capacidade econômica e operacional dos candidatos, não se
fazendo necessário, para tanto, desde logo, a explicitação dos detalhes do projeto a ser
executado ou dos créditos a serem utilizados. Logicamente que mesmo sem a existência do
projeto detalhado, devem existir noções razoáveis do que se venha a contemplar nos projetos,
como forma de compatibilizar as exigências de habilitação, requeridas na pré-qualificação,
com a realidade do que se pretende executar. (...) Ainda a esse respeito, registre-se que a
existência de projeto básico constitui requisito essencial para que as diversas empresas
possam estimar os custos e prazos de execução das obras. No entanto, na etapa de pré-
qualificação não existe, ainda, essa necessidade. Os custos e prazos de execução serão
parametrizados quando da análise da oferta de preços, por ocasião da divulgação do edital de
licitação, propriamente dito.' Cumpre destacar que, ao que consta, no caso presente, os
elementos necessários e definidores das características básicas da futura contratação,
suficientes para viabilizar a análise da capacidade das concorrentes, estavam presentes no
Termo de Referência e Memorial Descritivo, anexos do Edital de Pré-Qualificação (fl. 10 do
TC nº 2.309.03-07 e fls. 87/130 do TC nº 3.508.05-10). Finalmente, o TC nº 3.509.05-83
cuida da Concorrência nº 19/03 e do Contrato nº 70/04, ambos considerados irregulares pelos
Órgãos Técnicos deste Tribunal, pelos seguintes aspectos: Decorrer de procedimento de Pré-
Qualificação considerado irregular: Apontamento que afasto considerando os argumentos
aduzidos ao longo do presente voto e que me levaram ao entendimento pela legalidade do
Edital de Pré-Qualificação. Não autuação de processo administrativo: Em face da similitude
34
das situações inseridas neste feito e no TC nº 3.508.05-10, igualmente remeto a presente
análise ao conteúdo da manifestação acima acerca deste assunto, de forma que afasto também
o apontamento como vício insanável passível de tornar ilegal o procedimento licitatório e o
contrato dele decorrente. Previsão de recursos orçamentários sujeitos à aprovação da Lei
Orçamentária: De início, cumpre anotar que não procede o argumento trazido pela Origem no
sentido de que a lei não dispõe sobre a existência de disponibilidade orçamentária para a
instauração do certame, mas apenas sua indicação. De fato, afasto de forma peremptória tal
entendimento. Todavia, reconheço que a alegada inexistência de recursos, no caso, não
ocorreu na realidade. Como se depreende dos autos, a despesa foi prevista para realização em
15 meses, a partir dos meses finais de 2003 e subsequentemente durante o exercício de 2004,
não constando dos autos análise de cronograma físico-financeiro demonstrando o contrário.
Para tanto, conforme Requisição de Compras de fl.14, foi realizada a previsão de recursos
orçamentários de aproximadamente 10% do orçamento total estimado das obras para
realização no período de 2003, e o restante (cerca de 90%) foi previsto para 2004, sendo que,
em relação a este último período, ficou necessariamente vinculado à aprovação da
correspondente Lei Orçamentária Anual, conforme restou consignado na referida Requisição,
visto que tais recursos tinham origem no orçamento da Secretaria Municipal de Transportes,
por força de contrato firmado pela SPTrans com aquela Secretaria. Conforme se nota, houve
a previsão de recursos de acordo com o orçamento estimado, tanto para 2003 como para
2004, em consonância com o princípio da anualidade, não tendo sido apresentadas nos autos
evidências objetivas de que o procedimento licitatório pudesse transcorrer com insuficiência
de previsão de recursos orçamentários, hipótese que não se sustenta pelo simples fato de, na
ocasião, ainda não haver lei orçamentária aprovada para o exercício de 2004. Ausência de
projeto básico: Trata-se de aspecto que remete à compreensão do histórico em que o certame
se insere, relatado no início do presente voto. A SPTrans alegou em sua defesa que o projeto
básico fez parte do instrumento convocatório da Concorrência nº 19/03, na forma do Anexo
XVII, e que este se encontrava disponível no respectivo processo administrativo e também no
site da empresa, no "link" licitações (fl. 474 do TC nº 3.509.09-83). Todavia, a Auditoria
considerou que, nos autos, não constou o anexo XVII, nem menção ao processo
administrativo referido pela SPTrans, tampouco o "link" citado, limitando-se, portanto, à
documentação que foi a encaminhada pela Origem (fl. 499). Bem se vê, no que diz respeito
ao projeto básico, que a Auditoria se limitou ao contido estritamente nos autos e não
considerou os atos efetivamente praticados, atitude que não se coaduna com o princípio da
verdade material, característico do processo administrativo. Ademais, seria inimaginável que
um empreendimento desse porte, cujas obras já se desenvolviam há mais de cinco anos, ainda
não dispusesse de projeto, seja básico ou executivo parcial. Na verdade, numa análise
contextual, percebe-se que o projeto básico vem desde a implantação do primeiro trecho
(linha Parque Dom Pedro II/ Sacomã) e foi elaborado pelo Consórcio Setepla/Logit, com
base no projeto arquitetônico original concebido por Ruy Ohtake – Arquitetura e Urbanismo
S/C Ltda. Referido projeto subsidiou a Concorrência inaugural nº 21/97, a qual resultou no
Contrato nº 04/98, para implantação da infraestrutura do VLP, a partir de concepção que
resultou nos quantitativos de serviços constantes da planilha do edital de contratação das
obras e desenvolvimento do projeto executivo, quando do início do empreendimento, projeto
executivo este readequado posteriormente através do Termo Aditivo nº 11/02. Cumpre ainda
destacar que a planilha de serviços daquela primeira licitação para a contratação da obra
guardou pertinência com o edital de pré-qualificação, na medida em que contemplou todas as
exigências de qualificação técnica requeridas naquela oportunidade. Por fim, considerando
que a manifestação conclusiva da Assessoria Jurídica de Controle Externo trouxe novos
elementos ao processo, decorrentes de Relatório Sintético do Levantamento de
35
Auditoria/2007 – Tribunal de Contas da União, o qual apontou a irregularidade nº 10 no
Contrato nº 70/04, classificada como 'outras irregularidades ou irregularidades esclarecidas',
consubstanciada na deficiência de projetos, e relacionada ao Termo Aditivo nº 02 de
28/08/06, vejo como imprescindível a análise de sua execução. Diante de todo o exposto,
voto pelo conhecimento do Recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal
contra a decisão que julgou procedente a Representação proposta contra o Edital de Pré-
Qualificação nº 01/2003 e, no mérito, voto pelo seu provimento, julgando regular referido
procedimento de pré-qualificação. Igualmente, julgo regulares a Concorrência Pública nº
19/03 e o Contrato nº 70/04 e determino a instauração de TC para a análise da execução
contratual do Contrato nº 70/04, com a vinda aos autos de todos os aditamentos nele
celebrados. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de
setembro de 2012. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)
Edson Simões – Relator." 4) TC 3.248.05-00 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e
Consórcio Queiroz Galvão/Andrade Gutierrez – Concorrência 030/2003 – Contrato 2004/086
R$ 143.797.208,53 – Termo de Retirratificação 2004/A-136 (retificação parcial do teor dos
itens 7.6 da cláusula sétima e 8.1.1 da cláusula oitava) – Prestação de serviços de execução
das obras remanescentes da implantação da infraestrutura necessária à operação na linha
Parque Dom Pedro II – Sacomã, Grupos de Linhas I, do Subsistema de Transporte Coletivo
de Passageiros de Média Capacidade do Município de São Paulo ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam
os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros
Eurípedes Sales – Revisor e Domingos Dissei, em julgar irregulares a Concorrência 030/2003
e o Contrato 2004/086, pelas seguintes razões: 1 - desvios na formulação da planilha do
orçamento, em razão da precariedade com que foi elaborada, sem a devida decomposição dos
preços e quantidades unitárias nos subitens integrantes dos itens, afrontando o artigo 7º,
inciso II, do § 2º, da Lei 8.666/93, ferindo, ainda, o princípio da legalidade que, por
mandamento constitucional (artigo 37 da Constituição Federal), deve conduzir a
Administração Pública, em todos os níveis; 2 - falta de autuação do processo administrativo,
em inobservância ao "caput" do artigo 38 da Lei Federal 8.666/93, o que, por si só, ditaria a
nulidade dos instrumentos ora julgados, por se tratar de formalidade essencial; 3 - disposições
no edital restringindo o princípio da competitividade do certame, ao exigir exibição de três
instrumentos contratuais anteriores para comprovação da capacidade técnica dos licitantes; 4
- ausência de previsão orçamentária na abertura do certame e, consequentemente, na
contratação, em flagrante violação à regra do inciso III do § 2º do artigo 7º da mesma Lei
8.666/93; 5 - falta de assinatura no edital, em desobediência ao artigo 40, § 1º, da Lei Federal
8.666/93 e ao artigo 19 do Decreto Municipal 44.279/03; 6 - ausência de comprovação da
publicação eletrônica do edital, ao arrepio do artigo 9º do Decreto Municipal 44.279/03; 7 -
precariedade na redação da cláusula 8ª do contrato, pondo em risco o uso correto do
mecanismo de reajuste aplicável aos valores ajustados; 8 - publicação do resumo do contrato
fora do prazo previsto em lei, em desrespeito aos ditames legais e ao princípio constitucional
da publicidade. Acordam, ademais, por maioria, pelos mesmos votos, em julgar irregular o
Termo de Retirratificação 2004/A-136, deles decorrente, pelo princípio da acessoriedade.
Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em deixar de acolher os efeitos
financeiros produzidos. Acordam, também, por maioria, pelos mesmos votos, em aplicar a
cada um dos responsáveis identificados nos autos, a multa no valor de R$ 512,28 (quinhentos
e doze reais e vinte e oito centavos), com fundamento no inciso II do artigo 52 da Lei
36
Municipal 9.167/80. Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar a
expedição de ofício, acompanhado de cópia do relatório e voto do Relator e do presente
Acórdão, ao Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça do
Patrimônio Público e Social da Capital, em resposta aos requerimentos feitos sobre a matéria.
Acordam, também, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar a expedição de ofício,
acompanhado de cópia de inteiro teor deste Acórdão, à Procuradoria Geral do Município –
PGM, para que adote as medidas cabíveis relativas à eventual necessidade de reparação de
prejuízos e responsabilização dos responsáveis. Acordam, ademais, por maioria, pelos
mesmos votos, em determinar que sejam cientificados deste Acórdão o Prefeito do Município
de São Paulo – PMSP e a Câmara Municipal de São Paulo – CMSP. Vencido o Conselheiro
Maurício Faria que, consoante voto apresentado em separado, julgou regulares os
instrumentos em exame. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que a Subsecretaria
de Fiscalização e Controle desta Corte realize o acompanhamento contábil da execução do
Contrato 2004/086. Relatório: Cuidam os autos do exame da Concorrência nº 30/2003, do
Contrato nº 86/2004 dela decorrente e do Termo de Retirratificação nº 136-A/2004,
celebrados entre a São Paulo Transporte S.A. e o Consórcio Queiroz Galvão/Andrade
Gutierrez, tendo por objeto a execução de obras remanescentes da implantação da
infraestrutura necessária à operação na linha Parque D. Pedro II – Sacomã, grupo de linhas 1,
do Subsistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Média Capacidade do Município de
São Paulo (o popular "Fura-Fila"), no valor de R$ 143.797.208,53 (cento e quarenta e três
milhões, setecentos e noventa e sete mil, duzentos e oito reais e cinquenta e três centavos)35
,
equivalente a R$ 214.943.730,91 (duzentos e quatorze milhões, novecentos e quarenta e três
mil, setecentos e trinta reais e noventa e um centavos) se atualizados para julho/2012,
aplicando-se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em sua primeira
manifestação, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu pela irregularidade de
todos os instrumentos analisados, nos seguintes termos: Irregularidade da Concorrência, em
razão de: 1) Ausência de autuação do devido processo administrativo, contrariando o artigo
38 da Lei Federal 8.666/9336
; 2) Erros na planilha do orçamento, que assinalavam
unicamente valores estimados para os serviços relativos às instalações elétricas e hidro-
sanitárias, rede de prevenção e combate de incêndio e paisagismo, deixando de apontar os
preços unitários e as quantidades dos itens que compõem cada um desses serviços. Além
disso, apenas 23,5% (vinte e três inteiros e cinco décimos por cento) do valor global orçado
(correspondentes, a época, a R$ 33.792.344,00 (trinta e três milhões, setecentos e noventa e
dois mil, trezentos e quarenta e quatro reais) e, se atualizados para julho/2012, equivalentes a
R$ 50.511.776,76 (cinquenta milhões, quinhentos e onze mil, setecentos e setenta e seis reais
e setenta e seis centavos)37
tiveram composição de preço conhecida, infringindo o inciso II do
§ 2º do artigo 7º da já citada Lei 8.666/9338
; 3) Cláusulas editalícias criando obstáculos ao
princípio da competitividade do certame, como evidenciado pelos subitens 5.5.5 e 5.5.5.1 do
35
Valor fixado com base na tabela da então Secretaria de Serviços e Obras, vigente em junho de 2002
(conforme às folhas 300 dos autos) e correspondendo a R$ 214.943.730,91 trazidos a valor presente, por meio
da aplicação da variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, para jul/2012. 36
Lei 8.666, de 1993, artigo 38: O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo
administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação
sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente 37
atualmente equivalentes a R$ 50.511.776,76, atualizados pelo mesmo IPCA supra referido, jul/2012 38
Lei 8.666, de 1993, artigo 7: As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão
ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequência: ... § 2º: As obras e os serviços somente poderão
ser licitados quando: ...II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os
seus custos unitários.
37
edital39
, com disposições sobre comprovação da capacidade técnica e apresentação de
atestados, em afronta ao artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal40
, ao artigo 3º, § 1º,
inciso I, alínea "e", e aos §§ 3º e 5º do artigo 30 todos da Lei Federal 8.666/93;41
4) Previsão
de recursos sujeita à aprovação de Lei orçamentária, infringindo o inciso III do § 2º do artigo
7º da mesma Lei 8.666/93; 5) Falta de assinatura do edital, datado posteriormente à
divulgação da licitação, em prejuízo do artigo 40, § 1º, da Lei Federal de licitações42
e do
artigo 19, § 2º, do Decreto Municipal 41.772/02, então vigente;43
6) Carência de prova da
publicação eletrônica (na Internet) do edital, em desatenção ao artigo 9º do Decreto
Municipal 41.722/0244
; e 7) Ausência de clareza na redação adotada na cláusula 8ª do
contrato, relativa ao início da aplicação do reajuste dos preços, contrariando os itens 1.2,
1.2.2 e 1.3 da Portaria da Secretaria Municipal da Fazenda n° 104/9445
. Irregularidade do
Contrato, em função de: 1) previsão de recursos sujeita à aprovação da Lei Orçamentária,
infringindo o inciso III do § 2º do artigo 7º da mesma Lei 8.666/93; 2) falta de clareza no
39
5.5.5 A comprovação de capacidade técnica exigida no item 5.5.4 deverá ser feita pela apresentação de até 3
(três) contratos por PROPONENTE, devendo ser atendidos, ainda, as seguintes condições: 5.5.5.1 Todos os
serviços/obras constantes nos subitens dos itens 5.5.4.1, 5.5.4.2, 5.5.4.3, 5.5.4.4 e 5.5.4.5 deverão estar contidos
em um só contrato, admitindo-se, em caso de consórcios, a somatória de contratos executados por cada [sic]
consorciadas, por atendido das quantidades. 40
Constituição Federal, artigo 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações 41
Lei 8.666, de 1993, artigo 3: A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.§ 1º - É vedado aos agentes públicos: ...I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos
de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de
qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato. Artigo 30: A
documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: ...§ 3º Será sempre admitida a comprovação de
aptidão através de certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica e
operacional equivalente ou superior; ...§ 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão
com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta
Lei, que inibam a participação na licitação. 42
Lei 8.666, de 1993, artigo 40: O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da
repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que
será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início
da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:...§ 1º - O original do edital deverá ser
datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no processo de
licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos
interessados. 43
Decreto 44.279, de 2003, que revogou o Decreto 41.772, de 2002, mantendo as mesmas disposições, no
mesmo número de artigo. Artigo 19: Compete às comissões de licitação: ...§ 2º - Ao presidente da comissão de
licitação cabe datar e assinar os atos convocatórios.
Tais disposições, todavia, foram mantidas com idêntico teor e mesmo número no Decreto 44.279, de 2003, que
o revogou. 44
Decreto 44.279, de 2003, artigo 9º (com idênticas disposições do Decreto supramencionado): Observado o
disposto no artigo 17 da Lei nº 13.278, de 7 de janeiro de 2002, os atos convocatórios deverão ser divulgados
pela "internet", na página da Prefeitura do Município de São Paulo. 45
Portaria SF nº 104, de 1994, com instruções para a conversão de cruzeiro em real dos valores de prestação de
serviços e execução de obras
38
texto adotado na cláusula 8ª do contrato; e 3) atraso na publicação do extrato do Termo de
Contrato, em desacordo com o artigo 26 da Lei Municipal 13.278/02. Por fim, a Auditoria
concluiu, também, pela irregularidade do Termo de Retirratificação, por suceder Certame e
Ajuste considerados irregulares (folhas 646 a 651; 654 a 655 e 657 a 659). A Assessoria
Jurídica de Controle Externo acompanhou a Subsecretaria de Fiscalização e Controle,
opinando pela irregularidade da Licitação, do Ajuste e do Termo de Retirratificação (folhas
662 a 664). A São Paulo Transporte – SPTrans foi oficiada e os Responsáveis46
foram
intimados. O então Presidente da SPTrans (e Signatário do Contrato) e o Diretor de Gestão, à
época, (Ordenador do certame e co-Signatário do Contrato) apresentaram as suas razões.
Todos arguiram que a empresa tem método próprio para autuar seus processos. Além disso,
alegaram que, tanto o ineditismo, quanto o porte da obra exigiram tratamento diferenciado
das demais contratações, o que se refletiu, principalmente, na elaboração da planilha de
preços. Asseveram que a falta de liberação de recursos orçamentários e as adequações do
projeto durante a execução das obras teriam dificultado a individualização dos valores.
Assumiram a publicação extemporânea do sumário do contrato, mas insistiram na existência
da divulgação eletrônica da convocatória (sendo que teria ocorrido apenas a falta de extração
de uma via em suporte físico). Afirmaram, enfim, que nenhuma das disposições do edital
teria restringido a competitividade no certame (folhas 671 a 688). Após exame dos
documentos e argumentos de defesa, a Coordenadoria V manteve o seu parecer pela
irregularidade dos instrumentos ora tratados, no que foi acompanhada pela Área Jurídica
desta Corte, que também pugnou pela irregularidade da Concorrência, do Contrato e do
Termo de Retirratificação (folhas 814 a 819v°, 864 a 869 e 881 e 882). Sobrevieram seguidos
ofícios do Ministério Público, que, por cinco vezes, solicitou informações sobre o andamento
do presente (folhas 801; 821; 831; 846; 870). A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu
o acolhimento dos instrumentos, ou subsidiariamente, a aceitação de seus efeitos financeiros.
Por derradeiro, a Secretaria Geral igualmente propugnou pela irregularidade do Certame, do
Contrato e do Termo de Retirratificação, em face da ausência de aprovação de recursos na
Lei Orçamentária e da inexistência da decomposição de custos por quantidade e preços na
planilha do orçamento47
, entendendo serem releváveis as falhas pela não autuação do
processo, pelo atraso na publicação do ajuste e ausência de clareza na redação da cláusula
oitava do contrato (folhas 937 a 945). É o relatório. Voto: Graves irregularidades marcaram o
Certame e a Contratação ora em exame, sendo que, as razões de defesa apresentadas pelos
Interessados não tiveram o condão de dirimi-las, motivo pelo qual, os Órgãos Técnicos e a
Secretaria Geral, mantiveram, à unanimidade, as suas conclusões iniciais pela irregularidade
dos instrumentos em razão do seguinte: 1 - Desvios na formulação da planilha do orçamento,
em razão da precariedade com que foi elaborada, sem a devida decomposição dos preços e
quantidades unitárias nos subitens integrantes dos itens, afrontando o artigo 7°, inciso II, do §
2º, da Lei 8.666/93, ferindo, ainda, o princípio da legalidade que, por mandamento
46
Gerson Bittencourt, ordenador da despesa e signatária do Contrato, então Diretor Presidente da SPTrans.
Apenas ele apresentou defesa; José Evaldo Gonçalo, também signatário do contrato, então Diretor de Gestão
da empresa e, na sequência, seu Presidente; também firmou o termo aditivo, juntamente com Eliel Rodrigues
Marins, diretor de Finanças e Administração. 47
A Secretaria Geral observou que as falhas na autuação do processo administrativo ocorreram em época
anterior ao Comunicado da Presidência nº 035, de 2004, pelo qual a SPTrans, acatando sugestão desta Corte de
Contas, aceitou modificar a forma de autuação de seus processos administrativos. Dessa forma, na linha dos
pareceres já emitidos por aquela Secretaria, esta se manifestou pela relevação dessa anormalidade, da mesma
forma que entendeu releváveis a publicação fora de prazo do extrato do ajuste, a falta de assinatura no edital, a
ausência de clareza na clausula 8ª do contrato e a divulgação intempestiva na Internet.
39
constitucional (artigo 37 da Constituição Federal48
), deve conduzir a Administração Pública,
em todos os níveis; 2 - Falta de autuação do processo administrativo, em inobservância ao
caput do artigo 38 da Lei Federal 8.666/9349
, o que, por si só, ditaria a nulidade dos
instrumentos ora julgados, por se tratar de formalidade essencial. Não procedem as alegações
da SPTrans de que, por não se sujeitar aos preceitos da aludida Lei Federal de Licitações,
segue método particular de autuação de processos. Ora, a questão é incontroversa na doutrina
e na jurisprudência, no sentido de que a Lei Geral das Licitações e Contratações possui
incidência em todas as contratações públicas, inclusive, nas realizadas pelas sociedades de
economia mista controladas, direta ou indiretamente, pelos Municípios, ilação que se extrai
clara do parágrafo único do seu artigo 1º da aludida Lei; 3 - Disposições no edital
restringindo o princípio da competitividade do certame, ao exigir exibição de três
instrumentos contratuais anteriores para comprovação da capacidade técnica dos licitantes; 4-
Ausência de previsão orçamentária na abertura do certame e, consequentemente, na
contratação, em flagrante violação à regra do inciso III do § 2º do artigo 7º da mesma Lei
8.666/93; 5- Falta de assinatura no edital, em desobediência ao artigo 40, § 1º, da Lei Federal
8.666/93 e ao artigo 19 do Decreto Municipal 44.279/0350
, frisando que a licitação pública
não é outra coisa senão um conjunto de formalidades impostas à Administração, como
condição para garantir o princípio da isonomia na celebração de contratos, não se justificando
a atribuição de maior importância a umas em detrimentos de outras; 6- Ausência de
comprovação da publicação eletrônica do edital, ao arrepio do artigo 9º do Decreto Municipal
44.279/0351
; 7 - Precariedade na redação da cláusula 8ª do contrato, pondo em risco o uso
correto do mecanismo de reajuste aplicável aos valores ajustados; e 8 - Publicação do resumo
do contrato fora do prazo previsto em lei, em desrespeito aos ditames legais e ao princípio
constitucional da publicidade. A irregularidade do Termo de Retirratificação é decorrente, no
caso, do princípio da acessoriedade. Diante de todo o exposto, com base nos pareceres dos
Órgãos Técnicos deste Tribunal e da Secretaria Geral, cujos fundamentos adoto como razões
de decidir, JULGO irregulares a Concorrência nº 030/2003, o Contrato nº 086/2004 e o
Termo de Retirratificação nº 136-A/200452
, deixando de acolher os seus efeitos financeiros.
Com amparo no inciso II do artigo 52 da Lei Municipal 9.167/80, aplico, a cada um dos
Responsáveis, identificados nos autos, a multa no valor de R$ 512,28 (quinhentos e doze
reais e vinte e oito centavos). DETERMINO a expedição de Ofício, acompanhado de cópia
do relatório e voto da decisão a ser alcançada ao Ministério Público do Estado de São Paulo –
Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em resposta aos
requerimentos constantes dos autos.53
Determino que a Subsecretaria de Fiscalização e
48
Constituição Federal, artigo 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte... 49
Lei 8666, de 1993, artigo 38: O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo
administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação
sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente (grifos
nossos). 50
Notas de rodapé 6 e 7 da página 2
51 Decreto Municipal 44.279, de 2003, art. 9º. Observado o disposto no artigo 17 da Lei nº 13.278, de 7 de
janeiro de 2002, os atos convocatórios deverão ser divulgados pela "internet", na página da Prefeitura do
Município de São Paulo. 52
Contrato no valor, à época da contratação, de R$ 143.797.208,53 (cento e quarenta e três milhões, setecentos
e noventa e sete mil, duzentos e oito reais e cinquenta e três centavos) atualmente equivalentes a R$
238.336.377,00 (duzentos e trinta e oito milhões, trezentos e trinta e seis mil, trezentos e setenta e sete reais), 53
Foram enviados pelo MP cinco ofícios reportados no relatório, o primeiro deles datado de 14 de maio de
2007; o último, de 17 de junho de 2009.
40
Controle realize o acompanhamento contábil da execução do Contrato nº 86/2004.
Determino, também, a expedição de ofício, acompanhado de cópia de inteiro teor da decisão
a ser alcançada, à Procuradoria Geral do Município, para que adote as medidas cabíveis
relativas à eventual necessidade de reparação de prejuízos e responsabilização dos
responsáveis. Determino, por fim, sejam cientificados da Decisão a ser alcançada pelo
Plenário deste Tribunal o Prefeito e à Câmara Municipal de São Paulo. Voto em separado
proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Não é possível lidar com as irregularidades
apontadas sem que antes as situemos no contexto de todo o período que marca a implantação
do programa comumente conhecido como 'Fura-Fila'. A partir da ideia-fantasia lançada na
campanha eleitoral de 1996, a concepção inicial do programa surgiu em 1997, e sua
contratação ocorreu em 1998. Na medida em que a licitação se pautou somente pelo projeto
básico, e a Administração contratante optou por realizar o projeto executivo de forma
concomitante com a obra, explorando o permissivo legal, o programa foi sendo objeto de
sucessivas redefinições que ficaram evidentes ao se comparar o projeto inicial com o que
efetivamente foi realizado no trecho Sacomã – Parque Dom Pedro, cuja operação somente
teve início 10 anos depois, em 2007, e no trecho de ligação com a Vila Prudente, cuja
operação somente teve início 12 anos depois, em 2009. Dessa mera constatação, por
enquanto desprendida de qualquer juízo, surge o seguinte: Em linhas gerais, podemos dividir
esse longo período em três fases distintas, ou seja, uma primeira fase de implantação inicial
decorrente da assinatura do Contrato nº 04/98; uma segunda fase de retomada definida por
um processo de detalhamento do projeto a partir de 2001, correspondente às definições do
Termo Aditivo nº 11/02; e uma terceira fase que compreende a decisão de extinção do
contrato então vigente e a realização de duas novas licitações, das quais surgiram o Contrato
nº 86/04, referente à contratação do remanescente de obras dos trechos 01 e 02, e o Contrato
nº 70/04, que se refere às obras do trecho 03. No âmbito desta Corte de Contas, houve a
apreciação do Contrato nº 04/98 e de seus respectivos aditamentos (as duas primeiras fases,
portanto), no âmbito dos TCs nºs 3.189.98-33 e 1.008.03-55, quando restou definido o
acolhimento, por unanimidade, do contrato e, de outra parte, a rejeição do Termo Aditivo nº
11 por maioria de votos, sob o fundamento de que as alterações de projeto introduzidas pelo
aditamento ultrapassavam o limite quantitativo de acréscimo permitido em lei. Contudo, não
houve qualquer restrição aos elementos técnicos e às planilhas de redefinição do projeto, seja
no âmbito da manifestação da Auditoria, seja no âmbito do próprio julgado. Por sua vez, no
processo ora em julgamento, verifica-se a análise do Contrato nº 86/04 (trechos 01 e 02). Já o
Contrato nº 70/04 (trecho 03), este é analisado no âmbito do TC nº 3.509.05-83. Estabelecido
esse panorama em que se pretende situar etapas diferentes da implementação do 'Fura-Fila' e
as correspondentes fiscalizações realizadas por este Tribunal de Contas, é possível extrair
uma conclusão que, no meu modo de ver, é absolutamente relevante ao deslinde das questões
a serem enfrentadas no processo "sub judice", quais sejam: As ações administrativas
nominadas como terceira fase foram analisadas por esta Corte de forma exclusivamente
voltada às licitações e aos contratos, mas nem sequer tangenciaram uma abordagem acerca da
extinção do Contrato nº 04/98, ou quanto, no caso, esta rescisão contratual representou uma
gestão razoável que permitiu levar adiante o empreendimento, seja como um elemento de
superação à solução de projeto que enfrentou dificuldades de ordem técnica desde o seu
nascedouro, seja como forma de prevenção a eventuais condenações judiciais do Município
de São Paulo. De fato, dos autos se depreende que as novas soluções de gestão do
O Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da
Capital, requisitou informações e cópia de Decisão eventualmente já proferida,53
visando instruir procedimento
instaurado no âmbito daquele Órgão, sendo o último Ofício enviado a este Tribunal, em 13 de dezembro de
2010 (Ofício nº 9.840/2010).
41
empreendimento, no sentido de novas licitações e contratações, surgiram da necessidade de
administrar os direitos de um primeiro contratado que detinha o objeto de forma já julgada
regular, mas cujas soluções nele previstas já não mais atendiam às necessidades de
implantação do sistema de transporte segregado, apesar dos gastos realizados. Cabe ressaltar,
ainda, que se a opção para incorporar as novas soluções técnicas que viabilizaram o sistema
fosse a de incluí-las no âmbito do próprio contrato firmado em 1998, surgiriam indubitáveis
questionamentos acerca do desvirtuamento do objeto, bem como infindáveis discussões
acerca da aceitação ou reprovação de acréscimos de natureza qualitativa. Aliás, isso já estava
presente na forma como foi julgado o Termo Aditivo nº 11/02. Por outro lado, pelo que é
possível compreender, as soluções não mais passavam pelo próprio Contrato nº 04/98, o que
ensejou o cômputo do já realizado a autorizar a decisão de rescisão, posto que, desta forma,
ao mesmo tempo, afastava os riscos de eventual indenização ao então contratado (em face do
eventual argumento de ser ainda detentor do objeto) e também viabilizava a continuidade do
processo de implantação do VLP. Apesar de os relatórios produzidos pela Auditoria não
terem voltado seu foco às medidas de transição supradispostas, o que por si só já representa
certo prejuízo de análise global, apontaram, por outro lado, aspectos de irregularidade que
remetem àquela compreensão de evolução de projeto, e disso estamos a falar em relação à
planilha de orçamento, em relação à falta de previsão orçamentária e, ainda, em relação à
restritividade na comprovação técnico-profissional a ser demonstrada em até três atestados.
Planilha de Orçamento: Quanto a este tópico, duas situações são apontadas pelo relatório da
Auditoria. A primeira delas refere-se à alegação de que apenas 23,5% do valor orçado teve a
composição de preço conhecida. Na verdade, as composições de custos eram conhecidas na
sua integralidade, e não apenas no percentual de 23,5% do valor global como concluiu o
relatório da Auditoria, pois este percentual menor correspondia às tabelas da então Secretaria
de Serviços e Obras – SSO, e o restante, tido como desconhecido, se apresentava como
remissão à antiga planilha constante do Contrato nº 04/98. Nesse ponto, mais uma vez, reitero
o fato de que, se as análises da licitação e do correspondente Contrato nº 86/04 tivessem se
voltado às definições de adequação de projeto produzidas antes mesmo da rescisão levada a
efeito em 2003, e que foram reproduzidas para construir as bases da licitação no mesmo ano,
problemas dessa ordem teriam sido desde logo esclarecidos. A segunda situação apontada
refere-se à alegação de erro na planilha por assinalar valores estimados para os serviços
relativos às instalações elétricas e hidrossanitárias, rede de prevenção e combate a incêndio e
paisagismo, sem apontar os preços unitários e quantitativos dos itens. Esta irregularidade, em
especial, será objeto de análise em separado ao final deste voto, tendo em vista que não se
insere nessa dinâmica que trata da conexão entre o momento de encerramento do primeiro
contrato e a licitação do remanescente de obras. Falta de Previsão Orçamentária: Neste ponto,
o problema da transição no desenvolvimento evolutivo da obra se mostrou ainda mais
contundente, pois a compreensão de que não havia disponibilidade financeira para a licitação,
e o subsequente Contrato nº 86/04 simplesmente desconsidera o saldo remanescente do
contrato anterior, o qual estava sendo rescindido, e que naturalmente serviria de cobertura
para as despesas previstas, como de fato ocorreu. Restritividade na comprovação técnico-
profissional demonstrada em até três atestados: Quanto às alegações relativas à comprovação
da capacidade técnico-profissional, há exceções em que a limitação de atestados seria
importante para assegurar a exequibilidade da obra, desde que sua complexidade fosse
justificada tecnicamente e de forma detalhada. No caso, a Origem demonstrou as razões que
levaram às exigências inseridas no edital, dando conta da área ampla de intervenção da obra,
bem como das adjacências que, por óbvio, sofreriam suas influências. Descreveu a
localização e o desenvolvimento de cada intervenção, envolvendo obras de grande porte e de
engenharia pesada, e as potenciais dificuldades técnico-operacionais a serem enfrentadas, que
42
vão desde o cadastro deficiente das interferências (que certamente obrigará a execução de
prospecções e levantamentos adicionais), passando pela existência de reservatórios de gás
pertencentes a Ultragás, pela existência de galeria de águas pluviais ao longo da Avenida
Luiz Ignácio de Anhaia Mello, pela necessidade de transposição das linhas da CPTM e do rio
Tamanduateí, pela alta concentração de comércio e de pedestres na região, pelo
carregamento de tráfego no limite da saturação (não permitindo a execução de obras com
interdição de faixa de tráfego sem comprometimento da operação do sistema viário), além
das restrições existentes às rotas de desvio, dado o fato de o viário adjacente ser composto de
vias de curta extensão e baixa capacidade. Restou claro, assim, que a complexidade alegada
não se restringe ao conteúdo técnico das obras em si, mas também a todo o entorno envolvido
sobre o qual certamente incidiria o reflexo de qualquer falha operacional da obra, motivando
desta forma a adoção da limitação de comprovação de capacidade técnico-operacional a três
atestados, em função da complexidade de escala e de concomitância das intervenções, a bem
do interesse público. Os propósitos da Origem, cujas razões depreende-se a necessidade de
demonstração da execução simultânea, são determinantes, neste caso, por todas as razões
apresentadas, pois o objetivo consistia em garantir a consecução do objeto por parte da
proponente, abarcando intervenção viária (incluindo viadutos) e grandes terminais de ônibus,
o que torna perfeitamente razoável a exigência de comprovação de capacidade em até três
contratos. Falta de assinatura do edital; ausência de comprovação da publicação eletrônica do
edital; extemporaneidade na publicação do resumo do contrato e precariedade na redação da
cláusula de reajuste: Em relação a esses apontamentos, filio-me ao entendimento esposado
pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria Geral, considerando todos
releváveis não apenas diante dos esclarecimentos apresentados pela Origem, mas, também,
pela natureza formal destes. Autuação de Processo Administrativo: Quanto à autuação de
processo administrativo, reitero minha posição que destaca: 1 - a necessidade de instauração
formal e plena do processo administrativo, inclusive por admitir que este constitui
instrumento de garantia dos direitos individuais; 2 - a necessidade de verificação, em cada
caso concreto, da efetiva existência de prejuízo ou comprometimento da finalidade para a
qual o processo se destina; 3 - quanto aos atos de que cuidam os presentes autos, minha
conclusão é de que não houve vício insanável capaz de macular os ajustes, nem óbice ao
exercício do controle externo na análise da respectiva documentação, embora esta não
estivesse organizada conforme deveria. Tanto é assim que os conteúdos dos atos
administrativos documentados no processo podem ser perfeitamente analisados no relatório e
voto do Relator e demais Conselheiros. Não obstante todo o exposto, afastando os referidos
apontamentos de irregularidade supradispostos, há um único aspecto pertinente a ser
considerado, relacionado à planilha, mais especificamente nos itens 'instalações elétricas,
instalações hidráulicas, instalações de prevenção e combate a incêndio e paisagismo', quando
a Auditoria afirma que estes não poderiam ter sido previstos por valor global. Neste ponto,
não se pode olvidar que eles tiveram todo o seu detalhamento já contido na planilha do
Contrato nº 04/98 e, por consequência, a específica razão relacionada aos quatro itens
incluídos por preço global parece-me insuficiente para justificar a rejeição da licitação e dos
ajustes decorrentes. Ademais, eventual desvirtuamento na composição de tais custos se
traduziria efetivamente numa impropriedade que somente se poderia realizar ao tempo da
própria execução contratual, da qual não trata o presente julgado. Cumpre ainda destacar que
a manifestação conclusiva da Assessoria Jurídica de Controle Externo trouxe novos
elementos ao processo, decorrentes de Relatório Sintético do Levantamento de
Auditoria/2007, do Tribunal de Contas da União, que apontou diversos indícios de
irregularidade relacionados à fase de execução Contrato nº 086/04, e, também, por essa razão,
impõe-se como medida necessária a determinação de análise da sua execução. Em face de
43
todo o exposto, julgo regulares a CP nº 030/03, o Contrato nº 086/04 e o Termo de
Retirratificação nº 2004/A-136, pois, a despeito dos custos para os serviços de instalações
elétricas, hidráulicas, combate a incêndio e paisagismo terem suas definições por preço
global, havia referência de preços em razão dos domínios já presentes nos termos de
referência constantes do Contrato nº 04/98. Assim, se impropriedades eventualmente
surgiram quanto ao pagamento dos serviços supracitados, estas se apresentaram na execução
contratual, razão pela qual determino a análise desta, com a vinda aos autos de todos os
aditamentos celebrados, ficando o reconhecimento dos efeitos financeiros submetidos ao
resultado dessa verificação de execução dos ajustes e ao respectivo julgamento. Participaram
do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos
Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva
Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de setembro de 2012. a) Roberto
Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 5) TC
2.344.05-50 – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e São Paulo Transporte S.A. –
SPTrans – Contrato 236/04-SMT.GAB R$ 28.728.138,93 – Continuidade da implantação do
Programa do Subsistema Estrutural de Média Capacidade (VLP), no Sistema de Transporte
Coletivo de Passageiros no Município de São Paulo, correspondente à 1ª Etapa da Linha I –
trecho Parque Dom Pedro II/Sacomã e da 2ª etapa da Linha I – Ramal Vila
Prudente/Extensão São Matheus ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos,
dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório e voto do
Conselheiro Edson Simões – Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros Eurípedes
Sales – Revisor e Domingos Dissei, em julgar irregular o Contrato 236/04-SMT.GAB, em
face da ausência de justificativa do preço contratado e pela falta de comprovação de
regularidade fiscal da contratada perante o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
infringindo o artigo 24, inciso VIII, e o artigo 26, inciso III, da Lei Federal 8.666/93, o artigo
12 do Decreto Municipal 44.279/2003, bem como o artigo 195, § 3º, da Constituição Federal.
Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em deixar de aceitar os efeitos financeiros
e patrimoniais produzidos pelo ajuste. Acordam, ademais, por maioria, pelos mesmos votos,
em aplicar ao Ordenador da Despesa e Signatário do ajuste, devidamente identificado nos
autos, a multa no valor de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e oito centavos), com
fundamento no artigo 52, inciso II, da Lei Municipal 9.167/80. Acordam, ainda, por maioria,
pelos mesmos votos, em determinar a expedição de ofício, acompanhado de cópia do
relatório e voto do Relator e do presente Acórdão, ao Ministério Público do Estado de São
Paulo – Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em resposta aos
requerimentos feitos sobre a matéria. Acordam, também, por maioria, pelos mesmos votos,
em determinar a expedição de ofício, acompanhado de cópia de inteiro teor deste Acórdão, à
Procuradoria Geral do Município – PGM, para que adote as medidas cabíveis relativas à
eventual necessidade de reparação de prejuízos e responsabilização dos agentes responsáveis.
Acordam, afinal, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar que sejam cientificados
deste Acórdão a Secretaria Municipal de Transportes – SMT, a São Paulo Transporte S.A. –
SPTrans, o Prefeito do Município de São Paulo e a Câmara Municipal de São Paulo – CMSP.
Vencido o Conselheiro Maurício Faria que, consoante declaração de voto apresentada, julgou
regular o instrumento em exame. Relatório: Cuidam os autos da análise do CONTRATO nº
236/2003, celebrado entre a SECRETARIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES e a SÃO
PAULO TRANSPORTE S.A., com dispensa de licitação, com fundamento no artigo 24,
inciso VIII, da Lei Federal 8.666/93, na Lei Municipal 13.278/2002, e no Decreto Municipal
44.279/2003, tendo por objeto a prestação de serviços especializados para desenvolvimento e
implantação do subsistema estrutural de média capacidade (VLP – Veículo Leve Sobre
44
Pneus) no sistema de transporte coletivo de passageiros no Município de São Paulo,
correspondente à 1ª (primeira) etapa da Linha I – Trecho Parque Dom Pedro II/ Sacomã e da
2ª (segunda) etapa da Linha I – Ramal Vila Prudente/Extensão São Mateus, ao custo de R$
28.728.138,93 (vinte e oito milhões, setecentos e vinte e oito mil, cento e trinta e oito reais e
noventa e três centavos), cujo valor, atualizado para julho/2012, pelo Índice de Preços ao
Consumidor – Amplo – IPCA, atinge a quantia de R$ 45.748.054,05 (quarenta e cinco
milhões, setecentos e quarenta e oito mil, cinquenta e quatro reais e cinco centavos) 54
.
Inicialmente, a Coordenadoria V concluiu pela irregularidade do Ajuste em face do seguinte:
1) Infringência aos artigos 24, inciso VIII, e 26, inciso III, do parágrafo único, da Lei Federal
8.666/93, combinados com o artigo 12 do Decreto Municipal 44.279/0355
, pela falta de
justificativas de que os preços dos serviços contratados eram compatíveis com os praticados
pelo mercado; 2) Infringência ao disposto no inciso II do § 2º e aos §§ 4º e 6º do artigo 7º da
Lei Federal 8.666/9356
, em razão da ausência de planilha de quantitativos e preços unitários;
e 3) Infringência ao artigo 195, § 3º, da Constituição Federal57
, pela falta de comprovação,
pela Contratada, da certidão de regularidade perante o Instituto Nacional de Seguridade
Social – INSS (folhas 66/69). Intimado, o Ordenador da Despesa e Signatário do Ajuste
ofereceu razões de defesa, nas quais alegou que a SPTrans tem como competência legal
promover, coordenar e fiscalizar a operação, a implementação, o aperfeiçoamento, a
administração e a expansão dos serviços de transporte coletivo, não cedendo a outro ente
privado, ainda que em condições para tal, desempenhar aludidas atividades. Afirmou que a
exigência de demonstração de compatibilidade dos preços contratados com os praticados no
mercado é medida inócua, uma vez que o ajuste garantiu a continuidade dos serviços
públicos, não infringindo qualquer dispositivo legal. Aduziu, ainda, que a contratação em
análise garantiu a implantação do Programa Subsistema Estrutural de Média Capacidade –
54
cujo valor, atualizado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor-Amplo), atinge a quantia de R$
45.748.054,05 em jul/2012. 55
Lei Federal 8.666/93:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados
por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em
data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
Art. 26. Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo,
será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: (...)
III - justificativa do preço.
Decreto Municipal 44.279/03:
Art. 12. Nas hipóteses de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, deverá ser autuado processo especial,
visando à formalização da contratação direta, mediante perfeita caracterização da exceção prevista em lei,
fundamentadas razões para escolha do contratado e justificativa do preço. 56
Lei federal 8.666/93:
Art. 7o: As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste
artigo (...)
§ 2o - As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: (...)
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; (...)
§ 4o - É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão
de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo. (...)
§ 6o - A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa. 57
Constituição Federal de 1988:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
(...)
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
45
VLP (Veículo Leve sobre Pneus) e, também, que ocorreu nos exatos valores dos custos dos
serviços subcontratados, acrescidos dos valores de fiscalização e administração dos mesmos.
Quanto à ausência de Certidão Negativa de Débito – CND alegou que a contratação não era
"uma opção, mas sim uma imposição legal... e, assim, deve ocorrer independentemente da
apresentação da CND". Ressaltou ainda, a existência de discussões, mantidas no âmbito
administrativo e judicial entre a SPTrans e o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social)
a respeito da alíquota devida sobre os recolhimentos dos serviços. No tocante à ausência de
planilha dos quantitativos e preços unitários dos serviços, asseverou que os dispositivos
legais citados no Relatório de Auditoria não se aplicam no caso dos autos, uma vez que se
cuida de contratação direta, não se tratando de processo licitatório e sim de procedimento
simplificado, destinado a garantir o interesse público em questão (folha 82/93). A
Coordenadoria V, ao se pronunciar sobre a defesa apresentada, retificou parcialmente a sua
conclusão anterior, entendendo justificada a falta de Planilha de Quantitativos e Preços
Unitários, ratificando, entretanto, a conclusão anterior de irregularidade do Contrato, em face
da ausência de justificativa dos preços dos serviços contratados e da não apresentação da
Certidão Negativa de Débitos junto ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social)
(folhas 97/99 e verso). A Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou a conclusão
alcançada pela Coordenadoria V, manifestando-se pela irregularidade do Contrato em exame
por entender que "a justificativa de preço exigida pela Lei de Licitações, no artigo 26,
parágrafo único, inciso III58
, pode ser interpretada à luz da apresentação de "pesquisa de
mercado" ou da simples demonstração da sua razoabilidade, mas não pode deixar de ser
realizada, ainda mais se considerarmos a falta de competitividade nas contratações diretas".
Quanto à falta de apresentação da CND (Certidão Negativa de Débito), consignou que "os
casos de dispensa, tampouco os de inexigibilidade de licitação, podem desrespeitar as normas
legais e constitucionais, daí a apresentação da referida certidão ser considerada condição
essencial à legitimidade do ajuste". No que concerne às discussões de débito da SPTrans
perante o Sistema de Seguridade Social, salientou que, para casos análogos, existe a Certidão
Positiva de Débitos com Efeito de Negativa, que deveria ter sido providenciada pela
Contratante, como documento essencial parta as contratações com o Poder Público, a teor do
disposto no artigo 195 da Constituição da República (folha 102/109). A Procuradoria da
Fazenda opinou no sentido do acolhimento do Contrato, consignando que os atos praticados
pela Administração Pública gozam da presunção de legitimidade, uma vez que são praticados
em resguardo dos interesses da coletividade (folhas 111/114). A Secretaria Geral afirmou que
a Lei Federal 8.666/93 impõe à Administração Pública em geral o dever de proceder à
aferição de que os preços dos serviços e obras a serem contratados são compatíveis com
aqueles vigentes no mercado, mesmo em casos de dispensa ou de inexigibilidade de licitação,
uma vez que o cumprimento da referida norma legal visa assegurar o respeito ao princípio da
moralidade administrativa nas contratações diretas, evitando preços excessivos ou
superfaturados. Quanto de demonstração da regularidade fiscal da Contratante com o
Instituto Nacional da Seguridade Social entendeu carecerem de fundamentação legal os
argumentos alinhados pelo Ordenador da Despesa, de vez que o artigo 195, § 3º, da
Constituição Federal1, não excepciona as empresas públicas, nem as sociedades de economia
mista da demonstração quanto à falta de regularidades das obrigações fiscais. Acrescentou
que a Origem, ao ensejo da contratação, deveria ter deixado consignado, no processo
administrativo, a existência das propaladas discussões a respeito dos débitos, juntando, para 58
Lei Federal 8.666/93:
Art. 26. Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo,
será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: (...)
III - justificativa do preço.
46
tanto, documentos comprobatórios da situação, quer em âmbito administrativo quer na esfera
judicial. Assim, na esteira dos pareceres dos Órgãos Técnicos, propugnou pela irregularidade
do Contrato, sem embargo das determinações entendidas pertinentes (folhas 116/122). É o
relatório. Voto: A matéria tratada nos autos foi amplamente debatida pelos Órgãos Técnicos
e pela Secretaria Geral, os quais, à unanimidade, se posicionaram no sentido do não
acolhimento do CONTRATO nº 236/200459
, em face da ausência de justificativa do preço
contratado e pela falta de comprovação de regularidade fiscal da Contratada perante o
Instituto Nacional de Seguridade Social, infringindo o artigo 24, inciso VIII60
, e o artigo 26,
inciso III61
, da Lei Federal 8.666/93, o artigo 12 do Decreto Municipal 44.279/2003, 62
bem
como o artigo 195, § 3º, da Constituição Federal. A realização da pesquisa de mercado ou a
simples demonstração da razoabilidade dos preços contratados com aqueles praticados no
mercado são providências que não podem ser omitidas pelo Poder Público Contratante,
notadamente nas contratações diretas que celebra, considerando-se a falta de competitividade
de que se revestem. Nesse sentido, Carlos Ari Sundfeld, preleciona: "é interessante perceber
que a ideia de compatibilidade da oferta com os preços de mercado foi adotada pelo
legislador como essencial não só à licitação, mas a quaisquer contratações envolvendo a
Administração, mesmo quando feitas sem ela". Do aludido enunciado, emerge necessária a
conclusão de que não prospera a afirmação do Ordenador do gasto de que a exigência de
demonstração de compatibilidade dos preços contratados com os praticados pelo mercado é
medida inócua. Conforme adequadamente expôs a Assessoria Jurídica de Controle Externo,
ainda que a Administração Municipal esteja legalmente obrigada a contratar diretamente com
a SPTrans objetos afetos à sua privativa competência (artigo 29, parágrafo único, da Lei
Municipal 13.241/200163
), referida atuação não pode desobedecer ao cumprimento da
legislação federal vigente, (Lei nº 8.666/93) e os dispositivos da própria Constituição
Federal. Vale dizer, o operador do Direito não pode na interpretação das normas do
ordenamento jurídico vigente relegar o cumprimento do denominado princípio da hierarquia
das normas jurídicas, pois existe prevalência das normas constitucionais sobre as leis
ordinárias. No mais, não há qualquer dúvida acerca da indispensável necessidade de
comprovação de regularidade fiscal pela Contratada, pois, o § 3º do artigo 195 da
Constituição Federal determina expressamente que "a pessoa jurídica em débito com o 59
Ressalte-se que o valor do Ajuste, à época de sua contratação era de R$ 28.728.138,93 (vinte e oito milhões,
setecentos e vinte e oito mil, cento e trinta e oito reais e noventa e três centavos), o qual atualizado pelo IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor-Amplo) atinge a quantia de R$ 43.377.083,00 (quarenta e três milhões,
trezentos e setenta e sete mil, e oitenta e três reais). 60
Lei Federal 8.666/93:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados
por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em
data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; 61
Lei Federal 8.666/93:
Art. 26. Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo,
será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: (...)
III - justificativa do preço. 62
Decreto Municipal 44.279/03:
Art. 12. Nas hipóteses de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, deverá ser autuado processo especial,
visando à formalização da contratação direta, mediante perfeita caracterização da exceção prevista em lei,
fundamentadas razões para escolha do contratado e justificativo do preço. 63
Lei Municipal 13.241/2001
Art. 29. Sem prejuízo das demais atribuições expressas previstas no seu estatuto social, compete à São Paulo
Transporte S.A, no tocante ao Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros:
Parágrafo único – Para executar as atribuições dispostas neste artigo, a São Paulo Transporte S.A. será
contratada pelo Poder Público
47
sistema de seguridade social não poderá contratar com o Poder Público". Não obstante a
Contratada apresentar-se à época, em situação devedora para com o Sistema da Seguridade
Social, o Ordenador do gasto deixou de instruir o respectivo processo administrativo da
contratação, como lhe competia, com a Certidão Positiva de Débitos, com Efeitos de
Negativa, a teor do disposto no artigo 206 do Código Tributário Nacional, que admite a
respectiva expedição nas hipóteses da existência de créditos não vencidos, em curso de
cobrança executiva, ou daqueles cuja exigibilidade esteja suspensa. Em razão de todo o
exposto e com amparo nos pareceres dos Órgãos Técnicos e da Secretaria Geral, cujos
fundamentos adoto como razões de decidir, passando a integrar o presente, julgo
IRREGULAR o CONTRATO nº 236/2003, deixando de aceitar os efeitos financeiros e
patrimoniais pelo mesmo produzidos. Aplico ao Ordenador da Despesa e Signatário do
Ajuste, devidamente identificado nos autos64
, a MULTA de R$ 512, 28 (quinhentos e doze
reais e vinte e oito centavos), com fundamento no artigo 52, inciso II, da Lei Municipal
9.167/8065
. DETERMINO a expedição de Ofício, acompanhado de cópia do relatório e voto
da decisão a ser alcançada ao Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de
Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital em resposta aos requerimentos feitos sobre
a matéria. Determino, também, a expedição de ofício, acompanhado de cópia de inteiro teor
da decisão a ser alcançada, à Origem e à Procuradoria Geral do Município, para que adotem
as medidas cabíveis relativas à eventual necessidade de reparação de prejuízos e
responsabilização dos agentes responsáveis. Determino, por fim, sejam cientificados da
Decisão a ser alcançada pelo Plenário deste Tribunal a Secretaria Municipal de Transportes, a
SPTrans, o Prefeito e à Câmara Municipal de São Paulo. Declaração de voto apresentada
pelo Conselheiro Maurício Faria: O objeto do contrato ora em julgamento envolve a
elaboração de estudos, projetos, gerenciamento e obras específicas, com definição de área de
intervenção e prazo de execução. Não procede, a meu ver, a imputação de que tal atividade
seria imprópria em relação às atribuições legais da empresa. Embora o objeto contratado
reflita intervenções específicas e adicionais distintas daquelas que são rotineiramente
executadas pela SPTrans, ele se insere forçosamente no âmbito das ações necessárias que
dizem respeito ao gerenciamento do Sistema de Transporte Público no Município de São
Paulo, atividades estas inerentes à finalidade institucional da SPTrans, nos termos da Lei
Municipal nº 13.241/01. Já em relação à ausência de comprovação da regularidade fiscal por
parte da empresa contratada, entendo que a existência de parcelamento consolidado da dívida
da SPTrans com o INSS autoriza a relevação deste apontamento, considerando-se, inclusive,
a existência de pendência judicial acerca do reconhecimento do referido débito. Por último,
em relação à ausência de justificativa detalhada dos preços contratados, tal afirmação de
impropriedade não subsiste, pois a razoabilidade dos referidos preços restou assegurada
diante das planilhas e composições remanescentes da repactuação promovida pelo Termo
Aditivo nº 11/02 do Contrato nº 04/98. Ora, se a própria remuneração prevista para a
SPTrans, em face da implementação do Programa do Subsistema Estrutural de Média
Capacidade – VLP, levou sempre em consideração o histórico de preços praticados no
Contrato nº 04/98, inclusive no tempo em que a finalização do Programa se concretizou por
meio das novas licitações levadas a efeito, há que se admitir, na mesma lógica, que as
contratações decorrentes de tais certames também não poderiam deixar de reconhecer as
memórias de cálculo e/ou composições das planilhas constantes dos anexos do Contrato nº
04/98 como uma referência de preços. Em face do exposto, julgo regular o instrumento em
exame. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício
64
folhas 37/38 e 44/60. 65
Lei Municipal nº 9.167/80 – artigo 52, inciso II – aplicação de multa
48
Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de
setembro de 2012. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)
Edson Simões – Relator." 6) TC 2.502.00-94 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e
Consórcio Queiroz Galvão – T'Trans – Acompanhamento – Execução Contratual – Avaliar se
a execução do Contrato 98/04, cujo objeto é o detalhamento de Projeto Executivo e execução
de obras para implantação da infraestrutura da Linha Parque Dom Pedro II até Sacomã
(VLP), no mês de maio/2000, foi desenvolvida de acordo com as especificações técnicas,
bem como se os quantitativos medidos correspondem aos realizados. Avaliar, também, se os
preços unitários significativos do Contrato e/ou das medições são compatíveis com os de
mercado (Ordem de Serviço 6.8.5.0115/00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o
relatório e voto do Relator, em acolher a preliminar de ilegitimidade de parte arguida nos
requerimentos de fls. 86 e 89 dos autos, pelos agentes intimados às fls. 70/71 e 76/77, pois,
consoante informação da São Paulo Transporte S.A. – SPTrans, de fl. 505, em maio/2000,
período do acompanhamento da execução contratual analisada, não mais integravam o
quadro de servidores da mencionada empresa, não os eximindo, entretanto, da
responsabilidade por outros atos praticados em sua gestão nem dos efeitos deles decorrentes,
relacionados ao contrato em questão. Acordam, ademais, à unanimidade, em julgar irregular
a execução da despesa realizada no valor de R$ 9.507.690,45 (nove milhões, quinhentos e
sete mil, seiscentos e noventa reais e quarenta e cinco centavos) (data-base janeiro/1997),
correspondente à medição dos serviços de maio/2000 pactuados no Contrato 98/04, sendo
que o Conselheiro Maurício Faria, nos termos de sua declaração de voto apresentada, deixou
consignado que acompanhou o voto do Relator pela irregularidade da execução contratual
apenas no período analisado (mês de maio de 2000), em que foram apuradas, em síntese, as
seguintes irregularidades: A - Serviços lançados em quantidade superior aos efetivamente
executados, especificados no voto do Relator; B - Itens de serviços não previstos no contrato
original (extracontratuais), com respectiva definição de preços unitários, não formalizados
em termo de aditamento, especificados no voto do Relator; C - Preço unitário não justificado;
D - Antecipação de pagamentos sem a correspondente execução da obra. Acordam, ainda, à
unanimidade, em não aceitar os efeitos financeiros gerados pela execução da despesa.
Acordam, ademais, à unanimidade, em decorrência da violação do disposto no artigo 37 da
Constituição Federal e dos dispositivos das Leis Federais 4.320/64 e 8.666/93, em aplicar ao
Fiscal do Contrato, identificado às fls. 478/489, e ao Ordenador da Despesa, à época Diretor
Financeiro da Origem, nomeado às fls. 79/80 dos autos, a multa individual no valor de R$
512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e oito centavos), nos termos do inciso II do artigo 52
da Lei Municipal 9.167/80. Acordam, também, à unanimidade, em determinar o envio de
cópia do inteiro teor do relatório e voto do Relator e do presente Acórdão: 1 - ao Ministério
Público do Estado de São Paulo, para instruir procedimento em andamento na 3ª Promotoria
de Justiça do Patrimônio Público e Social – PJC-CAP 701/2001 e Inquérito Civil 427/06, em
atendimento às 22 (vinte e duas) solicitações encartadas nestes autos; 2 - à São Paulo
Transporte S.A. – SPTrans, determinando que, no prazo de 60 (sessenta) dias: 2.1 -
identifique os agentes públicos responsáveis pelos pagamentos realizados com as distorções
constatadas (incluindo os signatários do Termo de Aditamento 04/2000), visando à adoção de
procedimentos administrativos e responsabilização desses agentes, administrativa e
civilmente, informando a este Tribunal as providências empreendidas; 2.2 - promova o
ajuizamento da competente ação, em face do Consórcio Queiroz Galvão – T'Trans, visando à
cobrança dos valores pagos indevidamente na medição de maio/2000, acrescidos dos
49
consectários legais. 3 - à São Paulo Obras – SP-Obras, originária da EMURB, cuja cisão foi
regulamentada pelo Decreto Municipal 51.415, de 16/04/2010, determinando que, no prazo
de 60 (sessenta) dias, identifique os agentes públicos responsáveis pelas medições e
irregularidades constatadas, visando à adoção de procedimentos administrativos e
responsabilização desses agentes, administrativa e civilmente, informando a este Tribunal as
providências empreendidas, considerando que a então EMURB foi contratada pela SPTrans
para fiscalizar as obras analisadas; 4 - à Presidência da Câmara Municipal de São Paulo –
CMSP; 5 - ao Prefeito do Município de São Paulo, a fim de que adote providências
direcionadas a responsabilizar o Consórcio pelas ilegalidades da execução contratual a que
deu causa, direta ou indiretamente, pois foi a única favorecida com o recebimento de vultosas
quantias de forma indevida, em total prejuízo do Poder Público; 6 - ao Tribunal de Contas da
União – TCU, no qual tramitam processos para a análise da aplicação de recursos federais
alocados para as obras do sistema de Veículo Leve sobre Pneus – VLP, ramal Vila Prudente,
objeto do Contrato 70/2004 analisado no TC 3.509.05-83 deste Tribunal de Contas.
Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar à Subsecretaria de Fiscalização e Controle
desta Corte que proceda à abertura de procedimento fiscalizatório, na modalidade de
inspeção, em processo autônomo, com o objetivo de apurar: a - todos os valores consignados
nas medições realizadas sob a vigência do Termo de Aditamento 04/2000, a título de
antecipação de pagamentos; b - calcular o custo financeiro do capital antecipado, no período
entre o desembolso e a data em que os correspondentes serviços foram executados e medidos,
considerando eventuais expurgos da planilha (parcela no BDI) quanto aos custos financeiros
inseridos; c - identificar os responsáveis por todas as medições e respectivas autorizações
para pagamento, (além dos signatários do referido TA 04/2000). Acordam, ademais, à
unanimidade, em determinar o retorno destes autos à Subsecretaria de Fiscalização e
Controle deste Tribunal, para o fim de dar prosseguimento à análise, ampliando o prazo e o
escopo, objeto do presente acompanhamento da execução do Contrato 98/04, procedimento
esse já antevisto pela Especializada como necessário, consoante consta do item 3.2.2 do
relatório à fl. 52 verso dos autos. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar à
Coordenadoria Processual desta Corte que sejam trasladadas cópias do relatório e voto do
Relator e do presente Acórdão para os autos do processo TC 1.297.08-89, tendo por objeto a
verificação de notícia de superfaturamento e medições distorcidas nos contratos relacionados
ao "Fura-Fila", a fim de apurar denúncia anônima objeto do TC 2.468.07-24. Relatório:
Trata-se da análise da execução do Contrato 04/98 tendo por objeto o detalhamento de
projeto executivo e execução de obras para a implantação da infraestrutura linha Parque Dom
Pedro II até Sacomã – VLP (Veículo Leve Sobre Pneus "Fura-Fila"), de modo a verificar se a
execução contratual, no mês de maio/2000, foi desenvolvida de acordo com as especificações
técnicas, bem como se os quantitativos medidos correspondem aos realizados, avaliando,
também, se os preços unitários significativos do contrato e/ou das medições são compatíveis
com os de mercado. O referido Contrato (nº 04/98), celebrado pela São Paulo Transporte
S.A. com o Consórcio Queiroz Galvão – T'Trans, e a Concorrência nº 021/97, foram julgados
regulares, consoante Acórdão proferido nos autos do TC 3.189/98-33 (folha 717), enquanto
que o Acórdão de folhas 1.735/1.737, daquele mesmo expediente, acolheu os Termos
Aditivos nºs 01/1998; 02/1999 e 03/1999 e julgou irregulares o Termo Aditivo nº 04/2000,
tendo em vista a antecipação ilegal de pagamentos e os Termos Aditivos nºs 11/2002;
05/2000; 06/2001; 07/2001; 08/2001; 09/2001 e 10/2001. No relatório de acompanhamento
da execução contratual, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle, considerando a medição
dos serviços realizados no mês de maio de 2000 e lastreando-se também em outros
procedimentos fiscalizatórios (diligências à SPTrans, vistoria, etc.), por amostragem, apurou
irregularidades nos seguintes itens: 1 – Corte e carregamento para bota-fora, inclusive
50
transporte até 1 km – Quantidade escavada de 152,54m³ (cento e cinquenta e dois metros
cúbicos e cinquenta e quatro centímetros) e não 453,88m³ (quatrocentos e cinquenta e três
metros cúbicos e oitenta e oito centímetros), pois escavação para os blocos de apoio dos
pilaretes metálicos foi localizada em cada bloco e não em trincheira única, conforme consta
da medição. 2 – Transporte por caminhão basculante a partir de 1 km – verificado excesso na
medição de 596.069,47m³ (quinhentos e noventa e seis mil, sessenta e nove metros cúbicos e
quarenta e sete centímetros), frente ao apurado de 485.135,15m³ (quatrocentos e oitenta e
cinco mil, cento e trinta e cinco metros cúbicos e quinze centímetros), observando-se, ainda
que: 2.1- no trecho do viário em via elevada – 2.1.) volume menor transportado em razão da
escavação em quantidade menor, apontada no item anterior; 2.1.2) distância do bota-fora de
33 km e computada 39 km; 2.1.3) erro aritmético no cálculo referente ao fornecimento de
terra; e 2.1.4) diâmetro do estação de 1,50 m e não de 1,60 m; 2.2 – Nas Estações Rangel
Pestana, Luiz Gama, Terminal Sacomã e Estação de Transferência Parque Dom Pedro II,
além das quantidades acima das aferidas pela Auditoria, observou-se falta de planejamento,
considerando que a terra escavada poderia ser estocada no local, com reutilização para
reaterro e execução das fundações, sem necessidade de ser importada da jazida, reduzindo
custos; 3 – Concreto com superplastificante – quantidade lançada na medição foi de
3.466,67m³ (três mil, quatrocentos e sessenta e seis metros cúbicos e sessenta e sete
centímetros), enquanto que a Auditoria apontou 2.839,58m³ (dois mil, oitocentos e trinta e
nove metros cúbicos e cinquenta e oito centímetros) para esse item, resultando na diferença
de 627,09m³ (seiscentos e vinte e sete metros cúbicos e nove centímetros) registrados a mais,
equivalente a 22,08% (vinte e dois vírgula zero oito por cento) de acréscimo, constando-se,
também, o lançamento incorreto de outros serviços de concreto nessa rubrica, quando havia
códigos específicos e com valores unitários inferiores ao do superplastificante, este no valor
de R$ 243,81 (duzentos e quarenta e três reais e oitenta e um centavos) o metro cúbico,
enquanto os demais variavam de R$ 222,54 (duzentos e vinte e dois reais e cinquenta e
quatro centavos) a R$ 240,97 (duzentos e quarenta reais e noventa e sete centavos) o metro
cúbico; 4 – Pranchas de projeto (A1) tipo 3: das 157 pranchas que constam da medição (de
abril/2000), devem ser estornadas 67, por estarem, à época, em análise na EMURB, tendo em
vista que as Normas de Medição preveem a remuneração daquelas completas e aprovadas, e
as pendentes não estavam aptas para o desempenho dos serviços; 5 - Preços unitários
contratuais superiores aos praticados no mercado para os seguintes itens: a) Corte e
carregamento para bota-fora: R$ 29,09 (vinte e nove reais e nove centavos), enquanto o
aferido pela Auditoria foi de R$ 7,75 (sete reais e setenta e cinco centavos) - excesso de R$
21,34 (vinte e um reais e trinta e quatro centavos ) ou 275,35% (duzentos e setenta e cinco
vírgula trinta e cinco por cento); b) Transporte caminhão basculante a partir de 1km: R$ 1,79
(um real e setenta e nove centavos), enquanto a Auditoria apurou R$ 0,46 (quarenta e seis
centavos) – excesso de R$ 1,33 (um real e trinta e três centavos) ou 289,13% (duzentos e
oitenta e nove vírgula treze por cento); c) Concreto com superplastificante: R$ 243,81
(duzentos e quarenta e três reais e oitenta e um centavos), enquanto a Auditoria apurou R$
152,52 (cento e cinquenta e dois reais e cinquenta e dois centavos) – excesso de R$ 91,29
(noventa e um reais e vinte e nove centavos) ou 59,85% (cinquenta e nove vírgula oitenta e
cinco por cento); d) Prancha de projeto (A1) tipo 1: R$ 2.957,13 (dois mil, novecentos e
cinquenta e sete reais e treze centavos) e a Auditoria apurou R$ 2.386,75 (dois mil, trezentos
e oitenta e seis reais e setenta e cinco centavos) – excesso de R$ 570,38 (quinhentos e setenta
reais e trinta e oito centavos) ou 23,89% (vinte e três vírgula oitenta e nove por cento); e)
Prancha de projeto (A1) tipo 2: R$ 2.154,46 (dois mil, cento e cinquenta e quatro reais e
quarenta e seis centavos) e a Auditoria apurou R$ 1.811,82 (um mil, oitocentos e onze reais e
oitenta e dois centavos) – excesso de R$ 342,64 (trezentos e quarenta e dois reais e sessenta e
51
quatro centavos) ou 18,91% (dezoito vírgula noventa e um por cento); f) Prancha de projeto
(A1) tipo 3: R$ 3.732,65 (três mil, setecentos e trinta e dois reais e sessenta e cinco centavos)
e a Auditoria apurou R$ 2.848,55 (dois mil, oitocentos e quarenta e oito reais e cinquenta e
cinco centavos) – excesso de R$ 884,10 (oitocentos e oitenta e quatro reais e dez centavos)
ou 31,04% (trinta e um vírgula zero quatro por cento). 6 – Itens de serviços não previstos no
contrato original (extracontratuais), com respectiva definição de preços unitários, não
formalizados em termo de aditamento, a saber: a) Estaca-raiz diâmetro 410mm (quatrocentos
e dez milímetros), em solo, também registrando valor superior ao de mercado: R$ 243,21
(duzentos e quarenta e três reais e vinte e um centavos) face ao valor de R$ 185,32 (cento e
oitenta e cinco reais e trinta e dois centavos) – excesso de R$ 57,89 (cinquenta e sete reais e
oitenta e nove centavos) ou 31,24% (trinta e um vírgula vinte e quatro por cento); b) Estaca-
raiz diâmetro 410mm (quatrocentos e dez milímetros), através de concreto, alvenaria e/ou
materiais de consistência rochosa; 7 – Efeitos do Termo Aditivo nº 04/00 - Ainda que a
medição se refira ao mês de maio/2000, devem ser considerados indevidos todos os
pagamentos realizados com base no citado termo de aditamento, que alterou o critério de
medições e condições de pagamento, possibilitando o faturamento antecipado de materiais e
equipamentos que especifica, antes dos serviços executados, cujo valor total desses itens
atinge o montante de R$ 74.200.164,57 (setenta e quatro milhões, duzentos mil, cento e
sessenta e quatro reais e cinquenta e sete centavos) [que, se atualizados até julho/2012, pelo
índice do IPCA, representariam R$ 159.609.870,66 (cento e cinquenta e nove milhões,
seiscentos e nove mil, oitocentos e setenta reais e sessenta e seis centavos]. Ou seja, essa
alteração permitiu adiantar ao Contratado, numerário no montante correspondente a 50%
(cinquenta por cento) do valor do Contrato nº 98/04, estabelecido em R$ 146.991.846,66
(cento e quarenta e seis milhões, novecentos e noventa e um mil, oitocentos e quarenta e seis
reais e sessenta e seis centavos) [que, se corrigidos até julho/2012, pelo IPCA, equivaleriam a
R$ 346.966.837,65 (trezentos e quarenta e seis milhões, novecentos e sessenta e seis mil,
oitocentos e trinta e sete reais e sessenta e cinco centavos), sem a correspondente prestação
dos serviços. Registrou, ainda, que serviços realizados em abril66
não foram incluídos na
respectiva medição, demonstrando que a gerenciadora do contrato encontrava dificuldades
para consolidar, na medição mensal, os serviços efetivamente executados. Por conseguinte, a
Especializada concluiu que a execução não estava de acordo com o contrato, em razão dos
fatores assim sintetizados: "1 - A inexistência de lavratura de Termos de Aditamento para os
preços extracontratuais contraria a legislação pertinente à matéria. 2 - O Termo de
Aditamento n° 4, que antecipa pagamentos sem a correspondente execução de obra, também
contraria a legislação pertinente à matéria. 3 - A análise dos itens selecionados revela a
necessidade de serem revistas todas as quantidades consignadas na medição sob exame, além
de ter demonstrado que vários dos preços unitários não estão justificados em relação ao preço
de mercado. A conjugação destes dois fatores (quantidades revisadas e preços unitários de
mercado) leva a uma diferença de R$ 2.347.556,64, [que equivaleriam a R$ 5.930.766,21
(cinco milhões, novecentos e trinta mil, setecentos e sessenta e seis reais e vinte e um
centavos, se atualizados para julho/2012, pelo IPCA], num montante total da medição de R$
9.507.690,45 [nove milhões, quinhentos e sete mil, seiscentos e noventa reais e quarenta e
cinco centavos] (data-base janeiro/97) [que representariam R$ 24.019.820,55 – vinte e quatro
milhões, dezenove mil, oitocentos e vinte reais e cinquenta e cinco centavos, se atualizados
para julho/2012, pelo IPCA] (10/11/00 - folhas 51/63). Intimados os agentes responsáveis 66
730,90m (setecentos e trinta metros e noventa centímetros) de estacas-raiz, realizados em abril/2000, não
foram incluídos na respectiva medição, e sim na do mês de maio/2000, demonstrando que a gerenciadora do
contrato encontrava dificuldades para consolidar, na medição mensal, os serviços efetivamente executados
(folha 55 verso)
52
pela contratação, vários arguiram sua ilegitimidade de parte, ao argumento de que no mês da
medição em pauta - maio/2000 - não mais ocupavam cargos na SPTrans, enquanto outros
quedaram-se inertes. Por seu turno, uma vez oficiada, a Origem enviou relatório sobre os
pontos questionados pela Especializada, cuja resposta foi elaborada pela EMURB, a quem a
SPTrans contratou para prestar serviços de acompanhamento e fiscalização da execução da
obra (fls. 90/242). Analisando a documentação acrescida aos autos, a Subsecretaria de
Fiscalização e Controle manteve seu entendimento anterior, posto que: - a Origem, através da
Emurb, limitou-se a alegar que os preços unitários são contratuais e adjudicados pela
SPTrans e, para os itens "estaca-raiz diâmetro 410 mm (quatrocentos e dez milímetros), em
solo" e "em concreto, alvenaria e material rochoso" apresentou documentos autorizando o
preço dos serviços extracontratuais, sem força contratual e incondizente com os valores de
mercado, por isso remanescendo injustificados os preços pactuados; - é ilegal a inclusão de
itens na medição ainda pendentes de análise pela Administração, devendo, também, ser
revistos todas as quantidades consignadas na medição de maio/2000 e os preços unitários não
justificados em relação ao mercado; - a alteração das condições de pagamento, objeto do
Termo de Aditamento nº 04, permitindo a antecipação de pagamento de materiais para
emprego em serviços ainda não executados, a pretexto de compensação dos efeitos da
variação cambial sobre alguns equipamentos, produtos e insumos importados, não era do
conhecimento geral na fase de licitação das obras, gerando vantagem não prevista na
concorrência, além de não haver evidências sobre a efetiva utilização de materiais importados
(fls. 246/251). Ao manifestar-se sobre a matéria, a Assessoria Jurídica de Controle Externo
acompanhou as conclusões da Auditoria, em razão do procedimento da Origem não estar
agasalhado na legislação vigente e, quanto ao Termo de Aditamento nº 04, considerou-o
irregular por violar o disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, porque prevê
pagamento antecipado sem correspondente execução da obra (fls. 253/258). A Origem foi
oficiada para o fim de tomar ciência acerca das manifestações supervenientes dos Órgãos
Técnicos, bem como responder aos quesitos formulados pela Procuradoria da Fazenda
Municipal, que defendia a complementação da instrução para esclarecimentos que entendia
pertinentes. Ao examinar a documentação trazida aos autos pela SPTrans, a Subsecretaria de
Fiscalização e Controle observou que não foram apresentados elementos que pudessem
alterar as conclusões anteriores, cabendo observar que dos três fundamentos que embasavam
a desconformidade da execução contratual, reconsiderou o item referente ao Termo de
Aditamento nº 04, fundamentando-se no parecer exarado pela Área Jurídica, nos autos do TC
3.189/98-33 onde citado ajuste foi analisado, entendendo-o válido sob a ótica de que teve por
escopo recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, sendo certo que,
posteriormente, tal aditivo foi julgado irregular pelo Pleno deste Tribunal de Contas,
consoante retro mencionado (fls. 373/374 e fls. 429/435). Após, a Assessoria Jurídica de
Controle Externo endossou em parte a manifestação da Especializada, mantendo seu
entendimento quanto ao não acolhimento da execução contratual, mas observou que em razão
do Contrato Original nº 98/04 ter sido aprovado pelo Plenário desta Corte de Contas,
deveriam ser excluídos do cálculo elaborado pela Auditoria, os preços do contrato, por
resultar superada a questão da economicidade, concordando o Órgão Fazendário com a
mencionada exclusão (fls. 377/381, 447/450 e 452/454). A Auditoria elaborou novos cálculos
para excluir do montante de R$ 2.347.556,64 [que representariam R$ 5.930.766,21 (cinco
milhões, novecentos e trinta mil, setecentos e sessenta e seis reais e vinte e um centavos, se
atualizados para julho/2012, pelo IPCA], os valores constantes do contrato original, obtendo
o valor de R$ 1.220.180,17 (um milhão, duzentos e vinte mil, cento e oitenta reais e
dezessete centavos), [que corresponderiam a R$ 2.624.694,98 (dois milhões, seiscentos e
vinte e quatro mil, seiscentos e noventa e quatro reais e noventa e oito centavos) se atualizado
53
o valor para julho/2012, pelo IPCA] a título de diferença apurada na revisão de quantidades e
preços não justificados na medição de maio/2000, bem como identificou o agente
responsável pela fiscalização do contrato, vinculado à SPTrans. Os itens que, por
amostragem, apresentaram distorções, quer quanto a quantidades quer a preços unitários,
constam da análise comparativa que embasou o novo cálculo da Especializada, assim
identificados, com preço base de janeiro/97: 1 – Quantidades lançadas superiores às
constatadas: 1.1 - Corte e carregamento p/bota-fora até 1km – lançados 9.252,76m³ (nove
mil, duzentos e cinquenta e dois metros cúbicos e setenta e seis centímetros) e auditados
7.677,57m³ (sete mil, seiscentos e setenta e sete metros cúbicos e cinquenta e sete
centímetros) - excesso de 1.575,19m3 (um mil, quinhentos e setenta e cinco metros cúbicos e
dezenove centímetros) ou 20,52% (vinte vírgula cinquenta e dois por cento); 1.2 - Transporte
por caminhão basculante a partir de 1 km – lançados 596.069,47m³ (quinhentos e noventa e
seis mil, sessenta e nove metros cúbicos e quarenta e sete centímetros) e auditados
485.135,15m³ (quatrocentos e oitenta e cinco mil, cento e trinta e cinco metros cúbicos e
quinze centímetros) - excesso de 110.934,32m³ (cento e dez mil, novecentos e trinta e quatro
metros cúbicos e trinta e dois centímetros) ou 22,87% (vinte e dois vírgula oitenta e sete por
cento); 1.3 - Armadura Aço CA-50 (fundação) – lançados 143.025,26 kgs (cento e quarenta e
três mil, vinte e cinco quilos e vinte e seis gramas) e auditados 115.664,78 kg (cento e quinze
mil, seiscentos e sessenta e quatro quilos e setenta e oito gramas) – excesso de 27.360,48 kgs
(vinte e sete mil, trezentos e sessenta quilos e quarenta e oito gramas) ou 23,65% (vinte e três
vírgula sessenta e cinco por cento); 1.4 - Escavação com bentonita em solo – lançados
3.115,53m³ (três mil, cento e quinze metros cúbicos e cinquenta e três gramas) e auditados
3.109,09m³ (três mil, cento e nove metros cúbicos e nove gramas) - excesso de 6,44m³ (seis
metros cúbicos e quarenta e quatro centímetros) ou 0,21% (zero vírgula vinte e um por
cento); 1.5 - Concreto com superplastificante – lançados 3.466,67 m³ (três mil, quatrocentos e
sessenta e seis metros cúbicos e sessenta e sete centímetros) e auditados 2.839,59 m³ (dois
mil, oitocentos e trinta e nove metros cúbicos e cinquenta e nove centímetros), com
readequação de outros serviços de concreto, para os códigos 23.03.13 e 23.03.15, lançados
indevidamente no item em referência, com preço unitário superior àqueles – excesso de
627,08 m³ (seiscentos e vinte e sete metros cúbicos e oito centímetro, correspondente a
22,08% (vinte e dois vírgula oito por cento); 1.6 - Armadura Aço CA-50 (estrutura) –
lançados 240.355,73 kg (duzentos e quarenta mil, trezentos e cinquenta e cinco quilos e
setenta e três gramas) e auditados 148.921,85 kg (cento e quarenta e oito mil, novecentos e
vinte e um quilos e oitenta e cinco gramas) – excesso de 91.433,88 kg (noventa e um mil,
quatrocentos e trinta e três quilos e oitenta e oito gramas), ou 61,40% (sessenta e um vírgula
quarenta por cento); 2 - Estorno de pagamento indevido na medição de abril/2000,
correspondente a 67 pranchas pendentes de aprovação, caracterizando adiantamento
financeiro para o Contratado. 3 - Valores extracontratuais não formalizados em termo aditivo,
para os itens "Estaca raiz 410mm em solo" e "Estaca-raiz diâmetro 410mm, através de
concreto, alvenaria e/ou materiais de consistência rochosa"; 4 – Preço unitário não
justificado, para o item Estaca Raiz 410 mm em solo, estabelecido em R$ 243,21 (duzentos e
quarenta e três reais e vinte e um centavos) o metro, enquanto a Auditoria apurou R$ 185,32,
(cento e oitenta e cinco reais e trinta e dois centavos) diferença de R$ 57,89 (cinquenta e sete
reais e oitenta e nove centavos) ou 31,24% (trinta e um vírgula vinte e quatro por cento),
superior ao preço de mercado. Assim, enquanto a Origem, para esses itens, aprovou o
pagamento de R$ 5.603.122,55 (cinco milhões, seiscentos e três mil, cento e vinte e dois reais
e cinquenta e cinco centavos), a Auditoria apurou o montante de R$ 4.382.942,38 (quatro
milhões, trezentos e oitenta e dois mil, novecentos e quarenta e dois reais e trinta e oito
centavos), resultando na diferença paga a mais no valor de R$ 1.220.180,17 (um milhão,
54
duzentos e vinte mil, cento e oitenta reais e dezessete centavos), [que corresponderiam a R$
2.624.694,98 (dois milhões, seiscentos e vinte e quatro mil, seiscentos e noventa e quatro
reais e noventa e oito centavos) se atualizado o valor para julho/2012, pelo IPCA] reiterando,
ser irregular também o faturamento antecipado de materiais e equipamentos independente
dos serviços executados, com base no já mencionado Termo Aditivo nº 04/00 (22/10/08 – fls.
457/458). A Origem foi oficiada uma vez mais, desta feita, para manifestar-se não só quanto
aos novos pareceres e cálculos, bem como informar a data de exoneração ou demissão dos
agentes públicos que alegaram ilegitimidade de parte. Também foi intimado o Fiscal do
Contrato, visando ao pleno exercício dos direitos ao contraditório e à ampla defesa (09/01/09
– fls. 469/473). Apresentadas as justificativas da empresa contratante e as razões de defesa do
Intimado, que alegou receber o relatório elaborado da EMURB, limitando-se a verificar e
aprovar o pagamento das medições já prontas, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle, ao
examiná-las, manteve seu posicionamento quanto à desconformidade da execução contratual
e ao valor do cálculo com as exclusões realizadas (fls. 479/490 e 504/525) e (29/05/09 – fls.
529/532). A Área Jurídica reiterou seu entendimento quanto ao não acolhimento da execução
em análise e a Procuradoria da Fazenda Municipal, manifestando-se, conclusivamente, fiou-
se nos elementos fornecidos pelos responsáveis, requerendo o acolhimento do
acompanhamento da execução contratual, ou o reconhecimento dos efeitos financeiros, em
nome da segurança jurídica (fls. 535/539 e fls. 547/561). Por sua vez, a Secretaria Geral
concordou com as conclusões alcançadas pelos órgãos preopinantes, no sentido da
irregularidade da execução contratual, sem prejuízo das recomendações necessárias,
encerrando-se a fase de instrução, durante a qual este Tribunal de Contas respondeu aos 22
(vinte e dois) ofícios enviados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, solicitando
cópias de pareceres técnicos e da eventual decisão prolatada nestes autos, colimando instruir
o procedimento instaurado naquele Órgão Ministerial sob nº PJC-CAP 701/2001 e o
correspondente Inquérito Civil nº 427/06, de responsabilidade da 3ª Promotoria de Justiça do
Patrimônio Público e Social da Capital, sendo que o primeiro Ofício foi protocolizado nesta
Corte em 04/06/2001 (fl. 262) e o último em 22/04/2010 (fl. 642) e (14/01/10 – fls. 576/586).
É o relatório. Voto: Por primeiro, acolho a preliminar de ilegitimidade de parte arguida nos
requerimentos de folhas 86 e 89, pelos agentes intimados67
às folhas 70/71 e 76/77, pois,
consoante informação da São Paulo Transporte S.A., de folha 505, em maio/2000, período do
acompanhamento da execução contratual em análise, não mais integravam o quadro de
servidores da mencionada empresa, não os eximindo, entretanto, da responsabilidade por
outros atos praticados em sua gestão nem dos efeitos deles decorrentes, relacionados ao
contrato em questão. Merece, igualmente, desde logo definir que, a despeito de a SPTrans
haver firmado o Contrato nº 018/98 com a então Empresa Municipal de Urbanização –
EMURB, visando à assessoria, análise e acompanhamento ao projeto executivo e à execução
das obras relativas à implantação da linha Parque Dom Pedro II a Sacomã, objeto do Contrato
04/98, não a exime de responsabilidade por eventuais falhas na implementação dos serviços
ora analisados. Portanto, a São Paulo Transporte, na qualidade de Contratante e, por
conseguinte, de unidade orçamentária, e seus agentes públicos competentes respondem,
integralmente, pelos atos comissivos e omissivos tidos por irregulares, condição essa
corroborada com o fato de, mesmo havendo a subcontratação da fiscalização, esta foi parcial,
eis que a SPTrans manteve seu Gerente de Desenvolvimento de Projetos na supervisão da
subcontratação da fiscalização, assinando, inclusive, em conjunto com a Emurb, os
documentos produzidos em parceria, analisados na execução contratual ora apreciada.
Quanto ao conteúdo dos relatórios técnicos, produzidos pela Subsecretaria de Fiscalização e
67
Washington Luiz Elias Corrêa e Wilson Carmignani
55
Controle, neles estão pormenorizadas as diversas distorções na execução do contrato em
comento, valendo dizer que correspondem apenas à medição de um único mês e que o
método de análise adotado foi por amostragem, apurando, em síntese, as seguintes
irregularidades: A – Serviços lançados em quantidade superior aos efetivamente executados,
nos seguintes itens: 1 – Corte e carregamento para bota-fora, inclusive transporte até 1 km –
Quantidade escavada de 7.677,57m³ (sete mil, seiscentos e setenta e sete metros cúbicos e
cinquenta e sete centímetros) e não de 9.252,76m³ (nove mil, duzentos e cinquenta e dois
metros cúbicos e setenta e seis centímetros) – excesso de 20,52% (vinte vírgula cinquenta e
dois por cento); 2 – Transporte por caminhão basculante a partir de 1 km – medidos
596.069,47m³ (quinhentos e noventa e seis mil, sessenta e nove metros cúbicos e quarenta e
sete centímetros), frente ao apurado de 485.135,15m³ (quatrocentos e oitenta e cinco mil,
cento e trinta e cinco metros cúbicos e quinze centímetros), excesso de 22,86% (vinte e dois
vírgula oitenta e seis por cento), observando-se, ainda que: 3- No Trecho do Viário em Via
Elevada – verificou-se que escavação foi em quantidade menor daquela apontada na
medição, implicando diminuição do volume de terra transportado, pelos seguintes fatores; 4 -
distância do bota-fora de 33 km e computada de 39 km; 5 - erro aritmético no cálculo
referente ao fornecimento de terra; 6 - equívoco no diâmetro da estação de 1,50 m e não de
1,60 m, para fins de cálculo do volume transportado; 7 - Armadura Aço CA-50 (fundação) –
lançados 143.025,26 kgs (cento e quarenta e três mil, vinte e cinco quilos e vinte e seis
gramas) e auditados 115.664,78 kg (cento e quinze mil, seiscentos e sessenta e quatro quilos
e setenta e oito gramas) – excesso de 27.360,48 kgs (vinte e sete mil, trezentos e sessenta
quilos e quarenta e oito gramas) ou 23,65% (vinte e três vírgula sessenta e cinco por cento); 8
– Escavação com bentonita em solo – lançados 3.115,53m³ (três mil, cento e quinze metros
cúbicos e cinquenta e três gramas) e auditados 3.109,09m³ (três mil, cento e nove metros
cúbicos e nove gramas) - excesso de 6,44m³ (seis metros cúbicos e quarenta e quatro
centímetros) ou 0,21% (zero vírgula vinte e um por cento); 9 – Concreto com
superplastificante – a quantidade lançada na medição foi de 3.466,67m³ (três mil,
quatrocentos e sessenta e seis metros cúbicos e sessenta e sete centímetros), enquanto que a
Auditoria apontou 2.839,58m³ (dois mil, oitocentos e trinta e nove metros cúbicos e
cinquenta e oito centímetros) - excesso de 22,08% (vinte e dois vírgula zero oito por cento);
10 – Armadura em aço CA-50 (estrutura), lançados 240.355,73 kg (duzentos e quarenta mil,
trezentos e cinquenta e cinco quilos e setenta e três gramas) na medição, enquanto a
Auditoria constatou 118.921,85 kg (cento e dezoito mil, novecentos e vinte e um quilos e
oitenta e cinco gramas) – excesso de 61,39% (sessenta e um vírgula trinta e nove por cento);
11 – Pranchas de projeto (A1) tipo 3: das 157 (cento e cinquenta e sete) pranchas que
constam da medição (de abril/2000), devem ser estornadas 67 (sessenta e sete), por estarem, à
época, pendentes de análise na EMURB. B - Itens de serviços não previstos no contrato
original (extracontratuais), com respectiva definição de preços unitários, não formalizados
em termo de aditamento, a saber: 1 - Estaca-raiz diâmetro 410mm (quatrocentos e dez
milímetros), em solo; 2 - Estaca-raiz diâmetro 410mm (quatrocentos e dez milímetros),
através de concreto, alvenaria e/ou materiais de consistência rochosa; C – Preço unitário não
justificado, a exemplo do item "estaca-raiz diâmetro 410mm (quatrocentos e dez milímetros),
em solo", pactuado no valor de R$ 243,21 (duzentos e quarenta e três reais e vinte e um
centavos), enquanto o praticado no mercado era de R$ 185,32 (cento e oitenta e cinco reais e
trinta e dois centavos) – excesso de 31,24% (trinta e um vírgula vinte e quatro por cento). D –
Antecipação de pagamentos sem a correspondente execução da obra. Registre-se, também, a
apontada falta de planejamento quanto ao aproveitamento e armazenamento de terra retirada
em escavação, para reuso no próprio local, evitando-se transporte de bota-fora e posterior
retorno. Merecem particular destaque os pagamentos antecipados de materiais e
56
equipamentos sem que os respectivos serviços fossem prestados, anomalia constatada em
maior magnitude na medição referente ao mês de fevereiro/2000. Nessa questão relativa à
antecipação de pagamento autorizado no Termo de Aditamento nº 4/2000, julgado irregular
conforme Acórdão proferido no TC 3.189.98-33, criou-se uma aberração ímpar, uma
imoralidade sem precedentes, pois não foi aceito o pretexto de que esse teria sido o
mecanismo encontrado pelas partes para recompor o equilíbrio econômico-financeiro da
avença. Esse aditivo permitiu que a Origem antecipasse o pagamento de 80% (oitenta por
cento) do valor de equipamentos e materiais especificados no respectivo anexo que seriam
empregados na obra, da seguinte forma: 30% (trinta por cento) na medição do mês em que
ocorresse o pedido; 50% (cinquenta por cento), quando de sua entrega; e, os restantes 20%
(vinte por cento), no mês em que se desse a instalação ou aplicação desses bens, ou seja,
quando os serviços fossem executados, representando um verdadeiro CHEQUE EM
BRANCO, posto que a Administração fazia diversos pedidos para implementação dos
serviços em datas variadas e antecipava o pagamento englobando os pedidos, gerando valores
vultosíssimos, alheios às datas dos trabalhos entregues e inclusos nas medições mensais.
Tome-se o exemplo levantado pela Auditoria, em que a fatura de fevereiro/2000 foi paga no
valor de R$ 32.800.000,0068
(trinta e dois milhões e oitocentos mil reais) [que representariam
R$ 71.014.413,01 – setenta e um milhões, quatorze mil, quatrocentos e treze reais e um
centavo, se atualizados até julho/2012, pelo IPCA], sendo que, desse montante, R$
28.000.000,00 (vinte e oito milhões de reais) [que se corrigido até julho/2012, pelo IPCA,
representaria R$ 60.622.059,89 – sessenta milhões, seiscentos e vinte e dois mil, cinquenta e
nove reais e oitenta e nove centavos] referem-se à antecipação de pagamento e somente R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos) [equivalentes a R$ 10.392.353,12 (dez milhões,
trezentos e noventa e dois mil, trezentos e cinquenta e três reais e doze centavos), se
atualizados até julho/2012, pelo IPCA], referem-se a serviços efetivamente realizados,
significando que, do total pago, 85,37% (oitenta e cinco vírgula trinta e sete por cento)
correspondem à antecipação de capital e apenas 14,63% (quatorze vírgula sessenta e três por
cento) a serviços executados. Com esse absurdo critério pretendia-se ocultar o verdadeiro
intento de realizar adiantamento de pagamentos, vedado em lei, em total favorecimento ao
Consórcio Queiroz Galvão – T'Trans, do qual resultou o consequente prejuízo para o erário,
bem apontado pela Especializada, assim descrito no relatório técnico: "Entendemos que, em
que pese a justificativa da necessidade de se manter o equilíbrio econômico-financeiro do
Contrato original, este aditamento gerou profundas alterações nas condições de pagamento
(para cerca de 50% [cinquenta por cento] do valor original do Contrato), condições essas que
não eram do conhecimento geral na fase de licitação da obra, o que poderia implicar em
modificações nas propostas das licitantes, que não tinham conhecimento dessa possibilidade
de alteração das condições de pagamento, gerando uma vantagem não prevista na fase de
Concorrência. E prossegue: A título de ilustração, podemos citar a medição de
fevereiro/2000, em que, (...) mais de R$ 28.000.000,00 (vinte e oito milhões de reais)
[corresponderiam a R$ 60.622.059,89 – sessenta milhões, seiscentos e vinte e dois mil,
cinquenta e nove reais e oitenta e nove centavos, se atualizado até julho/2012, pelo IPCA]
referem-se basicamente à antecipação de 30% (trinta por cento) do valor das estruturas
metálicas, então em fase de pedido. Para se aquilatar o vulto dessa despesa, basta compará-la
com o valor total da medição de maio/2000, objeto do presente relatório, de cerca de R$
9.500.000,00 (nove milhões e quinhentos mil reais)" Fl. 62. Significou, em síntese, que a
Administração Pública Municipal financiou, a custo zero, o capital de giro do Consórcio
Queiroz Galvão – T'Trans para adquirir equipamentos e materiais. Essa postura anulou a
68
IPCA-IBGE – índice de correção monetária aplicado no período de fevereiro/2000 a julho/2012
57
exigência, no procedimento licitatório, da qualificação econômica financeira das
concorrentes, a que se refere o artigo 27, inciso III, da Lei Federal nº 8.666/93, eis que o
próprio erário acabou custeando em parte o Contratado, poupando-o de utilizar seus ativos ou
de buscar, no mercado financeiro, os recursos destinados às obras para a qual se habilitou,
desonerando-o dos encargos dos empréstimos de que eventualmente necessitasse. Quanto aos
preços extracontratuais, a Origem apresentou os documentos que levaram à aprovação de
preço adicional, com base em análise – PASMEM, elaborada pela EMURB, que seria mera
fiscalizadora do contrato, e culminando com a formalização da "Aprovação de Preço
Adicional nº 001/99", subscrita pelo Diretor de Obras da Empresa de Urbanização e pelo
Gerente de Obras da SPTrans (folha 120). Também se juntou a Ata de Reunião ATR nº 01/99
(folha 123), da qual participaram, além dos agentes públicos acima citados, o representante
do Consórcio Contratado, decidindo-se, então, em 26/10/99, pela aprovação dos preços – data
base janeiro/97, sem qualquer formalização de contrato, em evidente afronta ao artigo 60 da
Lei Federal nº 8.666/93, para os seguintes itens de serviços (fls. 123/124): 1. Estaca Raiz D=
410mm em solo: Preço unitário proposto pelo Consórcio: R$ 476,72 (quatrocentos e setenta e
seis reais e setenta e dois centavos); Preço unitário definido: R$ 243,21(duzentos e quarenta e
três reais e vinte e um centavos); 2 – Estaca raiz D(diâmentro)= 410mm atravessando
concreto, alvenaria, matões e/ou material de consistência rochosa: Preço unitário proposto
pelo Consórcio: R$ 2.760,80 (dois mil, setecentos e sessenta reais e oitenta centavos); Preço
unitário definido: R$ 910,77 (novecentos e dez reais e setenta e sete centavos); 3 – Junta
elástica expansiva JJ3550VV, com lábio polimérico: Preço unitário proposto pelo Consórcio:
R$ 272,65 (duzentos e setenta e dois reais e sessenta e cinco centavos); Preço unitário
definido: R$ 245,40 (duzentos e quarenta e cinco reais e quarenta centavos) 4 -
Retroescavadeira CAT 416 C: 4.1- Custo horário em operação (OP) proposto: R$ 38,57
(trinta e oito reais e cinquenta e sete centavos) e definido em R$ 32,55 (trinta e dois reais e
cinquenta e cinco centavos); e 4.2 - Custo horário à disposição (DMP) proposto: R$ 22,27
(vinte e dois reais e vinte e sete centavos) e definido no valor de R$ 18,56 (dezoito reais e
cinquenta e seis centavos). A justificativa apresentada pela SPTrans e pelo Fiscal do
Contrato, foi no sentido de que a Auditoria deste Tribunal estaria equivocada por
desconhecer as características geológicas do local das obras, constatadas após o início dos
serviços e por isso envolvendo elevação de custos. Todavia, tal alegação não encontra
guarida técnica, pois, conforme apontado pelos agentes de fiscalização desta Corte, "este tipo
de argumento a Origem tem usado nas diversas defesas em diferentes ocasiões,
principalmente em relação a diferenças de valores de preços de serviços extracontratuais;
entre o valor apresentado pela Origem como aquele que julga o correto e o valor que, após
nossas pesquisas e análises, julgamos como o que deveria ser". Esse apontamento elide a
conhecida estratégia da Origem de pretender revestir de validade o procedimento de
majoração de custos e inclusão de preços de serviços extracontratuais, após a lavratura dos
contratos (folhas 506/507 e 530/531). A Auditoria destaca, ainda, que na proposta
apresentada pelo Consórcio Queiroz Galvão – T'Trans consta a declaração de que estava
ciente das condições técnicas do futuro contrato, consoante se confere do seguinte trecho
extraído do parecer técnico, à folha 531: "É importante observar que a contratada, em
07/01/08, assinou atestado de ter efetuado visita técnica ao local das obras, tendo declarado
estar ‘ciente de todas as condições gerais e peculiaridades do local onde serão executados os
trabalhos. Observa-se assim que, mesmo sabendo preliminarmente das condições locais, o
contratado apresentou, no momento da licitação, uma proposta, para os serviços acima
[fornecimento de estaca pré-moldada de concreto com diversas especificações] com desconto
58
médio de 40% (quarenta por cento) sobre os valores da Planilha de Orçamento elaborada pela
SPTrans quando da fase licitatória" (folha 531). O Agente Fiscal do contrato69
, em sua
defesa, argumentou que os serviços mensais e respectivos preços foram aprovados pela
EMURB, cabendo-lhe apenas referendar os relatórios enviados por aquela empresa,
responsável pelas medições. Entretanto, consoante atrás exposto, o mencionado Agente
Fiscal, também signatário da Resolução da Diretoria nº 00/041 da Origem, que deu suporte à
celebração do pré-citado Termo Aditivo nº 04/00, participou ativamente do processo de
aprovação dos preços extracontratuais, além de ter admitido incumbir-lhe, na função de
Gerente Geral de Projetos e Obras da SPTrans, a verificação e análise dos valores faturados
e, uma vez constatada sua adequação, proceder à liberação para o respectivo pagamento
(folha 120, 123/124 e 480/489). Mostra-se também responsável o agente público (intimado à
folha 79/80), ocupante do cargo de Diretor Financeiro70
à data da medição em comento e,
ainda que alegue não estar mais na empresa à época da liquidação da despesa referente ao
mês de maio/2000, não há como negar que sendo um dos signatários do Termo de
Aditamento nº 04/2000, julgado irregular, é responsável pelos efeitos decorrentes da
antecipação dos pagamentos, impropriedade essa que consta, expressamente, do Relatório da
Auditoria. As ilegalidades perpetradas pelos agentes públicos tiveram como escopo,
unicamente, atender aos reiterados pleitos do Consórcio Queiroz Galvão – T'TRANS, quer no
tocante à alteração do critério de medição previsto no contrato, quer para fixar os preços
extracontratuais, consoante se constata dos elementos insertos nos autos, destacando-se as
seguintes correspondências identificadas pela sigla CQGFF71
: 1 – nº 088/99, de 29/12/1999
(folhas 226/229), reiterada em 11/02/00 (fl.232/236) - alegando prorrogação do prazo
contratual e necessidade de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, pleiteou a
alteração no modo de medição dos materiais e equipamentos, sugerindo o critério adotado
pela SPTrans, a saber: 30% (trinta por cento) na data de confirmação do pedido de compra;
50% (cinquenta por cento) na data da chegada dos materiais à obra; e 20% (vinte por cento)
na data do término da instalação dos materiais. 2 – nºs 042 – 061 – 062 e 067, todos do ano
de 1999 (folhas 131 a 139), apresentaram preços elevados para serviços extracontratuais,
relativos aos itens acima mencionados na Ata de Reunião ATR, que serviram de base para
análise pela Origem. Causa espanto o fato de o Contratado pleitear, também no expediente de
nº 42/99, a aprovação de preço adicional para o item "Corte Superficial de Concreto até
3CM", quando incluso no contrato, razão pela qual a pretensão foi negada nos seguintes
termos consignados na citada Ata de Reunião nº 001/99: "Quanto à solicitação de aprovação
de preço adicional para "CORTE SUPERFICIAL DE CONCRETO ATÉ 3 CM", fica
considerado [sic] improcedente, pois este serviço já está sendo remunerado no preço unitário
de nº 37.02.53 – PAVIMENTO RÍGIDO FCKT>= 4,5mPa" (folha 124). Assim, o Consórcio
Queiroz Galvão – T'Trans teve participação ativa no processo de alterações das condições
originais do ajuste e na inclusão, em seus relatórios mensais, de quantidades de serviços
superiores às reais, resultando nas irregularidades detectadas pela Auditoria, na análise da
presente execução contratual. Frise-se que os preços contratuais no valor total de R$
1.127.376,47 (um milhão, cento e vinte e sete mil, trezentos e setenta e seis reais e quarenta e
sete centavos) – data base janeiro/1997, constantes do primeiro cálculo da Especializada,
foram excluídos da medição de maio/2000, em razão do acolhimento do Contrato 04/98. Isso
não impede que o Poder Público pleiteie, na via judicial, a recomposição do prejuízo
decorrente da diferença dos valores correspondentes aos itens apontados no relatório de
69
Fiscal do contrato: Aldo Ceconelo Júnior (Gerente Geral de Projetos e Obras) 70
Antonio Emiliano Leal da Cunha – Diretor Financeiro à época 71
CQGFF – Essa sigla pode corresponder a "Consórcio Queiroz Galvão – Fura-Fila"
59
folhas 51 a 63, superiores ao preço de mercado, sem prejuízo do que for apurado nas demais
medições sob a rubrica de preços contratuais, por ser imprescritível a ação de ressarcimento
do dano causado ao erário, nos termos do artigo 37, § 5º, da Constituição Federal72
. As
gravíssimas distorções apontadas na execução contratual, ora apreciada, revelam total
desprezo aos princípios constitucionais que regem a Administração Pública direta e indireta,
insertos no artigo 3773
da Lei Maior, especialmente os da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade e da eficiência, cabendo, outrossim, a responsabilização dos agentes públicos que
deram azo ao descumprimento das obrigações contratuais originais e às desconformidades
verificadas pela Auditoria. Ante todo o exposto e lastreado nos pareceres da Subsecretaria de
Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral,
cujos fundamentos, consentâneos com o acima delineado, acrescento às razões de decidir,
JULGO IRREGULAR a execução da despesa realizada no valor de R$ 9.507.690,4574
(nove
milhões, quinhentos e sete mil, seiscentos e noventa reais e quarenta e cinco centavos) (data-
base janeiro/97) correspondente à medição de maio/2000 dos serviços pactuados no Contrato
nº 04/98, não aceitando os efeitos financeiros gerados. Deste valor destaca-se a importância
de R$ 1.220.180,70 (um milhão, duzentos e vinte mil, cento e oitenta reais e setenta
centavos) (data-base janeiro/97) que, na amostragem, foi identificada como sendo pagamento
a mais, decorrente de medições de quantidades superiores àquelas apuradas nos exames, bem
como de serviços extracontratuais e preços não justificados. E, em decorrência da violação do
disposto no artigo 37 da Constituição Federal e dos dispositivos das Leis Federais nºs
4.320/64 e 8.666/93, retro mencionados, APLICO ao Fiscal do Contrato75
, identificado às
folhas 478/489 e ao Ordenador da Despesa, à época Diretor Financeiro76
da Origem,
nomeado às folhas 79/80, a MULTA individual de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais e vinte
e oito centavos), nos termos do inciso II, do artigo 5277
, da Lei Municipal nº 9.167/80. E, em
assim sendo, DETERMINO o envio de cópia do inteiro teor do voto e acórdão a ser proferido
pelo Plenário: 1 – ao Ministério Público do Estado de São Paulo, para instruir procedimento
em andamento na 3ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social naquele órgão –
PJC-CAP nº 701/2001 e Inquérito Civil nº 427/06, em atendimento às [vinte e duas]
solicitações encartadas nestes autos; 2 - à Origem, com determinação para que no prazo de 60
(sessenta) dias: 2.1 - identifique os agentes públicos responsáveis pelos pagamentos
realizados com as distorções supracitadas, (incluindo os signatários do Termo de Aditamento
nº 04/2000), visando à adoção de procedimentos administrativos e responsabilização desses
agentes, administrativa e civilmente, informando a este Tribunal as providências
empreendidas; e 2.2 - promova o ajuizamento da competente ação, em face da Contratada,
visando à cobrança dos valores pagos indevidamente na medição de maio/2000, supra
apurados, acrescidos dos consectários legais. 3 – à São Paulo Obras – SP-Obras, originária da
EMURB, cuja cisão foi regulamentada pelo Decreto Municipal nº 51.415, de 16/04/2010,
com determinação para que no prazo de 60 (sessenta) dias, identifique os agentes públicos
72
Artigo 37. § 5º 73
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (...) 74
IPCA-IBGE: aplicando-se o índice de correção monetária no período de janeiro/97 a julho/12, obtém-se:
Valor original: R$ 9.507.690,00 – Valor corrigido: R$ 24.019.819,41 75
Fiscal do contrato: Aldo Ceconelo Júnior 76
Ordenador da despesa e Diretor Financeiro à época: Antonio Emiliano Leal da Cunha 77
Lei Municipal 9.167/80
Art. 52. As infrações à presente lei, segundo a sua gravidade, ensejarão as seguintes sanções:
I - Advertência.
II - Multa.
60
responsáveis pelas medições e irregularidades supracitadas, visando à adoção de
procedimentos administrativos e responsabilização desses agentes, administrativa e
civilmente, informando a este Tribunal as providências empreendidas, considerando que a
então EMURB foi contratada pela SPTrans para fiscalizar as obras retro especificadas; 4 - À
Presidência da Câmara Municipal de São Paulo; 5 - Ao Prefeito do Município de São Paulo,
a fim de que adote providências direcionadas a responsabilizar o Consórcio Queiroz Galvão –
T'Trans pelas ilegalidades da execução contratual a que deu causa, direta ou indiretamente,
pois foi a única favorecida com o recebimento de vultosas quantias de forma indevida, em
total prejuízo do Poder Público; 6 – Ao Tribunal de Contas da União, no qual tramitam
processos para a análise da aplicação de recursos federais78
alocados para as obras do sistema
de Veículo Leve sobre Pneus – VLP, ramal Vila Prudente, objeto do Contrato 70/2004
analisado no TC 3.509/05-8379
, do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; 7 -
Determino, ainda, à Subsecretaria de Fiscalização e Controle para que proceda à abertura de
procedimento fiscalizatório, na modalidade de inspeção, em processo autônomo, com o
objetivo de apurar: 7.1 – todos os valores consignados nas medições realizadas sob a vigência
do Termo de Aditamento nº 4/2000, a título de antecipação de pagamentos; 7.2 – calcular o
custo financeiro do capital antecipado, no período entre o desembolso e a data em que os
correspondentes serviços foram executados e medidos, considerando eventuais expurgos da
planilha (parcela no BDI) quanto aos custos financeiros inseridos; e 7.3 – identificar os
responsáveis por todas as medições e respectivas autorizações para pagamento, (além dos
signatários do referido termo aditivo - TA 4/2000). Determino, outrossim, o retorno destes
autos à SFC, para o fim de dar prosseguimento à análise, ampliando o prazo e o escopo,
objeto do presente acompanhamento da execução do Contrato 04/98, procedimento esse já
antevisto pela Especializada, como necessário, consoante consta do item 3.2.280
do relatório à
folha 52 verso. Por fim, determino que sejam trasladados por cópia, o relatório, votos e
acórdão a ser proferido pelo Tribunal Pleno neste processo, para os autos do TC 1.297/08-89,
tendo por objeto a verificação de notícia de superfaturamento e medições distorcidas nos
contratos relacionados ao "Fura-Fila", a fim de apurar denúncia anônima objeto do TC
2.468/07-2481
. Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro Maurício Faria:
Acompanho o voto do I. Conselheiro Relator pela irregularidade da execução, no período
examinado, porém, peço vênia para invocar fundamento em parte diverso, o que pode
implicar diferença quanto à extensão das irregularidades e respectivos valores. Nesse sentido,
deixo consignado que não acompanho a fundamentação apresentada relacionada à eventual
irregularidade dos pagamentos realizados a partir do Aditivo nº 04/98, por suposta
inadequação de seus termos: Especificamente em relação a esse Termo Aditivo de nº 04, faço
especial destaque no sentido de que a hipotética análise acerca da irregularidade da alteração
da forma de pagamento da contratada mostra-se nesta oportunidade prejudicada, vez que a
alteração objetivada pelo referido Aditivo não gerou efeitos jurídicos, econômicos, diante da
decisão administrativa, à época, de reverter o pagamento feito na forma inovada, decisão esta
novamente validada por ocasião da repactuação do contrato no bojo do TA nº 11/2002, que
expressamente reafirmou a vigência dos termos originalmente ajustados – como de fato
deveria ser – selando assim, em meu entender, qualquer discussão maior sobre irregularidade
insanável, apta a macular, por si só, todos os atos subsequentes, sendo que, insisto, os
78
TCU – TCs 7.131/2006-3 e TC 9.739/2007-1 – mencionados no relatório/voto TC 3.509/05-83 79
TC 3.509/05-83 80
3.2.2 Quantidades. Inicialmente, queremos ressaltar que todas as constatações a seguir explanadas, baseadas
na análise da medição do mês de maio/2000, podem eventualmente, ser estendidas às demais medições deste
contrato, tendo em vista a similaridade de procedimentos. 81
TC 2.468/07-24
61
respectivos pagamentos indevidos, no caso, foram depois estourados, conforme
documentação correspondente. Desta forma, acompanho o Relator pela irregularidade da
execução contratual relativa apenas ao período analisado (mês de maio de 2000),
considerando, exclusivamente, as diversas irregularidades específicas apontadas
materialmente por amostragem pela Auditoria, nas formas detalhadas, quanto a isso, no voto
do Relator. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de
setembro de 2012. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)
Edson Simões – Relator." Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-
Presidente Roberto Braguim, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Edson Simões.
Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente Edson Simões concedeu a
palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim para relatar os processos de sua
pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE
ROBERTO BRAGUIM – a) Diversos: 1) TC 3.573.11-20 – Ceazza Distribuidora de
Frutas, Verduras e Legumes Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME –
Representação em face do Edital do Pregão Presencial 23/SME/DME/2011, cujo objeto é o
fornecimento de alimentos "in natura" com a respectiva solução logística para entrega nas
unidades atendidas pelo Departamento da Merenda Escolar – DME ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade,
de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação interposta
pela empresa Ceazza Distribuidora de Frutas, Verduras e Legumes Ltda., uma vez que
presentes os pressupostos de admissibilidade previstos nos artigos 54 e 55 do Regimento
Interno desta Corte, e, quanto ao mérito, em julgá-la improcedente. Acordam, ademais, à
unanimidade, em determinar o cumprimento do artigo 58 do citado Regimento, com o
posterior arquivamento dos autos. Relatório: Trata o presente de Representação interposta
por Ceazza Distribuidora de Frutas, Verduras e Legumes Ltda., em face do Edital de Pregão
Presencial nº 23/SME/DME/2011, da Secretaria Municipal de Educação, cujo objeto é o
fornecimento de alimentos "in natura", com a respectiva solução logística para entrega nas
unidades atendidas pelo Departamento de Merenda Escolar. Insurge-se a Representante
contra as exigências editalícias consistentes em: exigência de dizeres a serem colocados na
rotulagem dos ovos, que considera inviáveis, em razão de serem proibidas, pela legislação
vigente, as modificações nos rótulos dos produtos sem autorização do Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA; critérios de fornecimento do produto ovo
– caixa ou bandeja – ser fornecido pela vencedora da Licitação, para fins de cobrança; e a
utilização do preço médio do BID – Boletim Informativo Diário – da CEAGESP para
cobrança dos produtos. Indeferi a suspensão cautelar do Certame Licitatório, por entender
que as irregularidades apontadas não eram suficientes para maculá-lo, determinando à
Secretaria que se manifestasse no prazo de 10 (dez) dias. A Pasta, em sequência, esclareceu
que: a vencedora da Licitação deveria adequar a rotulagem do produto em prazo a ser por ela
estabelecido, mediante comprovação de sua necessidade; a cobrança do produto seria pelo
quantitativo adquirido pela Municipalidade, considerando o Boletim Informativo Diário da
CEAGESP, sendo cobrado em caixas ou bandejas; na vistoria técnica realizada pelos técnicos
da Secretaria nas instalações da contratada seria verificada a qualidade do produto, gerando a
sua classificação, adequando-o à situação de mercado, segundo a realidade existente no
entreposto da CEAGESP. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, analisando a
impugnação apresentada, opinou pelo conhecimento da Representação, por presentes os
pressupostos de admissibilidade e, quanto ao mérito, pelo seu improvimento, tendo em vista
62
as justificativas da Secretaria Municipal de Educação, as quais endossou. A Procuradoria da
Fazenda Municipal, na mesma direção, pugnou pelo reconhecimento da legitimidade do
instrumento editalício. A Secretaria Geral propôs igualmente o conhecimento da
Representação e, quanto ao mérito, opinou pela improcedência. É o relatório. Voto: Conheço
da Representação interposta por Ceazza Distribuidora de Frutas, Verduras e Legumes Ltda.,
uma vez que presentes os pressupostos de admissibilidade previstos nos artigos 54 e 55 do
Regimento Interno deste Tribunal82
. Quanto ao mérito, embasado nas manifestações da
Assessoria Jurídica de Controle Externo, Procuradoria da Fazenda Municipal e Secretaria
Geral, que passam a integrar o presente voto, julgo-a improcedente. Proceda-se na forma
prescrita no artigo 58 do Regimento Interno83
e, a seguir, arquivem-se os autos. Participaram
do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos
Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva
Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de setembro de 2012. a) Edson
Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC 829.12-47 – Secretaria
Municipal de Educação – SME – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital do
Pregão Presencial 16/SME/2012, cujo objeto é o registro de preços para fornecimento de
mobiliário escolar: conjuntos de salas de aulas, refeitório e salas de leitura para EMEF e
EMEI, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade,
de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Roberto Braguim – Relator, bem
como pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria, consoante
declaração de voto apresentada, e Domingos Dissei, considerando as alterações e adequações
do Edital do Pregão Presencial 16/SME/2012, ficando superadas as irregularidades e
impropriedades apontadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC desta Corte,
em aprovar a minuta do edital reformulado. Acordam, ademais, à unanimidade, em exarar à
Secretaria Municipal de Educação – SME recomendação quanto a cautelas nas pesquisas de
preço, sem prejuízo do acompanhamento do pleito pela SFC. Relatório: O presente TC trata
do acompanhamento do Edital de Pregão Presencial nº 16/SME/2012, elaborado pela
Secretaria Municipal de Educação – SME, para o registro de preços no fornecimento de
mobiliário escolar, conjuntos de salas de aula, refeitório e salas de leitura para Escola
Municipal de Ensino Fundamental – EMEF e Escola Municipal de Educação Infantil –
EMEI, com valor estimado de R$ 19.263.000,00 (dezenove milhões, duzentos e sessenta e
três mil reais). Na acurada análise dos elementos trazidos para este processado, a
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, apurou irregularidades na formulação do Edital de 82
Art. 54. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para formular
representação ou denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal.
Art. 55. A representação ou denúncia sobre matérias de competência do Tribunal deverá preencher os seguintes
requisitos:
I - ser formalizada por petição escrita ou ser reduzida a termo;
II - referir-se a órgão, administrador ou responsável sujeito à jurisdição do Tribunal;
III - estar acompanhada de documentos que constituam prova ou indícios relativos ao fato denunciado ou à
existência de ilegalidade ou irregularidade;
IV - conter o nome legível e a assinatura do representante ou denunciante, sua qualificação e endereço.
§ 1º - Em se tratando de representação ou denúncia formulada por cidadão, é indispensável à prova de
cidadania, mediante a juntada à inicial de cópia do título de eleitor ou documento que a ele corresponda.
§ 2º - Quando formulada por partido político, associação ou sindicato, a inicial deverá ser acompanhada de
prova da existência legal da entidade. 83
Art. 58. O acórdão do Tribunal, exarado em processo de representação ou denúncia, será encaminhado ao
respectivo autor e ao representado ou denunciado, acompanhado de cópias das peças dos autos que subsidiaram
o julgado.
63
Abertura, detalhadas no Relatório inserto às fls. 516/526, em razão do que determinei, "ad
cautelam", por Despacho exarado em 04/5/2012, a suspensão temporária do certame e a
intimação do Secretário Municipal de Educação e do Pregoeiro para apresentarem as
justificativas e esclarecimentos sobre os questionamentos apontados. A Secretaria Municipal
de Educação encaminhou, em resposta, o ofício nº 358/2010-SME/AJ, contendo as
informações, esclarecimentos e documentos dos setores técnicos e jurídicos da Pasta,
anexados às fls. 539/635, compreendendo, inclusive, a confecção de novo Edital, acatando as
recomendações dos itens 5.1. a 5.5. do Relatório da Auditoria84
. Em nova manifestação, a
Subsecretaria de Fiscalização e Controle considerou superados alguns de seus
questionamentos, entendendo, porém, não justificados os quantitativos estimados pela
Diretoria Regional de Ensino – DRE, e anotando a necessidade do refazimento da pesquisa
de preço (fls. 638/642). A Assessoria Jurídica de Controle Externo, à sua vez, fez uma detida
análise dos elementos encaminhados pela Secretaria, em face dos apontamentos da Auditoria,
concluindo que todas as infringências foram superadas e acatadas as recomendações daquela
Unidade, com a formulação da nova minuta de Edital, em razão do que opinou pelo
prosseguimento do certame, com observância da recomendação sobre a pesquisa de preços
(fls. 646/653). Frente a essas considerações, exarei o Despacho de fls. 654/655, revogando o
Ato precedente e liberando a retomada da Licitação, nos moldes do Edital visto às fls.
591/635. A Procuradoria da Fazenda Municipal, por fim, emitiu o parecer de fls. 662/671,
propondo o acolhimento do Edital refeito à vista de sua regularidade formal. É o relatório.
Voto: Em face das alterações e adequações do Edital de Pregão nº 16/SME/2012, para o
registro de preços e produtos mencionados no seu objeto, superando as irregularidades e
impropriedades apontadas pela Auditoria, com o aval da Assessoria Jurídica de Controle
Externo (fls. 638/653), e diante do parecer favorável da Procuradoria da Fazenda Municipal
(fls. 662/671), aprovo a minuta do Edital reformulado às fls. 591/635, com observância da
recomendação sobre as cautelas nas pesquisas de preço, sem prejuízo do acompanhamento do
pleito pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle. É como voto. Declaração de voto
apresentada pelo Conselheiro Maurício Faria: Voto com o Relator, e, apenas em
declaração de voto, consigno que, conforme venho reiterando, entendo que ocorreu
desatendimento ao Regimento Interno desta Casa, tendo em vista que a decisão de suspensão,
e, posteriormente, de prosseguimento do Pregão não foram submetidos ao referendo do
Pleno. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de
setembro de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 3) TC
2.622.11-07 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Acompanhamento – Verificar se as
etapas do Edital da Concorrência 006/2011, cujo objeto é a execução de obras civis de
84
5.1 - Que a SME deixe claro no edital que a data para cálculo da garantia deve ter como base a data da efetiva
entrega dos materiais ao contratante (item 3.3.2);
5.2 - Que no laudo de conformidade do INMETRO seja estabelecida a realização de ensaios de resistência
mecânica e estabilidade constantes na ABNT NBR14006/2008 – Móveis escolares – Cadeiras e Mesas para
Conjunto Aluno Individual (item 3.3.3);
5.3 - Que seja previsto no Edital procedimentos e instrumentos que contenham detalhamento quanto ao
recebimento do produto, tais como: se os produtos foram entregues sem avarias, na quantidade correta,
contendo manual de uso e conservação, se houve alguma irregularidade constatada na entrega, se as dimensões
são conforme as descritas no edital, dentre outros (item 3.3.4);
5.4 - Que os produtos sejam entregues com o Manual de Uso e Conservação (item 3.3.5);
5.5 - Que a Origem esclareça a fonte de recursos, em razão do Decreto Federal nº 5.504/05 que estabelece a
exigência de utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, nas contratações de bens e serviços
comuns realizadas em decorrência de transferências voluntárias de recursos públicos da União (item 3.5).
64
ampliação das instalações e adequações geométricas/funcionais, de infraestrutura e
acessibilidade do Terminal Penha, estão sendo realizadas de acordo com os dispositivos
legais pertinentes ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é
Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em acolher o procedimento licitatório Concorrência 006/2011, cujo objeto foi adjudicado à
empresa vencedora Arvek Técnica e Construções Ltda., pelo valor global de R$ 2.749.383,93
(dois milhões, setecentos e quarenta e nove mil, trezentos e oitenta e três reais e noventa e
três centavos). Relatório: No cumprimento da determinação contida no v. Acórdão proferido
no TC 1.779.11-25, que aprovou, por votação unânime, o Edital de Concorrência nº
006/2011, promovida pela São Paulo Transporte S.A., a Secretaria de Fiscalização e Controle
procedeu ao acompanhamento do certame, na conformidade do relatório de fls. 1.228/1.232,
onde estão descritos os procedimentos adotados e as análises efetuadas dos atos e
documentos carreados àquele processo. Nesse Relatório, endossado pelo Chefe de
Fiscalização e Coordenadoria V, a Auditoria concluiu pela ausência de irregularidades do
pleito licitatório, sob os aspectos formais e legais (fls. 1.228/1.232, item 4). Essa ilação foi
respaldada, sem discrepância, pela Assessoria Jurídica de Controle Externo (fls. 1.235/1.237)
e pela Procuradoria da Fazenda Municipal (fl. 1.238). É o relatório resumido. Voto: Diante
das conclusões alcançadas pela Auditoria no Relatório de fls. 1.228/1.232 e na manifestação
de fl. 1.233, avalizadas pela Assessoria Jurídica de Controle Externo (fls. 1.235/1.237) e pela
Procuradoria da Fazenda Municipal (fl. 1.238), todos dando pela regularidade da
Concorrência nº 006/2011, acolho o procedimento licitatório, cujo objeto foi adjudicado à
empresa vencedora ARVEK TÉCNICA E CONSTRUÇÕES LTDA., pelo valor global de R$
2.749.383,93 (dois milhões, setecentos e quarenta e nove mil, trezentos e oitenta e três reais e
noventa e três centavos). É como voto. Participaram do julgamento os Conselheiros
Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe
da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 13 de setembro de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim
– Relator." 4) TC 2.296.10-76 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET –
Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da Concorrência 02/10, cujo objeto é a
prestação de serviços de implantação e manutenção das construções civis dos sistemas
semafóricos e reconfiguração do traçado geométrico das vias públicas, com fornecimento de
materiais, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade,
de conformidade com o relatório e voto do Relator, uma vez que as impropriedades
constatadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte, no bojo do Edital do
procedimento licitatório Concorrência 02/10, foram reconhecidas pela própria
Administração, levando-a a revogar o certame, em considerar prejudicada a análise da peça
editalícia, pela perda de seu objeto. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar, após
as providências legais e regimentais, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata o presente
do Acompanhamento do Edital de Concorrência nº 02/2010/CET, cujo objeto é a prestação
de serviços de implantação e manutenção das construções civis dos sistemas semafóricos. Em
primeira intervenção, a Coordenadoria V apontou vícios impeditivos do prosseguimento do
certame, consistentes em: a) ausência de justificativa para os quantitativos, afrontando o
artigo 2º do Decreto nº 44.279/0385
; b) ausência de projetos específicos, indefinição dos
85
Art. 2º O processo de licitação, devidamente autuado, deverá ser instruído, conforme o caso, com os
seguintes elementos:
65
locais que sofrerão intervenção a falta de justificativas para as quantidades de serviços,
infringindo o artigo 6º, IX, alíneas "a", "b" e "f"86
e artigo 40, I, ambos da Lei nº 8.666/9387
;
c) exigência de demonstração de qualificação técnica de serviços, com posterior permissão de
subcontratação, em desacordo com o disposto no artigo 3º, § 1º, inciso I, da Lei Federal nº
8.666/9388
; d) previsão de inabilitação de proposta que ofereça vantagem não prevista no
edital, contrariando o disposto no artigo 44, § 2º, da Lei Federal nº 8.666/9389
. Foram
anotadas, ainda, as seguintes impropriedades: composição dos preços unitários – CPU; não
exigência de apresentação prévia das composições da taxa de BDI – Bonificação de Despesas
Indiretas – e dos Encargos Sociais; ausência de critérios de medição para as CPUs elaboradas
pela CET; edital e autorização para o Certame não assinados adequadamente. A
Coordenadoria V propôs, também, recomendações: 1) Fazer constar, na apresentação das
CPUs não só os códigos dos insumos, mas também as denominações dos serviços relativos
aos códigos da Tabela da SIURB; 2) Reavaliar os índices de liquidez e endividamento
relativos à qualificação econômico-financeira. Por minha determinação, a CET apresentou
esclarecimentos e comprometeu-se a realizar alterações na peça editalícia, objetivando afastar
os vícios apontados. A Coordenadoria, entretanto, entendeu sanadas apenas as
I - requisição de material ou justificativas para contratação;
II - especificações técnicas;
III - condições de fornecimento ou método de execução;
IV - projeto básico;
V - memorial descritivo;
VI - planilha de orçamento ou pesquisa de preço;
VII - indicação da disponibilidade orçamentária;
VIII - estoques existentes;
IX - previsão de consumo;
X - informação sobre ata de registro de preços, porventura em vigor. 86
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se: (...)
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para
caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos
e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus
elementos constitutivos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e
montagem; (...)
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos
propriamente avaliados; 87
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e
de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei,
o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 88
§ 1º - É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam,
restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou
de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato,
ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; 89
Art. 44. (...)
§ 2º - Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive
financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais
licitantes.
66
impropriedades mencionadas nas alíneas "a" e "b", já referidas. A CET, novamente acionada,
informou que o Certame foi adiado – DOC de 21/09/10 – e que somente seria retomado após
manifestação favorável desta Corte de Contas. Em nova manifestação, a Coordenadoria V
considerou remanescerem apenas as impropriedades relativas à composição de preços
unitários e à inadequação das assinaturas do Edital e da autorização para a realização do
Certame. A CET apresentou novos esclarecimentos sobre os quais a Coordenadoria
manifestou-se no sentido de que as alterações propostas sanariam as pendências relativas ao
orçamento de referência, permanecendo pendente a confirmação acerca das assinaturas. Em
sequência, a Companhia de Engenharia de Tráfego informou que o Certame seria revogado, o
que se concretizou em 16/12/11, mediante publicação no Diário Oficial da Cidade. A
Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu prejudicada a análise do Edital da
Concorrência nº 02/2010/CET. A Procuradoria da Fazenda Municipal, de seu turno, requereu
o arquivamento do presente. É o relatório. Voto: As impropriedades constatadas pela
Coordenadoria V, no bojo do Edital de Concorrência nº 02/2010/CET, foram reconhecidas
pela própria Administração, levando-a a revogar o Certame. Dessa forma, com fundamento
nas manifestações exaradas nestes autos, considero prejudicada a análise da peça editalícia,
por perda do seu objeto. Após as providências legais e regimentais, arquivem-se os autos.
Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e
Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado
Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 13 de setembro de
2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." – PROCESSOS DO
CONSELHEIRO EURÍPEDES SALES – a) Diversos: 1) TC 1.105.08-16 – Construfama
Engenharia Empreendimentos Ltda. – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Representação
em face do Edital do Pregão Presencial 13/2008, cujo objeto é a prestação de serviços de
conservação, manutenção e melhorias do viário dos corredores segregados e viários
estratégicos de transporte coletivo do Município de São Paulo b) Contratos: 2) TC
1.969.08-65 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e ETEC – Empreendimentos Técnicos
de Engenharia e Comércio Ltda. – Pregão Presencial 013/2008 – Contrato 08/0331-01-00 R$
7.315.568,09 – Prestação de serviços de conservação, manutenção e melhorias do viário dos
corredores segregados e viários estratégicos de transporte coletivo do Município de São
Paulo. "O Conselheiro Eurípedes Sales – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos
do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta dos citados
processos, para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidões) – PROCESSOS DO
CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – a) Recursos: 1) TC 284.07-10 – Recursos "ex
officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Luiz Antônio Pereira Soares
interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 1º/4/2008 – Julgador Conselheiro Edson
Simões – Subprefeitura Ermelino Matarazzo – Coordenadoria da Administração e Finanças –
Luiz Antônio Pereira Soares – Prestação de contas de adiantamento bancário –
fevereiro/2004 2) TC 360.07-05 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda
Municipal – PFM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 07/3/2008 – Julgador
Conselheiro Edson Simões – Subprefeitura da Mooca (Coordenadoria de Educação) –
Claudia Rodrigues Feitosa – Prestação de contas de adiantamento bancário – abril/2005 3)
TC 469.08-05 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de
Darly Antonio Guedes, de Lea da Silva, de Maria Ninfa de Brito, de Maria Aparecida Isabel
Martins de Aquino e de Ricardo Wady Gebrim interpostos contra a R. Decisão de Juízo
Singular de 12/9/2008 – Julgadora Conselheira Mariana Barbosa – Autarquia Hospitalar
Municipal – AHM – Darly Antonio Guedes – Prestação de contas de adiantamento bancário
– maio/2006 4) TC 473.08-74 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda
Municipal – PFM, de Maisa Aparecida Isabel Martins de Aquino, de Léa da Silva, de Maria
67
Ninfa de Brito, de Ricarso Wady Gebrim e de Darly Antonio Guedes interpostos contra a R.
Decisão de Juízo Singular de 26/01/2009 – Julgador Conselheiro Antonio Carlos Caruso –
Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Darly Antonio Guedes – Prestação de contas de
adiantamento bancário – março/2006 5) TC 567.08-16 – Recursos "ex officio", de Antonio
Floriano Pesaro, de Antonio Oliveira da Silva, de Eliana Fernandes Loureiro Victoriano, de
Ruth Candida de Lima Guastalle, de Tereza Mieko Nagata e de Marcos Aurélio Oliveira
Fernandes interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 15/10/2008 – Julgador
Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social – SMADS – Eliana Fernandes Loureiro Victoriano – Prestação de
contas de adiantamento bancário – setembro/2005 6) TC 5.261.02-98 – Recursos da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET,
de Célia Goldfeder e de Roselaine Guezini Valente, interpostos contra a R. Decisão de 1ª
Câmara de 30/11/2005 – Relator Conselheiro Edson Simões – Companhia de Engenharia de
Tráfego – CET e O. Filizzola & Cia. Ltda. – Aquisição de capacete para motociclistas 7) TC
3.976.07-10 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de
Aparecida Silmara Costa de Souza interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de
11/3/2008 – Julgador Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Subprefeitura Itaim Paulista
(Coordenadoria de Educação) – Aparecida Silmara Costa de Souza – Prestação de contas de
adiantamento bancário – fevereiro/2004. "O Conselheiro Maurício Faria – Relator requereu
ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte,
a retirada de pauta dos citados processos, para melhores estudos, o que foi deferido."
(Certidões) – PROCESSOS DO CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – a) Recursos:
1) TC 1.013.07-19 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e
de Hélvio Pereira dos Santos, interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de
25/02/2008 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal da Saúde – SMS
(Fundo Municipal de Saúde) – Hélvio Pereira dos Santos – Prestação de contas de
adiantamento bancário – abril/2004 2) TC 1.015.07-44 – Recursos "ex officio", da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Hélvio Pereira dos Santos, interpostos contra
a R. Decisão de Juízo Singular de 22/9/2009 – Julgador Conselheiro Edson Simões –
Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo Municipal de Saúde) – Hélvio Pereira dos
Santos – Prestação de contas de adiantamento bancário – outubro/2003 3) TC 2.811.08-76 –
Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Paulo Sérgio
Maranhão, interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 15/7/2010 – Julgador
Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Executiva de Comunicação – SECOM e Paulo
Sérgio Maranhão – Prestação de contas de adiantamento bancário – fevereiro/2006. "O
Conselheiro Domingos Dissei – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo
172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta dos citados processos,
para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidões) – PROCESSOS DE
REINCLUSÃO – CONSELHEIRO PRESIDENTE EDSON SIMÕES – Preliminarmente,
o Conselheiro Presidente Edson Simões comunicou ao Egrégio Plenário que devolverá
posteriormente os seguintes processos de sua pauta de reinclusão: 1) TC 477.08-25 –
Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e Starbene Refeições Industriais Ltda. –
Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 020/2006-AHMRN, cujo
objeto é o fornecimento de refeições para pacientes e funcionários dos Hospitais e Prontos
Socorros pertencentes à Autarquia, está sendo executado conforme o pactuado, bem como se
existem controles internos 2) TC 631.07-32 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM, de Jairo de Almeida Machado Júnior e da Secretaria do Governo
Municipal – SGM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 29/4/2010 – Julgador
Conselheiro Maurício Faria – Secretaria do Governo Municipal – SGM – Jairo de Almeida
68
Machado Júnior – Prestação de contas de adiantamento bancário – fevereiro/2005 3) TC
4.173.05-30 – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento – Verificar a
regularidade do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos
serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo:
varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros
públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros
públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas
após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de
pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do
Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 2.958.06-12, 4.456.05-54,
4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88,
3.400.06-45 e 155.07-78) 4) TC 2.958.06-12 – Secretaria Municipal de Serviços – SES –
Acompanhamento do Edital Reformulado da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é
a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo,
compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de
vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas;
lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e
desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção
e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de
limpeza, em toda área do Município de São Paulo, verificando se foi elaborado de acordo
com os dispositivos legais pertinentes, em especial, se foram reformulados os itens
questionados nos relatórios constantes do TC 72-004.173.05-30 (Tramita em conjunto com
os TCs 4.173.05-30, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99,
3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 5) TC 4.456.05-54 –
Marca Construtora e Serviços Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES –
Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública
01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no
Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos,
varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da
varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos;
varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com
fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços
complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita
em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10,
2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 6) TC
4.458.05-80 – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais –
ABRELPE – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de
suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução
dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo:
varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros
públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros
públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas
após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de
pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do
Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12,
4.456.05-54, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88,
3.400.06-45 e 155.07-78) 7) TC 4.460.05-21 – Arclan – Serviços, Transportes e Comércio
Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão,
em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços
69
indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual
de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e
transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos;
limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as
feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno
porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São
Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-
80, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-
78) 8) TC 4.463.05-10 – ABESMUR – Associação Brasileira das Empresas de Serviços e
Manutenção Urbana – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido
de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução
dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo:
varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros
públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros
públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas
após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de
pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do
Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12,
4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88,
3.400.06-45 e 155.07-78) 9) TC 2.765.06-99 – SELUR – Sindicato das Empresas de
Limpeza Urbana do Estado de São Paulo – Secretaria Municipal de Serviços – SES –
Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública
01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no
Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos,
varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da
varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos;
varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com
fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços
complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita
em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21,
4.463.05-10, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 10) TC
3.335.06-85 – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais –
ABRELPE – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de
suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução
dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo:
varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros
públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros
públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas
após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de
pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do
Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12,
4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.336.06-48, 3.341.06-88,
3.400.06-45 e 155.07-78) 11) TC 3.336.06-48 – ARCLAN – Serviços, Transportes e
Comércio Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de
suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução
dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo:
varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros
públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros
públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas
70
após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de
pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do
Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12,
4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.341.06-88,
3.400.06-45 e 155.07-78) 12) TC 3.341.06-88 – SPL Construtora e Pavimentadora Ltda. –
Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face
do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços
indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual
de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e
transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos;
limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as
feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno
porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São
Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-
80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.400.06-45 e 155.07-
78) 13) TC 3.400.06-45 – Iudice Mineração Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES
– Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública
01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no
Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos,
varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da
varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos;
varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com
fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços
complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita
em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21,
4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88 e 155.07-78) –
CONSELHEIRO EURÍPEDES SALES – 1) TC 2.463.95-03 – Recursos da Procuradoria
da Fazenda Municipal – PFM, de Alfredo Mario Savelli e de Marcia Heloisa Pereira da Silva
Buccolo interpostos contra o V. Acórdão de 05/3/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões
– Secretaria Municipal de Serviços – SES e Companhia Auxiliar de Viação e Obras – Cavo –
Serviços de limpeza de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos
domiciliares, de varrição, de feiras livres e de todos aqueles resultantes dos serviços de
limpeza nas áreas e vias pertencentes às Administrações Regionais de Vila Mariana, Ipiranga
e Vila Prudente – Agrupamento V (Acomp. TC 2.342.97-42). "O Conselheiro Eurípedes
Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo
para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 2) TC 3.468.07-60 –
Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Inspeção para apurar a ausência de farmacêuticos
nas unidades básicas e ambulatórios da Rede Municipal de Saúde, bem como verificar a
situação das UBS e ambulatórios no tocante à área de dispensação e condições de
armazenamento de medicamentos e das farmácias hospitalares 3) TC 2.491.09-08 – Brasil
Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS –
Representação em face do Pregão Presencial 431/2008, cujo objeto é a prestação de serviços
de transporte de pessoas e cargas, com fornecimento de veículos, para atender às
necessidades da Secretaria. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário,
nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento
Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi
deferido." (Certidões) 4) TC 7.073.99-81 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal
– PFM e de João Octaviano Machado Neto interpostos em face do V. Acórdão de 27/6/2007
71
– Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Cliba
Ltda. – Execução dos serviços de operação, manutenção e vigilância da Estação de
Transbordo Vergueiro e transporte de resíduos sólidos urbanos da Estação de Transbordo ao
Aterro Sanitário São João. "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio
Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do
Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que
foi deferido." (Certidão) 5) TC 2.379.03-72 – Agravo Regimental interposto contra o R.
Despacho do Conselheiro Antonio Carlos Caruso, publicado no DOC de 28/01/2011,
indeferindo o Recurso interposto pela Cohab-SP contra o V. Acórdão de 02/12/2009 –
Relator Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Companhia Metropolitana de Habitação de São
Paulo – Cohab-SP – Balanço referente ao exercício de 2002 (Acomp. TCs 3.742.02-03,
5.238.02-76, 5.239.02-39, 1.212.03-11, 1.949.03-43 e 2.000.03-89) 6) TC 1.460.02-72 –
Secretaria Municipal de Transportes – SMT e São Paulo Transporte S.A. – SPTrans –
Contrato 001/02-SMT.GAB R$ 26.000.000,00 – TA 01/2002 R$ 52.098.125,00 (prorrogação
de prazo), TA 02/2002 R$ 40.542.638,00 (prorrogação de prazo) e TA 03/2002 R$
15.579.740,00 (prorrogação de prazo) – Prestação de serviços de administração e engenharia,
voltados à operacionalização, gerenciamento, fiscalização, planejamento, supervisão e
coordenação e administração de todo o Sistema de Transporte Urbano na Cidade de São
Paulo 7) TC 1.808.09-07 – Embargos de Declaração interpostos pela Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM em face do V. Acórdão de 1º/12/2010 – Relator Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Serviço Social da Construção Civil
do Estado de São Paulo – SECONCI-SP – Acompanhamento – Execução Contratual –
Verificar se o Contrato de Gestão 009/2008-NTCSS-SMS-G, cujo objeto é o gerenciamento e
execução das atividades e serviços de saúde a serem desenvolvidos no território da
Penha/Ermelino Matarazzo, composta pelos distritos de Arthur Alvim, Penha, Vila Matilde,
Cangaíba, Ponte Rasa e Ermelino Matarazzo, está sendo executado conforme o Plano de
Trabalho 8) TC 1.870.09-80 – Embargos de Declaração interpostos pela Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM em face do V. Acórdão de 1º/12/2010 – Relator Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Serviço Social da Construção Civil
do Estado de São Paulo – SECONCI – SP – Contrato de Gestão 009/2008-NTCSS/SMS-G –
Gerenciamento e execução das atividades e serviços de saúde a serem desenvolvidos no
território da Penha/Ermelino Matarazzo, composta pelos distritos de Arthur Alvim, Penha,
Vila Matilde, Cangaíba, Ponte Rasa e Ermelino Matarazzo 9) TC 3.471.07-74 – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS e Comatic Comércio e Serviços Ltda. – Concorrência 01/SP-
AD/2004 – Contrato 01/SP-AD/2005 R$ 816.000,00, TAs 012/CRSS/2005 R$ 1.836,67
(alteração do preâmbulo do ajuste, cuja titularidade passa a ser da Coordenadoria Regional de
Saúde Sul e alteração do Anexo I), 021/CRSS/2006 R$ 137.394,94 (prorrogação de prazo),
029/CRSS/2006 R$ 2.077,66 (alteração no Anexo I – mudança de endereço e acréscimo de
valor do contrato), 40/CRSS/2006 R$ 206.884,35 (prorrogação de prazo), 075/CRSS/2006
R$ 360.304,22 (prorrogação de prazo), 002/CRSS/2007 R$ 30.190,68 (inclusão de posto de
trabalho) e 12/CRSS/2007 R$ 508.989,84 (prorrogação de prazo) – Serviços de limpeza,
conservação e desinfecção com fornecimento de mão de obra, material de consumo,
utensílios, máquinas e equipamentos, nas áreas que compõem as unidades de saúde sob
administração e responsabilidade da Subprefeitura Cidade Ademar 10) TC 2.218.10-62 –
Secretaria Municipal de Participação e Parceria –SMPP e Instituto de Organização Racional
do Trabalho – IDORT – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato
279/SMPP/2009, cujo objeto é a prestação, pela Contratada, de serviços de planejamento,
atividades de inclusão digital e apoio para gerenciamento do Programa de Inclusão Digital da
Cidade de São Paulo, está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em
72
conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 11) TC 1.813.06-02 – Recursos de
Maria Aparecida Perez e de Carlos Eli Gonçalves interpostos contra o V. Acórdão de
29/7/2009 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social – SMADS – Secretaria Municipal de Educação – SME e Círculo de
Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente – Atendimento às crianças de 0 a 6 anos e 11 meses
de idade por meio do Centro de Educação Infantil Parque Santa Madalena II 12) TC 359.07-
18 – Recursos "ex officio", de Sidnei Leriano e da Subprefeitura Ipiranga interpostos contra a
R. Decisão de Juízo Singular de 18/9/2007 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales –
Subprefeitura Ipiranga – Prestação de contas de adiantamento bancário – março/2005) 13)
TC 1.403.10-49 – Vereadora Juliana Cardoso – Secretaria Municipal da Saúde – SMS –
Representação solicitando a apuração de eventuais irregularidades no Contrato de Gestão
009/2008, firmado entre a Secretaria Municipal da Saúde – SMS e o Serviço Social da
Construção Civil do Estado de São Paulo – SECONCI, cujo objeto é a prestação de serviços
médicos especializados na área de Medicina Ambulatorial com recursos para a realização de
exames complementares, cuja prestação se dará na circunscrição da microrregião
Penha/Ermelino Matarazzo. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário,
nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento
Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi
deferido." (Certidões) 14) TC 1.829.06-34 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e
Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Pregão Presencial
057/2005 – Ata de Registro de Preços 001/SMG-DGSS-DME/2006 – Contrato 001/SMG-
DGSS-DME/2006 R$ 17.883.600,00 – Aquisição de 3.000.000 quilos de leite em pó integral
– Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 01, 02 e 04 (Tramita em
conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86, 2.057.06-49 e
2.058.06-01) 15) TC 2.056.06-86 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Cooperativa
Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Contrato 082/SMG-DGSS-
DME/2006 R$ 6.900.000,00 – Aquisição de 1.150.000 quilos de leite em pó integral –
Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 1 (Acomp. TC 1.829.06-
34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.057.06-49 e
2.058.06-01) 16) TC 2.057.06-49 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Cooperativa
Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Contrato 083/SMG-DGSS-
DME/2006 R$ 7.068.600,00 – Aquisição de 1.190.000 quilos de leite em pó integral –
Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 2 (Acomp. TC 1.829.06-
34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86 e
2.058.06-01) 17) TC 2.058.06-01 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Cooperativa
Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Contrato 084/SMG-DGSS-
DME/2006 R$ 7.246.800,00 – Aquisição de 1.220.000 quilos de leite em pó integral –
Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 4 (Acomp. TC 1.829.06-
34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86 e
2.057.06-49) 18) TC 1.828.06-71 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Tangará
Importadora e Exportadora S.A. – Contrato 003/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 6.350.400,00 –
Aquisição de 1.060.000 quilos de leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais
Programas de Alimentação – Lote 3 (Acomp. TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os
TCs 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86, 2.057.06-49 e 2.058.06-01) 19) TC 2.055.06-13
– Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Tangará Importadora e Exportadora S.A. –
Contrato 081/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 6.115.200,00 – Aquisição de 1.040.000 quilos de
leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 3
(Acomp. TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00,
2.056.06-86, 2.057.06-49 e 2.058.06-01) 20) TC 1.998.06-00 – Secretaria Municipal de
73
Gestão – SMG – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se a execução dos
contratos decorrentes do Pregão Presencial 057/2005, cujo objeto é a aquisição de leite em pó
– Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação, por meio de atas de registro de
preços, estão sendo realizados conforme as cláusulas das Atas de RP e dos contratos (Acomp.
TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 2.055.06-13, 2.056.06-86,
2.057.06-49 e 2.058.06-01). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio
Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do
Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que
foi deferido." (Certidões) 21) TC 6.429.04-71 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM e de Rejane Calixto Gonçalves interpostos contra a R. Decisão de
Juízo Singular de 06/12/2007 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS – Rejane Calixto Gonçalves – Prestação de contas de
adiantamento bancário – abril/2002. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio
Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do
Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que
foi deferido." (Certidão) 22) TC 143.02-84 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e
Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. – TA 001/2002 R$ 31.916.013,10 (prorrogação de
prazo e alteração do valor contratual), relativo ao Contrato 43/LIMPURB/01, no valor de R$
31.916.043,11, julgado em 13/12/2006 – Serviços e obras de operação, manutenção,
monitoramento e recuperação ambiental do Aterro Sanitário Bandeirantes. "O Conselheiro
Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo
para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 23) TC 1.643.08-38 –
Subprefeitura São Mateus e Construtora Anastácio Ltda. – Pregão 023/SMSP/SP-SM/2007 –
Contrato 018/SP-SM/2007 R$ 4.872.000,00 – Prestação de serviços para limpeza e
desassoreamento com remoção de material não inerte para destino final, conservação de áreas
do reservatório compreendendo áreas ajardinadas, caiação de muretas e elementos de
concreto, limpeza com equipamentos de alta pressão e desinfecção de áreas contaminadas por
inundações dos reservatórios de amortecimento de cheias da Subprefeitura, através de
empresa especializada 24) TC 2.770.06-29 – Vereador Paulo Frange (Câmara Municipal de
São Paulo – CMSP) – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Via Pública Instituto para o
Desenvolvimento da Gestão Pública e das Organizações de Interesse Público –
Representação em face do Termo de Parceria 001/2006, cujo objeto é a formação de vínculo
de cooperação entre os partícipes, para fomento, desenvolvimento e implantação de um novo
modelo de gestão dos serviços de saúde promovidos pela Secretaria, a fim de proporcionar
um melhor atendimento aos usuários, conforme Programa de Trabalho (Tramita em conjunto
com o TC 3.848.06-50) 25) TC 3.848.06-50 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Via
Pública Instituto para o Desenvolvimento da Gestão Pública e das Organizações de Interesse
Público – Termo de Parceria 001/2006 R$ 2.430.843,37 – Formação de vínculo de
cooperação entre os partícipes, para fomento, desenvolvimento e implantação de um novo
modelo de gestão dos serviços de saúde promovidos pela Secretaria, a fim de proporcionar
um melhor atendimento aos usuários, conforme Programa de Trabalho (Tramita em conjunto
com o TC 2.770.06-29). "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos
termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno
desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido."
(Certidões) 26) TC 3.278.01-39 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras –
SIURB e Jofege – Pavimentação e Construção Ltda. – Concorrência 001/00/SVP – Contrato
006/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e
serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias
74
públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária
– PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados
e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 1 (Tramita em
conjunto com os TCs 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79,
3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 27) TC 3.279.01-00 – Secretaria
Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Araguaia Construtora Brasileira de
Rodovias S.A. – Contrato 007/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de
pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e
comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de
Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados
parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas
beneficiadas – Área 2 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.280.01-80, 3.281.01-
43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 28) TC
3.280.01-80 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e
CONSTRUCAP CCPS – Engenharia e Comércio S.A. – Contrato 008/SIURB/2001 R$
33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras
complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município
de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os
valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários
de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 3 (Tramita em conjunto com os
TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31,
3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 29) TC 3.281.01-43 – Secretaria Municipal de
Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e SOEBE – Construção e Pavimentação Ltda. –
Contrato 009/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação
asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em
vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana
Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente
por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 4
(Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.282.01-06,
3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 30) TC 3.282.01-06 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Consórcio Pavipar –
Contrato 010/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação
asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em
vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana
Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente
por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 5
(Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43,
3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 31) TC 3.283.01-79 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Serveng-Civilsan S.A. –
Empresas Associadas de Engenharia – Contrato 011/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 –
Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do
Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços
custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias
públicas beneficiadas – Área 6 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00,
3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.284.01-31, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53)
32) TC 3.284.01-31 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e
Consórcio Queiróz Galvão – DUCTOR – Contrato 012/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 –
Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
75
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do
Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços
custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias
públicas beneficiadas – Área 7 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00,
3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53)
33) TC 3.285.01-02 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e
Consórcio Pavimentação Comunitária – Contrato 013/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 –
Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do
Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços
custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias
públicas beneficiadas – Área 8 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00,
3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.484.01-20 e 793.06-53)
34) TC 3.484.01-20 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e
Consórcio Pavimentação São Paulo – Contrato 027/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 –
Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do
Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços
custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias
públicas beneficiadas – Área 9 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00,
3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 793.06-53)
35) TC 793.06-53 – Vereador José Ferreira dos Santos – Vereador Paulo Roberto Fiorilo
(Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Petição – Solicitação de auditoria nos contratos
oriundos do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, firmados a partir de 2005
pelas Subprefeituras e Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP
(Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43,
3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20). "O Conselheiro
Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo
para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 36) TC 796.04-80 – São
Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas – ATECH
– Contrato 2003/106 R$ 8.250.012,00 – Prestação de serviços de apoio à gestão de contrato e
validação da integração do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e do Centro de Controle
Operacional Integrado de Transporte e Trânsito 37) TC 1.712.06-97 – Recurso da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interposto contra o V. Acórdão de 23/09/2009 –
Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Associação
Comunitária Monte Azul – Continuidade das atividades desenvolvidas pelo Programa Saúde
da Família em conjunção de esforços da Secretaria com a conveniada 38) TC 2.800.08-50 –
Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da Secretaria
Municipal de Educação e de Lígia Regina Vernilli interpostos contra a R. Decisão de Juízo
Singular de 1º/7/2009 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de
Educação – SME – Lígia Regina Vernilli – Prestação de contas de adiantamento bancário –
abril/2006 39) TC 2.013.09-16 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda
Municipal – PFM, da Secretaria Municipal de Educação – SME e de Magda Tuono Grahor
interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 25/02/2011 – Julgador Conselheiro
Edson Simões – Secretaria Municipal de Educação – SME – Magda Tuono Grahor –
Prestação de contas de adiantamento bancário – dezembro/2007 40) TC 3.176.04-01 –
Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interpostos em face da
R. Decisão de Juízo Singular de 30/11/2007 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim –
76
Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Walmir Vasconcelos – Prestação de contas de
adiantamento bancário – janeiro/2003 41) TC 1.866.09-03 – Recursos "ex officio", da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Paulo Cainé dos Santos Silva interpostos
contra a R. Decisão de Juízo Singular de 30/4/2010 – Julgador Conselheiro Edson Simões –
Secretaria Municipal de Educação – SME (Coordenadoria de Educação Ipiranga) – Paulo
Cainé dos Santos Silva – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2006
42) TC 2.126.09-02 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM,
da Secretaria Municipal de Educação – SME e de Lusmar Rocca Herrero interpostos contra a
R. Decisão de Juízo Singular de 18/02/2011 – Julgador Conselheiro Edson Simões –
Secretaria Municipal de Educação – SME – Lusmar Rocca Herrero – Prestação de contas de
adiantamento bancário – abril/2007 43) TC 3.101.07-55 – Recursos "ex officio" e de Helton
Ricardo Zucconi Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 07/11/2008 –
Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal de Relações Internacionais –
SMRI – Helton Ricardo Zucconi Silva – Prestação de contas de adiantamento bancário –
dezembro/2005. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos
do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta
Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido."
(Certidões) – CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – 1) TC 1.611.07-60 – Empresa
Municipal de Urbanização – EMURB (atual São Paulo Obras – SP-Obras/São Paulo
Urbanismo – SP-Urbanismo) – Acompanhamento – Verificar se o Edital da Concorrência
006970100 – EMURB, cujo objeto é a contratação de empresa especializada de engenharia
para execução do remanejamento das linhas de alta tensão, implantação da Alça de Acesso
Morumbi, incluindo o projeto executivo e execução das obras complementares necessárias à
operacionalização do Complexo Viário Real Parque, foi elaborado de acordo com os
dispositivos legais pertinentes (Tramita em conjunto com o TC 2.007.07-51) 2) TC
2.007.07-51 – CONSTRUCAP – CCPS Engenharia e Comércio S.A. – Empresa Municipal
de Urbanização – EMURB (atual São Paulo Obras – SP-Obras/São Paulo Urbanismo – SP-
Urbanismo) – Representação em face do Edital de Concorrência 006970100 – EMURB, cujo
objeto é a contratação de empresa especializada de engenharia para execução do
remanejamento das linhas de alta tensão, implantação da Alça de Acesso Morumbi, incluindo
o projeto executivo e execução das obras complementares necessárias à operacionalização do
Complexo Viário Real Parque (Tramita em conjunto com o TC 1.611.07-60) 3) TC
2.976.10-80 – Secretaria Municipal de Educação – SME – Acompanhamento – Verificar a
regularidade do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação
de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar,
visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-
sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos
alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino,
mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários,
fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos
alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários
das unidades educacionais, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito (Tramita
em conjunto com os TCs 3.066.10-51, 123.11-68 e 127.11-19) 4) TC 3.066.10-51 – Stillus
Alimentação Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação, com pedido
de suspensão liminar, em face do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo
objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e
alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em
condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e
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dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais
da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e
demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e
manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de
obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização
de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais (Tramita em conjunto com os
TCs 2.976.10-80, 123.11-68 e 127.11-19) 5) TC 123.11-68 – Fernanda de Oliveira Caldeira
– Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do edital do Pregão
Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a
prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de
alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos
padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em
unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os
gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística,
supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento
de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e
higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais (Tramita em
conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 127.11-19) 6) TC 127.11-19 – E. B.
Alimentação Escolar Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em
face do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de
empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando
ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias
adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos
regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante
o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento
dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos
utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos,
distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades
educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 123.11-68). "O
Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso
III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do
prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 7) TC 1.972.08-
70 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Centro de Estudos e Pesquisas Doutor João
Amorim – CEJAM – Convênio 005/2008–SMS.G R$ 1.268.975,18, TAs 001/2008 (para
fazer constar que a data de início da vigência do Convênio é 28/12/2007 e não como constou)
e 002/2008 R$ 6.130.572,62 (prorrogação de prazo) – Conjunção de esforços para a
implantação, implementação e execução de ações de saúde no Município de São Paulo, em
regime de cooperação técnica, administrativa e científica em matéria de interesse recíproco
dos partícipes delimitados neste convênio, com vistas a assegurar que a Assistência Médica
Ambulatorial – AMA torne-se um núcleo de atendimento resolutivo para a Região Sul,
atendendo à demanda não agendada aos portadores de patologia de baixa e média
complexidade de forma resolutiva e qualificada cumprindo as diretrizes e metas estabelecidas
pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde 8) TC 1.653.08-91 – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS e Centro de Estudos e Pesquisas Doutor João Amorim – CEJAM
– Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Convênio 005/2008–SMS.G,
cujo objeto é a conjunção de esforços para a implantação, implementação e execução de
ações de saúde no Município de São Paulo, em regime de cooperação técnica, administrativa
e científica em matéria de interesse recíproco dos partícipes delimitados neste convênio, com
vistas a assegurar que a Assistência Médica Ambulatorial – AMA torne-se um núcleo de
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atendimento resolutivo para a Região Sul, atendendo à demanda não agendada aos portadores
de patologia de baixa e média complexidade de forma resolutiva e qualificada cumprindo as
diretrizes e metas estabelecidas pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde, está
sendo executado de acordo com o Plano de Trabalho, com ênfase na regularidade das
prestações de contas. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio
Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do
Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que
foi deferido." (Certidões) 9) TC 2.733.04-30 – Recursos da Procuradoria da Fazenda
Municipal – PFM, da empresa Consladel Construtora e Laços Detetores Ltda. e de Roberto
Luiz Bortolotto interpostos contra o V. Acórdão de 16/4/2008 – Relator Conselheiro Edson
Simões – Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras – SIURB e Consórcio
Alusa – Consladel – Start – Serviços técnicos e fornecimento de materiais para ampliação do
Sistema de Iluminação Pública, estimado em 40 mil novos pontos, incluindo atividades
acessórias de remodelação nas Unidades adjacentes (Tramita em conjunto com os TCs
3.416.03-32 e 3.510.03-09) (Julgados os autos, retorno à pauta, por ter sido relatado
englobadamente com o Processo TC 3.510.03-09) 10) TC 3.510.03-09 – Recursos da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Michael Maurice Warren, Tania de Carvalho
Pizzi, José Roberto Reis, Aurélio Pavão de Farias e de Marcos de Oliveira Rossi, interpostos
contra o V. Acórdão de 16/4/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria
Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras – SIURB – Acompanhamento da Concorrência
1.002/03/SIURB, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos e fornecimento de materiais
para ampliação do Sistema de Iluminação Pública, estimado em 40 mil novos pontos,
incluindo atividades acessórias de remodelação nas Unidades adjacentes (Tramita em
conjunto com os TCs 2.733.04-30 e 3.416.03-32). "O Conselheiro Maurício Faria requereu
ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182,
ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados
processos, o que foi deferido." (Certidões) – CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – 1)
TC 1.416.06-04 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Município de São Paulo S.A. – PRODAM/SP – S.A. –
Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 049/2005 – SMS-G, cujo
objeto é a prestação de serviços na áreas de informática e telecomunicações, está atendendo
aos seus objetivos 2) TC 2.569.05-70 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Clínica e
Nefrologia Leste S/C Ltda. – Contrato 105/2004-SMS-G R$ 371.117,77 est. – TA 001/2004
R$ 24.586.584,00 (modificação dos valores de repasses, a contar de 22/09/2004, custeados
pelo Fundo Nacional de Saúde) – Execução de serviços de Terapia Renal Substitutiva, a
serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, nos limites quantitativos, que serão
distribuídos por níveis de complexidade e seguirão as normas do Sistema Único de Saúde –
SUS (Tramita em conjunto com o TC 2.431.05-52) 3) TC 2.431.05-52 – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS e Clínica e Nefrologia Leste S/C Ltda. – Acompanhamento –
Execução Contratual – Verificar se o Contrato 105/2004-SMS-G, cujo objeto é a execução de
serviços de Terapia Renal Substitutiva, a serem prestados a qualquer indivíduo que deles
necessite, nos limites quantitativos, que serão distribuídos por níveis de complexidade e
seguirão as normas do Sistema Único de Saúde – SUS, está sendo executado conforme o
pactuado (Tramita em conjunto com o TC 2.569.05-70) 4) TC 1.014.07-81 – Recursos "ex
officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Hélvio Pereira dos Santos
interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 03/02/2009 – Julgador Conselheiro
Edson Simões – Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo Municipal de Saúde) – Hélvio
Pereira dos Santos – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2003 5) TC
1.016.07-07 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de
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Hélvio Pereira dos Santos interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 15/10/2008 –
Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo
Municipal de Saúde) – Hélvio Pereira dos Santos – Prestação de contas de adiantamento
bancário – novembro/2003. "O Conselheiro Domingos Dissei – Revisor requereu ao Egrégio
Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do
Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que
foi deferido." (Certidões) Prosseguindo, o Conselheiro Presidente Edson Simões concedeu a
palavra aos Senhores Conselheiros, bem como à Procuradoria da Fazenda Municipal, para as
considerações finais. Por derradeiro, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para a
Sessão Ordinária 2.636ª, a se realizar no próximo dia 19 de setembro, quarta-feira, às 15
horas, e, em seguida, para as Sessões Extraordinárias 2.637ª e 2.638ª, destinadas ao
julgamento das Contas da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do
Município de São Paulo – Prodam-SP S.A., exercícios de 2007 e 2008, respectivamente.
Nada mais havendo a tratar, às 17h10min, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi
lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim, Murilo Magalhães Castro,
____________________________, Secretário Geral, e assinada pelo Presidente, pelos
Conselheiros, pela Procuradora Chefe da Fazenda e pelos Procuradores. São Paulo, 13 de
setembro de 2012.
_______________________________ EDSON SIMÕES
Presidente
________________________ __________________________ ROBERTO BRAGUIM EURÍPEDES SALES Vice-Presidente Conselheiro
_________________________ __________________________ MAURÍCIO FARIA DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro
__________________________________ MARIA HERMÍNIA P. P. S. MOCCIA
Procuradora Chefe da Fazenda
80
____________________________ _______________________________ FÁBIO COSTA COUTO FILHO MARCIA DONATTI GUBERT Procurador da Fazenda Procuradora da Fazenda
__________________________________ CLAUDIA ADRI DE VASCONCELLOS
Procuradora da Fazenda
LSR/amc/mfc/mcam/smvo/mo/am ATA DA 2.631ª SESSÃO (ORDINÁRIA)