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trabalho cademico
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERPCENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CINCIAS CONTÁBEIS
AUDITORIA
Esta Atividade Prática Supervisionada (ATPS) foi realizada para desenvolvermos um trabalho acadêmico, para fins de complementar a nota da disciplina Auditoria, no Centro de Educação a Distancia Uniderp
Taguatinga - DF
2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERPCENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
AUDITORIA
Participantes do Grupo:
DANILO HENRIQUE R. DO NASCIMENTO RA.: 1299900135
Ciências Contábeis – 6º SemestreUniversidade Anhanguera - UNIDERP
Taguatinga - DF
Sumário
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
ETAPA 1:
Passo 2 - ......................................................................................................................5 a 7
ETAPA 2 :
Passo 2 - .......................................................................................................................................7 e 8
ETAPA 3:
Passo 2 - ...................................................................................................................................9 e 10
ETAPA 4:
Passo 3 - ...................................................................................................................................11a 16
CONCLUSÃO.....................................................................................................................17
BIBLIOGRAGIA................................................................................................................18
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INTRODUÇÃO
1 – INTRODUÇÃO A DISCIPLINA DE AUDITORIA
O presente trabalho é sobre a disciplina de Auditoria, que consiste em
um exame sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, que
tem o objetivo de averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e/ou
estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão de acordo com os
padrões de contabilidade aceitáveis.
O objetivo deste trabalho é a realização de um relatório acadêmico, com base
nas etapas da ATPS, onde será abordado na Etapa 1, os conceitos, os tipos de auditoria, as
responsabilidades do auditor e sua postura diante das entidades. Na Etapa 2 faremos um
quadro com as principais demonstrações de uma entidade auditada por um auditor externo,
explicaremos os objetivos dessas demonstrações e qual a finalidade de se auditar cada uma
delas. Na Etapa 3, faremos um outro quadro, referindo-nos ao planejamento da auditoria,
definindo seus significados e suas funções .E Por ultimo na Etapa 4, falaremos a respeito da
carta de Responsabilidade e a Lei Sox, onde faremos uma resenha explicando suas finalidade
e procedimento.
Para a realização desta ATPS nos baseamos na leitura do Livro- texto, Uma
Abordagem Pratica com Ênfase na Auditoria Externa, 3ª edição, de Lins, Luiz dos Santos, e
nos artigos propostos pela faculdade, e em pesquisas em websites, o que nos possibilitou a
finalização da ATPS.
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ETAPA 1
Passo 2
Responder as questões apresentadas a seguir, com base no capítulo do livro lido, justificando as respostas.
1 - Explicar o que é Auditoria.
Segundo Franco e Marra (2004, p. 28) Auditoria, seja esta interna ou externa,
compreende o exame, a conferência, a inspeção e obtenção de informações e confirmações da
analise dos dados fornecidos pela contabilidade relativos ao controle patrimonial, com o
intuito de mensurar a exatidão desses dados e das demonstrações contábeis deles decorrentes.
Os exames são feitos de acordo com as norma de auditoria usualmente aceitas e os
procedimentos necessários usados pelos auditores em cada situação com o objetivo de
comprovar se os registros foram executados de acordo com os princípios fundamentais e
normas de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem
adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio e outras situações nelas
demonstradas.
2- Quais os tipos de auditoria existentes? Explicar cada um.
Existem dois tipos de Auditoria:
Auditoria Interna: é aquela em que existe vinculo empregatício, ou seja, é realizada
por um auditor da própria empresa, visando manter uma avaliação constante do desempenho
de todas as áreas da empresa. Segundo NBC 01 compreende exames, análises avaliações,
levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturado para avaliação de
integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos dos sistemas de
informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com
vistas a assistir a administração de entidade no cumprimento de seus objetivos.
Auditoria Externa ou Independente: é aquela executada por profissional
independente, ou seja, que não tem ligação com a empresa que será auditada. Sua contratação
é feita mediante contrato de prestação de serviços. Para Lins(2012), de maneira geral, a
finalidade da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
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por parte dos seus usuários. Compreende expressar uma opnião através da emissão de uma
parecer sobre as demonstrações contábeis da empresa auditada no período sob exame e
assegurar que estas foram elaboradas em todos os aspectos relevantes, em conformidades com
as normas brasileiras de contabilidade e legislação especifica aplicáveis.
3 – Quais as responsabilidades do auditor externo e do auditado?
A Carta de Responsabilidade da Administração é o documento emitido pelos Administradores
da entidade auditada e endereçada ao auditor independente, confirmando as informações e
dados fornecidos ao auditor, as bases de preparação, apresentação e divulgação das
demonstrações contábeis submetidas à auditoria Sua emissão passou a ser obrigatória a partir
das Normas de Auditoria Independente, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade,
através da Resolução n.º 700 – item 11.2.14 de 24.04.91 e que entraram em vigor em 1º de
junho de 1991. NBC T11 – IT 01.
O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstrações contábeis,
deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja
possível identificar e compreender as transações realizadas pela mesma e as práticas contábeis
aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da
entidade, e o parecer a ser por ele emitido sobre as demonstrações contábeis. Sua
responsabilidade conforme a NBC P1, O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na
realização dos trabalhos e na exposição de suas conclusões.
4 – Qual a postura que um auditor deve ter? Explicar.
O auditor deve ser independente, não podendo deixar-se influenciar por fatores estranhos, por
preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou afetivos que resultem perda, efetiva
ou aparente, de sua independência. Ao opinar sobre as demonstrações contábeis o auditor
deve ser imparcial. O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a
descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua
ocorrência. Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as demonstrações
contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso não tenha feito ressalva
específica em seu parecer, demonstrar, mediante, inclusive, a exibição de seus papéis de
trabalho ao Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, bem
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como pelos órgãos reguladores e fiscalizadores de atividades específicas, que seus exames
foram conduzidos de forma a atender as Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis e as presentes normas. NBC P1.
ETAPA 2
Passo 2
Elaborar um quadro, contendo as explicações de qual é o objetivo de cada demonstração contábil bem como a sua finalidade. O quadro deverá ser desenvolvido em formato de tópicos, com três colunas: uma delas informando as demonstrações auditadas; a segunda coluna, qual o objetivo da demonstração; e a terceira contendo uma breve explicação sobre a finalidade de se auditar:
Demonstrações Auditadas
Demonstração Qual o objetivo desta demonstração?
Qual a finalidade de se auditar?
Balanço Patrimonial É apresentar, de uma forma ordenada e padronizada, a situação econômica e financeira de uma empresa num determinado momento.
Verificar se as ações ou títulos de propriedade do capital social foram adequadamente emitidos, se as normas descritas nos estatutos sociais foram cumpridas;
Demonstrações das Mutações do patrimônio Líquido (DMPL)
É demonstrar as modificações ocorridas durante o exercício em todas as contas que compõem o grupo do Patrimônio Líquido.
Saber se foram aplicados os princípios fundamentais de contabilidade, e se o patrimônio líquido está classificado corretamente no balanço patrimonial.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
É detalhar todos os pontos que compõem o resultado líquido da empresa dentro do período escolhido para análise. Seu papel é catalogar todas as contas que fazem parte do balanço patrimonial a partir do confronto de receitas, custos
Assegurar que os valores considerados na DFC são pertinentes e demonstram corretamente a variação das disponibilidades da empresa no período. b) Assegurar que todos os valores estão devidamente contabilizados.
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e despesas, o que permite justificar o resultado líquido atingido.
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
Indicar quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo
Sua finalidade é assegurar que os valores considerados na DFC são pertinentes e demonstram corretamente a variação das disponibilidades da empresa no período. E assegurar que todos os valores estão devidamente contabilizados.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
Demonstrar aos usuários das Demonstrações Contábeis informações acerca da riqueza criada pelas empresas e de que forma elas foram distribuídas num determinado período.
A demonstração do valor adicionado consiste em relacionar seus numerários com aqueles constantes na DRE e balanço patrimonial. Esta demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período.
Notas Explicativas Complementar as demonstrações contábeis mostrando os critérios contábeis utilizados pelas organizações, inclusive a composição do saldo de determinadas contas, os métodos de depreciação e critérios de avaliação dos elementos patrimoniais.
tem por objetivo verificar a ocorrência de eventos;
Fonte: Danilo Henrique R. Do Nascimento
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ETAPA 3
Passo 2
Elaborar um quadro, em formato de tópicos, com duas colunas: uma delas informando
os pontos principais do capítulo do Livro-Texto no que se refere ao planejamento de
auditoria, e a outra contendo a explicação do que significa este tópico e sua importância
no planejamento.
Planejamento de Auditoria Significado e Função
Controles internos É destinado à fiscalização e à verificação da prática administrativa, abrangendo o plano de organização e todos os métodos e medidas para resguardar o patrimônio da empresa. Tem a função de verificar a exatidão das transações e a garantia dos dados gerados, além de desenvolver a eficiência operacional, estabelecendo obediência às diretrizes administrativas estabelecidas.
Sistema de informações Verifica se as informações armazenadas em meio eletrônico atendem aos requisitos de confiança e segurança e se os controles internos foram implementados e se são efetivos.
Procedimentos de conhecimento das atividades do cliente
O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior. O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade. Os riscos de auditoria e identificação das importantes da entidade, seja pelo volume de transações ou pela complexidade de suas atividades. A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem plicados. A existência de entidades associativas, filiais e partes relacionadas. O uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos.A natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem entregues à entidade. A necessidade de atender a prazos estabelecidos por entidades regulamentadoras ou fiscalizadoras e para prestar
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informações aos demais usuários externos.
Relevância É a influência que a omissão ou mesmo apenas a distorção de uma informaçãoacarreta na decisão do usuário dessa informação dentro das demonstrações contábeis. Essas omissões ou distorções são causadas em função de erros ou fraudes. Sua função é determinar a relevância, quantificada e documentada nos papéis de trabalho; determinar a natureza, época e a extensão dos procedimentos de auditoria.e avaliar o efeito de distorções identificadas.
Materialidade Significa os valores fixados pelo auditor inferiores ao considerado relevantepara as demonstrações contábeis como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de queas distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto excedam a materialidade para as demonstrações contábeiscomo um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se também aos valores fixados pelo auditorinferiores ao nível de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações
Risco de auditoria De acordo com Lins (2012), risco de auditoria consiste na possibilidade de o auditor emitir uma opinião inadequada sobre demonstrações contábeis (DC) significativamente incorretas.
Fonte: Danilo Henrique R. Do Nascimento
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ETAPA 4
Passo 3
Elaborar, com base na leitura do Capítulo 6 e dos artigos, uma resenha de no máximo três páginas, explicando a importância da carta de responsabilidade, o porquê da criação da Lei Sarbanes-Oxley e seus impactos causados nas empresas de auditoria.
Carta de Responsabilidade
Segundo as informações contidas no capitulo 5, do Livro Auditoria: Uma Abordagem Prática com ênfase na Auditoria Externa, 3ª Edição, de autoria de Luiz Santos Lins:
A carta de responsabilidade é o documento que deve ser emitido pelos administradores da entidade, cujas Demonstrações Contábeis estão sendo auditadas. Essa carta é endereçada ao auditor independente, confirmando as informações e os dados a ele fornecidos, assim como as bases de preparação, apresentação e divulgação das Demonstrações Contábeis submetidas para exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.
A carta de responsabilidade é emitida no final dos trabalhos da auditoria, contendo a mesma
data do parecer sobre as demonstrações contábeis, tendo como objetivo o auditor
independente ao receber a carta responsabilidade:
a) Atender as normas de auditoria independente;
b) Obter evidencia auditorial por escrito;
c) Delimitar as responsabilidades do auditor e da administração;
d) Dar mais confiabilidade às informações verbais obtidas durante a auditoria;
e) Dar garantia ao auditor independente quanto às responsabilidades posteriores à
realização do trabalho, onde o nome do audito esteja diretamente envolvido, tais como
a apresentação das demonstrações aos sócios ou acionistas, a divulgação perante
terceiros e outras;
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f) Possibilitar esclarecimento sobre pontos não constantes das demonstrações contábeis,
tais como contingências ou responsabilidades não divulgadas, possibilidades efetivas
de realização de determinados ativos e também aspectos de continuidade operacional;
A carta deve ser assinada pelos administradores primários da entidade, pelo contador
responsável pelas demonstrações contábeis, podendo também em determinadas
circunstancias, o auditor exigir que outros membros da entidade, assinem a carta de
responsabilidade.
As informações da carta de responsabilidade da entidade auditada apresentadas ao auditor,
não anula a importância de o auditor de obter evidencias sobre as transações realizadas, pois
esta não impede os procedimentos de auditoria.
Caso a entidade se recuse a conceder a carta de responsabilidade ao auditor, limitará o escopo
do exame.
Desta forma, considera-se a importância da carta de responsabilidade num trabalho de
auditoria, pois esta, tendo em vista as obrigações e as informações contidas em sua
elaboração, viabiliza e assume uma posição de confiabilidade entre a entidade auditada e ao
auditor independente, e aos demais órgãos fiscalizadores, onde as informações são declaradas
verdadeiras e essenciais para que o auditor independente, possa alcançar seu objetivo, sendo
este, após as analises, emitir parecer sobre as demonstrações contábeis.
Lei Sarbanes-Oxley(SOx)
A Lei Sarbanes-Oxley (Sarbanes-Oxley Act, normalmente abreviada em SOx ou Sarbox) é
uma lei dos Estados Unidos criada em 30 de julho de 2002 por iniciativa do senador Paul
Sarbanes (Democrata) e do deputado Michael Oxley (Republicano). Segundo a maioria dos
analistas esta lei representa a maior reforma do mercado de capitais americano desde a
introdução de sua regulamentação, logo após a crise financeira de 1929.
A criação desta lei foi uma conseqüência das fraudes e escândalos contábeis que, na época,
atingiram grandes corporações nos Estados Unidos (Enron, Arthur Andersen, WorldCom,
Xerox etc...), e teve como intuito tentar evitar a fuga dos investidores causada pela
insegurança e perda de confiança em relação as escriturações contábeis e aos princípios de
governança nas empresas.
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A SOx se aplica a todas as empresas, sejam elas americanas ou estrangeiras, que tenham
ações registradas na SEC (Securities and Exchange Comission, o equivalente americano da
CVM brasileira). Isso inclui as empresas estrangeiras que possuem programas de ADRs
(American Depositary Receipts), do nível 2 ou 3, nas bolsas de valores dos EUA.
Dividida em onze títulos (capítulos), com um número variável de seções cada um, totalizando
69 seções (artigos), a SOx obriga as empresas a reestruturarem processos para aumentar os
controles, a segurança e a transparência na condução dos negócios, na administração
financeira, nas escriturações contábeis e na gestão e divulgação das informações. Na prática
define por lei e rende obrigatórias uma série de medidas que já eram consideradas, no mundo
todo, como práticas de boa governança corporativa.
A SOx prevê a criação, nas empresas, de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis,
definindo regras para a criação de comitês encarregados de supervisionar suas atividades e
operações, formados em boa parte por membros independentes. Isso com o intuito explícito e
evitar a ocorrência de fraudes e criar meios de identificá-las quando ocorrem, reduzindo os
riscos nos negócios e garantindo a transparência na gestão.
A SOx torna os Diretores Executivos e Diretores Financeiros explicitamente responsáveis por
estabelecer e monitorar a eficácia dos controles internos em relação aos relatórios financeiros
e a divulgação de informações. As empresas de auditoria e os advogados contratados ganham
maior independência, mas também aumenta muito o grau de responsabilidade sobre seus atos.
Também aumenta muito a regulamentação sobre as modalidades de contratação de tais
serviços (auditoria, legais etc...), sobre o relacionamento entre empresa e estes prestadores de
serviços e sobre os limites de atuação (serviços que podem e não podem ser prestados) e a
gestão de eventuais conflitos de interesses.
Para supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas a SOx, foi criado o Public
Company Accounting Oversight Board (PCAOB ou seja Conselho de Auditores de
Companhias Abertas) que tem a missão de estabelecer as normas de auditoria, controle de
qualidade, ética e independência em relação aos processos de inspeção e a emissão dos
relatórios de auditoria. São previstas inspeções às empresas de auditoria para obrigá-las a
cumprir as regras estabelecidas e estar sempre em consonância com a SEC. Os auditores de
empresas sujeitas a SOx deverão registrar-se no PCAOB.
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A SOx se refere de forma explícita aos GAAP (Generally Accepted Accounting Principles),
na versão US GAAP, para a definição de quais sejam as normas e práticas contábeis a serem
aplicadas. É em andamento, sob a coordenação da SEC, um processo oficial de adoção do
padrão IFRS (International Financial Reporting Standards), de influência européia e
administrado pelo IASB (International Accounting Standards Board), no lugar do US GAAP,
que deverá se concluir até 2016. Outra legislação relevante e explicitamente mencionada na
SOx é o Securities Exchange Act de 1934.
As penalidades pelo descumprimento da SOx, em relação a integridade e fidedignidade das
demonstrações financeiras e a certificação de demonstrativos em desacordo com a lei, são
uma multa de até USD 1.000.000 e/ou a reclusão por até 10 anos. Quando o descumprimento
da lei for intencional (normalmente com finalidades fraudulentas) a multa aumenta para até
USD 5.000.000 e a reclusão pode chegar a 20 anos.
Os principais artigos da SOx (divididos por categoria) são os seguintes:
PCAOB:
Artigo 101: Cria o Public Company Accounting Oversight Board.
Artigo 102: Trata da organização do PCAOB e de suas atribuições.
Artigo 103: Define regras e padrões de auditoria, controle de qualidade e
independência.
Artigo 104: Determina que o PCAOB crie um programa permanente de inspeção nas
empresas de auditoria registradas na SEC.
Artigo 109: Define o financiamento e taxas de funcionamento do PCAOB.
Independência do auditor:
Artigo 201: Define serviços que são proibidos para os auditores dentro das
companhias que auditam.
Artigo 202: Determina a necessidade da aprovação prévia do comitê de auditoria para
qualquer outro serviço prestado pelos auditores independentes da companhia.
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Artigo 203: Determina a rotatividade a cada 5 anos do sócio responsável por cada
cliente, em empresa de auditoria.
Artigo 204: Cria regras para comunicação entre os auditores contratados e o comitê de
auditoria da companhia.
Responsabilidades da empresa:
Artigo 301: Define as funções atribuídas e nível de independência do comitê de
auditoria em relação à direção da empresa.
Artigo 302: Determina a responsabilidade dos diretores das empresas, que devem
assinar os relatórios certificando que as demonstrações e outras informações financeiras
incluídas no relatório do período, apresentam todos os fatos materiais e que não contém
nenhuma declaração falsa ou que fatos materiais tenham sido omitidos. Também devem
declarar que divulgaram todas e quaisquer deficiências significativas de controles,
insuficiências materiais e atos de fraude ao seu Comitê de Auditoria.
Artigo 303: Proíbe a conduta imprópria de auditor por influência fraudulenta, coação
ou manipulação, não importando se intencional ou por negligência. Proíbe diretores e
funcionários da empresa de tomar qualquer medida para influenciar os auditores.
Artigo 305: Define as responsabilidades e penalidades a cargo dos diretores da
empresa.
Artigo 307: Cria regras de responsabilidade para advogados obrigando-os a relatar
evidências de violação importante da companhia para a qual prestam serviços, devendo
reportar-se ao comitê de auditoria, se não forem ouvidos pela diretoria.
Aprimoramento das divulgações financeiras:
Artigo 401: Obriga a divulgação das informações trimestrais e anuais sobre todo fato
material não relacionado com o balanço, patrimonial, tais como: transações, acordos,
obrigações realizadas com entidades não consolidadas, contingências e outras. Também
exige a divulgação de informações financeiras não relacionadas com as normas geralmente
aceitas (de acordo com o GAAP).
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Artigo 402: Obriga a divulgação das principais transações envolvendo a diretoria e os
principais acionistas da companhia. Nenhum diretor ou funcionário graduado de companhia
aberta poderá receber, direta ou indiretamente, empréstimos em companhia aberta.
Artigo 404: Determina uma avaliação anual dos controles e procedimentos internos
para a emissão de relatórios financeiros. Além disso, o auditor independente deve emitir um
relatório distinto que ateste a asserção da administração sobre a eficácia dos controles
internos e dos procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros.
Artigo 406: Define o Código de ética para os administradores, alta gerência e gerência.
Artigo 409: Obriga a divulgação imediata e atual de informações adicionais relativas a
mudanças importantes na situação financeiras ou nas operações da companhia.
Responsabilidade por fraude corporativa ou criminal:
Artigo 802: Define as penalidades criminais por alteração / destruição / falsificação de
documentos a serem utilizados nas vistorias da SEC.
Artigo 806: Cria os meios de proteção aos funcionários de empresas de capital aberto
que denunciarem fraude na companhia em que trabalham.
Artigo 807: Define as penalidades criminais por prejudicar acionistas minoritários de
empresas de capital aberto com informações inverídicas.
Aumento das penalidades para crimes de colarinho branco:
Artigo 906: Aumenta a responsabilidade da diretoria sobre as demonstrações
financeiras e define as penalidades para as infrações.
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CONCLUSÃO:
O desenvolvimento deste trabalho foi primordial, pois é de grande importância no
ramo da contabilidade, entendermos e conhecermos como funcionam os processos auditorias,
bem como suas leis que regem os seus procedimentos e o benefício gerados após o parecer
contábil.
E com relevância no estudo, compreende-se que a auditoria, sendo este um trabalho
realizado por auditores independentes, e que objetiva constatar se as informações relativas às
demonstrações contábeis apresentadas pela entidade auditada, estão dentro das normas de
contabilidades aceitáveis, é imprescindível para qualquer entidade, pois além de fomentar as
informações constantes das demonstrações junto aos órgão fiscalizadores, este gera maior
confiabilidade junto a terceiros, e fornece maior tranqüilidade para os contadores e para os
próprios administradores das entidades auditadas.
O trabalho de auditoria foi muito importante para o nosso conhecimento uma vez que
nos proporcionou maior entendimento de como funciona o trabalho de um auditor externo
numa empresa, sua importância para as entidades, bem como favoreceu em nosso
aperfeiçoamento como contadores, pois nos possibilitou uma maior segurança, e preparo para
no futuro exercermos tal profissão caso desejarmos.
18
Bibliográficas
1.LINS, Luiz dos S. Auditoria: Uma abordagem Prática com ênfase na Auditoria Externa.
SãoPaulo: Atlas, 2011. PLT 538.
2.Site: http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/p1.htm. Acesso em: 01 de Setembro
2015
3.Site. http://contaazul.com/blog/o-que-e-auditoria-contabil/. Acesso em: 01 de Setembro
2015
4.FARIS, Fabiana. Principais Impactos da Sarbanes Oxley Act. ConTexto, Porto Alegre,
v.4, n.6, 1º semestre 2004. Disponível em:
<http://www.sel.eesc.usp.br/informatica/graduacao/material/etica/private/prin
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5. Site. http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1101.htm. Acesso em: 05 de Setembro
2015
6.Site. http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/0458_0537_01.pdf Acesso
em: 05 de Setembro 2015
7.Site. http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/auditoria-responsabilidade-etica.htm
Acesso em: 06 de Setembro 2015
8. Site. http://cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbcta240ind Acesso em: 06 de Setembro 2015
9.Site.http://www.contabeis.com.br/forum/topicos/112006/auditado-auditoria-externa/ Acesso
em: 09 de Setembro 2015