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educação de jovens e adultos

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  • UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP CENTRO DE EDUCAO A DISTNCIAFACULDADE ANHANGUERA SUMAR CURSO DE PEDAGOGIAClaudia Aparecida Matos Casado RA:7331532908Helena Alves de Lima RA:7319550142Juliana dos Santos Silva RA:6767374545Rosineide Ramos de Oliveira RA:6948483706

    Atividade entregue como requisito para concluso da disciplina Educao de Jovens e Adultos, sob orientao do professor tutor presencial Juliana Coltro.Sumar SP2015Educao de Jovens e Adultos: Plano de Aula

  • INTRODUO O presente trabalho tem como objetivo contemplar e analisar a Educao de Jovens e Adultos (EJA). Em seu desenvolvimento caracterizamos os alunos,elaboramos objetivos de trabalho, discorremos sobre as contribuies de Paulo Freire e desenvolvemos um plano de aula na disciplina de Lngua Portuguesa.

  • QUAIS AS CARACTERISTICAS DOS EDUCANDOS DA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS A Educao de Jovens e Adultos (EJA) foi regulamentada no artigo 37, da lei n 9394 de 20 de dezembro de 1996. Teve como objetivo atender aos jovens e adultos que no puderam ou no tiveram a oportunidade de ter uma educao bsica em sua poca. A EJA por ter um padro de leitura, escrita, ortografia, tambm tem interpretao de contedos envolvendo as palavras e os discursos. H trs concepes influentes de educao: A metodologia da prtica de ensino que tem a utilizao de materiais didticos para facilitar a leitura e a escrita, a outra a educao que se baseia no dilogo em processos dialgicos que levam ao desenvolvimento da conscincia crtica e a terceira a prtica que tem como foco o contedo social. Atualmente, 20% dos alunos da EJA tm idade entre 15 e 17 anos. Os motivos pelos quais esses alunos no esto freqentando a educao bsica regular so vrios, desde aspectos sociais at problemas no prprio sistema educacional. Pode-se citar trs grandes causas sociais a que isso se refere: 1) Vulnerabilidade ; 2) Trabalho; e 3) Gravidez Precoce. Quanto vulnerabilidade, explica-se em casos em que os alunos enfrentam pobreza extrema, uso de drogas, explorao juvenil e a violncia. Com tantos problemas, o aluno no tem como prioridade a Educao e com isso abandonam a escola varias vezes e quando decidem voltar o que lhes resta o EJA. Tambm devido a necessidade de compor a renda familiar, muitos alunos deixam o ensino fundamental regular para trabalhar. Com isso, a dificuldade em conciliar estudos com trabalho grande, ento mudam para as turmas de EJA noturnas. Outro aspecto, que afeta, no s, mas em grande maioria as meninas a chegada do primeiro filho. Com a responsabilidade de ento cuidar do seu bebe, muitas deixam de freqentar a escola e quando conseguem retornar, tempos depois, vo para as salas de EJA. Quanto aos problemas no sistema educacional pode-se citar quatro aspectos: 1) Reprovao por evaso; 2) Distncia da escola no campo; 3) Desmotivao; e 4) Deciso do Gestor.

  • Um estudo do MEC aponta que a repetncia em salas de alunos de 8 e 9 anos s no so maiores por conta do grande numero de evaso escolar. Esse numero, se visto desde o 2 ano crescente em toda a sua fase. Tambm, com o intuito de diminuir gastos e garantir que os professores alcancem o numero mnimo de aulas, as salas na zona rural so centralizadas. Se por um lado essa situao positiva, por outra, no. Com essa centralizao as distncias para alguns alunos so muito grandes e acabam se tornando um empecilho para que consigam seguir nos estudos. O desinteresse dos alunos quanto a escola so motivos suficientes para que vrios alunos deixem de estudar. Essa falta de interesse corresponde no s ao currculo mas tambm a forma com que trabalhada. Com o propsito de sanar problemas de indisciplina, muitos gestores de escola empurram esses alunos para as salas de EJA para que assim evite que os resultados da escola nas avaliaes externas piorem. Para que esse problema no se repita necessrio investir em formao e conscientizao dos gestores. De acordo com Paulo Freire em sua prtica pedaggica, a leveza e a alegria esto presentes na msica. O educador precisa ter criatividade e usar a msica como forma de trazer o aluno para a sala de aula, dever utilizar desses meios para se conseguir um aprendizado de forma prazerosa que no cansativa. A educao por meio da msica leva o aluno a se expressar melhor, ter um desenvolvimento satisfatrio e criar laos de amizades nas atividades em grupos. atravs de experincias pedaggicas interdisciplinares que se resgatam conhecimentos de culturas letradas e orais. A msica um elemento importante no processo de alfabetizao, quando usada corretamente como mtodo de aprendizagem mostra um resultado participativo e eficaz por parte dos alunos. Os profissionais da EJA devem levar em considerao as experincias vividas pelos alunos e incentiv-los na continuao dos estudos.

  • DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O EJA O adulto j vem para a escola com o domnio da leitura e da escrita, das operaes matemticas bsicas e de alguns conhecimentos sobre a natureza e a sociedade que compem as disciplinas curriculares. Os objetivos gerais da Educao de jovens e adultos, fazer com que o educando consiga dominar a leitura e a escrita, consiga desenvolver os quatros operaes e tenha noo no meio em que vive de sua cultura, de seus direitos e deveres perante a sociedade. Emilia Ferreiro trouxe uma contribuio muito importante para a educao de adultos analfabetos analisando a leitura e a escrita percebeu que eles conseguiam fazer uma escrita baseada em seus conhecimentos de lngua. Baseado nesse conhecimento de lngua que o educador dever ensinar. Chegando assim a uma concluso que no recomendvel montar uma lngua artificial para ensinar a ler e a escrever. O artigo de 1945, de Loureno Filho com base nos estudos feitos criou o mtodo de leitura de escrita (Laubach), que inspirou e deu iniciativa ao Ministrio da Educao de produzir pela primeira vez, por ocasio da Campanha de 47, os materiais didticos especificam para o ensino da leitura e da escrita. Foi distribudo em larga escala pelo ministrio da Educao na disciplina de Portugus o primeiro guia de leitura para todos os supletivos do pas, lies que partiam de palavras chaves selecionadas e organizadas segundo suas caractersticas fonticas.

  • Pra cada rea a ser estudada so definidos blocos de contedos, para cada tpico h um conjunto de objetivos didticos que especificam modos de abord-los em diferentes graus de aprofundamento. Na disciplina de Matemtica, no estudo de quatro blocos: nmeros e operaes numricas, Medidas, Geometria e Introduo estatstica. Das regras do sistema decimal de numerao utilizando as quatro operaes fundamentais (adio, subtrao, multiplicao e diviso), so essenciais aprendizagem neste nvel de ensino e vai alem de saber fazer clculos com lpis e papel. A compreenso do sentido das operaes fundamentais inclui os seguintes aspectos: -reconhecer, em situaes reais, a utilidade das operaes; - reconhecer as regularidades que caracterizam as operaes; - identificar as relaes que existem entre elas; -perceber o efeito que as operaes produzem sobre os nmeros. Utilizando materiais disponveis como baco, material dourado, o uso de cdulas e de calculadores pode incentivar mais os alunos; para facilitar o entendimento de unidade, dezenas e centenas. Facilitando a construo de noo do sentido numrico e junto com este, a forma e base para o desenvolvimento das estimativas do clculo mental e do clculo escrito.

  • Na disciplina de Estudos da Sociedade e da Natureza, utilizar conhecimentos da vida do prprio educando para trabalhar as dificuldades por eles encontradas como no sentido de inferioridade e incapacidade, assumindo o papel de cidados conscientes dos seus direitos e deveres perante a sociedade. Ter clareza do papel da escola na sua vida e da importncia social atribuda a ela fator de estimulo para a continuidade dos estudos e dedicao a eles. Os jovens e adultos j vem com uma noo de como a sexualidade, mas sempre tem dvidas em alguns conceitos sobre o assunto, dando assim a oportunidade do professor trabalhar o tema atravs de debates e trabalhos com pesquisas. O professor deve trabalhar temas como sade, natureza, conscincia do prprio corpo, seres humano e meio ambiente, produo dos espaos rurais e humanos, trabalhos e tecnologia e empregos e de cidadania e participao. O ensino e aprendizagem so complexos exigindo uma durao temporal relativamente longa, alem disso o que est em jogo no so aspiraes individuais, mas as aspiraes do educando e dos educadores. baco Material Dourado

  • CONTRIBUIES DE PAULO FREIRE PARA O EJA Paulo Freire sendo um dos precursores a favor da Educao de Jovens e Adultos, sempre teve uma luta incansvel pelo fim da educao elitista, tendo como seu principal objetivo a educao libertadora e democrtica que parte da realidade de vivncias dos educandos. Por causa disso Freire ficou sendo uma ameaa, e o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetizao) que era controlado pelo governo voltou e teve seu fim em 1985, dando origem a Fundao Educar que apoiou financeiramente e tecnicamente a alfabetizao j existente. Foi com a Constituio de 1988 que foi ampliado a Educao de Jovens e Adultos. Freire tinha uma concepo dialgica de alfabetizao que continha contedo sociocultural e buscava a interao do homem com o mundo. Para ele os adultos eram excludos, esquecidos pelo sistema educacional, sofriam injustias, eram discriminados, eram considerados os oprimidos, porque no freqentaram escolas no tiveram essa oportunidade no tempo devido. Foi com essa preocupao que Paulo Freire se importou com os analfabetos e criou o mtodo de educao para jovens e adultos (EJA). Paulo Freire leva em considerao as culturas locais, as condies reais e a vontade de querer ensinar o mundo a ler e a escrever com a esperana de uma nova realidade transformada.

  • "A confiana vai fazendo os sujeitos dialgicos cada vez mais companheiros na pronncia do mundo. Se falha a confiana, que falharam as condies discutidas anteriormente. A confiana implica no testemunho que um sujeito d aos outros de suas reais e concretas intenes. No pode existir, se a palavra, descaracterizada, no coincide com os atos. Dizer uma coisa e fazer outra, no levando a palavra a srio no pode ser um estmulo confiana". (Paulo Freire) Sua prtica pedaggica leva os indivduos a ter uma construo significativa de valores, resgatando o amor, o dilogo, a responsabilidade, o afeto, aliando a sua alfabetizao. Em seu mtodo de alfabetizao pela leitura fez com que os homens acreditassem na transformao e se conscientizassem que podiam assumir uma posio atravs da leitura da palavra. Freire atuou no campo da educao popular na alfabetizao e conscientizao de jovens e adultos. um mtodo que foi usado para a educao com significado cultural com deveres e direitos universais. Para Freire o homem deve ter a uma educao consciente onde escolher e aprender a ter decises prprias, mudando sua realidade e encarando uma transformao na medida em que ele integra ao seu contexto histrico.

  • PLANO DE AULA : EJA LNGUA PORTUGUESAREA DE CONHECIMENTO: Lngua Portuguesa (Interpretao de letra e msica).

    TEMA: Aprendizagem com a musicalizao.

    TEMPO DE DURAO: 1h40min

    PBLICO ALVO: Educao de Jovens e Adultos (EJA) do 1 e 2 anos.

    JUSTIFICATIVA Fazer com que os alunos tenham um conhecimento diversificado sobre msica e os elementos que a ela esto associados. Valorizar os conhecimentos que os alunos trazem para sala de aula e suas livres expresses de opinies e ideias.

    OBJETIVOS GERAIS: Conhecer os tipos de pautas: escrita e sonora. Fazer a interpretao na letra da msica. Provocar o aluno a pensar, a raciocinar e a construir pensamentos crticos.

    ESPECFICOS: Identificar a lngua escrita e falada de acordo com o sistema alfabtico. Fazer comparao da lngua falada e escrita. Conhecer a letra da msica, ler, cantar e ouvir.

  • HABILIDADES E COMPETNCIAS Leitura; Treinar; Sensibilizar; Compreender; Discutir; Debater; Produzir; Destacar a importncia de trabalhar com a msica e seus conceitos; Interpretar textos; Trabalhar em grupos; Domnio na leitura; Desenvoltura no ato de ler e escrever. Produo escrita e oral para alfabetizao inicial do EJA. 1 Etapa: Distribuir entre os alunos a letra da msica Todo Azul do Mar xerocada, para que todos possam participar;

    CONTEDOS 2 Etapa: Fazer com que conheam e interpretem a letra da msica, fazer com que todos se interessem; 3 Etapa: Analisando o vocbulo e a linguagem da msica, fazer com que todos participem para no se tornar uma aula cansativa; 4 Etapa: Pedir que se dividam em grupo para elaborarem um poema utilizando a letra da msica estudada, usando a criatividade; 5 Etapa: Recitar seus poemas aos colegas; 6 Etapa: Produzir um livro encadernado citando todos os poemas obtidos para cada aluno da turma. E no final cada um relatar sua experincia, citando o que a msica significa na vida de cada um deles. RECURSOS Quadro, cadernos, lpis, borracha, letra da msica xerocada e mdia com vdeo e letra da msica. Todo Azul Do Mar Flvio Venturini:Foi assim, como ver o mar A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar No tive a inteno de me apaixonar

  • Mera distrao e j era momento de se gostarQuando eu dei por mim nem tentei fugir Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar Quando eu mergulhei no azul do mar Sabia que era amor e vinha pra ficarDaria pra pintar todo azul do cu Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim Tu...do que eu fiz foi me confessar Escravo do seu amor, livre pra amar Quando eu mergulhei fundo nesse olhar Fui dono do mar azul, de todo azul do mar Foi assim, como ver o mar Foi a primeira vez que eu vi o mar Onda azul, todo azul do mar Daria pra beber todo azul do mar Foi quando mergulhei no azul do mar.

    AVALIAO Interesse, participao e identificao dos problemas encontrados, expressarem seus sentimentos.

  • A Educao de Jovens e Adultos um tema que foi tratado de forma bastante clara e objetiva pelo grupo, pelo fato de ser um assunto de real valor, e que devemos dar maior importncia em se tratando de educao. A EJA sendo uma forma de ensino pblica se aplica as pessoas que no terminaram seus estudos, por motivos que fizeram deixar de lado seu maior patrimnio, os estudos, mas no estamos aqui para culpar ningum at mesmo por que com certeza tiveram algum motivo que impediram de dar continuidade aos estudos. O ensino de jovens e adultos um processo de aprendizagem onde so desenvolvidas as capacidades e conhecimentos de competncias profissionais e de competncias tcnicas que atendem as necessidades da sociedade. Paulo Freire dedicou-se a ensinar Jovens e Adultos com o intuito de resgatar o dilogo e o direito atravs da mediao.

    A Educao qualquer que seja ela, sempre uma teoria do conhecimento posta em prtica. (Paulo Freire) CONSIDERAES FINAIS

  • BIBLIOGRAFIAFRAIDENRAICH, Vernica. EJA em segundo plano. Revista Nova Escola. Disponvel em: http://revistaescola.abril.com.br/politicaspublicas/modalidades/ejaplano618045.shtml Acesso em: 07de setembro de 2015.

    FERNANDES. Elisngela. Por que jovens de 15 a 17 anos esto na EJA. Revista Nova Escola. Disponvel em:http://revistaescola.abril.com.br/politicas-ublicas/jovens- 15-17-anos-estao-eja-639052.shtml?page=3 Acesso em: 07 de setembro de 2015.

    As contribuies de Paulo Freire para a alfabetizao de adultos. Disponvel em:http://revistaescola.abril.com.br/linguaportuguesa/alfabetizacaoinicial/contribuicoes-paulo-freire-alfabetizacao-515563.shtml> . Acesso em: 07 de setembro de 2015.

    http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja/propostacurricular/primeirosegmento/propostacurricular.pdf>. Acesso em: 07 de setembro de 2015.

    MEDEIROS, Maria das Neves. A educao de Jovens e Adultos como expresso da Educao Popular: a contribuio do pensamento de Paulo Freire. V Colquio Internacional Paulo Freire, 2005. Disponvel em: http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:t2uxlq730Q8J:scholar.goo gle.com/&hl=en&as_sdt=0,5> . Acesso em: 7 de setembro de 2015.

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    http://www.infoescola.com/educacao/andragogia> acesso em : 07 de setembro de 2015.

    SOUZA, Maria A. de. Educao de Jovens e Adultos. 2. ed. Curitiba: IBPEX, 2011. PLT 561